February 13, 2017 | Author: Beatriz Senna | Category: N/A
Curso de Logística Urbana Prof. Leise Kelli de Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais 2014
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Prof. Taniguchi
Agenda Introdução Revisão sistemática da literatura científica em logística urbana no Brasil Diagnóstico em Logística Urbana Centro de Distribuição Urbano
Espaço Logístico Urbano Entrega Noturna Comércio eletrônico
O que é Logística Urbana?
Introdução
Elementos para prosperidade das cidades Mercadorias
Informação & Dinheiro
Pessoas
Desafios Competitividade Sistema logístico eficiente: sistema just in time
Transportadores: Melhor serviço com baixo custo Embarcadores: Atendimento à janela de tempo
Desafios Aumento do transporte de carga urbana Congestionamento;
Impactos ambientais negativos; Acidentes; Consumo de energia
Intervenção do poder público é necessária!!
Congestionamentos em áreas urbanas
Século XX
Funções da logística urbana Eficiência e meio ambiente
Trade-off entre um sistema eficiente de transporte de carga e um sistema ambientalmente amigável
Século XXI
Logística urbana com um sistema eficiente e ambientalmente amigável de transporte de carga
Século XX Qualquer redução no impacto ambiental não é parece possível sem a inserção de inovações logísticas e a logística reversa (J. Cooper, 1991 apud Taniguchi, 2011)
Taniguchi , E. (2011) Concept of City Logistics. Lecture. XXV ANPET. Belo Horizonte.
Século XXI Inserção de novas tecnologias ICT (Tecnologia de Informação e Comunicação), ecommerce (B2B, B2C) Desenvolvimento de ITS (Sistema Inteligente de Transporte) SCM (Gerenciamento da cadeia de abastecimento), ERP (Planejamento de Recursos da Empresa) e CRP (Programa de replanejamento contínuo) Terceirização do transporte de carga – 3PL
O que é Logística Urbana? Taniguchi et al. (2001) definem logística urbana como um processo de total otimização das atividades de logística, realizadas por entidades (públicas e privadas) em áreas urbanas, considerando fatores como tráfego, congestionamento e consumo de energia na estrutura do mercado econômico.
Baseia-se em uma compreensão dos problemas que incluem custos de distribuição, sociais e ambientais. Taniguchi, E.; Thompson, R.G.; Yamada, T.; Duin, R.V. (2001) City Logistics: Network Modeling and Intelligent Transport Systems. Pergamon.
Definindo Logística Urbana Logística Urbana visa a redução das deseconomias para tornar a totalidade do sistema mais efetivo através de soluções inovadoras que reduzam os problemas logísticos gerados pela distribuição nas áreas urbana e melhoria da qualidade.
As técnicas e projetos nessa área permitem o envolvimento de agentes públicos e privados, no intuito de reduzir o número total de viagens/veículos nas áreas urbanas e/ou diminuir seus impactos negativos. Nos projetos até hoje conduzidos, pode-se observar que a maioria deles proporcionou um incremento na rentabilidade das companhias de transporte por veículo, além de alcançar objetivos benéficos para a comunidade.
Definindo Logística Urbana Munuzuri et al. (2005) Logística Urbana é o termo utilizado para denotar conceitos logísticos específicos e práticas envolvidas na distribuição em áreas urbanas congestionadas com seus específicos problemas, como atrasos causados por congestionamento, local não apropriado para estacionar, dentre outros.
Munuzuri, J.; Larraneta, J.; Onieva, L.; Cortés, P. (2005) Solutions applicable by local administrations for urban logistics improvement. Cities, v. 22, n.1, p. 15-28.
Definindo Logística Urbana Logística Urbana é um conceito que cerca o domínio das idéias, estudos, políticas, modelos e métodos que permitem alcançar os seguintes objetivos: Reduzir o congestionamento e aumentar a mobilidade através do controle do número e dimensão dos veículos de carga que operam nos centros urbanos, reduzindo o número de viagens “vazias” e melhorando a eficiência da movimentação de carga; Reduzir os níveis de poluição e barulho, contribuindo para alcançar os objetivos determinados pelo protocolo de Kyoto e melhorar a qualidade de vida dos habitantes. Ricciardi, N.; Crainic, T.G.; Storchi, G. (2003) Planning Models for City Logistics Operations. Dipartimento di Statistica Probabilita e Statistiche Applicate.
