Curso hipnose Ericksoniana

February 26, 2019 | Author: Rogerio | Category: Hypnosis, Neuron, Cerebrum, Human Brain, Perception
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Curso hipnose Ericksoniana Instrutor: Rogério da silva santos Anexo 01 / Apostila 01 HIPÓTESES E TEORIAS ACERCA DO FUNCIONAMENTO DA HIPNOSE

Afinal de contas, o que é a Hipnose? Diversas Hipnose? Diversas teorias surgiram para tentar explicar esse estranho estado. A hipnose é um construto complexo e na atualidade não existe uma teoria predominante sobre a mesma ou que seja consensualmente aceita, mas sim um contínuo de pontos de vista teóricos; e se entende a razão... Estamos tentando definir um fenômeno do cérebro, este órgão sobre o qual conhecemos tão pouco e do qual utilizamos somente uma parte mínima. As provas apresentadas a favor de cada uma dessas filiações, desde os experimentos laboratoriais ao conteúdo de verbalizações, fantasias, sonhos e manifestações do comportamento, são em número deveras impressionante.

O CÉREBRO DO HIPNOTIZADO Com o avanço tecnológico, a hipnose vem sendo estudada por meio de exames como eletroencefalografia digital (EEGD), mapeamento cerebral, potenciais evocados, ressonância funcional e tomografia por emissão de pósitrons - PET (Positron Emition Tomography), que possibilita a partir de

injeção de glicose ativada, identificar as áreas cerebrais ativas em diferentes situações experimentadas em pacientes, mas o importante é que estas avaliações acontecem de forma dinâmica, não estática como acontece com os tomógrafos convencionais. E se pode observar estrutura mais profundas do que a limitação imposta pelos eletroencefalógrafos que monitoram somente a camada cortical, podendo ser estudadas estruturas mais profundas do sistema nervoso, neste caso nos interessa o Sistema Límbico-Hipotalâmico e suas relações com o estado alterado de consciência do transe hipnótico. Estes estudos abrem novas perspectivas e outras questões surgem como resultado. Baseado nestes estudos de pesquisa de ponta há 8 anos estão sendo realizadas pesquisas com o Pet Scan direcionadas ao estudo do transe hipnótico como estado alterado de consciência em renomadas e conceituadas instituições norte americanas como Universidade de Standford e Harvard e os Hospital Geral de Massachusetts e Memorial Hospital de Neva York. Neurologistas, radiologistas, psiquiatras entre outros profissionais estão tentando desvendar os mistérios da hipnose clínica. Em 1998, a hipnose saiu do campo da especulação para o campo científico através de uma experiência coordenada pelo psicólogo e neurologista da Universidade de Harvard, Stephen Kosslyn, que contou com auxílio de psiquiatras, radiologistas e neurologistas da Universidade de Stanford nos EUA. Dezesseis voluntários observaram imagens em cores na tela de um computador. Depois de hipnotizados, eles foram levados a acreditar que a mesma figura colorida, vista outra vez no monitor, era toda em tons de cinza. Com o auxílio de um equipamento de última geração na área da tomografia computadorizada, eles foram avaliados pela tomografia por

emissão de pósitrons (PET), um exame capaz de mapear áreas cerebrais e que aponta as áreas que são ativadas durante atividades cerebrais específicas, verificou-se que a área do cérebro responsável pela percepção das cores permaneceu desligada. Em compensação, a chamada área lingual foi acionada - ela é capaz de inibir informações sensoriais, como os estímulos visuais provocados pela cor. Ou seja, sem nenhuma possibilidade de farsa, o cérebro passou a ver em preto e branco.

Mais tarde, os mesmos voluntários foram induzidos a ver cores numa figura em preto e branco. Comprovou-se que a região relacionada à visão das cores, próxima da nuca, era especificamente ativada. Se eles não estivessem hipnotizados e vissem uma figura em preto e branco, o cérebro dos voluntários não apresentaria esta área ativada; afinal, o nervo óptico não levaria à massa cinzenta informação infor mação de cor. Os resultados preliminares desse estudo são espantosos! Esta experiência foi um marco definitivo para a validação da hipnose como método científico pela Organização Mundial da Saúde em 1998. A tese mais aceita é de que as palavras do hipnotizador, processadas pelo nervo auditivo, alcançam a ponta de uma rede, na base do cérebro (tronco cerebral), chamada

substância reticular ascendente (SRA) - a qual também é responsável pelo estado de consciência desperta, assim como pelas atividades do hipotálamo e sistema límbico - e se espalham por toda a massa cinzenta. Por se tratar de estímulos repetitivos, quando eles chegam ao lobo frontal, região atrás da testa, concentram a atenção do paciente em um único foco, inibindo tudo o que está ao redor. Quando alguma coisa chama a nossa atenção, três áreas do cérebro ficam especialmente ativas. Primeiro, a região parietal direita aciona a nossa percepção. Logo depois, é a vez da região préfrontal direcionar nosso olhar para o alvo da atenção. Então, uma outra área, conhecida como o giro do cíngulo, avalia: vale a pena ou não continuar olhando para aquilo? O alvo interessa de alguma forma pra nós? Quando cai o nível de atividade na base do cérebro, muda a predominância do externo (exteriorização) para o interno (interiorização). Quando alguém dá menos atenção para a informação que vem dos sentidos, mais atenção é dada para a informação interna. No estado hipnótico os fenômenos observados são tipicamente de origem límbica. Os fenômenos de rememoração (recuperação de memórias esquecidas ou reprimidas) e revivificação (ressurgência da experiência emocional vivenciada no evento rememorado), comumente reunidos no termo "regressão"; as amnésias espontâneas experimentadas quando se sai do estado hipnótico; a aprendizagem acelerada que ocorre neste estado; as analgesias; a estimulação do sistema imunológico; as alterações subjetivas do esquema corporal e as vivências alucinatórias induzidas por sugestão, são fenômenos típicos associados à formação hipocampal do sistema límbico. Esta região é responsável pela formação da memória, pela

aprendizagem, pela imagem do corpo (esquema corporal) e pela regulação do sistema imunológico. Compreende-se, agora, como a hipnose favorece a liberação de emoções reprimidas juntamente com a memória do evento que a gerou. A repressão de lembranças desagradáveis e as defesas que impedem que elas aflorem é um processo ativo do córtex pré-frontal (formação recente na evolução, sede da personalidade e da vida intelectiva)* O sistema límbico se vê, assim, impedido de descarregar a estase energética e regular o equilíbrio e a distribuição da energia dinâmico-afetiva. O córtex pré-frontal modula a energia límbica e tem a possibilidade de criar comportamentos adaptativos adequados ao tomar consciência das emoções. Por outro lado, o sistema límbico através do hipotálamo pode exercer um efeito supressor sobre o neocórtex (inibição momentânea da cognição e também sobre o tônus muscular tônico, como se observa nas fortes excitações emocionais). (*) O lobo frontal é responsável pelo nosso temperamento, nossa relação com as pessoas, nosso jeito de ser. É o que nos faz indivíduos ímpares. A parte mais sofisticada do cérebro. Referência Bibliográfica: Revista SuperInteressante, Ano 12, n. 5, Maio 1998, Cérebro "Visão Hipnótica", pág. 40 - chamada de capa: HIPNOSE - Ela já foi condenada como um truque de charlatães. Hoje, comprovada pela ciência, ajuda a Medicina a curar muitas doenças. HIPNOSE NA VIDA DIARIA Segundo Marlus Vinicius as manifestações da hipnose ocorrem na vida diária sem que a maioria das pessoas perceba:

Quando assistimos a um filme, no cinema ou na televisão, e estamos realmente gostando, nós nos emocionamos com as cenas do filme. Podemos rir, chorar, ficar revoltados ou alegres com determinadas seqüências do filme; pode ocorrer sudorese nas mãos, redução do ritmo respiratório. Nesses momentos em que nossa atenção está focalizada nas cenas, e segundo o conteúdo das próprias cenas e de acordo com as nossas experiências passadas, estamos hipnotizados. Durantes essas cenas, nosso juízo crítico não se preocupa com a velocidade e número das cenas, nem com a definição das imagens, ou até mesmo como foram produzidas as cenas. Não pensamos tratar-se de um conto, nos envolvemos com as cenas, sentimos as cenas com todos os nossos sentidos, e muitas vezes deixamos de ouvir ou de prestar a atenção num barulho estranho ao filme, como o som da campainha da nossa residência; 1.

Quando estamos interessados na leitura de um determinado livro, reagimos emocionalmente às descrições das situações interessantes sem estarmos analisando criticamente o tamanho das letras, a ortografia, falhas na impressão. Limitamos, desse modo, a nossa atenção visual ao conteúdo do que estamos lendo e somos autohipnotizados; 2.

Quando estamos ouvindo com entusiasmo uma música de nossa preferência, permanecemos sem analisar criticamente a afinação do cantor ou a performance da orquestra. Essencialmente, concentramos a nossa atenção no som musical, permitindo que a música entre em nossa mente e em nosso corpo, e até podemos ser hipnotizados pela música, a qual pode nos fazer recordar de um acontecimento passado, ocorrendo uma relembrança ou mesmo uma revivificação; 3.

Quando estamos dirigindo nosso carro de casa para o trabalho, prestamos atenção consciente ao transito, contudo a direção do carro é realizada em nível inconsciente. Nós não ficamos, conscientemente, engatando as marchas e pisando no freio. Assim mesmo quando dirigimos o veículo prestando atenção ao transito, uma série de estímulos chega ao nosso cérebro sem se tornar consciente neste exato momento e pode ser armazenada em algum lugar do encéfalo; 4.

Quando uma pessoa está aprendendo a dançar, presta atenção ao compasso musical, presta atenção na sua posição corporal, olha para os pés para saber aonde irá posicioná-los. Enfim, procura seguir o professor ou o seu par. Essa fase pode ser comparada às sugestões que o hipnoterapeuta formula ao paciente durante o tratamento pela hipnose. Posteriormente, quando a pessoa já sabe dançar, simplesmente ouve a música, deixa-a entrar pelo seu corpo e sai dançando automaticamente; 5.

O Tratamento bem-sucedido, pela hipnose, pode ser observado quando, por exemplo: O paciente reprogramou seu modo de alimentar-se para tornar-se e permanecer esbelto;

1.

Quando, por meio da hipnose, ampliou sua capacidade de aprender e relembrar o aprendido;

2.

Quando, por meio da hipnose, eliminou uma fobia; Durante uma conferência ou uma aula, quando o aluno se interessa pela matéria e o professor é habilidoso, o aluno permanece com sua atenção tão focalizada e limitada ao assunto, isto é, está hipnotizado, que os ensinamentos são gravados no seu inconsciente e mesmo no seu inconsciente.

Ao terminar a conferência ou a aula, o aluno sai satisfeito com os ensinamentos compreendidos, sendo capaz de lembrá-los durante uma prova. Alternativamente quando o professor é chato, fala bastante e apenas lê os dispositivos projetados, o aluno não se interessa pela matéria e se distrai com qualquer coisa, não há focalização da atenção, nem hipnose. Conseqüentemente, não há aprendizagem adequada. Muito provavelmente o aluno será incapaz de lembrar durante a prova, nem para o seu proveito durante a sua vida, o que esse professor tentou transmitir; Muitas sugestões indiretas ocorrem no cotidiano e conduzem a respostas similares às ocorridas na hipnose formal. Quantas vezes estamos passeando num “shopping center” com o desejo de adquirir alguma peça para o vestuário quando, passando pela frente de uma lanchonete, sentimos o odor do café, recebemos uma sugestão sensorial olfativa direta, e somos levados a entrar e saborear um cafezinho. Da mesma forma uma sugestão direta aplicada na hora certa com palavras corretas e poderosas, com tom emocional adequado ao contexto, pode fazer uma multidão mover-se imediatamente sem que as pessoas parem para raciocinar e optar pela melhor alternativa de comportamento. Isto ocorre quando num cinema durante a exibição de um filme alguém grita: “Fogo! Está pegando fogo!”. Quantas vezes ao tirarmos uma roupa descobrimos que nos arranhamos num braço ou numa extremidade do corpo, sendo que no momento do arranhão nada sentimos, pois estávamos com a atenção concentrada em outra coisa, pois nesta hora estávamos anestesiados.

