Deformações e Rochas Metamórficas
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Geologia 11ª 2016 Deformações e Rochas metamórficas
Grupo I A Rocha da Pena é um local de reconhecido interesse geológico que se situa no Algarve, próximo de Salir, Conselho de Loulé, referenciada como Sítio Classificado, ao abrigo do Decreto –Lei n. 398/91 de 10 de outubro. Trata-se de um património geológico que importa valorizar e divulgar como georrecurso cultural. A estrutura da Rocha da Pena corresponde a uma dobra recortada e deslocada por falhas. As falhas principais foram geradas durante o Triásico e o Cretácico inferior, sendo depois alteradas durante a fase compressiva do Cretácico superior e Cenozoico. O dobramento que se vislumbra terá sido gerado durante a fase tectónica compressiva do Cretácico superior. A Rocha da Pena é um relevo estrutural e residual de fases morfogenéticas anteriores, que apresenta diversas unidades litoestratigráficas, entre elas, a formação de Mira, constituída por xistos argilosos, o complexo Vulcano-sedimentar, constituído por piroclastos, tufos vulcânicos, escoadas de basalto e intrusões magmáticas e a formação de Picavessa, constituída por calcários com fósseis de corais e de gastrópodes, com evidente carsificação, apresentando estruturas como lapiaz, dolinas, algares e grutas. (teste intermedio de geologia)
1.As formações rochosas da Rocha da Pena alteraram o seu comportamento mecânico ao longo do tempo, passando de um regime predominantemente A)dúctil, no Triásico-Cretácico inferior, para frágil, no Cretácico Superior B) frágil, no Triásico-Cretácico inferior, para dúctil, no Cretácico Superior C)elástico, no Triásico-Cretácico inferior, para dúctil, no Cretácico Superior D) dúctil, no Triásico-Cretácico inferior, para elástico, no Cretácico Superior 2. O regime compressivo do Cretácico Superior originou uma dobra em A)sinclinal, com o núcleo ocupado pelas formações mais recentes B) sinclinal, com o núcleo ocupado pelas formações mais antigas C) anticlinal, com o núcleo ocupado pelas formações mais recentes
Geologia 11ª 2016 D) anticlinal, com o núcleo ocupado pelas formações mais antigas 3. A partir do Cretácico superior, o movimento ao longo da falha 3 originou uma falha A)normal, o teto sofreu um movimento de descida relativamente ao muro B) inversa, o teto sofreu um movimento de descida relativamente ao muro C) normal, o teto sofreu um movimento de subida relativamente ao muro D) inversa, o teto sofreu um movimento de subida relativamente ao muro 4. A dobra e as falhas que afetam as formações rochosas da rocha da Pena resultaram A)da atuação de um regime tectónico compressivo B) da atuação de um regime tectónico distensivo C) de regimes tectónico distensivos e compressivos D) de regimes tectónico compressivos e de cisalhamento 6. A Rocha da Pena apresenta a Sul material com comportamento_______, originando deformações em anticlinal, que evidenciam a acção de forças _______. (A) dúctil (…) compressivas. (B) dúctil (…) distensivas. (C) frágil (…) compressivas. (D) frágil (…) distensivas.
7. As falhas 1 e 2 representadas na Figura 2 são _______ e o seu plano de falha define-se pela direcção e _______. (A) inversas (…) pela inclinação. (B) normais (…) pelo rejecto. (C) normais (…) pela inclinação. (D) inversas (…) pelo rejecto.
8. Ordene as letras de A a F, de modo a sequenciar, do passado para o presente, os acontecimentos referentes à formação da Rocha da Pena. Inicie a ordenação pela afirmação A. A) Deposição dos detritos que deram origem aos arenitos de Silves. (B) Atuação de agentes erosivos. (C) atuação de forç as compressivas, originando dobras. (D) Deposição do complexo vulcano-sedimentar. (E) Rutura dos materiais originando falhas. (F) Formação dos calcários de Picavessa. 9. A formação de Picavessa, que constitui as escarpas da Rocha da Pena, apresenta litologias indicadoras de que aqueles materiais tiveram origem em plataformas marinhas carbonatadas de águas quentes, límpidas e pouco profundas. Explique, utilizando o princípio das causas atuais, de que modo a presença de fósseis de corais permite deduzir o paleoambiente em que foi originada a formação de Picavessa.
Geologia 11ª 2016 10. Dolinas, Algares, lapiaz e grutas são formas de relevo cársico que resultam de fenómenos de meteorização química por dissolução de calcários. Ordene as letras de modo a reconstituir a sequência de reações que explicam quimicamente as referidas formações cársicas. A. Forma-se ácido carbónico (H2CO3) B. Formam-se produtos solúveis (Ca 2+ e HCO3) C. O CO2 atmosférico combina-se com a água faz chuvas D. As águas ligeiramente ácidas reagem com a calcite (CaCO3) E. Dossolução dos calcários por remoção de produtos químicos solúveis. GRUPO III
A formação de cadeias montanhosas resultou de um conjunto de fenómenos representativos da atividade geológica do nosso planeta há milhões de anos. O diagrama da Figura 2 representa os domínios de estabilidade dos minerais andaluzite, distena e silimanite em função das condições de temperatura – pressão – profundidade existentes numa cadeia montanhosa durante as fases de deformação que ocasionaram o metamorfismo e condicionaram a instalação
de
um
maciço
granítico. A linha 1 do gráfico indica o início da fusão em granitos.
