Curso_Capacitacao_Diaconal[1]

December 30, 2020 | Author: Anonymous | Category: N/A
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C U RS O DE CAPACITAÇÃO DIACONAL

INSTITUTO ASSEMBLEIANO DE EXTENSÃO E PESQUISA Av Benjamin Constant 1972 – centro – Boa Vista – RR Fundado em 09 de julho de 2003 Telefone: 3224 3539- www.ieadrr.org.br, Email: [email protected]

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SUMÁRIO 1.

A NATUREZA DO DIACONATO........................................................................ 4 1.1 DEFINIÇÃO ................................................................................................................. 4 1.2 A INSTITUIÇÃO DO DIÁCONATO ...................................................................... 5 a.

O crescimento da igreja .............................................................................................. 5

1.3 A NATUREZA DO DIACONATO .......................................................................... 6 1.3.1 O diaconato como ofício .......................................................................................... 6 1.3.2 O diaconato como ministério .................................................................................. 6 2.

O DIÁCONO NO NOVO TESTAMENTO .......................................................... 8 2.1 O DIÁCONO NO PENSAMENTO DE PAULO ............................................... 8 2.2 O CENÁRIO HISTÓRICO........................................................................................ 9 2.2.1 Origem (Igreja Apostólica – c. 30-c. 100) ......................................................... 9 2.2.2 Na igreja antiga (c.100-590).............................................................................. 10

3.

AS QUALIFICAÇÕES DO DIÁCONO .............................................................. 11

3.1 EXEGESE DE ATOS 6:1-8 ................................................................................... 11 3.1.2 Cheio do Espírito Santo .................................................................................... 12 3.1.3 Cheio de sabedoria ............................................................................................ 14 3.1.4Cheio de fé ........................................................................................................... 15 3.2 EXEGESE DE I TIMÓTEO 3:8-13 ........................................................................ 16 3.2.1 Respeitáveis ......................................................................................................... 16 3.2.2 De uma só palavra ............................................................................................. 16 3.2.3 Não inclinado ao vinho ..................................................................................... 17 3.2.4 Não cobiçosos de sórdida ganância .................................................................. 17 3.2.5 Conservando o mistério da fé com consciência limpa ................................... 18 3.2.6 Marido de uma só mulher ................................................................................. 18 3.2.7 E governe bem seus filhos e sua própria casa ................................................. 19 3.3 4.

AS QUALIDADES DAS DIACONISAS (I Timóteo 3:11) ................................... 19 RESPONSABILIDADES DO DIÁCONO .......................................................... 21

4.1 TRÊS MESAS DE SERVIÇO DOS DIÁCONOS.................................................. 21 4.1.1 A mesa do Senhor .............................................................................................. 21 4.1.2 A mesa do pastor ................................................................................................ 21 4.1.3 A mesa dos pobres ............................................................................................. 21

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4.2

OUTRAS RESPONSABILIDADES DOS DIÁCONOS ........................................ 21

4.3

O SERVIÇO DIACONAL .......................................................................................... 22 4.3.1 Definição dos termos.......................................................................................... 22

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TRABALHO E RECEPÇÃO DO CORPO DIACONAL ................................... 27

5.1

O PERFIL DO DIÁCONO ................................................................................... 27

5.2

QUALIDADES EXTRAS - BÍBLIA DOS DIÁCONOS .................................... 29

5.3

OS DEZ MANDAMENTOS DAS RELAÇÕES HUMANAS ............................ 30

5.4 SINOPSE DO ASSUNTO ESTUDADO ................................................................ 30 5.5

NORMAS E ATRIBUIÇÕES DO CORPO DIACONAL .................................. 30

5.6

NOS DIAS DE SANTA CEIA DO SENHOR .................................................... 31

5.7

PARTE EXTERIOR DO TEMPLO .................................................................... 32

5.8

QUADRO DE AVISOS – DESIGNAÇÃO DE DIÁCONOS ............................. 33

6.

O DIÁCONO E A COMUNICAÇÃO ................................................................. 34

6.1

A COMUNICAÇÃO NO MUNDO PÓS-MODERNO ....................................... 34 1.2 O QUE É COMUNICAÇÃO? ............................................................................ 34 1.2.1Meios de Comunicação. ...................................................................................... 35 1.2.2 Linguagem não verbal ....................................................................................... 35

6.2

A VOZ E SUAS DIMENSÕES. ........................................................................... 37 2.1 O RITMO DA VOZ. .............................................................................................. 38

6.3.

A IMPORTÂNCIA DA POSTURA CORPORAL .............................................. 38 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 40

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A NATUREZA DO DIACONATO Pr. Raimundo Carlos Soares dos Santos 1.

A NATUREZA DO DIACONATO – PR RAIMUNDO CARLOS SOARES

O diaconato é o ministério por excelência; o serviço é a sua razão primacial. Se voltarmos aos Atos dos Apóstolos, veremos que a diaconia não é senão um serviço incondicional e amoroso a Deus e a sua igreja. O diácono que não vive para servir a igreja de Deus, não serve para viver como ministro de Cristo. A essência do diaconato é o serviço; e sem serviço; a diaconia é impossível.

1.1 DEFINIÇÃO A palavra diácono é originária do vocábulo grego diakonos, etimologicamente, ajudante, servidor, servo. O diácono é um servidor; também ministro (doulos); na essência do ministério cristão destacamos principalmente o serviço. Em seu dicionário do novo testamento grego, oferece-nos W.C. Taylor a seguinte definição de diácono: garçom, servo, administrador e ministro. Na Grécia antiga, diácono era encarregado de levar as iguarias à mesa, e manter sempre satisfeitos os convidados. Na Septuaginta, eram os servos chamados de diáconos, porém não desfrutavam da dignidade de que usufruíam seus homônimos, nem eram incumbidos de exercer a tarefa básica destes: socorrer os pobres e necessitados. Não passavam de meros serviçais. Aos olhos judaicos, era esse um cargo nada honroso. Para entendermos a real função do diácono, ver-nos-emos obrigados a recorrer à etimologia da palavra diaconia. No original, ostenta o referido vocábulo estes sentidos: distribuição de comida, socorro, ministério e administração. Estes são os imperativos do diácono eclesiástico? A palavra diácono aparece cerca de 30 vezes no Novo Testamento. Às vezes, realça-a o significado de servo; outras as de ministro. Finalmente, enaltece a função que passou a existir, na Igreja Primitiva a partir de Atos dos Apóstolos cap.6. Observemos, contudo, que, nessa passagem de Atos dos Apóstolos, não encontramos a palavra

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diácono. O cargo é descrito, e o título não é declinado. Obviedade do texto, contudo, não atuará dúvidas: referiam-se os apóstolos, de fato, ao ministério diaconal. Hipólito, um dos teólogos da Igreja antiga, fala de diáconos trabalhando com o seu pastor em funções litúrgicas (culto) e pastorais. Diáconos, diz ele, visitavam os enfermos, os pobres e os indigentes. Visitavam especialmente viúvas, órfãos e prisioneiros. Informavam ao pastor, e levavam aos visitados a ajuda da igreja. O governador da Bitínia, no ano 112, escreveu ao imperador Trajano, e informa que havia ordenado a tortura de duas mulheres cristãs que eram diaconisas. 1.2 A INSTITUIÇÃO DO DIÁCONATO O diaconato é o único ministério cristão a originar-se de um fato social; surgiu de uma necessidade da Igreja Primitiva: o socorro às viúvas helenista. Vejamos o texto de Atos dos Apóstolos: “ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos discípulos dos helenistas contras os hebreus, porque as viúvas daqueles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarreguemos deste serviço. Mas, nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. O parecer agradou a todos, elegeram a Estevão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Parmenas, e Nicolau, prosélito de Antiquia, e os apresentaram perante os apóstolos; estes, tendo orado, lhes impuseram as mãos” (ATOS 6;1-7) a. O crescimento da igreja Do pentecostes à instituição do diaconato, a Igreja Primitiva cresceu de maneira vertiginosa. De aproximadamente três mil convertidos, passou logo a cinco mil; a partir daí, o rebanho do Senhor não mais parou de multiplicar-se (Atos 2;41; 4;4). De forma que, em Atos cap. 6, o número de discípulos já havia superado a capacidade estrutural da igreja (At6; 1) . Crescendo o número dos fiéis, cresceram também os problemas. Tivesse a Igreja se limitado aos cento e vinte, certamente nenhuma dificuldade teriam os primitivos cristãos. Não haveriam de precisar de diáconos, nem de pastores. Até os mesmos

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apóstolos seriam prescindíveis. Acontece que as grandes igrejas enfrentam grandes desafios, e demandam, por conseguinte, grandes soluções. Com a chegada das ovelhas, vai o aprisco deixando sua rotina, vai o pastoreio desdobrando-se em cuidados e desvelos pelas almas, e o Reino de Deus vai alargando suas fronteiras e descortinando os mais promissores horizontes. O maior problema da Igreja Primitiva, naquele momento, era o desconcerto social gerado pelo clamor das viúvas helenistas que, na distribuição diária, vinham sendo desprezadas em relação às hebréias.

1.3 A NATUREZA DO DIACONATO O que é o diaconato? Um ofício? Ou um ministério? Tendo em vista o que já foi exposto, podemos dizer que o diaconato é tanto um ofício quanto ministério.