Muitas vezes nos podemos entrar em hipnose, sem nenhuma sugestão verbal, simplesmente dirigindo um veículo numa estrada com longas retas ou numa autoestrada; outras vezes, simplesmente assistindo a um programa de televisão. Assim podemos compreender que a hipnose, na vida diária ocorre mais freqüentemente do que imaginarmos, e contribui para o entendimento de que não é necessária a indução formal para obtermos a hipnose. No consultório do hipnólogo, faz-se a indução formal de hipnose para obtê-la no momento desejado e com finalidades específicas.

CONTRA INDICAÇÕES DA HIPNOSE •











O uso em Psicóticos, bordeline ou compensados, (mas que podem ser tratadas por hipnoterapeutas e psicanalistas bem treinado); Sem objetivo definido e construtivo, apenas para satisfazer insistentes pedidos do paciente; Se o estado do paciente não está determinado; Satisfação do EGO do hipnotizador; Remoção de sintomas sem se preocupar com a causa dos mesmos (o que alguns questionam dizendo que o alívio pode ser permanente e que o paciente, eventualmente, pode aproveitar esse período, sem sintomas, para melhor adapatar-se a vida); Eliminar sensações (fadiga, por exemplo) o que pode levar o paciente a ultrapassar os limites de sua capacidade física.

CONSTELAÇÃO HIPNÓTICA (SEGUNDO JEFFREY K. ZEIG )1 1

 Extraído da Apostila de Drª Sofia Bauer

Economia de movimentos (catalepsia) Literalismo (interpretação literal) Demora para iniciar resposta Mudança nos reflexos de salivação e deglutição Diminuição na freqüência respiratória, pulso e pressão sangüínea - há uma diminuição geral dos reflexos Relaxamento muscular Mudanças no comportamento ocular: Mudanças pupilares Tremor palpebral Perda de foco Olhar fixo Mudanças na freqüência das piscadas Mudanças no movimento lado a lado do olho (REM) Lacrimejamento Redução dos movimentos de orientação Perseveração Assimetria direito / esquerdo Mudanças na circulação periférica Fasciculação Aumento da responsividade Aumento da atividade ideomotora e ideossensória -

FENOMENOLOGIAS DOS ESTADOS HIPNÓTICOS

Durante o transe hipnótico, de acordo com a sensibilidade individual momentânea e segundo a profundidade do transe alcançada, pode-se verificar ou induzir o surgimento de alguns fenômenos psicossomáticos. Vejamos alguns deles:

RELACIONADOS À MEMÓRIA •







Amnésia :Esquecer-se de pensamentos ou de fatos passados durante o transe (espontaneamente ou não) ou em uma ocasião específica, o que pode dar-se espontaneamente ou de acordo com orientações sugestivas do hipnotizador. Hipermnésia: É a capacidade de lembrar-se de forma nítida e com riqueza de detalhes de pensamentos, sentimentos ou eventos ocorridos e completamente esquecidos. Regressão de idade ( memória):  O fenômeno de regressão de idade é parcialmente baseado nos mecanismos de hipermnésia e amnésia. É a capacidade de reviver pensamentos e sentimentos passados como se fossem presentes, como se a pessoa estivesse em um momento específico de uma idade anterior, no qual se comporta, pensa e reage de forma similar à idade em questão, mas guarda todos os mecanismos de aprendizado da idade atual [de forma que ela apresentará todo o controle dos esfíncteres, e não irá urinar nas calças quando "regredir" a uma idade em que ainda não tinha o controle sobre esses músculos, embora reproduza comportamentos infantis. Xenoglassia: Capacidade em relembrar e fazer uso lógico de uma língua estrangeira que se ouviu na infância, e da qual não se tem domínio conscientemente.

IDEOSOMÁTICAS (OU IDEOMOTORAS) Há uma associação entre a postura e a fisionomia do indivíduo hipnotizado: se o paciente for colocado em posição de boxe, sua fisionomia adotará feição de ferocidade; se o colocarmos de joelhos e com as mão unidas, sua fisionomia adotará uma placidez de quem está a orar.

Estigmatização e Hematidrose - Em 1885 Focachon, farmacêutico de Charmes produzia na presença dos drs. Bernheim, Legeois, Dumont etc. vesicações sob sugestão enquanto três médicos de La Rochelle obtinham algumas gotas de sangue na pele de um hipnotizado.



Catalepsia: Enrijecimento dos músculos sem a fadiga durante o estado hipnótico, paralelamente à suspensão das sensações. A catalepsia seria, portanto, a permanência de pelo menos alguma parte do corpo em determinada posição por algum tempo sem as dores causadas pela constância.





Movimentos "Alavancados":  São movimentos pausados, e na maioria das vezes lentos, como se o indivíduo estivesse levando pequenos choques. Muitas vezes ocorre durante o teste sugestivo da "levitação da mão". Hiperpraxe:  Aumento da capacidade muscular. Tomemos como exemplo a força da mandíbula: todo mundo tem aproximadamente 600 libras de pressão nos músculos da mandíbula, mas poucas pessoas já usaram-na. Não obstante, isto permite que os acrobatas pendurem-se pelos dentes de um trapézio e executem os feitos mais surpreendentes enquanto estão assim apoiando o peso do corpo pelos dentes...

IDEOSENSORIEDADE •



Dissociação: É uma cisão, uma separação dos estados psicológicos entre consciente e inconsciente, ou separação entre emoções e os pensamentos, comportamentos e sensações. É um processo mental no qual sistemas de idéias são separados da personalidade normal e operam independentemente. Na dissociação uma palavra, símbolo ou lembrança deixa de estar associada a certas idéias, lembranças etc. Alucinações: O detalhe mais impressionante da hipnose é o fato do paciente vivenciar alucinações sugestionadas; podemos alterar as percepções, induzindo ilusões e alucinações positivas (ver, sentir ou ouvir o que não existe) ou alucinações negativas (deixar de ver, sentir ou ouvir o que existe) mesmo que a pessoa mantenha seus olhos abertos durante o transe hipnótico. E pode-se obter o mesmo efeito em sugestões póshipnóticas, dadas durante a hipnose e executadas







depois, em estado de vigília, executadas horas, dias, meses ou anos depois. Analgesia: É a sensação de dormência (diminuição da percepção tátil) em alguma parte do corpo (estes fenômenos são utilizados na terapêutica da dor). Hiperestesia: A hiperestesia é o aumento da percepção das sensações, com a ampliação do limiar perceptivo a níveis mais sensíveis de estimulação. "Transfert":  A transferência de sensibilidade de uma parte do corpo para a parte correspondente do outro lado. Trata-se meramente do exagero de uma relação normalmente presente em partes simétricas do corpo.

RACIOCÍNIOS SOBRE O FUTURO Pseudo-orientação no futuro: pensar o futuro a partir do presente. O indivíduo pensa o futuro, sabendo que é apenas uma projeção, e através dos cinco sentidos pode pensar e dar formas a situações que irá passar. Progressão de idade: O indivíduo pensa estar num futuro. Pode-se passar por uma situação antes dela acontecer para saber quais serão as reações quando isso se tornar realidade (isto não está ligado à previsão do futuro). COGNIÇÃO Signo-sinal:  São comandos associados aos estados hipnóticos, como uma palavra ou frase dita ao paciente durante o transe e que funcionam como uma "chave" para induções futuras. São usados normalmente para facilitar cada

uma das próximas sessões para que o trabalho seja iniciado e conduzido de uma forma mais rápida. Duplicação de sistemas de raciocínio: Duplicação é a atividade psíquica onde duas linhas de raciocínio acontecem simultaneamente e de forma independente uma da outra (o que permite obter-se a Escrita Automática, popularmente conhecida como "psicografia", a Escrita Ambidestra, em que o indivíduo hipnotizado é levado a escrever ou digitar um texto diferente lógico e coerente com cada mão, às vezes em línguas diferentes). Sugestão pós-hipnótica: É o estabelecimento de comportamentos, atitudes, relações e formas de pensar que terão efeito depois do processo formal de transe hipnótico, sendo executados os comandos com o indivíduo em estado de vigília. Refere-se à execução, no tempo de pós-transe ou a algum tempo especificado, de sugestões dadas durante o transe. Alteração de consciência reflexiva: É a maneira como a pessoa vê a si mesma, em estado de vigília e em estado de hipnose. A percepção da área corporal fica notadamente alterada, assim como a identificação com a massa corpórea (alguns indivíduos referem-se a si mesmos na terceira pessoa).

NOÇÃO DE TEMPO A distorção da noção de tempo se divide em duas categorias: Expansão da noção de tempo: Tem-se a impressão de que passou um tempo muito maior do que realmente se passou. 20 minutos podem parecer 4 horas para a pessoa hipnotizada, e muitas vezes segue-se uma noite de "insônia" com muita vitalidade, uma vez que o transe repõe o descanso fisiológico necessário. •



Condensação da noção de tempo:  Ao indivíduo hipnotizado se parece ter transcorrido menos tempo do que passou. É muito comum após despertar de um transe profundo o sujeito completar uma história que estava contando minutos antes da indução, e perguntar ao seu terapeuta quando este vai começar, e mesmo negar que tenha estado em transe.

COMO SE DESENVOLVEM OS PROCESSOS MENTAIS 2 Como funciona a mente A mente funciona através de áreas cerebrais distintas, que são: percepção, nãoconsciente (que engloba: subconsciente, inconsciente, inconsciente coletivo, préconsciente, etc. . aos efeitos de resumir e fazer uma divisão mais objetiva), consciente e prémotora. Zona A: Percepção Através desta zona captamos as imagens e sensações que nos chegam do mundo exterior, por meio dos cinco sentidos. Esta zona está situada na região occipital. Zona B: Não consciente (atividade automática) É a mente subjetiva. Esta zona está integrada pelo tálamo, e hipotálamo que são pequenas glândulas situadas abaixo do corpo caloso, de onde partem e para onde vão parar infinidades de ramificações nervosas, destinadas às diversas áreas cerebrais. No seu interior está situado o centro da memória. 2

PUENTES, Fábio, Hipnose: Markenting das Religiões, Editora Cenau  –  2ª edição 2001  –  São Paulo

Podemos dizer pois, que é um grande armazém de experiências e vivências compiladas ao longo de nossas vidas. No tálamo e hipotálamo se registram assim mesmo todos os nossos conhecimentos e, portanto, nossos impulsos básicos, sensações, instintos e hábitos. Tudo quanto sabemos e conhecemos da vida, fica registrado e arquivado em nosso subconsciente até o fim de nossa vida, pois nada se apaga nele. O material recebido vai se acumulando e nada é esquecido. O subconsciente governa o sistema nervoso simpático, que tem sua sede na espinha dorsal e desta forma controla os órgãos e músculos involuntários e suas diversas funções no organismo, tais como: coração, fígado, pulmões, rins, intestinos, glândulas, etc. Em ocasiões de perigo assume um controle efetivo sobre os órgãos vitais, como por exemplo, em um colapso, acidente, etc. Assim, a pessoa pode permanecer em estado de coma profundo ou completamente anestesiado, ou ficarem imobilizadas em certas partes do corpo, apesar das quais, o organismo continua cumprindo as funções vitais, tais como respirar, etc., de uma forma totalmente automática, sem que aparentemente ninguém o dirija. É muito importante lembrar que o subconsciente induz. Seus movimentos são involuntários e não dependem da consciência. Zona C: Consciente - Mente Objetiva Localiza-se na zona frontal e faz parte do córtex e sub-córtex cerebral. Sua função é a de ordenar, analisar e discernir toda a informação que recebe do subconsciente, e fazer com que se cumpram as ordens que lá chegam. O consciente é a mente objetiva, governa o sistema nervoso e tem sua base no cérebro. Governa os músculos voluntários e os sentidos (paladar, tato, audição, visão e olfato).

