Corpo Erogeno

September 20, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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  “CORPO ‘BIOLÓGICO’ E CORPO ‘ERÓGENO’ ”   Luis Francisco Barbero, María Susana Pedernera Eixo: Corpo na teoría Palavras-chaves: corpo biológico, corpo erógeno, pensamento complexo Resumo   Resumo

Freu Fr eud d pede pede,,  de form formaa im impl plíc ícit itaa que, que, se é ac acei eita ta co como mo ve verd rdad adei eira ra a pr prov ovaa da ex exis istê tênc ncia ia do doss pr proc oces esssos ps psíq íqu uic icos os  in inco cons nsci cieente ntes, estan tando hi hipo pottet etic icam ameent ntee ass ssoc ocia iado doss com com os pr proc oces esssos somáticos, estes  adquiram a característica de sua existência inconsciente. Por sua vez, se os pr proc oces esso soss cons consci cien ente tess  sã são o some soment ntee um umaa form formaa de expr expres essã são o pa parc rcia iall do doss ps psíq íqui uico coss in inco cons nsci cien ente tes, s, qu quan ando do os  proc proces esso soss somá somáti tico coss ac aces essa sam m à co cons nsci ciên ênci ciaa ta tamb mbém ém sã são o pa parc rcia iais is ou la lacu cuno noso soss re resp spei eito to a sua forma de existência no inconsciente. Esta será  nossa base epistemológica para “observar” ao nosso objeto de estudo, comp compre reen ende dend ndo o qu quee  corp corpo o “bio “bioló lógi gico co”” e co corp rpo o “eró “eróge geno no”” co corr rres espo pond nder eria iam m à de desc scri riçã ção o ef efet etua uada da a partir da consciência de um mesmo existente, em si mesmo incognoscível.

Desenvolvimento   Desenvolvimento

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Entre o  “Projeto de Psicologia” (1950a [1895]) e o “Esquema de Psicanálise” (1940a  (Etchever verry, ry, 1976 1976)) que der deram am [193 [1 938]) 8]),, to toda da  ve vezz qu quee se fez fez ne nece cess ssár ário io,, Fr Freu eud d cons constr trui uiu u   suposições (Etche

co cont ntaa de  su suas as pr pres esun unçõ ções es teór teóric icas as.. Po Port rtan anto to escr escrev evee (F (Fre reud ud,, 19 1950 50aa [1 [189 895] 5])) qu quee «q «que uem m se oc ocup upaa de edif edific icar ar  hi hipó póte tese sess ci cien entí tífi fica cass1,   so some men nte com começa eça a lev levar a séri sério o su suas as fo form rmul ulaç açõe õess qua uand ndo o as mon ontta no  sa sabe berr a par arttir de mai aiss de um la lado do e quan quand do ne nele less se pod ode e miti itigar gar a arb arbitra itrari ried edad ade e da constructio ad hoc »2 (pá (pág. g. 346) 346).. “S “Sup upos osiç ição ão”” al alud udee  à “sup “supos osiç ição ão de al algu guma ma cois coisa, a, se seja ja poss possív ível el ou impo imposs ssív ível el,, pa para ra in infe feri rirr dela uma  consequência” (RAE, 2014 014), “conjectura, presunção ou antecipação lógica que dá ente entend ndim imen ento to pa para ra  expl explic icar ar prov provis isio iora rame ment ntee os fato fatos” s” (Esp (Espas asa, a, 201 2015) 5).. As Assi sim m qu quee a su supo posi siçã ção oea pres pr esun unçã ção o são são um umaa cons constr truç ução ão lógi lógica ca prov provis isór ória ia a resp respei eito to de fa fato toss id idea eais is ou reai reais, s, a pr prim imei eira ra se assenta em uma inferência, a segunda o faz em um fato conhecido. As Assi sim m es escl clar arec ecee qu quee «Tem «Temos os di dire reit ito, o, cr crei eio, o, a da darr lilivr vree cu curs rso o às no noss ssas as co conj njec ectu tura rass co cont ntan anto to que que no  em empe penh nho o ma mant nten enha hamo moss noss nosso o ju juíz ízo o frio frio e não não co conf nfun unda damo moss os an anda daim imes es co com m o ed edif ifíc ício io» » (1900a [1899],  pág. 530), algumas dessas suposições, como o da existência dos processos ps psíq íqui uico coss in inco cons nsci cien ente tes, s,  o da resi resist stên ênci ciaa e repr repres essã são o e a co cons nsid ider eraç ação ão da se sexu xual alid idad adee in infa fant ntilil e o comp comple lexo xo de Éd Édip ipo, o, cheg chegar aram am a form formar ar os pi pila lare ress da ps psic ican anál ális isee (1 (192 923a 3a [19 [1922 22], ], pá pág. g. 24 243) 3).. Ou Outr tros os,, no enta entant nto, o,  como como as du duas as supo suposi siçõ ções es qu quee de deno nomi mina nara ra “fun “funda dame ment ntai ais” s” (Fre (Freud ud,, 19 1940 40aa [1 [1938 938]; ]; pá pág. g. 156), constituíram o embasamento de toda a teoria psicanalítica. A primeira  destas suposições, publicada em    A  A interpretação dos sonhos sonhos,, diz que «I «Ima magi gina namo moss (…)  o aparato anímico como um instrumento complexo - como se fosse um 1