1.3.1

O diaconato como ofício

Ofício é uma ocupação que exige um grau mínimo de habilidade. Nesse sentido, o diaconato é um ofício; sua função acha-se claramente delimitada: suprir as necessidades dos santos. O ofício básico do diácono, portanto, é a assistência social. Se um diácono não honra esse ofício, não pode ser considerado como tal. É tudo, menos um diácono. No evangelho de João;que apresenta Jesus como Deus, há a imagem dEle como diácono, lavando os pés dos discípulos (João 13,8) neste texto Jesus deixa claro que servir não é simplesmente um ato de humildade, mas, a dignidade de servir reside em beneficiar o próximo. A decisão de Jesus em ser servo foi, também, um exemplo que produziu reações contagiantes nos seus discípulos e chegou até nós como modelo de serviço cristão. Assim como Jesus foi enviado, os discípulos foram enviados até nós, também, somo enviados (João 17,18. João 20.21). Sem serviço a diaconia é impossível!

1.3.2

O diaconato como ministério

Ministério é um trabalho, ou função eclesiástica, exercido por aqueles que são biblicamente ordenados. Da leitura de Atos 6;6: “E os apresentaram ante os apóstolos e estes, orando, lhes impuseram as mãos” , concluímos: os diáconos são ministros. Assim como os apóstolos

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foram chamados para auxiliar a Jesus, foram os diáconos separados para assistir aos apóstolos. Convém ao diácono entender que, embora ministro, jamais deve ignorar a autoridade que tem o pastor sobre todos os ministérios, órgãos e departamentos da igreja. Que ele reconheça sempre a verdadeira dimensão de seu cargo e a exata razão de sua chamada, e coloque-se à inteira disposição de seu pastor. Seja seu amigo e companheiro; o diácono não foi chamado para receber honrarias, mas para servir a Deus e à igreja.

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O DIÁCONO NO NOVO TESTAMENTO

Pr. João João Silva

2. O DIÁCONO NO NOVO TESTAMENTO 2.1 O DIÁCONO NO PENSAMENTO DE PAULO Para uma melhor compreensão de como Paulo entendia a questão do diaconato nos primórdios da igreja, passaremos a estudar uma cronologia de eventos importantes na História da mesma. A igreja teve seu início histórico, por assim dizer, logo após a morte do Senhor Jesus, no evento do pentecostes (c. 30 A.D). Reese data a conversão de Paulo em 34 A.D., portanto, Paulo teria se convertido cerca de quatro anos após a fundação da Igreja Primitiva. Ele mesmo dá testemunho de que visitou os demais apóstolos em Jerusalém somente quatorze anos mais tarde (Gálatas 2;1). Assim ocorrido perto de 48 A.D. aproximadamente sete anos antes de Paulo escrever I Coríntios. O contato de Paulo com a comunidade que havia elegido os primeiro diáconos foi breve, apenas quinze dias (Gálatas, 1;18,19). De onde, então, Paulo formou sua opinião a respeito desses oficiais, já que não viveu tempo bastante com os apóstolos de Jerusalém? Como já vimos anteriormente, Paulo extrai da tradição religiosa judaica a Idea de diaconia, uma vez que as sinagogas mantinham diversos desses obreiros. Portanto, suas referências a este ofício passam, necessariamente, pela ótica judaica sobre o assunto. Certamente os apóstolos que oficiavam em Jerusalém sofreram influências semelhantes às de Paulo, ou seja, do Judaísmo. Paulo nos ajuda compreendermos o relacionamento entre os irmãos e os obreiros. “Rogo-vos também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos e sejais pacientes para com todos” (1 Tessalonicenses 5;14). É evidente a preocupação de Paulo com aqueles que precisam de motivação extra para prosseguirem na jornada da fé. Certamente que problemas materiais como falta de recursos financeiros, falta de ocupação, exclusão social, dentre outros, promoviam – e ainda hoje promovem – o abandono da fé. Da mesma forma, problemas de outra natureza, como doenças, solidão e complexos pessoais, também dificultavam o maior desenvolvimento espiritual do novo crente.

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É nessa lacuna que entrará a atuação do diácono atento aos problemas espirituais, onde poderá desenvolver seu trabalho. Paulo ver o diaconato como um ministério de sublime importância e de suma responsabilidade. Basta analisarmos o texto de Timóteo: “Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre; não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância, guardando o mistério da fé em uma pura consciência. E também estes sejam primeiros provados, depois sirvam se forem irrepreensíveis. Da mesma sorte as sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo. Os diáconos sejam maridos de uma mulher e governem bem seus filhos e suas próprias casas. Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus”. (I TIMÓTEO, 3;8-13) Na carta aos Filipenses, Paulo faz menção aos diáconos: “Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os bispos e diáconos” (FILIPENSES, 1;1).

2.2 O CENÁRIO HISTÓRICO- SOCIAL DA IGREJA EM JERUSALÉM E ROMA

2.2.1 Origem (Igreja Apostólica – c. 30-c. 100) De acordo com a tradição da igreja latina, a narrativa de Atos 6,1-6, que serve para introduzir a passagem de martírio de Estevão, descreve a primeira instituição do ofício. Os apóstolos, para atender as necessidades dos judeus que não havia nascidos em Jerusalém nascido na Palestina, também chamados de gregos, principalmente as viúvas que estavam sendo negligenciadas nas ministrações diárias (v. 1), convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: “Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarreguemos deste serviço. Mas, nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. O parecer agradou a todos, elegeram a Estevão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas, e Nicolau, prosélito de Antioquia, e os apresentaram perante os apóstolos; estes, tendo orado, lhes impuseram as mãos”

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Assim, vemos que os sete discípulos de Cristo forma ordenados diáconos. A partir de Jerusalém, o diaconato espalhou-se às igrejas gentias, como já vimos em Filipenses 1;1, quando Paulo inclui bispos (presbíteros) e diáconos entre os endereçados

da

epístola, sugerindo que deveria haver dois ofícios adjacentes. Embora pareça que inicialmente a instituição de diáconos não fosse regra geral, com o passar do tempo, tal prática se tornou universal.

2.2.2 Na igreja antiga (c.100-590) Clemente de Roma, o primeiro dos pais apostólicos, descreve claramente a instituição de diáconos juntamente com a de bispos, como sendo obra dos próprios apóstolos. Mais tarde, Eusébio de Cesaréia, o primeiro historiador da igreja, ao escrever no século IV, diz que a igreja de Roma limitou o número de diácono a sete, e que o cânon do Sínodo de Neocesaréia (314-325), prescreveu a mesma restrição para todas as cidades, mesmo as maiores, alegando que tal era uma imposição da escritura, nos Atos dos Apóstolos. A função diaconal, mormente em seu início, não restringia a atividade dos diáconos apenas ao serviço de beneficências às viúvas. Esse foi o caso de Estevão, mais tarde, de Filipe (Atos 8;5-40), que pregavam e atuavam junto com os apóstolos. Há registro de diáconos que atuaram ativamente nos primeiros concílios da Igreja, como Atanásio, secretário de Alexandre, bispo de Alexandria, e que foi uma peça decisiva no combate a heresia ariana, por ocasião do Concílio de Nicéia (325). Parece, contudo, que não há discussão quanto ao propósito inicial segundo o qual os diáconos foram estabelecidos, qual seja substituir bispos ou presbíteros em suas tarefas mais seculares, notadamente no recolhimento de contribuições e distribuição de alimentos e esmolas aos crentes necessitados. Considerando a importância do ágape ou festival do amor, no culto primitivo da igreja, aos diáconos cabiam o ofício de servir às mesas, sendo responsáveis pela distribuição dos elementos pão e vinho, particularmente foram do recinto das igrejas, em especial aos doentes, no âmbito da igreja, aos diáconos cabiam fazer anúncios públicos, zelar pela disciplina da congregação, preservar a ordem, e outras tarefas afins. Fora da igreja, eles eram os deputados dos bispos em matérias seculares, e especialmente no cuidado com os pobres. Sabe-se também que eles permaneciam em pé durante os cultos, enquanto os bispos e sacerdotes (Presbíteros) permaneciam sentados. Juntamente com outras funções, os diáconos participavam da instrução aos catecúmenos

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e da preparação dos serviços do altar. Como se vê em Atos 8;38, o sacramento do batismo foi administrado pelo diácono Filipe. AS QUALIFICAÇÕES DO DIÁCONO

Pr. Dirvanzú Silveira Guimarães

3.

