Dicionario de Cosmetica

July 22, 2017 | Author: Jeferson Fabiano Francisco Francisco | Category: Skin, Pharmaceutical Drug, Biology, Science, Physiology
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Editora Senac São Paulo ISBN 13 – 978-85-7359-982-4 ISBN 10 – 85-7359-982-0

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CENGAGE LEARNING

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Dicionário de

ingredientes para

e cuidados da Tradução da 3ª edição norte-americana

Os ingredientes utilizados em cosméticos ainda são um mistério para a maioria dos consumidores e para muitos profissionais que trabalham com os cuidados da pele. Isso aumenta as preocupações, tendo em vista a rapidez com que novos ingredientes e conceitos surgem no mercado. Este dicionário ajudará os profissionais e consumidores de cosméticos a entender os nomes difíceis dos produtos, as regulamentações e as práticas de identificação e rotulagem da indústria cosmética. As pessoas querem saber o que esperar do produto que estão usando. O objetivo deste livro é fornecer a elas as ferramentas necessárias para obter esse conhecimento.

Dicionário de ingredientes para cosmética e cuidados da pele

C

Natalia Michalun é especialista e educadora internacional na área de dermocosmética. Ministra palestras a profissionais de estética e médicos em mais de 35 países e é reconhecida por seu profundo conhecimento e habilidade em compartilhar conceitos complexos de cuidados com a pele de modo claro e preciso. Formada em Química pela Universidade de Buenos Aires, Argentina, Natalia foi membro do Conselho da Associação Europeia de Cosméticos (Colipa) da União Europeia e do Conselho de Cosmetologia do Estado da Califórnia. Em 1980, fundou a primeira escola de estética avançada no norte da Califórnia, além de possuir um dos maiores salões de beleza da região.

Outras obras

N. Michalun e M. V. Michalun

M. Varinia Michalun é especialista em marketing internacional de cosméticos e desenvolvimento de novos produtos e ministra palestras sobre ingredientes cosméticos e o uso de produtos a profissionais nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e França. Escreve artigos para periódicos do setor industrial e fornece expertise a jornalistas da área de beleza.

Dicionário de

ingredientes para

e cuidados da Tradução da 3ª edição norte-americana

Curso básico de massagem – Um guia para técnicas de massagem sueca, shiatsu e reflexologia Milady® Mark F. Beck Shelley Hess Erica Miller Spas e salões de beleza – Terapias passo a passo Milady® Sandra Alexcae Moren

EDITORA SENAC SÃO PAULO Beleza sem cirurgia: tudo o que você pode fazer para adiar a plástica Monica Martinez Patrícia Rittes As idades da pele: orientação e prevenção Shirlei Borelli Maquiagem Duda Molinos Conheça outra coedição da Cengage Learning com a Editora Senac São Paulo:

Editora Cengage Learning ISBN 13 – 978-85-221-0891-6 ISBN 10 – 85-221-0891-9

9 7 8 8 52 2 1 0 8 9 1 6

Cortes de cabelo – Técnicas e modelagem Milady® Revisão técnica e adaptação de Rodrigo Cintra

M. Varinia Michalun e Natalia Michalun

Dicionário de ingredientes de produtos para cuidados com o cabelo John Halal

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CENGAGE LEARNING

Dicionário de

ingredientes para

e cuidados da Tradução da 3ª edição norte-americana

Os ingredientes utilizados em cosméticos ainda são um mistério para a maioria dos consumidores e para muitos profissionais que trabalham com os cuidados da pele. Isso aumenta as preocupações, tendo em vista a rapidez com que novos ingredientes e conceitos surgem no mercado. Este dicionário ajudará os profissionais e consumidores de cosméticos a entender os nomes difíceis dos produtos, as regulamentações e as práticas de identificação e rotulagem da indústria cosmética. As pessoas querem saber o que esperar do produto que estão usando. O objetivo deste livro é fornecer a elas as ferramentas necessárias para obter esse conhecimento.

Dicionário de ingredientes para cosmética e cuidados da pele

C

Natalia Michalun é especialista e educadora internacional na área de dermocosmética. Ministra palestras a profissionais de estética e médicos em mais de 35 países e é reconhecida por seu profundo conhecimento e habilidade em compartilhar conceitos complexos de cuidados com a pele de modo claro e preciso. Formada em Química pela Universidade de Buenos Aires, Argentina, Natalia foi membro do Conselho da Associação Europeia de Cosméticos (Colipa) da União Europeia e do Conselho de Cosmetologia do Estado da Califórnia. Em 1980, fundou a primeira escola de estética avançada no norte da Califórnia, além de possuir um dos maiores salões de beleza da região.

Outras obras

N. Michalun e M. V. Michalun

M. Varinia Michalun é especialista em marketing internacional de cosméticos e desenvolvimento de novos produtos e ministra palestras sobre ingredientes cosméticos e o uso de produtos a profissionais nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e França. Escreve artigos para periódicos do setor industrial e fornece expertise a jornalistas da área de beleza.

Dicionário de

ingredientes para

e cuidados da Tradução da 3ª edição norte-americana

Curso básico de massagem – Um guia para técnicas de massagem sueca, shiatsu e reflexologia Milady® Mark F. Beck Shelley Hess Erica Miller Spas e salões de beleza – Terapias passo a passo Milady® Sandra Alexcae Moren

EDITORA SENAC SÃO PAULO Beleza sem cirurgia: tudo o que você pode fazer para adiar a plástica Monica Martinez Patrícia Rittes As idades da pele: orientação e prevenção Shirlei Borelli Maquiagem Duda Molinos Conheça outra coedição da Cengage Learning com a Editora Senac São Paulo:

ISBN 13 978-85-221-1833-5 ISBN 10 85-221-1833-7

9 7 8 8 5 2 2 11 8 3 3 5

Cortes de cabelo – Técnicas e modelagem Milady® Revisão técnica e adaptação de Rodrigo Cintra

M. Varinia Michalun e Natalia Michalun

Dicionário de ingredientes de produtos para cuidados com o cabelo John Halal

Dicionário de ingredientes para cosmética e cuidados da pele

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Michalun, Natalia Dicionário de ingredientes para cosmética e cuidados da pele/Natalia Michalun e M. Varinia Michalun; tradução Mauro Silva; revisão técnica Maria Cecília Beltrami. -- São Paulo: Cengage Learning: Editora Senac São Paulo, 2010. Título original: Milady’s skin care and cosmetic ingredients dictionary. ISBN 978-85-221-1833-5 1. Cosméticos - Dicionários 2. Pele - Cuidados e higiene I. Michalun, M. Varinia. II. Beltrami, Maria Cecília. III. Título.

10-06009

Índice para catálogo sistemático: 1. Cosméticos: Dicionários 668.5503

CDD-668.5503

Dicionário de ingredientes para cosmética e cuidados da pele Tradução da 3a edição norte-americana

Natalia Michalun e

M. Varinia Michalun Tradução Mauro Silva Revisão Técnica Maria Cecília Beltrami

Membro da Comissão Técnica de Cosméticos (CTCOS) do Conselho Regional de Química (CRQ – 4a Região)

Dicionário de ingredientes para cosmética e cuidados da pele – Tradução da 3a edição norte-americana Natalia Michalun e M. Varinia Michalun Gerente Editorial: Patricia La Rosa Editora de Desenvolvimento: Gisela Carnicelli Supervisora de Produção Editorial: Fabiana Alencar Albuquerque Título Original: Milady’s Skin Care and Cosmetic Ingredients Dictionary (ISBN 13: 978-1-4354-8020-9; ISBN-10: 1-4354-8020-1) Tradução: Mauro Silva Revisão Técnica: Maria Cecília Beltrami Copidesque: Mariana Gonzalez

© 2010, 2001, 1993 Milady, parte da Cengage Learning © 2011 Cengage Learning Edições Ltda. © 2010 Editora Senac São Paulo Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, das editoras. Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

Para informações sobre nossos produtos, entre em contato pelo telefone 0800 11 19 39 Para permissão de uso de material desta obra, envie seu pedido para [email protected]

Revisão: Daniele Fátima e Carol Tuska Yamamoto Diagramação: Alfredo Carracedo Castillo Capa: Absoluta Publicidade e Design

© 2011 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. ISBN-10: 85-221-1833-7 ISBN-13: 978-85-221-1833-5

Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo Presidente do Conselho Regional: Abram Szajman Diretor do Departamento Regional: Luiz Francisco de A. Salgado Superintendente Universitário e de Desenvolvimento: Luiz Carlos Dourado Editora Senac São Paulo Conselho Editorial: Luiz Francisco de A. Salgado Luiz Carlos Dourado Darcio Sayad Maia Lucila Mara Sbrana Sciotti Marcus Vinicius Barili Alves Editor: Marcus Vinicius Barili Alves Coordenação de Prospecção e Produção Editorial: Isabel M. M. Alexandre Supervisão de Produção Editorial: Pedro Barros Gerência Comercial: Marcus Vinicius Barili Alves Supervisão de Vendas: Rubens Gonçalves Folha Coordenação Administrativa: Carlos Alberto Alves

Impresso no Brasil. Printed in Brazil. 12345 15 14 13 12 11

Cengage Learning Condomínio E-Business Park Rua Werner Siemens, 111 – Prédio 11 Torre A – Conjunto 12 – Lapa de Baixo CEP 05069-900 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3665-9900 – Fax: (11) 3665-9901 SAC: 0800 11 19 39 Para suas soluções de curso e aprendizado, visite www.cengage.com.br Editora Senac São Paulo Rua Rui Barbosa, 377 – 1o andar Bela Vista – CEP 01326-010 Caixa Postal 1120 – CEP 01032-970 – São Paulo – SP Tel. (11) 2187-4450 – Fax (11) 2187-4486 E-mail: [email protected] Home page: http://www.editorasenacsp.com.br

Dedicatória Aos esteticistas que, com grande dedicação e sinceridade, se esforçam para ajudar seus clientes a ter e manter uma pele saudável e mais bonita.

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Sobre a revisora técnica Maria Cecília Beltrami formou-se em Química Industrial pelas Faculdades Oswaldo Cruz e é pós-graduada em Administração de Marketing pela Funda­ ção Armando Álvares Penteado (Faap). Atuou mais de 20 anos em indústrias farmacêuticas nacionais e internacionais, e possui sólida vivência na área de gestão de qualidade, envolvendo legislação sanitária para insumos e produto acabado. É membro da Comissão Técnica de Cosméticos (CTCOS) do Conselho Regio­nal de Química – 4a Região (CRQ4) e está à frente da Consultoria Beltrami, empresa de prestação de serviços na área de gestão de qualidade e desenvolvimento de projetos de melhoria contínua, visando a atender as demandas dos setores farmacêutico, cosmético, alimentício e de insumos.

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Sumário Prefácio........................................................................................................................ ix

PARTE I: A pele............................................................................................................ 1 Capítulo 1: Fisiologia da pele....................................................................................... 7 Capítulo 2: Penetração do produto............................................................................ 23 Capítulo 3: Tipos e condições de pele......................................................................... 31 Capítulo 4: Definição de termos................................................................................. 47

PARTE II: Ingredientes para produtos........................................................................ 79

PARTE III: Apêndice: nomes latinos em botânica..................................................... 347

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Aviso aos leitores As editoras não asseguram nem garantem nenhum dos produtos aqui descritos, assim como não realizam análises independentes associadas a informações sobre produtos contidas neste livro. As editoras não assumem, assim como renunciam expressamente, qualquer obrigação de obter e incluir informações que não sejam aquelas fornecidas às editoras pelo fabricante. O leitor fica expressamente advertido de que deve considerar e adotar todas as precauções quanto à segurança, que possam ser indicadas neste livro, assim como deve evitar todos os perigos em potencial. Ao seguir as instruções aqui contidas, o leitor assume, por sua vontade, todos os riscos associados a tais instruções. As editoras não fazem representações nem garantias de qualquer espécie, incluindo, mas não se limitando, as garantias de adequação a qualquer propósito específico ou à comercialização. Além disso, tais representações não estão implícitas com relação ao material aqui apresentado, e as editoras não assumem nenhuma responsabilidade referente a tal material. As editoras não se responsabilizam, também, por nenhum possível dano especial, exemplar ou que ocorrer como consequência, parcial ou totalmente, do uso ou da dependência, por parte pelos leitores, deste material.

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Prefácio Este livro representa um longo caminho percorrido. No entanto, a motivação que nos fez escrever o dicionário continua até hoje. Os ingredientes utilizados em cosméticos ainda são um mistério para a maioria dos consumidores e para muitos profissionais que trabalham com os cuidados da pele. Isso aumenta as preocupações, tendo em vista a rapidez com que novos ingredientes e conceitos surgem no mercado – sem mencionar a quantidade. Os consumidores de cosméticos querem entender os nomes difíceis dos produtos, as regulamentações do governo e as práticas de identificação e rotulagem da indústria cosmética. Consumidores e profissionais, porém, estão cada vez mais bem informados para avaliar esses produtos e passam a prestar atenção nos ingredientes. As pessoas querem saber (e com razão) o que esperar do produto que estão usando. Se ninguém pode lhes dar uma resposta satisfatória, vão procurá-la elas mesmas. O objetivo deste livro é fornecer ao leitor as ferramentas necessárias para obter esse conhecimento. Sempre acreditamos que o valor dos ingredientes está na interação com a pele ou na interação entre eles para que a formulação seja eficaz. Sendo assim, para melhor entender o desempenho do produto, este livro traz uma pequena seção sobre fisiologia e teoria dos cuidados com a pele. Mas, por favor, isso é um dicionário, e não um manual de cosmética. A seção que trata dos cuidados com a pele serve para ajudar na compreensão geral e não deve sobrepor-se ao principal objetivo do livro. Se este dicionário for lido do começo ao fim, algumas informações parecerão repetitivas, especialmente nos capítulos iniciais. Essa repetição é proposital, pois acreditamos que os leitores irão procurar informações ou definições específicas, e queremos que encontrem informações detalhadas em cada tópico. Finalmente, o Capítulo 4, no qual a definição dos termos quase sempre mostra como um item se relaciona com a formulação e com a pele. Não fornece definições técnicas, que consideramos uma questão à parte. Utilizamos fontes de informações norte-americanas e europeias. Somos gratos a todas elas, mas são muitas para serem mencionadas individualmente. Desejamos expressar nosso especial agradecimento ao sr. Joe DiNardo, que, como sempre e com infinita paciência, ajudou-nos a entender os ingredientes mais novos e as nuances das formulações. Nossos quatro revisores foram valiosos, e queremos expressar os mais sinceros agradecimentos por seus esforços. Foi um trabalho

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extremamente cuidadoso, lendo cada página e fazendo comentários e observações úteis, que frequentemente nos levou a refinar alguns conceitos e/ou revisar verbetes, tornando-os mais precisos e claros. Com isso, esta edição ficou bem melhor. Finalmente agradecemos a Martine Edwards e Philip Mandl, da Cengage Learning, pela generosa compreensão dos fatores pessoais que adiaram, por vários meses, a conclusão desta edição. Esperamos que este livro forneça respostas às muitas perguntas de esteticistas e consumidores a respeito de ingredientes utilizados em cosméticos.

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PARTE I

A pele

Introdução Sem a pele humana, os produtos cosméticos não fazem nenhum sentido. Seu valor, eficácia, função, virtude e seus problemas são válidos apenas dentro da estrutura da pele, que devem embelezar e realçar. Para que os cosméticos, especialmente os produtos utilizados nos cuidados com a pele, tenham algum valor, é importante entender como eles atuam na pele, qual função ou funções desempenham, quais problemas resolvem e como a pele pode reagir a eles. Sem essa compreensão, o uso de cosméticos para cuidados com a pele continua sendo um mistério, para alguns traduzido em “esperança em um frasco”, para outros a “solução mágica” para diversos problemas da pele. O primeiro passo para resolver o mistério da ação desses produtos é fazer duas perguntas básicas: “o que são cosméticos?” e “o que eles podem fazer?” A rigor, cosméticos são produtos que permanecem na superfície da pele. Em uma definição menos rigorosa, cosméticos para cuidados com a pele são aqueles produtos que penetram na camada superior da pele, mas não alcançam a derme e não são absorvidos pelos capilares sanguíneos. Produtos que penetram na camada dérmica e são absorvidos pelo sistema capilar recebem a classificação de farmacêuticos, e estão sujeitos às exigências de segurança da Food and Drug Administration (FDA).1 No sentido mais estrito, produtos cosméticos são formulados para o embelezamento da pele e não devem alegar qualquer tipo de ação semelhante à de um fármaco.

1. No Brasil, a agência reguladora com funções semelhantes às da FDA é a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

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A definição original de cosméticos foi estabelecida em 1938, quando se acreditava que a pele fosse quase impermeável. Embora essa definição ainda seja legalmente aplicável, agora há conhecimento muito mais profundo sobre a fisiologia da pele, seus componentes químicos e a relação entre a estrutura e a química da pele e os ingredientes utilizados em cosméticos. Não há mais dúvidas de que um grande número de ingredientes possui a capacidade de penetrar na pele e oferecer algum tipo de benefício. Embora o rápido avanço desse conhecimento tenha beneficiado aqueles que, por exemplo, sofrem de acne e hiperpigmentação, as maiores conquistas foram no combate ao envelhecimento. Também equilibrou a ênfase no cuidado com a pele entre ingredientes e combinações de ingredientes que não apenas “corrigem”, mas também “evitam” a ocorrência de problemas e danos à pele. Sabe-se agora que a principal “prevenção” vem dos antioxidantes. São particularmente importantes como um meio de minimizar danos às células causados pelos radicais livres, ajudando assim a evitar seu envelhecimento. Os antioxidantes, portanto, são agora incorporados a um amplo espectro de produtos, de hidratantes a cremes para os olhos e produtos para a proteção contra o sol e pós-sol. Novos conhecimentos levaram ao desenvolvimento de novos cosméticos “high tech” (de alta tecnologia) e ao surgimento da categoria cosmecêutico – um termo que une “cosmético” a “farmacêutico”. Alguns fabricantes especializaram-se em cosmecêuticos, e os líderes da categoria em sua maior parte estão nos Estados Unidos. Eles tendem a patentear tecnologias específicas dos ingredientes, e frequentemente moléculas completas, bem como os seus nomes como marcas registradas, utilizando-as como temas de uma marca. Isso faz as companhias líderes no setor da cosmecêutica geralmente desenvolver, incorporar e utilizar suas próprias especialidades de ingredientes. A Food and Drug Administration (FDA) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), assim como a comunidade científica, não reconhecem o termo “cosmecêutico”. A indústria cosmética usa esta palavra para se referir a produtos cosméticos que tem um benefício medicinal ou como medicamento. O ato da Food, Drug and Cosmetic (FD&C) define medicamento como aqueles produtos que curam, tratam, diminuem ou previnem doenças ou que afetam a estrutura ou função do corpo humano. Enquanto os medicamentos são sujeitos a um processo de revisão e aprovação pela FDA, os produtos cosméticos não necessitam de aprovação pela FDA antes da sua venda ao consumidor. Se um produto tem propriedades de medicamento, deve ser aprovado como tal.

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Parte I: A pele

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A Anvisa define medicamento como produto farmacêutico tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. No Brasil, a Anvisa define produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes como preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê-los ou mantê-los em bom estado. Além disso, a Anvisa classifica os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes em produtos grau 1 e grau 2, e os critérios para esta classificação foram definidos em função da probabilidade de ocorrência de efeitos não desejados devido ao uso inadequado do produto, sua formulação, finalidade de uso, áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem observados quando de sua utilização. Os produtos grau 1 são de higiene pessoal, cosméticos e perfumes cuja formu­lação cumpre com a definição adotada e caracterizam-se por possuir propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, em razão de suas características intrínsecas. Os produtos grau 2 também são de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, cuja formulação cumpre com a definição adotada e possuem indicações específicas, com características que exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso. Os produtos cosméticos não podem ter indicação ou menções terapêuticas. A velocidade do desenvolvimento da tecnologia cosmética pode continuar aumentando com resultados agora difíceis de prever. A nanotecnologia é um exemplo. As principais empresas de cosméticos estão investindo pesado em pesquisa nessa área. Essa poderá ser a próxima “grande novidade” em cosméticos; no entanto, seu futuro ainda é incerto. Embora haja uma proliferação de ingredientes de “alta tecnologia” e uma expansão de novas categorias de cosméticos, tais como os cosmecêuticos, isto está sendo complementado por um aumento simultâneo na compreensão cientí­ fica dos produtos de origem botânica. À medida que os pesquisadores identifi­ cam com maior precisão os constituintes químicos individuais de produtos botânicos, ingredientes naturais com alvos mais específicos e mais sofisticados

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são incorporados aos cosméticos. Os carotenoides, por exemplo, são reconhecidos por seu grande número de componentes individuais, cada um com funções específicas. Químicos cosmetólogos também enfatizam o uso de flavonoides individuais, peptídeos, polifenóis e fitoestrógenos. Além disso, esses químicos estão combinando ingredientes naturais com ingredientes sintéticos, criando assim um conjunto maior de ingredientes para formulação. O resultado é que produtos formulados com ingredientes naturais representam um dos segmentos que mais crescem no mercado de cosméticos. O interesse do consumidor por cosméticos naturais e/ou orgânicos cresce junto a uma confusa terminologia de marketing. Esses cosméticos entram em categorias mal definidas e não regulamentadas, nas quais uma disposição de diferentes termos é utilizada para apresentar os benefícios do produto. Os consumidores facilmente se confundem em meio a nuances de termos como “natural”, “derivado de matérias-primas naturais”, “extratos de plantas naturais”, “orgânico” e “porcentagem de conteúdo orgânico no conteúdo total do material de origem botânica”. Por vezes, algumas afirmações parecem indicar que os consumidores devem procurar apenas produtos que sejam 100% naturais, se quiserem um cosmético puro ou algo de “melhor” qualidade. Na verdade, todos os “produtos naturais” contêm certa porcentagem de ingredientes sintéticos. Numa tentativa de diferenciação, alega-se que o produto “não contém conservantes”. Isso, porém, não é possível, pois a adição de conservantes em cosméticos é obrigatório por lei, por motivos de segurança e saúde. Talvez seja “sem parabeno”, mas isso não significa que o produto não tem conservantes, já que a fórmula poderá conter outros sistemas conservantes que não apresentem o mesmo e longo histórico de segurança dos parabenos. Mudanças significativas nas formulações cosméticas têm ocorrido desde o ano 2000. Pesquisadores das áreas dermatológica e química avançaram em seus conhecimentos de fisiologia e dos componentes químicos da pele, e como estes interagem com produtos químicos aplicados à pele na forma de cosméticos. O conceito de cosmecêutica expandiu-se e tornou-se ainda mais sofisticado e eficaz. Produtos à base de material botânico voltaram a ser valorizados e a ter credibilidade à medida que as formulações tornam-se cada vez mais sofisticadas em termos de tecnologia e resultados. Os filtros solares passam a ter mais proteção contra UVA e o PABA (para-aminobenzoic acid – ácido para-aminobenzoico) foi praticamente eliminado de todas as formulações. Ingredientes de origem animal agora são substituídos por equivalentes de origem botânica ou

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Parte I: A pele

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manufaturados sintéticos. Os antioxidantes são enfatizados como um meio de se evitar danos à pele e prevenir contra o envelhecimento. A nanotecnologia chega ocupando lugar de destaque na pesquisa e no desenvolvimento, e seu potencial ainda é desconhecido. Ninguém pode prometer solução para todos os problemas da pele, tampouco a “juventude eterna”. No entanto, a indústria de cosméticos avança continuamente em seu objetivo de melhorar a aparência e a saúde da pele, ao mesmo tempo que faz do “envelhecimento lento e suave” uma realidade possível e agradável. Os produtos cosméticos e a química por trás deles podem ser extremamente valiosos para a pele. Já que a meta é trazer-lhe benefícios, a fim de avaliar com propriedade as ações positivas ou os problemas potenciais dos produtos cosméticos e seus ingredientes, torna-se crucial entender como funciona a pele, como e por que um produto pode ou não penetrar nela, e quais cuidados podem requerer certos tipos e condições de pele. Assim, é impossível uma discussão significativa sobre ingredientes sem correlacionar o desempenho do produto com a função da pele. Nos capítulos seguintes apresentaremos um grande número de componentes químicos da pele e outros termos técnicos. O leitor também ficará familiarizado com a nova terminologia usada pelos químicos cosmetólogos, agora sendo incorporada às novas formulações de produtos. As definições de alguns desses termos aparecem no Capítulo 4.

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Capítulo 1

Fisiologia da pele

A pele é um órgão complexo e multifuncional, e que atrai muita atenção e pesquisa científica. A ciência está constantemente descobrindo os segredos da fisiologia da pele, das substâncias químicas ali presentes e suas interações. Esse conhecimento, por sua vez, aumenta a compreensão dos processos patológicos da pele e de seu envelhecimento. Os cientistas estão identificando cada um dos compostos químicos da pele, bem como as reações químicas e fisiológicas que aceleram o envelhecimento. Entendendo melhor esse processo, os laboratórios desenvolvem e incorporam novos ingredientes aos produtos cosméticos, podendo reduzir ou desacelerar o envelhecimento e outros problemas de pele, além de combatê-los e/ou corrigi-los. Um grande número de novos ingredientes para cosméticos tem sido incorporado nesses produtos nos últimos dez anos, e espera-se que isso continue em ritmo acelerado. Vários deles servem para retardar o processo de envelhecimento, rejuvenescer a pele, solucionar problemas e mesmo reduzir o risco de câncer de pele. Um melhor conhecimento de sua fisiologia permite elaborar formulações mais específicas e eficazes nos cuidados com a pele.

As funções da pele Sendo o maior órgão do corpo, a pele desempenha uma série de funções fundamentais que resultam de múltiplas reações químicas e físicas que ocorrem em seu interior. A pele é uma barreira que protege o corpo de elementos externos, de ferimentos e da oxidação. Também ajuda a manter a temperatura do corpo constante, fazendo-o adaptar-se às diferentes temperaturas e condições atmosféricas

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do ambiente por meio do controle da perda de umidade. A pele recebe informação sensorial, desempenhando um papel ativo no sistema imunológico ao proteger o corpo contra doenças. A fim de poder cumprir todas essas funções – protetora, metabólica, sensorial e imunológica – a pele deve manter suas próprias capacidades de autorreparação e integridade funcional. Os produtos cosméticos são muito importantes para a função protetora da pele. Filtros solares protegem contra a radiação UV e, portanto, contra o envelhecimento prematuro e o câncer de pele. Cremes e loções com efeito bactericida reduzem e/ou controlam a proliferação excessiva de bactérias na pele, um problema associado particularmente à pele oleosa, e uma das principais causas do desenvolvimento da acne. E, ao formar uma barreira invisível na superfície da pele, ingredientes hidratantes específicos podem ajudar a reduzir a perda de umidade, que resulta em desidratação. A pele também protege os órgãos internos contra a exposição ao oxigênio. Sem ela, esses órgãos rapidamente se oxidariam, assim como acontece com uma banana ou uma maçã descascada, quando seu interior fica exposto ao ar. Através da secreção de suor e sebo, a pele executa uma função excretória, eliminando várias substâncias nocivas resultantes de atividades metabólicas do intestino e do fígado. A pele também secreta hormônios e enzimas. Quando a composição química da pele não é compatível com determinado(s) ingrediente(s) de um produto, o resultado é uma sensibilidade geral a esse produto e mesmo reações alérgicas. O grande número de terminações nervosas na pele a torna sensível ao toque. Consequentemente, a pele é um órgão sensorial e ponto de percepção de frio, calor e dor. A pele desempenha funções imunológicas, principalmente através das células de Langerhans, que carregam antígenos da pele para o sistema linfático. O excesso de radiação UV destrói ou inibe o funcionamento das células de Langer­hans, aumentando o risco de câncer de pele. A pele tende a ser discutida e tratada como uma entidade separada; assim, essa íntima relação entre ela e o corpo geralmente é desprezada ou esquecida. Embora proteja o corpo de diversas maneiras, a pele e sua condição são governadas por várias funções corporais internas. Por exemplo, a oleosidade surge da hiperatividade de glândulas sebáceas. Problemas de pigmentação se devem à enzima tirosinase, e são regulados por funções hormonais. Dadas essas relações, para que a pele tenha uma boa aparência é preciso uma boa saúde geral,

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Capítulo 1 – Fisiologia da pele

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mediante nutrição, exercícios e descanso apropriados. Essa conexão também realça os problemas potenciais que podem ser causados por ingredientes que penetram profundamente na derme, se forem sistematicamente absorvidos pelo sistema capilar. Quando a pele funciona em perfeita harmonia, o resultado é uma cútis bela, radiante e saudável. Quando ela não está em harmonia devido à deterioração causada pela idade, sol, infecção bacteriana, hiperqueratinização ou simplesmente perda da umidade natural, os produtos cosméticos servem para ajudar a restaurar o equilíbrio e a beleza. Devem fazê-lo, porém, trabalhando em conjunto com a estrutura bastante complexa da pele.

Componentes e estrutura da pele A pele possui uma estrutura microanatômica bastante complexa. Além de milha­res de células cutâneas, em 2,5 cm2 de pele, que varia de 1 mm a 4 mm de espessura, existem cerca de 650 glândulas sudoríparas, 65 folículos pilosos, 17 metros de capilares, 71 metros de nervos, milhares de terminações nervosas, células de Merkel para percepção sensorial e células de Langerhans para proteção imunológica. A pele também contém melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, que lhe dão cor e pontos de pigmentação, ou sardas. Para se ter uma boa imagem, desenhe um quadrado de 2,5 cm e tente colocar ali dentro 650 pontos representando os poros sudoríparos. Depois pegue um carretel de linha, meça 17 metros e coloque dentro do quadrado. Se tiver dificuldade com 650 pontos e 17 metros de linha, imagine mais 1.300 terminações nervosas e 71 metros de nervos! Tudo isso pode ser encontrado em 2,5 cm2 de pele, aproximadamente a espessura de algumas folhas de papel empilhadas. A pele abriga uma variedade de glândulas, que são importantes não só por suas funções intrínsecas, mas também porque representam uma rota de entrada na pele para certos compostos químicos. Sua principal função é sintetizar substâncias que podem resfriar o corpo, proteger e aumentar a maleabilidade da pele, ou eliminar impurezas como elementos minerais ou colesterol. Entre elas estão as glândulas sebáceas e as duas glândulas sudoríparas: as écrinas e as apócrinas. As glândulas sebáceas estão ligadas ao mesmo ducto que contém o folículo piloso. São as responsáveis pela secreção de substâncias oleosas na pele e

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encontram-se acondicionadas em vesículas. Os ductos das glândulas sebáceas terminam na porção superior do folículo piloso. Geralmente há apenas uma glândula por folículo, mas em algumas partes existem mais, o que resulta em maior secreção de substâncias oleosas (sebo) nessa área. Essas glândulas são encontradas em quase todas as partes do corpo. A face e as costas contêm o maior número por centímetro quadrado, estando ausentes na palma das mãos e na sola dos pés. O sebo secretado pelas glândulas sebáceas lubrifica a pele e ajuda a impedir a evaporação da umidade; também possui propriedades fungicidas. A secreção excessiva está associada ao desenvolvimento da acne, enquanto uma secreção insuficiente torna a pele seca. As glândulas sudoríparas são abundantes em toda a pele. As glândulas écrinas são as mais numerosas. Seu ducto secretor termina como um poro diretamente na superfície da pele. Muito numerosas na sola dos pés e na palma das mãos, secretam um fluido transparente composto principalmente de água, ácido láti­co, ureia, toxinas e mesmo substâncias bactericidas. A principal função dessa secreção é resfriar o corpo e manter o equilíbrio térmico com o ambiente. As glândulas sudoríparas apócrinas situam-se nas axilas, pálpebras, região púbica e geni­tais. Ficam inativas até a puberdade, sendo estimuladas pelas emoções e pelo estresse. A excreção dessas glândulas é muito limitada; não ocorre diretamente na superfície da pele, mas primeiramente na parte superior do orifício pilossebáceo, e dali para a superfície da pele. A perspiração das glândulas apócrinas pode apresentar um odor desagradável devido a uma reação química entre a excreção, o oxigênio e as enzimas produzidas pela microflora do folículo piloso. É importante observar que sujeiras, impurezas e a asfixiação, ou grumos, que aparecem nos poros ocorrem no folículo piloso e são o resultado de uma mistura produzida por substâncias oleosas e corneócitos queratinizados presentes no folículo. Limpar a pele significa eliminar as impurezas desses poros. A perspiração (transpiração) não tem essa função. Pode ajudar a limpar a pequena abertura dos poros sudoríparos, mas não limpará o poro do folículo piloso – aquele através do qual são secretadas as substâncias oleosas. É comum esse equívoco por parte daqueles que pensam que as saunas ou a perspiração limpam a pele. A superfície da pele é ácida. Seu pH, também conhecido como manto protetor, é formado pela combinação de vários componentes. Na camada córnea, incluem o sebo naturalmente secretado e a perspiração (que contém ácido lático), bem como reações químicas que ocorrem na epiderme, gerando vários ácidos relativamente fortes e solúveis em água. Na camada córnea, o pH da pele varia

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de 4,4 a 5,6, dependendo do indivíduo e da parte do corpo. Também parece variar entre as etnias. À medida que se passa da camada córnea, na epiderme, para a derme, o nível do pH aumenta e torna-se neutro (pH 7,0). Esse processo ainda não é muito bem compreendido. A acidez da pele ajuda a manter sua força e coesão, a evitar infecções impedindo o crescimento de bactérias, e facilita a esfoliação de células mortas na superfície. Uma das principais razões por que os sabões – especialmente sabões adstringentes ou desinfectantes com pH alto – são prejudiciais à pele é porque esta necessita de um meio ácido para funcionar apropriadamente. Assim, após o uso de certos produtos para limpar a pele, é necessário aplicar uma loção balanceadora. Quando esses produtos para limpeza têm um pH neutro ou alcalino, o nível de acidez da pele precisa ser restaurado. Sem isso, a pele irá recuperar sua acidez em cerca de 20 minutos ou mais, dependendo do nível de desequilíbrio criado. Sensações como frio, calor, pressão, vibração e esticamento (tanto da pele quanto dos tendões), resultam em um fluxo de impulsos nervosos detectados e transmitidos ao cérebro por terminações nervosas encapsuladas. Todos esses componentes e ações são encontrados dentro das unidades básicas do tecido cutâneo, o qual se divide em três camadas.

As camadas da pele A pele é um conjunto de tecidos altamente especializado e complexo, dividido em três camadas: epiderme, derme e hipoderme, também conhecida como tela ou camada subcutânea (ver Figura 1.1). Há vários tipos diferentes de células na pele, e entre as mais importantes estão os queratinócitos, melanócitos, fibroblastos, as células imunocompetentes (células de Langerhans), células migratórias mononucleares e mastócitos. Além desses vários tipos, a pele também contém tecidos conectivos ricos em matriz extracelular (MEC), cujos componentes são responsáveis principalmente pela flexibilidade da pele – sua maleabilidade e elasticidade. Outras funções fisiologicamente importantes, como hidratação, regulação da temperatura e regulação da permeabilidade cutânea, dependem de células e componentes químicos específicos da MEC. Essas funções regulatórias estão intimamente ligadas à interação entre as células e substâncias químicas da pele

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Poro sudoríparo Haste pilosa

Papila dérmica Terminação nervosa sensorial tátil

Estrato córneo Estrato lúcido

Epiderme Estrato espinhoso Estrato basal

Estrato germinativo

Derme

Músculo eretor do pelo Glândula sebácea Tecido adiposo subcutâneo (hipoderme)

Folículo piloso Papila pilosa Fibra nervosa

Veia Artéria

Nervo Glândula sudorípara Corpúsculo de Paccini (ou corpúsculo lamelar)

Figura 1.1 – As camadas da pele

através de receptores especiais localizados na membrana celular. Esses receptores podem ser vistos como antenas que ajudam as células a se comunicar umas com as outras e com o ambiente. Também são capazes de se ligar a vários componentes químicos que passam entre as células. Entre essas substâncias estão certos ingredientes cosméticos (como o retinol) que interagem com as células e desempenham sua função terapêutica somente por receptores da célula. Alguns desses receptores cumprem importantes funções fisiológicas. Quando os receptores não funcionam apropriadamente, o desempenho fisiológico da pele pode ser prejudicado, acelerando danos ou a deterioração, como é o caso do envelhecimento. Embora o funcionamento dos receptores seja um conceito estudado com mais profundidade pela medicina e pelas ciências farmacêuticas, em cosmética o papel dos receptores para a eficácia do retinol já está bem estabelecido. A epiderme é a parte da pele visível a olho nu. É uma camada muito fina: sua espessura varia de 1,6 mm na sola do pé a 0,04 mm nas pálpebras. A epiderme contém diversos tipos de células, entre elas os queratinócitos, envolvidos em um constante processo de reprodução para substituir células esfoliadas; células

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de Langerhans para proteção imunológica; melanócitos para a coloração da pele; e células de Merkel, envolvidas na função do tato. É nessa camada da pele que os produtos são aplicados, e aquela com a qual um produto cosmético fica mais em contato e onde ocorrem a limpeza, a esfoliação, o aquecimento ou a hidratação. A segunda camada cutânea, a derme, encontra-se abaixo da epiderme e a ela está ligada pela membrana basal. A derme representa a parte mais importante da pele. É formada por tecidos conectivos, colágeno, elastina, folículos pilosos, glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas (écrinas), vasos sanguíneos e nervos que transmitem sensações de dor, coceira e temperatura. Também existem células nervosas especializadas que transmitem as sensações de toque e pressão. A terceira camada cutânea, a hipoderme, é a mais profunda de todas. Consistindo principalmente de tecidos conectivos e gordurosos, a hipoderme é muito mais espessa que a derme. Sua espessura, todavia, depende da parte do corpo avaliada e da quantidade de gordura que o indivíduo possui. Essa camada é importante para a regulação da temperatura corporal. Para melhor entender o impacto que um produto cosmético pode ter na pele, é preciso examinar mais detalhadamente cada uma das camadas, incluindo sua composição e função.

A epiderme Entender a epiderme é extremamente importante para discutir a penetração do produto, a definição de ação cosmética versus ação farmacêutica de acordo com a FDA, e a eficácia do produto. A epiderme dá à pele seu brilho, juventude, textura e boa aparência. É responsável pela saúde da pele como um todo, protegendo-a da perda de umidade e da penetração de bactérias. Raios ultravioleta, acne, doenças visíveis da pele, fumaça de cigarro, poluição e câncer de pele, tudo isso afeta essa camada. Trata-se de um tecido metabolicamente ativo, que sintetiza os lipídeos e contém todos os componentes necessários para formar a camada protetora. Uma vez que a epiderme é a camada mais externa da pele, ela atua como uma barreira inicial ao ataque dos oxidantes. A epiderme apresenta uma capacidade protetora e antioxidante maior que a derme, pois abriga as vitaminas E e C e a superóxido dismutase, compostos essenciais que sequestram radicais livres. Essa camada também contém grandes quantidades de glicosaminoglicanos e ceramidas.

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A epiderme é ainda dividida em cinco subcamadas de células, todas metabolicamente muito ativas. Da superfície da pele até a derme, as cinco camadas são: 1. Camada córnea 2. Camada lúcida 3. Camada granulosa 4. Camada espinhosa 5. Camada germinativa As células epidérmicas são formadas na camada germinativa e migram para a camada córnea. Nesse processo de deslocamento, as células epidérmicas sofrem várias modificações químicas, passando de células protoplásmicas moles a “escamas” de superfície achatada facilmente destacáveis. A epiderme acumula uma grande quantidade de água. A camada germinativa é a que apresenta o maior conteúdo de água, com cerca de 80% do total. Cada camada subsequente possui menos água como porcentagem de sua composição química total, com a camada córnea contendo apenas entre 10% e 15%. A água é mantida no gel citoplásmico da célula e nos canais intercelulares (espaços entre as células). Quanto mais jovem o corpo, mais água a pele acumula. A capacidade da pele de reter água diminui com a idade, o que a torna mais vulnerável à desidratação e às rugas. A epiderme também é a primeira barreira contra agressores imunológicos, graças às células de Langerhans. Essas células dendríticas são formadas na medula óssea e migram para as camadas dérmica e epidérmica da pele. Uma vez concluída a migração, as células de Langerhans são tipicamente encontradas nas camadas mais inferiores da epiderme, compreendendo cerca de 5% da população total de células epidérmicas. Essas células engolfam corpos estranhos, carregando os invasores para o sistema linfático, onde serão processados e elimi­nados. As células de Langerhans são sensíveis à radiação ultravioleta e facilmente danificadas por raios UV. Mesmo pequenas exposições à radiação UV poderão danificar essas células o suficiente para reduzir sua capacidade imunológica. Com a idade, essas células também diminuem em quantidade, uma das razões do aumento da incidência de doenças da pele com o passar do tempo. Em uma pessoa jovem, leva aproximadamente 28 dias para que uma célula migre da camada germinativa para a camada córnea. Com o passar do tempo, a velocidade desse processo diminui significativamente. Estima-se que após os 50

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anos o mesmo processo leve cerca de 37 dias. Em termos de envelhecimento da pele, isso indica que a estimulação de suas funções, seja manualmente, por meio de massagem facial, seja pela atividade de produtos cosméticos, causaria melhoras no metabolismo celular. Os intervalos de tempo de 28 e 37 dias também são importantes quando se trata de sensibilidade da pele e do mau uso de esfoliações faciais. Uma célula leva 28 dias ou mais para chegar à superfície da pele, portanto estamos naturalmente esfoliando uma camada de células mortas por dia. Dependendo da aspereza do material, o uso de esfoliações pode remover mais camadas de células mortas da superfície do que seria apropriado, aumentando potencialmente a sensibilidade da pele. Além disso, o mau uso de esfoliações poderá exacerbar a atividade das glândulas sebáceas, intensificando assim a produção de substâncias oleosas, o oposto do que o usuário geralmente deseja obter. Camadas epidérmicas: O conhecimento das camadas epidérmicas nos permite compreender alguns dos problemas da desidratação, sensibilidade, envelhecimento e pigmentação, o que por sua vez ajuda a associar a eficácia do produto e do ingrediente às exigências da pele. As células das camadas germinativa, espinhosa, granulosa e lúcida são chamadas de queratinócitos e predominam na epiderme. A principal função da epiderme é gerar a camada superior, a camada córnea. Um sistema de formação de queratinócitos funcionando de modo inapropriado não pode gerar uma camada córnea cosmeticamente aceitável. Portanto, um importante fator para uma pele bonita parece ser o metabolismo apropriado dos queratinócitos, gerando assim uma camada córnea saudável. A importância está em proteger contra a perda de umidade e a penetração de bactérias e micróbios. A camada germinativa, também conhecida como camada basal, é onde as cé­ lulas se reproduzem por mitose: uma célula se divide em duas, idênticas entre si e à célula mãe. Após a subdivisão, uma célula permanece na camada basal e a outra é empurrada para as camadas mais externas, na direção da camada mucosa. Em peles jovens, a camada germinativa é a mais espessa da epiderme. Aqui as células são grandes e maleáveis, contendo uma alta porcentagem de água. À medida que as células se deslocam, começam a ser preenchidas com uma substância granular chamada queratina (daí o termo queratinócito). Os queratinócitos perdem água, ficam mais achatados e seu núcleo começa a degenerar. Eles secretam, nos espaços intercelulares, um “cimento” formado por lipídeos, colesterol, ácidos graxos saturados livres e ceramidas, aumentando a coesão entre as células e assim contribuindo para tornar a epiderme uma barreira eficaz.

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Em sua última fase de migração, as células chegam à camada córnea (também conhecida como estrato córneo). Essa camada é considerada tão importante e crítica para a penetração do produto, hidratação da pele e redução de sua sensibilidade que geralmente é estudada separadamente das outras camadas epidérmicas. A camada córnea é o que vemos como a nossa pele. Em peles jovens e saudáveis, é formada por 18 a 23 camadas de células secas achatadas (corneócitos) firmemente cimentadas. O número real de camadas depende de vários fatores, incluindo a secreção de substâncias oleosas e o próprio sistema de descamação da pele. O estrato córneo é mais espesso na palma das mãos e na sola dos pés. Os cientistas dividem o estrato córneo em duas camadas distintas: a camada compacta, onde os corneócitos estão ligados uns aos outros e funcionam como uma barreira, e a camada externa, onde ocorre a renovação. Nesta segunda camada, a ruptura da união celular provoca a descamação, permitindo a eliminação contínua dos corneócitos. Aqui, à medida que os corneócitos gradualmente se desprendem, numerosos espaços são formados entre as células onde as bactérias que vivem na pele encontram refúgio e crescem, alimentando-se dos corneócitos remanescentes. Essas bactérias estão adaptadas ao ambiente ácido do estrato córneo. Outras bactérias, conhecidas como transientes, podem estar presentes na superfície da pele, mas as condições de pH não lhe são favoráveis e elas não se desenvolvem. O processo natural de renovação celular é enzimaticamente controlado. Enzi­mas específicas dissolvem as ligações que mantêm os corneócitos unidos, permitindo que eles se desprendam. Se esse processo não estiver funcionando apropriadamente, uma quantidade exagerada de células mortas irá se acumular na superfície da pele. A pele oleosa parecerá grossa e áspera, e a pele envelhecida, fina e frágil. No entanto, ambas tendem a apresentar um estrato córneo espesso. A camada córnea retém apenas cerca de 10% a 15% de sua umidade original. Suas principais atividades são impedir a desidratação excessiva dos tecidos da pele e a entrada de material estranho. As células são conservadas unidas e circundadas por lipídeos e ceramidas, bem como glicoproteínas, desmossomos, produtos originados da quebra de peptídeos, produtos sebáceos e enzimas ativas. Os lipídeos intercelulares desempenham um papel crucial nas propriedades de retenção de água na pele, agindo como uma barreira, capturando água e impedindo a perda excessiva de água. Ceramidas são responsáveis por mais de 40% do total de lipídeos intercelulares, e também desempenham um papel vital na capacidade de retenção de água na pele.

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A camada córnea inclui um fator natural de hidratação (NMF, na sigla em inglês) formado de substâncias hidrossolúveis (capazes de se dissolver na água) e higroscópicas (capazes de reter água) que regulam a permeabilidade seletiva da camada córnea. O NMF é composto de 40% de aminoácidos livres, cerca de 12% de PCA, 12% de lactose, 7% de ureia e 30% de uma grande variedade de outros materiais. A exposição a detergentes muito fortes e a condições climáticas severas pode resultar em níveis menores de NMF, tornando a pele frágil e seca. A espessura da camada córnea, o arranjo apropriado das células de superfície e a força do cimento celular determinam em grande parte a capacidade de penetração de um produto ou ingrediente. Um estrato córneo bem formado tende a ser fino e compacto, com uma estrutura celular ordenada, que lembra o trançado de uma cesta, e possui uma acentuada função de barreira. Isso é normal em peles jovens e saudáveis. Quando a camada córnea é grossa e suas células estão arranjadas em um padrão irregular de escamas, a ação natural de proteção da pele é reduzida, permitindo uma penetração mais rápida de substâncias. Essa é uma das razões por que alguns produtos podem provocar uma sensação de queimação na pele muito seca e escamosa. Quando a pele é excessivamente úmida, também pode ocorrer sensibilidade porque a “barreira” foi amolecida, resultando em maior facilidade de penetração para o produto. Para peles envelhecidas ou danificadas, ingredientes como os alfahidroxiácidos (AHAs) tendem a reestruturar um estrato córneo anormal, dando-lhe uma estrutura mais saudável e ordenada. O pigmento da pele, ou melanina, é formado na camada mais profunda da epiderme por células chamadas melanócitos. Esse pigmento é posteriormente transferido para os queratinócitos, dando à pele sua cor. A produção excessiva de melanina é induzida quer por exposição à luz UV (p. ex., banho de sol, câmaras de bronzeamento), quer por desequilíbrios hormonais. No primeiro caso, os melanócitos produzem melanina adicional para proteger a pele dos danos causados pelos radicais livres. Uma vez interrompida a exposição excessiva à luz UV, o processo de esfoliação e de movimento celular ascendente permite à pele eliminar lentamente as células excessivamente pigmentadas e recuperar a cor normal. Por exemplo, alguns meses após as férias de verão, a pele recupera sua cor normal. No segundo caso, a tendência dos melanócitos será continuar a produzir melanina em uma taxa mais alta, independentemente de mudanças no equilíbrio hormonal, o que torna difícil reverter a hiperpigmentação.

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Na epiderme, a proteção imunológica cabe às células de Langerhans. Sua função é detectar a penetração de corpos estranhos, capturá-los e carregá-los até os linfócitos no sistema linfático. Uma resposta imunológica é então ativada, neutralizando e finalmente eliminando o elemento estranho. O toque é percebido pelas células de Merkel, situadas entre os queratinócitos. Essas três células epidérmicas especializadas, os melanócitos, as células de Langerhans e as células de Merkel, somam entre 13% e 20% do total das células epidérmicas. A complexidade da camada epidérmica é surpreendente, especialmente considerando-se sua espessura. Além das diferentes células presentes, suas funções específicas e a relação umas com as outras, ocorre ainda a atividade dos receptores celulares, sua comunicação e interações fisiológicas e químicas. Todos esses elementos precisam manter um equilíbrio adequado para assegurar o metabolismo e o funcionamento apropriado dos queratinócitos e da camada córnea.

Figura 1.2 – Fibras dérmicas (cortesia de Geo. A. Hormel and Co.)

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Sem um tal equilíbrio, a beleza e a saúde da pele ficam prejudicadas. Assim, os cuidados com a pele e a atitude de se evitar condições severas tornam-se muito importantes se a meta desejada for a saúde e a beleza da pele.

A derme A derme é a segunda camada da pele. É de 10 a 40 vezes mais espessa que a epiderme (ver Figura 1.1). Dentro dela estão os apêndices da pele, os folículos pilosos, glândulas sebáceas, dois tipos de glândulas sudoríparas (glândulas écrina e apócrina), e mais uma complexa rede capilar e nervosa. Sua constituição é de 80% de umidade, tecidos de elastina que conferem propriedades elásticas e fibras de colágeno que fornecem um arcabouço estrutural (ver Figura 1.2). O colágeno representa cerca de 70% das proteínas dérmicas e confere resistência, resiliência e tração. Por volta de 20 tipos diferentes de fibras colágenas já foram identificadas. O processo de cura das feridas é otimizado quando a reparação começa com a produção de fibras de colágeno bem finas e continua com fibras de colágeno de espessura cada vez maior. Formam-se queloides quando o processo de cura da ferida começa com fibras de colágeno mais grossas. Além do colágeno e da elastina, a derme possui uma variedade de outras fibras, agrupadas como glicoproteínas estruturais, e um conjunto de substâncias químicas sob a denominação de glicosaminoglicanos. Estes são responsáveis pela hidratação, maleabilidade e retenção de água. Também regulam a permeabilidade, fornecem resistência à pressão e são responsáveis pela orientação das proteínas. Por meio de uma vasta rede de capilares e vasos sanguíneos, a derme fornece energia e nutrição à epiderme, e desempenha um papel crítico na cura e na termorregulação. É responsável pela arquitetura de suporte e pela elasticidade da pele, que também dependem de uma quantidade de água bem equilibrada na derme e nas outras camadas da pele. Para facilitar a hidratação essencial, a derme age como um reservatório de água. Também protege o corpo de danos mecânicos e cumpre um importante papel na percepção sensorial e como regulador interno. As células de Langerhans, responsáveis pela imunoproteção, também estão presentes na derme. A derme consiste em uma membrana conectiva espessa entrecruzada por vasos sanguíneos, vasos linfáticos, fibras nervosas e muitas terminações nervosas sensoriais. O colágeno e a elastina, as duas principais fibras proteicas da derme,

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agem como um sistema natural de suporte para as fibras nervosas, folículos pilosos, vasos sanguíneos e glândulas sebáceas e sudoríparas localizadas nessa camada, além de conferir força e elasticidade à pele. O colágeno é o principal componente da derme, sendo basicamente uma cadeia de aminoácidos que inclui alanina, arginina, lisina, glicina, prolina e hidroxiprolina. Sua produção começa com a elaboração de procolágeno, que depois passa por uma série de modificações e é transformado em colágeno comum. O procolágeno é bastante higroscópico e absorve água em muitas vezes o seu peso. Um decréscimo no conteúdo de procolágeno com o tempo pode estar relacionado ao aumento do ressecamento e falta de elasticidade associados à pele madura. Em peles não danificadas ou normais, diferentes tipos de fibras de elastina compõem de 2% a 4% da derme. Elas formam uma estrutura interconectada que confere à pele elasticidade e resiliência. No microscópio, a elastina aparece como fibras curtas sobrepondo-se umas às outras e formando uma rede irregular no interior da derme, concentrada principalmente nos segmentos mais inferiores dessa camada. A importância da elastina é desproporcional à quantidade relativamente pequena encontrada na derme. Preenchendo o espaço entre o colágeno e a elastina estão as glicoproteínas, formando algo semelhante a um manto protetor. Entre essas glicoproteínas, encontramos glicosaminoglicanos e fibronectina. Glicosaminoclicanos são uma mistura de várias substâncias químicas responsáveis pela distribuição das proteí­nas na pele e regulação de sua permeabilidade, bem como pela hidratação, maleabilidade, retenção de água e por um ambiente apropriado ao desenvolvimento das células dérmicas. Os glicosaminoglicanos constituem um material dérmico fundamental que proporciona suporte, lubrificação e um ambiente adequado para o desenvolvimento das células dérmicas. Também possuem uma grande capacidade de se ligar à água, sendo, portanto, cruciais para um turgor (distensão normal) saudável, o conteúdo de água e a elasticidade da pele. Embora às vezes sejam chamados de mucopolissacarídeos, não são exatamente a mesma coisa. Os mucopolissacarídeos são um componente dos glicosaminoglicanos. Com a idade, o conteúdo de glicosaminoglicanos diminui, reduzindo assim a capacidade da pele de reter água e aumentando a propensão ao ressecamento. O funcionamento adequado da camada dérmica, bem como o conteúdo de água, são os responsáveis pela maciez e elasticidade da pele. Uma derme funcionando apropriadamente é fundamental para uma aparência jovem e bela da pele.

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A hipoderme Terceira e última camada da pele, a hipoderme, também conhecida como tela subcutânea, conecta a pele com os tecidos musculares. Essa camada é altamente elástica e possui células de gordura como “absorvedoras de choque”, servindo assim de suporte para estruturas delicadas como vasos sanguíneos e terminações nervosas. A hipoderme pode ser considerada como extensão dos fortes feixes fibrosos e elásticos que formam a derme. Com seus diversos e diminutos componentes e sua estrutura multiestratificada, a pele é extraordinariamente complexa. Para que ela seja saudável e bela, são necessários equilíbrio e um funcionamento adequado de todos os elementos inter-relacionados. À medida que aumenta o conhecimento a respeito de como ela funciona, os químicos cosmetólogos passam a ter mais elementos novos a considerar quando procuram melhorar o funcionamento de diferentes mecanismos e a formulação de produtos cosméticos apropriados para os cuidados da pele. Entre as preocupações do químico cosmetólogo estão: • evitar ou reduzir danos à pele nas camadas dérmica e epidérmica. Além da correção, esse tem sido o ponto forte focal para o desenvolvimento de produtos e seleção de ingredientes; • aumentar a hidratação da pele para garantir um funcionamento adequado. Isso também envolve a preservação e o reforço da função de barreira epidérmica; • ajudar a pele a manter o equilíbrio químico, assegurando assim um funcionamento apropriado; • selecionar ingredientes para uma performance otimizada nas camadas onde devem desempenhar uma função específica. Outro desafio para o químico cosmetólogo é que isso deve ser feito dentro das diretrizes estabelecidas que definem cosméticos e produto de penetração. Quanto mais se sabe a respeito da pele e de sua complexidade e composição química e de como e por que ela funciona, mais oportunidades haverá de identificar ingredientes ou compostos que possam lhe oferecer importantes benefícios. Isso significa manter a beleza e a saúde da pele e retardar os danos causados pela passagem do tempo – supondo, é claro, que esses ingredientes alcancem seu destino dentro da pele inalterada. Esse é mais um desafio para o químico cosmetólogo.

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Capítulo 2

Penetração do produto

Atualmente, a maioria dos consumidores de cosméticos conhece e preocupa-se com os ingredientes ativos de um produto e sua capacidade de penetrar na pele. O conceito de penetração, porém, não é tão simples; é mais correto pensar em termos de “liberação do ingrediente” em um sítio-alvo dentro da pele. Isso inclui sítios específicos na superfície da pele – o estrato córneo –, pois nem todos os ingredientes devem penetrar. Para garantir a eficácia do produto, é importante considerar sua formulação total, não apenas os ingredientes ativos. Estes precisam ser liberados no sítio-alvo, mesmo se o alvo for a superfície do estrato córneo. Portanto, agentes ou veículos de liberação que facilitam a penetração, tais como os lipossomas, também devem ser levados em consideração. O retinol encapsulado, por exemplo, penetra com menos irritação que o retinol livre. Além disso, os cosméticos contêm muitos outros ingredientes, que incluem emulsificantes, espessantes e agentes gelificantes, estabilizantes e conservantes. Cada um deles desempenha uma função que ajuda a tornar o produto completo. Para não impedir ou neutralizar a atividade, esses ingredientes também precisam desempenhar sua própria função e, ao mesmo tempo, ser compatíveis com os ingredientes ativos. Não há dúvida de que os ingredientes penetram. Há, porém, numerosas questões que surgem dessa compreensão – até onde eles podem ou devem penetrar, tanto para serem eficazes em seu sítio-alvo quanto/ou para permanecerem nos limites dos cosméticos, e não dos produtos farmacêuticos. Outra questão importante é como manter a integridade dos ingredientes ativos ao longo de seu percurso em direção ao sítio-alvo. Uma das perguntas feitas pelos químicos cosmetólogos é qual a porcentagem do ingrediente ativo que efetivamente atinge o sítio-alvo.

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A hiperpigmentação e o uso de inibidores de tirosina/melanina são um bom exemplo do quanto é difícil e, no entanto, crítico para a eficácia do produto o conceito de penetração. O ingrediente designado como ativo precisa cruzar a barreira lipídica do estrato córneo, atravessar a estrutura celular da epiderme, penetrar nos melanócitos e chegar até os melanossomos – ao mesmo tempo em que conserva sua integridade química e estrutural a fim de provocar a reação química que pode inibir a transformação da tirosina em melanina. Isso não é pouca coisa. Na outra extremidade do espectro estão os filtros solares. Estes precisam permanecer na superfície da pele para serem realmente eficazes. Assim, a eficácia do produto não é só uma função dos ingredientes ativos. É uma função de toda a formulação, já que todo o conjunto de ingredientes trabalha em sinergia para garantir que o componente ativo alcance o alvo sem impedir sua capacidade de agir. Para entender a eficácia do produto, as perguntas tradicionais ainda são válidas: como os produtos penetram? A penetração é importante para a eficácia cosmética do produto? A penetração do produto é crucial para o real tratamento cosmético de determinados tipos e condições de pele? Podemos começar a respondê-las entendendo com clareza a definição dos parâmetros de penetração do produto, incluindo os porquês, o como e os fatores que podem afetá-la.

O que é penetração do produto? Por definição, penetração do produto é o movimento de substâncias químicas através da pele. Embora o estrato córneo proporcione uma barreira à penetração, a pele agora é reconhecida como um membrana semipermeável. Microrga­nis­ mos não podem penetrar em uma pele intacta, mas substâncias químicas podem. A pele seletivamente permite a passagem de moléculas em ambos os sentidos – de dentro para fora e de fora para dentro. Apesar disso, uma quantidade significativa de substâncias químicas de aplicação tópica na forma de cosméticos e loções é absorvida pela pele (possivelmente 60%). A maior parte dos agentes que penetra na pele precisa atravessar a matriz lipídica intercelular, pois esses lipídeos formam uma barreira quase contínua no estrato córneo. Essa barreira pode variar consideravelmente dependendo da idade do indivíduo, do sítio anatômico considerado e até mesmo da estação do ano. Em distúrbios de pele, incluindo a pele

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seca e muito seca, essa barreira – e portanto a permeabilidade do estrato córneo – é comprometida e os produtos podem penetrar com mais facilidade. Para muitos consumidores, a eficácia parece ser uma função da penetração do produto. Na verdade, a eficácia do produto é determinada por uma grande variedade de fatores, incluindo os ingredientes ativos incorporados, a quantidade de ativos utilizados, os veículos selecionados para ajudar a transportar esses ativos até seus sítios-alvo, a quantidade de ativos que de fato chega ao sítio-alvo e a capacidade de os ativos ali permanecerem tempo suficiente para otimizar suas funções e conceder o benefício desejado. Para o uso mais eficiente de um ingrediente ativo é preciso atingir uma concentração efetiva no sítio-alvo e minimizar concentrações onde o ativo é improdutivo ou potencialmente nocivo. Uma questão importante para os formuladores de cosméticos é garantir que os ingredientes não penetrem na derme e sejam dali carregados para a corrente sanguínea, através dos sistemas capilares. Isso seria a absorção do produto pela pele, chegando até o sistema circulatório, o que o colocaria no domínio dos produtos farmacêuticos. O conceito de liberação do ingrediente em um sítio-alvo deve também distinguir entre liberação dérmica e liberação transdérmica. No primeiro caso, o sítio de atividade é o estrato córneo, a epiderme viável e/ou a derme. No segundo caso, o sítio de ativação está além da derme, sendo o sistema circulatório o sítio-alvo normal. Tradicionalmente, a liberação cosmética refere-se somente à liberação na superfície da epiderme. A liberação transdérmica é estritamente uma área farmacológica. Isso resulta em um claro parâmetro de entendimento: ingredientes cosméticos precisam ser liberados na pele e não através da pele. Portanto, uma das questões fundamentais que envolvem a penetração do produto cosmético é evitar a liberação transdérmica e manter o princípio ativo dentro de uma camada cutânea específica. Atualmente, os cientistas investigam dois métodos para obter esse resultado. Um deles é assegurar que o princípio ativo chegue ao seu alvo e ali permaneça ativo. O outro é garantir que ele se torne inativo caso ultrapasse o sítio desejado. Químicos cosmetólogos geralmente encontram-se diante de questões relacionadas: quanto permanece como resíduo na pele? Quanto chega ao sítio-alvo? Quanto poderia estar seguindo mais adiante através da pele, alcançando o sistema circulatório? E qual é o equilíbrio ou proporção ideal dessas possibilidades? Também é importante lembrar que, ao avaliar a eficácia de um produto, basear conclusões unicamente no potencial de penetração poderá ser enganoso.

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Por exemplo, os clareadores de pele devem penetrar na epiderme e alcançar a camada basal a fim de inibir a enzima tirosinase, responsável pela produção de melanina. No entanto, os descolorantes também podem permanecer na superfície do estrato córneo para descolorar o pigmento acumulado. Em ambos os casos poderão ser eficazes, mas seu potencial de penetração difere. Absorvedores de UV são um bom exemplo de produtos que precisam permanecer na superfície da pele para serem verdadeiramente benéficos. Se eles penetrarem, tornam-se menos eficazes porque ultrapassaram o sítio de ação. Na extremidade oposta do espectro de filtros solares estão os antioxidantes e moléculas com propriedades antienvelhecimento. Estas tendem a exercer a maior parte de seus benefícios quando estão na epiderme ou mesmo na derme e, portanto, sua eficácia é altamente dependente da penetração visando ao alvo. Hidratantes podem funcionar de diferentes maneiras. Aqueles que funcionam por oclusão devem permanecer na superfície da pele; outros, tais como os umectantes, devem penetrar nas camadas superficiais e ali ajudar a reter a água. Assim, a necessidade de penetração do produto e a sua eficácia devem estar em correlação direta com a função do ingrediente.

Por que os produtos penetram? Os produtos penetram por via de dois canais principais: o canal extracelular e o canal intercelular. Em tratamentos tópicos, o órgão de absorção é a pele, contudo, no interior da pele há numerosos sítios-alvo diferentes. Entre eles o poro filossebáceo e os ductos sudoríparos, o estrato córneo, a epiderme viável e a junção epidermicodermal. Não poucas vezes, as mesmas substâncias ativas agirão em vários desses sítios-alvo. A velocidade de penetração depende do tamanho das moléculas, do veículo liberador e do estado de integridade e saúde da pele. Está claro que a capacidade da pele de servir como uma barreira depende muito de uma camada córnea intacta. A remoção ou alteração dessa camada por raspagem ou descamação (devido ao ressecamento), aplicação de produtos como Retin-A™ ou alfa-hidroxiácidos, ressecamento da pele ou doenças como eczema e psoríase podem aumentar a penetração do produto. O movimento através da camada córnea depende do tamanho das moléculas de cada ingrediente e de sua tendência a interagir metabolicamente com a química da pele e com os receptores celulares. Se esse movimento for lento, haverá uma concentração significativa do produto. Isso resulta na formação de

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algo semelhante a um reservatório, onde a camada córnea retém o que penetrou além de suprir os tecidos subjacentes com um determinado composto durante um período após a aplicação. A camada córnea pode, assim, funcionar com uma dupla função – como barreira e como reservatório –, estocando compostos durante horas após a aplicação na pele. Algumas doenças podem alterar a velocidade de absorção tópica. Por exemplo, o diabetes é conhecido por mudar a estrutura da junção epidérmico-dermal e a função capilar, aumentando a capacidade de absorção da pele em diabéticos crônicos. Além disso, a penetração química varia em diferentes partes do corpo. Na face e no escalpo (couro cabeludo), por exemplo, a absorção geralmente é de cinco a dez vezes maior que em outras partes.

Como os produtos penetram? A camada córnea, com suas células fortemente ligadas entre si, é o maior obstáculo à penetração do produto. A segunda barreira é a junção epidérmico-dermal, ou membrana basal. Se uma das funções da pele é servir como barreira, protegendo o corpo contra a penetração de materiais estranhos, como os ingredientes químicos ou cosméticos poderão penetrar? Estruturalmente, a pele absorve. Essa absorção ocorre através dos poros pilossebáceos, ductos das glândulas sudoríparas, canais intercelulares que mantêm as células juntas e o próprio sistema celular. Na verdade, uma grande porcentagem dos produtos de aplicação tópica nunca penetra na camada córnea por causa de uma ou mais das seguintes razões: • tamanho das moléculas (muito grandes); • retenção ou fixação na superfície por outros ingredientes presentes no produto; • evaporação (se for volátil); • adesão à superfície das células córneas e depois perda por esfoliação. Os produtos que conseguem penetrar podem: • atravessar as células epidérmicas e o cimento celular; • formar um reservatório ligando-se à camada córnea (ou à gordura subcutânea), de onde poderão ser liberados bem lentamente;

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• ser metabolizados por processos próprios da pele; • penetrar na derme e ali permanecer; • penetrar na derme e serem absorvidos para a microcirculação pelos capilares (este é um método de absorção usado no campo farmacêutico; são exemplos a nicotina e os adesivos de estrógeno). Embora os porquês e o como da penetração do produto já tenham sido esclarecidos, também é importante considerar aquilo que pode afetar esse tipo de ação.

Fatores que afetam a penetração do produto As condições de saúde da camada córnea são o principal fator que afeta a velocidade e a extensão da absorção da pele. Outro fator é a hidratação da pele. Um dos métodos mais comuns para aumentar a penetração é por meio da oclusão (captura de líquido ou gás, neste caso na camada córnea), a fim de se impedir a evaporação de água da superfície, o que faz aumentar a hidratação da camada córnea. Esse é o conceito por trás do uso das máscaras faciais. Ambientes com umidade relativa acima de 80% também podem resultar em uma hidratação significativa da pele. Deve-se observar, porém, que embora a pele apresente uma grande capacidade de absorção da água, sua capacidade de retenção é bem menor. À medida que a camada córnea amolece devido à hidratação excessiva (durante banhos prolongados, por exemplo), sua função como barreira é enfraquecida, aumentando a perda de umidade e a desidratação. Uma das principais rotas para a penetração química na camada córnea é através dos lipídeos nos espaços intercelulares. A composição lipídica da camada córnea afeta, portanto, a penetração. Dada a miscibilidade (capacidade de se misturar) entre os óleos, substâncias químicas dissolvidas em carreadores à base de óleo penetrarão com mais facilidade nas camadas epidérmicas do que aquelas dissolvidas em água. No entanto, substâncias lipofílicas (que têm afinidade por óleos) têm mais dificuldade para continuar penetrando, pois as camadas epidérmicas inferiores possuem mais água do que o estrato córneo, sendo, portanto, lipofóbicas. Sabe-se que água e óleo não se misturam facilmente, se é que se misturam. Os carreadores em que são dissolvidos ou misturados os ingredientes para uma aplicação conveniente e controle da concentração do ingrediente desempenham papel importante na determinação da velocidade de penetração.

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Em alguns casos, a absorção química pode ser limitada pelo carreador utilizado, e não pela função de barreira própria das camadas da pele. Por exemplo, em produtos em que os princípios ativos precisam permanecer na superfície da pele (como os absorsores de UV e hidratantes protetores), formulações baseadas em óleos oferecem ótimos resultados. Por outro lado, para vencer o desafio de fazer passar ingredientes ativos hidrofílicos (que têm afinidade pela água) pelos espaços intercelulares à base de lipídios no estrato córneo, é preciso um certo número de reações cosméticas, que podem aumentar a hidratação nessa camada, ou então tecnologias de liberação, como os lipossomas. A penetração do produto é agora um fato tão amplamente aceito que a preocupação atual é com a velocidade e a profundidade atingidas pelos ingredientes. Muitas técnicas têm sido desenvolvidas para obter uma penetração controlada do produto. Entre elas, o uso de vetores (lipossomas), materiais naturais de encapsulamento e outros sistemas. Em cada sistema de liberação, o objetivo é enviar um ingrediente ativo até o sítio-alvo, e ali mantê-lo, de modo que possa oferecer o máximo de benefícios, evitando ao mesmo tempo quaisquer reações negativas, tais como irritação, absorção dérmica ou outros efeitos indesejados.

Teste de produto Uma variedade de métodos de teste é utilizada para determinar a função de um ingrediente ativo na pele e onde ele se localiza uma vez introduzido topicamente. Esses testes podem ser in vitro e in vivo, e geralmente utilizam extensos e complexos programas de computador. Nos testes in vitro, a pele é cultivada em recipientes de vidro onde as células se reproduzem 20 vezes ou mais. Amostras de pele também podem ser obtidas de pacientes submetidos a cirurgia plástica ou algum outro tipo de cirurgia em que se elimina um segmento da pele. O trabalho in vitro apresenta grandes vantagens em termos de tempo, custo e considerações éticas quando a toxicidade é um problema em potencial. Produtos testados in vivo são aplicados em animais e seres humanos. Os estudos in vivo fornecem as informações mais diretas, pertinentes e conclusivas, especialmente quando o efeito sistêmico de um produto está sendo questionado – isto é, como o produto pode afetar o corpo como um todo. Os métodos utilizados no teste in vivo dependem do que os cientistas estão tentando provar. Por exemplo, a fim de se estabelecer o nível de hidratação e os benefícios de reparação

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de um produto ou ingrediente para pele seca, cientistas usam voluntários instruí­ dos a tratar a pele com sabonete comum por vários dias, sem utilizar hidratantes suplementares. Passado algum tempo, são feitas medidas para determinar o ressecamento da pele. Em seguida, os pesquisadores dão um produto hidratante a alguns voluntários e um placebo aos outros. Em intervalos periódicos, mede-se a hidratação da pele de todos os sujeitos, a fim de se determinar a velocidade de hidratação com o tempo. No caso do teste de filtros solares, o objetivo é manter os ingredientes ativos nas camadas superiores do estrato córneo, garantindo assim eficácia e evitando questões de toxicidade. Técnicas de remoção com fita adesiva (tape-stripping) são muito utilizadas neste caso, além de amostras de sangue e urina. Em alguns desses testes foram encontrados filtros solares orgânicos no plasma sanguíneo e na urina. O mesmo não aconteceu com filtros solares à base de minerais. No caso de produtos que permanecem na superfície da pele ou na camada córnea, os pesquisadores aplicam o produto na pele e depois o removem com uma fita adesiva ou por raspagem. A velocidade de penetração do produto e a alteração celular em diferentes níveis de penetração são então estudadas, geralmente com o uso de modelos complexos de computadores. Para produtos que supostamente penetram nas camadas dérmicas, seu efeito sistêmico é também avaliado com modelos sofisticados de computadores, que permitem aos pesquisadores ver não só até que ponto o produto penetrou, mas também quais foram as mudanças causadas na estrutura celular. Os compostos estudados são marcados e sua penetração é acompanhada na pele e no sangue, na urina e em outros fluidos corporais. No entanto, as quantidades que penetram na pele geralmente são muito pequenas e exigem um equipamento extremamente sensível para detectar sua presença no corpo. Pelo que sabemos das funções da pele, os produtos (ou, mais precisamente, os ingredientes específicos neles contidos) podem, nas condições corretas, penetrar, geralmente por absorção. A penetração, no entanto, pode não ser o mais importante para a eficácia de um produto. Em certos casos, na verdade pode até ser indesejável ou contraproducente. Grandes progressos estão sendo feitos na química dos cosméticos e para entender como funciona a pele. Com esse conhecimento, novas tecnologias estão disponíveis, facilitando a penetração do produto até o ponto máximo de eficácia, com o mínimo de efeitos colaterais.

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Capítulo 3

Tipos e condições de pele

A correta identificação dos tipos e condições de pele é fundamental para selecionar com sucesso produtos cosméticos eficazes. Embora existam tantas variações sutis de tipos e condições de pele quanto o número de seres humanos, certas características predominantes permitem que os tipos de pele sejam agrupados em três classificações, e as condições em outras seis. Na maior parte dos casos, os indivíduos apresentam uma combinação de tipos de pele e mais uma ou duas condições de pele. Os produtos geralmente são formulados para atender situações específicas. Este capítulo tem como objetivo ajudar a relacionar as exigências da pele aos ingredientes cosméticos mais benéficos para o indivíduo. Também é útil para identificar por que um certo produto pode ou não oferecer os resultados esperados, e também identificar reações negativas em potencial.

Tipos de pele Os tipos de pele são hereditários, resultado do funcionamento das glândulas sebáceas. Podem ser classificados em três categorias: normal, oleosa e seca. Na maior parte dos casos, os indivíduos têm uma combinação de tipos de pele, tais como uma Zona T (em torno dos olhos, nariz e queixo) oleosa e faces normais. É claro que esses tipos de pele ocorrem em diversas graus, como muito oleosa ou muito seca, levemente oleosa ou levemente seca. A noção de que a pele pode ser oleosa ou seca é mais uma confusão de conceito do que uma realidade. Por exemplo, quando as pessoas descrevem sua pele como tendo sido oleosa e de repente tornou-se seca, referem-se a um tipo de

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pele oleosa que está perdendo umidade em razão do excesso de ressecamento. Isso geralmente é causado pelo uso exagerado de adstringentes, sabonetes e/ou esfoliantes em uma tentativa de reduzir a secreção de óleo. Embora a pele seja do tipo oleosa, esse ressecamento deve ser considerado uma condição da pele e chamado apropriadamente de desidratação, que é uma falta de umidade e não de oleosidade. De modo geral, parece haver uma tal obsessão com a oleosidade que as pessoas esquecem da umidade. É muito comum ouvir “Não preciso de um hidratante, minha pele é oleosa”. É importante lembrar que a pele tem oleosidade produzida pelas glândulas sebáceas e água que vem dos canais intercelulares, e que ambas são importantes para a beleza e para retardar o processo de envelhecimento.

Pele normal A pele normal tem hidratação, tônus muscular e resiliência perfeitos, produzidos pela umidade e pelos tecidos adiposos. Há uma intensa atividade biológica na camada basal, a circulação sanguínea é ativa e o metabolismo, equilibrado. A pele normal tem aparência macia, hidratada, carnuda, suave e nova, além de apresentar brilho e cor saudáveis. A camada córnea tem uma textura fina e não há rugas, linhas de expressão ou poros abertos visíveis. O melhor exemplo de pele normal é a das crianças, do nascimento até geralmente a puberdade. Glândulas sebáceas funcionando com taxa de secreção normal também ocorrem em indivíduos maduros que já tiveram pele oleosa. Com a idade, a taxa de secreção das glândulas sebáceas diminui e torna-se normal. Neste último caso, porém, a pele normal é diferente da pele normal jovem, visto que não há uma atividade biológica intensa na camada basal e, na maioria dos casos, a maleabilidade e a cor deterioraram. Envelhecimento em virtude da passagem do tempo, exposição ao sol e outros elementos externos, como clima rigoroso, desidratação e cuidados insuficientes constituem o principal fator de deterioração da pele normal. Outros fatores incluem consumo insuficiente de água e dieta inadequada. Chá, café e refrigerantes não compensam a água, pois seu processamento pelo corpo é diferente. Alimentos sem vitaminas, enzimas e aminoácidos não oferecem às células os nutrientes necessários para a reprodução e crescimento celular. Cuidados inapropriados com a pele, como a falta de limpeza, são muito comuns em

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crianças e adolescentes devido à falta de informação. O uso de sabonetes muito fortes e de esfoliantes, o clima e o ambiente contribuem para a deterioração da pele normal. A exposição ao sol e aos elementos sem a devida proteção resseca, desidrata e envelhece a pele. A pele normal requer limpezas matutinas e vespertinas apropriadas e prote­ ção contra a oxidação causada pelos radicais livres. O uso consistente de hidra­ tantes protetores durante o dia, para impedir a perda de umidade, e cremes hidratantes à noite é essencial. É importante que esses produtos contenham antioxidantes, como as vitaminas E e C, idebenona ou coenzima Q10. Esfoliações ocasionais também são benéficas. A proteção contra o sol é extremamente importante, mesmo para as crianças. Estas não devem ir à praia sem um filtro solar apropriado ou sair na neve sem um bom creme protetor, incluindo a proteção do FPS.1 Para a pele normal, é fundamental a prevenção contra danos.

Pele oleosa A pele oleosa é uma condição hereditária que se desenvolve em consequência da excessiva ativação das glândulas sebáceas. Essa atividade é controlada pelo andrógeno, ou hormônio masculino. A pele oleosa pode ser reconhecida por sua aparência lustrosa, grossa e consistente. Os poros mostram-se dilatados, geralmente devido ao óleo acumulado no folículo pilossebáceo. Poros dilatados têm sua condição agravada quando a pele está desidratada. Uma cútis oleosa tende a parecer suja e descuidada – com manchas ocasionais no queixo ou na região da testa –, além de dar uma sensação gordurosa ao tato. Climas úmidos e quentes tendem a exacerbar as secreções das glândulas sebáceas, tornando a pele mais oleosa. Os problemas com esse tipo de pele podem se agravar pelo uso incorreto de produtos e a tendência a secá-la, seja com sabonetes muito fortes, seja com o uso excessivo de adstringentes e esfoliantes. A superestimulação das funções da pele por meio de esfoliação ou de massagem estimuladora deve ser evitada. A pele oleosa pode ser classificada em duas subcategorias: oleosa (sem deficiência de água) e oleosa desidratada (com deficiência de água). No primeiro caso, a pele tem uma hidratação apropriada; embora seja oleosa ao tato e pareça oleosa, não dá a sensação de “seca”. Na segunda subcategoria, falta umidade 1. Fator de proteção solar.

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à pele. Todas as características da pele oleosa estão presentes, mas o indivíduo tende a se queixar de “pele seca”. Geralmente as pessoas com pele oleosa tendem a usar ingredientes ressecantes e desidratantes, em um esforço para se sentirem “menos oleosas”. O resultado é uma pele flocosa, áspera e escamosa. Quando esse tipo de condição se desenvolve, é comum o “autodiagnóstico” de pele seca e a aquisição de produtos ricos em óleos. Como a pele já tem gordura suficiente, esses produtos somente agravam sua condição de oleosidade, resultando em manchas, cravos, etc. Não é raro indivíduos com pele oleosa concluírem que não precisam de hidratante porque têm pele oleosa. Portanto, é importante distinguir que a oleosidade vem das glândulas sebáceas e a umidade, dos canais intercelulares. Os cuidados com a pele oleosa exigem uma limpeza completa, porém suave, de manhã e no final da tarde. Hidratantes protetores diurnos ajudarão a pele a manter sua maleabilidade e umidade. Cremes noturnos, géis ou loções devem ajudar a regular a secreção das glândulas sebáceas. É essencial manter a pele oleosa limpa e hidratada, com os devidos cuidados. Esfoliantes como os AHAs ou os BHAs são altamente recomendados, bem como o uso semanal de esfoliantes à base de enzimas que promovem a descamação para ajudar a melhorar a aparência e a textura da pele oleosa, reduzindo a hiperqueratose. Quando devidamente cuidado, esse é o tipo de pele preferido, já que nele o processo de formação de rugas é retardado. Substâncias ativas, incluindo aquelas de origem botânica que podem ajudar a regular ou reduzir as secreções das glândulas sebáceas, são altamente benéficas. Ingredientes ativos adequados podem ser incluídos, mas não se limitam à geleia real e vitamina F. Entre os produtos de origem botânica apropriados estão o alecrim; óleo e bálsamo de limão, por sua ação antisséptica e depurativa; todas as frutas cítricas, pois são antibacterianas, antissépticas e adstringentes; o fruto da rosa, por suas propriedades antissépticas e sua capacidade de regular a secreção das glândulas sebáceas; a sálvia, que é um antisséptico e antibacteriano; milefólio, que tem propriedades adstringentes e antissépticas; e o hortelã e o tomilho, que agem como solventes das gorduras e também sobre as glândulas sebáceas.

Pele seca A pele seca se desenvolve como resultado de glândulas sebáceas pouco ativas. Embora hereditária como a pele oleosa, também é consequência do envelheci-

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Capítulo 3 – Tipos e condições de pele

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mento. Como todas as atividades corporais diminuem com o tempo, o mesmo acontece com a atividade das glândulas sebáceas. A pele seca tende a ficar desidratada. Poderá tornar-se escamosa, áspera e apresentar pruridos. Raramente apresenta cravos, e quando aparecem é na região do nariz. A falta de oleosidade na pele seca reduz sua capacidade de reter umidade, já que a oleo­ sidade da pele age como barreira natural contra a perda de umidade. A pele seca caracteriza-se por ser muito fina, bastante delicada e tênue. A secre­ção insuficiente de óleo destitui a pele da “cola” necessária para reter as células na camada córnea. Como resultado, a pele seca tem menos células na camada córnea que a pele oleosa. Na pele seca, os poros são quase invisíveis. A pele também tende a se enrugar mais facilmente e geralmente é marcada por pequenas linhas superficiais. Os problemas da pele seca se agravam com a exposição ao sol, vento e calor. Cuidados inapropriados, especialmente a falta de proteção contra a perda de umidade, exacerbam ainda mais o problema. O tratamento para esse tipo de pele deve incluir o uso de produtos que estimulem as funções da pele, ativem a secreção das glândulas sebáceas e forneçam uma hidratação profunda. Hidratantes que formam uma película “vedante” sobre a superfície da pele impedem ou reduzem a perda de umidade e incluem ingredientes de alto peso molecular, tais como o colágeno, ácido hialurônico e silicones naturais (p. ex., dimeticona). Outros ingredientes hidratantes também são essenciais para ativar a capacidade natural da pele de reter a água e para hidratá-la ainda mais. Entre esses ingredientes estão os ácidos glicólico e lático, glicerina, ureia, ceramidas e colesterol. Esses hidratantes multifuncionais são essenciais para a pele seca. Cremes nutrientes, que podem estimular as funções da pele e a secreção da glândula sebácea, são altamente recomendados. Assim como acontece com todos os tipos de pele, o uso de produtos com ingredientes antioxidantes é fundamental para retardar os danos causados às células. O uso de máscaras hidratantes e nutrientes também é aconselhável para a pele seca. Ingredientes apropriados para a pele seca incluem, mas não se limitam a, vitamina E (tocoferol), PCA, ginseng, extrato de dente-de-leão, óleo de abacate, óleo de macadâmia, ácido hialurônico, ceramidas e mucopolissacarídeos. Entre os produtos de origem botânica estão: erva-de-são-joão, eficaz para melhorar a circulação; aloe vera (babosa ou aloé), por sua capacidade de hidratação profunda; sálvia, que é estimulante e revigorante; e o extrato de flor de laranjeira, que é calmante e aliviante.

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Pele mista A pele mista tende a apresentar faces normais e uma Zona T oleosa, ou faces secas e Zona T normal. A pele não pode ser seca e oleosa ao mesmo tempo. Não há uma tendência a um tal extremo em um espaço tão pequeno. Geralmente, quando a pele é clasificada como seca e oleosa, ela é oleosa ou oleosa e normal desidratada.

Condições da pele As condições da pele se desenvolvem com o tempo e se aplicam a todos os tipos de pele (com exceção da acne, que não costuma aparecer em pele seca), resultando em muitas combinações que tornam a pele de cada pessoa única. As condições mais comuns são: desidratação, couperose, sensibilidade, pigmentação, envelhecimento, acne vulgaris e rosácea. Essas condições desenvolvem-se por várias razões, incluindo: baixo conteúdo de água na pele; produção excessiva de células córneas; metabolismo precário; danos por radicais livres; produção de melanina em desequilíbrio ou excessiva; cuidados inadequados com a pele; excessiva exposição ao sol ou uso de câmaras de bronzeamento; e falta de proteção contra o ambiente, incluindo o sol.

Desidratação A desidratação – ou falta de umidade suficiente no sistema celular e nos canais intercelulares – é uma das condições mais comuns da pele. As causas são: o comprometimento da permeabilidade da barreira de lipídeos; rachaduras na pele devido à diminuição na maleabilidade, maciez e flexibilidade do estrato córneo; redução no tamanho dos corneócitos achatados e do estrato córneo; e menor capacidade de reter a umidade, geralmente resultado de uma redução nos níveis de glicosaminoglicanos devido ao envelhecimento da pele. A desidratação é agravada por condições atmosféricas que incluem muito sol e vento, bem como o não uso de filtros solares e/ou de hidratantes protetores diurnos. Outros fatores de agravamento são o uso inapropriado de produtos de beleza; lavagem com sabões muito fortes e água; ingestão de chá, café, refrigerante ou diuréticos; e não beber água o suficiente.

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A pele desidratada tem uma aparência seca, escamosa e flocosa. Parece esticada. Ao ser levemente puxada, a pele “encrespa” de um modo semelhante a quando se puxa o canto de uma folha de papel de seda muito fino. Às vezes, a pele parece possuir uma fina camada adicional sobre ela. Isso fica evidente especialmente no nariz e na testa. A desidratação é uma das condições mais difíceis de diagnosticar. Geralmente é confundida com ressecamento, que tecnicamente é uma falta de oleosidade. Infelizmente, desidratação e ressecamento apresentam muitas semelhanças. Tanto a pele seca quanto a pele oleosa podem estar desidratadas. A pele seca poderá desidratar-se porque a pele fina tem dificuldade em reter a umidade interna. A pele oleosa torna-se desidratada pelo uso de sabões ou sabonetes fortes e o uso excessivo de adstringentes. Quando a pele oleosa se desidrata, as camadas superficiais das células endurecem e bloqueiam a secreção de gordura. O resultado é que o óleo fica acumulado sob a camada córnea. Isso é particularmente prejudicial no caso de alguém com acne, porque também resulta no enclausuramento da infecção. Para pôr fim à confusão entre desidratação e ressecamento, a melhor abordagem é primeiro diagnosticar o tipo de pele e depois a condição da pele. Os cuidados com a pele desidratada requerem o uso de hidratantes com ingredientes que irão proteger a pele da perda de umidade, além de restaurar a hidratação interna. Ingredientes hidratantes que podem ajudar a pele a reter a umidade interna, reduzindo a perda de água transdérmica, geralmente têm alto peso molecular, por exemplo, o colágeno e o ácido hialurônico. Além disso, para ajudar a aumentar a umidade interna da pele, o uso de AHAs poderá ativar a capacidade de retenção de água dos glicosaminoglicanos, e também ser complementado por ingredientes que adicionem umidade à pele, tais como glicerina, ureia e propilenoglicol. A fim de se restaurar ou fortalecer a barreira de lipídeos da pele (e assim reduzir a perda transepidérmica de água), ingredientes como ceramidas, colesterol e ácidos graxos são essenciais. O aloé é um importante ingrediente de origem botânica para peles desidratadas. Além de hidratantes com esses ingredientes, os cuidados apropriados incluem a aplicação semanal ou quinzenal de máscaras hidratantes, dependendo do nível de desidratação.

Couperose A couperose é uma vermelhidão temporária ou crônica que aparece na face. Surge como vasos sanguíneos vermelhos brilhantes, pequenos, dilatados e espiralados, geralmente nas faces, em torno do nariz e, às vezes, no queixo.

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A couperose ocorre principalmente como resultado de paredes capilares com pouca elasticidade. Quando há um repentino fluxo de sangue, porque a pessoa enrubesceu ou devido ao calor excessivo ou outro estímulo qualquer, os capilares se expandem, dando lugar à intensificação do fluxo sanguíneo. Quando a quantidade de sangue retrocede, os capilares se contraem e voltam ao tamanho normal. Se a parede capilar não for suficientemente elástica, expandirá, mas não contrairá novamente a sua forma ou tamanho original. O resultado são capilares distendidos, que irão acumular células sanguíneas dentro de sua estrutura, dando assim a aparência de uma vermelhidão difusa ou local. A couperose é agravada por condições atmosféricas, como climas quentes ou frios, pelo uso de água excessivamente fria ou quente, transtornos nervosos, distúrbios digestivos, saunas, exercícios que deixam a face muita vermelha, ingestão de álcool e de líquidos muito quentes, ingestão de alimentos picantes, enrubescimento e exposição excessiva ao sol. Indivíduos que sofrem de couperose e que também usam Retin-A™ devem consultar-se com um médico, pois esse produto pode agravar sua condição. Deve-se tomar cuidado para que a pele nessas condições não seja excessivamente exposta à água quente ou fria. Cremes ou loções noturnas que ajudam a fortalecer as paredes capilares são úteis. Produtos com ingredientes refrescantes e vasoconstritores também são benéficos. Ingredientes de origem botânica igualmente benéficos para a couperose incluem a uva; castanha-de-cavalo; erva-de-são-joão, para atividade anti-inflamatória; e acácia, por suas propriedades aliviantes.

Sensibilidade De modo geral, o termo sensibilidade é usado quando a pele imediatamente apresenta reações adversas ou mudanças indesejadas em resposta a fatores externos, tais como produtos cosméticos ou farmacêuticos ou produtos comuns de toucador. A sensibilidade da pele pode manifestar-se como inflamação, vermelhidão, constrição, prurido, queimação, manchas, flocosidade, placas escamosas, inchaços etc. É importante distinguir pele reativa de pele sensível. A pele reativa poderá experimentar quaisquer das ocorrências acima citadas, mas o fará aleatoriamente; em outras palavras, não irá reagir ao mesmo produto ou ingrediente da mesma maneira cada vez que forem utilizados. Na verdade, talvez reaja

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uma vez e nunca mais. A pele considerada clinicamente (isto é, efetivamente) sensível irá responder de modo previsível (da mesma maneira) toda vez que um ingrediente ou produto específico for aplicado. A percepção da sensibilidade cutânea em consumidores de um modo geral é alta. Pesquisas mostram que em alguns países mais de 60% das mulheres reportam que possuem pele sensível. Do ponto de vista científico, porém, estima-se que não mais de 20% da população possa ter pele sensível, e destes, somente 2% a 5% podem ser atribuídos a ingredientes cosméticos. A pele reage com sensibilidade quando o estrato córneo sofre algum dano e produtos podem penetrar diretamente nas camadas mais profundas da epiderme e/ou da derme. Além disso, os próprios componentes químicos da pele, sua flora bacteriana e/ou seus antígenos – substâncias que estimulam uma resposta imunológica – podem reagir aos componentes químicos de um produto e causar uma reação de sensibilidade. Uma vez que a composição química da pele de cada pessoa varia, isso pode ser o suficiente para que um indivíduo apresente sensibilidade a um determinado ingrediente enquanto outro não. Fatores como o clima e os níveis de poluição ambiental também combinam com a própria química da pele. Isso pode produzir uma reação química ou derivados químicos que depois interagem com os ingredientes de um produto cosmético, resultando em uma reação de sensibilidade. Pele sensível é um problema altamente complexo e difícil de resolver. Entre as possíveis razões para essa condição está a sensibilidade do sistema nervoso, que apresenta uma resposta intensificada a estimulações cutâneas que normalmente seriam irrelevantes; uma forte resposta imunológica consistindo em uma intensa resposta por parte dos anticorpos; uma barreira defeituosa que permite a rápida penetração de ingredientes na epiderme e na derme, o que rapidamente ativa a resposta sensorial. Ingredientes que costumam causar sensibilidade são as fragrâncias, conservantes e alguns filtros solares químicos. É importante observar que um ingrediente pode não ser, via de regra, um sensibilizador, mas a pele de um determinado indivíduo pode ser sensível a essa substância química em particular. Um ingrediente é considerado sensibilizador se a maioria das pessoas apresentar sensibilidade a ele. Quando ocorre uma reação em casos isolados, dizemos que o indivíduo é sensível, e não que o ingrediente é sensibilizador. Em última análise, as reações de sensibilidade são muito complexas e dependem do indivíduo que as experimenta.

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É sensato pessoas com pele sensível usarem cosméticos mais sua­ves e delicados. Do ponto de vista da formulação, os químicos cosmetólogos constantemente avaliam novos ingredientes antialergênicos, anti-inflamatórios e anti-irritantes. Interessante notar que esses ingredientes tendem a ser derivados de origem botânica. Os mais populares são: camomila, extrato de raiz de alcaçuz, aloe vera, gerânio, tussilagem e erva-de-são-joão.

Pigmentação A pigmentação é um processo normal na atividade celular que ocorre dentro da pele. A hiperpigmentação resulta de uma distribuição desigual da melanina sobre a superfície da pele, seja devido à acumulação de pigmento, como no caso das manchas da idade e lentigo, ou à produção irregular de melanina pelos melanócitos, como no caso do melasma. O melanócito é uma célula localizada na camada basal da epiderme. Dali ele projeta uma série de dendritos (tentáculos), cada um deles circundando aproximadamente 36 queratinócitos. No interior dos melanócitos estão os melanossomos, que produzem a melanina. Quando novos queratinócitos circundam uma porção dendrítica do melanócito, há um processo químico pelo qual os melanossomos são capazes de migrar para os queratinócitos. Uma vez no queratinócito, o melanossomo perde sua membrana e libera melanina. Isso confere aos queratinócitos – e portanto à pele – sua cor natural. A melanina é produzida pela proteína tirosina, que é ativada pela enzima tirosinase em um ambiente oxidante (isto é, por causa dos radicais livres). Assim, a exposição à luz UV e a consequente formação de radicais livres estimula um aumento na produção de melanina. A reação também é controlada por hormônios, o que explica por que o melasma pode ser uma consequência da gravidez e do uso de contraceptivos. Acredita-se também que períodos prolongados de estresse intenso podem causar melasma em indivíduos suscetíveis. A taxa de produção de melanina varia de pessoa para pessoa e entre as raças, sendo maior nos indivíduos de pele mais escura. A melanina age como um filtro, protegendo a pele e o corpo contra os efeitos nocivos da radiação solar. A irritação superficial, geralmente causada pela exposição ao sol, ativa ainda mais a produção de melanina, aumentando a quantidade desse pigmento na pele. O bronzeado, portanto, é basicamente a resposta protetora da pele contra os danos internos provocados pelos radicais livres.

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O lentigo, geralmente conhecido como “manchas da idade”, ocorre quando há uma acumulação irregular de melanina nas camadas epidérmicas superficiais. No caso do melasma, ou hiperpigmentação local, ocorre a pigmentação quando os melanócitos produzem uma quantidade maior de melanina em uma dada área da pele, e/ou quando a melanina não é propriamente absorvida pelas células queratínicas. O melasma ocorre como resultado de desequilíbrios hormonais causados pela gravidez, uso de pílulas anticoncepcionais, menopausa ou distúrbios nervosos. Manchas escuras também podem ser consequência de irritação na superfície da pele, como aquelas causadas pelas condições de acne. O melhor tratamento para pigmentação é baseado em agentes branqueadores ou despigmentantes e ingredientes que podem ajudar a regular a atividade dos melanócitos. Entre os branqueadores e os agentes clareadores da pele, sejam de origem botânica, sejam manufaturados sinteticamente, estão as plantas cítricas, idebenona, ácido kójico, óleo de limão, tília e milefólio. A hidroquinona, um ingrediente branqueador bastante eficaz, foi excluída da categoria de ingrediente cosmético em vários países devido ao seu efeito potencial de danificar os melanócitos. Alguns agentes branqueadores somente devem ser aplicados à noite, pois certos ingredientes tendem a reagir com a luz do sol e agravar ainda mais o problema. Ingredientes importantes que regulam a produção de melanina incluem os antioxidantes, pois esses podem reduzir os radicais livres que estimulam a atividade dos melanócitos. Entre tais ingredientes estão o ácido alfa-lipoico, chá verde, idebenona, superóxido dismutase e as vitaminas E e C. Além disso, ingredientes anti-inflamatórios e aliviantes são essencias para reduzir a irritação potencial da pele, que também agrava a produção de melanina. Ingredientes esfoliantes, como ácido glicólico ou ácido salicílico, ajudam a eliminar a pigmentação acumulada na superfície. É importante evitar fortes irritações na pele com ingredientes esfoliantes, pois isso poderá agravar o problema da pigmentação. Em todos os casos, ao tentar corrigir a hiperpigmentação – uma das condições de pele mais preocupantes – é fundamental o uso de um filtro solar de alto FPS durante todo o dia, não importando se faz sol ou se o tempo está nublado, se é verão ou inverno. A exposição direta ao sol durante o verão deve ser evitada, pois a luz UV intensifica o processo de oxidação responsável pela pigmentação. É claro que o uso de câmaras de bronzeamento também deve ser evitado. A não utilização do filtro solar poderá neutralizar quaisquer resultados que o tratamento venha a oferecer.

