Contraponto Modal x Tonal

March 23, 2017 | Author: Igor Vasconcelos Rosário | Category: N/A
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Sistemas de Organização Sonora

Apoio para Unidade 12

Contraponto: Modal X Tonal Coordenador: Fernando Lewis de Mattos

Bolsistas: Fernanda Krüger Garcia Bernardo Grings Gerson de Souza

Departamento de Música - UFRGS Porto Alegre, setembro de 2007.

1. Características • Geralmente, o contraponto elaborado com base nas relações de intervalos existentes entre as vozes resulta em uma estrutura de caráter modal, ao passo que o contraponto elaborado com base na harmonia reforça os aspectos tonais do cantus firmus. • Por essa razão, costumamos considerar que: a música modal tem por base um ‘contraponto de intervalos’, isto é, o contraponto é estruturado a partir das relações de consonância e dissonância;

a música tonal tem por base um ‘contraponto de acordes’, isto é, o contraponto é elaborado a partir das notas que compõem a harmonia. • É comum dividirmos o estudo de contraponto em Contraponto Modal e Contraponto Tonal.

2. Contraponto Modal • O estudo do Contraponto Modal tem por base as técnicas contrapontísticas da música vocal sacra do Renascimento (séc. XV-XVI), principalmente da Escola Romana, cujos compositores mais proeminentes foram Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594) e Orlando di Lasso (1532-1594). • Esta música está elaborada com base no controle dos intervalos consonantes e dissonantes existentes no interior de cada um dos modos (Dórico, Frígio, Lídio, etc.).

2. Contraponto Modal • Abaixo, temos o trecho inicial do moteto Super flumina Babylonis, de Palestrina(partitura ampliada).

2. Contraponto Tonal • O estudo do Contraponto Tonal é embasado nas técnicas contrapontísticas da música instrumental da última fase do Período Barroco (primeira metade do séc. XVIII), em que o modelo mais importante é tomado a partir das invenções e fugas de Johann Sebastian Bach (1685-1750). • Essa música é organizada com base no controle dos intervalos existentes na formação dos acordes. Isso faz com que haja algumas diferenças no conceito de consonância e dissonância. • Em um acorde de G7, por exemplo, os intervalos de 4ªJ (re-sol) e 7ªm (sol-fá), que seriam considerados dissonantes na época de Palestrina, podem ser tratados como consonâncias por músicos do período tonal (Purcell, Bach, Haydn, Mozart e Chopin, entre outros).

3. Contraponto Tonal • Aqui apresentamos como exemplo a Invenção Nº 1, de J. S. Bach. (partitura ampliada)

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