cultivo-shitake

February 20, 2019 | Author: Cristina | Category: Fungus, Agriculture, Humidity, Marketing, Packaging And Labeling
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CULTIVO DE COGUMELOS FICHA TÉCNICA Setor da Economia: primário Ramo de Atividade: agrícola Tipo de Negócio: cultivo de cogumelos Produtos Ofertados/Produzidos: cogumelos in natura e em conserva Investimento inicial: 30mil reais Área: 500m² APRESENTAÇÃO Esculturas delicadas e delirantes, cogumelos são espetáculos de difícil definição de finição do plano arquitetônico a que pertencem. Estima-se que existe 1,5 milhão de espécies identificadas, número que representa apenas 30% dos fungos existentes. A Micologia, ciência que os estuda, não dá conta de identificar tanta variedade. Há fungos que nascem e morrem em poucas horas. Uns são deliciosas iguarias, outros são venenos fatais e existem ainda aqueles que funcionam como poderosos alucinógenos, também há aqueles que impulsionam inovações na medicina. Alimentam-se das substâncias que degradam, devolvendo-as ao solo processadas na forma de humus, que fertiliza o solo promovendo assim reciclagem e regeneração do ambiente. Nem vegetal, nem animal, fungos são considerados um caso à parte na natureza; pertencem, digamos assim, ao “reino dos fungos”. Sua composição é 70 a 90% água e fora isso são filamentos cujas membranas contêm quitina (componente da pele humana e de insetos). Os cogumelos são enfim, fungos que se transformaram em frutos. A matriz do cogumelo desenvolve-se num "composto" proveniente daquela matéria que ajudam a decompor. Uma linha de produção inicia-se com o preparo do "composto", segue até a colheita chegando ao beneficiamento. MERCADO Atualmente, as cidades paulistas de Mogi das Cruzes, Cruze s, Suzano e Atibaia constituem um pólo produtor. A estimativa de consumo mensal brasileira é de 30 mil quilos do cogumelo "champignons de Paris”. A variedade “shiitake”, muito utilizada na culinária japonesa, por ter conquistado o paladar do consumidor brasileiro, pode hoje ser encontrada tanto em lojas especializadas quanto em feiras livres (comercializados, em sua grande maioria, frescos). A tendência é de crescimento da demanda, alimentada pela continuidade no fornecimento mola mestra do estabelecimento de um hábito de consumo. LOCALIZAÇÃO O local ideal para se cultivar o Shiitake deve ser bastante úmido, algo em torno de 90%, com temperaturas amenas entre 10 e 30 graus e com altitude média de 800 metros. A área mínima para se iniciar o cultivo deve ser de aproximadamente 500 m². ESTRUTURA O cultivo requer uma área de aproximadamente 500m², divida entre galpão de compostagem câmara de pasteurização; incubadora (opcional); galpão de cultivo; sala de limpeza e sala de processamento. Especialmente o galpão deve oferecer condições indispensáveis como proteção do sol, chuvas e ventos, além de temperatura e umidade adequadas. 1 - Galpão de Compostagem Compostagem - barracão coberto, com ou sem paredes laterais piso de concreto (resistência ao peso), levemente inclinado para haver acúmulo de água, com um canal lateral de coleta de água (que a recolhe em um tanque e a bombeia, fazendo com que retorne ao composto, eliminando o desperdício de nutrientes). Na produção em pequena peq uena escala, pode-se improvisar um barracão de

compostagem com uma lona plástica estendida no chão e uma cobertura rústica r ústica (base de sapé ou mesmo lona plástica) com dimensões para 12 toneladas de composto inicial, ou seja, 20m x 6m e 4m de altura. 2 - Câmara Câmara de P asteurização - túnel de pasteurização feito em alvenaria, com paredes e teto isolados termicamente (blocos de cimento celular ou paredes duplas, com uma camada intermediária de ar, isopor ou lã de vidro). Suas dimensões são: 2,5 a 3,0 m de altura. 2 m3 para cada tonelada de composto. Piso do túnel: duplo (base de alvenaria e, 30 ou 50 cm acima, um tablado (caibros de 5 cm de espessura, com 1 a 2 cm de espaçamento) onde será colocado o composto. O tablado com espaçamento permite a passagem do vapor de água. Uma casa de cultivo, nas condições ideais, necessita de investimento inicial muito elevado. Por isso, alguns produtores utilizam galpões mais simples. A estrutura mais comum é de barracões de madeira forrados com papel aluminizado que reflete o calor e impede que a elevação excessiva da temperatura interna. 