Como Passar Concursos Jurídicos 15.000 Questões Comentadas 2014 - Wander Garcia

February 3, 2017 | Author: Thayrone Nery | Category: N/A
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4

a

Edição

CONCURSOS JURÍDICOS 2014

15.000

QUESTÕES COMENTADAS

BÔNUS ON-LINE

SUMÁRIO

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

SUMÁRIO

1. LÍNGUA PORTUGUESA

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1. INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS...........................................................................................................................................................................................5 2. VERBO................................................................................................................................................................................................................................13 3. PONTUAÇÃO.....................................................................................................................................................................................................................16 4. REDAÇÃO, COESÃO E COERÊNCIA...............................................................................................................................................................................19 5. CONCORDÂNCIA...............................................................................................................................................................................................................21 6. CONJUNÇÃO.....................................................................................................................................................................................................................25 7. PRONOMES.......................................................................................................................................................................................................................27 8. CRASE................................................................................................................................................................................................................................33 9. SEMÂNTICA.......................................................................................................................................................................................................................35 10. VOZES VERBAIS...............................................................................................................................................................................................................37 11. ORTOGRAFIA.....................................................................................................................................................................................................................41 12. REGÊNCIAS VERBAL E NOMINAL...................................................................................................................................................................................42 13. COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO..............................................................................................................................................................................44 14. ANÁLISE SINTÁTICA.........................................................................................................................................................................................................45 15. ENGLOBADAS...................................................................................................................................................................................................................46

2. INFORMÁTICA

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1. HARDWARE.......................................................................................................................................................................................................................49 2. OFFICE...............................................................................................................................................................................................................................52 2.1. EXCEL (PLANILHA ELETRÔNICA)..........................................................................................................................................................................52 2.2. WORD (EDITOR DE TEXTO)...................................................................................................................................................................................55 2.3. POWERPOINT (SLIDES).........................................................................................................................................................................................60 2.4. ACCESS...................................................................................................................................................................................................................60 3. BR OFICCE.........................................................................................................................................................................................................................60 3.1. WRITER (EDITOR DE TEXTO)................................................................................................................................................................................60 3.2. PLANILHAS ELETRÔNICAS (CALC).......................................................................................................................................................................61 3.3. BROFFICE – IMPRESS............................................................................................................................................................................................63 4. REDE E INTERNET............................................................................................................................................................................................................63 4.1. FERRAMENTAS E APLICATIVOS DE NAVEGAÇÃO..............................................................................................................................................64 4.2. CORREIO ELETRÔNICO.........................................................................................................................................................................................69 4.3. GRUPOS DE DISCUSSÃO......................................................................................................................................................................................71 4.4. BUSCA E PESQUISA...............................................................................................................................................................................................71 4.5. SEGURANÇA...........................................................................................................................................................................................................72

3



5. SISTEMAS OPERACIONAIS..............................................................................................................................................................................................73 5.1. WINDOWS................................................................................................................................................................................................................73 5.2. LINUX.......................................................................................................................................................................................................................79 6. SEGURANÇA......................................................................................................................................................................................................................80

03. MATEMÁTICA

81

1. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS........................................................................................................................................................................................81 2. CESPE................................................................................................................................................................................................................................89 3. OUTRAS BANCAS EXAMINADORAS...............................................................................................................................................................................91

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1. Língua Portuguesa Magally Dato

1. INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS O desafio da violência

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(VELHO, Gilberto. Violência: faces e máscaras. In: www.scielo.br – com adaptações) (Delegado/AP – 2010 – FGV) Uma (A) (B)

(C)

(D)

(E)

das teses defendidas pelo autor é a de que a sociedade civil, embora seja desorganizada, pode barrar o avanço da violência se amparada pelos demais poderes do Estado. ainda que a miséria e a pobreza possam contribuir para a propagação da violência, é a crise moral a grande responsável pelo seu agravamento. um projeto nacional de combate à violência inclui a disponibilidade de verbas e a ampla liberdade de aplicação dos poderes repressivos reservados ao Estado. no passado, mesmo que violenta, a sociedade era rigorosamente controlada; hoje, família, escola e religião são instituições imorais e/ou corruptas. a corrupção como característica natural do brasileiro tem origem nas culturas ameríndia e africana que estão na base de nossa formação.

De acordo com o texto “o clima geral de impunidade incentiva a utilização de recursos e estratégias criminosas”. Gabarito "B"

5

A VIOLÊNCIA, em diversas formas, foi variável fundamental na constituição da sociedade brasileira. A ocupação europeia do hoje território brasileiro foi feita mediante a destruição de centenas de culturas indígenas e da morte de milhões de ameríndios. Por outro lado, a instituição da escravidão, implicando uma dominação violenta, física e simbólica, atingiu os índios e depois, principalmente, a mão de obra africana que, durante quase quatro séculos, foi objeto do tráfico. Portanto, a sociedade brasileira tradicional, a partir de um complexo equilíbrio de hierarquia e individualismos, desenvolveu o uso da violência, mais ou menos legítimo, por parte de atores sociais bem definidos. No entanto, o panorama atual apresenta algumas características que alteram e agravam o quadro tradicional. A urbanização acelerada, com o crescimento desenfreado das cidades, as fortes aspirações de consumo, em boa parte frustradas, dificuldades no mercado de trabalho e conflitos de valores são algumas variáveis que concorrem para tanto. Ninguém mais se sente seguro: nem empresas nem indivíduos. Elites e classes médias têm suas casas assaltadas. O que dizer das camadas populares, secularmente vitimizadas? Nas favelas, nos conjuntos habitacionais, nas periferias, os criminosos fazem praticamente o que querem, seviciando, estuprando e matando. As pessoas são humilhadas e desrespeitadas de todos os modos. O poder público tem se mostrado, no mínimo, incapaz de enfrentar essa catástrofe. Sem dúvida, a pobreza, a miséria e a iniquidade social constituem, historicamente, campo altamente propício para a disseminação da violência. No entanto, creio que não tem sido dada a devida atenção para a dimensão moral, ética e do sistema de valores como um todo, para a compreensão desse fenômeno. A perda de credibilidade e de referências simbólicas significativas destrói expectativas de convivência social elementares. A família, a escola e a religião não têm sido capazes, por sua vez, de resistir à deterioração de valores. Na sociedade tradicional, com sua violência constitutiva, existiam mecanismos de controle social que marcaram uma moralidade básica compartilhada. Sem dúvida, continuam existindo áreas e grupos sociais que preservam e se preocupam com essas questões. Certamente a maioria das pessoas não é violenta ou

corrupta. No entanto, o clima geral de impunidade incentiva a utilização de recursos e estratégias criminosas. Desenvolvem-se, inevitavelmente, soluções do tipo “justiça pelas próprias mãos”, que aumentam ainda mais a violência e a insegurança. Policiais, bandidos, justiceiros e seguranças travam batalhas diárias matando e pondo em risco a segurança de toda a população. O fenômeno das “balas perdidas”, expressão desses conflitos, é difícil de ser explicado para pessoas que não vivem nas cidades brasileiras. O fato de qualquer pessoa em qualquer de seus bairros estar exposta a esse tipo de perigo ilustra, de modo dramático, a intensidade da crise. Como construir e sustentar um projeto nacional nessas circunstâncias? A sociedade civil, por si só, é insuficientemente organizada para enfrentar esses desafios e criar alternativas legítimas para o enfrentamento da violência. Só o Estado, reformado e renovado, incluindo o Legislativo e o Judiciário, poderá dispor de meios e recursos, articulado à opinião pública, para reverter essa ameaça de colapso. Estou falando, bem entendido, de regime democrático e não de ditaduras salvacionistas. Hoje um projeto capaz de mobilizar a nação passa, inevitavelmente, pelo estabelecimento de uma política efetiva de segurança pública dentro da ordem democrática. Só assim poderemos implementar e consolidar nossa precária cidadania, condição básica para o futuro da nação brasileira.

O QUANTO INFLUI A FORTUNA NAS COISAS HUMANAS E COMO REAGIR A ELAS Não ignoro que muitos foram e que tantos ainda são da opinião de que as coisas que sucedem no mundo veem-se de tal forma governadas pela fortuna e por Deus que os homens, com a sua sabedoria, não poderiam retificá-las e que nem sequer haveria meio de remediá-las. Baseados nisso, eles depreendem que, para defini-las, menos valeria esforçar-se em demasia que se entregar ao regimento da sorte. Tal opinião recebeu um 5 grande crédito nestes nossos tempos em razão das grandes transformações que vimos e que ainda vemos, a a cada dia, superar todas as humanas conjeturas. Meditando-o, eu mesmo, algumas vezes, senti-me parcialmente inclinado a aceitar esse juízo. No entanto, visto que não é nulo nosso livre-arbítrio, creio poder ser verdadeira a arbitragem da fortuna sobre a metade das nossas ações, mas que ela tenha-nos deixado o governo da outra metade, ou cerca disso. 10 E eu a comparo a um destes rios torrentosos que, em sua fúria, inundam os plainos, assolam as árvores e as construções, arrastam porções do terreno de uma ribeira à outra: todos, então, fogem ao seu irromper, nenhum homem resiste ao seu ímpeto, cada qual incapaz de opor-lhe um único obstáculo. E, em que pese a assim serem [esses rios], aos homens não é vedada, em tempos de calmaria, a possibilidade de obrar preventivamente diques e barragens, de sorte que, em advindo uma nova cheia, as suas águas escoem por um 15 canal ou que o seu ímpeto não seja nem tão incontrolável, nem tão avassalador.