Al Algu guma mass  de dela lass si sina naliliza zara ram m de desc scob obri rime ment ntos os ante anteci cipa pado doss de ou outr tras as ci ciên ênci cias as,, co como mo a hi hipó póte tese se da dass ba barr rrei eira rass de contat con tato, o, que “Ao menos menos morfol morfologi ogicam cament entee (ou seja, seja, his histol tologi ogica camen mente) te),, não se conhec conhecee nada nada quesuste quesustenteessa nteessa sepa separa raçã ção” o” (F (Fre reud ud,,  1950 1950aa [189 [1895] 5],, pá pág. g. 346346-47 47). ). “Sus “Suste tent nto” o” qu quee de desc scob obri rira ram m Fo Fost ster er e Sh Sher erri ring ngto ton n po pouc ucos os anos anos depois e o denominaram sinapse. 2

 O destacado não corresponde ao original.

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micros mic roscóp cópio io com compos posto, to,  uma câm câmara ara fot fotogr ográfi áfica, ca, ou alg algo o sem semelh elhant antee - cujo cujoss ele elemen mentos tos cha chamam mamos os in inst stân ânci cias as ou ou,,   em be bene nefí fíci cio o da cl clar arid idad ade, e, si sist stem emas as» » (1900 (1900aa [18 [1899 99], ], pá pág. g. 529 529-3 -30) 0).. Ne Nest staa de desc scri riçã ção o não cabem  dúvidas sobre o sentido metafórico que Freud lhe dá. No entanto com a segunda suposição, no nosso entender, não ocorre o mesmo. O me mesm smo o  foi foi escr crit ito o em Esq Esquem uema a da psican psicanáli álise, se, que data de 22 de julho de 1938 (Freud 1940a 1940a [1 [1938 938]) ]).. Ne Nele le,, el elee sust susten enta ta qu quee os «pro «proce cess ssos os co cons nsci cien ente tess nã não o fo form rmam am sé séri ries es se sem m la lacu cuna nas, s, fechadas em  si mesmas, de maneira que não haveria outro expediente que adotar que a suposi sup osição ção de pro proces cessos sos físico físicoss ou som somáti áticos cos con concom comita itante ntess dos psíqui psíquicos cos,, aos que par pareça eça pre precis cisos os atri atribu buir ir um umaa  pe perf rfei eiçã ção o ma maio iorr qu quee às séri séries es psíq psíqui uica cas, s, po pois is al algu guns ns de dele less tê têm m pr proc oces esso soss co cons nsci cien ente tess pa para rallel elos os e  ou outr tros os nã não» o» (pág (pág.. 15 155) 5).. E «dec declar lara a que ess esses es pro proces cessos sos con concom comita itante ntess sup supost ostame amente nte so somá máti tico coss sã são o  o ps psíq íqui uico co genu genuín íno, o, e para para fazê fazê-l -lo o disp dispen ensa sa o iníc início io da qu qual alid idad adee da co cons nsci ciên ênci cia a» (p (pág ág.. 156 156). ).  Es Esta ta “s “sup upos osiç ição ão”” fund fundam amen enta tall de desc scre reve ve um umaa ma mani nife fest staç ação ão ou ex expl plic icaç ação ão do qu quee es está tá oculto ou não se entende bem (RAE, 2014). Freu Fr eud d pede pede,,  de form formaa im impl plíc ícit itaa que, que, se é ac acei eita ta co como mo ve verd rdad adei eira ra a pr prov ovaa da ex exis istê tênc ncia ia do doss proc pr oces esso soss ps psíq íqui uico coss  in inco cons nsci cien ente tes, s, ao esta estand ndo o hi hipo pote teti tica came ment ntee as asso soci ciad ados os co com m os pr proc oces esso soss somá somáti tico cos, s, es este tess  ad adqu quir irem em a ca cara ract cter erís ísti tica ca de sua sua exis existê tênc ncia ia in inco cons nsci cien ente te.. Po Porr ou outr tro o la lado do,, se os proces pro cessos sos con consci scient entes es são só uma for forma ma de exp expres ressão são par parcia ciall dos psíqui psíquicos cos inc incons onscie ciente ntes, s, qua quando ndo os pr proc oces esso soss  so somá máti tico coss pe pene netr tram am na cons consci ciên ênci ciaa tamb também ém sã são o pa parc rcia iais is ou la lacu cuno noso soss a re resp spei eito to de sua forma de existência no inconsciente. Esta será  nossa base epistemológica para “observar” o nosso objeto de estudo, comp comprree eend ndeend ndo o qu quee  corp corpo o “bio “biollóg ógic ico” o” e cor corpo “eróg erógen eno” o” corr corres espo pond nder eria iam m a um umaa de desscri criçã ção o efetuada desde a consciência de um mesmo existente, em si mesmo desconhecido.

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O voc ocáb ábu ulo  “c “cor orp po” prov provém ém do la lati tim m   corpus, e este do indo-europeu   krp-es (de   kpr -, de krep- corp corpo) o)..  De Desi sign gnaa a sub ubsstân tânci ciaa ma mate teri riaal de um orga organ nis ismo mo;; tro ronc nco o de um ho home mem m ou de ou outtro