3 – I ncubadora (opcional) (opcional) - pode ser o próprio galpão de cultivo. Local fechado, com temperatura e umidade controladas, para colocação dos sacos depois de semeados e antes de receber a terra de cobertura. 4 - Galpão de Cultivo - deve oferecer condições ambientais controladas, principalmente quanto à temperatura, fator que oferece maior dificuldade de manutenção - entre 16-18º C. Em construções de alvenaria, protege-se paredes e teto com tinta impermeável, para que não deteriorem com o passar do tempo e mantenham seu poder isolante. Em galpões mais rústicos, feitos de madeira e papel aluminizado, esta proteção é reforçada com plástico. 5 – Sala de Limpeza - onde são tratados os cogumelos após a colheita - momento em que precisam ser imediatamente cuidados. Sua localização deve ser ao mesmo tempo próxima da saída da propriedade e dos galpões de cultivo, conservando ainda a facilidade para acesso. No local deverão estar disponíveis todos os meios e utensílios para limpeza dos cogumelos. 6 – Sala de Processamento - onde é feito o cozimento, o envase e a rotulagem dos cogumelos. A tendência é, cada vez mais, terceirizar esta etapa. EQUIPAMENTOS Garfos e pás para a formação de pilhas, mangueira para umedecimento, termômetro para acompanhar a compostagem, barracões para cultivo, estufa e desidratadora. Exige ainda veículo utilitário. INVESTIMENTOS O investimento varia muito de acordo com o porte do empreendimento e do quantitativo de que dispõe o investidor. Considerando uma produção, montada numa área de 500m², será necessário um investimento de R$30mil aproximadamente. Obs.: os valores apresentados são indicativos e servem de base para o empresário decidir se vale ou não a pena aprofundar a análise de investimento e não contempla a aquisição do terreno. Investindo em AUTOMAÇÃO Uma tendência cada vez mais presente nas empresas que buscam o sucesso é automatizar as diversas atividades desenvolvidas. A automação melhora o dinamismo dos serviços oferecidos, reduzindo filas, tempo de espera, agilizando a emissão de notas fiscais, entre outros. Existem muitas opções que possibilitam essa facilidade: caixas eletrônicas isoladas ou integradas, impressoras para preenchimento automático de cheques, impressoras de notas fiscais nos caixas, código de barras nos produtos, banco de dados sobre cada produto ou serviço e cadastro de clientes. Investigue de que forma a adoção de um equipamento dessa natureza pode ser capaz de incrementar seus lucros. PESSOAL

Na hora de selecionar as pessoas que irão trabalhar na sua empresa, você deve levar em consideração as habilidades específicas exigidas para cada tipo de atividade que desenvolverão. No cultivo de cogumelos exige além de dedicação conhecimentos técnicos especializados. O empreendedor pode trabalhar apenas com o auxílio de um empregado. PR OCES OCESSOS SOS PR ODUTIVOS O segredo da produção está na escolha das toras de eucalipto: com pouca resina e serradas de acordo com normas técnicas (poderão também ser usadas, além do eucalipto, árvores frutíferas como a mangueira, abacateiro e noz pecã). O cultivo do “shiitake” em serragem também é rentável, mas exige mais tecnologia. Para cultivar comercialmente cogumelo, o produtor não deve se preocupar em produzir suas próprias matrizes, que é uma área específica e especializada, porque existem laboratórios especializados no fornecimento de matrizes de boa qualidade. Outra opção é adquirir o composto já semeado, junto a outro produtor, restando apenas o trabalho de cultivar os cogumelos. Neste sistema, o produtor pode também vender total ou parcialmente sua produção in natura, terceirizando as etapas comerciais e industriais do processo. ETAPAS: a) Obtenção ou preparação da matriz; b) Preparação do composto e compostagem; c) Compostagem livre; d) Pasteurização; e) Preparo da terra de cobertura; f) Semeadura; g) Incubação; h) Colocação da terra de cobertura; i) Produção e colheita;  j) Limpeza. Cultivo em toras: a) O eucalipto deve ser cortado em toras de 0,8m a 1m, com diâmetro entre 10cm e 15cm, para facilitar o manejo. Os furos, com profundidade de 2cm, são feitos em zigue-zague nas toras. Uma tora de 15cm deverá ter entre 45 e 60 furos. Após a inoculação, os furos são cobertos com parafina e breu (para