Curso de Mecânica Basica do automóvel

August 12, 2018 | Author: Melsi Maran | Category: Internal Combustion Engine, Piston, Transmission (Mechanics), Turbocharger, Car
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Descrição: Apostila de noções de mecânica basica de todos os sistemas do automóvel...

Description

Guia do Aluno

VOLKSWAGEN do Brasil Ltda. Propaganda e Promoção de Vendas Via Anchieta, Km 23,5 São Bernardo do Campo - SP CEP 09823-990

Curso Mecânica

Volkswagen Para Amadores

Índice

4 5 6 7 9 10 11 12

Introdução Conhecendo a Volkswagen e sua Rede Produtos Volkswagen Meios de comunicação/Rede/Cliente Os direitos e obrigações do Cliente Identificação do veículo Vin-Número de identificação do veículo O automóvel

38 39 40 41 42 44 45 47

50 52 55 56 58 60 62 63 64

16 17 18 20 22 24 26 27 28 30 31 32 33 34 36 37

Transmissão Sistema de tração Elementos da transmissão A embreagem A caixa de mudanças e o diferencial O conjunto coroa e pinhão Relação de transmissão Transmissões automáticas

Suspensão Órgãos de rodagem Suspensão dianteira Semi-árvore com articulação tripóide Suspensão traseira Braços oscilantes integrados Amortecedores Suspensão hidro-pneumática Geometria de direção

Motor Tipos de motor Posicionamento do motor no veículo O motor e seus componentes Os componentes e suas funções O ciclo otto do motor de 4 tempos O funcionamento sincronizado de todos os cilindros O ciclo diesel do motor de 4 tempos Mecanismos das válvulas Árvore de Comando de Válvulas/ duas ou mais por cilíndro Você sabe qual é a diferença entre um motor de 8 e 16 válvulas Alguns termos comuns Potência e torque Sistema de aspiração forçada Sistema de lbrificação do motor Sistema de aferrecimento

76 78 80 82 84 86 87

O sistema elétrico do veículo Chicotes Conectores entre chicotes Central elétrica Teclas do painel 116 Aibags e cintos de segurança Rede CAN-bus 118 Os airbags Chips 120 136

66

Direção

68 70 71 72

O sistema de freios Freio a disco Freio a tambor O sistema ABS

74

Rodas e Pneus

88 94 98 100 102 104 106 107 108 110 111 112 113 114 115

Conceitos básicos de manutenção A oficina inteligente

Gerenciamento eletrônico do motor Atuadores Sistema de combustível Escapamentos Tipos de injeção eletrônica Esquema elétrico Climatizador Circuito de climatização Identificação dos componentes Climatronic Climatizador convencional Unidade de comando climatronic J225 O alternador A bateria O motor de partida

Introdução

Há muito tempo o automóvel deixou de ser um luxo

estão preparadas para nada além de

de poucos para integrar-se definitivamente como

proporcionar ao cidadão a obtenção de sua

uma necessidade para uma grande parte da

carteira de habilitação.

população brasileira. Sua utilização torna-se

No sentido de suprir esta deficiência e

constante e a vida de quase todos nós passou a

ampliar os seus conhecimentos quanto ao

depender dele, para o trabalho, para os

automóvel, com uma série de informações

compromissos do dia-a-dia, para o lazer etc.

úteis que poderão auxiliá-lo na utilização,

Desta forma, houve um crescimento vertiginoso da

manutenção e conservação do veículo e

quantidade de veículos circulando pelas ruas,

ainda ajudá-lo numa situação de

estradas e caminhos do país, que não cresceram,

emergência, é que a Volkswagen e o seu

nem evoluíram para acomodar harmonicamente o

Concessionário criaram e lhe oferecem o

grande volume, piorando cada vez mais as

curso “Mecânica VW para Amadores”.

condições de utilizações e a segurança no trânsito.

É um prazer muito grande para nós tê-lo em nossa companhia por alguns momentos do

Diante desta situação o proprietário de um veículo

seu precioso tempo e assim contribuirmos

deve estar cada vez mais preparado para enfrentar

para sua satisfação em relação aos produtos

estas adversidades, conhecendo um pouco melhor

Volkswagen e, principalmente, para

o automóvel, sua manutenção necessária e,

aumentar sua segurança no trânsito.

principalmente, sua utilização dentro dos padrões de segurança. Infelizmente, as auto-escolas não

4

Conhecendo a Volkswagen e sua rede

ANCHIETA Conjunto Industrial

SÃO CARLOS Fábrica de Motores

TAUBAT É Conjunto Industrial

RESENDE Caminhões e Ônibus

CURITIBA Conjunto Industrial

- A Volkswagen está no Brasil desde 1953

Recebem regularmente os treinamentos

- Já produziu no Brasil quase 14 mihões de veículos

exclusivamente desenvolvidos para o

(03/08/2001)

pessoal das oficinas. Isto os mantém capacitados e atualizados para oferecer serviços de manutenção e reparos, com

São mais de 27.000 funcionários, produzindo em

qualidade e confiabilidade, para a crescente

torno de 3.000 veículos por dia.

frota de veículos em constante

O pessoal das linhas de fabricação recebe constante

modernização tecnológica.

treinamento e acompanhamento para a execução de

Somando o pessoal das fábricas e da Rede

suas funções; também passa por uma atualização de

de Concessionários, são mais de 40.000

seus conhecimentos e habilidades, para a introdução

profissionais.

das novas tecnologias. São quase 600 Concessionários Volkswagen, com 13.000 profissionais na área de Assistência Técnica.

5

Produtos Volkswagen

Caminhões e Ônibus

Comerciais leves

Automóveis

Saveiro Van Kombi Furgão Kombi Standard

Gol Golf Parati Santana Quantum Polo Classic

Importados

15 modelos de caminhões, de 7 a 40 toneladas 4 modelos de chassis, para ônibus, minibus e microônibus

Passat Passat Variant Bora New Beetle Eurovan Caravelle

Motores AT-1.000 Mi (Alto Torque) 8V

EA-111 - 1.000 lt 16V (RSH)

EA-113 - 2.000 8V

AP-1.600, 1.800 e 2.000 lt (Alta Performace) 8V

EA-111 - 1.600 lt 8V (Entry Level)

EA-113 - 2.800 30V (Passat Importado)

AP-2.000 lt (Alta Performace) 16V

EA-113 - 1.800 e 1.800 Turbo 20V

Motor AR 1.6 Kombi

Modelo

Significado

Mi

Multipoint injection

Cli

Confort Luxury injection

Gli

Grand Luxury injection

GLSi

Grand Luxury Super injection

Tsi

Touring Sport injection

GTI

Grand Touring International

Plus

Popular com luxo

GLX

Grand luxury

Embora hoje, estas siglas sejam pouco utilizadas, é interessante sabermos seus significados

6

Meios de comunicação Fábrica / Rede / Cliente Literatura de bordo Os dados técnicos e as orientações para utilização,

2 - Manual Básico de Segurança no Trânsito

conservação e cuidados com a manutenção do veículo

Informações importantes sobre normas de

estão descritos dentro da Literatura de Bordo, em

circulação e conduta, infrações e

capítulos específicos e, dependendo do modelo, estão

penalidades, direção defensiva e cuidados

localizados dentro de diversos livretes específicos.

básicos de primeiros socorros.

Além destas informações, também estão detalhados alguns conceitos que devem ser conhecidos para se

3 - Livrete de Manutenção e Garantia

conduzir com segurança, economia e sem poluir o meio

Contém os dados de identificação do seu

ambiente. Vale a pena lembrar que a correta utilização do

veículo, os Serviços de Inspeção e as

veículo, bem como a execução de todos os serviços de

condições de garantia. Nele são registradas

inspeção prescritos, ainda são pontos voltados à

as manutenções efetuadas, o que poderá

preservação do valor do veículo e condição indispensável

ser importante numa reclamação de

para o direito à garantia. Estes assuntos poderão ser

garantia. É necessário apresentá-lo ao levar

encontrados nas literaturas abaixo:

o veículo ao Concessionário.

1 - Literatura de Bordo (dependendo do modelo) ou 4

4 - Livrete de Facilidades para o Cliente

livretes específicos (com as informações correspondentes à

Informa sobre os Concessionários

Literatura de Bordo)

Volkswagen em todo o território nacional: endereços, telefones, serviços disponíveis e

Dispositivos de Segurança Informações sobre os dispositivos de segurança passiva do

horários.

veículo, tais como cintos de segurança, airbags e apoios para cabeça, bem como tudo o que se deve saber sobre a

5 - Manual de Instruções do Rádio

segurança dos ocupantes, especialmente crianças.

É fornecido para os veículos equipados com rádio ou outro sistema de som, e contém as

Instruções de Utilização Descrição da localização e funcionamento dos diversos

orientações para sua operação.

elementos de comandos no painel de instrumentos, da Golf

forma de se regular os bancos, dos procedimentos para

os Goselflhos Prátic

assegurar um clima agradável dentro do veículo, como

Instr uçõ e

s de

Con

Utili zaç ão

lf nicos Gaodos Téc

colocar o motor em funcionamento, etc.

D

conservação e manutenção do veículo.

M d an no e S ual Tr egu Bá ân ra si si nç co to a

Conselhos Práticos Conselhos para uma condução ecológica, uma correta

s ade e ilid ent Fac a o cligen pare Vokswa Red

Golf

Manutenção e Gar

Dados Técnicos

antia

Números de identificação do veículo, valores homologados junto aos orgãos governamentais, dimensões e capacidades, além de dados adicionais de

om a de S Sistem m Premiu

Go lf

consumo de combustível.

Dis po s

7

itiv os de Se gu ra

nç a

SIQ - Sistema de Informação de Qualidade

É um canal de comunicação direta do Cliente com a

para atendê-lo em todas as suas expectativas.

Fábrica, e visa assegurar a qualidade máxima de

Para tanto, ele mantém modernas e atualizadas

atendimento e serviços prestados

instalações totalmente equipadas e uma equipe

pela Rede Autorizada Volkswagen.

de profissionais constantemente treinados pela

O Sistema de Informação de Qualidade constitui-se

Fábrica.

numa pesquisa junto ao Cliente, aferindo sua

Apesar disto, existe a possibilidade de você não

satisfação em relação aos serviços prestados pelo

ficar satisfeito com algo específico no seu

Concessionário.

veículo, ou com o serviço realizado. Neste caso,

O Cliente envia à Fábrica, questionários que

Você pode procurar o "RAC" - Responsável pelo

responde em 30 dias, 10 meses e 20 meses após a

Atendimento ao Cliente do Concessionário,

compra do veículo. As questões abordam a entrega

para registrar suas reclamações, dúvidas ou

do veículo, as manutenções periódicas, e os serviços

sugestões.

de garantia e pós-venda. Todas as informações enviadas pelos Clientes são

Fábrica

tabuladas, possibilitando à Fábrica detectar pontos fracos em cada um dos Concessionários e

Regionais de Vendas, contatados pessoalmente,

implementar, rapidamente, ações que venham a

por carta, telefone ou fax ou e-mail , que estarão

corrigí-los, preservando desta forma a satisfação do

à sua disposição para ajudá-lo no que for

consumidor Volkswagen.

necessário. Os telefones e endereços destes

Portanto sua participação no Sistema de Informação

setores encontram-se no seu Manual de

de Qualidade é muito importante para garantir o

Facilidades para o Cliente.

atendimento de todas as suas expectativas em

Caso ainda não tenha ficado satisfeito com a

relação ao produto Volkswagen e aos serviços

solução apresentada pelo Concessionário para

prestados pelo seu Concessionário.

suas solicitações, você pode contatar a Fábrica através da "Central de Satisfações do Cliente

Atendimento a clientes

Volksvagen”.

Rede O seu Concessionário Volkswagen está preparado

Caso ainda não tenha ficado satisfeito com a solução apresentada pelo Concessionário para suas solicitações, você pode contatar a Fábrica através da "Central de Satisfações do Cliente Volksvagen”.

8

Os direitos e obrigações do cliente

Entendemos por “Direitos do Cliente” aqueles que o

2- Você não verificou o nível de óleo do

consumidor adquire na compra de um bem ou

motor e este engripou por falta de óleo.

serviço.

3- Você rodou por um caminho não oficial,

No caso do Cliente Volkswagen, estes direitos não se

sem condições de tráfego, e bateu o carter

restringem apenas a ter seu veículo perfeito e em

do motor em uma pedra, ocasionando a

ordem. Vão mais além. Ele tem o direito de ter suas

perda do óleo e engripamento do motor.

expectativas, em relação ao produto e em relação ao

4- Você abasteceu seu veículo a álcool com

atendimento com qualidade, perfeitamente

gasolina, por engano do frentista do posto,

atendidas.

o que veio a danificar seu motor.

Por outro lado, para que estes direitos possam ser

5- Você substituiu as rodas originais por

atendidos, o Cliente possui, como obrigação, a

outras de qualidade duvidosa e uma delas

execução correta dos “Serviços de Inspeção” e o uso

rompeu-se causando um acidente.

adequado do veículo.

6- Você rebocou um trailer com peso além

No livrete “Manutenção e Garantia Volkswagen”

das especificações contidas na Literatura

encontram-se todas as informações referentes aos

de Bordo, danificando a embreagem e as

Serviços de Inspeção e seus registros, que devem ser

juntas homocinéticas.

seguidos rigorosamente dentro da quilometragem e

7- Você instalou um turbocompressor e o

periodicidade indicadas, para que o Cliente possa

motor e a transmissão se danificaram.

usufruir dos direitos de garantia. Neste mesmo livrete também estão contidas, as

Claro que os casos acima apontados

“Condições de Garantia” a que o Cliente tem seu

constituem-se apenas em alguns exemplos

direito adquirido.

de uso indevido e alterações do produto,

Recomendamos, portanto, que você leia atentamente

que certamente implicarão no

este manual e tire suas possíveis dúvidas junto ao seu

cancelamento da garantia. Seria impossível

Concessionário Volkswagen.

relacionar aqui, ou em qualquer outro

Outro ponto para o qual chamamos a sua atenção é

material, todas as condições que implicam

quanto à vinculação do direito de garantia ao uso

na perda dos direitos do consumidor.

adequado do veículo, que entende-se como a sua

Você sendo, como é, uma pessoa de bom

utilização normal, em vias oficiais e em condições

senso, saberá quais são suas obrigações e

normais de trânsito, e dentro das limitações do

cuidados para com o veículo, a fim de

próprio veículo.

preservar seus direitos como consumidor

O uso indevido do veículo e/ou modificações de suas

de um produto Volkswagen.

características normais implicam em cancelamento

O seu Concessionário terá o máximo prazer

do direito de garantia.

em orientá-lo em caso de dúvida. Neste

A seguir, damos alguns exemplos para que fique claro

caso, consulte-o sempre.

o que considera-se como uso indevido e alterações do produto: 1- Você entrou com seu veículo num local alagado e em função disto danificou o seu motor e o interior do veículo.

9

Identificação do veículo

O veículo é identificado por números gravados, que servem para legalizá-lo junto aos órgãos competentes e também possibilitar sua identificação em casos de roubo, dificultar adulterações no veículo etc..

Gravação principal na carroceria

A

Etiqueta destrutível

Etiquetas destrutíveis na coluna da porta dianteira direita, chassi e ano de fabricação

Gravação no pára-brisa, nos vidros laterais e traseiro

Etiqueta destrutível

Há um padrão internacional para codificar o número de chassi, por meio de 17 dígitos ("VIN" — Vehicle Identification Number)

9BW Identificação internacional do fabricante

ZZZ377

VT Ano de fabricação e fábrica que produziu

Tipo de veículo

10

004251 Numeração seqüencial do veículo

VIN - Número de identificação do veículo

Carroceria

Área Geográfica / Continente

Ano-Modelo

Motor

País

Código da Planta

Sistema de Segurança

Fabricante

Número Sequencial

Classe do Veículo Dígito Verificador

POSIÇÃO

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Outras identificações do veículo

Número da carroceria

Identificação do fabricante

11

10

11

12 13 14 15 16 17

O automóvel

O fantástico progresso tecnológico ocorrido nos

emissões, elevar os níveis de segurança

últimos anos tem sido o fator mais importante para a

ativa e passiva, fazer melhor uso dos

modernização do automóvel, o qual figura entre os

materiais e desenvolver novas opções.

produtos que mais têm evoluído.

Naturalmente, o objetivo é fazer que, cada

Engenheiros de desenvolvimento trabalham com

vez mais, nossos produtos ofereçam ao

dedicação para tornar nossos produtos mais

consumidor melhores itens de conforto,

confiáveis e, ao mesmo tempo, reduzir seus custos

conveniência e benefícios práticos.

com manutenção, consumo de combustível,

Sketches desenvolvidos pelos designers da Volkswagen: criatividade associada à tecnologia

12

O departamento de Design da Volkswagen do Brasil está apto a desenvolver produtos de classe mundial. O design dos veículos Volkswagen não envelhece, o que traz maior valor de revenda. Além de bonitos são desenhados para serem funcionais – nada é gratuito, tudo tem uma utilidade. A tecnologia é um poderoso aliado, mas o fator humano ainda é fundamental no desenvolvimento dos produtos.

13

Nosso intuito agora é apresentar-lhe uma série de conhecimentos e informações sobre esta máquina complexa, o automóvel. Contudo, por razões práticas, iremos nos ater, neste curso, apenas aos sistemas indicados nos desenhos esquemáticos seguintes.

Motor

Suspensão Traseira Transmissão

Suspensão Dianteira

Freios

As abordagens serão válidas não somente para o automóvel, mas também para os veículos do tipo comercial leve.

14

Iremos enfocar as configurações mais comuns: veículos com tração dianteira, com motor a gasolina ou a álcool, e injeção eletrônica. As variações em relação a isto poderão ser abordadas pelo instrutor do curso, na medida do interesse dos participantes.

Sistema Elétrico

Segurança Air Bag

Sistema de Direção

15

Motor

Atualmente quase todos os automóveis são equipados com motores de combustão interna. Esses motores utilizam a energia química de uma mistura de ar e combustível, energia essa que se transforma em calor, pela combustão; e convertem-na finalmente em trabalho mecânico. Os combustíveis mais comumente utilizados são a gasolina e o álcool. Os motores movidos a diesel e a gás, comuns em veículos comerciais e industriais, não serão tratados neste curso.

O desenvolvimento científico e tecnológico, a aplicação de novos materiais e os avanços da eletrônica têm permitido a construção de motores mais compactos, mais leves, de funcionamento mais suave, com melhor desempenho, econômico e pouco poluente. Mais do que nunca, os projetistas têm a missão de conciliar um excelente desempenho, um baixo consumo de combustível, e uma reduzida emissão de gases poluentes, isto para atender à regulamentação estabelecida pelos órgãos governamentais de preservação ao meio ambiente.

16

Tipos de motor

O tipo de motor a ser aplicado depende das características do projeto geral do veículo, tais como tamanho e finalidade do veículo, performance desejada, espaço disponível para o motor etc...

MOTOR DE 6 CILIND ROS EM LINHA

MOTOR BOXER DE 4 CILINDROS

MOTOR V-6

17

Posicionamento do motor no veículo Motor longitudinal

18

Motor transversal

19

O motor e seus componentes Motor 1.0 Hitork - 16V Turbo Tampa do Cabeçote Cabeçote Coletor de Escape Bloco do Motor

Turbo

Junta do Cabeçote

Carter Polia da Árvore de Manivelas

Motor AP 2000 16V Árvore do Comando de Válvulas Coletor de Admissão

Tucho Volante

Válvulas

Anéis

Pistão Pino

Árvore de Manivelas

Biela

Um motor de combustão interna possui duas partes principais: os componentes fixos (bloco, cabeçote, cárter etc.), e os componentes móveis (árvores de manivelas, comando de válvulas, bielas, pistões etc.)

20

Tampa do Cabeçote

Árvore de comando de válvulas

Coletor de Escape

Tucho

Cabeçote

Junta do Cabeçote

Anéis

Válvulas

Pistão

Pino do Pistão

Biela

Volante Bloco do Motor

Árvore de Manivelas

Polia da Árvore de Manivelas

Cárter

21

Os componentes e suas funções

Bloco do Motor

Cabeçote Motor 16V

O bloco foi projetado para agregar os componentes externos e internos do motor. Construido em ferro fundido, possui galerias para refrigeração e lubrificação do motor.

É de alumínio, e nele estão alocados dois eixos de comando de válvulas sendo: um para admissão e outro para escape. Assim como 16 válvulas e seus respectivos tuchos hidráulicos e molas.

O bloco do motor e o cabeçote estão entre os

O cabeçote realiza o fechamento superior

componentes principais. O bloco do motor contém

dos cilindros. Nele, em geral estão

os cilindros, mecanismo da árvore de manivelas,

instaladas uma ou duas árvores de

pistões e o cárter. A função destes componentes é

comando de válvulas, as válvulas de

retirar o trabalho realizado na cabeça do pistão e

admissão e escape, as velas de ignição e

transmiti-la ao sistema de transmissão para as

as válvulas injetoras. Juntos, o cabeçote e

rodas. O bloco do motor pode ser feito em ferro

os pistões, formam a câmara de

fundido cinzento ou de liga leve. Os cilindros podem

combustão. Por razões de peso e

ser usinados diretamente no bloco ou formados por

condutividade térmica, quase todos os

camisas de cilindros inseridas em alojamentos

motores de ciclo Otto possuem cabeçotes

específicos do bloco. Este recurso é muitas vezes

de liga de alumínio. Dependendo da

utilizado em blocos de liga leve ou em blocos cuja

configuração dos fluxos dos gases de

camisa trabalhe diretamente nas câmaras de

admissão e escape, é feita uma distinção

circulação do líquido de arrefecimento. Um bloco de

entre cabeçote com fluxo cruzado e de

motor contém também as bombas dos sistemas de

fluxo convencional.

arrefecimento e lubrificação, suas câmaras e canais, suportes do motor e componentes periféricos auxiliares.