anim animal al.. Na fí físi sica ca si sign gnif ific ica: a: o qu quee tem tem exte extens nsão ão lilimi mita tada da e pr prod oduz uz im impr pres essã são o em no noss ssos os se sent ntid idos os po porr qual qualid idad ades es que que  lh lhes es são são próp própri rias as (Góm (Gómez ez de Si Silv lva, a, 1985 1985;; Mo Moli line ner, r, 19 1986 86;; RA RAE, E, 20 2014 14). ). As Assi sim m co como mo Aris Aristó tóte tele less su supu punh nhaa  qu quee em toda toda corp corpor orei eida dade de há un unaa fo form rmaç ação ão,, al algu guns ns pl plat atôn ônic icos os e pi pita tagó góri rico coss cons consiide derrav avaam o  cor corpo como como o sepu sepulc lcro ro da alma. lma. Co Com m De Dessca cart rtes es o ser pen enssan antte (a al alma ma)) e a cois coisaa do mundo (o corpo) são existentes independentes. Segu Segund ndo o Sp Spin inoz ozaa o co corp rpo o físi físico co é um umaa qu quan anti tida dade de de tr três ês di dime mens nsõe õess qu quee ad adot otaa um umaa fi figu gura ra,, um mo modo do  de ex exte tens nsão ão;; enqu enquan anto to que que Ka Kant nt o conc conceb ebee de do dois is mo modo doss di dife fere rent ntes es:: co como mo ex exte tens nsão ão mecâ me câni nica ca ou  poss possui uind ndo o potê potênc ncia ia ativ ativaa ao redu reduzi zirr a real realid idad adee at atéé o ex exte teri rior or;; ou co como mo re resi sist stên ênci ciaa qu quee se op opõe õem m à vo vont ntad adee ou esfo esforç rço o do eu, eu, qu quan ando do se pr priv ivilileg egia ia a re real alid idad adee in inte teri rior or (Fer (Ferra rate terr Mo Mora ra 1970). O con conhe heci cime ment nto o  do mu mund ndo o exte xterno rno foi foi o prim primeeiro iro qu quee at atra raiiu a “m “mir irad ada” a” do ho home mem, m, dal alii sur urge gem m a  Fí Físi sica ca,, Quí uími mica ca e a Ma Mate temá máttic ica, a, en enttre ou outr traas ci ciêênc nciias com com o ân âniimo em po pode derr exp xpllic icar ar “o “obj bjet etiv ivam amen ente te”” ao  me meio io ci circ rcun unda dant ntee ch cham amad ado o Na Natu ture reza za.. A is isto to se segu guiu iu,, em aj ajus usta tada da sí sínt ntes ese, e, o estudo do  corpo de quem era o observador implacável e objetivo; nasce assim a Biologia, Anatomia e  Fisiologia, entre outras. Até aqui tudo era “objetivo”, claro, adequadamente explicativo do  observável. Correspondia ao paradigma disjuntor cartesiano que controla o pe pens nsam ameent nto o oc ociide dent ntaal,  e qu quee sepa para ra cl clar aram ameente nte a ci ciên ênci ciaa da fi filo lossof ofia ia,, co como mo doi oiss mu mund ndos os que seg egu uir irãão se seus us  curs cursos os em for forma de tril trilho hoss pa para rale lellos e ind ndeepe pen nde dent ntees. No ent ntan anto to,, al algo go sur urgi giaa e ent ntor orpe peci ciaa a  “ob obsser erva vaçã ção o”: a pre presen ença ça do ob obsserv ervad ador or qu quee alt lteera rava va o ca camp mpo o de es estu tudo do e o qu quee o “ani “anima mava va”” – em su suaa du dupl plaa co cono nota taçã ção o de entu entusi sias asmo mo e al alma ma — ao ob obse serv rvad ador or,, es esse se “s “sub ubje jeti tivo vo”” qu quee complicava o  estudo e não tinha explicação. Com o surgimento da Psicanálise como ciência o