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Envelhecimento O envelhecimento da pele é um processo biológico complexo que afeta várias camadas cutâneas – especialmente a derme – e que resulta em modificação do material genético. Entre os eventos que ocorrem no processo de envelhecimento estão a deficiência de componentes nutricionais em diferentes tecidos, destruição celular por causa da excessiva exposição ao sol, o efeito dos radicais livres na membrana celular, deterioração da programação genética do DNA e redução da proliferação celular. O impacto no tecido cutâneo é a perda de elasticidade, reduzida capacidade de regular os níveis de água e uma replicação, ou processo de renovação, menos eficiente. As consequências são atrofia da pele e um processo geral de degeneração. O envelhecimento da pele é caracterizado por um estrato córneo mais espesso e epiderme e derme mais finas. Linhas e rugas ficam mais acentuadas em consequência de um maior ressecamento e desidratação causados pelo fato de a pele ficar mais delgada e pela redução na atividade das glândulas sebáceas. A cútis parece murcha e assume uma coloração de “marfim envelhecido” à medida que diminui a produção de melanina. A pele envelhecida é reconhecida por sua falta de elasticidade, de firmeza e afundamento causado pela perda de colágeno e elastina na derme. O envelhecimento é acompanhado de uma desaceleração na proliferação das células. A espessura da pele também diminui com a idade. Em média, a pele perde cerca de 6% de sua espessura a cada 10 anos. Isso significa que uma pessoa com 100 anos terá perdido aproximadamente 60% do volume inicial de sua pele. Isso causa impacto tanto na epiderme quanto na derme. O envelhecimento cutâneo pode ser agrupado em duas categorias. A primeira é o envelhecimento intrínseco ou cronológico, que resulta da passagem do tempo e é um processo lento e irreversível de degeneração tecidual. O envelhecimento intrínseco está associado à transformação do tecido conectivo e à diminuição da regeneração celular. A segunda categoria é o envelhecimento extrínseco. Geralmente é chamado de fotoenvelhecimento, pois se deve principalmente à exposição ao sol (UV), o que causa danos ou destrói as capacidades reprodutivas da célula e degenera o colágeno. Entre suas características clínicas estão as linhas de expressão e rugas, aspereza, pigmentação, couperose, queratose actínica e câncer de pele. Outros fatores que podem causar ou acelerar o envelhecimento extrínseco estão a exposição a elementos naturais, estresse e

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estilo de vida. Além do mais, o envelhecimento da pele é composto por problemas de saúde, desequilíbrios hormonais, cuidados inadequados na juventude e nutrição inapropriada, o que despoja a pele dos nutrientes necessários para a reprodução e o crescimento. Tratamentos antienvelhecimento enfatizam a volta a um aspecto mais suave e jovem, atenuando e normalizando a aparência da pele envelhecida pelo sol ou por outros agentes externos. Com a atual tecnologia de cuidados da pele, no entanto, torna-se cada vez mais possível enfatizar a prevenção do envelhecimento cutâneo, bem como a correção ou melhoria dos sinais visíveis. Já está bem estabelecido que o envelhecimento é mediado por danos causados por radicais livres, e tem origem na radiação UV (seguido da fumaça de cigarro). Assim, o primeiro passo no tratamento antienvelhecimento é proteger a pele da formação de radicais livres e de seus danos com o uso de filtros de UV, e aumentar os níveis de antioxidantes por meio do uso de produtos ricos em substâncias dessa natureza. Se a correção for feita sem qualquer prevenção, o que foi corrigido à noite poderá ser danificado durante o dia. Ingredientes altamente eficazes estão disponíveis para correção. Entre os mais sofisticados atualmente disponíveis estão a idebenona, poderoso antioxidante que reduz a destruição do colágeno e parece afetar o envelhecimento intrínseco; várias formas de vitamina A, especialmente o retinol ou ácido retinoico, que são reconhecidos como um dos melhores ingredientes para estimular as funções cutâneas; ácido glicólico, para normalizar o metabolismo da pele; neuropeptídeos (CL-F5, pequenos segmentos de aminoácidos que agem como mensageiros para as células, e feromônios, que servem como mensageiros químicos para a comunicação entre as células, além de atrair respostas comportamentais ou neurológicas. Entre os ingredientes de origem botânica benéficos no tratamento antienvelhecimento estão: o damasco, por suas vitaminas A, B, C e D e pelo conteúdo antioxidante; a cenoura, pela vitamina A e os sais minerais; e a raiz forte, por sua capacidade de melhorar a condição dos tecidos conectivos, regular as funções da pele, intensificar os mecanismos de defesa e impedir e/ou contrapor-se à fomação de rugas. Ao tratar o envelhecimento da pele, é importante que os princípios ativos sejam revitalizadores, normalizadores, estimulantes e hidratantes, além de protetores. Nenhum ingrediente ou produto por si só pode satisfazer todas essas exigências. Um regime de cuidados completos com a pele deverá incluir aplicações diárias de filtro solar para proteção; hidratação adequada e hidratantes antioxidantes; e cremes corretivos, loções, géis ou emulsões com princípios ativos

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que estimulem e revitalizem as funções da pele, forneçam nutrientes, neutralizem danos químicos e estimulem a atividade e a comunicação intercelulares. O uso semanal de máscaras poderá ajudar no processo de hidratação e melhorar a cor e a textura da pele, além de suavizar as linhas de expressão e as rugas.

Acne vulgaris Essa condição caracteriza-se por pequenos pontos de infecção, numerosos ou esparsos. A pele que apresenta acne vulgaris é oleosa e, em muitos casos, pode parecer mal cuidada, com cravos, mílios e poros entupidos. A acne não é uma doença interna que emerge na superfície da pele. É o resultado combinado de quatro elementos: hormônios androgênicos, excessiva queratinização e aglomeração celular na camada córnea e no folículo sebáceo, produção de oleosidade e uma superpopulação de bactérias conhecidas como Propionibacterium acnes (P. acnes). Outros tipos de acne, como a cística e a rosácea, devem ser tratadas por um dermatologista. Alguns dos muitos fatores que agravam a acne incluem oleosidade excessiva, não remoção completa da oleosidade e sujeira da pele, desequilíbrios hormonais, hiperqueratinização, alergia e sensibilidade alimentares, falta de vitaminas (especialmente vitamina A) e acidez insuficiente da pele. A acne também é agravada por condições climáticas, especialmente o calor e a umidade, que promovem o desenvolvimento bacteriano; o uso de adstringentes e cosméticos ressecadores; dieta inadequada; estresse; e o hábito de furá-las ou espremê-las. As pessoas que têm acne devem enfatizar a limpeza em casa e com um profissional da área, e a hidratação da pele. Os produtos mais eficazes são aqueles com ingredientes que regulam a secreção das glândulas sebáceas, hidratam, curam, corrigem o pH da pele, aliviam e reduzem a inflamação, apresentam ação antibacteriana e promovem uma leve esfoliação das camadas de corneócitos.

Rosácea A rosácea é uma condição inflamatória de longa duração que ocorre na face. Embora ainda não seja conhecida sua causa exata, foram desenvolvidas várias teorias sobre sua origem. Entre elas, vasos sanguíneos que se dilatam com muita facilidade, daí o aumento do fluxo sanguíneo próximo à superfície da pele, tornando-a avermelhada e ruborizada; certas bactérias presentes nos ácaros.

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Demodex, de outro modo inofensivos, e que podem ativar uma resposta inflamatória; superprodução de duas proteínas inflamatórias que aumentam os níveis de uma terceira proteína que resulta nos sintomas da rosácea; um alto nível de ocorrência das enzimas trípticas do estrato córneo (SCTE, na sigla em inglês), precursoras de um peptídeo causador da rosácea. Até agora nenhuma dessas possibilidades foi comprovada como sendo a causa. As pessoas que têm rosácea experimentam uma ruborização inapropriada que geralmente não está associada à sudorese e/ou à vermelhidão facial persistente. É comum apresentarem rompimentos nos vasos sanguíneos (telangiectasias ou couperose) e surtos de inflamação que causam pápulas vermelhas (pequenas saliências) ou pústulas. No entanto, comedões (cravos e mílios) não fazem parte da rosácea. Clinicamente, a rosácea pode assemelhar-se à acne vulgaris e geralmente é confundida com a couperose ou com a pele sensível; porém, são condições distintas e que requerem soluções diferentes. Em contraste com a acne, os comedões estão ausentes. A acne vulgaris está associada ao entupimento dos ductos das glândulas sebáceas, resultando em cravos e espinhas na face e, às vezes, nas costas, ombros ou peito. A rosácea parece estar ligada à rede vascular da pele central da face e causa vermelhidão, saliências, pústulas e outros sintomas que raramente aparecem em outras partes do corpo. A presença da rosácea independe do tipo de pele, já que pode afetar peles secas e flocosas e também peles normais ou oleosas. O importante é identificar o tipo de pele e usar os produtos mais adequados. A pele com rosácea tende a ficar sensível e facilmente irritada. É importante evitar ingredientes e produtos que possam queimar, causar ardor ou irritar a pele, incluindo aqueles que possuem álcool, hamamélis, fragrância, mentol, menta, óleo de eucalipto, óleo de cravo, ácido salicílico, esfoliantes, tônicos e adstringentes. Produtos que contêm enxofre ou ácido azeláico podem ser prescritos pelo médico como alternativa ou adjuvante na terapia com antibióticos. A rosácea não tem cura. Filtros ou bloqueadores solares eficazes contra todo o espectro de UVA e UVB podem ser especialmente importantes para a pele com rosácea, pois essa condição pode ser particularmente suscetível a danos causados pelo sol, resultando em acessos dessa condição. Recomenda-se um FPS de valor 15 ou maior. Bloqueadores físicos que utilizam o óxido de zinco ou o dióxido de titânio poderão ser eficazes se os filtros solares causarem irritação.

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A U.S. National Rosacea Society é a maior organização no mundo que presta apoio e orientação às pessoas que sofrem de rosácea, oferecendo todos os anos informação e serviços educacionais a centenas de milhares de pacientes e profissionais de saúde.

Comentário final Ao diagnosticar a pele, recomenda-se que primeiro se identifique o tipo de pele. Isso evitará confundir ressecamento (falta de oleosidade) com desidratação (falta de água). Também ajudará muito na identificação apropriada de um produto com ingredientes verdadeiramente benéficos para a pele em questão. O diagnóstico adequado de um tipo e/ou condição de pele é fundamental para identificar o produto que contenha os ingredientes terapêuticos mais valiosos.





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Capítulo 4

Definição de termos

Absorvedores de UV (filtros de UV) – termo para compostos químicos capazes de absorver luz ultravioleta (UV), reemitindo-a ou reabsorvendo-a de um modo inofensivo, e assim difundindo sua energia nociva. Quando a luz UV atinge a molécula de um absorvedor de UV, a molécula é estimulada a um nível maior de energia. Quando volta ao estado original, o excesso de energia que foi absorvido é emitido como luz com estado de energia diferente. Cada molécula de filtro solar pode repetir esse ciclo de absorção-emissão múltiplas vezes antes de decair. Absorvedores de UV comuns incluem compostos orgânicos. Filtros solares inorgânicos são partículas insolúveis que se depositam na superfície da pele e não são absorvidas pelas camadas cutâneas. Entre os absorvedores de UV estão as seguintes famílias de substâncias químicas: • benzofenonas – absorvem luz UV que ultrapassa a faixa de 320 nm. Infelizmente, como materiais, elas são sólidas, o que dificulta a manipulação para incorporá-las aos produtos cosméticos. • cinamatos – filtros solares antigos, particularmente cinamatos de benzila. Possuem uma boa absorção de UV na faixa de 305 nm. Atualmente, prefere-se o metoxicinamato de etil-hexila (antes metoxicinamato de octila) por ser insolúvel em água, o que o torna ideal para produtos impermeáveis à água. • bloqueadores físicos – compostos capazes de refletir a luz UV, impedindo-a assim de atingir a pele. O dióxido de titânio e o óxido de zinco são dois dos bloqueadores mais comuns e populares. Inovações na tecnologia de manipulação do óxido de zinco e do dióxido de titânio têm criado versões micronizadas em que a luz UV não é refletida mas, sim, espalhada, e que não apresentam um filme visível sobre a pele.

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• salicilatos – as primeiras substâncias químicas com função de filtro solar a serem amplamente utilizadas em preparações comerciais. Salicilato de benzila, salicilato de etilhexila (antigamente, salicilato de octila) e salicilato de hometila estão entre os mais populares. Os salicilatos são ideais para uso em filtros solares de UVB porque absorvem raios UV na faixa de 310-300 nm. Também apresentam um excelente perfil de segurança. Ver também filtro solar. Ácido – refere-se ao nível de pH de uma substância, variando de 0, para a mais ácida, a 6,9, para a menos ácida. Os ácidos são utilizados em formulações cosméticas por várias razões: neutralizar substâncias que, de outra forma, seriam muito alcalinas para a pele; como princípios ativos para desempenhar uma função específica com base em suas propriedades particulares (por exemplo, ácido hialurônico, ácidos graxos essenciais etc.); e como esfoliadores e agentes para peeling (por exemplo, os alfa-hidroxiácidos). Somente aqueles ingredientes ácidos de pH muito baixo serão irritantes para a pele. É importante lembrar que a pele é ácida. ácido graxo – ver ácido graxo essencial. ácido graxo essencial (AGE) – principal unidade formadora da gordura do corpo e das membranas celulares. Se o conteúdo de AGE na pele apresentar um declínio, o mesmo acontecerá com a elasticidade. Enquanto isso, aumentará a perda de água transepidérmica e também a aspereza e a escamosidade da pele. Como as membranas celulares são em grande parte feitas de fosfolipídeos, AGEs de aplicação tópica podem ser metabolizados na pele, normalizando a camada de lipídeos da célula e melhorando a capacidade da camada córnea de reter água. Exemplos de AGEs são os ômegas 3, 6 e 9. adstringente – refere-se à constrição dos tecidos. Considera-se que melhora a aparência de poros grandes e abertos. Os adstringentes também são usados para reduzir o conteúdo de óleo na superfície da pele e reequilibrar seu nível ácido após o uso de certos produtos de limpeza. É o caso de produtos com pH maior que o da pele. O uso excessivo de adstringentes pode resultar em ressecamento superficial. álcali – uma medida de nível de pH: substâncias com 7,1 são as menos alcalinas e aquelas com 14 são as mais alcalinas. Os álcalis são utilizados nos cosméticos para balancear fórmulas que apresentam um nível ácido indesejado: eles elevam o pH de fórmulas com nível ácido baixo, o que pode ser irritante para a pele. Por exemplo, se a formulação tem um pH abaixo de 4, pode-se

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adicionar um álcali para elevá-la até 4,4 ou 5,6, que é mais próximo do valor de pH cutâneo. Ao mesmo tempo, cosméticos com altos níveis alcalínicos irritarão a pele. álcoois – amplamente utilizados em cosméticos como solventes, carregadores e adstringentes. Quando incorporados como ingredientes ativos, será por razões antissépticas, antivirais e bactericidas. Álcoois são compostos orgânicos que contêm um grupo hidroxila (OH) em sua molécula. São reconhecidos pelo sufixo -ol, como no caso do etanol para álcool etílico, e isopropanol para álcool isopropílico. Compostos em que aparece a terminação -ol devem, portanto, ser identificados como álcoois, mesmo se a palavra “álcool” não estiver presente após a denominação. Os álcoois também são encontrados nos óleos essenciais. Geraniol, nerol e linalol são alguns exemplos. aldeído – pode ser usado como reagente químico, solvente, fragrância ou, quando aparece como ingrediente ativo, como um composto aliviante ou antisséptico. O aldeído é um composto orgânico que contém um grupo carboxila (O e H) em sua molécula. Isso é diferente do OH dos álcoois. No aldeído, o “O” do oxigênio e o “H” do hidrogênio estão ligados, cada um deles, individualmente ao átomo de carbono “C”. No grupo alcoólico, o “OH” está ligado como uma unidade. Geralmente, os aldeídos são reconhecidos pelo sufixo -al, como em citral, geranial ou etanal para aldeído etílico.

H C

O aldeído

C

OH álcool

antioxidante – refere-se à capacidade de um ingrediente de desacelerar, impedir ou bloquear a oxidação causada pelos efeitos nocivos dos radicais livres. O próprio sistema de defesa antioxidante enzimática e não enzimática da pele protege-a contra os danos causados pelos radicais livres. Quando, porém, a quantidade de radicais livres formada é maior que a capacidade do sistema de defesa natural da pele, imediatamente ocorrem danos à célula. Assim, como parte de um “processo de prevenção de danos”, antioxidantes estão sendo adicionados aos cosméticos para aumentar o reservatório natural dessas substâncias na pele. Alguns dos antioxidantes mais comuns em

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cosméticos são o betacaroteno, coenzima Q10, glutationa, chá verde, idebenona, superóxido dismutase e as vitamina E e C. Já está bem demonstrado que uma mistura ou “coquetel” de antioxidantes pode aumentar os efeitos fotoprotetores de uma formulação. Um único antioxidante exposto a radicais livres poderá tornar-se ele próprio um radical livre, embora menos ativo. Quando utilizado junto a outros antioxidantes, geralmente ocorre uma reação em cadeia, onde cada antioxidante “tem a sua vez” num processo de neutralização contínua de um radical livre, até que ele seja totalmente neutralizado. Os antioxidantes são fundamentais na prevenção de problemas que decorrem com a idade, e seu uso diário em produtos cosméticos ajuda a reduzir os danos do envelhecimento induzidos pela radiação UV. O termo antioxidante também pode ser aplicado a um composto que impede que outros se oxidem ou se tornem rançosos (no caso de gorduras e óleos). Assim, alguns ingredientes com propriedades antioxidantes também são utilizados em sistemas conservantes. Ver também radicais livres; sequestrantes de radicais livres. aromaterapia – refere-se ao uso de óleos essenciais para fins terapêuticos e na perfumaria. Seu uso em produtos de beleza varia de ferramenta de marketing ao uso de fregrâncias em cosméticos e ao valor terapêutico associado às aplicações tópicas dos óleos essenciais. O valor terapêutico advém tanto do uso tópico quanto de alterações psicológicas mais sutis que resultam da inalação do perfume. Essas alterações podem incluir um sentimento geral de bem-estar, mudanças de estado emocional e mesmo um aumento e/ou diminuição nos níveis de produtividade. Ver também substância de origem botânica. átomo – o menor componente de um elemento químico que ainda retém as propriedades desse elemento. O átomo é composto de cargas positivas e negativas chamadas prótons e elétrons, respectivamente. Os prótons encontram-se no núcleo do átomo, enquanto os elétrons localizam-se em camadas em torno do núcleo. Todo átomo de um mesmo elemento tem o mesmo número de elétrons e prótons. Uma combinação de átomos forma uma substância maior chamada molécula. biodisponível (bioativo; biodisponibilidade) – refere-se à quantidade de ingredientes absorvidos e que se tornam disponíveis no sítio de ação na célula após a aplicação. bloqueador solar – termo não incorporado à monografia final da FDA, de maio de 1999, o que o torna “não monográfico”. Isso significa que o termo blo-

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queador solar não pode aparecer no rótulo do produto e nem nos materiais promocionais. Ver filtro solar. carbômeros – grupo de polímeros de alto peso molecular amplamente utilizado como espessantes, agentes suspensores e estabilizantes de emulsões em grande variedade de produtos de beleza. A alta transparência e a textura singular que conferem proporcionou-lhes a liderança na evolução de produtos em gel. Os benefícios associados aos carbômeros incluem textura específica e controle de fluxo de formulação, estabilização da emulsão óleo/ água altamente eficaz e suspensão permanente de ingredientes insolúveis ou imiscíveis. carreador (veículo) – componente de uma fórmula cosmética que pode afetar a eficácia, estabilidade e tempo de liberação dos ingredientes ativos, bem como a tolerância cutânea e a localização final dos ingredientes ativos nos diferentes níveis da pele. Carreadores também determinam a facilidade de aplicação do produto e a profundidade de penetração. citocinas – nome genérico utilizado para descrever um grupo de peptídeos e proteínas solúveis que agem como reguladores na modulação das atividades funcionais de células e tecidos. comedogênico – descreve um ingrediente que tende a aumentar a aglomeração de queratinócitos no folículo pilossebáceo, criando assim um bloqueio no folículo e causando a formação de comedões. condicionador para pele – termo genérico referente à capacidade de um ingrediente de ajudar a manter a pele num estado ideal. O condicionador pode contribuir para melhorar o tônus, a textura, maciez, suavidade e a aparência geral da pele. conservante – ingrediente adicionado à formulação para segurança contra microrganismos e estabilidade. Durante o uso pelo consumidor, os conservantes protegem o produto contra microrganismos indesejáveis (geralmente vistos como bolor) que podem ser introduzidos num frasco aberto e tornar-se um possível risco à saúde. Isso vale especialmente para produtos que contêm extratos de plantas. Sem conservantes, esses produtos do dia a dia ficariam repletos de bactérias, bolor e fungos. Um conservante ideal deve incluir um amplo espectro antibacteriano/antifúngico; ser atóxico, não irritante e livre de outros efeitos sensibilizantes; compatível com os outros produtos da formulação; e compatível com a embalagem do produto. Embora somente alguns conservantes possam causar

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irritação e sensibilização, as pessoas tendem a acreditar que esse é o caso da maior parte deles. Isso resultou nos cosméticos “sem conservantes”. Na verdade, produtos “sem conservantes” não precisam de um sistema conservante. Eles são considerados “autoconservantes” por terem um baixo valor de pH, surfactantes e antioxidantes incorporados, substâncias químicas aromatizantes, álcoois e alguns óleos essenciais e outros ingredientes utilizados para dificultar o crescimento e sobrevivência de microrganismos. A ideia de que cosméticos sem conservantes são mais seguros que aqueles que os possuem não é necessariamente verdadeira. O uso de conservantes em cosméticos é uma exigência regulatória. No Brasil, o controle sanitário da produção, comercialização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, nacionais e importados, é feito pela Anvisa, que estabelece requisitos específicos para as formulações desses produtos com relação ao uso de conservantes, assim como mencionado na definição de corantes e filtro solar. O órgão estabelece normas como, por exemplo, lista de conservantes permitidos nestas formulações. cor – pode ser classificada como FD&C, D&C e Ext. D&C. Corantes FD&C são aprovados para uso em alimentos, fármacos e cosméticos. Corantes D&C podem ser usados somente em medicamentos e cosméticos, incluindo aqueles que entram em contato com as membranas mucosas e os que são ingeridos. Uma classificação Ext. D&C indica o uso de um corante certificado para uso em medicamentos e cosméticos que não entram em contato com as membranas mucosas e não são ingeridos. (Nota: essas definições devem ser utilizadas apenas como diretrizes, já que alguns corantes FD&C não são mais aprovados para uso cosmético.) Uma classificação de corante pode ser dividida em três partes. Por exemplo, com o FD&C Vermelho no 4, a primeira parte indica qual categoria de certificação FDA o pigmento se enquadra; a segunda, fornece a cor; e o número indica qual o vermelho que está sendo usado. Se estiver classificado como FD&C Amarelo no 6 Al Laca, o Al Laca refere-se ao “laca alumínio” e indica o uso de um pigmento orgânico do grupo laca, um corante solúvel em água e absorvido na alumina. Três tipos de materiais para coloração são utilizados em produtos cosméticos: inorgânico, orgânico e corantes. Pigmentos inorgânicos são compostos insolúveis à base de íons metálicos. Tendem a apresentar uma boa estabilidade e são amplamente utilizados em maquiagem para os olhos e para a face.

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Pigmentos orgânicos tendem a ter uma cor mais viva, mas oferecem menos tonalidades. Esse tipo de pigmento é ainda dividido em três subcategorias: lacas (corantes solúveis em água e absorvidos em alumina), tonalizadores (bário orgânico ou sais de cálcio) e pigmentos verdadeiros. Embora os pigmentos verdadeiros sejam os menos utilizados em cosméticos, são os mais estáveis dos três. As lacas são as menos estáveis e os tonificadores ficam entre os dois. Corantes são usados principalmente em produtos de toucador como xampus e loções. Há seis classes de corantes solúveis em água de uso muito comum em cosméticos e cuja estabilidade depende da estrutura química. Entre elas estão os azo, indigoides e xantenos. Corantes também ocorrem naturalmente em algumas plantas. Os corantes listados nos rótulos de ingrediente estão sob jurisdição da FDA. Atualmente há 65 ingredientes diferentes aprovados pela FDA para uso como aditivos corantes em cosméticos. Estes variam de ingredientes de origem natural, como o betacaroteno, a minerais, como a mica e o óxido de zinco, e os FD&C, D&C e os Ext. D&C anteriormente citados. A maioria deles foi aprovada antes de 1988. No Brasil, o controle sanitário da produção, comercialização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, nacionais e importados, é feito pela Anvisa, ligada ao Ministério da Saúde, a qual tem por finalidade institucional, promover a proteção da saúde da população, por meio de legislações gerais e específicas e o Sistema de Vigilância Sanitária no Brasil abrange as esferas federal, estadual e municipal. Existem requisitos específicos estabelecidos pela Anvisa para as formulações de produtos higiene pessoal, cosméticos e perfumes e com relação ao uso de corantes, a Anvisa, estabelece normas como, por exemplo, lista de corantes permitidos nestas formulações. cosmecêutico – uma combinação das palavras cosmético e farmacêutico. Na indústria e em marketing o termo é atribuído tanto ao tipo de ingrediente quanto à categoria de cosméticos. Não há nenhuma definição legal ou oficial de “cosmecêutico”. É utilizado para descrever uma variedade de produtos que promovem uma boa aparência e afetam a estrutura da pele. Com o avanço no conhecimento da fisiologia e química da pele, muitos outros ingredientes desse tipo estão sendo incorporados a produtos comercializados como cosméticos. Estes são apresentados principalmente como “corretores” que influenciam as funções biológicas da pele para fins de combate ao

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envelhecimento, às rugas e para promover o rejuvenescimento cutâneo. Alguns dos mecanismos de ação atribuídos aos ingredientes cosmecêuticos incluem a ativação de receptores celulares (retinoides); melhoria na função de barreira (a maior parte dos hidratantes); aumento da esfoliação (AHAs e BHAs); normalização dos mecanismos de reparação celular (peptídeos com cobre); inibição da oxidação (antioxidantes); e regulação da comunicação celular (peptídeos). À medida que o conhecimento avança, espera-se que a categoria cosmecêutica continue a crescer e a ampliar o uso de ingredientes sofisticados. Do ponto de vista comercial, o termo cosmecêutico está sendo utilizado para indicar que um determinado produto pode ser mais eficaz do que se espera de sua classificação como cosmético. Enquanto a lei federal para alimentos, medicamentos e cosméticos dos Estados Unidos (FD&C Act – Food, Drug and Cosmetic Act) não reconhece o termo “cosmecêutico”, a indústria cosmética usa esta palavra para referir-se a produtos cosméticos que têm um benefício medicinal ou agem como medicamento. A lei da FD&C define medicamentos como aqueles produtos que curam, tratam, diminuem ou previnem doenças ou que afetam a estrutura ou função do corpo humano. Enquanto nos Estados Unidos os medicamentos são sujeitos a um processo de revisão e aprovação pela FDA antes de sua comercialização, os cosméticos não o são. Se um produto tem a propriedade de medicamento, ele deve ser aprovado como tal. No Brasil, a Anvisa também não reconhece o termo “cosmecêutico” e por meio de regulamentação específica, define cosmético e medicamento. A Anvisa define cosméticos como produtos de higiene pessoal e perfumes como preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais, protegê-los ou mantê-los em bom estado. Define medicamento como produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Com relação aos produtos cosméticos, a legislação brasileira é um pouco diferente da FDA, pois a Anvisa classifica os produtos cosméticos de acordo com o seu risco sanitário, sendo produtos de grau 1 e grau 2, respectivamente.

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Para os produtos cosméticos grau de risco 1, os fabricantes não necessitam de uma pré-aprovação da Anvisa para a comercialização destes produtos, no entanto, devem cumprir os requisitos da legislação vigente por meio de uma notificação de produto junto à Anvisa. Já para os produtos grau de risco 2, os fabricantes necessitam registrá-los na Anvisa, conforme legislação vigente, para uma análise prévia antes da comercialização destes produtos. Neste caso, a comercialização é autorizada mediante o deferimento do registro do produto pela Anvisa publicada no DOU – Diário Oficial da União. A Anvisa não considera como cosméticos os produtos utilizados em procedimentos invasivos, tais como: botox, silicones, metacrilatos, tintas para tatuagem, maquiagem definitiva, por exemplo. Esses produtos são regularizados na Anvisa na área de medicamentos ou área de produtos para saúde (correlatos). Os produtos cosméticos no Brasil não podem ter indicação ou menções terapêuticas. Os apelos e alegações declarados na rotulagem destes produtos devem ser comprovados e não induzir o consumidor a erro. cosméticos naturais – rigorosamente falando, cosméticos naturais devem referir-se somente àqueles em que todos os ingredientes são naturais. Essa terminologia, no entanto, é aplicada a uma variedade de conceitos, que abrangem desde produtos feitos a partir de plantas de cultivo orgânico até produtos quimicamente manufaturados e que contêm alguns extratos vegetais. O termo “natural” em cosmética pode ser enganoso, já que tudo que vem da natureza é considerado natural, incluindo plantas, minerais, animais e insetos. Desse ponto de vista estrito, o óleo mineral e o petrolato devem ser considerados naturais, pois são encontrados na natureza. Essa classificação também inclui produtos presentes em “cosméticos naturais”. Entre esses produtos estão os ingredientes naturais que foram, ou podem ter sido, quimicamente processados. Em quase todos os casos, produtos químicos estão presentes em “cosméticos naturais”. E em quase todos os casos, exceto quanto aos óleos essenciais, conservantes são adicionados a esses produtos. Quanto mais compostos orgânicos houver em um produto, maior a chance de perecer em um curto intervalo de tempo, se não for propriamente preservado. O consumidor precisa apenas considerar quanto tempo dura uma maçã ou um frasco de leite mesmo quando dentro do refrigerador. Embora os consumidores insistam cada vez mais em produtos “naturais” e/ou “orgânicos”, é importante examinar as alegações do fabricante

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com certo ceticismo. O termo “natural” não é regulamentado por nenhuma agência governamental e, portanto, não foram estabelecidas diretrizes e padrões quanto ao que pode ou não ser considerado “cosmético natural”. Fica, pois, aberto à interpretação dos fabricantes e dos consumidores. Ver também cosméticos orgânicos. cosméticos orgânicos – tendem a referir-se a cosméticos que incorporam extratos de plantas de cultivo orgânico ou então às macerações dessas plantas. Estas geralmente são mais ativas do que os extratos, podem apresentar maior tendência a causar sensibilidade ou reações alérgicas e validade mais curta. Diferentemente dos produtos que aparecem em alimentos orgânicos, o termo “orgânico” em cosmética não é regulamentado pelo governo e nem mesmo definido. Os padrões têm sido criados por laboratórios ou associações de fabricantes em alguns países, e não seguem nenhuma regra uniforme de um país para outro. Na Europa, o Grupo Europeu de Trabalho para Padronização em Cosméticos, que abrange várias organizações, atua no sentido de harmonizar padrões em produtos usados para cuidados pessoais. Em 2005, o Ministério da Agricultura dos Estados Unidos declarou que produtos agrícolas – incluindo os produtos para cuidados pessoais – que possuem conteúdo de cultivo orgânico poderão atender aos padrões do National Organic Program (NOP) e ser rotulados como “100% orgânico”, “orgânico”, ou “feito com ingredientes orgânicos”, segundo os regulamentos do NOP. Antes dessa declaração, as empresas recebiam certificação orgânica para os ingredientes de origem agrícola, mas não para o produto acabado. No entanto, cosméticos que não estão de acordo aos padrões orgânicos do NOP podem mesmo assim utilizar a palavra “orgânico” em seus produtos porque essa palavra é uma alegação de marketing não regulamentada. A falta de regulamentação e a percepção do consumidor de que “orgânico” é melhor resultaram em muitas manipulações de marketing em relação ao conceito de cosmético “orgânico”. Segundo as melhores diretrizes autoimpostas, cosméticos orgânicos são feitos de material vegetal certificado e de cultivo orgânico, não usam ingredientes geneticamente modificados, utilizam somente conservantes selecionados (geralmente uma quantidade significativa de álcoois naturais e ácido salicílico), seguem uma lista restrita de matérias-primas usadas no processamento, não usam radiação para desinfecção, e não usam corantes e fragrâncias sintéticos. Geralmente, permite-se

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uma pequena quantidade de ingredientes químicos, em torno de 5% da formulação total. Mesmo as melhores diretrizes, porém, podem ser manipuladas, resultando em interpretações errôneas. Por exemplo, um produto pode citar um valor percentual de orgânicos como se representasse o valor total de ingredientes orgânicos. Uma leitura mais cuidadosa indicaria que, na verdade, a porcentagem listada representa a quantidade de material orgânico na quantidade total do material vegetal do produto. Uma vez que o rótulo não apresenta a porcentagem total de material vegetal presente na fórmula, a verdadeira quantidade de material orgânico não pode ser calculada. Por exemplo, o produto poderá ter 20% de material vegetal, e 80% desse material poderá ser de cultivo orgânico. O rótulo e a propaganda são elaborados de modo que o consumidor possa interpretar que 80% do produto é “orgânico”, quando, de fato, somente 16% (80% dos 20%) da formulação total são orgânicos. Infelizmente, pelas atuais práticas regulatórias, não é fácil para os consumidores distinguir quais os cosméticos orgânicos que são “realmente” orgânicos. cristal líquido – é definido como uma substância que flui como um líquido, mas conserva algumas das características de estrutura ordenada dos cristais. Em cosméticos, aplica-se principalmente a compostos que podem encapsular substâncias ativas e permitir um padrão de liberação gradual. São considerados intermediários entre os sólidos e os líquidos. emoliente – substância gordurosa de ação lubrificante que faz a pele ficar mais suave e mais flexível. Os emolientes também possuem um efeito hidratante, reduzindo a evaporação da umidade da superfície da pele através da difusão de água na camada córnea e nos tecidos subjacentes. Embora praticamente qualquer material gorduroso possa tornar a pele mais suave, diferentes emolientes produzem diferentes resultados e texturas na pele. Existem mais de 600 emolientes, oferecendo várias características para a formulação, como oleosa, seca, áspera, lisa, penetrante, não penetrante, lustrosa, fosca, ou qualquer combinação que o formulador deseje obter. A escolha do emoliente é uma opção do formulador com base no desempenho desejado para o produto e considerando os outros ingredientes presentes na formulação. emulsão – óleo e água misturados como uma substância, como um creme ou loção, pelo uso de um emulsificante. Quando o óleo é disperso em água, dizemos que se trata de uma emulsão de óleo-em-água, abreviada como o/a.

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A fase oleosa pode conter óleos, gorduras e ceras. Emulsões de óleo-em-água oferecem vários benefícios: podem agir como emolientes, conferindo uma textura agradável à pele ao preencher os espaços entre as células mortas; ou suavizar a pele e melhorar as propriedades de retenção de umidade, deixando um filme cuja função é repelir a água. A outra forma de emulsão é a de água-em-óleo, ou a/o, em que a água é dispersa em óleo. Dependendo dos objetivos dos ingredientes e do produto, isso pode facilitar a penetração do ingrediente até o sítio-alvo desejado. Quando as emulsões se desestabilizam, a causa poderá ser um destes fatores ou uma combinação deles: alta temperatura, evaporação da água, contaminação por microrganismo ou reações químicas indesejadas. Emulsões são o sistema de liberação mais comum utilizado em produtos cosméticos, visto que possibilitam uma liberação rápida e conveniente de uma ampla variedade de ingredientes. emulsificante – em um sistema homogeneizado, o emulsificante mantém os ingredientes à base de óleo e de água unidos, ajudando a estabilizar a interação entre ambas as fases, evitando assim a separação na formulação cosmética. encapsulamento (microencapsulamento) – processo em que quantidades microscópicas de uma substância são envolvidas por um tênue filme de polímero ou por uma vesícula. Lipossomas são um exemplo de encapsulamento. Algumas das muitas razões para seu uso nas formulações cosméticas são a liberação controlada, redução da irritação, redução da evaporação e liberação mais fácil através da barreira de lipídeos. Ver também liberação controlada. enzima – biologicamente, uma proteína altamente específica e complexa presente em formulações cosméticas pode agir ao menos de três formas: como catalisador, esfoliante e antioxidante. Como catalisador, ela poderá acelerar ou produzir uma reação química. Sem as enzimas, dados a temperatura e o pH geralmente encontrado nas células, a maior parte das reações químicas não ocorreriam com velocidade suficiente para manter a célula viva. Enzimas são específicas para o tipo de reação que catalisam, podendo aumentar a velocidade de uma reação de cem a mil vezes. Como esfoliantes, as enzimas mais comuns são de origem vegetal, como a papaína do mamão papaia. Tendem a ser usadas para intensificar a atividade de enzimas de ocorrência natural na pele. Estas, responsáveis pela esfoliação superficial de células mortas, agem pela quebra das ligações intercelulares. Como antioxidantes, enzimas como a superóxido dismutase (SOD) operam convertendo radicais livres que contêm oxigênio, perigosos e altamente rea­

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tivos, em formas menos reativas. Também têm sido usadas em cosméticos para reduzir o conteúdo de conservantes, já que algumas podem proteger as formulações cosméticas de ataques de bactérias. A concentração correta de qualquer enzima em um produto é muito importante: quando insuficiente, não será eficaz, e em excesso pode causar reações adversas ou ser tóxica. espécies com oxigênio reativo – ver radicais livres. espessante/agente gelificante – proporciona “massa” aos cosméticos, aumenta a estabilidade, melhora a ação suspensora e contribui para a textura do produto, facilitando sua aplicação. Alguns espessantes/gelificantes podem formar filmes, conferem afinidade à pele e agem como carreadores/liberadores para ingredientes ativos. A maior parte dos espessantes é sintética; apenas 10% são de origem natural. ésteres – produtos resultantes da combinação de ácidos orgânicos e álcoois. Podem ser naturais ou sintéticos, líquidos ou sólidos, dependendo das propriedades das substâncias reagentes. Insolúveis em água, substituem os óleos e as gorduras para fornecer composição e conservação mais uniformes. São bem tolerados pela pele e possuem ação lubrificante e emoliente. Os ésteres também são encontrados nos óleos essenciais. Geralmente, até mesmo pequenas quantidades de ésteres característicos são cruciais para as notas mais requintadas na fragrância de um óleo essencial. fator de proteção solar (FPS) – medida do tempo que a pele leva para ficar vermelha quando exposta à radiação ultravioleta. Refere-se somente à proteção contra UVB. Não se aplica à proteção contra UVA. O número FPS do filtro solar identifica o tempo de exposição necessário para produzir uma vermelhidão mínima ou dose eritematógena mínima (DEM) em pele desprotegida. Um FPS 15, por exemplo, significa que o filtro solar oferece proteção 15 vezes maior contra a vermelhidão da exposição aos raios UVB do que na ausência de qualquer aplicação de filtro solar. Como a resposta da DEM varia de um indivíduo para o outro, o valor do FPS também varia. Em novembro de 2007, a FDA propôs uma nova regra para filtros solares. Essa regra expandiu as categorias de desempenho do produto de FPS 30 para FPS 50+. Ficou estabelecido que qualquer produto com FPS de no mínimo 2 e não mais que 12 oferece proteção mínima contra queimaduras de sol. Produtos com FPS entre 12 e 30 oferecem proteção moderada contra queimaduras de sol. E produtos com FPS entre 30 e 50+ oferecem

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alta proteção contra queimaduras de sol. Essa mudança baseou-se no argumento de que o FPS 50 oferece mais proteção contra UVB que os valores mais baixos. Além disso, a regra proposta em 2007 criou um sistema de classificação para UVA. Esse sistema seria baseado numa escala que vai de uma a quatro estrelas, uma estrela representando uma baixa proteção contra UVA; duas estrelas, proteção média; três estrelas, proteção alta; e quatro estrelas, a mais alta proteção disponível contra UVA para um filtro solar, sem necessidade de prescrição médica. Se um filtro solar não oferecer pelo menos uma proteção de baixo nível (uma estrela), a FDA propõe que o rótulo frontal do produto, próximo aos valores de FPS, traga a especificação “sem proteção contra UVA”. Essa nova regra poderá entrar em vigor nos próximos anos. filtro solar – como termo técnico, refere-se a substâncias ou compostos químicos específicos elaborados para proteger a pele contra raios ultravioleta (UV) nocivos. Os filtros solares podem absorver, refletir e/ou espalhar a radiação UV, protegendo a pele dos efeitos danosos do sol. De um modo menos preciso, porém, o termo é usado para denominar uma classe especial de produtos para cuidados pessoais que contêm ingredientes que filtram a radiação solar. Diferentemente dos produtos normais para a pele ou dos outros cosméticos, nos Estados Unidos esses produtos são classificados como fármacos e, portanto, regulamentados pela Food and Drug Administration (FDA). Os filtros solares devem absorver e/ou refletir tanto os raios UVB quanto os UVA. Isso é muito importante porque, embora a luz UVA seja responsável pelo bronzeamento e a UVB cause queimaduras de sol, ambas são nocivas à pele e aumentam o risco de câncer de pele. A formulação de um filtro solar UVA/ UVB eficaz requer o uso de várias substâncias filtrantes, já que aquelas que são muito eficazes contra os raios UVB não o são necessariamente contra UVA. A proteção diária contra UVA é muito importante, pois essa radiação é um fenômeno constante o ano todo. A última monografia para filtros solares lançada pela FDA foi em maio de 1999 e estabeleceu as condições sob as quais filtros solares vendidos sem necessidade de prescrição médica são geralmente reconhecidos como seguros e eficazes, sem identificação errônea. Ingredientes da Categoria I são aqueles que a FDA classifica como “Geralmente Reconhecidos como Seguros e Eficazes”. No caso de substâncias químicas de ação protetora, a seguinte

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tabela para a Categoria I foi aprovada pela FDA e implementada em 2001. Desde então, ocorreram apenas pequenas modificações nos Estados Unidos, enquanto a lista de substâncias aprovadas tem sido expandida significativamente na União Europeia. Obter um produto com fator de proteção solar mais alto não é necessariamente uma questão de incluir mais substâncias químicas com capacidade de filtragem, pois isso poderá aumentar o custo e a irritação potencial no produto final. É preciso pensar em alternativas. Várias das substâncias que

Ingredientes ativos para filtros solares – Categoria I Concentrações máximas permitidas em formulações finais 21 CFR 352.101

Nome INCI

Concentração Máxima

(a) PABA até 15% (b) avobenzone até 3% (c) cinoxate até 3% (d) (reservado) (e) benzophenone-8 até 3% (f) homosalate até 15% (g) (reservado) (h) methyl anthranilate até 5% (i) octocrylene até 10% até 7,5% (j) ethylhexyl methoxycinnamate2 (k) ethylhexyl salicylate3 até 5% (l) benzophenone-3 até 6% (m) ethylhexyl-dimethyl PABA4 até 8% (n) phenylbenzimidazole sulfonic acid até 4% (o) benzophenone-4 até 10% (p) titanium dioxide até 25% (q) TEA-salicylate até 12% (r) zinc oxide até 25%

Nome farmacêutico ou alternativo ácido 4-aminobenzoico butil-metoxi-dibenzoilmetano ou avobenzona cinoxato dioxibenzona homosalato



meradimato octocrileno octinoxato octisalato oxibenzona padimato O ensulizola sulisobenzona dióxido de titânio salicilato de trolamina óxido de zinco

21 CFR 352.10 designa o Código de Regulamentação Federal dos Estados Unidos a respeito de ingredientes ativos para protetores solares. 2 Nova nomenclatura (INCI) para o octyl methoxycinnamate. 3 Nova nomenclatura (INCI) para o octyl-salicylate. 4 Nova nomenclatura (INCI) para o octyl dimethyl PABA. Em Cosmetics & Toiletries, 113(3), March 2000, p. 69. 1

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aparecem na tabela anterior geralmente são utilizadas juntas numa formulação de filtro solar para oferecer um espectro de proteção mais amplo. A aprovação da FDA é exigida para as combinações de ingredientes em filtros solares. Nas regras propostas em 2007, duas novas combinações químicas foram aprovadas: avobenzona com ácido fenilbenzimidazol sulfônico (ensilizola), e avobenzona com óxido de zinco. Também há a necessidade de educação do consumidor. A eficácia do filtro solar não depende apenas dos ingredientes utilizados. Depende também de como o usuário faz a aplicação. Filtros solares devem ser aplicados de maneira homogênea e em quantidades suficientes para se obter a proteção adequada. O FPS declarado de um filtro solar baseia-se em testes padronizados de laboratório, quando o produto é aplicado a uma espessura homogênea de 2 mg/cm2. Comparando com a espessura média de 0,5 mg/cm2 aplicada pelo usuário normal, observa-se que no caso do uso típico, a espessura média de aplicação do filtro solar pode variar de 0 a 1,2 mg/cm2! Além disso, os filtros solares são uma categoria de produto que devem permanecer na superfície da pele para que haja uma proteção ideal. Assim, não é correto massagear o filtro solar durante a aplicação para assegurar a “penetração”. As aplicações devem ser espalhadas de forma homogênea na superfície da pele, com suaves toques. Ver também absorvedores de UV. No Brasil, existem requisitos específicos estabelecidos pela Anvisa para as formulações de produtos higiene pessoal, cosméticos e perfumes e, assim como mencionado na definição de corantes e de conservantes. Com relação ao uso de filtros solares, a agência estabelece normas como, por exemplo, lista de filtros solares permitidos nestas formulações. fator natural de hidratação (FNH) – encontrado na camada córnea, o FNH compreende substâncias higroscópicas e solúveis em água que regulam a permeabilidade seletiva da camada. O FNH é composto de aproximadamente 40% de aminoácidos livres, 12% de PCA, 12% de lactose, 7% de ureia e cerca de 30% de uma grande variedade de outros materiais. A exposição a detergentes fortes e condições climáticas severas pode resultar em níveis menores de FNH, tornando a pele frágil e seca. A elaboração de hidratantes modernos depende em selecionar vários ingredientes higroscópicos com propriedades e efeitos semelhantes ao do FNH e combiná-los com veículos eficazes. filtros de UV – ver absorvedores de UV.

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fitoestrogênio – constituinte da planta que apresenta eficácia estrogênica. O estrogênio estimula os fibroblastos a produzir colágeno e ácido hialurônico e, por isso, acredita-se que plantas que contêm fitoestrogênio intensificam a formação de colágeno e de ácido hialurônico. Amora, extrato de lírio, espinafre, trevo-dos-prados e isoflavonas da soja apresentam eficácia estrogênica. fitoterapia – refere-se ao uso de plantas ou extratos de plantas por seu valor terapêutico no produto cosmético. Inclui o uso de extratos de plantas, água destilada e óleos essenciais. flavonoides – também conhecidos como bioflavonoides. O termo refere-se a um tipo de extrato de planta classificado como flavonoides, isoflavonoides e neoflavonoides. Existem aproximadamente 3 mil substâncias identificadas como flavonoides. Além do efeito antioxidante, os flavonoides também demostraram atividade anti-inflamatória, antialergênica, antiviral, antienvelhe­ cimento e anticarcinogênica. São utilizados em tratamentos contra enve­­ lhe­ci­mento cutâneo, pois parecem melhorar a condição do colágeno e, em menor grau, a elasticidade, aspereza e hidratação da pele. Além disso, parecem regular a secreção das glândulas sebáceas. Os flavonoides são muito comuns em plantas e cumprem várias funções. Fornecem às flores pigmentos amarelos ou vermelhos/azuis e protegem a planta contra ataques de microrganismos e insetos. Os efeitos benéficos de frutas, verduras, legumes e chás, ou mesmo do vinho tinto, têm sido atribuídos a seus componentes flavonoides, e não a nutrientes e vitaminas conhecidos. Flavonoides são encontrados em amoras, framboesas, morangos, frutas cítricas, no cacau, chá verde, na salsa, no vinho tinto e na soja. Os flavonoides mais importantes são as quercetinas, consideradas as mais ativas e encontradas em muitas plantas medicinais, e as epicatecinas, encontradas no cacau. Estudos mostram que esses flavonoides, e mais os da folha da videira, frutas cítricas e chá verde podem penetrar na pele. fragrância – compostos naturais e sintéticos são adicionados às formulações cosméticas para dar um aroma, sobrepor-se a odores químicos e mesmo para comunicar mensagens sutis, tais como imagem e posição no mercado. Estudos sobre a percepção que o consumidor tem da eficácia do produto demonstraram que, utilizando produtos com a mesma base, estes recebiam uma avaliação de desempenho diferenciada dependendo da fragrância incluída. As fragrâncias também têm sido fonte de alergias cosméticas. Um estudo da FDA concluiu que mais de 1% dos casos de dermatite alérgica por

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contato com cosméticos era causado pela fragrância. Observações indicam que, na verdade, entre 7% e 18% de todos os indivíduos podem ter alguma forma de sensibilidade ou intolerância a fragrâncias. Assim, produtos apresentados como hipoalergênicos não têm fragrâncias. No rótulo de ingredientes, é muito difícil determinar se a fragrância utilizada é natural ou sintética, uma fragrância conhecida ou uma marca proprietária. Uma terminologia como “extratos de plantas” indica extratos utilizados para fins terapêuticos e/ou de fragranciamento. Não há como saber a origem da uma fragrância apenas consultando o rótulo. Com a crescente popularidade da aromaterapia, muitos produtos de beleza dependem de substâncais de origem botânica já incorporadas como fragrância. Sua dupla função é atraente: o formulador obtém valor terapêutico potencial e fragrância sem ofender a preferência do consumidor pelo “verde” ou criar receio em aumentar a sensibilidade da pele. hidrólise – processo químico em que proteínas complexas são degradadas em moléculas de menor peso molecular, incluindo seus componentes, que são os aminoácidos. A hidrólise ocorre por meio de reações ácidas ou por ação de enzimas. Proteínas hidrolisadas, portanto, são aquelas de peso molecular menor que o de sua fonte e que possuem maior afinidade com a pele. Assim, são mais facilmente incorporadas às formulações cosméticas. Geralmente, o termo hidrolisado, tão comuns nos rótulos de cosméticos, não identifica os aminoácidos envolvidos ou o processo de hidrólise utilizado. higroscópico – descreve um ingrediente que rapidamente absorve e retém água. hipoalergênico – descreve um produto cosmético que não deverá produzir reações alérgicas. Esse termo costuma ser aplicado a produtos que não contêm fragrância e trazem um tipo especial de conservante. As causas e as variedades de alergias são tão amplas que é muito difícil afirmar que um produto é realmente hipoalergênico. A alergicidade não diz respeito ao produto, mas à sensibilidade do indivíduo. ingredientes oclusivos – utilizados para diminuir a perda de umidade da pele. Com suas moléculas grandes, os ingredientes oclusivos tendem a formar filmes. liberação controlada – descreve uma liberação gradual e sistemática de um ingrediente ativo na pele, evitando assim os “picos” e “vales” de disponibilidade característicos de aplicações tópicas regulares. Inclui tecnologias de encapsulamento em lipossomas ou polímeros. Ingredientes ativos encapsulados podem apresentar uma evaporação mais controlada e maior compa-

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tibilidade com a pele, causar menos irritação e maximizar o tempo de sua presença na superfície da pele ou dentro da epiderme. Quando exigido, tal sistema reduzirá a penetração potencial. Esses sistemas poderão liberar seu conteúdo, geralmente de uma vez só, por ruptura, devido à pressão, abrasão ou dissolução de seu envoltório. Ver também encapsulamento. lipídeo – refere-se a gorduras ou a substâncias semelhantes a gorduras (óleos, ceras) e abrange diversos compostos, incluindo triglicérides, fosfolipídeos e esteroides, como o colesterol. Lipídeos são elementos importantes para que a camada córnea tenha estrutura e funcionamento saudáveis. São responsáveis por um volume significativo do estrato córneo, constituindo de 6% a 10% do peso da camada córnea. São encontrados principalmente nos espaços intercelulares. Lipídeos intercelulares formam uma barreira para várias substâncias que poderiam penetrar na pele. Os lipídeos incorporados aos cosméticos ajudam a hidratar a pele, renovando sua função como barreira, seja substituindo lipídeos removidos com a limpeza, permitindo a permanência dos lipídeos epidérmicos, apesar de ambientes adversos, seja pela renovação da capacidade da pele de se ligar à água. A função da pele como barreira contra a perda de umidade é proporcional ao conteúdo de lipídeos no interior da camada córnea. mascaramento – refere-se a um ingrediente que pode ajudar a “ocultar” qualquer odor desagradável que possa naturalmente surgir da combinação de substâncias químicas utilizadas na formulação de um cosmético. Um ingrediente de mascaramento pode ser muito diferente de uma fragrância. Enquanto a fragrância proporciona um odor agradável, o ingrediente de mascaramento poderá simplesmente ajudar a neutralizar odores desagradáveis. molécula – substância formada pela combinação de átomos semelhantes ou diferentes, unidos por ligações químicas. As moléculas têm propriedades características. Por exemplo, uma molécula de água é composta de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. O tamanho de uma molécula é estabelecido pelo número de átomos, o que determina sua capacidade de penetração nas camadas cutâneas. Quanto maior a molécula, menor a sua capacidade de penetrar na pele. Além disso, moléculas grandes demoram para evaporar e difundir-se através da pele. Moléculas menores têm maior volatilidade (capacidade de evaporação). nanotecnologia – tecnologia em rápido desenvolvimento baseada em partículas extremamente pequenas (nano) de múltiplas aplicações (um nanômetro está

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para o metro assim como uma bola de gude está para o tamanho da Terra). Em nanoescala, as moléculas tendem a alterar muitas de suas características. Por exemplo, o óxido de zinco e o dióxido de titânio mudam de branco para incolor. A indústria cosmética também classifica a nanotecnologia em nanopartículas insolúveis e solúveis, nanoemulsões e sistemas de nanoliberação. Nanopartículas insolúveis de dióxido de titânio e óxido de zinco são usadas há muitos anos como filtros de UV para oferecer um amplo espectro de proteção contra UVA e UVB. Essas duas moléculas são transparentes em nanoescala, portanto diferente de sua característica cor branca. Sendo assim, não deixam um filme esbranquiçado sobre a pele. Demonstrou-se que as nanopartículas insolúveis, dióxido de titânio e óxido de zinco, não penetram além do estrato córneo. A nanotecnologia com ingredientes orgânicos é agora utilizada na formulação de produtos antienvelhecimento, acreditando-se que partículas menores são mais rapidamente absorvidas na pele e poderão reparar danos com mais facilidade e eficiência. Em dimensões nano, porém, os compostos orgânicos apresentam maior capacidade de penetração e diferentes características de toxicidade, se comparados ao mesmo composto ou substância química em tamanho “normal”. Assim, nanopartículas orgânicas que conseguem penetrar podem apresentar o risco de possíveis reações secundárias, cuja natureza ainda não é conhecida. Nanoemulsões e sistemas de nanoliberação estão sendo usados para uma liberação eficaz e rápida penetração de princípios ativos na pele. Dadas as expressas preocupações com efeitos potenciais não desejados da nanotecnologia, um abrangente sistema de regulamentação é visto como fundamental para garantir a implementação segura dessa tecnologia. Tanto a FDA nos Estados Unidos quanto a Comissão Europeia estão atentas aos nanomateriais devido às incertezas que envolvem uma penetração rápida e de nível desconhecido. A FDA e o Comitê Científico para Produtos Cosméticos da União Europeia concluíram que as nanopartículas de dióxido de titânio e de óxido de zinco são seguras para uso em filtros solares. Para outros nanoelementos, a FDA está esperando um retorno do setor de cosméticos para desenvolver as recomendações que sua Força Tarefa em Nanotecnologia utilizará para estabelecer diretrizes nessa área. Captalizando com o conceito de nano, algumas empresas estão renomean­ do uma variação de sua tecnologia como ingredientes “mega-small”. Os

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consumidores, portanto, precisarão estar atentos à manipulação dos conceitos de nano. A nanotecnologia poderá tornar-se um conceito revolucionário nos cuidados com a pele, ou então uma área regulamentada pelo governo e que requer aprovação especial para uso. Por enquanto, a novidade dessa tecnologia e suas potenciais controvérsias ainda não foram suficientemente desenvolvidas para se prever seu futuro na cosmética. neutralizado – diz-se quando um produto químico foi adicionado para levar o pH da formulação a próximo de 7, ou seja, neutro. Parcialmente neutralizado é quando um produto químico é adicionado para deslocar o pH do composto na direção do 7, ou o mais próximo do valor neutro. óleo essencial – substância oleosa volátil de origem vegetal. Óleos essenciais contêm vitaminas, hormônios, antibióticos e/ou antissépticos. Esses óleos estão presentes como gotículas entre as células das plantas. Desempenham um papel importante na bioquímica da planta e também são responsáveis por sua fragrância. Os óleos essenciais já têm muitas propriedades demonstradas e atribuídas, como antissépticos, antibióticos aliviantes e calmantes, podendo agir também como conservantes. Esses óleos são extraídos por diversos métodos que permitem a conservação de sua integridade. A destilação é o método mais comum para obter óleos essenciais de plantas. O rendimento desses óleos varia entre 0,005% a 10%, dependendo do tipo de planta. Quanto menor o rendimento, mais caro o óleo. A qualidade e a química dos óleos essenciais poderá variar de acordo com a parte da planta de que é extraído (raiz, casca, flores, folha), a hora do dia e/ou o ano em que foi colhido, o lugar onde a planta cresce (planícies, regiões montanhosas) e os métodos de cultivo. oligoelemento – refere-se a elementos-traço com ação catalítica importante em reações enzimáticas para assegurar o metabolismo normal da célula. Entre eles estão o cobre, magnésio, selênio e zinco. Algumas fontes indicam que a aplicação indiscriminada desses oligoelementos, quer separados, quer em combinação com outro, poderá ser absolutamente ineficaz, e mesmo nociva para a pele. Outros citam testes experimentais em que a presença de oli­ goelementos em uma formulação melhora a afinidade de um derivado de proteína, aumentando a hidratação. parabenos – família de conservantes sintéticos amplamente utilizados em cosméticos no mundo todo, desde a década de 1920, devido a sua eficácia,

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baixo risco de irritação e estabilidade. Essa família inclui o butilparabeno, etilparabeno, metilparabeno e propilparabeno, os dois últimos sendo os mais comuns. Todos esses parabenos são eficazes contra um amplo espectro de microrganismos, incluindo a maior parte dos fungos e bactérias. Eles impedem o crescimento de possíveis contaminantes, como leveduras e bolores. São utilizados em quantidades que variam de 0,1% a 0,5% da formulação total. Estima-se que 30% ou menos da quantidade total de parabeno utilizada (entre 0,03% e 1,15%) possa penetrar na pele. Em 2004, a segurança dos parabenos como conservantes foi questionada em um estudo realizado no Reino Unido, que avaliava o uso de desodorantes contendo essas substâncias. Avaliou-se se o uso prolongado de parabenos era biocumulativo e se estava de algum modo relacionado ao câncer de mama. Desde então, químicos cosmetólogos familiarizados com a atividade dos parabenos sustentam que sua acumulação a partir de aplicações tópicas não é possível porque, uma vez que os parabenos entram na pele, formam metabólitos incapazes de mimetizar o estrogênio. Outros estudos indicam que, depois de entrar na pele, os parabenos são metabolizados em ácido para-hidroxibenzoico, e apenas uma pequena porcentagem permanece em sua forma original como parabeno. Estudos mais recentes parecem invalidar a alegação de risco potencial de câncer de mama para o uso de cosméticos com parabenos. Outros estudos mostram que os parabenos são de mil a 1 milhão de vezes menos estrogênicos que o estradiol, o principal composto estrogênico do corpo. O metilparabeno é o que apresenta o efeito menos estrogênico, aproximadamente 2,5 milhões de vezes menos potente que o 17-beta-estradiol, seguido do etilparabeno. Considera-se que os fitoestrogênios, substâncias de plantas com qualidade semelhantes à do estrogênio, tais como soja, trevo, morango, sálvia, ginseng, trevo-dos-prados, abóbora e o fruto da roseira (entre outros), possuem efeitos estrogênicos naturais de mil a 1 milhão de vezes maior que os dos parabenos. A Food and Drug Adminsitration (FDA) declarou: “A FDA está ciente de que a atividade estrogênica no corpo está associada a certas formas de câncer de mama. Embora os parabenos possam agir de modo semelhante ao estrogênio, têm demonstrado atividade estrogênica bem menor que o estrogênio de ocorrência natural no corpo.” Apesar da declaração, o uso de parabenos em cosméticos continua polêmico. Estudos mais abrangentes são

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necessários para determinar conclusivamente o verdadeiro alcance do dano potencial causado pela exposição prolongada aos parabenos resultante do uso diário de cosméticos. Embora os parabenos usados em cosméticos e produtos de toucador sejam manufaturados sinteticamente, também são formados naturalmente a partir de um ácido (ácido p-hidroxibenzoico), encontrado na framboesa e na amora. peptídeos – polímeros curtos formados pela ligação de alfa-aminoácidos. Quando essa cadeia de aminoácidos é pequena, a molécula é chamada de peptídeo. Quando é maior, dá-se o nome de polipeptídeo. Proteínas são moléculas polipeptídicas. Embora as proteínas não possam penetrar na pele, peptídeos menores podem ser absorvidos. A capacidade de juntar aminoácidos em diferentes números, formando assim diferentes peptídeos e polipeptídeos, confere a esses ingredientes várias propriedades benéficas quando incorporados a produtos cosméticos. Esses benefícios incluem desde maior elasticidade da pele e maciez a melhorias na aparência das rugas, redução da inflamação e reparação dos tecidos. Também se afirma que os peptídeos podem ativar as funções regenerativas da pele, aumentar quantidade de colágeno e sintetizar outros componentes epidérmicos. Para aplicação cosmética, utilizam-se peptídeos naturais derivados do algodão, arroz, trigo, caseína e soro do leite. Têm várias aplicações em formulações para cabelo e pele, com base na distribuição do peso molecular, conteúdo de aminoácidos, solubilidade e perfil odorífero. Os peptídeos podem ser naturais ou sintéticos. pH – refere-se ao nível de acidez ou alcalinidade de um determinado ingrediente ou produto químico. Como, numa substância, é o hidrogênio que determina o nível de acidez ou alcalinidade, o símbolo pH representa a força (p, do inglês, power) da molécula de hidrogênio (H). O pH dos ácidos varia de 0 a 6,9, e dos álcalis, de 7,1 a 14. Um pH 7 é considerado neutro. A importância do pH de um produto baseia-se em sua correlação com o pH da pele. A pele humana tem um pH na faixa ácida, variando de 4,4 a 5,6, dependendo do indivíduo e da região da pele testada. O valor do pH superficial deve-se aos ácidos presentes no estrato córneo. Fatores externos, como a transpiração, tendem a tornar a pele mais ácida. Quanto maior o valor do pH da pele, menos ácida ela é, e maior sua reação de sensibilidade a compostos muito

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ácidos, geralmente proporcionando uma sensação de queimação e vermelhidão. Quanto menor o pH da pele, mais ácida ela é, e assim será menos sensível a compostos ácidos, tais como peelings e outros esfoliantes. Como exemplo prático, uma pele com pH 5 será mais sensível a um produto com AHA e de pH 3,8 do que uma pele com pH 4,4. polímeros – moléculas grandes formadas de molécuals menores da mesma substância. Em cosmética, os polímeros fazem parte do conceito de encapsulamento utilizado para uma liberação sustentada e controlada dos ingredientes ativos. Os polímeros melhoram a liberação de lubrificantes e protetores da pele, além de prolongar sua hidratação. Também agem como emulsificantes. Ver também liberação controlada. polifenóis – família de antioxidantes de origem botânica muito poderosos. Os polifenóis também reforçam o colágeno e a elastina ao mesmo tempo que impedem a degradação de elementos fundamentais dos tecidos, necessários à saúde da pele. Os polifenóis presentes no chá verde incluem, mas não se limitam, às catequinas, tais como o galato de epigalocatequina (EGCC), epigalocatequina (EGC), epicatequina 3-galato (ECG) e epicatequina (EC). Na natureza existem antioxidantes que também agem como anti-inflamatórios e anticarcinogênicos. O polifenol estabilizado da semente da uva atua junto a ácidos graxos essenciais para proteger as células contra os radicais livres. Acredita-se que os polifenóis possam tratar e/ou evitar certas condições da pele, como linhas de expressão e rugas, rosácea, irregularidades na superfície e hiperpigmentação. precipitado – pequenas partículas (acima de 1 mícron) que se desprendem de uma suspensão por causa da gravidade ou como resultado de descarga elétrica. precursores – compostos intermediários de alto potencial biológico que, quando ativados, são convertidos em outra substância específica. Esse é o caso, por exemplo, do ergosterol (provitamina D2), que é transformado, pela radiação ultravioleta, em vitamina D. O caroteno (provitamina A) é um precursor que também pode ser transformado em vitamina A. Precursores biológicos também são definidos como pequenas moléculas capazes de penetrar na pele e, uma vez ali – por meio de uma reação química com substâncias químicas e/ou enzimas da própria pele – convertem-se em outro composto relacionado que não poderia ter penetrado em seu estado original em razão do tamanho da molécula ou de problemas de afinidade. Um exemplo é o palmitato de retinila. Quando aplicado à pele, uma certa porcen-

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tagem é convertida, através de processo enzimático, em retinol. Acredita-se que algumas substâncias rotuladas como precursores biológicos estimulam a síntese de colágeno, elastina, proteoglicanos e glicoproteínas estruturais. princípio ativo (ingrediente ativo) – ingrediente com valor de “tratamento”. Quando aplicado à pele, desempenha função terapêutica ou benéfica, como curar, hidratar, suavizar, tonificar etc. proteína – cadeia de aminoácidos unidas por ligações peptídicas. A incorporação de proteínas em preparações cosméticas pode oferecer benefícios como formação de um filme e hidratação, regeneração, estimulação da proliferação celular e redução da irritação potencial de certos surfactantes. Originalmente, a maior parte da proteína utilizada era de animais. Agora, geralmente são substituídas por proteínas de origem vegetal. Fontes usuais e adequadas de proteína vegetal incluem amêndoa, aveia, arroz, soja e trigo. radiação ultravioleta – energia oriunda do sol e que percorre o espaço na forma de luz visível. A luz do sol é composta de muitos comprimentos de onda distribuídos ao longo do espectro eletromagnético. À medida que esses raios solares atravessam a atmosfera da Terra, certos comprimentos de onda são filtrados. O restante chega até à superfície do planeta como luz UV e infravermelha, sendo agrupado em três categorias: UVA, UVB e UVC. A atmosfera filtra quase toda a luz na faixa UVC, mas não na UVA ou UVB. A UVA penetra fundo na pele e pode causar efeito fototóxico no nível de derme. A UVB, de comprimento de onda mais curto, é responsável principalmente pela vermelhidão cutânea, pois sua penetração e concentração restringem-se quase que exclusivamente à epiderme. De um modo geral, a luz UV pode causar um amplo espectro de reações, que incluem leve queimadura na pele, edema e hiperpigmentação, envelhecimento prematuro, danos no DNA e câncer de pele. Além disso, a luz UV pode ativar a produção, na pele, de substâncias químicas secundárias (p. ex., a enzima colagenase) com capacidade de acelerar o envelhecimento e causar danos às funções cutâneas normais. Ver também UVA; UVB; UVC. radicais livres (espécies que contêm oxigênio reativo) – átomos ou moléculas de oxigênio muito reativos, com carga elétrica e altamente instáveis. Radicais livres são formados quando um átomo de oxigênio perde um elétron. A perda do elétron torna o átomo ou a molécula eletricamente instável. Para restabelecer a estabilidade, os radicais livres tendem a capturar elétrons de outras substâncias a fim de se neutralizar. A reação pode resultar em dois

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processos diferentes: a) o efeito de neutralização de um radical livre pode levar à formação de outro, causando uma reação em cadeia em que um grande número de reações de radicais livres ocorre segundos após a reação inicial; ou b) eles se ligam à membrana celular, o que permite sua reestabilização, mas no processo um novo composto de oxidação é formado e acaba danificando a membrana, o DNA e os mecanismos de reparação da célula etc. Por isso é importante que a pele tenha um estoque de antioxidantes. A instabilidade e a alta reatividade dos radicais livres é corrigida quando eles doam ou recebem um elétron de outra molécula. A molécula de oxigênio, necessária à sobrevivência do organismo, é um dos principais produtores de radicais livres no corpo. Internamente, os radicais livres são produzidos por reações metabólicas. Externamente, são resultado de radiação UV, pesticidas, poluição do ar, drogas, fumaça de cigarro, estresse e estilos de vida não saudáveis. O corpo tem seu próprio mecanismo natural de proteção contra danos causados por radicais livres. Essa capacidade de proteção diminui com a idade e quando o corpo é exposto a situações em que a quantidade de radicais livres formados é maior que a capacidade natural do corpo de neutralizá-los. Além disso, a produção de radicais livres acima de um certo nível é responsável por numerosos problemas indesejados. Eles são considerados o fator no 1 por trás do envelhecimento cutâneo. Causam danos ao DNA, às membranas celulares e ao tecido conectivo da derme, particularmente ao colágeno, estimulando a produção da enzima colagenase. O resultado geral são danos às células, alterações na estrutura da membrana celular e diminuição da elasticidade e flexibilidade da pele. Os radicais livres também são nocivos às células de Langerhans, diminuindo a eficácia do sistema imunológico da pele. Além do mais, favorecem a produção de substâncias químicas secundárias. Essas substâncias causam reações químicas negativas e danos às células que acentuam o envelhecimento cutâneo. É importante observar a necessidade de uma certa quantidade de radicais livres para que a pele funcione adequadamente. A quantidade excessiva é que causa sérios danos, geralmente irreversíveis. reação química – refere-se à transformação de uma ou mais substâncias em uma ou mais substâncias diferentes. retinoides – refere-se a ingredientes derivados da vitamina A. Incluem o retinol, ésteres retinílicos e o palmitato de retinila. Os retinoides desempenham importante papel na reparação de peles danificadas e fotodanificadas. O tra-

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tamento com retinoides pode resultar na regeneração do tecido colagênico dérmico, inibindo a formação excessiva da enzima colagenase, responsável pela quebra do colágeno dérmico e também por promover a síntese de colágeno. A capacidade dos retinoides de aumentar a quantidade dos colágenos do tipo I e II torna-os importantes na prevenção contra contusões, rompimentos e ulcerações na pele madura. O retinol tornou-se o retinoide preferido para uso cosmético. sensibilizador – refere-se a ingredientes que podem provocar uma reação de sensibilidade, como vermelhidão na pele, inchaço, coceira ou qualquer outra reação adversa. sequestrantes de radicais livres (antirradicais livres, antioxidantes) – componentes que se contrapõem ao efeito destrutivo dos radicais livres. Compostos como a vitamina E (as diferentes formas de tocoferol), vitamina C (na forma de ácido ascórbico) e os flavonoides são exemplos de ingredientes atualmente considerados como sequestrantes de radicais livres. Podem ser incorporados sistemicamente ou topicamente para ajudar a reduzir os efeitos dos radicais livres, decompondo-os em compostos contra os quais o corpo possui defesas. sistema de liberação – sistema químico que libera o ingrediente ativo no sítio-alvo de ação da pele a fim de otimizar o desempenho. Sistemas de liberação podem afetar a reação da pele, a penetração do ingrediente e sua eficácia. A não ser que o ingrediente ativo seja liberado no lugar certo dentro da pele, e na concentração apropriada, a eficácia do produto poderá ser questionada. Ver também Capítulo 2, Penetração do produto. solubilizante – ajuda a dissolver materiais normalmente insolúveis, como fragrâncias e óleos. substância de origem botânica – elementos de vegetais que contêm constituintes ativos e que podem elicitar certas respostas biológicas quando aplicados à pele. Essas substâncias fornecem um amplo espectro de benefícios, dependendo dos constituintes específicos da planta. A eficácia geralmente está associada ao nível de concentração dos constituintes ativos presentes na formulação, à capacidade da pele de absorvê-los, ao efeito que outros ingredientes presentes na formulação podem ter sobre o constituinte ativo e ao grau de penetração do constituinte. Embora as substâncias de origem botânica fossem tradicionalmente utilizadas por sociedades antigas como remédios para quaisquer distúrbios externos e internos, seu valor foi quase

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reduzido ao folclore e ao boato quando comparado à eficácia dos ingredientes sintéticos identificados, medidos e testados. À medida que a pesquisa revela os diferentes componentes moleculares de extratos botânicos, é demonstrado que todas as substâncias de origem botânica possuem moléculas biologicamente ativas. Essas moléculas são as responsáveis pelas propriedades terapêuticas atribuí­das à planta. Por exemplo, o bisabolol foi isolado e identificado como um dos constituintes de ação calmante da camomila; e os flavonoides, presentes numa ampla variedade de plantas, agora são reconhecidos como poderosos antioxidantes com atividade anti-inflamatória, antialergênica, antiviral, antienvelhecimento e anticarcinogênica. Substâncias de origem botânica podem ser incorporadas a um produto de diversas formas: todo o fitocomplexo (por exemplo, pétalas de rosa maceradas ou cenouras maceradas); extrato (por exemplo, extrato de raiz de alcaçuz); frações ou determinados elementos do extrato (por exemplo, flavonoides ou terpenos); e os constituintes isolados ou componentes químicos ativos do extrato (por exemplo, ácido glicirretínico, de ocorrência natural na raiz de alcaçuz). A atividade terapêutica associada a uma substância de origem botânica pode também variar com base na parte da planta utilizada. O extrato do fruto de uma planta poderá ter valores terapêuticos não encontrados num extrato da folha, por exemplo. Independentemente da forma em que a substância é incorporada (inteira, fração ou constituinte isolado), a concentração apropriada de um componente químico ativo incorporado à formulação cosmética é crucial para determinar o benefício oferecido por esse extrato específico da planta. Apenas adicionar um extrato a um produto cosmético não garante benefícios no tratamento. O conhecimento da performance dessas substâncias e a parte da planta que é incorporada na formulação é importante para diferenciar benefícios reais de técnicas de marketing. As pesquisas continuam a identificar os ingredientes que conferem valor terapêutico aos compostos de origem botânica. À medida que aumenta o conhecimento sobre a ação de constituintes botânicos biologicamente ativos, seu uso em preparações cosméticas continuará a crescer. Atualmente, cosméticos à base de ingredientes de origem botânica representam um dos segmentos que mais cresce no mercado. Nem todas essas substâncias são apropriadas para os cuidados da pele. Dependendo do ingrediente, tipo e condição de pele, ou a quantidade utilizada

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do produto, algumas substâncias de origem botânica podem causar sérias irritações e/ou reagir com outros ingredientes químicos da pele, resultando em reações alérgicas. À medida que aumenta a compreensão que se tem dessas substâncias e de suas propriedades terapêuticas, também aumenta o conhecimento a respeito do uso e da manipulação adequada na cosmética. surfactante (agente ativo na superfície) – ingrediente que baixa a tensão superficial dos cosméticos, auxiliando no espalhamento de produtos quando aplicados à pele. Surfactantes geralmente são encontrados em agentes de limpeza, emulsificantes, agentes espumantes, solubilizantes e agentes umectantes. Existem aproximadamente 2 mil surfactantes diferentes disponíveis para o formulador cosmético. A atual tarefa na área de cosméticos é desenvolver surfactantes de baixa irritação que obtenham o máximo de emulsificação, solubilização e efeito de dispersão, causando reações mínimas com as células da epiderme. Os efeitos nocivos dos surfactantes na pele manifestam-se com ressecamento, aspereza, escamação e vermelhidão. A irritação por surfactantes é responsável por um grande número de reações adversas na pele. O nível de irritação depende do tipo de surfactante utilizado, sua concentração e duração do contato com a pele. O uso exagerado de surfactantes, combinado com sensibilidade preexistente, extremos de tempe­ ratura ou de pH, baixa umidade ou o uso combinado de outros irritantes potenciais, tais como, abrasivos, branqueadores ou solventes lipídicos, pode provocar reações como irritação, inflamação, rachaduras e aspereza. tamponamento – refere-se a um processo químico pelo qual um composto (ou compostos) é adicionado a uma formulação para manter o pH constante, independentemente da adição de outros ingredientes. UVA – luz composta de comprimentos de onda que variam de 400 nm a 340 nm. A UVA tem o menor potencial de energia, mas penetra fundo na pele, interagindo com um maior número de estruturas e danificando o colágeno e a elastina por meio da produção de substâncias químicas secundárias que digerem essas proteínas, causando rugas. A UVA também pode danificar a estrutura celular, provocar mutações ou deleções no DNA e inativar alguns de seus mecanismos de reparação. A UVA promove carcinogênese e também imunodepressão. Os danos por ela causados são cumulativos, evidenciando-se nas rugas, no afundamento da pele e outros sinais visíveis de envelhecimento. A luz UVA é responsável por cerca de 95% de toda a radiação UV que penetra na pele. Os raios UVA também se originam de lâmpadas conhecidas como

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sun lamps e de câmaras de bronzeamento, que são tão nocivos quanto os raios que vêm diretamente do sol. UVB – luz composta de comprimentos de onda que variam de 340 nm a 280 nm. É a região do espectro de queimadura ou eritêmica, porque pode penetrar no estrato córneo e na epiderme, causando vermelhidão e queimaduras na pele. Diretamente absorvida pelas moléculas de DNA, a UVB é um verdadeiro carcinógeno na pele e, junto com certos agentes químicos, pode agir como um iniciador de tumores. UVC – luz composta de comprimentos de onda que variam entre 280 nm e 200 nm. A UVC tem o menor comprimento de onda e a energia mais alta, já que comprimento de onda e energia estão inversamente relacionados. Quase toda a luz dessa faixa é filtrada pela atmosfera da Terra. veículo (carreador) – composto cosmético utilizado para diluir um ingrediente ativo, regular sua penetração na pele e/ou ajudar na aplicação superficial. Observou-se que o grau de eficácia do ingrediente varia de acordo com o veículo usado. A isso chama-se de “efeito de veículo”. Em filtros solares, por exemplo, a mesma quantidade de material ativo em um veículo, como óleo ou álcool, é menos eficaz do que o mesmo material em um veículo do tipo loção, o que por sua vez é menos eficaz que o veículo creme. O termo veículo também refere-se a componentes utilizados que conferem estabilidade ou consistência a cosméticos. Uma formulação pode ter um ou mais veículos. Muitas vezes, um veículo pode também ser um princípio ativo (por exemplo, álcool). vitaminas – grupo de substâncias essenciais para o funcionamento, crescimento e desenvolvimento normal da célula. As vitaminas dividem-se em duas categorias: lipossolúveis, que são armazenadas nos tecidos adiposos do corpo; e solúveis em água (hidrossolúveis), que são utilizadas imediatamente pelo corpo. A pesquisa química e cosmética sobre o impacto das vitaminas nos cuidados com a pele tem resultado na validação e na ampliação do papel que certas vitaminas desempenham nos produtos cosméticos. A vitamina A e seus derivados são fundamentais entre os ingredientes antienvelhecimento; as vitaminas E e C são ótimos antioxidantes com efeitos sinergísticos; e outras vitaminas, como B, F, H e P têm sido usadas como ingredientes para cosméticos em diferentes épocas. Atualmente, demonstrou-se cientificamente o importante valor cosmético das vitaminas A, C e E. Embora a maioria dos consumidores considere as vitaminas como materiais naturais, em cosmética elas podem ser de origem natural ou sintetica-

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mente produzidas. A maior parte dos ingredientes vitamínicos atualmente usados em formulações cosméticas são versões sintéticas das vitaminas, derivados de vitaminas ou algum elemento específico da vitamina. umectante – utilizado nas formulações cosméticas para aumentar o conteúdo de umidade da pele. Os umectantes têm a capacidade de se ligar à água, por isso são considerados hidratantes.

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PARTE II

Ingredientes para produtos

Introdução Este dicionário representa uma análise dos ingredientes para cosméticos atual­ mente encontrados em rótulos de produtos para cuidados com a pele. Para compi­lar essa informação, os autores solicitaram rótulos de fabricantes norte-americanos e de importadores de produtos para pele. Esses ingredientes, além de outros utilizados em formulações desse tipo, foram então divididos em ordem alfabética. As funções do ingrediente foram analisadas com base em dados publicados (mídia impressa e eletrônica), informações fornecidas pelos fabricantes e entrevistas com químicos cosmetólogos de empresas de cosméticos. Nenhum dado sobre desempenho do produto foi diretamente obtido dessas empresas. A razão foi evitar o risco de descrever o desempenho do produto baseado em argumentos de marketing. Para manter a uniformidade, substâncias de origem botânica foram classificadas e descritas, sempre que possível, pelo nome usado com mais frequência, sendo que os outros nomes aparecem em seguida. A acácia (Acacia), por exemplo, pode ser encontrada sob a letra A, como acacia (catechu negro; goma-acácia; goma-arábica; goma de acácia...). Para auxiliar o leitor com os nomes botânicos em latim, compilou-se, no apêndice ao final do dicionário, uma referência em ordem alfabética. Por exemplo, sob a letra A está a Acacia senegal – acácia. Outro exemplo é a castanha-da-índia, cujo nome latino é Aesculus hippocastanum. A indústria de cosméticos está padronizando rapidamente a lista de ingredientes para facilitar a localização dos nomes pelo consumidor. Fabricantes dos Estados Unidos, União Europeia, Japão e outros países estão utilizando a Nomenclatura Internacional de Ingredientes para Cosméticos (INCI, na sigla

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em inglês) para nomes de compostos ou substâncias químicas que aparecem como ingredientes nos rótulos de seus produtos. Exceções ao uso dos nomes INCI incluem algumas substâncias de origem botânica, agentes de coloração e aqueles nomes INCI não aceitos pelos consumidores ou pelo governo em um mercado específico. Os nomes INCI têm ajudado a reduzir as inconsistências encontradas no passado. Essas inconsistências incluíam a ordem da palavra; o uso do nome completo por um fabricante e uma abreviação ou abreviação parcial por outro; o uso, por alguns, do nome latino para substâncias de origem botânica e os nomes comuns, por outros etc. Os nomes INCI são considerados universais e, portanto, geralmente não são traduzidos para as línguas locais, embora governos locais possam exigir a tradução. Independentemente da padronização INCI, às vezes alguns ingredientes aparecerão na forma abreviada ou com uma abreviação e um nome químico: EDTA e DMDM hidantoína (DMDM hydantoin – nomenclatura INCI) são exemplos. Geralmente, essas abreviações são o padrão INCI. Este dicionário faz tantas remissões recíprocas quantas for possível. Alguns cosméticos também trazem nomes comerciais designados pelo fabricante para proteger a natureza proprietária do ingrediente e/ou da formulação. Nomes comerciais não aparecem nas listagens da INCI. Substâncias químicas também podem aparecer na lista de ingredientes com um nome de marketing que impeça a identificação de sua composição. Nesta edição, fizemos um esforço para usar os nomes INCI sempre que possível. Quando houve mudança significativa de nome, ambos – o nome original e o nome INCI – aparecem na ordem alfabética apropriada. A função do ingrediente, porém, é discutida sob o nome INCI ou na sua forma de referência atual mais comum. Outros nomes para a mesma substância química aparecem com uma nota de referência para o nome INCI. Por exemplo, o hidroxianisol butilado (butylated hydroxyanisole) é geralmente conhecido como BHA (nomenclatura INCI). Esse ingrediente aparece nas duas formas de referência, mas é descrito somente como BHA, pois esta é a mais comum. Outro exemplo é a benzofenona-3 (benzophenone-3), também conhecida como oxibenzona (oxybenzone). Aparece e é descrita em benzofenona-3 (benzophenone-3 – nomenclatura INCI), mas também pode ser encontrada como oxibenzona (oxybenzone), com referência para descrição no primeiro ingrediente. Ingredientes que aparecem sob o nome comercial são remetidos em ambos os sentidos e descritos sob o nome químico sempre que o componente químico

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foi revelado ou pôde ser determinado. Um exemplo é o Ajidew®, nome comercial para o PCA de sódio (sodium PCA – nomenclatura INCI). Neste caso, Ajidew® aparece na letra A, remetendo a sodium PCA, para a descrição das propriedades do ingrediente. Em alguns casos, certos ingredientes desempenham funções muito semelhantes. Sua inclusão em uma formulação é determinada pela reação com outros ingredientes presentes, preferência do formulador e/ou custo. Em tais casos, apresenta-se uma descrição em um dos ingredientes e todos os outros são remetidos a ele. Este é o caso com certos PEGs e lauril éteres (laureths). Por exemplo, o PEG-10 laurato de sorbitano (PEG-10 sorbitan laurate – nomenclatura INCI) é um agente em solução utilizado para limpeza e solubilização. O PEG-40 laurato de sorbitano (PEG-40 sorbitan laurate – nomenclatura INCI), PEG-44 laurato de sorbitano (PEG-44 sorbitan laurate – nomenclatura INCI), PEG-75 laurato de sorbitano (PEG-75 sorbitan laurate – nomenclatura INCI) e PEG-80 laurato de sorbitano (PEG-80 sorbitan laurate – nomenclatura INCI), todos referem-se ao PEG-10 laurato de sorbitano (PEG-10 sorbitan laurate – nomenclatura INCI), já que possuem função similar. Alguns ingredientes aparecem na lista para efeito de marketing. Considere, por exemplo, lama fango (fango mud). Fango é lama em italiano; sua descrição encontra-se no verbete fango. Outras listas deixam espaço para uma ampla interpretação, sem identificação real do(s) ingrediente(s). Termos vagos e orientados para o marketing, sempre que óbvios, são observados no dicionário. Um exemplo são as frações botânicas ativas que aparecem sob a letra A. Essa é uma descrição que envolve dois ou mais extratos vegetais não identificados, o que impede a determinação do desempenho do ingrediente. No Brasil, a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – por meio de resolução específica definiu que todos os ingredientes utilizados nos produtos de higiene e limpeza, cosméticos e perfumes devem ser listados de acordo com a nomenclatura INCI – International Nomenclature of Cosmetics Ingredients (Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos), a qual é adotada mundialmente. Essa decisão baseou-se no fato de que o INCI permite designar de forma única e simplificada a composição dos ingredientes no rótulo dos produtos cosméticos. Dessa forma, o objetivo do uso da nomenclatura INCI é facilitar a identificação de qualquer ingrediente, proveniente de qualquer país, por ser uma codificação universal, com um sistema para todos os países sem distinção de idioma, caracteres, nem de alfabeto.

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Para alguns ingredientes, quantidades diminutas e baixas concentrações são uma exigência absoluta para uma resposta apropriada da pele. Para outros, baixas concentrações tornam-lhes ineficazes. Além disso, outros ingredientes presentes em uma formulação podem impactar o desempenho e a biodisponibilidade de certos componentes ativos. Quando se trata do valor de eficácia conforme declarado nos rótulos ou em material promocional, em alguns casos a única maneira de ter certeza é levar em conta a reputação e a confiabilidade do fabricante do cosmético. Nem quem escreveu este livro nem um leitor de rótulos de ingredientes está em posição de determinar a eficácia do ingrediente ou do produto baseado na sequência de ingredientes listados.

Regulamentações para a rotulagem de ingredientes cosméticos As regulamentações para a rotulagem de ingredientes cosméticos foram estabelecidas pela FDA em 1977. Elas exigem que os ingredientes estejam listados em ordem decrescente de predominância pela nomenclatura estabelecida em fontes de referência de nomes de ingredientes. Hoje, a fonte de referência dominante é o International Cosmetic Ingredient Dictionary and Handbook, onde estão listados os nomes INCI. Ingredientes que emprestam sabor (e aroma) e fragrância precisam ser identificados pelos termos aroma e/ou fragrância, conforme apropriado. Isentos de exposição no rótulo submetidos a esses regulamentos estão os nomes de ingredientes comerciais secretos. Há um esquema para analisar as solicitações de isenção por segredo comercial. Esses regulamentos aplicam-se apenas a produtos para venda em varejo. Cosméticos utilizados em estabelecimentos profissionais como salões ou clínicas de beleza, ou amostras grátis, não podem ser incluídos na exigência de declaração de ingrediente. A lista de ingredientes está impressa na embalagem do produto ou de algum modo ali afixada. Se um produto é embalado em dois recipientes – geralmente frasco, tubo ou pote – em uma caixa, exige-se que os ingredientes estejam impressos no rótulo da embalagem do recipiente externo. Considere um produto para limpeza de pele vendido em uma caixa: a lista de ingredientes precisa apare­cer na caixa. Qualquer listagem no frasco é opcional. Se, no entanto, o recipiente externo não for usado, então a lista precisa aparecer no recipiente principal, neste caso, no frasco do produto de limpeza. Essas listas podem

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aparecer em qualquer painel de informações de uma embalagem visível ao consumidor, ou em uma etiqueta, fita ou cartão firmemente afixado à embalagem externa. O regulamento especifica que a informação tem de ser proeminente, evidente e clara. Os ingredientes listados devem ser identificados pelo nome estabelecido pelo comissário da FDA para fins de rotulagem de ingredientes. Se não houver um nome estabelecido pelo comissário, a identificação deve ser feita com o nome adotado para o ingrediente nas edições e suplementos das seguintes fontes (listadas em ordem descendente de prioridade de utilização): • International Cosmetic Ingredient Dictionary & Handbook1 • United States Pharmacopoeia • National Formulary • Food Chemical Codex • USAN and the USP Dictionary of Drug Names Teoricamente, se o nome de um ingrediente não aparece em nenhuma dessas fontes, então deve ser utilizado o nome geralmente reconhecido pelos consumidores ou um nome químico ou técnico. Os regulamentos europeus, todavia, exigem que os ingredientes sejam listados pelo nome comum, e esse nome comum, com poucas exceções, é o nome INCI. A confusão original envolvendo os compostos à base de ervas está diminuindo graças à padronização INCI. No passado, havia muitos casos em que substâncias de origem botânica apareciam com o nome botânico (latino) em alguns produtos e com o nome comum em outros. Na maior parte das vezes, os nomes INCI são latinos e geralmente irreconhecíveis para o consumidor. Para resolver isso, os fabricantes estão optando por incluir o nome botânico seguido, entre parênteses, do nome comum. Assim, o extrato de toranja (grapefruit) podia ser encontrado como extrato de Citrus paradisi (toranja). A questão pode tornar-se ainda mais complicada pelo modo como as empresas fabricantes de cosméticos decidem grafar os ingredientes utilizados. Cada vez mais, porém, ocorre a padronização.

1. Antigamente o CTFA, Cosmetic Ingredient Dictionary, desempenhava a mesma função, tendo sido substituído por essa nova publicação, já que a maior parte da terminologia INCI baseia-se nas listas originais do CTFA. (NT)

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A Anvisa também dispõe de uma legislação específica de rotulagem de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, que é obrigatória e além de outras exigências, requer uma lista dos ingredientes da fórmula na rotulagem dos produtos, expressos de acordo com a nomenclatura INCI. Para cumprir a Lei de Integridade na Embalagem e Rotulagem (Fair Packaging and Labeling Act), os ingredientes de uma formulação devem estar arrolados em ordem descendente de predominância. A exceção é o cosmético que também é um medicamento. Neste caso, o ingrediente ativo farmacológico deve aparecer antes do ingrediente ativo cosmético. Cada ingrediente com ação farmacológica deve ser declarado como “ingrediente ativo” e identificado pelo nome estabelecido para o referido ingrediente ativo. A segunda exceção à ordem da regra de predominância é que, se um ingrediente é considerado confidencial pela FDA, pode-se usar, no final da declaração, a denominação “outros ingredientes” em vez do nome real do ingrediente. Em lugar de “outros ingredientes”, algumas empresas incluem na lista um ingrediente ou grupo de ingredientes considerados proprietários utilizando uma denominação adotada por elas e que não permite identificação em nenhuma das fontes citadas. As empresas devem submeter uma solicitação à FDA para que o ingrediente tenha status de segredo comercial. A Lei de Liberdade de Informação declara que “Um segredo comercial poderá consistir em qualquer fórmula, padrão, dispositivo ou compilação de informações utilizados em um negócio e que lhe dá a oportunidade de obter uma vantagem sobre os concorrentes que não o conhecem ou usam.” Em outras palavras, segredo comercial é uma informação de valor não conhecida por outros e que não poderá ser prontamente verificada. A legislação brasileira não define uma ordem de prioridade na relação dos ingredientes listados na rotulagem, no entanto, os ingredientes deverão estar listados na embalagem externa, ou seja, na embalagem secundária dos produtos, de acordo com a legislação de rotulagem para os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Os produtos cosméticos não podem ter indicação ou menções terapêuticas e induzir o consumidor a erros. O produto elaborado com finalidade terapêutica, de acordo com a Anvisa é considerado medicamento e, neste caso, segue uma legislação específica de rotulagem. A regulamentação da rotulagem permite que ingredientes presentes em concentrações de 1% ou menos sejam listados em qualquer ordem, contanto que apareçam depois dos ingredientes presentes em concentrações maiores em sua

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ordem de predominância. Corantes presentes em qualquer concentração poderão ser listados em qualquer ordem após a listagem dos outros ingredientes. A Anvisa possui requisitos específicos para a formulação dos produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, como, lista de corantes, conservantes e filtros solares permitidos, lista de substâncias proibidas e de uso restrito.

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A Acacia (Acacia senegal) – goma de acácia; catechu negro; goma-arábica: usada frequentemente em remédios tradicionais como agente aliviante e anti-inflamatório. Também usada como goma vegetal para espessamento do produto. Na forma de extrato, a acácia é recomendada para peles secas, sensíveis ou delicadas. Acácia é a seiva ressecada e viscosa da árvore da acácia africana. Pode causar erupções na pele em casos de alergia. Acacia corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos, como Acacia arabica; Acacia catechu; Acacia dealbata; Acacia concinna etc. Acacia gum – goma acácia: ver acacia. Açaí (Euterpe oleracea) – óleo da polpa do açaí: parece ter poderosas propriedades antioxidantes e a capacidade de ajudar a regular os lipídeos cutâneos, promovendo assim atividades de reparação da pele. Derivado das bagas do açaizeiro (da família da palmeira); seus constituintes incluem ácidos graxos essenciais (ômega-6 e ômega-9), vitamina C, polifenóis e fitoesteróis. É recomendado para uso em hidratantes, produtos de pós-sol e preparações cosméticas destinadas a melhorar a maciez da pele. Euterpe oleracea corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem seis tipos de Euterpe oleracea de acordo com a apresentação, como, por exemplo, Euterpe oleracea fruit extract (extrato da fruta do açaí), Euterpe oleracea pulp powder (pó da polpa do açaí). Acerola extract (Malpighia emarginata) – extrato de acerola: acredita-se que tenha propriedades antioxidantes e atue como um sequestrante de radicais livres em razão do seu alto conteúdo de ácido ascórbico. Também é hidratante e tônico para o cabelo. A acerola é derivada do fruto maduro de uma variedade de cereja das Antilhas ou de Barbados. Malpighia emarginata corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem três tipos de Malpighia emarginata de acordo com a apresentação, como, por exemplo, Malpighia emarginata fruit

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88 | Acetamide MEA – acetamida etanolamina

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extract (extrato da fruta acerola), Malpighia emarginata seed extract (extrato da semente da acerola) etc. Acetamide MEA – acetamida etanolamina: umectante recomendado para uso em emulsões. De acordo com os fabricantes, possui propriedades anti-irritantes. Acetate – acetato: um sal de ácido acético. Embora apareça nos rótulos como acetato, para determinar sua ação apropriada precisa ser seguido de outro nome (por exemplo, acetato de tocoferol), que indicará a função do composto. Acetone – acetona: solvente considerado um ingrediente não comedogênico, ocasionalmente usado em tônicos para a pele. Pode ter um efeito ressecante e muito irritante, dependendo da concentração e frequência de uso. Acetyl hexapeptide-1 – acetil hexapeptídeo-1: peptídeo regulador da melanina que parece estimular a pele a produzir esse pigmento. Acredita-se que mimetiza o próprio mecanismo natural de defesa da pele contra UVB. Encontrado em produtos de proteção solar e produtos para o tratamento do envelhecimento e de manchas de sol. Acetyl hexapeptide-3 – acetil hexapeptídeo-3: peptídeo que, acredita-se, inter­ cepta e detém a transmissão dos sinais químicos responsáveis pelas contrações musculares que podem resultar em linhas de expressão e formação de rugas, embora também ajude a reduzir a aparência das rugas já existentes. Encontrado principalmente em cremes antienvelhecimento, antirrugas e também em cremes para os olhos. Acetyl hexapeptide-8 – acetil hexapeptídeo-8: um peptídeo antirrugas. Sinteticamente produzido e considerado altamente eficaz, estudos clínicos indicam que pode reduzir a profundidade de rugas já existentes. Poderá ser incorporado a produtos comercializados como tendo efeito tópico-Botox® ou de “eliminação de rugas”. Acetyl cysteine – acetilcisteína: condicionador de pele. Também pode ter uma aplicação antienvelhecimento devido à capacidade demonstrada de regular a atrofia da pele e reduzir o aparecimento de linhas de expressão e rugas. Ver também cysteine. Acetylated lanolin – lanolina acetilada: emoliente que ajuda a formar, na pele, filmes que repelem a água. Acetylated lanolin alcohol – álcool de lanolina acetilada: apresenta propriedades amaciantes para a pele e também antialergênicas. Trata-se de um éster que se assemelha a esteroides geralmente encontrados na pele. Considerado

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Acrylates/dimethicone methacrylate copolymer – copolímero de acrilato

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por algumas fontes como altamente comedogênico e com um potencial de irritação apenas moderado. Achillea millefolium extract – extrato de milefólio: ver yarrow extract. Acrylates/acrylamide copolymer – acrilamida: possui a capacidade de formar filme e é semelhante aos copolímeros de acrilato. Acrylamide/sodium acryloyldimethyl taurate copolymer – copolímero de acrilamida/taurato de sódio acriloildimetila: usado como espessante e/ou estabilizante. Considerado não irritante. Ver também polímero (Capítulo 4). Acrylates – ver acrylates copolymer. Acrylates copolymer – copolímero de acrilato: capaz de absorver as secreções cutâneas, reduzindo assim o brilho da pele e proporcionando uma superfície mais apropriada para aplicação de maquiagem. O copolímero de acrilato também confere uma consistência agradável à preparação cosmética e ajuda a reduzir qualquer sensação de oleosidade que o produto possa dar. Suas variadas aplicações incluem: a incorporação a produtos para a limpeza de pele, tratamentos para controle da oleosidade, maquiagem, pós soltos e compactos. Utilizado com vários outros ingredientes, incluindo glicerina, ciclometicona, palmitato de retinol e óleos vegetais, o copolímero de acrilato prolonga a disponibilidade desses outros ingredientes para a pele através de uma atividade do tipo liberação gradual. Também ajuda a combater algumas propriedades negativas quando aplicado à pele, ou a melhorar ainda mais as positivas. Por exemplo, o copolímero de acrilato reduz a viscosidade e a untuosidade da glicerina, ao mesmo tempo que prolonga sua disponibilidade na rede intersticial da pele. Quando aparece junto com o palmitato de retinol, o copolímero de acrilato melhora a estabilidade da formulação e aumenta o tempo de contato com a pele. Acrylates/ C10-30 alkyl acrylate crosspolymer – polímero cruzado de acrilato/ acrilato de C10-30 alquila: emulsificante para emulsões de óleo em água com propriedades espessantes e estabilizantes similares às de um carbômero. Consi­derado uma segunda geração em relação aos carbômeros, é mais impermeável. Permite a liberação imediata do componente de fase oleosa da formulação após a fricção do produto na pele. Utilizado em emulsões hidratantes e cremes, filtros solares impermeáveis e emulsões de fragrância. Ver também carbômeros (Capítulo 4). Acrylates/dimethicone methacrylate copolymer – copolímero de acrilato/metacrilato de dimeticona: emoliente com capacidade de formar filme. Também impede que preparações cosméticas empastem.

