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SUMÁRIO INTRODUÇÃO
PARTE I – A CARREIRA MÉDICA E O ESPECIALISTA
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CAPÍTULO 1. A CARREIRA MÉDICA
33
CAPÍTULO 2. O ESPECIALISTA
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CAPÍTULO 3. COMO ESCOLHER UMA ESPECIALIDADE?
51
CAPÍTULO 4. RESIDÊNCIA MÉDICA NOS EUA
57
CAPÍTULO 5. RESIDÊNCIA MÉDICA NA EUROPA
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PARTE II – AS ESPECIALIDADES
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ESPECIALIDADES DE ACESSO DIRETO
79
CAPÍTALO 6. ADMINISTRAÇÃO EM SAÚDE
81
CAPÍTULO 7. ANESTESIOLOGIA
91
CAPÍTULO 8. DERMATOLOGIA
101
CAPÍTULO 9. GENÉTICA MÉDICA
111
CAPÍTULO 10. GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
117
CAPÍTULO 11. INFECTOLOGIA
125
CAPÍTULO 12. MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE
137
CAPÍTULO 13. MEDICINA DE TRÁFEGO
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CAPÍTULO 14. MEDICINA DO TRABALHO
153
CAPÍTULO 15. MEDICINA ESPORTIVA
159
CAPÍTULO 16. MEDICINA LEGAL E PERÍCIAS MÉDICAS
167
CAPÍTULO 17. MEDICINA NUCLEAR
177
CAPÍTULO 18. NEUROCIRURGIA
187
CAPÍTULO 19. NEUROLOGIA
195
CAPÍTULO 20. OFTALMOLOGIA
209
CAPÍTULO 21. ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
217
CAPÍTULO 22. OTORRINOLARINGOLOGIA
223
CAPÍTULO 23. PATOLOGIA
229
CAPÍTULO 24. PEDIATRIA
237
CAPÍTULO 25. PSIQUIATRIA
243
CAPÍTULO 26. RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
249
CAPÍTULO 27. RADIOTERAPIA
259
ESPECIALIDADES CLÍNICAS
269
CAPÍTULO 28. CLÍNICA MÉDICA
271
CAPÍTULO 29. CARDIOLOGIA
281
CAPÍTULO 30. ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA
291
CAPÍTULO 31. GASTROENTEROLOGIA
299
CAPÍTULO 32. GERIATRIA
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CAPÍTULO 33. HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA
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CAPÍTULO 34. MEDICINA INTENSIVA*
325
CAPÍTULO 35. NEFROLOGIA
335
CAPÍTULO 36. NUTROLOGIA**
345
CAPÍTULO 37. ONCOLOGIA
353
CAPÍTULO 38. PNEUMOLOGIA
359
CAPÍTULO 39. REUMATOLOGIA
365
ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS
371
CAPÍTULO 40. CIRURGIA GERAL
373
CAPÍTULO 41. CIRURGIA CARDIOVASCULAR
379
CAPÍTULO 42. CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO
387
CAPÍTULO 43. CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO
397
CAPÍTULO 44. CIRURGIA PEDIÁTRICA
403
CAPÍTULO 45. CIRURGIA PLÁSTICA
409
CAPÍTULO 46. CIRURGIA TORÁCICA
419
CAPÍTULO 47. CIRURGIA VASCULAR
427
CAPÍTULO 48. COLOPROCTOLOGIA
435
CAPÍTULO 49. MASTOLOGIA***
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CAPÍTULO 50. UROLOGIA
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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NOTA: Classificamos dessa forma, pois acreditamos ser a maneira mais prática, já que no caso das especialidades de acesso direto, a opção já se faz no processo seletivo (concurso de residência geral), enquanto nas especialidades aqui caracterizadas como clínicas (pré-requisito de residência em clínica médica) e cirúrgicas (pré-requisito em cirurgia-geral), o médico terá maior tempo para decidir, afinal, passará por 02 anos no programa de residência básico, antes de entrar na especialidade propriamente dita. * Medicina intensiva admite como pré-requisito clínica médica, cirurgia geral ou anestesiologia. ** Nutrologia admite como pré-requisito clínica médica ou cirurgia geral. ***Mastologia admite como pré-requisito cirurgia geral ou ginecologia e obstetrícia.