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Magally Dato

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De um modo análogo intervém a fortuna, a qual manifesta seu poder onde não há forças organizadas que lhe resistam; ela, que volve o seu furor aos locais onde sabe que não foram construídos nem diques nem barragens para refreá-la. [...] Espero ter dito o bastante sobre a oposição que se pode fazer à fortuna de um modo geral. Adstringindo-me ao que há de particular em um príncipe, digo que hoje vemo-lo prosperar e amanhã cair em desgraça sem que demos tento de uma só mudança em sua natural forma de ser e de proceder, o que, creio eu, decorre principalmente da ideia de que um príncipe que se arrima tão somente na fortuna sucumbe ao variar desta. Creio igualmente que é feliz aquele que coaduna o seu modo de operar com as condições da sua época, e que, de um modo símile, é desditoso aquele cujo procedimento com estas conflita. Reparamos que os homens, em relação àquelas coisas que os conduzem aos fins que cada um persegue – isto é, às glórias e às riquezas – procedem diversamente: um, com circunspecção; o outro, com impetuosidade; um, valendo-se da violência; o outro, da habilidade; um, com paciência; o outro, com o seu contrário; e cada qual, com esses vários modos de portar-se, podendo atingir o seu intento. Notamos também, de dois homens cautos, que um realiza o seu propósito e o outro não, e, paralelamente, que dois homens alcançam o mesmo êxito atuando de maneiras diferentes; um, sendo ponderado; o outro sendo veemente – o que não é consequência senão das condições das diferentes épocas, que se conformam ou não às suas formas de agir. O resultado disso, já o referi: dois que se conduzem diversamente logram o mesmo resultado e dois outros, agindo de forma idêntica, um atingirá o seu objetivo e o outro não. A isso subordina-se igualmente o caráter cambiante do sucesso: se um [homem, príncipe...] pautar as suas ações pela prudência e pela paciência, e se os tempos e as circunstâncias correrem de um modo compatível com a sua conduta, ele será venturoso. Se os tempos e as circunstâncias, porém, mudarem, ele cairá em ruína não alterando o seu comportamento. É raro encontrarmos um homem tão sensato que saiba acomodar-se a essa realidade, seja por incapacidade de apartar-se daquilo a que a sua natureza o inclina, seja porque, havendo sempre prosperado ao seguir por uma determinada trilha, não pode persuadir-se a desviar-se dela. O homem circunspecto, ao chegar a hora de fazer-se impetuoso, retrai-se, inepto; donde a sua completa decadência. Afizesse-se ele ao seu tempo e à sua realidade e permaneceria inalterada a sua sorte (fortuna). Concluo que, sendo a sorte (fortuna) inconstante e os homens obstinados em suas formas de agir, estes serão felizes pelo tempo em que com ela convergirem e desditosos quando dela divergirem. E considero o seguinte: que mais vale ser impetuoso que circunspecto, pois que a fortuna [...] deixa-se melhor dominar por quem assim procede do que pelos que se portam com frialdade. Por esse motivo, ela é sempre amiga dos jovens: estes são menos judiciosos, mais aguerridos e mais audazes ao comandá-la. MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Trad. Antônio Caruccio-Caporale. Porto Alegre: L&PM, 2008. pp. 120-124. (Adaptado).

Comentário preliminar: trata-se um texto de difícil compreensão. Para compreendê-lo melhor, faz-se necessário prestar atenção aos seus referentes, isto é, procure sempre identificar o sujeito da oração, o referente do pronome, o objeto do verbo etc. Antes de ler o pequeno resumo a seguir, leia o texto e procure compreendê-lo. Seguem algumas ideias discutidas no texto: (1) O autor tem conhecimento de que há pessoas que acreditam na inexistência do livre-arbítrio. Para algumas pessoas, os acontecimentos são governados pela fortuna e por Deus. Desse modo, para essas pessoas, não valeria a pena esforçar para tentar mudar a sorte. O autor meditou a respeito e algumas vezes sentiu-se parcialmente inclinado a aceitar isso como verdade. (2)

O autor crê na arbitragem da fortuna sobre metade das nossas ações. É possível prevenir-se (“a fortuna intervém [...] onde não há forças organizadas que lhe resistam”).

(3)

O autor crê “que é feliz aquele que coaduna o seu modo de operar [com circunspecção ou com impetuosidade] com as condições da sua época [...] e desditoso aquele cujo procedimento conflita com as condições da sua época”.

(4)

Para que os homens alcancem seus objetivos, há dois modos de se agir: com circunspecção ou com impetuosidade. Dois homens “que se conduzem diversamente logram o mesmo resultado e dois outros, agindo de forma idêntica, um atingirá o seu objetivo e o outro não”.

(5)

“Se os tempos e as circunstâncias correrem de um modo compatível com a sua conduta, ele será venturoso. Se os tempos e as circunstâncias, porém, mudarem, ele cairá em ruína não alterando o seu comportamento”.

(6)

“Sendo a sorte (fortuna) inconstante e os homens obstinados em suas formas de agir, estes [homens] serão felizes pelo tempo em que com ela [a sorte] convergirem e desditosos quando dela [da sorte] divergirem”.

(Delegado/GO – 2009 – UEG) A alternativa (A) (B) (C) (D)

que melhor resume o texto é: para obter o sucesso, o homem deve ser impetuoso e pautar sua vida pela prudência e pela paciência. Mesmo possuindo o livre-arbítrio, jamais deve desviar-se do caminho no qual tem prosperado. agindo impetuosamente e de maneira obstinada, o homem sempre obterá sucesso, independentemente de seu livre-arbítrio e da época em que vive, pois a impetuosidade vale mais que a circunspecção. a vida humana é de tal modo governada pela sorte e por Deus que não há como o homem, mesmo possuidor do livre-arbítrio, alterar seu destino. Deve apenas conformar-se a ele pelo exercício da prudência e da paciência. a fortuna e Deus regem grande parte da vida humana. Há, contudo, a possibilidade de o homem, por meio de seu livre-arbítrio, interferir em sua sorte ou mesmo mudá-la, agindo de acordo com as necessidades da época.

O autor tem conhecimento de que há pessoas que acreditam na inexistência do livre-arbítrio. Para algumas pessoas, os acontecimentos são governados pela fortuna e por Deus. O autor crê na arbitragem da fortuna sobre metade das nossas ações. É possível prevenir-se (“a fortuna intervém [...] onde não há forças organizadas que lhe resistam”). Além disso, o autor crê “que é feliz aquele que coaduna o seu modo de operar com as condições da sua época”. Gabarito "D" (Delegado/GO – 2009 – UEG) Considerando (A) (B) (C) (D)

os parágrafos 5 e 6, é CORRETO afirmar que o homem (o príncipe), para obter sucesso, deve agir com circunspecção ou com impetuosidade, de acordo com seu caráter ou sua personalidade. circunspecção ou com impetuosidade, adaptando sua conduta às diferentes situações. impetuosidade, nas diversas situações, em detrimento da circunspecção. circunspecção em detrimento da impetuosidade, em qualquer situação.

O autor crê “que é feliz aquele que coaduna o seu modo de operar [com circunspecção ou com impetuosidade] com as condições da sua época [...] e desditoso aquele cujo procedimento conflita com as condições da sua época”. Gabarito "B"

6

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

II.

III.

os trechos retirados do texto. “[...] as coisas que sucedem no mundo veem-se de tal forma governadas pela fortuna e por Deus que os homens, com a sua sabedoria, não poderiam retificá-las e que nem sequer haveria meio de remediá-las.” (linhas 1-3) “[...] dois homens alcançam o mesmo êxito atuando de maneiras diferentes; um, sendo ponderado; o outro sendo veemente – o que não é consequência senão das condições das diferentes épocas, que se conformam ou não às suas formas de agir.” (linhas 29-32) “[...] mais vale ser impetuoso que circunspecto, pois que a fortuna [...] deixa-se melhor dominar por quem assim procede do que pelos que se portam com frialdade.” (linhas 44-45)

Revela opiniões defendidas pelo autor o que se afirma (A) apenas em I. (B) apenas em I e II. (C) apenas em II e III. (D) em I, II e III. O autor crê na arbitragem da fortuna sobre metade das nossas ações. Gabarito "C" (Delegado/GO – 2009 – UEG) A conclusão

a que chega o autor, no 7º parágrafo, decorre da (A) consideração parcial das ideias apresentadas no 5º parágrafo do texto.

(B) (C) (D)

consideração total das ideias apresentadas no restante do texto. negação total das ideias apresentadas no restante do texto. negação apenas das ideias apresentadas no 1º parágrafo.

De acordo com o 5º parágrafo, para que os homens alcancem seus objetivos, há dois modos de se agir: com circunspecção ou com impetuosidade. Dois homens “que se conduzem diversamente logram o mesmo resultado e dois outros, agindo de forma idêntica, um atingirá o seu objetivo e o outro não”. O autor conclui no 7º parágrafo que “Sendo a sorte (fortuna) inconstante e os homens obstinados em suas formas de agir, estes (homens) serão felizes pelo tempo em que com ela (a sorte) convergirem e desditosos quando dela (da sorte) divergirem.” (Delegado/GO – 2009 – UEG) No

texto, as palavras “diques” e “barragens” são usadas em sentido (A) metafórico no 2º parágrafo e literal no 3º. (B) metafórico no 2º e 3º parágrafos. (C) literal no 2º parágrafo e metafórico no 3º. (D) literal no 2º e 3º parágrafos. No 2º parágrafo as palavras “diques” e “barragens” estão sendo usadas no seu sentido literal, isto é, para conter a invasão da água do rio: “em advindo uma nova cheia, as suas águas escoem por um canal”; já no 3º parágrafo, não se trata da água do rio, e sim de qualquer situação que esteja fora do controle, pela falta da previsibilidade (a construção de diques e barragens). Gabarito "C"

I.