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Acrylates/octylacrylamide copolymer – copolímero de acrilato/octilacrilamida: proporciona uma barreira para a perda de umidade, também apresentando propriedades de impermeabilidade. É muito encontrado em produtos de beleza que requerem um componente formador de filme, incluindo os filtros solares impermeáveis, produtos que não borram, e hidratantes para as mãos e para o corpo. Estudos indicam que ele permite a liberação gradual de princípios ativos durante certo intervalo de tempo. Outras propriedades incluem resistência à fricção e retenção da fragrância. Acrylic acid/acrylonitrogens copolymer – copolímero de ácido acrílico/acrilonitrogênios: utilizado como emulsificante principal, proporcionando capacidade de aglutinação e de controle de viscosidade. Também pode contribuir para as propriedades hidratantes de um produto, agindo como um formador de filme na superfície da pele. Geralmente é encontrado em preparações que exigem impermeabilidade. Acrylic acid polymers – polímeros de ácido acrílico: podem ser empregados como espessantes, estabilizantes de dispersão e modificadores de viscosidade para cosméticos. Estudos clínicos não indicam nenhuma reação dérmica ou irritações. Active botanical fractions – frações botânicas ativas: esta é uma denominação vaga que envolve dois ou mais extratos botânicos não identificados, o que impede uma determinação apropriada dos ingredientes ou seu real valor. Essa denominação, porém, é acompanhada de uma declaração de que a mistura combina ação antielastase de frações ativas da planta e, portanto, pode ser usada para preservar a elastina. Adansonia digitata – ver baoab. Adenosine – adenosina: estudos indicam ação antirrugas e amaciante para a pele. Adenosine phosphate – fosfato de adenosina: nucleotídeo (unidades formadoras do ácido nucleico) adicionado a produtos de beleza para que o produto possa agregar água e umidade à pele. Agrimony extract (Agrimonia eupatoria) – extrato de agrimônia: adstringente. Considerado um ingrediente botânico benéfico para uso em tônicos. Agrimo­ nia eupatoria corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem quatro tipos de Agrimonia eupatoria de acordo com a apresentação, como Agrimonia eupatoria flower extract (extrato da folha da agrimônia), Agrimonia eupatoria root extract (extrato da raiz da agrimônia) etc.

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Alcohol denat, SD Alcohol 40 – álcool SD-40, álcool 40

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AHA – ver alpha hydroxy acid. Ajidew® – ver sodium PCA. Ajidew A-100 – ver PCA. Ajidew N-50 – ver sodium PCS. Alanine (alanina) – aminoácido que pode atuar como agente condicionador para a pele. Geralmente utilizado em combinação com outros aminoácidos. Albumen (albumina) – ver egg protein. Albúmen extract (extrato de albumina) – ver egg extract. Alchemilla extract (Alchemilla vulgaris) – extrato de alquemila (lady’s mantle): de acordo com a fitoterapia contemporânea, a alquemila é adstringente e benéfica para tratar ferimentos e deter o sangramento. É anti-inflamatória e alivia a dor. Além disso, acredita-se que possa combater os radicais livres e filtrar a radiação UV. Seus constituintes incluem taninos, saponinas, ácido salicílico, ácidos graxos, esteróis e aminoácidos. A raiz, os pedúnculos em floração e as folhas são as partes usadas. Alchemilla vulgaris corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem os tipos extract (extrato) e leaf extract (extrato de folhas). Ver também lady’s mantle extract. Alcohol – álcool (álcool SD-40; álcool SDA-40; etanol; álcool etílico): amplamente utilizado na indústria de cosméticos como antisséptico e também como solvente, dada a sua grande capacidade de dissolver gordura. Geralmente usado em diferentes concentrações em tônicos para a pele, acne, loções pós-barba, perfumes, loções para bronzeamento e águas de colônia. Quando utilizado em altas concentrações, o álcool resseca a pele. É fabricado por meio da fermentação do amido, açúcar e outros carboidratos. C12-16 alcohol – álcool C12-16: mistura de álcoois graxos com uma série de carbonos ligados (uma extensão de 12 a 16 carbonos). Esse tipo de modificação às vezes é utilizado por formuladores de cosméticos para facilitar a penetração de outro ingrediente na pele ou para simplesmente criar uma molécula maior, quando exigido para fins de formulação. Ver também alkyl benzoate, C12-13. C14-22 alcoholsL/C12-20Alkyl glucoside – álcool, C14-22/C12-20 alquilglicosídeo: emulsificante adequado para preparações em spray. Alcohol benzoate/C12-15 – álcool C12-15 benzoato: ver C12-15 alkyl benzoate. Alcohol denat, SD Alcohol 40 – álcool SD-40, álcool 40: versão de alta qualidade do álcool etílico e designado especialmente para uso cosmético. Evapora quase imediatamente, deixando os ingredientes ativos na superfície da pele. Propriedades antibacterianas lhe são atribuídas. “SD” é o acrônimo para

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92 | alcohol SDA-40 – álcool SDA-40

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“especialmente desnaturado” (specially denatured, em inglês), e o número 40 não está relacionado à porcentagem de álcool na formulação, mas à qualidade do álcool. Ver também alcohol. alcohol SDA-40 – álcool SDA-40: outro modo de descrever o alcohol denat, SD Alcohol 40 – álcool SD-40. Pode ser lido como “álcool especial desnaturado” (special denatured alcohol, em inglês). Ver também alcohol denat, SD Alcohol 40. Aleppo gall (Quercus robur) – galha de Alepo (extrato de broto de carvalho): substância ativa de origem botânica utilizada em protetores solares para combater os radicais livres, como filtro de UV e por suas atividades de reparação da pele em casos de danos causados por radiação UV. A galha de Alepo ajuda a combater os efeitos nocivos dos raios UVA e protege a pele, graças a sua capacidade de filtrar UVB. Também possui propriedades adstringentes e antissépticas, o que a torna útil no tratamento de queimaduras e ferimentos. Tradicionalmente, a galha de Alepo também era usada no tratamento de eczema. Quercus robur corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, ainda existem os tipos bud (broto), bark (casca), root (raiz). Alfalfa extract (Medicago sativa) – extrato de alfafa: substância de origem botânica com propriedades tônicas e descongestionantes. A alfafa é uma planta perene amplamente cultivada e que também pode ser encontrada em estado natural nas margens de campos e em vales pouco profundos. O extrato é obtido das folhas. Medicago sativa corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem oito tipos de Medicago sativa de acordo com a apresentação, como, por exemplo, Medicago sativa leaf extract (extrato da folha de alfafa), Medicago sativa seed powder (pó da semente da alfafa) etc. Algae extract – extrato de alga marinha: substância ativa usada para normalizar a umidade da pele e proporcionar flexibilidade e firmeza à epiderme. Existem muitos tipos de algas, e com propriedades diferentes. Dependendo da variedade utilizada, os benefícios para a pele podem incluir atividade imunológica e de combate aos radicais livres, melhoria na condição dérmica, reestruturação, redução de rugas e renovação do tecido. Algas também podem agir como formadoras de filme, hidratantes e emolientes. Fabricantes de cosméticos raramente revelam a classe de algas utilizada. Isso geralmente faz parte do “segredo” da formulação. Algae extract corresponde à nomenclatura INCI. Algae extract and pullulan – extrato de algas e pululana: usado para deixar a pele mais firme. Os fabricantes garantem efeito de enrijecimento imediato e

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Allantoin – alantoína

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de longo prazo graças à capacidade de estimular e fortalecer as fibras de colágeno da pele. Esse polissacarídeo de alga (a pululana é um açúcar natural com capacidade de formar filme e reter umidade) também pode apresentar alguma atividade antioxidante. Os fabricantes o indicam como benéfico para formulações antienvelhecimento e antirrugas e para cosméticos que desejem reivindicar um efeito de lifting. Os componentes incluem as vitaminas B12 e C. Pullulan corresponde à nomenclatura INCI. Neste caso, é uma mistura dos extratos de alga e pululana. Algae oil – óleo de algas: ver algae extract; seaweed extract. Algae protein – proteína de algas: estudos mostram que algumas variedades específicas são boas substitutas para o colágeno de origem animal. Também estão descobrindo que a proteína de algas apresenta efeitos hidratantes potencialmente melhores em níveis mais baixos de uso, e menos viscosidade, geralmente associada com o uso em níveis mais altos de colágeno de origem animal. Nomenclatura INCI: algae extract. Ver também algae extract; seaweed extract. Algin – algina (ácido algínico; alginato de potássio; alginato de sódio): usada em formulações cosméticas como espessante, estabilizante e agente gelificante. Obtida de diferentes variedades de algas castanhas. Nomenclatura INCI: Algin (alginato de sódio); Alginic acid (ácido algínico); Potassium alginate (alginato de potássio); Sodium alginate sulfate (éster sulfúrico do alginato de sódio). Alginate – alginato: usado como agente espessante em preparações cosméticas. O alginato pode ser utilizado em microcápsulas e é obtido de extratos marinhos. A nomenclatura INCI abrange várias substâncias à base de alginato (alginate). Alginic acid – ácido algínico: ver algin. C12-15 alkyl benzoate – benzoato de alquila; C12-15 (C12-15 alcohol benzoate) – C12-15 álcool benzoato: emulsificante usado em filtros solares, também age como solubilizante para a oxibenzona, além de dar uma agradável textura à pele. Trata-se de uma mistura de álcoois sintéticos. Nomenclatura INCI: C12-15 alkyl benzoate. Allantoin – alantoína: extrato botânico considerado restaurador, calmante e também aliviante. Também ajuda a proteger a pele de fatores externos nocivos (p. ex., queimadura pelo vento). É tida como excelente anti-irritante temporário, e acredita-se que auxilie no tratamento de peles danificadas,

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94 | Allyl methacrylates crosspolymer – polímero cruzado de metacrilatos de alila

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estimulando o crescimento de novos tecidos. A alantoína é apropriada para peles sensíveis, irritadas e com acne. Derivada da raiz de confrei, é considerada não alergênica. Allyl methacrylates crosspolymer – polímero cruzado de metacrilatos de alila: sistema de liberação polimérico. De acordo com o fabricante, é suficientemente versátil para liberar um amplo espectro de ingredientes reativos, tais como o retinol. Também pode liberar ingredientes voláteis com sucesso, como fragrâncias, e solubilizar outros com facilidade, como no caso do filtro solar avobenzona. Almond flour – farinha de amêndoa: usada principalmente em sabões para dar maior consistência e ação esfoliante. Almond meal – farelo de amêndoa: usado em cosméticos para obter uma ação esfoliante. Não tem nenhum outro efeito direto na pele. É encontrado em diferentes tamanhos: do no 1, muito fino, até o no 10, muito grande. O farelo de amêndoa é feito da casca da amêndoa. Nomenclatura INCI: Prunus amygdalus dulcis seed meal (farelo de semente de amêndoa doce). Almond oil, bitter (Prunus amygdalus amara) – óleo de amêndoa amarga: serve como emoliente e carreador, conferindo uma textura elegante à pele e auxiliando no espalhamento de cremes, loções e óleos de banho. Obtido da amêndoa amarga, supõe-se que permaneça refrescante por mais tempo que o óleo de amêndoas doces. É o óleo essencial volátil destilado da amêndoa, também usado em fragrâncias e aromas. Quando utilizado em altas concentrações, costuma causar fortes reações alérgicas, incluindo dor de cabeça. Nomenclatura INCI: Prunus amygdalus amara kernel oil – óleo da semente da amêndoa amarga. Almond oil, sweet (Prunus amygdalus dulcis) – óleo de amêndoa doce: serve como emoliente e carreador, conferindo uma textura elegante à pele e auxiliando no espalhamento de cremes, loções e óleos de banho. O principal constituinte do óleo de amêndoa doce é a oleína, com uma pequena proporção do glicerídeo ácido linoleico. Muito semelhante em composição ao óleo de oliva, é obtido de amêndoas doces que passaram por um processo de limpeza e trituração, deixando-as em forma de pó. O pó é então prensado a frio e deixado em repouso por uma ou duas semanas. Após esse período, o óleo é filtrado e geralmente descolorado. O óleo de amêndoa doce é o óleo triglicerídeo (óleo vegetal) derivado das amêndoas. Nomenclatura INCI: Prunus amygdalus dulcis oil – óleo de amêndoa doce.

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Aloe vera­– aloé/babosa

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Almond powder – pó de amêndoa: ver almond flour. Almond protein – proteína de amêndoa: possui propriedades de retenção de umidade. Derivada do farelo de amêndoa. Nomenclatura INCI: Prunus amygdalus dulcis protein – proteína da amêndoa doce. Almondermin®: deixa a pele com uma textura aveludada. Possui propriedades hidratantes, alisantes e aliviantes. Almondermin® é um extrato botânico que mistura amêndoas doces com marshmallow. Aloe extract – extrato de aloé: substância de origem botânica muito popular e há séculos reconhecida pelas suas propriedades medicinais benéficas: antibióticas, anti-inflamatórias e no tratamento de ferimentos. Esses benefícios também se estendem aos cuidados da pele. O aloé (ou babosa) é usado com frequência em preparações cosméticas devido às suas aparentes propriedades hidratantes, aliviantes e calmantes. É excelente para peles secas e sensíveis, bem como para o tratamento de queimaduras de sol e outras pequenas queimaduras, picadas de insetos e irritações da pele. O extrato de aloé é obtido das folhas de aloe vera e também é chamado de gel de aloé. Ver também aloe vera. Aloe juice – suco de aloé: também conhecido como gel de aloé. Tecnicamente, o termo suco de aloé aplica-se a uma versão diluída do gel de aloé. Ver também aloe vera. Aloe vera­ – aloé/babosa: emoliente e resina de goma formadora de filme, com propriedades hidratante, amaciante, curativa, antimicrobiana e anti-inflamatória. Sua capacidade hidratante é a sua característica mais reconhecida. O aloé fornece umidade diretamente ao tecido cutâneo. Outras propriedades incluem regulação da umidade e uma aparente capacidade de absorver luz UV. Tem um efeito levemente relaxante sobre a pele, sendo assim benéfica para peles sensíveis, queimadas de ou expostas ao sol. Na medicina folclórica, foi bastante popular como remédio para queimaduras. Costuma ser usada em géis como um refrescante e relaxante eficaz para peles irritadas, daí sua popularidade em preparações pós-sol por trazer resfriamento e alívio. Além disso, é também um componente eficaz em emulsões formuladas para a regulação de peles secas. Aparentemente, a aloé vera tem um efeito sinérgico quando utilizada junto com outras substâncias anti-inflamatórias. Concentrações acima de 50% aumentam o fluxo de sangue na área da aplicação. Embora os constituintes importantes da aloé vera sejam minerais, polissacarídeos, aminoácidos e carboidratos, 99,5% de seu conteúdo é água. Seus benefícios em produtos para a pele dependem da concentração apropriada,

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96 | Aloe vera gel – gel de aloé

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já que diferentes concentrações resultam em diferentes benefícios e produtos finais. Um extrato quase inodoro e praticamente incolor é derivado da seiva do aloé. É utilizada em cosméticos na forma de gel (também chamado de extrato) ou em uma versão diluída, conhecida como suco de Aloe vera. Aloe vera gel – gel de aloé: mucilagem obtida das folhas de Aloe vera. Ver também Aloe vera. Alpha bisabolol – alfa bisabolol: ver bisabolol. Alpha hydroxyacid (AHA) – alfa-hidroxiácido (AHA): nome que se dá a uma família de ácidos de ocorrência natural geralmente chamados de “ácidos de frutas”. Os AHAs são utilizados em produtos cosméticos como hidratantes, emolientes e esfoliantes. Também são empregados no tratamento de danos causados pela luz e hiperpigmentação; em nível clínico, eczema e ictiose. A atividade e benefícios associados dependem do tipo de AHA utilizado, a concentração empregada e o pH da fórmula. Os benefícios atribuídos a essas substâncias ativas incluem redução das linhas de expressão e rugas superficiais, clareamento da pigmentação superficial e pele mais macia e flexível, com melhoria na hidratação. Esses benefícios observados são resultado da atividade do AHA para normalizar o estrato córneo, reduzindo sua espessura por meio de esfoliação e a criação de uma estrutura mais compacta; maior hidratação da pele devido a propriedades umectantes naturais; capacidade de ativar o ácido hialurônico, que, por sua vez, reterá maior quantidade de água na pele; e aumento da espessura dérmica devido ao aumento da hidratação e normalização das funções cutâneas. Existem seis AHAs fundamentais encontrados em várias plantas e frutas: o ácido glicólico, encontrado no sumo da cana-de-açúcar; ácido lático do leite coalhado e do suco de tomate; ácido málico encontrado em maçãs; ácido tartárico das frutas e do vinho; e ácido cítrico encontrado em limões, abacaxis, laranjas e outras frutas. O ácido pirúvico também é um AHA. AHAs usados em preparações cosméticas são derivados sintéticos. As propriedades esfoliantes e de redução da hiperqueratinização em alguns AHAs torna-os ingredientes importantes em produtos para acne, para reduzir a queratose actínica e melhorar a aparência da pele envelhecida. Suas propriedades emolientes e hidratantes também ajudam a pele seca e envelhecida. De todos os AHAs, os ácidos glicólico e lático, e seus sais, são os mais populares para uso nos cuidados da pele. São considerados os mais eficazes; sua eficácia foi validada por um grande número de estudos científicos. Dos dois, o ácido glicólico é tido como um

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Apha lipoic acid – ácido alfalipoico (ALA)

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pouco mais eficaz para a normalização das funções cutâneas. Há controvérsias quanto ao uso e efeito de longo prazo dos AHAs, principalmente os ácidos glicólico e lático. Isso resultou em uma declaração emitida por duas importantes organizações do setor de cosméticos e do governo, a Cosmetic Ingredient Review (CIR) e a Cosmetic Toletries and Fragrance Association (CTFA). Elas afirmam que os ácidos glicólico e lático, bem como seus respectivos derivados glicolato e lactato, podem ser seguramente incorporados a produtos cosméticos de varejo em concentrações menores ou iguais a 10%, com o pH do produto final não estando abaixo de 3,5. Também observam que, em suas instruções de uso, os fabricantes devem incluir uma declaração sobre o uso diário de proteção contra o sol.

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Alguns exemplos de AHAs Ácido Glicólico

Ácido Lático

Ácido Málico

Ácido Tartárico

Ácido Cítrico



CH2OH

CH3

COOH

COOH

COOH



CH2OH

CHOH

CH2

CHOH

CH2

COOH

CHOH

CHOH

HOC––COOH

COOH

COOH

CH2







COOH

Comparação do tamanho relativo de moléculas de importantes AHAs.

Alpha hydroxyacetic acid – ácido alfa-hidroxiacético: ver glycolic acid. Alpha hydroxycaproic acid – ácido alfa-hidroxicaproico: quando adicionado a filtros solares, pode impedir o descascamento da pele, resultante de excessiva exposição ao sol. Alpha hydroxyethanoic acid – ácido alfa-hidroxietanoico: ver glycolic acid. Alpha-isomethyl ianone – alfaisometil ionona: usado em formulações para mascarar odores. Alpha linolenic acid – ácido alfalinolênico: também conhecido como ômega-3. Ver linolenic acid. Apha lipoic acid – ácido alfalipoico (ALA): também conhecido como ácido tióctico. Antioxidante poderoso e versátil que age neutralizando os radicais livres. Também parece demonstrar atividade antioxidante semelhante à da vitamina C: tem a capacidade de ajudar a revitalizar outros antioxidantes (incluindo as vitaminas C e E), bem como a coenzima Q10, prolongando

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98 | Althea extract – extrato de alteia

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assim sua atividade. Embora utilizado clinicamente no tratamento do diabetes, também é encontrado em cosméticos antioxidantes e antienvelhecimento. Althea extract (Althaea officinalis) – extrato de alteia (extrato de marshmallow; extrato de raiz de alteia): substância de origem botânica que se acredita ter capacidade emoliente, aliviante e curativa quando incorporada a formulações para a pele. É considerada particularmente benéfica em preparações pós-barba e em produtos para queimaduras de sol e pele seca. Este é um extrato vegetal hidroglicólico da raiz de alteia. Althaea officinalis corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, há tipos distintos de acordo com a apresentação, como, por exemplo, Althaea officinalis leaf extract (extrato de folha de alteia), Althaea officinalis root (raiz de alteia) etc. Alum – alúmen: ver potassium alum. Aluminum PCA – PCA de alumínio: possui propriedades adstringentes e antissépticas. Aluminum acetate solution – solução de acetato de alumínio (solução de Burow): possui propriedades adstringentes e antissépticas. É usado em loções adstringentes e cremes protetores. Esta é uma mistura de acetato de metal alcalino, ácido acético e acetato de alumínio dibásico com ácido bórico como estabilizante da formulação. Algumas companhias tentam evitar a utilização deste ingrediente por causa de seu conteúdo metálico, já que os benefícios para a pele de produtos à base de metal são questionados por alguns fabricantes. O uso prolongado e contínuo pode produzir erupções e desprendimentos na pele. Aluminum hydroxide – hidróxido de alumínio: composto inorgânico utilizado para tornar um produto menos transparente. Também é usado por formuladores como umectante e para amaciar, alisar e proteger a pele. Além disso, ajuda a controlar a viscosidade do produto. Encontrado frequentemente em máscaras faciais e de preparação para maquiagem. Aluminum/magnesium hydroxyde stearate – hidróxido de estearato de alumí­ nio e magnésio: aditivo e estabilizante geralmente usado em emulsões de água-em-óleo. Ajuda a melhorar a suspensão de partículas insolúveis ou de pigmentos em formulações, sendo particularmente útil quando o fabricante quer um gel incolor. Aluminum starch octenylsuccinate – amido octenilsuccinato de alumínio: serve para aumentar o FPS, particularmente quando usado em combinação com o dióxido de titânio. É hidrofóbico (não tem afinidade com a água) e pode ser usado para reduzir a consistência gordurosa de um produto.

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Ammonium alpha hydroxyethanoate – alfa-hidroxietanoato de amônio

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Aluminum stearate – estearato de alumínio: forma salina do ácido esteárico utilizada como espessante e emulsificante, e para regular a estabilidade e a suspensão de uma formulação cosmética. Aluminum sulfate – sulfato de alumínio: sal de alumínio comum utilizado em adstringentes. É muito semelhante ao alumínio. Amino acid – aminoácido: usado em formulações cosméticas para aumentar a retenção de água e a hidratação da pele. Em razão do seu tamanho reduzido, os aminoácidos podem penetrar mais fundo nas camadas celulares do estrato córneo que proteínas, como o colágeno, com peso molecular maior. A sensação do ingrediente na pele dependerá da composição do aminoácido da proteína utilizada. No passado, os aminoácidos mais usados eram derivados de colágeno animal. Hoje, em virtude das exigências do consumidor, novos substitutos vegetais estão sendo introduzidos e estudos atuais buscam fontes alternativas de aminoácidos. Embora os aminoácidos sejam componentes fundamentais da pele, não se utiliza a aplicação tópica de aminoácidos para produzir pele nova, pois o papel dos aminoácidos na formação da pele é um processo extremamente complexo. 4-amino-3-hydroxybutyric acid – ácido 4-amino-3 hidroxibutírico: estudos indicam que, quando usado com a vitamina E, apresenta efeito antienvelhecimento. Parece impactar a microcirculação, o que, por sua vez, acelera o metabolismo da pele e melhora sua condição de um modo geral. p-aminobenzoic acid (PABA) – ácido p-aminobenzoico (PABA): substância química utilizada em filtros solares. Ver PABA. Aminobutyric acid – ácido aminobutírico: aminoácido com propriedades que lhe permitem interagir com a água e possível capacidade anti-inflamatória. Aminoethyl propanol – aminoetil propanol: álcool com propriedades antibacte­ rianas e antissépticas tópicas, geralmente usado para ajustar o pH em formulações cosméticas. Aminomethyl propanol – aminometil propanol: álcool utilizado para ajustar o pH em formulações cosméticas. Também age como emulsificante e agente gelificante. Sua principal aplicação é em preparações para o cabelo. Aminoserine – aminoserina: ver serine. Ammonium acryloyldimethyltaurate/VP copolymer – copolímero VP e acriloildimetiltaurato de amônio: espessante. Ammonium alpha hydroxyethanoate – alfa-hidroxietanoato de amônio: ver ammonium glycolate.

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100 | Ammonium bituminosulfonate – bituminosulfonato de amônio

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Ammonium bituminosulfonate – bituminosulfonato de amônio: também conhecido como ictiol; ictamol; sulfonato sódico de óleo de xisto. Ver sodium shale oil sulfonate. Ammonium caseinate – caseinato de amônio: aglutinante e emulsificante incorporado a cosméticos como polímero. É um pó de proteína solúvel em água derivada do leite. Ver também polímeros (Capítulo 4). Ammonium chloride – cloreto de amônio: usado como espessante e aditivo em tônicos não alcoólicos. De acordo com os formuladores de cosméticos, o componente amônio proporciona a sensação de formigamento que algumas pessoas associam aos tônicos ou pós-barbas, e que, em tônicos comuns, geralmente é conferido pelo conteúdo alcoólico. O uso do cloreto de amônio deve-se a uma questão de preferência na formulação. Ammonium cocoyl isetionate – cocoil isetionato de amônio: surfactante. Tem a propriedade de formar bastante espuma, dando à formulação um caráter lubrificante, além de conferir uma suave textura à pele. É um derivado natural do óleo de coco. Ammonium glycolate – glicolato de amônio: detergente usado em xampus e sabonetes líquidos. O glicolato de amônio é também uma versão neutralizada do ácido glicólico, usualmente incorporado a cosméticos para reduzir a irritação tipicamente associada ao uso do ácido. O glicolato de amônio também possui propriedades hidratantes. Ver também glycolic acid. Ammonium glycyrrhizate – glicirrizinato de amônio: condicionador, também usado como agente aromatizante, particularmente em batons. Ammonium hydroxide – hidróxido de amônio: usado em preparações cosméticas como álcali para neutralizar a acidez excessiva na formulação. Ammonium lactate – lactato de amônio: quando utilizado em aplicações tópicas, é encontrado para tornar mais espessa a epiderme viável, ao mesmo tempo em que reduz a espessura da camada córnea. É uma versão neutralizada do ácido lático. Ver também lactic acid. Ammonium laureth sulfate – lauril éter (lauret) sulfato de amônio: surfactante com capacidade de formar espuma. Também pode ser empregado como agente emulsificante e para a limpeza da pele. Como membro do grupo sulfato de éter, é considerado menos irritante que a sua contraparte lauril – o lauril sulfato de amônio. Ammonium lauryl sulfate – lauril sulfato de amônio: surfactante com capacidade emulsificante. Dadas as suas propriedades detergentes, pode ser usado,

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Anemone extract – extrato de anêmona

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em níveis levemente ácidos, como surfactante aniônico. É considerado um dos surfactantes mais irritantes, causando ressecamento e vermelhidão na pele. Hoje, ou é usado em combinação com ingredientes anti-irritantes para reduzir a sensibilidade, ou é substituído por surfactantes menos irritantes, porém semelhantes, como o lauril éter (lauret) sulfato de amônio. Ammonium polyacryldimethyltauramide – poliacrildimetil tauramida de amônio: espessante e estabilizante. É particularmente eficaz no pH elevado exigido por formulações de filtro solar solúveis em água. Ammonium polyacryloyldimethyl taurate – poliacriloildimetil taurato de amônio: polímero usado para estabilizar emulsões e controlar a viscosidade da formulação. Amniotic fluid – fluido amniótico: alguns o consideram simplesmente uma proteína animal que serve como agente de formação de filme superficial, com propriedades hidratantes. Outros afirmam que é nutriente, tem propriedades antitóxicas, age como estimulante epitelial e pode difundir-se através da pele. Pesquisas indicam que o fluido amniótico parece ter um efeito positivo no tratamento de feridas e na regeneração celular. Aqueles que defendem seu uso observam que não é preciso sacrificar o animal para obter a substância, já que o fluido amniótico (o fluido que envolve o embrião no útero da vaca) pode ser extraído de animais vivos em seu terceiro a sexto mês de gestação, supostamente sem causar danos ao animal ou ao feto. Amodimethicone copolyol – amodimeticona copoliol: produto de silicone com propriedades amaciantes e condicionantes para a pele. Amphoteric 2 – anfotérico-2: surfactante extremamente suave, muito usado em xampus para bebês. Também serve como um excelente emulsificante. Amydimethyl PABA – amildimetil PABA: ver pentyl dimethyl PABA. Amyl cinnamal – amilcinamal: usado como fragrância. Embora de ocorrência natural em algumas plantas, quando utilizado em produtos cosméticos é mais comum o derivado sintético. Anemone extract (Anemone sp.) – extrato de anêmona: ingrediente botânico com propriedades aliviantes e anti-inflamatórias, e também com capacidade para curar ferimentos superficiais. Esses atributos o tornam apropriado para peles sensíveis, delicadas e com acne. Os mais usados são a anêmona dos bosques (Anemone nemorosa) e a pulsatila (Anemone pulsatilla). Algumas variedades são conhecidas por causar inchaço e bolhas. O extrato é obtido da erva inteira. Nomenclatura INCI: Sea anemone nematocyst.

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102 | Angelica – angélica

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Angelica (Angelica sp.) – angélica: tanto na forma de extrato quanto de óleo essencial, essa substância de origem botânica é descrita como tônico, desintoxicante e purificante para o sangue e os sistemas linfáticos. Também é considerado um aliviante. Os principais constituintes da angélica são: óleo volátil (cerca de 1%), ácido valérico, ácido angélico, açúcar, um princípio amargo e uma resina peculiar chamada angelicina, que é estimulante para a pele. O óleo essencial da raiz contém terebangeleno e outros terpenos. Os óleos das sementes contêm ácido metiletilacético e ácido hidroximirístico. Os extratos de angélica são feitos de sementes e, mais frequentemente, de raízes. A nomencaltura INCI contempla vários tipos de angélica. Anhydrous lanolin – lanolina anidra: agente emoliente e emulsificante. Seu nível de comedogenicidade depende como tem sido processado para uso cosmético. Ver também lanolin. Anise extract (Pimpinella anisum) – extrato de anis: usado como fragrância. Nenhum valor terapêutico tem sido atribuído à aplicação externa desta substância de origem botânica. A composição do anis é de 80% a 90% de anetol e metil claricol. O extrato é obtido por destilação a vapor das sementes de anis. Pode causar reações alérgicas e produzir urticária, descamação e bolhas quando aplicado diretamente à pele. p-anisic acid – ácido p-anísico: também conhecido como ácido 4-metoxibenzoico. Geralmente usado como fragrância, também tem capacidade conservante (antimicrobiana). Novos estudos clínicos indicam que também possa inibir a tirosinase. Ocorre naturalmente na semente de anis. Annatto extract (Bixa orellana) – extrato de anato: usado em cremes e produtos para sol como corante e iluminador. A cor alaranjada que ele confere é obtida do fruto ressecado da planta, especialmente a polpa. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Bixa orellana. Apple extract (Pyrus malus) – extrato de maçã: afirma-se que possui propriedades aliviantes e anti-inflamatórias e que é benéfico para a pele seca. Além da enzima anilase, maçãs frescas e suco de maçã contêm ácido málico (até 90-95% do conteúdo total de ácido da fruta) e ácido tartárico, ambos com um certo grau de atividade esfoliante natural. Como as ações vitamínicas e enzimáticas são facilmente destruídas, o valor da ação enzimática e do conteúdo vitamínico da fruta em preparações cosméticas depende totalmente da formulação do produto. A nomencaltura INCI contempla vários tipos de Pyrus malus. Apricot oil – óleo de damasco: ver apricot kernel oil.

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Areca nut extract – extrato de noz-de-areca (noz-de-betel)

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Apricot kernel oil – óleo de caroço de damasco: emoliente de consistência não gordurosa. Confere ao produto bom deslizamento e capacidade de lubrificação. Usado principalmente como carreador, o óleo de caroço de damasco é rapidamente absorvido pela pele, e, uma vez absorvido, age como um bom agente oclusivo e hidratante. É muito utilizado em cosméticos por sua ação amaciante. Esse óleo tem um alto conteúdo de vitamina E (ver vitamin E), que alguns dizem poder auxiliar a pele a reter elasticidade, brilho e flexibilidade. É um triglicéride (ou triglicerídeo) da mesma categoria dos óleos de abacate, de oliva e de sésamo. Consiste em aproximadamente 75% de ácido oleico, 20% de ácido linoleico e ácidos graxos insaturados esterificados com glicerina. O óleo de caroço de damasco é considerado por alguns químicos um substituto natural para o óleo mineral. É extraído por compressão, e é bem mais barato que o óleo de amêndoa, com o qual muito se assemelha, podendo, portanto, substituí-lo. Apricot powder – pó de caroço de damasco: material natural para peeling incorporado a sabões e esfoliantes. Apricot seeds – sementes de damasco: as sementes são moídas e depois incorporadas a sabões e esfoliantes como material natural para peeling. Apricot stone – caroço de damasco (moído): ver apricot powder. Arachidonic acid – ácido araquidônico: ingrediente com propriedades alisantes, emolientes e curativas para a pele. É um ácido graxo essencial presente na pele e considerado fundamental para o seu metabolismo. Faz parte da vitamina F. Arachidyl alcohol – álcool araquidílico: um emoliente e espessante. Frequentemente incorporado aos cosméticos para prevenir perda de umidade e melhorar a suavidade da pele. Arachidyl glucoside – araquidil glicosídeo: emulsificante que também pode ser usado para melhorar a qualidade de um creme cosmético ou loção em termos de maciez, cremosidade e espessura. Arachidyl propionate – propionato de araquidila: facilita o rápido espalhamento de uma preparação cosmética. Possui consistência não oleosa e um alto brilho. Éster não comedogênico, semissólido, que se liquefaz à temperatura do corpo. Alguns o consideram um possível substituto para a lanolina. Arachis oil – óleo de arachis (óleo de amendoim): óleo carreador usado em produtos cosméticos designado para peles sensíveis e delicadas. Ver peanut oil. Areca nut extract (Areca catechu) – extrato de noz-de-areca (noz-de-betel): descrito como adstringente, antibacteriano e aromático. Também pode ter

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104 | Argan oil – óleo de argan

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capacidade potencial para regeneração de tecidos. Entre os principais constituintes estão o tanino, ácido gálico e vários alcaloides. No tratamento para a pele, diz-se que diminui os poros, ajuda a controlar a oleosidade e aumenta o tônus capilar. Afirma-se que é 25% mais adstringente que a hamamélis. O extrato de noz-de-areca costuma ser usado em produtos para peles oleosas e tônicos para a pele. Nomenclatura INCI: Areca catechu seed extract. Argan oil – óleo de argan: emoliente e condicionador, também protege e hidrata a pele. Entre seus constituintes estão o tocoferol, ácido fenólico, carotenos e ácidos graxos essenciais. É obtido da árvore dessa planta. l-arginine – l-arginina: aminoácido usado como agente condicionador da pele. Ver também amino acid. Arginine PCA – arginina PCA: em preparações cosméticas, parece ter a capacidade de aumentar o consumo de oxigênio da pele e a hidratação. Arlacel® (165): emulsificante muito bom e estável em meio ácido. Mantém as moléculas de água e óleo unidas para conservar a integridade do produto, não tendo efeito sobre a pele. Arlacel® é um nome comercial para uma mistura de estearato de glicerila e estearato PEG 100, às vezes também aparecendo como uma combinação de monoestearato de glicerila e estearato POE. Armoise oil – óleo de artemísia: mistura de óleos essenciais que se acredita ter propriedades antimicrobianas e capacidade de agir como conservante cosmético. Para que essa mistura seja eficaz, é preciso uma concentração de 2%. Misturas como essa em produtos sem enxágue podem causar sensibilidade à pele se não forem cuidadosamente formuladas. Arnica extract (Arnica montana) – extrato de arnica: substância de origem botânica a que se atribuem uma ampla gama de propriedades: antisséptico, adstringente, antimicrobiano, anti-inflamatório, anticoagulante, estimulante da circulação, curativo e estimulante. Alguns afirmam que promove a remo­ção de excreções da pele, ajuda na promoção do crescimento de novos tecidos e é antialergênico. Tradicionalmente usado na couperose, o extrato de arnica também é considerado excelente para a acne. É eficaz em géis e cremes designados para o tratamento de pele danificada, avermelhada ou cansada. Entre os constituintes estão a arnicina, um óleo volátil, tanino, fulina, sesquiterpenos, flavonoides e cumarinas. É dito que as flores dessa erva perene contêm mais arnicina que o rizoma, e são o segmento preferido da planta. Aplicações repetidas podem produzir sérias inflamações. É preciso muito cuidado em seu uso, pois algumas pessoas são particularmente sensíveis. A nomencaltura INCI contempla vários tipos de Arnica montana.

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Ascorbyl palmitate – palmitato de ascorbila

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Arnica oil – óleo de arnica: propriedades curativas lhe são atribuídas. Ver também arnica extract. Artichoke extract (Cynara scolymus) – extrato de alcachofra: algumas fontes afirmam que o extrato de alcachofra ajuda a curar irritações da pele e é anti-inflamatório e embelezador. Estudos também indicam que o extrato de alcachofra deixa a pele mais viçosa, lisa e firme, com melhorias em nível dérmico. Parece ajudar na regulação da oleosidade, limpa a pele e diminui os poros. Também acredita-se que ajuda a homogeneizar o tônus da pele e a melhorar o aspecto de marcas na cútis. Entre seus constituintes importantes estão o tanino, a pectina e compostos glicosídicos. Nomenclatura INCI: Cynara scolymus leaf extract. Ascophyllum algae – algas ascofilo: um tipo de alga. Ver algae extract. Ascorbic acid – ácido ascórbico (vitamina C): acredita-se que o ácido ascórbico e seus derivados, tais como o linoleato de ascorbila, tenham propriedades clareadoras e antioxidantes para a pele. Sua estabilidade é uma das principais preocupações entre os formuladores, quando incorporado a preparações cosméticas. Ver também vitamin C. l-ascorbic acid ethylene oxide – óxido de ácido l-ascórbico e etileno: composto com propriedades clareadoras. Testes indicam que inibe a formação de melanina. Ascorbic acid phosphate magnesium salt – sal de fosfato de ácido ascórbico e magnésio: ver magnesium ascorbyl phosphate. Ascorbyl glucoside – ascorbil glicosídeo: de acordo com o fabricante, funciona como uma versão de liberação gradual da vitamina C (ácido ascórbico), e portanto é mais estável que o ácido ascórbico tradicional. Considera-se que possui propriedades clareadoras e anti-hiperpigmentação graças à capacidade de suprimir a produção de melanina. Seu feito de clareamento é atribuído à aparente capacidade de reduzir os níveis pré-existentes de melanina (como no caso de sardas ou manchas da idade). O ascorbil glicosídeo poderia também ajudar a promover a síntese de colágeno e a reduzir inflamações na pele. É encontrado em produtos antienvelhecimento, antirrugas e para proteção contra o sol. Ver também vitamin C. Ascorbyl linoleate – linoleato de ascorbila: derivado do ácido ascórbico. Serve como agente clareador ou inibe o escurecimento da pele impedindo a formação de melanina. Ascorbyl palmitate – palmitato de ascorbila: usado como conservante e antioxidante em cremes e loções para impedir que fiquem rançosos. O palmitato

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106 | Ascorbyl polypeptide – ascorbil polipeptídeo

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de ascorbila facilita a incorporação de ingredientes como as vitaminas A, D e C às formulações cosméticas. Não tem toxicidade conhecida. Ascorbyl polypeptide – ascorbil polipeptídeo: ingrediente que facilita a incorporação de vitamina C a preparações cosméticas. Ascorbyl tetraisopalmitate – tetraisopalmitato de ascorbila: emoliente derivado do ácido l-ascórbico (vitamina C). Também possui propriedades antioxidantes e de condicionamento para a pele. Asebiol: acredita-se que regula a atividade excessiva da glândula sebácea, ajuda a emulsificar o excesso de sebo, possui propriedades amaciantes para a pele e promove peeling em sua superfície. Esta é uma mistura baseada no extrato de levedura hidrolisado contendo lipopeptídeos e fosfolipídeos, aos quais foram adicionados ácidos amino sulfúricos, vitamina B solúvel em água, ureia, metionina e cisterina. l-aspartic acid – ácido l-aspártico: aminoácido usado como agente condicionador da pele. Ver também aspartic acid. Aspartic acid – ácido aspártico: aminoácido usado para deixar a pele mais macia. Geralmente está presente em produtos para pele seca. O ácido aspártico é um aminoácido não essencial de ocorrência natural em animais, plantas, cana-de-açúcar, beterraba, sacarina e melaços. A versão sintética é a mais utilizada para aplicações comerciais. Astaxanthin – astaxantina: antioxidante. Em termos moleculares, a astaxantina é semelhante ao betacaroteno, mas em estudos clínicos parece demonstrar propriedades antioxidantes mais fortes, incluindo a capacidade de inibir a peroxidação de lipídeos, além de ser um anti-inflamatório. É usada em cosméticos por suas propriedades antioxidantes e por uma possível capacidade de proteção contra UV. A astaxantina é um pigmento de ocorrência natural, parte do grupo carotenoide, encontrado em muitos alimentos. É ela que dá a tonalidade avermelhada ao salmão e a certos crustáceos (p. ex., camarão, caranguejo, lagosta). A astaxantina também pode ser sinteticamente produzida. Astrocaryum sp. butter – manteiga de Astrocaryum sp.: emoliente e condicionador para a pele, possui a capacidade de formar filme e ajudar a reter umidade. A nomencaltura INCI contempla vários tipos de Astrocaryum. Atelocollagen – atelocolágeno: condicionador para a pele e emoliente hidratante. É uma proteína obtida quando telopeptídeos são enzimaticamente removidos do colégeno. Suas propriedades físicas são quase idênticas às do colágeno natural não solubilizado.

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Azulene – azuleno

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Australian tea tree oil (Malaleuca alternifolia) – oléo da árvore do chá australiano: nomenclatura INCI: Malaleuca alternifolia. A nomencaltura INCI contempla vários tipos de Malaleuca alternifolia. Ver tea tree oil. Avens extract (Geum urganum) – extrato de erva-benta: substância de origem botânica a qual se atribui propriedades antissépticas e clareadoras. Para fins terapêuticos, o extrato é obtido das raízes da erva. Avobenzone – avobenzona (BMDM, butil metoxidibenzoilmetano): substância química usada em filtros solares que oferece proteção de amplo espectro contra raios UVA. Está associada a uma certa fotoinstabilidade, que pode ser superada na formulação geral do produto. Foi aprovada para uso em até 3% nos Estados Unidos e 5% na União Europeia. Observa-se que raramente a avobenzona é fotossensibilizante. Ver também butyl metoxydibenzoylmethane. Avocato oil – óleo de abacate: em preparações cosméticas, pode funcionar como emoliente e óleo carreador, ajudando a transportar substâncias ativas para a pele. É bactericida e aliviante, especialmente para peles sensíveis. A especulação atual entre pesquisadores é que o óleo de abacate pode mobilizar e aumentar o colágeno do tecido conectivo. Isso manteria a pele umidificada e suave, além de ter influência favorável no tratamento de certas condições da pele. O óleo de abacate também tem demonstrado características de filtro solar, e recebeu a mais alta pontuação da Encyclopedia of Chemical Technology por eficácia em filtro solar quando comparado a outros óleos naturais como os de amendoim, oliva e coco. Em formulações cosméticas, também é empregado para estabilizar emulsões de óleo-em-água, e pode ser usado em cremes para limpeza, hidratantes, batons, bases para maquiagem, óleos para banho, filtros solares e preparações para bronzeamento. O óleo de abacate apresenta o mais alto grau de penetração entre óleos similares (milho, soja, oliva e amêndoa). Consiste principalmente nos ácidos oleico, linoleico e lino­ lênico. Outros constituintes incluem os ácidos palmítico e palmitoleico, lecitina, fitosterol, carotenoides e alta concentração de vitaminas A, D e E. Este óleo é obtido da fruta madura e geralmente de sementes prensadas. Avocato oil – óleo de abacate (não saponificável): apresenta excelente penetração e propriedades de filtro solar. Ver também avocato oil. Azulene – azuleno: muito conhecido como anti-inflamatório, calmante e agente aliviante. Excelente para peles sensíveis, o azuleno é um derivado da camomila alemã com forte coloração azul característica. Deve-se ter cuidado, pois causa manchas. Ver também chamomile.

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B Babassu oil – óleo de babaçu: emoliente muito eficaz, é recomendado para uso em filtros solares. Também pode beneficiar a pele mista, pois é apropriado para áreas onde a pele é seca, não exacerbando a oleosidade da zona T já oleosa. bacaba pulp oil – óleo de polpa de bacaba: emoliente e hidratante, esta substância de origem botânica apresenta alto conteúdo de ácido oleico e também de ômega-6 (ácido linoleico). balm of Gilead (Commiphora meccanensis, Commiphora opobalsamum) – bálsamo de Gilead: ajuda no tratamento de eczema e pele seca. balm mint extract (Melissa officinalis) – extrato de erva-cidreira (melissa): o folclore atribui as seguintes propriedades à erva-cidreira: “restaura completamente as energias de um homem, eficaz no tratamento de distúrbios nervosos, fortalece o cérebro, elimina a natureza indolente.”1 A pesquisa moderna, por outro lado, é um pouco mais específica, atribuindo à erva-cidreira propriedades como calmante, aliviante, curativa, antiespasmódica, enrijecedora, antibacteriana e estimulante da circulação. Pode ser incorporada de forma benéfica a formulações para tratamento de acne e preparações pós-sol, com ação positiva também em produtos para peles marcadas ou sensíveis. A eficácia da erva-cidreira deve-se a seus constituintes, entre eles citral, citronela, linalol, geraliol e aldeídos. Seu forte aroma faz dela um componente popular em fragrâncias. O extrato é derivado das folhas ou do sumo da planta. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Mellissa officinalis. balm mint oil – óleo de erva-cidreira (bálsamo de limão; óleo de melissa): sedativo, antiespasmódico e antisséptico são alguns dos efeitos gerais atribuídos a esse óleo. Seu uso é indicado para acne e para indivíduos com dermatite e eczema. Os constituintes incluem ácido cafeico, ácido de alecrim (ácido 1. Mrs. M. Grieve, A Modern Herbal (Nova York: Dover Publications, Inc., 1971).

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110 | Balsam Peru – bálsamo-do-peru

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rosmarínico), ácido salicílico, luteoína, apigenina, glicose, maltose e aminoácidos como prolina, asparogina, ácido glutâmico, valina, serina, alanina e metionina. O uso recomendado para esse óleo é de 1% a 10% da composição total da formulação. O óleo de erva-cidreira tem um rendimento muito baixo e por isso é bem caro. Por essa razão, costuma ser adulterado, geralmente com citronela e capim-limão. O óleo é obtido das folhas e extremidades da Melissa officinalis. Há algumas indicações de que o óleo de erva-cidreira pode causar irritação na pele. Balsam Peru (Myroxylon pereirae) – bálsamo-do-peru: substância de origem botânica à qual se atribuem fortes ações medicinais. É considerado antibacteriano, antifúngico e antiparasítico, sendo preferido por alguns aos unguentos de enxofre (sulfa). É recomendado para casos de escabiose e problemas na pele como acne e eczema. O bálsamo-do-peru também pode ser empregado em cosméticos para mascarar odores, conferindo à preparação um aroma semelhante ao de baunilha e ao de canela. Seus principais constituintes são: um líquido oleoso, incolor e aromático chamado cinameína; uma resina escura conhecida como peruviol; pequena quantidade de vanilina; e o ácido cinâmico. É extraído do tronco de uma grande e bela árvore, semelhante ao mogno. Em todas as partes da árvore, incluindo as folhas, há uma grande quantidade de um sumo resinoso. Pode causar irritação na pele. Nomenclatura INCI: Myroxylon pereirae. Balsam tolu oil (Myrospermum toluiferum) – óleo de bálsamo tolu: valioso para perfumistas como fixador. Suas ações botânicas são quase sempre indi­ cadas para uso interno e seu valor em aplicações externas não está claro. É descrito como um estimulante. Esse óleo é constituído de 80% de resina amorfa, com ácido cinâmico e um pouco de vanilina, benzoato de benzila e cinamato de benzila. Às vezes é usado em lugar do bálsamo-do-peru. É obtido fazendo-se cortes em forma de V na árvore. Bamboo extract – extrato de bambu: usado em cosméticos por suas propriedades de interação com a água. Banana oil – óleo de banana: óleo carreador. A família da banana é de maior interesse por seu valor nutritivo do que por suas propriedades botânicas. O uso do suco de banana-da-terra como antídoto para picadas de cobra tem sido relatado em regiões do sudeste asiático desde 1916. Baoab (Adansonia digitata) – baobá: altamente emoliente e aliviante, considera-se que aumenta a elasticidade da pele, além de torná-la imediatamente mais

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Bayberry – baga-de-loureiro

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firme. O óleo da semente ou o extrato obtido da polpa, semente ou folha da planta, costumam ser usados em formulações cosméticas. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Adansonia digitata. Barberry extract (Berberis vulgaris) – extrato de uva-espim (bérberis): suas propriedades herbáceas têm sido relatadas como anti-inflamatório, antisséptico e benéfico para aplicação em erupções cutâneas. A uva-espim comum é um arbusto cultivado por seu fruto, mas a casca do caule e a casca da raiz são usadas em aplicações cosméticas. O principal constituinte da casca da uva-espim é a berberina, um alcaloide amargo. Outros constituintes incluem oxiacantina, bergamina, outros alcaloides, um pouco de tanino, cera, resina, gordura, albumina, goma e amido. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Berberis vulgaris. Bardane extract – extrato de pegamassa (bardana): ver burdock root extract. Barium sulfate – sulfato de bário: emulsão estabilizante para formulações de filtros solares. Além das preparações de filtro solar, esse sal inorgânico costuma ser usado em sabões não cosméticos. Barley oil (Hordeum vulgare) – óleo de cevada: óleo carreador com propriedades aliviantes. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Hordeum vulgare. Basil oil (Ocimum basilicum) – óleo de manjericão: de propriedades estimulante, tônica, purificante e antimicrobiana. Os constituintes do óleo de manjericão incluem o metil chavicol, eucaliptol, linalool e estragol. Geralmente, é usado como óleo carreador e como fragrância, podendo obter alguma aplicação em preparações para acne. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Ocimum basilicum. Bayberry (Myrica cerifera) – baga-de-loureiro: suas propriedades são descritas como adstringente, antibacteriano e estimulante. A principal aplicação da baga-de-loureiro é para acne e pele danificada. As partes da planta utilizadas são a casca seca da raiz e a cera. Óleo volátil, amido, lignina, goma, albumina, ácidos extrativos, tânico e gálico, resinas acres, adstringentes, uma substância avermelhada e um ácido que se assemelha à saponina, são todos constituintes que foram encontrados na casca do caule e na raiz. A cera consiste em glicerídeos dos ácidos esteárico, palmítico e mirístico, e uma pequena quantidade de ácido oleaico. Baga-de-loureiro é um outro nome para a canela selvagem encontrada nas Antilhas e na América do Sul, que produz o óleo de baga-de-loureiro. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Myrica cerifera.

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Bean oil (Phaseolus vulgaris) – óleo de feijão: um carreador. Alivia coceiras. Considera-se que o óleo de feijão é bom para pele com acne. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Phaseolus vulgaris. Bearberry extract (Arctostaphylos uva-ursi) – extrato de uva-ursina: as folhas têm um forte efeito adstringente e provavelmente também antisséptico e anti-inflamatório. Algumas fontes citam propriedades de clareamento da pele. O principal constituinte das folhas de uva-ursina é um glicosídeo cristalizado chamado arbutina. Outros constituintes incluem metil arbutina, ericolina, ursona, ácido gálico, ácido elágico e provavelmente miricetina. Essa planta é um pequeno arbusto, e as folhas secas são a única parte utilizada em cosméticos. Beech tree extract (Fagus sylvatica) – extrato de faia: os herbolários afirmam que, quando utilizado de maneira correta, o extrato de faia aumenta a síntese de proteína e a atividade enzimática dos queratinócitos. Outras propriedades, como estimulante e antisséptico, também são atribuídas ao alcatrão da faia, o que o torna valioso para aplicação em várias doenças de pele. O óleo é utilizado da mesma maneira que outros óleos fixos e é considerado um carreador. Nozes de faia, ou “bolotas”, rendem de 17% a 20% de um óleo não ressecante semelhante aos óleos de avelã e de semente de algodão. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Fagus sylvatica. Beer yeast – lêvedo de cerveja (natural): ver yeast. Bee pollen wax – cera de pólen de abelha: ver beeswax. Beeswax – cera de abelha: uma das matérias-primas mais antigas usadas em preparações cosméticas. Tradicionalmente é utilizada como emulsificante para emulsões de água-em-óleo e agora também é usada para regular a consistência da formulação. A cera de abelha é utilizada como parte da composição de produtos sólidos e pastas, tais como cremes, batons e pomadas. Quando na superfície da pele, pode formar uma reticulação e não um filme, como no caso da parafina. Embora não haja prova científica, lhe são atribuídas propriedades anti-inflamatória, antialérgica, antioxidante, antibacteriana, germicida, amaciante e de aumento da elasticidade. Como antioxidante, a cera de abelha possui certa capacidade de sequestramento de radicais livres. Dependendo de sua fonte, pode ser considerada um ingrediente não comedogênico. Raramente causa sensibilidade e as reações alérgicas são pouco intensas. Beeswax – cera de abelha (branca): cera de abelha comum que foi descolorada. A cera de abelha não descolorada é amarela. Ver também beeswax.

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Benzoic acid – ácido benzoico

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Beeswax – cera de abelha (parafina líquida): ver beeswax. Beet powder (Beta vulgaris) – pó de beterraba: usado principalmente como corante. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Beta vulgaris. Behenic acid – ácido beênico: ácido graxo de cadeia longa usado em formulações de produtos para formar uma emulsão viscosa. Considerado matéria-prima não comedogênica. Behenoxy dimethicone – beenoxi dimeticona: emoliente, dispersante para pigmentos, lubrificante; funciona como barreira de silicone contra perda de umidade. É usado em pequenas quantidades para deixar a pele lisa e suave. Behenyl alcohol – álcool beenílico: aglutinante e estabilizador de emulsões. Usado também para aumentar a viscosidade da formulação. É uma mistura de álcoois graxos. Behenyl erucate – erucato de beenila: agente oclusivo e condicionante para a pele. Considerado não comedogênico. Behenoyl stearic acid – ácido beenoil esteárico: emulsificante. Behenyl triglyceride – beenil triglicerídeo: agente condicionante para a pele. Considerado matéria-prima não comedogênica. Bentonite – bentonita (argila de bentonita): usado para regular as propriedades de viscosidade de suspensão em uma formulação cosmética. Também age como estabilizador geral da fórmula. A capacidade da bentonita de absorver água permite que ela forme uma massa gelatinosa. É usada em máscaras faciais em virtude de suas propriedades como agente suspensor. Considerada uma matéria-prima não comedogênica, a bentonita é uma argila coloidal de silicato de alumínio. Bentonite clay – argila de bentonita: ver bentonite. Benzalkonium chloride – cloreto de benzalcônio: conservante com propriedades antimicrobiana e desodorante. Também pode ser usado como surfactante. O uso contínuo pode causar reações alérgicas ocasionais. Benzethonium chloride – cloreto de benzetônio: conservante que age contra algas, bactérias e fungos. Em preparações para a pele, é seguro para uso em concentrações de 0,5%. Benzoic acid – ácido benzoico: conservante usado principalmente contra fungos e leveduras. Seu desempenho contra bactérias é classificado apenas como razoável. O ácido benzoico é usado em concentrações de 0,05% a 0,1%. Embora sua taxa de sensibilização seja baixa, pode causar reação alérgica em pessoas sensíveis a substâncias químicas similares.

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114 | Benzoin – benzoína

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Benzoin – benzoína: óleo essencial com propriedades bactericida, anti-irritação e antiprurígena. É considerado um bom ingrediente para reduzir a vermelhidão da pele, além de ser um conservante de gorduras. Embora seu principal constituinte seja o ácido benzoico, também contém canilina e um líquido aromático oleoso. Essa resina balsâmica é extraída de cortes profundos no tronco de uma árvore que cresce principalmente na Indonésia e na Tailândia. Benzophenone-2 – benzofenona-2: substância química usada em filtros solares com propriedades de absorção de UV. Benzophenone-3 – benzofenona-3 (oxibenzona): absorsor de UV solúvel em óleo, com taxas de absorção nas faixas de UVA e UVB. Seu nível de uso aprovado é de até 6%, nos Estados Unidos, e 10%, na União Europeia. Sua popularidade em formulações de filtros solares está aumentando à medida que os fabricantes ficam mais preocupados com problemas potenciais de segurança associados às substâncias químicas dos filtros solares tradicionais. A benzofenona-3 aumenta o FPS e é bastante requisitada entre os formuladores de filtros solares. Alguns relatos, porém, a associam a alergia por fotocontato. É considerado matéria-prima não comedogênica. Benzophenone-4 – benzofenona-4 (sulisobenzona): ingrediente para filtro solar, muito utilizado e aprovado pela FDA, com propriedades de absorção de UVA e nível de uso aprovado de 5% a 10%. Também considerado um antifoto-oxidante. Benzophenone-8 – benzofenona-8 (dioxibenzona): substância química para filtro solar aprovada pela FDA, com capacidade de absorção de UVA. Seu nível de uso aprovado é de 3% nos Estados Unidos. Benzoyl peroxide – peróxido de benzoíla: ingrediente antibacteriano muito utilizado em tratamentos de acne. Funciona forçando a entrada de um oxidante (no caso, o peróxido) no orifício pilossebáceo, onde libera oxigênio, diminuindo assim a população de P. acnes. Isso reduz o nível de ácidos graxos livres e o nível de infecção na pele. O peróxido de benzoíla pode causar irritação na pele de pessoas mais sensíveis. Benzyl alcohol – álcool benzílico: conservante, age contra bactérias. Usado em concentrações de 1% a 3%. Pode causar irritação na pele. Benzyl laurate – laurato de benzila: éster emoliente, facilmente emulsificado e que deixa a pele sedosa. É não tóxico, não irritante, não viscoso e não oleoso. Também reduz a oleosidade do óleo mineral e solubiliza ativos em filtros solares.

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18 beta-glycerrhentinic acid – ácido 18 betaglicerentínico (ácido glicirrético)

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Benzyl nicotinate – nicotinato de benzila: pode aumentar a oxigenação da pele graças a propriedades de vasodilatação e ajuda a estimular o processo curativo de peles feridas. É um éster da niacina (viatamina B) do álcool benzílico e do ácido nicotínico. Benzyl salicylate – salicilato de benzila: fragrância de ocorrência natural em cravos e em certos membros da família da prímula. Embora possa ser derivado de óleos essenciais como óleo de jasmim, nérole e ylang-ylang, também pode ser sinteticamente produzido. 3-benzylidene camphor – 3-benzilideno cânfora: ingrediente de filtro solar com capacidade de filtrar e absorver UVB. Concentração de uso aprovado de até 2% (na União Europeia). Benzylidene camphor sulfonic acid – benzilideno cânfora ácido sulfônico: filtro e absorsor de UV, com uso aprovado na União Europeia. Nível de uso aprovado de até 6%. Bergamot oil (Citrus bergamia, Monarda didyma) – óleo de bergamota: considerado um antisséptico e inibidor do crescimento de bactérias. Também considerado bom para peles oleosas e com acne, e para condições seborreicas. A exposição ao sol após aplicação do óleo puro de bergamota, ou de um composto com alta concentração desse óleo, pode causar hiperpigmentação e erupções na pele. Quando utilizado em perfumes, as propriedades fotossensibilizadoras da bergamota são responsáveis pela hiperpigmentação vista atrás da orelha e na área do pescoço próximo à orelha. O óleo extraído da casca, o qual é cítrico, é chamado de óleo de bergamota. A bergamota comum vem de uma planta chamada monarda, que apresenta diversas variedades. Nomenclatura INCI: Monarda didyma. Beta-carotene – betacaroteno: conhecido antioxidante, tem demonstrado propriedades de fotoproteção, especialmente quando ingerido. Também usado como um corante laranja amarelado. O betacaroteno é um caratenoide precursor da vitamina A. É benéfico para peles seca e flocosas. Ocorre naturalmente em frutas e vegetais que contêm pigmento amarelo alaranjado, tais como damasco, cenoura, manga e laranja, mas também pode ser produzido sinteticamente. Beta-glucan – betaglucano: considera-se que estimula a formação de colágeno. É incorporado a cosméticos antienvelhecimento para reduzir a aparência das linhas de expressão e rugas. Ver também glucans; polyglucan. 18 beta-glycerrhentinic acid – ácido 18 betaglicerentínico (ácido glicirrético): um ácido triterpênico a que se atribuem propriedades anti-inflamatória,

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116 | Beta hydroxyacid – beta-hidroxiácido (BHA)

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descongestionante e de redução da vermelhidão. Também pode agir como regenerador epitelial. É usado em leites, cremes e géis para tratamento de peles sensíveis. Obtido a partir da hidrólise do ácido glicirrízico. Ver também glycyrrhizic acid. Beta hydroxyacid – beta-hidroxiácido (BHA): refina a textura da pele, reduzindo a espessura do estrato córneo por meio de esfoliação superficial. BHAs são excelentes para uso em produtos de combate à acne, por causa de sua capacidade de esfoliar o acúmulo excessivo de células mortas em torno do orifício do folículo sebáceo. O ácido salicílico é o exemplo mais comum de beta-hidroxiácido. Ver também salicylic acid. Betaine – betaína: surfactante e excelente condicionador, aumenta a viscosidade e a formação de espuma. Encontrado principalmente em produtos para limpeza de pele, banho e xampus. Beta-lipohydroxy acid – betalipohidroxiácido: também conhecido como LHA. Derivado do ácido salicílico que pode ajudar no tratamento da acne, especialmente para impedir recorrências quando a acne foi tratada com sucesso. É um queratolítico que ajuda a impedir a formação de microcomedões. Também parece melhorar a tolerância da pele à tretinoína, quando usado junto ao retinoide. betony extract (Stachys officialis) – extrato de betônica: tradicionalmente usado em doenças dermatológicas como um aliviante e antiprurígeno. Recomendado para peles propensas a ter problemas. BHA (butylated hydroxyanisole) – hidroxianisol butilado: conservante com capacidade antioxidante. Não confundir com os beta-hidroxiácidos (BHAs). Nomenclatura INCI: BHA. BHA: ver BHA (butylated hydroxyanisole). BHT: também conhecido como hidroxitolueno butilado. Antioxidante também com capacidade conservante e de mascaramento de odores. Bilberry fruit extract (Vaccinium myrtillus) – extrato de mirtilo: também conhecido como uva-do-monte; arando. É adstringente, anti-inflamatório, antioxidante, leve relaxante muscular e, em estudos clínicos, demonstrou capacidade de proteção contra a degradação de colágeno. Boa parte dessa ação é atribuída à antocianina. Também conhecida como um antocianosídeo, a antocianina é um flavonoide azul, vermelho ou violeta (também encontrado na groselha, uva, beterraba e berinjela). Extratos de plantas que contêm antocianina demonstram uma poderosa atividade antioxidante, capacidade

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Birch – bétula

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de promover a biossíntese do colágeno e impedir sua degradação. Também parecem reforçar os capilares, reduzindo sua permeabilidade e fragilidade. As propriedades anti-inflamatórias provêm de uma aparente capacidade de impedir a produção de substâncias químicas inflamatórias, como as histaminas. Além das antocianinas, os constituintes da planta incluem açúcares, uma variedade de vitaminas, tanino, pectina, quercetina, catequina e ácidos. Um desafio formulatório é o fato de que, à medida que a fruta amadurece, a quantidade de antocianina parece aumentar, enquanto a atividade dos constituintes da folha parece diminuir. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Vaccinium myrtillus. Bioflavonoid – bioflavonoide: categoria de constituinte vegetal com atributos terapêuticos. Bioflavonoides têm propriedade antioxidante, que os permite absorver radicais de oxigênio, evitando assim a oxidação da pele. Também são antimicrobianos, podendo ajudar na atividade anti-inflamatória contra irritações na pele causadas por microrganismos. Uma identificação genérica desse tipo não permite especificar a substância de origem botânica envolvida, podendo então referir-se a um grupo de compostos. Biophytex®: nome comercial para uma combinação de extratos de plantas, que incluem gilbarbeira, castanha-da-índia e centela. Segundo relatos, tem propriedades calmantes, dessensibilizante e levemente curativa. Biosaccharide gum-1 – goma biossacarídica-1: condicionador e umectante para a pele. É um derivado do sorbitol. Ver também sorbitol. Biotin – biotina (vitamina B7/vitamina H): antisseborreico. Alguns fabricantes afirmam que a biotina possui propriedades curativas e, como tal, é um bom ingrediente para acne. A biotina também faz parte do grupo de vitaminas do complexo B (especificamente a vitamina B7). A deficiência dessa vitamina tem sido associada a um couro cabeludo gorduroso e à calvície. Sua deficiência em humanos é considerada extremamente rara, e o valor das aplicações externas em produtos cosméticos é questionável. Birch (Betula sp.) – bétula: a bétula e seus derivados têm sido descritos como adstringentes, antissépticos, amaciantes, estimulantes da circulação, além de limpar a pele. Acredita-se que tenham propriedades curativas em casos de doenças cutâneas. No folclore, a bétula tem sido usada por seus efeitos curativos em erupções e em casos de queda de cabelo. Entre seus constituintes importantes estão os glanonoides, hiperosídeo, tanino, saponinas e quercetina. Embora alguns fabricantes identifiquem esse ingrediente como ape-

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118 | Birch bark extract – extrato de casca de bétula

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nas “bétula”, uma descrição apropriada deveria ser mais específica, como extrato de casca de bétula, extrato de folha de bétula ou seiva de bétula. Os dados clínicos são escassos em substanciar seus efeitos terapêuticos, bem como de seus derivados. Ver também birch bark extract. Birch bark extract – extrato de casca de bétula: descrito como tendo propriedades anti-irritantes, além de ser eficaz no tratamento de acne, em filtros solares, loções aliviantes e produtos de pós-barba. O óleo é adstringente, sendo principalmente usado por seus efeitos curativos, especialmente em casos de acne e eczema. Na medicina folclórica, o extrato de casca de bétula era considerado bom para erupções de pele. A destilação destrutiva da epiderme branca da casca produz um óleo empireumático conhecido como óleo de alcatrão de bétula, Oleum rusci ou dagget. É um líquido grosso, betuminoso e marrom escuro, de odor balsâmico pungente. Contém uma alta porcentagem de metilsalicilato, creosol e guaiacol. É quase idêntico ao óleo de gualtéria. Birch leaf extract – extrato de folha de bétula: acredita-se que tenha propriedades antissépticas e adstringentes e que ajuda a curar erupções na pele. As folhas, que têm um odor peculiar, aromático, porém agradável, e um sabor amargo, secretam uma substância resinosa com propriedades ácidas. Contêm flavonoides, taninos e óleos essenciais. Birch sap – seiva de bétula: acredita-se que ajuda a reter a umidade da pele. Bisabolol: substância de origem botânica usada por suas propriedades anti-inflamatórias e aliviantes. Derivado da camomila e/ou do milefólio. bis-digylceryl polyacryladipate-2 – bis-digliceril poliacriladipato-2: substituto sintético para a lanolina. Serve para deixar a pele macia. Bishydroxyethyl bicetyl malonamide – bis-hidroxietil bicetil malonamida: condicionador para a pele. Bismuth oxychloride – oxicloreto de bismuto: corante inorgânico. É usado principalmente na produção de maquiagem e raramente em formulações para cuidados da pele. Também pode ser usado para perolização em cosméticos. Bismuth oxychloride and mica and silica – mica e sílica oxicloreto de bismuto: combinação de minerais que serve para difundir e espalhar a luz. Pode ser usada em preparações cosméticas de maquiagem, como cremes para os olhos, para dar um efeito de “embaçamento”, reduzindo assim a visibilidade de rugas, imperfeições da pele e círculos escuros em torno dos olhos, por exemplo. Bitter almond extract – extrato de amêndoa amarga: emoliente e carreador, pode causar irritação e reações negativas na pele. Ver também almond oil.

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Black walnut extract – extrato de nogueira-preta

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Bitter orange extract (Citrus aurantium) – óleo de laranja amarga: substância de origem botânica à qual se atribuem propriedades aliviantes. É obtida da casca de laranjas amargas, e possui uma fragrância mais delicada que a da laranja doce. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Citrus aurantium. Ver também orange extract. Black catechu – catechu preto: ver acacia. Black cohosh extract (Cimicifuga racemosa) – extrato de acteia preta (erva-de-são-cristóvão, cimicífuga): acredita-se que tenha propriedades adstringente, calmante, antimicrobiana, umectante, emoliente, anti-inflamatória, antiespasmódica e de proteção da pele. Os fornecedores de ingredientes para cosméticos indicam seu uso em preparações antienvelhecimento. O principal constituinte da acteia preta é uma resina conhecida como cimicifugina ou macrotina. Também contém recemostina. As propriedades terapêuticas vêm do uso de sua raiz, sendo este o componente mais utilizado da planta. A nomenclatura INCI possui dois tipos de Cimicifuga racemosa. Black currant extract (Ribes nigrum) – extrato de groselha: pode ser usado em produtos cosméticos por suas atividades adstringentes e aliviantes para a pele, bem como pelo perfume e propriedades emolientes. Alguns afirmam que é anti-inflamatório. Embora a planta toda possa ser usada, incluindo frutos, folhas, casca e raízes, as propriedades do extrato podem depender da parte da planta que o originou. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Ribes nigrum. Black currant seed oil – óleo de semente de groselha: pode ser um ingrediente eficaz para aumentar a capacidade da pele de funcionar normalmente como barreira e de fortalecer o efeito protetor da camada córnea. O óleo de semente de groselha contém ácidos graxos, linoleico e linolênico. Quando aplicado à pele seca, pode aumentar o próprio conteúdo cutâneo desses componentes, quando em falta. Black pepeer oil – óleo de pimenta-do-reino: sua aplicação cosmética não está clara, embora possa ser usado em inflamações da pele e ferimentos superficiais. O óleo é obtido de um arbusto de pimenta-do-reino de grãos pequenos, encontrado principalmente nas regiões montanhosas da Jamaica. Black tang – fucus: ver seaweed extract. Black tea extract – extrato de chá preto: ver tea extract. Black walnut extract – extrato de nogueira-preta: matéria-prima antisséptica e não comedogênica. Ver também walnut.

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120 | Black willow bark extract – extrato de casca de salgueiro preto

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Black willow bark extract (Salix nigra) – extrato de casca de salgueiro preto: usado como ingrediente esfoliante devido ao seu conteúdo de ácido salicílico. Nomenclatura INCI: Salix nigra bark extract. Ver também willow extract. Blackberry extract (Rubus villosus) – extrato de amora-preta: considerado excelente por suas propriedades adstringentes e tônicas, que se devem ao alto teor de tanino na casca da raiz e nas folhas. O extrato da folha pode ser benéfico para acne. A nomenclatura INCI contempla três tipos de Rubus villosus. Blackthorn (Prunus spinosa) – abrunheiro: a capacidade de identificar sua atividade em uma formulação cosmética depende da parte da planta e da forma utilizada. Por exemplo, o extrato da flor tem propriedades emolientes, hidratantes e de condicionamento geral da pele. A água da flor é considerada tônica. Se o sumo da fruta for utilizado, a atividade pode ser tônica, bem como adstringente e condicionante para a pele. Finalmente, no extrato da casca da árvore estão as propriedades antioxidantes (sequestrantes de radicais livres) do abrunheiro, e como nas outras partes da planta, também é adstringente. O abrunheiro também é considerado curativo e aliviante para a pele. Seus constituintes incluem flavonoides, açúcar, tanino, ácidos orgânicos, vitamina C, pectina e elementos-traço. A nomenclatura INCI contempla cinco tipos de Prunus spinosa. Blessed thistle extract – extrato de cardo-mariano (cardo-santo): propriedades tônicas e estimulantes têm sido atribuídas a essa erva. É um extrato eficaz para peles com tendências a ter problemas, como pápulas e pústulas. Na antiguidade, acreditava-se que essa planta auxiliava na cura de feridas na pele e na redução de pruridos. O carmo-mariano contém um óleo volátil e uma substância cristalina neutra chamada cnicina, considerada análoga à salicina em suas propriedades. Esta é uma das muitas variedades de cardo. Bloodroot – sanguinária: ver tetterwort extract. Blue centaury extract – extrato de centáurea azul: ver cornflower extract. BMDM: ver avobenzone; butyl methoxydibenzoylmethano. Bois de rose oil – óleo de pau-rosa: fragrância com leve odor de cânfora. Este óleo essencial é obtido por meio de destilação a vapor da madeira lascada da árvore. O óleo de pau-rosa não tem toxicidade conhecida. Boldine – boldina: fortes propriedades antioxidantes lhe são atribuídas. Também tem demonstrado capacidade de proteção contra raios UVB. A boldina é um constituinte da planta boldo (Peumus boldus Mol.), nativa do Chile. É encontrada nas folhas e na casca da planta.

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Brewing grain extracts – extratos de grãos fermentados

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Borage extract (Borago officinalis) – extrato de borragem (borago): sua aplicação tópica é descrita como anti-inflamatória. É benéfico para peles sensíveis e reações alérgicas. A borragem contém potássio e cálcio, combinados com ácidos minerais. Dessa planta anual resistente, são utilizadas as folhas e, menos frequentemente, as flores. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Borago officinalis. Borage seed oil – óleo de semente de borragem (óleo de borragem): anti-irritante eficaz, tem demonstrado propriedades hidratantes e capacidade de melhorar casos de prurite e xerose. É uma rica fonte de ácido gama-linolênico. Ver também borage extract. Boric acid – ácido bórico: conservante eficaz contra levedura. É usado em concentrações de 0,01% a 1%, com propriedades antissépticas pouco mais que razoáveis. Pode ser usado como um tampão e desnaturante. O ácido bórico é preparado a partir do ácido sulfúrico do bórax natural. Pode causar erupções e irritação na pele se usado em grandes concentrações. O uso do ácido bórico em preparações cosméticas deixou de ser comum. Borneol: utilizado em perfumaria por seu aroma picante. O borneol é uma substância de ocorrência natural, encontrada no coentro, óleo de gengibre, óleo de lima, alecrim, morango, tomilho, citronela e noz-moscada. Sua toxicidade é semelhante à da cânfora. Ver também camphor. Boron nitride – nitreto de boro: pó branco sintético, semelhante a um talco, que pode refletir a luz, dando ao produto um efeito de brilho. É usado principalmente em cosméticos coloridos para dar um brilho oscilante e sutil; no entanto, também pode ser encontrado em formulações de tratamento de pele, para tornar o produto mais suave e deslizante. Boxwood (Buxus sempervirens) – buxo: condicionador para a pele, também tem propriedades absorsoras. Os constituintes do buxo incluem saponinas, clorofila, tanino e cera. A seiva pode causar coceira ou irritação. Nomenclatura INCI: Buxus sempervirens leaf extract. Bran extract – extrato de farelo: usado em peeling e como esfoliante por suas qualidade abrasivas moderadas. Brazilian babassu nut oil – óleo de noz de babaçu do Brasil: ver babassu oil. Brewing grain extracts – extratos de grãos fermentados: considerados anti-inflamatórios e com algumas propriedades anti-irritantes. Há relatos de que os extratos de grãos fermentados inibem certos tipos de eritema, aliviam coceiras na pele e proporcionam efeito antimicótico. Os grãos incluem cevada e trigo.

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122 | British gum – goma britânica

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British gum – goma britânica: ver dextrin. 2-bromo-2-nitro-1,3 propane diol – 2-bromo-2-nitro-1,3-propanodiol: também conhecido como bronopol. Este conservante é eficaz contra um amplo espectro de microrganismos, mas funciona melhor contra fungos e leveduras. Usado em concentrações de 0,01% a 0,1%, é não tóxico, não irritante e não sensibilizante para humanos. É seguro como ingrediente para cosméticos até (e incluindo) a concentração de 0,1%, exceto sob circunstâncias em que sua reação com aminas e amidas pode resultar na formação de nitrosaminas e nitrosamidas. Apresenta um potencial sensibilizante pouco mais que moderado em preparações cosméticas para uso sem enxágue. Instável em altas temperaturas e inativo em formulações que contêm enxofre (sulfa). Bronopol: ver 2-bromo-2-nitro-1,3-propane diol. Brown seaweed – alga marinha castanha: ver seaweed. Buckthorn – sanguinheiro: ver cascara sagrada extract. Burdock – bardana: ver burdock root extract. Burdock root extract (Arctium lappa) – extrato de raiz de bardana: são atribuídas a ela propriedades antibacterianas e antifúngicas e uma aparente capacidade de ajudar a regular/normalizar a produção de oleosidade. Tradicionalmente usado no tratamento de acne moderada. Quando aplicadas externamente como compressa, as folhas de bardana são consideradas muito eficazes para o alívio de contusões e inflamações. Os constituintes da bardana incluem a inulina, mucilagem, açúcar, um glicosídeo cristalino chamado lapina, óleos fixos e voláteis e um pouco de ácido tânico. Extratos da fruta (usualmente confundida com as sementes) também são considerados benéficos para doenças crônicas da pele. A raiz seca e o extrato de raiz são os segmentos terapêuticos oficiais da bardana. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Arctium lappa. Buriti pulp oil – óleo de polpa de buriti: também conhecido como Mauritia flexuosa. Emoliente, antioxidante e sequestrante de radicais livres. Rico em carotenoides (incluindo betacaroteno) e ácidos graxos essenciais (particularmente os ácidos oleico e palmítico), geralmente é usado para ajudar a regenerar a barreira hidrolipídica da pele. Benéfico para uso em pele queimada ou danificada pelo sol, também é considerado nutriente, hidratante e capaz de melhorar a elasticidade da pele. Incorporado a produtos para envelhecimento, pele seca e muito seca, eczema, preparações para proteção solar e produtos para os lábios e cabelo. Nomenclatura INCI: Mauritia flexuosa. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Mauritia flexuosa. Burow’s solution – solução de Burow: ver aluminum acetate solution.

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Butylene glycol – butilenoglicol

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Butchers broom extract (Ruscus aculeatus) – extrato de gilbarbeira: nenhum benefício para aplicação na pele tem sido atribuído a essa substância de origem botânica. Algumas fontes o citam como tendo efeitos anticelulite, além de promover emagrecimento. Também apresenta propriedades diuréticas e antiprurígenas. A gilbarbeira é um arbusto perene do qual se utilizam o caule, as folhas e a raiz. Nomenclatura INCI: Ruscus aculeatus root extract. Butyl alcohol – álcool butílico: estabilizante de emulsão e agente condicionador oclusivo para a pele. É o mono-octadecil éter da glicerina. Butyl methoxydibenzoylmethane (BMDM, avobenzone) – butil metoxidibenzoilmetano (BMDM, avobenzona): quando incorporado como ingrediente ativo, aparece como avobenzona, agente para filtro solar de ampla faixa de proteção contra UVA. Mas quando aparece ao lado de outros ingredientes, seja com a nomenclatura completa, seja com a abreviação BMDM, é mais provável que esteja sendo usado como um absorsor de UV, ajudando a manter a estabilidade do produto face à exposição aos raios UV. Por exemplo, quando colocado em frascos de vidro ou plástico transparentes, a cor de algumas emulsões irá desaparecer devido à penetração do UV no material transparente do frasco. Adicionando BMDM, o formulador pode ajudar a reduzir ou eliminar a possibilidade do produto sucumbir a alguma outra instabilidade associada ao UV. Ver também avobenzone. Butyl oleate – oleato de butila: éster do álcool butílico e ácido oleico com propriedades lubrificante, hidratante e emoliente. Butyl paraben – butil parabeno: conservante contra fungos e leveduras, com pequeno efeito sensibilizante. Geralmente é usado em combinação com outros conservantes para aumentar o espectro de atividade. O butil parabeno só é eficaz na faixa de pH ácido. Ver também parabens. Butyl phenyl methylpropional – butil fenil metilpropional: fragrância. Butyl stearate – estearato de butila: ácido esteárico usado em quantidades muito pequenas em preparações cosméticas como emulsificante para cremes e loções. Tem-se demonstrado que causa reações alérgicas. Butylated hydroxyanisole – hidroxianisol butilado: ver BHA. Butylated hydroxytoluene – hidroxitolueno butilado: ver BHT. Butyldiadipate – butildiadipato: emoliente e agente controlador de pH com boas propriedades de penetração. Butylene glycol – butilenoglicol: solvente com boa ação antimicrobiana. Aumenta a atividade conservante dos parabenos. O butilenoglicol também serve como umectante, controlador de viscosidade e para mascarar odor.

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124 | 1,3-butylene glycol – 1,3-butilenoglicol

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1,3-butylene glycol – 1,3-butilenoglicol: solvente e agente diminuidor de viscosidade, costuma ser usado em preparações cosméticas e em produtos de toucador.

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C cactus extract – extrato de cacto: emulsificante para cremes e loções. Como substância ativa é descrito como sendo bom para tratar queimaduras de sol e outras queimaduras menores, picadas de insetos, irritações na pele, inchaços e inflamações. Na medicina folclórica, tem sido usado em edema. Sua consistência viscosa e gelatinosa torna-o muito útil em máscaras faciais, particularmente as transparentes do tipo peel-off. Os principais constituintes do cacto incluem cactina, flavonoides, aminoácidos e polissacarídeos. caffeine – cafeína: capaz de decompor lipídeos, possui efeito lipolítico em células de gordura. Tendo em vista esta característica e suas propriedades de drenagem (perda de água), a cafeína é usada para deixar a pele mais firme e rígida. Entre seus constituintes estão o tanino e o alcaloide metilxantina. Este pó branco inodoro e amargo ocorre naturalmente no café, cola, pasta de goiaba, noz de cola e chá. A cafeína é obtida como um subproduto do café descafeinado. Geralmente é incorporada a formulações de produtos para o corpo, no tratamento da celulite e emagrecimento, bem como em cremes para os olhos que, segundo afirmam, reduz o intumescimento. cajaputi oil (Melaleuca leucadendron) – óleo de cajepute: tem propriedades curativas, antissépticas, estimulantes e moderadamente anti-irritantes. É usado externamente para acne e outras doenças cutâneas, tais como psoríase e eczema. O constituinte principal desse óleo é o cineol, em um nível médio de 45% a 55%. Também presentes o terpineol sólido e vários aldeídos, entre eles o valérico, butírico e benzoico. Seu odor é semelhante ao da cânfora e do eucalipto. O óleo de cajepute é extraído das folhas e brotos da árvore. Nomenclatura INCI: Melaleuca leucadendron cajaputi oil. calamine – calamina: possui qualidades levemente adstringentes e refrescantes, sendo particularmente útil para tratar queimaduras de sol e pele irritada. A calamina é uma solução mineral que consiste principalmente em óxido de zinco, com adição de aproximadamente 0,5% de óxido de ferro.

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126 | Calamint – calaminta

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Calamint (Calamintha officinalis) – calaminta: considera-se que possa atenuar contusões. A calaminta contém um óleo canforáceo volátil e estimulante em comum com outras mentas. Obtido de um arbusto relacionado à família do tomilho e à hera-terrestre. Nomenclatura INCI: Calamintha officinalis flower/leaf/stem extract, ou seja, extrato do caule, folha ou flor da Calamintha officinalis. Calcium alginate – alginato de cálcio: usado como realçador visual. Trata-se de um gel de alginato impregnado de um material oleoso que pode ser pigmentado ou de cor neutra. Calcium chloride – cloreto de cálcio: composto que ajuda a promover a rea­ ção entre certos ingredientes usados em formulações cosméticas. Este sal inorgânico agora é raramente utilizado em produtos de beleza e está sendo substituído pelo cloreto de potássio. Calcium hydroxide – hidróxido de cálcio: base inorgânica empregada como adstringente tópico e álcali em soluções ou loções. Pode queimar a pele e os olhos. Calcium pantetheine sulfonate – sulfonato cálcico de panteteína: ingrediente versátil que pode ser usado para aumentar a proteção de UV em filtros solares. Também possui propriedades anti-inflamatórias e serve como branqueador ou clareador da pele. Estudos clínicos indicam capacidade de inibir a atividade da tirosina e a síntese de melanina. Costuma ser utilizado em hidratantes, em produtos antienvelhecimento e como FPS. Calcium pantothenate – pantotenato de cálcio: usado como emoliente e para enriquecer cremes e loções em preparações para o cabelo. Este é o sal de cálcio do ácido pantotênico encontrado no fígado, arroz, farelo de grãos e melaço. Também é encontrado em grandes quantidades na geleia real. Calcium thioglycolate – tioglicolato de cálcio: usado quase exclusivamente em cremes depilatórios e produtos para o cabelo, trata-se de um sal de cálcio do ácido tioglicólico. Pode causar irritação cutânea. Calendula extract (Calendula officinalis) – extrato de calêndula (malmequer): emoliente com propriedades curativas, aliviantes, antissépticas, antiprurígenas e anti-inflamatórias. Pode ser usada em casos de pele oleosa e/ou delicada, bem como de acne. O extrato é obtido da florescência da calêndula. Nomenclatura INCI: Calendula officinalis extract. Ver também marigold extract. Calendula hydrolysates – hidrolisados de calêndula: um derivado da calêndula. Ver calendula extract. Calophyllum inophyllum seed oil – óleo de semente de calophyllum inophyllum: antioxidante com capacidade de absorção de UV. Também pode ser usado

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Candelilla wax – cera de candelila

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como antimicrobiano e condicionador para a pele. Suas propriedades incluem a melhoria na regeneração celular. Geralmente incorporado a cremes antienvelhecimento e regeneradores, cremes de sol e pós-sol. Da mesma família do Calophyllum tacamahaca. Ver também tamanu oil. Calophyllum tacamahaca seed oil – óleo de semente de Calophyllum tacamahaca: ver tamanu oil. Camelina sativa seed oil – óleo de semente de camelina sativa: emoliente e condicionador para a pele, é usado em produtos cosméticos antienvelhecimento por sua dita capacidade de melhorar a elasticidade e a flexibilidade da pele. Entre seus constituintes estão o ácido alfalinolênico, ácido linoleico e o tocoferol. Camellia oil – óleo de camélia: usado como emoliente não gorduroso em produtos de beleza. O óleo de camélia desempenha um papel importante na antioxidação como resultado de seu alto conteúdo de ácido oleico. Derivado das sementes de Thea sasanqua nois. Camellia seed powder – pó de semente de camélia: ingrediente originário da Ásia e utilizado por sua ação abrasiva. Camellia sinensis leaf extract – extrato de folha de camellia sinensis: ver green tea extract. Camphor (Cinnamomum camphora) – cânfora: propriedades anestésica, anti-inflamatória, antisséptica, adstringente, resfriante e refrescante lhe são atribuídas, além de ser considerada levemente estimulante para a circulação e funções sanguíneas. Uma vez absorvida pelo tecido subcutâneo, combina-se no corpo com o ácido glucurônico, sendo liberado através da urina nessa condição. A cânfora é eficaz no tratamento de pele oleosa e de acne, e tem um aroma semelhante ao do eucalipto. Em altas concentrações, pode ser irritante e entorpecer os nervos sensoriais periféricos. A cânfora natural é derivada de uma árvore perene originária da Ásia, embora atualmente se use com frequência seu substituto sintético. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Cinnamomum camphora. Camphor benzalkonium methosulfate – metosulfato de benzalcônio e cânfora: filtro e absorsor de UV. Também possui propriedades antimicrobianas. Camphor oil – óleo de cânfora: ver camphor. Candelilla wax (Euphorbia cerifera) – cera de candelila: aglutina óleos e ceras, encorpando a formulação. Também é usada para formar filme. Obtida da planta candelila, é semelhante à cera de carnaúba. Euphorbia cerifera corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem quatro tipos, de acordo

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128 | Candlenut – nogueira-de-iguape

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com a apresentação, como Euphorbia cerifera wax, Euphorbia cerifera cera extract etc. Candlenut – nogueira-de-iguape: ver kukui nut oil. Canola oil – óleo de canola: um bom emoliente e lubrificante. O óleo de canola é um extrato do óleo de colza, considerado um substituto natural do óleo mineral. Capryl isostearate – isostearato de caprila: emoliente. Caprilic/capric triglyceride – triglicerídeo caprílico/cáprico (Tricaprylin): emoliente com boas propriedades de espalhamento. Promove a penetração e não deixa traços visíveis de oleosidade na pele. É usado em cremes, loções e formulações de óleo. Caprylol collagen amino acids – aminoácidos de capriloil colágeno: líquido com efeito antiacne. Ver também amino acid; collagen. Capryloyl collagenic acid – ácido capriloil colagênico: este ácido lipoamínico apresenta propriedades antibacterianas semelhantes às do peróxido de benzoíla quando testado contra as bactérias S. aureus, S. epidermidis e P. acnes. Resultados de testes mostram que é muito eficaz e útil no tratamento de casos brandos de acne vulgaris, embora demonstre alguns resultados positivos em casos moderados e graves também. Embora reduza as lesões inflamatórias, não afeta comedões e cistos. Quando o tratamento é suspenso, há uma leve recorrência das lesões. Capryloyl salicylic acid – ácido capriloil salicílico: condicionador para a pele. É um éster dos ácidos salicílico e caprílico. Caprylyl/capryl glucoside – caprilil/capril glicosídeo: surfactante usado em preparações para limpeza, principalmente xampus. Caprylyl glycol – caprililglicol: emoliente com propriedades hidratantes que também pode ser usado como estabilizante em cosméticos. Quando encontrado em combinação com fenoxietanol, esses dois ingredientes agem juntamente como antimicrobianos. Caramel – caramelo: usado como corante. Confere aos produtos um leve tom castanho. Algumas fontes também afirmam que funciona como agente aliviante em algumas preparações para a pele. O caramelo é uma solução concentrada obtida do aquecimento do açúcar ou de soluções de glicose. Caraway oil (Carum carvi) – óleo de cariz: óleo carreador ao qual é atribuída a capacidade de aliviar contusões e que se acredita possuir propriedades regeneradoras de tecido. É considerado benéfico para acne e pele oleosa. O cariz é um membro do grupo das plantas umbelíferas aromáticas, tais como o anis, cominho, endro e erva-doce, caracterizados pelas propriedades carminativas. Os principais constituintes do óleo de cariz são o carveno (também

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Cardamom oil – óleo de cardamomo

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encontrado no óleo de cominho e no endro), que é um óleo oxigenado e o carvol. O óleo de cariz é obtido da destilação das sementes e pode causar reações alérgicas e irritação na pele. Carum carvi corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem quatro tipos, de acordo com a apresentação, como Carum carvi fruit extract, Carum carvi seed oil etc. Carbocysteine – carbocisteína: aminoácido usado em formulações cosméticas. Ver também amino acid. Carbomer 934, 940, 941, 980, 981 – carbômero 934, 940, 941, 980, 981: esses polímeros cruzados de alto peso molecular são usados como espessantes e agentes suspensores, e como estabilizantes de emulsões em formulações cosméticas. Geralmente são utilizados com trietanolamina, hidróxido de sódio, ou outros compostos alcalinos para cruzar os polímeros. Os carbômeros são pós brancos, levemente ácidos e que reagem com partículas de gordura para formar emulsões espessas e estáveis de óleo-em-água. Nomenclatura INCI: Carbomer. Carbopol: nome comercial para carbômero. Ver também carbômero (Capítulo 4). Carboxyethyl aminobutyric acid – ácido carboxietil-y-aminobutírico: descrito como um ingrediente que promove o crescimento celular. Pode ser usado em preparações antienvelhecimento. Carboxymethyl cellulose – carboximetil celulose (goma de celulose): espessante. Usado em formulações cosméticas para substituir reagentes não desejados. Costuma ser utilizado em preparações para banho, máscaras de beleza, cremes para as mãos e xampus. É considerado matéria-prima não comedogênica. Nomenclatura INCI: Calcium carboxymethyl cellulose; Carboxymethyl cellulose acetate butyrate. Carboxymethyl chitin – carboximetil-quitina: hidratante. Derivado do exoesqueleto do camarão e do caranguejo. Ver chitin. Carboxypolymethylene – carboxipolimetileno: ver carbômero (Capítulo 4). Carboxyvinyl polymer – polímero de carboxivinila: confere viscosidade. É apropriado para espessar e estabilizar emulsões ou dispersões em cosméticos. Sua incorporação a formulações cosméticas resulta em preparações de gel bastante transparentes. É uma resina sintética. Cardamom oil (Elettaria cardamomum) – óleo de cardamomo: propriedades antissépticas e desodorantes lhe são atribuídas. Essa é uma erva perene que produz sementes de cardamomo contendo óleo volátil, óleo fixo, sal de potássio, um princípio colorizante, amido, mucilagem nitrogenada, fibra

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130 | Carmine – carmina

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lenhosa, resina acre e cinzas. O óleo volátil contém terpenos, terpineol e cineol. Elettaria cardamomum corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos, de acordo com a apresentação, como Elettaria cardamomum miniscula seed oil, Elettaria cardamomum seed powder etc. Carmine – carmina: pigmento carmesim. Esta é a laca de alumínio do corante cochineal, um pigmento natural derivado da fêmea seca do inseto Coccus cacti. A carmina pode causar reações alérgicas. Nomenclatura INCI: CI 75470. Carnauba wax – cera de carnaúba: usada para firmar e texturizar preparações cosméticas, dando-lhes uma consistência menos fluida. A cera de carnaúba também forma uma camada protetora na superfície da pele. Tem o ponto de fusão mais alto entre as ceras de plantas naturais e geralmente não causa rea­ ções alérgicas. Esta cera é obtida de folhas e brotos de folha da carnaubeira do Brasil. Nomenclatura INCI: Hydrolyzed carnauba wax. Carnitine – carnitina: agente condicionante para a pele, surfactante e substância que aumenta a viscosidade em formulações. A carnitina é usada principalmente em preparações para as mãos e o corpo. Carnitine hydroxycitrate – hidroxicitrato de carnitina: acredita-se que ajuda a decompor gordura armazenada nas células com mais eficácia que a cafeína, o que o torna benéfico em produtos para emagrecimento e delineamento do corpo. Carnosine – carnosina: antioxidante que age para impedir danos celulares devidos à atividade dos radicais livres. Estudos indicam capacidade de melhorar as funções imunológicas. A carnosina é um aminoácido de ocorrência natural. Em cosméticos tem aplicações antienvelhecimento e de condicionamento da pele. Carob extract (Jacaranda procera, Caroba balsam) – extrato de caroba: sua propriedade botânica é relatada como anti-infecciosa. Nas folhas pequenas – a fonte do extrato de caroba – foram encontrados ácido caroborelínico, ácido caróbico, ácido esteocaróbico, carobon e carobina. Carotene – caroteno: usado para dar uma coloração vermelho-alaranjada em formulações cosméticas. É o principal componente de coloração amarela da manteiga, cenoura e gema de ovo. O caroteno é encontrado em plantas e também em muitos tecidos de animais. Ver também beta-carotene. Carotene oil – óleo de caroteno: óleo vermelho-alaranjado que contém caroteno, usado como corante. É um extrato de cenoura. Carrageenan – carrageenan: ver carrageen extract. Carrageen extract (Chondrus crispus) – extrato de carragena (musgo irlandês): espessante muito utilizado que, em sua forma de sal de sódio, apresenta

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Castor oil – óleo de mamona (rícino) |

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propriedades gelificantes. Pode ajudar a manter a pele suave e em boas condições. A carragena é um polissacarídeo encontrado na alga vermelha, com odor semelhante ao da alga marinha. É considerado não tóxico. Nomenclatura INCI: Chondrus crispus extract, Chondrus crispus powder. Ver também seaweed extract. Carreghane extract – extrato de carreghane (alga vermelha): ver seaweed extract. Carrot extract (Daucus carota) – extrato de cenoura: há algumas indicações de que, quando obtido de folhas de cenoura, o extrato possa ter propriedades curativas e de limpeza por causa de suas fortes qualidades antissépticas. A raiz contém não menos que 89% de água. O suco também contém açúcar, um pouco de amido, extractina, glúten, albumina, óleo volátil, geleia vegetal ou pectina, matéria salina, ácido málico e carotina. As propriedades botânicas da cenoura dependem de seu óleo volátil. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Daucus carota. Carrot oil – óleo de cenoura: usado desde o século XVI para doenças de pele devido a suas supostas propriedades de limpeza, purificação e drenagem (eliminação de água). Esse emoliente rico em caroteno é indicado para acne, dermatite, irritação da pele, erupções e rugas. Derivado da raiz de cenoura. Carrot oleoresin – oleorresina de cenoura: tem boas propriedades de condicionamento. Este ingrediente é encontrado com mais frequência em produtos para o cabelo. Cascara sagrada extract (Rhamnus purshiana) – extrato de cáscara sagrada (salguinheiro; casca sagrada): usado para adicionar um fator aliviante para a pele em loções e cremes. Já foi dito que a casca contém flucosídeos. O extrato é preparado a partir da casca do arbusto. Nomenclatura INCI: Rhamnus purshiana bark extract. Casein amino acids – aminoácidos de caseína: proteína hidrolisada do leite. Usados como emulsificantes em muitos cosméticos. Também interage com a água, retendo-a. Ver também amino acids; milk protein. Castor isostearate succinate – succinato isostearato de castor: usado pelos formuladores de cosméticos como um substituto para lanolina. Classificado como um ingrediente natural. Castor oil – óleo de mamona (rícino): óleo carreador altamente emoliente que penetra na pele com facilidade, deixando-a macia e flexível. Também serve para juntar os diferentes ingredientes de uma formulação cosmética. O óleo de castor tem uma grande quantidade de ésteres glicerínicos do ácido ricinoleico.