evitar a contaminação das sementes ou o ataque de formigas) derretidos a 120º C e empilhados em camadas de cinco, até uma altura de 1,5 m e mantidas em temperatura de 25ºC umidade relativa do ar entre 80% e 100% (ambas alcançadas através de irrigação com água sem cloro). É fundamental que as pilhas não estejam em contato direto com o solo, para evitar a contaminação. Três meses depois, as pilhas são refeitas e as toras, invertidas, possibilitando desenvolvimento uniforme dos cogumelos. b ) A inoculação do “shiitake” deve ocorrer de três a sete dias depois do corte, período em que ocorrerá o escorrimento da seiva, com as toras inclinadas. Após seis meses, está na hora do choque térmico, com a imersão (variando de 8 a 24 horas) das toras em tanques de água a uma temperatura 5º C inferior à do ambiente. c) Depois do choque vem o período de incubação: as toras são levadas ao barracão de frutificação, onde serão mantidas inclinadas, amparadas em cavaletes, sem irrigação. d ) A colheita começa três dias após o choque térmico, estendendo-se por até dez dias, quando as toras recebem novo choque. Uma tora rende entre seis e oito colheitas. e ) Após a colheita, re-empilhar as toras, e voltar a rega-las regularmente como na incubação, por mais ou menos 2 meses até que apareçam novamente os primórdios, que indicam o momento de um novo choque. Esse procedimento deverá ocorrer por mais 5 a 10 vezes até que o Shiitake esgote todos os nutrientes

da tora, ou até que a casca se perca totalmente. Dependendo do diâmetro da tora, esse esgotamento de nutrientes levará de 1 a 2 anos. f ) Os cogumelos poderão ser comercializados frescos dando preferência aos mais bonitos. A produção excedentes devem ser secas sendo esta a forma tradicional de conservação desse cogumelo. A secagem deve ser feita com temperaturas entre 40 e 45 C, inicialmente por 2 horas, passando a 50 C por mais 2 horas, e finalizar com 60 C o restante da secagem. Isto deve acontecer com muita ventilação. Esse tipo de secagem demora de 8 a 12 horas para concluir. Outro tipo de secagem pode ser feita ao sol por 2 a 3 dias. Depois de seco, guardar em sacos plásticos bem vedados e armazená-los em local seco. g ) O substrato é uma forma bem mais complexa de cultivo, exigindo investimentos, tecnologia e equipamentos de grande vulto. A alternativa seria a aquisição do substrato inoculado e pronto para a colheita. Cultivo em serragem: É um cultivo da vanguarda onde os resultados são mais rápidos e mais produtivos, porém muito mais tenso do que o feito em tronco, pois exige muito mais investimentos. Tenha atenção com os cuidados sanitários para evitar contaminações, que neste caso qualquer que seja, o substrato deverá ser descartado. a) Escolha da serragem: a preferência é a de árvores de folha larga. Mas na ausência de serragens específicas usamos a que encontramos evitando as de aglomerado, compensados e as de madeiras tratadas com fungicidas, pois as substâncias contida nestas "podem" inibir o crescimento do micélio. As mais comuns de se encontrar são as de Pinus, tomando o cuidado de deixar sua serragem descansar ao tempo por 3 semanas, e de Eucaliptos de uso imediato. b ) Preparação da serragem: a serragem sozinha é relativamente pobre em nutrientes. Para melhorar essa produtividade, acrescenta-lhes suplementos tais como farelo de arroz, de trigo, fubá etc.. faz-se uma mistura, na proporção de 10 a 20% de farelo de arroz, sobre o peso seco da serragem e água até obter uma umidade de 60 %. O melhor pH é o de 5 a 6. Esse substrato deve ser colocado em sacos plásticos de polipropileno (PP) que agüenta até 140 C sem se deformar, encher 2/3 das unidades com o substrato, fechando-o com fechepac, ou com um anel de cano de PVC por fora do boca saco e tampão de algodão por dentro. c) Esterilização: se faz em grandes autoclaves no caso de produção industrial, e em panelas de pressão para produção a nível caseiro. A temperatura a ser atingida é de 127 C por 2 horas. Na panela de pressão contar o tempo a partir da saída de pressão pela válvula. Deve-se colocar no fundo da panela um suporte, para que o saquinho fique só no vapor. Caso a água não seja suficiente, interromper a contagem do tempo juntamente com o apagar do fogo, colocar mais água na panela e só reiniciar a contagem do tempo quando sair pressão da