É a parte da mente que analisa, sintetiza, deduz, raciocina, etc. A memória do consciente é imperfeita e nula, porque esquece e não armazena informações. Zona D: Pré-Motora É a que recebe ordens do consciente e, ao estar conectada diretamente ao sistema motor, transmite as ordens ao sistema nervoso central, e este, por sua vez, aos diversos grupos musculares, para que, dessa forma, culmine no processo mental e a idéia se converta em ação por meio do efeito ideomotor. Zona B1: Inconsciente É uma pequena zona que estaria situada debaixo do subconsciente, na qual estão gravados todos os instintos primários do indivíduo (sexo, perpetuação, defesa, etc.), ou seja, todos os instintos elementares que acompanham o ser humano, desde sua origem selvagem, perdido na noite dos tempos. Estas gravações nunca chegam a ser conscientes com facilidade. O cérebro humano funciona com dois tipos de energia diferentes que se complementam: a FÍSICA (ELÉTRICA) e a PSÍQUICA (QUÍMICA). O cérebro está formado por células. A célula principal se chama neurônio. Existem entre dez e doze bilhões de neurônios, que são considerados células nervosas, que estão localizadas no córtex cerebral (a parte mais nova do cérebro) e existem configurações no sub-córtex (o interior). Um só de tais neurônios possui um número incalculável de ramificações. Para se ter uma idéia podemos dizer que um só neurônio está relacionado com outros dez mil neurônios.

A conexão dos neurônios se chama sinapse. A sinapse se realiza através da liberação de substâncias químicas (neurotransmissores) e que vão gerando estímulos elétricos, chamadas de ondas cerebrais. As ondas cerebrais são de diferentes intensidades, que se medem em ciclos por segundo. Estas ondas, na atualidade são de cinco; das quais duas indicam estado de vigília e as outras três um estado por debaixo da vigília, que vai desde um leve sono até o coma. Para mudar uma resposta temos que reprogramar esta forma de união desses neurônios. Isso se consegue modificando a intensidade das ondas cerebrais. Muitos medicamentos podem alterar o sistema neurotransmissor. Existem elementos eletrónicos (como jogos de luzes e sons) que chegam a mudar as ondas cerebrais. Há também outras técnicas mais naturais que acabam por modificarem tais ondas do cérebro. Ao mudar a intensidade se conseguem diferentes estados de consciência. Entre esses estados estão os chamados estados alterados de consciência, que são os que concentram o foco da atenção, deixando sensações que vão do êxtase contemplativo, até a excitação descontrolada. Segundo o investigador Héctor González Ordi, professor de Psicologia Básica da Universidade Complutense de Madri, temos a seguinte explicação “tradicionalmente, tem se definido um estado alterado de consciência como toda aquela experiência diferente à vigília. Mas esta curta definição já é antiga. Muitas vezes, atingir um estado alterado de consciência depende das expectativas que cada um tenha do fenômeno”. E alguns estudos realizados com consumidores de drogas psicoativas reforçam esta opinião. Sabe-se, por exemplo, que é possível sugestionar uma pessoa para que experimente as sensações subjetivas

próprias do consumo de cannabis ou LSD, ainda que na realidade esteja tomando um simples placebo. Aqui está a chave do estudo dos estados alterados da consciência. Existe muita informação segundo a qual as drogas, a hipnose ou a meditação “levam” o sujeito a mundos superiores mais criativos, mas a evidência científica parece demonstrar o contrário. Não se tem achado variações nos padrões fisiológicos próprios destas práticas, e se tem demonstrado que seus efeitos subjetivos podem conseguir-se por meio de outras técnicas muito mais simples, como é o caso da sugestão. O que acontece na realidade nos casos de estados alterados de consciência? Na realidade, se pode dizer que as excitações que se produzem no sistema nervoso central causam um estado especial de percepção quando a estimulação sensorial externa diminui. Isso também acontece com o estado alterado de consciência mais estudado: o sono, sempre que os estímulos do redor descem de intensidade rapidamente, as pessoas experimentam distorções de percepção e alucinações. Esta redução dos estímulos pode-se conseguir por meio de muitas técnicas fisiológicas, psicológicas e farmacológicas. Há inúmeros acontecimentos naturais e artificiais que podem modificar nossa experiência subjetiva. A mais famosa é o consumo de drogas, mas os investigadores usam outros truques para conseguir estes efeitos tão particulares. Por exemplo, a atividade física tem uma conhecida repercussão sobre nosso estado consciente, já seja por defeito (o relaxamento e a meditação), ou por excesso (as danças rituais que acabam com um suposto estado de transe ou os atletas de maratona que perdem a percepção do redor quando superam um certo nível de cansaço).

Também os estímulos externos têm resultados similares. Uma voz sugestiva, o som de um gongo, o movimento monótono de objetos ou a música podem nos transladar a um estado alterado de consciência. Por último, há situações clínicas que ocasionam alguns destes estados. Entre elas a hipoglicemia, a febre ou a má nutrição, que são, as vezes, indutores de alucinações. Como podemos ver, não há nada de misterioso nestas manifestações da mente sadia, simplesmente são modificações de nosso estado de atenção. O xamanismo, o transe religioso, as experiências próximas à morte, as possessões e as visões místicas poderiam ser perfeitamente explicadas por estes mecanismos físicos e psíquicos. Segundo González Ordi, “um profissional da saúde pode induzir um estado alterado da consciência como terapia para certos transtornos, sobretudo para os relacionados com a ansiedade e o estresse. Mas é muito perigoso pretender atingir ditos estados por meio de drogas ou com práticas de sugestão não controladas”. De fato não é estranha a aparição de certos episódios psicóticos e transtornos mentais graves relacionados com estas práticas, como o xamanismo, que agora fazem furor nos círculos esotéricos – no abuso de ervas e chás alucinógenos, que são usados com pretensões de encurtar o caminho para sabedoria e a expansão mental, e com “curas”, usando conhecimentos ancestrais. Ao entrar nas ondas alfa, um pouco mais abaixo da vigília, entra-se num estado de consciência alterado de meditação, contemplação e abstração. Este estado segrega um hormônio chamado de acetilcolina, que produz uma sensação de relaxamento muscular. Isto se vê no tipo de auto-hipnose provocado nas religiões orientais, como o Yoga. Quando se aumenta a intensidade de beta, que é o estado de vigília no qual você está agora, e as descargas elétricas se

aceleram, passa as ondas gamma, um estado de consciência alterado, que provoca excitação, descontrole, e enquanto em alfa o corpo pode estar relaxado e tranqüilo, em gamma, o movimento é desordenado, com muito pouca coordenação. Este estado alterado faz que a mente segregue um outro hormônio chamado de adrenalina, que provoca uma sensação-reflexo de luta ou fuga. Este fenômeno se vê nas religiões pentecostais e nos rituais afro. As duas ondas alfa e gamma, produzem uma dissociação temporária, que provoca inibição cortical seletiva, e a atenção é desviada intencionalmente. Então vemos que, quando saímos da faixa de beta, tanto para cima (gamma) ou para abaixo (alfa) entramos num estado de consciência alterada. Sabe-se que a oração profunda, algumas danças (do tipo dervixe) o jejum prolongado, o orgasmo, certas drogas, jogos de luzes (como nas danceterias, os aparelhos como os “mega brain“), a hipnose, a meditação transcendental, o yoga, etc., provocam variações nas ondas cerebrais. Os instrumentos de percussão, também alteram a consciência, provocando uma inibição cortical muito importante. Isto é demonstrado durante as festas de carnaval, onde se pula, se dança, num estado que vai além das forças físicas, causando muitas vezes até a morte. Na guerra se usa o tambor para ir marcando o passo, levando os soldados a um estado de alteração, onde a atenção é desviada diante da possibilidade do perigo. Os antigos barcos de remos, possuíam um tambor que marcava o ritmo, conseguindo que os remadores fizessem seu trabalho sem sentir tanto o cansaço, conseguindo também um estado de consciência alterada. Existem duas formas de chegar a um estado de transe hipnótico: a trofotrópica, que é uma maneira alimentadora, maternal e a ergotrófica, que é mais autoritária, paternal. A

primeira: tem efeito sedativo, acalma. A segunda: excita, levando às vezes a um estado de estupor. Em qualquer das duas maneiras se produzem modificações fisiológicas, como de respiração, alterações cardíacas, de pressão arterial, alterações hepáticas e hormonais, aumento ou diminuição do umbral da dor (analgesia ou hiperestesia), perturbações musculares; e alterações psicológicas, tais como alucinações e ilusões sensoriais (de tato, gosto, olfato, visual e auditiva). Quando uma criança, se machuca, e chega chorando até sua mãe, esta simplesmente, a acaricia, fala suavemente e beija meigamente no lugar da lesão, é o suficiente para produzir a liberação de substâncias, chamadas endorfinas, que alcançam um potencial analgésico muito superior ao da morfina. Esta substância está naturalmente em nosso cérebro e é liberada no estado de choque emocional. O toque carinhoso e o beijo “mágico” foram determinantes e a dor da criança “desapareceu”, por amor. Quando essa mesma criança, chega machucada, chorando até seu pai e este lhe acena com o dedo indicador, usando um tom de voz grave, dizendo, “os homens não choram!”, automaticamente a endorfina, liberada pelo medo, entra na corrente sangüínea, e produz um estado de analgesia. O efeito final é o mesmo, conseguindo chegar até a hipnose por dois caminhos bem diferentes: o do amor e o do temor. Em certos cultos ou ritos religiosos, se observarmos, vemos que se usam os dois métodos, o autoritário e o maternal. O padre na sua igreja com o silêncio, as luzes tênues e dirigidas, o som grave do órgão, e as pregações com voz pausada e de ritmo modulado, está usando o método maternal. Ao igual que o budista ou o iogui que entram em êxtase pela contemplação intensa,  –ou concentração exagerada que leva a uma hipnose- conseguindo um estado

de meditação profunda. Nestes dois casos se atinge a faixa das ondas alfa. Nos rituais afro-brasileiras se usa muito a percussão, os movimentos convulsivos do corpo, cenas fortes com sangue e animais. Isto produz um estado de excitação, provocando um transe similar, para não dizer igual, ao transe hipnótico. Em certos templos de modalidade evangélica, os pastores começam suas orações e pregações com um ritmo monótono, subindo de tom, falando permanentemente, “bombardeando” com palavras, exaltações, para a platéia, repetindo cada certo tempo reforçando, palavras que servem de apoio, estimulam e excitam como a mágica “aleluia” . Ao sentir -se -se cansado este pastor, outro o substitui, e o bombardeio continua. De novo se produz a dissociação temporária, desvia-se a atenção e provoca-se uma inibição cortical. Novamente aparece o transe hipnótico, onde foi usado o método autoritário ou paternal, atingindo em ambos casos a faixa das ondas gamma. É importante esclarecer que o transe hipnótico se produz mais fácil e rapidamente por imitação. Isto explica a hipnose de massas, por contagio psíquico. Não devemos esquecer que no transe hipnótico atingimos a parte “nãoconsciente” do cérebro, esta zona simplesmente induz. A parte crítica do consciente, que é quem deduz, deduz, está censurada, adormecida. Já veremos, no capítulo seguinte, que esta censura se consegue com estímulos sensoriais e com sugestões.