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132 | Caviar

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Raramente é associado à irritação da pele ou reações alérgicas. Obtido por meio de prensagem a frio de sementes ou da planta Ricinus communis (óleo de rícino). O óleo de rícino impuro pode causar irritação, pois as sementes contêm uma substância tóxica que é eliminada durante o processamento. Seu odor desagradável torna difícil usá-lo em cosméticos. Nomenclatura INCI: Ricinus communis seed oil, Ricinus communis root extract. Caviar: ver roe extract. Cedar – cedro: ver cedarwood oil. Cedarwood oil (Thuja occidentalis) – óleo de madeira de cedro (cedro; tuia): atribuem-se lhe propriedades antisséptica, sedativa e adstringente. É usado como fixador em fragrâncias porque combina bem com outros óleos. Este óleo transparente também é valioso para uso em erupções na pele e para aliviar coceiras. É bom para acne e pele oleosa. E pode ser útil em casos de dermatite, eczema e psoríase. Existem dois tipos de óleo de madeira de cedro: óleo de madeira de cedro Atlas do Marrocos (Cedrus atlantica) e um derivado do Juniperus virginiana (ou cedro vermelho), que na verdade é um junípero dos Estados Unidos (seu óleo, porém, é muito semelhante ao da verdadeira madeira de cedro). O óleo pode causar irritação quando usado em altas concentrações. O óleo de madeira de cedro é obtido de brotos folhosos recém-dessecados. Thuja occidentalis corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos, de acordo com a apresentação, como Thuja occidentalis leaf, Thuja occidentalis bark extract etc. Celandine (Chelidonium majus) – celandina: também conhecida como sanguinária. Propriedades espasmódicas lhe são atribuídas. Pode ajudar a reduzir inflamações. Pode também, no entanto, causar irritação. A celandina contém numerosos alcaloides, incluindo quelidonina, sanguinarina, alfa e beta-homoquelidolina, barberina e queleritrina, alguns dos quais podem ajudar a melhorar o fluxo sanguíneo. Entre seus outros constituintes estão uma resina e a enzima protease. Também pode ser usada em tinturas, servindo, portanto, como corante “natural”. É um membro da família da papoula. Às vezes, é incorporada a produtos para a área dos olhos para melhorar a aparência de olhos cansados. Nomenclatura INCI: Chelidonium majus extract. Cellular protein – proteína celular: ver protein. Cellulose – celulose: espessante e emulsificador. Obtida de plantas. Cellulose – celulose (microcristalina): usada como emulsificador em cremes cosméticos. É o principal constituinte da fibra das plantas.

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Cereal germ oil – óleo de germe de cereal

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Cellulose fiber – fibra de celulose: usada como espessante, agente suspensor e aglutinante. Cellulose gum – goma de celulose: espessante e emulsificador equivalente à fibra de celulose. É resistente à decomposição bacteriana e proporciona uma viscosidade uniforme ao produto. Os constituintes são qualquer uma das várias substâncias fibrosas que consistem na parte principal das paredes celulares de uma planta. Ver também carboxymethyl cellulose. Cera alba: ver beeswax (white), beeswax. Ceramides – ceramidas: nome de uma família de lipídeos de ocorrência natural que age principalmente na camada superior da pele, formando uma barreira protetora e reduzindo a perda transdérmica de água. As ceramidas promovem a reparação do estrato córneo em casos de pele seca, melhora a hidratação da pele e aumenta a sensação de maciez. São benéficas para peles sensíveis, escamosas, ásperas, secas, envelhecidas e danificadas pelo sol. As ceramidas desempenham um papel importante na estrutura das camadas superficiais da epiderme e são parte integrante da rede de membranas intercelulares. Ajudam a gerar e sustentar a função da pele como barreira. Isso é extremamente importante: se a hidratação do estrato córneo é mantida, então ele funcionará melhor em termos de flexibilidade e descamação, sua integridade será conservada e a pele ficará menos suscetível à irritação. A produção de ceramida diminui com a idade, acentuando tendências a pele seca. Quando incorporada a uma preparação para a pele, a aplicação tópica de ceramidas pode beneficiar o estrato córneo se as ceramidas conseguirem preencher os espaços intercelulares e se forem hidrolisadas na pele pelas enzimas extracelulares adequadas. Essa aplicação também pode estimular a produção de ceramida na pele, aumentando assim seu conteúdo lipídico natural e reforçando a barreira protetora da pele, medida por meio da perda transepidérmica de água. Em aplicações tópicas, demonstrou-se que as ceramidas capturam e interagem com a água, o que é necessário para a pele permanecer flexível, suave e hidratada. Ceramidas naturais são obtidas de animais e plantas. Também podem ser produzidas sinteticamente, no entanto, é difícil sintetizar ceramidas idênticas àquelas encontradas na natureza, o que as torna uma matéria-prima cara. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de ceramida. Cereal lipoplastidins – lipoplastidinas de cereal: óleo de coco misturado com diversos extratos de grãos de cereais, tais como arroz, farelo e/ou aveia. Cereal germ oil – óleo de germe de cereal: carreador.

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Cereal seed oil – óleo de semente de cereal: carreador. Ceresin – ceresina: incorporada a formulações para a pele com o objetivo de regular a viscosidade, as propriedades de suspensão e a estabilidade geral de uma preparação. Usada em cremes protetores como um substituto da cera de abelha e da parafina. Essa mistura cerosa de hidrocarbonetos, entre branca e amarelada, é obtida pela purificação da ozoquerita. A ceresina é um material ceroso que pode causar reações alérgicas. Ceresin wax – cera de ceresina (ceresina): espessante e aglutinante com propriedades não comedogênicas. Ver também ceresin. Ceteareth, ceteareth 4, 12, 19, 20, 30 – cetearet, cetearet 4, 12, 19, 20, 30: são todos usados por suas propriedades emolientes, emulsificantes, antiespumantes e/ou lubrificantes em formulações cosméticas. O cetearet é obtido de uma combinação de álcool cetílico com álcool estearílico. O cetearet-4 é o éter polietilenoglicol do álcool cetearílico, e os cetearets-20 e 30 também são bons agentes solubilizantes. A nomenclarura INCI contempla vários tipos de ceteareth. Cetearyl alcohol (cetostearyl alcohol) – álcool cetearílico (álcool cetoestearílico): cera emulsificante e estabilizante produzida a partir da redução de óleos de plantas e ceras naturais. Também usado como emoliente e para dar alta viscosidade ao produto final. O álcool cetearílico é uma mistura de álcoois graxos, principalmente os álcoois cetílico e estearílico. Cetearyl glucoside – cetearil-glicosídeo: emulsificante e surfactante. Cetearyl isononanoate – isononanoato de cetearila: emoliente com forte ação hidrofóbica. Cetearyl octanoate – octanoato de cetearila: emoliente. Esse ingrediente pode ser um derivado de palmiste ou de coco e apresenta um alto grau de repelência pela água. É usado em hidratantes não comedogênicos. Na natureza ocorre nas penas de pássaros aquáticos. Cetearyl olivate – olivato de cetearila: emulsificante derivado do óleo de oliva. Considera-se também que reduz a perda transepidérmica de água. Geralmente usado junto com o olivato de sorbitano. Cetearyl palmitate – palmitato de cetearila: emoliente. Quando incorporado a um produto, deixa a pele com uma textura sedosa. Esse ingrediente substituiu a cera espermacete. Ceteth – cetet: usado em cosméticos como agente ativo de superfície. Cetet é um composto de derivados dos álcoois cetílico, laurílico, estearílico e oleílico misturados com óxido de etileno. A nomenclatura INCI tem vários tipos de cetet.

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Cetyl ricinoleate – ricinoleato de cetila

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Ceteth 20 – emulsificante para cremes e loções de óleo-em-água. Cetostearyl alcohol – álcool cetoestearílico: ver cetearyl alcohol. Cetrimonium bromide – brometo de cetrimônio: ver cetyl trimethylammonium bromide. Cetyl alcohol – álcool cetílico: ingrediente versátil que pode servir como emoliente, emulsificante, espessante, aglutinante, formador de espuma ou estabilizador de emulsão, dependendo da formulação e da necessidade. É derivado do óleo de coco e do óleo de palma, além de ser produzido sinteticamente. Considerado por algumas fontes como material não comedogênico. Cetyl alcohol 40 – álcool cetílico-40: conservante e carreador semelhante ao álcool cetílico. Cetyl dimethicone – cetil-dimeticona: emoliente e agente condicionador oclusivo à base de silicones. Cetyl dimethicone copolyol – copoliol cetil-dimeticona: emulsificante e emoliente usado em preparações cosméticas para formar emulsões de água-em-óleo. É viscoso, mas fácil de tirar. Esses tipos de preparações são utilizadas em formulações para filtro solar em que um bom espalhamento e impermea­ bilidade (à água) são características valorizadas. Usadas em hidratantes, essas emulsões proporcionam uma boa barreira para a umidade e reduzem a velocidade de perda transepidérmica de água. Cetyl esters – cetilésteres: usados em formulações para dar encorpamento a emulsões. Também são estabilizantes e espessantes. Cetilésteres geralmente não são distinguíveis da cera espermacete natural em termos de composição e propriedades. São feitos de uma combinação de vários ésteres graxos com palmitato de cetila. Cetyl hydroxyethyl cellulose – cetil-hidroxietil celulose: semelhante à hidroxietil celulose, mas pode gerar diferentes propriedades de espessamento e absorção numa formulação. Ver também hidroxyethyl cellulose. Cetyl palmitate – palmitato de cetila (espermacete sintético): sua estrutura química é a mesma do espermacete da baleia. Pode ser usado para espessar, produzir emulsões viscosas, dar estabilidade e adicionar textura às emulsões. É semelhante ao cetearyl palmitate. Cetyl phosphate – fosfato de cetila: emulsificante suave com baixo potencial de irritância. Cetyl ricinoleate – ricinoleato de cetila: emoliente e estabilizante de emulsão considerado um éster não comedogênico.

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Cetyl trimethylammonium bromide – brometo de cetil-trimetilamônio (brometo de cetrimônio): cosmético biocida e agente emulsificante. É um sal de amônio quaternário. Nomenclatura INCI: Cetrimonium bromide. Chamomile extract (Anthemis nobilis; Matricaria chamomilla) – extrato de camomila: possui propriedades anti-inflamatórias e reparadoras clinicamente provadas. Também é considerado bactericida, antiprurígeno, aliviante, antisséptico, purificante, refrescante e hipoalergênico, com capacidade de neutralizar substâncias que irritam a pele. Há muitas formas de camomila, incluindo a camomila romana (Anthemis nobilis) e a camomila alemã (Matricaria chamomilla). Esta última tende a ser mais potente que a romana devido ao maior conteúdo de azuleno. Constituintes ativos incluem azuleno, bisabolol e fitosterol. A planta é aromática e suas inflorescências são usadas para obter extratos aquoalcoólicos e o óleo de camomila azul. A camomila é considerada uma matéria-prima não comedogênica e pode ser utilizada em preparações pós-barba e para os olhos, bem como em produtos para pele seca. Anthemis nobilis corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos de acordo com a apresentação, como Anthemis nobilis flower powder, Anthemis nobilis flower oil etc. Chamomile oil – óleo de camomila: considerado um constritor da parede capilar, agente antilalergênico, antisséptico, resfriante, analgésico, emoliente e curativo. Constatou-se que é bom para tratamentos de queimadura e inflamações da pele, bem como para dermatite. É benéfico para uso em acne e pele seca ou supersensível. Os princípios ativos são um óleo volátil azul claro (que pode ficar amarelo com o tempo), um pouco de ácido antêmico, ácido tânico e um glicosídeo. O óleo volátil obtido por meio da destilação é perdido na preparação do extrato. A planta toda é odorífera e útil, mas às inflorescências são atribuídos benefícios terapêuticos. Como a principal virtude botânica da planta encontra-se no disco central dos floretes amarelos e na forma dupla cultivada dos floretes brancos, as propriedades botâncias da camomila isolada são consideradas as mais potentes. Chamomile flower oil – óleo de flor de camomila: ver chamomile oil. Chaparral extract (Larrea divaricata) – extrato de chaparral – propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e antimicrobianas lhe são atribuídas. Também pode ser usado como fragrância. O arbusto do deserto, nativo do sudoeste dos Estados Unidos, produz uma resina viscosa nos pedúnculos e folhas que proporcionam proteção natural contra UV para a planta. Não se sabe

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Chitosan – quitosana

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ao certo se isso se traduz em benefício para a pele. Algumas fontes, todavia, citam a capacidade de proteção contra UV. Usado em produtos que tratam de acne, eczema, psoríase e dermatite de contato. O constituinte principal do chaparral é o ácido nordi-hidroguaiarético (NDGA), um antioxidante. Nomenclatura INCI: Larrea divaricata extract; Larrea divaricata leaf extract. Chaulmoogra oil (Taraktogenos kurzii) – óleo de chalmugra: óleo aliviante e anti-inflamatório. É considerado curativo por alguns, com boa aplicação em casos de acne. Contém ácido chalmúgrico e ácido palmítico. Descobriu-se que seu constituinte oleoso produz glicerol, pequena quantidade de fitosterol e uma mistura de ácidos graxos. O óleo de chalmugra pode ser irritante e tem um odor desagradável. É obtido das sementes de Taraktogenos kurzii. Nomenclatura INCI: Taraktogenos kurzii seed oil. Chestnut extract (Castanea sativa) – extrato de castanha: por causa de seu alto conteúdo de tanino, o extrato da casca é considerado um adstringente quando em aplicação tópica. Castanea sativa corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos de acordo com a apresentação, como Castanea sativa flower extract, Castanea sativa seed extract etc. China clay – argila da China: ver kaolin. Chinese angelica root – raiz de angélica chinesa: ver angelica. Chitin – quitina: retém umidade e é um agente formador de filme. Este é um polissacarídeo de ocorrência natural nas conchas de crustáceos como o camarão e o caranguejo, bem como em alguns fungos e algas. Ver também chitosan. Chitosan – quitosana: polissacarídeo formador de filme que pode ajudar a pele a reter umidade. Além disso, parece auxiliar na interação com outros ingredientes (por exemplo, aumentar a estabilidade dos lipossomas), elevando assim a disponibilidade de ingredientes ativos. Propriedades antibacterianas também estão associadas à quitosana. Alguns estudos mostram que pode ajudar a melhorar as propriedades de resistência à água de cremes e loções para proteção solar, bem como a longevidade do odor de uma fragrância (o perfume adere com mais força à pele e evapora mais lentamente, num intervalo maior de tempo). A quitosana também parece melhorar a estabilidade microbiológica de uma preparação. Funciona de modo semelhante ao ácido hialurônico e ao colágeno, ajudando a impedir a perda transepidérmica de água, deixando a pele mais úmida. Age como um condicionador, tornando a pele macia e flexível. Pode ser encontrada em hidratantes, filtros solares e preparações para acne, além de produtos para o cabelo. É a forma descarboxilada da quitina e pode reter água sem criar uma consistência viscosa numa

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138 | Chitosan ascorbate – ascorbato de quitosana

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preparação cosmética. De acordo com alguns fornecedores de quitosana, as cascas de camarão são uma das fontes mais importantes. Consistem em 30% a 35% de proteína, 30% a 35% de minerais, 15% a 20% de quitina, com alguns traços de lipídeos, corantes e proteínas solúveis. Ver também chitin. Chitosan ascorbate – ascorbato de quitosana: ingrediente sinteticamente produzido que combina as propriedades formadoras de filme e aglutinantes da quitosana com propriedades antioxidantes do ácido ascórbico. É produzido sinteticamente combinando quitosana com ácido ascórbico e sódio. Ver também chitosan e ascorbic acid. Chlorhexidine – clorexidina: usado como antisséptico tópico em cosméticos líquidos. É bastante alcalino e pode causar irritação. Chlorhexidine digluconate – digluconato de clorexidina: conservante geralmente usado em concentrações de 0,01% a 0,1% para proteger contra bactérias. É instável em altas temperaturas. O digluconato de clorexidina é mais usado na Europa que nos Estados Unidos. Ver também chlorhexidine. 5 chloro-2 methyl-4 isothiazolin 3 one and 2-methyl 4 5-hydroxy-2styryl-4-pyrones – 5-cloro-2-metil-4-isotiazoli-3-ona e 2-metil-4,5-hidroxi-2-estiril-4-pironas: agente clareador da pele por causa de sua capacidade de inibir a formação de melanina. É instável e não irritante para a pele. Chlorophenesin – clorofenesina: conservante com propriedades antifúngicas e bactericida. Chlorophyll – clorofila: usado como agente colorante natural. Atribuem-se-lhe propriedades aliviantes e curativas graças ao conteúdo de fitol. Apresenta leve efeito desodorizante. A clorofila é a substância verde encontrada em todas as plantas e pode ser vista em suas folhas. Nomenclatura INCI: CI 75810. Chlorophyllin copper complex – complexo de clorofilina cúprica: corante obtido da clorofila. Ver também chlorophyll. Chloroxyethanol – cloroxietanol: conservante com baixo potencial sensibilizante. Chloresteric esters – ésteres cloroestéricos: derivados do colesterol. Ver também cholesterol. Cholesterol – colesterol: hidratante e emoliente que age como poderoso emulsificante em sistemas de água-em-óleo. O colesterol é uma substância gordu­ rosa encontrada em células vegetais e animais. Também está presente na secreção de glândulas sebáceas e, portanto, é um componente da gordura na superfície da pele. Considerado matéria-prima não comedogênica. Às vezes pode ser obtido da cera da lã de ovelhas.

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Cinnamon oil – óleo de canela

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Choleth 24 – colet-24: agente emulsificante, considerado matéria-prima não comedogênica. Geralmente, é utilizado por sua ação hidratante; é um éter polietilenoglicol do colesterol. Chondroitin sulfate – sulfato de condroitina: aumenta a interação com a água quando usado com proteína hidrolisada e para aumentar os efeitos hidratantes de cremes e loções. Na pele, o sulfato de condroitina é um componente dos glicosaminoglicanos naturais. Nomenclatura INCI: Glycosaminoglycans. Chondrus crispus extract – extrato de Chondrus crispus (alga castanha): ver seaweed extract. Chromium compounds – compostos de cromo: são óxidos usados principalmente como sombras verdes para os olhos e máscaras esverdeadas. Os compostos de cromo podem causar reações alérgicas quando aplicados à pele. Chromium hydroxide green – hidróxido de cromo verde: corante usado principalmente em preparações de maquiagem. Ver também chromium compounds. Chromium oxide Green – óxido de cromo verde: corante usado principalmente em preparações de maquiagem. Ver também chromium compounds. Cimicifuga racemosa root extract – extrato de raiz de cimífuga racemosa: ver black cohosh extract. Cinchena: ver cinchona extract. Cinchona extract (Cinchona ledgeriana) – extrato de cinchona (cinchena; quinquina): importante fonte de quinino. O extrato de cinchona há muito é conhecido por suas propriedades tônicas, antissépticas e adstringentes. Também tem sido usado como remédio contra a malária e febre em áreas tropicais. É obtida da casca de várias espécies de plantas da América Latina, pertencendo ao gênero Linnaean. Se utilizado em grandes quantidades, a cinchona causará dores de cabeça e náusea às pessoas alérgicas. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Cinchona. Cinnamic acid – ácido cinâmico: possui propriedades de filtro solar. Alguns fabricantes usam-no como substituto para o PABA devido a sua menor incidência de reação alérgica e fototóxica. O ácido cinâmico é encontrado nas folhas de canela e folhas de coca, é também um óleo essencial de certos cogumelos. Pode causar manchas alérgicas na pele. Cinnamon oil (Cinnamomum zeylanicum) – óleo de canela: considera-se que tem um efeito estimulante na pele. Também pode ser usado como fragrância. Amplamente reconhecido por suas propriedades tônicas e antissépticas, o óleo de canela é muito importante na farmacopeia tradicional. É usado em

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140 | Cinnamon bark oil – óleo de casca de canela

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diversas preparações para a pele e maquiagem. É obtido da destilação das folhas da planta. Pode causar irritação se usado em altas doses. Cinnamomum zeylanicum corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos de acordo com a apresentação, como Cinnamomum zeylanicum bark extract, Cinnamomum zeylanicum leaf oil etc. Cinnamon bark oil – óleo de casca de canela: tem propriedades similares às do óleo de canela, mas a destilação da casca da planta é considerada de qualidade muito superior às extrações das folhas. O uso em altas doses ou em altas concentrações pode produzir irritações na pele. Ver também cinnamon oil. Cinnamyl alcohol – álcool cinamílico: de ocorrência natural na casca da canela. Pode ser usado como fragrância. Cinoxate – cinoxato (2-hidroxi-p-metoxicinamato): substância química aprovada pela FDA como filtro solar para uso com concentração entre 1% e 3%. Estudos indicam que causa fotossensibilidade. Ver também cinnamic acid. Cinquefoil extract (Potentilla anserina) – extrato de potentilha (cinco-folhas; argentina anserina): ingrediente adstringente incorporado a formulações por suas propriedades anti-inflamatórias e curativas. Pode ser útil para peles problemáticas. A potentilha é uma planta trepadeira com grandes flores amarelas. O extrato é obtido da erva e da raiz da planta. Nomenclatura INCI: Potentilla anserina extract. Citral: composto de ocorrência natural usado para fornecer uma fragrância semelhante à do limão. O citral é um constituinte dos óleos de limão, capim-limão, lima, gengibre, verbena e outros óleos essenciais vegetais. Citric acid – ácido cítrico: possui propriedades adstringentes e antioxidantes. Também pode ser usado como conservante com um baixo potencial sensibilizante. Geralmente não é irritante para a pele normal, mas pode causar queimadura e vermelhidão quando aplicado a peles com rachaduras ou inflamadas. É um derivado de frutas cítricas. Citric oils – óleos cítricos: referem-se a uma combinação de óleos de frutas cítricas, como o óleo de laranja, óleo de limão, óleo de toranja (grapefruit) e semelhantes. Citronella – citronela: usado principalmente como fragrância (perfume e mascaramento). Também tem propriedades tônicas. É derivado do óleo essencial da planta Cymbopogon nordus, e seus constituintes incluem o geraniol (aproximadamente 60%), citronela, canfena, limoneno, linalool e borneol. Cymbopogon nordus corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, exis-

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Clove oil – óleo de cravo-da-índia

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tem vários tipos, de acordo com a apresentação, como Cymbopogon nordus herb oil, Cymbopogon nordus herb extract etc. Citronella java oil – óleo de citronela-de-java: antisséptico e muito utilizado em sabões e desodorizadores. Também pode servir como repelente de insetos. Esta destilação da erva pode causar prurido na pele quando usada em cosméticos. Citronellol – citronelol: constituinte de óleos essenciais da planta. Encontrado em abundância no óleo de eucalipto. É usado para mascarar odores ou proporcionar um componente de fragrância a um produto cosmético. Citrus aurantium amara: também conhecido como laranja amarga. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Citrus aurantium amara. Ver bitter orange. Clary sage oil (Salvia sclarea) – sálvia-esclareia (sálvia-dos-jardins): pode ser benéfica em produtos designados para uso em torno dos olhos em razão de suas propriedades aliviantes e anti-inflamatórias. Sua fragrância pode ter valor aromaterapêutico, como promover a regeneração celular para peles normais, secas e sensíveis. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Salvia sclarea. Clay – argila: como categoria geral de ingredientes, inclui bentonita, betume e argila-da-china. Mais usada por sua capacidade de absorver óleo ou água, também é empregada para dar corpo ao produto, estabilizá-lo e controlar sua viscosidade. A argila pode ajudar a clarear líquidos, agir como emoliente e servir como cataplasma. É encontrada como componente colorido em pós faciais, máscaras faciais, pós para o corpo e base para maquiagem. Não causa alergia na pele. Clay-earth – terra argilosa: ver clay. Clay sediments – sedimentos de argila: ver clay. Cleavers extract (Galium aparine) – extrato de aparina: considerado útil no tratamento de eczema. O extrato de aparina é recomendado para peles normais e secas. Nomenclatura INCI: Galium aparine extract. Clematis – clematite: o extrato das raízes e pedúnculos da planta tem ação anti-inflamatória. Folhas e flores, no entanto, quando esmagadas, irritam os olhos e produzem inflamação ao serem diretamente aplicadas à pele. A clematite é uma planta perene. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Clematis. Climbing ivy extract – extrato de hera trepadeira: ver ivy. Clove oil (Eugenia caryophyllus, Caryophyllus aromaticus, Syzygium aromaticum) – óleo de cravo-da-índia: considerado um poderoso antisséptico e agente curativo para feridas, com forte efeito germicida. O óleo de cravo-da-índia também é indicado como anestésico tópico e local. Dependendo da

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142 | Clove bud oil – óleo de broto de cravo-da-índia

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parte da planta de que provém o óleo (brotos, flores, folhas ou pedúnculos), também pode ser tônico, adstringente, melhorar a textura e consistência da pele e ajudar a mascarar odores. O eugenol é um constituinte fundamental desse óleo, e está associado a muitos benefícios terapêuticos. O óleo é obtido dos brotos, flores, pedúnculos e folhas de uma pequena árvore perene. Pode causar forte irritação na pele quando usado em altas concentrações, embora geralmente seja inofensivo em formas diluídas. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Eugenia caryophyllus. Clove bud oil – óleo de broto de cravo-da-índia: tem propriedades semelhantes ao óleo de cravo-da-índia, embora seja mais usado por suas propriedades de mascaramento de odor. Destilados de brotos secos são considerados de qualidade superior aos obtidos dos pedúnculos e folhas. O óleo de cravo-da-índia derivado das folhas da planta às vezes é usado para adulterar o óleo obtido do broto. Clover blossom extract – extrato de florescência de trevo: propriedades adstringentes e capacidade de mascarar odores lhe são atribuídas. Ver também clover extract. Clover extract (Trifolium sp.) – extrato de trevo: o extrato fluido é usado como antiespasmódico. Planta perene de vida curta, o cravo-da-índia produz florescência que é utilizada em óleos e extratos de ervas. O extrato obtido da folha e da raiz é considerado antioxidante e capaz de melhorar a condição geral da pele. Nomenclatura INCI: Trifolium pratense extraxt. Club moss extract (Lycopodium clavatum) – extrato de lipocódio: os esporos do lipocódio são usados tradicionalmente na região externa na forma de pó em várias doenças de pele e feridas superficiais. As extremidades das plantas são cortadas à medida que as espigas aproximam-se da maturidade, e o pó é sacudido e separado com uma peneira. Nomenclatura INCI: Lycopodium clavatum extract. Cocamide DEA – cocamida DEA: espessante e formador de viscosidade para sistemas surfactantes cosméticos. É adicionada a detergentes líquidos da variedade lauril sulfato para ajudar a estabilizar a espuma e intensificar sua formação. Cocamidopropyl PG-dimonium chloride phosphate – clorofostato de cocamidopropila PG-dimônio: antimicrobiano e antifúngico bastante suave para a pele. Ver também coconut oil. Cocamidopropyl betaine – cocamidopropil-betaína: surfactante derivado de um sal de óleo de coco. É particularmente eficaz em xampus, banhos de espuma, espu-

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Coffea arabica fruit extract – extrato do fruto de Coffea arabica

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ma para banho e outras preparações em que se desejam uma espuma cremosa e abundante e boa tolerância por parte da pele. Ver também coconut oil. Cocoa butter – manteiga de cacau: deixa a pele macia e lubrificada. Esta gordura vegetal amarelada é sólida à temperatura ambiente, mas se liquefaz à temperatura entre 32,2ºC – 37,8ºC. Portanto, é frequentemente utilizada em bálsamos para os lábios e cremes para massagem devido ao seu ponto de fusão favorável (isto é, próximo ao da temperatura do corpo). A manteiga de cacau é considerada comedogênica e pode causar reações alérgicas. Coco-caprylate/caprate – caprato/caprilato de coco: emoliente leve e cosmeticamente elegante; obtido de fontes vegetais. Cocoamidopropylamine oxide – óxido de cocoamidopropilamina: condicionador, formador de viscosidade e formador de espuma. Derivado do óleo de coco. Cocoampho carboxyglycinate – carboxiglicinato de cocoanfo: usado como amaciante para a pele e lubrificante, geralmente é incorporado a sabões e cremes. É a gordura sólida das sementes do coco. Cocoglucoside – cocoglicosídeo: agente de limpeza bastante suave, derivado natural do óleo de coco e de açúcar de frutas. Cocoglyceride – cocoglicerídeo: usado por suas propriedades emolientes, emulsificantes e de condicionamento para a pele. Ver também hydrogenated cocoglyceride. Coconut alcohol – álcool de coco: ingrediente multifuncional que pode ser incorporado a um cosmético como emoliente, emulsificante, estabilizante ou surfactante, ou para ajudar a controlar a viscosidade de um produto. Sua verdadeira função em um produto dependerá da formulação específica. Coconut oil – óleo de coco: usado como base para a creme. Matéria-prima em sabões, unguentos, cremes para massagem e em formulações de filtros solares. De cor branca ou levemente amarelada e semissólido em consistência, o óleo de coco é um grupamento de ácidos graxos de cadeia curta ligado à glicerina e extraído das sementes do coco. É estável quando exposto ao ar. O óleo de coco pode ser irritante para a pele e causar pruridos. Também é considerado comedogênico. Cocoyl sarcosine – cocoil-sarcosina: sua aplicação em produtos para a pele não está bem clara. É formada a partir da cafeína por decomposição com hidróxido de bário. Coenzyme Q10 – coenzima Q10: ver ubiquinone. Coffea arabica fruit extract – extrato do fruto de Coffea arabica: também conhecido como extrato de CoffeBerry®. Antioxidante poderoso e natural,

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144 | Coffee deed oil – óleo de semente de café

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com propriedades antienvelhecimento e de clareamento da pele. O extrato é obtido do fruto inteiro, e não só da semente ou grãos, como no caso do óleo de semente de café (óleo de semente de Coffea arabica). Coffee deed oil (Coffea arabica) – óleo de semente de café: extraído dos grãos verdes de café, é rico em ácidos graxos essenciais, incluindo o ácido linoleico. Também pode ser usado como agente mascarador de odores. Dependendo de como o ingrediente é utilizado, o óleo de semente de café também pode ser benéfico para perder líquido e emagrecer. O óleo é obtido da semente/ grão. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Coffea arábica. Ver também caffeine. Coleus barbatus extract – extrato de Coleus barbatus (cóleo): substância de origem botânica que parece ter propriedades de limpeza e aliviantes. É uma planta tropical que, na medicina tradicional, era usada para aliviar picadas de escorpião e de centopeia. Nomenclatura INCI: Coleus barbatus root extract. Collagen – colágeno: muito popular em formulações para a pele por seu grande potencial de hidratação e capacidade de reter água em quantidade em muitas vezes maior que seu peso. Essa capacidade de interagir com a água e retê-la torna o colágeno eficaz para uso em hidratantes como agente protetor da pele. Não deixa aquela sensação de aderência ou ressecamento, especialmente quando utilizado em formas hidrolisadas ou solúveis. Como um formador de filme, o colágeno ajuda a reduzir a perda de umidade natural, auxiliando assim na hidratação da pele. Em preparações cosméticas, aumenta a umectância de produtos tópicos, contribui para dar brilho e formar viscosidade, além de deixar a pele suave e macia. O colágeno não é solúvel em água e tem sido muito utilizado em formulações cosméticas por mais de 30 anos. É considerada uma proteína “comercialmente pura”, encontrada no tecido conectivo animal e semelhante à produzida pelo corpo na pele e nos ossos. Também considerado um não irritante, o colágeno não causa reações alérgicas quando usado na pele. É bastante estável, de odor suave e de cor clara. Trata-se de uma das proteínas mais eficazes e econômicas disponíveis para formuladores cosméticos. Collagen amino acids – aminoácidos do colágeno: apresenta maior capacidade de interação com a água do que o colágeno em si, melhorando assim a eficácia de hidratação de cremes e loções para a pele. É uma mistura de aminoácidos que resulta da hidrólise completa do colágeno. Sua capacidade de interagir

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Coltsfoot extract – extrato de tussilagem

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com a água deve-se a um grande número de grupos hidrofílicos por unidade de peso. Ver também collagen. Collagen amino-polysiloxane hydrolyzate – hidrolisado de amino-polisiloxano de colágeno: ver collagen. Collagen fiber – fibra do colágeno: anti-irritante e hidratante. Quando usado em versão esponja, pode servir como sistema de liberação para ingredientes ativos. Sua não solubilidade em água e a disponibilidade de outros ingredientes cosméticos têm limitado sua faixa de aplicação. Collagen hydrolysates – hidrolisados do colágeno (proteína animal hidrolisada; colágeno hidrolisado): colágeno processado para atingir peso molecular mais baixo, o que facilita seu uso em formulações cosméticas e amplia as propriedades da proteína comum. Esta é uma das formas de colágeno mais usadas em formulações cosméticas. Ver também collagen. Collagen (soluble) – colágeno (solúvel): demonstra maior capacidade de captura de água, portanto é mais eficaz que o colágeno. É uma forma líquida e transparente, preferida em relação ao colágeno para uso em cosméticos porque, quando incorporada à formulação, não irá se separar, como acontece com o colágeno comum. Quando incorporado a detergentes, o colágeno solúvel reduz significativamente a quantidade de aminoácidos extraída da pele lavada com água e detergente. É talvez a proteína de alto peso molecular mais usada em formulações para a pele. Ver também collagen. Colloidal oatmeal – aveia coloidal: protetor para a pele e antiprurígeno com propriedades aliviantes. Seu conteúdo lipídico torna-o mais oleoso e emoliente. A aveia coloidal tem sido recomendada para uso em crianças, adultos e idosos, no banho, em loções e preparações de cataplasma para aplicação tópica em peles danificadas. Sua adição em água de banho diminuiu a inflamação e a irritação que costumam ocorrer em casos de eczema, quando se usa apenas sabão. É utilizada em cremes para limpeza, sabões e produtos de banho. Ver também oat. Colloidal sulfur – enxofre coloidal: ver sulfur. Colostrum – colostro: substância de ocorrência natural, o colostro é um fluido secretado pelas glândulas mamárias logo após o nascimento do bebê. Quando combinado com a elastina, deixa um filme coloidal que mimetiza a elastina natural. Coltsfoot extract (Tussilago farfara) – extrato de tussilagem: possui propriedades adstringentes, emolientes, condicionantes e hidratantes. Estudos indicam

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146 | Comfrey extract – extrato de confrei

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um possível efeito clareador da pele. O extrato de tussilagem contém uma alta concentração de mucilagem, o que o torna útil para aliviar peles delicadas e/ou facilmente inflamadas. As folhas são as partes principais, mas os pedúnculos da flor também são utilizados. A cistina é um de seus constituintes mais importantes. Tussilago farfara corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos de acordo com a apresentação, como Tussilago farfara flower extract, Tussilago farfara leaf extract etc. Comfrey extract (Symphytum officinale) – extrato de confrei: contém alantoína e lhe são atribuídas propriedades curativas, adstringentes e emolientes. É usado em casos de inchaço, ferimentos, cortes, pápulas e pústulas. Tradicionalmente tinha utilização tópica para tratamento de alívio da dor e como antiprurígeno, bem como em eczema e queimaduras de sol. A planta toda é considerada excelente para aliviar a dor em qualquer área dolorida, inflamada ou supurada. O principal constituinte da raiz de confrei é a mucilagem. Também contém de 0,6% a 0,8% de alantoína e um pouco de tanino. Alguns afirmam que certos alcaloides encontrados no confrei são tóxicos. As raízes e as folhas geralmente são coletadas de plantas silvestres. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Symphytum officinale. Coneflower extract (Echinacea angustifolia) – extrato de flor-de-cone: a nomenclatura INCI contempla vários tipos de Echinacea angustifolia. Ver echinacea. Copper – cobre: em cosméticos, ingredientes à base de cobre geralmente são usados como corantes. O cobre em si não é tóxico, mas sais solúveis de cobre, especialmente o sulfito de cobre, irritam a pele. No corpo, o cobre combina com certas proteínas para produzir diversas enzimas, que por sua vez servem como catalisadores para diferentes funções. Por exemplo, o cobre desempenha um papel no processo de queratinização. Na pele normal, essa ação catalítica é completada de 8 a 12 horas; porém, são necessários mais de três dias em casos de deficiência de cobre. Por meio de atividade enzimática, o cobre está envolvido na produção de melanina. Também a redução da pigmentação tem sido observada em casos de deficiência. Tais ações enzimáticas também associam o cobre à conservação e reparação dos tecidos conectivos cutâneos (colágeno e elastina) e à cura de feridas. Copper aspartate – aspartato de cobre: ver copper. Copper gluconate – gluconato de cobre: ver copper. Copra oil: ver coconut oil. Coriander oil (Coriandrum sativum) – óleo de coentro: usado na mistura e dosagem apropriados, e com outros óleos e extratos naturais, pode funcionar

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Cornflower extract – extrato de centáurea

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como conservante. Também serve como desodorante. O óleo de coentro é produzido a partir da destilação do fruto (as assim chamadas sementes), que contém cerca de 1% de óleo volátil, o constituinte ativo. O fruto também contém ácido málico. Pode causar reações alérgicas. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Coriandrum sativum. Corn cob meal – farelo de sabugo de milho: usado em pós faciais e para banho. Feito da espiga do milho da Índia. Corn germ oil – óleo de germe de milho: amaciante para pele derivado do germe da semente de milho. Corn meal – fubá: usado como agente espessante. É uma farinha de milho grossa preparada por moagem da semente de milho. Ver também corn starch. Corn oil – óleo de milho: usado como carreador. Este óleo vegetal tem propriedades emolientes moderadas. Embora não particularmente propenso a causar alergias, não é muito usado em formulações cosméticas. É considerado levemente comedogênico. O óleo de milho é obtido da moagem úmida do milho. Corn seed extract – extrato de semente de milho: encontrado em cremes, loções e ampolas revitalizantes. Ver também corn seed extract. Corn seed fraction – fração de semente de milho: é atribuída a essa fração uma intensificação do metabolismo da pele. É rico em aminoácidos, açúcar, vitamina B e fitatos. Pode ser usado em cremes, loções e preparações pós-sol. Corn starch – amido de milho: usado como espessante em cosméticos e em pós faciais. O amido de milho absorve água e é aliviante para a pele. Pode causar reações alérgicas, como olhos inflamados, nariz congestionado e febre do feno perene. Matéria natural obtida dos grãos de milho. Cornflower extract (Centaurea cyanus) – extrato de centáurea: usado tradicionalmente como tônico e estimulante, com ação semelhante à do cardo mariano. Antigamente, a água destilada das pétalas da centáurea era considerada um remédio para visão fraca. O extrato tem sido usado na Europa desde tempos antigos para tratar picadas. Considerado benéfico para pele normal e produtos utilizados em torno dos olhos. Propriedades curativas, especialmente em casos de contusões, são atribuídas ao extrato de centáurea obtido das folhas da planta. Importantes constituintes incluem gentiopricina, eritrocentaurina, compostos do ácido nicotínico, óleo essencial e ácido oleanólico. Centaurea cyanus corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos de acordo com a apresentação, como Centaurea cyanus flower, Centaurea cyanus flower water etc.

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148 | Cornflower water – água de centáurea

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Cornflower water – água de centáurea: ver cornflower extract. Cotton seed oil (hydrogenated) – óleo de semente de algodão (hidrogenado): um carreador. Este óleo é usado na produção de sabões, cremes e cremes para bebê. Embora possa causar alergias e seja um pouco irritante, é muito utilizado em cosméticos. Considerado levemente comedogênico. É feito a partir da espremedura de várias espécies de algodão. Coumarin – cumarina: considerado bom para “afinar” o sangue, também aumenta o fluxo sanguíneo. Algumas fontes citam também capacidades antioxidantes. É um constituinte vegetal específico responsável pela fragrância de grama recém-cortada. A cumarina é encontrada em plantas como cereja, alfazema, alcaçuz e meliloto. Crambe abyssinica seed oil – óleo de semente de crambe: emoliente não gorduroso, melhora a textura e a hidratação da pele. Um membro da família da mostarda. Cranberry seed oil (Vaccinium macrocarpon) – óleo de semente de oxicoco: seu papel na hidratação da pele é ajudar a proteger a barreira de lipídeos. Também é nutriente e ajuda a promover a absorção de ácidos graxos. Seus constituintes incluem as vitaminas A e E, os ômegas-3, 6 e 9, fosfolipídeos e fitoesteróis. É usado em cremes ou loções cosméticas para peles secas, desidratadas e envelhecidas. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Vaccinium macrocarpon. Crane’s bill extract (Geranium maculatum) – gerânio: propriedades adstringentes e tônicas lhe são atribuídas. Os constituintes incluem os ácidos gálico e tânico. As folhas e raízes são as partes utilizadas. Nomenclatura INCI: Geranium maculatum extract, Geranium maculatum oil. Cream – creme: contém lecitina, esteróis e óleos, além de 18% a 40% de gordura de leite. É a parte amarelada do leite de vaca. Cresin – cresina: ver ozokerite. Cryolidone – criolidona: um derivado do PCA. A criolidona aumenta a resistência ao calor após a radiação UV. Como proporciona à pele um efeito refrescante, é sugerida como ingrediente para produtos pós-sol e pós-barba. Cucumber extract (Cucumis sativus) – extrato de pepino: propriedades de agregação e regulação da umidade, enrijecimento, aliviantes, antiprurígenas, refrescantes, amaciantes, curativas e anti-inflamatórias lhe são atribuídas. Contém aminoácidos e ácidos orgânicos que, segundo se afirma, fortalecem o manto ácido da pele. Este extrato pode ser usado em preparações pós-barba,

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Cypress extract – extrato de cipreste

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produtos para tratamento dos olhos e de pele oleosa. Também eficaz em emulsões como agente de enrijecimento para peles cansadas e estressadas, e em preparações com filtros solares como agente refrescante. Constituintes importantes incluem minerais, mucinas e aminoácidos. A parte usada é o fruto. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Cucumis sativus. Cucumis melo: nome científico do melão, que inclui o honeydew, o cantalupe e o melão doce. O cantalupe também tem propriedades adstringentes. Os extratos da fruta, suas raizes ou sementes, bem como o suco e a água do melão também são conhecidos por manter a pele em boas condições. A água do melão também é umectante, e considera-se que o suco tenha propriedades aliviantes. Entre os constituintes do melão estão as vitaminas A e C, pectina, flavonoides, óleos voláteis e frutose (um açúcar). A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Cucumis melo. Cupuassu butter – manteiga de cupuaçu: manteiga da semente de Theobroma grandiflorum. Emoliente e hidratante, também deixa a pele mais macia. A manteiga de cupuaçu contém fitoesteróis e parece ser capaz de regular o equilíbrio e a atividade de lipídeos do estrato córneo. Há relatos de que possui capacidade de absorver água, o que a torna particularmente benéfica para peles secas. A manteiga é extraída das sementes da árvore do cupuaçu, nativa do Brasil. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Theobroma grandiflorum. Curcumin – curcumina: ver turmeric. Cyclohexasiloxane – ciclohexasiloxano: um emoliente à base de silicone. Cyclomethicone – ciclometicona: proporciona uma consistência sedosa e suave a produtos para a pele, e é considerada um emoliente não comedogênico. Esta é uma forma de silicone que pode liberar ingredientes ativos e também serve como veículo para liberar fragrância. Cyclopentasiloxane – ciclopentasiloxano: incorporado à formulação por sua atividade emoliente e solvente. Cyclotetrasiloxane – ciclotetrasiloxano: emoliente à base de silicone. Ver também cyclomethicone. Cymbopogon nardus: ver citronella. o-Cymen-5-ol: bactericida usado em preparações para as mãos e o corpo. Derivado do fenol. Cypress extract (Cupressus sp.) – extrato de cipreste: extrato derivado das folhas e brotos do cipreste. Ver também óleo de cypress oil. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Cupressus.

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Cypress oil – óleo de cipreste: afirma-se que possui propriedades antisséptica, adstringente, curativas, aliviante e antiespasmódica. O óleo de cipreste também é considerado útil no tratamento de acne e na inibição da secreção da glândula sebácea. Também pode ser usado como fragrância. Este óleo, que pode variar de transparente para amarelo e castanho, geralmente é obtido da destilação de cones de cipreste. Cysteic acid – ácido cisteico: aminoácido usado em cosméticos como condicionador para a pele. Cysteine – cisteína: aminoácido essencial obtido por fermentação. A cisteína é um componente do fator de hidratação natural da pele e pode ajudar a normalizar a secreção da glândula sebácea devido ao seu conteúdo de enxofre. Afirma-se também que ajuda a cicatrizar feridas. Além disso, estudos indicam que a cisteína auxilia na elevação dos níveis de glutationa (um antioxidante) no corpo. É considerada benéfica no tratamento da pele oleosa.

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D D&c colors – cores D&C: refere-se ao verbete cor no Capítulo 4. D-alpha-tocopherol – D-alfatocoferol: ver vitamin E. Daisy extract (Bellis perennis) – extrato de margarida: considerado tônico e condicionador para a pele. A margarida foi, no século XIV, o componente de um popular unguento para feridas. Essa aplicação continuou a ser usada através dos séculos, por vezes em combinação com a margarida olho-de-boi. Constatou-se que as flores e folhas têm certa quantidade de óleo e sais de amônio. Nomenclatura INCI: Bellis perennis extract e Bellis perennis flower extract. Damiana leaves extract (Turnera aphrodisiaca) – extrato de folhas de damiana: as propriedades cosméticas desse extrato picante e aromático não estão claras, mas pode ser um tônico, adstringente e potencialmente antiespasmódico. As folhas, que são a parte utilizada, produzem: óleo volátil esverdeado, com odor semelhante ao da camomila; damianina, um princípio amorfo amargo; resinas; e tanino. Dandelion extract (Taraxacum officinale) – extrato de dente-de-leão: tem propriedades tônicas, refresca a pele e corrige o pH. Aparentemente também aumenta a capacidade respiratória do tecido cutâneo. O extrato de dente-de-leão é considerado benéfico para a pele seca e também pode ser encontrado em preparações para acne. A raiz da planta, e não a flor, é usada em preparações cosméticas, já que seu sumo é a parte mais potente da planta. Seus principais constituintes são a taraxacina, uma substância cristalina e amarga; e a taraxacerina, uma resina acre. Outros constituintes incluem a inulina, goma de glúten, potassa, ácido cítrico, esteróis e as vitaminas B e C. O dente-de-leão é usado em muitos remédios patenteados. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Taraxacum officinale. DEA (diethanolamine) – DEA (dietanolamina): álcali orgânico usado em formulações para neutralizar ácidos orgânicos. Geralmente aparece na lista de

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152 | DEA cetyl phosphate – DEA cetil fosfato

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ingredientes no rótulo precedendo o composto que ela está neutralizando. O fosfato de olet-3, por exemplo, é um poderoso emulsificante, mas é muito ácido, portanto os fabricantes usam a DEA para neutralizá-lo. O álcali orgânico melhora a natureza da formulação. DEA cetyl phosphate – DEA cetil fosfato: agente emulsificante que dá ao produto uma consistência aveludada. Pode ser usado como emulsificante primário ou secundário, dependendo da concentração. Este é o sal de dietanolamina do fosfato de cetila (cetil fosfato). DEA dihydroxypalmityl phosphate – DEA di-hidroxipalmitil fosfato: emulsificante. DEA oleth-3 phosphate – DEA olet-3 fosfato: emulsificante. Este é o sal de dietanolamina de uma mistura complexa de ésteres do ácido fosfórico e olet-3. DEA oleth-10 phosphate – DEA olet-10 fosfato: agente emulsificante usado principalmente em preparações hidratantes. Este é o sal de dietanolamina, de uma mistura complexa de ésteres do ácido fosfórico e olet-10. DEA p-methoxycinnamate (octocrylene) – DEA p-metoxicinamato (octocrileno): absorsor químico de UV com excelente absorção nessa faixa do espectro luminoso e com nível de uso aprovado de 8% a 10%. Por causa de sua solubilidade em água, geralmente não é usado em formulações impermeáveis. Decaglyceryl dipalmitate – dipalmitato de decaglicerila: ver polyglyceryl-10 dipalmitate. Decene/butene copolymer – copolímero de deceno/buteno: usado para controlar a viscosidade do produto. Decyl alcohol – álcool decílico: serve como intermediário para agentes de superfície ativos. É também agente antiespumífero e fixador de perfumes. O álcool decílico ocorre naturalmente na laranja doce e na semente de ambreta. Também é um derivado comercial da parafina líquida. Decyl glucoside – decil glicosídeo: agente de limpeza suave e formador de espuma. Decyl oleate – oleato de decila: emoliente com boas propriedades de penetração que facilitam o espalhamento do produto e proporcionam à pele sensação agradável. Componente do sebo da pele humana, também é produzido sinteticamente a partir do óleo de oliva. Decyl polyglucose – decil poliglicose: surfactante não iônico com boas propriedades espumantes. É extremamente suave para os olhos e a pele. Pode ser obtido de matérias-primas naturais de fontes renováveis, embora isso dependa do fornecedor. Nomenclatura INCI: Undecyl polyglucose. Dehydroacetic acid – ácido deidroacético: conservante com baixo potencial sensibilizante. É um ácido fraco usado como agente antifúngico e antibacte-

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Diazolidinyl urea – diazolidinil ureia

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riano em cosméticos. A presença de matéria orgânica diminui sua eficácia. Não é irritante nem causa alergia quando aplicado à pele. Deoxyribonucleic acid – ácido desoxirribonucleico: ver DNA. Dermasomes – dermassomos: preparações lipossômicas que contêm ingredientes cosméticos (geralmente ativos) aprisionados dentro de esferas lipídicas. Os dermassomos proporcionam maior penetração e absorção, melhor eficiência do produto em níveis mais baixos de uso, além de uma liberação específica e gradual. Devil’s claw (Harpagophytum procumbens) – garra-do-diabo: diz-se que possui propriedades anti-inflamatórias e de interação com a água. A raiz da planta contém mucilagem. Nomenclatura INCI: Harpagophytum procumbens root extract. Dextran – dextrano: polissacarídeo com propriedades de interação com a água, também é usado para controlar a viscosidade do produto. Alguns estudos indicam capacidade de aumentar a atividade antienvelhecimento de formulações que contêm ácidos fracos, bem como de reduzir possível irritação da pele provocada por esses ácidos. Dextran sulfate – sulfato de dextrano: estudos clínicos indicam possível capacidade de reduzir edema. É citado como um agregante e condicionador para a pele. Dextrin – dextrina (goma britânica; goma de amido): absorve umidade. Este pó, produzido a partir do amido e modificado por meio de um processo bacteriano, pode causar reação alérgica. Usado como agregante na forma de cosmético. Dextrose – ver glucose. DHA – ver dihydroxyacetone. DHPH – ver dipalmitoyl hydroxyproline. Diatomaceous earth – terra diatomácea: na forma purificada é usada em pós e como agente abrasivo em formulações para peeling. Se a formulação for inadequada, poderá ser muito abrasiva. A terra diatomácea é um pó quase branco, de grãos finos, que consiste principalmente em sílica amorfa obtida pela trituração de estruturas do ácido silícico de algas marinhas monocelulares. Diazolidinyl urea – diazolidinil ureia: antisséptico e desodorizador. É também um conservante de largo espectro contra bactérias e fungos. Geralmente é usada em concentrações de 0,03% a 0,3%. Descobriu-se que a diazolidinil ureia é um sensibilizante mais forte que a imidazolidinil ureia para pessoas sensíveis ou alérgicas ao formaldeído.

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154 | Dibehenyl fumarate – fumarato de dibeenila

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Dibehenyl fumarate – fumarato de dibeenila: cera com propriedades espessantes e de formação de filme usada como coemulsificante. di- C12-15 alkyl fumarate – fumarato de di-C12-15 alquila: emoliente. Dicaprylyl ether – dicaprilil éter: agente condicionante para a pele. Dicaprylyl maleate – maleato de dicaprilila: derivado do ácido málico, com propriedades emolientes e condicionantes para a pele. Também pode ser usado como solvente em preparações cosméticas. É produzido sinteticamente. Dicetyl dilinoleate – dilinoleato de dicetila: emoliente não irritante que confere à preparação cosmética uma consistência deslizante e acetinada. Deixa a pele macia, flexível e não gordurosa. Afirma-se que o dilinoleato de dicetila ajuda a normalizar a estrutura lipídica da epiderme e promove a formação de uma aparência suave, maleável e saudável. Também pode agir como veículo para a liberação de substâncias tópicas ativas. Esse ingrediente pode ser efetivamente incorporado a cremes, loções, óleos para a pele e bases de maquiagem que contêm filtros solares. Também pode ser usado como substituto para o sebo animal e vegetal parcialmente hidrogenado, para a manteiga de cacau e o lanolato de isopropila. Tem como base o ácido linoleico ômega-6, um derivado vegetal de ocorrência natural. Dicetyl phosphate – fosfato de dicetila: usado em preparações cosméticas como emulsificante e surfactante. Dichlorobenzyl alcohol – álcool diclorobenzílico: conservante e antimicrobiano, particularmente eficaz na proteção contra leveduras e fungos. Diethanolamine – dietanolamina: ver DEA. Diethanolamine p-methoxycinnamate – p-metoxicinamato de dietanolamina: ver DEA p-metoxycinnamate. Diethylamino hydroxybenzoyl hexyl benzoate – dietilamino hidroxibenzoil hexil benzoato: filtro de UV que ajuda a proteger contra UVA e demonstra uma boa fotoestabilidade. Diethyl lauramide – dietil lauramida: ver lauramide DEA. Diethylene glycol monoethylene ether – éter dietilenoglicol monoetileno: ver etoxydiglycol. Diethylhexyl butamido triazone – dietilhexil butamido triazona: filtro solar que age como filtro e absorsor de UV. Digalloyl trioleate – trioleato de digaloíla: filtro solar aprovado pela FDA para uso entre 2% e 5%. Absorsor químico de UVB, o trioleato de digaloíla não está mais disponível, pois aparentemente apresenta um fraco perfil de absorção UV.

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Diisopropyl sebacate – sebacato de di-isopropila

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Dihydroxyacetone (DHA) – di-hidroxiacetona (DHA): agente de autobronzea­ mento usado em cosméticos para proporcionar uma aparência bronzeada sem a necessidade de se expor ao sol. É também um protetor de UV e corante. Sendo um agente de autobronzeamento, reage com aminoácidos encontrados na camada epidérmica da pele. Seus efeitos duram apenas alguns dias, pois a cor desaparece com o desprendimento natural das células atingidas. Segundo relatos, funciona melhor em peles levemente ácidas. A DHA, quando combinada com lausona, torna-se um protetor de UV de Categoria I (aprovado) da FDA. Em 1973, a FDA declarou que a DHA é segura e adequada para uso em cosméticos ou fármacos que são aplicados para dar cor à pele, e a isentou do certificado de corante. 2-dihydroxyethyl-2-hydroxy-6, 10,14-trimethylpentadecane – 2-di-hidroxietil-2-hidroxi-6,10,14-trimetilpentadecano: facilita a penetração da vitamina E na pele. Também tem demonstrado capacidade de sequestramento de radicais livres, e pode funcionar como bloqueador de raios UV. Diisoarachidyl dilinoleate – dilinoleato de di-isoaraquidila: cera líquida emoliente que proporciona bom espalhamento para o produto. Pode substituir o óleo mineral em preparações para a pele. Diisoarachidyl dodecanedioate – dodecanodioato de di-isoaraquidila: emoliente. Essa cera líquida proporciona uma consistência semelhante à de óleos minerais pesados, mas sem a untuosidade e oleosidade a eles associados. Pode, portanto, ser um substituto parcial ou total do óleo mineral em formulações em que se busca melhorar as propriedades táteis. Deixa sobre a pele um filme protetor, embora não completamente oclusivo. Suas qualidades sugerem o uso: em preparações especiais para limpeza; cremes ricos e suaves; e filtros solares. É considerado um veículo potencialmente excelente para liberação de substâncias tópicas ativas. De acordo com os testes, não irrita a pele nem os olhos. Diisocetyl dodecanedioate – dodecanodioato de di-isocetila: emoliente que melhora a consistência e a textura da pele. Também pode ser incorporado a preparações cosméticas por sua atividade emulsificante ou surfactante. Diisopropyl adipate – adipato de di-isopropila: emoliente de baixa viscosidade. Melhora a espalhabilidade da preparação. Diisopropyl dimerate – dimerato de di-isopropila: modificador químico que baixa o potencial de irritação de ingredientes incorporados à formulação. Diisopropyl sebacate – sebacato de di-isopropila: pode ser usado em formulações cosméticas por suas propriedades emolientes. Também é usado como solvente, particularmente em fragrâncias.

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156 | Diisostearyl dimer dilinoleate – dilinoleato dímero de di-isoestearila

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Diisostearyl dimer dilinoleate – dilinoleato dímero de di-isoestearila: agente oclusivo e condicionador para a pele usado principalmente em maquiagem e em preparações para as mãos e o corpo. Diisostearyl malate – malato de di-isoestearila: formador de filme e emoliente secundário, usado principalmente em maquiagem e outras formulações envolvendo suspensões. Dimethicone – dimeticona: é um tipo de silicone usado para dar untuosidade, deslizamento e uma consistência agradável ao produto. Também pode servir como antiespumante e ajudar a reduzir a sensação de matéria gordurosa que alguns cremes deixam na pele imediatamente após a aplicação. Segundo relatos, protege a pele contra a perda de umidade, quando utilizada em quantidades maiores. Aumenta o fluxo do produto e a espalhabilidade. Em combinação com outros ingredientes, a dimeticona torna-se um bom material impermeável para emulsões de filtro solar, além de ajudar a reduzir a untuosidade geralmente vista em preparações de alto FPS. Dimethicone copolyol – dimeticona copoliol: proporciona uma sensação de maciez e ajuda a reduzir a irritação causada pelo sabão. Usada para melhorar a sensação que preparações de filtro solar deixam na pele. Uma forma modificada da dimeticona. Ver também dimethicone. Dimethicone copolyol isostearate – isostearato de dimeticona copoliol: age como um amaciante para a pele, dando à formulação um alto grau de untuo­ sidade. Ver também dimethicone. Dimethicone copolyol phosphate – fosfato de dimeticona copoliol: emulsificante. Dimethicone copolyol polyacrylate – poliacrilato de dimeticona copoliol: emulsificante resistente à água com propriedades de formação de filme. Dimethicone/vinyl dimethicone crosspolymer – polímero cruzado de dimeticona/vinil dimeticona: espessante que pode absorver óleos da pele, deixando uma sensação sedosa e de pele seca. Dimethiconol esters – ésteres de dimeticonol: cera gordurosa que se liquefaz quando esfregada na pele. Ver também dimethicone. Dimethiconol hydroxystearate – hidroxiestearato de dimeticonol: composto em fase oleosa que forma um filme hidrofóbico não oclusivo. Ver também dimethicone. Dimethiconol stearate – estearato de dimeticonol: base impermeável hidrofóbica não oclusiva, usada em filtros solares e outras aplicações para a pele. Ver também dimethicone.

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Dipalmitoyl hydroxyproline (DPHP) – dipalmitoil hidroxiprolina (DPHP)

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Dimethyl aminoethanol – dimetil aminoetanol: ver dimethyl MEA. Dimethyl MEA (DMAE) – dimetil MEA (DMAE): também conhecido como dimetil aminoetanol. Parece ter propriedades que promovem o enrijecimento. É considerado antienvelhecimento, anti-inflamatório e antioxidante. Dimethyl isosorbide – dimetil isossorbida: carreador. Sua capacidade de penetrar na pele abre a possibilidade de aumentar a eficácia da substância ativa em produtos ópticos. Suas características físicas e propriedades de solubilidade são superiores à do propileno glicol, glicerina ou álcool etílico. Dimethyl oxazolidine – dimetil oxazolidina: composto que melhora a atividade de um conservante presente numa formulação cosmética. É não tóxico nos níveis aprovados para uso cosmético. Dimethyl siloxane – dimetil siloxano: ver dimethicone. Dimethylisosorbide – dimetilisossorbida: ver dimethyl isosorbide. Dimethylsilanol hyaluronate – hialuronato de dimetilsilanol: possui forte atividade hidratante na pele. Parece proporcionar ação regeneradora, reestruturante e reparadora para suplementos de tecido e, portanto, considera-se que melhora a elasticidade e a firmeza da pele. Aplicação em produtos antienvelhecimento e para a conservação da pele, como cremes noturnos, diurnos e protetores. di-n-octyl carbonate – carbonato de di-n-octila: funciona como solvente e pode ser usado para facilitar a solubilidade e a espalhabilidade de componentes de filtro solar como benzofenona-3 e a cânfora metilbenzilideno. É também um agente dispersante. Dioctyl adipate – adipato de dioctila: emoliente. Permite a respiração transepidérmica através de filmes do tipo oclusivo. Tem um nível de irritância muito baixo. Dioctyl malate – malato de dioctila: um leve formador de filme e emoliente usado em formulações para a pele. Dioctyl maleate – maleato de dioctila: formador de filme e emoliente derivado do ácido maleico. Nomenclatura INCI: Dicaprylyl maleate. Dioctylcyclohexane – dioctilciclohexano: emoliente usado como substituto do esqualeno. Dioctyl sodium sulfosuccinate – sulfosuccinato de dioctil sódio: surfactante sua­ve usado como agente de limpeza. Dioxybenzone – dioxibenzona: ver benzophenone-8. Dipalmitoyl hydroxyproline (DPHP) – dipalmitoil hidroxiprolina (DPHP): ingrediente antienvelhecimento com propriedades hidratantes. Considera-se

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158 | Dipotassium phosphate – fosfato de dipotássio

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que torna a pele mais firme e protege as fibras de elastina. Outra função é agir com um carreador da hidroxiprolina através da pele. Derivado vegetal. Ver também hydroxyproline. Dipotassium phosphate – fosfato de dipotássio: usado como agente de tamponamento para controlar o grau de acidez em soluções. di-PPG myristyl ether adipate – adipato de di-PPG miristil éter: emoliente com várias propriedades benéficas. Pode proporcionar melhor liberação de ingredientes ativos na pele e, com sua capacidade de formar filme, aumentar a capacidade da pele de reter ingredientes ativos. Além disso, pode dispersar filtros solares físicos, como dióxido de titânio e óxido de zinco. Também proporciona excelente ação amaciante. Dipeptide-2 – dipeptídeo-2: pode ajudar a melhorar a drenagem linfática. Usado em cremes para os olhos, ajuda a reduzir o intumescimento e o aparecimento de círculos escuros. Também usado como condicionador para a pele. Dipotassium glycyrrhizate – glicirrizinato de dipotássio: derivado do alcaçuz que ajuda a reduzir a vermelhidão da pele e inflamações graças a suas propriedades anti-irritante, calmante e aliviante. Pode ser incorporado com sucesso a produtos para peles sensíveis, embora também possa ajudar a melhorar peles oleosas. Dipropylene glycol monomethyl ether – dipropileno glicol monometil éter: ver PPG 2 methyl ether acetate. Nomenclatura INCI: PPG-2 methyl ether. Disodium EDTA – EDTA dissódico: conservante usado em concentrações de 0,1% a 0,5%. Disodium laureth sulfosuccinate – sulfosuccinato de lauret dissódico: surfactante bastante suave usado em produtos para bebês e crianças. Reduz as propriedades de irritação de surfactantes altamente espumantes quando utilizado na formulação do mesmo produto. Disodium lauriminodipropionate – lauriminodipropionato dissódico: surfactante com propriedades de limpeza e formação de espuma. Disodium mono-oleamido MIPA sulfosuccinate – sulfosuccinato de mono-oleamido MIPA dissódico: ver dioctyl sodium, sulfosuccinate. Disodium phosphate – fosfato dissódico: considerado um hidratante. Esse sal inorgânico absorve a umidade do ar que se supõe seja liberada na pele. Em condições climáticas secas, porém, poderá retirar umidade da pele e liberá-la no ar, agravando o ressecamento. Sem água, o fosfato dissódico pode causar leve irritação.

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Drometrizole trisiloxane – drometrizol trisiloxano

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DL-alpha-tocopherol – DL-alfatocoferol: ver vitamin E. DMDM hydantoin – hidantoína DMDM: conservante popular com potencial sensibilizante moderado, é usado para controlar bolor, míldio e deterioração por bactérias. Esse conservante é semelhante à imidazolidinil ureia, pois ambos agem liberando formaldeído na formulação. Discussões entre especialistas em cosméticos determinaram que a hidantoína DMDM é segura para uso em produtos cosméticos, apresentando um excelente registro de segurança para uso em preparações com e sem enxágue. A concentração máxima permitida nos Estados Unidos é de 0,2%, e de 0,6% na União Europeia. DMDM significa dimetilimidazolidina, embora o acrônimo raramente seja escrito por extenso. DNA (deoxyribonucleic acid) – (liofilizado, biológico puro, vegetal puro, ácido desoxirribonucleico): proteína formadora de filme superficial com ação hidratante. O tamanho das macromoléculas de DNA não permite que elas penetrem na pele. Além disso, sua afinidade pela camada córnea a mantém ancorada na superfície da pele, onde serve para proteger e reter umidade. Embora o uso de DNA fosse particularmente disseminado na década de 1980, sua incorporação a produtos cosméticos desde então praticamente desapareceu. Geralmente é usado na forma de sal de potássio obtida de esperma de peixe. Drometrizole trisiloxane – drometrizol trisiloxano: absorsor/filtro de UV, proporciona proteção no espectro UVB e, em menor grau, no espectro UVA. É aprovado para uso como filtro solar químico na União Europeia, mas não nos Estados Unidos (até o momento em que este livro foi escrito).

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E Ecm: ver extra cellular matrix. EDtA: ajuda a melhorar a capacidade do sistema conservante e também é um agente quelante. Echinacea (Echinacea augustifolia) – equinácea: também conhecida como flor-de-cone. A equinácea é bem conhecida por sua capacidade de ativar o sistema imunológico. É descrita como tendo propriedades antissépticas e antibacterianas, o que a torna útil no tratamento de lesões da pele e na redução do período curativo. Também possui propriedades antiprurígenas, aliviantes e hidratantes quando usada em produtos para a pele. Costuma ser utilizada em preparações para acne. Os principais constituintes tanto do óleo quanto da resina, derivados da madeira ou casca da planta, são a inulina, inuloide, sucrose, sulose, betaína, fitoesteróis e ácidos graxos como os ácidos oleico, cerótico, lizólico e palmítico. Echinacea augustifolia corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos de acordo com a apresentação, como Echinacea augustifolia extract, Echinacea augustifolia leaf extract etc. Egg lecithin – lecitina de ovo: emoliente; particularmente recomendada para peles sensíveis. Ver também egg protein; egg extract. Egg oil – óleo de ovo: recomendado para peles sensíveis. É extraído da gema do ovo com o uso de óleo vegetal. Ver também egg protein; egg extract. Egg protein – proteína de ovo: cria um filme. Age retendo umidade e permitindo que a pele acumule água. Esse processo de hidratação enrijece e amacia a pele somente por algum tempo, já que a proteína contida no ovo não pode ser utilizada. A proteína de ovo é usada principalmente em máscaras faciais. Pode causar manchas vermelhas na pele e outros problemas em pessoas alérgicas ao ovo. Egg extract – extrato de ovo: uma proteína. A clara do ovo possui propriedades emolientes, umectantes e condicionantes. A gema do ovo tem capacidade

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162 | Egg powder – pó de ovo

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emulsificante e pode ser usada em produtos para pele sensível. Contém esteróis de lecitina e vitamina A. O extrato de ovo proporciona um efeito temporário de enrijecimento da pele. Ver também egg protein. Egg powder – pó de ovo: usado em muitos cosméticos, incluindo máscaras faciais, cremes e preparações para banho. Proporciona um efeito temporário de enrijecimento da pele. Ver também egg extract. Egyptian rose extract – extrato de rosa do Egito: ver rose extract. Eicosapentaenoic acid – ácido eicosapentaenoico: também conhecido como EPA. Emoliente e condicionador para a pele, este ácido graxo ômega-3 ajuda a reparar e manter as funções de barreira. Afirma-se que melhora a estrutura e a função da membrana celular da pele. Além disso, também pode ter propriedades anti-irritantes e anti-inflamatórias. Elastin – elastina: agente protetor da superfície da pele, usado em cosméticos para aliviar os efeitos da pele seca, aumentar a flexibilidade da pele, melhorar sua textura, aumentar e melhorar sua tensão e influenciar a formação das fibras de tropocolágeno quando utilizado em combinação com colágeno solúvel. Segundo relatos, as preparações contendo elastina e os seus peptídeos promovem a cura de ferimentos. Há registros de que, em tais sistemas, a elastina pode absorver lipídeos da pele, e quando aplicada em cicatrizes, aumenta a disponibilidade de glicoproteínas estruturais e da elastina no tecido cicatrizado. A elastina é uma proteína estrutural elástica encontrada na derme junto com o colágeno. É difícil obtê-la em forma pura. Colágeno e elastina são similares, embora a elastina tenha uma composição de aminoácidos diferente, e apareça em concentrações mais baixas. O tamanho de sua molécula também é bem menor que a do colágeno, e consequentemente a tendência é acreditar que ela penetra nas camadas superficiais da epiderme, melhorando assim a aparência geral, maciez e flexibilidade da pele. Geralmente usada em produtos hidratantes e para peles envelhecidas ou maduras. Elastin (hydrolyzed) – elastina hidrolisada: uma forma modificada da elastina, dada a sua maior solubilidade, é mais conveniente para o uso em formulações cosméticas do que a elastina. Nomenclatura INCI: Hydrolyzed elastin. Ver também elastin. Elastin hydrolysates – elastina (hidrolisada): ver elastin (hydrolyzed). Elastin polypeptides – polipeptídeos de elastina: derivado de elastina que pode ser usado como ingrediente ativo carregado por lipossomas. Elder extract (Sambucus sp.) – extrato de sabugueiro: erva à qual se atribuem propriedades adstringentes, antissépticas e emolientes. É útil para a pele inflamada

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Embryo extract – extrato de embrião (extrato embriônico)

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ou problemática. Unguentos feitos de folhas de sabugueiro são usados como remédios domésticos para contusões, inchaços e feridas. As folhas do sabugueiro são também um ingrediente em muitos unguentos resfriantes. A casca, as folhas, flores e bagas têm sido de uso botânico, embora o uso da casca agora seja considerado obsoleto. Os fabricantes relatam que atualmente a flor é o segmento preferido da planta. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Sambucus. Elder flower extract – extrato de flor de sabugueiro: levemente adstringente e estimulante moderado. É usado principalmente como veículo de loções para os olhos e a pele. Segundo relatos, é particularmente benéfico no tratamento da pele seca. No século XIX, a água da flor de sabugueiro costumava ser usada para tirar sardas, tratar queimaduras de sol e manter a pele em boas condições. O constituinte mais importante dessa flor são traços de um óleo volátil semissólido, presente em porcentagem muito baixa, que possui acentuadamente o aroma da flor. Ver também elder extract. Elecampane (Inula helenium) – ênula-campana (ínula): suas propriedades herbáceas para uso tópico são descritas como adstringente e antisséptica. No passado, foi usada para tratamento de problemas de pele de pessoas e animais. Acreditava-se que podia curar sarna de ovelhas e doenças de pele em cavalos. O valor terapêutico da ênula-campana é atribuído ao seu grande conteúdo de inulina, um polissacarídeo encontrado na planta. Também pode ser usada para mascarar odor. O extrato usado para propostas terapêuticas é preferencialmente obtido da raiz da planta com dois ou três anos de idade. Quando a planta fica mais velha, a raiz torna-se muito lenhosa para extração. Nomenclatura INCI: Inula helenium extract. Elm bark (Ulmus sp.) – casca de olmo: atribuem-se-lhe propriedades adstringentes, curativas e aliviantes que podem beneficiar problemas na superfície da pele. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Ulmus. Elm extract – extrato de olmo: descrito com um extrato para peles problemáticas em virtude da reputação de suas propriedades cicatrizantes. Extratos de folhas de olmo têm sido recomendados por herbolários para lavar feridas, contusões e olhos doloridos. Embryo extract (embryonic extract) – extrato de embrião (extrato embriônico): seu uso baseia-se na teoria de que seu conteúdo hormonal pode rejuvenescer a pele. Este é um conceito controverso, pois alguns cientistas negam sua validade e profissionais de estética afirmam o contrário. Essa ideia torna-se

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164 | Emulsifying wax – cera emulsificante

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ainda mais polêmica quando se refere a cosméticos de varejo. Pode causar reação em pessoas alérgicas a ovos. O extrato de embrião foi usado com mais frequência no passado. Considerando-se a tecnologia atual de cosméticos, tem sido substituído por ingredientes de origem não animal. Nomenclatura INCI: embryo extract. Emulsifying wax – cera emulsificante: agente emulsificante e espessante usado para encorpar a formulação. Diferentemente de algumas ceras (por exemplo, a cera de abelha), essa não é uma cera verdadeira. É uma mistura química de emulsificantes e álcoois graxos que permite a formulação de cremes estáveis. Emulsifying wax NF – cera emulsificante NF: o mesmo que a cera emulsificante. Matéria-prima considerada não comedogênica. NF é a abreviação de uma referência chamada National Formulary. Indica estar de acordo com o nível de qualidade dessa monografia farmacêutica. English daisy extract – extrato de margarida-rasteira: afirma-se que reduz inchaços. Ver também daisy extract. English oak extract – extrato de carvalho: ver oak bark. Enzymes – enzimas: ver enzimas (Capítulo 4). Epidermal lipid extract – extrato de lipídeo epidérmico: exemplo de descrição vaga de ingrediente encontrada em alguns rótulos de produtos. Literalmente, isso seria um óleo ou gordura extraído da epiderme. Não é suficientemente específico para permitir determinar se refere-se a lipídeos que combinam com lipídeos da pele humana ou lipídeos extraídos da epiderme de animais. Ergocalciferol: ver vitamin D. Erythrityl triethylhexanoate – trietilhexanoato de eritritila: pode ser incorporado a uma formulação para a pele com vários objetivos, como emoliente e solvente, inclusive. Também pode ajudar a manter a pele em boas condições. Escin – escina: uma saponina encontrada na árvore da castanha-da-índia. Ver também horse chestnut extract. Esculin – esculina: usada como protetor para a pele em unguentos e cremes. É um glicosídeo obtido das folhas e casca da árvore da castanha-da-índia. Ver também horse chestnut extract. Esculoside – esculosídeo: utilizado em formulações para o tratamento de celulite. Aparentemente é benéfico em casos de microcirculação deficiente. Ethanol – etanol: ver ethyl alcohol. Nomenclatura INCI: Alcohol. Ethanol acetamide – etanol acetamida: ver acetamide MEA.

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Ethyl dihydroxypropyl PABA – etil di-hidroxipropil PABA

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Ethoxydiglycol – etoxidiglicol: solvente para óleos essenciais, materiais de fragrância e óleos terpenos. Geralmente é usado em esmaltes para as unhas, mas também pode ser incorporado a produtos para a pele, como umectantes. O etoxidiglicol é não irritante, não penetrante e não comedogênico quando aplicado à pele. Ethoxydiglycol behenate – beenato de etoxidiglicol: usado para aumentar a consistência final do produto e sua cremosidade. Ethoxydiglycol oleate – oleato de etoxidiglicol: emoliente. Ethoxyethanol – etoxietanol: ver ethylene glycol monomethyl ether. Ethoxylated plant sterols – esteróis etoxilados de plantas: ver plant sterols. Ethyl alcohol – álcool etílico: também conhecido como etanol. Muito usado como álcool de esfoliação. O álcool etílico é o álcool comum, utilizado na medicina como antisséptico, adstringente e antibacteriano. Em concentrações acima de 15%, é também um conservante de amplo espectro contra bactérias e fungos, podendo aumentar a eficácia de outros conservantes em uma formulação. As empresas de cosméticos tendem a usar o álcool SD-40 na fabricação de cosméticos de alta qualidade, pois consideram o etanol forte demais e muito ressecante para aplicação na pele. Obtido da destilação de grãos, também pode ser produzido sinteticamente. Ver também alcohol. Ethyl 4-(bis(hydroxypropyl)) aminobenzoate – etil-4-(bis[hidroxipropil]) aminobenzoato: filtro solar químico aprovado pela FDA para uso entre 1% e 5%. Ethyl arachidonate – araquinodato de etila: emoliente com propriedades curativas e aliviantes. Utilizado em preparações para bronzeamento artificial. É o éster do álcool etílico e do ácido araquidônico. Uma forma modificada do araquidonato de etila pode reduzir a possibilidade de irritação resultante do uso deste último. Ethyl cellulose – etil celulose: aglutinante, formador de filme e espessante. É usado em géis, cremes e loções para bronzeamento solar. Este é o etil éter da celulose. Ethyl dihydroxypropyl PABA (ethyl dihydroxypropyl p-aminobenzoate) – etil di-hidroxipropil PABA (etil di-hidroxipropil p-aminobenzoato): filtro solar químico para absorção de UVB aprovado pela FDA. Apresenta a mais ampla faixa de absorção entre os absorsores de UVB. Sua estrutura resulta em solubilidade muito limitada por parte dos solventes usualmente utilizados em cosméticos. Portanto, não está entre as substâncias usadas com mais frequên­cia em sua categoria. Devido a sua limitada popularidade, foi retirado do mercado no começo dos anos 1990.

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166 | Ethyl dihydroxypropyl p-aminobenzoate – etil di-hidroxipropil p-aminobenzoato

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Ethyl dihydroxypropyl p-aminobenzoate – etil di-hidroxipropil p-aminobenzoato: ver ethyl dihydroxypropyl PABA. Ethyl ether – éter etílico: solvente que pode causar irritação na pele. Embora considerado material não comedogênico, raramente é usado em cosméticos. Ethyl linoleate – linoleato de etila (vitamina F): emoliente e ácido graxo essencial. Ver também vitamin F. Ethyl linolenate – linolenato de etila: emoliente usado em preparações para bronzeamento artificial. Não é muito popular, pois pode provocar rancidez. Ethylparaben – etil parabeno: conservante com potencial sensibilizante mínimo. Ver também parabens. Ethylene acrylate copolymer – copolímero de acrilato de etileno: um formador de filme, aglutinante e agente intensificador de viscosidade. Polímero sintético. Ver também acrylates. Ethylene glycol monomethyl ether (ethoxyethanol) – etileno glicol monometil éter (etoxietanol): considerado matéria-prima não comedogênica. É usado como solvente em produtos para as unhas e como estabilizante em emulsões cos­ méticas. É capaz de penetrar na pele, podendo causar irritações. Nomenclatura INCI: Ethoxyethanol. Ethylene glycol monostearate (glycol stearate) – monoestearato de etileno glicol (estearato de glicol): matéria-prima não comedogênica que proporciona aparência perolada e consistência a preparações transparentes. Nomenclatura INCI: Glycol stearate. Ethylenediamine tetraacetic acid – ácido etilenodiamino tetracético: ver EDTA. 2-ethylhexyl 2-cyano-3, 3-diphenylacrylate – 2-etil-hexil-2-ciano-3,3-difenilacrilato: também conhecido como octocrileno. Absorsor de UV. Ver octocrylene. Ethylhexyl dimethyl PABA – etil hexil dimetil PABA: antes conhecido como octil dimetil PABA. Aparece com esse nome na INCI. Filtro solar químico aprovado pela FDA , cujo nível de uso é de 1,4% a 8% tanto nos Estados Unidos quanto na União Europeia. Na década de 1970, era o filtro solar químico mais popular disponível, já que é um dos melhores absorsores de UVB. Seu uso, no entanto, tem sido substituído pelo octil-p-metoxicinamato, como resultado da tendência de filtros solares sem PABA. Derivado do PABA, pode causar irritação na pele e alergia por fotocontato. Ethylhexylglycerin – etil-hexil glicerina: condicionador para a pele e conservante derivado da glicerina. 2-ethylhexyl 2-hydroxybenzoate – 2-etil-hexil-2-hidroxibenzoato: ver octyl salicylate.

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Ethylhexyl triazone – etil-hexil triazona

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2-ethylhexyl isostearate – 2-etil-hexil isostearato: reagente químico usado em formulações cosméticas para reduzir a quantidade de antioxidantes necessária para uma determinada formulação. Também é um emoliente para preparações de alta qualidade. Este é um derivado do ácido isostérico. 2-ethylhexyl methoxycinnamate – 2-etil-hexil metoxicinamato: ver octyl methoxycinnamate. Ethylhexyl methoxycinnamate – etil-hexil metoxicinamato: também conhecido como octinoxato e octil metoxicinamato. Este é o nome INCI para o que foi chamado no passado de octil metoxicinamato. Atualmente, ambas as nomenclaturas estão em uso, embora etil-hexil metoxicinamato irá tornar-se o padrão. Ver octyl methoxycinnamate. Ethylhexyl p-methoxycinnamate – etil-hexil p-metoxicinamato: fornece uma excelente proteção UVB e absorção limitada UVA. Ver também octyl methoxycinnamate. e-ethylhexyl p-methoxycinnamate – 2-etil-hexil p-metoxicinamato: ver octyl methoxycinnamate. Ethylhexyl-p – etil-hexil-p: nomenclatura INCI: Ethylhexyl Palmitate. Ver octyl palmitate. Ethylhexyl palmitate – etil-hexil palmitato: nomenclatura INCI: Ethylhexyl palmitate. Ver octyl palmitate. 2-ethylhexyl salicylate – 2-etil-hexil salicilato: também conhecido como etil-hexil salicilato; octil salicilato. Absorsor de UVB. Ver ethylhexyl salicylate. Ethylhexyl salicylate – etil-hexil salicilato: O nome INCI do octil salicilato. Filtro solar químico aprovado pela FDA, absorve em toda a faixa do UVB. Seu nível de uso é de 3% a 5% tanto nos Estados Unidos quanto na União Europeia. É um bom solubilizante para a benzofenona-3. Em loções para bronzeamento, é usado como conservante e antimicrobiano. Esse é um sal de ácido salicílico encontrado em folhas de gualtéria e em outras plantas. Também é produzido sinteticamente. Considerado matéria-prima não comedogênica. Ethylhexyl triazone – etil-hexil triazona: nome INCI da octil triazona. Filtro e absorsor de UV. Estudos clínicos mostram alta fotoestabilidade e alta capacidade de absorção de UVB, especialmente quando comparado a outros filtros de UV populares. Estudos também indicam que mesmo concentrações baixas da etil-hexil triazona em preparações de proteção solar podem contribuir significativamente para o FPS final do produto. Parece ter um bom desempenho em sinergia com o óxido de zinco.

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168 | Eucalyptol – eucaliptol

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Eucalyptol – eucaliptol: considerado um antisséptico. Composto monoterpeno que proporciona a fragrância associada ao óleo essencial de eucalipto. O eucaliptol também é usado como fragrância em preparações cosméticas. Ver também cajaputi oil; eucalyptus oil. Eucalyptus extract (Eucalyptus globulus) – extrato de eucalipto: um adstringente suave com propriedades antissépticas. Também pode agir como repelente de insetos. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Eucalyptus globulus.Ver também eucalyptus oil. Eucalyptus oil – óleo de eucalipto: descrito como tendo propriedades antissépticas, desinfetantes, antifúngicas e de ativação da circulação sanguínea. É também usado como uma fragrância. Nativo da Austrália, era visto pelos aborígenes, e mais tarde pelos colonizadores europeus, como um remédio que servia para tudo. Tem uma longa tradição de uso na medicina, sendo considerado uma das ervas mais poderosas e versáteis. Afirma-se que suas propriedades antissépticas e ação desinfetante aumentam à medida que o óleo envelhece. O constituinte mais importante é o eucaliptol. O óleo de eucalipto pode causar reações alérgicas. Eugenol: uma fração botânica. É antibacteriano, anti-inflamatório e serve para aliviar a dor. Também pode ser usado como anestésico e antisséptico tópico. Em formulações cosméticas é utilizado para mascarar odores ou proporcionar fragrância. O eugenol é um líquido oleoso amarelo geralmente associado ao óleo de cravo-da-índia. Mas também é encontrado na noz-moscada, canela e folha de loureiro. Euterpe oleracea: ver açai pulp oil. Euterpe oleracea pul oil – óleo de polpa de Euterpe oleracea: ver açai pulp oil. Evening primrose oil (Oenothera biennis) – óleo de enotera: possui propriedades botânicas terapêuticas descritas como adstringentes e úteis para tratar irritações da pele. Incorporado a certas preparações na concentração de 10%, parece melhorar casos de prurido e xerose. O óleo de enotera contém grande quantidade de ácido gama linoleico, que é um dos ácidos graxos essenciais necessários para manter o funcionamento normal da membrana epitelial como barreira. O óleo dessa planta aumenta a hidratação da pele e sua capacidade de desenvolver funções de barreira. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Oenothera biennis. Evergreen clematis (Clematis vitalba) – clematite: anti-inflamatório e adstringente. Seus constituintes incluem mucilagem, clorofila e vitaminas. Pedún-

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Eyebright extract – extrato de eufrásia

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culos e folhas são as partes usadas. Nomenclatura INCI: Clematis vitalba flower extract; Clematis vitalba leaf extract. Everlasting oil (Gnaphalium polycephalum) – óleo de sempre-viva: segundo relatos, diminui eritemas induzidos por UVB na pele queimada pelo sol. Se aplicado antes da exposição ao sol, ajuda a impedir o desenvolvimento da queimadura. As atividades fotoprotetoras deste óleo se devem principalmente à ação de seus flavonoides. Nomenclatura INCI: Gnaphalium polycephalum extract. Extra cellular matrix (ECM) – matriz extra celular (ECM): descrita como uma mistura de substâncias bioativas que incluem o colágeno, glicosaminoglicanos, sulfato de heparana, sulfato de dermatana, sulfato de condroitina e as glicoproteínas laminina e fibronectina. Tem a capacidade de estimular as células a reparar a pele. De modo geral, acredita-se que melhora a função celular. Usada principalmente em produtos para peles com rugas ou maduras. Eyebright extract (Euphrasia officinalis) – extrato de eufrásia: erva a que se atribuem propriedades adstringentes, anti-inflamatórias e tônicas. É tradicionalmente utilizada em preparações para diminuir e combater inflamações e irritações potenciais na região dos olhos. Alguns fabricantes declaram que quando combinada com cavalinha e alquemila reduz as rugas ao redor da área dos olhos. Constituintes importantes do extrato de eufrásia incluem o tanino, sais minerais e glisosídeos irídicos. O extrato é preparado com planta cortada pouco acima da raiz. Euphrasia officinalis corresponde à nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos de acordo com a apresentação, como Euphrasia officinalis extract, Euphrasia officinalis powder etc.

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F FD&C Colors – cores FD&C: refere-se aos corantes. Ver corantes (Capítulo 4). fango: ver mud. fango mud – lama fango: uma redundância, pois fango significa lama em italiano. farnesol: descrito como uma substância de alto potencial biológico, capaz de agir na pele como um verdadeiro bioativador. Precursor biológico e álcool graxo, o farnesol é um dos componentes da vitamina K. Atribui-se ao farnesol a capacidade de alisar rugas, normalizar a secreção de sebo e aumentar a elasticidade da pele, a tensão no tecido e a interação com a água. É capaz de entrar na epiderme. Em humanos, é encontrado na pele e está envolvido na biossíntese do esterol. Também é usado por suas propriedades desodorantes, como um mascarador de odores e aliviante. De presença abundante em vegetais, é encontrado em muitos óleos essenciais (por exemplo, acácia, lilás, lírio-do-vale, rosa, florescência de laranja, musgo de carvalho e sândalo). farnesyl acetate – acetato de farnesila: tônico, também usado em perfumaria. Observaram-se diversos efeitos benéficos no processo metabólico da pele com o uso de compostos que consistem numa mistura de acetato de farnesila, farnesol e triacetato de pantenila. fennel extract (Foeniculum vulgare) – extrato de erva-doce: usado para limpeza e como desintoxicante para peles oleosas. Os principais constituintes do óleo de erva-doce são o anetol e a fenchona, e ainda o d-pineno, a felandrina, o ácido anísico e aldeído anísico. O anetol, também um importante constituinte do óleo de anis, pode produzir urticária, descamação e bolhas quando aplicado diretamente à pele. As propriedades terapêuticas do óleo de erva-doce muito provavelmente devem-se à fenchona, e portanto apenas as variedades que contêm uma boa proporção dessa substância são adequadas para uso terapêutico. O óleo de erva-doce é obtido de uma destilação das sementes. A nomenclatura contempla vários tipos de Foeniculum vulgare.

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Fenugreek extract (Trigonella foenum-graecum) – extrato de feno-grego: considerado um ingrediente emoliente, anti-inflamatório e curativo. Tradicionalmente era usado em tratamentos para pele irritada. As sementes dessa erva anual têm sido usadas há séculos e tinham muito prestígio entre os egípcios, gregos e romanos para fins medicinais e culinários. Trigonella foenum-graecum é a nomenclatura INCI, no entanto, exitem vários tipos, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Trigonella foenum-graecum fruit extract, Trigonella foenum-graecum seed oil etc. Fern (Dryopteris sp.) – samambaia (feto): usada para limpeza, como curativa e condicionante para a pele. Seus principais constituintes incluem o tanino, ácido filícico e filmarona. O óleo de samambaia e o extrato de samambaia em pó são obtidos do rizoma da planta. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Dryopteris. Ferric ferrocyanide – ferrocianeto férrico: substância de cor azul sem toxicidade conhecida. Usado como corante. Nomenclatura INCI: CI 77510. Ferulic acid – ácido ferúlico: antioxidante e sequestrante de radicais livres, protege a pele contra vermelhidão induzida por UVB. De origem vegetal, quando incorporado a fórmulas com o ácido ascórbico e o tocoferol, pode melhorar a estabilidade e dobrar a capacidade de fotoproteção oferecida pela formulação. Em estudos clínicos, o ácido ferúlico apresenta boa capacidade de permeação através do estrato córneo, que pode ser atribuída a suas propriedades lipofílicas. Feverfew extract (Chrysanthemum parthenium) – extrato de matricária: usado como anti-irritante, devido aos seus ésteres e ao borneol. Afirma-se que alivia a dor e o inchaço causados por picadas de insetos. A matricária é uma planta herbácea perene. Chrysanthemum parthenium é a nomenclatura INCI, no entanto, exitem vários tipos, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Chrysanthemum parthenium flower extract, Chrysanthemum parthenium flower powder etc. Fibronectin – fibronectina: como ingrediente cosmético, é descrito como agente protetor de superfície. A função da fibronectina na pele é fortalecer a ligação entre fibras de colágeno e elastina, fibroblastos e outras células da derme com os tecidos conectivos. Sua presença também pode ser importante para o crescimento da célula. Pesquisas indicam que a fibronectina desempenha um papel importante na conservação de uma camada basal saudável. Há também algumas evidências de que a fibronectina pode agir como um rege-

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Fluid oil – óleo fluido

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nerador celular, revertendo formações e crescimento anormais nas células. A fibronectina é uma glicoproteína e um importante componente da camada basal da pele. Produzida por muitos tipos de células, está presente principalmente nas membranas basais. Constitui entre 1% e 3% do total de proteína celular dos fibroblastos. Fibronectin (hydrolyzed) – fibronectina (hidrolisada): agente umectante e hidratante de cremes e loções para a pele. Nomenclatura INCI: Hydrolyzed fibronectin. Ver também fibronectin. Field poppy extract – extrato de papoula do campo: suas propriedades terapêuticas são descritas como de alívio para a dor e espasmos. Figwort extract (Scrophularia nodosa) – extrato de escrofulária: tradicionalmente usado em casos de queimaduras superficiais, incluindo queimaduras de sol, erupções cutâneas, inchaços e inflamações. Há muitas variedades de escrofulária: comum, amarela, erva-do-mau-olhado, aquática e nodosa, todas parecendo ter propriedades semelhantes. O extrato é obtido das folhas da planta. Nomenclatura INCI: Scrophularia nodosa extract. Firmogen: proporciona um efeito adstringente, fortalecedor e clareador. Seu uso em formulações cosméticas resulta numa sensação de suavidade para a pele. O firmogen é uma substância biológica que combina polissacarídeos e proteínas enzimáticas hidrolisadas. Fir needle – agulha de abeto: ver pine needle extract. Fish collagenic protein – proteína de colágeno de peixe: gel transparente e incolor usado em hidratantes. Fish glycerides – glicerídeos de peixe: óleo de peixe usado principalmente em sabões. Five leaf grass – cinco-folhas: ver cinquefoil extract. Flavonastaes – flavonastase: enzima. Ver também enzimas (Capítulo 4). Flavonoids – flavonoides: categoria geral de antioxidantes encontrados em plantas. Nomenclatura INCI: bioflavonoids. Ver também flavonoides e informações completas no Capítulo 4. Flowers extract – extrato de flores: usado como fragrância. Tal identificação é muito abrangente e não permite especificar os tipos de flores usados. Isso impossibilita a determinação de qualquer valor terapêutico. Fluid oil – óleo fluido: um jogo de palavras descrevendo o estado físico do óleo em vez do tipo de óleo utilizado. Isso não permite identificar o valor ou função do óleo na preparação cosmética.

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174 | Folic acid – ácido fólico

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Folic acid – ácido fólico: geralmente usado como emoliente. Estudos de pele in vitro e in vivo agora mostram sua capacidade de auxiliar na síntese e reparação do DNA, promover a renovação celular, reduzir as rugas e deixar a pele mais firme. Também há algumas evidências de que o ácido fólico protege o DNA de danos induzidos por radiação UV. O ácido fólico é um membro do complexo vitamínico B e ocorre naturalmente em verduras. Fragrance – fragrância: ver fragrância (Capítulo 4). Frankincense (Boswellia thurifera) – olíbano: descrito como agente anti-inflamatório e antisséptico moderado, que traz alívio a peles secas e sensíveis e auxiliam na cicatrização de todo tipo de ferimentos. Suas propriedades adstringentes, segundo consta, ajudam a equilibrar peles oleosas ou hiperativas. Esse é um dos óleos essenciais mais antigos ainda em uso. Remonta ao Egito antigo. Nomenclatura INCI: olibanum. Fructan – fructano: hidratante e anti-inflamatório, também é usado para melhorar a função de barreira. Derivado da frutose. Ver também fructose. Fructose – frutose: açúcar de ocorrência natural em frutas e no mel. Possui propriedades que promovem a interação com a água e que tornam a pele macia. Fruit oil extract: uma mistura usada em perfumaria. Fucus – fuco: ver seaweed extract. Fucus algae (Fucus vesiculosus) – alga fuco: suculenta alga gigante com algum valor como conservante e fragrância. Seu óleo essencial apresenta atividade antimicrobiana, pois contém compostos semelhantes aos conservantes tradicionais. Fucus vesiculosus é a nomenclatura INCI, no entanto, exitem vários tipos, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Fucus vesiculosus extract, Fucus vesiculosus powder etc. Fulerenes – fulerenos: também conhecidos como fulerenos ou buckyball. Fulerenos são moléculas solúveis de carbono. São o resultado da nanotecnolgia e sua aplicação aos cuidados da pele. A forma mais comum de fulereno é o C60; outras formas incluem o C70, C76 e C84. Geralmente incorporados a cosméticos antienvelhecimento e estudados por suas propriedades antioxidantes e sequestrantes de radicais livres, os fulerenos são mais utilizados para minimizar reações potenciais através de interação com o sistema imunológico. Fullerines – fulerinos: ver fullerenes. Fumitory herb extract (Fumaria officinalis) – extrato de erva fumária: propriedades curativas lhe são atribuídas devido a sua capacidade de purificação.