AS QUALIFICAÇÕES DO DIÁCONO

3.1 EXEGESE DE ATOS 6:1-8 3.1.1 Boa reputação (v. 3) Afirmou Publílio Siro que a reputação é um segundo patrimônio. Se o admirável poeta latino estivesse a reviver os passos iniciais da igreja de Cristo, certamente haveria de içar a reputação a mais alta das grandezas sociais. Pois a primeira virtude que os cristãos primitivos reclamaram dos postulantes ao diaconato foi justamente a boa reputação: “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação...” (Atos, 6;3). O que é a reputação? Originária do vocábulo latino reputatione, a palavra reputação significa fama, celebridade e renome. O erudito evangélico Samuel Vila realça quão significativo é este termo: “Reputação é uma das vozes mais sábias que tem a nossa língua. É a nossa fama ou crédito pessoal; é algo que se submete ao julgamento público todos os dias. Reputar, pois, é julgar repetidamente a uma pessoa ante o fórum da moral pública”. De conformidade com o étimo da palavra, os sete primeiros diáconos já vinha sendo observados e rigorosamente julgados tanto pelo colégio apostólico quanto pela igreja. E, nesse julgamento, foram todos eles aprovados com máximo louvor. Por conseguinte, antes de separarmos um obreiro ao diaconato, exijamos tenha ele uma boa reputação. Se não for bem conceituado diante da igreja e do ministério, que não seja aceito. E que a sua reputação seja também comprovada pela família e pela sociedade. O diácono haverá de ser um esposo exemplar, um pai responsável e prestimoso, um cidadão honesto e cumpridor de seus deveres. Se a sua reputação não transcender a tais limites, reprovemo-lo. Doutra forma, trará aborrecimento à igreja, e transtornos à Obra de Deus. O significado grego da palavra reputação. No original, temos o vocábulo marturouménous que significa não somente reputação como também testemunho.

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Devem os diáconos, portanto, desfrutar de um inconfundível atestado público. Que todos lhe comprovem a idoneidade do caráter e a fé sábia e experimentada nas boas obras. Você tem zelado por sua reputação? Como obreiros de Cristo, somos submetidos a julgamentos diários. É com base em tais julgamentos que seremos chamados a ocupar as maiores responsabilidades no reino de Deus. Você tem um nome a zelar; cuide de sua reputação. E que não ocorra conosco o que se deu com um dos personagens de Shakespeare: “Reputação, reputação, reputação! Ah, perdi a reputação! Perdi o que em mim havia de imortal, e o que fica é bestial”.

3.1.2 Cheio do Espírito Santo (v. 3) “A vida do cristão começa no calvário, mas, o trabalho eficiente, no pentecoste”. Lavrada pelo evangelista Stanley Jones. Não foi sem razão terem os apóstolos colocado como indispensável condição para o diaconato o ser pleno do Espírito Santo (ATOS 6;3). O ser cheio é o mesmo que ser batizado no Espírito Santo? Não quero, aqui, perder-me em discussões acerca desse binômio. Se desprezarmos nossa raízes, diremos tratarem-se de coisas completamente distintas se nós voltarmos, todavia, aos primeiros dias da igreja, constataremos: Os discípulos só eram considerados do Espírito somente depois de haverem passado pela experiência pentecostal (ATOS 2;4; 10,47; 19,6). Sobre a controvérsia pronuncia-se o Drº. George E. Ladd: “Quando o Espírito Santo foi dado aos homens, os discípulos foram batizados e ao mesmo tempo cheios do Espírito Santo”. Stanley M. Horton também é bastante taxativo; não admite réplicas: “Todos os cento e vinte presentes foram cheios, todos falaram noutras línguas, e os som das línguas foi publicamente notório”. O saudoso pastor Estêvam Ângelo do Souza, um dos nossos maiores teólogos, não faz separação entre ser cheio e o ser batizado no Espírito Santo: “O batismo com o Espírito Santo é um ato de Deus pela qual o Espírito vem sobre o crente e o enche plenamente. É a vinda do Espírito Santo para encher e apoderar-se do filho de Deus como propriedade exclusivamente sua”. Mais adiante, o pastor Estêvam refere-se aos discípulos de Cristo: “Jesus já havia soprado sobre eles, dizendo: “Recebei o Espírito Santo” (JOÃO 20,22). Isto lhes proporcionou antecipadamente bastante gozo espiritual,

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pois já haviam recebido certa porção do Espírito, mas ainda precisavam ser batizados, cheios do Espírito Santo”. É- nos mui importuno aqui recordar o que disse Hopkins: “Devemos reconhecer o fato de que ter o Espírito é uma coisa, e ficar cheio (Batizado) do Espírito é bem outra”. Diante do exposto, como entender Efésios 5;18? Leia esta passagem: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”. Como harmonizar essa recomendação de Paulo com a reivindicação feita aos sete diáconos? Em primeiro lugar há que se entender que, em todos os episódios de Atos dos Apóstolos, onde se menciona o “Encher do Espírito”, temos um ato soberano e instantâneo de Deus. É algo que se dá de fora para dentro, de cima para baixo. Temos, aqui, pois, a efusão ou o derramamento do Espírito Santo. Ao passo que, em Efésios, deparamo-nos não com um ato, mas com um processo de enchimento que se dá de dentro para fora. E este processo, ao contrário daquele, depende da vontade do crente. Se este não seguir a recomendação bíblica, e desprezar o exercício da piedade, não poderá conservar o enchimento do Espírito. Vejamos como, no original, o verbo grego é usado em Efésios 5;18: allá plerousthe en pneúmáti. “mas enchei-vos do Espírito”. O verbo plerousthe acha-se no presente do imperativo passivo da segunda pessoa do plural. Nesta caso, o tempo presente exige uma ação habitual continuada. É como se o apóstolo Paulo estivesse recomendando aos irmãos de Éfeso: “Deveis, constante e permanentemente, permitir que o Espírito Santo domine vossas vidas”. Deve o diácono, por conseguinte, não apenas ser batizado no Espírito Santo como também manter a plenitude do Espírito através do cultivo da piedade e do fruto do Espírito. É uma ordem a ser cumprida hoje por todo o crente, seja este obreiro ou não. A experiência pentecostal. Conclui-se, pois, que os diáconos têm de ser não somente batizados no Espírito Santo como se manter na plenitude do Espírito. Sua experiência haverá de ser completa; da conversão ao batismo no Espírito Santo, mais do que pleno. Os pentecostais, mercê de Deus, temos nos pautado por esta regra de ouro. É por isso que separamos para o ministério somente os que, além de sua comprovada conversão, já receberam o batismo no Espírito Santo, e na plenitude do Espírito, perseveram. Hoje, porém, não são poucas as igrejas que, alegando ser o diaconato um mero cargo local, vêm consagrando a esse ofício homens que ainda não experimentaram o

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batismo no Espírito Santo. Isso é mui temerário! Pois estaremos, dessa maneira, abrindo um perigoso precedente nas fileiras de nossos obreiros que, desde o início da Obra Pentecostal, vêm pautando-se por uma vida espiritual singularmente plena. Além do mais, consideremos as dificuldades que envolvem o diaconato. Por ser um ministério que se põe na linha de frente, exige de quem o exerce um poder sobrenatural. Já pensou se Estevão ou Filipe não desfrutassem de semelhante virtude? Como se haveriam naqueles dias tão difíceis? Batismo ou fruto do Espírito Santo? Alegam outros que, mais importante que o batismo no Espírito Santo, é o fruto do Espírito Santo. A palavra de Deus, contudo, mostra-nos que ambos são igualmente importantes; são igualmente imprescindíveis ambos. Nenhum meio da graça pode ser tido como periférico ou acessório. Além do mais, como haveremos de cultivar o fruto se ainda não recebemos o suficiente poder? Por conseguinte, ao invés de alimentarmos tais especulações, bem faremos se incentivarmos os obreiros a buscarem, de forma zelosa, a experiência das línguas de fogo, e a cultivarem, desveladamente, o fruto do Espírito. Se de fato somos pentecostais, vivamos no cenáculo. E levemos todos os servos de Deus a se moverem sob o poder do alto. Busquemos a plenitude do espírito, e jamais descuidemos de seu imprescindível fruto (GÁLATAS 5;22). Não nos percamos em tolas discussões; necessitamos tanto do batismo quanto do fruto do Espírito. E o Senhor Jesus, na infinitude de suas riquezas, quer dispensar-nos ambos. Sem a plenitude do Espírito Santo, não poderemos jamais levar a bom termo a missão que nos entregou o Senhor. A plenitude é o batismo pentecostal! É o fogo que nos amadurece o fruto de Espírito.

3.1.3 Cheio de sabedoria (v. 3) Alguém já disse, mui apropriadamente, que este é o século do conhecimento, mas não da sabedoria. Embora tenhamos avançado tanto, em todas as áreas da tecnologia, espiritualmente pouco, ou quase nada logramos. Se para obter conhecimento, bastam o estudo e a pesquisa, o mesmo não acontece com a sabedoria. Para se conquistá-la, demanda-se o exercício contínuo e pessoal da piedade; o temor do senhor é o seu princípio (PROVÉRBIOS 1,7). De acordo com a ótica bíblica, a sabedoria é forma como vivemos, agimos e reagimos às circunstâncias; é o reflexo da natureza Divina em nossa existência. Traduzse a sabedoria num viver irrepreensível e santo. Esse era o tipo de sabedoria que os

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apóstolos esperavam nos diáconos. Não buscavam necessariamente homens ilustrados e cultos. Mesmo porque, como diria Chaucer: “nem sempre são os mais eruditos igualmente os mais sábios”. Os diáconos, porém, não deveriam ter apenas sabedoria. Desta, haveriam eles de ser plenos. A expressão grega não deixa dúvidas: pléreis sophías. Cheios de sabedoria! É o que se impunha a cada um dos diáconos. O que é a sabedoria. W.C. Taylor explica-nos qual seu significado no grego do Novo Testamento: “O mais elevado dom intelectual, de compreensiva intuição nos caminhos e propósitos de Deus; sabedoria prática, os dotes do coração e mente que são necessários a conduta reta da vida”. Afirma Souter que a sabedoria é: “O variado conhecimento de coisas humanas e divinas adquiridos pela agudez e experiência, e resumidos em máximas e provérbios; perícia na direção dos afazeres; prudências nas relações com homens incrédulos; discrição e aptidão em ensinar a verdade; o conhecimento e a prática dos requisitos de uma vida reta e piedosa; conhecimento do plano Divino, outrora velado, de prover a salvação para os homens pela morte expiatória de Cristo”. Por conseguinte, a sabedoria que as sagradas escrituras estão a exigir dos diáconos não é a cultura livresca e acadêmica. É a experiência que nos advém de uma vida de íntima comunhão com o Senhor. É a capacidade de agir como servo de Deus num mundo corrompido e corruptor. É a desenvoltura que só os homens superiores possuem de resolver problemas sem deixar arrastar pelas circunstâncias. Cheio dessa sabedoria, haverá o diácono de servir eficazmente a igreja de Cristo.