válvula. Outra opção é a Tindalização, onde se atinge a temperatura de 100 C por 1,5 horas, por 2 dias consecutivos. d ) Semeadura: após o resfriamento saquinhos devem ser conduzidos a uma sala previamente desinfetada. Essa desinfecção consta de limpeza do chão, paredes e teto, seguida de pulverização do ar com formol comercial a 10%, 3 dias antes de realizar a semeadura. Ao aplicar o formol, seja rápido pois ele é irritante das mucosas, por isso, seus vapores faz arder olhos, nariz, garganta e provoca escamações da pele. O frasco de "semente" e uma colher das de sopa deve ser flambada com fogo e desinfetada d esinfetada com álcool, assim como as mãos do semeador. É aconselhável que o mesmo tome um banho e coloque roupas limpas para iniciar a operação. Tudo preparado, abrimos a embalagem do composto e colocamos uma colher das de sopa cheia de "sementes" , e fechamos rapidamente. e ) Incubação: esses saquinhos devem ficar por até 60 dias a temperatura ambiente, ou melhor acondicionado a 25 C, e umidade relativa de 90 %, onde o crescimento miceliar é mais intenso. Durante esse período podem ocorrer

contaminações com fungos e bactéria, promovido por vários fatores, tais como: falta de esterilização; falha no processo de limpeza e desinfecção de objetos, do ar, do semeador durante a semeadura; furos na embalagem; sementes contaminadas. As contaminações podem ser identificadas, analisando as embalagens a partir de uma semana, onde não deverão conter colônias de coloração verde claro ou escuro, amarelo, marrom, ou ainda porções grudentas, melecadas e mal cheirosas. As embalagens contaminadas devem ser descartadas ou incineradas. f ) Indução e produção: ao final da colonização a embalagem plástica encontra-se mais grossa em função da formação de protuberâncias na serragem entre o corpo e a lamina da embalagem, embalagem, e também coloração intensamente intensamente branca que irá se tornar marrom. Então deve-se cortar a tampa superior da embalagem e colocar em lugar fresco e ventilado, regar com bastante água três vezes ao dia até iniciar a brotação. Pare as regas no substrato só devendo deixar o chão úmido. Aguardar o crescimento dos cogumelos que serão colhidos e processados iguais ao do cultivo em toras. g ) Repouso: após a total colheita da embalagem os mesmos deverão ser voltados de cabeça para baixo e fechar a área onde estes vão repousar e aguardar por duas semanas. Em seguida, retira-se a embalagem totalmente, repetindo a indução. Uma terceira brotação poderá acontecer se repetir o processo descrito, porém a quantidade de cogumelos tenderão a diminuir, tornando-se inviável sua manutenção.( Cogumelo Gigante; Caetetuba; Hiratake; Shimeji e outros Pleurotus spp ) h ) Estufas climatizadas - existe um perigo de pragas pr agas e doenças. Se observarmos os procedimentos corretos, são eliminados esses perigos. O ideal seria a utilização de "estufas" climatizadas com medidores de umidade comandado por termostato, com medidores de umidade comandado por temporizador, com by pass(passagem livre) que regula a entrada de oxigênio.Com isso é possível abaixar a temperatura para uma hibernação do cogumelo durante um período e, posteriormente, retornar ao seu crescimento normal, voltando à temperatura ideal de produção. AMEAÇAS 1 – Fungos e parasitas - Os mais freqüentes são os mais prejudiciais, pre judiciais, o "Verticillium fungícola", produz uma doença conhecida como "bolha seca". E a "Mycogone perniciosa" - "a bolha úmida" - ou "mela". A contaminação provém do solo de cobertura, de correntes de ar, ácaros, insetos. 2 – Bactérias - Ocorrem normalmente em todas as fases do cultivo de cogumelos comestíveis e nem sempre ocasionam problemas. Para evitar bactérias patogênicas, basta seguir corretamente o processo de d e pasteurização e a assepsia dos locais de cultivo. A limpeza das camas, paredes e chão deve ser efetuada com pulverização de água clorada ou de água com formol. 3 – Ácaros - Atraídos pelo cheiro do composto, transportados por insetos ou provenientes do composto mal pasteurizado, reproduzem-se em alta velocidade e são resistentes às mudanças de temperatura. A única forma de combatê-los são os inseticidas, ferramenta que tem seus riscos. Para evitar os ácaros, dentre outros procedimentos, o solo deve ser tratado com vapor d'água a 90º C, por três horas seguidas. 