Conferência de Berlim Trabalho Feito PDF

November 11, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Introdução A Conferência de Berlim, proposta pelo Chanceler alemão Otto von Bismarck (1815-1898), foi uma reunião entre países para dividir o continente africano. Estiveram  presentes as nações nações imperialistas do séc século ulo XIX: Estados Unidos, Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, Dinamarca, Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Itália, Império Alemão, Suécia, Noruega, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano. Note que alguns  países participantes não possuíam colônias na África, como o império Alemão, Império Turco-Otomano e Estados Unidos. No entanto, cada um deles tinha interesse em obter um pedaço do território africano ou garantir tratados de comércio.

 

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.  Definição, termos e conceitos 1.1.Conferência 1.1.Conferên cia de Berlim A Conferência de Berlim, também conhecida como conferência da África Ocidental ou Conferência do Congo, realizou-se em Berlim, em Berlim,   de de  15 de novembro de 1884 de 1884 a 26 de fevereiro de 1885, de 1885,   marcando a colaboração colaboração europeia  europeia na  partição e divisão territorial da África. da África.   Tal divisão a de de Portugal  Portugal e organizado pelo Chanceler do  do Império Alemão, Alemão,  Otto von Bismarck, Bismarck,   o evento contou com a  participaçãode

países

europeus

(Alemanha, (Alemanha, Áustria  Áustria

Hungria, Bélgica, Hungria,  Bélgica, Dinamarca,  Dinamarca, Espanha,  Espanha, França,  França, Grã-Bretanha,  Grã-Bretanha, Itália,  Itália, Noruega,  Noruega, Países  Países Baixos, Portugal, Baixos,  Portugal, Rússia  Rússia e Suécia)  Suécia)   mas também do do  Império Otomano e dos dos Estados  Estados Unidos.   O Unidos.

objetivo

declarado

era

o

de

"regulamentar

aa  liberdade

do

comércio nas nas bacias  bacias do Congo do Congo e do Níger, do Níger,   assim como novas ocupações de territórios sobre a costa ocidental da África." Uma conferência anterior (Conferência geográfica de Bruxelas,  Bruxelas,  em 1876) iniciou o debate sobre a partição da  da  região do Congo,  Congo,  que foi dividido em três  partes: Congo-Léopoldville,  partes:  Congo-Léopoldville,   que coube aos belgas, belgas, Congo-Brazzaville,  Congo-Brazzaville,   atribuída aos franceses, e Angola, e Angola,   que historicamente já pertencia a Portugal. Todas essas regiões formavam o antigo Reino antigo Reino do Kongo. Kongo. O  O principal resultado da conferência de Berlim foi o estabelecimento de regras oficiais de colonização de colonização mas, além disso, a conferência gerou uma onda de assinaturas de tratados entre os vários países europeus. A Alemanha, país vencedor da guerra da guerra franco-prussiana, franco-prussiana, não  não possuía colônias na África, mas tinha esse desejo e viu-o viu-o satisfeito, passando a administrar o “Sudoeste Africano”” (atual Namíbia) Africano (atual Namíbia),, Tanganica, Camarões  Tanganica, Camarões e Togolândia;  Togolândia;   os Estados Unidos na altura não tinham mais a colônia da Libéria, da  Libéria,   independente desde 1847, mas, como  potência em ascensã ascensão, o, foram convidados; o Império Otomano Otomano possuía  possuía províncias na África, notadamente o Egito o Egito (incluindo o futuro futuro Sudão  Sudão Anglo-Egípcio) Anglo-Egípcio)   e Trípoli,  Trípoli,   mas seus domínios foram vastamente desconsiderados no curso das negociações e foram arrebatados de seu controle até 1914. Durante a conferência, Portugal apresentou um projeto, o famoso Mapa famoso  Mapa cor-derosa, que rosa,  que consistia em ligar  Angola  Angola a Moçambique, criando  Moçambique, criando uma comunicação entre as duas colônias, de modo a facilitar o comércio e o transporte de mercadorias. Sucedeu  