3.1.4 Cheio de fé (v. 5) Além das qualidades morais e sociais, exige-se seja o diácono são na fé. Que esteja de conformidade com as sagradas escrituras, e as tenha como a única regra de fé e prática. Que sustente a Sá doutrina, e não evidencie quaisquer desvios no que tange a ortodoxia. Estejamos atentos a recomendação de Paulo: ”Guardando o ministério da fé em uma pura consciência” (1 TIMÓTEO 3;9). O deseja o apóstolo aprendamos aqui! Que som poderemos qualificar-nos como guardiões dos mistérios da fé se pura estiver nossa consciência. Requer-se, pois, do diácono obediência ativa e reverente. Doutra forma, cairá na tentação do diabo; e, não demora muito, eis mais um heresiarca egresso das fileiras diaconais.

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Somente uma consciência purificada pelo sangue de Jesus pode conter a virulência da heresia. Por conseguinte, é inadmissível um diácono que, embora social e moralmente correto, ostente aleijões doutrinais. Tem de ser ele um expoente incorruptível da palavra de Deus. Haja vista Estevão. Diante do Sinédrio, expôs este com tanta mestria a história da salvação, que deixou a todos assoprados (ATOS 7). Seu discurso é o pronunciamento de uma autoridade incontestável das sagradas escrituras. E Filipe? Não se revelaria ele um abalizado evangelista? O plano da salvação que expôs ao eunuco de Candace foi tão eficaz, que levou o etíope a converter-se radicalmente ao Senhor Jesus (ATOS 8;26-40). Se Estevão e Filipe destacaram-se pela correção doutrinária o mesmo não aconteceria a Nicolau. Foi este um escândalo para a igreja de Cristo. Não demorou muito, e já estava revelando suas deformidades doutrinárias e comportamentais. A muitos corrompeu; e, da verdade, desviou várias igrejas. 3.2 EXEGESE DE I TIMÓTEO 3:8-13 3.2.1 Respeitáveis (v. 8) Significa que os diáconos devem ter uma boa reputação, bom testemunho público e que assim sejam homens que merecem ser honrados por causa da sua dignidade. Chama a atenção o fato de que essa virtude é via de mão dupla: o diácono se faz respeitar e respeita a quem serve. Recordemos que o dever de respeitar se faz presente em toda a Bíblia. E como, ao lado do ser servo, são líderes na Casa de Deus, "o ancião e o homem de respeito são a cabeça", ensina Provérbios 9.15a. Não ensina a Palavra que "a quem honra, honra"?(Rm.13.7). Na língua hebraica, a palavra para "respeito" e "honra" é kavod (dbk). É a mesma que conceitua "intensidade, peso, prestígio, brilho". Kavod é "a glória de Deus", é o "peso moral" de alguém. Por essa razão, tem aplicação tão adequada a esta função de servo da comunidade, de líder comunitário, de pessoa a serviço de Deus e dos santos.

3.2.2 De uma só palavra (v. 8) O diácono não deve decepcionar pessoas para manipular elas. Ele deve ter integridade e sinceridade no seu falar. Deve ser honesto e falar a mesma coisa com cada pessoa.

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Outra tradução do Novo Testamento usa a palavra "sincero" para expressar o conceito acima. Palavra interessante esta. Sincero; dizem os especialistas no assunto que vem do teatro greco-romano. Sentimentos eram expressos com o uso de máscaras de cera. Se a expressão era de alegria ou de tristeza, usava o ator a máscara correspondente. No normal, era mostrada a face sem cera (sin +cera), Ficou claro, não é? Uma pessoa sincera é a que se apresenta sem máscaras, e cuja palavra é firme. Mas não se confunda sinceridade com falta de educação. "Eu sou muito franca", diz alguém, e em seguida faz uma exibição gratuita de má educação social. Sinceridade tem, realmente, a ver com a operação do Espírito Santo. Sinceridade endossa o dito anteriormente: a confiabilidade, a plenitude do Espírito, a sabedoria e a respeitabilidade, apanágios do diácono!

3.2.3 Não inclinado ao vinho (v. 8) Para ser um homem respeitado o diácono deve evitar toda aparência do mal e abster-se de bebida alcoólica.

3.2.4 Não cobiçosos de sórdida ganância (v. 8) O diácono não deve colocar dinheiro como seu principal alvo de vida. "Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males" (I Timóteo 6:10). Samuel disse que ninguém podia trazer acusação contra ele na área de integridade financeira. (I Samuel 12:3). O diácono deve seguir seu exemplo. O texto de 1Timóteo 3.8 tem traduções variadas. O objetivo é deixar bem esclarecido o ensino de Paulo. A segunda edição da RAB diz "Não cobiçosos de sórdida ganância". A TLH diz "[Os diáconos não devem] ser gananciosos". A Edição Pastoral deixa bem claro, "[Os diáconos não]... ávidos de lucros vergonhosos". Em todos os casos, o Apóstolo quer deixar explícito que a inveja, a avidez, a cobiça, a ganância, o desejo de amealhar pelo amealhar, a ânsia de ganhar pelo ganhar não combinam com as altas qualidades esperadas do diácono e da diaconisa. No Sermão da Montanha, está registrada a palavra de Jesus que diz, "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom (riquezas)". Palavra mais direta não poderia haver. O diácono há de ser um desprendido das coisas materiais. Não é um imprevidente, um perdulário. Não pode ser, no entanto, um sovina, um somítico porque não é servo do

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dinheiro, mas faz do dinheiro seu servo para a grandeza do reino de Deus.

3.2.5 Conservando o mistério da fé com consciência limpa (v. 9) A profissão de fé do diácono deve corresponder ao seu procedimento. Seu comportamento fora da igreja não deve contrariar o que ele fala dentro da igreja. O mistério da fé significa o corpo da verdade que inclui toda a doutrina bíblica. Assim o diácono deve conhecer a Bíblia e andar na luz da Bíblia para que ninguém possa achar motivo para condená-lo. Esta característica diaconal é até acentuada no Salmo 24, no qual Davi, o poeta, faz a seguinte pergunta, "Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu lugar santo?" A resposta óbvia, e que nasce do caráter do próprio caráter de Deus vem a seguir, "O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente". Não pode ser de outro modo, porque estamos tratando de consciência limpa, algo que há de ser perfeitamente natural ao caráter cristão. Natural é aquilo que forma a essência de algo. A Palavra de Deus salienta que "se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2Co 5.17). Mas só se está em Cristo; se não possui a mente de Cristo nem vive o estilo de vida do Mestre, tudo continua como era: na malignidade. A diferença está no fato que "o sangue de Jesus... nos purifica de todo o pecado" (1Jo 1.7b). Aí, nosso caráter é todo outro: não somos rancorosos, preconceituosos, invejosos, irascíveis, fingidos e desleais. Esse é o caráter do diácono e da diaconisa cristãos; esse é o caráter do cristão, da nova criatura em Cristo, purificada pelo sangue de Cristo, do que tem a consciência limpa.

3.2.6 Marido de uma só mulher (v. 12) O diácono deve ser fiel a uma só mulher que seja a sua legítima esposa. Satanás quer destruir as famílias dos líderes da igreja. Portanto, devemos orar que Deus conserve os pastores e diáconos como modelos puros da família Cristã. Segundo a Escritura Sagrada, o diácono deve ser um padrão como chefe de família. Não pode ser algo menos que isso, pois é uma recomendação bíblica, além de ser ponto de evidente senso comum. O que o texto sagrado quer deixar claro é que deve ser o diácono um bom gestor da vida familiar, um exemplo de marido, deixando esposa e filhos tranqüilos em relação ao presente, e provendo para o futuro. Uma das clássicas

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versões do Novo Testamento assim coloca, "o diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa" (1Tm 3.12 ARA). A Bíblia Sagrada tem um especialíssimo lugar para a família. O relato do seu primeiro livro é que Deus a criou debaixo de Sua bênção. A família submissa a Deus é, portanto, abençoada e abençoadora. Seus filhos são as "flechas nas mãos do guerreiro" do Salmo 127, e os "rebentos de oliveira" do Salmo seguinte. Imagine-os no lar do diácono que há de ser, por esse motivo, um exemplo na casa do Senhor?

