Diderot e Copeau No Paradoxo Do Comediante - Schulz

May 14, 2019 | Author: Harry Edmar Schulz | Category: Actor, Plato, Jean Jacques Rousseau, Theatre, France
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Leitura comentada do tema "sensibilidade" no Paradoxo do Comediante, considerando Diderot e Copeau para discus...

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O Paradoxo do Comediante: Leitura Direcionada Diderot/Copeau, Harry Edmar Schulz

“O Paradoxo do Comediante” Leitura Direcionada Considerando

Denis Diderot e Jacques Copeau

Harry Edmar Schulz

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O Paradoxo do Comediante: Leitura Direcionada Diderot/Copeau, Harry Edmar Schulz

Prefácio: O que é apresentado para leitura neste texto é uma discussão em torno do teatro, mais especificamente em torno das idéias de Diderot e de Copeau acerca da sensibilidade, como característica do ator, para representar  peças teatrais. Em que medida isto pode ser útil na busca de ferramentas didáticas para o projeto “Humanização com ferramenta de aumento de interesse nas exatas”, que é o motivo da elaboração desses pré-textos? O tema em si, da sensibilidade, não é aquilo que levou à inclusão deste texto no referido projeto, mas a forma como o tema é conduzido,  principalmente por Copeau. Entende-se que atuar no contexto de uma  profissão exige profissionalismo. Nesse aspecto, Diderot e Copeau concordam, embora usem diferentes formas de se expressar e se voltem exclusivamente à profissão de ator. A maneira como Diderot busca exemplos que permitem a “visualização” desse profissionalismo (o episódio de Garrick) e a forma como Copeau mostra que o exemplo é tomado em uma situação de exceção (uma máscara) coincide com procedimentos na área de exatas. Exemplos fora de contexto podem ser utilizados, conferindo uma falsa impressão de solução para os alunos, apesar de se obter soluções com eles. Não se pretende aqui avançar em uma discussão temática para a área quantitativa, mas pode-se também exemplificar, de maneira a mostrar como o tema induz a pensar quantitativamente: “no estudo das alturas conjugadas em ressaltos hidráulicos utiliza-se generalizadamente a solução que despreza a força dissipativa de fundo. Daí se dimensionam grandes estruturas de dissipação de energia justamente utilizando essas alturas conjugadas. Há, evidentemente, um paradoxo quantitativo aqui: como se utiliza, num contexto claramente dissipativo, uma solução

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O Paradoxo do Comediante: Leitura Direcionada Diderot/Copeau, Harry Edmar Schulz

aceitam. Mas ela é uma máscara para o que há de fato. “Há dissipação”, controlada pelos princípios já usados, assim como, conforme mostra Copeau, “há sensibilidade”, controlada ou liberada pelo profissionalismo (pelo domínio da técnica). Observar como se constroem os argumentos que fazem com que as discussões sejam elaboradas em torno do tema principal é relevante para as áreas exatas do conhecimento. Assim, o presente texto, inicialmente distante de um “viés exato”, passa a ser interessante para o  projeto na medida em que posições distintas em torno de um tema são justificadas e, com isso, geram interesse pelo tema. Pretende-se fazer alunos de exatas se interessarem  pelo tema específico de seus estudos. O presente texto pode ser visto como uma segunda análise vinculada ao teatro (ver Schulz, 2014), localizando situações e argumentos que podem ser de interesse para o projeto original. Sempre se menciona que eventuais conclusões são extraídas no contexto desse  projeto, podendo não ter aplicabilidade geral. Mas, se uma aplicabilidade mais ampla puder ser extraída delas, passa a ser um ganho bem-vindo.

Harry Edmar Schulz São Carlos, 5 de Julho de 2014 Projeto: Humanização como ferramenta de de aumento de interesse nas exatas

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O Paradoxo do Comediante: Leitura Direcionada Diderot/Copeau, Harry Edmar Schulz

Sumário 1 – Introdução:............................................................. (5) .

2 – Estudo propriamente dito:.................................... (6) .

2.1 – 2.1  – Prolegômenos de Diderot:................................(6) .

2.2 – 2.2  – Opiniões introdutórias sobre o comediante:.. (7) .

2.3  – Si vis me flere. Dolendum est primus ipsi tibi (?):......................................................................... (8) .

2.4 – 2.4  – O momento histórico do discurso de Diderot:(12) 2.5 – 2.5  – Alguns dos que discursavam: ........................(14) .

