Curso de Astrologia - Aula 01
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Descrição: Aula 01 - Luiz Gonzaga de Carvalho Neto...
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Índice das Aulas
Primeira aula do curso de astrologia Professor Luís Gonzaga de Carvalho Neto Transcrição feita por ernando er nando Antonio de Arau!o Carneiro "em revisão do professor A primeira coisa a fazer # dar alguma definição$ mesmo %ue provis&ria$ do %ue # astrologia$ e'plicar mais ou menos %ual # o o(!eto do nosso estudo) *amos começar definindo a astrologia como estudo estudo da semelhança semelhança entre entre o céu visto da Terra Terra e qualquer *oc+ pode dizer, a semelhança semelhança entre o c#u ordem de fenômenos mais ou menos regulares) *oc+ visto da terra e o comportamento humano$ o comportamento das plantas$ o comportamento dos animais$ e assim por diante) -e modo (astante geral podemos definir a astrologia como o estudo das semelhanças entre o c#u visto da Terra e os entes mut.veis em geral) / # (asicamente isso %ue vamos estudar neste curso a%ui) a% ui) A%ui vamos estudar a astrologia astrologia no sentido sentido mais geral possível e depois$ no fim do curso$ dar algumas aplicaç0es aplicaç0es particulares) particulares) Não d. para fazer um curso %ue ensina todas as aplicaç0 aplicaç0es es da astrolo astrologia gia)) Ningu# Ningu#m m # especia especialis lista ta em astroag astroagric ricult ultura$ ura$ astrome astromedic dicina ina$$ astropsicologia$ astrocaracterologia$ tudo ao mesmo tempo) 1uer dizer$ não d. para fazer um curso %ue ensina tudo isto) Cada uma destas especializaç0es tem suas t#cnicas pr&prias %ue re%uerem um tempo somente para %ue se!am ensinadas) 2 %ue vou ensinar a%ui são os crit#rios e os princípios de onde derivam todas as t#cnicas de aplicaç0es particulares da astrologia e depois dar alguma t#cnica para a interpretação do mapa natal$ e para o %ue se chama astrologia hor.ria$ ou se!a$ voc+ fazer uma pergunta e respond+3la pelo mapa do momento da pergunta) 2 mapa astrol&gico # simplesmente uma pro!eção plana do c#u visto da Terra num determinado momento) No mapa estão representados somente os elementos do c#u %ue são considerados relevantes do ponto de vista astrol&gico$ %uer dizer$ o mapa não representa tudo %ue se v+ no c#u$ tudo %ue h. no c#u no momento em %ue uma pessoa nasce ou no momento em %ue se faz uma %uestão$ s& est. representado no mapa a%uilo %ue # importante$ a%uilo de %ue se pode tirar um conhecimento astrol&gico das coisas com as %uais iremos comparar o mapa) /st. claro para voc+s o %ue # um ente mut.vel4 5m ente mut.vel # %ual%uer ser$ %ual%uer coisa %ue este!a su!eita ao movimento ou %ue se!a ela mesma princípio de movimento 6 uma pedra$ uma montanha$ uma planta$ uma pessoa7 mesmo um planeta # um ente mut.vel) Todos os corpos são entes mut.veis) Nem tudo # mut.vel$ mas pelo menos tudo %ue tem a%ui nesse mundo # mut.vel) /ntão$ se a parte de ente mut.vel est. clara vamos ver a parte da semelhança da definição) 1ue tipo de semelhança vamos procurar entre os astros vistos da terra e os entes mut.veis4 mut.veis4 A semelhança semelhança pode ser fundamentalm fundamentalmente ente dividida em tr+s ordens$ e'istem tr+s tipos de semelhanças, semelhança gen#rica$ semelhança acidental e semelhança de tipo) "emelhança gen#rica # o seguinte, o ser humano v+ e o cavalo tam(#m v+7 e'iste alguma semelhança entre a visão do cavalo e a nossa visão7 o cavalo se alimenta e n&s nos alimentamos$ e'iste alguma semelhança entre uma coisa e outra) Não # esse tipo de
semelhança %ue vamos estudar na astrologia) "emelhança acidental # uma semelhança dos acidentes das coisas) Por e'emplo, o papel # (ranco$ o leite # (ranco) A terceira esp#cie de semelhança # a de tipo) 8 a semelhança %ue e'iste entre duas coisas %ue são de g+neros diferentes$ %ue possuem acidentes diferentes$ mas esses acidentes diferentes são medidos de certo modo pela mesma medida) Não sei se voc+s !. repararam %ue # costume chamarmos uma pessoa %ue tenha uma índole ou racional ou intelectiva de pessoa fria) 5ma pessoa calculista # uma pessoa fria) 2 raciocínio científico # frio) *oc+s nunca pensaram nesse tipo de atri(uição4 *oc+ atri(uiu aí uma %ualidade para o raciocínio %ue propriamente não ca(e para um raciocínio ou para uma personalidade) Propriamente frio ou %uente são os corpos) "e voc+ medir a temperatura do su!eito %ue est. raciocinando ela não # necessariamente menor %ue a do su!eito %ue não est. raciocinando) 9sso # semelhança de tipo) 1uer dizer$ o su!eito %ue voc+ est. chamando de frio não tem propriamente a %ualidade frieza$ mas ele tem uma %ualidade %ue ela mesma # compar.vel : frieza) -e certo modo ela e a frieza dos corpos são medidas de modo semelhante) Para e'plicar a raiz dessa analogia em particular # um pouco complicado por%ue vai implicar a definição de coisas %ue o pessoal %ue est. a%ui talvez não tenha ainda estudado) 1uando estudarmos um pou%uinho adiante a %ualidade dos corpos vamos ver %ue a frieza # a capacidade %ue um corpo tem de manter unidas as suas partes e calor # !ustamente a %ualidade contr.ria) Calor # !ustamente a %ualidade pela %ual um corpo tem a tend+ncia a separar as suas partes) Agora$ por %ue o su!eito de tipo intelectivo$ ou a atividade intelectiva # chamada fria4 Para entender isso aí vamos procurar a %ualidade contr.ria) 1uando dizemos %ue uma pessoa # %uente$ ou sua personalidade # %uente4 As pessoas passionais$ ou %ue despertam pai'ão$ são chamadas %uentes$ não são4 2 su!eito %uando est. (ravo não # chamado %uente4 Não dizemos %ue ele est. es%uentado4 A atividade volitiva$ ou apetitiva em geral$ a atividade das pai'0es$ chamamos de %uente) Não # isso4 Pode ter um outro sentido em %ue chamamos uma pessoa de %uente) 1ual #4 1uando a pessoa # muito sensual$ muito atraente$ voc+ tam(#m diz %ue ela # %uente) /ntão n&s vamos ver %ue essas %ualidades %ue estão presentes na personalidade de uma pessoa %uente$ pelo menos no primeiro sentido$ são %ualidades %ue tendem a levar o su!eito para fora dele mesmo) Toda pai'ão tende a levar o su!eito para um o(!eto fora dele$ atrai o su!eito para um o(!eto fora dele) 1uer dizer$ a vontade começa em voc+ mas se dirige a uma coisa$ para um o(!eto fora de voc+) ;. a atividade da intelig+ncia # o contr.rio$ ela começa fora de voc+$ no estudo de um o(!eto$ e termina dentro de voc+$ no conceito da%uele o(!eto) /ntão essa aí # a razão por%ue chamamos um su!eito de frio ou %uente) 8 por%ue na personalidade dele$ na alma dele ou na mente dele$ ele # su!eito de uma atividade %ue ou vai de dentro para fora ou vai de fora para dentro) / o calor$ como falamos$ # !ustamente a tend+ncia das coisas se separarem$ das partes do corpo se separarem$ e$ portanto$ irem para fora dele mesmo) / a frieza # manter !unto) /st. claro para voc+s %ue essa # a raiz da semelhança4 /st. claro$ primeiro$ %ue não falamos %ue o su!eito # frio ou %uente por causa da temperatura dele4 2 su!eito %uente não # o su!eito com fe(re) Coisas semelhantes em tipo são coisas %ue são semelhantes por%ue são comparadas com uma outra coisa %ue as mede) No caso$ por e'emplo$ voc+ est. comparando a frieza da personalidade e o calor da personalidade : frieza dos corpos e ao calor dos corpos$ mas # na id#ia da direção do movimento) 2 %ue torna essas duas coisas semelhantes # a direção do movimento) /ntão a direção do movimento aí # um tipo comum dessas duas coisas) / aí s&
%uando entendemos de modo distinto o tipo # %ue realmente entendemos por %ue elas são semelhantes) Antes podemos at# perce(er e achar %ue um su!eito # frio e o outro # %uente mas %uando perguntamos para algu#m o %ue significa isso$ a coisa escapa) Não estamos nos referindo : temperatura$ e frio e %uente literalmente se referem : temperatura) N&s s& entendemos %uando separamos tanto no calor e na frieza dos corpos %uanto no calor e na frieza da personalidade dos su!eitos %ual # a medida comum) *amos pensar o seguinte, para diferenciarmos (em essas tr+s esp#cies de semelhança vamos dizer %ue a semelhança de g+nero$ ou de esp#cie$ não admite graus nem modos) 1uer dizer$ o su!eito ou pertence a uma esp#cie$ ou a um g+nero$ ou não pertence) Não tem medida nenhuma$ variação de grau nenhuma) Não tem um animal %ue se!a mais animal do %ue o outro) 5m ser ou # um animal ou não #$ ou # cavalo ou não #$ ou # ser humano ou não #) / %uando falamos %ue duas coisas são semelhantes na esp#cie ou no g+nero$ esse tipo de semelhança não admite variação de grau nem variação de modo) Agora vamos para o segundo tipo de semelhança$ %ue # a semelhança por acidente) *oc+ tem o papel (ranco e o leite (ranco$ voc+ tem o caf# %uente e o sol %uente) /sta # a semelhança acidental$ %ue admite variação de grau$ mas não variação de modo) *oc+ pode ter um papel %ue # mais (ranco do %ue outro$ voc+ pode ter um o(!eto %ue # mais (ranco e outro %ue # menos (ranco$ pode ter um o(!eto %ue # mais %uente e outro %ue # menos %uente) ;. a semelhança de tipo admite variação de grau e de modo) Como assim de modo4 as ele muda de filhote de leão para leopardo4 2u de filhote de leão para .rvore4 Não$ ele muda de filhote de leão para leão adulto) Agora$ ele muda de filhote de leão para leão adulto por%ue algu#m vai l. e muda ele4 "e voc+ dei'ar o filhote de leão ele continua filhote de leão$ se dei'.3lo solto naturalmente ele continua filhote de leão$ ou ele muda sozinho de filhote de leão para leão adulto4 /le muda movido por um princípio pr&prio) /ssa mudança nele # causada por algo %ue est. nele mesmo) Aluno, pode3se dizer %ue$ pelo menos a partir de um certo ponto$ ele # um ser auto3 engendrado4 Não$ não poderia afirmar isso$ ele foi engendrado pelos pais) / a partir do momento em %ue ele rece(eu o seu primeiro ato$ a partir do momento em %ue e'iste um &vulo fecundado de leão$ ele por si mesmo tem o poder de se transformar em leão) Claro %ue ele precisa de mat#ria para transform.3lo$ ele precisa de condiç0es para isso7 mas essas condiç0es por si não causam a transformação do &vulo em leão$ # ele mesmo %ue faz isso$ # ele mesmo %ue transforma as condiç0es em mudanças nele) -e fato$ o %ue permite %ue o leão cresça$ o %ue torna possível$ as condiç0es de %ue ele precisa$ # um am(iente propício) >as esse am(iente por si não gera le0es) 2 ponto principal # este$ o am(iente por si não transforma alguma coisa em leão) Para alguma coisa se transformar em leão # preciso %ue ela tenha nela mesma o princípio dessa transformação) 2 fato # %ue se voc+ pega %ual%uer coisa nesse mundo ela não vira leão sozinha) 2 su!eito poderia o(!etar, mas se um dia a ci+ncia se desenvolver tanto %ue$ pegando um monte de elementos %uímicos e !untando$ vira um feto de leão$ e aí depois vira leão4 Aí temos %ue ver %ue isso não foi uma mudança natural$ foi uma mudança artificial) Aluno, mesmo %ue a mudança resulte em algo natural$ mesmo (aseado em como se d. a transformação natural4 A mudança aí não foi feita naturalmente$ mas : imitação da natureza) 2 su!eito primeiro teve %ue desco(rir como %ue a natureza faz a primeira c#lula de leão$ e aí ele vai l. e simplesmente faz a mesma coisa) 1uer dizer$ a partir do momento em %ue voc+ fez isso$ voc+ pegou um monte de su(st?ncias %uímicas e transformou na primeira c#lula de leão$ voc+ simplesmente deu para a%uele neg&cio a natureza de leão) 2u voc+ simplesmente