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Fumitory herb extract – extrato de erva fumária

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Historicamente, também lhe foram atribuídas propriedades de branqueamento e clareamento da pele. As folhas produzem um sumo que se acredita ter propriedades medicinais graças à presença dos ácidos fumárico e málico. Esta é uma pequena planta anual considerada uma erva daninha comum. Fumaria officinalis é a nomenclatura INCI, no entanto, exitem vários tipos, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Fumaria officinalis extract, Fumaria officinalis leaf extract etc.

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G Galactoarabinan (GA) – galactoarabinano (GA): possui propriedades umectantes e esfoliantes. É também um formador de filme e, como tal, pode ajudar a reduzir a perda transepidérmica de água. Em soluções aquosas, o GA pode depositar um filme transparente, criando ou ajudando a criar um ambiente oclusivo, o qual, por sua vez, pode aumentar a funcionalidade dos ingredientes ativos de uma formulação. Em condições úmidas, o GA age como um agregador de umidade, e em condições secas é capaz de reter umidade. Além disso, pode melhorar a uniformidade de gotículas de emulsão, tornando-as mais estáveis, e potencialmente aumentar a eficácia da formulação. Estudos in vitro e in vivo indicam um possível impacto benéfico no sistema imunológico em virtude da capacidade de intensificar a proliferação de células de Langerhans e a produção de citocinas. Foi demonstrado que o GA aumenta a atividade esfoliante do AHA, sem aumentar a irritação da pele, além de ele mesmo apresentar propriedades esfoliantes independentemente da presença do AHA na formulação. O GA é um polissacarídeo encontrado em todas as plantas. É o açúcar dominante do lariço ocidental. Galactomannan – galactomanano: polissacarídeo. Ver senna. Galbanum (Ferula galbaniflua) – gálbano: dependendo da forma utilizada (goma, extrato de goma ou óleo de resina), o gálbano é aromatizante, mas também pode apresentar propriedades antimicrobianas e tônicas. Nomenclatura INCI: Ferula galbaniflua gum extract, Ferula galbaniflua resin oil. Gallic acid – ácido gálico: agente com potencial descolorante e antioxidante, é também adstringente. Os cientistas estão descobrindo que o ácido gálico pode servir como um agente clareador da pele, inibindo a ação das enzimas tirosinase e peroxidase. Alguns estudos indicam que ele é mais eficaz que a hidroquinona quando combinado com os ingredientes apropriados. Também é incorporado a formulações antienvelhecimento, impedindo a deterioração

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178 | Gamma aminobutyric acid (GABA) – ácido gama-aminobutírico (GABA)

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de mucopolissacarídeos. É um constituinte da hamamélis e da casca do carvalho, entre outras plantas. Porém, para fins comerciais geralmente é obtido da noz-de-galha. Gamma aminobutyric acid (GABA) – ácido gama-aminobutírico (GABA): aminoácido que, segundo consta, ajuda a melhorar a elasticidade da pele. Ver também aminobutyric acid. Gamma linoleic acid – ácido gamalinoleico: ver linoleic acid. Garlic extract (Allium sativum) – extrato de alho: reconhecido como antisséptico e bactericida. Às vezes, é aplicado externamente em unguentos e loções para reduzir inchaços e tratar problemas de pele (por exemplo, a acne). As propriedades ativas do alho dependem de um óleo essencial pungente e volátil obtido por destilação com água. Esse óleo é um sulfeto do radical alila presente na família da cebola. É rico em enxofre, mas não contém oxigênio. O alho comum é incluído no mesmo grupo de plantas que a cebola. Allium sativum é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, como Allium sativum bulb oil, Allium sativum bulb extract. Garlic oil – óleo de alho: considerado um óleo curativo com ação bacteriostática e bactericida. É incorporado a formulações para a pele com o objetivo de resolver problemas como eczema e acne. Ver também garlic extract. Garlic sage: Ver germander extract. Gelatin – gelatina: usada como vedante natural contra perda de umidade e como espessante. Os filmes produzidos pela gelatina são viscosos quando úmidos e duros e quebradiços quando secos. Este é um produto obtido pela hidrólise parcial de colágeno maduro derivado do tecido conectivo da pele e ossos de animais. Não possui a capacidade do colágeno solúvel de interagir com a água. Gellan gum – goma de gelano: usada como agente gelificante, espessante e estabilizante em preparações cosméticas. Genistein – genisteína: isoflavona encontrada na soja. Tem demonstrado propriedades de proteção contra UV por meio de atividade antioxidante. Estudos mostram que a genisteína pode promover a síntese de colágeno, o que a torna também utilizável em cosméticos antienvelhecimento. Ver também isoflavones. Gentian extract (Gentiana sp.) – extrato de genciana: atribui-se-lhe atividade resfriante, antisséptica e anti-inflamatória. Estudos indicam que a raiz de genciana tem a capacidade de clarear a pele graças à propriedade de inibir a produção de tirosinase nos melanócitos. Todas as espécies conhecidas de genciana são notáveis por suas propriedades intensamente amargas, mas

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Ginkgo biloba extract – extrato de ginkgo biloba (extrato de ginkgo)

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são consideradas tônicos valiosos. A raiz é a parte principal usada para fins medicinais e cosméticos. A raiz seca de genciana contém gencianina, genciamarina e glicosídeos amargos junto com ácido gencianínico (gentisina) e genciopicrina. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Gentian. Geraniol: aromatizante com propriedades tônicas. É um dos principais constituintes de muitos óleos essenciais, incluindo citronela, alfazema, capim-limão, flor de laranjeira e ylang-ylang. Geranium oil (Pelargonium sp.) – óleo de gerânio: suas propriedades botânicas são descritas como refrescante, anti-irritante, levemente tônica e adstringente. Embora seja bom para todo tipo de pele, é particularmente benéfico em peles oleosas, com acne e com tendências inflamatórias. As atividades regeneradoras de células atribuídas ao gerânio também seriam úteis para peles envelhecidas. Embora existam muitas variedades de gerânio, incluindo o gerânio silvestre e o gerânio inglês, todos pertencentes à mesma família botânica, seus usos podem ser um pouco diferentes. O óleo de gerânio é obtido da planta inteira por destilação a vapor, sendo amplamente utilizado em perfumaria e cosméticos. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Pelargonium. Geranium burbon oil – óleo de gerânio bourbon: ver geranium oil. Germall® II: nome comercial da imidazolidinil ureia, um conservante. Ver também imidazolidinyl urea. Germander extract (Teucrium scorodonia) – extrato de germândrea (sálvia silvestre): atribuem-se a esse extrato propriedades adstringentes e tônicas. Indicado para problemas de pele e feridas. A erva toda é usada para produzir o extrato. Nomenclatura INCI: Teucrium scorodonia extract. GHPT: ver guar hydroxypropyltrimonium chloride. Ginger root extract (Zingiber officinale) – extrato de raiz de gengibre: curativo, tônico, antisséptico e anti-inflamatório. Também é incorporado a formulações cosméticas por sua propriedade de mascarar odores. Zingiber officinale é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, como Zingiber officinale root, Zingiber officinale root extract etc. Ginkgo biloba extract – extrato de ginkgo biloba (extrato de ginkgo): reconhecido como antioxidante, também parece ajudar os fibroblastos na produção de colágeno e elastina. Essa capacidade é atribuída a várias frações de flavonoides, incluindo a quercitina, quenferol e ginkgetina. Além disso, o ginkgo é um anti-inflamatório e pode ajudar no tratamento da couperose devido a um efeito protetor das paredes vasculares. Na medicina folclórica, o ginkgo

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180 | Ginkgo extract – extrato de ginkgo

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era usado como um dilatador de vasos sanguíneos por causa de sua capacidade de aumentar o fluxo do sangue e estimular o consumo de oxigênio pelo tecido. É considerado um ingrediente antienvelhecimento benéfico. Os principais ingredientes do ginkgo incluem ginkgolida, bilobalida, catequina, tanino, quercitina e luteolina. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de ginkgo biloba. Ginkgo extract – extrato de ginkgo: ver ginkgo biloba extract. Ginseng extract (Panax sp.) – extrato de ginseng: considerado tônico e nutriente devido ao seu conteúdo vitamínico e hormonal. Parece ser útil para diminuir rugas e bom para peles secas. Alguns afirmam que ajuda a aumentar a elasticidade da pele, talvez por estimular a produção de esterol e proteína. Outros incluem as propriedades de rejuvenescimento, oxigenação e estimulação para a pele. A medicina folclórica o cita como sendo bom para furúnculos, feridas, áreas doloridas e inchaços. Esses componentes ativos da raiz são chamados ginsenosídeos e considerados reponsáveis pela revitalização e reativação das células epidérmicas. Entre os constituintes importantes estão as saponinas, mucina, vitamina B e os ginsenosídeos. O extrato vem da raiz. O ginseng tem sido associado a muitas reações alérgicas. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Panax ginseng. Ginseng root extract – extrato de raiz de ginseng: uma redundância, já que a porção da planta usada terapeuticamente é a raiz. Ver também ginseng extract. Ginsenosides Rb1 – ginsenosídeos Rb1: composição comercial que, segundo o o fabricante, promove a síntese de elastina pelos fibroblastos da derme. Os componentes ativos dessa mistura são gensenosídeos, basicamente variedades de ginseng, incluindo o Panax notoginseng e o Panax quinquefolium. Muito provavelmente usado em produtos antienvelhecimento e tonificantes pelo aparente impacto sobre a elasticidade da pele. Nomenclatura INCI: ginsenosides. Ver também ginseng extract. Glucans – glucanos: estudos indicam a capacidade de estimular a atividade do sistema imunológico, ajudando assim o corpo a combater diversas doenças infecciosas causadas por bactérias, fungos, vírus e parasitas. Os glucanos também parecem ter atividade antitumoral. Ver também polyglucan. Glucoronic acid – ácido glucurônico: agente quelante, controlador de pH e umectante que deixa a pele macia. Glucose – glicose: possui propriedades de interação com a água, proporcionando à pele um efeito suavizante. É um açúcar geralmente obtido da hidrólise do amido.

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Glycerin – glicerina (glicerol; propanotriol)

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Glucose glutamate – glutamato de glicose: umectante de cremes e loções para as mãos, condicionante para a pele e hidratante espumífero em sistemas surfactantes. O glutamato de glicose é o éster da glicose e do ácido glutâmico. É considerado matéria-prima não comedogênica e não irritante. Glucoviton: nome comercial referente a uma mistura de ácido glucorônico e Hydroviton. Glutamic acid – ácido glutâmico: interage com a água e é um antioxidante. O ácido glutâmico é um aminoácido produzido por meio de fermentação, geralmente de uma proteína vegetal. Glutaral (glutardialdehyde) – glutaral (glutardialdeído): conservante de amplo espectro que pode causar irritação na pele. É um aminoácido encontrado em beterrabas sacarinas. Glutardialdehyde – glutardialdeído: ver glutaral. Glutathione – glutationa: peptídeo que, acredita-se, intensifica o metabolismo celular da pele e a utilização de oxigênio. Constatou-se que protege os fibroblastos contra a oxidação induzida por radicais livres. A glutationa ocorre naturalmente no corpo e é essencial para o funcionamento adequado do sistema imunológico. É um componente do tecido vegetal e animal. Glutathione monomethyl ester – glutationa monometil éster: alquil éster da glutationa. Ver também glutathione. Glutathione peroxidase – glutationa peroxidase: ajuda a controlar inflamações. Sua aplicação mais frequente é em preparações para barba. A glutationa peroxidase é uma enzima e um antioxidante natural. Glycereth-26 – gliceret-26: ver glicerin. Glyceridic oil (hydrogenated) – óleo glicerídico (hidrogenado): emoliente e condicionador para a pele. Glycerin – glicerina (glicerol; propanotriol): umectante usado em hidratantes. Interage com a água e é capaz de absorvê-la do ar, ajudando a pele a reter umidade. A glicerina tem sido estudada exaustivamente por suas propriedades hidratantes. Alguns de seus benefícios são atribuídos à capacidade de facilitar reações enzimáticas na pele, promovendo a descamação de corneócitos. Com base nos dados disponíveis, demonstrou-se que a glicerina é um bom agente hidratante. Também melhora o espalhamento de cremes e loções. É um líquido transparente e viscoso formado pela combinação química de água e gordura geralmente derivada de óleo vegetal. Embora não haja indicações de que cause alergia, pode ser comedogênica e irritante para as membranas mucosas quando utilizada em soluções concentradas.

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182 | Glycerin monostearate – monoestearato de glicerina

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Glycerin monostearate – monoestearato de glicerina: ver glyceryl monostearate. Glycerol – glicerol: um álcool da glicerina. Ver também glycerin. Glycerol stearate lipophilic – estearato de glicerol lipofílico: ver glycerin. Glyceryl – glicerila: um éster da glicerina. Ver também glycerin. Glyceryl aminobenzoate – aminobenzoato de glicerila (gliceril PABA, p-aminobenzoato de glicerila): filtro solar químico para absorção de UVB com uso aprovado de 2% a 3%. No entanto, é muito solúvel em água para ser utilizado em formulações impermeáveis. Seu uso desperta preocupações com segurança sobre a presença de benzocano. Glyceryl arachidonate – araquidonato de glicerila: emulsificante e emoliente com propriedades hidratantes. É usado em géis, cremes e loções para bronzeamento. Glyceryl behenate – beenato de glicerila: derivado de glicerídeos de ácidos graxos do coco, age como emoliente, lubrificante e/ou emulsificante em preparações cosméticas. Glyceryl caprylate – caprilato de glicerila: coemulsificante, solubilizante e surfactante que promove absorção e tem ação bacterostática em formula­ ções cosméticas. Glyceryl dibehenate – dibeenato de glicerila: emoliente e lubrificante, é um derivado da glicerila. Glyceryl isostearate – isostearato de glicerila: ver glyceryl mono-isostearate. Glyceryl laurate – laurato de glicila: coemulsificante para emulsões de óleo-em-água. Também é um agente superengraxante que promove absorção e possui efeito bacteriostático. Glyceryl linoleate – linoleato de glicerila: emoliente com capacidade hidratante. É produzido sinteticamente a partir de ingredientes naturais. Glyceryl mono-isostearate (glyceryl isostearate) – monoisostearato de glicerila (isostearato de glicerila): ácido isosteárico geralmente incorporado a formulações cosméticas como emoliente. Glyceryl monostearate (glycerin monostearate; glyceryl stearate) – monoestea­ rato de glicerila (monoestearato de glicerina; estearato de glicerila): largamente usado em cosméticos. Funciona como um ingrediente emulsificante e solubilizante, agente dispersante, emoliente, estabilizador de fórmula e agente de superfície para uma ampla variedade de produtos. Utilizado em cremes para bebês, máscaras faciais, bases e loções para as mãos. Geralmente é derivado do óleo de soja hidrogenado. O monostearato de glicerila tem pouca ou nenhuma toxicidade. Ver também glyceryl stearate.

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Glycocitrates – glicocitratos

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Glyceryl oleate – oleato de glicerila: emoliente e estabilizante derivado do óleo de oliva. Emulsificante de água-em-óleo que permite emulsões mais suaves do que o estearato de glicerila. Glyceryl PABA – gliceril PABA: ver glyceryl aminobenzoate. Glyceryl ricinoleate – ricinoleato de glicerila: emoliente e emulsificante usado na preparação de cremes e loções. Glyceryl stearate – estearato de glicerila: emulsificante que ajuda na formação de emulsões neutras e estáveis. É também um solvente, umectante e regulador de consistência em formulações de água-em-óleo e óleo-em-água. Também pode ser usado como lubrificante para a pele, conferindo uma sensação agradável. O estearato de glicerila é uma mistura de mono, di e triglicerídeos dos ácidos palmítico e esteárico, formado a partir de glicerina e ácidos graxos. Extraído do palmiste ou do óleo de soja para uso em cosméticos, também é encontrado no corpo humano. É bastante suave e pouco propenso a irritação. Haverá um pequeno risco de irritação se o produto contiver estearato de glicerila de baixa qualidade. Glyceryl stearate lipophilic – estearato de glicerila lipofílico: ver glyceryl stearate. Glyceryl stearate SE – estearato de glicerila SE: auto­emulsificante. Fornece uma emulsão óleo-em-água estável, uniforme. Ver também glyceryl stearate. Glyceryl tribehenate – tribeenato de glicerila: também conhecido como tribeeni­ na. Ver tribehenin. Glyceryl triisostearate (triisosteatin) – tri-isostearato de glicerila (tri-isosteanina): emoliente e emulsificante. Glyceryl trioctanoate – trioctanoato de glicerila: emoliente com capacidade de tornar a pele macia. Glycine – glicina: aminoácido usado como texturizante em formulações cosméticas. Compõe aproximadamente 30% da molécula de colágeno. Glycoceramides – glicoceramidas: é sugerido que a aplicação tópica de glicoceramidas ajuda a reabastecer lipídeos intercorneais e regular a capacidade da pele de interagir com a água e reter umidade. Além disso, melhora a capacidade de materiais hidrofílicos e hidrofóbicos atravessar a camada córnea (a entrada de água na pele e a remoção de subprodutos do metabolismo celular.) Isso assegura o equilíbrio regulatório intercelular e fortalece e restaura a função de barreira. As glicoceramidas podem ser incorporadas a emulsões. Ver também ceramides. Glycocitrates – glicocitratos: combinação de ácidos glicólico e cítrico utilizada em lugar de AHAs em algumas preparações. Essa substituição baseia-se na

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184 | Glycocoll – glicocol

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premissa de que os glicocitratos são mais suaves do que um AHA como o ácido glicólico, e que proporcionam resultados similares. Sua capacidade não foi ainda cientificamente validada de modo significativo. Glycocoll – glicocol: ver glycine. Glycogen – glicogênio: agente condicionante para a pele. É um polímero de alto peso molecular que se distribui no protoplasma da célula. Glycol palmitate – palmitato de glicol: emulsão estabilizante, também pode tornar o produto mais opaco e age como condicionante para a pele. Glycol propylene – glicol propileno: ver propylene glycol. Glycol stearate – estearato de glicol: pode ser utilizado como detergente, emulsificante, surfactante, espessante, estabilizante e emoliente em formulações cosméticas. Converte produtos de limpeza transparentes em produtos perolados. Glycolic acid (hydroxyacetic acid) – ácido glicólico (ácido hidroxiacético): reduz a coesão dos corenócitos e o espessamento da camada córnea, onde o acúmulo de células cutâneas mortas pode ser associado a muitos problemas de pele, tais como acne, pele seca e muito seca e rugas. O ácido glicólico age dissolvendo o cimento celular interno responsável pela queratinização anormal, facilitando o desprendimento de células mortas da pele. Também melhora a hidratação cutânea aumentando a captação de umidade e a capacidade de interação com a água. Isso ocorre no cimento celular por meio da ativação do ácido glicólico e do próprio conteúdo do ácido hialurônico da pele. O ácido hialurônico é conhecido por reter uma impressionante quantidade de umidade, e essa capacidade é elevada pelo ácido glicólico. Consequentemente, a própria capacidade da pele é aumentada. O ácido glicólico é o mais simples dos alfa-hidroxiácidos (AHAs). É também o AHA que os cientistas e formuladores acreditam ter maior potencial de penetração por causa de seu peso molecular menor. É levemente irritante para a pele e membranas mucosas se a formulação contiver uma alta concentração de ácido glicólico e/ou um baixo pH. O ácido glicólico mostra-se benéfico para peles com propensão à acne, pois ajuda a manter os poros livres de excesso de queratinócitos. Também é usado para diminuir os sinais de manchas da idade, bem como de queratose actínica. No entanto, é mais usado em cosméticos antienvelhecimento por sua capacidade hidratante e normalizadora das funções da pele, o que leva à redução do aparecimento de linhas de expressão e rugas. Seja qual for o tipo de pele, o uso do ácido glicólico está associado a uma pele de aparência mais macia, suave, saudável e jovem. O

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Glycosphingolipids – glicoesfingolipídeos

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ácido glicólico é encontrado naturalmente na cana-de-açúcar. Ver também alpha hydroxyacid. Glycolipids – glicolipídeos: emulsificantes e hidratantes. Ver também glycoprotein (soluble). Glycoprotein – glicoproteína: agente condicionante para a pele, derivado de carboidratos e proteínas. No corpo, as glicoproteínas desempenham um papel importante na resposta imunológica. Ver também glycoprotein (soluble). Glycoproteins (soluble) – glicoproteínas (solúveis): grupo de proteínas encontrado nas camadas intercelulares, das quais a mais conhecida é a fibronectina. Ocorrem na matriz celular da derme e desempenham um papel na migração celular durante o processo de cura das feridas. O mecanismo pelo qual poderiam ser benéficas em cosméticos ainda não foi estabelecido com clareza, embora possa estar relacionado ao papel das glicoproteínas na resposta imunológica. Ver também fibronectin. Glycosaminoglycans – glicosaminoglicanos: grupo de polissacarídeos quimicamente relacionados que são os principais componentes da matriz extracelular (ECM) e dos tecidos conectivos. São usados em cosmética por sua capacidade de aumentar a hidratação, a elasticidade e a maleabilidade da pele. Aos glicosaminoglicanos são atribuídas propriedades filmógenas, hidratantes e enrijecedoras. Deixam a pele suave e com maciez e regularidade agradáveis e aveludadas, além de minimizar o aparecimento de rugas. São facilmente absorvidos na pele em razão de sua alta carga e afinidade. Esse grupo de materiais complexos, antes identificado como mucopolissacrídeos, inclui componentes como o ácido hialurônico, condroitina, sulfato de condroitina, 6-sulfato de condroitina, sulfato de dermatano, heparina e sulfato de heparina. Assim como os proteoglicanos, os glicosaminoglicanos são derivados de peixes cartilaginosos. Também podem ser derivados de várias proteínas animais, bem como sinteticamente preparados. Ver também mucopolysaccharides. Glycoside C12-16 – glicosídeo/C12-16: mistura de álcoois graxos sintéticos de 12 a 16 carbonos na cadeia alquílica. Glycosphingolipids – glicoesfingolipídeos: reabastece os lipídeos perdidos e renova a função de barreira da pele e a capacidade de interação com a água. Quando incorporados a preparações pós-barba, parecem também aliviar os cortes. Estudos de laboratório provam que os glicoesfingolipídeos podem reduzir a perda transepidérmica de água quando aplicados à pele, mesmo em concentração de 5% numa típica emulsão de óleo-em-água. Os glicoesfingo-

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186 | Glycyrrhetic acid – ácido glicirrético

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lipídeos, um composto de lipídeos e açúcares, são uma classe de moléculas incrustadas nas membranas de células ao longo de todo o corpo, onde agem para regular a interação das células saudáveis com o ambiente. Glycyrrhetic acid – ácido glicirrético: ver glycyrrhetinic acid. Glycyrrhetinic acid – ácido glicirretínico: propriedades anti-irritantes, antialergênicas, anti-inflamatórias, clareadoras e aliviantes são atribuídas a esse ingrediente, que também é um carreador. É o composto orgânico derivado do ácido glicirrízico ou de raízes fatiadas de alcaçuz. Glycyrrhizic acid – ácido glicirrízico: glicirrizina hidrolisada. Atribuem-se a esse ácido propriedades anti-inflamatórias e antialergênicas. Estudos comparando a glicirrizina com a hidrocortisona demonstraram que a glicirrizina é um pouco mais suave, porém sua eficácia é mais duradoura. Uma vez suspensa a aplicação de hidrocortisona, os sintomas voltam. Esse não parece ser o caso da glicirrizina. Não apresenta efeitos colaterais e é quimicamente estável, de modo que pode ser usada com segurança continuadamente. Ver também licorice extract. Goa powder (Andira araroba) – pó de goa (araroba; pó da Bahia; pó do Brasil; goa): usado em medicina tradicional para tratamento de doenças de pele como psoríase e eczema. Pode ter aplicações em cosméticos para pele seca. Os principais constituintes do pó são álcalis, benzeno, crisarobina (uma quinona reduzida) e resinas. Sua atividade é atribuída a um alto conteúdo de crisarobina (aproximadamente 80%). A árvore da Andira araroba é comum na Bahia, Brasil. Goji Berry (Lycium barbarum) – goji: também conhecido como vinho matrimonial. Antioxidante. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Lycium barbarum. Ver matrimony vine. Goldenrod extract (Solidago sp.) – extrato de vara-de-ouro: considerado um antisséptico e recomendado para uso em produtos para acne. Evita que a infecção se espalhe através das pústulas na pele. O extrato é feito das folhas de várias espécies de Solidago. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Solidago. Goldenseal extract (Hydrastis canadensis) – extrato de hidraste: considerado eficaz no tratamento de eczema, pruridos e feridas. Os nativos norte-americanos valorizavam a raiz por suas propriedades curativas em caso de ulceração. O extrato é feito dos rizomas da planta. Os principais constituintes são os alcaloides barberina, hidrastina e canadina. Dizem que o rizoma é muito

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Grapefruit oil – óleo de grapefruit (toranja)

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mais rico em alcaloides que a raiz. Hydrastis canadensis é a nomenclatura INCI, no entanto, existe vários tipos, dependendo da apresentação, como Hydrastis canadensis extract, Hydrastis canadensis powder etc. Gotu kola extract (Centella asiatica) – extrato de gotu kola (hidrocotila; hidrocotila asiática; centela-da-índia): tradicionalmente usado no tratamento de couperose. Também foi usado como aliviante e antiprurígeno em doenças dermatológicas. O gotu kola é um conhecido inibidor da proliferação de queratinócitos, o que o torna útil no tratamento de peles extremamente secas, como no caso da psoríase. Também pode promover a circulação e servir como um ingrediente anticelulite. É considerado curativo. É útil contra queimaduras de sol e outras queimaduras superficiais, porém não extensivas. A atividade do gotu kola se deve a constituintes como fitoesteróis, glicosídeos, taninos e óleos essenciais. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Centella asiática. Grape – uva: usada na forma de extrato, é descrita como um tônico com propriedades anti-inflamatórias, descongestionante, além de reduzir a vermelhidão. É também um antioxidante. Todas essas características a tornam particularmente benéfica em produtos antienvelhecimento, pós-sol e de proteção contra o sol. O principal constituinte da uva é a berberina em grande proporção, além da oxicantina. Uvas contêm vitamina C, clorofila e enzimas. O valor desses componentes para a pele baseia-se no método de processamento do extrato e na produção cosmética. Grapefruit extract (Citrus paradisi) – extrato de grapefruit (toranja): propriedades antissépticas lhe são atribuídas. É indicado como benéfico para pele oleosa. O suco fresco de grapefruit contém vitamina C e é bastante ácido. Sendo assim, em altas concentrações, é muito cáustico para ser usado na pele. Não deve haver problemas, porém, para uso em níveis normais. O extrato obtido do suco é preferido ao da casca, já que nela praticamente não há vitamina C disponível. Além do mais, a não ser que obtido e processado de modo apropriado, resíduos de fertilizantes e inseticidas depositados na casca podem provocar bolhas e reações alérgicas em pessoas sensíveis. Como a vitamina C é considerada um componente instável, o valor do extrato de grapefruit em cosméticos depende do método de extração e da formulação do produto. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Citrus paradisi. Grapefruit oil – óleo de grapefruit (toranja): usado como fragrância e também como componente ativo com propriedades anti-irritantes. O óleo de grapefruit é indicado para o sistema linfático.

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188 | Grapefruit seed extract – extrato de semente de grapefruit (toranja)

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Grapefruit seed extract – extrato de semente de grapefruit (toranja): atribuem-se-lhe propriedades antibacterianas. Este é o extrato das sementes de grapefruit. Ver também grapefruit extract. Grapeseed extract – extrato de semente de uva: considerado um anti-irritante com propriedades aliviantes, antioxidantes e antibacterianas. O extrato de semente de uva contém polifenóis e altos níveis de prociandinas. Ver também grape. Grapeseed oil – óleo de semente de uva: tem propriedades hidratantes e nutrientes por causa de seu alto conteúdo de ácido linoleico. Este é o óleo fixo obtido pela prensagem das sementes de uva. Green apple extract – extrato de maçã verde: ver apple extract. Green clay – argila verde: ver clay. Green tea extract (Camellia sinensis L.) – extrato de chá verde: poderoso antioxidante devido ao seu conteúdo de catequina, é também conhecido por ser antibacteriano, anti-inflamatório e estimulante. Em estudos clínicos, o chá verde tem demonstrado capacidade de impedir ou pelo menos adiar a deflagração de doenças como câncer e cardiopatia. Isso é atribuído à catequina e sua capacidade de penetrar na célula, protegendo-a dos radicais livres e dos danos a eles associados. Por causa de suas propriedades antioxidantes, o chá verde costuma ser incorporado a formulações antienvelhecimento. Quando aplicado topicamente, pode também reduzir inchaços na pele. Além disso, pode ser encontrado em filtros solares, dada a sua capacidade de estender o FPS do produto. O extrato e as catequinas associadas podem ser obtidas tanto da planta quanto de suas folhas secas. Outros constituintes do chá verde incluem a cafeína e os ácidos fenólicos. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Camellia sinensis. Guaiac extract (Guaiacum officinale) – extrato de guaiaco: propriedades antissépticas e estimulantes lhe são atribuídas. A resina, com propriedades terapêuticas, é extraída da madeira da árvore. Guaiacum officinale é a nomenclatura INCI e contempla os tipos Guaiacum officinale wood extract e Guaiacum officinale wood oil. Guanine – guanina: corante (colour index – 75170). É misturada com água e utilizada principalmente no polimento das unhas para se obter um efeito perolizado. Em grande parte foi substituída por pelorizantes sintéticos ou por partículas de alumínio e bronze. A guanina é obtida pela raspagem de escamas de certos peixes, como savelhas e harenques. Guar gum – goma guar: forma um revestimento sobre a pele que permite a retenção de umidade. Geralmente usada como espessante e emulsificante em

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Gum Arabic

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formulações cosméticas. A goma guar é um polissacarídeo encontrado nas sementes de uma planta específica. É o material nutriente exigido pelo embrião da planta em desenvolvimento durante a germinação. O endosperma, uma vez separado da casca e do embrião, é moído em forma de pó e depois comercializado como goma guar. Guar hydroxypropyltrimonium chloride (GHPT) – cloreto de guar hidroxipropiltrimônio (GHPT): anti-irritante e anti-inflamatório; também é usado como espessante, condicionador e agente antiestático. Ajuda o produto em sua ação aliviante. Alguns fabricantes o citam como sendo um amaciante para a pele. Confere um excelente condicionamento em cremes ou loções, que de outra maneira talvez não pudessem ser usados na face. O produto, quando em contato com a pele, torna-se mais deslizante. Há evidências de que pode aumentar a viscosidade e a estabilidade de uma formulação. É um derivado da goma guar. Guarana seed extract (Paullinia cupana) – extrato de semente de guaraná: seus constituintes incluem a teofilina e a cafeína, o que o torna popular em produtos anticelulite pela atividade tônica e drenante. Paullinia cupana é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos, dependendo da apresentação, como Paullinia cupana seed extract, Paullinia cupana fruit powder etc. Gum acacia – goma acácia: ver acacia. Gum Arabic: ver acacia.

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H Hamamelis (dry) extract – extrato de hamamélis (seco): propriedades botânicas atribuídas incluem ação antirradicais livres, absorsora de UVB, curativa, aliviante e atividade antiprurígena. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Hamamelis. Ver também witch hazel. Hawthorn extract (Crataegus oxyacantha) – extrato de pilriteiro: fontes o citam como tendo princípios ativos com propriedades terapêuticas, como antiespasmódico, vasodilatador e sedativo. Obtido das bagas, flores e/ou folhas da planta. Crataegus oxyacantha é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos, como Crataegus oxyacantha extract, Crataegus oxyacantha leaf etc. Hayflower extract – extrato de flor de feno: ativa o sistema circulatório, apresenta propriedades analgésicas e proporciona enrijecimento à pele. Historicamente, o extrato de flor de feno era usado na Europa para estimular a circulação e em doenças reumáticas. Seus vários constituintes ativos incluem óleos essenciais, vitamina D, aminoácidos, carotenoides, ácido cafeico, ácido 4-metoxicinâmico e tanino. Este extrato tem uma fragrância levemente adocicada. A flor de feno não é uma planta específica, mas uma mistura formada por restos de florescências e folhas de palheiro. Hazelnut extract – extrato de avelã: atribuem-se-lhe propriedades adstringentes. Hazelnut oil – óleo de avelã: óleo carreador ao qual são atribuídas propriedades nutrientes. Como carreador, confere excelente untuosidade, cor pálida e odor pouco acentuado. Esse óleo é usado em produtos destinados a peles secas. Obtido das nozes de várias espécies de aveleiras. Hectorite – hectorita: um dos principais constituintes da argila betonita. Usada como espessante e agente suspensor em sistemas aquosos em emulsões de óleo-em-água. Helichrysum oil – óleo de helichrysum: ver everlasting oil.

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192 | Henna extract – extrato de hena

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Henna extract (Lawsonia inermis) – extrato de hena: corante que confere aos produtos uma tonalidade marrom avermelhada. É também um condicionante. As propriedades da hena são descritas como antisséptica e adstringente. Entre os constituintes importantes estão as mucinas, fitoesteróis e naftoquinonas. Geralmente, o extrato é obtido das folhas. Henna é a nomenclatura INCI. A nomenclatura INCI contém outros tipos de Lawsonia inermis, como, Lawsonia inermis cera, Lawsonia inermis extract etc. Heptane – heptano: solvente e agente que diminui a viscosidade. Hesperidin methyl chalcone – hesperidina metil chalcona: bioflavonoide cítrico. Extraída da casca da laranja doce, possui propriedades antioxidantes. Usada em preparações para os olhos por reduzir o aparecimento de círculos escuros. Hesperetin laurate – laurato de hesperitina: antioxidante e condicionante para a pele. Hexadecanol – hexadecanol: ver cetyl alcohol. N-hexadecyl-n, n, n-trimethylammonium-trans-retinoate – N-hexadecil-n, n, n-trimetilamônio-trans-retinoato: tem um certo efeito sobre a inibição da bactéria P. acnes, associada à formação de acne. Hexamidine – hexamidina: conservante. Hexamidine diisethionate – di-isetionato de hexamidina: antimicrobiano e conservante seletivo para fungos e leveduras. Também pode ter certa capacidade emoliente. Hexyl cinnamal – hexil cinamal: também conhecido como aldeído hexil cinâmico. Fragrância que confere um odor floral semelhante ao do jasmim. Hexyl laurate – laurato de hexila: emoliente moderado e veículo para ingredientes ativos lipossolúveis. Não irritante e praticamente inodoro. Aumenta a espalhabilidade e a sensação do produto sobre a pele. Ver também lauric acid. Hexyl nicotinate – nicotinato de hexila: penetra rapidamente nos vasos sanguíneos, dilatando-os e ativando temporariamente a circulação do sangue. Esse aumento do fluxo sanguíneo resulta em maior disponibilidade de oxigênio, nutrientes e umidade para as células cutâneas, além de uma eliminação mais rápida de resíduos por meio do processo metabólico. Hexylene glycol – hexileno glicol: pode ser considerado um solubilizante. Ver também polyethylene glycol. Hibiscus extract (Hibiscus sabdariffa) – extrato de hibisco: hidratante e refrescante. Proporciona um efeito de enrijecimento sem despojar a pele de seus óleos naturais. O hibisco é uma substância de origem botânica recomendada

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Hops extract – extrato de lúpulo

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para a pele oleosa devido ao seu alto grau de adstringência e propriedades tônicas. Existem cerca de 200 variedades da planta, cujo extrato é obtido das flores, que contêm diversos ácidos e pigmentos vegetais. O uso do extrato de hibisco está aumentando em popularidade, embora seja utilizado com mais frequência em preparações para o cabelo. Uma forma não irritante de ácido pirúvico é um dos principais constituintes do extrato de hibisco. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Hibiscus sabdariffa. Histidine – histidina: aminoácido condicionante para a pele. Ver também amino acid. Holy thistle – cardo santo: ver blessed thistle extract. Homomenthyl salicylate – salicilato de homentila: ver homosalate. Homosalate: absorsor químico de UVB incluído na Categoria I da lista de filtros solares químicos da FDA. O nível de uso aprovado pela FDA é de 4% a 15%, e de 10% pelas Diretrizes Cosméticas da Comunidade Econômica Europeia. Honey – mel: é considerado um aliviante, suavizante e hidratante. Máscaras e outras preparações cosméticas que contêm mel criam um filme impermeável sobre a face, permitindo que a pele se reidrate por si mesma. Seu uso em cosméticos é centenário e remonta pelo menos à época de Cleópatra, no antigo Egito. Fortes propriedades antibacterianas e imunológicas são atribuídas ao mel. Este é composto de vários açúcares, cera e outras substâncias, incluindo os ácidos glucônico, cítrico, málico, fórmico e lático; beta-caroteno; enzimas; aminoácidos e vitaminas. É uma secreção sacárica produzida enzimaticamente no néctar da flor e armazenada em favos pelas abelhas. O mel pode causar reação alérgica em pessoas sensíveis ao pólen. Honey extract – extrato de mel: extrato obtido do mel. Ver também honey. Honeydew melon (Cucumis melo) – melão honeydew: a nomenclatura INCI contempla vários tipos de Cucumis melo. Ver Cucumis melo. Honeysuckle extract (Lonicera fragantissima) – extrato de madressilva: curativo, aliviante e anti-inflamatório. Outros usos para aplicação externa incluem tônico cutâneo, proteção contra queimaduras de sol e clareamento geral da pele. Uma dezena ou mais entre as cem diferentes espécies de madressilva têm aplicações botânicas. Aparentemente, as folhas são mais eficazes que as flores. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Lonicera. Honeysuckle oil – óleo de madressilva: aditivo biológico com propriedades semelhantes às do extrato de madressilva. Hops extract (Humulus lupulus) – extrato de lúpulo: os efeitos gerais atribuídos ao lúpulo incluem ação sedativa, redução da inflamação e a cura de feridas.

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194 | Horse chestnut extract – extrato de castanha-da-índia

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O lúpulo também é considerado um conservante, além de ser eficaz em produtos para acne. Entre os constituintes mais importantes estão a humulona, lupulona, aminoácidos, ácido clorogênico, rutina, quercatina, flavonoides e o ácido lupamárico. O óleo e o princípio amargo combinam-se para tornar o lúpulo mais útil que a camomila ou a genciana. O extrato é feito dos cones da planta e pode causar reações alérgicas. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Humulus lupulus. Horse chestnut extract (Aesculus hippocastanum) – extrato de castanha-da-índia: antiflogístico, anti-inflamatório, espasmolítico e estimulante da circulação. Aparentemente, possui também a capacidade de ajudar a reduzir a permeabilidade dos capilares. Isso o tornaria útil em casos de capilares frágeis ou rompidos. O ácido tânico confere ao extrato de castanha-da-índia propriedades tonificantes e adstringentes. A castanha-da-índia é recomendada para uso em produtos destinados a estimular a circulação e normalizar problemas circulatórios, tais como cremes para melhorar a circulação e sais de banho para estimular todo o organismo. Alguns fornecedores citam uma dosagem recomendada de 2% a 5% para uso em cremes e emulsões, e outros citam de 1% a 10% no banho e em produtos para o cabelo. Entre os constituintes detectados estão o amido, açúcar, proteínas, tanino, óleos, vitaminas, fitoesteróis e a saponina Aesculus. O extrato é geralmente obtido da semente (da fruta). Aesculus hippocastanum é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos de acordo com a apresentação, como Aesculus hippocastanum extract, Aesculus hippocastanum seed extract etc. Horse heal (Inula helenium) – ínula: ver elecampane (Inula helenium). Horseradish extract (Armoracia lapathifolia) – extrato de raiz-forte: tradicionalmente usado contra queimaduras de sol e outras queimaduras superficiais e não extensas, e para tornar a pele clara e fresca. Suas propriedades antissépticas e clareadoras estão associadas ao ácido ascórbico. O extrato é feito principalmente das raízes da planta. Horsetail extract (Equisetum arvense) – extrato de cavalinha (erva-canuda): estimulante, adstringente, aliviante, curativo e suavizante. A cavalinha também é descrita como capaz de fortalecer o mecanismo de defesa da pele, regular suas funções graças ao rico conteúdo mineral da planta e até mesmo fortalecer o tecido conectivo com a presença do ácido salicílico. Alguns produtores afirmam que quando misturado aos extratos de alquemila e de eufrásia, o extrato de cavalinha age impedindo o aparecimento de rugas na

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Hyaluronidase – hialuronidase

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região dos olhos. Este é um extrato dos caules estéreis de Equisetum arvense, uma samambaia cujos brotos apresentam alto teor de ácido silícico, e também glicosídeos flavonas e saponina. Aminoácidos como citrulina, valina, ácido asparagínico, leucina e serina também foram detectados como constituintes do extrato. O nível de uso recomendado é de 1% a 10% da composição total da formulação. Pode ser benéfico tanto em produtos antienvelhecimento quanto em preparações para acne. Nomenclatura INCI: Equisetum arvense extract, no entanto, a nomenclatura contempla vários tipos de Equisetum arvense, como Equisetum arvense leaf powder, Equisetum arvense leaf extract etc. Hortensis extract – extrato de satureia: Nomenclatura INCI: Satureia Hortensis Extract. Ver savory. Huang qin extract – extrato de huang qin: extrato a que se atribuem propriedades aliviantes. Hyaluronic acid – ácido hialurônico: componente do glicosaminoglucano. Ocorre naturalmente na derme. Acredita-se que desempenhe um papel fundamental na pele saudável, controlando as características físicas e bioquímicas das células da epiderme. Também regula a atividade geral da pele, como o conteúdo de água, elasticidade e a distribuição de nutrientes. Sua capacidade de absorver água e a estrutura molecular de grande porte permitem à epiderme maior flexibilidade, plasticidade adequada e turgidez. O ácido hialurônico é um hidratante natural com excelente capacidade de interação com a água. Numa solução de 2% de ácido hialurônico e 98% de água, o ácido retém a água de modo tão compactado que parece criar um gel. No entanto, ele é de fato um líquido, visto que pode ser diluído e apresentará as propriedades de fluxo viscoso normais de um líquido. Quando aplicado à pele, o ácido hialurônico forma um filme viscoelástico semelhante à maneira como retém a água na matriz intercelular dos tecidos conectivos da derme. Esse comportamento sugere que o ácido hialurônico forma uma base hidratante ideal, permitindo a liberação de outros agentes da pele. Os fabricantes alegam que o uso do ácido hialurônico em cosméticos resulta na necessidade de níveis bem menores de lubrificantes e emolientes na formulação, proporcionando assim um produto não oleoso. Além disso, sua capacidade de reter a água torna imediatamente suaves peles de superfície áspera, melhorando significativamente sua aparência. Hyaluronidase – hialuronidase: enzima com propriedades hidratantes, acredita-se que melhora a elasticidade da pele, torna-a menos seca e aumenta o conteúdo de água em 33%. Possui um efeito hidratante mais intenso quando

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196 | Hydrocotyl asiatica – hidrocotil asiática

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combinado com proteína hidrolisada. Na pele, a hialuronidase é um importante componente do glicosaminoglicano. Hydrocotyl asiatica – hidrocotil asiática: nomenclatura INCI: Centella asiatica extract (extrato da planta hydrocotyl). Ver gotu kola extract. Hydrocotyl extract – extrato de hidrocotila: nomenclatura INCI: Centella asiatica extract (extrato da planta hydrocotyl). Existem vários tipos de Centella asiatica, dependendo da sua apresentação, como Centella asiática leaf extract, Centella asiatica root extract etc. Ver gotu kola extract. Hydrogen peroxide – peróxido de hidrogênio: agente descolorante e oxidante, detergente e antisséptico. Geralmente reconhecido como um conservante seguro, germicida e descolorante para a pele em cosméticos. Se utilizado na forma não diluída pode causar queimaduras na pele e nas membranas mucosas. Hydrogenated coco-glycerides – glicerídeos hidrogenado de coco: emulsificante e emoliente. Também possui propriedades condicionantes para a pele, além de interagir com a água. Hydrogenated tallow octyl dimonium chloride – alquil de sebo hidrogenado cloreto de amônio (sal quaternário de amônio): condicionante usado em sistemas transparentes ou em emulsões. Proporciona uma consistência macia. Em produtos para a pele, é um lubrificante. Hydrolyzed albumen – albumina hidrolisada: ver hydrolyzed egg. Hydrolyzed animal protein – proteína animal hidrolisada: refere-se ao processamento do colágeno e de outras proteínas animais. A principal função dessas proteínas é formar um filme lustroso sobre a pele. Dependendo do grau de hidrólise, porém, e portanto do tamanho final da molécula, o resultado pode variar da formação de um filme, a fim de reduzir a perda de umidade, à ação individual de aminoácidos, que podem penetrar nos extratos superiores da camada córnea. O processo de hidrólise, geralmente produzido por enzimas, rompe as ligações das moléculas maiores, tornando-as cada vez menores, até que finalmente o que se tem são os próprios aminoácidos. As proteínas são hidrolisadas em ambientes controlados para se obter uma cadeia com o comprimento adequado às propriedades da formulação. A denominação na lista de ingredientes não indica qualquer nível específico de hidrólise. Ver também animal protein; collagen; collagen hydrolysates; elastin. Hydrolyzed collagen – colágeno hidrolisado: ver collagen hydrolysates. Hydrolyzed corn protein – proteína de milho hidrolisada: forma um filme na superfície da pele. É usada para reduzir a perda da umidade natural da pele. Ver também hydrolyzed vegetable protein.

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Hydrolyzed milk protein – proteína hidrolisada do leite

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Hydrolyzed egg – ovo hidrolisado: agente condicionante para a pele que pode ajudar na hidratação e melhorar a textura e a sensação do produto. Também é usado em cosméticos como controlador da viscosidade natural. Ver também egg protein e egg extract. Hydrolyzed elastin – elastina hidrolisada: deposita um filme na superfície da pele. Forma processada da elastina que facilita seu uso em formulações para a pele. Ver também elastin (hydrolyzed). Hydrolyzed fibronectin – fibronectina hidrolisada: agente umectante e hidratante usado em cremes e loções para a pele. É uma forma processada de fibronectina que facilita sua utilização em formulações cosméticas. Ver também fibronectin. Hydrolyzed glycosaminoglycans – glicosaminoglicanos hidrolisados: possuem propriedades higroscópicas e estrutura molecular pequena, que favorece a penetração nas camadas epidérmicas exteriores. Esse ingrediente contém oligossacarídeos de baixo peso molecular e pode ser encontrado em cosméticos hidratantes. Recomendados para peles estressadas e envelhecidas. Ver também glycosaminoglycans. Hydrolyzed golden pea protein – proteína hidrolisada de ervilha dourada: forma um filme sobre a superfície da pele. Essa é uma proteína líquida solúvel em água, vegetal e também importante por seu alto conteúdo de tirosina solúvel. Acredita-se que a tirosina desempenhe um papel relevante na estimulação do crescimento celular. É um componente da tirosinase, responsável pela formação de melanina. Para alguns é considerada o melhor substituto da proteína animal hidrolisada. Nomenclatura INCI: hydrolyzed pea protein. Ver também hydrolyzed vegetable protein. Hydrolyzed keratin – queratina hidrolisada: forma processada de queratina que facilita seu uso em formulações para a pele. Ver também hydrolyzed animal protein; keratin. Hydrolyzed lupine protein – proteína hidrolisada de tremoço: pode ajudar a promover a síntese de proteínas e lipídeos epidérmicos. Também se acredita que limita a perda transepidérmica de água e fortalece a função de barreira. Rica em peptídeos de glutamina e oligossacarídeos, geralmente é incorporada a produtos para reparação, regeneração e hidratação. Ver também lupine extract. Hydrolyzed milk protein – proteína hidrolisada do leite: forma um filme na superfície da pele que permite reter umidade. Esta é uma forma processada de proteína de leite que facilita e melhora o desempenho em formulações para a pele. Ver também milk protein.

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198 | Hydrolyzed mucopolysaccharides – mucopolissacarídeos hidrolisados

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Hydrolyzed mucopolysaccharides – mucopolissacarídeos hidrolisados: hidratantes que apresentam forte interação com a água e ajudam a diminuir a perda transepidérmica de água. Esta é uma mistura de polissacarídeos derivada da hidrólise de tecido conectivo animal. Ver também mucopolysacarides. Hydrolyzed oat protein – proteína hidrolisada da aveia: protetor cutâneo antiprurígeno e com efeito aliviante em peles sensíveis; seu conteúdo lipídico confere propriedades lubrificantes e emolientes. Essa é uma proteína vegetal bastante suave, derivada por hidrólise ácida, enzimática ou por outro método. Ver também hydrolyzed vegetable protein; oat; oat protein. Hydrolyzed potato protein – proteína hidrolisada da batata: proteína vegetal que serve como agente hidratante. Segundo relatos, possui um perfil singular com níveis razoáveis dos aminoácidos cistina e metionina, que contêm enxofre. Este é o hidrolisado da proteína de batata, de derivação ácida, enzimática ou outro método de hidrólise. Ver também hydrolyzed vegetable protein. Hydrolyzed rice protein – proteína hidrolisada do arroz: proteína vegetal que serve como um bom agente hidratante. Esse é o hidrolisado de proteína de arroz derivada por hidrólise ácida, enzimática ou por outro método de hidrólise. Ver também hydrolyzed vegetable protein. Hydrolyzed rice bran protein and glycine soja protein and oxido reductases – proteína hidrolisada do farelo de arroz, proteína de soja glicina e oxidorredutases: mistura de ingredientes que, acredita-se, reduz o intumescimento e os círculos escuros em torno dos olhos. Esta é uma combinação de proteína de farelo de arroz, proteína de soja e uma mistura de enzima e levedura (oxidorredutases). Ver também rice bran; soybean protein. Hydrolyzed serum protein – proteínas hidrolisada do soro: substância filmógena e condicionante para a pele que reduz a perda transepidérmica de água e tem propriedades anti-irritantes. Também é um nutriente para as células. Ver também hydrolyzed animal protein; serum protein. Hydrolyzed vegetable protein – proteína vegetal hidrolisada: forma um filme lipoproteico na pele, dando aos produtos capacidade de retenção de umidade. Essas proteínas são obtidas do trigo, soja, milho, ervilha ou outra fonte vegetal. São feitas do hidrolisado de proteína vegetal obtido por hidrólise ácida, enzimática ou outro método de hidrólise. Algumas proteínas vegetais têm, pelo menos teoricamente, uma composição que pode torná-las atraentes como um substituto da proteína animal. No entanto, as proteínas vegetais geralmente exibem um comportamento diferente da proteína animal,

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Hydroviton

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que afeta reações, aditivos e exigências químicas, e a estabilidade do produto cosmético. Hydrolyzed wheat protein – proteína hidrolisada do trigo: oferece propriedades condicionantes, hidratantes e filmógenas. É um hidratante cutâneo eficaz que ajuda a reter a umidade na pele. Quase sempre é utilizado para substituir a proteína animal hidrolisada. É produzida por uma hidrólise enzimática do glúten de trigo. Ver também hydrolyzed vegetable protein. Hydrolyzed wheat protein (AMP isostearoyl) – proteína hidrolisada do trigo (isostearoil AMP): condicionante para a pele. Esse é um condensado neutralizado e solúvel em álcool de proteína de trigo/ácido graxo. Pode ser encontrado em tônicos para a pele. Nomenclatura INCI: AMP-isostearoyl hydrolyzed wheat protein. Ver também hydrolyzed vegetable protein; hydrolyzed wheat protein. Hydrolyzed wheat protein polysiloxane copolymer – copolímero de proteína hidrolisada do trigo e polisiloxano: forma um filme protetor condicionante sobre a pele seca que reduz a perda de água. Essa é uma proteína de trigo ligada a silicone, o que aumenta o efeito de ambos sobre a pele. Ver também hydrolyzed wheat protein. Hydrolyzed whole wheat protein – proteína hidrolisada do trigo integral: forma modificada da proteína de trigo para facilitar seu desempenho e incorporação a formulações para a pele. Ver também hydrolyzed wheat protein. Hydrolyzed yeast – levedura hidrolisada: hidrolisado de levedura obtida por hidrólise ácida, enzimática ou outro método de hidrólise. Ver também protein; yeast. Hydrotriticum wheat amino acids – aminoácidos de trigo hydrotriticum: ingrediente com boas propriedades de retenção de umidade. De acordo com relatos, é capaz de penetrar nas camadas córneas e hidratar a partir de dentro. Hydroquinone – hidroquinona: agente clareador de pigmento usado em cremes descolorantes. A hidroquinona combina-se rapidamente com o oxigênio e torna-se marrom quando exposta ao ar. Embora seja de ocorrência natural, a versão sintética é aquela geralmente usada em cosméticos. A aplicação cutânea pode causar reação alérgica e aumentar a sensibilidade da pele ao sol. A hidroquinona é potencialmente carcinogênica e está associada à ocronose, um tipo de descoloração da pele. A FDA permite um máximo de 2% de concentração em formulações cosméticas. Seu uso em cosméticos é proibido em alguns países europeus. Hydroviton: nome comercial para um hidratante natural derivado de água de rosas, açúcares e aminoácidos de origem vegetal. Contém glicerina, lactato

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200 | 2-hydroxy-p-methoxycinnamate – 2-hidroxi-p-metoxicinamato

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de sódio, lactato TEA, serina, ácido lático, ureia, sorbitol, lauril dietilenodiaminoglicina, lauril aminopropilglicina e alantoína. 2-hydroxy-p-methoxycinnamate – 2-hidroxi-p-metoxicinamato: ver cinoxate. 5-hydroxy-2-hydroxymethyl-gamma-pyridone – 5-hidroxi-2-hidroximetil-gama-piridona: agente clareador da pele aparentemente 32 vezes mais eficaz que o ácido kójico. Hydroxyacetic acid – ácido hidroxiacético: ver glycolic acid. Hydroxyacetone – hidroxiacetona: ver dihydroxyacetone. Hydroxycitronellal – hidroxicitronelal: usado para mascarar odores. Hydroxydecyl ubiquinone – hidroxidecil ubiquinona: um potente antioxidante. Ver idebenone. Hydroxyethylcellulose – hidroxietil celulose: sugerido como espessante, coloide protetor, aglutinante, estabilizante e agente suspensor. É obtido da polpa da madeira ou algodão químico por tratamento com álcali. Ver também ethyl cellulose. Hydroxyisohexyl 3-cyclohexene carboxaldehyde – hidroxi-isohexil 3-ciclohexeno carboxaldeído: fragrância com um leve aroma floral. Pode causar irritação na pele. Hydroxylated lanolin – lanolina hidroxilada: forma modificada da lanolina. Aumenta a aderência e a capacidade emulsificante da lanolina. É um bom agente suspensor. Obtido pela hidroxilação controlada da lanolina. Ver também lanolin. 6-hydroxy-5-methoxyindole – 6-hidroxi-5-metoxi-indol: pigmentador da pele que, segundo se afirma, promove a síntese da melanina. É incorporado a cosméticos para criar uma aparência bronzeada, como acontece com a di-hidroxiacetona. Dizem que produz uma qualidade de pigmentação semelhante à do bronzeamento natural. Hydroxyoctacosanyl hydroxystearate – hidroxiestearato de hidroxioctacosanila: agente regulador de consistência para emulsões de água-em-óleo usado para melhorar o encorpamento de emulsões. Utilizado em cremes, maquiagem líquida e batons. Este é um substituto sintético da cera de abelha. Hydroxyproline – hidroxiprolina: aminoácido condicionante para a pele. É um componente do colágeno. Hydroxypropyl methylcellulose – hidroxipropil metilcelulose: melhora as propriedades espumíferas, untuosidade e a estabilização da fórmula. Pode ajudar os formuladores a reduzir as concentrações de surfactante ativo em um

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Hissop oil – óleo de hissopo

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produto, sem a perda das propriedades desejáveis de formação de espuma, resultando assim em um produto mais suave para a pele e para os olhos. Ver também cellulose gum. Hydroxypropyltrimonium hydrolyzed wheat protein – proteína hidrolisada do trigo e hidroxipropiltrimônio: aumenta a hidratação da pele. É considerada uma versão melhorada da proteína hidrolisada do trigo, especialmente com respeito às propriedades hidratantes. É também um agente suavizante para surfactantes. Hydroxypropylated y-cyclodextrin – y-ciclodextrina hidroxipropilada: ajuda a impedir que a pele fique áspera. 8-hydroxy stilbenes – 8-hidroxi estilbenos: composto clareador da pele. Inibe a formação de melanina, inibindo a atividade da tirosinase. Não há evidências de que cause irritação na pele. 6-hydroxy-2,5,7,8-tetramethylchroman-2-carboxylic acid – ácido 6-hidroxi-2,5,7,8-tetrametilcromano-2-carboxílico: um inibidor de radicais livres. Estudos indicam que penetra na pele com mais eficácia que a vitamina E. Pode ser usado em loções hidratantes. Hypericum extract (Hypericum perforatum) – extrato hipérico: nomenclatura INCI: Hypericum perforatum, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, como Hypericum perforatum extract, Hypericum perforatum oil etc. Ver St.John’s wort extract. Hissop oil (Hyssopus officinalis) – óleo de hissopo: propriedades atribuídas incluem ação curativa, tônica e estimulante. Também pode ser usado como fragrância. O óleo de hissopo é indicado para dermatite, eczema e feridas por causa de suas propriedades cicatrizantes. Uma infusão das folhas é usada externamente para o alívio de reumatismo muscular, contusões e contusões descoloradas. O óleo é obtido da destilação da planta inteira em floração. Nomenclatura INCI: Hyssopus officinalis extract, Hyssopus officinalis leaf oil.

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I iceland moss extract (Cetraria islandica) – extrato de musgo da Islândia: usado em cosméticos por suas propriedades tônicas, também pode ser incorporado por sua capacidade de limpeza e ação emoliente e condicionante para a pele. Apesar do nome, a planta não é um musgo, mas um líquen, cujo extrato contém cerca de 70% de amido de líquen, e mais ácido fumárico, ácido oxálico, cetrarin e ácido líqueno-esteárico. Nomenclatura INCI: Cetraria islandica extract. ichthammol – ictamol: ver sodium shale oil sulfonate. ichthyol – ictiol: nomenclatura INCI: sodium shale oil sulfonate. Ver sodium shale oil sulfonate. idebenone – idebenona: oxidante capaz de proteger a pele de uma variedade de ataques de radicais livres, incluindo a formação de substâncias químicas secundárias que afetam negativamente a fisiologia da pele. Atribuem-se propriedades a idebedona que incluem a reparação de danos intrínsecos e extrínsecos causados pela formação de radicais livres. A idebenona é uma forma sinteticamente produzida da coenzima Q10 e apresenta uma estrutura molecular pequena. Isso permite que ela entre na pele e, aparentemente, na membrana celular também. Demonstra capacidade de produzir melhoras clinicamente visíveis em peles fotodanificadas, reduzindo a aspereza cutânea e o ressecamento, diminuindo as linhas de expressão e rugas, e aumentando a hidratação. Além disso, a idebenona ajuda a melhorar a hiperpigmentação, já que sua estrutura molecular é semelhante à da hidroquinona. Embora a maior parte das melhorias seja vista principalmente na epiderme, também foi confirmado certo aumento do colágeno dérmico. A idebenona tem sido usada para problemas de saúde como o mal de Alzheimer e doenças cardíacas. Nomenclatura INCI: Hydroxydecyl ubiquinone. illipe butter – manteiga de illipê: também conhecida como manteiga de semente de Shorea stenoptera. Emoliente e hidratante, pode promover a flexibilidade

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da pele. Em razão de seu alto ponto de fusão, a manteiga de illipê pode ser usada para tornar preparações cosméticas, como batom ou barras de sabonete, mais sólidas e rígidas. Sua composição química e atividade cosmética são semelhantes à da manteiga de cacau. Encontrada em preparações para a pele e protetores solares, cremes de massagem, bases para maquiagem e condicionadores de cabelo. Obtida das nozes da árvore Shorea stenoptera, nativa de Bornéu. Nomenclatura INCI: Shorea stenoptera seed butter. Illite – ilita: argila de estrutura semelhante à da montmorilonita. Pode ser usada como esfoliante e amaciante para a pele, e para drenar impurezas e óleo da superfície da pele. As ilitas vermelha e amarela também podem ser usadas como corantes. A ilita verde é particularmente apropriada em produtos para peles oleosas. A ilita geralmente é encontrada em máscaras, body wraps, esfoliantes e agentes de limpeza. Também pode ser usada para dar mais encorpamento ao produto. Ver também montmorillonite. Ilomastat – ilomastate: ajuda a impedir a formação de metaloproteinases da matriz. Esta é uma categoria de enzimas que contribuem para a degradação da matriz extracelular e suas proteínas, incluindo o colágeno. A ilomastate, portanto, ajuda a impedir a formação dessa família de enzimas. Também inibe certas cepas de bactérias. Imidazolidinyl urea – imidazolinil ureia: um dos conservantes antibacterianos mais usados em virtude de seu baixo potencial sensibilizante. Em 2005, foi o sexto conservante mais usado nos Estados Unidos (os parabenos ocuparam do primeiro ao quarto lugar). Geralmente, a imidazolinil ureia não é utilizada isoladamente, mas como um conservante, com parabenos, para alcançar uma atividade de amplo espectro. Embora possa gerar baixos níveis de formaldeído quando submetida a métodos destrutivos – como exposição a altas temperaturas – em condições normais não se detecta a liberação de formaldeído livre. De todos os conservantes que liberam formaldeído, a imidazolidinil ureia é a que menos provavelmente causará sensibilização na pele e reações alérgicas. Ver também urea. Imidurea – imidureia: anotação abreviada de imidazolidinil ureia. Ver imidazolidinyl urea. Immunoglobulins – imunoglobulinas: ingrediente que está sendo testado para uso em preparações cosméticas antiacne por sua capacidade potencial de diminuir a contagem de P. acnes pela metade após uma semana de uso. Obtidas do leite de vaca.

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Isodecyl citrate – citrato de isodecila

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Inositol: usado em emolientes por sua capacidade de reter a umidade. Pertence à família da vitamina B. Embora encontrado naturalmente em tecido vegetal e animal, para uso comercial é isolado do milho. Iodopropynyl butylcarbamate – butilcarbamato de iodopropinila: conservante com ampla atividade fungicida usado em produtos para a pele. É recomendado para uso em sistemas de formulação difíceis. Iris extract (Iris sp.) – extrato de íris: o sumo da raiz fresca de íris é utilizado como cosmético e removedor de sardas. Dependendo da parte da planta que foi usada – flor, raiz ou folha –, a atividade em produtos cosméticos poderá ser tônica, aromatizante, para mascarar odores ou melhorar a condição da pele. Há muitas variedades de íris, muitas das quais possuem uma considerável reputação por suas virtudes medicinais. A Iris versicolor, por exemplo, produz um fármaco oficial na Farmacopeia dos Estados Unidos, sendo utilizada em cosméticos por sua atividade emoliente, mascarante e tônica. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Iris. Irish moss – musgo irlandês: ver carrageen extract. Iron oxide – óxido de ferro (óxido de ferro preto, vermelho ou amarelo): composto inorgânico usado com frequência para dar cor a cosméticos. Pode ter alguma ação como filtro solar. O óxido de ferro pode variar de vermelho a marrom, de preto a alaranjado ou amarelo, dependendo da pureza e quantidade de água adicionada. Nomenclatura INCI: CI 77489. Isoamyl p-methoxycinnamate – p-metoxicinamato de isoamila: também conhecido como isopentil-4-metoxicinamato. Filtro orgânico e absorsor de UV com uso aprovado de até 10% na União Europeia. Isoarachidyl neopentanoate – neopentanoato de isoaraquidila: emoliente com capacidade de aumentar o FPS. Geralmente é usado em preparações de filtro solar. Considerado não comedogênico. Isobutylparaben – isobutil parabeno: conservante. Isocetyl alcohol – álcool isocetílico: condicionante para a pele com propriedades emolientes, também pode ser usado em formulações como viscosificante. Isocetyl stearate – estearato de isocetila: emoliente. Isocream: emoliente. É uma mistura de óleo mineral, lanolina, petrolato e álcool lanolínico. Isocreme: ver isocream. Isodecyl citrate – citrato de isodecila: composto químico usado para inibir a peroxidação de lipídeos da pele. Também é usado em cosméticos como

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206 | Isodecyl isononanoate – isononanoato de isodecila

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emoliente e para facilitar a incorporação de outros ingredientes difíceis de misturar. Frequentemente utilizado em cremes e loções antienvelhecimento, preparações de filtro solar e outros cosméticos para a pele. Isodecyl isononanoate – isononanoato de isodecila: emoliente com nível de irritância muito baixo, que dá uma sensação de pele seca e leve. Considerado não comedogênico. Isodecyl oleate – oleato de isodecila: emoliente e hidratante com propriedades umectantes e capacidade de se ligar a pigmentos. Isodecylparaben – isodecilparabeno: conservante. Isododecane – isododecano: solvente. Isoeugenol – isoeugenol: fração de óleo volátil derivado do eugenol, também é encontrado nos óleos de ylang-ylang e de noz-moscada. Usado em cosméticos como fragrância ou para mascarar odores. Isoflavones – isoflavonas: família de fitoestrógenos relacionada aos flavonoides. Estudos clínicos indicam uma aplicação antienvelhecimento, dada a sua capacidade de inibir processos químicos que levam à degradação do colágeno na pele. Algumas fontes citam também propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Entre as isoflavonas mais usadas estão a genisteína, genistina, gliciteína, glicitina, orobol e prunetina. Geralmente isoladas da soja, as isoflavonas usadas comercialmente também são obtidas do trevo-dos-prados. Nomenclatura INCI: Soy isoflavones. Isoflavonoids – isoflavonoides: família de ingredientes derivada das isoflavonas. Os isoflavonoides têm demonstrado propriedades antioxidantes através da proteção de UV, e alguns talvez sejam imunoprotetores. Ver também isoflavones. Isohexadecane – isohexadecano: excelente emoliente não oleoso. Isononyl isononanoate – isononanoato de isononila: emoliente condicionante para a pele, que a torna mais suave e macia. Isoparaffin – isoparafina: solvente e diluente. C12-14 isoparaffin – isoparafina, C12-14: ver paraffin. C13-14 isoparaffin – isoparafina, C13-14: ver paraffin. Isoprene glycol – isopreno glicol: possível substituto para o propileno glicol. Tem boas propriedades umectantes, sua fricção na pele é agradável e não deixa uma sensação gordurosa. O isopreno glicol também é compatível com várias outras substâncias orgânicas frequentemente usadas por formuladores de cosméticos. Testes mostram uma boa tolerância quanto à toxicidade e irritação. Isopropanol: ver isopropyl alcohol.

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Isosorbibe monolaurate – monolaurato de isossorbido

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Isopropyl alcohol – álcool isopropílico: carreador, antibacteriano e solvente de loções para a pele. O álcool isopropílico é feito a partir do propileno, um derivado do petróleo. Isopropyl hydroxycetyl ether – isopropril hidroxicetil éter: emoliente e condicionante para a pele. Isopropyl lauroyl sarcosinate – isopropil lauroil sarcosinato: éster de amioácido neutro que funciona como condicionante para a pele. Isopropyl isostearate – isostearato de isopropila: emoliente que deixa a superfície da pele suave e flexível. Também age como aglutinante. O isoestearato de isopropila é um derivado do ácido isoesteárico. Ver também stearic acid. Isopropyl lanolate – lanolato de isopropila: amaciante para a pele e aglutinante ajuda no espalhamento do produto. Também pode auxiliar na penetração do extrato e melhora a textura da pele. Ver também lanolin. Isopropyl methoxycinnamate – metoxicinamato de isopropila: filtro solar químico que age como absorsor de UV. Isopropyl myristate – miristato de isopropila: emoliente, hidratante, aglutinante e amaciante para a pele que também auxilia na penetração do produto. É um éster do ácido mirístico, que ocorre naturalmente no óleo de coco e na noz-moscada. Embora o miristato de isopropila seja geralmente considerado comedogênico, alguns produtores o citam claramente na lista de ingredientes como sendo não comedogênico. Isopropyl palmitate – palmitato de isopropila: emoliente e hidratante, também age como aglutinante e solvente. Semelhante ao miristato de isopropila, é produzido a partir da combinação entre ácido palmítico (óleo de coco ou azeite de dendê) e álcool isopropílico. Este ingrediente pode ser metabolizado por enzimas. Estudos não mostram reações alérgicas ou toxicidade. Algumas fontes indicam uma comedogenicidade potencial. Isopropylbenzyl salicylate – salicilato de isopropilbenzila: absorsor de UV, também lhe são atribuídas propriedades antioxidantes, que impedem a peroxidação lipídica. É encontrado com frequência em produtos hidratantes e antienvelhecimento. Isopropylparaben – isopropilparabeno: conservante. Ver também propylparaben e parabens. Isopropyl stearate – estearato de isopropila: aglutinante, emoliente e hidratante. Deixa a pele suave e flexível. Ver também stearic acid. Isosorbibe monolaurate – monolaurato de isossorbido: confere uma emoliência não gordurosa a cremes e loções. Nomenclatura INCI: isosorbibe laurate.

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Isostearamidopropyl PG-dimonium chloride – cloreto de isostearamidopropil PG dimônio: emulsificante que deixa a pele com uma sensação de suavidade. Não está sujeito a oxidação ou rancidez e seu perfil toxicológico é bem moderado. Isostearic acid – ácido isoesteárico: emoliente que forma um filme lipídico sobre a pele, permeável ao vapor d’água, oxigênio e dióxido de carbono. O ácido isos­teárico é recomendado para uso em cosméticos hidratantes. Esse ácido graxo é semelhante às ceras secretadas por pássaros para proteger as penas. Isostearyl alcohol – álcool isoestearílico: emoliente e viscosificante derivado do ácido isoesteárico. Deixa a pele com uma textura sedosa após a aplicação do produto. Isostearyl isostearate – isostearato de isoestearila: emoliente que lembra o óleo de jojoba. É quase imperceptível após a aplicação. Algumas fontes o citam como comedogênico com um pequeno potencial de irritância. É um derivado do ácido isoesteárico. Isostearyl neopentanoate – neopentanoato de isoestearila: emoliente, aglutinante e agente condicionante para a pele com efeito hidratante e amaciante. Seu potencial alergênico é mínimo. Isostearyl stearoyl stearate – isoestearil estearoil estearato: agente condicionante oclusivo capaz de aumentar a viscosidade da formulação. Isothiazolin 3 one – isotiazolin-3-ona: mistura que age como conservante contra bactérias, fungos e levedura. É não tóxico em níveis de uso entre 0,02% e 0,1%, embora seja bastante irritante em concentrações de 1,5%. Nomenclatura INCI: Methylisothiazolinone. Isotretinoin – isotretinoína: um derivado de retinoide com biodisponibilidade aumentada e absorção percutânea usado no tratamento da acne. Nomenclatura INCI: Hydroxyanasatil retinoate. Ivy extract (Hedera helix) – extrato de hera: atribui-se ao extrato de hera um efeito de emagrecimento e anticelulite em virtude de sua capacidade de impedir a acumulação de água no tecido cutâneo. O extrato de hera é considerado antibacteriano, adstringente, tônico e aliviante, particularmente em casos de queimaduras. Aparentemente, a hera também possui propriedades detergente, anti-parasita, descongestionante e analgésica. Além disso, é indicada como vasoconstritora e antiexsudativo, dado seu conteúdo de vitamina P e a capacidade de reduzir a permeabilidade das paredes capilares. Esse extrato parece melhorar a tolerância à massagem em áreas sensíveis da

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Ivy extract – extrato de hera

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pele. Diminui a sensibilidade do tecido, ativa a circulação e ajuda a reduzir inflamações locais. O extrato de hera contém saponinas, estabilizantes de emulsão espumíferos e agentes ativos na superfície que ajudam na penetração do ingrediente e na emulsificação de gorduras. A hera é eficaz como estimulante da circulação em géis para banho de chuveiro e em sais de banho para peles intumescidas. Na medicina herbácea, a decocção de folhas de hera costumava ser usada para tratar vários tipos de erupções na pele e úlceras cutâneas. As folhas frescas eram utilizadas para envolver feridas e partes purulentas. Hedera helix é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, como, por exemplo, Hedera helix extract, Hedera helix leaf extract etc.

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J-K Jasmine extract (Jasminum officinale) – extrato de jasmim: fragrância. Também é hidratante, aliviante e condicionante para a pele. Algumas propriedades mal definidas e vagas têm sido atribuídas ao extrato da raiz de muitas variedades das 150 espécies de jasmim. Entre essas propriedades, a estimulação dos fibroblastos com o aumento da renovação celular na epiderme, o que é difícil de provar. O jasmim pode causar reações alérgicas como inchaço. Jasminum officinale é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Jasminum officinale extract, Jasminum officinale flower extract, Jasminum officinale oil etc. Ver também jasmime oil. Jasmine oil – óleo de jasmim: propriedades hidratantes, aliviantes e curativas lhe são atribuídas. Tendo em vista essas propriedades, é indicado para peles secas e sensíveis e para dermatite. Na verdade, não há nenhum óleo essencial de jasmim. A essência é extraída por meio de um processo muito demorado e custoso, o que torna esse óleo um dos mais caros disponíveis. Isso pode resultar em versões adulteradas. Seu doce aroma é tão delicado e singular que, até recentemente, a produção artificial ou sintética era considerada impossível. Hoje já existe a essência aromática sintética de jasmim. No entanto, para se ter um produto satisfatório, é preciso adicionar uma porção do óleo natural. O óleo é extraído por um processo conhecido como enfleurage. As flores recém-colhidas são espalhadas sobre bandejas de vidro com óleo e renovadas todas as manhãs enquanto a planta floresce. Finalmente, a pomada é raspada e retirada do vidro, derretida na temperatura mais baixa possível e depois filtrada. Quando se usa óleo de oliva, as pétalas de flor são colocadas em panos de algodão grosseiro previamente saturados com o óleo. Os panos são comprimidos sob uma prensa, produzindo o que se chama de huile antique au jasmin. O óleo de jasmim é depois separado do óleo de oliva. O

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óleo de jasmim pode causar reações alérgicas como inchaço, que pode durar vários dias. Job’s tears extract (Coix lacryma-jobi) – extrato de capim-rosário (lágrima-de-nossa-senhora; lágrima-de-Cristo): emoliente, com propriedades anti-inflamatória, tônica, resfriante e calmante. Como um remédio botânico tradicional, o capim-rosário foi frequentemente usado em casos de acne. Jojoba esters – ésteres de jojoba: emoliente e agente condicionante para a pele feito de óleo e cera de jojoba. Ver também jojoba oil. Jojoba oil (Simmondsia chinensis)– óleo de jojoba: hidratante e emoliente. Tradicionalmente, o óleo de jojoba era muito apreciado pelos nativos norte-americanos do deserto de Sonora por suas propriedades cosméticas. Propriedades místicas lhe têm sido atribuídas pela aparente capacidade de curar a pele. O óleo de jojoba reduz a perda transepidérmica de água sem bloquear por completo o transporte de vapor d’água e gases, tornando a pele flexível e macia. Além disso, confere excelente espalhabilidade e untuosidade aos produtos cosméticos. Estudos indicam uma capacidade de rápida penetração por meio de absorção pelos poros e folículos capilares. A partir dessas regiões, ele parece difundir-se até o estrato córneo e age com os lipídeos intercelulares para então reduzir a perda de água. Os produtores de ingredientes afirmam que a composição química, funcionalidade, capacidade de combinação, aparência e textura do óleo de jojoba sintético são as mesmas do óleo natural. O óleo de jojoba não irrita a pele e não promove sensibilização. Embora geralmente seja considerado não comedogênico, estudos de laboratório indicam comedogenicidade entre leve e moderada, dependendo da potência do óleo. O óleo de jojoba é derivado das sementes da planta. Simmondsia chinensis é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, como, por exemplo, Simmondsia chinensis seed oil, Simmondsia chinensis leaf extract etc. Jojoba wax – cera de jojoba: utilizada como esfera esfoliante natural em géis, sabonetes e outros produtos esfoliantes. Também emoliente, é usada para controlar a viscosidade do produto e ajuda a melhorar a aparência e textura da pele. A cera de jojoba é uma substância obtida da semente de jojoba. Jonquil – junquilho: ver narcissus flower extract. Juniper extract (Juniperus communis) – extrato de junípero: fragrância, também considerada um leve estimulante cutâneo. Acredita-se que ajude a aumentar a renovação celular na epiderme. Há algumas indicações de que pode ser benéfi-

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Keratin amino acids – aminoácidos de queratina

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co no tratamento de celulite. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Juniperus communis, tais como Juniperus communis branch/fruit/leaf extract, Juniperus communis fruit oil, Juniperus communis wood oil etc. Juniper oil – óleo de junípero: antisséptico, adstringente, agente de limpeza e tônico, se usado apropriadamente. Também lhe é atribuída uma boa capacidade de penetração. É considerado útil no tratamento de acne e para uso em pele oleosa. Também é indicado para dermatite e eczema. Obtido da destilação de pequenos ramos da planta, o óleo de junípero pode ser irritante em quantidades inadequadas. Juniper berry oil – óleo de baga de junípero: eficaz para tratamento de acne. O óleo de baga de junípero tem as mesmas propriedades do óleo de junípero, mas é extraído da baga da planta e não de seus pequenos ramos. A destilação das bagas produz um óleo de melhor qualidade. Kaolin – caulim (argila da China): mistura de vários silicatos de alumínio. Geralmente é usado em pós e máscaras em virtude de suas propriedades absorventes, abrasivas, encorpantes e opacificantes. Este pó branco e mole tem uma boa capacidade de cobertura e absorção do óleo e da água secretados pela pele. Adere com facilidade à superfície da pele, mas pode ser removido com procedimentos normais de limpeza. O caulim é considerado matéria-prima não comedogênica. Kaolin China Clay – argila caulim da China: ver kaolin. Karite – carité (insaponificável): também conhecido como Butyrospermum parkii; manteiga de carité. Integra um grupo de óleos vegetais com estrutura molecular pequena que é capaz de penetrar e possivelmente tornar-se envolvido no processo bioquímico da derme. É considerado um precursor biológico na síntese de ceramida. O carité contém estruturas esteroidal e triterpênica. Acredita-se que a fração insaponificável de carité pode estimular os fibroblastos cutâneos para sintetizar colágeno, elastina, proteoglicanos e glicoproteínas. Nomenclatura INCI: Butyrospermum parkii unsaponifiables. Ver também shea butter. Kelp: produto marinho derivado do kelp gigante do pacífico. Ver seaweed extract. Keratin – queratina: agente protetor de superfície com ação filmógena e hidratante. A queratina geralmente é usada em cosméticos por reter umidade e por seu efeito protetor. Ver também protein. Keratin amino acids – aminoácidos de queratina: mistura de aminoácidos obtidos da hidrólise completa da queratina. Ver também amino acids; keratin.

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Khus-khus: ver vetiver oil. Kiwi powder – pó de kiwi: usado em esfoliações por suas propriedades abrasivas. Obtido de sementes moídas de kiwi. Kojic acid – ácido kójico: agente clareador da pele. O ácido kójico é um inibidor da tirosinase, embora não seja tão eficaz quanto o extrato de alcaçuz. Quando combinado com a alantoína e outros ingredientes apropriados em preparações de filtro solar, a mistura pode inibir eritemas causado por UV e acelerar o processo curativo de feridas. Também é um sensibilizante e pode irritar a pele. Kojic acid dipalmitate – dipalmitato do ácido kójico: acredita-se que preparações contendo o dipalmitato do ácido kójico inibem eritemas induzidos por UV. Nomenclatura INCI: kojic dipalmitate. Ver também kojic acid. Kojic acid monostearate – monoestearato do ácido kójico: derivado do ácido kójico que, acredita-se, inibe a tirosinase, e portanto a formação de melanina. O monoestearato do ácido kójico é usado em preparações para clareamento de pele. Ver também kojic acid. Kola extract (Cola acuminata) – extrato de cola: muito conhecido por suas propriedades estimulantes, adstringentes e curativas. Pesquisas também demonstraram propriedades anti-inflamatórias e anti-irritantes. Esse extrato pode ser utilizado para tratar feridas. O extrato de cola também é razoavelmente eficaz para impedir a penetração de certas substâncias na epiderme viá­vel. Possui alto teor de cafeína e outros estimulantes. O extrato é obtido da noz de cola. Nomenclatura INCI: Cola acuminata seed extract. Krameria triandra root extract – extrato de raiz de ratânia: os produtores citam a capacidade de modular, na epiderme, a produção de hormônios relacionados ao estresse. Benefícios terapêuticos incluem ação anti-inflamatória, sequestramento de radicais livres e capacidade de proteger contra a peroxidação de lipídeos. Benéfico para peles avermelhadas, rachadas e estressadas. A planta é nativa do Peru. Kukui nut oil (Aleurites moluccana) – óleo de noz de kukui (nogueira-de-iguape): a árvore de noz de kukui foi usada pelos antigos havaianos para aliviar dores de cortes e queimaduras e para ajudar a proteger a pele de danos causados pelo sol e pela prática do surf. Relata-se que o óleo de noz de kukui possui excelentes propriedades de penetração, ajuda a hidratar a pele e trazer alívio para rachaduras e irritações. Esse óleo não deixa a pele com a sensação de estar engordurada. Aparentemente, é um excelente tratamento

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Kukui nut oil – óleo de noz de kukui

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para psoríase e eczema, além de ser benéfico para acne e outras doenças comuns de pele. É também um solubilizante para filtro solar que reduz a sensação gordurosa geralmente associada a esses produtos. Estudos indicam uma possível capacidade natural própria de funcionar como filtro solar; e quando utilizado com outros produtos, pode aumentar a eficácia da formulação. Nativas do Havaí, as nozes e sementes são assadas e depois prensadas para extrair um óleo transparente com alto teor de ácidos linoleico e linolênico. Geralmente é suplementado e estabilizado com vitaminas A, C e E. Aleurites moluccana é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, como, por exemplo: Aleurites moluccana seed oil, Aleurites moluccana extract etc.

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l lactamide mEA – lactamida MEA: surfactante que também pode agir como espessante, espumífero e estabilizante. lactic acid (sodium lactate) – ácido lático (lactato de sódio): ingrediente polivalente usado como conservante, esfoliante e hidratante, e para dar acidez à formulação. No corpo, o ácido lático é encontrado no sangue e tecido muscular, como produto do metabolismo da glicose e do glicogênio. Também é um componente do fator de hidratação natural da pele. O ácido lático é um alfa-hidroxiácido que ocorre no leite coalhado e em outras fontes menos conhecidas, como a cerveja, picles e outros alimentos elaborados por fermentação bacteriana. O ácido lático captura a água melhor do que a glicerina. Estudos indicam que pode aumentar a capacidade do estrato córneo de reter a água. Também mostram que a maleabilidade da camada córnea está intimamente associada à absorção do ácido lático; isto é, quanto maior a quantidade de ácido lático absorvido, maior a maleabilidade da camada córnea. Pesquisas relatam que o uso contínuo de preparações formuladas com ácido lático em concentrações variando entre 5% e 12% proporcionaram uma melhora entre pequena e moderada na aparência das rugas e tornaram a pele mais macia e suave. O ácido lático é cáustico quando aplicado à pele em soluções muito concentradas. Ver também alpha hydroxyacid. lactobacillus/papaya fruit ferment extract – lactobacilos/extrato de fermento de mamão: extrato de mamão obtido em processo de fermentação com o uso de lactobacilos como agente de fermentação. O lactobacilo é uma “bactéria amigável”, de ocorrência natural no organismo, que é usada no processo de fermentação de certos alimentos, como iogurte e leite coalhado. Ver papaya enzyme extract. lactobacillus/solanum lypersicum fruit ferment extract – lactobacilos/extrato de fermento de solanum lycopersicum (tomate): considerado antioxidante,

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218 | Lactobacillus – lactobacilos/filtrado de fermento do fruto de Theobroma cacao

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antienvelhecimento e capaz de promover uma atividade condicionante de longo prazo na pele. Trata-se de um filtrado obtido em processo de fermentação com o uso de lactobacilos como agentes fermentadores. Ver também tomato. Lactobacillus/Cocoa fruit ferment filtrate – lactobacilos/filtrado de fermento do fruto de Theobroma cacao: ajuda a reduzir inflamações. Lady’s mantle extract (Alchemilla vulgaris) – extrato de pé-de-leão (alquemila): acredita-se que possui capacidade de absorção de UV tantos no espectro UVA quanto no UVB. Outras propriedades incluem ação antirradical livre, curativa e anti-inflamatória. É eficaz no tratamento da acne. Os herbolários consideravam o extrato de pé-de-leão uma das melhores ervas para curar feridas, atribuindo-lhe a capacidade de ressecá-las, reduzir a inflamação e promover uma cura mais rápida. Embora a raiz fosse raramente usada, o extrato de raiz fresca era considerado valioso para deter sangramentos. Os constituintes ativos dessa planta perene incluem os taninos, o que a torna eficaz contra irritação, coceira e queimaduras na pele. O extrato contém silício/ácido silícico e, segundo relatos, quando combinado com eufrásia e cavalinha, todos agem sinergisticamente para fortalecer o tecido conectivo. Alchemilla vulgaris extract e Alchemilla vulgaris leaf extract são as denominações existentes no INCI. Lady’s thistle extract: ver milk thistle. Laminaria saccharina extract (Laminaria saccharina) – extrato de cinto-de-netuno: membro da família kelp (quelpo). Ver seeaweed extract. Laneth-10 – lanet-10: emulsificante particularmente eficaz quando combinado à lanolina, também é usado como surfactante para melhorar a espalhabilidade e controlar a viscosidade do produto. Este é o polietileno glicol éter do álcool lanolínico. Laneth-10 acetate – lanet-10-acetato: emulsificante com propriedades emolientes. É o éster acetilado de um éter etoxilado do álcool lanolínico. Lanolide – lanolida: substituto vegetal da lanolina. Acredita-se que seja um bom substituto em razão da ausência de pesticidas, constituintes antiparasíticos e metais pesados. Estes podem estar presentes na lanolina e têm causado alguns problemas na indústria de cosméticos. Lanolin – lanolina: emoliente com propriedades hidratantes e emulsificante com grande capacidade de absorver água. Constatou-se que forma um retículo na superfície da pele, e não um filme, como é o caso do petrolato (vaselina). Embora estudos de longo prazo associem à lanolina uma baixa incidência de rea-

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Lapsana cummunis extract – extrato de Lapsana cummunis (lápsana; labresto)

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ções alérgicas, ela continua sendo um ingrediente polêmico pelo potencial teor de pesticida e de comedogenicidade. Há uma tendência entre os produtores de lanolina de alta qualidade em produzi-la com baixo teor de pesticida, e entre os formuladores e produtores de cosméticos de alta qualidade em usar a forma purista disponível. Quanto à comedogenicidade, esta propriedade é cada vez mais debatida, já que alguns pesquisadores acreditam que essa atribuição não é correta, especialmente quando a lanolina é usada em emulsões. A lanolina é um derivado da lã de ovelha formado por uma secreção viscosa e gordurosa das glândulas sebáceas do animal. Alguns a consideram uma cera natural. Lanolin (hydrogenated) – lanolina (hidrogenada): um derivado da lanolina. Ver também lanolin. Nomenclatura INCI: Hydrogenated lanolin. Lanolin USP (modified) – lanolina USP (modificada): emoliente e emulsificante. Esta é uma lanolina altamente purificada que atende às especificações da monografia USP (United States Pharmacopeia), ou seja, a análise de traços de contaminantes. Ver também lanolin. Lanolin acetate – acetato de lanolina: um derivado da lanolina. Ver também lanolin. Lanolin alcohol – álcool lanolínico: amplamente utilizado como emulsificante e emoliente em sistemas de água-em-óleo. Absorve uma quantidade considerável de água que então é lentamente liberada para fins de hidratação. O álcool lanolínico é uma mistura de álcoois orgânicos obtidos da hidrólise da lanolina. Pode causar sensibilidade na pele e reações alérgicas. Lanolin oil – óleo lanolínico: um derivado da lanolina. É a fração líquida da lanolina obtida por meios físicos da lanolina inteira. Ver também lanolin. Lanolin wax – cera de lanolina: um derivado da lanolina. É a fração semissólida da lanolina obtida por meios físicos da lanolina inteira. Ver também lanolin. Lanolin derivatives – derivados da lanolina: mistura de produtos derivados não especificados da lanolina. Ver também lanolin. Lappa extract – extrato de bardana: ver burdock root extract. Lapsana cummunis extract – extrato de Lapsana cummunis (lápsana; labresto): propriedades protetoras para a pele e antioxidantes são atribuídas a extratos de todo o gênero Lapsana, e particularmente à espécie cummunis. Acredita-se que formulações desse extrato tenham atividade antienvelhecimento e antirrugas. Também demonstrou capacidade de proteger a pele contra danos de radicais livres. Outras propriedades incluem ação antisséptica e desinfetante. Nomenclatura INCI: Lapsana cummunis flower/leaf/stem extract.

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220 | Lasilium

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Lasilium: ver sodium lactate methylsilanol. Lauramide DEA – lauramida DEA (dietanolamida do ácido láurico): espessante, estabilizante de espuma e viscosificante em formulações cosméticas. É adicionado a detergentes líquidos e agentes de limpeza do tipo lauril sulfato para ajudar a estabilizar a espuma e intensificar sua formação. Laurel (Laurus nobilis) – loureiro (louro): quando utilizado em forma de óleo, acredita-se que tenha propriedades antissépticas e adstringentes, o que o tornaria eficaz para problemas de pele e agilizar a cura. O óleo é prensado a partir das bagas e das folhas. Laurus nobilis é a nomenclatura INCI, no entanto, possui vários tipos, dependendo da apresentação, por exemplo Laurus nobilis leaf, Laurus nobilis oil etc. Laureth-2 – lauret-2: surfactante e emulsificante. É o polietileno glicol éter do álcool laurílico. Aumentar o número de mols (lauret-3, lauret-7, e assim por diante) geralmente torna o produto mais suave. Ver também lauryl alcohol. Laureth-3 – lauret-3: surfactante, detergente e emulsificante usado em preparações cosméticas. Ver também lauryl alcohol. Laureth-7 – lauret-7: agente umectante também usado como emulsificante, surfactante, detergente e solubilizante para substâncias ativas. Ver também lauryl alcohol. Laureth-12 – lauret-12: surfactante, detergente e emulsificante em formulações cosméticas. Ver também lauryl alcohol. Laureth-23 – lauret-23: emulsificante usado com mais frequência em emulsões de óleo-em-água do que de água-em-óleo, embora seja eficaz em ambas. É também um estabilizante de emulsões e pode agir como surfactante. Pode causar pequenas irritações na pele e nos olhos. Ver também lauryl alcohol. Lauric acid – ácido láurico (ácido n-dodecanoico): devido a suas propriedades espumíferas, seus derivados são amplamente utilizados como base na produção de sabões, detergentes e álcool laurílico. É um constituinte comum em gorduras vegetais, especialmente o óleo de coco e o óleo de louro. Levemente irritante, não é um sensibilizante. Algumas fontes o citam como comedogênico. Lauric acid diethanolamide – dietanolamida do ácido láurico: ver lauramide DEA. Lauroamphocarboxyglycinate – lauroanfocarboxiglicinato: agente orgânico de limpeza que remove óleo e sujeira, mas pode ser levemente irritante para a pele. Lauroamphodiacetate – lauroanfodiacetato: agente de limpeza suave. Lauroyl methionine lysinate – lisinato de lauroil metionina: sequestrante de radicais livres usado em cosméticos antienvelhecimento.

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Lavender flower oil – óleo de flor de alfazema (lavanda)

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Lauroyl lysine – lauroil lisina: aminoácido que também serve como agente condicionante para a pele. Ver também lysine. Lauryl alcohol – álcool laurílico: usado em formulações químicas para vários fins, incluindo estabilizante de emulsão, emoliente, condicionante para a pele e agente viscosificante. Lauryl aminopropylglycine – lauril aminopropilglicina: agente condicionante para a pele. Lauryl betaine – lauril betaína – agente condicionante para a pele. No cabelo, é usado como agente condicionante antiestático e espumífero. Lauryl diethylenediaminoglycine – lauril dietilenodiaminoglicina: ingrediente condicionante para a pele que parece ter maior aplicação em formulações para o cabelo, onde, segundo relatos, funciona como agente antiestático. Lauryl glucoside – lauril glicosídeo: surfactante suave. Lauryl lactate – lactato de laurila: emoliente, detergente/emulsificante e surfactante usado em formulações cosméticas. Lauryl methyl gluceth-10 hydroxypropyl dimonium chloride – cloreto de lauril metil glucet-10 hidroxipropil dimônio: seus benefícios incluem anti-irritância, condicionamento, umectância e hidratação. laurylmethicone copolyol – laurilmethicona copolyol: emulsificante com excelentes propriedades à prova d’água, quando usado na concentração apropriada e com outros emulsificantes. Lauryl PCA – lauril PCA: emulsificante com boa afinidade para lipídeos da pele. Pode aumentar a ação hidratante de um produto diminuindo a perda transepidérmica de água. O lauril PCA é um hidratante lipofílico com efeito retardado e residual. Também usado como espessante ou agente controlador de viscosidade. É derivado de matérias-primas naturais. É o éster láurico do PCA. Lauroyl sarcosine – lauril sarcosina: surfactante para formulações cosméticas. Lavender flower oil – óleo de flor de alfazema (lavanda): o principal constituinte da alfazema é o óleo volátil, do qual as folhas ressecadas contêm de 1,5% a 3%; as flores frescas, cerca de 0,5%. O óleo de flor de alfazema é amarelo claro, verde amarelado ou incolor. O óleo destilado das primeiras flores é de uma tonalidade pálida e contém uma proporção maior dos ésteres mais valio­sos. No óleo destilado de flores tardias predominam os ésteres menos valiosos, e ele é mais escuro. O óleo deve seu delicado perfume principalmente aos ésteres. Há dois ésteres que praticamente controlam o aroma. Desses, o principal é o acetato de linalila; o segundo é o butirato de linalila. Outros

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222 | Lavander green oil – óleo verde de alfazema

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ésteres presentes inclluem o geraniol, linalool e o limoneno. Ver também lavander oil. Lavander green oil – óleo verde de alfazema: ver lavender flower oil; lavender oil. Lavender oil (Lavandula officinalis) – óleo de alfazema (lavanda): fragrância. O óleo de alfazema é considerado um óleo de muitas aplicações ao qual se atribuem várias propriedades terapêuticas. Entre elas, ação antialergênica, anti-inflamatória, antisséptica, antibacteriana, antiespasmódica, balanceadora, energizante, aliviante, curativa, tônica e estimulante. Além disso, acredita-se que esse óleo ajuda a limpar pequenas feridas depois de lavadas e regula as funções da pele. Também pode ter propriedades repelentes de insetos. O óleo de alfazema funciona bem em todos os tipos de pele e produz excelentes resultados quando usado em peles oleosas, bem como no tratamento da acne, queimaduras (queimaduras de sol e outros tipos de queimadura superficial e não extensiva), dermatite, eczema e psoríase. Seu benefício para a derme é imediato, já que é rapidamente absorvido pela pele. O óleo de alfazema pode normalizar qualquer tipo de pele e estimular o crescimento e a regeneração celular. Quando adicionado a outros óleos, aumenta e equilibra o efeito destes últimos. Alega--se também que a alfazema ajuda a aliviar o estresse e, como tal, acredita-se que seja útil no tratamento de problemas de pele causados ou agravados por ele. O uso conhecido desse óleo estende-se pelo menos até a época dos romanos, quando era muito utilizado nos banhos. Seu nome (lavanda) é derivado dessa prática e da palavra romana lavare, que significa lavar. O principal componente do óleo é o acetato de linalool; outros ativos incluem geraniol, borneol, ocimeno e pineno. O óleo de alfazema é destilado utilizando-se as extremidades das flores e os talos. Geramente é considerado não tóxico, não sensibilizante e não irritante. Lavandula officinalis flower oil não é o nome oficial da INCI, mas é uma denominação usada para aromatização. Lawsone with dihydroxyacetone – lausona com di-hidroxiacetona: um dos 21 filtros solares químicos aprovados pela FDA e incluído na Categoria I de absorsor de UVB. Seu uso aprovado é de 3%. A di-hidroxiacetona (DHA) é usada como agente de autobronzeamento. DHA e lausona juntos agem como filtro solar. Lecithin – lecitina: emoliente natural, emulsificante, antioxidante e agente espalhante, a lecitina é um ingrediente hidrofílico que atrai a água e age como hidratante. Em produtos cosméticos, geralmente é obtida de ovos e soja, e é encontrada em todos os seres vivos.