1. A partir da análise do gráfico da Figura 2 pode afirmar- se que… A) o aumento de temperatura promove a transformação de andaluzite em distena. (B) a 600 ºC, o a umento de pressão promove a transformação de silimanite em andaluzite. (C) a distena sofre cristalização em condições de pressão menos elevadas do que a andaluzite. (D) o aumento de pressão de 2Kb para 4Kb, a 600 ºC, promove a transformação da andaluzite em silimanite. 2. A andaluzite, a silimanite e a distena são minerais polimorfos, pois apresentam… (A) a mesma composição química e a mesma estrutura cristalina. (B) a mesma composição química e diferente estrutura cristalina. (C) diferente composição química e diferente estrutura cristalina. (D) diferente composição química e a mesma estrutura cristalina. 3. Explique a importância da presença de distena, de andaluzite ou de silimanite na caracterização do ambiente de formação da rocha em que surgem.
Geologia 11ª 2016 4. Faça corresponder a cada uma das caracterizações de rochas sedimentares, que constam da coluna A, o termo que as identifica, expresso na coluna B.
5. Ordene as letras de A a F, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a transformação de um granito até que se venha a formar outra rocha magmática. Inicie pela letra A. A. Acão de movimentos tectónicos que levam à exposição do granito. B. Acumulação de sedimentos, originando estratos. C. Meteorização da rocha granítica. D. Cristalização de minerais a partir de material silicatado em fusão. E. Remoção de partículas do granito alterado. F. Adaptação mineralógica e textural ao aumento de temperatura e pressão. Grupo III A serra de Sintra, classificada pela UNESCO como Património da Humanidade, na categoria de Paisagem Cultural, é também um local de grande relevância do ponto de vista geológico. Deve a sua origem a um fenómeno de intrusão magmática. A actividade magmática da região está relacionada com a abertura do oceano Atlântico, de sul para norte, e com a abertura do golfo da Biscaia. Uma vez que as Placas Euro-Asiática e Norte-Americana se encontravam unidas e que o Atlântico não se encontrava totalmente aberto, um braço de mar insinuava-se, de sul para norte, constituindo a Bacia Lusitânica, onde as formações sedimentares se foram depositando. A história geológica desta região começa com a deposição de sedimentos em meio marinho profundo. Devido ao preenchimento da bacia por sedimentos e a variações do nível do mar, o ambiente de deposição evoluiu sucessivamente, no decurso do Mesozóico, para marinho menos profundo, recifal, laguno-marinho, fluvial e lacustre. As rochas magmáticas geradas a grandes profundidades, há cerca de 80 milhões de anos, metamorfizaram as formações sedimentares do Mesozóico. Posteriormente, estas foram erodidas, ficando a descoberto o núcleo ígneo, que se encontra actualmente acima das plataformas sedimentares que o rodeiam. Este núcleo apresenta uma estrutura em domo, de forma aproximadamente elíptica, alongada na direcção E-W, com 10 km de comprimento e 5 km de largura. Algumas das rochas que o constituem são granitos, dioritos e gabros, que
Geologia 11ª 2016 resultaram de um mesmo magma parental. A Figura 1 representa, sem relações de escala, um corte geológico da região.