criou na%uela mat#ria todas as disposiç0es necess.rias para %ue a%uilo ad%uirisse a virtude da natureza leonina$ o poder de natureza leonina$ %ue # capaz de transformar o &vulo fecundado num leão inteiro) /ntão isso aí e'plica mais ou menos o %ue # a natureza como princípio) A natureza # a origem das mudanças de um o(!eto %ue # &vulo de leão at# virar leão) Todas essas mudanças procedem da natureza leonina) 2ra$ princípio intrínseco não significa s& %ue não foi um agente e'terno nem$ principalmente$ %ue não foi um agente e'terno$ mas significa %ue essa natureza opera essas mudanças !ustamente por ser natureza leonina e não por ser outra coisa) /ntão$ por e'emplo$ o leão # dotado de sentidos) /le # dotado de sentidos por %ue # leão4 /le # dotado de sentidos por%ue # animal) 2 modo dos sentidos$ aí sim$ # leonino$ mas os sentidos mesmos estão presentes nele por%ue ele # animal e não por%ue # leão) "e a id#ia de animal estiver contida na id#ia de natureza de leão aí voc+ pode dizer %ue ele tem sentidos por sua pr&pria natureza) "e ela est. fora voc+ !. não vai dizer isso) *amos supor o seguinte, suponha %ue um leão adoeça e$ por isso$ fi%ue careca) 9sso não foi uma mudança natural4 Precisou algu#m !ogar a doença no leão para ele ficar careca4 Não precisou) 2s animais ficam doentes sozinhos) >as voc+ pode dizer %ue ele ficou doente pelo fato mesmo de ser leão4 Não$ voc+ não pode dizer %ue ele ficou doente por%ue # leão) Apesar de ser leão ele ficou doente) /le ficou doente por um processo natural mas %ue não # um processo da natureza leonina$ # um processo de outra natureza) "& seria da natureza leonina se todo leão tivesse a mesma doença pelo simples fato de ser leão) "& %ue isso não e'iste) Aluno, e se eu criar em la(orat&rio essa doença dos le0es4 9sso aí !. # complicado) -epois %ue n&s entendermos os entes naturais n&s poderemos entender os %ue foram criados : semelhança da natureza$ por%ue sem entender os primeiros n&s não vamos entender os segundos) 1uer dizer$ sem entender o original não vamos entender a c&pia) / movimento e repouso$ o %ue %uer dizer4 A natureza não # s& um princípio de movimento mas # tam(#m um princípio de repouso$ princípio de t#rmino do movimento) /la tam(#m determina o fim do movimento) Por e'emplo$ o leão (usca comida movido pela sua natureza$ mas %uando ele alcança a comida e come$ aca(ou o movimento7 en%uanto ele não tiver fome de novo ele repousou$ a%uele movimento terminou) / terminou naturalmente) /ntão vamos começar a estudar os entes mut.veis mais simples para ver se entendemos alguma coisa acerca da natureza deles) Aluno, no caso do leão esse repouso não se deu por ser leão mas por algo mais essencial$ por ser um ser vivo) as ser vivo est. incluído na definição de animal$ portanto$ vivo$ apesar de não por ser animal nem por ser leão$ a nutrição$ em(ora fosse algo mais gen#rico do %ue a animalidade e a leoninidade$ ainda sim ela # um g+nero da animalidade e da leoninidade$ est. incluída na definição do neg&cio$ portanto tam(#m essa foi uma mudança natural do leão)
Aluno, poderíamos falar da seguinte forma, a natureza dele entrou em repouso por ser um ser vivo mas as causas %ue o levaram ao repouso naturalmente s& poderiam vir de sua natureza animal$ as causas específicas) / uma esp#cie de vírus de %ue todos poderiam estar acometidos4 as não # por causa dessa natureza %ue ele se torna doente$ a natureza aí serve de condição %ue torna possível a doença$ mas não de causa ativa da doença$ não de princípio da doença) Aluno, seria por%ue h. v.rios encai'es de princípios naturais4 2 leão morre por%ue # um ser vivo$ mas dentro da constelação em %ue ele vive pode haver uma doença %ue mata le0es) *amos pensar o seguinte, o leão morre ou fica doente por%ue isso # possível para a mat#ria do leão$ por%ue # possível para a mat#ria do leão ser outra coisa %ue não # leão) Portanto esta mesma mat#ria %ue est. no leão$ a%uilo de %ue ele # feito$ pode$ por algum motivo$ por alguma causa$ tender a se tornar outra coisa %ue não # leão) / isso # doença$ # velhice$ # morte) >as isso não # por causa da natureza leonina$ # por%ue a mat#ria %ue # su!eito de natureza leonina$ %ue tinha natureza leonina$ podia ser su!eito de outra natureza %ue não a leonina) /ntão isso aí !. a(re um assunto %ue # o do movimento em geral) 2 movimento s& # possível %uando um su!eito # capaz de formas diferentes e %ue se e'cluem) /ntão vamos dizer o seguinte, a mat#ria %ue comp0e o leão pode servir tam(#m para compor uma .rvore$ ou uma pedra) Por isso # possível voc+ desfazer um leão$ ou naturalmente um leão se desfazer$ e a%uela mat#ria rece(er a natureza de pedra$ ou a natureza de .rvore) /ntão e'iste movimento %uando e'iste um su!eito capaz de formas contr.rias) "e essa forma for a forma su(stancial mesmo do su!eito$ a pr&pria natureza dele$ o su!eito dei'a de e'istir e passa a e'istir outro su!eito$ passa a e'istir outro ser) Agora$ a mudança su(stancial$ mudar de uma su(st?ncia em outra$ não # o =nico tipo de movimento %ue tem) *oc+ tem outros tipos de movimento) Algu#m a%ui pode me sugerir um movimento %ue não se!a mudança de su(st?ncia4 Aluno, o movimento local) 2 movimento local$ esse maço de cigarros est. a%ui e pode ser mudado para c.) /le não dei'ou de ser maço de cigarro) /le não mudou a sua natureza$ ele mudou um acidente dessa natureza$ no caso$ o acidente do lugar) /sse # outro tipo de movimento) Tem mais algum4 Tem mais dois at#) Aluno, tamanho) Algumas coisas mudam de tamanho$ outras não) 2 maço de cigarros muda de tamanho4 Não) >as o leão muda$ não muda4 5ma planta muda$ não muda4 Alguns entes podem mudar de tamanho$ alguns entes são su!eitos do movimento de crescimento ou
diminuição) 9sto # uma mudança de acidente tam(#m$ mas de outro acidente$ %ue # a magnitude) Tem mais alguma mudança4 Aluno, mudança de figura) 1uando cresce e diminui muda de figura) / pode mudar de figura sem mudar de tamanho) No caso do maço de cigarro amassado ele mudou por%ue ele # oco) >as podemos pensar na%uelas massinhas com %ue (rincamos, o su!eito pode apertar para todo o lado e mudar de figura) Tem mais alguma mudança4 ;. e'plicamos a mudança de figura$ vamos s& ver se tem mais alguma) Aluno, apar+ncia) Não # apar+ncia por%ue ela tam(#m tem outros acidentes %ue não fazem parte da figura) A cor tam(#m faz parte da apar+ncia mas nada tem a ver com a figura) Aluno, mudança de %ualidade) A mudança de figura # uma esp#cie de mudança de %ualidade) Não falamos agora %ue não mudou o tamanho do neg&cio4 /ntão não mudou a %uantidade$ mudou a %ualidade) Tam(#m a mudança de cor # mudança de %ualidade) "e uma coisa muda de temperatura tam(#m # mudança de %ualidade) /ntão s& h. esses %uatro tipos de mudança) Para todos sa(erem %ue s& h. esses %uatro tipos de mudança$ toda vez %ue formos estudar um ente mut.vel voc+s devem ser capazes de dizer de %ue tipo de mudança n&s estamos falando na%uele caso em particular) Temos %uatro tipos de mudança, mudança su(stancial 6 # %uando um leão dei'a de ser leão e passa a ser terra$ ou %ual%uer outra coisa$ ou comida de gente 6 o frango muda de frango para comida7 mudança local7 mudança de tamanho$ de %uantidade7 e mudança de %ualidade) "e estão claras essas coisas vamos mudar para um outro ponto) Para estudarmos agora$ tendo alguma id#ia do %ue # natureza e alguma id#ia do %ue # movimento$ vamos começar pelos entes mut.veis mais simples$ a%ueles mais f.ceis$ os corpos em geral) /ntão voc+s vão anotar$ separar$ distinguir as notas %ue voc+s podem encontrar num corpo) 2 corpo e'emplo # um copo e voc+s vão anotar tudo o %ue voc+s reparam nele) Por e'emplo$ # (ranco$ e voc+s escolhem uma vítima %ue vai passar tudo o %ue voc+s anotaram para a lousa) 9ntervalo) *oltando$ algu#m reparou alguma coisa no copo$ fora a (rancura4 Aluno, ele tem uma composição %uímica) A composição %uímica do copo voc+ não est. reparando) Notas reparadas, # s&lido$ leve$ deform.vel at# certo ponto sem dei'ar de ser copo$ pode conter outros o(!etos$ tem resíduos de caf#$ pode moldar outros o(!etos)
-essas notas voc+s conseguem distinguir %uais %ue estão presentes em todos os corpos4 *amos ver se diferenciamos nesse copo a%ui$ neste e'emplo$ as notas %ue estão presentes não somente nele mas em todos os corpos) Algu#m pode me dizer uma nota desse copo a%ui) Aluno@, tem uma figura) Aluno, tem uma e'tensão) AlunoB, tem uma mat#ria) Aluno, relação4 Todo o(!eto tem relação com outros o(!etos) "im$ mas aí precisaríamos de dois o(!etos) 8 claro$ sa(emos %ue h. um monte de corpos) A possi(ilidade de ter relaç0es de fato # essencial ao copo$ mas ter relação com outro corpo$ estar ao lado de outro corpo$ ser movido por ele$ s& se tiver um outro corpo do lado) Aí temos uma diferença entre pot+ncia e ato) >as eu não %uero sa(er o %ue pode estar num corpo em geral$ mas s& a%uilo %ue necessariamente est. presente num corpo) Aluno, cor$ odor) Cor$ odor$ todas essas propriedades) Aluno, e'ist+ncia) Todo e %ual%uer o(!eto # e'istente$ senão nem estaríamos falando dele) No mínimo no pensamento o o(!eto tem %ue ser e'istente) /$ al#m disso$ não # uma característica do corpo$ mas de %ual%uer o(!eto$ mesmo incorp&reo) "er. %ue com essas notas n&s conseguimos fazer uma definição de corpo4 *oc+s conhecem o significado de su(st?ncia no sentido aristot#lico$ os g+neros de Arist&teles4 *oc+ tem a su(st?ncia e os acidentes$ su(st?ncia$ %uantidade$ %ualidade$ relação$ lugar$ tempo) 2 %ue # o copo4 8 uma %uantidade$ uma %ualidade$ ou uma coisa$ uma su(st?ncia$ algo %ue # dotado de %uantidade$ %ualidade$ e assim por diante4 /le # uma %ualidade$ sozinha4 Toda %ualidade # %ualidade de alguma coisa) Toda %uantidade # %uantidade de alguma coisa) Toda relação # relação de alguma coisa) A %ualidade não e'iste sozinha) /'iste a (rancura por aí4 Não$ e'iste a parede (ranca$ o copo (ranco$ o papel (ranco) Toda %ualidade # %ualidade de uma su(st?ncia) "u(st?ncia a%ui não # su(st?ncia %uímica$ # simplesmente um nome %ue estamos dando para coisa) 5ma coisa %ue # em si mesma) Aluno, no sentido de %ue tem forma$ e'tensão4 Não$ # a%uilo a %ue voc+ pode atri(uir os acidentes) *amos pensar %ue e'istem dois tipos de ser, um # o ser %ue # nele mesmo e o ser %ue # em outro) as e'tensão #) Limitação da mesma e'tensão tam(#m #) /m(ora eu sai(a %ue e'istem corpos %ue se diferenciam pelas suas cores$ %ue eu posso diferenciar os corpos pelas cores$ essa diferença não decorre da definição$ mas decorre de outros acidentes) Não decorre da natureza de corpo$ mas da natureza de alguma outra coisa) Aluno, voc+ pode dizer %ue figura # e'tensão limitada) igura # e'atamente isso) igura # o limite da e'tensão$ # o pr&prio limite dela) 2 %ue se chama a figura desse corpo4 ;ustamente o fim e a medida de sua e'tensão) Agora$ e se eu disser %ue a figura de alguns corpos # determinada por eles mesmos e %ue a figura de outros corpos não # determinada por eles mesmos4 Por e'emplo$ a figura do maço de cigarros # determinada por ele mesmo mas a figura do ar não # determinada por ele mesmo) A figura do ar # adapt.vel) -eterminada no sentido de %ue mant#m as mesmas %ualidades por si mesma) Claro %ue a figura$ a e'tensão do ar # limitada$ mas esse limite não # determinado pelo pr&prio ar) "e eu pegar esse copo$ tapar e mudar o formato do copo então muda o formato do ar) Aluno, # a coer+ncia do o(!eto4 Coer+ncia s& complica as coisas) *amos fazer o seguinte, nunca usemos um termo cu!a definição se!a o(scura %uando podemos usar um termo cu!a definição # clara para definir uma coisa) Por%ue a definição tam(#m tem %ue ser clara) "e eu disser %ue pela pr&pria definição de corpo decorre a possi(ilidade de corpos %ue t+m o seu limite$ a sua figura$ determinada por eles mesmos e outros %ue t+m a figura determinada por outros$ e não por eles 6 indeterminada por eles mesmos 6 esse # um acidente %ue decorre da pr&pria definição) "e algo tem e'tensão limitada # possível para esse algo %ue o limite dessa e'tensão se!a determinada por ele mesmo ou não determinada por ele mesmo) 2 copo tam(#m # adapt.vel na sua figura numa certa medida) N&s podemos dizer %ue essa # uma diferença %ue admite variação de grau) Tem uns corpos %ue são mais adapt.veis e outros %ue são menos) 5ns %ue são mais determinantes de sua pr&pria figura e
outros %ue são menos) Tem uns %ue são s&lidos$ outros %ue são lí%uidos$ outros %ue são gasosos) "&lido$ lí%uido e gasoso significam graus de adapta(ilidade da figura de um corpo) /ntão s& por aí eu !. esta(eleci dois g+neros de corpos) /u posso dizer %ue e'istem corpos %ue tendem naturalmente a determinar sua pr&pria figura e corpos %ue tendem naturalmente a manter indeterminada a sua figura) Aluno, %ual%uer corpo pode ser moldado4 1ual%uer corpo pode ser moldado$ mas uns tendem a resistir a isso e outros naturalmente cedem a isso) Aluno, não e'iste diferença$ todos são mold.veis) Como não e'iste4 Não e'iste uma diferença a%ui entre o copo e o ar da sala4 *oc+ pode moldar os dois mas o copo resiste mais) >as se voc+ dei'ar o copo a%ui ele se molda ao ar da sala4 2u o ar da sala se molda a ele4 Aluno faz pergunta) Como assim a partir desse nível4 Aluno faz pergunta) 8 simples) A .gua muda de figura facilmente ou não4 *amos pensar o seguinte, voc+ tem %ue e'ercer alguma força so(re o copo para ele se adaptar$ mas voc+ tem %ue e'ercer alguma coisa so(re a .gua ou so(re o ar para ele se adaptar4 A mesma %ue voc+ precisa para adaptar o copo4 8 disso %ue estamos falando) /'iste uma diferença de grau) 8 como falamos, essa # uma diferença %ue admite grau) Aluno, # s& pensar na .gua e no copo no v.cuo) 2 copo vai se manter e a .gua não) "im) 2u então pensa na pedra e na .gua$ %ue são mais diferentes) Aluno@, # %ue o formato do corpo est. sempre em relação com outros corpos) 9magino %ue se!a esse o pro(lema) Aluno, voc+ poderia pensar numa escala com um e'tremo sendo um o(!eto altamente resistente e o outro e'tremo sendo um o(!eto %ue se molda a tudo) A dificuldade aí # %ue$ como essa # uma escala mais ou menos indefinida nos seus termos$ voc+ não consegue encontrar um meio3termo o(!etivo) /sta est. sendo a sua dificuldade) Por%ue não conhecemos os limites$ o m.'imo de solidez e o m.'imo de fluidez) No entanto voc+ pode dizer %ue os corpos ou tendem para a fluidez ou para a solidez) / %uando voc+ pega dois corpos (em diferentes voc+ v+ %ue este # fluído e a%uele não #) *oc+ v+ essa diferença) *oc+ não precisa conhecer precisamente o meio da escala para isso) "& para dizer a(solutamente acerca de %ual%uer corpo %ue ele # fluído ou não$ aí
talvez voc+ precisasse conhecer os limites da escala para esta(elecer um meio) Pelo menos para n&s$ nesse momento$ esses limites são indeterminados) Aluno, mas o corpo pode passar de uma propriedade para a outra$ >as eu não falei %ue os corpos são inalter.veis em relação a essas propriedades) /u falei %ue em determinado momento ele apresenta ou uma ou outra) /m algum momento ele # mais ou menos adapt.vel) / isto naturalmente) Por e'emplo$ se eu pegar a%ui$ agora$ e comparar a parede com o ar$ o %ue eu digo da parede4 1ue ela tende naturalmente a adaptar sua figura4 A%ui e agora não) / do ar o %ue eu posso dizer4 1ue ele tende naturalmente a adaptar sua figura) /u não estou dizendo %ue isso são propriedades imut.veis$ eu estou dizendo %ue em cada momento cada corpo tem %ue se apresentar como tendendo a adaptar sua figura ou tendendo a não