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Lichen extract – extrato de líquen

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Lecithin (hydrogenated) – lecitina (hidrogenada): emulsificante. Nomenclatura INCI: Hydrogenated lecithin. Lemon balm – bálsamo de limão: ver balm mint oil. Lemon bioflavonoids extract – extrato de bioflavonoides de limão: obtido pela extração do óleo da casca. Ver também bioflavonoids; lemon extract. Lemon extract (Citrus limon) – extrato de limão: suas propriedaes botânicas são descritas como antibacteriana, antisséptica, adstringente e tônica. É também um aromatizante. O extrato de limão é sugerido para o tratamento de queimaduras de sol, acne e pele oleosa. Este extrato contém ácido cítrico e vitaminas B e C. Pode causar irritação e reações alérgicas. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Citrus limon. Lemon oil – óleo de limão: como um dos óleos essenciais mais versáteis em aromaterapia, é considerado anti-irritante, antisséptico, purificante para o sangue e estimulante das funções linfáticas. O óleo volátil é obtido da casca fresca de Citrus limon (limão cítrico), que contém um óleo essencial e um princípio amargo. Quando fervido em água, cristais do glicosídeo hesperidi­ na são depositados pela evaporação da porção branca polposa. Ácidos diluídos o decompõem em hesperidina e glicose. O óleo é mais fragrante e valioso se obtido por espremedura em vez de destilação. O óleo de limão pode causar reação alérgica. Lemon peel – casca de limão: ver lemon oil. Lemongrass oil (Cymbopogon citratus) – óleo de capim-limão: considerado adstringente e tônico, também tem demonstrado propriedades antifúngicas. É bastante utilizado na indústria de perfumes e sabonetes. É um óleo volátil destilado das folhas do capim-limão. Cymbopogon citratus é a nomenclatura INCI, no entanto existem vários tipos, dependendo da apresentação, como Cymbopogon citratus leaf oil, Cymbopogon citratus extracts etc. Lettuce extract (Lactuca virosa) – extrato de alface: acredita-se que tenha propriedades emolientes em estado fresco, mas após o processamento para uso em cosméticos, é improvável que essa propriedade seja conservada. Os herbolários lhe atribuem uma propriedade sedativa e narcótica. É obtido da alface selvagem (e não da alface de jardim para salada), uma planta que cresce no máximo até 180 centímetros. A planta toda é rica de um sumo leitoso que escorre facilmente de qualquer corte que se faça. Nomenclatura INCI: Lactuca virosa leaf extract. Lichen extract – extrato de líquen: conservante que pode ser usado contra certos tipos de bactérias, fungos e leveduras. Também contribui para a atividade

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224 | Licorice extract – extrato de alcaçuz

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de outros conservantes. O extrato é um agente ativo, sem água, natural, que é tirado do líquen alpino. Não tóxico e não irritante para a pele. Licorice extract (Glycyrrhiza glabra) – extrato de alcaçuz: considerado um anti-irritante. Estudos indicam capacidade de absorver raios UVA e UVB e também concluíram que o extrato de alcaçuz tem um efeito despigmentante, além de um efeito inibitório sobre a síntese de melanina devido à sua capacidade de agir como um inibidor da tirosinase. Como agente despigmentante, o extrato de alcaçuz é descrito como sendo mais eficaz que o ácido kójico e 75 vezes mais eficaz que o ácido ascórbico. O principal constituinte da raiz de alcaçuz é a glicirrizina, presente em concentrações que variam de 5% a 24%, dependendo da variedade de alcaçuz utilizada. Membro da família do feijão, as propriedades farmacológicas do alcaçuz são encontradas nas raízes e no caule da planta. Glycyrrhiza glabra é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, como Glycyrrhiza glabra root extract, Glycyrrhiza glabra leaf extract etc. Licorice root extract – extrato de raiz de alcaçuz: ver licorice extract. Lily extract – extrato de lírio: existem quase cem variedades conhecidas de lírio às quais são atribuídas propriedades antissépticas e de clareamento da pele. Os herbolários também atribuem ao lírio Madonna propriedades demulcentes (suavizantes) e adstringentes. O extrato, obtido dos bulbos desta variedade, é utilizado principalmente por sua ação emoliente, curativa, aliviante e anti-inflamatória. O extrato das folhas e raízes do lírio de água branco tem sido descrito como adstringente, curativo e anti-inflamatório. Lime blossom extract – extrato de flor de lima: aromatizante. É também um emoliente com propriedades aliviantes e antissépticas. Fonte de vitamina C, pode causar reações adversas quando a pele é exposta à luz do sol. Lime oil (Citrus acida, Citrus aurantifolia) – óleo de lima: apresenta propriedades e usos semelhantes aos do óleo de limão. O óleo de lima é extraído da pele da lima por prensagem a frio ou destilação. Nomenclatura INCI: Citrus aurantifolia, no entanto, existem vários tipos, dependendo da apresentação, como Citrus aurantifolia oil, Citrus aurantifolia juice, Citrus aurantifolia seed oil etc. Ver também lemon oil. Lime tree extract – extrato de limeira: o principal extrato da limeira é aquele obtido das florescências. Algum extrato também pode ser obtido das folhas e da seiva. O extrato de limeira às vezes é chamado de tília. Ver também linden extract.

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Linoleic acid triglyceride – triglicerídeo do ácido linoleico

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d-limonene – d-limoneno: usado em perfumes e para mascarar odores, é uma substância química encontrada em óleos cítricos. Ver lemon oil. Linalool: componente fragrante tanto da alfazema quanto do coentro. Pode ser incorporado a cosméticos para perfumar, mascarar odores ou por sua ação desodorante. Linden extract (Tilia sp.) – extrato de tília: o extrato da casca pode ser usado para peles problemáticas ou marcadas; é considerado refrescante e aliviante. O extrato de tília também pode ser obtido das florescências da tília. Propriedades antissépticas, clareantes, aliviantes, sedativas, estimulantes da circulação, hidratantes e adstringentes lhe são atribuídas. O extrato pode ser usado com eficácia em cremes e emulsões para pele irritada, bem como em sais de banho para o relaxamento da tensão muscular e em casos de resfriado. Na forma de óleo, a tília pode ser usada para mascarar odores e como condicionante para a pele. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Tilia. Linoleamide DEA – linoleamida DEA: espessante altamente eficaz. O produto torna-se mais deslizante e melhora a sensação sobre a pele. É também condicionante, estabilizante e viscosificante. Ver também linoleic acid. Linoleamidopropyl PG-dimonium chloride phosphate – cloreto de linoleamidopropil PG-dimônio fosfato: emulsificante de origem vegetal. Deixa a pele com uma sensação de suavidade. Não é irritante. Linoleic acid – ácido linoleico (vitamina F): também conhecido como ômega-6. Emulsificante, também agente de limpeza, emoliente e condicionante para a pele. Algumas formulações o incorporam como surfactante. O ácido linoleico impede que a pele fique ressecada e áspera. A deficiência de ácido linoleico está associada a sintomas semelhantes àqueles que caracterizam o eczema, a psoríase e uma condição cutânea de modo geral precária. Em numerosos estudos de laboratório, onde a deficiência de ácido linoleico foi induzidda, a aplicação tópica do ácido na forma livre ou esterificada rapidamente reverteu essa condição. Além disso, foi constatado em testes de laboratório que o ácido linoleico inibe a produção de melanina, diminuindo a atividade da tirosinase e suprimindo a formação de polímeros de melanina dentro de melanossomas. O ácido linoleico é um ácido graxo essencial encontrado em vários óleos de plantas, incluindo o de soja e o de girassol. Linoleic acid ethylester – etiléster do ácido linoleico: ver ethyl linoleate. Linoleic acid triglyceride – triglicerídeo do ácido linoleico: emoliente e bom agente penetrante, não é muito usado, pois sua natureza insaturada cria problemas de rancidez.

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226 | Linolenic acid – ácido linolênico

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Linolenic acid – ácido linolênico: também conhecido como ácido alfalinolênico; ômega-3. Ácido graxo essencial encontrado na maior parte dos óleos ressecantes. É levemente irritante para as membranas mucosas. Pode ser usado em preparações cosméticas como antiestático, agente de limpeza, emoliente, condicionante para a pele e surfactante. Linolenic acid triglyceride – triglicerídeo do ácido linolênico: emoliente de uso limitado por causa dos possíveis problemas de rancidez. É um bom agente penetrante. Linseed oil – óleo de linhaça: emoliente, anti-inflamatório e curativo. Derivado da semente de linho, o óleo é obtido por espremedura com pouco ou nenhum aquecimento. Lipid concentrate – concentrado de lipídeos: descrição vaga, já que não se refere à origem ou fonte do lipídeo. Quando adicionados à pele, os lipídeos são considerados hidratantes. Eles renovam a função de barreira e reduzem a perda de umidade. Lipohydroxy acid – lipo-hidroxiácido: também conhecido como LHA. Ver beta-lipohydroxy acid. Liposomes – lipossomas: vesículas extremamente pequenas, de dupla camada, ocas, esféricas e com membranas fosfolipídicas, são capazes de encapsular substâncias solúveis tanto em água quanto em óleo. Sua compatibilidade e afinidade com membranas celulares permite que sejam facilmente aceitos e metabolizados pela pele, proporcionando a esta “ativos” que de outra maneira não seriam tão prontamente aceitos. A eficácia dos lipossomas é medida por sua capacidade de liberar ingredientes ativos encapsulados em sítios-alvo. Variando-se o tipo de fosfolipídeos usados para formar lipossomas e/ou ligando certas moléculas à sua superfície, pode-se construí-los de modo que apresentem propriedades úteis, as quais incluem: liberar seu conteúdo ativo ao atingir o sítio-alvo; proteger os ingredientes da degradação acídica e enzimática antes de atingir o sítio-alvo; proteger compostos da oxidação prematura; selecionar certos tecidos ou tipos de células; agir como liberadores graduais de ativos valiosos. Além de sua capacidade de carreamento e propriedades de penetração, os lipossomas proporcionam ao estrato córneo superior uma textura agradável e suave. Lipossomas são formados predominantemente por fosfolipídeos de origem natural, semissintética e/ou sintética. Eles trouxeram para o campo da cosmética um amplo interesse nos conceitos de microencapsulamento e liberação direcionada de substâncias. Liquid paraffin – parafina líquida: ver paraffin.

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Lupine extract – extrato de lupino

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Lipossomas

Liquorice extract – extrato de alcaçuz: ver licorice extract. Liquorice root extract – extrato de raiz de alcaçuz: ver licorice extract. Live yeast cell derivative – derivado de células vivas de levedura: ver tissue respiratory factor. Lovage oil (Levisticum officinale) – óleo de ligústica: propriedades atribuídas incluem limpeza, depuração e drenagem. O óleo de ligústica é apropriado para uso em pele oleosa. Além disso, as raízes e o fruto têm atividade aromática e estimulante. Este óleo é produzido por destilação das raízes, embora as folhas e sementes também sejam usadas para fins terapêuticos. Nomenclatura INCI: Levisticum officinale leaf extract, Levisticum officinale oil, Levisticum officinale root extract. Lupine amino acids – áminoácidos de lupino: com excelente capacidade de hidratação, os aminoácidos de lupino geralmente são encontrados em hidratantes e agentes de limpeza. Derivado das sementes de Lupinus albus. Ver também lupine extract. Lupine extract (Lupinus albus) – extrato de lupino: as pesquisas atribuem vários benefícios fisiológicos ao extrato de lupino, que causam impacto tanto no estrato córneo quanto na epiderme. De um modo geral, o extrato de lupino parece aumentar a atividade celular (evidências indicam que talvez penetre até a camada basal) e engrossar a epiderme e o estrato córneo. Fortalece a estrutura epidérmica, estimulando a produção de proteínas epidérmicas,

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especialmente a filagrina (que promove a síntese de queratina) e lipídeos da epiderme, incluindo ceramidas, colesterol, di e triglicerídeos. Estudos também indicam melhora e/ou restauração na função de barreira do estrato córneo, resultando na redução da perda transepidérmica de água. Isso pode ser atribuído à capacidade do lupino de promover a produção de proteínas e lipídeos. O extrato de lupino é rico em oligossacarídeos e peptídeos de baixo peso molecular que apresentam alto teor de ácido glutâmico. Pode ser particularmente benéfico quando usado em combinação com ingredientes hidratantes como o ácido lático. Provavelmente será encontrado em preparações para reestruturar, reparar e hidratar a pele. Lupinus albus é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, como Lupinus albus proteim, Lupinus albus seed extract, Lupinus albus seed oil etc. Ver também lupine amino acids. Lysine – lisina: aminoácido condicionante para a pele. Ver também amino acid. Lysine PCA – lisina PCA: aumenta a captação de oxigênio celular e melhora a hidratação. A lisina PCA é também usada como agente neutralizante e tampão de pH em formulações para a pele. Lysine carboxymethyl cysteinate – carboximetil cisteinato de lisina: complexo de aminoácido solúvel em água, com capacidade de regular a secreção de óleo. Lysine lauroyl methionate – lauroil metionato de lisina: aminoácido que age para melhorar a aparência, textura e condições gerais da pele.

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M mi/mci (methylchloroisothiazolinone) – MI/MCI (metilcloroisotiazolinona): conservante que age contra bactérias e fungos. Em 2005, ele era o décimo conservante mais utilizado. No entanto, está associado a um potencial sensibilizante, incluindo reações alérgicas, em produtos destinados a permanecer sobre a pele (por exemplo, cremes noturnos). Seus níveis recomendados de concentração variam de 7,5 ppm (partes por milhão), para produtos sem enxágue, a 15 ppm, para preparações com enxágue, como sabões e agentes de limpeza. Mas o MI/MCI em contrações de 7 ppm podem induzir sensibilização. Nomenclatura INCI: methylchloroisothiazolinone. macadamia nut oil (Macadamia integrifolia) – óleo de noz de macadâmia: carreador e emoliente com excelentes propriedades de espalhabilidade, lubrificação e penetração. É hidratante, deixa uma sensação agradável, suave, não gordurosa, além de ser delicado para a pele. Sua composição de ácidos graxos é semelhante à do sebo da pele, incluindo alguns ácidos que são cruciais para manter as funções de barreira. O óleo de noz de macadâmia é benéfico em preparações para amaciar e nutrir a pele. Também é útil em produtos para peles maduras e/ou secas devido ao teor de ácido palmitoleico (até 20%). Este é um ácido graxo de ocorrência natural produzido pelas glândulas sebáceas, cuja produção diminui com a idade. O peso do óleo é de 70% a 80% da noz, especificamente óleo triglicerídico e óleo palmitoleico. É cosmeticamente estável e tem baixa rancidez, contendo naturalmente tocoferóis. A árvore da macadâmia cresce principalmente na Austrália e nas ilhas havaianas. A Nomenclatura INCI contempla vários tipos de Macadamia integrifolia, dependendo da apresentação, como Macadamia integrifolia seed oil, Macadamia integrifolia shell powder etc. macrocystis pyrifera extract – extrato de macrocystis pyrifera: também conhecida como alga castanha gigante ou bexiga kelp. Ver kelp; seaweed extract.

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230 | Madonna lily – lírio de Madonna

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Madonna lily – lírio de Madonna: ver white lily bulb extract. Magnesium – magnésio: desempenha papel importante em vários processos dentro da pele, incluindo a síntese de aminoácidos, síntese de proteínas (p. ex., colágeno) e no metabolismo do cálcio, sódio e fósforo. Magnesium aluminum silicate – silicato de magnésio e alumínio: espessante com capacidade de modificar texturas e estabilizar emulsões; também apresenta propriedades adstringentes. É uma argila esmectita refinada e purificada. É não comedogênico e atóxico. Magnesium ascorbyl phosphate – fosfato de ascorbil magnésio (magnésio-1-ascorbil-2-fosfato): versão estabilizada e sinteticamente derivada da vitamina C. É considerado tão eficaz quanto a vitamina C em regular a biossíntese do colágeno, e também como antioxidante. Ver também vitamin C. Magnesium aspartate – aspartato de magnésio: usado em cosméticos para melhorar as condições, aparência e textura da pele. Alguns produtores observam uma capacidade de promover a adesão de células da camada basal à junção dermoepidérmica; em particular, ao colágeno. É usado em cosméticos antienvelhecimento e antirrugas. Magnesium laureth sulfate – lauret sulfato de magnésio: surfactante suave e agente de limpeza. Magnesium silicate – silicato de magnésio: ver talc. Magnesium sulphate – sulfato de magnésio: sal inorgânico usado como agente aglutinante em preparações cosméticas. Maize germ oil – óleo de germe de milho: ver corn oil. Maize gluten amino acids – aminoácidos de glúten de milho: ver corn amino acids. Maleated soybean oil – óleo de soja maleatado: ver soybean oil. Malic acid – ácido málico: o terceiro menor alfa-hidroxiácido em termos de tamanho molecular. Embora seja usado em numerosos produtos cosméticos, especialmente aqueles que indicam teor de “ácido de frutas”, e que geralmente são antienvelhecimento, diferentemente dos ácidos glicólico e lático, seus benefícios para a pele não têm sido estudados profundamente. Para alguns formuladores, é difícil trabalhar com ele, especialmente quando comparado a outros AHAs. Podem ainda ser um pouco irritantes. Raramente é usado como o único AHA num produto. É encontrado naturalmente em maçãs. Ver também alpha hydroxyacid. Mallow extract (Malva sylvestris) – extrato de malva: propriedades anti-inflamatória, aliviante, refrescante, emoliente e curativa são atribuídas a este

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Manganese gluconate – gluconato de manganês

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ingrediente. O extrato de malva tem um alto teor de mucilagem que, em contato com a água, intumesce e forma um gel mole, aliviante e protetor. É benéfico em tratamentos para os olhos. O extrato geralmente é derivado das folhas e flores de Malva sylvestris, conhecida como malva azul, comum ou grande, embora possa ser obtido de outros tipos de malva, tais como malvavisco, almiscarada, malva-comum e tree-sea. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Malva sylvestris, dependendo da apresentação, como Malva sylvestris extract, Malva sylvestris flower powder etc. Malpighia glabra fruit extract – extrato do fruto de malpighia glabra: ver acerola. Malt extract – extrato de malte: possui propriedades rubefacientes em cosméticos devido à presença de levedura. É usado em máscaras faciais e loções tonificantes como nutriente e texturizante. O extrato de malte é um xarope escuro obtido da evaporação de um extrato aquoso de sementes de cevada parcialmente germinadas e ressecadas. Maltodextrin – maltodextrina: polissacarídeo frequentemente obtido do milho, da batata ou de amido do arroz. É considerado absorvente e condicionante para a pele. Também pode ser empregado como um estabilizante de emulsões e/ou agente filmógeno. A maltodextrina é incorporada a uma variedade de preparações cosméticas, incluindo pós faciais, maquiagem, cremes, loções, géis e sabonetes. Malva: emoliente e hidratante tradicional. É parte da família Malva sylvestris. Ver também mallow extract. Mandarin extract – extrato de tangerina: tem propriedades similares às do extrato de laranja. Obtido da casca da tangerina. Ver também orange extract. Mandarin oil – óleo de tangerina: suas propriedades botânicas são bastante semelhantes às da laranja, com ação sedativa e espasmódica mais pronunciada. Obtido da espremedura da casca da tangerina. Manganese – manganês: como oligoelemento, o manganês é importante na síntese do colágeno e na hidratação da pele. Patentes foram obtidas para o uso de manganês, zinco e cobre no tratamento da acne e queimaduras de sol. Também pode ser usado como corante, proporcionando uma cor violeta ao produto. A nomenclatura INCI possui dois tipos de corantes à base de manganês, sendo: CI 77742 e CI 77745. (CI: Colour Index). Manganese aspartate – aspartato de manganês: condicionante para a pele, é uma combinação de ácido L-aspártico com um sal de manganês. Manganese gluconate – gluconato de manganês: condicionante usado para melhorar ou manter a textura e a consistência da pele.

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232 | Mango – manga

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Mango (Mangifera indica) – manga: associada a vários benefícios, incluindo propriedades antioxidantes. Deixa a pele macia e suave graças à atividade enzimática natural. Quando aparece simplesmente como manga, é difícil identificar qual a parte da planta foi utilizada. Isso limita a plena compreensão das razões de a planta ter sido selecionada para uma fórmula cosmética. Embora o fruto da manga seja considerado adstringente em cosméticos, o extrato tanto da fruta quanto da folha é um condicionante para a pele. A semente é abrasiva e, portanto, usada em esfoliações, enquanto o óleo da semente é emoliente. Assim, informações mais específicas quanto à forma ou a parte da planta utilizada são necessárias para determinar a função na formulação cosmética. Mangifera indica é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos, dependendo da apresentação: Mangifera indica juice, Mangifera indica seed oil, Mangifera indica fruit etc. Mango butter – manteiga da manga: emoliente, hidratante e anti-inflamatória. Também promove o rejuvenescimento celular. A manteiga da manga também demonstra certa capacidade de proteção contra raios UV e parece liberar ácido salicílico. Seus constituintes incluem: tocoferol, fitoesteróis, oleína e ácidos graxos (entre os quais os ácidos esteárico e oleico). É bastante estável quando exposta ao oxigênio, e pode substituir emolientes à base de parafina. Estudos têm indicado uma preferência do consumidor por loções que contêm manteiga de manga em relação a outras que utilizam manteiga de abacate ou óleo de caroço de damasco. A manteiga de manga é obtida de dentro do caroço. Usada em cosméticos para a pele, produtos de sol e pós-sol, condicionadores para cabelo e xampus. Mannuronate methylsilanol – metilsilanol manuronato: ver methylsilanol mannurinate. Margosa oil – óleo de margosa: considerado um óleo curativo por suas propriedades antissépticas e reguladoras do sebo. Marigold extract (Calendula officinalis) – extrato de calêndula: os efeitos gerais atribuídos ao extrato de calêndula incluem ação antisséptica, curativa e aliviante. É útil em tratamentos para os olhos. Além disso, pode ser usado contra queimaduras de sol e outras queimaduras superficiais em razão de algumas propriedades emolientes. Tradicionalmente, o extrato foi usado para curar manchas vermelhas na pele e limpar pequenos ferimentos depois de lavados. Seus constituintes incluem flavonoides, glicosídeos do ácido oleanoico, carotenoides e ácido fenólico. A calêndula é também fonte de carote-

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Marshmallow extract – extrato de marshmallow, extrato de alteia

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noides, especialmente luteína e zeaxantina. O nível de uso recomendado é de 1% a 10%. O extrato é obtido das flores. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Calendula officinalis, dependendo da apresentação, como Calendula officinalis extract, Calendula officinalis flower oil, Calendula officinalis seed oil etc. Ver também xanthophylls. Marine plasma extract – extrato de plasma marinho: pode ajudar a organizar a estrutura do tecido conectivo. É considerado um agente curativo devido ao seu teor de iodo, que está presente na forma natural, formando um complexo com peptídeos de algas e polissacarídeos. Isso o torna um produto mais ativo e suave quando aplicado à pele. Este extrato contém plasma (a parte fluida do tecido, de onde foi retirada matéria suspensa, como as células), vitaminas, polissacarídeos, minerais marinhos essenciais e alguns reagentes celulares. Também incluem traços minerais como cálcio, ferro, magnésio, potássio, sódio e silício. Vitamina A, vitamina B solúvel em água, vitamina C, ácido pantotênico e niacinamida também estão presentes. O extrato de plasma marinho é um nome comercial para uma mistura que combina algas castanhas e animais marinhos. É obtido extraindo-se o líquido da massa celular de organismos marinhos. Não há evidência de que cause irritação cutânea. Marine sediments – sedimentos marinhos: nome abrangente para um composto de base marinha não especificado. Ver também algae extract; marine plasma extract; seaweed extract. Marjoram (Origanum vulgare) – manjerona: descrita como um tônico e antifúngico. Embora existam numerosas espécies de manjerona, a manjerona doce e a manjerona selvagem são as mais populares em aplicações botânicas. Propriedades similares são relatadas para ambas. Origanum vulgare é a nomenclatura INCI e possui vários tipos dependendo da apresentação, como Origanum vulgare extract, Origanum vulgare leaf oil etc. Ver também marjoram oil. Marjoram oil – óleo de manjerona: as propriedades botânicas que lhe são atribuídas incluem ação antiespasmódica, calmante e sedativa: indicando aplicações para peles sensíveis ou irritadas. O óleo é obtido por destilação. Pode causar reações alérgicas na forma de vermelhidão na pele e coceira. Marshmallow extract (Althea officinalis) – extrato de marshmallow, extrato de alteia: emoliente e aliviante. Pode aliviar a dor, especialmente no caso de queimaduras, queimaduras de sol ou esfoladuras. Na medicina tradicional, o extrato de alteia era usado em tratamentos dermatológicos como um agente local aliviante e antiprurígeno. No folclore, tem sido usado para pele áspera,

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234 | Marshmallow root extract – extrato de raiz de alteia, extrato de marshmallow

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manchada, sarna, queimaduras, escaldaduras e inchaços. Ver também althea extract; mallow extract. Marshmallow root extract – extrato de raiz de alteia, extrato de marshmallow: ver althea extract; marshmallow extract. Matricaria extract – extrato de matricária: extrato das flores de Matricaria chamomilla. Ver também chamomile extract. Matrimony vine (Lycium barbarum) – vinha do matrimônio: também conhecida como goji e sinforina. Atribuem-se-lhe propriedades adstringente, condicionante para a pele, antioxidante, tônica e antibacteriana. Seus constituintes incluem as vitaminas A, C e E, e ácidos graxos essenciais. Em preparações cosméticas, usa-se o extrato do fruto ou o óleo da semente. Nomenclatura INCI: Lycium barbarum fruit extract, Lycium barbarum seed oil. Mauritia flexuosa fruit oil – óleo do fruto da Mauritia flexuosa: ver buriti pulp oil. Meadowfoam oil (Limnanthes alba) – óleo de espuma do campo: rico emoliente. Este óleo suave e estável resiste à oxidação. É de grande interesse para formuladores de cosméticos por causa de seu caráter “seco” e rápida penetração na pele. Quando combinado à manteiga de carité, a mistura age como emoliente e emulsificante, e pode servir como um substituto da lanolina. O óleo é extraído das sementes de espuma do campo, que contêm de 20% a 30% do óleo em peso. Nomenclatura INCI: Limnanthes Alba seed oil; Limnanthes alban seed powder. Meadowsweet extract (Filipendula ulmaria ou Spiraea ulmaria) – extrato de ulmária: parece ter fortes propriedades antirradicais livres, além de apresentar atividade aromática, adstringente, analgésica e anti-inflamatória tópica. A atividade antirradical livre é atribuída ao conteúdo de flavonoides e tanino; as propriedades anti-inflamatória e analgésica devem-se aos derivados de salicilatos não voláteis, incluindo o ácido salicílico e o salicilato de metila. O ácido gálico é outro constituinte. Sua atividade analgésica, anti-inflamatória e antirradical livre torna-o particularmente útil em preparações de proteção solar. A palavra aspirina é derivada do nome latino desta planta: a de acetil e spirin de Spireae. A ulmária é uma planta perene que cresce em abundância nas margens de rios e valas, em campinas e bosques úmidos. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Spiraea ulmaria dependendo da apresentação, como Spirea ulmaria extract, Spirea ulmaria leaf extract etc. Medanione – medaniona: usada como conservante em emolientes. Trata-se de um ingrediente sintético com as propriedades da vitamina K. Usado em medicina para evitar a formação de coágulos no sangue.

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Menthol – mentol

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Medlar (Mespilus sp.) – nêspera: árvore frutífera relacionada à pera e ao pilriteiro. Entre os constituintes estão os carotenos e as vitaminas A, B e C. Usada em cosméticos antienvelhecimento. Melanin – melanina: forma solúvel em água da melanina que pode ser formulada em um produto como sequestrante de radicais livres. A melanina é extraída naturalmente da tinta produzida por sépias (moluscos marinhos semelhantes à lula), ou produzida sinteticamente. As pesquisas indicam que, quando utilizada como filtro solar, a melanina oferece melhor proteção contra UVA e requer concentrações de uso mais baixas que as de outros produtos. Seu grau de segurança é atestado por meio de estudos com melanina radioativa, que mostraram não haver penetração na pele humana. Melhydran® – melhydran®: aumenta a capacidade da pele de interagir com a água. Este é um extrato concentrado e purificado do mel da Provença encontrado no tomilho, na alfazema e no alecrim. Também pode ser produzido sinteticamente. Melaleuca – melaleuca: a nomenclatura INCI contempla vários tipos de melaleuca. Ver cajaputi oil. Melilot (Melilotus officinalis) – meliloto (trevo-de-cheiro; trevo-branco): atribuem-se propriedades emoliente, bactericida, sedativa e virustática ao meliloto. Tradicionalmente, era usado em couperose. A cumarina é o único constituinte importante. Compostos relacionados são o ácido hidrocumárico (melilótico), ácido ortocumárico e anidrido melilótico (lactona), que é um óleo fragrante. Há várias espécies desta erva perene. A erva inteira é usada para fins botânicos. Nomenclatura INCI: Melilotus officinalis extract, Melilotus officinalis flower extract. Melissa (Melissa officinalis): a nomenclatura INCI possui vários tipos de Melissa officinalis dependendo da apresentação, como Melissa officinalis extract, Melissa officinalis seed oil etc. Ver balm mint extract. Melissa oil – óleo de melissa: ver balm mint oil. Menhaden oil – óleo de savelha: contém ácidos graxos essenciais vitais ao metabolismo da pele saudável. O óleo é obtido da pequena savelha do Atlântico Norte, que é um peixe pouco maior que um arenque. Menthol – mentol: fragrância. Também é considerado um antisséptico, resfriante, refrescante e estimulante da circulação sanguínea. O mentol dá à pele uma sensação de frescor após o uso. Constitui quase 50% do óleo de hortelã-pimenta, mas também pode ser produzido sinteticamente por hidrogenação do timol. É não tóxico em pequenas doses, mas em altas concentrações

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pode ser irritante para a pele, especialmente as membranas mucosas. Ver também mint. Menthol extract – extrato de mentol: ver menthol. Menthol methyl lactate – metil lactato de mentol: resfriante usado também como fragrância. Menthyl anthranilate – antranilato de mentila: o único filtro solar químico líquido aprovado pela FDA com capacidade de absorver UVA. Seu nível de uso aprovado é de 3,5% a 5%. É um ingrediente estável e pode ser combinado com outros filtros solares químicos para aumentar o FPS, ao mesmo tempo em que oferece proteção contra UVA. Menthyl lactate – lactato de mentila: componente de fragrância. Este é o éster do mentol e do ácido lático. Mercaptopyridine – mercaptopiridina: usado em preparações para clareamento da pele devido a sua capacidade de retardar a produção de melanina, proporcionando um efeito clareante. Mercurials – mercuriais: categoria de conservante com alto potencial sensibilizante, particularmente em produtos destinados a permanecer na pele. São usados em quantidades diminutas como conservante em algumas preparações de maquiagem para os olhos, com o objetivo de inibir a proliferação bacteriana. Methicone – meticona: um tipo de silicone usado principalmente na formulação de pós cosméticos de fácil escoamento. A meticona também pode ser encontrada em preparações cosméticas como vedante na superfície da pele para reduzir a perda transepidérmica de água. Methionin: ver methionine. Methionine – metionina: desacelera e normaliza a produção de sebo pela glândula sebácea. A metionina também é utilizada como texturizante em cremes cosméticos. É um aminoácido essencial encontrado em várias proteínas e obtido por fermentação. Methoxy PEG-22/dodecyl glycol copolymer – copolímero de metoxi PEG-22 dodecil glicol: emulsificante de água-em-óleo eficaz, com grande capacidade de interação com a água. Este ingrediente possui boas propriedades dermatológicas e toxicológicas e é bastante compatível com outros ingredientes usados para tratar a pele. Isso facilita sua incorporação às preparações cosméticas. 4-methoxybenzoic acid – ácido 4-metoxibenzoico: ver anisic acid (p-anisic acid). 3,1-methoxypropane-1,2 diol – 3,l-metoxipropano-1,2-diol: proporciona uma sensação de frescor quando usado em máscaras faciais.

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Mica

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Methoxypropylgluconamide – metoxipropilgluconamida: um derivado alfa-hidroxiácido usado como hidratante e emoliente. Sua acidez mínima favorece seu uso na superfície de peles escamosas secas e muito secas, onde outros compostos alfa-hidroxiácidos podem não ser tolerados. Methyl dihydroxybenzoate – di-hidroxibenzoato de metila: ver methyl gentisate. Methyl gentisate – gentisato de metila: também conhecido como di-hidroxibenzoato de metila. Ingrediente que clareia a pele, inibindo a produção de tironase pelos melanócitos. Pode ser obtido naturalmente da raiz de genciana. Ver também gentian. Methyl gluceth-10 – metil glucet-10: umectante cutâneo e conservante. Este é o polietileno glicol éter da metil glicose. Methyl gluceth-20 – metil glucet-20: agente umectante e condicionante para a pele. Methyl glucose isostearate – isostearato de metil glicose: emulsificante com propriedades hidratantes muito eficazes. Methyl glucose sesquistearate – sesquitearato de metil glicose: emulsificante à base de sacarose. Methyl hydroxy stearate – hidroxiestearato de metila: emoliente usado em formulações hidratantes. Trata-se do éster do álcool metílico e do ácido hidroxiesteárico. Methylparaben – metilparabeno: um dos conservantes mais utilizados em virtude de seu baixo potencial sensibilizante. É também um dos mais antigos em uso no combate às bactérias e fungos. Não comedogênico. 4-methylbenzylidene camphor – metilbenzilideno cânfora: também conhecido como 4-metilbenzilideno cânfora. Filtro e absorsor de UV. Não há evidências de que cause fotoalergias. Methylchloroisothiazolinone – metilcloroisotiazolinona: conservante. Ver MI/MCI. Methylisothiazolinone – metilisotiazolinona: conservante. Ver MI/MCI. Methylsilanol elastinate – elastinato de metilsilanol: derivado de proteína usado como agente condicionante para a pele. Methylsilanol hydroxyproline aspartate – aspartato hidroxiprolina de metilsilanol: classificado como um agente condicionante para a pele que pode desempenhar várias funções diferentes em uma formulação. Methylsilanol mannuronate – manuronato de metilsilanol: testes indicam que, em virtude de sua atividade hidratante cutânea, ele aumenta a flexibilidade e a hidratação da pele e ajuda na redução da celulite. Mica: usado como texturizante e corante em cosméticos e para proporcionar um efeito de “lampejo” ou “cintilação” em pós de maquiagem. Mica é um

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238 | Microcrystalline cellulose – celulose microcristalina

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nome genérico para uma série de silicatos triturados, com propriedades físicas semelhantes, mas de composição química variada. As micas podem ser incolores ou apresentar colorações verde claras, castanhas ou pretas. Microcrystalline cellulose – celulose microcristalina: proporciona bom deslizamento e maciez, e age como aglutinante. Fibra de celulose isolada dos cristais coloidais. Ver também cellulose. Microcrystalline wax – cera microcristalina: emulsificante. É um substituto da cera de abelha caracterizada pela finura de seus cristais (em comparação com os cristais maiores da cera de parafina). É derivada do petróleo. Micronutrients – micronutrientes: ver trace elements. Milfoil extract (Achillea millefolium) – extrato de milefólio: atribuem-se-lhe propriedades antisséptica e antibiótica. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Achillea millefolium, dependendo da apresentação, como Achillea millefolium extract, Achillea millefolium oil etc. Ver também yarrow extract. Milk lipid(s) – lipídeo(s) do leite: emoliente e condicionante para a pele. Milk protein – proteína do leite: dá à pele uma textura suave. É, principalmente, a caseína, que é bem absorvida pela pele, proporcionando-lhe brilho e delicadeza ao formar sobre ela um filme macio. Retém água na faixa de 13%. É obtida do leite. Se for hidrolisada, é decomposta em pedaços menores, sendo assim chamada de proteína do leite hidrolisada, aminoácidos do leite ou aminoácidos de caseína. Seus constituintes incluem as flavonas silibina, silidianina e silicristina. Milk thistle (Carduus marianus) – cardo mariano: atribui-se ao cardo mariano capacidade curativa. É usado em tonificantes e preparações de pós-barba. Milkweed (Asclepias syriaca) – asclépia: usada na medicina tradicional por suas propriedades cicatrizantes e valor terapêutico em vários tipos de erupção cutânea, incluindo as verrugas. Seus constituintes incluem taninos, dextrose (açúcar) e ácidos graxos como os ácidos oleico, linoleico e linolênico. Millepertuis oil (Hypericum perforatum) – óleo de hipérico: emoliente e anti-inflamatório, é usado em queimaduras de sol, queimaduras comuns e contusões. O óleo de hipérico é o óleo fixo das flores da erva-de-são-joão. A nomenclatura INCI possui vários tipos de Hypericum perforatum, dependendo da apresentação, como Hypericum perforatum oil, Hypericum perforatum extract etc. Mimosa bark extract – extrato de casca de mimosa: ver mimosa tenuiflora.

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Mineral wax – cera mineral

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Mimosa essence – essência de mimosa: fragrância. À essência de mimosa são atribuídas propriedades anti-inflamatória e adstringente. Pode produzir reações alérgicas na pele. Ver também mimosa tenuiflora. Mimosa tenuiflora – extrato de casca de mimosa (tepescohuite – nome mexicano): usado em cosméticos por suas propriedades de regeneração e reparação do tecido epidérmico, e de proteção, bem como para ajudar a reduzir a perda de umidade. Também foi descrito como um óleo curativo com propriedades antissépticas. Pode ser usado com eficácia em preparações pós-sol, cremes para pele de bebês e cremes protetores. A Mimosa tenuiflora tem um alto teor de bioflavonoides e tanino. Também contém zinco, necessário para a síntese de DNA e a nutrição celular; ferro, vital para o transporte de oxigênio e o metabolismo intracelular; magnésio, por seu papel protetor; cobre, por ser anti-inflamatório; e manganês, considerado um estimulante do metabolismo celular. A árvore de mimosa tenuiflora, relacionada à acácia, é encontrada somente na região sudeste do México, no estado de Chiapas. A casca é a parte utilizada. Curandeiros maias usavam o pó da casca em lesões cutâneas, e os habitantes guatemaltecas da região usam-no ainda hoje. Pode produzir reações alérgicas na pele. Nomenclatura INCI: Mimosa tenuiflora bark extract, Mimosa tenuiflora leaf extract, Mimosa tenuiflora leaf powder. Mineral oil – óleo mineral (óleo russo branco): emoliente, agente de limpeza e demulsificante da sujeira embutida nos poros. Embora amplamente utilizado em produtos europeus, seu uso é visto com desconfiança nos Estados Unidos, já que muitas fontes o classificaram como comedogênico. O óleo mineral é excelente para uso em agentes de limpeza. Em cosméticos sem enxágue, sua comedogenicidade, ou falta de, parece estar relacionada ao nível de refinamento da matéria-prima; portanto, alguns fornecedores declaram que seu produto é não comedogênico. Quando utilizado em preparações sem enxágue, a capacidade oclusiva do óleo mineral é considerada para ajudar a melhorar a função de barreira epidérmica. Trata-se de um óleo transparente e inodoro, derivado do petróleo. Não há evidências de que cause reações alérgicas. Nomenclatura INCI: Paraffinum liquidum. Mineral pigments – pigmentos minerais: proporciona proteção contra UV. Pigmentos minerais referem-se a ingredientes como dióxido de titânio ou óxido de zinco, que geralmente são incorporados a filtros solares, bases para maquiagem e mesmo hidratantes diurnos para aumentar a capacidade de proteção solar do produto. Mineral wax – cera mineral: ver ozokerite.

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240 | Mink oil – óleo de vison

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Mink oil – óleo de vison: emoliente suave e eficaz com capacidade de amaciar a pele. Suas propriedades oclusivas também lhe dão qualidades condicionantes. Obtido dos tecidos adiposos subdérmicos do vison. Mint oil (Mentha sp.) – óleo de menta: propriedades resfriantes, tônicas, estimulantes, antissépticas e relaxantes são atribuídas à menta. Tradicionalmente usada como aliviante e antiprurígeno no tratamento de doenças dermatológicas. Também é considerado útil em esfoladuras e picadas de inseto. Além disso, a erva aromática é muito usada como fragrância em produtos de beleza. Existem cerca de 20 espécies do gênero Mentha no mundo inteiro, incluindo a hortelã-pimenta e a hortelã, as mais usadas em preparações para a pele. Servem como agentes de limpeza e descongestionantes indicados para acne e dermatite. O óleo de menta é produzido por destilação da planta. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Mentha. Myreth-3 myristate – miristato de miret-3: emoliente utilizado como condicionante para a pele em formulações cosméticas. Mistletoe extract (Phoradendron flavescens; Viscum album) – extrato de visco: propriedades antiespásmodica, curativa e calmante são atribuídas a este ingrediente. O visco é uma planta perene e parasítica, que cresce em ramos de árvore, onde forma arbustos pendentes de 60 a 90 centímetros de diâmetro. O extrato é obtido das bagas da planta. Nomenclatura INCI: Viscum album, no entanto, contempla vários tipos dependendo da apresentação, como Viscum album, Viscum album extract etc. Mitracarpus – mitracarpo: aos extratos obtidos das plantas do gênero mitracarpo (família Rubiaceae) é atribuída a capacidade de clarear a pele e melhorar sua aparência geral. As espécies mais comuns incluem M. Scaber zucc., M. Villosus e M. verticillatus. O extrato é obtido por métodos típicos tradicionais, como a maceração. Entre os componentes ativos estão flavonoides, fenólicos e derivados da hidroquinona. Nomenclatura INCI: mitracarpus scaber extract. Monoammonium glycyrrhizinate – glicirrizinato de monoamônio: ver gly­cyr­ rhizinate. Monomethylsilanetril lactate – lactato de monometilsilanetrila: um derivado de alfa-hidroxiácido com silicone. Monosodium n-cocoylglutamate – n-cocoilglutamato monossódico: surfactante. Montmorillonite – montmorilonita: usado como abrasivo em esfoliantes e como agente aglutinante em máscaras. Também é utilizado para aumentar a viscosidade de uma fórmula, como estabilizante de emulsão e como agente

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Mulberry extract – extrato de amora

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opacificante. A montmorilonita, um silicato complexo, é uma argila e constitui o principal ingrediente da bentonita e da greda de pisoeiro. Morus alba – amoreira-branca: a nomenclatura INCI contempla vários tipos de Morus alba, dependendo da apresentação, como Morus Alba fruit extract, Morus alba root extract etc. Ver mulberry extract. Mucopolysaccharides – mucopolissacarídeos: sua forte capacidade de interação com a água aumenta a qualidade da formulação nesse sentido e reduz a perda transepidérmica de água. Estudos mostram que os mucopolissacarídeos reduzem a quantidade de água perdida pela pele e estimulam a captação de umidade. Este ingrediente exibe as qualidades desejáveis de interação com a umidade presente na pele saudável, dando-lhe turgidez, maior teor de água e elasticidade. Mucopolissacarídeos são altamente eficazes em produtos para tratamento da pele. Como um componente natural da pele, os mucopolissacarídeos preenchem os espaços entre o colágeno e a elastina na derme, proporcionando-lhes suporte, além de lubrificação e umidade. Ver também glycosaminoglycans. Mucoprotein (soluble) – mucoproteína (solúvel): ver protein. Mucus of quince – muco de marmelo: ver quince. Mud – lama: mistura de pó e líquido. Geralmente aplicada úmida como máscara facial que se deixa secar. Se o pó e/ou o líquido contém ingredientes terapêuticos, estes irão interagir com a pele. A identificação de sua ação tera­ pêutica exige o conhecimento da natureza do pó e do líquido que estão sendo usados. Na máscara, ela também funciona como agente oclusivo pelo tempo que permanece na pele. Isso favorece a interação de ingredientes num creme ou em outros produtos aplicados anteriormente à lama. Mugwort (Artemisia vulgaris) – artemísia: melhora a textura e a condição da pele, além de ser aromatizante. Os constituintes incluem óleo volátil, cineol, linalool, tujona, glicosídeos, insulina e tanino. Nomenclatura INCI: Artemisia vulgaris extract, Artemisia vulgaris oil. Ver também wormwood. Mulberry extract (Morus sp.) – extrato de amora: é cada vez mais utilizado em cosméticos por suas propriedades de clareamento. O extrato de amora parece inibir a tirosinase e a atividade de oxidação. Embora existam muitas variedades de amora, essas propriedades são atribuídas à amora-branca (Morus alba). Estudos indicam que o extrato obtido de brotos (Ramulus mori) da amora-branca são particularmente potentes clareadores da pele. A amora-branca é a variedade originalmente encontrada na China e usada como fonte de alimento do bicho-da-seda. A amora era muito apreciada nos tempos

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242 | Mulberry glycolic extract – extrato glicólico de amora

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antigos e cultivada em toda a Europa para diversos fins, como, por exemplo, expectorante e agente aromatizante. É um verbete oficial na Farmacopeia Britânica. Constituintes da baga incluem glicose, proteínas e os ácidos tartárico e málico. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Morus. Ver também Ramulus mori. Mulberry glycolic extract – extrato glicólico de amora: adstringente. Mung bean extract (Phaseolus aureus) – extrato de munguba: substância de origem botânica usada em preparações cosméticas desde os tempos antigos. Propriedades anti-inflamatória e antioxidante lhe são atribuídas. Seus constituintes ativos incluem vitexina e isovitexina, ambos flavonoides. Musk rose oil (Rosa moscata; Rosa moschata) – óleo de rosa-mosqueta: nomenclatura INCI: Rosa moschata, no entanto, existem vários tipos, dependendo da apresentação, como Rosa moschata oil, Rosa moschata seed oil etc. Ver rose hip oil. Myristyl myristate – miristato de miristila: um éster do álcool miristílico e do ácido mirístico. Ver também myristic acid; myristyl alcohol. Myristic acid – ácido mirístico: surfactante e agente de limpeza. Quando combinado ao potássio, o sabão de ácido mirístico proporciona uma espuma abundante e de boa qualidade. Trata-se de um ácido orgânico sólido de ocorrência natural em ácidos de manteiga, como noz-moscada, óleo de ligústica, óleo de coco, óleo de macis e a maior parte das gorduras animais e vegetais. Embora algumas fontes o citem como não tendo nenhum potencial de irritação, indicam um potencial comedogênico. Myristyl ether propionate – éter propionato de miristila: emoliente e agente condicionante para a pele usado em loções pré-barba e preparações hidratantes. Myristyl alcohol – álcool miristílico: emoliente geralmente usado em cremes para as mãos, cremes frios e loções para lhes dar uma textura suave e aveludada. Fontes indicam-no como sendo levemente comedogênico e potencialmente irritante. Myristyl lactate – lactato de miristila: emoliente e hidratante delicado, com boa espalhabilidade. Deixa uma sensação suave e sedosa. Fontes indicam-no como sendo comedogênico e com leve potencial de irritância. Ver também lactic acid; myristyl alcohol. Myristyl myristate – miristato de miristila: agente oclusivo e condicionante para a pele que aumenta a espalhabilidade do produto e pode reduzir sua transparência. É particularmente útil em emulsões que têm de “derreter” (fundir),

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Myrtle – murta

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uma vez em contato com a pele. É um éster formado pela combinação do álcool miristílico e frações de ácido mirístico do óleo de coco. Ver também myristic acid; myristyl alcohol. Myristyl octanoate – octanoato de miristila: emoliente e hidratante delicado. Deixa a superfície da pele suave e flexível. Myrrh extract (Commiphora myrrha) – extrato de mirra: acredita-se que tenha propriedades desinfetante, antisséptica, anti-inflamatória, antiprurígena, cicatrizante, tônica, estimulante, sedativa e adstringente. Também é um bom fixador. O extrato de mirra pode ser valioso em produtos destinados ao tratamento da acne. A mirra é um ingrediente tradicional e antigo para perfumes e incenso. Era usado pelas mulheres egípcias antigas em máscaras faciais e outras preparações cosméticas. O óleo de mirra é produzido pela destilação da goma. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Commiphora myrrha. Myrtle – murta: adstringente e antisséptico, com propriedades botânicas semelhantes às do eucalipto. Indicado para acne e pele oleosa. A murta é obtida por destilação dos ramos. Na nomenclatura INCI é Myrtus communis, no entanto, dependendo da apresentação, existem vários tipos, como Myrtus communis oil, Myrtus communis extract etc.

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N NaAl silicate – silicato de NaAl: ver sodium aluminum silicate. Nalidone: ver pyrrolidonic carbon acid. NaPcA: ver sodium PCA. Narcissus (Narcissus poeticus) – narciso: fragrância; também usado como antiespasmódico. Recomenda-se o uso em concentrações bem baixas, pois foi demonstrado que seu óleo prejudica as funções celulares quando adicionado in vitro a culturas de células. Além disso, grandes quantidades do extrato podem causar dor de cabeça. Este nome genérico também pode incluir o extrato de flor de narciso e a cera essencial de narciso. Como cera, também pode ajudar a espessar uma emulsão. Na nomenclatura INCI: Narcissus poeticus flower cera, Narcissus poeticus flower extract, Narcissus poeticus flower water. Naseberry (Manilkara zapotilla) – sapoti: também conhecido como sapodilha. Antioxidante e antienvelhecimento. Seus constituintes incluem tanino, frutose, pectina, ácido ascórbico, sais minerais e bioflavonoides, particularmente proantocianidinas, que têm atividade emoliente, umectante e antioxidante. O fruto é a parte da planta utilizada. Na nomenclatura INCI: Manilkara multinervis leaf extract. Nasturtium extract (Tropaeolum majus) – extrato de capuchinha: considerado um desinfetante e rubefaciente. É eficaz em produtos para tratar acne. Pode produzir reações alérgicas. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Tropaeolum majus, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Tropaeolum majus extract, Tropaeolum majus seed extract etc. Natrium mud extract – extrato de lama sódica: ver mud. Natural moisturizing factor (Nmf) – fator de hidratação natural (NMF): ver o verbete no Capítulo 4. Neem extract – extrato de neem, nim ou amargosa: pode ser um repelente de insetos. Na nomenclatura INCI: Melia Azadirachta extract.

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246 | Neopentyl glycol dicaprate – dicaprato de neopentil glicol

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Neopentyl glycol dicaprate – dicaprato de neopentil glicol: emoliente; também usado para aumentar a viscosidade de uma formulação. Utilizado principalmente em preparações para as mãos e o corpo. Neopentyl glycol dicaprylate/dicaprate – dicaprilato/dicaprato de neopentil glicol: emoliente e agente viscosificante; usado principalmente na fabricação de batons. Nerol: álcool primário usado em perfumes, especialmente aqueles com aroma de rosa e flor de laranjeira. O nerol ocorre naturalmente como fração no óleo de alfazema (lavanda), folha de laranjeira, palmarosa, rosa, néroli e petitgrain. É incolor e tem um perfume semelhante ao de rosa Neroli – néroli: ver neroli oil; orange flower oil. Neroli oil – óleo de néroli: fragrância. Usado em preparações para a pele como estimulante da regeneração celular. Por suas propriedades sedativa e aliviante, é indicado para peles sensíveis e delicadas. Mas o óleo de néroli é benéfico para todo tipo de pele. O néroli verdadeiro é extraído da florescência da laranja amarga. Este é um dos óleos mais caros que existem e, portanto, costuma ser frequentemente adulterado com a destilação de outras florescências cítricas, como as de laranja doce, limão e tangerina. A denominação Citrus aurantium flower oil é mencionada na INCI, porém, não é uma nomenclatura oficial. Esta é uma denominação usada para aromatização. Ver também orange flower oil. Neroli water – água de néroli: ver orange flower water. Netrle extract (Urtica dioica) – extrato de urtiga: suas propriedades botânicas são apresentadas como anti-inflamatória, adstringente, bactericida, curativa, levemente desodorante e estimulante. Alguns o consideram eficaz no tratamento de eczema e de queimaduras de sol. De acordo com algumas fontes, esta é a substância de origem botânica com o maior teor de vitamina E, e como tal, teria boas propriedades antioxidantes. Os constituintes importantes da urtiga incluem acetilcolina, aminoácidos, histamina, carotenoides e clorofila. Uma análise da urtiga fresca também mostra a presença de ácido fórmico, mucilagem, sais minerais, amônia, ácido carbônico e água. O ácido fórmico, e mais os fosfatos e traços de ferro, fazem deste extrato uma substância valiosa. Existem mais de 500 espécies de urtiga, que crescem principalmente em países tropicais. A erva inteira é utilizada para fins terapêuticos. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Urtica dioica, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Urtica dioica, Urtica dioica leaf extract, Urtica dioica extract etc.

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Nutrilan® (proteína animal hidrolisada)

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Niacin – niacina: agente condicionante que ajuda a deixar a pele suave. Niacinamide – niacinamida: usado como estimulante e aliviante para a pele, é um derivado da niacina e faz parte da família da vitamina B. Ver também vitamin B. Niaouli oil – óleo de niaouli: suas propriedades terapêuticas indicam possível melhora na circulação, na atividade dos anticorpos e cura em casos de feridas e queimaduras infectadas. Algumas de suas propriedades e indicações medicinais são as mesmas do eucalipto. O óleo é produzido pela destilação das folhas da planta Melaleuca quinquenervia. A denominação Melaleuca quinquenervia não é oficial da INCI, porém, é usada para aromatização. Niosomes – niossomas: vesículas surfactantes não iônicas que agem como um sistema de liberação semelhante ao dos lipossomas. De acordo com os fabricantes, os niossomas interagem de modo desejável com a pele humana quando aplicados topicamente. São preparados a partir de surfactantes não iônicos adequados. Ver também liposomes. Nonfat dry milk – leite em pó desnatado: aliviante e hidratante, geralmente é usado em máscaras faciais. Consiste principalmente de proteína e também contém ácido lático, lactose, vitaminas e minerais. Ver também milk protein. Nonoxynol – nonoxinol: ver polioxyethylene nonylphenyl ether. Nonoxynol-14 – nonoxinol-14: surfactante e agente emulsificante. Usado como agente ativo de superfície não iônico e como agente dispersor em cosméticos. Norvaline – norvalina: aminoácido de proteína usado como agente condicionante para a pele. Ver também valeric acid. Nutmeg (Myristica fragrans) – noz-moscada: estudos atribuem à noz-moscada um efeito clareador para a pele baseado na capacidade de inibir a atividade da tirosinase. Um extrato, pó ou óleo pode ser obtido da noz. O uso, porém, do óleo de noz-moscada, ao qual se atribuem propriedades tônicas e estimulantes, não é comum em preparações cosméticas, pois pode causar irritação cutânea. Na nomenclatura INCI, Myristica fragrans, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, como, por exemplo, Myristica fragrans extract, Myristica fragrans fruit powder etc. As denominações Myristica fragrans fruit extract (Nutmeg) e Myristica fragrans fruit oil (Nutmeg) não são oficiais pela INCI, porém, são usadas em aromatização. Nutrilan® (proteína animal hidrolisada): nome comercial para a proteína animal hidrolisada. Os produtores dizem que este ingrediente cria uma sensação suave e aveludada na superfície da pele. Contém aminoácidos presentes na

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248 | Nylon – náilon

pele. O Nutrilan® é um exemplo de como as empresas de cosméticos podem apresentar seus ingredientes e criar ambiguidade com respeito à identidade ou fonte. Ver também hydrolized animal protein. Nylon – náilon: material sintético bastante conhecido e usado como fibra em alongadores e máscaras para cílios, e também como composto modelante para dar forma a cosméticos. O náilon encorpa a formulação e, quando apropriado, apresenta propriedades opacificantes. Pode causar reações alérgicas. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Nylon, como, por exemplo, Nylon-6, Nylon-11 etc. Nylon-11 – náilon-11: agente de volume (encorpamento) usado principalmente em preparações para maquiagem e em alguns hidratantes. Nylon-12 – náilon-12: agente de volume (encorpamento) e opacificante que proporciona uma boa textura e elasticidade em hidratantes e preparações para maquiagem, incluindo bases. O náilon-12 reduz a oleosidade. É um derivado poliamídico do ácido 12-aminododecanoico. Nylon-66 – náilon-66: agente de volume (encorpamento).

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o oak bark (Quercus sp.) – casca de carvalho: suas propriedades botânicas são descritas como levemente tônica, fortemente adstringente e antisséptica. Também reduz inflamações e evita infecção. O extrato de casca de carvalho parece apresentar efeitos terapêuticos maiores que os da raiz. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Quercus. oak bud extract – extrato de broto de carvalho: ver Aleppo gall. oak root – raiz de carvalho: apresenta propriedades aliviante e anti-inflamatória. A raiz de carvalho é recomendada para peles sensíveis, protegendo-as contra reações indesejadas, tais como inchaços ou vermelhidão. O extrato geralmente é obtido da parte mais jovem da planta. oakmoss empuree (Evernia prunastri) – líquen de carvalho: componente de fragrância derivado de um dos vários líquens resinosos que cresce no carvalho. Nomenclatura INCI: Evernia prunastri extract. A nomenclatura Evernia prunastri lichen extract não é oficial da INCI, porém, é usada para aromatização. oat – aveia (Avena sativa): contém um coloide com propriedades aliviantes para a pele. De modo geral, qualquer tipo de aveia aumenta a estabilidade em emulsões, a viscosidade, deixa uma sensação de suavidade, além de ser uma fonte de proteína vegetal natural. Os dermatologistas indicam preparações à base de flocos de aveia para peles irritadas por causa de queimaduras de sol, psoríase ou dermatite alérgica, já que a aveia parece reduzir a irritação e aliviar a vermelhidão e a coceira. Além de agir como agente de limpeza não saponáceo, a aveia na forma de farelo, farinha ou flocos proporciona uma base suave para máscaras faciais destinadas a peles delicadas e sensíveis. Máscaras de flocos de aveia absorvem óleo da superfície da pele e reduzem a vermelhidão de peles irritadas e com erupções. Sabonetes de flocos de aveia não são irritantes e servem para pessoas com pele delicada e sensível.

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250 | Oat bran – farelo de aveia

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A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Avena sativa, tais como Avena sativa meal extract, Avena sativa leaf extract etc. Oat bran – farelo de aveia: ver oat. Oat extract – extrato de aveia: extrato obtido de sementes de aveia. Ver também oat. Oat flour – farinha de aveia: substância abrasiva, absorvente, aglutinante e viscosi­ficante obtida da moagem fina de sementes de aveia. É usada em diversas preparações cosméticas, incluindo pós, máscaras, banho facial de lama, hidratantes, géis para bronzeamento, cremes para as mãos e o corpo, e sabonetes. Ver também oat. Oatmeal flour – farinha de aveia: usada como abrasivo e agente aglutinante em máscaras de pasta e sabões. Obtida pela moagem da aveia sem a casca. Ver também oat. Octadecanol – ver stearic acid. Octadecene/maleic anhydride copolymer – copolímero de octadeceno/anidrido maleico: estabilizante de emulsão, filmógeno e viscosificante usado em formulações cosméticas. Também é utilizado em filtros solares como agente impermeabilizante. Nomenclatura INCI: Octadecene/MA Copolymer. Octadodecyl stearyl stearate – estearato de octadodecil estearila: emoliente. Octinoxate – octinoxato: nome farmacêutico do filtro solar químico geralmente conhecido como metoxicinamato de octila e metoxicinamato de etil-hexila. Ver octyl methoxycinnamate. Octisalate – octisalato: protetor contra UVB. Este é o nome farmacêutico do salicilato de etil-hexila e do salicilato de octila. Ver ethylhexyl salicylate. Octocrylene – octocrileno: filtro solar de UVB com forte resistência à água e uma faixa de absorção razoavelmente ampla. Apresenta uma boa fotoestabilidade e está sendo avaliado por muitas empresas como uma substância que aumenta o FPS e age como impermeabilizante. Trata-se de um ingrediente caro, com uso aprovado com concentração entre 7% e 10% tanto nos Estados Unidos quanto na União Europeia. Embora sua aceitação venha crescendo entre os formuladores, o custo e o nível de uso podem ser fatores limitantes. Octyl dimethyl PABA – octil dimetil PABA (padimato-O; ácido p-aminobenzoico): filtro solar químico aprovado pela FDA e cujo nome INCI aparece agora como etil-hexil dimetil PABA. Ver ethylhexyl dimethyl PABA. Octyldodecanol – octildodecanol: antes aparecia como octil dodecanol. Álcool emoliente com boa espalhabilidade e propriedades condicionantes para a pele. É um bom veículo para ingredientes solúveis em óleo. Também é usado em perfumaria.

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Octyl hydroxystearate – hidroxiestearato de octila

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2-octyl-1-dodecanol – 2-octil1-dodecanol: emoliente. Octyl methoxycinnamate – metoxicinamato de octila (metoxicinamato de etil-hexila; p-metoxicinamato de etil-hexila; p-metoxicinamato de 2-etil-hexila): filtro solar químico aprovado pela FDA para uso entre 2% e 7,5% nos Estados Unidos, e até 10% na União Europeia. Atualmente, é o filtro solar químico mais popular em todo o mundo. Tem excelente capacidade de absorver UV, um bom perfil de segurança, ampla solubilidade em óleos, insolubilidade em água e raramente causa fotoalergia. Esses atributos somam-se para fazer dele um filtro solar químico quase perfeito. Considerado matéria-prima não comedogênica, é derivado do bálsamo-do-peru, folhas de coca, folhas de canela e estoraque. Ver também cinnamate. Octyl p-methoxycinnamate – p-metoxicinamato de octila: ver octyl methoxycinnamate. Octyl palmitate – palmitato de octila: éster hidratante não gorduroso, não oleo­ so, com boa espalhabilidade e boa propriedades de solvência. Octyl pelargonate – pelargonato de octila: emoliente suave que não deixa uma sensação gordurosa na pele. Octyl salicylate – salicilato de octila (2-hidroxibenzoato de 2-etil-hexila; salicilato de 2-etil-hexila; salicilato de etil-hexila): a denominação octyl salicylate não é oficial na INCI, no entanto, é usada como nomenclatura de aromatização. Ver ethylhexyl salicylate. Octyl stearate – estearato de octila: emoliente com propriedades semelhantes às do palmitato de octila. Ver também stearic acid. Octyl triazone – octil triazona: ver ethylhexyl triazone. 2-octyldodecyl alcohol – álcool 2-octildodecílico: ver octyldodecanol. Octyldodecyl benzoate – benzoato de octildodecila: emoliente e solvente de alta espalhabilidade. Deixa uma sensação agradável na pele. Octyldodecyl myristate – miristato de octildodecila: emoliente. Octyldodecyl neopentanoate – neopentanoato de octildodecila: emoliente com propriedades condicionantes para a pele. Octyldodecyl stearate – estearato octildodecila: emoliente não comedogênico. Octyldodecyl stearoyl stearate – estearato de octildodecil estearoíla: agente não comedogênico e condicionante para a pele que proporciona ação oclusiva. Também é usado para aumentar a viscosidade em formulações cosméticas. Octyl hydroxystearate – hidroxiestearato de octila: emoliente usado como agente condicionante para a pele.

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252 | Old English walnut – nogueira

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Old English walnut – nogueira: ver Walnut. Oleamine – oleamina: agente antiestático usado na formulação de cosméticos. Oleate sorbitan – sorbitano oleato: ver sorbitan oleate. Oleic acid – ácido oleico: também conhecido como ômega-9. Pode melhorar a capacidade de penetração na pele dos componentes de uma preparação. Ácido graxo essencial, é obtido de várias gorduras e óleos animais e vegetais. Pode ser levemente irritante para a pele. Oleostearine – oleostearina: mistura de triglicerídeos de ácidos graxos que permanece após a separação física dos óleos de baixa concentração do sebo da carne de boi. Age como aglutinante e emoliente em preparações cosméticas. Oleth-2, -5, -10, -20, -30 – olet-2, -5, -10, -20, -30: todos são emulsificantes e solubilizantes, e todos são versões de um polietileno glicol éter do álcool oleílico. Formuladores de cosméticos costumam selecionar um deles especificamente, dependendo das exigências da formulação. Por exemplo, o olet-5 é também um agente espalhante; o olet-20 é particularmente útil como solubilizante de fragrância e pode ser utilizado com sucesso em alguns sistemas de gel transparente; o olet-30 possui propriedades adicionais surfactantes e de limpeza. Ver também oleyl alcohol. Oleyl alcohol – álcool oleílico: emoliente, solvente, agente viscosificante e carreador utilizado numa grande variedade de formulações cosméticas, incluindo preparações para maquiagem, pele, mãos e corpo. O álcool oleílico é um álcool graxo insaturado encontrado em óleos de peixe e que também pode ser produzido sinteticamente. Segundo algumas fontes, é comedogênico e tem um leve potencial de irritância. Oleyl betaine – oleil betaína: emoliente suave, surfactante condicionante e espessante. Ver também betaina; oleamine. Oleyl erucate – erucato de oleíla: emoliente de múltiplas finalidades às vezes utilizado como substituto do óleo de jojoba. Olibanum oil – óleo de olíbano: componente de fragrância. É adstringente e com propriedades anti-inflamatórias pouco acentuadas. Ver também frankincense. Oligo active liposomes – lipossomas oligoativos: lipossomas encapsulados com oligoelementos. Oligoelements – oligoelementos: ver o verbete no Capítulo 4. Ver também trace elements. Olive extract – extrato de oliva: ver olive leaf extract. Olive oil – óleo de oliva (Olea europaea): óleo carreador com excelente untuosidade, cor pálida e odor pouco acentuado. É considerado um bom carreador

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Orange flower oil – óleo de flor de laranjeira

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especialmente para óleos essenciais. Sua fração não saponificável é descrita também como um tipo de precursor, embora não biológico. Alguns afirmam sua ação seletiva nos queratinócitos epidérmicos, além de estimular a síntese de substâncias como o colágeno, elastina, proteoglicanos e glicoproteínas. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Olea europaea, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Olea europaea leaf, Olea europaea fruit, Olea europaea seed powder etc. Olive leaf extract – extrato de folha de oliva: adstringente e antisséptico. Também possui capacidade vasodilatadora. Tem demonstrado certa atividade antioxidante e sequestrante de radicais livres. As folhas de oliva contêm tanto bioflavonoides quanto polifenóis. Geralmente encontrado em produtos antienvelhecimento. Ômega-3 – ácido graxo essencial: ver linolenic acid. Ômega-6 – ácido graxo essencial: ver linoleic acid. Ômega-9 – ácido graxo essencial: ver oleic acid. Orange essence – essência de laranja: usada como fragrância. Orange oil (Citrus aurantium [bitter Orange] e Citrus sinensis [sweet Orange]) – óleo de laranja (Citrus aurantium [laranja amarga] e Citrus sinensis [laranja doce]: usado principalmente em perfumaria. Suas propriedades botânicas nos cuidados com a pele são consideradas anti-inflamatória, antibacteriana, antiespasmódica e sedativa, o que o torna adequado para peles sensíveis e delicadas. Nomenclatura INCI para óleo de laranja amarga: Citrus aurantium amara. Possui vários tipos, como Citrus aurantium amara flower extract, Citrus aurantium amara flower oil etc. Nomenclatura INCI para óleo de laranja doce: Citrus sinensis peel extract, Citrus sinensis valencia peel extract etc. No entanto, esta nomenclatura não é oficial INCI, mas é usada como uma nomenclatura para aromatização. Orange flower extract – extrato de flor de laranjeira: usado na medicina popular como um sedativo suave. É considerado eficaz para pele seca. Orange flower oil – óleo de flor de laranjeira: fragrância. Propriedades aliviantes e calmantes lhe são atribuídas. O óleo da flor de laranjeira não deve ser confundido com o extrato de flor de laranjeira. As flores da laranjeira amarga produzem, por destilação, um óleo essencial conhecido como néroli, que forma um dos principais elementos da água de colônia. Uma pomada e um óleo também são obtidos das flores da laranjeira por maceração. O óleo das florescências da laranja doce é bem menos fragrante que o da laranja amarga. As flores são

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254 | Orange flower water – água de flor de laranjeira

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destiladas imediatamente depois de coletadas. O óleo essencial, que sobe até a superfície do destilado, é extraído, enquanto a porção aquosa é vendida como água de flor de laranjeira. Um quilo de flores rende 600 gramas de óleo com solventes voláteis, 400 gramas pelo método da maceração e somente 100 gramas por enfleurage. Obtido por extração ou prensagem da casca da laranja. Orange flower water – água de flor de laranjeira: possui atividade semelhante à do óleo de laranja, mas suas propriedades aliviantes parecem ser mais pronunciadas. Orange roughy oil – óleo “bruto” de laranja de peixe: em preparações para a pele, demonstra um espalhamento de boa qualidade e propriedades amaciantes. É um óleo “bruto” de laranja de peixe. Orchid extract (Orchis sp.) – extrato de orquídea: restaurativo e rejuvenescedor; aparentemente, mais por causa da beleza da flor do que por quaisquer propriedades estimulantes específicas. No entanto, é citado com o aliviante e condicionante para a pele. Algumas fontes o consideram bom para pele seca. O extrato é obtido dos tubérculos de várias espécies de orquídea. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Orchis, tais como Orchis Maculata flower extract, Orchis mascula flower extract etc. Orizanol (orysanol): protetor contra radiação UV, com efeito antioxidante em gorduras e óleos. O orizanol é um pó obtido a partir do óleo de germe de arroz. Nomenclatura INCI: Oryzanol. Orysanol – ver orizanol. Oxido reductases – óxido-redutases: mistura de leveduras e enzimas de ocorrência natural que age como antioxidante reduzindo ou bloqueando o oxigênio. 2-oxothiazolidine carboxylic acid – ácido 2-oxotiazolidona carboxílico: precursor da glutationa, este ingrediente está sendo estudado por suas propriedades antienvelhecimento e antirrugas. Ver também glutathione. Oxybenzone – oxibenzona (benzofenona-3): nome farmacêutico de um filtro e absorsor de UV aprovado pela FDA. Ver benzophenone-3. Oxyquinoline sulfate – sulfato de oxiquinolina: desinfetante e conservante contra o crescimento de fungos. Sintetizado a partir de fenóis. Ozokerite – ozoquerita (cresina): cera microcristalina de ocorrência natural. Regula a viscosidade da formulação, tem propriedades de suspensão e dá estabilidade ao produto. A ozoquerita é uma cera de hidrocarbonetos derivada de fontes minerais ou do petróleo que, quando refinados, produzem uma cera microcristalina branca conhecida como cresina.

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P PAbA: também conhecido como ácido p-aminobenzoico. Filtro solar químico com nível de uso aprovado entre 5% e 15%. É irritante para peles sensíveis, tem potencial de causar sensibilização e é considerado muito solúvel em água. Outrora extremamente popular, o ingrediente praticamente desapareceu das formulações de filtro solar. O PABA é um ácido amarelado ou incolor encontrado em vitaminas do complexo B. Padimate A – padimato A: nomenclatura INCI: Amyl 4-dimethylaminobenzoate, mixed isomers, padimate A (INN). Ver pentyl dimethyl PABA. Padimate o – padimato O: nome farmacêutico do etil-hexil dimetil PABA, um filtro solar químico antes conhecido como octil dimetil PABA. Nomenclatura INCI: 4-Dimethylaminobenzoate of ethyl-2-hexyl (octyl dimethyl PABA). Ver ethylhexyl dimethyl PABA. Palm oil (hydrogenated) – óleo de palma (hidrogenado): usado como regulador de consistência e estabilizante de fórmula na manufatura de cremes, loções, maquiagem e cosméticos decorativos. Nomenclatura INCI: Hydrogenated palm oil. Palm oil glyceride (hydrogenated) – glicerídeos de óleo de palma (hidrogenado): usados como coemulsificante, agente dispersante e regulador de consistência na manufatura de cosméticos. Confere à pele uma sensação agradável. Palm kernel glycerides (hydrogenated) – glicerídeos de palmiste (hidrogenado): emulsificante e regulador de consistência. É uma mistura de mono, di e triglicerídeos derivados do óleo de palmiste. Palm kernel oil – óleo de palmiste: usado principalmente para fazer sabões e unguentos. É um óleo natural obtido da semente da Elaeis guineensis. Palm kernelamide DEA – amidas do óleo de palmiste: usado como surfactante não iônico, espessante, espumífero e estabilizante de fórmula em preparações cosméticas. É também capaz de controlar a viscosidade de uma formulação.

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256 | Palmarosa oil – óleo de palmarosa

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Palmarosa oil (Cymbopogon martini) – óleo de palmarosa: propriedades atribuídas a este óleo: aliviante, hidrante, antisséptico, tônico e regenerador da célula. Acredita-se que o óleo de palmarosa tenha ação calmante e refrescante imediata sobre a pele. Seu uso é indicado para acne e dermatite, e também para pele seca. Este óleo é muito utilizado em perfumaria e cosmetologia, pois seu aroma fresco de rosas torna-o útil para a adulteração do óleo de rosa, um dos óleos essenciais mais caros. Também pode ser usado para mascarar odores. O óleo de palmarosa é obtido por destilação desta planta, que se assemelha a uma gramínea. Nomenclatura INCI: Cymbopogon martini oil. A nomenclatura INCI contempla outros tipos de Cymbopogon martini, no entanto, estas denominações não são oficiais como INCI, mas são utilizadas como aromatizantes. Palmitic acid – ácido palmítico: um dos principais ácidos graxos produzidos pelas glândulas sebáceas. Em preparações cosméticas, é usado como texturizante. Este ácido ocorre naturalmente no calicanto, anis, óleo de cálamo, casca de cascarilha, semente de aipo, ácidos de manteiga, café, chá e muitas gorduras animais e óleos de planta. É obtido do óleo de palma, cera do Japão ou do sebo de vegetais chineses. Palmitoyl hydroxypropyltrimonium amylopectin/glycerin crosspolymer – polímero cruzado de amilopectina hidroxipropiltrimônio/glicerina palmitoíla: condicionante para a pele. Palmytoyl oligopeptide-3 – oligopeptídeo-3 de palmitoíla: peptídeo sintético usado em produtos antienvelhecimento. Acredita-se que ajuda a alisar e a reduzir as rugas, além de reparar problemas de pele relacionados à idade, estimulando a produção de colágeno. Palmitoyl pentapeptide-4 – pentapeptídeo-4 de palmitoíla: peptídeo sintético com derivados da serina, treonina e hexadecanoíla. É um condicionante para a pele. Estudos clínicos dos fabricantes atribuem-lhe a capacidade de promover a síntese do colágeno, da elastina e do glicosaminoglicano. Isso resultaria na capacidade de restaurar a espessura da pele, que diminui com a idade, e de reduzir as linhas de expressão e as rugas. Palmitoyl tetrapeptide-3 – tetrapeptídeo-3 de palmitoíla: peptídeo que parece melhorar a elasticidade e a firmeza da pele. Também hidrata, alivia e protege. Uma atividade anti-inflamatória é atribuída à sua capacidade de controlar a secreção de substâncias químicas específicas responsáveis pelo envelhecimento cutâneo (isto é, citocinas e especificamente a interleucina-6),

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Pantothenic acid – ácido pantotênico

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podendo assim funcionar de modo semelhante ao hormônio antienvelhecimento DHEA. Pansy extract (Viola tricolor) – extrato de amor-perfeito: suas propriedades botânicas incluem ação aliviante, curativa e limpante. Os constituintes ativos deste extrato incluem saponinas, compostos salicílicos, taninos e flavonoides (por exemplo, rutina, violantina, escoparina, vitexina, saponaretina, orientina), óleos voláteis e os glicosídeos do metil éster do ácido salicílico. O uso do extrato é recomendado em preparações para pele seca e em vários tipos de problemas de pele. Nomenclatura INCI: Viola tricolor extract, no entanto, existem outros tipos, dependendo da apresentação, como Viola tricolor flower juice, Viola tricolor flower/leaf/stem water. Pantethine – pantetina: emoliente e condicionante, geralmente encontrado em preparações para o cabelo. Pantetheine sulfonate – sulfonato de panteteína: condicionante para a pele. Panthenol – pantenol (vitamina B): age como um hidratante penetrante. O pantenol parece estimular a proliferação celular e ajudar na reparação do tecido. Estudos indicam que, quando topicamente aplicado, o pantenol penetra na pele e é convertido em ácido pantotênico, uma vitamina do complexo B. Tal ação poderia influenciar os recursos naturais do ácido pantotênico na pele. Não irritante, não sensibilizante, hidratante e condicionante, promove a queratinização normal, além de cicatrizar feridas. O pantenol protege a pele contra queimaduras de sol, proporcionando-lhe alívio, e intensifica o processo natural de bronzeamento. O caráter umectante do pantenol permite-lhe reter água no produto ou captá-la do ambiente, resultando num efeito hidratante. Como um amaciante para a pele, proporciona flexibilidade. Também é considerado um agente anti-inflamatório e matéria-prima não comedogênica. Panthenyl triacetate – triacetato de pantenila: um derivado do ácido pantotênico com atividade de vitamina B. Ver também pantothenic acid. Pantothenic acid – ácido pantotênico: parte do complexo da vitamina B. É considerado um precursor biológico capaz de agir como bioativador. A molécula relativamente pequena do ácido pantotênico facilita a permeação da epiderme, permitindo sua participação no processo metabólico da derme. Alguns estudos indicam benefícios do ácido pantotênico quando incorporado a produtos destinados ao tratamento de eczema, psoríase, inflamação cutânea e alergias na pele. É encontrado naturalmente no fígado, ovos, levedo de cerveja ressecado e geleia real.

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Papain – papaína: uma enzima do mamão com capacidade de dissolver queratina. A papaína é usada em máscaras faciais e loções para peeling como um esfoliante bastante suave. A papaína pode ser irritante para a pele, mas bem menos que a bromelina, uma enzima semelhante encontrada no abacaxi e também utilizada em cosméticos. Considerada matéria-prima não comedogênica. Papaya (Carica papaya) – mamão: considerado um agente de limpeza para peles com acne. Seu valor reside em seu teor da enzima papaína. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Carica papaya, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Carica papaya fruit, Carica papaya fruit extract, Carica papaya seed oil etc. Ver também papain. Papaya enzyme extract – extrato de enzima de mamão: usado como esfoliante suave, também amacia a pele e pode ajudar a suavizar linhas de expressão e rugas. Ver também papain. Paprika – páprica: usada para estimular a circulação do sangue na pele. Parabens – parabenos: um dos grupos de conservantes mais usados nas indústrias de cosméticos, farmacêutica e de alimentos. Os parabenos apresentam atividade bacteriostática e fungistática contra um grande número de organismos, sendo considerados seguros para uso em cosméticos, especialmente em razão de seu baixo potencial sensibilizante. Uma avaliação de conservantes para uso em preparações de cosméticos sem enxágue classifica os parabenos entre os menos sensibilizantes. A faixa de concentração utilizada varia entre 0,03% e 0,30%, dependendo das condições de uso e do produto ao qual são adicionados. Ver também o verbete parabenos no Capítulo 4. Paraffin – parafina: usado em cosméticos como um substituto da cera de abelha. A parafina é uma mistura sólida de hidrocarbonetos obtidos do petróleo, embora também possa ser obtida da madeira ou do carvão. A parafina pura é inofensiva para a pele, mas a presença de impurezas pode resultar em irritações, eczemas e outros problemas cutâneos. Parinari curatellifolia seed oil – óleo de semente de Parinari curatellifolia: é considerado regenerativo, reestruturante e hidratante, graças ao seu teor de ácido eleosteárico. Parsley extract (Petroselinum sativum) – extrato de salsa– serve como desodorante. Acredita-se que tenha propriedades desinfetante, anti-inflamatória e condicionante para a pele. Nomenclatura INCI: Petroselinum sativum extract, Petroselinum sativum leaf powder.

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Patchouli oil – óleo de patchouli (patchouly)

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Parsley oil – óleo de salsa: tradicionalmente usado para tratamento aliviante e antiprurígeno em doenças dermatológicas. Também pode ser utilizado como conservante. O óleo de salsa é extraído das sementes que contêm um óleo chamado apiol. Pode causar reações alérgicas em peles sensíveis. Parsley seed – semente de salsa: nomenclatura INCI: Petroselinum crispum seed oil, Carum petroselinum seed oil. Ver parsley oil. Partially hydrolyzed protein – proteína parcialmente hidrolisada: ver protein. Passion flower extract (Passiflora sp.) – extrato de passiflora (maracujá): suas propriedades botânicas são descritas como antiespasmódica e calmante. Atribui-se ao extrato específico da variedade incarnata a capacidade de proteger a pele contra fatores externos nocivos (p. ex., o clima). Seu princípio ativo, a passiflorina, parece ser de algum modo semelhante à morfina. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Passiflora, entre eles Passiflora incarnata, Passiflora edulis, Passiflora laurifolia etc. Passion fruit extract – extrato de passiflora (maracujá): emoliente com propriedades hidratantes e refrescantes. Dependendo da variedade, o extrato de maracujá pode ser aliviante para a pele e também agir como condicionante e protetor. A identificação apenas como maracujá é insuficiente para determinar a variedade usada ou a atividade associada. Existem quatro variedades principais de Passiflora utilizadas em cosméticos: edulis, incarnata, laurifolia e quadrangularis. Dependendo da variedade e da parte da planta utilizada (flor, fruto ou semente), as propriedades terapêuticas podem variar de melhora nas condições cutâneas até ação adstringente, aliviante, refrescante e protetora. Alguns dos constituintes mais importantes da fruta incluem vitaminas, polissacarídeos, minerais e aminoácidos. Este extrato tem um perfume aromático de frutas e tropical. Passion fruit oil – óleo de passiflora (maracujá): visto com mais frequência em rótulos de produtos para sol, o óleo extraído da semente da planta é considerado emoliente e, dependendo da variedade da planta, também pode oferecer alguma proteção para a pele. Patchouli lite oil – óleo de patchouli lite: ver patchouli oil. Patchouli oil (Pogostemon patchouli) – óleo de patchouli (patchouly): suas propriedades botânicas são descritas como adstringente, anti-inflamatória e descongestiva. É citado também como tônico, estimulante em pequenas doses e sedativo em altas doses. Seus atributos botânicos o tornam útil para acne, peles envelhecidas e fissuradas, e vermelhidão. Na Ásia, era um famoso

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260 | Patchouly

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antídoto contra picadas de inseto e de cobra. Também usado como perfume em sabões e cosméticos, para dar um aroma oriental duradouro. Este óleo tem uma fragrância forte, doce e persistente de mofo. As folhas de patchouli são ressecadas e fermentadas antes da destilação. Pode produzir uma reação alérgica em indivíduos sensíveis. Nomenclatura INCI: Pogostemon cablin leaf extract. A nomenclatura Pogostemon cablin leaf oil não é oficial da INCI, porém é usada para aromatização. Patchouly: ver patchouli oil. PCA (Ajidew®; Ajidew® A-100; ácido l-2-pirrolidona-5-carboxílico): ingrediente hidratante higroscópico que serve como umectante de boa qualidade. É usado com frequência em produtos hidratantes. Peach extract (Prunus persica) – extrato de pêssego: usado em várias funções, entre elas como abrasivo, para adicionar massa e por sua atividade hidratante. Há diferenças baseadas na parte da planta utilizada. Por exemplo, um extrato das folhas de pêssego é considerado emoliente e hidratante, sendo-lhe atribuída, pelos herbolários, a capacidade de ajudar a parar sangramentos e cicatrizar feridas. O extrato de broto de pêssego é utilizado por suas propriedades umectantes, e o extrato de flor de pêssego é hidratante. O extrato de pêssego é recomendado para uso em peles secas. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Prunus persica dependendo da apresentação, como Prunus persica bud extract, Prunus persica fruit etc. Peach kernel oil – óleo de semente de pêssego: carreador a que se atribuem propriedades emoliente, calmante e aliviante. Este óleo é obtido por espremedura das sementes do pêssego. Peach stones – caroços de pêssego (moídos): usado como esfoliantes. Peanut fat – gordura de amendoim: usada para dar consistência a produtos cosméticos. A gordura de amendoim é o óleo de amendoim hidrogenado. Ver também peanut oil. Peanut oil – óleo de amendoim: utilizado como amaciante para a pele, emulsificante e emoliente. Também pode ser usado como substituto de óleos mais caros, como o óleo de amêndoa e o óleo de oliva, em cremes cosméticos. O óleo de amendoim tem um teor mais alto de vitamina A, vitamina E e ácido nicotínico que os outros óleos de nozes. O óleo de amendoim é obtido da prensagem do miolo da semente. Pectin – pectina: usada como agente espessante em preparações cosméticas devido a suas propriedades gelificantes. É aliviante e moderadamente ácida. Extraída da maçã ou da parte interna da casca de frutas cítricas.

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PEG-5 stearate – estearato de PEG-5

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PEG, PEG-4, -8, -14, -20, -32, -75, -100, -150, -200: acrônimo para polietileno glicol. Os PEGs são compatíveis com um amplo espectro de ingredientes e são incluídos numa formulação para se obter a umectância, viscosidade ou ponto de fusão desejados. Os PEGs são excelentes solventes, aglutinantes, veículos, umectantes, lubrificantes e bases. O número associado ao verbete PEG indica o número de mols (o peso do PEG). Embora todos sirvam ao mesmo propósito, um químico cosmetólogo pode preferir um deles aos demais por razões formulatórias. Por exemplo, o PEG-4 pode melhorar a resistência do produto à umidade e oxidação, e geralmente é usado em produtos para o cabelo. Certos tipos de PEG-8 são usados como reguladores de umidade e consistência em cremes, loções e preparações para barba; e o PEG-32 pode melhorar a espalhabilidade do produto e a textura da pele. Quando aparecem com outro ingrediente, como o estearato de PEG-5, isso significa que uma cadeia de polietileno glicol (PEG) foi adicionada ao ácido esteárico para aumentar a solubilidade em água. Ver também poliethylene glycol. PEG-2 ceteareth – cetearet de PEG-2: emulsificante. PEG-2 stearate – estearato de PEG-2: emulsificante para cremes e loções. Esta cera castanho-amarelada é derivada do ácido esteárico. Ver também PEG stearate. PEG-3 sorbitan oleate, -6 sorbitan oleate – oleato de PEG-3 sorbitano, oleato de -6 sorbitano: agente emulsificante. Muito usado em preparações cosméticas, de toucador e fragrância, e também em géis para bronzeamento. PEG-3 sorbitan stearate, -6 sorbitan stearate – estearato de PEG-3 sorbitano, estearato de -6 sorbitano: agente emulsificante e um PEG muito usado por formuladores de cosméticos em preparações cosméticas, de toucador e fragrância, e também em géis para bronzeamento. PEG-4 dilaurate – dilaurato de PEG-4: emulsificante. PEG-4 laurate – laurato de PEG-4: usado em preparações cosméticas como emulsificante e surfactante. PEG-5 glyceryl stearate – estearato de PEG-5 glicerila: agente surfactante e emulsificante usado em hidratantes e produtos de limpeza. PEG-5 soy sterol – esterol PEG-5 de soja: emoliente, emulsificante e estabilizador de emulsão usado em uma ampla variedade de produtos para pele e cabelo. O estearol PEG-10 de soja também apresenta propriedades que modificam a viscosidade. Estes são derivados dos esteróis encontrados no óleo de soja, e são considerados matérias-primas não comedogênicas. PEG-5 stearate – estearato de PEG-5: indicado como aplicável particularmente em loções e cremes para as mãos e o corpo. Ver também PEG stearate.

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262 | PEG-6 beeswax, -8 beeswax, -12 beeswax, -20 beeswax

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PEG-6 beeswax, -8 beeswax, -12 beeswax, -20 beeswax – PEG-6 de cera de abelha, -8 de cera de abelha, -12 de cera de abelha, -20 de cera de abelha: agente surfactante e emulsificante que pode gelificar lipídeos. PEG-6 caprylic/capric glycerides – glicerídeos caprílicos/cápricos de PEG-6: agente emoliente e emulsificante que ajuda a preservar o teor de lipídeos da pele, deixando-a macia. Estudos indicam boa eficácia no tratamento de psoríase, graças à sua capacidade de amaciar peles escamosas e melhorar a ação do ingrediente ativo que está sendo aplicado. Resultados de testes do produtor indicam não haver reações tóxicas ou alérgicas, além de haver uma boa tolerância por parte da pele. PEG-6 dioleate – dioleato de PEG-6: agente surfactante e emulsificante derivado do ácido oleico. Usado como carreador ou base em loções e outras preparações cosméticas. PEG-6 isostearat – isostearato de PEG-6: emulsificante. PEG-6 lauramide – lauramida de PEG-6: emulsificante. PEG-6 stearate – estearato de PEG-6: usado principalmente como emulsificante na formulação de produtos para limpeza. Ver também PEG stearate. PEG-7 glyceryl cocoate – cocoato de PEG-7 glicerila: emoliente autoemulsificante adequado especialmente para formulações aquosas. PEG-7-M: aglutinante, estabilizador de emulsão e agente viscosificante usado principalmente em sabonetes e produtos para limpeza. PEG-8 stearate – estearato de PEG-8: agente emulsificante e espessante geralmente incorporado a produtos para o cabelo, cremes para as mãos e corpo e preparações hidratantes. Também é agente supergraxo em preparações para barba e banhos de espuma. Ver também PEG stearate. PEG-10 sorbitan laurate, -40 sorbitan laurate, -44 sorbitan laurate, -75 sorbitan laurate, -80 sorbitan laurate – Laurato de PEG-10 sorbitano, laurato de -40 sorbitano, laurato de -44 sorbitano, laurato de -75 sorbitano, laurato de -80 sorbitano: agentes solubilizantes e de limpeza. Estão entre os PEGs mais populares por causa de sua suavidade. São incorporados a várias preparações, incluindo cosméticos para a pele, produtos para bronzeamento, de toucador e fragrâncias. Como um grupo, são considerados matérias-primas não comedogênicas. PEG-10 soy sterol – esterol PEG-10 de soja: ver PEG-5 soy sterol. PEG-16 macadamia glycerides – glicerídeos PEG-16 de macadâmia: emolientes. Derivados dos glicerídeos do óleo de noz de macadâmia.

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PEG-85 lanolin – lanolina PEG-85

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PEG-18 castor oil dioleate – dioleato PEG-18 do óleo de mamona: emulsificante para cremes e loções, e agente viscosificante. É particularmente apropriado quando são usados óleos de origem animal e vegetal. PEG-20 oleate – oleato de PEG-20: emulsificante derivado do ácido oleico. PEG-25 PABA: absorsor de luz UV e filtro derivado do PABA. É aprovado para uso até 10% na União Europeia. PEG-30 castor oil, -30 castor oil (hydrogenated) – PEG-30 do óleo de mamona, -30 do óleo de mamona (hidrogenado): emoliente, detergente, emulsificante e solubilizante de óleo-em-água recomendado para óleos de fragrância e para outros óleos difíceis de solubilizar. PEG-30 dipolyhydroxystearate – dipoli-hidroxiestearato de PEG-30: emulsificante para preparações de óleo-em-água. PEG-30 stearate – estearato de PEG-30: agente solubilizante e limpante adequado para preparações hidratantes. Ver também PEG stearate. PEG-32 stearate – estearato de PEG-32: agente solubilizante e para limpeza, geralmente usado em preparações para a face e o pescoço, e também em hidratantes. Ver também PEG stearate. PEG-40 castor oil, -40 castor oil (hydrogenated) – PEG-40 do óleo de mamona, -40 do óleo de mamona (hidrogenado): emulsificante, surfactante e poderoso solubilizante, usado em óleos essenciais e perfumes para solubilizá-los em cremes e loções de óleo-em-água. É semelhante ao PEG-30 do óleo de mamona, porém mais denso. É uma pasta mole. A versão hidrogenada é particularmente utilizada como emulsificante não iônico para óleos essenciais e perfumes. PEG-40 ricinoleyl ether – PEG-40 ricinoleil éter: ver ricinoleth-40. PEG-40 stearate – estearato de PEG-40: emulsificante hidrofílico, estabilizante, antigelificante e lubrificante em vários produtos para pele, algumas preparações para o cabelo, produtos de toucador e perfumes. Ver também PEG stearate. PEG-45 palm kernel glycerides – glicerídeos PEG-45 de palmiste: emoliente e emulsificante derivados dos glicerídeos do palmiste. PEG-50 lanolin – lanolina PEG-50: surfactante usado como agente de limpeza e solubilizante em alisadores de cabelo. Um derivado da lanolina. PEG-60 glyceryl isostearate – gliceril isoestearato de PEG-60: agente surfactante e emulsificante. PEG-75 lanolin – lanolina PEG-75: emoliente, emulsificante, dispersante, plastificante e estabilizante de espuma. Um polietileno glicol derivado da lanolina. PEG-85 lanolin – lanolina PEG-85: surfactante.

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264 | PEG-100 stearate – estearato de PEG-100

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PEG-100 stearate – estearato de PEG-100: estabilizante e emulsificante para cremes e loções. Tecnicamente, é o polietileno glicol éster do ácido esteárico com 100 mols de PEG. É também um agente de limpeza e surfactante utilizado em produtos para a pele, algumas preparações para cabelo, produtos de toucador e perfumes. Ver também PEG stearate. PEG-120 methyl glucose dioleate – dioleato PEG-120 de metil glicose: agente para limpeza usado em sabonetes, limpadores e xampus. PEG-150 distearate – distearato de PEG-150: surfactante usado como agente para limpeza e solubilizante. PEG-180/laureth-50/TMMG copolymer – copolímero de PEG-180/lauret-50/ TMMG: espessante com propriedades emulsificante e filmógena. Também pode proporcionar untuosidade e umectância ao produto. PEG-180/octoxynol-40/TMMG copolymer – copolímero de PEG-180/octoxinol-40/TMMG: ver PEG-180/laureth-50/TMMG copolymer. PEG-200 hydrogenated glyceryl palmate – gliceril palmato hidrogenado de PEG-200: polímero com ação limpante, emulsificante e solvente. Geralmente é encontrado em produtos para limpeza da face, do corpo e cabelo. PEG-octanoate – ocatanoato de PEG: todos os octanoatos de PEG são identificados como agentes emulsificantes, não importando o número de PEGs na formulação. PEG stearate – estearato de PEG: todos os estearatos de PEG são agentes emulsificantes. Alguns são usados mais frequentemente ou são mais adequados para certos tipos de preparação, como cremes para o corpo e loções, ou como agentes para limpeza. Pentaerythrityl stearate/caprate/caprylate/adipate – estearato de pentaeritritila/caprato/adipato caprilato: composto extremamente emoliente com propriedades hidratante e protetora. É também agente viscosificante. Pentaerythrityl tetraoctanoate – tetraoctanoato de pentaeritritila: emoliente. Pentasodium ethylenediamine tetramethylene phosphonate – tetrametileno fosfonato pentassódico de etilenodiamina: agente quelante semelhante ao EDTA. Pentasodium pentetate – pentetato de pentassódio: sal inorgânico usado como emoliente aquoso, emulsificante, sequestrante e agente dispersante em cremes e loções para limpeza. Preparado a partir da desidratação dos fosfatos mono e dissódicos. É moderadamente irritante para a pele e as membranas mucosas. Pentyl dimethyl PABA (Amyldimethyl PABA) – pentil dimetil PABA (amildimetil PABA): absorsor químico de UVB pouco usado devido ao componente PABA.

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Peptide – peptídeo

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Pentylene glycol – pentileno glicol: álcool com propriedades umectante e antibacteriana. Peony extract (Paeonia sp.) – extrato de peônia: propriedades imunoestimulante, anti-inflamatória, antiespasmódica e antibiótica lhe são atribuídas. Acredita-se ainda que seja um estimulante da circulação e tenha propriedades embelezantes para a pele. Estudos clínicos mostram que o extrato de peônia ajuda a melhorar a condição da acne e de algumas doenças da pele. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Paeonia, como Paeonia albiflora, Paeonia lactiflora, Paeonia officinalis etc. Pepper (Capsicum annuum) – pimenta: dependendo da forma como é usada (ou seja, extrato da planta inteira ou apenas o extrato do fruto, suco, pó ou resina), um amplo espectro de propriedades terapêuticas é atribuído à pimenta. O extrato da planta inteira pode ajudar a mascarar odores, é tônico e também serve para melhorar a condição cutânea. Numa formulação para a pele, o extrato do fruto pode ser usado como antimicrobiano, antioxidante, adstringente e protetor cutâneo. Em produtos para o cabelo, pode ser usado como anticaspa e ingrediente condicionante. O suco, pó e resina são considerados condicionantes para a pele. Entre os constituintes da pimenta estão os carotenoides, a capsaicina, um óleo volátil, ácidos orgânicos, vitamina C, flavonoides (p. ex., a rutina) e sais minerais. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Capsicum annuum, dependendo da apresentação, como Capsicum annuum extract, Capsicum annuum fruit juice etc. Peppermint (Mentha piperita) – hortelã-pimenta: na forma de extrato ajuda a aliviar irritações na pele e coceiras. Reduz a vermelhidão causada por inflamação ou acne, resfria a pele contraindo os capilares, além de suas propriedades refrescantes e tônicas. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Mentha piperita, dependendo da apresentação, como Mentha piperita extract, Mentha piperita herb oil etc. Peppermint oil – óleo de hortelã-pimenta: atribuem-se propriedades refrescante, resfriante, bactericida e anti-irritante ao óleo de hortelã-pimenta. Também é usado como fragrância. O óleo de hortelã-pimenta pode produzir reações alérgicas, como febre do feno, manchas vermelhas na pele e irritação, especialmente se for aplicada uma bandagem sobre o óleo. Extraído das folhas da planta, o mentol constitui mais de 50% de seu conteúdo. Ver também mint oil. Peptide – peptídeo: ver o verbete peptídeos no Capítulo 4.