22

Bloco do Motor

Cabeçote

23

O ciclo otto do motor de 4 tempos

Nos motores de 4 tempos, cada cilindro necessita de 4 movimentos do pistão, e 2 voltas completas da árvore de manivelas, para completar um ciclo de trabalho.

1º Tempo: admissão

2º Tempo: compressão

o pistão desce, puxado pela árvore

o pistão sobe, empurrado pela

de manivelas, a válvula de admissão

árvore de manivelas, as válvulas

está aberta. A admissão da mistura

estão fechadas e a mistura (ar +

(ar + combustível) ocorre por sucção.

combustível) é comprimida.

3º Tempo: combustão

4º Tempo: escape

ocorre uma centelha elétrica na vela

o pistão sobe, empurrado pela

de ignição, a mistura (ar +

árvore de manivelas, a válvula de

combustível) entra em combustão. As

escape está aberta. Os gases

válvulas estão fechadas, a pressão se

queimados são expelidos para a

eleva violentamente, empurrando o

atmosfera, através do sistema de

pistão para baixo e dando um forte

escapamento.

impulso na árvore de manivelas. Este é o tempo que produz trabalho.

Fica liberado o cilindro para a realização de um novo ciclo, e assim os ciclos se repetem sucessivamente, para o motor continuar funcionando.

24

Admissão

Compressão

Combustão

Escape 25

O funcionamento sincronizado de todos os cilindros

Nas páginas anteriores vimos como funciona um

Para completar o nosso entendimento sobre

cilindro, como os 4 tempos se processam de modo

um motor de vários cilindros, basta pensar o

seqüencial, graças ao movimento ou funcionamento

seguinte: num motor de 4 cilindros, por

sincronizado dos componentes: árvore de manivelas,

exemplo, cada cilindro executa sua sucessão

pistão, válvulas e vela de ignição.

de ciclos, mas de maneira defasada, segundo o que se chama de ordem de ignição; se a ordem de ignição é 1-3-4-2, num determinado momento o cilindro 1 estará no tempo de combustão; na meia-volta seguinte do árvore de manivelas, será o cilindro 3 que estará no tempo de combustão; na próxima meia-volta será o cilindro 4, e assim por diante.

26

O ciclo diesel do motor de 4 tempos

O motor diesel de 4 tempos também funciona segundo um ciclo; as diferenças em relação ao ciclo Otto são: No 1º tempo, de admissão. É admitido apenas ar; No 2º tempo, de compressão, apenas ar é comprimido; No 3º tempo, de combustão, não há centelha (o motor diesel não tem velas de ignição); o diesel é injetado na câmara de combustão, em meio ao ar comprimido, e entra em combustão espontânea violenta; O 4º tempo, de escape, é idêntico ao do ciclo Otto.

27

Mecanismo das válvulas

Os modernos projetos de motores, quase sempre

Válvulas no cabeçote (OHV Overhead

mostram válvulas localizadas no cabeçote e uma ou

Valves), árvore de comando de válvulas no

mais árvores de comando das válvulas também

cabeçote (OHC Overhead Camshaft) e

localizadas no cabeçote.

duplo comando no cabeçote (DOHC

Tuchos do tipo copo convencionais são utilizados para

Double Overhead Camshaft), são os tipos

transmitir a elevação do came de acionamento para a

de construções adotadas para o

válvula. Este sistema, além de ser menos silencioso,

mecanismo das válvulas. Os tuchos de

exige manutenção periódica, visando repor a

válvulas hidráulicos são usados para

regulagem ideal da folga das válvulas.

manter constante e adequada a abertura

Tuchos de compensação hidráulica correspondem a

das válvulas. Quando o motor está

outra forma de mecanismo de válvulas que podem ser

funcionando, o óleo lubrificante é enviado

utilizados.

sob pressão para um êmbolo alojado no tucho. Este êmbolo atuará realizando o

Benefícios ao consumidor: os tuchos hidráulicos

ajuste hidráulico, eliminando folgas e

dispensam ajustes periódicos e manual das folgas

compensando desgastes, visando manter

das válvulas.

constantemente o ajuste adequado para o acionamento das válvulas. Este recurso,

Os balancins localizados no cabeçote transferem o

além de tornar o funcionamento do motor

movimento do came indiretamente às válvulas. Eles

mais suave, também diminui as

podem atuar como alavancas e assim aumentar a

necessidades de manutenções periódicas.

abertura total das válvulas. Em motores multiválvulas

Quase todos motores de alta potência dos

(mais do que duas válvulas por cilindro) utilizando

dias atuais, têm árvores de comando no

balancins, é possível o uso de apenas uma árvore de

cabeçote. Esta construção reduz a

comando por cabeçote, ao invés de duas.

quantidade de peças móveis, reduzindo também o peso do motor.

Quando se utiliza balancins para o acionamento das válvulas, estes devem ser pivotados através de um eixo situado entre a árvore de comando e a válvula. Se a árvore de comando é montada no bloco do motor, e não no cabeçote, serão necessárias hastes adicionais de acionamento para a transferência do movimento da árvore de comando aos balancins. Entretanto, este princípio, hoje obsoleto, necessita de um grande número de partes móveis e por isto menos adequado para motores de alta performance.

28

Árvore de comando no bloco, com válvulas operadas por hastes de acionamento

Válvulas por balancim com tuchos hidráulicos

Válvulas operadas por tuchos do tipo copo

Motor multiválvulas com uma árvore comando no cabeçote

29

Árvore de comando de válvulas/duas ou mais por cilindro

A função da árvore de comando de válvulas no

dificulta o caminho ideal para os fluxos de

momento e na ordem correta é, desta forma,

admissão e de escape.

permitir o fluxo adequado dos gases pelo motor.

Em todos os motores de quatro tempos a

Adicionalmente ao sistema convencional, onde os

árvore de comando gira a metade da rotação

tempos de abertura e fechamento das válvulas são

do motor. Pode ser acionada diretamente

fixos , novos conceitos têm sido aplicados aos

pela árvore de manivelas, por engrenagens,

motores utilizando árvores de comando com

correntes ou por correia dentada.

controle variável.

Se o motor tem duas válvulas por cilindro,

Em um cabeçote no qual o fluxo dos gases ocorre

isto quer dizer uma válvula de admissão e

de forma cruzada, os canais de admissão e escape

uma de escape , que podem estar dispostas

estão em lados opostos. Isto permite menor

em paralelo ou em “V”.

resistência aerodinâmica aos fluxos, facilitando o

Essas válvulas são operadas por apenas uma

enchimento e a limpeza dos cilindros.

árvore de comando.

Nos cabeçotes em que o fluxo dos gases ocorre de

A principal razão para se desenhar motores

forma convencional, os canais de admissão e de

multiválvulas foi obter resultados de

escape, estão do mesmo lado. Este lay-out permite

potência mais elevados. A explicação para

percursos mais curtos para os gases quando se usa

isto é que duas ou mais válvulas de

um turbocompressor, porém, esta configuração

admissão ou de escape proporcionam maior

ocupa mais espaço em um dos lados do motor e

eficiência de enchimento dos cilindros, resultando em melhor rendimento do motor para uma mesma cilindrada.

Atualmente, a razão principal para adotar cabeçotes de cilindro com muitas válvulas são as emissões mais reduzidas no escape e consumo de combustível otimizado. Motores de três válvulas por cilindro, têm duas válvulas de admissão e uma de escape. Motores de quatro válvulas têm duas válvulas de admissão e duas de escape, e motores de cinco válvulas por cilindro têm três válvulas de admissão e duas de escape por cilindro.

Benefícios ao consumidor : otimizações nos fluxos de mistura proporcionam mais eficiência volumétrica e de combustão, resultando em níveis mais reduzidos de emissões.

30

Você sabe qual é a diferença entre um motor de 8 e 16 válvulas?

Em geral, a maioria dos motores têm 4 cilindros. Cada cilindro tem duas válvulas: uma que permite a entrada da mistura ar/combustível para o cilindro, e a outra que permite a saída desta mistura queimada, para fora do cilindro. Portanto, o motor de 4 cilindros comum dispõe de 8 válvulas, sendo: 4 cilindros x 2 válvulas por cilindro. Na versão 16V, cada cilindro tem 4 válvulas, sendo: duas de admissão e duas de escape. Com o aumento do número de válvulas, o pistão, ao descer no tempo de admissão, aspira mais mistura para o cilindro. Conseqüentemente, a queima será mais forte, elevando a potência e o desempenho do motor. Portanto, o motor 16V consegue um enchimento maior e mais rápido da mistura, em rotações medianas e altas, considerando-se que o tempo de enchimento da mistura é muito pequeno, veja o exemplo abaixo: - 3000 rpm o tempo de admissão é de 0,01 s. - 6000 rpm o tempo cai para 0,005 s.

Portanto, para preencher o cilindro nestas condições, é necessário aumentar a área de passagem da mistura através do maior número de válvulas, podendo assim aumentar a potência e o desempenho do motor. Já, essa maior área de passagem, não contribui em nada nas baixas rotações. Pois o tempo de admissão é suficiente para atender as necessidades de aspiração do motor. Vamos conhecer as características desse motor !!

31

Alguns termos comuns

PMS PMI PMS É o "ponto morto superior", a posição mais avançada que o pistão atinge no seu movimento para cima.

PMI É o "ponto morto inferior", a posição mais baixa que o pistão atinge no seu movimento para baixo.

Taxa de compressão (ou Relação de

Curso dos pistões

Compressão) é a razão numérica entre o É a distância entre o PMS e o PMI, expressa em

volume inicial e o volume final da

mm.

câmara de combustão de um cilindro; corresponde à redução de volume da mistura, durante o tempo de

Cilindrada

compressão. É o volume deslocado por todos os pistões, em

Por exemplo, se a taxa de compressão é

um ciclo completo do motor.

de 9:1, significa que o pistão comprime a

2 É igual p 3,1416 x (raio do cilindro ) curso x

mistura para um volume 9 vezes menor que o volume inicial.

número de cilindros/1000 (medidas em milímetros). A cilindrada é expressa em cm3 ou em litros. Por exemplo, um motor 1.6 tem aproximadamente 1,6 litros ou 1600 cm3.

32

Potência e torque

Entre os dados mais importantes de um motor,

Espera-se de motores modernos que tenham

estão suas curvas de potência e torque. Como

o mais alto torque possível, mesmo em

potência entedemos o trabalho realizado (força

rotações muito baixas, e que sejam capazes

multiplicado pela distância de deslocamento)

de manter estes valores numa ampla faixa de

dentro de um certo tempo.

rotação do motor. Isto faz com que o motor

Potência = Trabalho / tempo

tenha uma grande elasticidade, exigindo

A potência tem sido especificada em cavalos vapor

mínimas trocas de marchas tornando-se

(cv) ou em hp (inglês - horse power) em função do

econômico no uso. A melhor faixa de

método comparativo pelo qual se obtinha seus

consumo específico de um motor é a de

valores. Desde 1985, a potência deve ser

rotação onde se apresenta seu torque

especificada em quiloWatts (kW) e, a partir do final de 1999, os dados atualmente especificados em cavalos (cv ou hp), devem deixar de serem

desenvolvida depende da rotação do motor. O torque corresponde a força atuando em relação a um ponto de apoio. (Torque = força x distância do ponto de aplicação). Logo alterando-se a intensidade da força ou a dimensão da alavanca, ocorrem também alterações no resultado de torque.

50

160

40

140

30

120

20

100

10

80 10

20

30

40

50

Torque (Nm)

No gráfico, podemos observar que a potência

Potência desenvolvida (kW)

60

utilizados.

60

-1

Rotação do motor (min x 100)

Potência e torque: ambos dependem da rotação do motor. O objetivo é produzir curvas mais suaves e uniformes possível.

Um Watt corresponde à quantidade de energia necessária para realizar o

1m

trabalho de um Newton-metro em um segundo. (1kW = 1000 watt). Um ser

1 sec

humano pode realizar por volta de 1/10

75 Kg

kW continuamente, ou chegar a um pico durante um curto período, umas 20 vezes mais alto.

Potência era anteriormente especificada como

1 kW = 1,36 hp

"cavalo força" (cv ou hp). 1 cavalo força era o

1 hp = 0,735 kW

equivalente a levantar um peso de 75 kg na altura

1 kgf - 9,8 Newton (N)

de 1 metro em 1 segundo.

33

Sistema de aspiração forçada

São sistemas que comprimem o ar aspirado antes 1

deste entrar na câmara de combustão, visando 2

otimizar a eficiência volumétrica do motor e, 3

conseqüentemente, o enchimento dos cilindros. Com este recurso obtêm-se uma potência mais elevada para

4

uma mesma cilindrada do motor. O turbocompressor, que é o recurso mais usual de sobrealimentação de motores, se caracteriza por utilizar a energia dos gases de escape para pressurizar 5

a linha de admissão do motor. Para isto, possui duas turbinas, solidárias por uma pequena árvore de transmissão: a primeira tem um rotor que é girado pela energia contida nos gases de escape, produzindo

SUPERCOMPRESSOR D E FORMA ESPIRAL

altíssimas rotações. Essas rotações são transmitidas ao rotor de

1

Entrada do ar aspirado Espiral externa 3 Espiral interna 4 Pinhão de acionamento 5 Saída do ar comprimido

compressão do turbo, onde ocorre a aspiração e

2

compressão do ar, a valores de até 1,5 bar acima da pressão atmosférica. O recurso tem o inconveniente de aquecer o ar. Em geral para minimizar este efeito, um resfriador de ar (intercooler) é colocado no circuito

O supercompressor “G” consiste de uma

posicionado entre o turbo e a câmara de combustão.

espiral externa, que é uma parte fixa na sua

Isto é necessário porque o ar mais frio tem um volume

carcaça, e uma espiral interna, que gira sobre

menor. Graças ao intercooler, maior massa de

uma placa de suporte. O movimento rotativo

oxigênio pode ser forçada para dentro do cilindro,

cria cavidades entre as espirais que se abrem

visando otimizar ainda mais energia nos processos das

e fecham. Como resultado, o ar é deslocado e

combustões.

comprimido para o interior dos cilindros.

Outro recurso de sobrealimentador que está ganhando espaço é o supercompressor. Este se caracteriza por ser acionado mecanicamente pela árvore de manivelas. Existem diversos tipos deste

1

sistema, destacando-se o tipo espiral ou supercompressor “G” que, por não utilizar os gases de escape para obtenção de energia, se torna mais compacto e de fácil aplicação.

2 6

TURBOCOMPRE SSOR (ACIONADO PELO ESCAPE) 1 Ar comprimido para o motor 2 Ar aspirado do filtro de ar 3 Câmara do ar admissão 4 Rotor do compressor 5 Rotor da turbina 6 Câmara dos gases de escape 7 Gás do escape do motor 8 Escape para o silencioso

4

5

7

8

34

3

Para se obter um efeito semelhante a aspiração

Com isto, pode-se criar uma força adicional

forçada podemos lançar mão dos coletores de

que pressuriza mais ou menos ar para o

admissão variáveis. As pulsações que ocorrem no

interior dos cilindros, melhorando a eficiência

coletor, com efeito de sucção do pistão durante seu

volumétrica, e que pode ser adequado às

movimento de admissão, formam colunas de ar

diversas faixas de rotações do motor. O

pulsantes nos dutos do coletor. Variando o

comprimento dos dutos de admissão são

comprimento dos dutos de admissão, varia-se,

variados e controlados por válvulas que

conseqüentemente, o volume de ar disponível para

oscilam em função da rotação do motor,

admissão.

unindo ou separando seções do coletor.

Benefícios ao consumidor: melhor eficiência volumétrica nos cilindros, produzem elevado torque numa faixa mais ampla de rotações do motor e também potências mais elevadas. Isto resulta em melhor aproveitamento na densidade de energia contida no combustível.

35

O sistema de lubrificação do motor

Na lubrificação de um motor, o óleo que circula exerce várias funções:

refrigerar as áreas críticas, pois transporta o calor e o transfere para partes mais frias;

lubrificar, para reduzir o atrito entre as peças que se movimentam, e assim:

limpar, pois transporta partículas originadas pelo desgaste e resíduos produzidos pela

facilitar o movimento;

combustão, que serão separados pelo filtro, ou

reduzir o desgaste das peças;

decantados;

Tornar mais silencioso o movimento;

proteger as superfícies das peças contra a oxidação.

Retorno do óleo para o cárter.

Lubrificação dos cames e mancais da árvore de comando de válvulas e dos tuchos.

Filtro de óleo Lubrificação da árvore de manivelas e dos injetores de óleo.

Bomba de óleo

Pescador

O óleo lubrificante do motor sofre uma perda gradativa de suas propriedades, em razão de oxidação e contaminação. Por isto, precisa ser trocado a intervalos regulares de quilometragem; para veículos que rodam muito pouco, é preciso trocá-lo a intervalos regulares de tempo, mesmo que a quilometragem de

Cárter

uso não tenha sido atingida. O filtro de óleo também vai perdendo sua capacidade de filtrar, e precisa ser trocado conforme recomendações do Livrete de Manutenção e Garantia.

36

O sistema de arrefecimento

Em razão, principalmente, da combustão da mistura de combustível,

Circulando de maneira controlada, o líquido de

é gerada uma enorme quantidade de calor, e o motor se aquece,

arrefecimento do motor mantém o motor numa

especialmente na região superior da câmara de combustão.

faixa de temperatura ideal para seu bom

Para evitar a auto-detonação da mistura e a danificação dos

funcionamento.

componentes do motor, o sistema de arrefecimento faz circular o líquido de arrefecimento do motor, que leva o calor das partes quentes para o radiador, onde ele perde calor para o ar, e retorna ao motor.

1 MANGUEIRAS 7

1

2 BOMBA D'ÁGUA Força a circulação do líquido de arrefecimento.

4

5

3 VÁLVULA TERMOSTÁTICA Controla o fluxo de água, em função da temperatura do motor.

3 2 6

4 ELETROVENTILADOR Provoca uma circulação forçada de ar, através do radiador, em caso de aumento da temperatura do líquido de arrefecimento. 6 RADIADOR DE ARREFECIMENTO Resfria o líquido proveniente do motor; parte do calor passa para os tubos, e destes para o ar ambiente.

5 INTERRUP TOR TÉRMICO Controla o funcionamento do eletroventilador, em função da temperatura do líquido de arrefecimento.

7 RESERVATÓRIO DE EXPANSÃO

Para melhorar a eficiência do resfriamento, evitar a corrosão das partes metálicas em contato com o líquido, e a formação de resíduos que obstruiriam o sistema, não se utiliza água simplesmente. Deve ser utilizada uma solução de água e aditivo apropriado, e deve-se verificar o nível de líquido semanalmente, completando-o se necessário. Atente para maiores informações na Literatura de Bordo do seu veículo.

37

Transmissão

A eletrônica também abriu caminho para novos progressos no sistema de transmissão. Nos veículos com transmissão automática moderna, computadores controlam tanto o gerenciamento do motor, quanto a seleção das marchas. Enquanto os carros mais antigos possuiam transmissões automáticas de três velocidades, hoje, transmissões automáticas de quatro ou cinco marchas são facilmente encontradas e A bicicleta foi o primeiro veículo de “tração traseira”, um layout que

ainda contam com o gerenciamento eletrônico,

rapidamente se tornou comum nos tempos iniciais dos veículos a

que indica o exato ponto de troca de marcha.

motor e que ainda hoje está em uso, principalmente nos automóveis

Os modelos Tiptronic de transmissão

de potências mais elevadas. O acionamento por árvores de

representam uma etapa adiante do

transmissão (cardans), utilizado para retirar a energia da caixa de

gerenciamento eletrônico, e dão ao motorista a

mudanças e transmiti-la ao eixo traseiro, foi a maneira de enfrentar

opção de seleção manual ou automática das

as potências desenvolvidas e que chegam até três dígitos. Mesmo a

marchas.

transmissão por corrente foi utilizada para manusear os modestos cavalos de força das primeiras “carruagens sem cavalos”. A necessidade de várias relações de transmissão foi identificada logo nos primórdios dos veículos a motor. Mesmo na virada do século, os engenheiros estavam perfeitamente cientes de que selecionar e engatar diferentes engrenagens poderia ser um processo complexo e tedioso. O francês Louis Bonneville exibiu a primeira transmissão automática, em 1900, com relações de engrenagens selecionadas em conformidade com a velocidade. Entretanto, iria levar mais outros 40 anos, para que a transmissão automática atingisse a produção em série. O fabricante americano Oldsmobile anunciou seu “hidramático”, o primeiro carro de passageiros com transmissão automática, em 1940. Outra conclusão inicial foi a de que tração nas quatro rodas seria a melhor resposta quando se trafegava em terrenos acidentados. O primeiro sistema de tração nas quatro rodas eficiente, na prática, foi construído pelo francês Geogers latil, em 1926. Mais oito anos se passaram, antes que os primeiros carros de tração dianteira aparecessem, mas foi em 1959 que o Austin Seven, o popular Mini, revolucionou o projeto de carro pequeno. Sua concepção de motorização transversal resultou em um compacto trem de força, otimizando o aproveitamento do espaço interno.

69 38

Caixa de Câmbio

Motor

Embreagem

Diferencial

Semi-árvores de transmissão

Sistema de tração Atualmente, 75% dos modelos em produção (veículos de portes pequeno e médio), utilizam a tração no eixo dianteiro. O motor, caixa de câmbio, diferencial e semi-árvores de transmissão às rodas, formam uma unidade compacta. Em um veículo de tração dianteira, as rodas dianteiras são motrizes (recebem os esforços de tração), responsáveis pela direção e ainda recebem os intensos esforços de frenagem.