adaptar) Claro %ue eu posso imaginar %ue tem um corpo %ue # (em !ustamente intermedi.rio) Aluno, não teria %ue comparar4 Talvez n&s tenhamos %ue comparar) Talvez essas duas propriedades se!am relativas) Aluno, a parede$ se modificada$ dei'a de ser parede e o ar não dei'a de ser ar) Podemos dizer isso aí) /st. certo$ de fato ela dei'a de ser parede) / o copo dei'a de ser copo) Aí voc+ est. falando %ue em alguns corpos essa propriedade faz parte de sua definição) /ntão faz parte da definição de copo ser s&lido) "e ele não fosse s&lido ele não poderia conter a .gua$ conter lí%uidos) >as por en%uanto não interessa a definição de algum corpo em particular$ interessa s& sa(er isso$ %ue$ se os corpos t+m e'tensão limitada$ esta e'tensão pode ou não ser determinada pela natureza do pr&prio corpo) Aluno, essa tend+ncia a se adaptar faz parte da natureza do pr&prio o(!eto) az parte da natureza do pr&prio o(!eto$ e'atamente) A mesa tende a não se adaptar$ e o ar tende a se adaptar) Claro %ue$ se eu mudar o o(!eto$ mudou a sua propriedade$ logicamente) "e eu pegar um pedaço de ferro e es%uent.3lo at# ele derreter # claro %ue mudou alguma propriedade nele$ por%ue es%uent.3lo # mud.3lo) >as ele mudado não # a mesma coisa %ue ele antes) /u posso dizer at# %ue # a mesma su(st?ncia$ no sentido %uímico$ mas não %ue # a mesma su(st?ncia no sentido natural$ por%ue h. propriedades %ue o ferro não3fundido apresenta e %ue %uando fundido ele não apresenta) Tam(#m não disse %ue essa # uma propriedade su!eita a variação de grau) / de fato # uma propriedade su!eita : variação de grau) Tem corpos %ue são mais adapt.veis e corpos %ue são menos adapt.veis) >as um determinado corpo$ num determinado momento$ apresenta uma determinada tend+ncia$ uma determinada natureza, ou a tend+ncia a se adaptar$ ou a tend+ncia a não se adaptar) /m outras circunst?ncias$ talvez ele se!a mudado e apresente outras propriedades$ mas num mesmo momento ele apresenta ou uma$ ou outra) >esmo essa %ualidade$ admitindo variação de grau$ a diferença entre uma tend+ncia e a outra # tão grande %ue eu posso dizer %ue são duas %ualidades diferentes$ e não %ue o copo tem a mesma natureza %ue o ar$ a parede tem a mesma natureza %ue o ar$ com relação : figura) Não tem) Por%ue a parede de fato não se adapta a%ui : figura dos corpos %ue estão em torno dela e o ar se
adapta) / se falarmos %ue$ analisando no microsc&pio$ fazendo uma e'peri+ncia muito cuidadosa$ eu vou ver %ue a parede se adapta um pou%uinho$ isso ainsa assim não mudou o fato de %ue su(stancialmente$ %ualitativamente$ foi o ar %ue se adaptou a ela e não ela %ue se adaptou ao ar) Aluno, seria uma %uestão de escala) 9ndependente de voc+ conhecer a escala voc+ pode$ num determinado momento$ dizer se # adapt.vel ou não) Para sa(er se a%uela su(st?ncia # adapt.vel ou não talvez voc+ tenha %ue comparar com outra su(st?ncia) Talvez voc+ tenha %ue comparar no mínimo com o seu pr&prio corpo) >as isso aí s& indica %ue isso entraria na categoria da relação e não na categoria da %ualidade) A relação # !ustamente uma coisa %ue s& pode e'istir %uando e'iste um outro) Aluno, # o(serv.vel %ue e'iste uma nítida diferença entre as propriedades de corpos gasosos e as de corpos s&lidos) A %uestão de se # preciso comparar ou não de fato # irrelevante) 2 importante # se os corpos todos apresentam a mesma propriedade com relação : figura ou não$ ou se eles apresentam duas %ualidades polares aí) 5ma de auto3determinação da figura e outra de não3 determinação por si mesma) >e parece evidente %ue todo corpo$ num determinado momento$ ou # adapt.vel em sua figura$ ou não #) /ssa capacidade de se adaptar na figura # o %ue na cosmologia tradicional se chama umidade) 5midade$ na cosmologia tradicional$ não # a %uantidade$ a presença de um lí%uido estranho a um corpo$ mas # !ustamente a sua adapta(ilidade na figura) 8 a indelimitação pr&pria) 8 =mido o corpo %ue não # determinado por um limite pr&prio$ ou pelo menos não # determin.vel por um limite pr&prio) / # seco o corpo %ue # determinado por um limite pr&prio) / os corpos secos %ue determinam os limites dos corpos =midos) Aluno, isto # a física de Arist&teles4 9sso mesmo$ # a física de Arist&teles) "e essa propriedade est. clara vamos ver se e'iste outra propriedade$ outra diferença entre os corpos %ue podemos e'trair da definição) Aluno, a secura # o contr.rio da umidade$ # a demilitação pr&pria4 9sso$ a delimitação pr&pria # a secura) 8 seco um corpo %ue # delimitado por um limite pr&prio) /ssas %ualidades foram e'traídas de uma nota da definição$ a nota DlimitaçãoE) "ão diferenças da limitação de um corpo$ são diferenças no limite de um corpo) *amos ver se encontramos diferenças intrínsecas na e'tensão) Por e'emplo$ e'istem corpos maiores e corpos menores) Tem este copo a%ui de caf# e esse outro de mate$ um # maior e o outro # menor) 9sto # suficiente para modificar um corpo em esp#cie4 5m copo$ por ser maior ou menor$ dei'a de ser copo4 5m leão$ por ser maior ou menor$ dei'a de ser leão4 5m pedra$ por ser maior ou menor$ dei'a de ser pedra$ ou passa a ser pedra4 Não) /ntão$ por en%uanto$ vamos descartar maior e menor como uma diferença relevante entre os corpos)