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266 | Peptide CLB-253, -CL-2572, -CLF-5 – peptídeo CLB-253, -CL-2572, -CLF-5

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Peptide CLB-253, -CL-2572, -CLF-5 – peptídeo CLB-253, -CL-2572, -CLF-5: nomes comerciais para uma série de diferentes peptídeos encontrados nos produtos de um determinado fabricante de cosméticos. Ver peptide. Peptones – peptonas: um derivado de proteína. Ver protein. PERA: ver polyethoxylated retinamide. Perfluoropolyether – perfluoropoliéter: polímero líquido capaz de formar um filme protetor e lubrificante sobre a pele. Recomendado para proteger a pele de substâncias químicas agressivas como surfactantes, álcalis e solventes orgânicos, podendo também ajudar na prevenção da dermatite de contato. É adequado para peles secas e oleosas, devido a suas propriedades lipo e hidrofóbicas. Este ingrediente também aumenta a estabilidade do produto e melhora sua sensação sobre a pele. Perfluoropolymethylisopropylether – perfluoropolimetilisopropiléter: usado em formulações para estabilizar emulsões, reduzir a perda de umidade da pele e proporcionar um produto com textura sedosa. Perhydroxysqualene (squalene) – perhidroxiesqualeno (esqualeno): emoliente que pode ser obtido de diversas fontes, que incluem germe de trigo, óleos de oliva e de farelo, e óleo de fígado de tubarão. Quando obtido deste último, deve ser convertido a partir do esqualeno por um processo de hidrogenação. Nomenclatura INCI: Squalene. Petit grain biguarade – folhas de laranja amarga. Ver petit grain oil. Petit grain extract – extrato de petit grain: extrato de laranja amarga. Propriedades tônica e antisséptica. Ver também petit grain oil. Petit grain oil – óleo de petit grain (petitgrain), óleo de laranja amarga: amplamente utilizado em farmácia e perfumaria por seu efeito tônico e terapêutico. Sua fragrância é fresca, revigorante e levemente floral, com um acento amargo. Assim como o néroli, o petitgrain verdadeiro (ou petitgrain biguarade) é obtido pela destilação das folhas da laranjeira amarga. Petitgrain bergamota, petitgrain limão e petitgrain tangerina também são produzidos. Pode ser irritante para os olhos. Petitgrain: ver petit grain oil. Petrolatum – petrolato (geleia de petróleo, vaselina): amacia e alivia a pele. Forma um filme na superfície da pele, impedindo a perda de umidade devido à evaporação e protegendo contra irritação. Sua desvantagem está na dificuldade de retirá-lo efetivamente. Estudos indicam que o petrolato acelera a restauração dos lipídeos da superficie cutânea e não forma nem age como

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Phenyl trimethicone – fenil trimeticona

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uma membrana impermeável. Em vez disso, permeia toda a camada córnea, permitindo a restauração da barreira normal, apesar de suas propriedades oclusivas. O petrolato dá uma sensação mais gordurosa do que outros emolientes e tembém tem o potencial de obstruir os poros e causar comedogenicidade. Trata-se de uma mistura de hidrocarbonetos semissólidos do petróleo. Embora possa causar manchas alérgicas na pele, o petrolato não é tóxico quando é de alta qualidade e devidamente purificado. Petroleum jelly – geleia de petróleo: ver petrolatum. Phenethyl alcohol – álcool fenetílico: ver phenylethyl alcohol. Phenol – fenol: frequentemente usado em esfoliações químicas da face. Pode aprisionar radicais livres e agir como conservante. O fenol, no entanto, é extremamente cáustico e possui toxicidade potencial. É considerado indesejável para uso em cosméticos. Mesmo em baixas concentrações, costuma causar irritação, inchaço e manchas vermelhas na pele. L-phenylalanine – L-fenilalanina: aminoácido usado como agente condicionante para a pele. No entanto, é mais utilizado em produtos para o cabelo. Phenoxyethanol – fenoxietanol: conservante de amplo espectro com propriedades fungicida, bactericida, inseticida e germicida. Possui um fator sensibilizante relativamente baixo em cosméticos sem enxágue. Pode ser usado em concentrações de 0,5% a 2%, e em combinação com outros conservantes, como o ácido sórbico ou parabenos. Também é usado como solvente em loções pós-barba, faciais e para o cabelo, xampus e todo tipo de cremes para a pele. Pode ser obtido do fenol. Phenoxyethylparaben – fenoxietilparabeno: conservante considerado matéria-prima não comedogênica. 2-phenyl-5-benzimidazolesulfonic acid – ácido 2-fenil-5-benzimidazolsulfônico: ver phenylbenzimidazole sulfonic acid. Phenyl dimethicone – fenil dimeticona: agente antiespumante e condicionante oclusivo para a pele. Esta mistura de polímeros lineares de siloxano é um material derivado do silicone. Ver também dimethicone. Phenyl trimethicone – fenil trimeticona: serve como uma barreira, protegendo a pele contra perda excessiva de água. Deixa a pele macia e suave, confere emoliência à formulação e reduz qualquer sensação de aderência. Também pode ser usada para controlar ou impedir que uma preparação cosmética forme espuma. Apresenta-se na forma de silicone, semelhante à dimeticona, mas possui um espectro mais amplo de compatibilidade com óleos orgânicos e ceras.

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268 | Phenylalanine – fenilalanina

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Phenylalanine – fenilalanina: agente condicionante com uso mais frequente no cabelo que na pele. Também é utilizado em produtos de bronzeamento. Phenylbenzimidazole sulfonic acid (2-phenyl-5-benzimidazole-sulfonic acid; 2-phenylbenzimidazole-5-sulfonic acid) – ácido fenil benzimidazol sulfônico (ácido 2-fenil-5-benzimidazolsulfônico; ácido 2-fenilbenzimidazol-5-sulfônico): um dos 21 filtros solares químicos para absorção de UVB aprovados pela FDA. Seu nível de uso é de até 4% nos Estados Unidos e até 8% na União Europeia. Quando combinado com uma base adequada, torna-se um filtro solar solúvel em água. A relação nível de uso/FPS é bastante eficaz quando comparado com outros filtros solares químicos. Além disso, combinado com outros absorsores de UVB, parece aumentar significativamente o FPS. Também excelente para uso em filtros solares transparentes na forma de gel. 2-phenylbenzimidazole-5-sulfonic acid (2-phenyl-5-benzimidazolesulfonic acid) – ácido 2-fenilbenzimidazol-5-sulfônico (ácido 2-fenil-5-benzimidazolsulfônico): ver phenylbenzimidazole sulfonic acid. Phenylethyl alcohol (phenethyl alcohol) – álcool feniletílico (álcool fenetílico): usado como desinfetante, conservante e por suas propriedades de fragrância. É um componente importante do óleo de rosa, sendo também encontrado em laranjas, framboesas e chás. Nomenclatura INCI: phenethyl alcohol. Phosphatides – fosfátides: ver phospholipids. Phospholipids (phosphatides) – fosfolipídeos (fosfátides): usado topicamente como hidratante/emoliente devido a sua compatibilidade inerente com os lipídeos da pele. Em geral, os fosfolipídeos naturais mostram um efeito de curta duração quando aplicados topicamente. Matéria-prima de lipossomas, os fosfolipídeos são gorduras complexas que, junto à proteína, compõem a membrana de todas as células vivas. Ver também liposomes. Phosphatidic acid – ácido fosfatídico: um entre vários componentes secundários das membranas lipossômicas cosméticas e farmacêuticas. Nomenclatura INCI: Lysophosphatidic acid. Phosphatidylcholine – fosfatidilcolina: componente importante de muitas estruturas de lipossomas cosméticos e farmacêuticos, derivado da gema de ovo ou da lecitina de soja comercialmente disponíveis. Phosphatidyl ethanolamine – fostafidil etanolamina: componente secundário de membranas lipossômicas cosméticas e farmacêuticas. Nota: nomenclatura INCI: Lysophosphatidylethanolamine. Phosphatidylinositol – fosfatidilinositol: componente secundário de membranas lipossômicas cosméticas e farmacêuticas.

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Pineapple enzyme – enzima do abacaxi

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Phosphatidylserine – fosfatidilserina: usada na manufatura de grandes quantidades de lipossomas. Phosphoenolpyruvic acid – ácido fosfoenolpirúvico: acredita-se que preparações que contêm esse ingrediente melhoram a condição da pele seca em virtude de suas propriedades hidratantes e capacidade de acelerar a renovação celular. Phosphoric acid – ácido fosfórico: conservante e antioxidante. Em soluções concentradas, irrita a pele. Phytic acid – ácido fítico: usado para manter a estabilidade do produto, suas atividades terapêuticas incluem o clareamento da pele e propriedades anti-inflamatória e antioxidante. Ocorre naturalmente em grãos, sementes e vagens. Phytosteryl oleate – oleato de fitosteril: o prefixo “fito” significa planta. Ver também sterols. Phitosterols – fitoesteróis: ver plant sterols. Pine bark extract – extrato de casca de pinho: usado como solvente. É também um antisséptico e estimulante. O extrato de casca de pinho pode causar irritação na pele. Pine cone extract – extrato de cone de pinho (pinha): considerado um estimulante cutâneo. Este extrato é obtido das pinhas. Ver também pine extract. Pine extract (Pinus sp.) – extrato de pinheiro: as diferentes variedades de pinheiro produzem resina em quantidades maiores ou menores, entre as quais muito poucas são utilizadas para fins terapêuticos, principalmente como unguento. As propriedades terapêuticas do pinheiro são descritas como bactericida e estimulante da circulação sanguínea. Os produtores geralmente especificam se o extrato é da casca, do cone ou da agulha do pinheiro. Pode irritar a pele e causar manchas vermelhas. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Pinus, como Pinus cenbra twig, Pinus densiflora, Pinus halepensis, Pinus mugo, Pinus palustris etc. Pine needle extract – extrato de agulha de pinheiro: recomendado para uso como estimulante cutâneo. É o extrato das agulhas de várias espécies de pinheiro. Pine oil – óleo de pinho: originalmente usado como solvente e desinfetante. Estudos agora estão mostrando que o óleo de pinho pode estimular o crescimento de fibroblastos, o que significaria um aumento na renovação das células epidérmicas. O óleo de pinho é produzido por destilação de pequenos ramos de pinheiro. Pode ser irritante para a pele e membranas mucosas. Pineapple enzyme – enzima do abacaxi: usada na medicina folclórica como um anti-inflamatório. Atualmente é utilizada em máscaras faciais e loções de pe-

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270 | Piscine oil, C30-C46 – óleo de peixe, C30-C46

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eling para remover as camadas superiores das células. A atividade enzimática do abacaxi baseia-se na bromelina, uma enzima que dissolve a queratina. Seus constituintes importantes incluem mucinas, aminoácidos, polissacarídeos, minerais, flavonoides e enzimas. Pode ser irritante para a pele. Piscine oil, C30-C46 – óleo de peixe, C30-C46: usado como emoliente. Plant extracts – extratos de planta: termo bastante abrangente e vago, geralmente usado para efeito de marketing. A falta de especificidade não permite identificar os benefícios potenciais, propriedades botânicas ou efeitos irritantes. Plant sterols – esteróis de planta: princípios ativos que podem desempenhar diversas funções, incluindo a hidratação. Usados por formuladores de cosméticos para adicionar uma propriedade lipofílica à formulação. Geralmente derivados de plantas associadas a óleos como os de soja e de semente de canola. Plantain extract (Plantago sp.) – extrato de banana-da-terra: atribuem-se-lhe propriedades resfriante, aliviante, antisséptica, adstringente e bacterostática. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Plantago, como Plantago asiatica, Plantago major, Plantago ovata etc. Plantain fruit – banana-da-terra: ver banana oil. Pollen extract – extrato de pólen: um extrato de pólen de planta. Poloxamer 188 – poloxâmero 188: polímero líquido surfactante. Poloxamer 788 – poloxâmero 788: polímero surfactante. A mudança de número (por exemplo, de poloxâmero 188 para poloxâmero 788) indica a consistência do ingrediente, geralmente do líquido para a pasta e desta para o sólido. Quanto maior o número, mais sólida a consistência. Polyacrylamide – poliacrilamida: aglutinante, filmógena e fixadora. É mais utilizada em preparações para cabelo e unhas do que para a pele. É usada em algumas loções para as mãos e corpo e em cremes de limpeza. Polyacrylamidomethyl benzylidene camphor – poliacrilamidometil benzilideno cânfora: filtro solar químico que age como filtro e absorsor de UV. Tem um nível de uso aprovado de até 6% na União Europeia. Polyacrylic acid salt – sal do ácido poliacrílico: aglutinante, estabilizador de emulsão, filmógeno e agente viscosificante usado principalmente em xampus. Polyalkoxy ester – polialcoxi éster: espessante, emulsificante auxiliar e agente de volume em formulações cosméticas. Polybutene – polibuteno: aglutinante e agente viscosificante usado com mais frequência em maquiagem do que em preparações para cuidados da pele. O polibuteno é um polímero de um ou mais butilenos obtidos de óleos de petróleo.

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Polyglucan (beta-glucan; polyglucadyne) – poliglucano (beta-glucano; poliglucadina)

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Polybutylene terephthalate – tereftalato de polibutileno: agente filmógeno e viscosificante. Polycaprolactone – policaprolactona: polímero sintético que funciona como agente suspensor. Polydecene – polideceno: emoliente e condicionante para a pele. Polydimethyl cyclosiloxane – polidimetil ciclosiloxano: ver cyclomethicone. Polyether-1 – poliéter-1: espessante com propriedades emulsificantes. Também pode proporcionar umectância e untuosidade. Polyethoxylated retinamide (PERA) – retinamida polietoxilada: tem características semelhantes às do ácido retinoico e do retinol, melhorando a síntese do colágeno e promovendo a redução das rugas. O potencial de penetração da PERA é três vezes maior que a do retinol e seis vezes a do palmitato de retinila. A PERA é uma combinação de ácido retinoico com polietileno glicol, destinada a aumentar a estabilidade e a permeabilidade da pele. Ver também o verbete retinoides no Capítulo 4. Polyethylene – polietileno: usado para regular a viscosidade, as propriedades de suspensão e a estabilidade geral em formulações cosméticas. É derivado do gás de petróleo ou da desidratação do álcool. Polyethylene beads – esferas de polietileno: usadas em esfoliantes substituindo as partículas de amêndoas. Algumas empresas as preferem por considerá-las menos abrasivas para peles delicadas. Polyethylene glycol (PEG) – polietileno glicol (PEG): aglutinante, solvente, agente plastificante e amaciante; usado em bases de cremes cosméticos e unguentos farmacêuticos. Os PEGs são bastante umectantes até o peso molecular de 500. Acima desse peso, sua capacidade de captar a água diminui. Polyethylene glycol monostearate – monostearato de polietileno glicol: emulsificante. Ver também PEG. Polyethylene particules – partículas de polietileno: ver polyethylene beads. Polyethylene terephthalate – tereftalato de polietileno: filmógeno e agente viscosificante. É um polímero sintético. Polyglucadyne – poliglucadina: nome comercial do poliglucano. Ver polyglucan. Polyglucan (beta-glucan; polyglucadyne) – poliglucano (beta-glucano; poliglucadina): segundo relatos, fortalece o mecanismo de defesa natural da pele, que se torna menos eficaz com a idade e com a exposição à luz UV. Também lhe são atribuídas propriedades curativas em feridas, além de promover a atividade celular; serve como hidratante tópico com efeitos de longa duração; reduz as rugas; ajuda a proteger a pele de infecção; e protege a pele

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272 | Polyglyceryl-3 dioleate – poligliceril-3 dioleato

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contra a invasão de agentes tóxicos causada pela poluição e ferimentos devidos a abrasões, exposição à luz UV e condições climáticas extremas. Além dessa lista impressionante, também são atribuídas aos poliglucanos propriedades imunoestimulatórias. Um poliglucano é um ingrediente hidrofílico capaz de absorver dez vezes mais o seu peso em água. Pode ser absorvido nas camadas externas da epiderme graças às suas pequenas dimensões, facilitando assim a penetração nos poros e aberturas foliculares da pele. Uma vez aplicado à pele, forma um filme protetor hidratado com propriedades adesivas superiores que não parecem interferir na respiração cutânea normal. Essas propriedades filmógenas e protetoras são especialmente valiosas em peles envelhecidas, que sofrem a diminuição da produção do colágeno e da elastina, bem como terem hidratação e elasticidade debilitadas. Derivados das paredes celulares de leveduras, os poliglucanos são compatíveis para formulação com todos os ingredientes normalmente utilizados em cosméticos. Ver também glucans; beta-glucan. Polyglyceryl-3 dioleate – poligliceril-3 dioleato: emulsificante para emulsões de água-em-óleo. É indicado para uso em produtos para bebês, produtos de proteção solar resistentes à água, cremes para a pele e produtos para tratamento de pele seca. É um éster do ácido oleico com poliglicerol. Polyglyceryl-3 distearate – poligliceril-3 distearato: emulsificante usado em emulsões de óleo-em-água. Polyglyceryl-3 methylglucose distearate – distearato de poligliceril-3metilglicose: emulsificante e condicionante para a pele. Polyglyceryl-4 oleate – poligliceril-4 oleato: usado como emulsificante em formulações cosméticas. Também pode ser usado como lubrificante, plastificante, agente gelificante e dispersante. É preparado adicionando-se álcool ao óleo de coco ou a outros triglicerídeos. Polyglyceryl-10 dipalmitate – poligliceril-10 dipalmitato: também conhecido como dipalmitato de decaglicerila. Emoliente e emulsificante. Polyglyceryl-6 distearate – poligliceril-6 distearato: emulsificante. Pode ser encontrado em produtos para pele sensível, para bebês e em protetores solares. Polyglyceryl methacrylate – metracrilato de poliglicerila: formador de filme usado em hidratantes, produtos para a pele e preparações de fragrância. É um polímero sintético. Polyisobutene (hydrogenated) – poli-isobuteno (hidrogenado): emoliente. Polymethyl acrylate – polimetilacrilato: filmógeno. É um polímero sintético usado em géis, cremes e líquidos para bronzeamento, bem como em diversas preparações para maquiagem, tais como blushes, bases e pós.

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Polyquaternium-51­– poliquatérnio-51

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Polymethoxy bicyclic oxazolidine – polimetoxi oxazolidina bicíclica: conservante ativo contra levedura, bactérias e fungos. Pode ser usada separadamente ou junto com parabenos, caso em que contribui para a atividade preservativa. Esse ingrediente pode ser utilizado em cosméticos com e sem enxágue. Os fabricantes relatam um bom perfil toxicológico nos níveis de uso recomendados. Polyols stearate – estearato de polióis: emulsificante e espessante. Polyoxyethylene cetyl ether – polioxietileno cetil éter: ver polyoxyethylene compounds. Polyoxyethylene compounds – compostos de polioxietileno: emulsificantes usados em formulações cosméticas. Polyoxyethylene monooleate – mono-oleato de polioxietileno: emulsificante. Ver também PEG-20 oleate. Polyoxyethylene nonylphenyl ether (nonoxynol) – polioxietileno nonilfenil éter (nonoxinol): emulsificante. Polyoxyethylene stearyl alcohol – álcool polioxietileno estearílico: emulsificante. Ver também PEG stearol. Polyoxyethylene-(21)-steryl alcohol – álcool polioxietileno-(21)-estearílico: emulsificante. Ver também PEG-21 stearol. Polyoxyethyleneglycol monostearate – monoestearato de polioxietilenoglicol: emulsificante. Polypentaerythritol tetralaurate – tetralaurato de polipentaeritritol: emulsificante. Considerado matéria-prima não comedogênica. Polypeptides – polipeptídeos: ver hydrolyzed animal protein, protein. Polyphenol – polifenol: agente colorante no composto enólico. É também um antisséptico natural. O polifenol é um pouco irritante e sensibilizante. Polyquaternium-10 – poliquatérnio-10: polímero de celulose e agente condicionante usado em formulações para condicionamento da pele. Polyquaternium-24 – poliquatérnio-24: algumas empresas sugerem que deve ser usado para aumentar o FPS em formulações de filtros solares. Este é um filmógeno semelhante ao poliquatérnio-10, mas proporciona uma sensação mais agradável à pele, além de apresentar um caráter lipofílico que o permite agir como um emulsificante secundário, ajudando a formar um filme mais espesso e mais uniforme. Polyquaternium-51­– poliquatérnio-51: usado como filmógeno e por suas propriedades condicionantes para a pele, melhorando sua textura.

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274 | Polysaccharide xanthan – polissacarídeo xantana

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Polysaccharide xanthan – polissacarídeo xantana: ver xanthan gum. Polysorbate 20 – polissorbato 20: solubilizante, emulsificante, modificador de viscosidade e estabilizante de óleos essenciais em água. Polysorbate 40 – polissorbato 40: emulsificante e estabilizante de óleos essenciais em água. É também um detergente. Utilizado em diversas preparações para limpeza e hidratação. Polysorbate 60 – polissorbato 60: emulsificante, agente umectante e emulsificante detergente para óleos minerais, gorduras e ceras. É também um estabilizante de óleos essenciais em água. Muito utilizado em preparações cosméticas e produtos de toucador. Polysorbate 60 NF – polissorbato 60 NF: emulsificante de óleo-em-água e solubilizante de fragrância usado em cremes e loções cosméticos e farmacêuticos. Ver também polysorbate 60. Polysorbate 80 – polissorbato 80: emulsificante de óleo-em-água. Polysorbate 80 NF – polissorbato 80 NF: emulsificante hidrofílico, dispersante de pigmento e solubilizante para óleos e fragrâncias. Usado em cremes, loções e bases para maquiagem. Polysorbate 120 – polissorbato 120: solubilizante de fragrância e emulsificante usado em preparações para filtro solar e cremes e loções hidratantes. Polytetrafluoroethylene – politetrafluoroetileno: ver PTFE. Polyvinyl acetate emulsion – emulsão de acetato de polivinila: aglutinante, estabilizante de emulsão e substância filmógena. Nomenclatura INCI: Polyvinyl acetate. Ver também polyvinylpyrrolidone. Polyvinyl alcohol – álcool polivinílico: aglutinante, filmógeno e agente viscosificante usado principalmente em preparações para maquiagem e polimento das unhas. Polyvinylpyrrolidone (PVP) – polivinilpirrolidona (PVP): ingrediente químico que, dependendo das exigências formulatórias, pode agir como aglutinante, controlador de viscosidade, estabilizante de emulsão ou formador de filme. Seus benefícios incluem resistência à água e à deterioração, dispersão de pigmentos, textura não gordurosa e maior integridade dos géis. A PVP é geralmente utilizada em filtros solares impermeáveis à água, máscaras e batons para melhorar a durabilidade. Nomenclatura INCI: PVP. Pomegranate extract (Punica granatum) – extrato de romã: possui propriedades limpante, adstringente, tônica e purificante. É também um forte antioxidante natural, com propriedades anti-inflamatória e de proteção para a pele.

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Potassium sulfate – sulfato de potássio

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Seus constituintes incluem polifenóis e antocianidinas. Além do extrato de romã, e dependendo das exigências da fórmula, os formuladores podem usar o extrato da casca, o suco da fruta, a semente e o óleo da semente. O suco é a parte mais utilizada. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Punica granatum, dependendo da apresentação, como Punica granatum fruit juice, Punica granatum seed oil, Punica granatum flower extract etc. Poplar bud extract – extrato de broto de choupo: considerado antibacteriano, além de auxiliar na cura de feridas. Também pode ser usado topicamente para tratar peles superficialmente danificadas, bem como queimaduras de sol. Nomenclatura INCI: Populus nigra bark/bud/leaf/twig extract, Populus nigra flower extract. Portulaca oleracea – beldroega: suas atividades terapêuticas incluem ação antimicrobiana, antifúngica, anti-inflamatória e analgésica. Usada na forma de extrato, seus constituintes incluem alcaloides, cumarinas, glicosídeos, ácidos graxos ômega-3, proteínas e flavonoides. A Portulaca oleracea possui várias nomenclaturas INCI dependendo da apresentação, como Portulaca oleracea extract, Portulaca oleracea flower/leaf/stem extract etc. Potassium PCA – PCA de potássio: umectante que melhora a hidratação da pele. Potassium alginate – alginato de potássio: ver algin. Potassium alum (alum) – alume de potássio: adstringente. Potassium carbomer 941 – carbômero 941 de potássio: ver o verbete carbômero no Capítulo 4. Potassium chloride – cloreto de potássio: reagente de laboratório usado como agente viscosificante em preparações cosméticas e farmacêuticas. Potassium hydroxide – hidróxido de potássio: usado como emulsificante em loções e como álcali em sabonetes líquidos, cremes protetores e preparações para barba. Dependendo da concentração, pode ser altamente irritante para a pele e/ou causar sensação de queimadura. Potassium myristate – miristato de potássio: agente limpante e emulsificante. Potassium phosphate – fosfato de potássio: umectante e controlador de pH usado em formulações cosméticas. É um sal inorgânico. Potassium sorbate – sorbato de potássio: conservante usado principalmente contra fungos e levedura, em concentrações de 0,025% a 0,2%. Não é tóxico, mas pode causar uma ligeira irritação na pele. Potassium stearate – estearato de potássio: agente emulsificante e de limpeza. Potassium sulfate – sulfato de potássio: funciona como um reagente em cosméticos. É um sal inorgânico cuja principal função é a de agente viscosificante.

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276 | Potato extract – extrato de batata

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Potato extract (Psoralea corylifolia) – extrato de batata: estudos indicam utilidade em produtos para tratamento de condições severas de ressecamento da pele, como psoríase. O psoraleno, a fração pertinente do extrato de batata, parece impedir a proliferação de queratinócitos, e também inibe a síntese de DNA. Psoralea corylifolia é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, como Psoralea corylifolia fruit extract, Psoralea corylifolia seed extract etc. Potato starch modified – amido modificado da batata: espessante que funciona bem nas formulações ácidas. Ver também potato extract. PPG-2 isoceteth-20 acetate – acetato de PPG-2 isocetet-20: emulsificante. PPG-2 methyl ether acetate – acetato de PPG-2 metil éter: solvente, também usado como estabilizante e para melhorar a penetração na pele de preparações tópicas para acne que contêm eritromicina. PPG-2-ceteareth-9 – PPG-2-cetearet-9: agente surfactante e emulsificante. PPG-2-PEG 20 isocetyl acetate – isocetil acetato de PPG-2-PEG 20: solubilizante de fragrância e emulsificante de óleo-em-água. PPG-3 benzyl ether myristate – miristato PPG-3 de benzil éter: emoliente que confere à formulação características semelhantes às do silicone. Usado para dar brilho em produtos para o cabelo e lábios. Também pode ser encontrado em preparações de proteção solar para melhorar os valores de FPS. PPG-4 myristyl ether propionate – propionato PPG-4 de miristil éter: emoliente. PPG-5-ceteth 20 – PPG-5-cetet 20: agente surfactante e emulsificante. PPG-15 stearyl ether – PPG-15 estearil éter: emoliente e agente condicionante para a pele. PPG-20 methyl glucose ether – PPG-20 metil glicose éter: emoliente. PPG-30 cetyl Ester, -50 cetyl ester – PPG-30 cetil éster, -50 cetil éster: ambos são emolientes. Pregnenolone hemisuccinate – hemisuccinato de pregnenolona: usado topicamente como agente anti-inflamatório e antiprurígeno. É um corticosteroide. Ver também primula extract. Primrose – primavera: nomenclatura INCI: Primula vulgaris extract. Ver primula extract. Primula extract (Primula officinalis ou Primula vulgaris) – extrato de prímula (primavera): tradicionalmente usado como adjunto em tratamentos aliviantes e antiprurígenos. É útil em preparações para pele seca. Sabe-se que as folhas de algumas espécies causam irritação cutânea, às vezes resultando numa forma de eczema. Nomenclatura INCI: Primula vulgaris extract.

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Propylene glycol – propileno glicol

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Procollagen – procolágeno: hidratante, interage com a água. O procolágeno é uma molécula helicoidal tríplice de colágeno. É totalmente solúvel e permeável na membrana. É higroscópico e, como tal, é capaz de agregar água em muitas vezes o seu peso. Encontrado naturalmente na pele como uma primeira etapa na produção do colágeno. Com a idade, há um decréscimo no teor de procolágeno na pele, o que pode ter alguma correlação com o aumento do ressecamento e a redução da elasticidade geralmente associados à pele madura. Proline – prolina: agente condicionante para a pele. É um aminoácido encontrado na molécula de colágeno. Ver também amino acid. Propanetriol – propanotriol: ver glycerin. Propolis – própole: outrora considerada uma cura mística para infecções e peles problemáticas. Os químicos agora reconhecem que a própole tem a função de proteger contra o sol, e muitas preparações para acne também contêm própole como substância ativa por suas propriedades curativa, limpante e antisseborreica. Também é hidratante e pode ajudar a deixar a pele suave. A própole é feita de resinas, bálsamo, várias ceras, óleos essenciais, pólen, flavonoides, aminoácidos, vitaminas e minerais. Este é um componente da cera de abelha, geralmente chamado pelos apicultores de “cola de abelha”. É coletado em árvores, arbustos, flores e outros tipos de plantas visitadas por abelhas. Nomenclatura INCI: Propolis cera, Propolis extract. Propolis extract – extrato de própolis HD 10%: ver propolis. Propyl gallate – galato de propila: antioxidante com propriedades conservantes. Propylparaben – propilparabeno: um dos conservantes mais usados contra bactérias e fungos. Tem um baixo fator sensibilizante e de toxicidade. É considerado bastante seguro, e também matéria-prima não comedogênica. Ver também o verbete parabenos no Capítulo 4. Propylene carbonate – carbonato de propileno: usado em reações químicas como solvente, plastificante, solubilizante ou diluente. Propylene glycol – propileno glicol: depois da água, este é o veículo carreador de umidade mais usado em formulações cosméticas. Possui uma permeação cutânea melhor que a da glicerina, e também proporciona uma sensação agradável, menos gordurosa que a glicerina. O propileno glicol é usado como umectante, já que absorve água da atmosfera. Também serve como solvente para antioxidantes e conservantes. Além disso, possui propriedades conservantes contra bactérias e fungos quando usado em concentrações de 16% ou mais. Há uma preocupação de que seja irritante em altas concen-

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278 | Propylene glycol ceteth-3 acetate – acetato de propileno glicol cetet-3

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trações, embora pareça bem seguro em níveis de uso abaixo de 5%. Ver também glycerin. Propylene glycol ceteth-3 acetate – acetato de propileno glicol cetet-3: emoliente usado em preparações hidratantes. Propylene glycol dicaprylate/dicaprate – dicaprilato/dicaprato de propileno glicol: possui ótimas propriedades emolientes. Também proporciona ao produto uma boa cobertura para a pele, além de espalhabilidade e absorção. Não causa irritação cutânea. Propylene glycol diisostearate – di-isoestearato de propileno glicol: considerado um excelente emoliente. Semelhante ao óleo de jojoba. Propylene glycol dipelargonate – dipelargonato de propileno glicol: éster emoliente com boa penetração cutânea e espalhabilidade. Não deixa uma sensação gordurosa. Propylene glycol mono-isostearate (propylene glycol isoestearate) – monoisostearato de propileno glicol (isoestearato de propileno glicol): emoliente. Nomenclatura INCI: propylene glycol isostearate. Propylene glycol monomethyl ether – propileno glicol monometil éter: estabilizante, facilita a penetração do produto na pele. Geralmente encontrado em preparações para acne em que a eritromicina é a substância ativa. Propylene glycol myristyl ether acetate – acetato de propileno glicol miristil éter: agente condicionante para a pele e emoliente; também usado em batom. Protein – proteína (proteína parcialmente hidrolisada; peptídeo; peptona; polipeptídeo): sua principal função em preparações para a pele é produzir um bom filme, ajudando assim a reduzir a perda de umidade natural. Os filmes formados por proteínas de origem animal, como o colágeno e a elastina, não são oclusivos, como pode ser o caso com o óleo mineral. Em vez disso, depositam-se sobre a pele e têm afinidade por ela. Todas as proteínas, sejam de origem animal, vegetal ou derivadas da seda, são compostas de aminoácidos unidos entre si para formar um polímero. Dependendo da origem, o peso molecular de proteínas de ocorrência natural pode variar de alguns milhares até milhões, e a composição de aminoácidos, que também influencia as propriedades da proteína, pode variar bastante. No caso de proteínas derivadas do colágeno, os atributos incluem a capacidade de formar soluções transparentes, contribuir com a viscosidade, estabilizar emulsões de óleo-em-água, aglutinar umidade e formar filmes lustrosos. Os benefícios alegados são uma pele macia e sedosa, aumento na retenção de umidade, com melhora na

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Pumpkin enzyme – enzima da abóbora

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elasticidade e diminuição das fissuras e da irritação. Adicionar proteína a surfactantes que limpam a pele reduz a irritação e o ressecamento cutâneo. A proteína do colágeno de origem animal tem sido preferida por causa do desempenho, disponibilidade e custo. No entanto, por causa da preferência do consumidor em evitar produtos de origem animal, proteínas vegetais têm sido aperfeiçoadas para uso em cosméticos. A mais popular parece ser a proteína de trigo hidrolisada. Proteínas geralmente são hidrolisadas para se obter valores moleculares menores, o que aumenta as propriedades de interação com a água. Pseudoalteromonas ferment extract – extrato de fermento de pseudoalteromonas: umectante derivado de bactérias marinhas, pode ajudar a reduzir a aspereza da pele. Pseudocollagen – pseudocolágeno: age quase do mesmo modo que o colágeno, deixando a pele macia e flexível. O pseudocolágeno forma, sobre a pele, um filme retentor de umidade de maneira semelhante a um colágeno solúvel. Representa o extrato de pseudocolágeno de células de levedura. É um derivado vegetal. PTFE (polytetrafluoroethylene) – PTFE (politetrafluoroetileno): agente aglutinante, também usado em preparações cosméticas para melhorar a textura e a espalhabilidade da formulação. O PTFE também pode ter algum potencial de impermeabilidade. Pumice powder – pó de pedra-pomes: geralmente utilizado em cosméticos para remover a aspereza da pele. Utilizado em preparações para limpeza das mãos, grãos para limpeza de pele e sabonetes para acne. Por causa de sua ação abrasiva, não se recomenda o uso diário. Se utilizado de modo contínuo em peles secas e sensíveis, muito provavelmente causará irritação. Também pode ser irritante quando usado em detergentes sem sabão. A pedra-pomes é de origem vulcânica e consiste principalmente em complexos silicatos de alumínio e metais alcalinos. Nomenclatura INCI: Pumice. Pumpkin (Cucurbita pepo) – abóbora: atribuem-se à abóbora propriedades purgativas. Aplicações cosméticas incluem o uso em produtos para acne e como antisseborreico. Embora as sementes tenham valor medicinal, geralmente se utiliza a raiz para obter o extrato. Curcubita pepo é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos, dependendo da apresentação, como Cucurbita pepo fruit extract, Cucurbita pepo powder, Cucurbita pepo seed oil etc. Pumpkin enzyme – enzima da abóbora: esfoliante e amaciante, pode ajudar a suavizar a aparência de linhas de expressão e rugas.

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Purcellin oil (cetearyl octanoate) – óleo de purcelina (octanoato de cetearila) (não animal): usado como fixador em perfumes. Esta é uma mistura sintética de ésteres graxos destinada a simular o óleo natural obtido das glândulas uropigiais de aves aquáticas. PVP: ver polyvinylpyrrolidone. PVP/eicosene copolymer – copolímero de PVP/eicoseno: polímero impermeável com propriedades absorsoras de filtro solar. Ver também polyvinylpyrrolidone. PVP/hexdecene copolymer – copolímero de PVP/hexadeceno: destinado para uso em formulações que exigem sistemas de liberação singulares. Ver também polyvinylpyrrolidone. PVP/triacontene copolymer – copolímero de PVP/triaconteno: um PVP com maior capacidade de impermeabilidade e melhor retenção de absorsores de UV em filtros solares, em comparação à PVP/eicoseno. Ver também polyvinylpyrrolidone. Pyridoxine dipalmitate – dipalmitato de piridoxina: agente condicionante para a pele usado em formulações hidratantes. Pyridoxine hydrochloride – hidrocloreto de piridoxina: ver pyridoxine HCL. Pyridoxine HCl – piridoxina HCL: agente condicionante para a pele amplamente utilizado em produtos para cabelo. Pyridoxine tripalmitate – tripalmitato de piridoxina: aliviante para a pele. Trata-se de uma forma estável e solúvel em água da vitamina B6. Impede a descamação e ressecagem da pele, e também é usado como texturizante. Pyrrolidonic carbon acid (nalidone) – ácido carbono pirrolidônico (nalidona): sal de sódio de ácido carboxílico L-pirrolidona (L-PCA) em 50% de solução aquosa. – fator natural de hidratação que protege a pele da desidratação e aumenta sua capacidade de reter umidade. Pyrrolidone-carboxylic acid – ácido carboxipirrolidônico: agente hidratante. Ver também PCA. Pyruvic acid – ácido pirúvico: um alfa-hidroxiácido que pode ser irritante e difícil de trabalhar. Esta molécula é maior que as dos AHAs utilizados com mais frequência. O piruvato de sódio é mais usado e é um sal orgânico. Ver também alpha hydroxyacid.

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Q Quassia (Picraena excelsa) – quássia: antibacteriana. Produz quassim, um alcaloide amargo obtido da madeira da Quassia amara. A quássia é principalmente um desnaturante para o álcool etílico. Nomenclatura INCI: Quassia amara wood, Quassia amara wood extract, Quassia amara wood powder. Quaternium-15 – quatérnio-15: conservante polivalente, ativo contra bactérias, bolor e levedura, é usado em concentrações de 0,02% a 0,3%. Embora não seja propriamente irritante para a pele, o quatérnio-15 é considerado um conservante altamente sensibilizante quando usado em preparações cosméticas sem enxágue. Segundo os dermatologistas, esse é o sensibilizante mais frequente entre os conservantes utilizados nos Estados Unidos. Provavelmente, é o que mais libera formaldeído entre os conservantes cosméticos, causando dermatite em pessoas alérgicas ao formaldeído e mesmo naquelas que não o são. Os dados técnicos de alguns produtores indica, porém, que o quatérnio-15 não contém ou libera formaldeído gasoso livre. É provável que se trate de versões do quatérnio-15 que foram especialmente formuladas e ajustadas para evitar a liberação de formaldeído. Quaternium-18 – quatérnio-18: surfactante. Quaternium -18 bentonite – quatérnio-18 bentonita: espessante e agente condicionante que ajuda a controlar a viscosidade do produto. Quaternium-18 hectorite – quatérnio-18 hectorita: usado como espessante e agente suspensor, ajuda a controlar a viscosidade do produto. Produzido por uma reação entre a hectorita e o sal quaternário. Utilizado em concentrações de 1,5%. Ver também hectorite. Quercus extract – extrato de quercus (extrato de carvalho inglês): ver oak. Quinaquina: ver cinchona extract. Quince extract (Pyrus cydonia) – extrato de marmelo: quando obtido do suco da fruta, é adstringente e tônico e citado como apropriado para pele seca e

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em preparações para tratamento dos olhos. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Pyrus cydonia, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Pyrus cydonia seed, Pyrus cydonia fruit extract etc. Ver também quince seed. Quince seed – semente de marmelo: emoliente, emulsificante e agente espessante, e pode ser usado como abrasivo. O extrato de semente de marmelo também ajuda a mascarar odores. Pode causar reações alérgicas. Quinine extract – extrato de quinina: um alcaloide da casca de Cinchona officinalis. Ver cinchona extract.

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R Ramulus mori extract – extrato de ramulus mori: atribui-se-lhe capacidade de clarear a pele inibindo a tirosinase. Mesmo em baixas concentrações, o Ramulus mori demonstrou ser mais eficaz na inibição da tirosinase do que o ácido kójico e a arbutina. Estudos indicam pouca ou nenhuma irritação causada por este extrato. O extrato de Ramulus mori é derivado especificamente dos brotos da amoreira branca (Morus alba). Essas propriedades tornariam o Ramulus mori benéfico em produtos destinados a homogeneizar o tom da pele. Nomenclatura INCI: Morus alba, no entanto, existem vários tipos de Morus alba, como Morus alba bark extract, Morus alba leaf extract etc. Ver também mulberry extract. raspberry concentrate (Rubus idaeus) – concentrado de framboesa: propriedades botânicas são descritas como adstringente e tônica. O concentrado de framboesa é adicionado a cosméticos para lhes dar o aroma da fruta fresca. Algumas fontes afirmam que não há evidências de que a framboesa tenha qualquer valor externo para a pele, e que pode aumentar a alergenicidade. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Rubus idaeus, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Rubus idaeus leaf extract, Rubus idaeus juice, Rubus idaeus seed etc. raspberry seed oil – óleo de semente de framboesa: formado por uma alta porcentagem de ácidos graxos essenciais (incluindo ômega-3 e ômega-6), bem como pela vitamina E, que lhe empresta propriedades antioxidantes. É emoliente, condicionante para a pele e anti-inflamatório. Também é capaz de absorver UVB. red algae extracts – extratos de algas vermelhas: ver seaweed extract. red clover – trevo-dos-prados: descrito como benéfico para acne e eczema. Trifolium pratense é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos de Trifolium pratense, dependendo da apresentação, como Trifolium pratense extract, Trifolium pratense flower extract etc. Ver também clover; isoflavones.

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284 | Red currant – groselha vermelha

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Red currant (Ribes rubrum) – groselha vermelha: o fruto possui propriedades adstringentes, enquanto o seu extrato é considerado tônico e refrescante. Quando usado em preparações cosméticas, o suco de groselha vermelha pode ajudar a melhorar as condições gerais da pele. Os constituintes da groselha vermelha incluem vitamina C, ácidos de fruta, pectina e flavonoides. Nomenclatura INCI: Ribes rubrum, no entanto, existem vários tipos de Ribes rubrum, dependendo da apresentação, como Ribes rubrum fruit, Ribes rubrum seed oil etc. Red poppy extract (Papaver rhoeas) – extrato de papoula vermelha: considerado aliviante e emoliente, este extrato é obtido das pétalas da flor. Quando o extrato é derivado das sementes da papoula, ele é aliviante e condicionante para a pele. Sabe-se que a água de flor de papoula é adstringente e capaz de mascarar odores. Papaver rhoeas é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos, dependendo da apresentação, como Papaver rhoeas flower powder, Papaver rhoeas petal extract. Red rasperry extract – extrato de framboesa vermelha: considerado adstringente. Ver também raspberry concentrate. Red vine extract – extrato de vinho tinto: anti-inflamatório e antiprurígeno. Tradicionalmente utilizado para capilares rompidos ou frágeis. Red wine – vinho tinto: contém ácido tartárico, um membro da família alfa-hidroxiácido. O vinho tinto pode ser usado em cosméticos em razão de suas propriedades anti-inflamatória e antioxidante com base no polifenol. Os benefícios terapêuticos do vinho tinto estão mais intimamente ligados aos seus constituintes botânicos, e não à aplicação tópica na pele. Ver também alpha hydroxy acid; grape. Resin – resina: usada para dar brilho, fluxo, adesão e resistência à água em cosméticos. É uma substância quebradiça, geralmente translúcida ou transparente, que pode ser de origem natural ou sinteticamente obtida. Entre as resinas naturais estão o dâmar, o elemi e a sandáraca, que são formadas a partir de secreções endurecidas dessas plantas. A toxicidade e a alergenicidade dependem da fonte utilizada. Resorcinol: em soluções bem suaves é usado como antisséptico e aliviante para peles prurientes. Em concentrações um pouco maiores, o resorcinol remove a camada superior do estrato córneo, sendo usado particularmente em casos de acne. Em concentrações ainda maiores pode agir como um agressivo esfoliante para a face. O resorcinol também pode ser usado como conser-

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Retinol

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vante. Embora seja um ingrediente benéfico para a pele, quando utilizado em baixas concentrações, causa irritação em concentrações mais altas, com forte sensação de queimação e vermelhidão. Usado em altas concentrações em peeling, o resorcinol pode causar vários problemas, incluindo inchaço. É obtido de diversas resinas. Retharrow extract (Ononis arvensis e Ononis spinosa) – extrato de resta-boi: emoliente que proporciona alívio para pruridos cutâneos. Tradicionalmente usado para aliviar problemas de eczema. O extrato é obtido das raízes da planta. A nomenclatura INCI contempla o extrato da raiz das duas plantas, ou seja, Ononis arvensis root extract e Ononis spinosa root extract. Reticulin (soluble) – reticulina (solúvel): proteína que, na superfície da pele, funciona como agente protetor contra a perda de água. Ajuda a aumentar o teor de água nas camadas externas da pele, dilatando a epiderme e deixando a pele mais macia e suave. Diferentemente das proteínas de peso molecular semelhante, quando a reticulina seca, dá uma sensação agradável à pele, sem torná-la pegajosa. Retinaldeyde – retinaldeído: retinoide suave ao qual se atribui aumento na espessura da epiderme sem produzir eritema. Retinoic acid (tretinoin) – ácido retinoico (tretinoína): um derivado da vitamina A. Tem demonstrado capacidade de alterar a síntese do colágeno, aumentar os níveis de ácido hialurônico na derme e estimular o crescimento de fibroblastos e da matriz extracelular. É usado para tratar problemas de queretinização e tratamento da acne. O efeito antienvelhecimento do ácido retinoico tem sido documentado de modo convincente, e ele geralmente é usado no tratamento dos sinais visíveis de envelhecimento. Está associado a vários efeitos adversos, incluindo irritação, fotossensibilidade, ressecamento da pele, vermelhidão e peeling. Ver também retinoides no Capítulo 4. Retinol: um retinoide considerado revitalizador cutâneo, o retinol dá mais brilho à pele e é usado no tratamento de condições associadas ao envelhecimento cronológico, como as rugas e as linhas de expressão, e também a problemas dermatológicos que incluem acne, pápulas foliculares e resultantes de lesão, queratose actínica, pele oleosa e rosácea. De acordo com dermatologistas clínicos, o retinol é uma das poucas substâncias com capacidade demonstrada de reduzir e evitar o aparecimento de linhas de expressão e rugas. É capaz de alterar o comportamento de células envelhecidas para que funcionem como se fossem mais jovens. É considerado necessário para o crescimento e

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286 | Retinyl esters – retinil ésteres (esteres retinílicos)

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diferenciação normal de células epidérmicas. Estimula a produção de novos vasos sanguíneos na pele, melhorando seu tônus. Além disso, o retinol tem capacidade antioxidante e protege as fibras dérmicas combatendo a crescente atividade de enzimas que degradam o colágeno e a elastina quando a pele é exposta aos raios UV. O retinol poderá ressecar a pele quando usado por muito tempo ou em concentrações muito altas. É mais fraco que o ácido retinoico mas, uma vez na pele, o retinol se converte em ácido retinoico. Comparado ao ácido retinoico, o retinol tem maior potencial de penetração e é menos irritante, o que o torna um ingrediente antienvelhecimento eficaz. Acredita-se que os benefícios do tratamento tópico com retinol baseiam-se na sua capacidade de penetração, que lhe permite alcançar os sítios na pele que precisam de tratamento. Quando utilizado em peles sensíveis por um período prolongado, ou em concentrações muito altas, o retinol pode causar dermatite. Ver também retinoides no Capítulo 4. Retinyl esters – retinil ésteres (esteres retinílicos): precursores do ácido retinoico. Entre os retinílicos ésteres mais comuns estão o acetato, o propionato e o palmitato. Quando comparados ao retinol, têm mais dificuldade em penetrar na pele e demonstram menos eficácia clínica. No entanto, são mais estáveis que o retinol e, portanto, considerados mais fáceis de incorporar a uma formulação. Dados os avanços na tecnologia de liberação, e dependendo das necessidades formulatórias, cada vez mais os produtores dão preferência ao retinol em vez dos esteres retinílicos, considerando-se a maior atividade daquele. Ver também retinoides no Capítulo 4. Retinyl linoleate – linoleato de retinila: agente condicionante; é um éster do retinol e do ácido linoleico. Ver também retinol; linoleic acid. Retinyl palmitate – palmitato de retinila: condicionante para a pele, este retinoide é considerado uma versão mais suave do ácido retinoico, dadas as suas propriedades de conversão. Uma vez na pele, ele se converte em retinol que, por sua vez, converte-se em ácido retinoico. Fisiologicamente, atribui-se-lhe o mérito de aumentar a espessura da epiderme, estimulando a produção de mais proteína epidérmica e aumentando a elasticidade da pele. Cosmeticamente, o palmitato de retinila é usado para reduzir a quantidade e profundidade das linhas de expressão e das rugas, e evitar a aspereza da pele por exposição aos raios UV. Reações secundárias, como eritema, ressecamento ou irritação não estão associadas ao palmitato de retinila. É ainda mais eficaz quando usado em combinação com o ácido glicólico, pois alcança maior penetração. Nos

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Rice oil – óleo de arroz

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Estados Unidos, seu nível de uso máximo em formulações cosméticas é de 2%. O palmitato de retinila é o éster do retinol e do ácido palmítico. Ver também retinoids; vitamin A palmitate, e retinoides no Capítulo 4. Retinyl palmitate polypeptide – polipetídeo de palmitato de retinila: permite a liberação de vitamina A como uma substância dispersável em água. Rhubarb extract (Rheum palmatum) – extrato de ruibarbo: adstringente e tônico, o ruibarbo age como um inibidor da tirosinase e tem propriedades clareadoras também. Os constituintes incluem ácido gálico, emodina, glicosídeos, tanoides e resinas. A raiz é usada para obter extrato, pó, tinturas, xaropes e infusões. Rheum palmatum é a nomenclatura INCI e contempla os tipos Rheum palmatum root, Rheum palmatum root extract, Rheum palmatum root/stalk extract. Riboflavin – riboflavina (vitamina B2): usada em preparações para a pele como emoliente. Também pode ser encontrada em produtos de proteção solar como um intensificador de bronzeamento. Do ponto de vista medicinal, é utilizada para o tratamento de lesões na pele. Riboflavin tetraacetate – tetracetato de riboflavina: agente condicionante para a pele. É um derivado da vitamina B2. Ver também vitamin B. Ribonucleic acid (RNA) – ácido ribonucleico (RNA): agente filmógeno com ação hidratante. Este é o polirribonucleotídeo encontrado tanto no núcleo quanto no citoplasma das células. Nomenclatura INCI: RNA. Rice amino acids – aminoácidos do arroz: umectante e condicionante. É um complexo de aminoácidos. Alguns produtores dizem que é todo natural e derivado de vegetais. Rice bran – farelo de arroz: aliviante. Acredita-se que promove a formação de colágeno e inibe a peroxidação de lipídeos na pele. Recomendado para o tratamento de pele seca e madura. O farelo de arroz é utilizado sob várias formas, incluindo extrato, óleo e cera. O óleo funciona como um carreador e emoliente. O germe e o farelo do arroz não polido contém ácido linólico ou vitamina F, ácido oleico, ácido palmítico, vitamina E e orizanol. Rice flour – farinha de arroz: ver rice starch. Rice oil (Oryza sativa) – óleo de arroz: emoliente, é recomendado na combinação de produtos para a pele, onde os ingredientes não devem ser muito agressivos na área de pele seca, e no entanto precisa ser útil para a zona T oleosa. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Oryza sativa, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Oryza sativa bran, Oryza sativa cera, Oryza sativa germ oil etc.

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288 | Rice germ oil – óleo de germe de arroz

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Rice germ oil – óleo de germe de arroz: usado em cosméticos por suas propriedades emolientes. Rice starch – amido do arroz: emoliente e capaz de formar um filme aliviante e protetor quando aplicado à pele. Além disso, o amido de arroz é utilizado em formulações cosméticas por sua ação absorvente, aglutinante e controladora da viscosidade. Também adiciona massa. É usado em pós faciais e para bebês. O amido de arroz é um composto polimérico cristalino obtido dos grãos de arroz. Ricinoleamide DEA – ricinoleamida DEA: emulsificante com untuosidade e com boas propriedades molhantes e amaciantes. Também pode servir como formador de espuma e estabilizante de fórmula quando combinado com surfactantes como os lauril sulfatos. Ricinoleth – ricinolet: surfactante usado como agente limpante, emulsificante e solubilizante. RNA – ver ribonucleic acid. Roe extract (Acipenser stellatus) – extrato de ova de peixe (caviar): usado em produtos para peles desidratadas oleosas e maduras que precisam de revitalização. Possui um alto e amplo teor de vitamina que inclui as vitaminas A, B1, B2 e B6, D e E. O extrato de ova de peixe tem uma série de outros constituintes, entre eles cobalto, cobre, flúor, iodo, ferro, magnésio, manganês, fósforo, silício e zinco. Os aminoácidos presentes são o ácido glutâmico, glicina, metionina, lisina, arginina, histidina e ácido aspártico. Além disso, a ova de peixe possui aminoácidos essenciais e sulfurados, além de ácidos graxos insaturados. Os níveis de uso variam de 1% a 5%, dependendo da preparação. Preparado a partir da ova de esturjão. Nomenclatura INCI: Caviar extract. Roman chamomile oil (Anthemis nobilis) – óleo de camomila romana: a mais popular variedade de camomila. É diferente da camomila alemã (matricaria). Considerado tônico e curativo. Nomenclatura INCI: Anthemis nobilis flower extract, Anthemis nobilis flower oil, Anthemis nobilis flower powder, Anthemis nobilis flower water. Ver chamomile. Rose extract (Rosa sp.) – extrato de rosa: atribuem-se-lhe propriedades adstringente, tônica e desodorante. Também é usado como fragrância. Nomenclatura INCI: Rosa extract. No entanto, a nomenclatura INCI contempla vários tipos de Rosa, como Rosa damascena, Rosa gallica, Rosa multiflora, Rosa centifolia etc. Rose hip (Rosa canina) – rosa-canina: a vagem que permanece depois que caem as pétalas da rosa. Rica em vitamina C, a flor também é usada para mascarar

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Rose petal extract – extrato de pétala de rosa

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odores, embora o fruto da rosa-canina seja considerado adstringente. Rosa canina é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos, dependendo da apresentação, como Rosa canina fruit oil, Rosa canina seed, Rosa canina flower etc. Ver também rose hip oil. Rose hip oil – óleo de rosa-canina: também conhecido como óleo de rosa-mosqueta. Emoliente, também é antisséptico e cicatriza feridas. Estudos indicam capacidade de melhorar a hidratação da pele e auxiliar em casos de prurite e xerose. Também ajuda a regular a secreção da glândula sebácea. O óleo de rosa-canina é nutriente, rejuvenescedor e apresenta forte capacidade de retenção de umidade. Seus constituintes incluem níveis bem altos de ácidos graxos, além de ser uma fonte natural de ácido retinoico. É benéfico para o uso de produtos de proteção solar, dadas as suas aparentes propriedades de proteção contra UV. Também é cada vez mais incorporado a produtos antienvelhecimento e antioxidantes. Rose hip powder – pó de rosa-canina: incorporado a formulações como abrasivo natural e por sua capacidade de ajudar na remoção de células mortas da superfície (ação queratolítica). Assim, ajuda a melhorar a aparência e textura da pele. Rose oil – óleo de rosa: propriedades antisséptica, desinfetante, ligeiramente tônica e aliviante lhe são atribuídas. Algumas fontes também citam capacidades hidratante e de retenção de umidade. Tem sido útil em casos de vermelhidão ou inflamação cutânea, e onde é necessário hidratação e regeneração. O óleo de rosa pode ser benéfico para todo tipo de pele, especialmente as peles maduras, secas ou sensíveis. Como um dos mais caros óleos essenciais, o verdadeiro óleo de rosa somente é usado em perfumes de altíssima qualidade. O óleo de rosa quase sempre é adulterado com substâncias como gerânio, capim-limão, palmarosa e álcoois terpênicos. No entanto, o processo de adulteração tornou-se tão refinado que é quase impossível descobrir fraudes. Para produzir o óleo de rosa, botões de rosa são colhidos por apenas algumas horas durante a manhã, logo após a incidência do orvalho, sendo imediatamente destilados. De acordo com algumas fontes, são necessárias 30 rosas para fazer uma gota de óleo. É considerada a menos tóxica de todas as essências. Dado o custo e o potencial de adulteração, a água de rosas é amplamente utilizada como substituta do óleo de rosa em cosméticos e perfumaria. Rose petal extract – extrato de pétala de rosa: possui uma adstringência moderada e valor tônico. Ver também rose extract.

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290 | Rose wax – cera de rosa

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Rose wax – cera de rosa: ceras florais, como as de rosa e de jasmim, complementam os lipídeos naturais da pele e protegem a formulação contra deterioração e borrões. A cera de rosa é quase um resíduo inodoro deixado após a extração das frações oleosas. Rosemary extract (Rosmarinus officinalis) – extrato de alecrim: um efeito geral atribuído a esta erva é promover a cura de feridas, além de suas propriedades adstringente, tonificante, refrescante, estimulante, desodorante, antisséptica, reativante, antibacteriana, antimicrobiana, amaciante e revigorante. O alecrim também ajuda a melhorar a circulação sanguínea, auxiliando assim na regeneração da pele. Uma fração alcoólica do extrato de alecrim demonstrou forte atividade antioxidante, impedindo as reações induzidas de radicais livres. O alecrim adiciona fragrância à formulação. Alguns constituintes do extrato de alecrim incluem diversos aminoácidos, ácido cafeico, ácido rosmarínico e apigenina. A folha é a parte da planta utilizada. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Rosmarinus officinalis, dependendo da apresentação. Por exemplo, Rosmarinus officinalis leaf, Rosmarinus officinalis flower oil, Rosmarinus officinalis extract etc. Rosemary oil – óleo de alecrim: reconhecido por suas propriedades antissépticas, também é usado para mascarar odores e proporcionar fragrância. O óleo de alecrim é considerado benéfico para acne, dermatite e eczema. Alguns relatos indicam que estimula o crescimento de fibroblastos, com um possível aumento da renovação celular na epiderme. Isso o tornaria útil em produtos para peles envelhecidas e maduras. O óleo de alecrim, obtido pela destilação das extremidades florescentes da erva, é superior àquele obtido pela destilação dos talos e das folhas. Este processo, todavia, é mais comum entre os óleos comerciais. Rosewater – água de rosas: reconhecido por suas propriedades aliviantes, adstringentes e limpantes. Além disso, pode ser usado como veículo para outros ingredientes e como loção para os olhos. Acredita-se que o unguento de água de rosas tenha propriedades aliviantes e resfriantes quando aplicado a abrasões e outras lesões superficiais da pele. A água de rosas geralmente é misturada com glicerina, o que proporciona hidratação e untuosidade. Ver também rose oil. Rosewood oil – óleo de pau-rosa: um dos principais óleos de perfumaria utilizado como nota média. Até recentemente, era pouco usado em aromaterapia. Embora não tenha um grande poder curativo, parece ser útil como estimulante celular e regenerador do tecido. Como tal, seria aplicável a peles

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Rutin – rutina

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sensíveis e envelhecidas, rugas e aos cuidados gerais da pele. É bastante suave, seguro, e é obtido por destilação da madeira cortada. Rowan (Sorbus aucuparia) – sorveira-brava: também conhecida como cinzas de montanha. O extrato, que ajuda a manter a pele em boas condições, é obtido do fruto da árvore. Os constituintes incluem vitaminas B e C, sorbite, tanino, caroteno, flavonoides, ácidos de fruta (p. ex., ácido málico), sais minerais e glicose. Sorbus aucuparia fruit extract e Sorbus aucuparia seed oil são as denominações INCI. Royal jelly – geleia real: o valor terapêutico associado à geleia real, quando usada em produtos para a pele, inclui favorecimento da regeneração do tecido dérmico, estimulação do metabolismo celular, melhora da aparência e textura da pele, fotoproteção, normalização da secreção do sebo e atividades hidratantes, antisséptica e anti-inflamatória. Essas características são atribuí­das à sua composição complexa. A geleia real é produzida por abelhas (para nutrir a abelha-rainha), e é uma mistura de proteínas, gorduras, carboidratos, água, fatores de crescimento e vários elementos-traço. Tem um alto teor de aminoácidos (incluindo ácido aspártico, ácido glutâmico, glicina e lisina), alto conteúdo de vitaminas (especialmente da família B, mas também A, C e D) e também inclui minerais como potássio, cálcio e ferro. Os produtores citam a geleia real como apropriada para uso em produtos antienvelhecimento, e também para peles secas. Royal jelly extract HD – extrato de geleia real HD: um extrato de geleia real. Ver também royal jelly. Russian white oil – óleo branco da Rússia: ver mineral oil. Rutin – rutina: descrita como tendo propriedades enrijecedoras e fortalecedoras para os capilares cutâneos, ajudando assim a prevenir a couperose. Também demonstra atividade antioxidante. A rutina é encontrada em folhas de arruda, no trigo-sarraceno e em outras plantas.

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S Saccharide isomerate – isomerato de sacarídeo: umectante e agente condicionante para a pele. Saccharomyces cerevisiae extract – extrato de Saccharomyces cerevisiae (leveduras vivas): ação curativa e protetora. Atribui-se a este extrato a capacidade de proteger contra infecções e fortalecer as defesas imunológicas. Os constituintes incluem os polissacarídeos d-manano e d-glucano. O Saccharomyces cerevisiae é uma levedura tradicionalmente usada para fazer crescer o pão. O fermento de Saccharomyces também age como estabilizante para outros compostos, especialmente enzimas e metais. Dada a facilidade de uso e a atividade estabilizante, é cada vez mais incorporado a produtos para a pele. Saccharomyces/copper ferment – fermento de Saccharomyces/cobre: obtido pela fermentação de Saccharomyces na presença de íons de cobre. É usado para promover e manter uma boa condição de pele. É encontrado em um amplo espectro de produtos cosméticos, incluindo hidratantes faciais, preparações antienvelhecimento, preparações para acne e produtos de proteção solar. Ver também Saccharomyces cerevisiae extract. Saccharomyces lysate extract powder – pó de extrato de lisato de Saccharomyces: extrato de levedura na forma de pó. Os produtores citam diversas atividades, incluindo capacidade de estimular o consumo celular de oxigênio, promover a proliferação celular e estimular a produção de colágeno. Poderia ser incorporado a vários tipos de cosméticos, incluindo produtos antienvelhecimento, de sol e pós-sol, maquiagem e cabelo. Saccharomyces lysate extract é a nomenclatura INCI. Saccharomyces/manganese ferment – fermento de Saccharomyces/manganês: obtido pela fermentação de Saccharomyces na presença de íons de manganês. É encontrado em preparações cosméticas como cremes para os olhos, produtos de proteção solar, bronzeadores, hidratantes, pós faciais, cremes

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294 | Saccharomyces/xylinum/black tea ferment – fermento de Saccharomyces/xilino

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antienvelhecimento e formulações para reduzir a vermelhidão da pele. Ver também Saccharomyces cerevisiae extract. Saccharomyces/xylinum/black tea ferment – fermento de Saccharomyces/xilino/chá preto: ingrediente condicionante para a pele encontrado em diversas preparações, incluindo cremes para os olhos. Saccharomyces/zinc ferment – fermento de Saccharomyces/zinco: obtido pela fermentação de Saccharomyces na presença de íons de zinco. Ver também Saccharomyces cerevisiae extract. Saccharum officinarum: hidratante, ajuda a manter a pele suave e maleável. É um derivado da cana-de-açúcar. Os produtores dizem que é benéfico para acne. Saccharum officinarum extract e saccharum officinarum ferment extract são as nomenclaturas INCI. Sacred bark – casca sagrada: Ver cascara sagrada extract. Safflower oil (Carthamus tinctorius) – óleo de açafroa: óleo carreador considerado hidratante para a pele. Consiste principalmente em triglicerídeos do ácido linoleico. O óleo de açafroa é matéria-prima não comedogênica obtida das sementes da planta. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Carthamus tinctorius, dependendo da apresentação, como Carthamus tinctorius flower, Carthamus tinctorius seed extract etc. Sage extract (Salvia officinalis) – extrato de sálvia: considera-se que possui propriedades adstringente, antibacteriana, antisséptica, anti-inflamatória, estimulante, amaciante, revigorante e curativa. O extrato de sálvia era usado tradicionalmente como remédio para todo tipo de inflamações. O extrato é obtido das folhas da erva. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Salvia officinalis, dependendo da apresentação, como Salvia officinalis leaf, Salvia officinalis oil, Salvia officinalis extract etc. Sage oil – óleo de sálvia: atribuem-se ao óleo de sálvia propriedades depurativas e curativas, sendo também indicado para acne e pele oleosa. O óleo é obtido pela destilação de folhas e flores de sálvia. Ver também sage extract. St. John’s wort extract (Hypericum perforatum) – extrato de erva-de-são-joão (extrato de hipérico): considera-se que tenha propriedades adstringente, anti-inflamatória e possivelmente aliviante. A erva-de-são-joão oferece proteção geral à pele, especialmente às peles sensíveis e áreas com queimadura. É uma planta herbácea perene e com hipericina como seu constituinte mais importante. A nomenclatura INCI contempla váris tipos de Hypericum perforatum, dependendo da apresentação, como Hypericum perforatum extract, Hypericum perforatum oil etc.

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Sambucus extract – extrato de sambucus

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St. John’s wort oil – óleo de erva-de-são-joão: considerado anti-inflamatório. É benéfico para peles sensíveis e/ou ásperas ou fissuradas, bem como para acne, irritação e inflamação. Também é tida como eficaz para melhorar a circulação dos capilares. Além disso, este óleo é um antibiótico e pode agir como conservante natural. Trata-se de um óleo vermelho escuro. Ver também St. John’s wort extract. Salicylamide – salicilamida: analgésico, fungicida e anti-inflamatório usado para aliviar a pele. A salicilamida é uma amida aromática. Salicylic acid – ácido salicílico: beta-hidroxiácido com atividade queratolítica e anti-inflamatória. Ajuda a dissolver a camada superior das células córneas, melhorando a aparência e a textura da pele. O ácido salicílico é um ingrediente eficaz em produtos para acne e como tal é amplamente utilizado em sabonetes e loções. Como é lipossolúvel, pode facilmente reduzir o bloqueio sebáceo nos folículos, penetrando nos poros e esfoliando a arquitetura celular. É antimicrobiano, antisséptico e aumenta a atividade dos conservantes. No tratamento de pele envelhecida, parece reduzir as rugas e a aspereza da pele, e também melhora seu tônus. Além disso, é útil em produtos formulados para tratar psoríase, calos, calosidades e verrugas, casos em que há um aumento de células mortas na pele. Quando aplicado topicamente, relata-se que penetra de 3 a 4 milímetros na epiderme. Uma pequena quantidade de ácido salicílico pode converter-se em salicilato de cobre, um poderoso anti-inflamatório. Usado em altas concentrações, o ácido salicílico pode causar vermelhidão e manchas na pele. É um ácido orgânico de ocorrência natural, relacionado à aspirina. É encontrado em algumas plantas, particularmente nas folhas de gualtéria e na casca da bétula. O ácido salicílico é também produzido sinteticamente. Salicyloxy-carboxy acid – ácido saliciloxi-carboxi: termo geral para uma variedade de composições saliciloxi (ácido saliciloxi-propiônico, entre outros) que atuam como agente condicionante para a pele. Podem também auxiliar no controle da secreção de sebo e melhorar a textura da pele. Outras propriedades são: a atividade antienvelhecimento (reduz as rugas e é benéfico para o fotoenvelhecimento), melhorando o tônus, o brilho e a claridade da pele; e promove de um modo geral uma aparência mais saudável e jovem. Também pode reduzir ou ajudar a evitar a viscosidade e brilho numa formulação. Salt – sal: ver sodium chloride. Sambucus extract – extrato de sambucus: a nomenclatura INCI contempla vários tipos de Sambucus, como Sambucus canadensis, Sambucus ebulus nigra, Sambucus sieboldiana, Sambucus williamsii. Ver elder extract.

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296 | Sandalwood oil – óleo de sândalo (sântalo; santalum)

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Sandalwood oil (Santalum album) – óleo de sândalo (sântalo; santalum): são reconhecidas propriedades adstringente, anti-inflamatória, antibacteriana, tônica, estimulante, resfriante e aliviante. É considerado um bom antisséptico em caso de acne e um adstringente para peles oleosas. Há indicações de que o óleo de sândalo pode promover renovação das células epidérmicas, já que alguns afirmam que estimula o crescimento de fibroblastos. O sândalo pode ajudar a prevenir o ressecamento da pele, associado a dermatites seborreicas, psoríase e eczema. Além disso, alguns produtores o utilizam como corante natural para dar aos produtos um tom vermelho claro ou rosa. O óleo de sândalo pode produzir manchas vermelhas em pessoas hipersensíveis, especialmente se estiver presente em altas concentrações. Produzido por destilação da madeira interna. Santalum album é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, como Santalum album, Santalum album oil, Santalum album seed extract etc. Santal oil – óleo de sântalo: ver sandalwood oil. Santalum oil – óleo de santalum: ver sandalwood oil. Saponaria extract – extrato de saponária: ver soapwort extract. Sarcosine – sarcosina: aminoácido de ocorrência natural usado em formulações cosméticas como condicionante para a pele. Seu nome químico é n-metil glicina. Sarriette oil – óleo de sarriette: fragrância com propriedades curativa, tônica, antisséptica e anti-inflamatória. Este óleo é derivado de uma erva nativa da bacia do Mediterrâneo. Sarsaparilla (Smilax officinalis) – salsaparrilha: entre suas ações terapêuticas para os cuidados da pele estão a ação curativa, antisséptica e benéfica para doenças cutâneas crônicas, incluindo a psoríase. Seus principais constituintes incluem saponinas (sarsaponina e paralina) e esteroides (sitoesterol e estigmasterol). Independentemente de sua variedade, em todos os casos a raiz da salsaparrilha é a parte utilizada. Sassafras oil (Sassafras albidum) – óleo de sassafrás: propriedades antisséptica, adstringente e estimulante lhe são atribuídas. Seu principal ingrediente ativo é o saprol, constituindo cerca de 80%. O óleo é obtido da casca e da raiz da planta, por meio de um processo de destilação a vapor. Pode produzir dermatite em indivíduos hipersensíveis. Savory (Satureia hortensis) – segurelha (extrato de satureia): considerado antisséptico e antibiótico. É indicado para acne. É uma erva resistente. Satureia hortensis é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos

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Seawater – água do mar

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dependendo da apresentação, como Satureia hortensis oil, Satureia hortensis extract etc. Saw palmetto fruit extract (Serenoa serrulata) – extrato do fruto de sabal: propriedades anti-inflamatórias. Serenoa serrulata é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos, dependendo da apresentação, como Serenoa serrulata fruit extract, Serenoa serrulata fruit oil etc. Scabwort – ínula: ver elecampane. Sclary sage oil – óleo de sálvia-dos-jardins: ver clary sage oil. Sclerotium gum: é uma goma natural que pode ser usada como espessante e estabilizante, além de melhorar a textura da pele e a espalhabilidade. Scurvy grass extract (Cochlearia officinalis) – extrato de cocleária: considerado tônico. É uma fonte de vitamina C. Cochlearia officinalis leaf extract, Cochlea­ria officinalis flower/leaf/stalk extract são as nomenclaturas INCI. SD alcohol-40 – álcool-40 SD: ver alcohol SD-40. SD alcohol-40A – álcool-40A SD: ver alcohol SDA-40. SD alcohol-40B – álcool-40B SD: o B indica um método específico de desnaturação. Ver também alcohol SD-40. Sea clay – argila marinha: ver clay. Sea lettuce extract (Ulva lactuca) – extrato de alface do mar: anti-inflamatório e antioxidante. Ulva lactuca extract e Ulva lactuca powder são as nomenclaturas INCI. Ver também seaweed extract. Sea minerals yeast derivative – derivado de levedura de minerais marinhos: fornece minerais essenciais às aplicações cosméticas. Elementos marinhos têm sido usados há séculos por seus efeitos benéficos em todas as estruturas epidérmicas. Essa mistura de elementos marinhos com glicoproteínas de levedura de baixo peso molecular aparentemente resulta num certo grau de biocompatibilidade com a pele e aceitação pelas células epidérmicas. Sea salt – sal marinho: abrasivo suave usado em esfoliações. Sua solubilidade em água permite que se autodissolva durante a utilização do produto. Também é usado como diluente. Como o sal marinho não parece formar reações secundárias, é considerado um ingrediente estável em formulações cosméticas. Em grãos maiores, é colorido e perfumado, sendo utilizado em sais de banho. O sal marinho pode causar ressecamento. Nomenclatura INCI: sea salt extract. Sea wave – onda marinha: ver seaweed extract. Sea wrack – plantas marinhas: ver seaweed extract. Seawater – água do mar: poderes curativos há muito têm sido atribuídos ao mar. A água salgada pode ter um efeito antisséptico e estimulante quando

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298 | Seaweed (fresh) – alga marinha (fresca)

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usada para tratar feridas. Utilizada principalmente em oligoterapia e talassoterapia, seus benefícios cosméticos ainda precisam ser demonstrados. Seaweed (fresh) – alga marinha (fresca): tem propriedades gelatinosas. É o principal ingrediente nas máscaras finas e transparentes que saem como uma só peça quando aplicadas sobre a pele. Este tipo de máscara permite à pele armazenar um suprimento de água, dando-lhe uma aparência úmida e flexível. A alga marinha também é usada em cremes e loções faciais, proporcionando encorpamento e substância aos produtos. Considerada boa para pele oleosa. Seaweed extract (Fucus vesiculosus) – extrato de alga marinha (extrato de algas; fucus; carvalho mar, fucus; kelp; Laminaria digitata; onda marinha; plantas marinhas): a alga marinha tem sido usada pelos chineses para curar queimaduras e manchas vermelhas na pele; pelos polinésios, para tratar feridas, contusões e inchaço; e por marinheiros, que reconheciam suas propriedades curativas. A alga marinha é estimulante, revitalizante e nutriente para a pele devido ao seu teor de aminoácidos com iodo e enxofre, o que também lhe confere capacidade anti-inflamatória e desinfetante. As propriedades hidratantes da alga marinha são atribuídas à sua capacidade de reagir com proteínas e formar um gel protetor na superfície da pele, reduzindo a perda de umidade por evaporação. Tem ação potencial de renovação do tecido e efeitos positivos nas rugas faciais, provavelmente por causa de seu teor de silício. Protege a pele sensível contra irritação, o que a torna particularmente eficaz em cremes de barbear. Também é benéfica no tratamento de peles maduras e mais secas devido a sua ação suavizante e amaciante. O extrato de alga marinha parece ser eficaz no tratamento da acne, com base em suas supostas propriedades antibióticas, oferecendo à pele proteção contra infecção. As evidências indicam que a alga marinha pode acelerar o processo de cicatrização de feridas e melhorar a condição de queimaduras (incluindo queimaduras de sol) e de outras feridas quando na presença de alginato de cálcio. Pode ser utilizada como um regenerador em caso de pele queimada pelo sol ou pele do tipo “casca de laranja”. Segundo relatos, melhora a circulação sanguínea na pele. Por causa dos alginatos, a alga marinha também é utilizada por formuladores como um espessante para gelificantes e emulsões. Em produtos cosméticos, sua porcentagem total de uso varia entre 2% e 7%. Os benefícios da alga marinha e seus extratos podem ser atribuídos à riqueza de componentes da planta, que inclui água, minerais, lipídeos, prótidios, glucídeos e ésteres sulfúricos. É rica em vitaminas, entre as quais A,

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Senna – sene (sene indiana; sene de alexandria; sene-de-tinnevelly)

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B1, B2, B3, B5, B12, C, D, E e K. Entre os constituintes minerais estão o iodo, cálcio, ferro, fósforo, sódio, potássio, zinco, nitrogênio, cobre, cloro, magnésio e manganês. Apresenta traços de vários outros minerais, como prata, lítio, silício, bromo, titânio, cobalto e arsênico. O teor de aminoácido da alga marinha é extremamente alto comparado ao de outras plantas, e seus polissacarídeos incluem frutose, galactose, glicose, manose e xilose. Entre os constituintes adicionais encontramos ácido fólico, cholina, ácido algínico, ácido urônico, alginatos, carragenana, celulose, proteínas, ágar-ágar, algina e complexos de proteína e iodo. Há mais de 17 mil espécies de alga marinha que são classificadas de acordo com a cor: verde, azul, vermelha e castanha. As variedades vermelha e castanha, as mais usadas em preparações cosméticas, e que geralmente são chamadas de alga marinha ou extrato de algas, são verdes quando frescas e de cor castanho-oliva quando secas. O talo é a parte utilizada para fins cosméticos. Fucus vesiculosus extract e Fucus vesiculosus powder são as nomenclaturas INCI. Selenium – selênio: mineral-traço usado durante anos em preparações tópicas por suas propriedades antifúngicas. Já se demonstrou que o selênio possui outros efeitos protetores, tais como reparação de DNA, redução da ligação de carcinogênicos com o DNA e supressão de mutações gênicas. Em estudos de laboratório, demonstrou-se que loções para pele contendo compostos de selênio diminuem danos induzidos por UV, tais como inflamação, bolhas e pigmentação. Senna (Cassia angustifolia) – sene (sene indiana; sene de alexandria; sene-de-tinnevelly): usado em medicina tradicional como estimulante. Pesquisadores isolaram uma fração de beta-glicano, o galactomanano, das sementes da planta. As propriedades cosméticas atribuídas a essa fração são semelhantes às do ácido hialurônico: amaciante e suavizante; efeito hidratante de longo prazo melhorando a capacidade do estrato córneo de reter água; propriedades filmógenas demonstradas por uma redução na perda transepidérmica de água; capacidade corretiva e reparadora em peles secas ou ásperas. O sene também age como um emoliente sem oleosidade e sem deixar uma camada oclusiva. Por causa da concentração de galactomanano, o sene é recomendado em preparações destinadas a aliviar ou reparar peles secas e ásperas, e para cosméticos antienvelhecimento e hidratantes. Cassia angustifolia é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, como Cassia angustifolia leaf, Cassia angustifolia seed extract etc.

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300 | Sericin – sericina

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Sericin – sericina: proteína da seda que pode agir como um formador de filme em hidratantes, também ajuda a manter a pele suave e em boas condições gerais. Ver também silk protein. Serine – serina: aminoácido hidrofílico. A serina ajuda a reter umidade. Ver também amino acid; protein. Serum protein – proteína do soro: contém todos os aminoácidos essenciais. Variando o processo, é possível concentrar frações com alto teor de aminoácidos essenciais específicos, como metionina e lisina. Feito por um processo de fracionamento seletivo para isolar as proteínas presentes no soro do plasma. Ver também amino acid; protein. Sesame amino acids – aminoácidos de gergelim: apresenta propriedades hidratantes e tem alguns açúcares naturais a eles associados. Este complexo de aminoácidos é produzido a partir da farinha de semente de gergelim. Sesame oil – óleo de gergelim: óleo carreador muito usado em produtos cosméticos, possui as mesmas propriedades emolientes de outros óleos vegetais. O óleo de gergelim é útil em loções para bronzeamento, pois bloqueia 30% das queimaduras de sol provocadas por raios UV. Derivado das sementes de gergelim. Shaddock extract – extrato de pomelo: extrato obtido do fruto da Citrus grandis. É adstringente e tônico. Trata-se de uma fruta cítrica pouco comum, do formato de uma pera e semelhante ao grapefruit (toranja). Citrus grandis é a nomenclatura INCI e contempla vários tipos, dependendo da apresentação, como Citrus grandis juice, Citrus grandis leaf extract, Citrus grandis seed oil etc. Shave grass – erva-canuda: ver horsetail extract. Shea butter – manteiga de carité: protege a pele da desidratação e de agressões externas devido ao clima severo. Atribui-se à manteiga de carité atividade anti-inflamatória. Restaura a flexibilidade da pele, aumenta a hidratação e pode melhorar a aparência de peles secas irritadas. A manteiga de carité é uma gordura natural obtida da fruta da árvore do carité. Ver também shea butter (hydrodispersible). Shea butter (hydrodispersible) – manteiga de carité (hidrodispersável): excelente emoliente para uso em cremes, loções e preparações para maquiagem. Alivia o ressecamento da pele e tem propriedades de proteção contra o sol e grande penetração na pele. Obtida pela hidroxilação da manteiga de carité. Shepherd’s purse (Capsella bursa-pastoris) – bolsa-de-pastor: tradicionalmente lhe são atribuídas propriedades curativas. É também adstringente e anti-inflamatória, o que a torna eficaz em preparações para acne. Seus constituintes incluem flavonoides (p. ex., diosmina), aminas, colina, acetil colina, sal de

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Silk powder – pó de seda

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potássio, tanino, resina e sílica. Capsella bursa-pastoris extract e Capsella bursa-pastoris sprout water são as nomenclaturas INCI. Shinleaf extract (Pyrola elliptica) – extrato de pirola: substância de origem botânica que ajuda a manter o equilíbrio da pele normal. Shiitake mushroom extract (Lentinus edodes) – extrato de cogumelo shiitake: condicionante para a pele que também pode ter propriedades antimicrobiana e antibacteriana. Há algumas evidências de que pode causar irritação na pele. Lentinus edodes extract é a nomenclatura INCI. Shorea stenoptera seed butter – manteiga de semente de Shorea stenoptera: ver illipe butter. Silica – sílica: também conhecida como dióxido de silício. Carreador para emolientes, também é usada para controlar a viscosidade do produto, adicionar massa e reduzir a transparência de uma formulação. Além disso, pode ser usada para melhorar a sensação que o produto provoca na pele. A sílica esférica é porosa e altamente absorvente, com capacidade de absorção aproximadamente 1,5 vez seu peso. Uma típica atribuição associada à sílica é o controle da oleosidade. Também é encontrada em filtros solares. Testes demonstram que tem sido usada com sucesso em formulações hipoalergênicas e testada com relação à alergia. Silicon glyconucleopeptides – gliconucleopeptídeos de silício: agente condicionante. É uma proteína ligada ao silício. Silicon oil – óleo de silício: descrição genérica geralmente referente à dimeticona. Silicone (volatile) – silicone (volátil): usado em cremes faciais para aumentar a capacidade de proteção do produto contra a evaporação de água da pele. Poliéteres de silicone são utilizados principalmente em formulações à base de água, deixando a pele mais macia, brilhante e suave. Os silicones têm sido utilizados em cosméticos por mais de 30 anos. Como são minerais capazes de repelir a água, apresentam problemas na formulação por causa da baixa compatibilidade com os óleos e emolientes cosméticos. Os silicones não são irritantes. Silicone wax – cera de silicone: dá à formulação mais deslizamento sobre a pele. Silicum: usado em preparações de esfoliação por sua aspereza e textura. Silk amino acids – aminoácidos da seda: proteína resultante da hidrólise completa da seda. Ver também amino acids; silk protein. Silk powder – pó de seda: recomendado principalmente para uso em maquiagens em pó para melhorar a umectância, absorção de óleo e propriedades antifissura. No entanto, é preciso uma grande quantidade de pó de seda para

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302 | Silk proteins – proteínas da seda

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obter os resultados desejados. O pó de seda é um pó micronizado da proteína da seda natural, e não é compatível com todos os pigmentos inorgânicos usados em cosméticos coloridos. Obtido da secreção do bicho-da-seda, pode causar reações alérgicas na pele. Silk proteins – proteínas da seda: protegem a pele da desidratação, deixando-a com uma sensação suave. Descritas como muito eficazes em cremes para rugas na região dos olhos. Afirma-se que seu baixo peso molecular permite uma penetração nas camadas superiores do estrato córneo. Siloxanetriol alginate – alginato de siloxanotriol: geralmente usado em combinação com cafeína em produtos anticelulite, o alginato de siloxanotriol apresenta propriedades condicionantes para a pele. Silverweed – argentina: ver cinquefoil extract. Slippery elm extract (Ulmus fulva) – extrato de olmo americano: considerado aliviante e emoliente. Benéfico em preparações de pós-barba e para tratamento de queimaduras de sol. Ulmus fulva bark e Ulmus fulva bark extract são as nomenclaturas INCI. Ver também slippery elm bark extract. Slippery elm bark extract – extrato de casca de olmo americano: aliviante, antisséptico, anti-inflamatório e de ação curativa. A casca interna é considerada de importante valor medicinal. Exames microscópicos do tecido da casca mostram grãos redondos de amido e cristais gêmeos bem característicos do oxalato de cálcio. Soap bark – casca de sabão: surfactante natural usado por suas propriedades de limpeza. Algumas fontes indicam um alto potencial alergênico. Soapwart extract (Saponaria officinalis) – extrato de erva-saboeira: propriedades de limpeza lhe são atribuídas devido ao teor de saponina. Também é considerado aliviante para pele e coceiras. Na medicina tradicional tem sido usado para tratar acne, psoríase e eczema. Seus constituintes incluem flavonoides e vitamina C. O extrato é feito principalmente das raízes dessa erva perene, embora folhas e pedúnculo também possam ser utilizados. Saponaria officinalis é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos, dependendo da apresentação, como Saponaria officinalis leaf extract, Saponaria officinalis root extract etc. Sodium acrylate/sodium acryloyldimethyl taurate copolymer – copolímero de acrilato de sódio/acriloildimetil taurato de sódio: agente espessante, gelificante e estabilizante de formulação. Sodium alginate – alginato de sódio: ver algin.

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Sodium cocoate – cocoato de sódio

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SOD: ver superoxide dimutase. Sodium aluminosilicate – aluminosilicato de sódio: ver sodium aluminum silicate. Sodium aluminuschlorohydroxylactate – aluminoclorohidroxilactato de sódio: cosmético adstringente. É um sal inorgânico. Sodium aluminum silicate – silicato de alumínio e sódio (aluminosilicato de sódio; silicoaluminato de sódio): abrasivo. Agente viscosificante. Sodium benzoate – benzoato de sódio: sal orgânico não tóxico, conservante, particularmente eficaz contra leveduras, com alguma atividade contra fungos e bactérias. Geralmente usado em concentrações de 0,1% a 0,2%. Sodium bicarbonate – bicarbonato de sódio (sal de vichy): sal inorgânico usado como agente tamponante e controlador de pH. Utilizado em pós suavizantes para a pele. Também serve como neutralizador. Sodium bisulfate – bissulfato de sódio: sal inorgânico usado como antisséptico e controlador de pH em cremes cosméticos. Soluções concentradas podem produzir forte irritação. Sodium bisulfite – bissulfito de sódio: conservante e antioxidante, é usado com mais frequência como controlador de pH. Sodium borate – borato de sódio: conservante e emulsificante com propriedades adstringente e antisséptica. Também é usado como controlador de pH. O borato de sódio é o sal sódico do ácido bórico. Pode causar ressecamento e irritação na pele. Sodium carboxymethyl betaglucan – carboximetil beta-glucano de sódio: usado como aglutinante e para controlar a viscosidade em formulação cosmética. Sodium cetearyl sulfate – cetearil sulfato de sódio: surfactante usado como agente de limpeza. Também um emulsificante de óleo-em-água para cremes. Sodium chloride – cloreto de sódio (sal de cozinha): usado como conservante, adstringente e antisséptico para tratar lesões inflamadas. Soluções diluídas não são consideradas irritantes. Sodium chondroitin sulfate – sulfato de condroitina sódica: descrito como agente condicionante e usado em hidratantes e preparações noturnas para a pele. Derivado de mucopolissacarídeos naturais. Ver também mucopo­ lysaccharides. Sodium citrate – citrato de sódio: pode ser usado em formulações cosméticas como alcalinizante e para ligar metais-traço em soluções (por meio de ação quelante). É o sal sódico do ácido cítrico. Sodium cocoate – cocoato de sódio: surfactante usado como emulsificante e agente de limpeza principalmente em sabonetes para banho e limpadores.

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304 | Sodium cocoyl hydrolyzed collagen – colágeno hidrolisado de coco sódico

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Este sal de sódio do ácido de coco também pode ser identificado como óleo de coco. Ver também coconut oil. Sodium cocoyl hydrolyzed collagen – colágeno hidrolisado de coco sódico: surfactante não irritante para a pele ou membranas mucosas. Sodium cocoyl glutamate – cocoil glutamato de sódio: agente limpante bastante suave e espumífero moderado. Derivado do ácido graxo do coco e do ácido glutâmico, um aminoácido. Pode ser encontrado em limpadores, produtos para acne, géis para o corpo e xampus. Sodium cocoyl isethionate – cocoil isetionato de sódio: surfactante suave e altamente espumífero. Deixa a pele com uma sensação de maciez. Sodium cocoylsarcosinate – cocoilsarcosinato de sódio: surfactante usado como agente de limpeza Sodium dehydroacetate – di-hidroacetato de sódio: conservante contra bactérias e fungos usado em níveis de concentração de 1% ou menos. É útil em combinação com parabenos. Pode causar irritação na pele. Sodium dihydroxycetyl phosphate – di-hidroxicetil fosfato de sódio: surfactante usado como agente de limpeza. Sodium hexametaphosphate – hexametafosfato de sódio: agente quelante e inibidor de corrosão. É um sal inorgânico. Sodium hyaluronate – hialuronato de sódio: usado como agente hidratante, viscosificante e emulsificante, é capaz de ligar 1.800 vezes seu peso em água. É o sal de sódio do ácido hialurônico. Ver também hyaluronic acid. Sodium hydroxide – hidróxido de sódio: usualmente chamado de soda cáustica. É um reagente químico usado na fabricação de sabão. Se muito concentrado, pode causar grave irritação na pele. Sodium hydroxymethylglycinate – hidroximetil glicinato de sódio: antimicrobiano. Derivado da glicina, um aminoácido de ocorrência natural. É usado como conservante em cosméticos. Sodium isostearoyl lactylate – isoestearoil lactilato de sódio: éster do ácido lático com propriedades de retenção de umidade. Sodium lactate – lactato de sódio: impede que o pH do produto se torne muito ácido. O lactato de sódio ocorre naturalmente na pele, é hidratante e interage com a água. Também é usado como substituto da glicerina. Sodium lactate methylsilanol – metilsilanol lactato de sódio: aditivo usado em preparações de autobronzeamento. Ajuda a obter uma cor mais uniforme. Sodium laureth-5 carboxylate – lauret-5 carboxilato de sódio: surfactante bastante suave. Aumenta substancialmente a tolerância da pele a limpadores.

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Sodium lauryl sulfate – lauril sulfato de sódio

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Também apresenta boas propriedades emulsificantes e não é afetado pela dureza da água. Sodium laureth-11 carboxylate – lauret-11 carboxilato de sódio: surfactante. Ver também sodium laureth-5 carboxylate; sodium laureth-13 carboxylate. Sodium laureth-13 carboxylate – lauret-13 carboxilato de sódio: surfactante extremamente suave, que melhora substancialmente a tolerância da pele a agentes de limpeza. É particularmente apropriado para formulações de alta qualidade, xampus para bebês e produtos destinados a peles sensíveis. Este ingrediente apresenta boas propriedades emulsificantes e é insensível à dureza da água. Sodium laureth sulfate – lauret sulfato de sódio: emulsificante e surfactante versátil usado em produtos para cuidados pessoais, especialmente por suas propriedades limpantes e espumíferas. Apresenta boa compatibilidade com a pele e é frequentemente encontrado em espumas para banho, produtos de banho de espuma e sabonetes líquidos. Em testes de irritação, seu índice está entre suave e moderado. É menos irritante que o lauril sulfato de sódio. Sodium lauroamphoacetate – lauroanfoacetato de sódio: surfactante suave, especialmente adequado para uso em produtos em que a tolerância da pele é importante (por exemplo, produtos para bebês e crianças). Sodium lauroyl glutamate – lauroil glutamato de sódio: surfactante com alguma capacidade hidratante, pode ser derivado de matérias-primas vegetais, e, portanto, é encontrado com frequência em cosméticos “naturais” ou à base de plantas. Sodium lauroyl oat amino acids – lauroil sódio de aminoácidos de aveia: surfactante com propriedades limpantes e condicionantes para a pele, é um derivado de aminoácidos da aveia. Sodium lauroyl sarcosinate – lauroil sarcosinato de sódio: agente espumífero usado principalmente em produtos para o cabelo. Sodium lauryl sulfate – lauril sulfato de sódio: serve como surfactante básico, agente espumífero com boas propriedades espumantes, dispersante e agente umectante. Formuladores consideram-no ideal para limpadores e sabonetes que serão acondicionados com sistemas dispensadores por pressão. No entanto, é considerado um dos surfactantes mais irritantes, associados ao ressecamento e à vermelhidão da pele. Geralmente, ou ele é substituído por surfactantes menos irritantes, como o lauret sulfato de sódio, ou são incorporados à formulação ingredientes anti-irritantes a fim de reduzir o potencial de sensibilidade.

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306 | Sodium magnesium silicate – silicato de magnésio e sódio

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Sodium magnesium silicate – silicato de magnésio e sódio: agente aglutinante e de volume usado principalmente em produtos de maquiagem. Sodium mannuronate methylsilanol – metilsilanol manuronato de sódio: agente condicionante para a pele. Sodium metabisulfite – metabissulfito de sódio: antioxidante e agente redutor. Sodium methylcocoyl taurate – metilcocoil taurato de sódio: emulsificante e agente limpante suave. Usado em cremes de limpeza, loções, xampus e sabonetes de banho. Derivado do óleo de coco. Sodium methyloleoyl taurate – metiloleoil taurato de sódio: emulsificante e agente limpante e espumífero suave derivado do ácido oleico. Sodium oleate – oleato de sódio: agente limpante e espumífero geralmente usado em sabonetes. Derivado de gorduras e óleos naturais. Sodium C12-16 olefin sulfonate – sulfonato sódico de C12-16 olefina: agente de limpeza. Sodium PCA – PCA de sódio (Ajidew® NaPCA): umectante de alta performance devido a sua capacidade de interação com a água, o PCA de sódio também existe naturalmente na pele como componente do fator natural de hidratação. Para uso cosmético, é derivado de aminoácidos. É considerado matéria-prima não comedogênica, não alergênica, recomendada para peles secas, delicadas e sensíveis. Sodium PCS – PCS de sódio (Ajidew® N-50): umectante. Ver também PCA; sodium PCA. Sodium phosphate – fosfato de sódio: ajuda a manter o pH do produto. Sodium polyacrylate – poliacrilato de sódio: agente suspensor, estabilizante e emulsificante. Sodium polyacrylate starch – poliacrilato de sódio amido: espessante e gelificante com boa estabilidade de pH. Sodium polyphosphate – polisfofato de sódio: conservante contra bactérias, fungos e leveduras. Usado em altas concentrações pode causar irritação na pele. Sodium polystyrene sulfonate – poliestireno sulfonato de sódio: filmógeno. Mantém os ativos no sítio em questão, dando uma sensação de enrijecimento para a pele. É produzido sinteticamente. Sodium ricinoleate – ricinoleato de sódio: agente emulsificante usado em certos sabonetes e remédios. É um sal de sódio de ácidos graxos do óleo de mamona. Sodium shale oil sulfonate – sulfonato sódico de óleo de xisto: anti-inflamatório, antibacteriano, fungicida, antisséptico e com propriedades analgésicas. É também um surfactante. Substância de ocorrência natural, solúvel em

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Sorbitan palmitate – palmitato de sorbitano

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água e em glicerina, destilada do óleo de xisto. É usado em produtos para acne, eczema e psoríase. O enxofre é um de seus constituintes. Sodium silicoaluminate – silicoaluminato de sódio: ver sodium aluminum silicate. Sodium stearate – estearato de sódio: ácido graxo usado como agente impermeá­ vel. Um dos sais de sódio menos alergênicos dos ácidos graxos. Não irrita a pele. Ver também stearic acid. Sodium sulfate – sulfato de sódio: serve como preenchimento na manufatura de detergentes sintéticos. Reagente de laboratório. Pode aumentar a ação irritante de certos detergentes. Sodium sulfite – sulfito de sódio: antisséptico, conservante e antioxidante. O sulfito de sódio é também um antifúngico tópico. Sodium tallowate (tallow) – taloato de sódio (sebo): antiespumante, emoliente e agente ativo intermediário e de superfície. Ver também tallow. Sodium/TEA lauryl – Sódio/TEA lauril: surfactante moderadamente irritante. Sodium tetraborate – tetraborato de sódio: ver sodium borate. Sodium triceth sulfate – tricet sulfato de sódio: surfactante. Sodium trideceth sulfate – tridecet sulfato de sódio: surfactante usado como agente de limpeza e emulsificante. Sua atividade e nível de irritação depende do pH de formulação. Soluble elastin – elastina solúvel: ver tropoelastin. Sorbic acid – ácido sórbico: conservante de amplo espectro contra fungos e leveduras, não tóxico, com moderado potencial sensibilizante em cosméticos sem enxágue. É usado em concentrações de 0,1% a 0,3% e sua atividade depende do pH da formulação. O ácido sórbico é utilizado como substituto para a glicerina em emulsões, unguentos e vários cremes cosméticos. Obtido das bagas da árvore conhecida como sorveira-brava. Também pode ser produzido sinteticamente. Pode causar irritação. Sorbitan isostearate – isoestearato de sorbitano: emulsificante usado na preparação de filtros solares, cremes hidratantes e loções. Sorbitan laurate – laurato de sorbitano: emulsificante em cosméticos, cremes e loções, além de estabilizante de óleos essenciais em água. Sorbitan monostearate – monoestearato de sorbitano: ver sorbitan stearate. Sorbitan oleate – oleato de sorbitano: emulsificante suave, derivado do açúcar. Sorbitan olivate – olivato de sorbitano: emulsificante. Sorbitan palmitate – palmitato de sorbitano: emulsificante com capacidade de interagir com a água. Também serve como solubilizante de óleos essenciais em água. Derivado do sorbitol.