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que, apesar de todos concordarem com o projeto, mais tarde a Inglaterra à margem do  do  Tratado de Windsor, Windsor,   surpreendentemente recusou o projeto, dando um um ultimato  ultimato a Portugal, ameaçando declarar-lhe guerra se a proposta não fosse retirada. Portugal, com receio de colocar em causa o tratado de amizade e cooperação militar mais antigo do mundo, cedeu às pretensões ingleses, retirando o projeto do Mapa cor-de-rosa. Como resultado da conferência, a Grã-Bretanha passou a administrar toda a África Austral (com exceção das colônias portuguesas de Angola e Moçambique) e o Sudoeste Africano, Africano,   toda aa África  África Oriental (com exceção da da Tanganica)  Tanganica) e  e partilhou a costa ocidental e o norte da África com a França, a Espanha e Portugal (GuinéBissau e Cabo Verde) Verde);; o Congo  Congo –   –  que   que estava no centro da disputa, o próprio nome da Conferência em alemão em alemão é "Conferência do Congo"  –   continuou como "propriedade" da Associação da Associação Internacional do Congo, Congo, cujo  cujo principal acionista era o rei rei Leopoldo  Leopoldo II da Bélgica; este Bélgica;  este país passou ainda a administrar os pequenos reinos das montanhas a leste, o Ruanda e oo Burundi.  Burundi.  

1.2.Causas A Conferência de Berlim foi realizada entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, na Alemanha. Presidida pelo chanceler do Império Alemão Otto Alemão  Otto von Bismarck, o Bismarck, o evento durou três meses e todas as negociações eram secretas, como era habitual naqueles tempos. Oficialmente, a reunião serviria para garantir a livre circulação e comércio na  bacia do Congo e no rio Níger; e o compromisso de lutar pelo fim da escravidão no continente. Contudo, a ideia era resolver conflitos que estavam surgindo entre alguns  países pelas possessões africanas e dividir amistosamente os territórios conquistados entre as potências mundiais. Todos tinham interesse em adquirir a maior parte de territórios, visto que a África é um continente rico em matérias-primas. Embora os objetivos tenham sido alcançados, a Conferência de Berlim, gerou diversos atritos entre os países  participantes. Vejamos Vejamos alguns deles: deles:

1.2.1.  Bélgica O rei Leopoldo II escolheu para si um território isolado e de difícil acesso, no centro do continente. Sua intenção era possuir uma colônia tal qual seus pares europeus,  

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 para inscrever a Bélgica como uma nação imperialista, como a Inglaterra e a França. Dessa maneira, o Congo belga fazia fronteira com várias colônias de outras nações e isso geraria conflitos no futuro.

1.2.2.  França x Inglaterra A França disputava com a Inglaterra a supremacia colonial tanto na África quanto na Ásia. Por isso, as duas nações esforçavam-se para fincar suas estacas na maior quantidade possível de território no continente africano. A Inglaterra contava com sua poderosa esquadra naval, a maior da época, para pressionar e influenciar os resultados das negociações. Por sua parte, a França foi negociando tratados com os chefes tribais ao longo do século XIX e usou este argumento para garantir territórios no continente africano. Essa técnica era usada por todos as nações que ocuparam a África. Os europeus aliavam-se a certas tribos e as ajudavam a combater seus inimigos  promovendo guerras. guerras. Durante a Conferência houve um momento de tensão muito sério. Tudo se deu devido a um plano apresentado por Portugal, conhecido como Mapa Cor-de-Rosa, no qual ele esboçou a intenção de ligar Angola a Moçambique a fim de aprimorar a comunicação entre as duas colônias e tornar mais fácil o comércio e o transporte de mercadorias. A aprovação da idéia foi unânime, até o momento em que a Inglaterra, que Portugal considerava sua aliada, se opôs veementemente e ameaçou  –  por   por meio de um ultimato que ficou conhecido na história pelo nome de Ultimato Britânico de 1890  –   declarar guerra a Portugal caso esse não desistisse de seus planos. Portugal agiu com  bom senso, pois pois temendo rep represálias, resálias, aban abandonou donou a ideia. A Alemanha perderia o domínio de suas colônias africanas após a Primeira Guerra Mundial, acontecendo a mesma coisa com a Itália no final da Segunda Guerra. O quadro ficou assim definido após o término tér mino desta conferência: a Grã-Bretanha tornou-se a dirigente de toda a África Austral - pertencente à parte sul, banhada pelo Oceano Índico em sua região próxima a borda do mar oriental e pelo Atlântico em seu litoral ocidental, exceto Angola e Moçambique, colônias portuguesas -, do Sudoeste Africano e da África Oriental, exceto Tanganhica. A costa ocidental e o Norte  –  da   da qual faziam  parte a Guiné-Bissau e Cabo Verde - foram repartidos com a França, Espanha e Portugal.