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“s “sub ubje jeti tivo vo”” come começo çou u  a obje objeti tiva varr-se se,, e a exis existê tênc ncia ia do mu mund ndo o in inte tern rno o fo foii a co conc nclu lusã são. o. É as assi sim m qu quee a subjetivação do objeto concluiu com a objetivação do sujeito. Em sua  obra Freud suscita que o eu é uma superfície com duas “caras”. Uma delas é desc descri rita ta desd desdee  a perc percep epçã ção o e a ou outr traa a part partir ir dos dos afet afetos os.. Um Umaa é a repr repres esen enta taçã ção o de um ob obje jeto to do mun mu ndo ext exter erno no  e a ou outr traa a imag imageem co cons nstr truí uída da a par arttir da sens nsaaçã ção. o. Um Umaa “é” um umaa su supe perrfí fíci ciee e a outr outraa a  “p “pro roje jeçã ção” o” de um umaa supe superf rfíc ície ie.. De um umaa di dize zemo moss qu quee é “rea “real” l” e a ou outr traa qu quee é “ide “ideal al”. ”. Um Umaa é “obje “objeti tiva va”” e  a ou outr traa é “sub “subje jeti tiva va”. ”. Em úl últi tima ma in inst stân ânci cia, a, am amba bass sã são o re repr pres esen enta taçõ ções es na co cons nsci ciên ênci cia. a. À pr prim imei eira ra  co conc ncei eitu tual aliz izam amos os como como somá somáti tica ca,, é o “c “cor orpo po bi biol ológ ógic ico” o” qu quee co corr rres espo pond ndee à real realid idad adee matter ma eria iall e  di dizzem emos os qu quee é assim ssimb bóli ólica ca;; é o cor corpo on onde de sur urge ge a nec eceessi sida dade de,, seu euss eng ngra rama mass sã são o herdados e  dizemos que é “patrimônio” da Biologia. À segunda conceitualizamos como pert perten ence cent ntee à  re real alid idad adee psíq psíqui uica ca;; é o “c “cor orpo po eróg erógen eno” o” on onde de se ex expr pres essa sam m as nece necess ssid idad ades es de dele le co como mo dese desejo jos, s,  se seus us engr engram amas as de vi vivê vênc ncia iass ta tamb mbém ém sã são o herd herdad ados os e di dize zemo moss qu quee é “pat “patri rimô môni nio” o” da Ps Psic ican anááli lise se  po porrqu quee é simbó imbóllic ico. o. No entan ntantto, ai aind ndaa qu quee o corp corpo o a que se re refe fere rem m a Bio iollog ogia ia e a Psicanálise é  um corpo que possui vida – animado -, nem bem ingressamos no seu estudo os ca cami minh nhos os di dive verg rgem em.. É sabi sabido do que que para para a Bi Biol olog ogia ia o corp corpo o é o as asse sent nto o de en engr gram amas as he herd rdad ados os qu quee se le leva vam m  a ca cabo bo auto automa mati tica came ment ntee no mu mund ndo o ci circ rcun unda dant nte, e, e os de deno nomi mina na “ins “insti tint ntos os”. ”. As Assi sim m qu quee à psicanálise lhe  importa o corpo depositário da libido, o que da conta do devenir de engramas herdados que se expressam como “pulsão” através das zonas erógenas. Temo Temos, s, agor agora, a, o Inco Incons nsci cien ente te como como at ator or e au auto torr da vi vida da e su suaa ap apre rese sent ntaç ação ão em so soci cied edad adee po porr pa part rtee  de Fr Freeud ud,, lhe dan ando do sua ca cart rtaa de ci cid dad adan ania ia ci cieent ntíífi fica ca.. 3 Com omo o pla lan nte team amos os pa pará rágr graf afos os atrá atráss, est stab abeele lece cerr  a nov nova ci ciêênc ncia ia nec eceessi sito tou u de hi hipó póttes eses es e cons constr tru uções ções pa para ra av avaanç nçar ar em su suaa inve invest stig igaç ação ão.. Co Conc ncei eito toss  como como “p “pul ulsã são” o”,, “i “inv nves esti tidu dura ra”, ”, “rep “repre ress ssão ão”, ”, entr entree ou outr tros os pa pass ssar aram am de

3

Cf. O inconsciente e a ci ência. Dorey e outros. 

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hipó hi póte tese sess ex expl plic icat ativ ivas as  a afir afirma maçõ ções es ci cien entí tífi fica cas. s. Po Pouc uco o a po pouc uco o a “sup “supos osiç ição ão”, ”, nece necess ssár ária ia co como mo co cons nstr truç ução ão,, foi foi  se cons consol olid idan ando do   «de maneira que não haveria outro expediente que adotar a suposi sup osição ção de pro proces cessos sos fís físico icoss ou som somáti áticos cos con concom comita itante ntess dos psí psíqui quicos cos , aos que pareça preciso atribuir uma perfeição maior que às séries psíquicas» (Freud, 1940a [1938]; pág. 155).