1. O fenómeno de intrusão magmática que deu origem à serra de Sintra foi responsável pelo aparecimento de rochas _______ com textura _______. (A) metamórficas … não foliada (B) sedimentares … não foliada (C) metamórficas … foliada (D) sedimentares … foliada
2. De entre as rochas sedimentares, a deposição mais _______ da unidade de conglomerados permite inferir que houve _______ da energia do agente transportador. (A) antiga … aumento (B) recente … aumento (C) antiga … diminuição (D) recente … diminuição
3. A existência, na serra de Sintra, de gabros, dioritos e granitos, formados a partir de um mesmo magma parental, permite inferir que…
(A) na formação destas rochas ocorreu um processo de diferenciação magmática. (B) o magma parental manteve a composição química durante a solidificação. (C) os minerais constituintes das rochas formadas possuem o mesmo ponto de f usão. (D) as rochas formadas nestas condições têm a mesma constituição mineralógica. 4. A atividade magmática da região trouxe instabilidade geológica, com deformação das rochas encaixantes. Esta afirmação baseia-se no princípio do _______, que corresponde a um pensamento _______. (A) mobilismo … fixista (B) catastrofismo … fixista (C) mobilismo … evolucionista (D) catastrofismo … evolucionista
Geologia 11ª 2016
5. Ordene as letras de A a F, que se referem a acontecimentos ocorridos na região da atual serra de Sintra, de modo a reconstituir a sequência cronológica desses acontecimentos. Inicie a ordenação pela afirmação A. A. Formação da Bacia Lusitânica. B. Formação da auréola de metamorfismo. C. Fossilização das pegadas dos dinossauros. D. Ocorrência de uma falha. E. Deposição de sedimentos em meio marinho. F. Instalação da intrusão magmática. 6. Foi possível reconstituir o paleoambiente do Mesozóico na serra de Sintra, devido à... (A) ocorrência de rochas magmáticas. (B) existência de fósseis de idade na região. (C) ocorrência de f enómenos de metamorfismo. (D) existência de fósseis de fácies na região. 7. No final do Mesozóico, extinguiram-se os dinossauros e formou-se a serra de Sintra. O registo fóssil que comprova a presença desses animais na região encontra-se em estratos com posição vertical. Explique a posição atual dos estratos em que se observa o registo fóssil de dinossauros, tendo em conta a posição original dos estratos onde esse registo terá ocorrido. Grupo IV
No
princípio
século
do
XX,
os
consideraram
que
geólogos as
rochas
metamórficas
que
apresentavam
o
mesmo conjunto de minerais pertenciam à
mesma
fácies
metamórfica,
pois
teriam
tido
condições semelhantes
de
formação (pressão e temperatura). O diagrama da Figura 2 traduz as diferentes fácies metamórficas (de 1 a 8). As letras A, B e C representam as sequências de fácies metamórficas associadas a uma zona de subdução oceano- -continente, esquematicamente apresentada na Figura 3. (época especial,2015) 1. A fácies das corneanas é característica do metamorfismo _______, associado a um aumento _______ significativo da temperatura do que da pressão.
Geologia 11ª 2016 (A) de contacto … menos (B) de contacto … mais (C) regional … menos (D) regional … mais
2. A sequência de fácies metamórficas identificada pela letra A caracteriza-se por um _______ gradiente geobárico e por um _______ gradiente geotérmico. (A) baixo … baixo (B) baixo … elevado (C) elevado … baixo (D) elevado … elevado
3. Comparativamente aos xistos verdes, o eclogito forma-se a temperaturas _______ e a _______ profundidade. (A) superiores … menor (B) superiores … maior (C) inferiores … maior (D) inferiores … menor
4. Determinadas rochas, quando submetidas a metamorfismo _______, podem originar magmas dos quais resultam granitos associados a _______. (A) regional … filitos (B) regional … gnaisses (C) de contacto … gnaisses (D) de contacto … filitos
5. Nas zonas de subdução, como a representada na Figura 3, o magma que alimenta as erupções vulcânicas tende a ser _______, originando rochas _______. (A) rico em sílica … riolíticas (B) rico em sílica … andesíticas (C) de composição intermédia … riolít icas (D) de composição intermédia … andesíticas
6. A andaluzite e a silimanite são minerais polimorfos, dado que apresentam composição química _______ e estrutura cristalina _______. (A) igual … diferente (B) igual … igual (C) diferente … diferente
(D) diferente … igual 7. A textura _______ do micaxisto indicia, essencialmente, a influência de uma tensão _______, responsável responsável pela disposição dos minerais. (A) não foliada … não litostática (B) foliada … litostática (C) foliada … não litostática
Geologia 11ª 2016 (D) não foliada … litostática 8. Explique de que modo, a partir do estudo de uma rocha metamórfica, se pode inferir a profundidade e a temperatura a que a mesma se formou.
Geologia 11ª 2016 Soluções Grupo I 6. 7. 8. 9.
Grupo II 1. Opção (D) ; 2.Opção (B) 3. • os minerais de distena, andaluzite e silimanite são minerais índice (do metamorfismo); • a presença de qualquer um destes minerais em rochas metamórficas permite saber concretamente as condições de pressão e de temperatura que imperavam aquando da sua formação. 4. (a) – (4); (b) – (8); (c) – (5); (d) – (6); (e) – (3) 5. [A], C, E, B, F, D Grupo III 1. A. 2. B. 3. 3 . A. 4. C. 5. A, E, C, F, B, D (ou E, C, F, B, D) . 6. D. 7. Os estratos onde se encontram as pegadas fossilizadas formaram-se na posição horizontal, numa bacia de sedimentação em meio aquático. A instalação da intrusão magmática ocorreu após a formação dos estratos que contêm as pegadas fossilizadas. As tensões orientadas exercidas pela intrusão magmática levaram à deformação dos estratos, conduzindo à sua posição vertical na actualidade. Grupo IV 1.Opção (B) 2. Opção (C) 3. Opção (B) 4.B 5.D 6.A 7.C 8. • referência à necessidade de identificação da composição mineralógica da rocha metamórfica; • referência ao facto de as condições de formação dos minerais ou das rochas
metamórficas serem específicas dentro de determinados valores de pressão e de temperatura; • relação entre a associação de minerais presentes nas rochas metamórficas e as condições
de formação das mesmas.
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