2.6 – 2.6  – A sensibilidade: ...............................................(16) 3 – Conclusão:............................................................(21) .

4 – Referências Bibliográficas:................................. (23) .

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O Paradoxo do Comediante: Leitura Direcionada Diderot/Copeau, Harry Edmar Schulz

O Paradoxo do Comediante Leitura Direcionada considerando Denis Diderot e Jacques Copeau _________________________________________ Diálogo Motivador (ver o Paradoxo do Comediante): - Nenhuma sensibilidade? - Nenhuma. Não coordenei ainda bem minhas razões, e me  permitireis vo-las expor como elas me vierem, na desordem da  própria ordem de vosso amigo.

 ____________________________________________________

1 - Introdução: A presente leitura transita pelo Paradoxo do Comediante, captando aqui e ali as observações de outros leitores (autores ou comentadores) e se atendo mais especificamente à abordagem do próprio Diderot e à interpretação de Copeau. Não se trata, entretanto, de uma leitura geral, mas condicionada ao  pretexto para a discussão entre os personagens utilizados por Diderot, no tocante à sensibilidade. O texto utilizado para a leitura é, principalmente, a tradução de Guinsburg, conforme aparece na coleção “Os Pensadores” de 1979, a partir da página 352. O tema decorre de uma proposta de leitura feita na disciplina de Estética 1, na Universidade Federal de São Carlos,

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O Paradoxo do Comediante: Leitura Direcionada Diderot/Copeau, Harry Edmar Schulz

 Não se trata de d e uma primeira leitura de Diderot, mas é uma leitura direcionada, o que a distingue, por exemplo, do texto de Schulz (2014), no qual todo o conjunto lido foi considerado para o entendimento da proposição do autor (naquele caso, a conclusão pela necessidade de estudo para autores e críticos).

2 - Estudo propriamente dito: 2.1 - Prolegômenos de Diderot: Como mencionado na introdução, o tema imediatamente mais evidente é a sensibilidade, que aparece na  primeira exclamação do texto motivador: “Nenhuma sensibilidade!” Segundo o tradutor, Guinsburg (1979), o Paradoxo do Comediante é tido por comentadores de Diderot como um caso particular de uma teria geral da sensibilidade. E talvez aqui já se faça necessário direcionar um pouco o tema para a conceituação de sensibilidade que talvez mais se aproxime, neste início de texto, àquilo a que Diderot se referia. Para tanto lança-se mão do auxílio de Abagnano (2007) nesta primeira delimitação. Segundo Abagnano (2007) a sensibilidade pode ser 1) Toda a esfera das operações sensíveis do homem, que abrange tanto o conhecimento sensível quanto os apetites, os instintos e as emoções; 2) Capacidade de receber sensações e de reagir a

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O Paradoxo do Comediante: Leitura Direcionada Diderot/Copeau, Harry Edmar Schulz

Para o presente estudo, a definição de número 4 é aquela que mais se aproxima da primeira discussão dos  personagens do Paradoxo do Comediante. A exclamação feita: “Nenhuma sensibilidade!” ocorre bastante próxima do início do texto, na quinta página da tradução lida, após Diderot ter introduzido o texto em meio a um diálogo em que o primeiro interlocutor pretende se esquivar do  julgamento de uma obra teatral de um amigo do segundo interlocutor. No contexto da discussão são mencionadas a  possibilidade de fracasso, de sucesso, a admiração da mulher amada, e, ao final, o primeiro interlocutor manifesta então a sua opinião. Esta é negativa e o primeiro interlocutor conclui que o comediante imitador pode até representar a peça de maneira aceitável, mas sem méritos. Uma repreensão a este possível comediante é feita, iniciando-se então propriamente o tema em volta do ator.

2.2 - Opiniões introdutóriassobre introdutórias sobre o comediante O primeiro interlocutor, que apresenta suas ideias, diz que o comediante tem uma natureza inconstante, alternando momentos bons e ruins, mas que há dificuldades para formar um  bom comediante, uma vez que mesmo as frases de um texto a ser

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O Paradoxo do Comediante: Leitura Direcionada Diderot/Copeau, Harry Edmar Schulz

aquiescem às argumentações de Sócrates ou de outros  personagens maiores. Ou seja, a sua função, no diálogo que se apresenta, é direcionar o leitor a aceitar a argumentação do  primeiro interlocutor. Chega-se, então, à questão da sensibilidade. Entre as qualidades mais importantes de um comediante, o primeiro interlocutor coloca “um espectador frio e tranquilo”, “penetração e nenhuma sensibilidade”, “a arte de tudo imitar”, “igual aptidão  para toda espécie de caracteres”. É então que o segundo interlocutor frisa para o leitor o cerne desta passagem. Ou, lembrando aqui que se trata de fato de um ser inexistente cuja  possibilidade de “vida” apenas foi dada efemeramente pela pena de Diderot, este se utiliza desse interlocutor para parar o texto e  pontuar a palavra: - Nenhuma sensibilidade!