Definindo Logística Urbana Os esquemas de logística urbana incluem uma ou mais das seguintes alternativas: Sistemas de informação avançados e sistemas de cooperação de transporte de carga; Terminais logísticos públicos; Compartilhamento de veículos de carga; Sistemas subterrâneos de transporte de carga; Controle de acesso das áreas urbanas. Taniguchi, E.; Thompson, R.G.; Yamada, T.; Duin, R.V. (2001) City Logistics: Network Modeling and Intelligent Transport Systems. Pergamon.
Definindo Logística Urbana Holguín-Veras (2003): muitas das iniciativas de logística urbana são implementadas em pequenas cidades, onde o congestionamento é relativamente baixo. Logística Urbana tem potencial de alcançar mais eficiência no processo de distribuição urbana reduzindo o tempo de operação dos veículos, a distância total percorrida e restringindo a capacidade destes veículos. Holguín-Veras, J. (2003) Modeling Commercial Vehicle Empty Trips with a First Order Trip Chain Model. Transport Research Part B, v.37, p.129-148.
Características da Logística Urbana Total otimização considerando fatores como o ambiente, congestionamento, segurança, consumo de energia, dentre outros Utilização plena de técnicas de informação avançadas Mentalidade de Cooperação
Pilares para a Logística Urbana Sustentabilidade
Mobilidade
Competitividade Global Eficiência Cordialidade Ambiental Diminuição dos Congestionamentos Confiança Segurança Conservação de Energia Força da Mão-de-obra
Qualidade de Vida
Pontos essenciais Tecnologia de comunicação e informação e sistema inteligente de transporte
Planejamento da cidade Planejamento do uso da terra Planejamento do transporte de carga urbano Subsídios e encargos adicionais para o público
Envolvidos na Logística Urbana Embarcadores
transportadores
Companhias de logística urbana
Poder público
Moradores
Objetivos e comportamentos de cada envolvidos Transportadores
• Objetivo: maximizar o lucro de transporte • Comportamento: Propor o preço para o transporte de mercadorias e transportar as mercadorias ao cliente sem atrasos
Embarcadores
• Objetivo: minimizar o custo de contratação de transporte ( = preço mais o custo de oportunidade devido ao atraso na entrega) • Comportamento: Escolher a transportadora de custo minimo
Operadores de autoestradas
• Objetivo: maximizar a receita do pedágio • Comportamento: Implantar praças de pedágio
Objetivos e comportamentos de cada envolvidos Moradores
Poder Público
• Objetivo: minimizar a probabilidade de exceder o limite ambiental de emissão de Nox pelos veículos de carga • Comportamento: Denunciar ao poder público quando a emissão de Nox na área exceder o limite ambiental
• Objetivo: minimizar o número de áreas com problemas de emissão de NOx • Comportamento: Implementar políticas incluindo pedágio urbano, restrição a veículos acima de 10 ton
Estrutura de um sistema cooperativo de transporte em Motomachi, Yokohama
Estrutura de um sistema cooperativo de transporte em Motomachi, Yokohama Iniciou em 2004; Objetivo: reduzir a emissão de CO2 e o congestionamento, além de manter um bom ambiente nas ruas; Nenhum subsídio foi dado pelo poder público, além do fornecimento do espaço público para estacionamento nas ruas; Cerca de 85% das mercadorias são entregues por um sistema cooperativo; Coleta e entrega são realizadas pelo sistema Toda a área de Motomachi é coberta pelo sistema (1300 lojas e 500 residências)
Estrutura de um sistema cooperativo de transporte em Motomachi, Yokohama
Transportadora neutra participa das coletas e entregas de mercadorias
Motomachi Shopping Street Association dá suporte financeiro de 2,4 milhões de iens/ano
Cada transportador paga 150 ienes/entrega
(1 iene ≈ R$ 0.0217)
1000 – 1200 entregas são negociadas por ano
Excelente liderança
Número de caminhões reduziu:
100 (11 companhias) para 29 (1 companhia) por 10 dias
Motomachi shopping street
Veículo utilizado
Área de estacionamento
Centro de distribuição
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA CIENTÍFICA EM LOGÍSTICA URBANA NO BRASIL Oliveira, Leise Kelli (2013) Uma revisão sistemática da literatura científica em logística urbana no Brasil In: XXVII Congresso Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes. Belém
Objetivo Apresentar uma revisão sistemática da literatura científica sobre logística urbana desenvolvida por pesquisadores brasileiros, fornecendo uma visão global das publicações e permitindo identificar possibilidade de pesquisa nesta área.
Revisão sistemática internacional Desenvolvido por Wolpert e Reuter (2012) 1971 ocorre a primeira publicação na área
Foulkes (1979) detalha os problemas de distribuição urbana e oportunidades para o Reino Unido Cadotte e Rabicheaux (1979) apresenta questões institucionais para a consolidação de carga urbana
McDermott (1980) define o movimento urbano de mercadorias, englobando toda a distribuição de produtos na área urbana de uma cidade com população acima de 50.000 habitantes.