39

Elementos da transmissão

A transmissão do automóvel tem a função de transmitir para as rodas a energia mecânica gerada pelo motor. MOTOR

EMBREAGEM Sistema mecânico que permite interromper a transferência de torque entre o motor e a caixa de mudanças

CAIXA DE MUDANÇAS Sistema de engrenagens que permite adequar a velocidade de rotação e o torque que chega às rodas, de acordo com as condições de uso. Permite também inverter o sentido do movimento (marcha-à-ré)

DIFERENCIAL Sistema de engrenagens que permite às rodas de tração que girem em rotações diferentes (quando o veículo faz uma curva)

SEMI-ÁRVORES Transmitem o torque do diferencial para as rodas

JUNTAS HOMOCINÉTICAS Permitem o funcionamento das semi-árvores mesmo com os constantes movimentos da direção e da suspensão do veículo

40

A embreagem

Permite desacoplar o motor da caixa de mudanças, interrompendo assim a transferência de torque, com a finalidade de: possibilitar um fácil engate e mudança das marchas possibilitar um suave início do movimento do veículo

1 3

5

2

VOLANTE DO MOTOR

DISCO DE EMBREAGEM - Nas faces há o revestimento (material de atrito). - Seu cubo central se acopla ao eixo primário da caixa de mudanças - Enquanto o pedal de embreagem não está sendo acionado, as faces do disco ficam prensadas entre o volante do motor e a placa de pressão. - Estando o motor girando, o atrito nas faces permite a transferência de torque. - Estando o pedal da embreagem acionado, o disco deixa de ser pressionado, o atrito nas faces diminui, e a embreagem desliza, sem transferir torque.

ROLAMENTO DA EMBREAGEM - Quando acionado o pedal de embreagem, o rolamento é deslocado e empurra o centro da mola membrana, que então deixa de pressionar a placa de pressão contra o disco de embreagem. - Enquanto o pedal de embreagem não está sendo acionado, o rolamento nem gira, pois fica afastado da mola membrana.

4 1 3

PLACA DE PRESSÃO - Faz parte do platô. - É empurrada contra o disco, pela ação da mola membrana. - quando acionado o pedal de embreagem, a placa deixa de pressionar o disco.

2

4

6 5

6

EIXO PRIMÁRIO DA CAIXA DE MUDANÇAS

GARFO DA EMBREAGEM Quando acionado, o pedal de embreagem desloca o rolamento contra a mola membrana.

8

7 8

7

PLATÔ DE EMBREAGEM

41

MOLA MEMBRANA

A caixa de mudanças e o diferencial Transmissão transversal Caixa de mudanças manual CAIXA DE MUDANÇAS

ALAVANCA DE MUDANÇAS

DIFERENCIAL (integrado na caixa de mudanças)











ÁRVORE PRIMÁRIA

ÁRVORE SECUNDÁRIA LUVA DE ENGATE “CARRETEL”

PINHÃO RÉ

FLANGE

FLANGE COROA

DIFERENCIAL

EIXO DE COMUTAÇÃO

MECANISMO SELETOR DE MARCHAS

GARFO LUVA DE ENGATE

42

Transmissão longitudinal Caixa de mudanças manual

CAIXA DE MUDANÇAS E DIFERENCIAL

FLANGE

ÁRVORE PRIMÁRIA 3ª



ÁRVORE SECUNDÁRIA





PINHÃO





43



LUVA DE ENGATE “CARRETEL”

O conjunto coroa e pinhão

DIFERENCIAL D E ENGRENAGEM CÔNICA: 2

1

1 Carcaça do diferencial

3

9

2 Coroa

5

3 Rolamento da semi-árvore 4 Engrenagem planetária

4 5

6

7

5 Semi-árvore 6 Carcaça diferencial 7 Pinhão 8 Árvore de transmissão 9 Satélite

8

O conjunto coroa e pinhão é o último par de

O funcionamento do diferencial pode

engrenagens que realiza a multiplicação de torque

provocar, em situações onde ocorram

para as rodas. Este conjunto pode ser de

diferenças de coeficiente de atrito entre as

engrenamento cônico, utilizado nos veículos onde o

rodas, o “deslizamento” involuntário de uma

motor e o câmbio estão dispostos longitudinalmente.

das rodas de tração. Para inibir este efeito, tem

Sua função é receber o fluxo de força, que se desloca

se desenvolvido diversos recursos, chamados

no sentido longitudinal do veículo, e transformá-lo em

de auto-blocantes, que atuam nessas

transversal para chegar até as rodas. Nos veículos em

condições.

que o conjunto motopropulsor está disposto

O sistema EDS (Eletronic Differential Sistem -

transversalmente, o fluxo de força já possui a direção

Controle Eletrônico de Tração) é um recurso

transversal, sendo, portanto, dispensável a inversão no

que atua combinado com o sistema ABS de

sentido do fluxo de torque.

freios. Havendo diferença de rotação entre as

Neste caso, o conjunto coroa e pinhão tem

rodas além de um determinado limite, o

engrenamento paralelo.

sistema EDS atua freando a roda em

A outra função do diferencial é compensar diferenças

deslizamento e igualando o coeficiente de

de rotação entre as rodas de tração. Este efeito é

tração.

obtido através de um diferencial também de

O diferencial Torsen (sistema mecânico

engrenagens cônicas. O torque de saída da caixa de

desenvolvido pela Audi), a embreagem de

mudanças chega ao pinhão que está engrenado com a

discos múltiplos ou engate viscoso (sistema

coroa. Esta, encontra-se firmamente aparafusada com

com controle eletrônico) são outros

a carcaça da caixa de satélites. Isto significa que a caixa

dispositivos autoblocantes, que previnem

de satélites tem sempre a mesma rotação da coroa.

diferenças na velocidade de rotação entre as

Enquanto o veículo se encontra em linha reta, as semi-

rodas de tração, onde a ação de bloqueio pode

árvores são tracionadas igualmente. Ao descrever uma

ser até de 100%.

curva, a roda interna tem menor rotação que a externa. Esta diferença de rotação é obtida através da engrenagem planetária, que gira menos, fazendo com que os satélites girem sobre seu eixo e transmitam à outra planetária a rotação que deixou de ir para o lado interno da curva. Este efeito cria a “diferença” de rotação entre as rodas. Existe a possibilidade indesejável, quando o veículo está encalhado e uma roda gira livre. Se esta condição for em alta rotação e por muito tempo, poderá danificar o diferencial.

44

Diferencial Torsen

Relação de transmissão

O torque e a rotação que são retirados do motor para movimentar o veículo, não são adequados para a transmissão direta para as rodas. É necessário, dependendo da carga ou velocidade do veículo, multiplicar o torque ou elevar a rotação. Este efeito, para adequar a rotação e o torque às condições de marcha, são obtidos por engrenagens de transmissão. Trata-se de um conjunto de rodas dentadas, solidárias entre si, no qual cada dente opera como uma alavanca. Assim, através de engrenagens maiores ou menores, altera-se a alavanca e, consequentemente, o torque e a rotação.

Motora

A engrenagem que aciona é denominada motora, e a outra, movida. O número de dentes destas engrenagens, bem como os respectivos diâmetros, determina a relação de transmissão entre elas.

A relação de transmissão é o fator que determina o torque e a rotação de saída em uma transmissão por engrenagens. O cálculo dessa relação é feito da seguinte forma:

Relação de redução: é aquela em que se multiplica o torque de entrada e se diminue a rotação. Este tipo de relação se caracteriza por possuir uma engrenagem motora menor e uma movida maior.

Relação de desmultiplicação: é aquela que se caracteriza por possuir uma engrenagem motora maior e uma movida menor. Neste caso, ocorre uma elevação da rotação e redução do torque.

45

Movida

Rt =

Motora 10 dentes

nº de dentes da movida nº de dentes da motora

Movida 20 dentes

Motora 20 dentes Movida 10 dentes

R=

R=

20 10

10 20

2:1

0,5 : 1

Relação de transmissão (ou razão de transmissão)

As relações de transmissão são fatores que expressam a proporção entre as velocidades de rotação dos eixos de entrada e de saída de uma transmissão. Elas dependem dos números de dentes das engrenagens do conjunto. Veja o exemplo abaixo, válido para um determinado modelo de automóvel:

Caixa de mudanças

Razão de transmissão

1ª marcha

3,900 : 1

2ª marcha

2,118 : 1

3ª marcha

1,286 : 1

4ª marcha

0,969 : 1

5ª marcha

0,800 : 1

Marcha-a-ré

3,167 : 1

Diferencial

4,777 : 1

Rotação da Árvore Secundária Rotação do Motor

Rotação da Coroa Rotação do Pinhão

A relação de 3,900 : 1 da 1a marcha significa que o

É assim: multiplicando as 2 relações, teremos a

motor tem de girar 3,9 voltas, para que a árvore

proporção entre a rotação do motor e a rotação

secundária da caixa de mudanças gire 1 volta. Então,

das rodas do automóvel.

nesta marcha, o câmbio reduz a velocidade e amplia

Então, em 1a marcha temos: 3,900 x 4,777 =

o torque. É a marcha que tem a relação mais forte,

18,630, e a relação final em 1a marcha é 18,630 : 1.

mais reduzida. É por isso que usamos a 1a marcha para sair com o veículo, e para subir ladeiras bem

Na 5a marcha, a relação final será 0,800 x 4,777 =

fortes.

3,822 : 1 , ou seja, o motor dará menos de 4 voltas para cada giro da roda. É a marcha que

Além do câmbio, temos de considerar o diferencial,

usamos para andar rápido, ela permite a maior

que também reduz a velocidade e aumenta o torque.

velocidade do automóvel.

No exemplo, o valor 4,777 : 1 significa que, para cada

Mas, seu poder de enfrentar subidas é o menor,

4,777 voltas do pinhão, a coroa do diferencial vai girar

entre todas as marchas.

uma volta. Afinal de contas, como fica o resultado final?

46

Transmissões automáticas

2 3 3 3

3 3 TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA:

4

1

1 Árvore primária 2 Conversor de torque 3 Embreagens de discos múltiplos 4 Árvore secundária

Nas transmissões automáticas, as relações de

O óleo em uma transmissão automática,

transmissão para obtenção de torque ou

além de lubrificar e arrefecer, também

velocidade, são obtidas também através de

transmite energia mecânica. O conversor

engrenagens. Estas formam conjuntos de

de torque é exemplo disto: com duas

planetárias que são unidas em várias

turbinas, uma motriz, acionada pelo

configurações e acopladas por embreagens

motor, e outra, movida, que conduz o fluxo

hidráulicas de discos múltiplos. A escolha da

de torque para a transmissão, utiliza o óleo

relação de transmissão é feita em função de vários

como o meio de transmissão da energia

fatores, como velocidade,rotação do motor, ou

mecânica. Quando o veículo está parado e

através de uma unidade de controle, que usa um

o motor em marcha-lenta, ocorre um

sistema combinado hidráulico-eletrônico.

deslizamento entre as turbinas do conversor, impedindo a transmissão de energia. Ao ser acelerado, o óleo ganha energia hidráulica, sendo conduzido à

Benefício ao consumidor: dirigir sem a preocupação de realizar trocas de marchas proporciona maior concentração do motorista no fluxo de trânsito.

47

turbina da árvore primária, que transmitirá o torque para a caixa de transmissão.

A transmissão automática de 4 marchas (Automatik Getriebe, AG4) para VW e Audi

O AG4 é uma versão mais desenvolvida da transmissão automática de 4 marchas já conhecida. O avanço eletrônico tornou possível desenhar a transmissão automática em uma versão que oferece mais conforto e simplicidade para o motorista. Bloqueando a patinação do conversor de torque é reduzido o consumo de combustível, diminuindo assim também as emissões de gases. Embreagens de novo desenho permitem transições mais suaves e isentas de trancos.

48

A transmissão automática de 5 velocidades 01V

Também utilizada nos veículos Audi A4, A6 e A8 esta transmissão possui gerenciamento eletrônico para troca de marchas interligado com o gerenciamento do motor, sistema Dynamic Shift Program (DSP) programa de troca dinâmica das marchas que permite a adequação aos diferentes estilos de dirigir beneficiando o consumo ou a potência do motor. Também faz parte desta transmissão o sistema Tiptronic de tecnologia Porsche que permite a seleção de marchas através de um leve torque na alavanca seletora que comanda a troca das marchas nas acelerações e desacelerações.

49

Suspensão Sete mil anos atrás: descoberta fundamental da mesopotâmia Poucas invenções tiveram o poder de influenciar os

Isto aconteceu há 4000 anos, quando

destinos da humanidade de forma tão profunda.

surgiram os primeiros veículos puxados por

Uma delas, a roda, apesar de ser um elemento

cavalos e a marca histórica de 30 Km/h de

essencial no automóvel de Carl Benz, tinha alguns

velocidade, atingida por um carro de guerra,

milhares de anos de idade. Os registros históricos

permaneceu como “recorde mundial de

indicam ter sido descoberta na região da

velocidade de veículo” pelos três e meio

mesopotâmia, e até hoje, é considerada uma obra

milênios seguintes até que surgisse a

de gênio, sem a qual não teríamos nenhum meio

máquina a vapor.

prático de transporte terrestre.

Os avanços da metalurgia também

A partir de sua descoberta, outro grande passo foi

significaram progressos na área de veículos.

dado: algum pensador desconhecido combinou

A fabricação de eixos e suportes de metal

duas rodas com um eixo, abrindo caminho para o

tornou-os muito mais práticos e confiáveis.

primeiro veículo de transporte utilizando rodas.

Porém, a fixação direta dos eixos às

Esta descoberta se posiciona como um grande

estruturas do veículo ainda não era

desafio para as mentes talentosas em mecânica.

suficiente. Aparecia um outro problema.

As rodas inteiriças de madeira duraram pouco

Como, por exemplo, suportar alguns

tempo, pois seu peso elevado e a fragilidade dos

momentos de viagem, em buracos e

eixos fixos foram uma fonte permanente de

elevações e nas toscas estradas da época.

problemas na ausência dos rolamentos. Para

Era necessário um elemento elástico entre

resolver, os celtas criaram a roda raiada que tornava

os eixos e a estrutura do veículo.

os veículos mais velozes e menos toscos - um novo

Assim, o desenvolvimento de uma

paradigma que foi naturalmente do interesse de

tecnologia que permitisse fabricar feixes de

qualquer tribo guerreira.

molas, em 1660, mudou a história dos equipamentos de rolagem,

Um chassi clássico do Tatra de eixo oscilante

50

trazendo um pouco mais de conforto às viagens.

Mesmo fazendo os fundadores da poderosa

Com sua utilização, foi ficando claro que as molas

dinastia francesa de fabricantes de pneus,

não foram projetadas para apenas aumentar o

pararem 22 vezes para consertá-los, a

conforto, pois influenciavam também na segurança

invenção já demonstrava o seu valor.

do veículo. Sem um elemento elástico entre as

A obtenção de potências cada vez maiores

rodas e o chassi, todas as irregularidades eram

nos motores levou à necessidade de pneus e

transmitidas diretamente ao veículo, provocando

sistemas de suspensão ainda mais

saltos e solavancos que reduziam o contato das

eficientes. Estas áreas de pesquisa e

rodas com o solo.

desenvolvimento da indústria

Muito se tem caminhado no desenvolvimento das

automobilística, em nome da segurança,

suspensões e dos orgãos de rodagem, mas, temos

estarão levando ao uso comum, em futuro

que lembrar de importantes colaborações dadas no

breve, a utilização de sistemas ativos que

início, por tantos gênios. Umas delas foi o

usam o gerenciamento eletrônico, para

pneumático do cirurgião veterinário escocês John

assegurar a posição exata das rodas no solo.

Boyd Dunlop. Dos primeiros pneus de borracha

Quanto aos pneus, os fabricantes redobram

maciça aos sem-câmara que podem atingir

seus esforços para acompanhar estas

velocidades acima de 250 Km/h, percorremos um

exigências. Procuram fazer com que seus

longo trecho de experiências e surpresas. Nas

produtos durem cada vez mais, apresentem

precárias estradas da era inicial da motorização, o

menor resistência a rolagem, absorvam

pior inimigo dos pneumáticos eram os cavalos, que

ondulações, elevem ainda mais o conforto, a

espalhavam pregos de ferraduras por onde

segurança e o coeficiente de tração e

passavam. Em 1894, os irmãos Michelin usaram

frenagens em pistas molhadas, na neve ou

pneumáticos pela primeira vez, em um carro que

no gelo.

foi construído para a corrida Paris-Rouen daquele ano.

Um feixe de molas clássico, protegido por uma polaina de couro.

51

Orgãos de rodagem

“Orgãos de rodagem” se referem a todos os elementos estruturais de um veículo, que influenciam diretamente no seu comportamento na estrada. São os sistemas de suspensão, direção, freios, rodas e pneus.

Eixo dianteiro

Nos veículos de tração dianteira, as rodas são responsáveis por transmitir as forças de tração, frenagem e direção do veículo. A suspensão McPherson é atualmente muito utilizada, em razão de sua construção compacta que garante a posição

22

das rodas, as funções da suspensão e do sistema de

COLUNA DE SUSPENSÃO MCPHERSON: 1 Braço triangular (bandeja) 2 Coluna com mola e amortecedor 3 Suporte da roda

direção, apresentação espaço e peso reduzidos.

1

3

A posição da roda é determinada pelos

Braços triangulares (bandejas) são

componentes onde está fixada e que exercem

elementos posicionadores das rodas,

controle sobre seus movimentos.

montados transversalmente em relação ao eixo longitudinal do veículo.

Em uma suspensão McPherson o amortecedor está entre os elementos que determinam a posição das

Suspensão utilizando duplos braços

rodas, pois, neste tipo de suspensão, pode ser

triangulares necessitam de mais

estrutural ou estar integrado ao seu suporte.

componentes móveis, para posicionar as rodas e para incorporar os elementos elásticos e de amortecimento da suspensão.

52

A coluna de suspensão McPherson é tão versátil que também pode ser utilizada em veículos de tração traseira.

Uma versão alternativa desta construção usa o amortecedor integrado com o suporte das rodas e uma mola de suspensão separada. A suspensão utilizando duplos braços na suspensão dianteira também pode ser adotada em carros em que a tração seja nas rodas traseiras.

2

4 3

1 2 3 4

1

53

COLUNA DE SUSPENSÃO MCPHERSON: Braço triangular (bandeja) Coluna do amortecedor Mola Suporte da roda

Suspensão

A suspensão tem a função de absorver as vibrações e choques das rodas, proporcionando conforto aos ocupantes do veículo e garantindo a manutenção do contato das rodas com o solo. As molas do tipo feixe de lâminas (semielípticas) são pouco usadas nos carros de passeio. Sua elevada capacidade de carga torna sua utilização mais víavel nos veículos de transporte pesado. Atualmente, quando

Suspensão com molas semi-elípticas (feixe de lâminas) longitudinal

utilizado nos veículos de passeio, este tipo de molas é instalado transversalmente ao veículo. O feixe de molas longitudinal é apenas conveniente para um eixo rígido e adiciona partes da sua à massa sem amortecimento do veículo. Já o feixe transversal pode ser aplicado fixo a estrutura do veículo, diminuindo o peso não suspenso.

Suspensão com barras de torção.

Molas em espiral podem variar no passo e no diâmetro do arame, dando-lhe uma ação elástica progressiva. Apresentam entre outras vantagens, peso reduzido, mínima necessidade de espaço e facilidade de manutenção. Existem molas em espiral com diversas configurações que objetivam diminuir sua altura, atrito entre as espirais e

Suspensão com mola espiral apresenta reduzidos peso e espaço para aplicação.

efeito progressivo.

Normalmente é montada integrada à carroçaria, com suas extremidades em forma de alavancas fixadas a cada lado da suspensão. Quando as duas rodas no eixo se movem para cima, a barra

Molas do tipo de barras de torção também são compactas e pesam pouco. Por trabalharem submetidas a esforços de torção, devem possuir excelente acabamento superficial e de proteção contra

estabilizadora não tem efeito. Porém, se a

corrosão, visando inibir possibilidades de

suspensão é comprimida apenas de um lado, a transferência de carga a faz atuar como uma mola tipo barra de torção e resistir à rolagem da

rupturas. A barra estabilizadora é utilizada para reduzir a rolagem da carroçaria ao se

carroçaria.

realizar curvas.

54

Suspensão dianteira

O Passat utiliza no eixo dianteiro a suspensão four link ( de quatro braços oscilantes ) e coxins hidráulicos no braço inferior. Esta construção garante reduzido peso não suspenso, grande estabilidade direcional e a manutenção de geometria das rodas, independente das condições de tráfego. Para transmissão as rodas, o Passat utiliza uma semi-árvore com articulação tripóide do lado diferencial e articulação homocinética de esferas do lado da suspensão. Esta construção permite grande variação no comprimento da semi-árvore em função do elevado curso da suspensão four link.

Suporte (Braço Superior)

Braço Oscilante (Caixa do Rolamento lado esquerdo)

Articulação tripóide

Braço Inferior Barra Estabilizadora

55

Semi-árvore com articulação tripóide

A vantagem deste sistema de transmissão para as

Isto ocorre porque, a articulação tripóide,

rodas é de diminuir a transferência de vibrações e

possui um rolamento de agulhas que permite

ruídos do conjunto motopropulsor para a carroceria,

o deslizamento da semi-árvore para dentro e

graças a sua versatilidade em se adaptar aos elevados

para fora, corrigindo constantemente sua

ângulos de trabalho da suspensão four link, não

dimensão transversal e pivots, que garantem a

permitindo que ocorra o tensionamento nas

grande articulação angular. Observe:

extremidades das articulações.

Articulação homocinética de esferas

Articulação tripóide

Construída de uma estrela (conhecida como trizeta) de três pivots, a articulação tripóide possui um formato esférico em cada pivot, montado dentro de rolamentos de agulhas que trabalham em guias deslizantes.

Guias deslizantes

Pivot esférico Rolamento de agulhas

Carcaça

Semi-árvore

56

Outra função importante das semi-árvores é a compensação constante das variações dimensionais estabelecidas pelo elevado curso de suspensão principalmente num sistema que utiliza a construção four link, que permite um elevado curso vertical das rodas.

Carcaça

Ao se comprimir a suspensão, a articulação deve compensar esta variação, permitindo seu deslizamento para dentro da própria carcaça.

Ao se distender a suspensão, a articulação permite o deslocamento da semi-árvore para fora, independente da movimentação da transmissão. Estas características garantem reduzido atrito e suavidade de funcionamento com baixo nível de emissão de ruídos.