2.3 - Si vis me flere. Dolendum est primum ipsi tibi,... (Horácio) Se você quiser me fazer chorar, você tem que sofrer em  primeiro lugar(?)

A palavra incomoda o leitor. Diderot atinge o seu intento de inserir uma figura de dúvida nessa possibilidade

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- Nenhuma. Não coordenei ainda bem minhas razões, e me permitireis vo-las expor como elas me vierem, na desordem da própria obra de vosso vos so amigo. Ou seja, Diderot se permite, no diálogo que cria, a liberdade de criação futura. Diderot, nessa altura, sabe o que quer dizer, mas não sabe como. Esta é uma dúvida comum ao escritor. Os interlocutores, ou os personagens de seu diálogo, não são de fato importantes, mas sim as ideias que Diderot quer transmitir. Com esta frase sem compromisso, mas que lança sobre o leitor o cenário no qual seu diálogo vai transitar, Diderot se permite escrever sem ser necessário retornar e modificar posições de  personagens, ou mesmo de ordens pré-existentes. O leitor é informado de que há uma obra na base dessa argumentação, mas uma obra falha (que nunca existiu, que não é apresentada ao leitor, cujo tema fica de fato obscuro). Assim, para Diderot, como escritor, se houver necessidade, ao longo dos argumentos, de alterar ou reforçar uma opinião, isso ocorrerá em um cenário que de antemão aceita tal alteração, por ser maleável (Diderot pode revela-lo enquanto escreve). É um  bom artifício. É legítimo para o escritor que procura direcionar seus próprios conceitos. Guinsburg (1979) cita Verniére, comentador de Diderot, informando que a obra teve várias versões e foi apenas publicada postumamente, em 1830. Talvez Diderot tenha, enfim, retornado e modificado algo, mas esse fato apenas ratifica o que foi expresso antes: Diderot sabia o que

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modelo absoluto. Mas, de certa forma contra esta corrente das luzes, Diderot posicionou-se ao lado de Rousseau, não recusou o  pensamento platônico. Fascinado pela tríade platônica, do Bem, do Verdadeiro e do Belo, Diderot apresentava-se como espécie de filósofo - em busca de um possível vínculo entre filosofia e arte, tentando assimilar Platão à filosofia moderna”. Verificado que Diderot, a partir desse momento, expõe as suas ideias de maneira livre, resta verificar o conteúdo e a mensagem de cada ideia que desliza sobre o papel. Diderot então descreve o que pensa de um comediante sensível, que representa com alma. E o que desponta é a inconstância em suas apresentações (do comediante), havendo vigor na primeira e frieza na terceira. Nesse caso, um imitador atento passa a ser mais adequado ao “papel de ator”. Diderot também usa os termos “discípulo ponderado da natureza”, “copista rigoroso de si próprio ou de seus estudos” e “observador contínuo de nossas sensações”. Os adjetivos e as ações nesse sentido se sucedem: “representar com reflexão”, “com estudo da natureza humana”, “com imitação constante segundo algum modelo ideal” “com imaginação”, “com memória”, onde “tudo foi medido”, “combinado”, “apreendido”, “ordenado em sua cabeça”. O ator, considerando esse conjunto de adjetivos, deve ser um estudioso da natureza humana e um imitador

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caso, se o personagem for um assassino, a representação deve ser convincente, mas não se espera que o ator se transforme em um  psicopata de fato toda vez que subir ao palco e assassine os coadjuvantes. É natural! Da mesma forma, sem dúvida uma atriz que tenha como objeto de trabalho uma personagem depressiva que se suicida na peça não incorporará as emoções da  personagem para que de fato se suicide. Seria uma apresentação de uma única noite! O profissionalismo atual é uma condição de sobrevivência do ator. Sim: carrasco e decapitado tomam café  juntos nos bastidores após toda a cena sangrenta em que a cabeça cab eça de Danton rola no cesto da guilhotina e espectadores desmaiam na plateia. E talvez ambos falem dos problemas de escola de seus filhos, como: - Minha filha fala que os ditados de Francês são terríveis, porque não há como saber escrever o “ô” ditado em “Peugeot” ou em “Bordeaux”. - Pois é! Pra minha surpresa, meu filho prefere estudar Alemão. Ele diz que é uma língua mais objetiva. O que acabamos de fazer foi criar uma cena em que

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sensibilidade!” talvez hoje denominemos de “profissionalismo”  para o ator.