Mudanças fisiológicas Dentre as mudanças fisiológicas que se produzem em conseqüência do transe, figura geralmente uma baixa na pulsação, ocorrendo quedas mais ou menos acentuadas na presão arterial. Ao iniciar-se o transe costuma haver uma

vasoconstrição, e a esta segue-se uma vaso-dilatação, que se vai prorrogando até o momento de acordar. Equivale a dizer que no começo a pressão pode subir um pouco, mas, à medida em que o transe se aprofunda, tende a cair. Observase geralmentee uma mudança na temperatura periférica. Aumento de calor na superfície e frios nas extremidades das mãos e dos pés. A pessoa bem hipnotizada caracteriza-se quase sempre pelas extremidades frias ( as mãos geladas), conservando-as geralmente assim durante todo o transe. Não será preciso acentuar que essas mudanças fisiológicas durante a hipnose decorrem largamente as modificações que se produzem no estado de espírito e no estado emocional do indivíduo. As diferenças de reações nesse particular obedecem a fatores muito sutis, que, dada a sua complexidade, podem escapar, inclusive, ao controle dos maiores peritos em matéria de psicologia. ESTÁGIOS DA HIPNOSE 3

LeCRON e Bordeaux, apresentam uma escala de graus do estado hipnótico e as mudanças fisiológicas que se produzem em conseqüência do aprofundamento do transe. sugere cinqüenta estágios. Muito embora há uma tendência de reduzir a cinco estágios, dos quais apenas três indicam estados de hipnose propriamente dita: INSUSCETÍVEL - Não apresenta características hipnóticas de espécie alguma;  –  Corresponde ao estado de relaxamento  – o HIPNOIDAL  –  “sujet” mostra uma expressão expressão de cansaço e freqüentemente

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 Texto extraído do Livro O Hipnotismo de KAL WEISSMANN, Grande hipnotista que muito me servi para a elaboração desta apostila.

um tremor de pálpebras, além de contrações espasmódicas nos cantos da boca;

TRANSE LIGEIRO – o “sujet” sente os membros pesados, experimenta um estado de alheamento, porém conserva plena consciência de tudo o que se passa ao seu redor. TRANSE MÉDIO - embora conserve alguma consciência do que se passa o “sujet” está efetivamente efetivamente hipnotizado. Não oferece resistência às sugestões, salvo quando estas contrariam seu código moral. Produz catalepsia dos membros me mbros e do corpo, alucinações motoras e cinestésicas. Aqui se consegue efeitos analgésicos e até anestésicos. TRANSE PROFUNDO OU ESTADO SONANBÚLICO  – constitui-se no maior transe, no sentido de profundidade. O “sujet” aceita sugestões as mais bizarras. Neste estágio podepodese mandar o paciente abrir os olhos sem afetar o transe. Ao abrir os olhos o paciente apresenta expressão fixa com pupilas visivelmente dilatadas. A aparência é a de quem está imerso em sono profundo, porém reage às sugestões do hipnotista. É o estagio próprio às anestesias profundas. A indução a este transe exige algumas sessões e cerca de 30 a 40 minutos de trabalho. •





Insuscentível – Insuscentível – Ausência  Ausência de toda e qualquer reação Hipnoidal  –   –  1 Relaxamento físico, 2 - Aparente sonolência, 3 – 3 – Tremor  Tremor das pálpebras, 4 – 4 – Fechamento  Fechamento dos olhos, 5 – 5  – Relaaxaamento  Relaaxaamento mental e letargia mental parcial, 6 – 6 – membros  membros pesados. Transe Ligeiro  –   –  7 Catalepsia ocular, 8  –   –  Catalepsia parcial dos membros, 9 – 9  – Inibição  Inibição de pequenos grupos musculares, 10  –   –  Respiração mais lenta e mais





profunda, 11 – Lassidão acentuada ( pouca inclinação a se mover, falar, pensar, agir), 12  –  Contrações espasmódicas daa boca e do maxilar durante a indução, 13  –  Rappor ente hipnotizado e o hipnotista, 14  – Sugestões pós-hipnóticas simples, 15  –  contrações oculares ao despertar. 16 – mudanças de personalidade, 17 – Sensação de peso no corpo inteiro, 18- Sensação de alheamento parcial. Transe Médio – 19 – O hipnotizado reconhece estar no transe e sente, embora não o descreva, 20 –  inibição muscular completa, 21  –  Amnésia parcial, 22  –  Glove anestesia (anestesia das mãos), 23  –  Ilusões sinestéticas, 24  –  Ilusões de gosto, 25  –  Alucinação olfativas, 26  –  Hiperacuidade das condições atmosféricas, 27 catalepsia geral dos membros e do corpo inteiro. Transe Profundo ou Sonambúlico – 28 – O hipnotizado pode abrir os olhos sem afetar o transe, 29 – olhar fixo, esgazeado e pupilas delatadas, 30 – Sonambulismo, 31  –  Amnésia completa, 32  –  Amnésia pós-hipnótica sistematizada, 33 – Anestesia completa, 34 – Anestesia pós-hipnótica, 35 – Sugestões pós-hipnóticas bizarras, 36  –  Movimentos descontrolados do globo ocular, movimentos desordenados, 37 – Sensações de leveza, estar flutuando, inchanddo e alheamento, 38 – Rigidez e inibições nos movimentos, 39 – O desaparecimento e a aproximação da voz do hipnotista, 40  –  Controle das funções orgânicas, pulsação do coração, pressão sanguinea, digestão etc., 41  –  Hipermnésia ( lembrar coisas esquecidas), 42  –  regressão de idade, 43  – Alucinações visuais positivas pós-hipnóticas, 44 Alucinações visuais negativas pós-hipnóticas, 45 -



Alucinações auditivas positivas pós-hipnóticas, 46 Alucinações auditivas negativas pós-hipnóticas, 47  – Estimulações de sonhos ( em transe ou póshipnoticamente no sono normal), 48 – Hiperestesia, 49 – Sensações olfativas ( aeromáticas e odores). Transe Pleno – 50 Condições de estupor inibindo todas as atividades espontâneas. Pode sugerir-se o sonambulismo para esse efeito.

Dentro desse esquema tem de se levar em conta as variantes das reações individuais. Assim, alguns dos sintomas do transe profundo podem apresentar-se em certas pessoas já no transe médio e até mesmo no transe ligeiro, ou não apresentar-se de todo em outras pessoas. Mas de um modo geral essa escala confere com os níveis acima indicados, salvo em casos nos quais os sintomas, que acabamos de indicar, se produzem por efeito de uma sugestão direta ou indiretamente veiculada pelo hipnotista.

ALGUMAS REGRAS PARA AÇÃO HIPNÓTICA (WEISSMANN, Karl ) REPETIÇÃO Um dos grandes segredos da força sugestiva está na repetição. É popular a frase de um dos maiores demagogos da humanidade: “ Uma mentira repetida, uma tantas vezes, torna-se verdade”, ou mesmo “ água mole pedra dura tanto bate até que fura”. Na psicodinâmica da personalidade a lei da repetição representa uma das forças mais ponderáveis. Cada comando a ser fixados deve ser repetido pelo menos três vezes.

A MONOTONIA De modo geral as coisas se tornam hipnóticas pela monotonia e monótonas pela repetição. Heidenhaim afirma que “a hipnose resulta de um estímulo sensorial monótono e suave”. A monotonia da voz costuma superar, em matéria de ação hipnótica, a monotonia dos gestos e a monotonia do olhar ou da expressão fisionômica. Com relação à indução hipnótica contamos com o fator monotonia sob as mais diversas manifestações, não unicamente sob a forma mais específica da repetição, da insistência, da perseverança e da persuasão, o que bastaria para evocar a síntese emocional da experiência infantil, consubstanciada na crença do inevitável, do irresistível, do misterioso e do sinistro, sentimentos tradicionais e indissoluvelmente associados às teorias e às práticas do hipnotismo. A monotonia hipnótica se produz por vias sensoriais e por vias subjetivas, devendo haver uma sintonia perfeita entre a monotonia do paciente, do hipnotizador e do ambiente. A calma do hipnotizador, assim como a confiança que ele tem em si mesmo e no alcance de seus objetivos são também essenciais.

TESTES DE SUGESTIBILIDADE O uso da hipnose é freqüentemente baseado nas idéias de que só algumas pessoas são hipnotizáveis e que as pessoas são hipnotizáveis em vários graus. Para os clínicos tradicionais, os testes de sugestibilidade são vistos como um modo desejável de avaliar se alguém é hipnotizável e, nesse caso em que grau. Para Yapko, estes testes não

indispensáveis. Ao invés disso é preferível que o hipnotizador assuma a presença inevitável de sugestibilidade por parte do paciente, entretanto para o hipnotizador que não compartilha desta perspectiva, ou para o hipnotizador que ainda não se sente bastante experiente para avaliar comunicações para dinâmica de sugestibilidade podem ser uma ferramenta muito útil. Testes de sugestibilidade em prática clínica são feitos em mini encontros, onde são oferecidos blocos ritualizados de sugestões de relaxamento ao paciente, seguidos por uma sugestão para uma resposta específica. Se o paciente responder da maneira sugerida, ele ou ela, “passou” no teste. Se o paciente não responder da maneira sugerida, então ele “falhou” no teste. O objetivo principal dos testes de sugestibilidade é determinar o grau de hipnotizabilidade do paciente. Porém, testes de sugestibilidade também podem servir para vários propósitos: Primeiro, usando testes de sugestibilidade para medir responsabilidade hipnótica, podem ser obtidas valiosas informações considerando que a aproximação pode ser melhor para um paciente em particular. Especificamente, a aproximação deveria ser direta ou indireta? Sugestões deveriam estar em uma forma positiva ou negativa? O comportamento do hipnotizador deveria ser comandante, autoritário, ou calmo, permissivo? Muita ênfase foi colocada na dinâmica de relação entre o hipnoterapeuta e o paciente, e testes de sugestibilidade podem ser uma ferramenta útil para o ajudar a descobrir o estilo que você usará para um cliente particular.

Segundo: um segundo propósito do teste é servir como uma experiência de condicionamento para entrar em hipnose. Experiências futuras envolverão muitas da mesma dinâmica a um maior grau, e assim o teste de sugestibilidade pode ser um “ensaio” para o paciente (Spiegel & Spiegel, 1987). Terceiro: um outro propósito do teste de sugestibilidade pode ser na sua habilidade para usar o pré-trabalho. Se os testes de sugestibilidade são introduzidos como preliminar para o que “real” trabalho terapêutico seja feito, pode ser uma oportunidade para pegar o paciente fora da guarda e oferecer algumas sugestões terapêuticas que podem ser menos sujeitas a análise crítica do paciente (Bates, 1993).

EXECUTANDO TESTES DE SUGESTIBILIDADE Introduzir e executar o teste de sugestibilidade requer muita habilidade em comunicação como em qualquer outra dimensão ao trabalhar com hipnose. São as questões de cronometrar (quando na relação é oferecido) a resposta do terapeuta para a resposta do paciente, e o fechamento e transição para a próxima interação de fase. As instruções dadas ao paciente sobre a maneira exata de executar o teste devem cercar-se de certo ritual e solenidade e acompanhadas de exemplo demonstrativo. Muitos pacientes são refratários à instrução verbal, porém propensos à imitação. Entre os testes de sugestibilidade conhecidos, os mais comuns são:

IDEOMOTORES: servem para medir a ação motora da sugestão hipnótica.

O TESTE DAS MÃOS: Ao propor o teste das mãos, por exemplo, mostro primeiro em todos os detalhes os movimentos a serem executados. Digo: “Faça” ou “Façam” como eu estou fazendo. Assim: entrelaçando firmemente os dedos. As mãos, com os dedos entrelaçados podem ser firmadas na nuca ou mantidas em cima da cabeça, com as palmas voltadas para o operador. E continuo a instrução: “Continue com as mãos nesta posição. Quando eu pedir, inspire profundamente e prenda a respiração até eu terminar de contar até cinco. Ao terminar a contagem, soltará a respiração, porém as mãos continuarão presas e cada vez mais presas. Não as conseguirá soltar. Dada essa instrução, manda-se o paciente fechar os olhos, ou fixar os olhos nos do hipnotizador. Ato contínuo, mando respirar fundo e prender a respiração. Conto pausadamente até cinco. Se ao terminar a contagem o paciente não consegue separar as mãos, não está selecionado, senão também profundamente sugestionado, quando não hipnotizado”. TESTE DA OSCILAÇÃO: Um dos testes mais usados é o da oscilação. Havendo o paciente reagido mais ou menos ao teste das mãos, passo ao teste da oscilação. Este teste oferece, como o anterior, ensejo para algum ritual e solenidade. O paciente é solicitado a levantar e largar os objetos que porventura tenha nas mãos. Recomenda-se em seguida, conforme o caso, não se apoiar na cadeira ou na pessoa que esteja ao lado. Feita essa recomendação, passo à demonstração, dizendo: A posição é esta: os pés juntos. Os braços caídos ao longo do corpo. E relaxamento muscular. Fique de corpo mole. Não em atitude, militar. Olhe para mim um instante. Pode fechar os olhos. No caso de utilizar-me de som digo: Quando a música começar,

você vai sentir um balanço... O balanço continua... Você continua a balançar, etc. Em lugar da música pode-se recorrer a um outro condicionamento qualquer com a mesma probabilidade de êxito. Pode-se dizer também: vou contar até cinco... Antes de chegar aos cinco, você sentirá um balanço... O balanço não é considerado como um sintoma muito seguro de sugestibilidade. O grau e o modo balanço indicam com relativa margem de segurança a sugestibilidade. Para certificar-me da legitimidade da reação costumo bater inadvertidamente no ombro do paciente. Se o mesmo não se assustar e se o ombro não cede à leve pressão da minha mão, as probabilidades são mínimas. Se, ao contrário, o paciente apresenta uma reação de molejo (alguns chegam a pular) é índice de alta sugestibilidade. Uma variante deste teste: é aquele em se colocam as mãos sobre os ombros do paciente, o qual se mantém de olhos fechados. Ao aliviar a pressão das mãos e finalmente suprimir o contato físico, o paciente, mesmo sem sugestão específica, oscila, acompanhando as mãos do operador, como se fora atraído por força emanada do hipnotizador. O paciente que reage satisfatoriamente a esta prova pode ser considerado hipnotizado.