57

Suspensão traseira

A suspensão traseira possui as seguintes

Estas característica da suspensão traseira do

características construtivas:

Passat atribuem ao produto:

Eixo traseiro interdependente com perfil “V”

Maior capacidade de carga útil graças a

invertido.

separação geométrica das molas.

Braços oscilantes longitudinais integrados ao

Maior vida útil dos rolamentos das rodas

corpo de eixo.

com reduzido custo de manutenção.

Barra estabilizadora instalada à frente do corpo

Estabilidade e segurança nas mais diversas

do eixo.

condições de tráfego.

Molas de reduzida altura apoiadas em grande

Reduzido nível de ruídos e suavidade de

volume de borracha e montada em separado da

trabalho.

coluna do amortecedor. Rolamentos das rodas de dupla carreira de esferas montado próximo ao centro das rodas.

Amortecedor monotubo

Mola helicoidal

58

Eixo traseiro

O conceito usual de eixo traseiro utilizado

Entre elas está a utilização de suspensões

inicialmente nos automóveis, foi o do eixo rígido de

traseiras independentes, com braços

tração traseira, acionado por uma árvore de

articulados oscilantes, que são mais leves e

transmissão (cardan). Embora atualmente esta

ocupam menos espaço.

concepção esteja se tornando restrita a veículos

A utilização deste tipo de suspensão

comerciais ou fora de estrada, ainda existem muitos

traseira, de braços articulados oscilantes,

veículos utilizando esta construção, aplicando muitas

incorporados ao eixo traseiro, asseguram

inovações neste conceito.

mais conforto e estabilidade, porém, tem a desvantagem de ser complexa na sua construção, envolver um grande número de componentes fixos e móveis. Ainda mais

1 2 3 4 5

SUSPENSÃO TRASEIRA INDEPEN DENTE COM BRAÇOS ARTICULADOS OSCIL ANTES Diferencial Braço articulado Barra de Panhard Mola Amortecedor

quando se utiliza duplo braços de articulação.

5

4 3

1

2

Nos veículos de tração dianteira, a

3

adoção de um eixo traseiro com o corpo auto-estabilizante é largamente utilizada nos projetos mais modernos,

2

incorporando um braço oscilante de

1

articulação em cada lado, unidos por uma barra de torção transversal (corpo do eixo). Suas vantagens são a utilização

SUSPENSÃO TRASEIRA INDEPEN DENTE COM BRAÇOS ARTICULADOS OSCIL ANTES 1 Braço oscilante 2 Corpo do eixo traseiro 3 Suspensão com mola e amortecedor

de mínimos espaços e pouco peso, com excelente relação entre estabilidade e o conforto.

59

Braços oscilantes integrados

O eixo traseiro com braços oscilantes integrados, trabalha com a barra estabilizadora posicionada à frente do eixo de giro de articulação dos

Apoio de borracha das molas

braços. Seu mancal de borracha-metal está montada numa carcaça de alumínio posicionada muito próximo a linha de centro longitudinal do mancal de rolamento das rodas

Braço oscilante

traseiras. Esta construção permite redução nas forças atuantes na suspensão graças a redução

Eixo de giro

dos braços de alavanca beneficiando o conforto e a redução do nível de ruído. Barra estabilizadora

Mancal do eixo traseiro

No eixo traseiro cujos mancais de borrachametal são montados mais internamente ao veículo, é necessário que os mancais absorvam forças intensas quando o veículo faz curvas. Braço de alavanca longo

Mancal do eixo traseiro

Se esses mancais são montados mais próximos à linha de centro longitudinal dos rolamentos traseiros das rodas, os braços de alavancas que se formam são mais curtos diminuindo as forças atuantes no eixo traseiro, permitindo-lhe atribuir características mais suaves de trabalho. Braço de alavanca curto

60

Perfil em "V" invertido do corpo de eixo traseiro

Em geral o perfil em “V” do corpo do eixo traseiro é posicionado com a abertura para a frente do veículo. Com esta configuração, o centro geométrico de torção se posiciona atrás do perfil. Este centro de torção é o ponto imaginário em torno do qual o eixo produz o semi-giro durante a compressão e distensão da suspensão. Para contrapor este esforço, os mancais de borrachametal devem ser montados na mesma linha de centro dos braços exigindo

Centro de torção de eixo traseiro

grande resistência do mancal.

Centro de giro posicionamento acima do corpo do eixo

O eixo traseiro de braços oscilantes integrados possuem o perfil “V” aberto voltado para baixo fazendo com que, o centro de giro torcional, se posicione fora da linha de centro do braço oscilante, aliviando a carga no eixo e no mancal e proporcionando melhor efeito direcional para o eixo traseiro ao fazer curvas. Observe:

Convergência +

Ao fazer uma curva, a roda interna a esta produz uma distensão na suspensão enquanto que, a roda externa produz uma

Divergência +

compressão na suspensão devido a inclinação da carroceria. Este efeito de compressão e distenção da suspensão traseira produz, em função do eixo de giro estar posicionado acima do corpo de eixo, uma pequena convergência na roda externa à curva e uma divergência na

O perfil em "V" posicionado para baixo torce ao fazer uma curva proporcionando efeito direcional ao eixo traseiro.

roda interna à curva favorecendo a tomada e dirigibilidade nesta condição.

61

Amortecedores

Os amortecedores realizam os controles das ações e

estabilidade do veículo, fazendo-o oscilar

reações das molas, através da utilização das pressões

para cima e para baixo. Estes impulsos são

hidráulicas em fluidos contidos num cilindro.

perigosos porque variam o contato do pneu

Funcionamento - como vimos, as molas são

com o solo, podendo provocar derrapagens

responsáveis por suportar o peso do veículo,

e desvios na trajetória do veículo. Para

comprimindo-se ou distendendo-se conforme as

controlar este efeito das molas, os

irregularidades do solo. Toda mola, quando

amortecedores devem ter dupla ação,

comprimida, acumula energia proporcional à

permitindo a compressão das molas sem

compressão aplicada. Ao reagir, a carga produz vários

oferecer resistência e atenuar sua

movimentos de extensão e compressão que alteram a

distensão.

1 2 2

1

3

3

1 4 1 2 3 4

4

1 2 3 4

AMORTECEDOR HI DRÁULICO DE DUPLA AÇÃO Câmara de compressão Câmara de tração Pistão Válvula de base

62

AMORTECEDOR HI DRÁULICO PRESSURIZADO Câmaras de tração e compressão Pistão Pistão de separação Câmara de gás

Estes efeitos dependem da facilidade de passagem do fluido através de oríficios, controlados por válvulas existentes no próprio pistão e na base do amortecedor. Estas válvulas fazem a comunicação das câmaras de tração e compressão e são chamadas de válvulas do pistão e da base. No movimento de compressão, a haste é introduzida no tubo de pressão. Com isto, ela desloca uma quantidade de fluido para o tubo reservatório, através da válvula da base. No movimento de tração, o fluido deve voltar ao tubo de pressão, passando pela válvula da base. O fluido que está na parte superior do pistão é forçado para a parte de baixo, controlado pelas válvulas do próprio pistão.

1 2

3

1 Câmara pneumática 2 Câmara hidráulica 3 Pistão

Suspensão hidro-penumática

Suspensão hidropneumática usa uma combinação de componentes hidráulicos e pneumáticos em câmaras distintas. Uma câmara de pressão variável, contendo nitrogênio, substitui as molas. A outra câmara, contendo óleo, recebe os movimentos da roda e transfere para as câmaras de gás, atuando também como amortecedor hidráulico.

63

Geometria de direção A geometria de direção consiste na combinação de ângulos obtidos nas rodas que influem diretamente na dirigibilidade do veículo, proporcionando suavidade de tráfego, manutenção da trajetória, estabilidade em retas e curvas e a maior área de contato possível dos pneus com o solo, distribuindo igualmente as cargas aplicadas.

l1

Convergência das rodas é representada Frente do veículo

pelo paralelismo existente entre as rodas de um mesmo eixo. Sua principal finalidade é manter as rodas perfeitamente paralelas entre si, quando o veículo se encontra em marcha. Convergência positiva é aquela em que a parte dianteira das rodas encontra-se mais próxima em relação a traseira.

l2

Dependendo das características construtivas do veículo, a convergência pode ser positiva, quando as rodas apresentam maior abertura na parte posterior, ou negativa, quando as rodas apresentam menor abertura na sua parte posterior.

A inclinação do pino-mestre no sentido transversal do veículo em relação a linha de centro vertical da roda, determina o raio de rolagem. O raio de rolagem positivo é aquele em que a projeção do centro do pino-mestre da direção até o solo encontra-se do centro do pneu para “dentro” do veículo. O raio de rolagem negativo é aquele em que a projeção do centro do pinomestre da direção até o solo encontra-se do centro do pneu para “fora” do veículo.

Raio positivo de rodagem

+

Inclinação do pino mestre

Observe que, quanto maior for o raio de rolagem direcional positivo, teremos maior esforço de alavanca da roda contra o sistema de direção. Com isso, os efeitos das forças criadas por impactos nos pneus são multiplicados pela alavanca do raio de rolagem e transmitidos ao sistema de direção.

Com o raio de rolagem negativo, os esforços de alavanca da roda contra o sistema de direção ocorrem de forma inversa, forçando a roda para o sentido contrário à derrapagem, mantendo o veículo em linha reta.

Raio negativo de rodagem

64

Inclinação do pino mestre

_

Camber ou cambagem corresponde à inclinação lateral das rodas em relação a uma linha reta vertical com o solo. A sua principal finalidade é compensar a flexibilidade da suspensão, mantendo as rodas em melhor posição de rolamento, evitando desgaste anormal dos pneus, dos componentes da suspensão e da direção. A cambagem será positiva quando a parte superior da roda estiver inclinada para o lado de fora do veículo, e negativa quando a parte superior da roda estiver inclinada para o lado de dentro do veículo.

Cáster corresponde a inclinação longitudinal do pino mestre da direção. Em uma bicicleta ou num carrinho de supermercado, podemos visualizar e

ESQUERDA: Camber positivo (a roda inclina para fora).

perceber facilmente o ângulo de cáster e seu efeito. Observe que quando um automóvel está sendo conduzido em linha reta, o ângulo de cáster assegura

DIREITA: A roda inclina para dentro, formando o ângulo de camber de valor negativo.

estabilidade direcional e, ao descrever uma curva, facilita o retorno do volante à linha reta, realizando um efeito de autocentralização.

Eixo Longitudinal

Frente do veículo

Forças Laterais

As forças laterais que atuam na transferência da tração, as solicitadas pelo sistema de direção ou pela própria força centrífuga gerada pela rotação das rodas, podem Cáster

provocar desgastes irregulares nos pneus. O alinhamento das rodas, conforme as

O ângulo de cáster assegura estabilidade direcional

especificações dos fabricantes, assegura o

quando o veículo está sendo conduzido em linha

perfeito contato dos pneus com o solo, bem

reta e o retorno da posição do volante ao se

como a distribuição da carga uniformemente

descrever uma curva.

pela banda de rodagem do pneu.

65

Direção Servo direção eletrohidráulica Sensor de ângulo de direção

Mecanismo de servodireção

Unidade de bomba motor

Na direção hidráulica convencional, a pressão do sistema é gerada por uma bomba hidráulica acionada constantemente pelo motor. No novo sistema de direção a bomba hidráulica é acionada por um motor elétrico independente do motor do veículo.

1 2

CAIXA DE CORREÇÃO COM PINHÃO E CREMALHEIRA 1 Pinhão 2 Cremalheira

66

Este sistema é responsável por variar, de acordo com os comandos do motorista, a direção do veículo. O volante de direção é o elemento que recebe os comandos rotativos direcionais do motorista e o transmite, através de uma árvore de transmissão, à caixa de direção. As caixas de direção do tipo pinhão e cremalheira transformam o movimento rotativo do volante, que é recebido

4

por um pinhão, em linear, na cremalheira. Este

3

sistema é muito utilizado por ser precioso, suave e apresentar reduzida necessidade de manutenção.

1

2

Caixas de direção com esferas circulantes utilizam uma corrente de esferas para transmitir o movimento do volante de direção. Esse tipo de caixa de direção é muito utilizado por veículos de transporte de carga, por ser capaz de operar forças maiores e também é menos sensível a choques. O sistema de direção servo - assistida hidraulicamente tem o objetivo de reduzir o esforço do motorista, utilizando como força

1 2 3 4

CAIXA DE DIREÇÃO COM ESFERAS CIRCULAN TES Rosca sem fim Porta esferas Cremalheiras Setor de direção

complementar a pressão hidráulica gerada por uma bomba que é acionada pelo motor do veículo. Os sistemas mais atuais de direção hidráulica são chamados de progressivos porque proporcionam o

O sistema de direção hidráulica

auxílio hidráulico em função do atrito do pneu

progressiva proporciona maior

com a estrada, otimizando a sensibilidade do

segurança na condução, em qualquer

volante.

velocidade. Nos sistemas hidráulicos convencionais, quanto maior a rotação do motor, mais leve se apresenta o

Benefício ao consumidor: um sistema de direção

volante de direção, eliminando a

hidráulica progressivo agrega ainda mais conforto

sensibilidade do sistema. Nos sistemas

e segurança ao motorista, já que mesmo em altas

progressivos, à medida que o atrito dos

velocidades garante a sensibilidade ao volante.

pneus com o solo diminuem, um conjunto de válvulas permitem menor circulação do óleo, diminuindo o auxílio hidráulico e permitindo maior

3

2

sensibilidade ao sistema.

1

3

DIREÇÃO HIDRÁULICA 1 Bomba 2 Caixa de direção 3 Circuitos de alta e baixa pressão

67

O Sistema de freios

FREIO DIANTEI RO A disco

90 130ºC

30

60

10

- é um componente hidráulico que pressuriza o fluido de freio,

60 40 20

1/min x100

0

100 120 1 80

50

FLUIDO DE FRE IO

De duplo circuito

1/1

40

RESERVATÓRIO DO 20

CILINDRO MESTRE

1/2

Km/h

70

0

21:00

que irá acionar os freios das rodas. - um circuito para as rodas dianteira esquerda e traseira direita - outro circuito para as demais rodas - caso haja vazamento de fluido em um dos circuitos, o outro ainda opera, garantindo 50% da força de frenagem.

Obs: Esta configuração de circuitos cruzados é utilizada quando a suspensão dianteira é dotada de “Raio Negativo de Rolagem”. Caso contrário usa-se um circuito para as rodas dianteiras e outro para as rodas traseiras. Exemplo: Linha Kombi SERVO-FREIO Aplica o vácuo do motor para auxiliar no acionamento do cilindro mestre; assim, melhora a eficiência da frenagem, e poupa o esforço do motorista, que fará no pedal do freio apenas 1/3 da força necessária.

68

3 0

INDICADOR DE BAIXO NÍVEL DE FLUIDO DE FREIO

FREIO TRASEIRO A tambor ou a disco

140 160 180 ALAVANCA DO FREIO DE ESTACIONAMENTO ("Freio de mão")

200 220 240

35 00 REGULADOR DA FORÇA DE FRE NAGEM Aumenta a capacidade de frenagem do freio traseiro, proporcionalmente à carga transportada pelo veículo.

PEDAL DO FREIO Aciona o cilindro mestre e controla a ação do servo-freio.

69

Freio a disco

DISCO DE FREIO Gira preso ao cubo da roda; A frenagem ocorre graças ao atrito entre o disco e as pastilhas de freio. PINÇA DO FREIO Dispositivo hidráulico que, quando acionado, pressiona as pastilhas de freio contra as 2 faces do disco.

PASTILHAS DE FREIO Elementos de atrito que, quando acionado o freio, são pressionadas contra o disco pela pinça de freio.

Tanto as pastilhas de freio quanto os discos sofrem desgaste e, por isso, requerem uma verificação periódica. Quando as pastilhas de freio atingem o limite de desgaste, o jogo de pastilhas é substituído. Nesta ocasião, os discos de freio podem ser retificados, se necessário, a menos que atinjam o valor limite de espessura; neste caso, precisam ser substituídos também.

70

Freio a tambor

CILINDRO DE FR EIO DA RODA Dispositivo hidráulico que, quando acionado, pressiona as sapatas e as lonas de freio contra a superfície do tambor.

SAPATA DE FREIO Armação acionada pelo cilindro do freio, à qual é fixada a guarnição.

GUARNIÇÃO (lona de freio) Elemento de atrito que reveste a sapata e que, quando acionado o freio, é pressionada contra o tambor.

TAMBOR DE FREIO Gira preso ao cubo da roda; a frenagem ocorre graças ao atrito entre o tambor e as lonas de freio

Tanto as guarnições (lonas) quanto os tambores sofrem desgaste, e por isto requerem uma verificação periódica. Quando as lonas de freio atingem o limite de desgaste, o jogo de lonas é substituído. Nesta ocasião, os tambores de freio são inspecionados e, se necessário, retificados ou substituídos, de acordo com o seu desgaste.

71

O sistema ABS Anti-lock Brake System SISTEMA ANTIBLOQUEIO DE FREIOS

Se qualquer uma delas diminui sua rotação repentinamente, significa que

O sistema ABS tem estas características:

está prestes a travar.

melhora a eficiência dos freios, reduz a distância de parada,

Diante disto, a unidade de gerenciamento comanda as válvulas solenóides para

mantém a dirigibilidade durante a frenagem,

reduzir a pressão de frenagem naquela

pois evita a ocorrência de travamento nas rodas;

roda, até que esta saia da situação de

assim, não deixa ocorrer deslizamento e

bloqueio.

derrapagem ao se realizar uma frenagem de

Passada esta fase, eleva a pressão

emergência,

novamente, até o limite de travamento.

mesmo nas situações nas quais ocorram

Isto é feito em questão de milissegundos,

diferenças nos coeficientes de atrito nas rodas.

sucessivamente, tantas vezes quantas forem necessárias.

Uma unidade de gerenciamento eletrônico (unidade de comando ABS) monitora, através de sensores, a rotação das rodas.

4 Lâmpada indicadora do sistema ABS

ABS 3 Unidade de comando e Unidade hidráulica incorporados

4 3

1

2

2

Sensores de Rotação das rodas traseiras

Sensores de rotação das rodas dianteiras

1

72

SENSORES DE ROTAÇÃO DIANTEIROS - fixos na suspensão, 1 para cada roda. - emitem sinal conforme a rotação da junta homocinética ou da roda.

SENSORES DE ROTAÇÃO TRASEIROS - fixos na suspensão, 1 para cada roda. - emitem sinal conforme a rotação da roda.

INTERRUP TOR DA LUZ DE FREIO

UNIDADE DE COMANDO ABS - recebe os sinais dos 4 sensores e calcula a velocidade de rotação de cada uma das rodas. - ao ser acionado o freio, comanda o funcionamento das bobinas eletromagnéticas, de acordo com a rotação de cada roda. - aciona a eletrobomba hidráulica quando necessário.

UNIDADE HIDRÁU LICA - mediante a ação das bobinas eletromagnéticas, abre ou fecha as válvulas hidráulicas de entrada e saída de fluido para os cilindros de cada roda. - assim, regula a pressão de frenagem em cada roda, evitando o bloqueio.

73

ELETROBOMBA HIDRÁU LICA e ACUMULADOR DE BAIXA PRESSÃO - o acumulador recebe o fluido que retorna dos circuitos. - a bomba impele o fluido, do acumulador para o cilindro-mestre do freio (neste momento, o pedal do freio trepida sensivelmente).

Rodas e Pneus 1a

Tamanho (exemplo ilustrado 185/65 R14) - 185 mm de largura - relação entre a largura e altura do pneu = 65 % (Altura do pneu é 65 % da sua largura). R = pneu radial - Diâmetro do aro 14 polegadas (1 polegada = 25,4 mm).

In ?? ? l 91H M+S Tubel Radia ess 15 E4

4

5R

14

5/6 19

1

?? ??

X XX

XX

5 - País de fabricação

9, 13 - Certificado de teste de acordo com diretrizes do EUA 10-12 - Categorias para resistência à abrasão, capacidade de frenagem e resistência ao calor.

tinental Con

XX XX

XX

X

? XX

??

XX

DO T

XX XX XX XX XX XX XX X

XX XX

12 11 10

6,7 - Capacidade máxima de carga e pressão do pneu a frio (de acordo com os padrões dos EUA) 8 - Estrutura dos flancos

?

XX XX

4 - Sem câmara de ar

XXXXX XXXXXX XXXXXXX XXXXXX XXX XXXXXX

8

9

14 - Número teste DOT

As rodas são órgãos de forma circular, destinados a girar em volta de um eixo. Os componentes principais são o pneu e o aro. Os pneus são guarnições de borracha, inflados por ar, que revestem o aro da roda. O ar contido no pneu auxilia para que exista bom contato com o solo, maciez e estabilidade de rodagem. O aro é o responsável por manter o pneu firmemente fixado à roda. Os pneus são marcados com vários códigos, de acordo com padrões americanos ou europeus. Estes códigos fornecem informações sobre a textura, tamanho, capacidade de carga, data de produção, velocidade máxima de utilização e fabricante. Atualmente os automóveis modernos utilizam pneus radiais que são construídos com dois núcleos (talões) em forma de anel, unidos por uma carcaça radial, que situa lateralmente. Os flancos e outras camadas de suporte envolvem a carcaça e dão a ela a rigidez necessária. A banda de rodagem do pneu é a parte que entra em contato com o solo. O desenho ou textura da banda é que possibilita a tração, segurança e conforto ao rodar. São moldadas numa série de barras e sulcos que formam as arestas de tração que se agarram firmemente à superfície da estrada, drenam água e outros materiais.

Indicadores de Desgaste dos Pneus O CONTRAM determina que os pneus sejam substituídos quando o desgaste da banda de rodagem atingir os indicadores exixtentes no fundo dos sulcos. Os pontos onde existem os indicadores de desgaste da banda de rodagem são identificados pela sigla TWI (Tread Wear Indicators).