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308 | Sorbitan sesquioleate – sesquioleato de sorbitano

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Sorbitan sesquioleate – sesquioleato de sorbitano: surfactante usado como agente emulsificante. Ver também sorbitol. Sorbitan stearate – estearato de sorbitano: emulsificante para cremes e loções de água-em-óleo e um solubilizante de óleos essenciais em água. Resulta da reação do ácido esteárico com sorbitol e, portanto, é sinteticamente produzido de materiais de origem natural. Sorbitan trioleate – trioleato de sorbitano: emulsificante. Ver também sorbitol. Sorbitan tristearate – tristearato de sorbitano: emulsificante e alternativa para o estearato de sorbitano. Sorbitate stearate – estearato de sorbitato: emulsificante secundário que ajuda a formular emulsões lustrosas. Sorbitol: absorve umidade do ar para impedir o ressecamento da pele, deixando-a com uma sensação suave e sedosa. No entanto, se o teor de umidade da pele for maior que o da atmosfera, haverá perda de umidade, aumentando a sensação de ressecamento. O sorbitol é usado por formuladores como substituto da glicerina em emulsões, unguentos e vários cremes cosméticos. Obtido da folhas, e em alguns casos das bagas de sorveira-brava. O sorbitol também é encontrado em outras bagas, cerejas, ameixas, peras, maçãs, alga marinha e algas em geral. Sorrel extract (Rumex acetosa) – extrato de azeda: adstringente. Embora existam muitas variedades, como a azeda, incluindo madeira azeda, azeda francesa e azeda da horta, propriedades similares são atribuídas a todas elas. O extrato é obtido da erva inteira ou apenas das folhas. Rumex acetosa leaf extract é a nomenclatura INCI. Sour cherry (Prunus cerasus) – extrato de ginjeira: benéfico de um modo geral por manter a pele saudável, outros valores terapêuticos são atribuídos à ginjeira, alguns dependendo da parte da planta utilizada. Por exemplo, o extrato da planta inteira é antioxidante, hidratante, queratolítico e condicionante para a pele. Já o extrato obtido do fruto é antioxidante e condicionante para a pele, mas não necessariamente hidratante ou útil na remoção de células mortas da superfície. O fruto em si tem propriedades adstringentes, e o óleo da semente é emoliente e pode mascarar odores. Os constituintes da ginjeira incluem pectina, ácidos de frutas, açúcares, flavonoides, vitaminas A, B e C, polifenóis, sais minerais e elementos-traço como o selênio. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Prunus cerasus, dependendo da apresentação, como Prunus cerasus extract, Prunus cerasus fruit, Prunus cerasus juice etc.

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Spermaceti – espermacete

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Southernwood extract (Artemisia abrotanum) – extrato de abrótano: fontes botânicas o citam como hidratante, antisséptico e tônico. O extrato é obtido da planta inteira. Artemisia abrotanum extract e Artemisia abrotanum flower/ leaf/stem extract são as nomenclaturas INCI. Soy amino acids – aminoácidos de soja: ver amino acid. Soybean oil – óleo de soja: geralmente usado como ingrediente suavizante. Possui um alto teor de fosfatídeos como a lecitina, esteróis e vitaminas (A, E e K). É usado sob diversas formas: hidrogenado, maleatado e não saponificado. Considerado por algumas fontes como razoavelmente comedogênico, o óleo de soja não é irritante. Soybean oil (unsaponified) – óleo de soja (não saponificado): possivelmente tem ação semelhante aos verdadeiros precursores biológicos. Possui uma estrutura molecular pequena e age mais como um mensageiro celular do tipo hormonal quando chega até os queratinócitos epidérmicos e, particularmente, os fibroblastos dérmicos. Acredita-se que estimule a síntese de colágeno, elastina, proteoglicanos e glicoproteínas estruturais. Ver também isoflavones. Soybean glycerides (hydrogenated) – glicerídeo (hidrogenados) de soja: pode ser usado como emoliente, emulsificante e surfactante. Soybean protein – proteína da soja: apresenta boas propriedades anti-irritantes. Soy germ oil – óleo de germe de soja: ver soybean oil. Soy lecithin – lecitina de soja: agente de hidratação suave que pode ser usado com eficácia em limpadores faciais formulados para pele seca. Soy phytosterols – fitoesteroides de soja: anti-inflamatório e condicionante. São esteróis derivados da planta de soja. Ver também plant sterols. Soy sterol – esterol de soja: emulsificante, emoliente e estabilizante de emulsão. O esterol de soja é considerado matéria-prima não comedogência. Spearmint oil (Mentha viridis) – óleo de hortelã: estimulante resfriante e aromático descrito como tendo propriedades limpantes e descongestionantes. Indicado para acne e pele oleosa. Sua fragrância e atividade terapêutica são semelhantes às da hortelã-pimenta, porém mais refrescantes e menos agressivas. Mentha viridis é a nomencltura INCI e existem vários tipos dependendo da apresentação, como, por exemplo, Mentha viridis extract, Mentha viridis leaf, Mentha viridis leaf oil etc. Ver também mint oil. Spermaceti – espermacete: substância cerosa usada na manufatura de cosméticos para espessar os produtos e dar brilho. Originalmente obtido de baleias como uma fonte de óleo de peixe, agora é sintético. O espermacete não é tóxico nem irritante.

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310 | Sphingolipids – esfingolipídeos

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Sphingolipids – esfingolipídeos: precursores da ceramida com propriedades hidratantes singulares. Parecem agir junto com o sistema celular, proporcionando um efeito restaurador na camada córnea danificada ou perturbada. Também podem apresentar funções de regulação da célula. Encontrados naturalmente em animais e plantas, é difícil isolá-los de maneira eficiente e econômica, dado o seu tamanho e a quantidade disponível no organismo. A versão sintetizada não exibe exatamente as mesmas propriedades da natural, mas geralmente é considerada emoliente e útil para proteger a pele contra males externos (tais como poluentes ambientais), enquanto também mantém as condições da pele. O uso dos esfingolipídeos em cosméticos é limitado à disponibilidade e preço. Lipossomas de esfingolipídeos são chamados de esfingossomas. Sphingoceryl – esfingoceril: forma um filme protetor que fortalece a capacidade da pele de se proteger contra toxinas, além de aumentar a retenção da umidade. Também pode melhorar a textura da pele. Sphingomyelin – esfingomielina: pode ser usada como um lipossoma anfifílico na manufatura de cápsulas lipossômicas. Sphingomyelinase – esfingomielinase: fluido que pode aumentar as propriedades de retenção de umidade. Spinach (Spinacia oleracea) – espinafre: geralmente considerado benéfico para manter a pele em boas condições, o espinafre contém flavonoides antioxidantes (espinacetina e patuletina) e também pode ser usado como corante natural. Outros constituintes incluem carotenoides, histaminas, ácido oxálico, luteína, vitaminas A, C, E e H, tiamina, niacina e diversos minerais. Spinacia oleracea é a nomenclatura INCI e possui vários tipos dependendo da apresentação, como, por exemplo, Spinacia oleracea, Spinacia oleracea leaf extract, Spinacia oleracea leaf powder. Spiraea extract – extrato de Spiraea: ver meadowsweet. Spirulina amino acids – aminoácidos de espirulina: complexo de aminoácidos, com grande capacidade de hidratação, derivado da Spirulina platensis. Spirulina extracts – extrato de espirulina: acredita-se que tenha efeito hidratante nas camadas superiores da pele. De acordo com a literatura botânica, certas proteínas de espirulina contribuem para a estimulação dos fibroblastos e a regeneração dos tecidos. Spruce oil (Picea excelsa) – óleo de espruce: assim como os óleos de sândalo, alecrim e jasmim, observou-se que o óleo de espruce estimula o crescimento dos fibroblastos. Embora a pertinência dessa observação não tenha sido

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Stearic acid – ácido esteárico

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cientificamente comprovada, notou-se que a estimulação da atividade dos fibroblastos pode resultar em aumento da renovação das células epidérmicas. O óleo de espruce é produzido por destilação de ramos de espruce. Squalane – esqualano: excelente hidratante e lubrificante, amacia e suaviza a pele ao mesmo tempo em que a reabastece de lipídeos. Sua compatibilidade com os lipídeos da pele pode ser atribuída ao fato de que o sebo humano tem 25% de esqualano. O esqualano é obtido por hidrogenação do óleo de fígado de tubarão ou de outros óleos naturais. Os componentes encontrados nos óleos de peixe podem reduzir a irritação da pele e as respostas alérgicas. Também pode ser obtido de fontes vegetais. Squalane and squalene and glycolipids and phytosterols and tocopharol – esqualano, esqualeno, glicolipídeos, fitoesteróis e tocofarol: emoliente leve que contém lipídeos naturais também encontrados na pele. Trata-se de um extrato de óleo de célula vegetal, e não uma mistura como sugere o nome. Squalene – esqualeno: assim como o esqualano, o esqualeno reabastece a pele com lipídeos, ao mesmo tempo em que amacia e suaviza. Ajuda a mantê-la em boas condições. Quando usado em produtos para o cabelo, serve como condicionante e agente antiestático. Starch gum – goma de amido: ver dextrin. Stearalkonium hectorite – estearalcônio hectorita: ver hectorite. Stearamide DEA (stearic acid diethanolamide) – estereamida DEA (dietanolamida do ácido esteárico): espessante e uma cera emulsificante usado em sabões, cremes e loções. Stearamidopropyl dimethylamine – estearamidopropil dimetilamina: surfactante e condicionante de produtos de limpeza para a face, mãos e para bebês. É bastante suave para pele e olhos. Stearate – estearato: ver sodium stearate. Stearate SE – estearato SE: ver sodium stearate. Steareth-2, -7, -10, -20, -21 – estearet-2, -7, -10, -20, -21: emulsificantes para formulações de água-em-óleo que proporcionam estabilidade e impedem a separação das duas fases. São o polioxietileno éter do álcool graxo. O -10 é usado particularmente em cremes e loções de alta estabilidade, embora algumas fontes indiquem que seja comedogênico e tenha um pequeno potencial de irritância. O -21 também pode ser usado como surfactante, com um potencial de irritação bem pequeno para a pele e os olhos. Stearic acid – ácido esteárico: emulsificante e agente espessante encontrado em muitas gorduras vegetais. O ácido esteárico é o principal ingrediente usado

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312 | Stearic acid diethanolamide – dietanolamida do ácido esteárico

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na fabricação de barras de sabão e lubrificantes. Ocorre naturalmente em ácidos de manteiga, sebo, casca de cascarilha e em outras gorduras e óleos de origem animal. O ácido esteárico pode causar reações alérgicas em pessoas de pele sensível e é considerado levemente comedogênico. Ver também o verbete ácido graxo essencial no Capítulo 4. Stearic acid diethanolamide – dietanolamida do ácido esteárico: ver stearamide DEA. Stearoxy dimethicone – estearoxi dimeticona: emoliente e agente condicionante para a pele. Ver também dimethicone. Stearyl alcohol – álcool estearílico: usado em formulações cosméticas para emulsões. Tem ação antiespumante e lubrificante. O álcool estearílico é também um agente viscosificante e agente de consistência. É um álcool saturado de alta pureza. Stearyl acrylate – acrilato de estearila: geralmente encontrado em combinação com outras substâncias químicas; age como formador de filme, ajudando a manter a umidade da pele. Stearyl heptanoate – heptanoato de estearila: emoliente não gorduroso que produz um filme que repele a água. É uma cera natural da glândula uropigial. Sterols – esteróis: álcoois esteroides que podem ser usados como lubrificantes em diversas preparações cosméticas. Esses álcoois contêm o núcleo esteroide comum. Os esteróis se distribuem amplamente em plantas e animais, tanto na forma livre quanto esterificada em ácidos graxos. O colesterol é o mais importante dos esteróis, sendo muito utilizado em cremes cosméticos. O esgosterol é um importante esterol vegetal. Stinging nettle extract – extrato de urtiga ardente: tradicionalmente usado em condições moderadas de acne. Ver também nettle extract. Stonecrop (Sempervivum tectorum) – sempre-viva: também conhecida como alcachofra-dos-telhados; galinha e pintos. Anti-inflamatório e adstringente, estudos indicam também propriedades antioxidantes. Seus constituintes incluem carboidratos, ácido isocítrico, ácido cítrico, ácido málico, aminoácidos livres (asparagina), ácido cafeico e flavonoides. Sempervivum tectorum extract é a nomenclatura INCI. Ver também citric acid, malic acid, flavonoids. Strawberry extract (Fragaria vesca) – extrato de morango: adstringente. A fruta, além de ácido málico e ácido cítrico, açúcar, mucilagem, pectina, fibras lenhosas e água, também contém ácido ascórbico, o que apoia antigas alegações de propriedades descolorantes. O extrato da fruta foi recomendado

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Sulisobenzone – sulisobenzona

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para uso em áreas queimadas pelo sol, para aliviar a pele. Tanto as folhas como a fruta constavam nas farmacopeias antigas; porém, não há nenhuma evidência científica de que sejam benéficas ou nocivas. Fragaria vesca é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, como Fragaria vesca fruit extract, Fragaria vesca seed etc. Sucrose – sacarose (açúcar de cozinha): emoliente, emulsificnate suave e umectante. Pode ser usado no lugar da glicerina. Sucrose cocoate – cocoato de sacarose: aliviante e anti-irritante. É também um agente emulsificante. Sucrose cocoate sorbitan stearate – estearato de sorbitano cocoato de sacarose: emulsificante à base de sucrose. Sucrose polybehenate – polibeenato de sacarose: emoliente e emulsificante, este é um agente filmógeno que forma filmes semioclusivos. Também pode ser usado como surfactante, e ajuda a manter a pele em boas condições. Considerado um ingrediente natural, é utilizado em cremes e loções para a pele. Sucrose polycottonseedate: éster de ácido graxo de sacarose, condicionante para a pele, emoliente e agente emulsificante. Sucrose polysoyate – polisoyato de sacarose: emoliente e emulsificante. Sucrose stearate – estearato de sacarose: emoliente e agente emulsificante usado principalmente em preparações de maquiagem. O estearato de sacarose possibilita a formulação de sistemas de microemulsão, em gel transparente, de reduzido efeito fisiológico na pele e nos olhos. Sucrose trisearate – trisearato de sacarose: incorporado a cosméticos para amaciar e suavizar. É também um emulsificante e ajuda a manter a pele em boas condições. Sulfated castor oil – óleo de mamona sulfatado: surfactante usado como agente limpante. Sulfur – enxofre: antisséptico suave usado em cremes e loções para acne. Estimula o processo curativo quando utilizado em manchas vermelhas na pele. Pode causar irritação. Ver também sulfur (colloidal). Sulfur (colloidal) – enxofre (coloidal): reduz a atividade da glândula sebácea e dissolve a camada superficial cutânea de células mortas ressecadas. Este ingrediente costuma ser usado em sabonetes e loções para acne, e é um importante componente em muitas preparações para acne. Pode causar reações alérgicas na pele. Sulisobenzone – sulisobenzona: nome farmacêutico da benzofenona-4, um filtro solar químico. Ver benzophenone-4.

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314 | Sumac extract – extrato de sumagre (açumagre)

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Sumac extract (Rhus glabra) – extrato de sumagre (açumagre): propriedades adstringente, antisséptica e tônica são atribuídas a esta substância de origem botânica. Também ajuda a controlar a secreção da glândula sebácea. Depen­ dendo da variedade de sumagre utilizada, os extratos para problemas da pele são feitos da casca ou das folhas. Também pode ser usado em eczema e outras doenças de pele. Há muitas variedades de sumagre, algumas venenosas. As venenosas causam inchaço, inflamação e dor, terminando em ulceração. Nomenclatura INCI: Rhus glabra bark extract e Rhus glabra bark/ berry/root extract. Sumach – açumagre: ver sumach extract. Sunflower oil (Helianthus annuus) – óleo de girassol: muito usado como óleo carreador, amacia e suaviza a pele. O óleo de girassol tem um alto teor de ácido linoleico e outros ácidos graxos essenciais. Além disso, contém lecitina, carotenoides e ceras. É considerado matéria-prima não comedogênica. Helianthus annuus é a nomenclatura INCI e contempla vários tipos dependendo da apresentação, como Helianthus annuus flower extract, Helianthus annuus seed etc. Sunflower seed oil – óleo de semente de girassol: obtido a partir da espremedura das sementes de girassol. Ver também sunflower oil. Superoxide dismutase (SOD) – superóxido dismutase (SOD): enzima que pode servir como inibidora da produção de radicais livres e também como sequestrante. Nas células, constitui um sistema natural de defesa contra espécies ativadas por oxigênio. A SOD converte radicais superóxido em peróxido de hidrogênio, que então é transformado em oxigênio molecular e água. Superoxide dismutase (polyoxyalkylene-modified) – superóxido dismutase (modificada de polioxialquileno): usado em preparações cosméticas para impedir o ressecamento e o envelhecimento da pele sem causar irritação. Ver também superoxide dismutase. Sweet almond oil – óleo de amêndoa doce: emoliente com propriedades aliviantes. Ver também almond oil. Sweet clover extract – extrato de meliloto: ver clover extract. Sweet lime oil – óleo de lima doce: ver lime oil. Sweet marjoram oil (Origanum majorana) – óleo de manjerona doce: óleo volátil destilado das folhas de Origanum majorana. É usado pelos formuladores por sua ação refrescante, bem como por seu perfume e para mascarar odores. Origanum majorana é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários

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Synthetic spermaceti – esparmacete sintético

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tipos dependendo da apresentação, como Origanum majorana flower oil, Origanum majorana leaf extract etc. Ver também marjoram. Sweet orange extract – extrato de laranja doce: ver orange extract. Synthetic spermaceti – esparmacete sintético: ver cetyl palmitate; spermaceti.

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T table salt – sal de cozinha: ver sodium chloride. table sugar – açúcar de cozinha: ver sucrose. talc – talco: adiciona maciez e deslizamento a uma formulação cosmética. O talco é usado como agente aglutinante e opacificante, e também como absorvente em preparações de maquiagem. É um pó inerte, geralmente feito de silicato de magnésio, um mineral, triturado até se obter um pó fino. tallow – sebo: considerado um agente condicionante oclusivo para pele. O sebo é usado principalmente na manufatura de sabão. É a gordura derivada do tecido adiposo da ovelha ou do gado. É tido como comedogênico. tallow glycerides – glicerídeos de sebo: surfactante usado como agente emulsificante. Incorporado mais frequentemente a preparações de maquiagem. Mistura de triglicerídeos derivados do sebo. Ver também tallow. tamanu oil (Calophyllum inophyllum) – óleo de tamanu: emoliente; atribuem-se a esse óleo propriedades antioxidante, antimicrobiana, anti-inflamatória, curativa e adstringente, além de evitar a formação de cicatrizes. Também é um absorsor natural de UV. Sua composição inclui lipídeos neutros, glicolipídeos e fosfolipídeos. O óleo de tamanu pode ser encontrado em produtos usados para proteger a pele contra a exposição solar (cremes para sol e pós-sol), cremes antienvelhecimento e regeneradores, preparações para acne e produtos para pele seca e muito seca. O óleo é obtido das sementes desta planta perene. A nomenclatura INCI contempla as seguintes denominações, dependendo da apresentação: Calophyllum inophyllum seed oil, Calophyllum inophyllum leaf extract, Calophyllum inophyllum shell powder. tamarind (Tamarindus indica) – tamarindo: adstringente e antisséptico. Pesquisadores isolaram o xiloglucano de extratos de sementes da planta. O xiloglucano demonstrou fortes propriedades imunoestimulantes. Talvez tenha alguma capacidade antioxidante. Os constituintes desta planta incluem

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318 | Tangerine oil – óleo de tangerina

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os ácidos cítrico, tartárico e málico; bitartarato de potássio; polissacarídeos; proteínas; e lipídeos. Os cientistas o recomendam para proteger a pele contra danos induzidos pelo ambiente, estimulando a reparação cutânea, e para peles com baixa atividade imunológica. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Tamarindus indica, dependendo da apresentação, como Tamarindus indica seed extract, Tamarindus indica fruit juice, Tamarindus indica extract etc. Tangerine oil (Citrus reticulata) – óleo de tangerina: possui propriedades botânicas similares às da laranja, embora com ação antiespasmódica e sedativa mais pronunciada. Sua fragrância, que lembra a da bergamota, é mais doce do que a da laranja. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Citrus reticulata, dependendo da apresentação, como Citrus reticulata fruit extract, Citrus reticulata leaf oil, Citrus reticulata peel oil etc. Ver também orange oil. Tapioca flour (Manihot utilissima ou Jatropha manihot) – farinha de tapioca: usada como espessante. É um amido derivado da mandioca. A nomenclatura INCI contempla as seguintes deniminações: Manihot utilissima leaf extract, Manihot utilissima starch. Tarragon (Artemisia dracunculus) – estragão: acredita-se que tenha propriedades tônica e estimulante. Seu principal ativo é o estragol, um fenol também conhecido como metil chavicol. Outros constituintes incluem cimeno e felandreno. Artemisia dracunculus é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos, dependendo da apresentação, como Artemisia dracunculus oil, Artemisia dracunculus root extract etc. As denominações Artemisia dracunculus herb oil e Artemisia dracunculus herb extract não são oficiais da INCI, no entanto são utilizadas para aromatização. Tartaric acid – ácido tartárico: o segundo maior AHA em tamanho (o ácido glicólico é o menor e o ácido cítrico, o maior). Não é usado com frequência em preparações cosméticas ou antienvelhecimento. Os formuladores acham difícil trabalhar com ele, além de ser um pouco irritante. Ver também alpha hydroxyacid. TEA (triethanolamine) – TEA (trietanolamina): emulsificante e controlador de pH. Nomenclatura INCI: Trietanolamine. TEA-carbomer – carbômero de TEA: usado para criar uma formulação em gel e controlar a viscosidade. TEA-dodecylbenzenesulfonate – sulfonato de dodecil benzeno TEA: sur­ factante geralmente misturado a outros surfactantes e usado como agente de limpeza.

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Tea tree oil – óleo de melaleuca (óleo de árvore-do-chá australiano)

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TEA-isostearate – isoestearato de TEA: classificado como sabão. Este ingrediente é um surfactante usado como agente de limpeza e emulsificante. TEA-lactate – lactato de TEA: surfactante. TEA-lauryl sulfate – lauril sulfato de TEA: surfactante usado como agente de limpeza com nível moderado de irritância para a pele. TEA-oleamide PEG-2 sulfosuccinate – sulfosuccinato de PEG-2 TEA-oleamida: surfactante com nível muito baixo de irritância para a pele. TEA-oleate – oleato de TEA: emulsificante suave e surfactante. TEA-salicylate – salicilato de TEA: absorsor químico de UVB. Este é um dos 21 filtros solares químicos aprovados pela FDA para uso com concentração entre 5% e 12%. O salicilato de TEA é solúvel em água e apresenta uma limitada capacidade de absorção de UV. Formuladores também podem usá-lo como conservante. TEA-stearate – estearato de TEA: surfactante considerado um poderoso emulsificante de óleo-em-água (hidrofílico) e agente de limpeza. É também um absorsor de umidade usado em emulsões. Pode ser irritante para a pele. Tea extract – extrato de chá: estudos indicam ação antioxidante, bacterostática e antialergênica. O extrato de chá verde, em particular, é rico em potentes antioxidantes chamados catequinas. O extrato de chá tem sido usado com sucesso em produtos para tratamento dos olhos, reduzindo o inchaço. Tea tree oil (Melaleuca alternifolia) – óleo de melaleuca (óleo de árvore-do-chá australiano): considerado um conservante natural com propriedades antisséptica, germicida e expectorante. Sua atividade antimicrobiana de amplo espectro permite-lhe promover a cura. Está sendo reconhecido como um remédio tópico contra leveduras, fungos e doenças e infeções da pele. O óleo de melaleuca apresenta benefícios contra seborreia, psoríase (reduz a descamação e a vermelhidão), eczema (faz parar a coceira e reduz a vermelhidão) e dermatite. Tem sido usado pelos aborígenes australianos para tratar cortes, feridas e infecções da pele; e por exploradores europeus como chá herbáceo. A capacidade deste óleo de dissolver o pus sem causar dano visível ou aparente à superfície da pele foi notada por médicos quando o utilizaram para limpar a superfície de feridas infectadas. Também é ideal na aromaterapia, dada a sua baixa toxicidade. Embora usado com sucesso em quase todos os tipos de pele, exceto peles sensíveis ou com couperose, é particularmente benéfico para acne e peles problemáticas e/ou congestionadas. O óleo de melaleuca é obtido destilando-se as folhas da árvore para produzir um óleo entre

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amarelado e incolor, com um aroma de cânfora semelhante ao do eucalipto. Estudos indicam que não é tóxico. Irritância negligenciável ou nenhuma. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Melaleuca alternifolia, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Melaleuca alternifolia extract, Melaleuca alternifolia leaf oil etc. Tepescohuite: ver mimosa tenuiflora. Terephthalylidene dicamphor sulfonic acid – tereftalilideno dicânfora ácido sulfônico: filtro solar químico aprovado pela FDA e com capacidade de filtragem e absorção de UV. O nível de uso é com concentração de até 10% na União Europeia. Terminalia cerise extract – extrato de Terminalia cerise: substância de origem botânica com propriedades de fortalecimento, reestruturação e estimulação celular. Alega-se que melhora a drenagem do tecido e, portanto, reduz o inchaço. Na medicina tradicional, era usado por suas propriedades antibacterianas. Pode ser encontrado em preparações antienvelhecimento, para peles sensíveis, pós-sol, controle da celulite e prevenção de estrias. 4-tertbutyl 4’-methoxydibenzoylmethane – 4-tertbutil-4’-metoxidibenzoilmetano: ver butyl methoxy dibenzoylmethane. tetradibutyl pentaerithrityl hydrozyhydrocinnamate – tetradibutil pentaeritritil hidroxihidrocinamato: estabilizante que pode proteger produtos da descoloração resultante de exposição à luz, especialmente UV. Nomenclatura INCI: Pentaerythrityl tetra-di-t-butyl hydroxyhydrocinnamate. Tetrahexyldecyl ascorbate – ascorbato de tetrahexildecila: antioxidante que inibe a peroxidação de lipídeos (protegendo assim os lipídeos da pele da ação nociva dos radicais livres), também é usado para melhorar e manter as condições gerais da pele. Os fabricantes também citam a capacidade de diminuir danos causados por UV e de estimular o colágeno. Estudos indicam que o ascorbato de tetrahexildecila pode promover um tom de pele mais homogêneo inibindo a produção de pigmentos e conferindo à formulação características de clareamento e brilho. Este é um éster estável de vitamina C solúvel em óleo. Considerado menos irritante que o ácido ascórbico. Tetrahydroxypropyl ethylenediamine – tetrahidroxipropil etilenodiamina: usado como solvente e conservante. Um componente da substância bactericida da cana-de-açúcar. É bastante alcalino e pode irritar a pele e as membranas mucosas. Talvez cause sensibilização cutânea. Tetrasodium EDTA – EDTA tetrassódico: usado como conservante e também como agente sequestrante e quelante em soluções cosméticas.

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Thyme oil – óleo de tomilho

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Tetterwort extract (Sanguinaria canadensis) – extrato de raiz vermelha (sanguinária): a tradição herbária cita a aplicação externa como sendo útil no tratamento de eczema e de outros problemas cutâneos. É usado por sua ação refrescante, tônica e limpante. O rizoma é a parte utilizada. Nomenclatura INCI: Sanguinaria canadensis rhizome/root extract. Theobroma grandiflorum seed butter (Theo­broma grandiflorum) – manteiga da semente de cupuaçu: ver cupuassu butter. Theophylline – teofilina: tônico e condicionante para a pele. Sua atividade cosmética ainda não foi claramente ou definitivamente demonstrada. É encontrada com mais frequência em produtos anticelulite. A teofilina pertence à mesma família da cafeína. Ocorre naturalmente em chás. Thiamine HCl – tiamina HCL (vitamina B1): usada como emoliente. Ver também vitamin B. Thioctic acid – ácido tióctico: também conhecido como ácido alfalipoico. É um antioxidante. Ver alpha lipoic acid. Thuja extract – extrato de tuia: de reconhecidas propriedades curativa e anti-irritante. É potencialmente eficaz contra pigmentação. O óleo é obtido por destilação de pequenos ramos e brotos de cedro amarelo ou branco. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Thuja, tais como, Thuja orientalis, Thuja plicata, Thuja occidentalis etc. Ver também cedarwood oil. Thyme extract (Thymus sp.) – extrato de tomilho: suas propriedades botânicas têm sido apresentadas como antisséptica, tônica, antibacteriana, desodorizante, fungicida e estimulante da circulação. Certas frações podem ter capacidade inibidora da colagenase. O extrato de tomilho pode ter propriedades repelentes de insetos. Seu princípio ativo é o ácido tímico, que possui propriedades desinfetantes semelhantes às do ácido carbólico. O extrato de tomilho pode causar irritação na pele. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Thymus, tais como, Thymus extract, Thymus capitatus, Thymus mastichina etc. Thyme oil – óleo de tomilho: amplamente utilizado em terapia botânica desde a antiguidade por suas propriedades aquecedoras, estimulante e limpante, é também considerado um poderoso antisséptico e tônico. O óleo de tomilho serve como conservante natural, com atividade antibacteriana, contra um amplo espectro de classes de bactérias. O gênero Thymus produz diversas espécies, subespécies e quemótipos, muitos apresentando composições químicas completamente diferentes. Isso inclui o tomilho citriodora, tomilho limão e tomilho vermelho. O tomilho limão também é descrito como agente curativo e aliviante por seu uso em cuidados com a pele, enquanto o tomilho

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vermelho pode causar irritação cutânea em altas concentrações. O óleo é obtido dos ramos e das flores da erva. Tilia (linden) – tileira (tília): suas propriedades botânicas são descritas como antisséptica, aliviante e emoliente. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Tilia, tais como, Tilia cordata, Tilia europae, Tilia platyphyllos etc. Ver também linden extract. TiO2: ver titanium dioxide. Tissue respiratory factor (TRF) – fator de respiração do tecido (TRF) (derivado de células vivas de levedura): descrito pelos produtores como um poderoso anti-inflamatório e agente hidratante que pode promover a cicatrização de feridas. O TRF é mais eficaz em seus benefícios hidratantes e aliviantes para a pele do que as matérias-primas tradicionais de cosméticos. Age junto à pele para melhorar sua aparência e saúde geral. É obtido estimulando-se células vivas a produzir substâncias protetoras. O TRF pode ser descrito como um gliconucleopeptídeo e tem sido utilizado com segurança por mais de 40 anos. Tissulan – tissulano: extrato de tecido com alto teor de aminoácidos. Acredita-se que melhore a superfície e a estrutura da pele. Titanium dioxide – dióxido de titânio (TiO2): um contribuidor não químico para o FPS. O dióxido de titânio é um dos 21 filtros solares químicos aprovados pela FDA para uso com concentração entre 2% e 25%. Quando aplicado, o dióxido de titânio permanece na superfície da pele, espalhando a luz UV. Geralmente é usado junto a outros filtros solares químicos para aumentar o valor do FPS do produto, reduzindo assim o risco de irritação ou alergias atribuído ao uso excessivo de filtros solares químicos. Sua incorporação a formulações de filtro solar, bases para maquiagem e hidratantes diurnos depende do tamanho do dióxido de titânio utilizado. Quanto menor o tamanho da partícula, menos obstrutiva a aplicação de TiO2. Partículas maiores, por outro lado, deixam um líquido ou uma aparência esbranquiçada sobre a pele. Algumas empresas usam o termo “micro” ou “ultra” como referência para o tamanho da partícula de dióxido de titânio. De acordo com algumas fontes, o dióxido de titânio poderia ser o componente ideal de proteção contra UVA/UVB, dadas as suas características químicas, cosméticas e físicas. É também usado para dar uma coloração branca a preparações cosméticas. Titanium dioxide (micro) – dióxido de titânio (micro): ver titanium dioxide. Ttanium dioxide (ultra) – dióxido de titânio (ultra): ver titanium dioxide. Tocopherol – tocoferol (vitamina E): antioxidante obtido por destilação a vácuo de óleos de vegetais comestíveis. Ver também vitamin E.

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Tomato – tomate

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Tocopheryl acetate – acetato de tocoferol: antioxidante que ajuda a impedir a rancificação de óleos insaturados e do sebo. É considerado matéria-prima não comedogênica. Ver também vitamin E. Tocopherol ester – tocoferol éster: considerado um eficaz sequestrante de radicais livres. Tocopherol – tocoferol ou alfa-tocoferol: a forma mais utilizada da vitamina E. Ver vitamin E. Tocopheryl ferulate – ferrulato de tocoferila ou ferrulato de alfatocoferila: agente despigmentador que pode ser particularmente eficaz no clareamento de hiperpigmentação resultante de exposição a UV. É considerado um inibidor da formação de melanina por supressão da atividade da tirosinase. O ferrulato de alfatocoferila é obtido pela reação de um éster de alfa-tocoferol com ácido ferúlico. O ácido ferúlico, assim como o alfatocoferol, é um antioxidante. É também um absorsor de UV. Ver também tocopherol. Tocopheryl linoleate – linoleato de tocoferol: hidratante. Ver também tocopherol. Tocopheryl nicotinate – nicotinato de tocoferol: usado como antioxidante e agente condicionante para a pele. Tocophersolan – tocofersolano: antioxidante. Esta é uma forma solúvel em água de vitamina E. Tocopheryl linoleate – linoleato de tocoferila: usado como antioxidante e agente condicionante para a pele. Tocopheryl phosphate – fosfato de tocoferila: adicionado a formulações cosméticas por sua atividade limpante, emulsificante e surfactante. Tocopheryl sorbate – sorbato de tocoferila: é mais usado como antioxidante. Esta é uma forma modificada do tocoferol. Ver também vitamin E; vitamin E acetate. Tocotrienols – tocotrienóis: antioxidante absorsor de UV e com atividade condicionante para a pele. Esta é uma forma de vitamina E, e estudos indicam que pode ser mais potente que o tocoferol. Pode ser incorporado a produtos antioxidantes e antienvelhecimeno. Ocorre naturalmente em óleos derivados de farelo de arroz, cevada, trigo, aveia e palma; os níveis mais altos estão contidos no óleo de palma. Tomato (Solanum lycopersicum) – tomate: as propriedades terapêuticas para a pele dependem da parte utilizada da planta. Por exemplo, o extrato feito da planta inteira é adstringente, enquanto o fruto em si é considerado umectante e emoliente. A água do tomate tem a capacidade de mascarar

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odores. Fontes também citam atividade antioxidante. A propriedade comum a todos os derivados de tomate em cosméticos é o condicionamento da pele. Os constituintes do tomate incluem beta-caroteno, carotenoides (licopeno), histamina, frutose, glicose, vitaminas A, C e E, sais minerais e elementos-traço. Solanum lycopersicum é a nomenclatura, no entanto, existem vários tipos de Solanum lycopersicum, dependendo da apresentação, como Solanum lycopersicum fruit, Solanum lycopersicum fruit oil etc. Tomato oil – óleo de tomate: o óleo derivado do fruto pode ajudar a melhorar a condição da pele e mantê-la saudável em termos de textura, tônus e aparência. O óleo da semente amacia e suaviza a pele, além de ser condicionante. Algumas fontes citam-no como apropriado para pele mista. Tonka bean (Dipteryx odorata) – cumaru (fava-tonca): aromático e tônico, tradicionalmente era usado como fixador na manufatura de perfumes. Seu principal constituinte é o ácido cumárico. A semente é a parte utilizada. Dipteryx odorata bean extract e Dipteryx odorata seed extract são as nomenclaturas da INCI. Tormentil extract (Potentilla tormentilla) – extrato de tormentilha: considerado um dos mais seguros e poderosos adstringentes herbáceos. Também apresenta propriedades antisséptica e anti-inflamatória moderadas. Usado antigamente na Inglaterra para dores, feridas, contusões e infecções. Os constituintes importantes do extrato de tormentilha incluem tanino, fitoesteróis, flavonoides, ácido quinóvico, tormentosídeo e pseudosaponina. O extrato é obtido da raiz da planta. Trace elements – elementos-traço (micronutrientes; oligoelementos): diferentes elementos, geralmente inorgânicos, são considerados essenciais para a nutrição das plantas e dos animais em concentrações em nível de traço. O valor de sua aplicação tópica em preparações cosméticas ainda não está claro, embora algumas fontes indiquem um valor potencial hidratante. Trace element complex – complexo de elementos-traço: ver trace elements. Tragacanth gum – goma adraganta: agente emulsificante eficaz, aglutinante, filmógeno e controlador de viscosidade, é também usado como ingrediente estabilizante em loções. A goma adraganta é derivada da resina do arbusto Astragalus gummifer. Nomenclatura INCI: Astragalus gummifer gum. Transglutaminase: enzima que, acredita-se, ativa as funções fisiológicas da pele. Treemoss extract (Evernia furfuracea) – extrato de musgo do carvalho: ingrediente de origem botânica que ajuda a mascarar odores em um produto. Nomenclatura INCI: Evernia furfuracea extract.

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Triethylene glycol – trietileno glicol

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Tehalose – trealose: umectante e hidratante, ajuda a reter a água na pele e aumentar o teor de umidade. Açúcar vegetal de ocorrência natural. Tretinoin – tretinoína: ver retinoic acid. Tribehenin – tribeenina: também conhecida como tribeenato de glicerila. Emoliente e condicionante para a pele. Tricaprylin – tricaprilina: agente condicionante para a pele. Ver também caprylic/capric triglyceride. Tricaprylyl citrate – citrato de tricaprilila: emoliente e condicionante para a pele. Trichilia emetica seed butter (natal mahogany) – manteiga de mafura (óleo extraído da semente): nutriente e revitalizante cutâneo, com atividade hidratante e antienvelhecimento. É um emoliente e mantém a pele macia e flexível. Trichilia emetica é a nomencltura INCI e existem vários tipos, dependendo da apresentação, como Trichilia emetica seed butter, Trichilia emetica seed powder etc. Triclosan – triclosano: conservante considerado como tendo um baixo potencial sensibilizante em preparações para uso sem enxágue. Tricontanyl PVP – tricontanil PVP: agente filmógeno, impermeável e resistente ao uso contínuo. É solúvel em óleo e facilmente formulado em filtros solares, cremes para a pele, loções e produtos cosméticos em geral. O tricontanil PVP é um ingrediente bastante versátil. Quando usado em filtros solares, facilita a formulação de um alto FPS sem a necessidade de aumentar significativamente o uso de filtros solares químicos. O resultado são produtos com FPS mais altos, irritância mais baixa e melhor relação custo-benefício. Também é usado como dispersante de pigmento em cosméticos coloridos, sendo particularmente útil quando se utiliza dióxido de titânio para aumentar os valores do FPS. Estudos indicam pouca ou nenhuma fotoalergia ou toxicidade. Tridecyl stearate – estearato de tridecila: agente condicionante para pele e emoliente. Tridecyl trimelliatate – trimeliatato de tridecila: agente condicionante para a pele e oclusivo. Triethanolamine – trietanolamina: ver TEA. Triethanolamine oleate – oleato de trietanolamina: ver TEA-oleate. Triethanolamine salicylate – salicilato de trietanolamina: ver TEA-salicylate. Triethanolamine stearate – estearato de trietanolamina: ver TEA-stearate. Triethylene glycol – trietileno glicol: solvente preparado a partir do óxido de etileno e do etileno glicol.

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326 | Triglycerides – triglicerídeos

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Triglycerides – triglicerídeos: reguladores de consistência para cremes, loções e maquiagem. Facilita a interação com a pele, conferindo boas propriedades de fluxo aos produtos. São os constituintes principais de gorduras e óleos. Ácidos graxos como os ácidos caprílico, cáprico e láurico reagem com glicerina para produzir óleos de triglicerídeos. Esses óleos, como os de amêndoa, açafroa e manteiga de cacau, são utilizados em cosméticos para aumentar a untuosidade e a emoliência do produto. Existe uma variedade de triglicerídeos, que incluem o caprílico/cáprico, láurico, mirístico, palmítico e esteárico. Triisostearin – tri-isostearina: ver glyceryl tri-isoestearate. Triisostearyl citrate – citrato de tri-isoestearila: agente condicionante para a pele e oclusivo. É o triéster do álcool isostearílico e do ácido cítrico. Triisostearyl trilinoleate – trilinoleato de tri-isoestearila: condicionante para a pele e agente controlador de viscosidade, com propriedades oclusivas. Trilinolein – trilinoleína: emoliente, reabastece os lipídeos presentes no estrato córneo, melhorando assim a aparência e a textura da pele. Dependendo das exigências do formulador, também pode ser usado como solvente e para controlar a viscosidade da fórmula. Trimethylsiloxysilicate – trimetilsiloxisilicato: em combinação com a dimeticona, funciona como material impermeável para preparações de filtro solar. Também reduz o branqueamento da pele e a consistência gordurosa associada a formulações de filtro solar com alto FPS. Trisodium ascorbyl palmitate phosphate – trisódio ascorbil palmitato fosfato: antioxidante e ingrediente antirrugas, este é um derivado da vitamina C com boa capacidade de penetração. De acordo com os produtores, ajuda a promover a síntese de colágeno. Trisodium EDTA – EDTA trissódico: conservante. Ver também tetrasodium EDTA. Trisodium HEDTA (trisodium hydroxy EDTA) – HEDTA trissódico (hidroxi EDTA trissódico): conservante. Ver também tetrasodium EDTA. Trisodium hydroxy EDTA – hidroxi EDTA trissódico: ver trisodium HEDTA. Tristearin – tristearina: emoliente. Trolamine – trolamina: ver triethanolamine. Tropocollagen – tropocolágeno: também conhecido como colágeno solúvel. Possui excelentes propriedades de interação com a água e forma um filme que retém a umidade da pele. Formulações que usam o tropocolágeno em vez do colágeno comum deixam, segundo relatos, a pele mais suave e sedosa. Os fibroblastos produzem tropocolágeno, que é polimeralizado em

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Tyrosine – tirosina

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colágeno. O tropocolágeno é obtido a partir de tecidos conectivos de origem animal. Ver também collagen. Tropoelastin – tropoelastina (elastina solúvel): precursor solúvel da elastina, desempenha papel importante em sua produção. Aparentemente, pode compensar a perda e o envelhecimento da elastina da própria pele. Segundo relatos, é mais eficaz que a elastina quando aplicada sobre a pele. Ver também elastin. Tryptophan – triptofano: um dos 21 aminoácidos que compõem as proteínas. É um dos componentes dos fatores de hidratação natural da pele. Ver também amino acid. Turmeric (Curcuma longa) – cúrcuma: apresenta ação curativa, tônica, levemente estimulante, anti-inflamatória, além de possuir propriedades purificantes para o sangue. Este tempero bastante comum (frequentemente usado no curry) e agente colorante é usado na medicina tradicional para diversos fins curativos, incluindo o tratamento de eczema, infecções, úlceras, queimaduras e manchas vermelhas na pele. Pode apresentar propriedades amaciantes para a pele e ser benéfico em produtos para acne. Curcuma longa é a nomenclatura INCI, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, tais como, Curcuma longa root, Curcuma longa leaf extract etc. Tyramine – tiramina: estudos clínicos indicam capacidade de clarear a pele. A tiramina é um derivado da tirosina. l-tyrosine – l-tirosina: aminoácido. Experimentos conduzidos com a l-tirosina na forma de derivados solúveis em água demonstraram que ela penetra na epiderme até a camada basal, onde estão localizados os melanócitos. Usada como acelerador em cosméticos para bronzeamento. Tyrosine – tirosina: aminoácido. Aplicações cutâneas podem produzir uma reserva extra de tirosina na pele, auxiliando ou “ativando” a síntese de melanina. Isso, por sua vez, deve aumentar e prolongar o efeito do processo de bronzeamento. O efeito da tirosina é maior quando o produto contém vitamina B (riboflavina) e um composto adicional, o ATP (trifosfato de adenosina). Ver também l-tyrosine.

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u-V Ubiquinone – ubiquinona: também conhecida como coenzima Q10. Poderoso antioxidante encontrado naturalmente nas células. Age como um neutralizador de radicias livres. Ucuuba oil – óleo de ucuúba: também conhecido como óleo de noz de Virola sebifera. Emoliente, umectante, condicionante para a pele e antisséptico. Este óleo é considerado rico em ácido mirístico. É usado geralmente em sabões, produtos para limpeza, loções para massagem e produtos para o cabelo. Na nomenclatura INCI: virola sebifera nut oil. Ver também myristic acid. Ulmus davidiana root extract – extrato de raiz do olmo japonês: extrato derivado da raiz do olmo japonês, é considerado anti-inflamatório e hidratante, com capacidade de ajudar a melhorar as funções de barreira da pele. Os produtores o indicam para uso em produtos antienvelhecimento e para acne. Ultramarine blue – azul ultramarino: aditivo corante. Os ultramarinos também podem ser verde, rosa, vermelho ou violeta. São pigmentos sintéticos compostos de complexos de sódio e alumínio sulfosilicatados, as proporções de cada elemento variando em cada cor. Originalmente era obtido de lápis-lázuli triturado, mas agora é produzido sinteticamente. Usado principalmente em sombras para os olhos, máscaras e pós faciais. Na nomenclatura INCI: ultramarines. Ver também o verbete cor no Capítulo 4. Ulve extract – extrato de ulva: ver seaweed extract. Ulve seaweed – ulva: ver seaweed extract. Uncaria tomentosa extract – extrato de Uncaria tomentosa: também conhecida como unha-de-gato. Atribuem-se-lhe propriedades anti-inflamatória, antioxidante, antibacteriana e imunoestimulante. Entre seus constituintes estão os alcaloides e taninos. A planta é uma liana nativa das florestas tropicais da América Central e da América do Sul.

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330 | Undecylenoyl PEG-5 paraben – undecilenoil PEG-5 parabeno

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Undecylenoyl PEG-5 paraben – undecilenoil PEG-5 parabeno: conservante. Urea – ureia: é incorporada a cosméticos para diversos fins, como hidratante, descamante, antimicrobiano e tamponante. A ureia é considerada um “verdadeiro” hidratante, e não um umectante, pois atrai e retém umidade na camada córnea. Facilita a esfoliação natural de queratinócitos, dada a sua capacidade de dissolver o cimento intercelular na camada córnea. Por suas propriedades antimicrobianas que inibem o crescimento de microrganismos no produto, a incorporação da ureia à formulação também pode ser parte de um sistema maior de conservação. A ação tamponante deste ingrediente é atribuída à sua capacidade de regular o manto hidrolipídico. Além disso, a ureia favorece a penetração e absorção de outros ingredientes ativos, alivia a coceira e ajuda a deixar a pele macia e flexível. Ações anti-inflamatória, antisséptica e desodorizante permitem que ela proteja a superfície da pele contra alterações negativas, ajudando a mantê-la saudável. Estudos mostram que a ureia não induz à fotoalergia, fototoxicidade ou sensibilização. A concentração mais segura em preparações para a pele é entre 2% e 8%. Altas concentrações de ureia parecem ser instáveis quando incorporadas a preparações para a pele. Também pode ser irritante. As soluções ácidas de ureia podem produzir queimação ou sensações de ardência. Ursolic acid – ácido ursólico: ajuda a manter a aparência e a textura da pele, agindo como perfume e para mascarar odores. Benefícios terapêuticos incluem atividade anti-inflamatória. O ácido ursólico também demonstrou ação antimicrobiana, antibacteriana e antifúngica. UV absorber 3 – absorsor 3 de UV: absorsor de UV. Ver octocrylene. UVA screen – filtro de UVA (solúvel em óleo): método para indicar que um determinado produto contém a capacidade de filtrar UVA, sem revelar de qual tipo. Ver o verbete filtro solar no Capítulo 4. UVB screen – filtro de UVB (solúvel em água): método para indicar que um determinado produto contém a capacidade de filtrar UVB, sem revelar de qual tipo. Ver o verbete filtro solar no Capítulo 4. Valerian oil (Valeriana officinalis) – óleo de valeriana: atividades terapêuticas incluem ação calmante, aliviante e antiespasmódica. Também é incorporado a formulações cosméticas por sua ação aromatizante e de mascaramento de odores. A valeriana era um remédio tão estimado na era medieval que a chamavam de “cura tudo”. Sua composição é complexa, e entre os constituintes

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Vegetable oil – óleo vegetal

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estão os alcaloides (catinina e valerina), ácido gama-aminobutírico (GABA), óleos voláteis (particularmente o ácido valerênico, ao qual são atribuídas as propriedades sedativas da valeriana), formato, flavonas como a hesperidina e terpenos (por exemplo, l-canfeno, l-limoneno e l-pineno). O óleo está presente na raiz dessecada em quantidades que variam de 0,5% a 2%, dependendo da variedade da planta e do lugar onde ela cresce. É obtido por destilação a vapor. Segundo relatos, quando usado com frequência e em grandes quantidades, provoca dor de cabeça. Valeriana officinalis é a nomenclatura INCI, no entanto, existem os tipos Valeriana officinalis root, Valeriana officinalis root extract e Valeriana officinalis root oil. Valeric acid – ácido valérico: obtido do extrato de valeriana. Valeric acid não é uma nomenclatura oficial da INCI, mas é usada em aromatizantes. Ver também valerian oil. Valine – valina: aminoácido usado como condicionante para a pele e para mascarar odores. É mais utilizado em preparações para cabelo do que para a pele. Vanilla fruit extract – extrato do fruto da baunilha: o fruto da baunilha é conhecido como vagem de baunilha. O extrato tem propriedades aliviante, condicionante, protetora e amaciante para a pele. A nomenclatura INCI contempla os tipos Vanilla planifolia e Vanilla tahitensis. Vanilla fruit oil (Vanilla planifolia) – óleo do fruto da baunilha: emoliente e condicionante para a pele, é obtido do fruto defumado, adulto e não maduro da baunilha. Pode causar reação em peles muito sensíveis. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Vanilla planifolia, dependendo da apresentação, como Vanilla planifolia fruit, Vanilla planifolia fruit oil, Vanilla planifolia seed etc. Vanilla resinoid – resinoide de baunilha: parte de uma mistura conservante que também inclui linalool, ex-pau-rosa, pau-rosa, capim-limão, óleo de cedro, óleo de pétalas de néroli bigarde e outros componentes exóticos. Vaseline fluid – fluido de Vaselina: ver petrolatum. Veegum: ver magnesium aluminum silicate. Vegetable glyceride (hydrogenated) – glicerídeo vegetal (hidrogenado): emoliente e emulsificante obtido de óleo vegetal. Também usado como estabilizante, controlador de viscosidade e para facilitar o espalhamento do produto. A fonte do óleo, neste caso, não é identificável. Nomenclatura INCI: Hydrogenated vegetable glyceride. Vegetable oil – óleo vegetal: carreador e agente oclusivo e condicionante, que também pode ser incorporado para tornar a pele mais macia. Essa identi-

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332 | Vegetable starch – amido vegetal

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ficação pode referir-se a diversos óleos separadamente ou em combinação, incluindo os óleos de amendoim, milho, gergelim, oliva e semente de algodão. Como o tipo de extrato não é especificado quando apresentado dessa maneira, é difícil determinar o valor do ingrediente ou quaisquer reações que possam surgir de seu uso. É um óleo de origem vegetal por que consiste principalmente em triglicerídeos de ácidos graxos. Vegetable starch – amido vegetal: espessante. Verbena: ver vervain oil. Veronica extract (Veronica officinalis) – extrato de verônica: propriedades anti-inflamatória, curativas, purificante e aliviante lhe são atribuídas. Alguns dizem que promove um crescimento saudável para o tecido e refinamento dos poros. Há muitas espécies de verônica, sendo que aproximadamente 20 têm sido utilizadas para fins medicinais. Independentemente da espécie, o extrato geralmente é obtido das flores, folhas e caule da planta. Veronica officinalis extract, Veronica officinalis flower/leaf/stem extract, Veronica officinalis leaf extract são as nomenclaturas INCI. Vervain oil (Verbena officinalis) – óleo de vervain (verbena): tem sido reconhecido como adstringente e antiespasmódico. É uma planta perene com muitas flores pequenas de coloração lilás. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Verbena officinalis, dependendo da apresentação, como Verbena officinalis extract, Verbena officinalis leaf extract, Verbena officinalis flower extract etc. Vetiver oil (Vetiveria zizanioides) – óleo de vetiver: considerado estimulante e tônico, é usado tanto em perfumaria quanto em cosméticos. O óleo, que apresenta um odor entre aromático e acentuadamente silvestre, é produzido das raízes de uma gramínea fragrante. Violet extract (Viola sp.) – extrato de violeta: tradicionalmente usado para tratamentos de pele como aliviante e antiprurígeno, e como antisséptico em cremes e preparações para queimaduras. O extrato de violeta também tem propriedades limpantes. Seus constituintes importantes incluem saponinas, glicosídeos antissépticos (viola quercitina), violina, um alcaloide, ácido salicílico e matéria corante para a cor azul. O extrato apresenta um aroma ligeiramente doce e floral. Embora a família da violeta compreenda mais de 200 espécies, é a violeta de aroma doce que parece ser a mais apropriada para uso botânico. O extrato de violeta pode provocar manchas vermelhas na pele em pessoas alérgicas a essa planta. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Viola, tais como, Viola mandshurica, Viola odorata, Viola prionantha, Viola tricolor e Viola yedoensis.

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Vitamin C – vitamina C

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Vipers bugloss oil (Echium plantagineum) – óleo de viperina: uma fração deste lipídeo botânico inclui o ácido estearidônico, um ácido graxo com propriedades anti-inflamatórias conhecidas. Estudos feitos pelo produtor indicam que pode reduzir a resposta inflamatória da pele aos raios UV. É útil em produtos de proteção contra o sol e filtros solares, bem como em preparações antienvelhecimento e anti-inflamatórias. Encontrada na mesma família da acteia preta e da erva-de-são-cristóvão. Nomenclatura INCI: Echium plantagineum seed oil. Ver também black cohosh extract. Vitamin A – vitamina A: pode agir como reguladora da queratinização, ajudando a melhorar a textura e firmeza da pele, tornando-a mais suave. Os ésteres da vitamina A, uma vez na pele, convertem-se em ácido retinoico e proporcionam benefícios antienvelhecimento. Acredita-se que a vitamina A seja essencial para a regeneração e para as funções das células cutâneas. Uma contínua deficiência de vitamina A provoca degeneração do tecido dérmico e a pele torna-se grossa e seca. A aplicação superficial de vitamina A ajuda a impedir o ressecamento e descamação da pele, mantendo-a saudável, sem manchas e resistente a infecções. Suas propriedades de regeneração parecem intensificadas quando combinada com a vitamina E. A vitamina A é a principal constituinte dos óleos de bacalhau e de tubarão, e de muitos outros óleos de peixe e óleos vegetais. Ver também retinol; retinoic acid; retinyl palmitate. Vitamin A palmitate – palmitato de vitamina A: conhecido como um “normalizador” cutâneo. Age como um antiqueratinizante, ajudando a pele a permanecer macia e carnuda, fortalecendo as propriedades de barreira. É também um antioxidante. Por causa do impacto de suas propriedades de barreira, é util contra o ressecamento, o calor e a poluição. Também é sugerido para uso em filtros solares. Estudos clínicos com o palmitato de vitamina A indicam mudança significativa na composição da pele, com aumento do colágeno, DNA, espessura e elasticidade. Sua estabilidade é superior à do retinol. Vitamin B – vitamina B: a literatura tende a mostrar que as vitaminas B não podem atravessar as camadas da pele e, portanto, não têm utilidade em sua superfície. Experimentos atuais demonstram, porém, que a vitamina B2 age como um acelerador de reação química, melhorando a performance dos derivados de tirosina em preparações para acelerar o bronzeamento. Ver também biotin para B7; panthenol para B5; pyridoxine tripalmitate para B6; riboflavin para B2; thiamine HCL para a vitamina B1. Vitamin C – vitamina C: antioxidante bastante conhecido. Seu efeito sobre a formação de radicais livres, quando topicamente aplicada à pele por meio de

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334 | Vitamin C – vitamina C

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um creme, ainda não foi claramente demonstrado. A eficácia das aplicações tópicas tem sido questionada devido à instabilidade da vitamina C (ela reage com a água e degrada). Algumas formas apresentam melhor estabilidade em sistemas aquosos. Análogos sintéticos, como o fosfato de ascorbil magnésio estão entre aqueles considerados mais eficazes, pois tendem a ser mais estáveis. Quando avaliada em sua capacidade de combater os danos causados pelos radicais livres à luz de seu efeito sinergístico com a vitamina E, a vitamina C se sai muito bem. Quando a vitamina E reage com um radical livre, ela é danificada. A vitamina C vem para reparar o dano causado na vitamina E pelo radical livre, permitindo que aquele continue sua atividade sequestrante. Pesquisas anteriores indicaram que altas concentrações de vitamina C topicamente aplicada são fotoprotetoras, e aparentemente a preparação de vitamina usada nesses estudos resistiu, durante três dias, a sabão, água, enxágue ou esfoliação. Pesquisas atuais mostram que a vitamina C protege contra danos provocados por UVB quando combinada com filtros solares químicos de UVB. Isso levaria à conclusão de que em combinação com filtros solares convencionais, a vitamina C pode permitir uma proteção mais duradoura e mais ampla. O sinergismo entre as vitaminas C e E pode produzir resultados ainda melhores, pois aparentemente a combinação de ambos proporciona uma boa proteção contra danos provocados pelo UVB. No entanto, a vitamina C parece ser bem melhor que a E na proteção contra danos de UVA. Outra conclusão é que a combinação das vitaminas C, E e filtros solares oferece maior proteção que a soma de qualquer um desses três ingredientes agindo separadamente. A vitamina C também atua como um regulador da biossíntese do colágeno. É conhecida por controlar substâncias coloidais intercelulares como o colágeno, e quando formulada nos veículos apropriados, pode apresentar um efeito clareante sobre a pele. Acredita-se que é capaz de ajudar o organismo a se proteger contra condições infecciosas, fortalecendo o sistema imunológico. Existem algumas evidências (embora questionadas) de que a vitamina C pode atravessar as camadas da pele e promover a cura de tecidos danificados por queimaduras ou ferimento. É encontrada, portanto, em unguentos para queimaduras e cremes usados para abrasões. A vitamina C também é popular em produtos antienvelhecimento. Estudos atuais indicam também possíveis propriedades anti-inflamatórias. Ver também ascorbic acid. Vitamin C ester – éster de vitamina C: acredita-se que promova uma renovação visível da aparência da pele, tornando-a mais viva, mais firme e saudável.

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Vitamin E (D-alpha-tocopherol; DL-alpha-tocopherol; tocopherol) – vitamina E

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Esta, porém, é uma categoria geral e não indica a forma do éster incorporada ao produto. Por exemplo, o éster poderia ser o palmitato de ascorbila ou o fosfato de ascorbila e magnésio. O primeiro tem propriedades antioxidantes e mascara odores, enquanto o segundo é usado como antioxidante, mas não tem a função de mascarar odores. Vitamin D – vitamina D: age como um regulador da queratinização, ajudando a melhorar a textura e a firmeza da pele com o uso continuado. Esta vitamina é absorvida através das camadas exteriores da pele. Estudos indicam que a vitamina D é um importante fator na renovação das células epidérmicas. Geralmente é encontrada em combinação com a vitamina A, já que essa mistura parece ajudar o crescimento epitelial, além de promover uma boa pigmentação para a pele. Assim como a vitamina A, a vitamina D é um importante constituinte de muitos óleos vegetais e de peixe. Vitamin E (D-alpha-tocopherol; DL-alpha-tocopherol; tocopherol) – vitamina E (D-alfa-tocoferol; DL-alfa-tocoferol; tocoferol): considerada o mais importante antioxidante solúvel em óleo e sequestrante de radicais livres. Estudos indicam que a vitamina E desempenha essas funções quando aplicada topicamente. É também um fotoprotetor e ajuda a proteger a membrana celular de danos causados por radicais livres. Além disso, a vitamina E tem função conservante devido a sua capacidade de proteger contra oxidação. Isso beneficia não só a pele mas também o produto em termos de longevidade. Como um hidratante, a vitamina E é bem absorvida através da pele, demonstrando forte afinidade com pequenos vasos sanguíneos e a capacidade de intensificar a circulação cutânea do sangue. Acredita-se também que melhore a interação da pele com a água. Além disso, constatou-se que as emulsões de vitamina E reduzem a perda transepidérmica de água, melhorando assim a aparência de peles ásperas, secas e danificadas. Esta vitamina também parece ajudar a manter o tecido conectivo. Há evidências de que seja eficaz em evitar irritação causada por exposição ao sol: estudos mostram que a vitamina E topicamente aplicada antes da irradiação por UV protege contra danos às células epidérmicas causadas por inflamação. Isso indica possíveis propriedades anti-inflamatórias. A peroxidação de lipídeos em tecidos pode ser um das causas do envelhecimento da pele. A vitamina E, no entanto, parece contrapor-se ao funcionamento deficiente das glândulas sebáceas, além de reduzir a excessiva pigmentação da pele, que aumenta quase de modo linear com a idade. Também está disponível como um complexo de tocoferol-polipeptídeo que libera a vitamina na

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336 | Vitamin E acetate (tocopherol acetate) – acetato de vitamina E

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forma que se disperse em água. Assim, quando incorporada a formulações cosméticas, não precisa de outros compostos para auxiliar em sua solubilização. Útil em cremes e loções antienvelhecimento, e em produtos que protegem contra UV, o tocoferol é uma vitamina E de ocorrência natural em diversos óleos de germe de cereal, incluindo o óleo de germe de trigo. Também pode ser produzida sinteticamente. Vitamin E acetate (tocopherol acetate) – acetato de vitamina E (acetato de tocoferol): antioxidante com atividade hidratante. Dadas as suas propriedades sequestrantes de radicais livres, é útil em produtos de proteção contra UV. O acetato de vitamina E costuma ser usado para substituir a vitamina E porque é mais estável e é convertido em vitamina E pelo próprio organismo. Ver também vitamin E. Vitamin E linoleate – linoleato de vitamina E: versão sintética da vitamina E. Ver também tocopheryl linoleate; vitamin E. Vitamin F – vitamina F: usada no tratamento e cuidados com a pele seca. Este é o nome de uma família de ácidos graxos essenciais formada pelos ácidos araquidônico, linoleico e alfalinoleico. Ver também arachidonic acid; linoleic acid. Vtamin H – vitamina H: ver biotin. Vitamin K – vitamina K: ajuda a promover a coagulação do sangue e tem sido usada em medicina para reduzir a possibilidade de ficarem marcas arroxeadas após cirurgias. Tem sido incorporada a preparações cosméticas, especialmente aquelas usadas para tratar manchas escuras. Também pode ser utilizada em produtos para acne. Há estudos atuais sobre sua eficácia no tratamento de telangiectasia ou varicose. Vitamin P – vitamina P: considerado um protetor vascular e agente anti-inflamatório, acredita-se que a vitamina P promova a saúde capilar e aumente a resistência à destruição do colágeno. É um bioflavonoide que pode funcionar junto à vitamina C, ajudando a impedir a oxidação desta última. A vitamina P é encontrada em fontes alimentícias como damasco, brócolis, polpa de frutas ácidas, uva, ameixa e espinafre. Ver também bioflavonoid. VP/eicosene copolymer – copolímero de VP/eicoseno: pode ser usado para diversos fins, incluindo atividade aglutinante, filmógena e de controle da viscosidade. Volcanic sand – areia vulcânica: levemente abrasiva, é usada em produtos esfoliantes.

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W-X Walnut extract (Juglans sp.) – extrato de noz: tradicionalmente de uso tópico como aliviante e antiprurígeno e contra queimaduras de sol e outras queimaduras superficiais. Pode ser utilizado em casos de acne e doenças de pele por suas propriedades fungistática, antisséptica e adstringente. O extrato é obtido ou da folha de noz, que é considerada adstringente e limpante, ou da casca, que é tida como adstringente e emoliente, com alguma atividade de mascaramento de odores. O tanino é um constituinte importante do extrato de noz. Juglans é a nomenclatura INCI e existem vários tipos, como Juglans mandshurica, Juglans nigra, Juglans regia. Walnut leaves (Juglans regia) – folhas de noz: incorporadas a produtos cosméticos para fins adstringente, limpante, esfoliante, condicionante ou aliviante. Também podem ser usadas como agente aglutinante e para mascarar odores. Os constituintes incluem tanino, flavonoides, vitamina C e óleo volátil. Estudos indicam capacidade potencial de impactar o estresse oxidativo, funcionando assim como antioxidante. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Juglans regia, dependendo da apresentação, como Juglans regia leaf, Juglans regia shell extract, Juglans regia seed etc. Walnut meal – farelo de noz: levemente abrasivo. Ver também walnut shell powder. Walnut oil – óleo de noz: hidratante, tônico, anti-inflamatório, nutriente e emoliente. O óleo de noz pode ajudar a manter a pele flexível. Seus constituintes incluem vitamina E, ácido oleico, ácido linolênico e uma alta porcentagem de ácido linoleico (algumas fontes citam até 60%). Aplicação em hidratantes, cremes para os olhos e óleos para o corpo. Walnut shell meal – farelo da casca de noz: abrasivo. Ver também walnut shell powder.

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338 | Walnut shell powder – pó de casca de noz

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Walnut shell powder – pó de casca de noz: usado como abrasivo e agente aglutinante em produtos para limpeza, esfoliantes, sabões e máscaras. É o pó triturado da casca de nozes inglesas. Water – água: identificada como água catalisada, deionizada, desmineralizada, destilada, mineral pura e purificada. É um componente importante da pele, essencial para seu funcionamento adequado. É o ingrediente mais comum em formulações cosméticas e, portanto, quase sempre aparece nos rótulos dos produtos. A água geralmente é processada para eliminar a dureza e os minerais, e para evitar a contaminação do produto. Water lily extract (Nymphaea alba) – extrato de nenúfar (lírio d’água): aliviante. Parece reduzir a temperatura e diminuir a dor na pele exposta ao sol. É mais provável que seja incorporado a cosméticos de pós-sol e para peles sensíveis. O extrato é obtido da flor e da raiz da planta. Nymphaea alba flower extract, Nymphaea alba leaf cell extract e Nymphaea alba root extract são as denominações INCI. Ver também lily extract. Watercress extract (Nasturtium officinale) – extrato de agrião: de uso folclórico para limpar ulcerações externas e em cremes noturnos para sardas, manchas e acne. Extrato derivado da flor e das folhas da planta, ajuda a reduzir a produção de sebo. O extrato de agrião é utilizado como regulador de umidade e ativador cutâneo em preparações para queimaduras de sol e banho. Constituintes importantes incluem minerais, flavonoides e vitaminas. É uma planta perene resistente, encontrada em abundância próximo a fontes e córregos. Nasturtium officinale é a nomenclatura INCI e existem vários tipos dependendo da apresentação, como Nasturtium officinale extract, Nasturtium officinale leaf extract etc. Wax – cera (autoemulsificante): pode ser obtida de insetos, animais e plantas como rosas, e cada uma tem seu próprio conjunto de características. A cera de abelha, por exemplo, é lustrosa e dura, mas assume uma textura plástica quando aquecida. Ésteres de cera como lanolina ou espermacete são menos gordurosos, menos duros e mais quebradiços que as gorduras. Ceras geralmente não são tóxicas para a pele, mas, dependendo da fonte, podem causar reações alérgicas em algumas pessoas sensíveis. Wheat bran extract – extrato de farelo de trigo: considerado um hidratante em virtude de seu teor de carboidrato/açúcar. É o extrato do material que reveste os grãos de trigo. Wheat germ extract – extrato de germe de trigo: usado em cosméticos por causa de seu alto teor de vitamina E. Este extrato é obtido do embrião do grão de trigo separado na moagem. Ver também vitamin E.

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White lily bulb extract – extrato de bulbo de lírio branco (lírio de Madonna)

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Wheat germ glycerides – glicerídeos de germe de trigo: deixa a pele macia e tem boa capacidade de penetração. Muito usado em hidratantes em concentrações de 0,1% a 5%. Glicerídeos de germe de trigo contêm gorduras poli-insaturadas, fundamentais para a saúde da pele. Essa mistura de mono, di e triglicerídeos é produzida pela transesterificação do óleo de germe de trigo. Embora algumas fontes o indiquem como tendo potencial de irritância, testes de segurança mostram que é não sensibilizante e não irritante para a pele. É considerado por alguns como levemente comedogênico. Wheat germ oil – óleo de germe de trigo: emoliente, ajuda a melhorar a textura da pele. Os benefícios terapêuticos associados ao óleo de germe de trigo incluem propriedades antioxidante e sequestrante de radicais livres, dado o seu teor de vitamina E, bem como atividade regenerante. Outros constituintes são as vitaminas A, B e D e a lecitina. É citado como adequado para uso em produtos antienvelhecimento e também para pele seca, queimaduras de sol, eczema e em estrias. O óleo é obtido por espremedura ou extração do germe do trigo. Wheat germ oil (insaponifiable) – óleo de germe de trigo (não saponificável): age como um mensageiro hormonal celular. Estudos indicam que sua atividade resulta na estimulação dos fibroblastos para produzir colágeno, elastina, proteoglicanos e glicoproteínas estruturais. Wheat protein – proteína do trigo: tem propriedades elásticas e aglutinantes, ajuda a reduzir o efeito irritante dos surfactantes e, aparentemente, demonstra excelente ação emulsificante. Dada sua capacidade filmógena na superfície da pele, também a hidrata e condiciona, aumentando-lhe a firmeza ao minimizar a perda transepidérmica de água. Acredita-se que algumas formas de proteína de trigo são capazes de penetrar nas rugas, formando um filme que contrai com o ressecamento, achatando a pele e reduzindo a aspereza superficial. A proteína de trigo tem um potencial de irritação insolitamente baixo. Wheat protein (soluble) – proteína do trigo (solúvel): ver wheat protein. Wheat starch – amido do trigo: usado como demulcente e emoliente e em pós faciais. O amido de trigo intumesce ao adicionar-lhe água. É obtido do trigo. Whey protein – proteína de soro: ver milk protein. White clover – trevo-branco: ver melilot. White dead-nettle – urtiga-morta branca: ver white nettle. White lily bulb extract (Lilium candidum) – extrato de bulbo de lírio branco (lírio de Madonna): tem propriedades antisséptica e aliviante. As raízes contêm tanino, ácido gálico, mucilagem, amido, goma, resina, açúcar, amônia, ácido

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340 | White nettle – urtiga branca (urtiga-morta branca)

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tartárico e fécula. Esta é uma erva perene aquática que cresce até a superfície da água a partir de um espesso rizoma horizontal. Lilium candidum é a nomenclatura INCI e possui vários tipos, dependendo da aplicação, como Lilium candidum bulb extract, Lilium candidum flower extract etc. White nettle (Lamium album) – urtiga branca (urtiga-morta branca): considerada adstringente, também é usada para mascarar odores. É obtida das flores e folhas da planta. Ver também nettle. Lamium album é nomenclatura INCI e possui vários tipos, dependendo da apresentação, como Lamium album extract, Lamium album flower extract etc. White sweet lupine extract – extrato de lupino branco doce: ver lupine extract. White willow extract (Salix alba) – extrato de salgueiro branco: desodorizante com propriedades tônica e adstringente. É usado com eficácia em produtos para acne e eczema. O extrato é obtido da casca da árvore, que contém tanino como um dos principais constituintes e uma pequena quantidade de salicina. Salix alba é a nomenclatura INCI e existem vários tipos dependendo da apresentação, como Salix alba bark extract, Salix Alba flower extract etc. Ver também willow extract. Wild alum (Geranium maculatum) – pedra-ume: adstringente e desodorizante. É citada como boa para pele oleosa. Geranium maculatum extractum e Geranium maculatum oil são as nomenclaturas INCI. Wild basil (Ocimum gratissimum) – alfavaca-cravo: usada principalmente como fragrância em formulações cosméticas, o óleo essencial também tem demonstrado propriedades antibacteriana e antifúngica. Ocimum gratissimum herb extract e Ocimum gratissimum herb oil não são as nomenclaturas oficiais da INCI, mas são usadas como aromatizantes. Wild marjoram – orégano: ver wild Spanish marjoram. Wild pansy extract – extrato de violeta-tricolor: ver pansy extract. Wild Spanish marjoram (wild marjoram) – manjerona selvagem espanhola (orégano): descrito como tendo propriedades antisséptica e anti-inflamatória. Ver também marjoram. Wild thyme extract (Thymus serpyllum) – erva-ursa: emoliente, tônico e antisséptico, usado tradicionalmente para limpar feridas após lavagem. Acredita-se que não seja tão eficaz quanto a variedade comum do tomilho. Contém entre 30% e 70% de fenóis, entre eles timol e carvacrol. Quando destilada, cerca de 100 quilos do material ressecado produzem 150 gramas de essência. É uma erva perene. Thymus serpyllum extract e Thymus serpyllum leaf extract são as nomenclaturas INCI.

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Wormwood – absinto

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Wild yam extract (Dioscorea villosa) – inhame selvagem: ajuda a manter a pele saudável, flexível e em boas condições. Dado o seu teor de fitoestrógeno, fontes citam-no para uso em preparações antienvelhecimento e antirrugas. A raiz é a parte utilizada. Dioscorea villosa root extract é a nomenclatura INCI. Willow extract (Salix sp.) – extrato de salgueiro: descrito como antisséptico e clareador da pele. As raízes e folhas têm propriedades demulcente, tônica e adstringente. Aparentemente, é bastante suave, daí a incorporação a loções e cremes para crianças. O extrato de casca de salgueiro é uma fonte natural de ácido salicílico, benéfico por sua atividade esfoliante. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Salix, como Salix alba, Salix blinii, Salix daphinoides, Salix fragilis, Salix nigra, Salix purpúrea. Winterbloom infusion – infusão de flor-de-inverno: ver witch hazel extract. Witch hazel distillate – destilado de hamamélide: solução aquosa obtida por destilação de brotos de Hamamelis virginiana. Ver também witch hazel extract. Witch hazel extract (Hamamelis virginiana) – extrato de hamamélide (hamamélis; flor-de-inverno): tradicionalmente usado no tratamento tópico de queimaduras, queimaduras de sol, irritação na pele, picadas de inseto e contusões. Propriedades anti-inflamatória, adstringente e curativas lhe são atribuídas. Geralmente, é utilizado por suas propriedades antiprurígenas, amaciantes e emolientes. Além disso, agora também é associada a esse extrato a atividade antirradicais livres, ajudando portanto a combater os efeitos de danos provocados por UVA, ao mesmo tempo em que age como absorsor de UVA e UVB. As aplicações ideais para a hamamélide são as preparações de proteção solar, preparações pós-sol e cremes para regenerar peles submetidas a muito esforço. Pode ser formulada com sucesso em gel como preparação antisséptica para tratar peles contaminadas e gordurosas. Algumas fontes citam uma dosagem recomendada de 2% a 5% para uso em formulações. Obtido das folhas e da casca da planta. Hamamelis virginiana é a nomenclatura INCI e possui vários tipos, dependendo da apresentação, tais como, Hamamelis virginiana bark/leaf extract, Hamamelis virginiana extract, Hamamelis virginiana bark/twig extract etc. Wood alcohol – álcool da madeira: ver alcohol. Wood sage – sálvia silvestre: ver germander extract. Wool wax alcohols – álcoois de cera de lã: ver lanolin alcohol. Wormwood (Artemisia absinthium) – absinto: ações aromatizante, antimicrobiana e condicionante para a pele lhe são atribuídas. Dado o seu teor de

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342 | Woundwort extract – extrato de betónica (orelhas-de-cordeiro, cura-tudo)

azuleno, pode também ser usado para coloração natural. Entre seus outros constituintes estão uma substância complexa amarga (absintina), ácido succínico, álcool tujílico, acetato de tujila, tujona, felandreno, candineno, tanino e vitaminas B e C. Artemisia absinthium extract e Artemisia absinthium oil são as nomenclaturas INCI. Woundwort extract (Stachys sylvatica e Stachys palustris) – extrato de betónica (orelhas-de-cordeiro, cura-tudo): na medicina herbácea, é considerado antisséptico, adstringente e tônico. O extrato, obtido das folhas, tem sido reconhecido pela capacidade de deter sangramentos e curar feridas.

Xanthan gum – goma xantana (goma de amido de milho): serve como texturizante – agente carreador e agente gelificante em preparações cosméticas. Também estabiliza e espessa formulações. Essa goma é produzida pela fermentação de carboidrato e Anthomonas camestris. Xanthophylls – xantofilas: família de substâncias bioquímicas que são derivadas oxigenadas dos carotenoides. Podem ser usadas como corantes (entre vermelho e amarelo) e por suas aparentes propriedades antioxidantes e antirradicais livres. Alguns estudos agora também indicam capacidade de proteção contra UV. As taxantina, luteína e zeaxantina são exemplos de xantofilas. A luteína e a zeaxantina parecem limitar danos na pele induzidos por UV. Ver também astaxanthin. Xylitol – xilitol: umectante e agente condicionante para a pele. Age como um umidificador, extraindo umidade da atmosfera para absorção na pele. Alguns produtores também citam ação aliviante e antimicrobiana. O xilitol é um açúcar de ocorrência natural na casca da bétula e em várias frutas e vegetais fibrosos, incluindo o milho. Xyloglucan – xiloglucano: uma fração do extrato de tamarindo. Ver tamarind.

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Y-Z Yarrow extract (Achillea millefolium) – extrato de milefólio (extrato de aquileia): os efeitos gerais atribuídos ao milefólio incluem ação anti-inflamatória e antiespasmódica. É muito conhecido na medicina popular por deter o sangramento de feridas e o sangramento nasal. Estudos indicam efeito antibiótico e capacidade de reduzir o tempo de coagulação do sangue. O extrato de milefólio também é descrito como tendo propriedades adstringente, antisséptica, anti-inflamatória, curativas e calmante. É considerado bom para o tratamento de pele oleosa e acne. Entre os constituintes importantes do milefólio estão os flavonoides, aminoácidos, açúcares e fitoesteróis. Ele cresce em toda parte: na grama, nos prados, pastos e à beira das estradas. Como avança pelas raízes e se multiplica pelas sementes, nos jardins, o milefólio torna-se uma erva-daninha incômoda. A planta toda é usada para fazer o extrato. Pela nomenclatura INCI, é denominado Achillea millefolium, no entanto, existem vários tipos dependendo da apresentação, como, por exemplo, Achillea millefolium extract, Achillea millefolium oil etc. Yeast – levedura: apresenta efeito rubefaciente sobre a pele, o que a torna adequada para peles pálidas e amareladas. É usada em máscaras faciais destinadas a dar à pele uma coloração rosada. A levedura é um fungo, cuja forma de crescimento usual e dominante é unicelular. Pode ser irritante para peles secas ou sensíveis. Ver também malt. Yeast extract – extrato de levedura: os produtores afirmam que é capaz de revitalizar a pele aumentando a umidade; combate o ressecamento dando-lhe uma aparência radiante. Além disso, alega-se que o extrato de levedura tem a capacidade de minimizar o ressecamento e a dor associados a peles queimadas pelo sol e fissuradas pelo vento; restaura o conforto a peles macias, elásticas e saudáveis; reduz as linhas faciais; e melhora a condição de peles secas. Seus constituintes incluem enzimas, vitaminas, açúcares e substâncias minerais.

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344 | Yellow toadflax – linária

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Yellow toadflax (Linaria vulgaris) – linária: atribuem-se à linária propriedades como anti-inflamatória, adstringente, limpante e drenante. Os constituintes incluem flavonoides como a linárina, glicosídeos e diversos ácidos orgânicos. Ylang-ylang extract – extrato de ylang-ylang: ver ylang-ylang oil. Ylang-ylang oil (Cananga odorata e Unona odorantissimum) – óleo de ylang-ylang: usado popularmente como agente aromatizante e em picadas de insetos. É relaxante e excelente agente antiestresse. Além disso, lhe são atribuídas propriedades antisséptica, amaciante, suavizante, rejuvenescente, calmante, aliviante e antiespasmódica. É bom para peles inflamadas e/ou irritadas e para o controle da acne. Afirma-se que o óleo de ylang-ylang ajuda a equilibrar a pele e a reduzir a oleosidade. Além de seus efeitos terapêuticos, acredita-se também que seja eficaz em aliviar a tensão, já que várias doenças de pele, como acne e eczema, podem ser agravadas pelo estresse. Algumas fontes citam que é preciso aproximadamente 50 quilos de florescência para produzir cerca de 1 quilo de óleo essencial. Este óleo é produzido por destilação a vapor. O resultado é um líquido amarelado e fragrante de qualidade variada. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Cananga odorata, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Cananga odorata flower oil, Cananga odorata flower extract. Ylang-ylang water – água de ylang-ylang: ver ylang-ylang oil. Yomogi extract – extrato de yomogi: substância de origem botânica à qual se atribuem propriedades hidratantes e aliviantes. Yucca (Yucca sp.) – iúca: várias espécies de iúca são usadas em formulações cosméticas para mascarar odores e proteger a pele contra fatores agressivos (por exemplo, condições climáticas extremas). A um extrato feito das folhas, caules e raízes da variedade schidigera também é atribuída ação limpante e surfactante. Alguns estudos indicam atividade anti-inflamatória e antioxidante/sequestrante de radicais livres. Os constituintes da iúca incluem fitoestrógenos e um alto teor de saponinas. Geralmente, a raiz ou o talo da planta são as partes utilizadas. A flor, no entanto, também pode ser usada e é considerada antifúngica. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Yucca, entre elas a Yucca schidigera, a qual possui diversos tipos, como, por exemplo, Yucca schidigera fruit, Yucca schidigera root extract. Zinc – zinco: descrito como um oligoelemento, elemento-traço ou micronutriente. Acredita-se que o zinco acelere o processo de cura das feridas e ofere-

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Zingiber cassumunar

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ça proteção contra a radiação UV. Parece favorecer a captação de enxofre em aminoácidos sulfurados, além de facilitar a incorporação à pele do aminoácido cistina. Também exerce efeito sinergístico com as vitaminas A e E. O zinco é um componente estrutural ou, no mínimo, faz parte de mais de 70 enzimas metálicas, além de promover a síntese do colágeno na derme e a queratinização da camada córnea. O zinco é útil para tratamentos de acne, já que reduz a secreção sebácea. Também é usado no tratamento de psoríase. Zinc aspartate – aspartato de zinco: agente condicionante para a pele. É o sal de zinco do ácido aspártico. Zinc gluconate – gluconato de zinco: ajuda a manter a pele em boas condições, além de ser um desodorizante. O gluconato de zinco também pode ser usado com sucesso em produtos antiacne. Ver também zinc. Zinc oxide – óxido de zinco: tem sido usado para proteger, aliviar e curar a pele. Funciona como uma excelente barreira contra o sol e outros agentes irritantes. É um pouco adstringente, antisséptico e antibacteriano. Quando utilizado em preparações para filtro solar, proporciona proteção contra UVA e UVB, e pode contribuir para aumentar o FPS. No tamanho apropriado, as partículas de óxido de zinco são transparentes no espectro da luz visível, mas opacas nas faixas de UVC, evitando assim um efeito de branqueamento quando incorporadas a preparações de filtro solar. O óxido de zinco está incluído na lista de filtros solares químicos da FDA. Demonstra um impressionante efeito sinergístico quando combinado a filtros solares orgânicos. É também usado quando se deseja uma coloração branca para o produto. É obtido do minério de zinco, encontrado facilmente em estado natural. Relativamente não alergênico. Zinc pyrithione – piritiona de zinco: conservante contra bactérias, fungos e leveduras. É instável na luz e na presença de agentes oxidantes. A piritiona de zinco é útil em géis, cremes, loções pesadas e pó de talco. Zinc stearate – estearato de zinco: usado em formulações cosméticas para aumentar as propriedades adesivas. Também é utilizado como agente colorizante. É uma mistura de sais de zinco dos ácidos esteárico e palmítico. Zinc sulfate – sulfato de zinco: adstringente cosmético e biocida; produzido pela reação de ácido sulfúrico com zinco. É irritante para a pele e as membranas mucosas, podendo causar reação alérgica. Zingiber cassumunar: também conhecido como plai (originário da Tailândia). O extrato é obtido das folhas e flores da planta e pode ajudar a melhorar o

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odor do produto, bem como a sensação sobre a pele. A raiz pode ser usada na forma de extrato, óleo ou pó para mascarar odores, conservar as condições da pele e servir como umectante. O óleo essencial tem demonstrado capacidade antifúngica e antimicrobiana. A nomenclatura INCI contempla vários tipos de Zingiber cassumunar, dependendo da apresentação, como, por exemplo, Zingiber cassumunar extract, Zingiber cassumunar root oil etc.

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PARTE III

Apêndice: nomes latinos em botânica

A Acacia senegal – acácia Achillea millefolium – milefólio, aquileia Adansonia digitata – baobá Aesculus hippocastanum – castanha-da-índia Agrimonia eupatoria – agrimônia Alchemilla vulgaris – alquemila, manto-de-nossa-senhora Aleurites moluccana – óleo de noz de kukui Allium sativum – alho Aloe vera – aloé Alternifolia – ver Melaleuca alternifolia Althea officinalis – alteia, marshmallow Andira araroba – goa Anemone sp. – anêmona Angelica sp. – angélica Anthemis nobilis – camomila romana Arboresenes artemesia – abrótano Arctium lappa – bardana

Arctostaphylos uva-urusi – uva-ursina Areca catechu – noz-de-areca, noz-de-betel Armoracia lapathifolia – raiz-forte Arnica montana – arnica Artemisia abrotanum – abrótano Artemisia absinthium – absinto Artemisia dracunculus – estragão Artemisia vulgaris – artemísia Asclepias syriaca – asclépia Astragalus gummifer – goma adraganta Avena sativa – aveia B Bellis perennis – margarida Berberis vulgaris – uva-espim Beta vulgaris – beterraba Betula sp. – bétula Bixa orellana – anato Borago officinalis – borragem Boswellia thurifera – olíbano Buxus sempervirens – buxo

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348 | Dicionário de ingredientes para cosmética e cuidados da pele

C Calamintha officinalis – calaminta Calendula officinalis – calêndula Calophyllum inophyllum – tamanu Camellia sinensis L. – chá verde Cananga odorata – ylang-ylang Capsella bursa pastoris – bolsa-de-pastor Capsicum annuum – pimenta Carduus marianus – cardo mariano Carica papaya – mamão Caroba balsam – caroba Carthamus tinctorius – açafroa Carum carvi – cariz Caryophyllus aromaticus – cravo-da-índia Cassia angustifolia – sene Castanea sativa – castanha Centaurea cyanus – centáurea Centella asiatica – gotu kola, centelha-asiática Cetraria islandica – musgo-da-islândia Chelidonium majus – celandina Chondrus crispus – carragenana, musgo-da-irlanda Chrysanthemum parthenium – matricária Cimicifuga racemosa – acteia preta Cinchona ledgeriana – cinchona Cinnamomum camphora – cânfora Cinnamomum zeylanicum – canela Citrus acida – lima Citrus aurantifolia – lima Citrus aurantium – laranja amarga, laranja italiana Citrus bergamia – bergamota

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Citrus grandis – pomelo Citrus limon – extrato de limão Citrus paradisi – grapefruit (toranja) Citrus reticulata – tangerina Citrus sinensis – laranja doce Clematis vitalba – clematite Cochlearia officinalis – cocleária Coffea arabica – café Cola acuminata – árvore da cola Coleus barbatus – cóleo Commiphora meccanensis – bálsamo-de-meca Commiphora myrrha – mirra Commiphora opobalsamum – bálsamo-de-meca Coriandrum sativum – coentro Crataegus oxyacantha – pilriteiro Cucumis melo sp. – melão amarelo Cucumis sativus – pepino Cupressus sp. – cipreste Curcubita pepo – abóbora Curcuma longa – cúrcuma Cymbopogon citratus – capim-limão Cymbopogon martini – palmarosa Cymbopogon nardus – erva-cidreira Cynara scolymus – alcachofra D Daucus carota – cenoura Dioscorea villosa – inhame selvagem Dipteryx odorata – cumaru Dryopteris sp. – samambaia E Echinacea angustifolia – equinácea Echium plantagineum – óleo de viperina Elettaria cardamomum – cardamomo

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Parte III – Apêndice: nomes latinos em botânica

Equisetum arvense – cavalinha Eucalyptus globulus – eucalipto Eugenia caryophyllus – cravo-da-índia Euphrasia officinalis – eufrásia Euphorbia cerifera – cera de candelila Euterpe oleracea – açaí Evernia furfuracea – musgo-do-carvalho Evernia prunastri – líquen de carvalho F Fagus sylvatica – bétula Ferula galbaniflua – gálbano Filipendula ulmaria – ulmária Foeniculum vulgare – erva-doce Fragaria vesca – morango Fucus vesiculosus – alga fucus Fumaria officinalis – fumária G Galium aparine – aparina Gentiana sp. – genciana Geranium maculatum – gerânio Geum urbanum – erva-benta Ginkgo biloba – ginkgo Glycyrrhiza glabra – alcaçuz Gnaphalium polycephalum – sempre-viva Guaiacum officinale – guaiaco H Hamamelis virginiana – hamamélis Harpagophytum procumbens – garra-do-diabo

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Hedera helix – hera Helianthus annuus – girassol Hibiscus sp. – hibisco Hordeum vulgare – cevada Humulus lupulus – lúpulo Hydrastis canadensis – hidraste Hydrocotyle asiatica – gotu kola, centelha-asiática Hypericum perforatum – erva-de-são-joão, hipérico Hyssopus officinalis – hissopo I Inula helenium – ênula-campana Iris sp. – íris J Jacaranda procera – caroba Jasminum officinale – jasmim Jatropha manihot – tapioca Juglans sp. – noz Juniperus communis – junípero L Lactuca virosa – alface Laminaria digitata – alga-marinha Lamium album – urtiga branca Lamnanthes alba – espuma do campo Lapsana cummunis – lapsana Larrea divaricata – chaparral Laurus nobilis – louro Lavandula officinalis – alfazema (lavanda) Lawsonia inermis – hena Lentinus edodes – cogumelo shiitake Levisticum officinale – ligústica Lilium candidum – lírio branco

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Limnanthes alba – espuma do campo Linaria vulgaris – linária Lonicera fragrantissima – madressilva Lupinus albus – lupino Lycium barbarum – espinheiro-alvar, goji, espinheiro de casca branca, sinforina, vinha do matrimônio Lycopodium clavatum – licopódio M Macadamia integrifolia – macadâmia Malpighia emarginata – acerola Malva sylvestris – malva Mangifera indica – manga Manihot utilissima – tapioca Manilkara zapotilla – sapoti Matricaria chamomilla – camomila alemã Medicago sativa – alfafa Melaleuca alternifolia – melaleuca, árvore-do-chá australiano Melaleuca leucadendron – cajepute Melaleuca quinquenervia – niaouli Melilotus officinalis – meliloto Melissa officinalis – erva-cidreira Melia azadirachta – neem, nim, amargosa Mentha sp. – menta Mentha piperita – hortelã-pimenta Mentha viridis – hortelã Mespilus sp. – nêspera Mimosa tenuiflora – mimosa Monarda didyma – bergamota Morus sp. – amora Myrica cerifera – baga-de-loureiro

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Myristica fragrans – noz-moscada Myrospermum toluiferum – bálsamo tolu Myroxylon pereirae – bálsamo-do-peru Myrtus communis – murta N Narcissus poeticus – narciso Nasturtium officinale – agrião Nymphaea alba – nenúfar, lírio branco europeu O Ocimum basilicum – manjericão Ocimum gratissimum – alfavaca-cravo Oenothera biennis – enotera Olea europaea – oliva Ononis arvensis – resta-boi Ononis spinosa – resta-boi Orchis sp. – orquídea Origanum majorana – manjerona doce Origanum vulgare – manjerona Oryza sativa – arroz P Paeonia officinalis – peônia Panax sp. – ginseng Papaver sp. – papoula Papaver rhoeas – papoula vermelha Passiflora incarnata – passiflora Passiflora sp. – maracujá Paullinia cupana – guaraná Pelargonium sp. – gerânio Petroselinum sativum – salsa Phaseolus aureus – munguba

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Parte III – Apêndice: nomes latinos em botânica

Phaseolus vulgaris – feijão Phoradendron flavescens – visco americano Picea excelsa – espruce Picraena excelsa – quássia Pimpinella anisum – anis Pinus sp. – pinho Plantago sp. – banana-da-terra Pogostemon patchouli – patchouli Populus nigra – choupo Portulaca oleracea – beldroega Potentilla anserina – potentilha Potentilla tormentilla – tormentilha Primula officinalis – prímula Primula vulgaris – prímula Prunus amygdalus amara – amêndoa amarga Prunus amygdalus dulcis – amêndoa doce Prunus cerasus – ginjeira Prunus persica – pêssego Prunus spinosa – abrunheiro Psoralea coryfolia – batata Punica granatum – romã Pyrola elliptica – pírola Pyrus cydonia – marmelo Pyrus malus – maçã Q Quercus sp. – carvalho Quercus robur – galha de Alepo, broto de carvalho R Rhamnus purshiana – cáscara sagrada Rheum palmatum – ruibarbo

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Rhus glabra – sumagre Ribes nigrum – groselha Ribes rubrum – groselha vermelha Ricinus communis – mamona Rosa sp. – rosa Rosa canina – rosa-canina Rosa moscatta – rosa-moscada Rosmarinus officinalis – alecrim Rubus idaeus – framboesa Rubus villosus – amora-preta Rumex acetosa – azeda Ruscus aculeatus – gilbarbeira S Saccharomyces cerevisiae – leveduras vivas Saccharum officinarum – cana-de-açúcar Salix sp. – salgueiro Salix alba – salgueiro branco Salix nigra – salgueiro preto Salvia officinalis – sálvia Salvia sclarea – sálvia esclareia Sambucus sp. – sabugueiro Sanguinaria canadensis – sanguinária, raiz vermelha Santalum album – sândalo Saponaria officinalis – erva-saboeira Sassafras albidum – sassafrás Satureia hortensis – segurelha Scrophularia nodosa – escrofulária Sempervivum tectorum – pintos e galinhas; alcachofra-dos-telhados; sempreviva Serenoa serrulata – serenoa Silybum marianum – Mary Thistle, cardo de leite abençoado

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Simmondsia chinensis – jojoba Smilax officinalis – salsaparrilha Solanum lycopersicum – tomate Solidago sp. – vara-de-ouro Sorbus aucuparia – sorveira-brava Spinacia oleracea – espinafre Spiraea ulmaria – ulmária Stachys officinalis – betônica Stachys palustris – cura-tudo, orelha de cordeiro, pântano Stachys sylvatica – cura-tudo, orelha de cordeiro, sebe Symphytum officinale – confrei Syzygium aromaticum – cravo-da-índia T Tamarindus indica – tamarindo Taraxacum officinale – dente-de-leão Taraktogenos kurzii – chalmogra Teucrium scorodonia – germândrea Thuja occidentalis – cedro Thymus sp. – tomilho Thymus serpyllum – erva-ursa Tilia sp. – tília Trifolium sp. – trevo Trifolium pratense – trevo dos prados Trigonella foenumgraecum – feno-grego Tropaeolum majus – capuchinha

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Turnera aphrodisiaca – damiana Tussilago farfara – tussilagem U Ulmus sp. – olmo Ulmus fulva – olmo americano Ulva lactuca – alface marinha Unona odorantissimum – ylang-ylang Urtica dioica – urtiga V Vaccinium macrocarpon – oxicoco Vaccinium myrtillus – mirtilo Valeriana officinalis – valeriana Vanilla planifolia – baunilha Verbena officinalis – vervain Veronica officinalis – verônica Vetiveria zizanioides – vetiver, khus-khus Viola sp. – violeta Viola tricolor – amor-perfeito Virola sebifera – ucuúba Viscum album – visco europeu Y Yucca sp. – iúca Z Zingiber officinale – gengibre

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Dicionário de ingredientes para cosmética e cuidados da pele

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Dicionário de Ingredientes para Cosmética e Cuidados da Pele – tradução da 3a edição norte-americana Natalia Michalun M. Varinia Michalun

O Dicionário de Ingredientes para Cosmética e Cuidados da Pele é um recurso multifuncional tanto para o profissional da área de cosméticos quanto para o consumidor. Para entender como e por que um produto funciona, é fundamental entender como funciona a pele. A Parte I oferece uma visão geral da fisiologia da pele e de seus cuidados necessários. Toda a complexidade da química dos cosméticos é visualizada especialmente em relação à penetração do produto. Também são destacados os atuais desafios para os formuladores de cosméticos. A Parte II tem por objetivo ajudar o usuário a identificar a função e a finalidade de cada ingrediente. É um dicionário alfabético que apresenta e descreve não apenas princípios ativos, mas também todas as outras categorias de ingredientes que compõem um cosmético. À medida que o conhecimento científico avança, o mesmo acontece com os produtos cosméticos. Este livro mostra tudo em contexto e num formato fácil de ler e de entender. • Mais de 2.250 ingredientes usados nos cuidados com a pele, incluindo mais de 250 novos termos. • Cada seção foi revisada e atualizada para refletir os avanços do setor. • Informações atualizadas sobre a fisiologia da pele na Parte I. • Informações atualizadas sobre as normas para listagem de ingredientes. • Esclarece a relação entre fisiologia, categorias específicas de ingredientes para cosméticos e produtos cosméticos. • Explica como os cosméticos funcionam e afetam a pele. • Apresenta definições para a terminologia usada pelo setor de cosméticos. “Como referência, este livro é um tesouro. Toda vez que um estudante me pergunta qual recomendo, o primeiro que me vem à mente é o Dicionário de Ingredientes para Cosmética e Cuidados da Pele.” – Joel Gerson, PhD. Autor de Standard Esthetics: Fundamentals. “O Dicionário de Ingredientes para Cosmética e Cuidados da Pele deveria estar na estante de todo profissional da área” – Mark Lees, PhD., M.S. diplomado pela CIDESCO. Autor de Skin Care: Beyond the Basics.

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