PENDULO DE CHEVREUL  – Com o cotovelo apoiado sobre a mesa, o paciente segura entre o polegar e o indicador, um barbante, de cuja extremidade pende um anel ou outro objeto qualquer. Sugerese ao paciente o movimento do pendulo, acompanhando uma linha traçada sobre a mesa. Recomenda-se ao paciente não intervir voluntariamente no movimento do pêndulo, limitandose a segurar o barbante. Na maioria dos casos, o movimento

sugerido começa por esboçar-se na direção indicada. Você começa a usar sugestões para a ampliação do movimento de vai e vem do pendulo. Quanto maior o grau de balanço do pendulo, maior o grau de sugestibilidade. Confirmando o efeito da sugestão, o terapeuta aproveita o ensejo para prosseguir, convencendo o paciente que, de acordo com a prova que acaba de dar, todos, ou pelo menos a maioria dos pensamentos, tendem a traduzir-se em realidade, bastando o paciente pensar com a devida vivacidade e intensidade. Ai o “sujet” já entra em indução. TESTES SENSORIAIS: indicam a ação sensorial da hipnose. O “sujet” que reagem negativamente aos testes motores podem reagir positivamente aos testes sensoriais e vice-versa. Os testes sensoriais destacam-se pela sua facilidade executiva e importância prática.

TESTE OLFATIVO: Mostra-se ao paciente meia dúzia de frascos devidamente rotulados, contendo cada um uma essência específica, condizente com o rótulo. O paciente fecha os olhos, e o terapeuta, a uma distancia de dois ou três metros, abre um dos frascos, anunciando ao paciente a essência que o mesmo contém. O paciente não pode negar o perfume anunciado, uma vez que o mesmo existe. O terapeuta passa a anunciar a abertura do segundo frasco contendo outra essência por ele especificada. Novamente o paciente tem de confirmar o cheiro. Do quarto frasco em diante, porém, a essência é ilusória, pois o conteúdo dos últimos frascos não corresponde aos rótulos anunciados pelo hipnotista. Contem água. Pode-se simplificar esse exercício olfativo, utilizando um simples cartão de visita. À vista do paciente tira-se o cartão do bolso, da gaveta ou de outro lugar qualquer o cheirando, e fingindo constatar uma ligeira impregnação de essências. Comenta-se: Quase

imperceptível! Realmente não há impregnação alguma. Passa-se em seguida o cartão ao paciente, o qual, não desconfiando da cilada poderá confirmar o cheiro.

TESTE TÉRMICO: Existem várias modalidades de testes térmicos, pois, os mesmos podem variar de acordo com a criatividade do terapeuta. Entre eles o de mais fácil execução é o teste do dedo. O operador coloca o indicador sobre o dorso da mão ou o pulso do paciente. Em seguida recomenda uma forte concentração em relação à área que se encontra sob a pressão do seu dedo. Pergunta ao paciente se não sente alguma sensação estranha, algum aumento de temperatura, uma espécie de corrente elétrica ou formigamento. Respondendo afirmativamente, o paciente está selecionado. Os testes citados acima são métodos denominados como métodos sugestivos, não se baseando em nenhum expediente de cansaço físico ou sensorial. Note-se que nesses processos, o cansaço físico, com todas as suas características aparentes, é ilusório sendo sempre produto de sugestão. É sempre produto de sugestão. Observação importante: qualquer pessoa pode permanecer de olhos abertos, quer numa leitura, quer na contemplação de um objeto, horas seguidas, sem cair em transe e sem ressentir-se sensivelmente da fadiga visual. A fadiga se produz em função da fé e da expectativa. O paciente espera, crê que vai e deve sentir os efeitos sugeridos para a indução. E os sente, sem nenhuma necessidade específica de demora. Respondem quase que instantaneamente. MÉTODOS SUBJETIVOS DE INDUÇÀO HIPNÓTICA

MÉTODO DE BERNHEIM: Inicia-se dizendo ao “sujet” Acredite que grandes benefícios advirão para o seu caso, através da hipnoterapia, e que é perfeitamente possível curálo ou pelo menos melhorar o seu estado de saúde por meio da hipnose; Nada de penoso ou de estranho nesse processo que consiste num estado de sono leve ou num estado de torpor que pode ser produzido em qualquer pessoa, estado esse que restaura o equilíbrio do sistema nervoso; Ato contínuo diz-se: olhe para mim e não pense senão unicamente no sono. Suas pálpebras estão ficando cada vez mais pesadas, sua vista cansada, começa a piscar, seus olhos, estão se fechando. Estão úmidos. Você já não enxerga nitidamente. Seus olhos vão se fechando, fechando... Fecharam-se; Há pacientes que fecham os olhos e entram em transe quase que imediatamente. Já com outros é preciso repetir e insistir. Preste mais atenção nas minhas palavras. Preste mais atenção. Mais concentração. Às vezes pode-se esboçar um gesto. Pouco importa o tipo de gesto que se esboça. Entre outros, dois dedos em V. Pedimos ao paciente que fixe os olhos nos dedos. E incitando-o ao mesmo tempo a concentrar-se intensamente na idéia do sono; Repetimos: As suas pálpebras estão pesadas. Estão se fechando. Já não consegue abrir os olhos. Seus braços estão ficando pesados. Suas pernas já não sentem o corpo. Suas mãos estão imóveis. Vai dormir. Em tom imperativo acrescento: DURMA!

Em muitos casos esta ordem tem ação decisiva, e resolve o problema. O paciente fecha imediatamente os olhos e dorme. Pelo menos se sente influenciado pela hipnose. Assim que se possa notar que uma das sugestões está sendo aceita aproveita-se para formular a seguinte; Pede-se ao paciente que faça um sinal qualquer: movimento afirmativo ou negativo com a cabeça, levantar o polegar direito para cima ou para baixo, conforme a resposta seja positiva ou negativa. Cada sugestão a que o paciente responde afirmativamente é considerada uma conquista e é preciso aproveitá-la para outras consecutivas, dizendo ao paciente: está vendo como funciona bem! Como está correspondendo! Seu sono está se aprofundando realmente. Seus braços cada vez mais pesados. Já não consegue baixar os braços, etc.; Se o paciente intenta baixar o braço, eu lhe resisto dizendo: Não adianta, meu velho. Quanto mais se esforça para baixar o braço, mais o seu braço vai levantando. Vou fazer agora com que seu braço seja atraído pela sua própria cabeça, como se a cabeça fosse um imã. Deixa-se o sinal hipnógeno e nas sessões subseqüentes fita-se o paciente durante dois segundos e profere-se a ordem DURMA FULANO!

MÉTODO DE MOSS Consiste numa variante do método de BERNHEIIM. Este método pode ser considerado Standard. É comumente usado, com algumas variantes, pela quase totalidade dos hipnotizadores contemporâneos por conter em boa proporção sugestões básicas. Trata-se de sugestões que atuam largamente, em virtude de seu caráter antecipatório e confirmativo. Pois as sugestões que se vão sugerindo ao paciente parecem corresponder às reações inerentes ao

próprio estado de hipnose. O paciente começa por sentir-se cansado. Suas pálpebras começam a fechar. Manifestam-se freqüentemente, tremores nas pálpebras e contrações espasmódicas nas mãos e nos cantos da boca. Observou-se que a hipnose afeta mais rapidamente a vista e os músculos oculares. Mesmo estando o paciente de olhos fechados, o terapeuta ainda pode observar o movimento desordenado dos globos oculares, debaixo das pálpebras, movendo-se em todos os sentidos, preferencialmente para cima. É próprio do transe ainda uma sensação de peso nos membros e uma dormência envolvendo o corpo todo, da nuca para baixo, bem como uma sensação de estar a flutuar nas nuvens e a impressão de que a voz do terapeuta, a princípio poderosamente envolvente, se vai afastando cada vez mais, até emudecer completamente, para efeitos de lembrança hipnótica pós-hipnótica. Dirigindo-se ao paciente diz: Sente-se na cadeira da maneira mais cômoda possível; Agora solte o corpo; Fixe esse ponto (há um ponto qualquer para esse fim, situado de modo a forçar um pouco a vista do paciente para o alto); Enquanto seus olhos fixam esse ponto você fica ainda mais descansado. Afrouxe os músculos rapidamente... Totalmente! Recomenda-se esperar dez minutos, com o relógio na mão. Às instruções são dadas em voz monótona, suave, sem titubear, e pausadamente. Suas pernas já estão ficando pesadas. Esperar dez segundos. Muito pesadas. Seu corpo está se tornando pesado. Muito pesado. Esperar dez segundos. Suas pernas pesadas. Todo o seu corpo pesado. (pausa). Está descansando comodamente, profundamente. Seus músculos continuam a afrouxar-se cada vez mais... Mais... Mais... Pausa. Seus

músculos estão de tal forma relaxados que agora sente também as pálpebras pesadas. Muito cansadas... Muito cansadas. Você já está querendo fechar os olhos... Você está querendo fechar os olhos. Ao fechar os olhos sentirá um extraordinário bem estar. Entrará num repouso profundo. ( Pausa). Seus músculos estão num estado de perfeito relaxamento; Se os olhos do paciente se fecharem, omite-se a seguinte sugestão. Caso contrário, continua-se dizendo: Seus olhos estão se sentindo cada vez mais cansados... Estão fechando... Fechando... Fechando; Repete-se isso quatro ou cinco vezes. Se os olhos não se fecharem, dá-se a ordem: feche os olhos, por favor; Se os olhos do paciente apresentarem um aspecto vítreo, isso significa que ele está em transe. Neste caso o terapeuta fecha os olhos do paciente com a sua própria mão. Agora você esta descansando profundamente; você esta se sentindo maravilhosamente bem; sua mente não abriga nenhum pensamento. Enquanto eu falo você vai entrando num sono profundo. Você ouve a minha voz como se estivesse vindo de longe... Muito longe. Sua respiração está se tornando mais lenta, mais profunda. Seus músculos estão relaxando cada vez mais. Você começa a sentir um formigamento, uma dormência. Inicialmente na nuca e depois envolvendo levemente o corpo todo, da nuca para baixo. Você não sente mais nada. Nem a cadeira em que está sentado. É como se estivesse flutuando nas nuvens. Continue a afrouxar os músculos cada vez mais... Mais... Mais... Mais...; Agora você está no sono profundo, agradável, sem preocupação. Nada o incomoda. Já não quer acordar. Está descansando, afrouxando os músculos cada vez mais. Seu sono continua agradável e profundo. Nada o aborrece. Já não há ruído capaz de despertá-lo. Você está totalmente surdo. Só

ouve a minha voz. Só obedece a mim. Só eu posso acordá-lo. Durma... Durma... Durma profundamente.

MÉTODO DA ESTRELA O método da Estrela, embora a sua autoria seja desconhecida, desde 1949 já era aplicado pelo húngaro Joseph Heller, citado por Akstein, foi utilizada e desenvolvida por Karl Weissman. Método particularmente subjetivo e de grande efeito simbólico, que foge um tanto da linha ortodoxa dos métodos anteriormente citados. Muito dificilmente falha. Eis o método: Estando o paciente bem acomodado na cadeira, obedecidas as instruções quanto à maneira de sentar e colocar as mãos sobre os joelhos e recostar a cabeça, com todos os músculos bem relaxados, ordeno: Feche os olhos; Em seguida inicia-se com um apelo à sua própria capacidade de concentração, apelo esse que é facilmente obedecido por ter um caráter lisonjeiro às suas pretensões de homem de espírito forte; Digo então: você vai agora usar de toda sua capacidade de concentração no que lhe vou sugerir. O paciente ainda não sabe o que lhe vou sugerir, e isso lhe prende a atenção e aumenta a expectativa, dois aliados indispensáveis à indução hipnótica; Após uma pausa dizer: Uma estrela solitária no céu... Fixe bem esta estrela... A estrela vem se aproximando lentamente... Lentamente a estrela se aproxima de você. E à medida que a estrela se aproxima seu brilho aumenta... A estrela se aproxima cada vez mais. A estrela vem chegando cada vez mais perto...

