Construção da Blindagem Radiológica
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Blindagem Radiológica A blindagem radiológica consiste de um revestimento de chumbo na parede ou dentro da porta e argamassa baritada, formando assim uma parede solida e altamente eficiente contra vazamento de radiação. Tornando o exame mais seguro para as pessoas que estão estão fora da sala de raio x.
Construção da Blindagem Radiológica As barreiras protetoras para salas de raios-x rai os-x devem ser calculadas por um físico especialista em um projeto de radioproteção. As salas de radiologia variam de acordo com sua utilização, energia do feixe, quantidade e técnica das radiografias feitas, tipo de equipamento utilizado e grau de ocupação das áreas vizinhas. Estes são alguns mas não todos os parâmetros usados para se estabelecer um memorial de cálculo de blindagens. Este documento é necessário para a obtenção da licença sanitária, ou alvará de funcionamento de todas as clínicas ou unidades de assistência à saúde do Brasil. A legislação que a regulamenta é a Portaria 453 de 08/06/1998 da ANVISA. Sendo assim, de nada adianta fazer as blindagens das paredes e portas se não houver o documento comprobatório de sua eficácia e a assinatura do responsável pelos cálculos. Para fins de estimativa de quantidades pode-se tomar como regra de mão: a) Clínicas odontológicas com aparelho periapical costumam ter como blindagem 1,0 cm de
argamassa baritada aplicada em toda parede até a altura de 220 cm do piso acabado. b) Clínicas com aparelho panorâmico devem aplicar 2,0 cm na direção do feixe e 1,5 cm de
espessura de argamassa baritada na direção do feixe espalhado. (Normalmente local do comando do equipamento) OBS: Devido ao deslocamento do tubo (feixe primário) por um ângulo de 120° a 180° durante a
radiografia, considera-se um semicírculo representando o feixe primário. Recomenda-se o uso de cabines fechadas para maior proteção do operador neste tipo de equipamento. A porta deve receber uma proteção de 1,5 mm de chumbo, em especial no caso de ser utilizada também como biombo protetor. Este é o caso em que se coloca (instala-se) um visor na porta e o comando fica do lado de fora, junto com o acesso da sala. Relembrar que o tratamento da legislação (RDC 50/02) exige as mesmas considerações de distância do aparelho às paredes que as aplicadas nos raios-x médicos em geral. c) Salas de raios-x de pequeno porte podem considerar para efeito de quantificação de
material apenas, o revestimento de 2,0 cm de argamassa baritada para a parede do Bucky e 1,5 cm nas demais, sempre com a altura mínima de 220 cm do piso acabado.
Espessura do Chumbo
A espessura deverá ser proporcional a vários fatores, entre eles a energia do feixe incidente (característica do tipo de equipamento e do aparelho utilizado), as quantidades de exames feitos semanalmente, a ocupação da área a ser protegida e a freqüência de uso do feixe de raios-x nesta direção. Por exemplo: atrás do bucky é um ponto de cuidado extremo, pois cerca de 50% dos exames realizados na sala são, em média, feitos na estativa vertical. Um valor habitual para este ponto é de 2,00 mm de espessura de chumbo (Pb), no entanto, a depender das condições do serviço este valor poderá ser maior ou menor. A espessura correta é necessariamente determinada por um projeto de radioproteção específico e sua eficácia deve ser comprovadas por radiometrias posteriores. Para radiologia oral onde temos em média, feixes de 70 kV com 8 ma, colimados em 6 cm de diâmetro, costuma ser suficiente a adição de 0,60 mm de espessura de chumbo. Salas de mamografia que trabalham com feixes de baixa energia (tipicamente 28 kV) necessitam de blindagens ainda inferiores.
Argamassa Baritada A argamassa é um composto de areia, cimento e aglomerante, destinada a regularizar ou preencher uma superfície qualquer na construção civil. A argamassa baritada é um composto que por ter agregado um minério de alta densidade “barita” ou sulfato de bário hidratado (Baso4) presta-se à proteção radiológica. A sua alta densidade resultante, se comparada à densidade de uma argamassa tradicional, absorve mais radiação e é de fácil aplicação. A densidade do produto final fica com cerca de 3,2 g/cm3, sendo radiopaca para feixes de raios-x de média e baixa energia. Seu sucesso no mercado de construção civil dá-se pelo valor econômico em relação ao custo do chumbo e pela facilidade de aplicação, não necessitando de mão de obra especializada.
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