4 – I nsetos - Os que causam maiores estragos são pequenas moscas - moscas do esterco -, pois perfuram o cogumelo e suas larvas se deslocam através de galerias,causando danos irreversíveis. A prevenção consiste em evitar frestas nos barracões de cultivo e uma vez verificada a presença de algum inseto deve-se tomar medidas imediatas de controle. COMEÇANDO Como em todo negócio, é preciso que se elabore primeiramente um estudo de viabilidade econômica da atividade a ser exercida. Existem vários planos para se organizar uma fazenda de cogumelos, desde o cultivo mais simples e rústico até o mais complexo e mecanizado. Cada um deles tem suas vantagens. O mais rústico,

por exemplo, tem a vantagem de exigir um investimento inicial, em termos de instalações, quase irrisório, comparado a instalações modernas climatizadas. No entanto este baixo custo inicial torna-se alto quando analisado sob o ponto de vista de retorno. O cultivo de cogumelos é um processo trabalhoso e que exige técnica especializada, portanto o ideal, como em todos os negócios, é a obtenção de alta produtividade com a redução máxima de custos. Isto não significa que é necessária a construção de fazenda totalmente mecanizada, mas sim que o bom senso seja adotado e que se utilize recursos mais baratos (local com clima mais ameno, por exemplo), mas eficientes. Portanto, o primeiro passo a ser dado pelo futuro produtor de cogumelos é a realização de análise de mercado. Outros fatores também são de grande importância, para a elaboração de um projeto, como: escolher estrategicamente o local de cultivo, a fim de minimizar os custos tanto de instalações quanto de produção; o clima da região deve ser considerado na escolha, bem como a distância entre o local de produção e o centro consumidor; disponibilidade de mão-de-obra para o cultivo e disponibilidade do fornecimento de matérias primas. E como ponto fundamental de todo o planejamento, é imprescindível que o futuro produtor adquira conhecimento teórico sobre o assunto antes de qualquer etapa, por meio de cursos, palestras, livros, apostilas, manuais, etc. Além de assessoria técnica especializada, tanto na elaboração do projeto, quanto na implantação e posteriores visitas periódicas. CLIENTES Por se tratar de um produto perecível, sua produção deverá estar pré-vendida, ou como opção, ser desidratado ou mantido em conserva. É necessário descobrir o ponto de equilíbrio entre demanda e produção. À identificação e à conquista do nicho de mercado deverá ser dada muita atenção, pois ao apelar para atravessadores poderão estar sendo perdidos até 70% do lucro. A única ameaça ao  “shiitake” brasileiro é o produto desidratado, importado da China – de qualidade inferior, mas oferecido a preços muito menores. DIVULGAÇÃO O ditado popular diz que “a propaganda é a alma do negócio”, mas a gente pode continuar dizendo que os "músculos" também são importantes. Assim, entendemos que dotar os clientes internos (funcionários, os "músculos" do negócio) de informações sobre os produtos oferecidos é a chave para vendê-los ao cliente externo. Voltando à "alma do negócio", concluímos que para atingir o consumidor e garantir as vendas, você deve planejar o seu marketing. E como fazer isso? A primeira sugestão é fazer uma análise da sua realidade: identifique quais são os custos de seus serviços, adapte-os e busque a otimização de sua alocação. Mantenha seus consumidores motivados, partindo para uma revisão da sua estrutura de comercialização, avaliando paralelamente, se essa estrutura atinge seu mercadoalvo com sucesso. Lembre-se que o marketing deve ser contínuo e sistêmico. Considere ainda, que num plano de marketing é importante o conhecimento de elementos como preço, produto (serviço), ponto (localização) e promoção. Avaliar as preferências e necessidades de seus clientes em relação às funções, finanças, facilidade, "feeling" (sensibilidade) e futuro. DIVERSIFICAÇÃO A comercialização pode ser feita de várias formas: a) In-natura - A forma mais representativa de comercialização do shitake é a natural. Estes são colocados à disposição do consumidor com todo o aroma, textura e sabor característicos. A grande limitação é o tempo de sua viabilidade, que varia de acordo com a espécie, desde que mantidos em sacos plásticos vedados e sob refrigeração. A comercialização In natura do Agaricus (champignon), exige que os cogumelos, logo após a colheita, sejam consumidos ou resfriados rapidamente até