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INTRODUÇÃO Dr. Caio Nunes Dr. Marco Antonio Santana DO DESAFIO DE SE TORNAR MÉDICO À ESPECIALIDADE O processo de escolha da faculdade e da profissão que se pretende seguir ocorre, para maioria das pessoas, de forma bem precoce, por volta dos dezesseis e vinte anos de idade. É consenso que não temos, nessa tenra idade, a maturidade e vivência necessárias para entender a complexidade desta decisão. Você escolheu ser médico. Carreira das mais disputadas em todo o mundo. Enfrentou uma prova e processo seletivo concorrido e competitivo, estudou vertiginosamente por alguns anos para conseguir esta disputada colocação. Desvendou nas matérias mais básicas a complexidade do funcionamento do corpo humano no seu estado fisiológico e as suas adaptações nos processos patológicos. Passou pela infinidade de conhecimentos que vão da biologia molecular até a cirurgia do trauma. Teve contato com o sofrimento dos pacientes e toda a dimensão humana que torna essa profissão ainda mais interessante e complexa. O que talvez você ainda não tenha
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descoberto (ou que já descobriu e por isso procura se aprofundar sobre esta temática) é que, ao contrário do que pensa o leigo, há uma distância enorme entre os médicos no seu cotidiano profissional. De fato, existem médicos e médicos. O processo de especialização e a ampliação do campo de atuação da medicina tornou a carreira cheia de possibilidades de atuação (professor, cientista, internista, cirurgião, executivo). Há tantas diferenças na rotina dos especialistas que, mesmo entre aqueles que prestam assistência direta ao paciente, é possível se falar que exista um espectro de profissões diferentes. Exemplo disso é você imaginar a diferença da rotina de um neurocirurgião, e de um patologista. Esqueça definitivamente o clichê de que ser médico significa somente ser o senhor de jaleco branco que trata doentes com um receituário e estetoscópio, ou alguém que, com um roupão cirúrgico, passa horas a fio operando. Hoje o médico tem um papel ainda mais amplo, participando efetivamente da parte
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técnica e ainda auxiliando na gestão dos serviços, auditorias, perícias, negociando com planos de saúde, interagindo com equipes multidisciplinares, realizando grande parte da burocracia associada aos procedimentos, desenvolvendo projetos, compra de equipamentos, bem como ensinando e supervisionando outros residentes. É importante que o leitor tenha em mente que a medicina é, provavelmente, a única profissão em que há um nicho de mercado para cada tipo de personalidade. Há bastante variedade em termos de prática médica, assim como as habilidades necessárias para a realização de cada uma delas. É possível trabalhar em hospital, consultório, laboratório, além de ser médico de um time esportivo, de um navio transatlântico, de uma plataforma de petróleo, de um asilo de idosos, de uma construção de represa ou de missões militares. É possível fazer pesquisa ou atividades administrativas em órgãos ou empresas de saúde, assim como há a possibilidade de trabalhar em ambientes urbanos, rurais, nacionais ou internacionais. Abra sua mente para perceber quantas são as possibilidades de carreiras dentro da medicina e que isso torna a profissão ainda mais fantástica. A etapa do internato traz uma vivência mais próxima da realidade profissional e mostra a imensidão de conhecimentos e habilidades que se precisa para ser um bom médico. É nesta etapa que se tem contato mais próximo com as especialidades médicas. Infelizmente, não haverá tempo para “provar” e apren-
der o suficiente sobre cada uma delas, e, muito menos, de perceber que há uma realidade discrepante no exercício da medicina fora do ambiente acadêmico. O breve contato com as especialidades torna ainda mais angustiante a escolha de qual delas seguir. A formatura chegou e se foram pelo menos seis longos anos de graduação e muitas horas sem dormir. Calma! Já foi uma grande vitória. Agora é mais uma etapa de dedicação aos estudos para ser aprovado numa boa instituição onde começa um novo período de desafio, de aprendizado, de conquistas e amadurecimento profissional: a residência médica. Há quem diga que foram os melhores anos da vida e há quem diga o extremo oposto. O inegável é que é uma etapa fundamental na formação médica, principalmente para aqueles que querem estar entre os melhores num mercado cada vez mais competitivo, que não deixa espaço para perda de tempo. É justamente por isso que não devemos ter muitas dúvidas das nossas escolhas daqui para frente.
A ESCOLHA Escolher a residência e a especialidade que se quer seguir é praticamente equivalente à escolha de qual faculdade para cursar, com a diferença de que neste momento, temos mais maturidade (pelo menos um pouco mais) para nos encontrar com nossas diversas necessidades de realização profissional, financeira e de qualidade de vida, dentre
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outras. Realizar esta escolha sem ter o conhecimento das possibilidades disponíveis e sem refletir sobre as variáveis em jogo, bem como o peso que se quer atribuir a cada uma delas, é dar chance ao acaso escolher por você (com sérios riscos envolvidos nisso). Nossa pretensão é dar mais elementos para a tomada dessa decisão, esclarecer um pouco mais sobre o dia-a-dia real de cada uma das especialidades e também ajudar na reflexão de que variáveis se deve analisar nesse processo de seleção, tornando menos passional e mais objetivo, o processo de escolha com sua verdadeira profissão daqui para frente.