Revisão sistemática internacional A temática ganhou ênfase com a publicação de Ogden (1992) que discute aspectos da distribuição urbana de mercadorias. De 1997-2006 foram publicados 23 artigos; A maioria dos artigos foram publicados após 2006, principalmente na Conferência em Logística Urbana (City Logistics Conference) http://www.citylogistics.org
Revisão sistemática internacional
Quack et al. (2008) apontam que as publicações até 2007 focam em temas como:
a cooperação em companhias de transporte,
centros de consolidação,
reorganização do transporte,
melhorias no roteamento de veículos,
comércio eletrônico,
infraestrutura,
estacionamento e facilidades para a descarga de mercadorias,
inovações tecnológicas,
licenciamento e regulamentação,
modelagem matemática.
Revisão sistemática internacional Wolpert e Reuter (2012) apresentam uma revisão da literatura internacional da base do Science Direct e Google Scholar com 92 trabalhos. 30,4% da literatura investigada são de natureza teórica descritiva, predominando a natureza teórica na literatura científica sobre logística urbana.
O interesse científico está crescendo apesar de existir uma heterogeneidade na terminologia utilizada.
Metodologia A revisão sistemática da literatura, sistematiza, explicita e reproduz um método para identificar, avaliar e sintetizar os trabalhos existentes concluídos, registrados e produzidos por pesquisadores, acadêmicos e profissionais
Metodologia Fase 1: Planejamento da revisão • Especificação das questões de pesquisa • Desenvolvimento do protocolo de revisão • Validação do protocolo de revisão
Fase 2: Realização da revisão
• Identificação das pesquisas relevantes • Seleção dos estudos primários • Avaliação da qualidade dos estudos • Extração dos dados necessários • Síntese dos dados
Metodologia Palavras chaves
city logistics, logística urbana, distribuição urbana de mercadorias, carga urbana
Plataforma de busca o Google Scholar e pesquisa nos anais eletrônicos das principais conferências em transporte, desde 2004, ano em que foi concluído o primeiro trabalho em logística urbana no Brasil Não foram consideradas nesta revisão monografias e publicações em revistas sem classificação na CAPES
Resultados Foram observados trabalhos publicados envolvendo logística urbana desde 2001 quatro teses: Dutra (2004), Oliveira (2007), Pereira (2008) e Sanches Junior (2008) 15 dissertações: Pallavicine (2001), Melo (2002), Lamim (2005), Liberato (2005), Barros (2005), Carrara (2007), Fachhini (2008), Gasparini (2008), Santos (2008), Carnielle (2009), Paula (2009), Correia (2011), Moreira (2012) e Tancredi (2012) (Existem outras 3 dissertações defendidas, identificadas que não estão na listagem) 42 artigos foram publicados em congressos nacionais e internacionais
Artigo Dissertação Palestra Relatório Técnico Tese
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
Número de publicações
Resultados
9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
Teses Dutra (2004) destaca-se como o primeiro estudo que utiliza o termo inglês city logistics em um estudo brasileiro. A autora analisa a viabilidade da aplicabilidade dos conceitos de city logistics para a realidade brasileira, tomando como exemplo o setor de entregas parceladas. Oliveira (2007) deu continuidade ao estudo desenvolvido por Dutra e avaliou a entrega de pequenas encomendas utilizando dinâmica de sistemas. As metodologias propostas por Dutra (2004) e Oliveira (2007) foram aplicados em Florianópolis (SC) e mostraram que o uso dos conceitos de logística urbana podem reduzir o número de veículos de carga para a entrega de pequenas encomendas, bem como reduzir os impactos negativos advindos da atividade.
Tese Pereira (2008) desenvolveu um procedimento de gestão da distribuição de bebidas em centros urbanos, fundamentado nos métodos baseados em atividades. Sanches Junior (2008) investigou a realidade da logística da carga urbana no Brasil, utilizando o método hipotético-dedutivo com técnicas procedimentais da pesquisa exploratória e variáveis quantitativas e qualitativas, para explicar o fenômeno estudado.
Dissertações Pallavicine (2001) integrou o algoritmo de roteamento Clarke e Wright a um SIG, concebendo uma heurística para criar um conjunto de soluções alternativas para o problema de roteamento de uma frota veicular e determinar o cenário de menor custo de distribuição. Melo (2002) desenvolveu equações de demanda para viagens de carga com o intuito de subsidiar a avaliação da demanda por transporte de carga em área urbana.