2.4 - O momento histórico do discurso de Diderot: Franklin de Matos (1988) descreve, em seus textos, alguns momentos que permitem talvez entender as influências externas no que desponta como “idas e vindas” das afirmações de Diderot, o que gera a impressão de contradição em seus textos.  Nesse caso, trata-se de decifrar essas “voltas”, discutidas por seus comentadores. Diz Franklin de Matos (1988): “...o confronto... não se trava entre as surdas paredes da Academia. O século XVIII, como se sabe, marca um desses momentos  privilegiados na história da filosofia, em que a disputa filosófica retoma seu estatuto de coisa pública... Os destinos da filosofia - e a felicidade dos homens – se jogam nos salões, nos cafés (onde às vezes se esgueira, incógnito, o informante da polícia), nas salas de espetáculo, nas complexas e delicadas relações entre o

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 permita continuar falando dos assuntos proibidos... Mas o  privilégio de impressão... pode ser revogado... seguindo-se a isto a condenação papal.” Sem dúvida a descrição se tornou mais incisiva. O Parlamento manda queimar as obras; as acusações possíveis são medievais e incultas: “impiedade e ateísmo”, conceitos nascidos na mesma Europa que Diderot vê se transformar. A condenação  papal é apenas o supra-sumo de uma situação esdrúxula,  primitiva, para suprimir a vontade de pensar, que pode derrubar a instituição que reina como representante de um reino idealizado que tudo pode. Nesse caso, é preciso cuidado. O modo europeu é tão primitivo que o contato com o Novo Mundo lhe impôs mudanças, mesmo este tendo sido invadido e aniquilado com uma violência jamais vista e jamais repetida. Lembremos que faziam apenas 250 anos que os novos alimentos, os produtos da terra, os minerais e os metais do Novo Mundo estavam adentrando na velha Europa e possibilitando e financiando sua revolução econômica e de costumes. Um

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 possa avaliar em que tipo de sociedade o indivíduo Diderot manifestava suas opiniões. Acerca do movimento de Diderot através de sua sociedade, Franklin de Matos (1988) continua: “As considerações acima lembram o óbvio: as fronteiras entre a filosofia e a política são muito tênues no século XVIII. ... (O) itinerário de Diderot como filósofo é indesligável da trajetória “política”... A evocação basta para prevenir o estudioso de que a ‘unidade’ de sua obra não é da ordem da filosofia sistemática e,  por isso, não cabe denunciar suas contradições...” Enfim, os comentadores de Diderot apontam contradições, que não nos cabem discutir. Toda essa ambientação visa, no contexto do discurso do paradoxo do comediante, mostrar que a época de Diderot é “menos profissional” do que uma leitura não ambientada permite supor. Segue daí a conclusão  pela validade desse discurso, precisamente naquele tempo.

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Observa-se, portanto, na pessoa de Rousseau, alguém que possuía restrições pelo menos a alguma forma do teatro. Continuando com a leitura de Silva, tem-se: “... nessa última (cena teatral, inserção nossa), o único espetáculo possível, segundo esse filósofo, é aquele em que o próprio espectador é o espetáculo, ou seja: as festas populares.” A opinião descrita, em primeira leitura, não parece embasável em argumentos atualmente plausíveis. Mas a discussão foi intensa, apresentando lances interessantes, como a carta a D’Alambert, em que Rousseau critica um verbete acerca de teatro preparado para o projeto da enciclopédia por D’Alambert. O autor do verbete defendia a opinião de inaugurar uma companhia de comediantes em Genebra. Mas Rousseau critica severamente esta postura e demonstra o seu desprezo ao teatro francês daquele século. Por outro lado, apoia os espetáculos cívicos.  No tocante ao comediante, Falletti (2011) também retorna ao clima de discussão da época, mencionando que: “Há