Há pacientes que nessa altura cobrem os olhos, embora fechados, a fim de proteger a vista contra o deslumbramento. Continua-se: A estrela continua a se aproximar... Ela vem chegando cada vez mais perto... A estrela se aproxima cada vez mais... A estrela vem chegando, chegando cada vez mais perto; Repete-se bastante a descrição da aproximação da estrela. Pode-se observar, eventualmente, os movimentos oculares dos pacientes por debaixo das pálpebras.; Uma pausa deve marcar o término da aproximação da estrela; Agora que a estrela está próxima, vai ocorrer o movimento contrário... Agora a estrela se afasta para o céu distante... Vamos agora acompanhar a estrela em sua fuga pelo espaço... Até a estrela sumir de vista... Até a estrela desaparecer completamente no céu. Tudo isso com pausas e tom de voz monótono. Não se determina o momento do desaparecimento da estrela. Isto fica por conta do paciente; Agora, respire profundamente. Respire profundamente... A cada respiração o sono se aprofunda mais... O sono se aprofunda a cada respiração... A cada respiração o sono se aprofunda mais; Aguarda-se cerca de cinco segundos entre cada repetição; Sugere-se agora a levitação dos braços: A primeira coisa que você vai sentir é uma atração nas mãos e nos braços... Uma atração nas mãos e nos braços... Leves. Lenta, mas irresistivelmente os braços se levantam, lenta, mas irresistivelmente... Seus braços continuam a levitar... Uma força estranha puxa os seus braços para cima. A sugestão pode ser dada para apenas um dos braços. Às vezes há pacientes auditivos que não conseguem ver a estrela. Não tem importância porque a força da sugestão fica centrada na voz do terapeuta.

ENTRADO EM TRANSE HIPNOIDAL LEVE PRÓPRIO PARA HIPNOTERAPIA Gostaria que você se sentasse da forma como eu estou sentado, com as mãos pousadas sobre as pernas, os pés tocando o chão, a coluna ereta, de uma forma que seja confortável para você e, enquanto você se vai ajeitando, seria bom que aproveitasse para ir-se voltando para dentro de você e, aproveitando esse momento para estabelecer um bom relacionamento com você mesmo, solucionando problemas e aprendendo, confortavelmente, alguma coisa mais sobre você mesmo. Talvez você possa encontrar alguma forma de não perder pessoas, fazendo amizades e usufruindo a companhia das pessoas. Basta que você se volte para dentro de você mesmo; e, com certeza, com os olhos fechados, fique mais agradável para você este contato com você mesmo, permitindo-se seguir aprendendo e desfrutando da própria aprendizagem... Enquanto minha voz fica mais e mais presente para você, que pode procurar ir desfrutando de tudo que você pode ir aprendendo... Saudavelmente e, enquanto sua mente consciente se volta para dentro de você mesmo... Sua mente inconsciente pode ir encontrando formas novas de relacionamento, porque é muito prazeroso saber-se capaz de estar com as pessoas... E... Enquanto você entra... Para dentro de si mesmo... Eu gostaria que você imaginasse um campo muito grande, gramado, de cor verde acentuado, com árvores próximas, com flores de variadas cores, o céu... A água corrente por perto... Onde você pode deixar-se ficar num ambiente calmo, seguro e confortável para você. Onde possa soltar-se calmamente... E você continua ouvindo minha voz, que se faz sua companheira.

E enquanto eu estive falando com você, pude observar que sua pálpebras se movem rapidamente e involuntariamente, que o ritmo de sua respiração mudou e que o fluxo de sua corrente sanguínea também ficou alterado; também o ritmo de sua pulsação se modificou e sua cabeça tombou levemente para o lado esquerdo, enquanto você continua a aprofundar mais e mais o seu transe, voltando-se mais e mais para dentro de você mesmo, pronto para aprender, com você mesmo, dessa riqueza interior que você trás com você. Suas mãos continuam pousadas sobre as suas pernas e seus pés continuam tocando o chão, entretanto, suas pernas mudaram um pouco de posição e eu pude perceber que sua deglutição se modificou. Enquanto tudo isso se passa você vai mais e mais e mais aprofundando seu transe, voltando-se mais e mais para dentro de você, preenchendo com amizade seu coração e buscando seguir e prosseguir aprendendo confortavelmente e saudavelmente com você mesmo. E você pode deixar que sua mente inconsciente tome conta, porque você não precisa fazer nada para isso. Apenas você se volta mais para dentro de você mesmo...

MÉTODO DE BRAID (CANETA) O paciente deve estar em posição confortável, com o terapeuta à sua frente; O terapeuta deve portar uma caneta que deverá ser mostrada ao paciente e posicionada acima dos seus olhos, permanecendo o paciente com a cabeça reta e olhos para frente;

Pede-se ao paciente que, permanecendo com a cabeça nesta posição, olhe fixamente para a ponta da caneta que é mantida 5cm acima da glabela e ligeiramente para trás, sem piscar e nem mexes a cabeça; Olhando fixamente a ponta da caneta, olhando fixamente a ponta da caneta... (repetir três vezes). Sua vista vai ficando cansada... Cansada... (repetir três vezes), suas pálpebras estão pesadas... Pesadas... (repetir três vezes), sua vista está ficando turva... Turva... Você está com vontade de fechar os olhos... Fechar os olhos... Vamos então baixando lentamente a caneta, seguindo a linha média do dorso do nariz, em direção à linha média do esterno. Se o paciente está olhando fixamente a ponta da caneta, ele acaba fechando os olhos suavemente.

MÉTODO DE INDUÇÃO – Variante de Braid Olhe para o seu polegar fixamente...Resista o máximo que puder, mas seu braço vai ficando pesado... Seus olhos vão se fechando na medida em que seu braço vai pesando... Pesando... Pesando...Braço pesado... Muito pesado...Olhando fixamente... Vai ver seu dedo duplo... Olhos cansados... Pesados...Continue nesta indução até verificar que a mão do paciente está quase tocando a perna, então continue... Assim que sua mão tocar sua perna você ficará em transe profundo... Relaxado... Profundo... Só ouve a música e a minha voz...E onde você for continuará ouvindo minha voz...

MÉTODO DO OLHAR FIXO NUM PONTO Pede-se ao paciente que se sente o mais confortável possível e que fixe o seu olhar num determinado ponto da parede ou do teto; 2. Olhar fixamente, sem piscar... Sem piscar... Olhar fixo... Sem piscar... 3. O ponto fixado parece que se mexe...Ou não... Parece que embaça...; 4. Suas pálpebras estão ficando pesadas... Mais pesadas... E poderão ou não se fechar... Pesadas... Mais pesadas... Fechando... Fechando... Mais pesadas... Mais pesadas...; 5. Agora elas estão bem pesadas e fechadas... E é impossível abri-las... Impossível...; 6. Colocar os polegares sobre as mesmas e mantê-las assim por um tempo; 7. pesquisam-se os sinais que indicam que o paciente está em transe; 7.1. Levanta-se o braço do paciente e fazendo-se isso se diz, ao mesmo tempo, que ele (paciente) não tem controle sobre o braço e que ao soltá-lo ele cairá livremente e soltar-se-á; 7.2. Reflexo palpebral; 7.3. Face desabada, com musculatura solta; 7.4. Tremor palpebral, etc. 1.

MÉTODO DO PESTANEJAMENTO SINCRÔNICO Com o paciente sentado em posição correta para o procedimento de hipnotização diz-se: Eu contarei 1 e você abaixará e levantara suas pálpebras; direi 2 e você fará o mesmo e assim sucessivamente. Manterá sua

cabeça imóvel somente suas pálpebras é que se movimentarão; Geralmente conta-se até 30, no máximo 40. Isto já provocou um cansaço nas pálpebras. Então, com um das mãos abertas, toca-se suavemente os dedos na nuca enquanto com a outra mão, mais suavemente ainda, aproveita-se de um dos fechamentos das pálpebras, toca-se nos olhos do paciente mantendo-os fechados ao mesmo tempo em que se diz: Seus olhos ficarão fechados; seu pescoço está relaxado... E repete-se várias vezes as palavras de ordem de indução.

MÉTODO DE AUTO-VISUALIZAÇÃO Imagine-se, pois de olhos fechados, dormindo; Mas, enquanto a sua imagem visualizada está de olhos fechados, você continuará de olhos abertos, enquanto puder;Você está conseguindo imaginar-se a si mesmo de olhos fechados, dormindo? (O paciente responderá afirmativamente com um movimento do polegar direito); Você vai sentindo sono também...A exemplo de sua imagem, você vai entrando também num profundo sono...Você está sentindo sono, também...Você não consegue ficar com os olhos abertos...Pensando em si mesmo de olhas fechados...Você também vai fechando os olhos... Já está querendo dormir também...Dormindo... Dormindo... Dormindo...

MÉTODO DE ERICKSON E WOLBERG Relaxe os músculos. As mãos sobre os joelhos...Vai prestando toda atenção nas suas mãos;

Procure registrar tudo o que sentir em relação a elas;É possível que sinta o calor ou o peso das mãos sobre as pernas;Às vezes, um formigamento... Não importa qual seja a sensação que experimentar. O que importa é registrá-las;Vá prestando atenção no que sentir... Repare, agora, na imobilidade das mãos...Como estão imóveis! Mas isso não vai continuar assim... Em breve, um dos dedos começará a se mover. Qual deles se moverá primeiro? O indicador? O mínimo? O polegar? Não se pode prever; Será primeiro um dedo da mão direita? Ou um dedo da mão esquerda?Repare: Um já conseguiu se mover; Preste atenção... Outro...Agora, os dedos vão se movendo mais e os braços se levantam... Quando as suas mãos chegarem à altura do seu rosto, você estará profundamente adormecido(a), ou hipnotizado(a);À medida que suas mãos se aproximam de seu rosto, o seu sono (ou hipnose) se aprofunda; Ao tocarem no seu rosto, você estará em sono profundo; Durma tranqüilamente... Nada o molesta, nada o preocupa...Sua mente não abriga nenhum pensamento... Você está perfeitamente à vontade... Está se sentindo perfeitamente bem... É uma sensação agradável de perfeito bem estar...Só ouve a minha voz... Só eu posso acordá-lo... Etc. etc.

MÉTODO DA INTERRUPÇÀO DE PADRÕES ESTABELECIDOS E AUTOMATIZADOS Alguns padrões de comportamento ou de atividades são rigidamente estabelecidos por uma família ou cultura, e um exemplo disso é o aperto de mão como cumprimento. O aperto

de mão é uma unidade de comportamento singular na consciência de um individuo. Se eu estender a mão para saudar alguém, essa pessoa responderá com movimento similar automático. Pois bem, se na hora dela estender a mão eu mudar meu movimento e pegar seu pulso entre dois dedos e levantar suavemente seu braço, ela não terá mais o movimento automático seguinte, que seria de apertar a minha mão e sacudi-la 2 ou 3 vezes, este é um instante de transe e pode ser aproveitado para propor: Sua mão está solta no ar... Sem peso... Flutuando sem qualquer esforço... Com freqüência a pessoa chega a ter completa amnésia dessa fração de tempo em que fica com o braço suspenso. Às vezes, os olhos ficam abertos em fascinação; Se no instante da interrupção nós estávamos sorrindo para ela e dizendo, por exemplo: Muito prazer em... Ao suspendermos o transe, basta pegarmos a mão, sacudi-la e dizer... Conhecê-lo, meu nome é... A pessoa poderá ter apenas um instante de espanto, e continuar a conversa como se nada tivesse acontecido. Essa técnica foi descrita por Grinder e Bandler em TransFormations. Eles dizem que isto pode acontecer com qualquer movimento padronizado, como tirar um cigarro da carteira, por exemplo. Milton Erickson usava, às vezes, uma técnica semelhante: ao sacudir a mão por mais tempo do que seria de se esperar e depois, ai soltando a mão lentamente de forma estranha e no último instante dava um ligeiro impulso para cima e o braço ficava levitando em catalepsia. Um estado de transe pode também se formar quando algo do comportamento de uma pessoa se torna totalmente

incongruente e inesperado. Poe exemplo: Estou falando com alguém e, sem qualquer aviso, continuo movendo meus lábios como se formassem palavras, porém sem emitir nenhum som.