Mass não Ma não  to todo doss os au auto tore ress estã estão o de ac acor ordo do con con el ela. a. Ma Mart rtyy (1 (197 979) 9) me menc ncio iona na qu que, e, qu quan ando do a situ situaç ação ão tr trau aumá máti tica ca  é in insu sust sten entá táve vell pa para ra o psiq psiqui uism smo, o, o ap apar arat ato o es esta tabe bele lece ce uma uma de deso sorg rgan aniz izaç ação ão regr regres essi siva va com com o ânim ânimo o de mo mode dera rar, r, em um ca cami minh nho o qu quee le leva va da “m “men enta taliliza zaçã ção” o” à “s “som omat atiz izaç ação ão”. ”. Ou se seja, ja,  qu quee su suaa po post stul ulaç ação ão ca cart rtes esia iana na é co cont ntrá rári riaa à letr letraa da se segu gund ndaa hi hipó póte tese se fu fund ndam amen enta tal, l, da dado do que corpo  e alma são duas ontologias impossíveis de unir. McDougall (1981) escreve algo semelh sem elhant antee qua quando ndo  diz que os sin sintom tomas as som somáti áticos cos não são met metafó afóric ricos, os, são déb débeis eis man manife ifesta staçõe çõess do corp corpo o  bio iollóg ógic ico o qu quee é mudo mudo,, on ond de a ec eco onomi nomiaa do af afeeto e a at ativ ivid idad adee re repr preesen enttac acio iona nall es estã tão o bloqueadas no  caminho que parte do corpo fragmentário,   primário  primário, irrepresentável para o psiquismo, para chegar ao corpo erógeno, unificado e objeto de simbolização. Es Este te prin princí cípi pio o de si simp mplilici cida dade de sepa separa ra o qu quee está está liliga gado do (d (dis isfu funç nção ão), ), le leva vand ndo o qu quee es esta tass du duas as “rea reali lida dade des” s” se seja jam m  tra tratad tadas co como mo sepa para rad das e qu quee tome tomem m ca cami min nho hoss pa para rale lelo loss (M (Mor oriin, 19 1990 90). ). Assim, o  corpo “biológico” será observado no consultório clínico e o corpo “erógeno” no co cons nsul ultó tóri rio o ps psic ican anal alít ític ico. o.  Po Porr isso isso,, quem quem part partee dest destas as su supo posi siçõ ções es co cons nstr trói ói um umaa ps psic icos osso somá máti tica ca psican psi canalí alític ticaa med median iante te  a int introd roduçã ução o da som somato atogên gênese ese na per pertur turbaç bação ão psi psicol cológi ógica ca e a psi psicog cogêne ênese se no transtorno somático, Cesi Cesio o (1 (197 978), 8),  ao cont contrá rári rio, o, escr escrev evee qu quee os term termos os “s “som omát átic ico” o” e ps psic icos osso somá máti tico co”” nã não o es estã tão o is isen ento toss de  co conf nfus usão ão na in inve vest stig igaç ação ão psic psican anal alít ític ica. a. «[As «[As]] co cons nstr truç uçõe õess somá somáti tica cass que que real realiz izam amos os a  partir das  associações do paciente [são] explicações que, concomitanteme concomitantemente nte com as  psicanalíticas, nos   apresentam como uma explicação de manifestações psicológicas» (pág. 209). 9).