O LIVRO A idéia para formulação desta obra surgiu após intensas discussões durante a faculdade, festas, bares, cursinhos e plantões, onde amigos, em sua maioria, médicos, discutiam com frequência qual seria a melhor especialidade médica a exercer. Critérios como qualidade de vida, reconhecimento profissional, salário, satisfação pessoal, número de horas trabalhadas, sempre surgiam durante essas conversas. Estudante de medicina em grupo tem uma conversa que nunca muda: Fala de medicina, caso clínico, situações do ambulatório, plantões o tempo todo. Não há nesses encontros que não puxe o debate para a escolha da residência. As frases são sempre parecidas: “tem que fazer especialidade com procedimento”
“pediatra vai morrer de fome” “cirugia para mim não dá porque não tenho habilidade manual” “radiologia nem pensar, pois adoro contato com paciente” “meu pai é oftalmo, não tem como escapar” “Adoro e.c.g, adoro cardio!” “Professor Fulano é igual ao Dr. House, quero ser igual a ele por isso então vou fazer reumato” “Fazer residência no exterior é muito melhor” Não é incomum, entre os médicos jovens, escutar durante estas conversas, casos anedóticos daquele primo que fez tal especialidade e hoje está bem de vida, ou daquele amigo que fez outra especialidade, e hoje, não tem tempo pra nada, só vive em plantão e quase não tem vida pessoal. O tempo vai passando e vamos percebendo que alguns desses bordões são verdadeiros e outros não tem a menor relevância. Percebemos também quanta gente do nosso convívio escolheu a residência baseada em idéias concebidas de forma totalmente aleatória ou se apegou em uma idéia fixa que não tinha, no final, o menor fundamento. Observamos, neste processo, colegas que passaram na tão sonhada (e difícil) prova de residência e largar no meio do R2, pois percebeu que 29
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aquele caminho não tinha “nada a ver” com aquela especialidade. Perdemos as contas dos inúmeros colegas sobrecarregados e frustrados profissionalmente, modelos que adornam o nosso painel de convívio diário. Desta forma, percebemos que não havia nenhum material na literatura brasileira especializada que trouxesse informações sobre as especialidades, seus campos de atuação e seu dia-a-dia numa perspectiva mais real. Algumas especialidades são praticamente desconhecidas na graduação. Desenvolvemos a proposta de escrever um guia que fosse como uma conversa com o profissional inserido no mercado, método que você nem sempre teve oportunidade de ter. Não tivemos, em nenhum momento, a pretensão de ser um texto científico, embora, nos utilizamos de muita coisa disponível na literatura específica. Concebemos o livro em duas partes. A parte I, na qual falaremos um pouco da carreira médica, da diversidade de possibilidades de trabalho e de como o processo de especialização da medicina se deu, trazendo também algumas metodologias para ajudar na sua formação de opinião para a escolha de como seguir com a sua carreira. Trouxemos ainda informações sobre a experiência e o caminho para se realizar residência no exterior (principalmente nos EUA e Europa). A parte II exibe um pequeno panorama de cada especialidade, com um texto escrito por colaboradores de diferentes regiões do país, trazendo um pouco da prática diária, perfil, tipo de
atuação e informações de como é a residência na sua área, fechando assim, nestas duas etapas, um panorama geral para que você, leitor, fundamente melhor a sua escolha. Tentar passar um pouco das nossas experiências, bem como das experiências dos nossos colaboradores, para fomentar as ideias e tentar tornar “a escolha” o mais próximo de uma decisão embasada e amadurecida são os princípios que nos motivaram a reunir um grupo para escrever este livro. Trouxemos profissionais bem alocados no mercado e provenientes dos maiores programas de residência do país, para dar uma idéia ampla e mais próxima das diversas realidades existentes no Brasil. Sinceramente, esperamos ajudar no debate e no amadurecimento das suas concepções. Contamos ainda com a colaboração de vocês leitores para aprimoramento deste livro, nos enviado suas opiniões, dúvidas, críticas, sugestões, para que possamos auxiliá-los ainda mais neste processo decisório, e, quem sabe, torná-lo menos angustiante.
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DERMATOLOGIA
“
“
Dr. Pedro Dantas Oliveira
ÀS VEZES EU QUERIA DESCASCAR TODA A MINHA PELE E ME ENCONTRAR UM DIFERENTE POR BAIXO.