Lamim (2005) apresenta aspectos da distribuição urbana de pequenas encomendas dos Correios para a cidade de Florianópolis, relacionando conceitos de logística com a atividade dos Correios.
Dissertações Liberato (2005) identificou as principais dificuldades da logística de distribuição da carga urbana na Região Metropolitana de São Paulo Barros (2005) explorou o potencial do Código de Endereçamento Postal como unidade de referência para estudos de previsão das necessidades de recursos de transportes de carga urbana.
Dissertações Carrara (2007) implementou uma alternativa operacional para reduzir os problemas existentes no núcleo urbano, ocasionados pelo fluxo dos veículos de carga, Fachhini (2008) identificou e priorizou os problemas relacionados ao processo de distribuição urbana na área central de Porto Alegre. Gasparini (2008) avaliou a demanda de transporte de carga para polos geradores de viagem, especialmente para shopping centers e supermercados, compreendendo uma análise do perfil da movimentação, taxas de viagens e modelos de geração de viagens, na cidade do Rio de Janeiro.
Dissertações Santos (2008) desenvolveu referenciais para melhorar o uso de roteirizadores baseados em análises práticas e na aplicação do conceito logística urbana, contribuindo para o aumento da produtividade e menor impacto ambiental da distribuição de cargas em áreas urbanas. Carnielle (2009) propôs um método de construção de um sistema de informação para os administradores de cidades brasileiras de pequeno e médio porte, que auxiliasse nas decisões relativas ao tráfego de veículos de carga na zona urbana. Paula (2009) analisou o processo de distribuição urbana de mercadorias visando à otimização das rotas de entregas dos veículos de serviço em Uberlândia (MG).
Dissertações Correia (2011) apresenta uma metodologia para avaliar os impactos econômicos e ambientais de um esquema de centro de distribuição urbano de mercadorias Moreira (2012) desenvolveu uma metodologia de coleta de dados e informações sobre as características operacionais e os problemas das empresas envolvidas no transporte de cargas em áreas urbanas. Tancredi (2012) propõe um modelo capaz de identificar e segregar veículos rodoviários de carga em vias urbanas, por meio de técnicas de processamento e análise de vídeos, gravados por câmeras posicionadas em diversos ângulos em dispositivos de acessos a vias urbanas.
Trabalhos Qualitativos e Quantitativos 12 10 6
6 2
Quantitativo
3
2 2010
2009
2003
1
2008
2002
1
Qualitativo
5
3
2007
1
2005
1
2 2004
1
5
4
2006
1
2
5
2011
4
0
6
7
2012
7
2001
Percentual
8
Abordagem 60%
55%
Percentual
50% 40%
30%
26%
20% 11% 10%
6% 2%
0% Conceitual Diagnóstico
Estudo de caso
Modelagem Operacional
Palavras Chaves carga e descarga carga urbana CDU city logistics diagnóstico distribuição de mercadorias distribuição física distribuição Urbana entrega noturna GLP Logística urbana mobilidade de suprimentos mobilidade urbana nomeclatura PGT produtos perigosos transporte urbano de carga veículos de carga Veículos leves
2% 12% 7% 11% 2% 4% 4% 9% 2% 2% 16% 2% 4% 2% 2% 2% 2% 2% 2%
Perspectiva para futuras pesquisas modelagem matemática para avaliação das soluções de logística urbana avaliação do nível de emissão de poluentes pelas atividades de carga utilização de modos alternativos de entrega como veículos elétricos investigação de implantação de zonas de baixa emissão de poluentes avaliação da distribuição urbana em caso de desastres naturais Taniguchi, E.; Thompshon, R. G.; Yamada, T. (2014) Recent trends and innovations in modelling city logistics. 125:20, p. 4-14
Considerações Finais Logística Urbana fornece ferramenta para resolver os problemas complicados da distribuição urbana
Modelagem é necessária para avaliação das políticas Parcerias público-privadas é fundamental para implementação dos esquemas de logística urbana
Diagnóstico em Logística Urbana
Bibliografia
Oliveira, L. K (2014) Diagnóstico das vagas de carga e descarga para a distribuição urbana de mercadorias: um estudo de caso em Belo Horizonte. Journal of Transport Literature, vol. 8, n. 1, pp. 178-209.
Tedesco, G. M. I e Yamashita, Y. (2008) Procedimentos para elaboração do diagnóstico de um sistema de transporte. XXII ANPET. Fortaleza. 3-7 novembro 2008.
Tedesco, G. M. I. (2008) Metodologia para elaboração do diagnóstico de um sistema de transporte. Dissertação de Mestrado. Universidade de Brasília.