7

XX XX XXX XX X XX XX XX XX XX XX XX X X

Construção: O talão do pneu é feito em arame de aço, a carcaça de raiom e algodão ou fibra sintética (nylon) e a cinta, em geral, em cordonéis de aço.

6

5 13

XX XX XXXXXX XXXXXXXXX XX XXX XXXXX XX XXXX XX XXX XXXXX XXXX XX XXX XX XX XXXX XXXX X XX X X XX X

Os três últimos dígitos no número de teste da norma DOT indicam a data de fabricação: “105” significa: Semana 10, 1995.

2,3 - Tamanho, capacidade de carga e categoria de velocidade

XXXXXXXXXXX XXXXXXXXX X XXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXX XXXX XXXXXXXXXXXXXXX X

Pneus sem câmara de ar são mais leves, trabalham com temperaturas inferiores e são mais fáceis de montar.

3

XX X XX XXX XX XX XXXX XXX XX XX XX XX XXX XXXX XX XXX XXX XXX XX XXX

?? ?M

ad e

2

G TIN R A BS ) D L OA 0 0 . L (1.1 A X KG 0 53

Símbolo de limite de velocidade “Q” até 160 km h “S” 180 km h “T” 190 km h “H” 210 km h “V” 240 km h “Z” acima de 240 km h “W” 270 km h

1a - Tipo / Modelo do pneu M

Código de capacidade de carga (”86” significa 530 kg)

1 - Fabricante

interCont 14 86T TS nt5i/W a 65 R o 760 ct 8 C 1

1 2 3 4 5

CAMADAS DOS PNEUS RADIAIS Talões Carcaça radial Cintas estabilizadoras Flanco Banda de rodagem

5

3 2

4 1

74

1 6 Um pneu de alta velocidade, categoria “Z”, com uma

2

textura de banda direcional. As largas ranhuras longitudinais dispersam rapidamente a água da superfície, a área mais larga, blocos da banda, assegura maior estabilidade.

5 4

3

Os pneus radiais são assim chamados porque os cordonéis que formam as lonas da carcaça estão dispostos no sentido do raio do pneu. Isto significa que encontramse em ângulos de 90º na direção de trabalho, perpendiculares ao seu centro. Esta construção permite à carcaça flexionar com pouca fricção entre os cordonéis. Em cima da carcaça radial, e abaixo da banda de rodagem, existem cintas que asseguram a estabilidade lateral do pneu, já que evitam a deformação da banda de rodagem. O resultado da combinação da carcaça radial com estas cintas, é um pneu com flancos f lexíveis e uma forte e estável banda de rodagem, garantindo, em quaisquer condições, elevada área de contato do pneu com o solo.

1 Aro da roda 2 Cubo de fixação da roda 3 Flange da roda 4 Ombros 5 "Hump" de fixação do talão

do pneu no aro (pequeno ressalto) 6 Vão do aro

Os aros de roda são elementos rígidos que ligam o pneu ao veículo. Sua função é manter o pneu firmemente fixado à roda,

e receber dos pneus os esforços de atrito e

dividido, de fora para

proporcionando ainda mais estabilidade e

pneus radiais

conforto. Rodas de ligas leves são

asseguram

comumente produzidas em moldes de

elevada

fundição, mas as de qualidade elevada são

segurança de

forjadas. As rodas devem ser resistentes,

tráfego porque

leves, facilitar o fluxo de ar para os freios,

apresentam, nas

absolutamente balanceadas e também

mais diversas

devem apresentar design agradável.

condições de tráfego, total estabilidade no

capacidade na drenagem da água, conforto e

rodas de aço prensado.

prensado mas, em muitos casos, oferecidos dentro em várias com rodas de ligas de alumínio ou zonas: borda, ombro, reduzem o peso não suspenso,

Benefícios ao consumidor: rodas de ligas de alumínio são mais leves Sulcos cruzados melhoram a aderência do pneu e ranhuras largas dispersam facilmente a água.

Rodas de ligas leves

suspensão. Geralmente produzidos em aço O aro da roda é

consumidor: os

elevada

Aquaplanagem referese ao efeito de deslizamento do pneu sob uma lâmina de água. Este fato é extremamente perigoso, pois, nesta condição, ocorre a completa perda de dirigibilidade do veículo, devido a ausência de contato do pneu com o solo.

irregularidades do solo, transmitindo-os à

magnésio, que, por serem mais leves,

com o solo e

Tração é a capacidade de transmitir forças longitudinais para empurrar o veículo para frente.

evitando o deslizamento (detalonamento), feitas de alumínio são transmitir os esforços de tração e frenagem 30% mais leves que as

Benefício ao

contato do pneu

Existem pneus nos quais a configuração da banda de rodagem determina o seu sentido de giro. Esses pneus são chamados de direcionais.

proporcionando ainda mais segurança e conforto, pelo reduzido peso não suspenso.

silêncio.

75

hump e vão. A distância de uma borda a outra é a largura do aro. A roda é descrita da seguinte forma: 6J x 14 H2: 6 = largura do aro em polegadas; J = forma da borda; 14 = diâmetro do aro em polegadas; H2 = dois ressaltos. Um encaixe para cada talão. Os “humps” são ressaltos ou nervuras próximas aos ombros dos aros das rodas, que têm a função de reter firmemente o pneu no aro, impedindo que haja o detalonamento do pneu em curvas acentuadas, realizadas em velocidades elevadas.

O sistema elétrico do veículo

Possui um layout descentralizado, isto é, os

Isto é necessário devido ao aumento da

componentes do sistema estão situados em diferentes

quantidade de componentes

locais de montagem dentro do veículo.

elétricos/eletrônicos usados nos veículos.

Exemplo das localizações de montagem dos componentes são mostradas no desenho abaixo:

Placa de relés com suporte auxiliar de relés Estação de acoplamento, na caixa d’água Estação de acoplamento, coluna B Estação de acoplamento, coluna A

Estação de acoplamento, coluna B

Suporte de fusíveis

Estação de acoplamento, coluna A

Suporte de relés, compartimento do motor

Caixa de fusíveis principal

76

Exemplo do Gol, Parati e Saveiro Chicote de Injeção

Chicote dianteiro

Central Elétrica

Chicote das portas

Chicote do Painel

Em função da oferta modular, houve comunização

Chicote da tampa

Chicote traseiro

A principal vantagem para o cliente:

dos chicotes considerando as variáveis de acabamento. A consequência disso foi a redução do

É possível a partir de um veiculo

número de chicotes e o aumento de combinações

básico, instalar uma grande quantidade de

(SEQ) para 1500 tipos de opcionais.

acessórios sem alterar as características originais do veículo, sem perder a garantia

As principais vantagens para a Volkswagen são:

e nem comprometer a segurança contra curtos circuitos.

Menor número de peças para estoque e logística Melhor controle de qualidade na produção

A principal vantagem para o

Maior confiabilidade na montagem

concessionário:

Existe maior possibilidade de instalação de acessórios em menor tempo, sem alteração do chicote e sem risco de instalações improvisadas.

77

Chicotes

Basicamente existem 7 tipos de chicotes principais, sendo cada um com uma série de variáveis. 1. Chicote dianteiro As variantes de tipos de chicotes (nº) são : Motor Ar-condicionado ABS Farol duplo ou simples

2. Chicote de injeção As variantes de tipos de chicotes são: Motor Combustível 3. Os acabamentos de alarme e ar-condicionado fazem parte do chicote.

Chicote do painel As variantes são: Alarme Ar-condicionado Motorização Neste caso houve uma redução de 53 para 14 tipos de chicotes, por meio da construção modular. Os chicotes do painel vêm de série preparados para receber ABS, equipamento de som, farol de neblina, desembaçador, limpador e lavador dos vidros, párasol iluminado, espelhos elétricos e abertura elétrica do porta-malas.

78

4. Chicote traseiro

7. Chicote da porta traseira

Neste caso existem 4 tipos por modelo (Gol, Parati),

Este chicote é o mesmo, tanto do lado

sendo que as variantes de chicote são:

esquerdo como do direito, e atende tanto o

Alarme

Gol como a Parati.

Limpador e lavador do vidro traseiro Abertura elétrica do porta-malas

Outros

Travamento central Lanterna de neblina traseira

Por serem circuitos exclusivos e fechados, os

Os acabamentos comunizados são idênticos ao do

seguintes sistemas possuem o seu próprio

chicote do painel.

chicote: ABS

5. Chicote da tampa traseira

Air Bag Alarme keyless (com controle remoto)

Existem 3 tipos de chicotes para cada modelo (Gol e Parati) sendo que a variante é com ou sem alarme. 6. Chicote da porta dianteira Existem 9 tipos de chicotes, sendo as variáveis: Alarme Som Espelhos elétricos Travamento central Vidro elétrico

79

Conectores entre chicotes

Para simplificar as ligações entre os chicotes, existem instalados conectores entre eles nas colunas A esquerda e direita.

Para adaptador de relés

Para caixa de roda LEE

Para painel de instrumento

Para central elétrica Para adaptador de relés

Travar os conectores após encaixe

Para conexão “door off”

1 2 Para pnl. Trans.

Parateto

Para central elétrica Para interruptor luz de cortesia (Porta LE) Para assoalho Para placa massa coluna “A”LE

2 1

3

3

1 Chicote painel de instrumentos 2 Chicote dianteiro 3 Chicote traseiro 4 Chicote ABS

80

4

Para painel de instrumentos

1 2

Para interruptor das válvulas de pré-aquecimento

3 Para interruptor de luz de cortesia (porta LE)

4

Para assoalho

Chicote painel de instrumentos Chicote dianteiro 3 Chicote traseiro 4 Chicote ABS 1 2

81

Chicote traseiro

Chicote ABS

Central elétrica Relés Os relés estão instalados na posição vertical, diminuindo assim a possibilidade de falta de contato devido as vibrações. Os relés possuem a mesma cor da etiqueta na central elétrica. Quando o veículo não tem temporizador no limpador de pára-brisa, na posição 1, é instalada uma barra de ligação número 2BA937817.

6

4

8

5 3

9

1

2

A tabela a seguir identifica os relés

Pos.

Função

Relé número

Cor

1

Limpador do pára-brisa

325 955 531.1 (B+154) 377 955 531 (B+158)

Vermelho

2

Indicador de direção/advertência

ZBC 953227

Amarelo

3

Limpador do vidro traseiro

ZBD 955 529

Laranja

4

Temporizador acion.elét.vidros

377 959 753

Rosa

5

Função “X”

191 937 503

Preto

6

Buzina dupla

542 937 503.D

Marrom

7

Disjuntor térmico (ref.)

8

Travamento central

377 959 789

Marrom

9

Ar-condicionado

377 937 503.A

Preto

82

É a parte do sistema elétrico também chamada de "caixa de fusíveis". Na central elétrica também se localizam os conectores e relês.

Os fusíveis servem para proteger os circuitos, em caso de sobrecarga ou de curto-circuito. Nestes casos, como a corrente elétrica aumenta, o fusível queima, interrompendo a corrente, evitando danos à fiação e aos componentes elétricos e eletrônicos.

A literatura de bordo do veículo traz a relação das

Se a causa da queima do fusível for

funções protegidas pelos fusíveis e os seus

esporádica, bastará trocá-la por um novo da

respectivos símbolos. Para alguns modelos, um

mesma capacidade. Mas, se a queima tornar

cartão, junto à central elétrica, traz a disposição da

a se repetir, será necessário diagnosticar a

função principal para um determinado fusível.

causa.

83

Teclas do painel

Os comandos estão centralizados abaixo dos

1 - Vidro dianteiro esquerdo

difusores de ar. 2 - Vidros traseiros junto com o bloqueio No lado esquerdo existe a tecla de comando dos espelhos e o interruptor das luzes.

3 - Pisca alerta

O interruptor das luzes incorpora o comando para os

4 - Desembaçador temporizado por 20 minutos

faróis de neblina. Para removê-lo basta pressioná-lo para dentro e girar para o 1º estágio.

5 - Abertura do porta-malas

No lado direito temos as seguintes teclas na

6 - Vidro dianteiro direito

seqüência: Conforme ilustração abaixo:

6 5 4

3 1

84

2

4

3 5

2 6

1

Rede CAN-bus

Transmissão de Dados

A eletrônica foi, com certeza, a face mais visível da evolução da indústria automobilística nos últimos anos. Chips e sensores já monitoram

O uso da eletrônica em automóveis no Brasil

várias partes dos carros, como motor, freios,

aumentou significamente a partir da década

vidros, ar-condicionado, sistemas antifurto e de

de 90. O reflexo do seu avanço está no

informação.

aumento da quantidade de fios e cabos

O uso da eletrônica trouxe, entre outras

elétricos nos modelos considerados tops de

vantagens, mais segurança e conforto, além de

linha: de 800 metros em 1992 para

baratear o custo do veículo. “Os sistemas

aproximadamente 2 mil metros em 2000.

eletromecânicos ainda são mais caros”, como por

Para reduzir a quantidade de fiação

exemplo a introdução da injeção eletrônica, que

empregada nos chicotes e aumentar a

decretou o fim do carburador e melhorou o

segurança de veículos como o Bora, por

desempenho do motor.

exemplo, muitas funções elétricas foram adaptadas a um sistema de transmissão em série de dados, que funciona junto a um controlador eletrônico de rede (CAN-bus).

Unidade de Controle do Arcondicionado

Unidade de Controle Porta do Acompanhante

Unidade de Controle Central Sistema Conforto

Unidade de Controle Porta Traseira Direita

Unidade de Controle Porta do Motorista

Unidade de Controle Rede de Bordo

Unidade de Controle do Painel de Instrumentos

85

Unidade de Controle Porta Traseira Esquerda

Piloto automático - O motorista pode fazer uma

Vidros elétricos com fechamento automático e

viagem sem pisar no acelerador: basta escolher a

antiesmagamento - Um interruptor de

velocidade que deseja dirigir durante todo o

segurança no painel de controle no lado do

percurso e ela se manterá constante.

motorista (dispositivo de segurança de crianças bloqueia o acionamento dos vidros traseiros). No sistema antiesmagamento, sensores evitam

Ar-condicionado eletrônico - Também denominado

que o vidro se feche quando houver alguma

Climatronic, permite manter uma temperatura

barreira - um dedo, por exemplo. O sistema é

agradável e regular dentro do veículo. Uma vez

ativado dentro de uma faixa de 4 a 200 mm a

ajustada a temperatura (recomendável a 22º), o

partir da vedação superior das portas.

Climatronic irá trabalhar automaticamente através de sensores que alteram a velocidade e distribuição de fluxo interno de ar.

Controle elétrico da altura dos faróis - garante que os faróis, independentemente da carga do veículo, estejam sempre regulados. Sensores nos eixos medem o peso nas molas traseiras e, a partir desta informação, o sistema automaticamente corrige a inclinação dos faróis. Quando a carga é retirada, os faróis voltam à inclinação habitual. Este dispositivo ainda não está disponível para o Brasil.

86

Chips

LED

LED

Fotodiodo

Fotodiodo

Superfície do pára-brisa

LED

Superfície do pára-brisa

LED

A invasão dos chips nos automóveis também

Espelho retrovisor antiofuscante - Previne

está mudando radicalmente sua manutenção.

o ofuscamento da visão do motorista pela

Agora é mais fácil diagnosticar problemas em

luz dos veículos que vêm atrás. A unidade

poucos minutos, com a conexão dos carros a

de controle mede a intensidade da luz

modernos equipamentos. “Pode-se fazer um

incidente pela frente e pela traseira do

check-up do veículo quase sem abrir o

veículo, através dos fotossensores e aplica

compartimento do motor”.

uma voltagem ao revestimento condutivo

Sensor de chuva - Localizado na base do

maior a voltagem, mais escuro o eletrólito,

espelho retrovisor interno, aciona

diminuindo a intensidade da luz refletida

automaticamente os limpadores quando

sobre os olhos do motorista. Quando a

detecta a presença de gotículas sobre o pára-

marcha à ré for acionada, a função

brisa. O sensor mede a intensidade da luz

antiofuscamento é desativada,

refletida na água e envia um sinal para o relê

permitindo, por exemplo, a saída de uma

do temporizador, regulando a velocidade do

garagem escura para a luz do dia, sem

limpador do pára-brisa de acordo com a

atrapalhar a visibilidade pelo retrovisor.

que irá alterar a cor do eletrólito. Quanto

necessidade.

Espelho retrovisor antiofuscante: contra a luz alta nos olhos.

87

Gerenciamento eletrônico do motor (motor 1.0 - 8V e 16V) Sensores

Atuadores N157

(G71)

N152

(G42) SENSOR COMBINADO - pressão no coletor; - temperatura do ar.

G40

SENSOR HALL - rotação e posição do virabrequim.

UNIDADE DE COMANDO - recebe informações dos sensores; - processa cálculos; - emite sinais de comando para os atuadores; - mantém registro de dados e histórico de falhas do sistema.

Unidade de Comando J382

TRANSFORMADOR DE IGNIÇÃO e ESTÁGIO DE POTÊNCIA - produz corrente para a emissão de centelha no momento correto.

N30, N31, N32, N33 VÁLVULAS INJETORAS - pulverizam combustível no momento e pelo tempo corretos. J17 G6

G39

RELÊ DA BOMBA DE COMBUSTÍVEL - energiza a bomba que fornece combustível pressurizado para as válvulas injetoras.

SONDA LAMBDA - teor de oxigênio nos gases de escape.

G61

N80 Conector de Diagnóstico

SENSOR DE DETONAÇÃO - vibração do bloco, em razão de précombustão.

G62

VÁLVULA DE LIMPEZA DO FILTRO DE CARVÃO ATIVADO - controla o fluxo de vapores de combustível acumulados, para serem queimados pelo motor.

J16 SENSOR DE TEMPERATURA DO MOTOR - temperatura do bloco.

V60

G88 G69 F60

SENSOR DA POSIÇÃO DA BORBOLETA - posição da borboleta de aceleração.

L30

CONECTOR DE DIAGNÓSTICOS - permite conexão de equipamento de diagnóstico.

CORRETOR DA ROTAÇÃO DE MARCHA LENTA - controla a posição da borboleta de aceleração em regime de marcha lenta. J365

AC RELÊ PARA PLENA POTÊNCIA - atua na embreagem do compressor do ar condicionado.

SINAL DO AR CONDICIO NADO AC - ar condicionado ligado.

88

Sensor hall O sensor Hall está incorporado no distribuidor de ignição, sendo acionado diretamente pela árvore do comando de válvulas. Sua função é identificar a rotação do motor, o P.M.S. de todos os cilindros e qual é o cilindro 1. O rotor do Hall possui quatro janelas, a correspondente ao cilindro 1, é a 3ª maior que as outras, esta diferença corresponde a 6ª na árvore de manivelas, identificando o ciclo de ignição no cilindro 1.

Este sinal é utilizado pela unidade J220, determinando: Tempo de injeção (ti); Ponto de ignição; Marcha-lenta; Recuperação dos vapores do filtro de carvão

Ao ligar a ignição, o sensor informa a

ativado.

pressão atmosférica para correção dos

Na ausência deste sinal, o motor não entra em

mapas em função da densidade do ar

funcionamento.

(altitude). O sinal é enviado para a unidade a cada 1ms. Faltando esta informação a unidade J220,

Sensor Combinado

utilizará o sinal da posição da borboleta

Sensor de pressão no coletor (G71) e da temperatura

de aceleração (G88), mantendo a mistura

do ar (G42) integrados.

enriquecida.

Estes dois sensores encontram-se montados num

Sensor de temperatura do ar (G42)

único componente, fixado na lateral do coletor de

O sinal mede a temperatura do ar que

admissão.

está sendo admitido pelo motor, através

Sensor de pressão no coletor de admissão (G71)

de um termistor, que varia sua resistência

O sinal enviado para a unidade de comando (J220) a

elétrica em função da temperatura.

cada 1ms, informa a carga que o motor está

Com coeficiente negativo de temperatura

submetido, a variação da tensão elétrica que é de 0 a 5

(NTC) este sinal compõe o cálculo do:

volts. Este sinal é um dos principais para o cálculo do : Tempo de injeção (ti);

Tempo de injeção (ti); Ponto de ignição;

Ponto de ignição;

Faltando esta informação a unidade J220, utilizará um valor fixo de 20ºC.

89

Sonda lambda (G39) A sonda lambda está localizada no tubo de descarga primário, e informa a unidade J220, a variação de oxigênio residual, através da variação de tensão elétrica. Uma informação de gás pobre em oxigênio, caracteriza mistura rica, a tensão é de 800mV. Quando o gás está rico em oxigênio, caracteriza mistura pobre, produzindo tensão de 100mV. Na sonda lambda existe um resistor de aquecimento, alimentado pelo relé da bomba de combustível.

Sensor da temperatura do motor (G62)

Os sinais gerados pela sonda lambda, influem no:

Este sensor está localizado na flange do sistema de arrefecimento, junto com a

Tempo de injeção (ti);

válvula termostática. É um termistor; resistor

Ponto de ignição;

que varia sua resistência elétrica em função

Recuperação dos vapores do filtro de carvão

da temperatura, do tipo NTC. Ele informa a unidade J220 as variações de temperatura do

ativado;

líquido de arrefecimento. As estratégias da unidade J220, na utilização dos sinais do sensor possuem o principio de “close loop” e

Este sinal compõe o cálculo para:

“open loop”. Tempo de injeção (ti); A sonda entra em funcionamento em torno de 2

Ponto de ignição;

minutos após a partida, corrigindo a mistura para

Marcha-lenta;

atender os níveis de emissões.

Regulagem do sistema ed anti-detonação. Em caso de falha a unidade J220, utiliza um valor aproximado da temperatura de trabalho (100ºC), para realizar os cálculos.

Internamente o sensor da temperatura do motor é constituído por dois termistores eletricamente independentes, um informa a unidade J220 e, o outro o instrumento combinado. Em plena potência a informação da sonda lambda é desconsiderada pela unidade J220, permitindo o aumento na relação da mistura e, conseqüentemente, a máxima potência.