Gabarito "A"

(Delegado/GO – 2009 – UEG) Leia

Texto para a questão seguinte. 1 4 7

10 13 16

19 22

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28

Brinkmanship Em 1964, o cineasta Stanley Kubrick lançava o filme Dr. Strangelove. Nele, um oficial norte-americano ordena um

bombardeio nuclear à União Soviética e comete suicídio em seguida, levando consigo o código para cancelar o bombardeio. O presidente norte-americano busca o governo soviético na esperança de convencê-lo de que o evento foi um acidente e, por isso, não deveria haver retaliação. É, então, informado de que os soviéticos implementaram uma arma de fim do mundo (uma rede de bombas nucleares subterrâneas), que funcionaria automaticamente quando o país fosse atacado ou quando alguém tentasse desacioná-la. O Dr. Strangelove, estrategista do presidente, aponta uma falha: se os soviéticos dispunham de tal arma, por que a guardavam em segredo? Por que não contar ao mundo? A resposta do inimigo: a máquina seria anunciada na reunião do partido na segunda-feira seguinte. Pode-se analisar a situação criada no filme sob a ótica da Teoria dos Jogos: uma bomba nuclear é lançada pelo país A ao país B. A política de B consiste em revidar qualquer ataque com todo o seu arsenal, o qual pode destruir a vida no planeta, caso o país seja atacado. O raciocínio que leva B a adotar tal política é bastante simples: até o país mais fraco do mundo está seguro se criar uma máquina de destruição do mundo, ou seja, ao ter sua sobrevivência seriamente ameaçada, o país destrói o mundo inteiro (ou, em seu modo menos drástico, apenas os invasores). Ao elevar os custos para o país invasor, o detentor dessa arma garante sua segurança. O problema é que de nada adianta um país possuir tal arma em segredo. Seus inimigos devem saber de sua existência e acreditar na sua disposição de usá-la. O poder da máquina do fim do mundo está mais na intimidação do que em seu uso. O conflito nuclear fornece um exemplo de uma das conclusões mais surpreendentes a que se chega com a Teoria dos Jogos. O economista Thomas Schelling percebeu que, apesar de o sucesso geralmente ser atribuído a maior inteligência, planejamento, racionalidade, entre outras características que retratam o vencedor como superior ao vencido, o que ocorre, muitas vezes, é justamente o oposto. Até mesmo o poder de um jogador, considerado, no senso comum, como uma vantagem, pode atuar contra seu detentor. Schelling denominou brinkmanship (de brink, extremo) a estratégia de deliberadamente levar uma situação às suas consequências extremas. Um exemplo usado por Schelling é o bem conhecido jogo do frango, que consiste em dois indivíduos acelerarem seus carros na direção um do outro em rota de colisão; o primeiro a virar o volante e sair da pista é o perdedor. Se ambos forem reto, os dois jogadores pagam o preço mais alto com sua vida. No caso de os dois desviarem, o jogo termina em empate. Se um desviar e o outro for reto, o primeiro será o frango, e o segundo, o vencedor. Schelling propôs que um participante desse jogo retire o volante de seu carro e o atire para fora, fazendo questão de mostrá-lo a todas as pessoas presentes. Ao outro jogador caberia a decisão de desistir ou causar uma catástrofe. Um jogador racional optaria pelo que lhe causasse menos perdas, sempre perdendo o jogo.

ZUGMAN, Fabio. Teoria dos jogos. Internet: (com adaptações). (Delegado/RN – 2009 – CESPE) Com (A) (B) (C) (D) (E)

base no texto, assinale a opção correta. A leitura do final do 1º parágrafo (l.7-8) permite inferir-se que “A resposta do inimigo” não foi dada em uma segunda-feira. A expressão “à União Soviética” (l.2) é complemento da forma verbal “ordena” (R.1). Acrescentando-se de que imediatamente após a conjunção “e” (l.3), o significado do período correspondente não seria alterado. A expressão “por isso” (l.3) foi empregada com o sentido concessivo. Mantém-se a correção gramatical do texto ao se substituir “convencê-lo de que” (R.3) por convencer-lhe que.

A: incorreta, pois “A resposta do inimigo” poderia ter sido dada em uma segunda-feira. Sabe-se apenas que “a máquina seria anunciada na reunião do partido na segunda-feira seguinte.”; B: incorreta, pois a expressão “à União Soviética” é complemento do objeto direto (“um bombardeio nuclear”). A União soviética é a bombardeada; C: correta, pois não haveria alteração semântica o acréscimo, depois da conjunção “e”, da expressão “de que”: “convencê-lo de que o evento foi um acidente e de que, por isso, não deveria haver retaliação”, pois a expressão “de que” inicia o segundo complemento do verbo convencer; D: incorreta, pois, em “o evento foi um acidente e, por isso, não deveria haver retaliação”, a expressão “por isso” poderia ser substituída por “desse modo”, o que daria a ideia de consequência; E: incorreta, pois o verbo convencer é transitivo direto. Assim, não seria possível substituir o pronome que indica o objeto direto “lo” (= ele) por “lhe” (= a ele). Gabarito "C"

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Magally Dato (Delegado/RN – 2009 – CESPE) Na

linha 4, o verbo implementar, na forma verbal “implementaram”, está sendo usado no sentido de (A) suprir de implementos. (B) solucionar. (C) demarcar. (D) distribuir estruturas em determinada área. (E) desenvolver ou produzir.

34 37

“Os soviéticos desenvolveram uma arma de fim do mundo.”

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Gabarito "E" (Delegado/RN – 2009 – CESPE) Assinale

Gabarito "C" (Delegado/RN – 2009 – CESPE) O

sentido geral do texto e a sua correção gramatical seriam mantidos caso se substituísse a expressão “no senso comum” (l.20) por (A) geralmente. (B) apressadamente. (C) aproximadamente. (D) erroneamente. (E) precipuamente. A expressão “no senso comum” tem a acepção de algo entendido pela maior parte das pessoas, na maior parte das vezes, no geral, geralmente. Gabarito "A"

Texto para as próximas questões. 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31

8

O jargão Nenhuma figura é tão fascinante quanto o Falso Entendido. É o cara que não sabe nada de nada, mas sabe o jargão. E passa por autoridade no assunto. Um refinamento ainda maior da espécie é o tipo que não sabe nem o jargão. Mas inventa. – Ó Matias, você, que entende de mercado de capitais... – Nem tanto, nem tanto... (Uma das características do Falso Entendido é a falsa modéstia.) – Você, no momento, aconselharia que tipo de aplicação? – Bom. Depende do yield pretendido, do throwback e do ciclo refratário. Na faixa de papéis top market – ou o que nós chamamos de topi-marque –, o throwback recai sobre o repasse e não sobre o release, entende? – Francamente, não. Aí o Falso Entendido sorri com tristeza e abre os braços como quem diz: “É difícil conversar com leigos...”. Uma variação do Falso Entendido é o sujeito que sempre parece saber mais do que ele pode dizer. A conversa é sobre política, os boatos cruzam os ares, mas ele mantém um discreto silêncio. Até que alguém pede a sua opinião e ele pensa muito antes de se decidir a responder: – Há muito mais coisa por trás disso do que vocês pensam... Ou então, e esta é mortal: – Não é tão simples assim...

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VERRÍSSIMO, Luis Fernando. As mentiras que os homens contam. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000 (com adaptações). (Delegado/RN – 2009 – CESPE) A coerência e o sentido do texto seriam alterados

caso a expressão “nada de nada” (l.2) fosse substituída por (A) nada sobre coisa alguma. (B) coisa alguma sobre coisa alguma. (C) absolutamente nada. (D) alguma coisa sobre nada. (E) nada sobre nada.

A expressão “nada de nada” indica conhecimento nulo do personagem “Falso Entendido”. Se fosse usada a assertiva D, haveria algum tipo de conhecimento, o que não condiz com o texto. (Delegado/RN – 2009 – CESPE) Com I. II. III. IV. V.

base no texto, julgue os itens a seguir. A substituição de “nem” (l.5) por sequer não altera essencialmente o significado do texto nem prejudica a sua correção gramatical. A oração “que entende de mercado de capitais...” (l.6-7) é uma oração restritiva e restringe a referência de “Matias” (l.6). No texto, o sentido de “Francamente, não” (l.18) é o mesmo de Não entendo de maneira franca. A expressão “ciclo refratário” (l.14) é um exemplo de non sense usado pelo “Falso Entendido”. Pela leitura de “É difícil conversar com leigos” (l.20-21), conclui-se que o “Falso Entendido” (R.9) não se considera um leigo.

A quantidade de itens certos é igual a (A) 1. (B) 2. (C) 3. (D) 4. (E) 5. I: correta, pois os advérbios “nem” e “sequer” são sinônimos; II: incorreta. Trata-se de uma oração explicativa; III: incorreta, pois a frase “Francamente, não” e a oração “Não entendo de maneira franca” não possuem o mesmo sentido no texto, uma vez que, pelo contexto, a frase significa que o interlocutor não entendeu nada e a oração indica que algo não foi entendido de modo claro; IV: correta. O “Falso Entendido” usa várias expressões sem sentido para mostrar-se “entendido”; V: correta. O “Falso Entendido” considera-se “entendido”, e não leigo. Gabarito "C"

A: incorreta, pois o verbo haver no sentido de existir é impessoal e permanece no singular; B: incorreta, pois o período apresenta uma informação nova ao presidente; C: correta, pois a conjunção quando é condicional nas orações “quando/se o país fosse atacado ou quando/se alguém tentasse”; D: incorreta, pois o sujeito do verbo contar na oração “Por que não contar” é “por que”; E: incorreta, pois não há informação no texto que permita afirmar isso.

43

Gabarito "D"

a opção correta com relação às ideias do texto e às palavras e expressões nele empregadas. (A) Se o trecho “não deveria haver retaliação” (l.4) estivesse flexionado no plural, a forma verbal “deveria” teria de ser substituída por deveriam. (B) O período “É então (...) desacioná-la” (l.4-6) esclarece que a informação dada ao presidente norte-americano era falsa. (C) Nas linhas 5 e 6, as orações introduzidas por “quando” permitem uma leitura em que são interpretadas como condição para que a “arma de fim do mundo” (l.4) funcione automaticamente. (D) No texto, não há como se identificar o sujeito da oração “Por que não contar ao mundo?” (l.7). (E) O complemento da palavra “inimigo” (l.7) está subentendido, artifício que evidencia que o autor do texto assumiu a perspectiva norte-americana segundo a qual a União Soviética é inimiga.

Faz-se aquele silêncio que precede as grandes revelações, mas o falso informado não diz nada. Fica subentendido que ele está protegendo as suas fontes em Brasília. E há o Falso que interpreta. Para ele, tudo o que acontece deve ser posto na perspectiva de vastas transformações históricas que só ele está sacando. – O avanço do socialismo na Europa ocorre em proporção direta ao declínio no uso de gordura animal nos países do Mercado Comum. Só não vê quem não quer. E, se alguém quer mais detalhes sobre a sua insólita teoria, ele vê a pergunta como manifestação de uma hostilidade bastante significativa a interpretações não ortodoxas, e passa a interpretar os motivos de quem o questiona, invocando a Igreja medieval, os grandes hereges da história, e vocês sabiam que toda a Reforma se explica a partir da prisão de ventre de Lutero?