Introdução o diagnóstico do sistema em operação é usualmente estruturado a partir do resultado da análise do estudo crítico das condições operacionais, retratadas por meio da caracterização da oferta e da demanda manifesta, para, em seguida, confrontá-los com os padrões operacionais, econômicos e sociais planejados. não é possível identificar problemas sem uma correta avaliação do sistema, ou seja, sem um diagnóstico que reflita sua composição e como está este sistema.
Introdução O diagnóstico é uma etapa fundamental no processo de planejamento, pois precede e define as demais etapas, sendo vital à estruturação desse processo.
O diagnóstico é o alicerce à construção do planejamento. Para a elaboração desse diagnóstico é preciso, inicialmente, definir o que é o objeto de estudo, ou seja, o sistema de transporte que se deseja diagnosticar. Posteriormente, é essencial compreender de que se compõe esse sistema.
Procedimentos para realização de diagnóstico em Logística Urbana Definição do objeto de estudo
Definição da área de estudo
Caracterização do objeto de estudo
Elaboração do diagnóstico
Comparação de dados e análise de resultados
Pesquisa e coleta de dados
Definição do objeto de estudo A primeira etapa é a definição do objeto foco do estudo.
Deve ser definido qual é o tipo de sistema de transporte a ser diagnosticado. No caso de logística urbana, objeto de estudo é a distribuição urbana de mercadorias
Definição da área de estudo Considerando-se que o objeto de estudo, é necessário delimitar sua área de alcance ou de abrangência (limites de sua área de atuação/atendimento).
Caracterização do objeto de estudo Distribuição Urbana de Mercadorias
Veículo
Capacidade
Tipo
Ano
Entrega
Estacionamento
Operação
Localização
Tempo
Geometria
Disponibilidade
Equipamento de suporte
Tempo Quantidade de entregas
Embalagem
Frequência
Rota
Envolvidos
Origem
Operadores Logísticos
Peso
Destino
Varejistas
Volume
Sistema Viário
Poder Público
Tempo de Viagem
População
Mercadoria
Tipo
Pesquisa e Coleta de Dados Essa etapa é dividida em subetapas, que são: Planejamento da pesquisa;
Execução da pesquisa; Tratamento dos dados; e Complementação da pesquisa.
Comparação de dados e análise de resultados Após a coleta de dados, seu tratamento, avaliação da qualidade e da viabilidade de sua utilização, eles se encontram prontos para serem comparados aos parâmetros definidos. Nessa etapa de comparação, os dados e suas informações resultantes devem ser adequados à escala em que se encontram os parâmetros, para que possam ser comparados.
Elaboração do diagnóstico Para a elaboração de um diagnóstico, é necessário conhecer os parâmetros a serem utilizados para esta avaliação e comparar os dados externos obtidos com estes parâmetros.
Estudo de caso Diagnosticar os problemas de distribuição urbana de mercadorias, na região central de Belo Horizonte, que constitui a área de estudo Nesta região existem, aproximadamente, 550 áreas destinadas à carga e descarga de mercadorias, somando um total de 1.147 vagas regulamentadas à operação.
Pesquisas realizadas Entrevista com os motoristas dos veículos de carga 491 entrevistas, consistindo numa amostra com erro de 5%.
Pesquisa de rotatividade das vagas regulamentadas, englobando 100% das vagas
Pesquisa de contagem volumétrica classificada nas entradas das duas principais regiões da Área Central, Savassi e Hipercentro
Distribuição das entrevistas Área
Número de Entrevistados
Representatividade (%)
Hipercentro
356
72,6%
Savassi
28
5,7%
Barro Preto
71
14,4%
Lourdes
21
4,3%
Área Hospitalar
15
3,0%
Total
491
100%
Quantidade de áreas e vagas de carga e descarga regulamentadas na região de estudo 700
600 500 400 300 200 100 0 Hipercentro
Barro Preto
Lourdes
Número de vagas
Savassi
Número de áreas
Hospitalar
Mapa de locais de contagem classificada de veículos de carga no Hipercentro (esquerda) e Savassi (direita)
Resultados - Veículos 100%
Percentual
80%
60%
40% 27%
28% 24%
20% 5%
4%
3%
Fiat
Ford
Hyundai
6%
3%
0% Mercedes-Benz Volkswagen
Iveco
Outros
Principais fabricantes dos veículos que trafegam na Região Central
Não respondeu
Resultados - Veículos 100%
Percentual
80%
60% 50% 42% 40%
20% 7%
7% 1%
0%
10t-15t
15t-45t
0%