90

Sensor de detonação (G61) Este sensor é constituído por um cristal piezo elétrico, estando fixado na lateral do bloco, abaixo do coletor de admissão. Este sinal é utilizado pela unidade J220 para eliminar eventuais detonações no motor, mediante o atraso no ponto de ignição, sendo feito, individualmente, para cada cilindro até o máximo de 12º, em passos variáveis de 3,2º. Na falha deste sinal a unidade J220, atrasa o ponto de ignição, somente quando o motor estiver submetido a carga.

Regulagem de detonação seletiva por cilindros

trabalho de regulagem de detonação.

A regulagem de detonação seletiva por cilindros tem

O atraso se realiza nas voltas de detecção

a função de evitar detonações espontâneas.

do fenômeno da pré-combustão, este processo de atraso se realiza em passos de

O sensor de detonação é encarregado de detectar o

3,2º, até que desapareça a detonação no

aparecimento de alguma pré-combustão detonante

citado cilindro.

durante o trabalho do motor, automaticamente a unidade corrige o ângulo de avanço de ignição no

Uma vez desaparecido o fenômeno de

sentido de atrasá-lo, unicamente no cilindro em

detonação, o controle volta a dar avanço

questão.

inicial ao citado cilindro, a recuperação deste ângulo se realiza em pequenos

Cada cilindro dispõe em um campo independente de

passos de 0,4º.

correção de avanço para a regulagem de detonação. A correção máxima de regulagem de préO cilindro é reconhecido mediante o sinal do sensor

detonação, sobre o ângulo de avanço de

Hall, sendo necessário este sinal para o correto

ignição calculado, é de 12º.

91

unidade de comando (J220) todas as

Unidade de comando da borboleta

variações angulares da borboleta, Sensor da posição da borboleta de aceleração (G69)

fornecendo:

Comandado pelo cabo do acelerador, está montado

posição da borboleta;

diretamente sobre o eixo da borboleta, informando a

Alternativa do sensor de pressão no coletor.

J220 17

10

41

14

28

G69

Faltando este sinal, a borboleta de

Sensor do corretor de marcha-lenta (G88)

aceleração entra em estado de Informa à unidade de comando (J220) a posição

emergência mecânico, devido a mola de

angular do corretor de marcha-lenta (V60), durante a

posição de emergência, elevando a

mesma.

marcha-lenta.

No final do estágio de marcha-lenta, o sensor pára enquanto a borboleta segue abrindo.

J220 17

10

41

14

28

G88

92

motor, posicionar o servo motor para a

Interruptor de marcha-lenta (F60)

função do dash pot, assim como Sua função é informar a posição da borboleta em

estabilização digital da marcha-lenta.

marcha-lenta, neste caso o interruptor está fechado, enviando um sinal negativo ao pino 10 da unidade

Faltando o sinal do interruptor a unidade

J220.

de comando compara os valores dos sensores da borboleta (G69), do sensor de

Este sinal serve para o corte de injeção no freio-

marcha-lenta (G88) e, do corretor de marcha-lenta (V60).

J220 17

10

41

14

28

Corpo de borboleta evolutivo O sistema MP 9.0 utiliza um novo conceito no perfil

F60

interno do corpo de borboleta.

Forma de calota: motor AT 1000

A forma de calota no perfil interno, possibilita uma regulagem fina na passagem de ar na marcha-lenta, proporcionando suave progressão em qualquer carga do motor.

93

Forma clindrica: tradicional

Desta forma, a quantidade de combustível necessária é menor, reduzindo-se as emissões.

Atuadores Corretor de marcha-lenta (V60) Está localizado na unidade de comando da

Em caso de defeito, a borboleta assume a posição

borboleta, é constituído por motor de corrente

de emergência (5º) pré-determinada por ação de

contínua, comandado pela unidade J220 e um

mola.

sistema redutor, atuando somente em marcha-lenta. A alimentação do motor, ocorre mediante a Na posição de emergência a borboleta mantém uma

variação da frequência e inversão da polaridade,

posição angular de, aproximadamente 5º,

modificando desta maneira a posição angular da

determinada por ação de uma mola. O corretor

borboleta.

permite fechar, totalmente , a borboleta e abri-la até o valor máximo de 22º, variando desta maneira, de um regime inferior até um superior do estabelecido em repouso.

J220 2

26

M

V60

Não existe nenhum ajuste mecânico na unidade de comando da borboleta, somente uma sincronização através da função 04 - “iniciar ajustar básico” (grupo 98) com o equipamento VAG 1551 / 1552, sempre que substituir esta unidade ou a unidade J220. Para isto o cabo do acelerador deve estar regulado sem estar tensionado.

94

Bobina

Válvula do filtro de carvão ativado (N80) A válvula regula a recuperação dos vapores de gasolina acumulados no filtro de carvão ativado, em direção ao coletor de admissão.

Mola de fechamento

Ela normalmente está fechada e, abre quando recebe pulso negativo da unidade J220 Este sinal de comando é alternado a cada 3 minutos e 1 minuto desligado, depois do motor aquecido. Induzido com junta

Transformador

Transformador de ignição (N152) e estágio final de potência (N157) A unidade de comando envia um sinal eletrônico para o estágio final de potência, o qual transforma em um sinal elétrico 12V para o primário do transformador produzindo um campo magnético, o qual vai liberar aproximadamente 50 mil volts no momento da centelha da vela de ignição.

Estágio final de potência

95

Para o cálculo do tempo de injeção (ti) a

Válvulas Injetoras (N3, N31, N32 e N33)

unidade utiliza as seguintes informações: rotação do motor; pressão no coletor; temperatura do ar; temperatura do motor; lambda; posição da borboleta; tensão da bateria; posição Hall (PMS); posição do corretor marcha-lenta; sinal do AC.

Válvula de injeção Coletor Tubo de admissão Cabeçote

Este sistema dispõe de quatro válvulas eletromagnéticas, situadas no coletor de admissão, são válvulas compactas que possuem quatro orifícios calibrados para pulverização de combustível. No momento da partida, a unidade de comando

O combustível é injetado no canal de admissão

emprega três estratégias de injeção:

e ao abrir-se a válvula de admissão é aspirado junto com o ar para a câmara de combustão.

Primeiro é feito uma pré-injeção de todas as Segurança e emissões

válvulas ao mesmo tempo (Full Group). Isto acontece a cada 180º da árvore de manivelas e tem como finalidade o enriquecimento da mistura como

A partir de 6250 RPM começa o

também, dar um tempo para a inicialização do

empobrecimento da mistura, com a diminuição

sistema.

do ti e avanço do ponto de ignição;

Após ser reconhecido o pós partida pela unidade

A partir de 6550 RPM é cortada a injeção e, posteriormente, a ignição;

de comando, as válvulas continuam a injetar, simultaneamente, só que a cada 360º da árvore de

No freio motor é cortado a injeção de combustível de todas as válvulas e, retoma

manivelas. A terceira estratégia passa a ser injeção seqüencial

aproximadamente, em torno de 1200 RPM, com

depois que a unidade realizou todos os cálculos

rotação elevada e interruptor de marcha-lenta

necessários e também após ter reconhecido através

(F36) fechado e dependendo da temperatura do

do sensor Hall a posição do primeiro cilindro.

motor a rotação de retomada da injeção pode variar.

96

Mola de emergência

Pinhão do motor (V60)

Sensor do corretor da marcha-lenta (G88)

Tampa Interruptor de marcha-lenta

Sensor da borboleta

Amortecimento de fechamento

Estabilização digital de marcha-lenta

A borboleta de aceleração é acionada pelo pedal do

A estabilização digital de marcha-lenta

acelerador através de um cabo, neste momento o

corrige o regime da mesma, mediante a

corretor da borboleta (V60) não atua sobre a mesma,

variação do ângulo de avanço de ignição,

porém marcará a posição de repouso quando a

atuando com pequenas variações do citado

borboleta deixar de ser acionada pelo cabo.

regime.

A unidade, avalia mediante o sinal do sensor da

A unidade ativa este sistema ao receber o

posição da borboleta (G69), a posição real em cada

sinal do comutador de marcha-lenta.

momento da mesma. A unidade, para realizar esta função, utiliza No caso de detectar um rápido fechamento da

o sinal de regime de rotação do motor e o

borboleta, a unidade aciona o corretor V60, e a

valor calculado do regime de rotação de

borboleta permanecerá aberta na posição máxima de

marcha-lenta, modificando o ângulo de

abertura do corretor da mesma (22º), fechando-se,

ignição em direção ao retardo de avanço, no

continuamente e lentamente, até conseguir o regime

caso de existir divergências entre

de marcha-lenta ótimo.

ambos,mesmo que sejam mínimas.

97

O sistema de combustível

ACUMULADOR DE VAPORES DE GASOLINA (sistema de carvão ativado) filtro que retém os vapores de combustível, evitando sua emissão para a atmosfera, até que sejam queimados pelo motor.

BOMBA DE COMBUSTÍVEL (elétrica) fornece combustível, a determinada pressão, para as válvulas injetoras.

FILTRO DE COMBUSTÍVEL retém eventuais impurezas, evitando obstrução das válvulas injetoras.

TANQUE DE COMBUSTÍVEL

M

TUBULAÇÃO DE COMBUSTÍVEL

GALERIA DE COMBUSTÍVEL supre de combustível pressurizado as válvulas injetoras.

CORPO DA BORBOLETA aloja a borboleta de aceleração, que controla o fluxo de ar filtrado, para o coletor.

VÁLVULAS INJETORAS atomizam o combustível, em quantidade e momento adequados, para formar a mistura.

COLETOR DE ADMISSÃO conduz o ar filtrado aos pontos onde se localizam as válvulas injetoras e, daí, conduz a mistura ao cabeçote.

98

Sistema de combustível

99

Escapamentos

Os materiais ativos utilizados no revestimento do conversor catalítico, são os metais preciosos platina e ródio. O sensor de oxigênio (sonda de detecção Lâmbda) é instalado no

O conversor catalítico de três vias transforma até 90% dos poluentes existentes nos gases de escape em CO2, N2 e água.

cano de escape, antes do conversor catalítico. Este

Revestimento de platina e ródio

Monólito

Revestimento de lavagem (camada intermediária)

sensor mede o teor residual de oxigênio Controle eletrônico da injeção de combustível Tubo medidor de CD

presente nos gases do escape e transmite sinais que são utilizados para

Sensor de oxigênio

Injetor

ajustar a injeção de combustível para obtenção da mistura ideal. Circuito fechado, conversor catalítico de três vias

Princípio de operação de um conversor catalítico de três vias trabalhando em circuito fechado

Controle de emissão do escape Atualmente, o método mais eficiente para diminuir a

Para isto, o catalisador é composto por uma

emissão de poluentes dos gases de escape, num

colméia com uma grande quantidade de canais,

motor de ciclo Otto, é através de um sistema de

por onde os gases de escape passam

gerenciamento eletrônico que trabalhe com circuito

obrigatoriamente. Estes canais são revestidos

fechado com conversor catalítico de três vias. Isto

por um material ativo que é capaz de reagir

significa que a qualidade da formação da mistura é

com os poluentes e reduzir sua presença em

analisada pela presença de oxigênio nos gases de

torno de 90%.

escape por meio de um sensor chamado sonda Lâmbda. Já o conversor catalítico de três vias é assim

Benefícios ao consumidor: o conversor

conhecido porque tem a capacidade de minimizar a

catalítico de três vias trabalhando em circuito

emissão dos três resíduos poluentes existentes nos

fechado é, atualmente, o sistema de controle de

gases de escape, de forma simultânea os

emissão de escape mais eficiente para motores

hidrocarbonetos (HC), monóxido de carbono (CO) e

a gasolina. Ele reduz os três poluentes

óxidos de nitrogênio (Nox).

principais: Nox, CO e HC.

100

Vista seccional do conversor catalítico. Tomada para medição do índice de poluentes nos gases de escape.

Injeção de combustível Conversor catalílico oxidante

Conversor catalítico oxidante para redução do monóxido de carbono (CO) e dos hidrocarbonetos (HC), utilizados nos motores Diesel

Os motores Diesel trabalham com misturas que utilizam grande quantidade de ar, comparativamente com os motores de ciclo Otto. Desta forma, não podem utilizar um conversor catalítico convencional de três vias. Para reduzir HC e CO, esses motores precisam ser equipados com um conversor catalítico oxidante. Esse tipo não está capacitado para reduzir os óxidos de nitrogênio (Nox) no escape.

101

Tipos de injeção eletrônica

Ar

Combustível

Válvula Injetora

Borboleta

Coletor

INJEÇÃO ELETRÔNICA MONOPONTO uma válvula injetora para 4 cilindros.

Ar

Borboleta

Coletor Combustível Válvula Injetora

INJEÇÃO ELETRÔNICA MULTIPONTO uma válvula injetora para cada cilindro.

102

O sistema de ignição do motor (convencional) BATERIA acumula energia elétrica produzida pelo gerador.

VELAS DE IGNIÇÃO - a partir da corrente recebida do transformador de ignição (bobina), produzem centelha elétrica para a combustão da mistura.

DISTRIBUID OR - gira na mesma rotação do comando de válvulas - direciona a corrente gerada pelo transformador de ignição para cada uma das velas, na sequência ("ordem de ignição").

BOBINA DE IGNIÇÃO A alta tensão gerada na bobina é conduzida por cabos condutores até as velas de ignição no interior dos cilindros, através de um distribuidor acionado mecanicamente.

O Sistema de Ignição do Motor (com Gerenciamento Eletrônico) DISTRIBUID OR - dependendo do tipo de sistema de ignição, não há distribuidor, sendo que sua função é então eletronicamente executada pelo estágio final de potência e pelo transformador de ignição com 2 bobinas de dupla saída

Sistema de gerenciamento elétrico do motor

TRANSFORMADOR DE IGNIÇÃO e ESTÁGIO DE POTÊNCIA vide sistema de gerenciamento eletrônico do motor.

Sistema de gerenciamento elétrico do motor

103

Esquema elétrico

+

(

85

30

86

87

J17 T16 N157 N152

30

N30

K 1

29

21

23 24

25

7

N31

6

J220 8

13

26 10

2

2 3

1

F60

Corpo de borboleta

104

16

8

17 43

1

G69

LL G 40

41

4 + 5

V60

M

14

V

37

2

P

G68

G 42 7 -

15A

30

30

(Posição 14)

M

85

30

85

30

Relé auxiliar 86

87

86

87

G6

Relé de plena potência

VSS

T~ R

G39

N80 N25

1

N32 28

4

18

7

N33

1

38 15

39 19 45

3

5

36

33

42

34

4

3

G61

P

AC

U G62 G2

+

G71

105

SP

Climatizador

Quando um veículo está estacionado sob o sol,

Os fluidos refrigerantes compostos de

algumas partes do seu interior podem atingir

cloroflúor carbono (CFC) usados durante

temperaturas superiores a 70ºCelsius. O ar

muitos anos, atuam, quando descarregados

condicionado representa o recurso mais rápido e

no meio ambiente, como destruidores da

eficiente para se obter temperaturas próximas a do

camada de ozônio da atmosfera. Há alguns

ambiente. Este sistema, de fato, não produz ar frio,

anos, a Volkswagen começou a utilizar

mas opera como um agente de transferência de

refrigerantes alternativos, como o R134a,

calor, igual a uma geladeira doméstica. Em termos

nos sistemas de ar condicionado de seus

simplificados, o ar aquecido do interior do veículo é

veículos.

conduzido, com a ajuda da ventilação forçada

Estes novos fluidos refrigerantes não

interna, para o evaporador, onde circula o gás

possuem cloro na sua composição química,

refrigerante. A carga de calor do ar é removida pela

sendo, portanto, inofensivos à camada de

mudança do estado físico líquido para vapor do

ozônio.

refrigerante, esfriando e desumidificando o ar, que

Controles eletrônicos permitem cada vez

depois é forçado a circular no interior do veículo.

maior precisão na distribuição do fluxo de

Normalmente o ar condicionado é complementar

ar e da temperatura e até mesmo a escolha

aos sistemas normais de aquecimento e ventilação.

separada de saídas para o motorista e o

Os sistemas de ar condicionado mais modernos,

passageiro dianteiro. Atualmente mesmo os

por exemplo, no Audi A8, detectam até mesmo a

sistemas normais de ventilação do carro são

incidência de luz solar direta, e tem controles

controlados eletronicamente.

separados para as metades esquerda e direita do

O sistema de controle pode registrar a

interior do veiculo.

intensidade do sol e o ângulo de incidência e aumentar ou restringir o suprimento de ar frio.

Benefícios ao consumidor : quanto mais eficiente o controle climático dentro do carro, melhor o ocupante se sentirá. No verão, especialmente, o resfriamento do ar que entra representa um fator de segurança. Com mais de 30º Celsius dentro do veículo, a concentração do motorista tende a relaxar e a fadiga aparece mais rapidamente. Foto-sensor de irradiação G107

Sensor de temperatura no habitáculo G56

Sensor de temperatura do ar de entrada G89 Sensor de temperatura do ar de saída para os pés G192

Sensor de temperatura do ar externo G17

106

Circuito de climatização

Evaporador

Válvula de expansão

Ventilador (V2)

Válvula de serviço

Compressor variável Válvula de serviço

Condensador

Filtro secador

Ventilador do radiador

Alta pressão Baixa pressão

O circuito de refrigeração do sistema CLIMAtronic possui os seguintes componentes básicos: Compressor variável com válvula reguladora Filtro secador Válvula de expansão ou tubo com orifício de Expansão Condensador Evaporador Trocador de calor para o aquecimento Válvulas de serviço Refrigerantes R 134a

107

Identificação dos componentes

Difusor do bocal central

Entrada do ar

Difusor lateral direito

Cames de comando do ar quente

Evaporador Válvula de expansão

Renovação do ar

Termostato Servo motor Duto p/ climatizador

108

Recirculação do ar interno

Renovação do ar Difusor frontal

Difusor do pára-brisa

Duto p/ ventilação forçada e aquecimento

Difusor lateral esquerdo

Tubos do trocador de calor Motor

Resistor

109

Cames de comando da distribuição do ar

CLIMAtronic

Segurança, conforto, conveniência e facilidade de

Este sistema utiliza como referência a

manutenção são os principais atributos

programação de temperatura feita pelo usuário

tecnológicos dos produtos Volkswagen. São

e proporcionará o resultado desejado, através

características em constante desenvolvimento que,

de uma estratégia de gerenciamento eletrônico

através dos seus sistemas específicos, ao serem

que monitora as condições de trabalho

implementados ou atualizados, buscam a satisfação

utilizando sensores distribuídos pelo veículo.

e o atendimento das necessidades e expectativas

Com estes parâmetros de trabalho, a unidade

dos clientes da marca. O sistema CLIMAtronic de

de gerenciamento processa e comanda os

climatização veicular, representa bem esta nossa

atuadores com o objetivo de controlar a

filosofia de trabalho. Seu estágio avançado de

dosagem dos fluxos aerodinâmicos pelo

aprimoramento permite, através de um sistema de

habitáculo, controlando os “flaps”

gerenciamento eletrônico, que a temperatura de

(portinholas) reguláveis da caixa de ar. Assim

conforto desejada pelos usuários no habitáculo seja

obtém-se a mescla ideal entre ar fresco, ar

obtida automaticamente de acordo com a

aquecido e ar refrigerado para ser distribuído

programação realizada, otimizando a qualidade da

no habitáculo. Esta inteligente estratégia de

personalização do clima no interior do veículo.

trabalho, é a razão para a terminologia CLIMAtronic. Trata-se de um sistema de climatização do habitáculo, obtido através de um sistema de gerenciamento eletrônico que monitora diversas temperaturas de trabalho, incidência de irradiação solar, fluxo de entrada de ar fresco, volumes, bem como, sua distribuição.

110

Climatizador convencional

Neste sistema a climatização depende diretamente dos comandos e adequações feitas pelos usuários no interior do veículo. Como na ventilação forçada, o comando da portinhola do recirculador e da entrada de ar fresco, também

Portinhola de ar fresco/recirculação de ar

é feito através de um atuador elétrico. Neste caso, também haverá a desativação mecânica do recirculador ao selecionar a função desembaçador do pára-brisa.

CLIMAtronic

Portinhola da ventilação forçada

Este sistema de climatização veicular se caracteriza por controlar automaticamente e manter constante, o clima no interior do veículo mediante a programação feita pelo usuário, independente da necessidade de novas programações ao se desligar e ligar o veículo ou de mudanças climáticas. A nova caixa de distribuição do ar do sistema CLIMAtronic comanda as aberturas e fechamentos, parciais ou totais, das portinholas de distribuição do ar através de servo-motores elétricos que possuem sensores de posição (potenciômetros) monitorados pelo sistema de gerenciamento eletrônico. O sistema CLIMAtronic possui uma estratégia de autodiagnósticos através de equipamentos especiais feita pelo seu Concessionário.

111

Portinhola de ar fresco/recirculação de ar

Unidade de comando CLIMAtronic J225

Funcionamento A unidade de comando do sistema CLIMAtronic

Incorporado a esta mesma unidade de comando,

J225, atua recebendo e monitorando as

existe uma outra unidade equipada com um display

informações provenientes dos sensores elétricos e

digital (E87), que permite a operação e a

eletrônicos do sistema (sinais de entrada). Estas

programação do sistema bem como, a visualização

informações são processadas e comparadas com os

gráfica das condições de trabalho inclusive com a

valores configurados na programação da própria

possibilidade de alteração da unidade de medida de

unidade, para determinar as ações de correção e

temperatura a ser utilizada (ºC Graus Celcius ou ºF

ajustes que serão comandadas através dos

Graus Fahrenheit). Estas duas unidades de comando

atuadores (componentes elétricos para onde são

formam um só conjunto não podendo ser

enviados os sinais de saída do sistema de

desmontadas.

gerenciamento). Display digital de operação e programação (E87) Unidade de comando CLIMAtronic J255

Sensor de temperatura do habitáculo (G56)

Ventilador-exaustor de ar para o G56

O sensor de temperatura do habitáculo (G56)

Uma estratégia de autodiagnóstico do sistema

também está integrado a unidade de comando J225

CLIMAtronic permite o monitoramento

que funciona juntamente com um pequeno

constante das condições de trabalho dos seus

ventilador-exaustor (V42). Este componente atua

componentes armazenando eventuais

com o objetivo de impedir que as temperaturas do

irregularidades, na sua memória de avarias. Este

painel e da própria unidade J225, interfiram nas

recurso permite facilidade de diagnósticos

informações do sensor G56.

através dos VAGs 1551 ou 1552 bem como, a visualização de eventuais irregularidades através do display da unidade E87. Enquanto esta falha contínua não é corrigida, o sistema de gerenciamento CLIMAtronic adota uma estratégia de emergência que garante a operação do climatizador num modo especial

112

de trabalho.