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ator não sente verdadeiramente aquilo que mostra, mas domina suas paixões e com lucidez e inteligência é capaz de compor e tornar a sangue frio a gama dos sentimentos que exprime.” Com o comentário de Garrick retorna-se à concepção de Diderot para o comediante, que remete à idéia de “profissionalismo” do ator. O que se observa, a partir do exemplo da valorização de espetáculos cívicos, de festas populares, que dificilmente haveria, para a atividade do comediante, um status de “profissão” (de onde deriva o termo que aqui usamos). Mas o comentário acerca de Garrick, como usualmente é interpretado, também remete a uma segunda leitura acerca da insensibilidade  proposta por Diderot, leitura para a qual usamos um texto de

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erro de Platão no Sofista, que gerou um belo diálogo, mas não colocou nele um sofista de fato para defender “seu lado”. Como informação adicional, vale lembrar que Copeau, cuja opinião fomos buscar, “foi um importante diretor, autor, dramaturgo e  ator  do teatro francês. Fundador do importante ‘théatre du Vieux-Colombier’ em Paris, Copeau torna-se crítico de teatro de vários jornais franceses, participando da criação da importante revista ‘la Nouvelle Revue Française’ em 1908 junto com André Gide e Jean Schlumberger. Funda uma importante escola de atores junto ao seu teatro onde influencia uma grande geração de artistas franceses, através de seu treinamento para o ator. Alberto Camus, outro importante homem de teatro, afirma que há duas formas de teatro na França no século XX ‘um antes de Copeau e

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de transcrevê-la no Paradoxo, capta a sua enormidade e a corrige deste modo “a que prepara os atores sublimes”, frase que não diz muito mais. Seria fácil fingirmos que não sabemos o que Diderot designa com o nome de ‘sensibilidade’. Não é a simples ‘qualidade de sentir’. Todavia, menos ainda é a grande ‘precisão’ que se atribui, em Física, a certos instrumentos, tornando-os capazes de indicar ‘as mais leves variações’, e que poderíamos aqui reivindicar como o dom mais requintado do artista” (tradução nossa). Copeau sente, portanto, a mesma necessidade que

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um ator e autor de tamanha projeção. Comentando a questão da debilidade, Copeau ironiza: “Era questão, então, para Diderot, demonstrar que a ‘enfermidade’ por ele recém-descrita não constitui a faculdade  principal do artista ‘de hierarquia’, em particular o grande ator de teatro? Se nisso reside todo o seu paradoxo, belo paradoxo!... Mas, em mais de uma ocasião, Diderot contradisse sua própria tese...” (tradução nossa). Copeau, crítico, escolhe outro trecho da obra, citando: “’...a arte de imitar tudo – disse Diderot -, ou, o que

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de sua profissão e diz que Diderot, ao mencionar Garrick, se enganou, cometeu um mal-entendido. E isto porque, ao descrever a transformação facial de Garrick, concentrou-se “na máscara”,  porque Garrick nesse momento não estava representando, não estava encarnando um personagem. Em suma, o que Diderot descreveu não foi um ator atuando. Assim, o profissionalismo é algo mais do que apenas estar preparado para mimetizar, ou seja, de efetuar as caretas que Garrick efetuou. Adiante, Copeau diz que a ação de “incorporar-se ao  personagem”, ou de “entrar na pele do personagem” é uma expressão invertida. De fato é o personagem que entra na pele do ator, é o personagem quem é o possuidor, a quem o ator dá a

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nitidez, clareza, a variedade, a invenção, a igualdade, a renovação. Permite-nos improvisar” (tradução nossa).

3 - Conclusão:

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Mas isso apenas seria possível em uma peça teatral... (O fundo do palco descortina o pano preto e aparece a silhueta da cidade... Dois homens que se supunha separados por cerca de 150 anos levantam-se da mesa do café, cumprimentam-se... despedem-se... Suas silhuetas sombreadas

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4 - Referências Bibliográficas: Abagnano, N. (2007) Dicionário de Filosofia, Trad. Bosi, A. e Benedetti, I.C., Livraria Martins Fontes Editor, São Paulo.

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Silva, E.S. (2013) Diferenças que se igualam: um olhar sobre o  público de teatro em Rousseau e Diderot. Repertório, Salvador, n. 20, p.139-142. Verbetes na Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabaco)) http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabaco http://pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_Copeau

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