(Delegado/RN – 2009 – CESPE) Com I.

II.

III.

IV. V.

base no texto, julgue os itens abaixo. Com base no período “Fica subentendido que ele está protegendo as suas fontes em Brasília” (l.33-35), conclui-se que o “falso informado” (l.33) em questão foi instado a emitir uma opinião sobre a política brasiliense. Não há elementos no texto, para além daqueles apresentados pelo “Falso que interpreta” (l.36), que corroborem a ideia de que o socialismo avança na Europa. Segundo o que defende o “Falso que interpreta” (l.36), se o uso de gordura animal nos países do Mercado Comum Europeu diminui, o socialismo avança na Europa. A palavra “insólita” (l.44) tem o sentido de normal ou comum. A pergunta expressa nas linhas 48 e 49 pressupõe que o narrador do texto acredita que toda a Reforma se explica a partir da prisão de ventre de Lutero.

A quantidade de itens certos é igual a (A) 1. (B) 2. (C) 3.

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

(E)

4. 5.

I: incorreta, pois o “Falso Entendido” foi instado a emitir uma opinião sobre a política brasileira. Fala-se das “fontes em Brasília”, pois é na Capital do Brasil que estão instalados os órgãos políticos federais; II: correta, pois não há outras informações no texto acerca do socialismo na Europa; III: correta, pois o texto afirma: “O avanço do socialismo na Europa ocorre em proporção direta ao declínio no uso de gordura animal nos países do Mercado Comum”; IV: incorreta, pois a palavra insólita tem a acepção de anormal, incomum; V: o narrador do texto está ironizando. Ele não acredita nisso.

A alternativa mais correta é “nem sempre era muito positivo”. Primeiro Antonio Candido escreve: “ensinavam a escrever mandando fazer redações que puxavam insensivelmente para a grandiloquência, o preciosismo ou a banalidade” e em seguida: “o efeito podia ser duvidoso”. Infere-se que o saldo final das atividades nem sempre era positivo. Gabarito "D"

(D)

(Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC) Atente I. II.

Gabarito "B"

[Entre falar e escrever]

O resultado foi um desastre. Quinze dias depois do nosso primeiro encontro, o redator do jornal apresentou-me dois capítulos datilografados, tão cheios de besteiras que me zanguei: – Vá para o inferno, Gondim. Você acanalhou o troço. Está pernóstico, está safado, está idiota! Há lá ninguém que fale dessa forma! O jornalista observa então que “um artista não pode escrever como fala”, e ante o espanto de Paulo Honório, explica: – Foi assim que sempre se fez. A literatura é literatura, seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia. Então Paulo Honório põe mãos à obra do seu jeito, “escreve como fala” e resulta o romance S. Bernardo, um clássico de Graciliano Ramos. (Adaptado de Antonio Candido, O albatroz e o chinês)

* Ginásio: antiga denominação de período escolar, que hoje corresponde às quatro últimas séries do ensino fundamental.

III.

Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. I: correta – há o antagonismo entre “arranjar palavras com tinta” e “escreve como fala”; II: correta – os antigos professores “ensinavam a escrever mandando fazer redações que puxavam insensivelmente para a grandiloquência, o preciosismo”. O primeiro trecho citado de S. Bernardo diz: “– Vá para o inferno, Gondim. Você acanalhou o troço. Está pernóstico, está safado, está idiota!”; III: deduz-se que a linguagem de Paulo Honório é direta e simples. Gabarito "D"

Antigamente os professores de ginásio* ensinavam a escrever mandando fazer redações que puxavam insensivelmente para a grandiloquência, o preciosismo ou a banalidade: descrever uma floresta, uma tempestade, o estouro da boiada; comentar os males causados pelo fumo, o jogo, a bebida; dizer o que pensa da pátria, da guerra, da bandeira. Bem ou mal, íamos aprendendo, sobretudo porque naquele tempo os professores tinham tempo para corrigir os exercícios escritos (o meu chegava a devolver os nossos com igual número de páginas de observações e comentários a tinta vermelha; que Deus o tenha no céu dos bons gramáticos). Mas o efeito podia ser duvidoso. Lembre-se por analogia o começo do romance S. Bernardo, de Graciliano Ramos. O rústico fazendeiro Paulo Honório quer contar a própria vida, mas sendo homem sem instrução, imagina um método prático: contaria os fatos ao jornalista local e este redigiria. No entanto... Leiamos:

para as seguintes afirmações: Os dois trechos citados de S. Bernardo ilustram posições antagônicas quanto a atributos que devem marcar a linguagem literária. A linguagem do primeiro trecho citado de S. Bernardo não satisfaz os requisitos preciosistas impostos pelos antigos professores de ginásio. Deduz-se que o jornalista Gondim é um adepto da linguagem direta e simples, havendo mostrado um estilo “pernóstico” apenas para atender o gosto pessoal de Paulo Honório.

De volta à Antártida

A Rússia planeja lançar cinco novos navios de pesquisa polar como parte de um esforço de US$ 975 milhões para reafirmar a sua presença na Antártida na próxima década. Segundo o blog Science Insider, da revista Science, um documento do governo estabelece uma agenda de prioridades para o continente gelado até 2020. A principal delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros. A primeira expedição da extinta União Soviética à Antártida aconteceu em 1955 e, nas três décadas seguintes, a potência comunista construiu sete estações de pesquisa no continente. A Rússia herdou as estações em 1991, após o colapso da União Soviética, mas pouco conseguiu investir em pesquisa polar depois disso. O documento afirma que Moscou deve trabalhar com outras nações para preservar a “paz e a estabilidade” na Antártida, mas salienta que o país tem de se posicionar para tirar vantagem dos recursos naturais caso haja um desmembramento territorial do continente. (Pesquisa Fapesp, dezembro de 2010, no 178, p. 23)

(Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC) O autor do texto deixa ver que seus professores

Reler o trecho: “ensinavam a escrever mandando fazer redações que puxavam insensivelmente para a grandiloquência, o preciosismo ou a banalidade: descrever uma floresta, uma tempestade, o estouro da boiada; comentar os males causados pelo fumo, o jogo, a bebida; dizer o que pensa da pátria, da guerra, da bandeira.” Gabarito "B"

Ao lembrar que o efeito podia ser duvidoso, o autor do texto está aventando a hipótese de que, nas redações, (A) as banalidades decorriam do fato de os alunos não terem aceitado as orientações dos professores. (B) alguns fracassos originavam-se do fato de que os temas eram por demais complexos para a faixa etária dos alunos. (C) expressavam-se muitas dúvidas quanto a ser mais desejável a grandiloquência do que o despojamento da linguagem. (D) nem sempre era muito positivo o saldo final das atividades exercidas pelos mestres e pelos alunos. (E) o que parecia ser um defeito ou uma impropriedade era, na verdade, o resultado de um excessivo domínio da língua. (Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC)

(Analista – TRE/TO – 2011 – FCC) Em

“paz e a estabilidade”, na última frase do texto, o emprego das aspas (A) indica que esse segmento é transcrição literal do documento do governo russo mencionado no início do texto. (B) sugere a desconfiança do autor do artigo com relação aos supostos propósitos da Rússia de manter a paz na Antártida. (C) revela ser esse o principal objetivo do governo russo ao reconstruir estações de pesquisa na Antártida que datam do período soviético. (D) aponta para o sentido figurado desses vocábulos, que não devem ser entendidos em sentido literal, como o constante dos dicionários. (E) justifica-se pela sinonímia existente entre paz e estabilidade, o que torna impensável a existência de uma sem a outra. Releia o último período: “O documento afirma que Moscou deve trabalhar com outras nações para preservar a “paz e a estabilidade” na Antártida, mas salienta que o país tem de se posicionar para tirar vantagem dos recursos naturais caso haja um desmembramento territorial do continente.” Gabarito "A"

no ginásio acabavam valorizando, numa redação, (A) formas concisas de expressão e ousada inventividade linguística. (B) ostentação retórica e correta abordagem de temas educativos e cívicos. (C) valores morais edificantes e expressões em nível bastante coloquial. (D) rigorosa correção ortográfica e originalidade na condução de temas polêmicos. (E) o cultivo do pensamento autocrítico e discrição quanto ao estilo praticado.

Há exemplos de palavras ou expressões empregadas no texto para retomar outras já utilizadas sem repeti-las literalmente, como ocorre em: I. o continente gelado – a Antártida II. Moscou – a Rússia III. a revista Science – o blog Science Insider IV. a potência comunista – a União Soviética (Analista – TRE/TO – 2011 – FCC)

9

Magally Dato

(Ruy Castro, “Introdução e agradecimentos”. Chega de saudade: a história e as histórias da Bossa Nova. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 15) (Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC) O (A)

(B)

(C)

(D)

(E)

autor do texto advoga para seu relato a condição de “história”, por cumprir o protocolo científico: absoluta fidelidade na descrição dos fatos, dados definitivos e cabal objetividade. emprega simultaneamente história e histórias, o que libera a obra do compromisso com o constatável, como o ratifica o uso das palavras típicas da ficção personagem, protagonistas, coadjuvantes e figurantes. explicita a perspectiva adotada na produção da obra referindo-se a si próprio predominantemente em terceira pessoa, sem deixar, entretanto, em dado momento, de assumir diretamente sua voz. define o foco da pesquisa que deu origem ao livro: a reação de pessoas entre quinze e trinta anos diante do desenvolvimento da Bossa Nova. assume ter pretendido escrever uma história apaixonada sobre a Bossa Nova, o que o leva a pedir a indulgência do leitor quanto às inadequações decorrentes dessa intenção.