O alternador

É um componente que, movido pelo motor do veículo, produz corrente alternada, para alimentar o sistema elétrico e carregar a bateria.

PLACA DE DIODOS RETIFICADORES converte a corrente alternada em corrente contínua

POLIA DE ACIONAMENTO E VENTILADOR acionada pelo motor do veículo, movimenta o alternador e produz um fluxo de ar interno no alternador, para resfriá-lo

ESTATOR ROLAMENTO

ROLAMENTO

ROTOR

REGULADOR DE VOLTAGEM componente eletrônico que controla a tensão, para mantê-la em 12 Volts, de forma a proteger a bateria e os componentes elétricos e eletrônicos do sistema

ESCOVAS fazem o contato elétrico com os anéis coletores do rotor

113

A bateria

É um componente que armazena energia química,

sendo compatível com a demanda dos

que é convertida em energia elétrica quando um

sistemas que irão consumir energia elétrica.

circuito elétrico é conectado a seus polos.

Assim, será sempre necessário, na troca da bateria, substituí-la por outra com as

Compõe-se de placas positivas e negativas

mesmas características e dimensões.

intercaladas, imersas em solução ácida. A capacidade de fornecimento de carga da bateria é medida em Ampéres-hora (Ah),

114

O motor de partida

É um motor elétrico, alimentado pela bateria, utilizado no momento de fazer o motor do veículo iniciar o funcionamento.

ALAVANCA puxada pelo automático, faz avançar o pinhão de acionamento.

SOLENÓIDE DA PARTIDA (AUTOMÁTICO) quando o motorista liga a chave de ignição e partida, o automático atua assim: - faz o pinhão de acionamento avançar e engrenar na engrenagem do volante do motor do veículo; - liga o motor de partida. ESCOVAS fazem o contato elétrico com o coletor do induzido.

PINHÃO DE ACIONAMENTO faz o motor de partida girar o volante do motor do veículo.

INDUZIDO RODA LIVRE ao entrar em funcionamento o motor do veículo, a roda livre permite que o pinhão de acionamento deixe de transferir torque, e possa ser desengrenado.

ENGRENAGEM DE PARTIDA permite ao pinhão de acionamento girar o volante do motor do veículo.

115

Airbags e cintos de segurança

Os airbags dianteiros para motorista e passageiro são

dos airbags em caso de colisão; os airbags

componentes opcionais do veículo. A unidade de

dianteiros somente serão acionados,

comando do Airbag encontra-se no túnel central,

quando houver uma colisão frontal

situado na frente do console central, e contém um

violenta.

sensor de impacto para airbags dianteiros. O sistema foi desenvolvido somente para a abertura

Airbags

Cinto pré-tensionado pirotécnico Unidade de comando do airbag

116

Decisivo para a ativação do sistema de airbag, é o efeito de desaceleração, ocorrido em um acidente, detectado pelo dispositivo de comando. Se a desaceleração ocorrida e medida em um acidente permanecer abaixo dos valores de referência introduzidos nos dispositivos de comando, os airbags não serão ativados, apesar do veículo poder encontrar-se muito deformado devido a colisão.

Colisão Descentralizada

Colisão Frontal

O Air Bag é ativado se for efetivamente necessário. Deste modo se descartam as ativações errôneas como mostram as figuras abaixo.

Air Bag não é ativado Sem Air Bag

Com Air Bag

!

Manobras extremas

Colisões dianteiras leves

Capotamento

117

Coloisões laterais

?

Colisões traseiras

Os airbags (bolsas infláveis)

O airbag funciona a partir de um impacto de determinada

bolsa com gás nitrogênio, em menos de 50

severidade: um sensor de colisão dispara o gerador de gás.

milésimos de segundo.

O gerador de gás é um dispositivo pirotécnico, com uma

Logo após ter sido inflado, o airbag esvazia,

carga propelente ativada eletronicamente, que infla a

para liberar a pessoa salva.

Luz indicadora de falha

Cobertura

Contato

Gerador de gás

Gerador de gás

Cobertura Airbag

118

Os airbags protegem o motorista e os passageiros contra ferimentos na cabeça e no peito. Para isso, é fundamental o uso dos cintos de segurança.

Veículo Tempo em milésimos de segundo Condutor

Acompanhante 30 40

54

66

84

98

150

119

Conceitos Básicos de Manutenção

É importante que saiba distinguir os conceitos

e outros componentes de custos mais

sobre a manutenção de um veículo e qual a

elevados, além de comprometer a segurança

importância disto na conservação do bom estado

do veículo.

do mesmo, na preservação da sua segurança e

Para cada veículo, em função das suas

também do alto valor de revenda.

características construtivas, o fabricante

Existem dois conceitos básicos sobre manutenção,

estabelece um programa de verificações e

com finalidades diferentes:

substituições de componentes denominado “Serviços de Inspeção”. Estas manutenções

Manutenção preventiva

periódicas estão detalhadas conforme

Entende-se como manutenção preventiva, como o

modelo e motorizações.

próprio nome diz, aquela realizada dentro de um

Você encontrará o “Serviços de Inspeção” a

cronograma preestabelecido de quilometragem

ser adotado para o seu veículo no livrete

rodada, e/ou tempo, com o intuito de se verificar o

“Manutenção e Garantia Volkswagen”.

estado, efetuar regulagens ou substituir componentes de desgaste normal, com vida útil

A correta execução do Seviços de Inspeção

predeterminada.

lhe assegurará a conservação do seu veículo,

Este tipo de manutenção tem por finalidade

a sua segurança e menores custos por

prevenir a ocorrência de defeitos e/ou seu

quilômetro rodado. Ainda deve ser lembrado

agravamento, o que poderá provocar um custo

que a execução do Serviços de Inspeção é

elevado, comprometimento da segurança e

condição para que você possa reclamar

desvalorização do veículo.

defeitos em garantia.

Por exemplo: a cada 15.000 km, examina-se as pastilhas de freio, substituindo-as caso elas tenham

No seu livrete “Manutenção e Garantia

uma espessura menor do que 2 mm.

Volkswagen”, você encontrará os espaços

Caso esta verificação não seja rotineiramente

onde o Concessionário fará os registros das

executada, as pastilhas gastas poderão afetar o

manutenções. Este quadro preenchido

disco de freio

corretamente dentro das quilometragens indicadas não só lhe assegura as vantagens comentadas anteriormente, como também é um fator quase sempre considerado para maior valorização do veículo por ocasião da sua venda.

120

Manutenção corretiva

Verificação semanal

Outro tipo de manutenção executada no veículo é a

Mesmo que seja um proprietário cuida-

sua correção de defeitos ou reparos de qualquer

doso, mantendo seu veículo limpo, bem

natureza, inclusive os de funilaria e pintura.

conservado e fazendo todas as manu-

Sua incidência no veículo está diretamente ligada à

tenções no seu Concessionário Volkswagen,

perfeita execução da manutenção preventiva.

você não estará seguro de que tudo correrá

“Quanto mais se previne, menos tem que se

em ordem com o veículo até a próxima

consertar.”

manutenção. É de máxima importância que

A manutenção corretiva normalmente apresenta

você efetue uma rápida e eficiente

custos elevados e quase sempre é consequência de

verificação semanal no veículo, conforme

manutenção preventiva deficiente.

relação de itens abaixo, que são

Exemplo: Nos veículos em que se apresente

importantíssimos e que poderão apresentar

problemas no sistema de injeção e demora-se

algum problema ou falha entre uma

algum tempo para a sua correção, poderá ser

manutenção e outra.

afetado o catalisador do sistema de escapamento,

Verifique, semanalmente, você mesmo:

peça de custo elevado e que não será substituída

Nível do óleo do motor

em garantia, se não tiver sido executado referido

Pressão dos pneus

reparo.

Tensão da correia do alternador

A leitura da Literatura de Bordo será de grande valia

Carga do extintor de incêndio

para você conhecer a manutenção do seu veículo,

Nível do líquido de arrefecimento

assim como identificar uma série de operações que

Nível do fluido ATF (veículos com

você mesmo poderá executar com as orientações ali expressas e mais as dicas que o curso “Mecânica VW para Amadores” lhe proporcionará.

transmissão automática) Funcionamento dos faróis e demais luzes externas.

A seguir, destacamos alguns pontos importantes sobre a manutenção do seu veículo e que você mesmo pode efetuar.

Nível do fluido de freio Água do lavador do pará-brisa / vidro traseiro e o jato na saída dos bicos. Nível do óleo ATF da direção hidráulica Nível de gasolina no depósito de partida a frio (veículo a álcool) Existência de vazamentos de óleo no motor e transmissão Existência de vazamentos em mangueiras do sistema de arrefecimento Existência de vazamentos de combustível desde o tanque até o motor (risco de incêndio) Estado das palhetas dos limpadores de pára-brisa / vidro traseiro. Para a verificação de todos estes itens, você encontra as orientações necessárias na Literatura de Bordo do seu veículo. Todos estes itens e sua forma correta de verificação são abordados pelo seu instrutor no decorrer do curso "Mecânica VW para Amadores".

121

Abastecimentos do veículo

Descarte do óleo usado

É da máxima importância você conhecer e controlar

O óleo do motor não deve ser jogado na

corretamente o abastecimento de combustível,

rede de esgoto ou na terra.

lubrificantes e fluidos do seu veículo; não somente

Óleo da transmissão

quanto às quantidades e formas de abastecimentos, mas

Transmissão mecânica

principalmente quanto às suas corretas especificações.

A verificação do nível de óleo na transmissão é feita nas inspeções previstas

Combustíveis

nos “Serviços de Inspeção” do seu veículo.

Os combustíveis utilizados no desenvolvimento dos

Este óleo dispensa troca. Caso se constate

veículos são estabelecidos pela Resolução 18/86 do

qualquer vazamento do óleo da

CONAMA e somente devem ser utilizados quando

transmissão mecânica, o Concessionario

estiverem dentro das especificações estabelecidas na

Volkswagen deverá ser procurado para

Literatura de Bordo do seu veículo.

reparar a causa do vazamento e repor o óleo até o nível recomendado.

Lubrificantes

Transmissão Automática A transmissão automática trabalha com

Óleo de motor O consumo de óleo pelo motor é normal e este consumo

dois tipos de óleo:

pode variar em função da forma de se conduzir o

-Uma para a caixa das planetárias (óleo

veículo. Em condições normais, a troca de óleo deve ser

ATF).

feita a cada 12 meses ou a cada 15.000 km, prevalecendo

-Outro para o diferencial (óleo sintético).

o que ocorrer primeiro (ver também condições

Ambos são desenvolvidos exclusivamente pela Volkswagen e sem similar no mercado

adversas).

nacional.

Viscosidade e especificação do óleo Os óleos recomendados pela Volkswagen atendem às

A verificação dos níveis dos óleos da

especificações reVW 501 01, VW 502 00 ou VW 205 00. O

transmissão automática, é feita nas

seu concessionário Volkswagen comercializa estes óleos

inspeções previstas nos “Serviços de

e poderá informá-lo sobre os tipos de óleo, aprovados

Inspeção” do seu veículo e requer a

pela Volkswagen, para utilização no seu veículo. No

utilização de equipamento especial,

reabastecimento estes óleos poderão ser misturados

somente disponivel no concessionário

entre si.

Volkswagen.

Degradação das caracteristicas do óleo A viscosidade do óleo do motor e outras características

Obs.:

poderão ser alteradas pela contaminação indesejada de

1) Somente o concessionário Volksvagen

combustível, como conseqüência de um funcionamento

poderá garantir a utilização correta dos

deficiente do sistema de alimentação.

óleos para transmissões (mecânica ou

Estes problemas também poderão ocorrer com o óleo, se

automática), conforme as especificações

este permanecer dentro do motor por período acima do

aprovadas pela Fábrica.

tempo definido pelo livrete de manutenção e garantia,

2) Nunca adicione qualquer tipo de óleo ou

mesmo que o veículo tenha uma baixa quilometragem.

aditivo às transmissões, sob pena de causar

Não se deve acrescentar qualquer tipo de aditivo ao óleo

danos aos conjuntos mecânicos que

do motor. Os danos produzidos por estes aditivos estarão

estarão excluidos da garantia do veículo.

excluídos da garantia do veículo.

122

Líquido do sistema de arrefecimento

Substituição de filtros

O veículo poderá estar abastecido com o aditivo

O elemento filtrante do filtro de ar, o filtro de

denominado G11 (Azul ou verde), para os veículos

combustível e o filtro do óleo do motor são

com alguns anos de fabricação, ou G12 (Vermelho )

substituídos por ocasião da manutenção,

para veículos mais atuais, em condições de

conforme o plano estabelecido para o

emergência, o sistema pode ser abastecido com

modelo de veículo.

água comum, porém, a solução com o aditivo

Quanto ao filtro de ar e seu elemento, que é

correto deve ser colocada o mais rápido possível.

um item de manutenção simples, a

O aditivo G12 não pode ser misturado com outros

Literatura de Bordo, traz instruções para

aditivos, com risco de danificar o motor. Se a cor do

que o próprio Cliente execute a substituição

G12 tornar-se castanha, significa que ele foi

ou limpeza.

misturado e necessita ser substituído

Para os demais filtros, recomenda-se sua

imediatamente.

substituição no Concessionário Volkswagen, em função da complexidade da

Óleo da direção hidráulica

operação e necessidade de ferramentas

O fluido utilizado na direção hidráulica é específico

especiais.

e está especificado na Literatura de Bordo de cada Correias do motor

veículo.

Os veículos modernos possuem mais de Fluido do sistema de freios

uma correia para acionamento do motor, e

O sistema de freios é abastecido com fluido

seus acessórios, tais como: sincronismo do

específico de classificação DOT4. Somente deve ser

motor, alternador, bomba d’água,

utilizado o fluido original Volkswagen, adquirido no

climatizador, direção hidráulica etc. Todas

Concessionário Volkswagen.

estas correias são regularmente

Este fluido deve ser substituído a cada 2 (dois) anos

inspecionadas por ocasião das

e nunca deve ser misturado com outro fluido

manutenções e substituídas quando

diferente do acima especificado.

necessário. Estas operações devem ser

Na Literatura de Bordo, você encontra orientações

executadas somente no Concessionário

sobre o fluido de freio e seu reservatório.

Volkswagen, em função da complexidade da operação e necessidade de ferramentas

Água para o lavador do pára-brisa / vidro traseiro

especiais.

O produto liberado é o aditivo G/052 131/A1.

Se você perceber, no entanto, algum ruído

Não misture sabão líquido comum, detergentes etc.,

anormal de correia patinando ou com a

que não sejam neutros, com risco de provocar

presença de defeitos como trincas,

manchas irreversíveis na pintura do veículo.

desfiamentos ou soltura de pedaços, procure imediatamente o Concessionário Volkswagen para que as anomalias sejam corrigidas.

123

Limpadores e lavadores de pará-brisa e vidro

Substituição de velas de ignição Dependendo da versão do veículo, a substituição das velas de ignição do motor pode ser uma operação relativamente fácil de ser executada. Verifique se a especificação das velas consta na Literatura de Bordo do veículo e adquira no mercado uma chave de velas tubular.

traseiro Os limpadores e lavadores do pará-brisa e vidro traseiro são itens de segurança, pois interferem na visibilidade do motorista. Para que você tenha sempre segurança ao dirigir em dias chuvosos ou com neblina, é necessária a observação de alguns cuidados com os limpadores e lavadores de pára-brisa / vidro traseiro: Ao levar seu veículo para o lava-rápido, posicione as palhetas na vertical, desligando a ignição nesta posição com o limpador ligado.

Faça a operação sempre com o motor frio e na seqüência abaixo: Solte o cabo de vela, puxando-o pelo seu terminal e nunca pelo fio. Recoloque o terminal na vela após a substituição desta.

Remova restos de insetos grudados no pára-brisa, usando água morna e sabão neutro. Com o veículo em desuso, dobre os braços do limpador do pára-brisa / vidro traseiro. Regule as palhetas, principalmente quando os limpadores não são muito utilizados. A posição correta da palheta é perfeitamente perpendicular ao vidro.

90 o

90o

Encaixe a chave tubular na vela e solte girando-a no sentido antihorário. Encaixe e rosqueie a vela nova com a mão, até que a arruela de vedação encoste no cabeçote. Caso sinta que a rosca ficou dura, solte e tente novamente, sempre com a mão, nunca force com a chave de vela. Faça o aperto final das velas com a chave, girando-a no sentido horário.

Posição correta da palheta Limpe periodicamente a borracha da palheta com pano úmido e sabão neutro enxaguando com água. Para desencostar a borracha do vidro, puxe o limpador pelo braço e nunca pela palheta, evitando, assim deformá-la.

124

Ejetor do lavador Os ejetores dos lavadores também requerem pequenos cuidados e para alguns modelos de veículos, é possível regular a direção do jato de água com um alfinete.

Quando as palhetas apresentarem trepidação, pode-se tentar uma regulagem da sua posição vertical em relação ao vidro ou substituí-la, caso necessário. Porém, quando apresentar falhas na limpeza do vidro (borracha deformada, danificada ou ressecada), só resta a substituição por outra original. Para alguns modelos de veículos, a remoção e a instalação da palheta pode ser muito simples, veja um exemplo de uma destas versões: - Levante o braço do limpador - Posicione a palheta conforme ilustrado - Aperte a trava e remova a palheta - Para instalar a palheta, encaixe-a, atentando para o posicionamento da trava. Um clique indicará a correta fixação.

Ejetor do lavador do vidro traseiro Para corrigir a direção do jato d'água, utilize um alfinete nos bicos de saída.

125

Regulagem dos faróis

Utiliza-se a luz alta em locais mais abertos

A perfeita regulagem dos faróis do veículo é de máxima importância, pois interfere na sua segurança e dos demais motoristas.

como rodovias, porém, mude imediatamente para luz baixa ao perceber um veículo à sua frente e principalmente em sentido contrário, preservando assim

Trafegando à noite ou em condições de pouca visibilidade, devem "sempre" estar acesos os faróis

sua segurança e dos demais.

baixos. A Legislação de Trânsito assim determina e proíbe o tráfego apenas com as lanternas acesas, mesmo na cidade.

Por ser a regulagem de faróis, um serviço que implica na utilização de equipamentos específicos, somente o seu Concessionário deverá executá-lo.

126

Substituição de lâmpadas

Utilização do extintor de incêndio

Dependendo do modelo de veículo, a substituição

O extintor de incêndio do veículo é um

das lâmpadas pode ser uma operação relativamente

acessório de extrema utilidade numa

facil de ser executada, obedecendo-se as orientações

emergência, mas quase sempre é es-

constantes na Literatura de Bordo. As versões de

quecido embaixo do banco pelo seu pro-

lâmpadas mais complexas somente devem ser

prietário. Um outro agravante: quase

substituídas no seu Concessionário Volkswagen.

ninguém está técnica e psicologicamente

Por serem itens de segurança, é conveniente que você

preparado para utilizá-lo num princípio de

tenha, para casos de emergência, um jogo completo

incêndio no veículo.

de lâmpadas bem acondicionadas no porta-malas do

Ao deparar-se com um princípio de in-

veículo.

cêndio no veículo, mantenha a calma, mas

Uma observação muito importante é não tocar com

procure agir rapidamente. A maioria das

os dedos no bulbo de uma lâmpada nova. Use

pessoas ao notar um princípio de incêndio

sempre um pano limpo e seco para manuseá-las.

no veículo fica apavorada e procura fugir rapidamente, temendo uma possível

Substituição de fusíveis

explosão. Algumas pessoas chegam a saltar

Quando você notar que algum instrumento, acessório

do veículo em movimento.

ou lâmpada do veículo deixa de funcionar, a primeira

No entanto, o risco de explosão do tanque

coisa a ser feita é uma inspeção nos fusíveis do

de combustível, num princípio de incêndio,

veículo localizados na Central Elétrica.

é uma possibilidade muito remota.

Leia atentamente as orientações contidas na

Localize a base do fogo, abra o capô do

Literatura de Bordo para a identificação do fusível

motor, caso o incêndio esteja localizado no

queimado e para uma possível substituição. Estes

seu interior, para utilizar com eficácia o

manuais trazem a relação das funções protegidas

extintor de incêndio.

pelos fusíveis e os seus respectivos símbolos. Para alguns modelos, um cartão, junto à central elétrica, traz a disposição da função principal para um determinado fusível. Se a causa da queima do fusível for esporádica, bastará troca-lo por um novo da mesma capacidade. Mas, se a queima tornar a se repetir, será necessário diagnosticar a causa. De maneira alguma devem ser feitas improvisações com pedaços de fios, papel alumínio etc., para a substituição de um fusível queimado, pois sua queima sempre é conseqüência de uma sobrecarga anormal naquele circuito. Somente substitua um fusível queimado por outro de igual capacidade (ampère). Se um fusível queimar-se repetidas vezes, não insista em substituí-lo. Procure auxílio do seu Concessionário Volkswagen. Seja também precavido e carregue sempre no portaluvas pelo menos um fusível de cada tipo utilizado no veículo.

127

Siga as instruções a seguir para utilizar o extintor de

Cuide do seu extintor

incêndio.

