Construção - Chico Buarque Amou daquela Amou daquela vez como se fosse a
E cada filho seu como se fosse o pródigo
última
E atravessou atravessou a a rua com seu passo
Beijou sua Beijou sua mulher como se fosse a última "ado E cada filho seu como se fosse o único E atravessou atravessou a a rua com seu passo tímido
Subiu a Subiu a construção como se fosse sólido Ergueu no Ergueu no patamar quatro paredes
Subiu a Subiu a construção como se fosse máquina Ergueu no Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
mágicas Tijolo com tijolo num desenho lógico Seus olhos emotados de cimento e tráfego
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Sentou pra Sentou pra descansar como se fosse um
Seus olhos emotados de cimento e
príncipe
lágrima
Comeu feijão Comeu feijão com arroz como se fosse o má#imo
Sentou pra Sentou pra descansar como se fosse
Bebeu e Bebeu e soluçou soluçou como como se fosse máquina
sáado
Dançou e Dançou e gargalhou gargalhou como como se fosse o
Comeu feijão Comeu feijão com arroz como se fosse
pró#imo
um príncipe Bebeu e Bebeu e soluçou como se fosse um
E tropeçou tropeçou no no c!u como se ouvisse
náufrago
música
Dançou e Dançou e gargalhou gargalhou como como se ouvisse
E flutuou flutuou no no ar como se fosse f osse sáado
música
E se acabou acabou no no chão feito um pacote tímido
E tropeçou tropeçou no no c!u como se fosse f osse um
Agonizou no Agonizou no meio do passeio náufrago
"ado E flutuou flutuou no no ar como se fosse um
Morreu na Morreu na contramão atrapalhando o
pássaro
púlico
E se acabou acabou no no chão feito um pacote flácido Agonizou no Agonizou no meio do passeio púlico
Amou daquela Amou daquela vez como se fosse máquina Beijou sua Beijou sua mulher como se fosse lógico
Morreu na Morreu na contramão atrapalhando o
Ergueu no Ergueu no patamar quatro paredes
tráfego
flácidas Sentou pra Sentou pra descansar como se fosse um
Amou daquela Amou daquela vez como se fosse o último Beijou sua Beijou sua mulher como se fosse a única
pássaro
E flutuou no ar como se fosse um
%ela cachaça de graça que a gente tem
príncipe
que engolir
E se acabou no chão feito um pacote
%ela fumaça e a desgraça& que a gente
"ado
tem que tossir %elos andaimes pingentes que a gente
Morreu na contra$mão atrapalhando o sáado
tem que cair& (eus lhe pague
%or esse pão pra comer& por esse chão
%ela mulher carpideira pra nos louvar e
prá dormir
cuspir
' certidão pra nascer e a concessão pra
E pelas moscas icheiras a nos eijar e
sorrir
corir
%or me dei#ar respirar& por me dei#ar
E pela paz derradeira que enfim vai nos
e#istir&
redimir&
(eus lhe pague
(eus lhe pague
1. Compreensão da letra.
2. Contexto da Música
a. A música Construção é do ano de 1967. Quais importantes acontecimentos internacionais ocorreram na época? E no rasil! "ual era o contexto pol#tico e cultural? _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ $.
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