 

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O Congo, a região mais disputada, o “âmago” da altercação, localizada no centro-oeste centrooeste da África, continuou sendo “domínio exclusivo” da Companhia Companhi a Internacional do Congo, que tinha como principal acionista o rei Leopoldo II da Bélgica. As linhas divisórias nacionais vieram à luz a partir da injunção imposta por esta Conferência, uma arbitrariedade sem proporções, não houve qualquer preocupação em se preservar o que já existia.  No começo do século XX, o continente africano se encontrava em condições lamentáveis, totalmente cortado em pedaços, um para cada ocupante ocupante imperialista.  imperialista. Havia  Havia enormes aberrações nas organizações sociais e culturais dos territórios que foram  jugulados. A economia tradicional comunitária ou de subsistência foi totalmente desarticulada quando do ingresso de cultivos destinados exclusivamen exclusivamente te para o sustento e bem-estar das carências das metrópoles. Na colonização, a África foi retaliada de acordo com os interesses e benfeitorias dos europeus, tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas unidas. É por este motivo que nos dias de hoje ocorrem tantas guerras civis. Foi somente após a  a Segunda Guerra Mundial que as colônias africanas começaram a alcançar a sua liberdade e a se solidificar no formato dos modernos países africanos.

1.3.Consequências Como consequência, o território africano foi dividido entre os países integrantes da Conferência de Berlim: Mapa

da

África

após

a

Conferência de Berlim  



Grã-Bretanha: suas colônias atravessavam atravessava m todo o continente e ocupou terras desde o norte

 

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com o Egito até o sul, com a África do Sul;  



França: ocupou basicamente o norte da África, a costa ocidental e ilhas no Oceano Índico,



 

Portugal: manteve suas colônias como Cabo Verde, são Tomé e Príncipe, Guiné, e as regiões de Angola e Moçambique;

 

Espanha: continuou com suas colônias no norte da África e na costa ocidental africana;

 

Alemanha: conseguiu território na costa Atlântica, atuais Camarões e Namíbia e na





costa Índica, a Tanzânia;  

Itália: invadiu a Somália e Eriteia. Tentou se estabelecer na Etiópia, mas foi derrotada;

 

Bélgica: ocupou o centro do continente, na área correspondente ao Congo e Ruanda. Por sua vez, a liberdade comercial na bacia do Congo e no rio Níger foi garantida; assim





como a proibição da escravidão e do tráfico de seres humanos A Conferência de Berlim foi uma vitória diplomática do chanceler Bismarck. Com a reunião, ele demonstrava que o Império Alemão não podia ser mais ignorado e era tão importante quanto o Reino Unido e a França. Igualmente, não solucionou os litígios de fronteiras disputados pelas potências imperialistas na África e levariam à Primeira Guerra Mundial (1914-1918). O conflito foi travado entre dois grandes blocos: Alemanha, Áustria e Itália (formavam a Tríplice Aliança), e França, Inglaterra e Rússia (formavam a Tríplice Entente). Como a África era considerada uma extensão desses países europeu, o continente também se viu envolvido na Grande Guerra Mundial, com os nativos integrando os exércitos nacionais. Essa nova configuração do continente africano feito  pelas potências mundiais, permanece permaneceuu até o fim da da Segunda  Segunda Guerra Mundial (19391945). Após esta data eclodiram vários movimentos de independência em diversos  países africanos. africanos.