Cheque com freqüência a carga do seu extintor de incêndio, observando a escala do indicador de pressão. O ponteiro deve estar Veja a seguir um exemplo para a utilização de um extintor

na faixa verde. Estando na faixa vermelha,

de incêndio.

indica que está descarregado. O

A Literatura de Bordo traz a localização e a forma de

Concessionário Volkswagen poderá

acessar o extintor de cada veículo.

providenciar a recarga para você.

Com o extintor de incêndios nas mãos, quebre o lacre

Conservação do veículo

levantando a alavanca.

A conservação do veículo é de máxima importância, não só visando o seu bemestar, mas também para a preservação das qualidades, beleza e valor do veículo. Na Literatura de Bordo, você encontra todas as orientações para conservação do veículo: Lavagem do veículo Lavagem do motor Conservação da pintura Remoção das manchas Vidros Revestimentos internos Tecidos / couro Cintos de segurança Antena

Com o extintor em pé, aproxime-se o máximo possível do foco de incêndio e aperte o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo.

Arejamento do veículo Proteção anticorrosiva. Prolongado desuso O desuso do veículo por um período

Importante É conveniente ler antecipadamente todas as informações e instruções contidas na Literatura de Bordo e no extintor.

prolongado é uma situação anormal, que requer alguns cuidados adicionais. Todavia, deve-se levar em conta que isto poderá não ter mais o mesmo comportamento anterior. Se isto for inevitável, verifique na Literatura de Bordo as recomendações necessárias para minimizar as conseqüências e não comprometer a vida útil do seu veículo.

128

Substituição de rodas

Substituição da bateria

Apesar da necessidade da substituição de uma roda (por

A Literatura de Bordo contém

motivo de um pneu furado) ser uma coisa relativamente

importantes informações, que devem

comum, muitas vezes nos deparamos com pessoas em

ser rigorasamente obedecidas,

apuros diante desta situação.

inclusive com orientações sobre a

Como esta emergência não tem local nem hora para

legislação que trata sobre o descarte de

acontecer, convém você estar preparado para resolvê-la

baterias, sem poluir o meio ambiente.

sem maiores complicações.

A substituição da bateria deve ser feita

Em primeiro lugar, não deixe para aprender a trocar uma

no Concessionário.

roda quando isto for necessário, pois você poderá estar

Caso seja realmente necessário, você

numa situação adversa, como no escuro ou sob chuva.

mesmo pode substituir a bateria do

Portanto, recomenda-se praticar esta operação com o

veículo, tomando alguns cuidados:

carro na garagem. Com este treinamento, você estará

Não use anéis ou relógios ao

muito mais preparado para resolver esse "probleminha"

manusear a bateria.

rapidamente e sem dificuldades. Você deve treinar a operação conforme as orientações

Não provoque curto circuito com

contidas na Literatura de Bordo do veículo.

ferramentas ou outros objetos

Convém, também, você ter sempre à mão uma lanterna

metálicos encostados nos terminais da

com suporte imantado para auxiliá-lo em local escuro.

bateria.

Outra providência interessante é você portar um pedaço de madeira, mais ou menos de 20 cm x 20 cm por 3 a 5 cm de espessura, para o caso de você ter que parar o veículo

Nunca desconecte a bateria com o mo-tor em funcionamento. Na remoção da bateria, desconecte

num local irregular ou com muito barro. Esta madeira,

primeiro o cabo negativo (-) e depois o

nestas circustâncias, poderá ser colocada sob o "macaco",

cabo positivo (+). Na instalação, esta sequência deve

auxiliando sua estabilidade. Logo após você ter concluído a operação, lembre-se de

ser invertida. Primeiro conecte o cabo

que o fato pode ocorrer novamente, portanto pare na

positivo (+) e depois o negativo (-).

primeira borracharia que você encontrar, para consertar o pneu furado. "O seguro morreu de velho". Dicas importantes 1) Caso você tenha dificuldades em soltar os parafusos das rodas, pois isto poderá exigir-lhe muita força, coloque a chave de roda na horizontal force-a com o pé ou mesmo suba em cima, sempre girando-a no sentido anti-horário (contrário aos ponteiros do relógio). O mesmo procedimento poderá ser utilizado para apertar os parafusos, caso você não tenha força suficiente, somente girando a chave no sentido horário (sentido dos ponteiros do relógio). 2) Caso você, por algum motivo, perca os parafusos da roda que acabou de retirar do carro (por exemplo: você sem querer chutou-os e estes rolaram e caíram num rio), não se afobe. Tire um parafuso de cada uma das outras 3 rodas e instale assim a sua roda sobressalente com 3 parafusos. Isto é suficiente para você rodar sem nenhum problema até o próximo Concessionário Volkswagen.

129

Diagnóstico simples no veículo

Oscilações anormais em pisos irregulares

Vazamento de óleo ou líquido de arrefecimento

Podemos considerar normal a ocorrência de

Verifique rotineiramente a existência de vazamentos de

oscilações - "balanços" - do veículo após

óleo ou líquido de arrefecimento no motor e

passar por um buraco, mas isto, com o

transmissão. A maneira mais simples de verificar é

veículo em perfeitas condições, não deve

observar pingos destes líquidos no chão sob o veículo.

passar de um balanço, apenas, devendo

Fique sempre atento e caso isso ocorra procure o

imediatamente ocorrer a estabilização dessas

Concessionário Volkswagen para correção da anomalia.

oscilações. Estes movimentos são

Verifique também manchas de óleo próximo às rodas, o

interrompidos pelos amortecedores do

que pode indicar vazamentos nos amortecedores ou

veículo e se as oscilações, em vez de serem

cilindros de freios das rodas.

interrompidas imediatamente, se

Ruídos anormais ao frear

prolongarem por mais alguns balanços, é

Caso ocorra ruído de peças raspando ao aplicar-se os

sinal que os amortecedores da suspensão

freios do veículo, isto pode indicar o desgaste total das

estão sem ação e devem ser substituídos. Esta

pastilhas e / ou lonas de freio. Leve imediatamente o

situação, além de desconfortável, põe em

veículo ao Concessionário, pois existe o risco de

risco a segurança do veículo, pois dificulta a

ineficiência ou travamento dos freios, afetando assim a

dirigibilidade e aumenta o espaço de

segurança e implicando em prejuízo considerável, uma

freagem. Você poderá fazer um teste simples

vez que os discos / tambores serão inutilizados, caso o

para avaliar o estado dos amortecedores,

veículo continue a rodar nessas condições.

balançando o veículo com as mãos, em direção ao solo. Assim que você deixar de balançá-lo, estes movimentos devem parar imediatamente. Caso contrário, indica deficiência dos amortecedores, que devem ser substituídos. Repita este teste nas quatro rodas. Veja na foto abaixo como deve ser feito o teste.

130

Indicadores de desgaste dos pneus

Inspeção periódica dos pneus É da máxima importância você observar com alguma

O CONTRAM determina que os pneus sejam

freqüência as condições dos pneus. Através desta

substituídos quando o desgaste da banda de

inspeção, você poderá detectar problemas e suas

rodagem atingir os indicadores existentes no

causas, que freqüentemente ocorrem com os pneus.

fundo dos sulcos. Os pontos onde existem os

Isto lhe proporciona segurança e economia.

indicadores de desgaste da banda de rodagem são identificados pela sigla TWI (Tread Wear Indicators). Examinando a banda de rodagem dos pneus, você poderá diagnosticar problemas, suas causas e soluções. Veja o quadro abaixo:

PROBLEMA Desgaste excessivo nos ombros Desgaste excessivo no centro

CAUSA

SOLUÇÕES

- Pressão insuficiente

- Utilizar pressão correta

- Alta velocidade nas curvas

- Efetuar rodízios

- Pressão excessiva

- Utilizar pressão correta - Efetuar rodízios

Desgaste excessivo de um lado

- Ângulo de cambagem errado

Desgaste em forma de serra

- Convergência ou

- Ajustar convergência ou

divergência excessivas

divergência

- Roda desbalanceada

- Balancear o conjunto

- Roda torta ou deformada

-Substituir rodas

- Problema nos freios

- Reparar freios

- Desbalanceamento

- Balancear o conjunto

- Folgas na direção e/ou

- Controlar os componentes

Áreas gastas em um ou vários pontos

Áreas gastas de um lado

- Ajustar o ângulo de cambagem

suspensão Cortes na banda de rodagem e/ou flancos

- Avarias acidentais (choques e impactos)

- Evitar buracos, obstáculos e elementos cortantes e perfurantes - Substituir pneu danificado

Bolhas ou cortes nas laterais

- Avarias acidentais (choques

- Evitar buracos, obstáculos e

e impactos)

elementos cortantes e

- Subidas no meio fio com

perfurantes

pneu com baixa pressão

- Substituir pneu danificado

131

Veículo puxa para um lado em piso plano e regular

Falta ou excesso de combustível

Este efeito pode ser causado por um pneu vazio,

Os sintomas para as duas situações são

irregularidades no alinhamento de direção ou sistema de

iguais: o motor gira normalmente durante a

freios, principalmente quando isto ocorre apenas

partida mas não entra em funcionamento; o

durante a freada.

que difere uma causa da outra é a ocorrência

Ocorrendo com regularidade, e não constatando-se a

de um forte odor de combustível, quando a

existência de um pneu vazio, você deve procurar o

causa é o excesso (motor afogado).

Concessionário para a perfeita identificação das causas e

Caso seja esta a causa, aperte totalmente o

correção do problema.

acelerador e dê a partida, não tirando o pé

Deve-se levar em conta que isto não deve ocorrer quando

até que o motor entre normalmente em

o veículo trafega em linha reta e piso plano. Muitas vezes

funcionamento.

o leito carroçável é inclinado para fora (para a direita), o

Este procedimento aplica-se muito mais ao

que fará o veículo tender para este lado.

veículo equipado com carburador e, para a

A ocorrência deste problema de maneira contínua

partida nestas condições, o afogador deverá

poderá causar desgastes anormais nos pneus,

estar na posição desacionado. Para os

aumentando assim os prejuízos.

veículos equipados com injeção eletrônica,

Portanto, adiar a solução deste tipo de defeito, além de

este problema é mais difícil de ocorrer,

ter a dirigibilidade e segurança comprometidas significa

porém o procedimento para o

gastar muito mais com o reparo do que se providenciasse

desafogamento é o mesmo. Caso isto esteja

isto de imediato.

ocorrendo com frequência, procure o Concessionário para correção do problema. Quando ocorrer a falta de combustível, apesar deste existir no tanque em quantidade suficiente, a situação fica um pouco mais complexa para o próprio motorista resolver, em função de uma série de fatores que poderão causar este defeito. Neste caso, é conveniente você procurar ajuda do Concessionário Volkswagen. Bateria fraca O motor de partida gira com dificuldade: neste caso, desligue todos os acessórios do veículo, como ventilador, luzes, rádio etc. Aguarde algum tempo (10 minutos) e tente novamente a partida. Se não conseguir fazer o motor funcionar, será realmente necessária a utilização de uma bateria auxiliar para a partida. Ou ainda, como último recurso, em

Dificuldades de partida no motor A Literatura de Bordo do seu veículo apresenta a maneira correta e os cuidados a serem tomados para a partida do motor. Obedecendo-se estes procedimentos

caso de emergência, fazer o motor funcionar empurrando o veículo - “pegar no tranco”. Este procedimento deve realmente ser utilizado como último recurso face aos riscos

preestabelecidos, o motor deverá entrar em

de danificações em componentes mecânicos

funcionamento normalmente. Caso isto não aconteça, existem algumas causas possíveis de serem identificadas e corrigidas pelo motorista.

da transmissão e da embreagem, além do risco a que estarão expostos os empurradores na via pública. Mais à frente comentaremos a maneira correta de realizar esta manobra e correr menores riscos.

132

Partida do motor com bateria auxiliar

todas estas advertências é comum esta

A utilização deste recurso quando nos deparamos

prática. Desta forma, achamos conveniente

com a bateria do veículo descarregada é a maneira

indicar a maneira menos perigosa e

correta de resolver o problema.

comprometedora aos componentes

Para tanto, é prudente você ter no porta-malas do

mecânicos ao realizar esta operação:

veículo um jogo de cabos de força conforme

1) Nunca realize isto em vias de grande

indicado na figura abaixo. Estes cabos são

movimento ou de altas velocidades. Em

facilmente encontrados no mercado.

rodovias, não saia do acostamento para a pista pavimentada. 2) Deixe o pisca-alerta do veículo ligado 3) Nunca faça isto numa subida, pois o esforço será inútil. 4) Jamais tente realizar esta manobra sozinho, empurrando o veículo aproveitando uma descida e depois pulando rápido dentro dele. 5) Pelo menos 2 pessoas devem empurrar o veículo e um motorista experiente deve estar ao volante. 6) Verifique se o caminho à frente está livre. 7) Ligue a ignição 8) Engate a 2a marcha e fique com o pé acionando totalmente a embreagem. 9) Ordene que os demais empurrem o veículo até atingir alguma velocidade por uns

Você não precisa ter à mão uma outra bateria. Basta

20 metros no máximo.

encostar um outro veículo ao lado do seu e fazer as

10) Já com uma velocidade capaz de girar o

ligações. Veja na Literatura de Bordo do seu veículo a

motor, solte a embreagem de maneira suave

maneira correta e os cuidados necessários para

e nunca de uma vez.

executar esta operação. Durante a partida do seu

11) Caso você perceba que o motor está com

motor, convém deixar o motor do outro veículo

excesso de combustível (afogado), aperte

funcionando à meia rotação, para garantir uma

também o pedal do acelerador até o fim e

corrente suplementar através do funcionamento do

não fique bombeando, até que o motor entre

alternador.

em funcionamento normal.

Obs: É interessante você adquirir no mercado um

12) Oriente as pesoas que vão empurrar o

carregador de baterias. Ele poderá ser útil caso você

veículo para saírem rapidamente para a

não possua outra bateria para auxiliar a partida.

direita - calçada ou acostamento - assim que

Neste caso, leia as instruções de uso do carregador

o motor entrar em funcionamento, evitando

indicadas pelo seu fabricante.

desta forma um atropelamento por trás.

Geralmente, deixando-se a bateria carregando por

Obs: Voltamos a enfatizar que este

algum tempo e mantendo-se o carregador ligado

procedimento é o último recurso a ser

durante a 1a partida, temos nosso problema

utilizado numa emergência.

resolvido.

Alertamos mais uma vez para o alto risco de

Partida empurrando o veículo

acidentes e comprometimento dos

Conforme já dissemos anteriormente e está

componentes mecânicos.

orientado na Literatura de Bordo do veículo, isto só

Em veículos com transmissão automática

deverá acontecer como último recurso e em caso de

não é possível dar partida empurrando o

emergências. Sabemos que apesar de

veículo. Em veículos com catalisador, usar este recurso com o motor frio.

133

Reboque do veículo

Os movimentos entre os veículos devem ser

O Código Nacional de Trânsito proíbe rebocar veículos

sincronizados, não só na velocidade

através de corda ou cabo flexível. Neste caso, deve ser

desenvolvida (que deve ser a menor possível,

utilizado uma barra de reboque (cambão).

obedecendo à legislação) como também nas

Alguns veículos possuem ganchos específicos para

manobras efetuadas. É recomendável que os

reboque.

motoristas combinem antes sinalizações que

Na dianteira do veículo - para o veículo ser rebocado.

favoreçam a condução harmoniosa

Na traseira do veículo - para rebocar outro veículo.

(buzinadas, piscadas de faróis etc). Veículos com transmissão automática Além de cuidados já descritos anteriormente, cuide também para que: A alavanca seletora de marchas esteja em "N". Em função do motor parado, a bomba de óleo da transmissão não funciona, não permitindo, portanto, uma lubrificação

Nestes casos, a barra de reboque deve ser fixada a estes ganchos.

suficiente. Por isso, não ultrapasse a velocidade de 50km. Da mesma forma que na transmissão mecânica, a automática deverá estar abastecida de seus lubrificantes para o veículo ser rebocado. Reboque por guincho, a maneira correta e segura É o meio mais correto e seguro para rebocar um veículo, desde que os seguintes sejam considerados.

Quando o veículo não possui estes ganchos, a barra de reboque deve ser fixada ao suporte de agregados, conforme indicado pela seta na figura acima. O reboque deve ser feito tomando-se os seguintes cuidados: Veículos com transmissão mecânica. Deixe a ignição ligada para não bloquear o volante da direção e poder acionar os indicadores de direção, a buzina, o limpador do pára-brisa e os faróis, se

Veículos com transmissão mecânica

necessário.

Podem ser erguidos tanto pelas

Como o servo-freio somente atua com o motor em

rodas dianteiras como pelas rodas traseiras.

funcionamento, o pedal do freio deverá ser acionado

Quando pelas rodas traseiras, trave o volante

com mais força que o normal.

de direção com as rodas alinhadas e somente

Nos veículos com caixa de direção hidráulica também será necessário aplicar mais força nas manobras. Mesmo com a alavanca de mudanças em ponto

permita o deslocamento do veículo com a transmissão abastecida. Veículos com transmissão

morto, há a necessidade da transmissão estar

automática

devidamente abastecida de óleo.

Somente podem ser guinchados com as rodas

Ambos os motoristas deverão estar devidamente familiarizados com as particularidades do reboque. Tão difícil quanto dirigir o veículo que reboca é dirigir o veículo rebocado.

dianteiras erguidas e nunca com as traseiras, o que danificaria seriamente a transmissão. O ideal é sempre que possível transportar o veículo sobre uma plataforma (carreta).

134

Kit de peças de emergência

Ferramentas e acessórios que acompanham

É muito importante quando você for sair numa

o veículo

viagem longa, levar um kit com algumas peças de

Os acessórios básicos que acompanham o

emergência e que você mesmo poderá substituir. O

veículo são suficientes para a

Concessionário Volkswagen irá ajudá-lo na

operacionalização normal do veículo,

composição deste kit, que deve ser sempre

porém se você, com os conhecimentos que

composto por peças originais do seu veículo.

adquiriu no curso "Mecânica VW para Amadores", quiser realizar alguns reparos

Kit sugestão

leves e manutenções simples, deve adquirir

1 jogo de fusíveis

um kit de ferramentas e equipamentos

1 jogo de lâmpadas

adicionais, conforme sugerido abaixo.

1 correia do alternador 1 jogo de velas

Ferramentas adicionais úteis

1 jogo de magueiras do radiador

1 jogo de chaves fixas de 6mm a 19mm

1 válvula de pneu

1 jogo de chaves estrelas de 6mm a 19mm

1 litro de óleo de motor

1 alicate universal

1 pedaço de fio (± 2m)

1 alicate de pressão

1 pedaço de arame (± 2m)

1 martelo pequeno

1 rolo de fita isolante

3 chaves de fenda (peq./méd./gd.) 2 chaves Philips (peq./méd.) 1 chave de velas tubular 1 chave allem 7mm 1 calibrador de pneus 1 chave para válvulas de pneus 1 bomba de ar 1 carregador de bateria 1 cabo de força com garras para bateria auxiliar 1 calço de madeira 20X20X5 cm 1 tesoura 1 faca ou canivete 1 lanterna com suporte magnético (com pilhas) 1 caixa de ferramentas

135

A oficina inteligente

Você nosso Cliente, que acaba de conhecer um pouco da

“Ele tem a obrigação de explicar ao Cliente,

tecnologia VW, através deste "Curso de Mecânica para

sem aborrecê-lo, toda a tecnologia

Amadores", sabe que só encontrará esta capacitação

empregada no diagnóstico e reparo de seu

técnica na Rede de Concessionárias Volkswagen, onde

veículo”, informa. Esta atitude pode

poderá levar seu VW sempre que necessitar de serviços,

justificar ao Cliente porque ele está

simples ou de grande complexidade.

pagando um pouco mais do que se tivesse

“Estamos empenhados em mudar uma imagem que por

levado seu veículo na oficina da esquina.

muito tempo esteve associada à nossa marca: a de que a mecânica é fácil, e qualquer um pode consertar nossos veículos”, declara Joacyr Drummond, gerente executivo de Assistência Técnica da Volkswagen, antecipando o que vem por aí na área de prestação de serviços. Ele conta que, com a notável evolução tecnológica na indústria automobilística, os veículos transformaram-se em máquinas sofisticadas, dotadas de centrais eletrônicas e inúmeros sensores, tornando coisa do passado a imagem do mecânico que abria o capô do veículo e descobria o problema pelo ronco do motor. Aliás, provavelmente em pouco tempo não haverá nem a necessidade de abrir o capô para reparar o veículo, já que os modernos equipamentos de diagnósticos, medição e informação fazem praticamente todo o trabalho. No entanto, estes equipamentos só trarão resultados se forem operados por profissionais altamente especializados e preparados para as novas tecnologias. Uso inteligente da informação Segundo Joacyr Drummond, além do conhecimento técnico fundamental para utilizar corretamente as novas tecnologias disponíveis na Assistência Técnica, o profissional - seja ele Consultor Técnico, Mecânico ou Administrativo - tem a obrigação de estar sempre beminformado, não somente em sua área específica. “Ele tem que ser pró-ativo: estudar, ler muito, observar e até mesmo visitar o concorrente para ver o que ele está fazendo e, assim, melhor o atendimento”, explica. Segundo o gerente, é o uso inteligente da informação que faz a diferença. Não adianta o profissional ter muito conhecimento se não consegue transmiti-lo ao Cliente.

136

Em virtude de a Volkswagen perseguir um constante

Não é permitida a impressão, reprodução

aperfeiçoamento dos seus modelos e tipos,

ou tradução total ou parcial deste material

solicitamos sua compreensão no sentido de nos

sem prévia autorização por escrito, da

reservarmos o direito de efetuar, a qualquer

Volkswagen, que se reserva expressamente

momento, alterações quanto à forma, equipamentos

todos os direitos autorais, conforme

e tecnologia do produto fornecido. Por esta razão,

legislação em vigor.

não se pode inferir qualquer direito com base nos dados, ilustrações e descrições do presente material impresso.

©2002 Volkswagen do Brasil

A Literatura de Bordo do seu veículo é o referencial

Reservado o direito a alterações

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Impresso no Brasil

Volkswagen.

Edição 12/01

137

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