3.2.7 E governe bem seus filhos e sua própria casa "Pois se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus" (I Timóteo 3:5) Segundo a Escritura Sagrada, o diácono deve ser um padrão como chefe de família. Não pode ser algo menos que isso, pois é uma recomendação bíblica, além de ser ponto de evidente senso comum. O que o texto sagrado quer deixar claro é que deve ser o diácono um bom gestor da vida familiar, um exemplo de marido, deixando esposa e filhos tranqüilos em relação ao presente, e provendo para o futuro. Uma das clássicas versões do Novo Testamento assim coloca, "o diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa" (1Tm 3.12 ARA). A Bíblia Sagrada tem um especialíssimo lugar para a família. O relato do seu primeiro livro é que Deus a criou debaixo de Sua bênção. A família submissa a Deus é, portanto, abençoada e abençoadora. Seus filhos são as "flechas nas mãos do guerreiro" do Salmo 127, e os "rebentos de oliveira" do Salmo seguinte. Imagine-os no lar do diácono que há de ser, por esse motivo, um exemplo na casa do Senhor? 3.3

AS QUALIDADES DAS DIACONISAS (I Timóteo 3:11)

1.

Respeitáveis

2.

Elas devem ser dignas de respeito da mesma forma dos seus maridos.

3.

Não maldizentes

4.

Elas não devem ser fofoqueiras. Suas línguas devem ser controladas pelo

Espírito (Tiago 3:3-8; Provérbios 10:18). 5.

Temperante

6.

Temperante significa moderação, alto controle, e equilíbrio emocional.

7.

Fiéis em tudo.

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Paulo inicia suas instruções com relação às diaconisas. Tudo o que foi dito aos candidatos homens ao diaconato tem pertinência com respeito às candidatas. A dignidade é a mesma, por essa razão, "devem ser dignas de respeito, não maldizentes, ajuizadas, fiéis em todas as coisas" (1Tm 3.11, Edição Pastoral). É digno de observação que Paulo faz um especial destaque quando fala das candidatas a este ministério. Devem ser elas não maldizentes; ajuizadas; fiéis em todas as coisas. Esse diferencial tem cabimento, visto que as mulheres cristãs são pessoas tão especiais que o apóstolo Pedro na sua Primeira Carta, capítulo 3.4 coloca como qualidade distintiva das senhoras e jovens cristãs "o incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo" (VRA) ou, como diz a Edição Pastoral, "o enfeite inalterável de caráter suave e sereno" O apóstolo é bem claro: é necessário que as queridas irmãs sejam "respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo", assim verte a ARA, o que a BSPC coloca como "dignas, não murmuradoras, pessoas de bom senso e fiéis em tudo". Realmente, se há um destaque, é porque diaconisas são pessoas especiais. Purificadas de seus pecados pelo sangue de Jesus, como ensina João, filhas amadas de Deus, influentes na congregação dos crentes, são, em verdade, criaturas muito especiais. São senhoras de uma dignidade ou respeitabilidade a toda prova, não passam adiante o que alguém lhe confidencia, nem aceitam de primeira o que lhe chega aos ouvidos sobre outros irmãos, por isso não podem ser maldizentes ou murmuradoras. Equilibradas em tudo o que pensam, dizem e realizam, quer dizer, temperantes ou de bom senso. Fiéis. Essa é a maior prova de lealdade ao Mestre e Sua Igreja, à Denominação a quem servem, e à igreja local onde exercem o ministério da diaconia.

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RESPONSABILIDADES DO DIÁCONO

Pr. Isaac Carneiro da Silva 4. RESPONSABILIDADES DO DIÁCONO 1. 2. 3. 4. 5. 4.1

Deixar desembaraçados os ministros Promover a paz (Atos 6:1) Promover o bem-estar dos crentes Dar um testemunho eficaz (Atos 6, 3 e 7) Para reforço na liderança da igreja TRÊS MESAS DE SERVIÇO DOS DIÁCONOS

4.1.1 A mesa do Senhor (I Coríntios 10:21) Os diáconos devem servir a Ceia do Senhor (I Coríntios 11:20). Mas também deve auxiliar seu pastor na área de batismo, o exame de novos membros, a disciplina de membros que andam desordenadamente, o discipulado dos novos convertidos, e a oração em favor do pastor e o ministério da igreja.

4.1.2 A mesa do pastor (I Timóteo 1:16-18) Da mesma forma que Onesiforo ajudou Paulo, o diácono deve ajudar seu pastor. Por exemplo: Visitas nos lares e hospitais, arrumação do salão de cultos, abrindo e fechando a igreja, recepção de visitantes, arquivando os nomes de visitantes, mantendo ordem durante os cultos. Os diáconos devem também se importar com o salário do pastor e o bem estar da sua família. (I Timóteo 5:17 e 18) Os diáconos também devem encorajar o seu pastor (2 Coríntios 1:24; I Timóteo 5:19; I Tessalonicenses 5:12,13).

4.1.3 A mesa dos pobres (Atos 6: 1-8) Em Atos seis; sete homens foram escolhidos para atender ás necessidades materiais das viúvas. Para realizar este serviço era necessário para eles administrar os fundos de benefícios. Diáconos devem estar envolvidos no serviço de socorrer e auxiliar pessoas ligadas com á igreja. Portanto devem administrar não somente os fundos para os pobres, mas também outras áreas do programa da igreja. 4.2

OUTRAS RESPONSABILIDADES DOS DIÁCONOS

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1. Orar com o pastor antes dos cultos e em favor dele durante os cultos; 2. Auxiliar na supervisão das finanças da igreja; 3. Auxiliar o pastor para estabelecer alvos para a igreja; 4. Ajudar o pastor no planejamento do calendário da igreja; 5. Promover a obra missionária; 6. Ser fiel nos cultos e apoiar as atividades da igreja; 7. Cuidar bem da sua própria família; 8. Servir como líderes na igreja. 4.3

O SERVIÇO DIACONAL

1 Em Atos 6 os diáconos foram escolhidos para atender os interesses temporário da igreja. A palavra diácono significa ministro ou servo. (Hiscox) 2. O diácono tem um papel importante na igreja e deve ser treinado para auxiliar seu pastor. 4.3.1 Definição dos termos a.

Douleuo – servir como escravo - Mateus 8:9

b.

Herapeuo – disposição a servir – Atos 17:25

c.

Latreuo – empregar-se, trabalhar para ganhar; usado especialmente no

serviço religioso d.

Leitourgeo – serviço publico especial, as vezes sem remuneração, render

trabalho ao estado – no LXX usado para serviço no templo e.

Hupereteo – aquele que rema, um subordinado agindo sob direção do

mestre. Lucas 4:20 f.

Diaconeo – um termo distinto de todos os termos acima, tem a qualidade

especial que representa de forma muito pessoal o serviço prestado ao outro; tem um sentido especial do serviço feito por amor. Se Atos 6.1-7 não enfoca a instituição do Diaconato, onde devemos buscá-la? Nesta busca é preciso distinguir duas coisas fundamentais, entre a instituição e a origem. Quando falamos de Instituição estamos pensando naquele momento em que determinado ofício foi criado, estabelecido no meio da comunidade. Neste sentido é

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muito difícil nos localizarmos, visto que o Novo Testamento não nos fornece esta resposta. A única coisa que sabemos é que este ofício já havia assumido proporções eclesiásticas por volta do ano 55 d.C., conforme podemos conferir em Fp 1.1: Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos... Outra passagem que nos atesta isto é 1 Tm 3.8-13. É interessante notar que as instruções dadas por Paulo nesta passagem vêm logo depois das instruções dos bispos, o que poderia indicar um relacionamento entrelaçado destas duas funções. Mas, se por um lado é difícil demarcar o ponto inicial da Instituição diaconal, por outro é fácil perceber sua origem, podendo esta ser rebuscada em modelos veterotestamentários e difundida pela vida de Jesus no Novo Testamento. No Antigo Testamento a expressão servo de Yahweh no livro de Isaías prefigura a ação de Cristo como que um serviço prestado a Deus em favor de suas ovelhas desgarradas (Is 53.6). E de fato isto se cumpre na vida de Cristo. No texto de Filipenses, onde Paulo já havia falado do diaconato (1.1), temos o seguinte testemunho: Tornandose, em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana; a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.5-8) ,). Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus, antes, a si mesmo se esvaziou,assumindo a forma de servo (doulos). Observe que Jesus é designado como servo aquele que veio para servir a humanidade. E esta designação é reforçada pelo próprio Jesus quando da ceia com os seus discípulos conforme registrada em Jo 13.1-17. Mas o que caracterizou as atividades de Jesus como um ministério diaconal? Basicamente o serviço voluntário e integral para com as pessoas. Mt 4.23-25; 9.35-38 e Lc 6.17-19 nos falam das atividades de Jesus que acudiam tanto as enfermidades da alma quanto do corpo. Tendo ensinado este serviço desprendido por amor às pessoas Jesus insta com seus discípulos para que também o façam. Mt 20.20-28 nos conta uma história peculiar onde a mãe de Tiago e João pede ao Mestre para que no seu Reino seus filhos pudessem assentar-se ao seu lado, um à direita e outro à esquerda. A resposta de Jesus tipifica todo o espírito do seu ministério e que deveria caracterizar o de seus discípulos: Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário,