2 - 3º C. O Pleurotus e o Lentinus não devem nunca ser lavados após a colheita. Se lavados, perdem os seus aromas característicos e podem apressar o processo de desenvolvimento; b) Seco - Após a colheita, os cogumelos devem ser limpos e deve iniciar-se imediatamente a secagem que pode ser efetuada ao sol ou com o uso de estufas; c) Envazamentos (appertization): vidros e latas; d ) Conserva em soluções; e ) Aproveitamento de pedaços de cogumelos abertos. Obs.: os cogumelos, de modo geral, não têm bom congelamento, pois ocorre o rompimento das células. LEMBRETES Antes de vender é bom que saiba calcular o preço do seu serviço, harmonizando o desejo do consumidor e a expectativa de ganho do proprietário. Nesse contrato bilateral temos de um lado o cliente cuja expectativa é ter serviço de qualidade gastando o mínimo, e do outro lado está o sonho do empresário em ver seu estabelecimento retornar o capital capital investido. Uma sugestão é buscar buscar inspiração para essa "arte" em cursos que orientem o empreendedor a levantar seu custo e estabelecer uma margem de lucro que seja justa e segura, como por exemplo, aqueles que ensinam a formação de preços. NOTÍCIAS COGUMELOS ATRAEM TU RI STAS DE TODO O PAÍ S Fazenda mostra diversas formas de cultivo e ensina produtores. 19/11/05 O Vale Paraibano Turistas e produtores rurais de todo o país estão descobrindo a mais nova atração do Vale do Paraíba, a Fazenda Guirra, mais conhecida como a "Fazenda dos Cogumelos". Entre as maiores atrações do local, o cultivo de diversas qualidades de cogumelos atrai pela lucratividade que representa mais do que o dobro do investido pelo produtor. Os cogumelos são iguarias apreciadas pelos gourmets mais exigentes, como os franceses, italianos, americanos, chineses, e claro, japoneses. No Brasil, o consumo de cogumelos está ganhando espaço entre os restaurantes mais requintados. Para atender a demanda do mercado, produtores rurais estão abdicando de outras culturas e aprimorando-se na arte de cultivar cogumelos. Na Guirra, os visitantes aprendem as técnicas necessárias para garantir uma boa produção com baixos investimentos. Além da teoria, eles aprendem na prática como montar estufas, inocular as toras de eucaliptos, desenvolver compostos para o cultivo de outros gêneros de cogumelos, além de aproveitar os resíduos em hortas orgânicas. Os cursos acontecem nos finais de semana e reúnem grupos de 60 a 70 pessoas. Segundo o proprietário da fazenda e zootecnista, Carlos Abe, que ministra os cursos, o cultivo do cogumelo é atraente devido ao baixo investimento e a lucratividade. O shiitake, por exemplo, se desenvolve em toras de eucaliptos. Cada tora produz praticamente 1 quilo do cogumelo e exige um investimento na ordem de R$ 8,00 cada. No mercado, o quilo do produto é negociado a R$ 17 e repassado aos consumidores por até R$ 30. Além do shiitake, os visitante da Guirra também têm a opção de aprender a produzir cogumelos dos gêneros champignon e Agaricus blazei - utilizado como fonte medicinal no tratamento de doenças como o câncer, diabetes e outras. Por mês, a Fazenda Guirra exporta duas toneladas de cogumelos para o Japão. Produtores da região do Vale do Paraíba e de outros estados do país, que já passaram pelo local, já estão cultivando e comercializando os gogumelos --alguns deles também exportam para outros países. LUCRATIVIDADE - A produtora Elisa Serrano Romero, de Monteiro Lobato, é um

bom exemplo dessa boa rentabilidade. Há pouco mais de um ano cultivando o shiitake, ela vende 20 quilos do produto por semana no comércio de São Paulo. Elisa negocia o shiitake em restaurantes e supermercados por R$ 15,00 o quilo. "Estou satisfeita com a venda, mas pretendo aumentar a minha produção nos próximos meses, além de investir no cultivo de outros gêneros de cogumelos." Animado, o comerciante Márcio Furtado, de Americana, interior de São Paulo, esteve na fazenda e também pretende começar sua produção. "É um investimento pequeno e não exige muito do produtor. A gente mesmo pode fazer todo o trabalho." O biomédico Afro Benassi Júnior, de São Paulo, também está apostando na produção. "Eu já fiz uma experiência no meu