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Neste caso,  a segunda hipótese é tomada como uma advertência que faria Freud, para que o ps psic ican anal alis ista ta nã não o erre erre a in inte terp rpre reta taçã ção o do ma mate teri rial al “s “som omát átic ico” o” a pa part rtir ir da ps psic ican anál ális isee e o fa faça ça a pa part rtir ir da biologia. No entanto, no intento de unir o diverso (redução) mantém a disjunção. A objetivação  da coisa, os atributos que dela sabemos através das impressões, que pe perm rmit itee se seu u ac aces esso so à cons consci ciên ênci cia, a, sã são o semp sempre re me meno nore ress qu quee to todo do o qu quee a “coi “coisa sa em si si”” re repr pres esen enta ta.. É po porr  el elee qu quee o que pene penettra à cons consci ciên ênci ciaa é pa parc rcia iall e la lacu cuno nosso co com m re resspe peit ito o à “coi “coissa em si”. i”. Ma Maiis ad adia iant nte, e, no “E “Esq sque uema ma”” em lu luga garr da “c “coi oisa sa em si”, si”, que que pl plan ante teia ia Kant Kant,, ut util iliz izaa à fi fisi siol olog ogia ia co como mo se seu u representante. Tal como como  pl plan ante team amos os ante anteri rior orme men nte, te, en enqu quan anto to “é ob obri riga gató tórrio ad adot otar ar event ventu ual alme ment ntee alguma suposição  e submetê-lo à prova de maneira consequente até que fracasse ou se co corr rrob obor ore” e” (Fre (Freud ud  1914 1914c, c, pág. pág. 75), 75), a post poster erio iori ri da desc descri riçã ção o da se segu gund ndaa hi hipó póte tese se Fr Freu eud d (1 (194 940a 0a [193 [1 938], 8], pá pág. g.  28 288) 8) di dirá rá taxa taxati tiva vame ment nte: e: «os «os proc proces esso soss ps psíq íqui uico coss in inco cons nsci cien ente tess se seri riam am,, ju just stam amen ente te,, os processos orgânicos paralel paralelos os do anímico anímico,, há muito admitidos»4. Su Sust sten enta tarr entã então o  qu quee “c “cor orpo po”” e “a “alm lma” a” sã são o do dois is es esta tatu tuto toss on onto toló lógi gico coss qu quee re requ quer erem em de um te terc rcei eiro ro para para  vi vinc ncul ular ar-s -see é mu muit ito o di dist stin into to a sust susten enta tarr qu quee “c “cor orpo po”” e “alm “alma” a” sã são o du duas as fo form rmas as em que uma  realidade incognoscível é observada a partir da consci ciêência. Como escreve o poeta William Blake  (1790-93), «o homem não tem um corpo distinto de sua alma. Aquilo que chamamos corpo  é uma porção da alma percebida pelos