A
A Dermatologia é a especialidade responsável pelo cuidado da pele, maior órgão do corpo humano, com cerca de nove quilogramas e dois metros quadrados de área em um adulto mediano. Cabem ao especialista o diagnóstico e o tratamento clínico/cirúrgico das doenças que acometem não somente a pele, mas também a mucosa e os fâneros (cabelos e unhas).1 Há menção às moléstias cutâneas e aos cuidados cosméticos ainda na Antiguidade, em papiros egípcios, com descrições em Roma, Grécia e na Arábia. Mas foi na Europa, no fim do século XVI, que clínicos começaram a definir e categorizar os problemas cutâneos.2 Hoje, pelo menos 2.000 condições dermatológicas já foram descritas, e esse número continua em crescente aumento.1 No Brasil, foi fundada, em 1912, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), sendo hoje composta por mais de 6 mil associados, representando a segunda maior sociedade dermatológica
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FRANCESCA LIA BLOCK
do mundo, apenas superada pela Academia Americana de Dermatologia.3 Segundo informações do censo dermatológico 2011, realizado pela SBD, o Brasil tem a densidade de um dermatologista para cada 32.000 habitantes. Entretanto, sua distribuição é bastante irregular no país e entre os Estados, assumindo características metropolitanas. Além disso, a SBD vem crescendo entre 400 e 500 sócios por ano (6% a 8%), taxa mais acelerada do que a da população brasileira (1% a 1,5%), na última década.4 Para ter o registro da especialidade perante o Conselho Federal de Medicina, são necessários: •
Três anos de residência médica com acesso direto em instituição credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM/MEC)5, ou;
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Título de especialista, emitido
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CAPITULO 8
Como Escolher a Sua Residëncia Médica
pela SBD, após aprovação em exame teórico-prático elaborado pela instituição. Para se submeter a essa prova, por sua vez, é necessário que o médico tenha feito sua formação (residência ou estágio) em uma instituição credenciada pela SBD ou tenha 06 anos de atividade comprovada na dermatologia, conforme edital do exame.6, 7
O ESPECIALISTA E A SUA ROTINA Na escolha da especialidade, é importante que sejam considerados os interesses e as habilidades pessoais. A Dermatologia é uma especialidade eminentemente visual, e assim, esse tipo de memória pode auxiliar sobremaneira o profissional de tal área. Curiosidade para fazer uma investigação minuciosa e atenção a pequenos detalhes podem determinar um diagnóstico muitas vezes difícil. Minúcia e perfeccionismo são de igual necessidade na realização de procedimentos cirúrgicos delicados. Essas habilidades podem ser aperfeiçoadas ou adquiridas durante um treinamento adequado. Outra característica importante do dermatologista é sua atitude perante o paciente. No caso das doenças dermatológicas, as lesões expostas têm um impacto social e na qualidade de vida, levando à alteração de humor e do estado emocional. Compreendê-los, nesse contexto, e colaborar para a sua melhora biopsicossocial diferenciam consideravelmente um bom profissional. Outro perfil frequentemente observado nos consultórios é dos pacientes/
clientes, sem doenças dermatológicas, que buscam tratamentos estéticos e uma juventude duradoura. Ter sensibilidade para reconhecer transtornos psiquiátricos incipientes (dismorfofobia), contra indicar procedimentos “impostos” pelos pacientes e encaminhar para um tratamento específico requerem habilidades que não são facilmente apreendidas em salas de aula.
ROTINA DO DERMATOLOGISTA O atendimento ambulatorial é a rotina do dermatologista. Em um estudo baseado em 57 mil consultas ambulatoriais dermatológicas, o motivo principal foi acne, com 14% dos atendimentos, seguida pelas micoses superficiais (8,7%), transtornos da pigmentação (8,4%) e ceratose actínica (5,1%). A ceratose actínica foi a causa de consulta mais frequente no grupo de 65 anos e mais (17,2%), seguida pelo carcinoma basocelular (9,8%). A hanseníase foi a vigésima causa em todo o país, mas a quarta na região Centro-Oeste.9 O tratamento destas dermatoses mais frequentes faz parte do cotidiano. No entanto, a abordagem da prevenção é obrigatória nas consultas dermatológicas. Não somente uma avaliação minuciosa a fim de flagrar lesões iniciais com risco neoplásico, mas também a educação sobre o uso de fotoprotetores e riscos da exposição solar excessiva. Procedimentos cirúrgicos ambulatoriais de pequena complexidade, como biópsias cutâneas, cauterizações, crioterapias (congelamento com nitrogênio
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