sítio e com as técnicas aprendidas no curso pretendo aprimorar minha produção." TURISMO - Para aqueles que pretendem apenas conhecer os sistemas de cultivo dos cogumelos, a fazenda reserva outras atrações como passeios por trilhas ecológicas, cachoeiras e deliciosos pratos à base de shiitake. Fonte: site – portal do agronegócio. CURSOS E TREINAM ENTOS Curso de Intro dução ao Cultivo de Cogumelo Cogumelo IDEAGRO – Instituto para o Desenvolvimento de Agronegócios Rua Ipiranga, 1535 – Jardim Santista – Mogi das Cruzes – SP CEP 08730-000 (11) 44724-8233 ou 4727 6338 [email protected] http://www.ideagro.org.br SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Rua Nestor Gomes, 277, Ed. Anchieta, 5º andar, sala 501, Centro – Vitória/ES CEP: 29015-150 Tel.: (027) 3222-2309 Oferecem diversos cursos desde que haja demanda ASSOCIA ASSOCIA ÇÃO AGRICULTURA ORGÂNI CA Av. Francisco Matarazzo, 455 - Prédio do Fazendeiro, 2º andar, sala 24 São Paulo/SP Tel.: (11) 3875-2625 Fax: 3872-1246 http://www.aao.org.br http://www.aao.org.br EVENTOS O empreendedor deve estar sempre em contato com as entidades e associações para obter informações sobre os eventos que ocorrerão dentro da sua área (tipo, data, local de realização). Os eventos como feiras, roda de negócios, congressos, etc., são muito importantes para o empresário ficar por dentro das tendências de mercado, conhecer novos produtos e tecnologias, realizar parcerias e fazer bons negócios. Onde pesquisar: União Brasileira de Feiras e Eventos - http://www.ubrafe.com.br AGRISHOW 2006 Av. Jabaquara 2940, 2º. Andar São Paulo/SP Cep: 040046-500 Tel.: (011) 5591-6300 http://www.agrishow.com.br ACAP S - Convenção Capixaba de Supermercados

Periodicidade: anual Local: Pavilhão de Carapina – Serra/ES Organização: ACAPS – Associação Capixaba de Supermercados Tel.: 3324-3599 http://www.acaps.com.br FISPAL Food Service Service 2006 22ª Feira Internacional de Produtos e Serviços para Alimentação Periodicidade: anual Data do Evento: 17 a 20 de Julho Local: Anhembi – São Paulo/SP Informações: tel.: (011) 5694-2666 E-mail: [email protected] Organização: FISP AL - Agência Internacional P rivada de Desenvolvimento do Mercado de Alimentos. Alimentos . Rua Ministro Nelson Hungria, 239 - cj. 04 Real Parque - São Paulo/SP CEP: 05690-050 Tel.: (011) 3759-7090 Fax (011) 3759-7185 E-mail: [email protected] FISPAL NORDESTE Informações: tel.: (011) 5694-2666 E-mail: [email protected] Organização: FISP AL - Agência Internacional P rivada de Desenvolvimento do Mercado de Alimentos. Alimentos . Rua Ministro Nelson Hungria, 239 - cj. 04 Real Parque - São Paulo/SP CEP: 05690-050 Tel.: (011) 3759-7090 Fax (011) 3759-7185 E-mail: [email protected] LEGISLAÇÃO ESPECÍFI ESPECÍFI CA É interessante que se faça uma consulta à “CARTILHA DO FORNECEDOR CAPIXABA”, que se encontra disponível na Biblioteca do SEBRAE/ES. Nessa atividade se faz necessário que o produtor tenha conhecimento de algumas leis: Lei nº. 10.165 de 12/2000 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, que altera a Lei nº. 6.938 de 08/1981 e dá outras providências. Lei nº. 7.754 de 04/1989 – Estabelece medidas para a proteção das florestas existentes nas nascentes dos rios e dá outras providências. Lei nº. 9.605 de 02/1998 – Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências. REGISTRO ESPECIA ESPECIA L Para registrar sua empresa você precisa de um contador. Profissional legalmente habilitado para elaborar os atos constitutivos da empresa, empr esa, auxilia-lo na escolha da forma jurídica mais adequada para o seu projeto e preencher os formulários exigidos pelos órgãos públicos de inscrição de pessoas jurídicas. Além disso, ele é conhecedor da legislação tributária à qual está subordinada a nossa produção e comercialização. Mas, na hora de escolher tal prestador de serviço, deve-se dar preferência a profissionais qualificados, que tenha boa reputação rep utação no mercado e