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quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será o vosso servo; tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. (vv.25-28). Os discípulos entenderam posteriormente este mandamento do Senhor, somente depois de sua morte e ressurreição, porém sempre que exerciam suas funções viam a si mesmos como diáconos do Senhor (2 Co 11.23, 1 Tm 4.6). É óbvio que os apóstolos não se viam exercendo nenhum ofício diaconal, mas entediam suas funções como diaconia. Entretanto, acredito que de todos os escritores neotestamentários Lucas seja aquele que procura suprir-nos de protótipos diaconais que posteriormente vieram a dar a origem ao diaconato. Em algumas passagens do seu evangelho e de Atos ele faz questão de assinalar atividades diaconais. Estas se dividem de duas formas: atividades diaconais prestadas a Cristo e atividades prestadas à Igreja de Cristo. No Evangelho de Lucas encontramos passagens onde os discípulos do Senhor lhes prestam serviço (diaconia) espontaneamente. Eis algumas passagens para nossa reflexão: Inclinando-se ele para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou; e logo se levantou passando a servi-los. (A cura da sogra de Pedro, 4.39); E voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa; e, não me destes água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo, ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta com bálsamo ungiu os meus pés. ( A pecadora que ungiu a Jesus, (Lc. 7.44-46); Aconteceu depois disto que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades...as quais lhe prestavam assistência com os seus bens. (8.1,3); Marta agitava-se de um lado para o outro, ocupada em muitos serviços. Então se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tivesse deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. (Lc. 10.40). Estas passagens são importantes para a nossa reflexão porque espelham um estágio bem posterior dos eventos narrados. Quando Lucas nos conta estas histórias a Igreja já estava estabelecida. É provável que a data de escrita seja entre os anos 75-80 d. C. E isto implica em algo fundamental para a nossa discussão: o termo diaconia já era um termo específico nas comunidades cristãs. Portanto, quando Lucas o usa o faz de

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forma

consciente

como

que

procurando

apontar-nos

em

alguma

direção.

Particularmente, acredito que ele procura levar-nos aos protótipos do diaconato, demonstrando-nos que o mesmo surgiu, em primeiro lugar, como resposta de amor à diaconia de Cristo. Em Atos as atividades diaconais são vistas naqueles que a fazem para o próximo. Eis alguns textos: Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. (2.45); Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes, e depositavam aos pés dos apóstolos; então se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade. (4.34,35); Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir as mesas. (6.1,2); Havia em Jope uma discípula, por nome Tabita, nome este que traduzido quer dizer Dorcas; era ela notável pelas boas obras e esmolas que fazia...e todas as viúvas o cercaram, e chorando e mostrando-lhe túnicas e vestidos que Dorcas fizera enquanto estava com elas. (9.36,39); Morava em Cesasréia um homem, de nome Cornélio, centurião da coorte, chamada a italiana, piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, e que fazia muitas esmolas ao povo e de contínuo orava a Deus. (10.1,2). A análise destes textos nos leva a algumas conclusões: a) primeira, que as atividades diaconais que no Evangelho é feita para Jesus, agora é feita para os pobres; b) segunda, que esta tarefa se tornou pesada para os apóstolos à medida que a Igreja crescia e que, portanto, precisava ser compartilhada com alguém que fosse responsável pelo serviço, sendo eleitos sete homens; c) terceira, que apesar da diaconia ter sido estruturada em Jerusalém, esta era uma responsabilidade de toda a igreja; d) quarta, que a diaconia era feita com o que havia de melhor e não com as sobras. Diante disto, podemos dizer que Atos 6 foi a primeira tentativa de se organizar a atividade diaconal da Igreja, não sendo no entanto a origem do diaconato. A origem deste ofício deve ser buscada nestes pequenos serviços, vindo, mais tarde, a ser institucionalizado. Entretanto, vale ressaltar algo muito importante. Vendo estes textos nos parece que a diaconia está associada diretamente com o serviço caritativo sendo este o todo do seu significado. No entanto, se atentarmos em Atos 6.8-15 veremos, Estevão,

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um dos sete anunciando Jesus. Da mesma forma em At 8.4-8 encontramos Filipe proclamando a Cristo, sendo mais tarde chamado de evangelista (21.8). Observe, então, que a diaconia exercida na Igreja primitiva ia muito além da assistência caritativa, envolvia, também, o serviço a Cristo por meio da proclamação do evangelho. Isto é confirmado pela Didaqué, um documento produzido pela Igreja primitiva no final do século I d.C., que servia como uma espécie de catecismo para os primeiros cristãos. Neste documento encontramos as seguintes instruções: Escolham para vocês bispos e diáconos dignos do Senhor. Eles devem ser homens mansos, desprendidos do dinheiro, verazes e provados, porque eles também exercem para vocês o ministério dos profetas e dos mestres. Não os desprezem, porque entre vocês eles têm a mesma dignidade que os profetas e mestres. (Cap. XVI, vv.1,2). Um último fator a ser considerado no ofício diaconal no Novo Testamento é a responsabilidade daqueles que exerciam a diaconia pelo preparo das reuniões cúlticas e catequéticas, e até mesmo as execuções destas, como podemos depreender de At. 16.40; Rm. 16.1,2; Fp. 4.2,3, e outros. Além disso, é interessante Fp. 1.1 e 1 Tm. 2.1-13, onde os diáconos vem a seguir dos bispos, demonstrando a íntima relação de atividade entre estes. Assim, podemos concluir que o ofício diaconal é fruto da organização de diversos ministérios eclesiásticos que com o passar do tempo assumiram caráter oficial na Igreja. Estes ministérios incluíam desde a assistência caritativa até o ofício cúltico.

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TRABALHO E RECEPÇÃO DO CORPO DIACONAL

Pr. Antonio Lima Silva 5 . TRABALHO E RECEPÇÃO DO CORPO DIACONAL

5.1 O PERFIL DO DIÁCONO

1. Atitude mental positiva - Estar consciente de que uma boa palavra ou bom atendimento marcará bastante uma pessoa que vem pela primeira vez. 2. Atitude espiritual apropriada – Deixar transparecer no rosto a alegria da salvação da alma. 3. Nunca se apresentar na porta sem oração – Sabendo que se apresentará diante de pessoas que chegarão com os mais diferentes sentimentos: passivos como de opressões malignas. 4. Mostrar simpatia - Demonstrar que o trabalho que está fazendo não é simples obrigação, mas é desenvolvido com amor, dedicação e alegria. 5. Mostrar um aspecto agradável. Aspecto exterior: roupa, cabelo, sapatos, higiene, dentes, a importância do uniforme. Aspecto interior: paz, serenidade e simplicidade. 6. Mostrar uma personalidade agradável. Demonstrar um caráter Cristão, consciente de suas responsabilidades. 7. Ser cortês-gentil. Demonstrar educação, polidez, ser afável no tratamento com as pessoas, especialmente com os visitantes. 8. Usar de tato. Usar suas habilidades para convencer as pessoas a voltarem outras vezes. 9. Fazer com que as pessoas sintam-se bem. E que foi observada e que alguém quer que ela volte. 10. Ser insistente. Mas com sabedoria e evitar toda a impressão de fanatismo, dando assim uma impressão correta da Igreja. 11. Lembrar sempre.

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Que o bem estar do povo depende de quem serve, por isso servir com alegria e satisfação. 12. Saber que faz parte do culto. Que toda sabedoria, prudência, reverência e respeito, é primeiramente observada nos oficiais, que o povo seguirá ou fará o que observar nos que trabalham ou servem na Igreja. 13. Providenciar o necessário Para o bom andamento do culto sem ser preciso a intervenção dos pastores. 14. Observar as curas. Visitas, testemunhos e conversões e fazer a contagem das pessoas durante os cultos. 15. A qualquer movimento da Igreja Como crianças chorando, correndo, assim como pessoas chupando balas ou lendo revistas, chamar a atenção ou então avisar os pastores no Púlpito no caso de não ser atendido quando for chamada a atenção. 16. Observar O movimento aos banheiros tanto feminino como masculino para que não haja prejuízos para a Igreja, como também ajuntamento de pessoas nos mesmos. 17. Saber que desde que esteja na Igreja também é responsável Pelo bom andamento do culto, não deixando a responsabilidades somente com os que estão escalados. 18. Sempre estar identificado Usando um uniforme quando for disponível ou ainda uma roupa padrão e preferencialmente com um crachá. 19. Chegar no mínimo trinta minutos adiantado do horário do culto Para a verificação do templo se está tudo em ordem para o culto. 20. Na distribuição Da ceia com todo o respeito e reverência. Observar se todos os aptos para a ceia foram servidos. 21. Estar sempre uniformizado Todas as vezes que estiver na escala. É requeridos dos Diáconos e Diaconisas o uniforme para o trabalho o mais breve possível. 22. Toda reclamação

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A respeito da escala ou qualquer assunto com referência ao Diaconato deve ser feita ao Diretor, pessoalmente pela própria pessoa. 23. Os Diáconos devem estar cientes que suas responsabilidades como servos de Deus, não se prende apenas no trabalho reconhecido como servos de Deus, por isso é importante zelar do testemunho e vida espiritual para não ser envergonhado pelo diabo diante das pessoas, diante de si mesmo e de Deus. O poder do servo de Deus não está nas palavras que diz, mas na vida consagrada que vive. 24. Os Diáconos e Diaconisas devem estar atentos com suas responsabilidades, na Igreja do Senhor, exemplo: lixo nos banheiros, água no bebedouro, manter os vidros abertos para a ventilação do ambiente, ficar atentos para não se encontrar encostado nas paredes e portas, não ficar conversando durante o culto, verificar atentamente as toalhas de mesa e cortinas da Igreja se haver necessidade avisar o diretor do diaconato e levá-la para serem lavadas e passadas, o mesmo com os aventais de batismo, em dias de ceia lavar e enxugar os cálices, em dias de casamento todos os Diáconos e Diaconisas são responsáveis pela ordem da cerimônia matrimonia.