Aluno, poderia ser a linearidade4 Corpos retos e curvos4 Aí tam(#m são diferenças no limite da e'tensão e não na pr&pria e'tensão) Feto ou curvo # uma diferença da figura) *amos pegar o seguinte, toda e'tensão # divisível) 8 claro isso aí4 "e todo corpo # e'tenso$ em princípio$ todo corpo # divisível) /ntão$ não poderíamos dizer %ue se um corpo # dotado de e'tensão e$ em princípio$ divisível então e'istem corpos %ue tendem a dividir sua e'tensão naturalmente e outros %ue tendem a mant+3la indivisa naturalmente4 1uer dizer$ e'istem corpos %ue tendem a se separar em partes menores e outros %ue tendem a manter a unidade das partes) -e novo$ talvez$ podemos ter uma impressão de))) Aluno@, alguns corpos teriam a capacidade de se desintegrar em partes menores) Aluno, eles teriam a capacidade de perder a característica4 A =nica característica %ue ele perderia aí seria o tamanho) / a figura tam(#m mudaria) Aluno@, o (olo de chocolate) Aluno, mas ele não tende a se dividir) -e fato$ ele não tende$ ele tende a ser dividido por outros) >as por en%uanto de fato não importa se conhecemos um corpo %ue tenha a%uela propriedade ou não) 9mporta %ue$ sa(endo %ue ele tem e'tensão$ isso # possível$ dado o fato de ter e'tensão) Aluno, um castelo de areia4 5m castelo de areia # areia) -e fato ele !. # um monte de partes$ %ue não tendem a se unir$ pelo menos não na forma de castelo$ ou em %ual%uer forma$ naturalmente) "implesmente as !untamos na forma de castelo) Aluno, mas %uando voc+ corta um (olo ele não dei'a de ser (olo) 2 copo dei'a de ser copo) *amos l. então) Alguns corpos t+m determinada indivisão na sua pr&pria ess+ncia$ na sua natureza$ na sua definição$ e outros não) "e alguns corpos não podem ser divididos sem mudar de natureza$ isto não importa$ por%ue não # um traço universal) 1ueremos desco(rir a%ui traços de diferença %ue decorrem da pr&pria definição) 2 %ue eu %uero sa(er # s& se est. clara essa possi(ilidade) /ntão vamos pensar o seguinte, # possível$ pela definição de corpo$ %ue e'istam corpos %ue tendem a separar suas partes em partes menores naturalmente e outros %ue tendem a mant+3las unidas naturalmente) / a %ualidade pela %ual um corpo tende a separar suas partes # a %ualidade do calor$ no sentido aristot#lico) 1uer dizer$ # %uente o corpo %ue tende naturalmente : divisão de suas partes$ : separação das partes) / # frio o corpo com a %ualidade contr.ria)
*amos pensar num corpo %ue não # naturalmente %uente$ mas %ue foi violentamente es%uentado$ voc+ e'erceu de fora o calor so(re ele) "e voc+ es%uentar$ o %ue vai acontecer com esse corpo4 "e voc+ for es%uentando indefinidamente4 /le derrete 6 se for um papel vão voar cinzas para todos os lados) >as e se voc+ continuar es%uentando4 Na mesma medida em %ue voc+ es%uenta um corpo as partes dele tendem a se repelir) 8 intuitivo) 2 pr&prio fogo faz isso com as outras coisas) 2 fogo$ %uando es%uenta as coisas$ ele separa) / as coisas %ue chamamos de fogo são coisas %ue estão se separando$ cu!as partes estão se separando umas das outras) Aluno, mas voc+ o es%uentou$ não foi natural) "im$ aí # um corpo %ue # violentamente %uente$ n&s violamos a natureza dele e ele es%uentou) >as e'istem corpos %ue são naturalmente %uentes) Aluno, se voc+ esfri.3lo ele não separa) >as aí se eu esfriar) >as eu estou falando a%ui %ue !ustamente o calor # !ustamente essa tend+ncia : separação$ e o grau de calor %ue uma coisa tem # o grau de tend+ncia : separação) "e eu esfri.3lo ele não separa) >as frieza # !ustamente a tend+ncia a manter as partes unidas) Aluno, mas voc+ %ue mudou o corpo) Aí vamos ver o seguinte, os corpos$ en%uanto corpos$ t+m uma natureza para serem movidos e não para moverem$ e %ue s& alguns corpos$ por%ue t+m algumas propriedades particulares$ # %ue t+m naturalmente a tend+ncia a moverem) >as o corpo em geral s& pode ser movido) 5m corpo em geral s& pode$ en%uanto corpo$ ser a%uecido ou esfriado) /n%uanto corpo ele não pode a%uecer ou esfriar) Para um corpo a%uecer ou esfriar ele precisa de propriedades outras %ue não decorrem da natureza de corpo) >as !. vamos chegar l.$ uma coisa de cada vez) /ntão$ essas diferenças %ue encontramos at# agora são suficientes para construir a definição dos %uatro elementos da cosmologia tradicional) "e eu pegar um corpo %ue se!a seco e frio$ no sentido %ue aca(amos de definir$ vou dizer %ue esse corpo # terra$ pertence ao elemento terra) "e eu pegar um corpo %ue # =mido e frio$ vou dizer %ue esse corpo pertence ao elemento .gua) "e eu pegar um corpo %ue # %uente e =mido$ vou dizer %ue ele pertence ao elemento ar) "e eu pegar um corpo %ue # %uente e seco$ vou dizer %ue ele pertence ao elemento fogo) ogo
"ecura
Calor
Ar
5midade
Terra
rieza
gua