Reveja trecho: “Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e moças que a fizeram, quando eles tinham entre quinze e trinta anos. É também um livro que se pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente que, tendo sido escrito por alguém [‘a perspectiva adotada na produção da obra referindo-se a si próprio predominantemente em terceira pessoa’] que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (e que nunca se conformou quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos), uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita − sem interferir, espero [‘sem deixar, entretanto, em dado momento, de assumir diretamente sua voz’], pró ou contra, na descrição da trajetória de qualquer personagem.” Gabarito "C" (Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC) (A)

10

Compreende-se corretamente do texto: a caracterização de entrevista (linhas 20 e 21) prepara o leitor para a decodificação de certas informações que são tratadas de modo cifrado no livro.

(D)

(E)

A: as informações não serão tratadas de modo cifrado. Trata-se de um exemplo do que não se pretende fazer: “impossível que sejam especificadas como ‘entrevista realizada no dia X, na cidade Y, com Fulano de Tal’; B: veja trecho: “Evidente que, tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (...), uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita”; C: é exatamente o “caráter bifronte” que se quer mostrar: “Os seres humanos, assim como os LPs, têm lados A e B, e houve um esforço máximo para que ambos fossem mostrados.”; D: não se pode inferir isso; E: apenas sabemos que o autor conseguiu as informações diretamente da fonte. “

No primeiro parágrafo do texto, os parênteses (linhas 6 a 8) acolhem explicação sobre o que ocorreu com a Bossa Nova quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos. a frase quando eles tinham entre quinze e trinta anos (linhas 2 e 3) delimita o período da concomitância entre a vivência dos jovens e o ato de escrita da obra. Esta (linha 1) e a (linha 2) são pronomes que se antecipam ao elemento a que cada um deles se refere. o segmento introduzido pelo travessão (linha 9) expressa um julgamento que traz as marcas de uma presunção. foram empregados com sentido equivalente os segmentos uma história da Bossa Nova (linha 1), um livro (linha 3) e escrito (linha 5).

(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC) (A)

(B)

(C) (D) (E)

A: os parênteses em “alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (e que nunca se conformou quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos)” expressa uma impressão do autor; B: trata-se apenas da idade dos jovens e não se trata do ato de escrita da obra: “Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e moças que a fizeram, quando eles tinham entre quinze e trinta anos.” D: o autor deixa clara sua opinião: “− sem interferir, espero, pró ou contra, na descrição da trajetória de qualquer personagem”; E: “história da Bossa Nova” e “livro” se equivalem, porém “escrito” é, nesse contexto, verbo no particípio e não substantivo.

1

Hoje o sistema isola, atomiza o indivíduo. Por isso seria importante pensar as novas formas de comunicação. Mas o sistema também nega o indivíduo. Na economia, por 4 exemplo, mudam-se os valores de uso concreto e qualitativo para os valores de troca geral e quantitativa. Na filosofia aparece o sujeito geral, não o indivíduo. Então, a diferença 7 é uma forma de crítica. Afirmar o indivíduo, não no sentido neoliberal e egoísta, mas no sentido dessa ideia da diferença é um argumento crítico. Em virtude disso, dessa discussão 10 sobre a filosofia e o social surgem dois momentos importantes: o primeiro é pensar uma comunidade autorefle-xiva e confrontar-se, assim, com as novas formas de 13 ideologia. Mas, por outro lado, a filosofia precisa da sensibilidade para o diferente, senão repetirá apenas as formas do idêntico e, assim, fechará as possibilidades do 16 novo, do espontâneo e do autêntico na história. Espero que seja possível um diálogo entre as duas posições em que ninguém tem a última palavra. Miroslav Milovic. Comunidade da diferença. Relume Dumará, p. 131-2 (com adaptações). (Analista – STF – 2008 – CESPE) Com referência às ideias e às estruturas linguís-

ticas do texto acima, julgue os itens a seguir. (1) Depreende-se do texto que “pensar as novas formas de comunicação” (l. 2) significa isolar ou atomizar o indivíduo. (2) A expressão “por outro lado” (l.13) explicita a caracterização do segundo dos “dois momentos importantes” (l.10-11). 1: incorreta – a importância de se “pensar novas formas de comunicação” é consequência da constatação de que “Hoje o sistema isola, atomiza o indivíduo”, o que se percebe pelo uso da expressão “Por isso”; 2: correta – a expressão “por outro lado” aponta o segundo dos “dois movimentos importantes”. Gabarito 1E, 2C

Gabarito "D"

Atenção: para responder próximas questões, considere o texto abaixo. 1 Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e moças que a fizeram, quando eles tinham entre quinze e trinta anos. É também um livro que se pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente 5 que, tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (e que nunca se conformou quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos), uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita − sem interferir, espero, pró ou 10 contra, na descrição da trajetória de qualquer personagem. Os seres humanos, assim como os LPs, têm lados A e B, e houve um esforço máximo para que ambos fossem mostrados. Para compor essa história, as informações foram 15 buscadas em primeira mão, entre os protagonistas, coadjuvantes ou figurantes de cada evento aqui descrito, citados na lista de agradecimentos. Toda informação 20 importante foi checada e rechecada com mais de uma fonte. A natureza de certas informações torna impossível que sejam especificadas como “entrevista realizada no dia X, na cidade Y, com Fulano de Tal”, porque isto seria a quebra de um preceito ético de proteção à fonte. No caso de fontes que não se furtaram a ser identificadas, estas são mencionadas no corpo do 25 texto. As histórias aqui incluídas levaram em conta apenas a importância que tiveram no desenvolvimento ou na carreira deste ou daquele artista ou da Bossa Nova em conjunto.

(C)

as histórias que compõem o livro (linha 25) não possuem relevo próprio, merecendo presença na obra unicamente por tangenciarem a trajetória da Bossa Nova. a comparação entre LPs e seres humanos (linha 11) se fundamenta no traço comum “caráter bifronte”. ao fazer referência a um esforço máximo (linha 12), o autor expressa sua concepção de que a volubilidade torna os seres humanos indecifráveis. ao referir-se a informações em primeira mão (linha 15), o autor informa que os eventos que compõem a história escrita por ele jamais tinham vindo a público.

Gabarito "D"

I: correta e III: incorreta – “na Antártida na próxima década. Segundo o blog Science Insider, da revista Science [o blog é da revista, não se pretende retomar um termo já utilizado], um documento do governo estabelece uma agenda de prioridades para o continente gelado até 2020.”; II: correta – “O documento afirma que Moscou deve trabalhar com outras nações”; IV: correta – “A primeira expedição da extinta União Soviética à Antártida aconteceu em 1955 e, nas três décadas seguintes, a potência comunista construiu sete estações de pesquisa no continente.”

(B)

Gabarito "C"

Atende corretamente ao enunciado da questão o que está em (A) I e III, apenas. (B) I e IV, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I, II e IV, apenas. (E) I, II, III e IV.

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

7 10 13 16 19

Marilena Chaui. “Uma ideologia perversa”. In: Folhaonline, 14/3/1999 (com adaptações). (Analista – STF – 2008 – CESPE) Julgue

os seguintes itens, a respeito da organização das estruturas linguísticas e das ideias do texto acima. (1) Depreende-se do texto que “agente” e “sujeito”, ambos na linha 1, não são sinônimos, embora possam remeter ao mesmo indivíduo. (2) De acordo com as relações argumentativas do texto, se uma ação não for “virtuosa” (l.7), ela não resulta de decisão interior; se não for “ética” (l.6), ela não será consciente, livre e responsável. (3) A expressão “Esse conflito” (l.15) tem a função textual de recuperar a ideia de “heteronomia” (l.13). 1: correta – os dois termos (“agente” e “sujeito”) têm o mesmo referente: “um ser racional e consciente que sabe o que faz”; 2: incorreta – segundo o texto, para uma ação ser virtuosa, é preciso que ela seja livre, e, para que ela seja livre, é preciso que seja autônoma. Veja que a afirmação de que toda ação virtuosa é autônoma não implica que uma ação não virtuosa será, necessariamente, heterônoma (= não autônoma). O mesmo raciocínio lógico se aplica à afirmação de que uma ação só será ética se consciente, livre e responsável, o que não significa dizer que uma ação que não seja ética será, necessariamente, inconsciente, coagida (não livre) e irresponsável. Para que fique claro, perceba que a afirmação “todo sapo é verde” não implica que “todo aquele que não é sapo não é verde”; 3: incorreta – a expressão “Esse conflito” se refere à “autonomia da vontade do agente ético” e à “heteronomia dos valores morais”. Gabarito 1C, 2E, 3E

1 4 7 10 13 16 19 22

Aceitar que somos indeterminados naturalmente, que seremos lapidados pela educação e pela cultura, que disso decorrem diferenças relevantes e irredutíveis aos genes é muito difícil. Significa aceitarmos que há algo muito precário na condição humana. Parte pelo menos dessa precariedade ou indeterminação alguns chamarão liberdade. Porém nem mesmo a liberdade é tão valorizada quanto se imagina. Ela implica responsabilidades. Parece que se busca conforto na condição de coisa. Se eu for objeto, isto é, se eu for natureza, meus males independem de minha vontade. Aliás, o que está em discussão não é tanto o que os causou, mas como resolvê-los: se eu puder solucioná-los com um remédio ou uma cirurgia, não preciso responsabilizar-me, a fundo, por eles. Tratarei a mim mesmo como um objeto. A postura das ciências humanas e da psicanálise é outra, porém. Muito da experiência humana vem justamente de nos constituirmos como sujeitos. Esse papel é pesado. Por isso, quando entra ele em crise — quando minha liberdade de escolher amorosa ou política ou profissionalmente resulta em sofrimento —, posso aliviar-me procurando uma solução que substitua meu papel de sujeito pelo de objeto. Roberto Janine Ribeiro. A cultura ameaçada pela natureza. Pesquisa Fapesp Especial, p. 40 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue o item subsequente (1) O emprego de verbos e pronomes como “somos” (l.1), “se busca” (l.9), “eu” (l.10) e “minha” (l.11) mostra que os argumentos se opõem pela ligação de alguns a um sujeito coletivo e, de outros, a um sujeito individual, associando o coletivo a sujeito social e o individual a objeto, coisa. (Analista – STF – 2008 – CESPE)

1: incorreta – não há oposição. Todos os pronomes e tempos verbais prestam-se a indicar a coletividade. Ao afirmar que “se busca conforto” ou “Se eu for objeto”, o autor refere-se a todos nós, como indivíduos, mas membros da coletividade que “busca conforto na condição de coisa”. Perceba que são comuns construções na primeira pessoa e com sujeito da passiva que indicam coletividade, por exemplo, “o homem busca a prosperidade”, “o brasileiro ama o futebol”, “no mundo moderno, busca-se a paz” etc.