 

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Conclusão Em suma, a repartição da África, realizada de forma despótica, teve seu ápice quando da realização da Conferência de Berlim, que se iniciou em 1884 e durou até o ano subsequente. A Conferência contou com a participação de 15 países, 13  pertencentes à Europa e o restante advindo dos Estados Unidos e da Turquia. Apesar dos Estados Unidos não possuírem colônias no continente africano, era um poderio que se encontrava em fase de crescimento, visando assim a conquista de novos territórios.  Na mesma situação situação se encon encontrava trava o país se sede de da Conferênc Conferência, ia, a Alemanha, que desejava também conquistar para si algumas colônias. Vários temas foram abordados durante a Conferência, porém, o objetivo maior era a elaboração de um conjunto de regras que dispusessem sobre a conquista da África  pelas potências coloniais da forma mais ordenada possível, mas que acabou resultando em uma divisão nada pacífica. A Grã-Bretanha e a França foram os países que abocanharam o maior número de territórios, em seguida veio Portugal, Bélgica, Espanha, Itália –  Itália –  que,  que, apesar de ter adentrado tardiamente na corrida colonial, devido ao  processo de unificação nacional pelo qual passava, não ficou a ver navios –  navios  – , Alemanha, Holanda, Dinamarca, Estados Unidos da América, Suécia, Áustria-Hungria e Império e  Império Otomano. A Otomano.  A Turquia, apesar de não conquistar nenhuma colônia na África, era o cerne do Império Otomano –  Otomano  –  Estado  Estado que teve sua existência entre os anos de 1299 e 1922  –   ee tinha interesses no norte da África. Os demais países europeus que não foram  beneficiados na divisão da África eram potências comerciais ou industriais que já  possuíam negócios negócios mesmo qu quee indiretos com o continente africano. africano.

 

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Referências Bibliográficas 

 

Brunschwig, Henri. A Partilha da África Negra São Paulo: Perspectiva, 2006. 2º Edição.



 

Conrad, Joseph. O coração da Treva. São Paulo: Brasiliense, 1984.



 

De Decca, E. O colonialismo como glória do império. In: Reis Daniel; Ferreira, J. e Zenha Celeste (orgs) História do século XX. Rio de Janeiro, Record, 2003, 2° edição Facina, Adriana e De Castro, Ricardo. As resistências dos povos à partilha do mundo.



 

Hobsbawn, Eric. A Era dos Impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989. 6ª edição.



 

Kennedy, Paul. Ascensão e queda das grandes potências: Transformação econômica e conflito militar de 1500 a 2000. Rio de Janeiro: Campus, 1991. Lênin, V.I . O imperialismo, estágio superior do capitalismo.



 

 

MAGNOLI, Demetrio.  Demetrio.  História História da Paz . São Paulo: Editora Contexto, 2008.

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REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO ANA ESTRELA

HISTÓRIA A CONFERÊNCIA DE BERLIM

Docente  _____________________  __________ ______________ ___ Prof. Ricardo

Luanda  –  2018  2018

 

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REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO ANA ESTRELA

HISTÓRIA A CONFERÊNCIA DE BERLIM

Nome: Yuri da Silva Turma: 2EJ Classe: 11ª Período: Tarde

Docente  _____________________  __________ ______________ ___ Prof. Mafuta

Luanda  –  2018  2018  

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Índice

Introdução ..................... ............................................ ............................................. ............................................ ............................................ ................................. ........... 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................... ........................................... ............................................. ........................................ ................. 2 1. Definição, termos e conceitos ..................... ........................................... ............................................. ........................................ ................. 2 1.1.

Conferência de Berlim ..................... ............................................ ............................................. ............................................ ......................... ... 2

1.2.

Causas .................... ........................................... ............................................. ............................................ ............................................. ............................. ...... 3

1.2.1.

Bélgica ...................... ............................................. ............................................. ............................................ ............................................ ...................... 3

1.2.2.

França x Inglaterra .................... .......................................... ............................................ ............................................ ............................. ....... 4

1.3.

Consequênc Consequências ias ............................................ ................................................................... ............................................. .................................... .............. 5

Conclusão ..................... ............................................ ............................................. ............................................ ............................................ ................................. ........... 7 Referências Bibliográficas .... .......................... ............................................ ............................................. ............................................. ......................... ... 8

 

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