5.2 QUALIDADES EXTRAS - BÍBLIA DOS DIÁCONOS Além das qualidades exigidas pela Bíblia Sagrada já citada, o DIÁCONO, pelo fato de exercer seu ministério em contato direto com as pessoas, deve atentar para as seguintes observações: 5.2.1 Regras de Conduta 1. Apresentação pessoal (cuide-se, pois a primeira impressão é que fica). 2.

Comportamento (condizente com a sua posição de obreiro).

3.

Linguagem (não seja pesado de língua e, cuidado com as gírias).

4.

Gentileza (gentileza gera gentileza).

5.

Dez mandamentos das Relações Humanas*

6.

O valor de um sorriso (sorrir: move 14 músculos e, carrancudo: movem 72

músculos). 7.

Apresentação (I Cor. 6.19 a 20).

8.

Cumprimento/Saudação (saudar como é de costume dos santos, e educação é

uma obrigação) 9.

Atendimento a visitantes e ao Telefone

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5.3 OS DEZ MANDAMENTOS DAS RELAÇÕES HUMANAS 1. Fale com as pessoas; 2.

Sorria para as pessoas;

3.

Chame as pessoas pelo nome;

4.

Seja um amigo prestativo;

5.

Seja cordial;

6.

Interesse-se sinceramente pelos outros;

7.

Observe os sentimentos dos outros;

8.

Saiba considerar os sentimentos dos outros;

9.

Preocupe-se com os sentimentos dos outros;

10. Preocupe-se em apresentar-se um excelente amigo. 5.4

SINOPSE DO ASSUNTO ESTUDADO

5.4.1 Para que existem os diáconos? Para que na Igreja, os trabalhos materiais sejam feitos por pessoas espirituais; Para que os ministros tenham mais disponibilidade no serviço ministerial; para que o suprimento da obra de Deus seja efetiva. 5.4.2 Tarefas: Assistência aos órfãos e viúvas; Administração da assistência social; Manutenção da ORDEM na Casa de Deus; Distribuição da Ceia do Senhor. 5.5 NORMAS E ATRIBUIÇÕES DO CORPO DIACONAL 5.5.1 1.

Parte Interior do Templo

Verificar a posição dos móveis e utensílios do Templo. Caso estejam fora dos

seus lugares, providenciar a arrumação; 2.

Para isto, procure chegar sempre antes dos cultos começarem;

3.

Verificar se as cadeiras do púlpito estão arrumadas;

4.

Verificar se os bancos ou cadeiras estão posicionados e alinhados

corretamente, principalmente após reuniões especiais (casamentos, seminários, etc.); 5. presente;

Acionar o serviço de Som, caso o encarregado da sonotécnica não se encontre

31

6.

Acionar os seus colegas que, tendo sido escalados para darem assistência

neste setor, não se encontrem em suas respectivas posições; 7.

Providenciar antecipadamente água para o Pastor, Pregador ou outro,

conforme solicitação. Evite transtornos de última hora; 8.

Posicionar antes do culto as salvas para o recolhimento de ofertas, de maneira

que sejam facilmente utilizadas, no momento do recolhimento das mesmas; 9.

Sempre que for recolhida uma oferta, deve conduzi-la imediatamente a

tesouraria, ter o cuidado em destacar os dízimos das ofertas, providenciar com maior brevidade a devolução do envelope com o recibo de contribuição; 10. Quando for solicitado para recolher as ofertas, lembre-se de posicionar-se corretamente, com um sorriso sincero no rosto e dizer: Deus te abençoe! Ou ainda: Deus te prospere, ou aquilo que o Espírito lhe tocar em dizer; 11. OFERTAS VOLUNTÁRIAS, destinadas ao púlpito, devem primeiro passar pela Tesouraria que enviará o recibo e o motivo da oferta. PÚLPITO NÃO É LUGAR DE DINHEIRO! 12. Durante a oração, não feche seus olhos. Fique atento a movimentos ou elementos suspeitos: VIGIAI E ORAI! 13. O diácono que por ventura esteja escalado para ficar próximo ao púlpito, procure manter contato VISUAL com o Pastor e ou Dirigente e seus colegas, para que sejam evitados movimentos desnecessários; 14. Evite subir o púlpito para levar mensagens, recados ou pedidos de oração. Quando possível, entregue ao diácono ou obreiro mais próximo, que pela lateral do púlpito, sempre encaminhando primeiramente ao vice-presidente, ou transmitirá disfarçadamente a quem é de direito, nunca direto ao presidente ou dirigente do culto;

5.6 NOS DIAS DE SANTA CEIA DO SENHOR 1. Procure saber se o pão, o vinho e o material necessário já foram providenciados. Certifique-se disto. Não espere que o colega faça tudo sozinho! 2.

Verifique o local, a limpeza, toalhas e sabonete onde os ministros lavarão as

mãos; 3.

Lembre-se da posição correta, conforme for estabelecido pelo PASTOR, na

hora em que for receber o pão ou vinho para a distribuição;

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4.

Não retire da mesa o pão ou o vinho. Isto é feito pelos Ministros, que lhe

entregarão, sempre que necessário; 5.

Providenciar a limpeza dos cálices e material usado na Santa Ceia, faça seu

papel, nunca fuja nem fique esperando pelos outros; 6.

Recolher e entregar as toalhas de mesa ao encarregado (a) das mesmas;

7.

Esteja sempre atento. Procure sempre corrigir as coisas que estão fora do seu

devido lugar. Ajude a manter a ordem na Casa do Senhor, isto lhe fará bem! 8.

Desenvolva o senso de observação;

9.

Lembre-se, estas atitudes devem ser observadas em qualquer atividade de

nossa igreja; 10. Ao servir a Ceia do Senhor ‘a algum irmão (ã), diga os dizeres padronizados pelo PASTOR ou DIRIGENTE. Ex: “Tomai e comei, fazei isto em memória de mim!”

5.7 PARTE EXTERIOR DO TEMPLO 1. Verifique e acione seus colegas que por algum motivo não esteja em suas atividades conforme a designação de atividades diaconais, que sempre consta num QUADRO DE AVISOS. Se o quadro não for oferecido pelo líder dos diáconos, deve ser proposto um, assim, eliminará muitos ruídos na comunicação; 2.

Supervisione os setores laterais, onde casais e adolescentes costumam ficar

conversando. Educadamente, conduza-os ao Culto; 3.

Fique atento quanto a elementos suspeitos, que durante o culto, rodem o

Templo. Eles são facilmente identificáveis. Caso isto ocorra, os mesmos devem ser seguidos por dois ou mais diáconos, para que entendam que estão sendo vigiados; 4.

Procure não levar problemas para os obreiros. Procure primeiro solucioná-los.

Faça isto somente em último caso, ou quando sua COMPETÊNCIA ESGOTAR-SE! 5.

Nunca leve problema ao PASTOR sem que antes comunique o fato a um

obreiro. Lembre seu papel é ajudar e não complicar a vida do pastor; 6.

Controle com carinho, o fluxo de crianças no corredor e áreas adjacentes,

canalizando-as às suas quando na EBD; Nos cultos normais leve-as ao Culto das Crianças ou conduza-as ao Culto; 7.

Trate bem as crianças! Se não levar jeito para tal, procure evitar transtornos.

Procure os pais das mesmas;

33

8.

No estacionamento, evite ficar sozinho, devem sempre ser designados dois

diáconos; 9.

Procure ser gentil com as pessoas que porventura estacionem em lugares não

apropriados. Caso se aborreçam, deixe-as onde estiverem; 10. Não seja insubordinado à liderança, em tudo seja bom exemplo aos fiéis

5.8 QUADRO DE AVISOS – DESIGNAÇÃO DE DIÁCONOS 1.

Procure sempre consultar sempre que possível, o Quadro de Avisos. Na

Folha de Designação de Diáconos, o seu nome constará em um dos setores do Templo; 2.

Ocupe sua posição e cumpra o seu Ministério. Não espere retribuição aqui

na Terra. Deixe isto para o TRIBUNAL DE CRISTO! IICOR. 5:10; 3.

Lembre-se que cada documento deste Quadro, consta de uma assinatura do

Pastor/Dirigente e outra do Supervisor Diaconal. Sua recusa ao cumprimento de suas tarefas ali designadas poderá se constituir num grande pecado; OBEDEÇA HOJE PARA SER OBEDECIDO AMANHÃ!