MÉTODO DO BALÃO E OUTRAS FANTASIAS BALÃO Outras vezes você pode propor à pessoa: Você é um balão, sem peso, que está subindo lentamente no espaço até flutuar lá no alto... Vendo a paisagem suave que fica cada vez menor... Flutuando suavemente ao sabor da brisa... Sentindo no corpo o calor do sol e uma sensação de proteção e segurança; Isto é importante, pois pode haver acrofobia ou insegurança. Na acrofobia previamente anotada, é melhor usar outra fantasia.; Propor imagens genéricas de paisagens sem, todavia dar muitos detalhes, pois não sabemos que paisagens o paciente quer imaginar; Repetir várias vezes as palavras segurança... Bem estar... Paz; No final da sessão dizer: Agora você vai descer suavemente para a terra aonde você é esperado com carinho por pessoas que gostam de você; Podemos sugerir fantasias de ser uma gaivota ou flutuando em águas calmas.

MÉTODO DA AUTOSCOPIA Uma outra técnica de indução baseia-se na autoscopia, ou seja, imaginarse se vendo num espelho. Essa técnica é proposta principalmente para aquelas pessoas que têm medo de fechar os olhos com fantasias de morte ou de perda de controle. A proposta é:

Imaginar-se na frente de um espelho...Você está na frente desse espelho... Mas enquanto você está de olhos abertos sua imagem está com os olhos fechados...Aproxime-se dela mentalmente... Seus olhos estão abertos... A imagem está com os olhos pesados... Colados... Sentindo-se agradavelmente relaxada...Veja isso claramente... Está vendo? Sinaliza apenas com o polegar da mão direita se está vendo...Sua imagem está com sono... Ela sente sono... Uma enorme e agradável moleza... É impossível ficar acordado...Continuar a falar da imagem como uma metasugestão que, aos poucos, é absorvida pelo paciente;Agora está entrando num suave estado de transe (sono), cada vez mais agradável... Sono... Sono... Suas pálpebras estão pesadas... Estão pesadas (suas é ambíguo); O sono aumenta... Aumenta... Você dorme profundamente...Ou, se for o caso, dizer: Você não precisa dormir... Não precisa... Dormir... Dormir... Dormir...

MÉTODO DE HIPNOSE RÁPIDA Existem, no mercado diversos tipos de metrônomos. Qualquer deles pode ser usado para a indução do transe hipnótico. Aqui usaremos um modelo digital, bem simples, que emite um som e um piscar de luz vermelha. Regula-se para uma freqüência de 60 ou menos e o mesmo é colocado na frente do paciente, que deve ficar confortavelmente sentado ou deitado. Induz-se o relaxamento da forma habitual e podese deixar o metrônomo ligado durante o transe ou mesmo desligado. A dificuldade que sentimos é a dependência que o mesmo gera (se ficarmos sem o mesmo não conseguiremos hipnotizar ninguém?)

MÉTODO DE MILTON ERICKSOM Famoso pela capacidade de criar um rapport e uma indução tão adequada que lhe permite dizer que não existe uma resistência, pois todo mundo encontra de uma ou de outra maneira o estado de transe. É característico de sua metodologia o uso de truísmos, ou verdades evidentes, que eram de tal forma misturadas com novas propostas, que o paciente as aceitava também como realidade. Caracterizado pelos 3 Ms ( Motivar, Metaforizar, Mover) e 2 Rs (Responsividade, Recursos ). A terapia é única para um único cliente, construída para as necessidades e situações daquele paciente.

MÉTODO DA LETARGIA O paciente deve ficar de pé, com os pés paralelos e próximos um do outro; A mão esquerda do hipnólogo deve se posicionar na nuca e coluna cervical do paciente enquanto a mão direita desse é colocada no esterno, entre as linhas mamilares; Apoiando firmemente a mão esquerda atrás da cabeça do paciente e fazendo-se um movimento circular com a mão direita,no esterno, ao mesmo tempo balançamos o paciente para frente e para trás num movimento de vai e vem, enquanto sugerimos ao mesmo que feche os olhos e durma, tranqüilo...

Repetir 3 vezes esta sugestão; Ao perceber e testar que o paciente está em transe, colocá-lo sentado e pilotá-lo como após toda indução hipnótica.

MÉTODO RESULTANTE DA ASSOCIAÇÃO DE VÁRIOS MÉTODOS Método de Braid + caneta que desce oscilando de um para outro lado. Método de Braid + metrônomo (no lugar da caneta) Método de Braid + pestanejar sincrônico Método do pestanejar sincrônico + metrônomo (olhar fixo na luz) Outros.

HIPNOTERAPIA ERICKSONIANA Milton H. Erickson foi habilíssimo no uso de estórias e metáforas em terapia para aumentar a efetividade das psicoterapias breves. Ele acreditava que, contando de um modo indireto um caso semelhante ao do paciente, com uma saída possível, ou uma estória que chamasse a atenção do cliente sob certos aspectos semelhante aos seus próprios problemas, faria com que o paciente pensasse em seus próprios recursos de como também resolver seus problemas. A metamensagem dessas estórias  –  uma mensagem embutida sutilmente dentro do conteúdo das narrativas  – passa diretamente à mente inconsciente. O emprego da hipnose tornava mais eficaz o uso de metáforas, afrouxando a atenção da mente consciente e sua censura, que ficam absorvidas através de técnicas hipnóticas, enquanto as mensagens são dirigidas à mente inconsciente, que está muito mais próxima do pensamento por imagens do que

daquele por palavras. Portanto, em hipnose o efeito é maior e mais duradouro. Eu poderia dizer resumidamente que Milton H. Erickson dividia a mente em mente consciente e mente inconsciente. Mente consciente seria aquela mente que pensa, julga, faz e que toma conta da nossa consciência. E mente inconsciente corresponderia àquilo que se passa fora da nossa consciência, daquilo que estamos cientes, mas que tem um papel em determinar fenômenos físicos e mentais. A mente consciente é vista como uma parte limitada que não é capaz de muitos pensamentos e atos simultâneos. A mente inconsciente é sábia, ilimitada, capaz de fazer muito mais do que a gente conscientemente imagina, um verdadeiro reservatório de potenciais. Desta maneira, o uso da hipnose na psicoterapia serviria de ferramenta para distrair e absorver a mente consciente, e levar à mente inconsciente, através de meta/mensagens, sob a forma de sugestão (su, sub = por debaixo + gestione = gestão, administração), novas possibilidades de acessar os recursos internos de cada pessoa e ressignificar aquilo que hoje é visto como problema. Para fazê-lo, Milton H. Erickson utilizava a linguagem do próprio cliente, contava casos, estórias, usava metáforas embutidas dentro de outras com o intuito de confundir a mente consciente e assim levantar resistência. O princípio do uso das metáforas era bem simples: falar de algo que chamasse a atenção do cliente, como uma ponte de ligação ao seu problema, ou que o levasse a agir como um radar, captando o que lhe interessa. Por exemplo: se você tem um problema em seu carro e conta a alguém o que fez para consertálo, onde levou, o que trocou, etc., faz imediatamente a pessoa se remeter a um estrago em seu próprio veículo, onde levou, como consertou ou como poderá

fazê-lo, caso esteja precisando de ajuda. É o mesmo princípio. Deste modo, você não provoca atritos com a resistência, o que ocorreria se dissesse diretamente vá e faça assim. Você sugere (suggerere, su + gerere) ao outro uma maneira de ver, de lidar, de experienciar algo novo e diferente. Lembrando: Metaforizar é essencial. É o meio de ser indireto, de conversar a língua do inconsciente. A pessoa guarda com mais facilidade casos, estórias, interpretações metafóricas do que conversas e interpretações lógicas. As metáforas ficam como uma ponte de tratamento. O cliente vai embora, mas leva algo de que, se a metáfora foi feita de acordo e sob medida para aquele sujeito, não se esquecerá. Milton H. Erickson atendia pessoas dos Estados Unidos inteiro, alguns estrangeiros e, numa terapia brevíssima, precisava deixar o seu recado e sua ressignificação. Ele o fazia através das metáforas que usava ou das tarefas metafóricas. Contar estórias metafóricas ajudava a pessoa a poder mover-se de uma situação paralisada. O objetivo das metáforas é guiar o cliente para um caminho de auto-ajuda, em que ele próprio vai encontrar uma nova maneira de lidar com o que antes não conseguia. A própria levitação das mãos é uma técnica hipnoterapêutica que tem como linguagem metafórica o significado da mudança natural que vem de dentro, de uma força que se pode acessar, como se coloca um novo programa no computador, fazendo-o trabalhar numa nova inteligência.

A TERAPIA ESTRATÉGICA DE ERICKSON Erickson tinha uma modalidade única e especial de fazer terapia sob medida, por isso é impossível tentar sistematizálo. Mas observamos que existem características específicas em seu trabalho que os ericksonianos adotam como padrão de abordagem. Elas são, em resumo, três modalidades de abordagens: 1) Entrar pelo sintoma, modificando o padrão do problema 2) O uso de analogias e metáforas 3) Intervenções paradoxais A seguir, estudaremos resumidamente cada um destes itens. Se você quiser aprofundar neste tema leia os livros de William O’Hanlon como Raízes Profundas, Em Busca de Solução, Guia de Terapia Breve e Hipnose Centrada na Solução de Problemas. 1 – A intervenção no padrão que modifica a ação do problema (Entrar pelo sintoma) O que já foi visto por muitos terapeutas breves é que a conduta de se trabalhar com a queixa que o paciente traz não oferece resistência. Assim podemos ver que nas psicoterapias tradicionais onde se busca a causa do conflito, as resistências aparecem rapidamente. Erickson trabalhava apenas com aquilo que o cliente lhe oferecia mesmo que fosse somente a resistência. Sem buscar algo mais no passado ou onde quer que fosse! De acordo com Erickson, o interessante era mudar o padrão de respostas automáticas que contém ou acompanham as experiências ou condutas indesejadas (sintomas). Assim, é importante reunir o maior número de elementos sobre a queixa do paciente e com isso MODIFICAR o sintoma.

Você deve observar: a) a linguagem  b) interesses e motivação c) crenças e marcos de referência d) condutas e) o sintoma f) resistência Uma alteração qualquer da queixa modifica as questões que rodeiam o problema e com freqüência a conduta/problema desaparece. O’Hanlon mostra 15 modalidades que ele observou no trabalho de Erickson em INJETAR um vírus que MODIFICA O PADRÃO DO PROBLEMA. Vou colocá-las aqui, para que você possa utilizá-las em seu trabalho terapêutico. No princípio, é difícil acostumar a intervir no padrão, mas aos poucos você pega o  jeito. Principais modos de intervenção no padrão: 1. 2. 3. 4.

mudar a freqüência/ritmo mudar a duração do sintoma mudar o momento (dia/semana/mês/ano) Mudar a direção (no corpo/no mundo)

Mudar a intensidade alguma outra característica ou 6. Mudar circunstância própria do sintoma 7. mudar a seqüência dos acontecimentos 8. criar um curto circuito na seqüência (do início para o final) 9. interromper a seqüência, ou impedi-la de outro modo 5.

Tirar um elemento 11. Fragmentar um elemento unitário 12. fazer com que o sintoma se despregue de seu padrão 13. fazer com que o sintoma se despregue do padrão-sintoma com exceção do sintoma (comer muito mas em pouco tempo) 14. inverter o padrão 15. vincular o aparecimento da padrão-sintoma com outro padrão ( tarefa condicionada pelo sintoma ) 10.

Erickson utilizava destas modalidades para injetar vírus no padrão do sintoma, às vezes sem ao menos questionar as causas dos problemas. E o resultado? Excelente! Assim, podemos dizer que numa terapia bem estratégica e breve conseguimos modificar um padrão de conduta e muitas vezes uma VIDA! Tornando-a mais adaptativa e feliz. Os bons resultados em vencer um sistema trabalham automaticamente as mudanças internas do sujeito e a terapia se faz naturalmente. Ex. 1) Policial aposentado obeso, tabagista e que bebia muito. Erickson interveio lhe dando uma tarefa: para comer, comprar uma refeição por vez num supermercado à 1,5 km. Para beber, uma dose por bar com uma distância razoável entre um e outro. E para fumar comprar o maço de cigarros do outro lado do bairro, indo a pé. Ex. 2) Rapaz de 17 anos que levantava o braço direito 135 vezes/min. Erickson fez com que levantasse 145 vezes/min e seguiu aumentando e diminuindo alternadamente, com aumento de 5x/min e diminuição de 10x/min até que desapareceu por completo.