*oc+ então v+ %ue$ pela definição tradicional$ o ar # mais =mido %ue a .gua) 1ual desses dois # mais naturalmente adapt.vel em sua figura, o ar ou a .gua4 2 ar) /le # mais indelimitado naturalmente na sua figura) /ntão ele # naturalmente mais =mido do %ue a .gua) /sses %uatro elementos 6 fogo$ ar$ .gua e terra 6 não são os corpos em particular dos %uais tiramos esses nomes) 2 elemento fogo não # s& a%uele l. %ue acendemos no is%ueiro) >as esse a%ui # o corpo %ue$ dentro do nosso campo de e'peri+ncia$ mais se apro'ima$ mais se parece com o elemento fogo) -aí %ue o elemento fogo ganha o nome de fogo$ da%uilo %ue lhe # semelhante) 1uando falamos de ar$ no sentido tradicional$ não estamos nos referindo necessariamente s& a esse ar %ue respiramos$ mas a %ual%uer corpo %ue se!a =mido e %uente) Aluno, no caso seriam elementos ar%uetípicos dos corpos4 *amos$ por en%uanto$ evitar o uso do termo ar%uetípico$ ou ar%u#tipo$ s& para não complicar a terminologia) "& vamos %uerer definir se essas definiç0es 6 %uente e =mido$ frio e =mido$ %uente e seco$ frio e seco 6 são g+neros ou tipos de corpos) Para sa(er isso aí (asta lem(rar o comecinho da aula$ %uando falamos dos tipos de semelhança) N&s falamos %ue h. semelhanças de g+nero e esp#cie$ semelhança de acidente e semelhança de tipo) / falamos %ue a semelhança de g+nero não admite variação de grau) /ntão$ se uma coisa pertence a um g+nero$ ela pertence a(solutamente a um g+nero) Não e'iste um animal %ue se!a mais animal %ue um outro animal$ ou # animal ou não #) >as e %uente4 /'iste alguma coisa %ue se!a mais ou menos %uente4 /'iste$ do mesmo !eito %ue e'iste o mais ou menos =mido$ não e'iste4 1uer dizer$ o mais ou menos adapt.vel) /ntão vamos dizer %ue essas %ualidades 6 frieza$ calor$ secura e umidade 6 são as %ualidades %ue diferenciam os tipos de corpos e não os g+neros de corpos) /ntão um corpo$ dentro do mesmo g+nero$ pode apresentar3se so( um tipo ou so( outro) "e voc+ pegar um pedaço de ouro ele pode se apresentar so( o tipo do fogo ou tipo da terra$ dependendo das condiç0es) 1uer dizer$ ouro :s vezes # s&lido$ outras vezes não #$ mas continua sendo ouro) 2 ouro s&lido # mais ouro do %ue o ouro fundido4 Não) /les são a mesma coisa$ mas se apresentam so( tipos diferentes) 1uer dizer$ no estado s&lido o ouro se assemelha ao tipo do elemento terra$ no estado fundido ele se assemelha ao tipo$ sei l.$ do elemento fogo$ ou do ar$ ou da .gua) Aluno, umidade # a tend+ncia de ser determinado por outro corpo4 Não$ não # a tend+ncia de ser determinado por outro corpo) 8 a tend+ncia de não ser determinado por si mesmo$ de não ter seu limite determinado por si mesmo) 5m corpo não pode ter uma tend+ncia %ue em si mesma 6 para ser tendente 6 dependa da e'ist+ncia de outro corpo) "e s& e'istissem corpos =midos eles não teriam sua figura delimitada$ determinada) /le # simplesmente incapaz de determinar sua pr&pria figura e por isso mesmo ele # adapt.vel na figura) Aluno, seria a incapacidade de ser determinado por si mesmo4
Não # s& de ser determinado em geral mas de ter sua figura determinada por ele mesmo) "& e'istem esses %uatro tipos de corpos) Não podemos achar nenhuma outra diferença %ue decorra da natureza dos corpos e %ue$ portanto$ não se!a uma diferença de esp#cie$ ou uma diferença acidental$ mas %ue se!a uma diferença típica) Na astrologia vamos pegar essas diferenças típicas dos corpos$ essas diferenças de tipo$ e us.3las para diferenciar tipos de outras coisas %ue não são corpos) *amos pegar$ por e'emplo$ a personalidade das pessoas e dizer %ue tem umas %ue são de fogo$ outras %ue são de .gua$ outras %ue são de ar$ outras %ue são de terra$ por semelhança com esses tipos) 2u pegar as atividades humanas e não as personalidades$ como a atividade da pes%uisa científica ou a pr.tica de um esporte$ e dizer %ue uma # de .gua$ outra # de ar$ por semelhança) *amos pegar os tipos dos corpos e aplic.3los a coisas %ue não são por elas mesmas corpos$ %ue são ou outras su(st?ncias 6 su(st?ncias incorp&reas 6 ou mesmo outros acidentes das coisas$ outras %ualidades das coisas$ e vamos procurar desco(rir a semelhança) 9sto aí$ na verdade$ # %ue # estudar astrologia) /ntão$ %uando voc+ pegar o mapa de uma pessoa$ voc+ vai dizer %ue no mapa astrol&gico dela tem l. os doze signos$ as doze casas$ os planetas$ e voc+ vai dizer %ue os signos$ os planetas e as casas correspondem a tipos$ por e'emplo$ elementais) /ntão voc+ tem l. tr+s signos %ue são do elemento fogo$ correspondem ao tipo do elemento fogo$ tr+s signos %ue correspondem ao tipo do elemento ar$ voc+ tem planetas %ue são de fogo e outros %ue são de ar$ outros %ue são de terra) / aí voc+ vai ver %ue o su!eito %ue tem esses planetas e signos$ por e'emplo$ de fogo$ ressaltados em pontos importantes e significativos do mapa # um su!eito %ue tem uma personalidade parecida com o fogo e %ue em geral ele tam(#m se comporta como o fogo) / assim para cada elemento) Aluno, isso tem livre3ar(ítrio4 Pode mudar4 /la admite uma certa variação$ mas pe%uena) "e voc+ pegar um su!eito cu!o mapa tem predomin?ncia do elemento fogo ele pode ser um pou%uinho mais ou um pou%uinho menos fogo do %ue outro su!eito %ue tem essas mesmas características$ mas ele de fato vai ser sempre fogo) 9sso não vai mudar durante a vida toda dele) >as isto não tem nada a ver com livre3ar(ítrio) Aluno, mas livre3ar(ítrio eu falei no sentido de poder mudar isto) /le não pode mudar essa característica pelo e'ercício$ pela força de sua pr&pria vontade4 Não) >as isso afeta de algum modo a natureza de sua vontade4 Tam(#m não) Por%ue$ mais para adiante$ se voc+s derem uma olhada no programa do curso$ uma hora vamos estudar a manifestação sutil$ !ustamente as faculdades e as pot+ncias da alma$ e a vontade # uma delas) / vamos ver %ue a natureza da vontade # tal %ue ela pode operar plenamente mesmo %ue o su!eito se!a de tipo fogo$ .gua$ terra$ ar) /les são capazes de fazer as mesmas coisas$ mas essas coisas vão ter valores diferentes para cada um deles) 2 assunto do curso vai ser esse) 8 tudo o %ue eu tinha para dizer ho!e)
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