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O DIÁCONO E A COMUNICAÇÃO

Ev. Gill Rocha

“Nosso sucesso e o nosso fracasso estão relacionados com a forma como nos comunicamos”

6.1 A COMUNICAÇÃO NO MUNDO PÓS-MODERNO O século XXI se revelará como a hera da comunicação. Isso se dá pelo avanço da ciência, da tecnologia, das artes, da biomedicina, da política, das ideologias quebradas do século XX e, principalmente, pela universalização da informação. Os seres humanos estão muito mais ligados, quer de uma, quer de outra forma. Há elos que os tornam cumplicem em todas as áreas da vida, um efeito dominó em que tudo depende de todos, se o mundo vai bem, os homens são consequência; se mal, são, pelos motivos opostos, a causa. Em tempo algum da historiografia humana se viu um período tão dependente da comunicação como este em que estamos vivendo. Quem não desenvolver a habilidade de comunicar-se, certamente há de perder as melhores oportunidades de sua vida. Não basta mais ter um diploma dentro da pasta, não se vive mais o tempo do canudo, hoje, no atual contexto socio-economico o mundo busca pessoas que estão além do conhecimento restrito, único e sim, o amplo, o vasto, o holístico. O sucesso da vida de qualquer pessoa, dentro e fora do círculo eclesiástico depende de sua habilidade de comunicação. Observer que não estou dizendo da habilidade de falar. Sabemos de pessoas que falam bastantes, as vezes, além do que devia. Saber falar não significa que a pessoa saiba comunicar. Então, o que seria a arte da comunicação?

6. 1.2 O QUE É COMUNICAÇÃO? Segundo o Dicionário Aurélio, comunicação é o “Ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer através da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos,

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quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual. Partindo deste entendimento, podemos dizer que a comunicação se dá de várias formas e que esta implica em muito mais que sons e imagens, nos comunicamos de várias formas e de multiplas maneiras. 1.2.1 1.

Meios de Comunicação.

Linguagem - É o uso da língua como forma de expressão e comunicação

entre as pessoas. Agora, a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e imagens; 2.

Linguagem Verbal Oral – É toda a comunicação que se utiliza de palavras

para se efetivar. A palavra distingue o homem das outras espécies. A comunicação verbal se faz por palavras. 3.

Linguagem Verbal Escrita - É a linguagem que usamos quando queremos

escrever alguma coisa. Quando fazemos uma carta, uma redação, um bilhete, estamos utilizando a linguagem escrita. Exemplo de Linguagem Verbal Escrita e Oral - Um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal!

1.2.2

Linguagem não verbal

Ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais. o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito? Linguagem não verbal! De modo geral, a comunicação objetiva sempre alguma coisa, dentre elas podemos destacar: a. Transmitir o que pensamos aos outros; b. A aceitação das nossas idéias; c. Obter reação favorável das nossas idéias; d. Manter um relacionamento favorável com as outras pessoas; e. Agir com outros na busca de soluções para problemas presentes.

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A linguagem verbal é a mais utilizada entre as pessoas e surge ai o primeiro desafio da comunicação verbal oral: O uso das palavras. Para se fazer compreender é de todo necessário o uso correto das palavras, portanto, evite erros crassos, grosseiros. Quando se fala corretamente adquire-se admiração e atenção mais facilmente dos ouvintes. Evite usar gírias, a menos que o “clima” da reunião exija: a.

“Cara”

b.

“Bicho”

c.

“Meu”

d.

“Mano”

e.

“Rolou”

f.

“Tipo assim”

g.

“Tá manêro”

Um dos erros muito comum na comunidade evangélica é o uso do gerúndio. Dentro das organizações está prática é condenada. Tanto quanto possível, e sempre o é, evite gerundiar. Ex.: 1. “Estar falando” 2. “Estar cantando” 3. “Estar louvando” 4. “Estar adorando” 5. “Estar orando”

Evite da mesma forma falar palavras de outro idioma que não sejam do seu público, isso causa um ar arrogância, prepotência, julgando que sabe mais que o seu auditório. Evite tirar letra das palavras singularizando os plurais nem pluralizando os singulares. Não omita a pronuncia dos “S”, “R” e dos “I” intermediários. 1. “Primêro”; 2. “Precizá”; 3. “Jenêro”;

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4. “Comê”; 5. “Fazê”; 6. “Vamo”; 7. “Tercêro”; 8. “Óia”. 6.2 A VOZ E SUAS DIMENSÕES. A voz humana é o acompanhamento musical da fala, sendo essencial para a comunicação eficiente pela palavra falada. Uma voz normal representa formas vivas de comunicação, isentas de interferências nocivas. Uma voz alterada pode ser prejudicial para os objetivos de quem fala. O controle da voz, independente das palavras escolhidas para expressar os pensamentos, é um componente essencial da capacidade de um indivíduo ajustar-se à situações sociais, para fazer uma ou muitas pessoas. Quando a voz se desequilibra, como resultado de esforço e doença, toda a personalidade sofre e surge a inadequação e a insegurança. Segundo Uris, o tom vocal (agudo, médio, grave) “precipita o mal entendido; dizemos uma coisa, porém, significando outra”. Nada trai tanto uma pessoa quanto a voz. As variações do timbre, velocidade, inflexão, tensão e volume, incorporados ao ritmo melódico de uma frase, contribuem para o significado pretendido pelo orador ao ouvinte. Uma fala rápida e elevada da ansiedade e aos tons monótonos da depressão são reconhecíveis. A voz transporta intercorrências emocionais intrínsecas, tais como: a.

alegria,

b.

excitação,

c.

tranqüilidade,

d.

irritação,

e.

suspeita,

f.

simpatia verdadeira ou ausência de simpatia,

g.

humor que tranqüiliza,

h.

uma verdade que dói,

i.

o veneno do ódio.

Assim, emoções colorem a voz, dando ao significado infinitas variações que desafiam a interpretação pelos métodos modernos de análise. Por isso, devemos levar

38

em consideração a questão do ritmo, da intensidade e da tonalidade da voz a fim de realizarmos uma comunicação eficiente. 2.1 O RITMO DA VOZ. Quando consideramos a questão do ritmo, devemos compreender que tudo em nosso corpo é rítmico: O coração, a respiração, a circulação sanguínea, as trocas gasosas, o mastigar, a contração, o andar etc. Logo, a fala não pode fugir desta norma orgânica. Talvez, por algumas circunstâncias que envolvem o orador como tensão, nervosismo, ansiedade, pode ocorrer uma verbalização arrítmica. Apresentaremos abaixo uma tabela sobre o ritmo da fala: Ritmo da voz Até 60 palavras por minuto Até 80 palavras por minuto Até 100 palavras por minuto Até 120 palavras por minuto Até 140 palavras por minuto Acima de 160 palavras por minuto

Resultado Tendência à fuga da concentração: Compreensão incerta. Comunicação eficiente, ótima captação: Compreensão total. Baixa eficácia articular. Dicção sofrível: Compreensão de 50%. Respiração descoordenada, dicção confusa: Compreensão de 30%. Ineficácia articular. Péssima dicção: Compreensão de 20%. Grave distúrbio da comunicação, compatível com distúrbios psíquicos, descontrole, confusão de idéias, precisa urgentemente de tratamento psiquiátrico

6.3 A IMPORTÂNCIA DA POSTURA CORPORAL Estudos realizados na década de 90 a pedido da Kodak Company, o psicólogo Albert Mehrabiam chegou a uma interessante conclusão: “A transmissão de uma mensagem a uma platéia tem 100% de chances de ser bem sucedida. Mas a influência desse total está dividida em 7% pelo vocabulário, ou tudo que a pessoa aprendeu lendo nos livros, apostilas, revistas; ouvindo rádio e vendo televisão. 38% do total ficam a cargo da qualidade da voz e, o restante 55% responsabilizaram a expressão corporal”.

39

É impressionante, mas, juntando as pesquisas, chega-se à conclusão de que o componente verbal em uma conversa não chega a 35% e que nos outros 65% se deve a comunicação realizada em nível não verbal. A comunicação não verbal exerce profunda influência em nossa comunicação cotidiana, mas poucas pessoas têm consciência disso. Olhares, gestos de mãos, cabeça e tronco, pernas e braços, sentar e ficar em pé. Não podemos negar que o corpo e os seus gestos falam mais forte que as palavras. Assim, quando conhecemos os significados dos movimentos corporais, as palavras tornam-se consonantes. Quando desconhecemos isso, a palavra e a fala contam uma história enquanto os gestos do corpo (e do rosto, principalmente) contam outra.

CONCLUSÃO

O propósito deste tema no Curso de Capacitação do Corpo Diaconal da Igreja Assembleia de Deus se dá pela necessidade de pessoas envolvidas na obra do Senhor com predicativos para o exercício de cada função. A Igreja sabe que a função diaconal é fundamental porque trata do ministério da inclusão. Toda e qualquer igreja que despreze a função diaconal exclui-se por si só da possibilidade de fazer uma igreja inclusiva em um mundo de contrastes e de violência. As pessoas buscam a sacralidade do aconchego nos braços ternos da mãe igreja e os braços que lhes acolhem são os do corpo diaconal. Deus vos abençoe!

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BIBLIOGRAFIA

CALVINO, Juan. Institución de La religión Cristiana. Rijswijk, Holanda: Feliré, 1981. Vl. II liv. IV; FERREIRA, Edijéce Martins. Por que não diaconisas? Recife: junta diaconal da IPM, 1990; MAURICIO GOEDERT, Valter. O diácono permanente. São Paulo,: Paulus, 1995, p.19; CORREA ANDRADE, Claudionor, O manual do diácono, São Paulo: CPAD, 1985; BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, Rio de Janeiro: CPAD, 1995; DICIONÁRIO DA BÍBILIA DE ALMEIDA- 2ª edição, São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

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