2)

O uso de analogias e metáforas

Este já é um assunto bem conhecido por nós. Conversar por analogias, contar casos ou estórias faz com que as pessoas se relembrem de seus próprios problemas. Elas sempre estão buscando uma solução de problemas. Se você constrói estórias ou conta casos que contenham os problemas dos pacientes, eles conseguem captar a idéia e/ou metamensagem embutida em busca da solução de seus próprios problemas. Veja textos sobre como construir metáforas e leia Minha Voz irá Contigo de Sidney Rosen; neste livro Erickson conta muitos casos e muitas estórias em busca de solução para os conflitos de cada um. É bom lembrar que as metáforas são pontes de ligação do problema para a solução. 3)

As intervenções paradoxais

Creio que a essência maravilhosa de Erickson se encontra no trabalho com o paradoxo. Vamos analisar de uma forma sucinta, mas objetiva as estratégias de Erickson para lidar com o paradoxo. Todos nós temos conflitos. Por conflito podemos entender que temos um “problema sem solução”. Por detrás dos nossos conflitos se encontram os paradoxos de nossas vidas. Os quais todos temos, pois todos temos problemas. Quanto maior a rigidez, mais fechado é o paradoxo, maior é o problema. Tudo uma questão de volume como diz Teresa Robles. Por paradoxo entendemos duas ordens contraditórias ditas ao mesmo tempo e assim não há como evitar o fracasso, pois se você não obedece a uma, falha com a outra. Tem aquele bom exemplo da mãe que presenteia o

filho com duas gravatas. O filho coloca uma para ir trabalhar e a mãe diz “Ó meu filho, você não gostou da outra gravata que mamãe te deu!” Como sair desta!!! Um exemplo prático: mulher deprimida e obesa. Ficou assim porque um dia descobriu que o marido ciumento, que lhe exigia estar sempre linda, a traíra. Engordou para não lhe dar mais prazer (1a ordem), e deprimiu porque havia ficado gorda (2a ordem). O que fazer?! Chega dizendo que quer melhorar da depressão, mas não pode emagrecer!!! Erickson observava que todos os problemas tinham seus paradoxos. Assim ele utilizava de uma maneira astuta técnicas paradoxais com estes pacientes. A estratégia: Prescrever o Sintoma! Ele queria com isso que o paciente fizesse voluntariamente aquilo que antes fazia automaticamente (inconscientemente). Normalmente prescrevia o sintoma associado da emoção subjacente escondida na forma automática de funcionar. A partir do momento que o sintoma deixava de ser automático denunciava o que o sintoma deseja “falar” ou “fazer” e com isto as pessoas se curavam. A forma de empregar a prescrição Por obediência  –  dá-se uma ordem de aumentar o sintoma para depois baixá-lo. Pode ser feita com pessoas obedientes, permissivas, que cooperam com o terapeuta e quando o paciente acha que seus sintomas estão fora de combate.  b) Por desafio – espera-se que o paciente desafie, aberta ou encobertamente, o pedido do terapeuta. a)

O paciente resiste ou se rebela à prescrição. Este tipo de prescrição de sintomas é dada a pessoas controladoras e de grande oposição e vê seus sintomas como potencialmente controláveis. Assim podemos ver os paradoxos dados pelo terapeuta como: de prescrição – roer unhas, chupar determinados dedos. de restrição – não faça isso, vá devagar (quando é para ir depressa) de posicionamento – trocar a posição de um problema – (aceitando ou exagerando uma afirmação do próprio paciente sobre seu problema). Para Fishen e Anderson os paradoxos podem ter 3 classes de estratégia paradoxical: 1. Redefinição – modificar o significado da interpretação atribuído ao sintoma. Ex.: Redefinir uma criança como extremamente sensível, quando fóbica. 2. Escalada  –  é o intento de criar uma crise ou um aumento da freqüência da conduta sintomática. 3. Reorientação  –  trocar um aspecto do sintoma, prescrevendo circunstâncias particulares do sintoma. (Chupar o dedo só na frente do pai, fazendo muito barulho para assustá-lo muito!). Por fim, deve lembrar vocês que Paul Watzlawick, a Escola de Palo Alto, a Escola de Milão são as origens dos trabalhos com paradoxos. Vale a pena ver textos destas fontes. Todos estes trabalhos de paradoxos são dados como prescrição de sintomas, em outras palavras, como tarefas. Bibliografia William O’Hanlon - “Guia Breve de Terapia Breve”

“Raízes Profundas” “Hipnose Centrada na Solução de Problemas”

INDUÇÃO DE RELAXAMENTO PROGRESSIVO Quando vamos fazer uma indução, lembremo-nos de alguns princípios fundamentais para o estabelecimento da aliança terapêutica. Motivação - é muito importante estar motivado para querer algo novo que vai ajudá-lo. Desenvolva a motivação antes. Vemos que é muito fácil colocar um queimado ou uma pessoa com dor em transe; há uma motivação enorme para sair do sofrimento. Rapport  - a segurança ao dizer “vem comigo”, para que a pessoa possa segui-lo como um guia, um “lanterninha” de cinema que indica os lugares onde o cliente possa se “sentar”; ele precisa confiar, se entregar. Há pessoas com maior dificuldade de entrega. Necessitam de controle. Dê-lhes o controle e elas se colocarão predispostas para relaxar, porque relaxar o corpo ajuda a relaxar a mente . Como diz o professor Malomar Edelweiss: “A cada tônus muscular corresponde um tônus mental, e vice-versa”. Então estabeleça que o que vocês vão fazer é um relaxamento e que ele é proveitoso de todas as maneiras. Tire as dúvidas sobre o que a pessoa entende por hipnose, se ela já foi hipnotizada antes, se já fez algum curso de controle da mente, ioga etc. Você fará uma comparação mostrando que o caminho é o mesmo. Tire as dúvidas quanto aos mitos, caso a pessoa os tenha. Assim, depois de motivá-la, estabelecer a confiança, você pode colocá-la numa posição confortável. Sentada, de preferência, pois nos dá maiores referências sobre a constelação hipnótica, em que nível de transe o sujeito está. Além do que, a pessoa percebe a diferença do estado alerta

para o transe. Muitas vezes, quando a pessoa deita, passa direto ao sono. Não há necessidade de ser uma poltrona excepcionalmente confortável. Milton H. Erickson hipnotizava em cadeiras bem desconfortáveis e todos entravam prontamente em transe por sua motivação. Posicione-se de frente ao seu cliente, de pernas e braços descruzados, e peça a ele que faça o mesmo. Isto porque se acredita que a postura fechada leva a não se abrir ao novo. Se você for fazer levitação das mãos, a pessoa estará com os braços catalepticamente mais presos. Além do que, um braço ou uma perna pesa sobre a outra, durante o transe, por causa do fenômeno da catalepsia. Ao se posicionarem, você já pode começar o transe não-verbal, respirando profunda e suavemente e fechando seus olhos por alguns segundos. Se a pessoa o seguir, ela já está responsiva.

Aqui começa o transe: Você pode fechar seus olhos... Permita-se respirar profundamente, calmamente e sinta sua respiração... Como é gostoso poder parar por alguns instantes... darse algum tempo... Um tempo para se voltar para você mesmo... De olhos fechados para fora... Você pode abrir os seus olhos internos... olhos que vão poder olhar (sentir) você lá dentro... Respire... inspirando calma... mente... solta... mente... abrindo o peito para uma nova inspiração... abrindo o peito apertado de sentimentos (sofrimentos / pensamentos)...

Trabalhar a angústia... angústia... é uma palavra que vem do latim... significa peito apertado... Sua mente consciente pode ir ouvindo estas palavras que vão guiando você... enquanto sua mente inconsciente pode sabiamente ir fazendo sua prória viagem de conforto... Inspirando... abrindo o peito... um novo fôlego... Expirando... Ex/pressando... aquilo que fica preso lá dentro... À medida que você faz esta respiração solta/mente... gostosa/mente... você pode ir se soltando aí no sofá (cadeira), sentindo o seu corpo, seus pensamentos... que partes estão mais tensas... Mas não faça força... nem mesmo força para não fazer força... Deixe as coisas acontecerem naturalmente... Até mesmo os pensamentos... sem julgamento. A respiração vai ajudando você, digerindo, limpando... levando oxigênio a todas as suas células... retirando o gás carbônico e todas as toxinas que ficam presas lá no fundo... Abrindo... Soltando... Protegidamente pelo seu inconsciente... E assim, enquanto sua mente consciente vai percebendo pequenos ajustes, a sua mente mais profunda vai fazendo as mudanças necessárias, buscando seus recursos interiores; porque aí dentro de você há um reservatório de bons recursos para ajudá-lo a se sentir bem, agora! ... E você pode ir percebendo seu corpo... Ir soltando seus pés... Sinta os seus pés no chão, dentro dos seus sapatos... você pode apoiar seus pés e se deixar ir para dentro mais e mais...

Enquanto você solta seus pés e os sente... Pode ir soltando pernas... o pensamento calmamente... solta/mente... aliviando cada tensão muscular... Pode ir sentindo as pernas apoiadas ao sofá (cadeira), deixando-as aí ficarem... Pode ir soltando quadris... abdômen... soltando peso... tensão... A mente consciente focaliza, localiza... A mente inconsciente desliza, solta, relaxa... Porque é sua parte sábia que ajuda você a descobrir algum conforto, paz e relaxamento... Vai soltando o peito... a respiração... Soltando as costas nas costas do sofá ( cadeira), vértebra... músculo por músculo... Você pode se deixar ir, soltando... relaxando... enquanto sua mente inconsciente já trabalha sabiamente para ajudá-lo em suas questões (...)... Soltando... Relaxando... E o corpo... pescoço... nuca... soltando, relaxando... aliviada/mente. E você pode sentir a cabeça, os músculos da cabeça, da face... que coisa boa é poder se dar algum tempo... Tempo de revisão... Tempo de soltar... Tempo de aproveitar... Aproveite saudavelmente este momento... A esta altura... eu vou observando mudanças em você... Enquanto eu fui falando... sua pulsação mudou... seus batimentos cardíacos se tornaram mais compassados... seu rosto está com uma expressão mais suave... (e assim por diante, vá colocando aquilo da constelação hipnótica que você percebe e que ajude a pessoa a relaxar ainda mais... observe bem antes de falar). Como disse um professor meu, em suas induções: tudo é questão de treinamento, quanto mais a gente treina, mais e mais aprende... Desde pequenino, levou algum tempo no aprendizado do caminhar, andar com suas próprias pernas.

Primeiro, foi ajudado pela mão de um adulto, que lhe deu o apoio; depois a vontade era tão grande de andar, que você foi querendo dar seus próprios passos sozinho. Às vezes caía, mas levantava, caminhava lento e tropeçando, mas queria aprender. Quanto mais você treinava, mais você aprendia, até que você aprendeu a andar com suas próprias pernas. Andou, correu, brincou, coisas que sabe fazer até hoje. Sua mente inconsciente, hoje, não pensa para fazê-las. Simplesmente o faz! Os aprendizados vão sendo armazenados dentro do nosso inconsciente e este os guarda como uma fonte de recursos, que pode ser processada automaticamente, protegidamente... para lhe ajudar... em qualquer momento de sua vida... Pois foi assim também quando você foi para a escola aprender a ler e escrever... Levou tempo treinando e aprendendo cada letra, seu som e formato... juntando as letras... o m com três perninhas, o n com duas... a diferença do p para o b... e juntando letras foi formando palavras... e treinando você foi aprendendo, automaticamente, a utilizá-las. Hoje, você lê e escreve automaticamente, sem ter que pensar... Seu inconsciente toma conta de seus aprendizados, daquilo que saudavelmente, automaticamente, você pode utilizar em seus aprendizados... E, como todo aprendizado, vai sendo armazenado em seu favor, lá no fundo de sua mente, para você utilizar quando quiser... Você também faz novos aprendizados, todos os dias... Além de poder reaprender muitas coisas boas e novas a cada dia. Quanto mais você treina, mais você é capaz de ir aprendendo... e sua mente inconsciente pode ajudá-lo com uma fonte inesgotável de recursos que você tem. Aproveitando... relaxando... Um novo momento de aprendizado... e você pode ir aprendendo a respirar.... inspirando um novo fôlego... expirando as toxinas lá de dentro... soltando o corpo para soltar a mente... saudavelmente... e assim, das próximas vezes em que você

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