melhor que seja indicado por alguém que já tenha estabelecido com ele uma relação de trabalho. Para o caso especial do cultivo de cogumelos não foi identificado nenhum registro especial, a não ser o de produtor rural junto à secretaria da agricultura para a venda in-natura e para a venda em conserva registro junto ao órgão da vigilância sanitária. Neste caso deve adequar as instalações de acordo com o Código Sanitário (especificações legais sobre a condições físicas). Em âmbito federal a fiscalização cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, estadual e municipal fica a cargo das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde. LINKS INTERESSANTES http://educar.sc.usp.br http://www.ideagro.org.br http://www.herbario.com.br http://www.aao.org.br http://www.aao.org.br http://www.portaldoagronegocio.com.br ENTIDADES SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Rua Nestor Gomes, 277, Ed. Anchieta, 5º andar, sala 501, Centro – Vitória/ES CEP: 29015-150 Tel.: (027) 3222-2309 INSTITUTO ADOLPHO LUTZ Av. Dr. Arnaldo, número 355, Bairro Cerqueira César São Paulo/SP CEP: 01246-902 Tel.: (011) 3068-2050 http://www.ial.sp.gov.br ASSOCIA ASSOCIA ÇÃO AGRICULTURA ORGÂNI CA Av. Francisco Matarazzo, 455 - Prédio do Fazendeiro, 2º andar, sala 24 São Paulo/SP Tel.: (11) 3875-2625 Fax: 3872-1246 http://www.aao.org.br http://www.aao.org.br PREFEITURA DE VITÓRIA SEMUS - Sec. Municipal de Saúde – Vigilância Sanitária do Município de Vitória. Av. Mal. Mascarenhas de Moraes, 1185 Forte São João – Vitória/ES CEP: 29010-331 Tel.: (027) 3132-5047 / 3132-5044 / 3132-5045 http://www.vitoria.es.gov.br/home.htm DIVISÃO DA VIGILÂNCIA SANI TÁRIA ESTADUAL ESTADUAL Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, 2025 Bento Ferreira, Vitória/ES Cep: 29052-121 Tel.: (027) 3137 –2427 Fax: (027) 3137- 2432 / 2472 E-mail:[email protected] http://www.saude.es.gov.br DFA/ ES - Delegacia Delegacia Federal de Agricultura ES (SIF/ Ministério da Agricultura)

Av. Nossa Senhora dos Navegantes, 495, Térreo, Centro Empresarial Enseada Enseada do Suá – Vitória/ES CEP: 29050-420 Tels.: (27) 3137-2283 – Dr. Olavo e 3137-2700 http://www.agricultura.gov.br FAES/ SENAR-ES – Federação da Agricultura do ES. Av. Nossa Senhora da Penha, 1495, 10º andar, Torre A, Ed. Corporate Center Santa Lúcia – Vitória/ES CEP: 29045-401 Tels.: (27) 3235-9015 / 3235-9031 IDA F - In stituto de Defesa Agropecuária e Florestal do ES. Rua Raimundo Nonato, 135 - Forte São João Vitória/ES CEP: 29010-540 Tel. (27) 3132-1510 http://www.idaf.es.gov.br IN CAPER - Instituto Capixaba de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Extensão Rural Rua Afonso Afonso Sarlo 160, Bento Ferreira Vitória/ES CEP: 29052-010 Tel.: (27) 3137-9888 www.incaper.es.gov.br IBAM A/ ES - Instituto Brasileiro Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, 2487, Bento Ferreira Vitória (ES) CEP: 29050-625 Tel.: (027) 3324-1811 http://www.ibama.gov.br ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos Alimentos Av. Brasil, n.º 2880 - Jardim Brasil - Campinas –SP Caixa Postal 139 - CEP 13.073-001 Tel. (0xx19) 3743-1700 http://www.ital.sp.gov.br EMBRAPA - Empresa Brasileira Brasileira de P esquisa Agropecuária Embrapa Sede - Parque Estação Biológica - PqEB s/nº. Brasília, DF – Brasil CEP: 70770-901 Tel.: (0xx61) 3448-4433 Fax: (0xx61) 3347-1041 e-mail: [email protected] http://www.embrapa.br IAC - I nstituto nstituto Agronômico de Campinas Av. Barão de Itapura, 1481 Campinas/SP CEP: 13020-902 Tel.: (0xx19) 3231-5422 http://www.iac.sp.gov.br

MIN ISTÉRIO DA SAÚDE SAÚDE http://www.saude.gov.br AGENCIA AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRI A SEPN 515, Bloco B - Edifício Ômega Brasília/DF CEP: 70770-502 Tel.: (0xx61) 3448-1000 http://www.anvisa.gov.br FORNECEDORES E FABRI CANTES Cardoncello http://www.cardoncello.com.br Tel.: (24) 2291-5682 EMBRAPA - Empresa Brasileira Brasileira de P esquisa Agropecuária Embrapa Sede - Parque Estação Biológica - PqEB s/nº. Brasília, DF – Brasil CEP: 70770-901 Tel.: (0xx61) 3448-4433 Fax: (0xx61) 3347-1041 e-mail: [email protected] http://www.embrapa.br AGRODATA AGRODATA VI DEOPAR DEOPAR www.agrodata.com.br BIBLIOGRAFIA - SEBRAE/RJ. Como Cultivar cogumelos, Tecnologia & Mercado, Mer cado, 1997. - MASCHIO, José. SHITAKE, Cogumelo ganha mercado no Brasil e cultivo aumenta, Agrofolha, 5º caderno, 24/03/98, p. 5-8. - Sites: http://www.ideagro.org.br http://www.herbario.com.br http://www.aao.org.br http://www.aao.org.br http://www.portaldoagronegocio.com.br ÁREA RESPONSÁVEL E DATA DE ATUALIZAÇÃO UCE – Unidade de Capacitação Empresarial - SEBRAE/ES Data de atualização: fevereiro de 2006

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