sentidos» (pág. 6). Y Carrel (1949) sust susten enta ta:: «c «cor orpo po  e al alma ma sã são o vi vist stos os toma tomado doss do me mesm smo o ob obje jeto to,, ai aind ndaa qu quee po porr méto método doss di dife fere rent ntes es;; ab abst stra raçõ ções es obti obtida dass  por por noss nossaa ra razã zão o da unid unidad adee conc concre reta ta de no noss sso o se serr (…) O er erro ro de De Desc scar arte tess fo foii cr creer na  re real alid idad adee dest destas as abst abstra raçõ çõees e cons consiidera derarr o ma mate teri rial al e o me ment ntal al tã tão o he hettero rogê gên neo eoss como como 4

 Esta obra foi escrita em Londres em 20 de outubro de 1938, posterior ao “Esquema de psicanálise”, segundo relata Strachey na introdução a dita obra.

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duas duas co cois isas as  di dist stin inta tas. s. Este Este dual dualis ismo mo peso pesou u mu muit ito o temp tempo o so sobr bree a hi hist stór ória ia de no noss sso o co conh nhec ecim imen ento to do ho home mem. m. Porq Porque ue enge engend ndro rou u o fals falso o prob proble lema ma da dass rela relaçõ ções es da al alma ma e do co corp rpo. o. Nã Não o ex exis iste tem m ta tais is rela relaçõ ções es.. Ne Nem m a alma alma ne nem m o co corp rpo o po pode dem m ser ser estu estuda dado doss po porr se sepa para rado do.. «S «Som omen ente te ob obse serv rvam amos os um se serr co comp mple lexo xo,,  cuja cujass ativ ativid idad ades es fora foram m di divi vidi dida dass ar arbi bitr trar aria iame ment ntee em fi fisi siol ológ ógic icas as e ment mentai ais» s» (pág (pág.. 121). Ente En tend ndem emos os que que  com com a rein reinse serç rção ão do suje sujeit ito o o ob obse serv rvad ador or na tram tramaa do co conh nhec ecim imen ento to,, e a nova nova in inte terp rpre reta taçã ção o  das das deno denomi mina nada dass leis leis da natu nature reza za,, en envo volv lvem em um câ câmb mbio io ep epis iste temo moló lógi gico co no pens pensam amen ento to ci cien entí tífi fico co..  E a difi dificu cult ltad adee de posi posici cion onar ar a Ps Psic ican anál ális isee en entr tree ci ciên ênci cias as da na natu ture reza za ou ci ciên ênci cias as do es espí píri rito to,, com com as quai quaiss tinh tinhaa que que me medi diar ar Fr Freu eud, d, de depe pend ndee ma mais is da te teor oria ia ex expl plic icat ativ ivaa qu quee o observador utilize, que da suposta realidade que trata.

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