A escalada nos preços dos alimentos diante da forte demanda no mercado mundial mobiliza autoridades em todo o planeta. Desde o ano passado, os preços de alimentos subiram em média 40%. Nos últimos três anos, a alta foi de 83%. O presidente Lula, na Holanda, disse que é necessário produzir mais em nível mundial, mas que não se pode culpar o investimento nos biocombustíveis pela pressão. Segundo ele, o aumento dos preços de alimentos se dá pelo fato de “as pessoas pobres estarem começando a comer” em lugares como China, Índia e América Latina. Para o representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, a crise mundial de alimentos é fruto de ataque especulativo. Jornal do Brasil, 11/4/2008, p. A17 (com adaptações). (Analista – STF – 2008 – CESPE) Tendo

o texto acima como referência inicial e considerando aspectos significativos do atual panorama da economia mundial, julgue os itens que se seguem. (1) Independentemente das razões que levaram à atual escalada nos preços dos alimentos, é correto afirmar que é da natureza das economias de mercado a majoração do preço de mercadorias quando a demanda por elas é maior do que a produção existente. (2) Infere-se do texto que países ricos, emergentes ou pobres, além de organismos multilaterais e de especialistas em geral, concordam quanto à identificação da causa comum determinante para o quadro de inflação dos alimentos hoje existente no mundo. (3) No atual cenário mundial, China e Índia se apresentam como países que emergem vigorosamente na economia mundial, o que prova estar em franco declínio a acentuada competitividade que sempre caracterizou a globalização. (4) Depreende-se das palavras do presidente Lula que o Brasil fez a opção estratégica de ampliar seus espaços no comércio global mediante o aumento da capacidade brasileira de produzir etanol ainda que às expensas da redução das áreas de plantio de alimentos. (5) Um exemplo de ataque especulativo que atinge o setor de alimentos, na linha argumentativa utilizada pelo representante da FAO no Brasil, seria a ampliação dos investimentos para a compra de commodities agrícolas. 1: correta – a assertiva refere-se à notória lei da oferta e demanda. Se a demanda amplia-se mais que a oferta, há, em regra, aumento de preços; 2: incorreta – o texto indica exatamente divergências a respeito das causas para o aumento dos preços dos alimentos. A fala do presidente Lula indica que há quem culpe a produção dos biocombustíveis, o que ele nega. O presidente entende que o aumento da demanda por alimentos causa a majoração dos preços. Já a FAO vê ataque especulativo; 3: incorreta – A emergência da China e da Índia não permite concluir que há declínio na competitividade (não há relação lógica entre as assertivas). Pelo contrário, a globalização e a entrada de novos atores relevantes no mercado global tende a aumentar ainda mais a competitividade; 4: incorreta – como já dito, o presidente nega enfaticamente que a produção de etanol tenha relação com o aumento dos preços dos alimentos. Nesse contexto, seria ilógico concluir, a partir de suas palavras, que o Brasil optou pela redução das áreas para plantio de alimentos, já que a redução da oferta tenderia a contribuir para o aumento dos preços dos alimentos; 5: incorreta – o aumento de investimentos para a compra de commodities agrícolas (melhoria dos transportes, da rede de distribuição etc.) tenderia, ao longo do tempo, a reduzir o custo dos alimentos, o que não pode ser caracterizado como ataque especulativo. Ataque especulativo, por exemplo, seria a ilícita coordenação entre produtores para o aumento de preços, ou negociações abusivas no mercado das commodities. Gabarito 1C, 2E, 3E, 4E, 5E

4

O agente ético é pensado como sujeito ético, isto é, como um ser racional e consciente que sabe o que faz, como um ser livre que escolhe o que faz e como um ser responsável que responde pelo que faz. A ação ética é balizada pelas ideias de bem e de mal, justo e injusto, virtude e vício. Assim, uma ação só será ética se consciente, livre e responsável e será virtuosa se realizada em conformidade com o bom e o justo. A ação ética só é virtuosa se for livre e só o será se for autônoma, isto é, se resultar de uma decisão interior do próprio agente e não de uma pressão externa. Evidentemente, isso leva a perceber que há um conflito entre a autonomia da vontade do agente ético (a decisão emana apenas do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores morais de sua sociedade (os valores são dados externos ao sujeito). Esse conflito só pode ser resolvido se o agente reconhecer os valores de sua sociedade como se tivessem sido instituídos por ele, como se ele pudesse ser o autor desses valores ou das normas morais, pois, nesse caso, ele será autônomo, agindo como se tivesse dado a si mesmo sua própria lei de ação.

Gabarito 1E

1

1

Se a perspectiva do político é a perspectiva de como o poder se constitui e se exerce em uma sociedade, como se distribui, se difunde, se dissemina, mas também se oculta, se 4 dissimula em seus diferentes modos de operar, então é fundamental uma análise do discurso que nos permita rastreá-lo. A necessidade de discussão da questão política e 7 do exercício do poder está em que, em última análise, todos os grupos, classes, etnias visam, de uma forma ou de outra, o controle do poder político. Porém, costumamos ver o poder 10 como algo negativo, perverso, no sentido da dominação, da submissão. Não há, entretanto, sociedade organizada sem formas de exercício de poder. A questão, portanto, deve ser: 13 como e em nome de quem este poder se exerce? Danilo Marcondes. Filosofia, linguagem e comunicação. São Paulo: Cortez, 2000, p. 147-8 (com adaptações).

11

Magally Dato (Analista – STJ – 2008 – CESPE) Em relação às ideias e às estruturas linguísticas

do texto acima, julgue o item a seguir. (1) Segundo o texto, é inútil discutir o poder, pois seu aspecto negativo, de submissão, é inevitável e aparece em todas as relações de dominação, seja de classe, seja de etnia. 1: incorreta –Pelo contrário, o texto enfatiza “A necessidade de discussão da questão política e do exercício do poder”.

1 4 7

Gabarito 1E

10

1

Paulo Guedes. “Os mercados são demasiado humanos”. In: Época, 21/7/2008 (com adaptações). (Analista – STJ – 2008 – CESPE) A partir da organização das ideias e das estruturas

linguísticas do texto acima, julgue o item subsequente. (1) O período inicial do texto, “Em minha opinião (...) descontinuidade” (l.1-5), explicitando um juízo de valor, apresenta o formato adequado, no teor e na correção gramatical, para compor o texto final de um parecer, se no final deste for acrescida a frase É o parecer. (2) Seria mantida a correção gramatical do trecho “Os mercados não são perfeitos. São, isto, sim, poderosos” (l.10), caso ele fosse assim reescrito: Os mercados não são perfeitos; são, isto sim, poderosos. 1: incorreta – o período é, claramente, introdutório, pois deixa em aberto os fundamentos para a afirmação feita pelo autor, que serão delineados no decorrer do texto, além de tratar de uma questão secundária no contexto argumentativo (a percepção ingênua a respeito do mercado como munição para seus críticos). O cerne do texto refere-se à imperfeição dos mercados, por sujeitarem-se às falibilidades humanas, questão que não é abordada nesse período inicial e constaria, muito provavelmente, da conclusão de um parecer. Finalmente, quanto à forma, o período final de um parecer seria algo como “Por essas razões, entendo que ....”; 2: correta – as duas orações são equivalentes. Há correspondência semântica. Gabarito 1E, 2C

1

O mundo do trabalho tem mudado numa velocidade vertiginosa e, se os empregos diminuem, isso não quer dizer que o trabalho também. 4 Só que ele está mudando de cara. Como também está mudando o perfil de quem acaba de sair da universidade, da mesma forma que as exigências da sociedade e — por que 7 não? — do mercado, cada vez mais globalizado e competitivo. Tudo indica que mais de 70% do trabalho no futuro 10 vão requerer a combinação de uma sólida educação geral com conhecimentos específicos; um coquetel capaz de fornecer às pessoas compreensão dos processos, capacidade 13 de transferir conhecimentos, prontidão para antecipar e resolver problemas, condições para aprender continuamente, conhecimento de línguas, habilidade para tratar com pessoas 16 e trabalhar em equipe. Revista do Provão, n.º 4, 1999, p. 13 (com adaptações). (Analista – TST – 2008 – CESPE) A partir do texto acima, julgue o item subsequente. (1)

Da organização das ideias do último parágrafo do texto, é correto que se interprete “coquetel” (l.11) como “conhecimentos específicos” (l.11).

1: incorreta – A palavra coquetel, nesse contexto, refere-se à “combinação de uma sólida educação geral com conhecimentos específicos”. Gabarito 1E

12

13 16 19

Emir Sader. “Trabalhemos menos, trabalhemos todos”. In: Correio Braziliense, 18/11/2007 (com adaptações).

Julgue os seguintes itens a respeito do texto acima. (1) A argumentação do texto se organiza em torno de duas ideias opostas de trabalho: o trabalho como “puro desgaste da vida” (l.6) e o trabalho como capacidade de “transformação e emancipação de todos” (l.14). (2) As substituições de “Preferimos” (l.10) por Prefere e de “temos” (l.11) por tem preservam a correção gramatical do texto, mas enfraquecem a argumentação de que é a maioria de nós “homens” (l.5) que prefere “comer, dormir,descansar, acasalar” (l.12). (Analista – TST – 2008 – CESPE)

1: correta – essa oposição é o cerne do texto. A capacidade de trabalhar, que é o principal diferencial do ser humano, foi transformada, pelo capital, em instrumento de alienação; 2: correta – de fato, o uso da primeira pessoa do plural inclui o autor no contexto, enquanto o uso da terceira pessoa afasta-o do conjunto daqueles que se igualam aos “outros animais”. Nesse sentido, a ideia de “nós homens” (o autor incluído), como sujeitos, ficaria enfraquecida pelas substituições propostas. Gabarito 1C, 2C

Em minha opinião, uma percepção ingênua dos fenômenos de mercado, como a crença nos mercados perfeitos, fornece exatamente o que seus críticos mais 4 utilizam como munição nos momentos de crise e descontinuidade. O argumento da suposta infalibilidade dos mercados em bases científicas e a pretensão de transformar 7 economia e finanças em ciências exatas produzem uma perigosa mistificação: confundir brilhantes construções mentais para entender a realidade com a própria realidade. 10 Os mercados não são perfeitos. São, isto, sim, poderosos instrumentos de coordenação econômica em busca permanente de eficiência. Mas são também o espelho de 13 nossos humores, refletindo nossa falibilidade nas avaliações. São contaminados por excesso de otimismo e de pessimismo. São humanos, demasiado humanos.

Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais, mas nada é mais marcante do que a nossa capacidade de trabalhar, de transformar o mundo segundo nossa qualificação, nossa energia, nossa imaginação. Ainda assim, para a grande maioria dos homens, o trabalho nada mais é do que puro desgaste da vida. Na sociedade capitalista, a produtividade do trabalho aumentou simultaneamente a tão forte rotinização, apequenamento e embrutecimento do processo de trabalho de forma que já não há nada que mais nos desagrade do que trabalhar. Preferimos, a grande maioria, fazer o que temos em comum com os outros animais: comer, dormir, descansar, acasalar. Nossa capacidade de trabalho, a potência humana de transformação e emancipação de todos, ficou limitada a ser apenas o nosso meio de ganhar pão. Capacidade, potência, criação, o trabalho foi transformado pelo capital no seu contrário. Tornou-se o instrumento de alienação no sentido clássico da palavra: o ato de entregar ao outro o que é nosso, nosso tempo de vida.

Atenção: as questões seguintes referem-se ao texto abaixo. Da timidez Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo psicanalítico: só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença. Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico. Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha* existe um tímido tentando se esconder, e dentro de cada tímido existe um exibido gritando: “Não me olhem! Não me olhem!”, só para chamar a atenção. O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo mas o próprio destino não pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo. * Atriz de TV muito extrovertida, identificada pela maquiagem e roupas extravagantes. (Luís Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola) Na abordagem da timidez, o autor se vale de contradições e paradoxos para demonstrar que (A) o comportamento dos extrovertidos revela seu desejo de serem notados. (B) as atitudes de um tímido derivam de seu complexo de superioridade. (Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC)

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

A: incorreta – é o oposto, segundo o autor “O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez”; B: incorreta – o autor se refere ao complexo de superioridade não como causadores das atitudes do tímido, mas para caracterizar aquele que “procura o analista para tratar um complexo de inferioridade”; C: correta – o autor, divertidamente, confunde as figuras do tímido e do extrovertido; D: incorreta – segundo o autor, o tímido quer mesmo é ser notado, pois “dentro de cada tímido existe um exibido gritando: ‘Não me olhem! Não me olhem!’, só para chamar a atenção.”; E: incorreta – o autor não afirma isso, mas apenas que “Ser um tímido notório é uma contradição”. Gabarito "C" (Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC) Considerando-se

o contexto do primeiro parágrafo, deduz-se da frase só ele acha que se sentir inferior é doença que, na opinião do autor, (A) a timidez leva ao complexo de inferioridade. (B) o sentimento de inferioridade não é uma anomalia. (C) o complexo de inferioridade não tem tratamento. (D) o sentimento de inferioridade é próprio dos tímidos. (E) a timidez é um disfarce para os muito extrovertidos. A frase indica que o sentimento de inferioridade é algo normal, a que as pessoas comuns não dão maior importância, pois “só alguém que se acha muito superior (...) acha que se sentir inferior é doença.” Gabarito "B"

Reconhece-se como em si mesma paradoxal a seguinte expressão do texto: (A) retumbante timidez. (B) Todo mundo é tímido. (C) maciez estudada. (D) tem horror a ser notado. (E) faz questão de chamar atenção. (Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC)

O paradoxo é pensamento ou argumento que contraria os princípios básicos que costumam orientar o pensamento humano, ou desafia a opinião compartilhada pela maioria. A palavra retumbante tem a acepção daquilo que se reflete com estrondo, grande barulho. Esse significado é paradoxal em relação à acepção da palavra timidez. Gabarito "A"

Atenção: as questões seguintes referem-se ao texto abaixo. Duas linguagens Na minha juventude, tive um grande amigo que era estudante de Direito. Ele questionava muito sua vocação para os estudos jurídicos, pois também alimentava enorme interesse por literatura, sobretudo pela poesia, e não achava compatíveis a linguagem de um código penal e a frequentada pelos poetas. Apesar de reconhecer essa diferença, eu o animava, sem muita convicção, lembrando-lhe que grandes escritores tinham formação jurídica, e esta não lhes travava o talento literário.

(Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC) O argumento em favor da plena compatibilidade

entre a linguagem da poesia e a das práticas jurídicas está formulado na seguinte frase: (A) É juiz de direito numa grande comarca, e parece satisfeito com a profissão. (B) Apesar de reconhecer essa diferença, eu o animava, sem muita convicção (...) (C) (...) têm uma secura de estilo que favorece a expressão depurada de finos sentimentos. (D) (...) conseguiu elidir tão completamente sua formação e sua vida profissional (...) (E) Justeza e justiça podem ser irmãs. A: incorreta – essa frase não faz referência à poesia; B: incorreta – o autor expõe, nessa frase, dúvida quanto à compatibilidade entre as linguagens jurídica e poética; C: incorreta –a frase refere-se aos poemas do juiz, sem referência à linguagem jurídica; D: incorreta –o autor refere-se à dúvida quanto ao afastamento da influência jurídica sobre a obra poética (não se refere à compatibilidade entre as linguagens, portanto); E: correta –“Justeza” refere-se à poesia, enquanto “Justiça” à linguagem jurídica. A fraternidade (podem ser irmãs) indica a compatibilidade entre as linguagens poética e jurídica.

Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um segmento do texto em: (A) não lhes travava o talento = não ia ao encontro de seu potencial. (B) “inteiramente despretensiosos”, frisou = “em nada intencionais”, aludiu. (C) têm uma secura de estilo = manifestam uma esterilidade. (D) como conseguiu elidir = como logrou obliterar. (E) impelir ao registro confessional = demover o plano das confissões. (Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC)

A: incorreta – ir “ao encontro” é harmonizar-se, enquanto ir “de encontro” é confrontar. “Travava o talento” tem o sentido de impedir, confrontar, ir de encontro (não ao encontro); B: incorreta – o termo “despretensiosos” indica que o autor das poesias procura mostrar humildade, o que não significa falta de “intenção”; C: incorreta – “secura de estilo” parece indicar um texto claro, fluido, sem exageros, o que não significa “esterilidade”, ausência de criatividade ou de valor literário; D: correta – “elidir” e “obliterar” têm o mesmo significado, no contexto, de excluir, eliminar; E: incorreta – “impelir ao registro confessional” significa conduzir, sugerir, levar o autor a expressar seus sentimentos íntimos, o que é o oposto de “demover”, afastar esse ímpeto confessional. (Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC) A afirmação

feita pelo juiz de que a objetividade para julgar alguém comunica-se com a objetividade poética na expressão das paixões salienta sua convicção de que (A) não há distinção visível entre as duas atividades. (B) um julgamento é permeado pelos puros sentimentos. (C) a oposição entre ambas as situações reforça-as mutuamente. (D) a linguagem confessional serve a ambas as situações. (E) a busca de precisão é indispensável nos dois casos. A: incorreta – “comunica-se” indica que há similitude, não identidade (não são conceitos idênticos); B: incorreta – “objetividade para julgar” opõe-se à ideia de que o julgamento possa ser permeado, influenciado, orientado por sentimentos, pela subjetividade; C: incorreta – a afirmação não indica oposição entre as situações, mas similitude; D: incorreta – a linguagem confessional refere-se à poesia, não à atividade jurisdicional; E: correta – essa é a ideia passada pelo uso do termo “objetividade”, comum às linguagens poética e jurídica. Gabarito "E"

(E)

a timidez e a extroversão não podem ser claramente distinguidas. o tímido opõe-se ao extrovertido porque assim ninguém o reconhece. os extrovertidos são habitualmente reconhecidos como tímidos notórios.

Gabarito "D"

(D)

Gabarito "E"

(C)

Outro dia reencontrei-o, depois de muitos anos. É juiz de direito numa grande comarca, e parece satisfeito com a profissão.

2. VERBO

Hesitei em lhe perguntar sobre o gosto pela poesia, e ele, parecendo adivinhar, confessou que havia publicado alguns livros de poemas – “inteiramente despretensiosos”, frisou. Ficou de me mandar um exemplar do último, que havia lançado recentemente.

(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC)

Busquei entrever naqueles versos algum traço bacharelesco, alguma coisa que lembrasse a linguagem processual. Nada. Não resisti e telefonei ao meu amigo, perguntando-lhe como conseguiu elidir tão completamente sua formação e sua vida profissional, frequentando um gênero literário que costuma impelir ao registro confessional. Sua resposta: − Meu caro, a objetividade que tenho de ter para julgar os outros comunica-se com a objetividade com que busco tratar minhas paixões. Ser poeta é afinar palavra justas e precisos sentimentos. Justeza e justiça podem ser irmãs. E eu que nunca tinha pensado nisso... (Ariovaldo Cerqueira, inédito)

A: incorreta – “acreditou [pretérito perfeito do indicativo] que uma sociedade (...) poderia [futuro do pretérito do indicativo] ter-se formado”; B: incorreta – “se a catequese pudesse [pretérito imperfeito do subjuntivo] (...) talvez os convertidos tivessem sido [pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo]; C: incorreta – “Um fim talvez justificaria [futuro do pretérito do indicativo] os meios caso estes implicassem [pretérito imperfeito do subjuntivo] sacrifícios que não se distribuíssem [pretérito imperfeito do subjuntivo]; D: correta – em “haverão de justificar-se” o verbo haver no futuro do presente do indicativo está acertadamente correlacionado ao verbo representar no futuro do subjuntivo; E: incorreta – “os comunistas deveriam ter” – verbo adequadamente correlacionado no futuro do pretérito do indicativo. Gabarito "D"

Hoje mesmo recebi o livro, trazido em casa por um amigo comum. Os poemas são muito bons; têm uma secura de estilo que favorece a expressão depurada de finos sentimentos.

Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase: (A) Será que alguém acreditou que uma sociedade sem classes e sem preconceitos possa ter-se formado num regime autoritário? (B) Se a catequese pudesse propagar a fé religiosa sem recorrer à intimidação, talvez os convertidos tenham sido mais numerosos. (C) Um fim talvez justificaria os meios caso estes implicarem sacrifícios que não se distribuam desigualmente. (D) Ele acredita que haverão de justificar-se todos os meios quando os fins representarem um ganho de alcance coletivo. (E) Tão logo fossem denunciados os horrores do stalinismo, os comunistas devem ter revisto suas antigas convicções.

13

Magally Dato

A: incorreta – quisera (pretérito mais-que-perfeito do indicativo); conseguirá (futuro do presente do indicativo); pedisse (pretérito imperfeito do subjuntivo); faria (futuro do pretérito do indicativo); B: correta – queria (pretérito imperfeito do indicativo); conseguiria (futuro do pretérito do indicativo); pediu (pretérito perfeito do indicativo); fizesse (pretérito imperfeito do subjuntivo): “Paulo Honório queria contar a própria vida, mas, julgando que não o conseguiria, pediu ao jornalista Gondim que o fizesse.”; C: incorreta – conseguisse (pretérito imperfeito do subjuntivo); pedia (pretérito imperfeito do indicativo); faça (presente do subjuntivo); D: incorreta – quis (pretérito perfeito do indicativo); consegue (presente do indicativo); E: incorreta – conseguiu (pretérito perfeito do indicativo). Gabarito "B"

O verbo corretamente empregado e flexionado está grifado em: (A) É de se imaginar que, se os viajantes setecentistas antevessem as dificuldades que iriam deparar, muitos deles desistiriam da aventura antes mesmo de embarcar. (B) O que quer que os compelisse, cabe admirar a coragem desses homens que partiam para o desconhecido sem saber o que os aguardava a cada volta do rio. (C) Caso não se surtisse com os mantimentos necessários para o longo percurso, o viajante corria o risco de literalmente morrer de fome antes de chegar ao destino. (D) Se não maldiziam os santos, é bastante provável que muitos dos viajantes maldizessem ao menos o destino diante das terríveis tribulações que deviam enfrentar. (E) Na história da humanidade, desbravadores foram não raro aqueles que sobreporam o desejo de enriquecer à relativa segurança de uma vida sedentária. (Analista – TRT/23ª – 2011 – FCC)

A: incorreta – verbo antever conjugado na 3ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do subjuntivo: antevissem; B: correta – o verbo compelir está corretamente flexionado na 3ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do subjuntivo; C: incorreta – verbo surtir sem o pronome se; D: incorreta – verbo maldizer na 3ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do subjuntivo: maldissessem; E: incorreta – verbo sobrepor na 3ª pessoa do plural do pretérito mais-que-perfeito do indicativo: sobrepuseram.

O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado numa forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase: (A) Às bondades individuais ...... (dever) seguir um benefício que se estenda ao conjunto de uma sociedade. (B) Nem sempre ...... (haver) de respeitar as leis da religião quem se curva às leis civis. (C) Não se ...... (respeitar) as leis civis por bondade, nem as religiosas por espírito cívico. (D) Não se ...... (opor) o princípio da religião ao da ordem civil, embora as instâncias de uma e outra sejam distintas. (E) ...... (ser) de se notar, entre as leis civis e as religiosas, a diferença dos princípios que as regem. (Analista – TRT/24ª – 2011 – FCC)

A: incorreta – o sujeito do verbo é singular: “um benefício (...) deve seguir às bondades individuais”; B: incorreta – “quem se curva às leis civis há de respeitar as leis da religião”; C: correta – o verbo respeitar é transitivo direto. Na oração “Não se respeitam as leis civis”, o pronome se é apassivador. O verbo concorda com “as leis civis”, sujeito da ativa: “As leis civis e as religiosas não são respeitadas, nem por bondade, no caso das civis, nem por espírito cívico, no caso das religiosas”; D: incorreta – “o princípio da religião (sujeito) não se opõe ao da ordem civil...”; E: incorreta – “a diferença dos princípio que as regem (sujeito) é de ser notar.” Gabarito "C"

Paulo Honório (querer) contar a própria vida, mas, julgando que não o (conseguir), (pedir) ao jornalista Gondim que o (fazer). Os verbos indicados entre parênteses estarão adequadamente correlacionados na frase acima caso se flexionem nas seguintes formas: (A) quisera – conseguirá – pedisse – faria (B) queria – conseguiria – pediu – fizesse (C) queria – conseguisse – pedia – faça (D) quis – consegue – pede – fizesse (E) quis – conseguiu – pediu – faça (Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC)

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5

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15

20

Gabarito "B"

Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase: (A) Os criminosos que tenham ultrajado a pátria seriam forçados a servi-la pelo tempo que se julgava necessário. (B) Os que vierem a ultrajar a pátria deveriam ser submetidos a um castigo que trouxera consigo uma clara lição. (C) Ninguém seria indiferente a uma vultosa soma que venha a receber como indenização ao delito que o prejudique. (D) O próprio criminoso, se mantivesse alguma dose de decência, possa tirar proveito da lição a que seja submetido. (E) Sempre houve povos que, por forte convicção, evitaram a guerra, ainda quando fossem provocados. (Analista – TRT/23ª – 2011 – FCC)

A: “Os criminosos que tivessem ultrajado”; B: “Os que viessem a ultrajar a pátria deveriam ser submetidos a um castigo que traria consigo uma clara lição.”; C: “que viesse a receber como indenização ao delito que o prejudicara”; D: “poderia tirar proveito da lição a que tivesse sido submetido”. E: redação com correta correlação entre tempos e modos verbais. Gabarito "E" (Analista – TRT/23ª – 2011 – FCC) Muitos se dizem a favor da pena de morte, mas

mesmo os que mais ardorosamente defendem a pena de morte não são capazes de atribuir à pena de morte o efeito de reparação do ato do criminoso que supostamente mereceria a pena de morte. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, respectivamente, por: (A) a defendem - lhe atribuir - a mereceria. (B) a defendem - atribui-la - lhe mereceria. (C) defendem-na - atribui-la - merecer-lhe-ia. (D) lhe defendem - lhe atribuir - mereceriam-na. (E) defendem-lhe - atribuir-lhe - a mereceria. O verbo defender é transitivo direto. O objeto direito em “defendem a pena de morte”, pode ser substituído por a: “a defendem” ou “defendem-na”; o verbo atribuir é transitivo direto e indireto. O objeto indireto em “atribuir à pena de morte” pode ser substituído pelo pronome “lhe”: lhe atribuir” ou “atribuir-lhe”; o verbo merecer é transitivo direto. O objeto direto em “mereceria a pena de morte” pode ser substituído pelo pronome “a”: “a mereceria” ou “merecê-la-ia”. \ Gabarito "A"

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45

As indústrias culturais, e mais especificamente a do cinema, criaram uma nova figura, “mágica”, absolutamente moderna: a estrela. Depressa ela desempenhou um papel importante no sucesso de massa que o cinema alcançou. E isso continua. Mas o sistema, por muito tempo restrito apenas à tela grande, estendeu-se progressivamente, com o desenvolvimento das indústrias culturais, a outros domínios, ligados primeiro aos setores do espetáculo, da televisão, do show business. Mas alguns sinais já demonstravam que o sistema estava prestes a se espalhar e a invadir todos os domínios: imagens como as de Gandhi ou Che Guevara, indo de fotos a pôsteres, no mundo inteiro, anunciavam a planetarização de um sistema que o capitalismo de hiperconSumo hoje vê triunfar. O que caracteriza o star-system em uma era hipermoderna é, de fato, sua expansão para todos os domínios. Em todo o domínio da cultura, na política, na religião, na ciência, na arte, na imprensa, na literatura, na filosofia, até na cozinha, tem-se uma economia do estrelato, um mercado do nome e do renome. A própria literatura consagra escritores no mercado internacional, os quais negociam seus direitos por intermédio de agentes, segundo o sistema que prevalece nas indústrias do espetáculo. Todas as áreas da cultura valem-se de paradas de sucesso (hit-parades), dos mais vendidos (best-sellers), de prêmios e listas dos mais populares, assim como de recordes de venda, de frequência e de audiência destes últimos. A extensão do star-system não se dá sem uma forma de banalização ou mesmo de degradação – da figura pura da estrela, trazendo consigo uma imagem de eternidade, chega-se à vedete do momento, à figura fugidia da celebridade do dia; do ícone único e insubstituível, passase a uma comunidade internacional de pessoas conhecidas, “celebrizadas”, das quais revistas especializadas divulgam as fotos, contam os segredos, perseguem a intimidade. Da glória, própria dos homens ilustres da Antiguidade e que era como o horizonte resplandecente da grande cultura clássica, passou-se às estrelas – forma ainda heroicizada pela sublimação de que eram portadoras –, depois, com a rapidez de duas ou três décadas de hipermodernidade, às pessoas célebres, às personalidades conhecidas, às “pessoas”. Deslocamento progressivo que não é mais que o sinal de um novo triunfo da formamoda, conseguindo tornar efêmeras e consumíveis as próprias estrelas da notoriedade.

(Adap. de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy. Uma cultura de celebridades: a universalização do estrelato. In A cultura – mundo: resposta a uma sociedade desorientada. Trad.: Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, pp. 81-83)

Em certas passagens do primeiro parágrafo, os autores referem-se a certas ações pretéritas que consideravam contínuas. A forma verbal que demonstra essa atitude é (A) (linha 2) criaram. (B) (linha 5) alcançou. (Analista – TRE/AP – 2011 – FCC)

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

(D) (E)

(linha 5) continua. (linha 13) anunciavam. (linha 15) vê triunfar.

A forma verbal que expressa continuidade no passado é o pretérito imperfeito. A e B: incorretas – pretérito perfeito do indicativo; C e E: incorretas – presente do indicativo; D: correta – pretérito imperfeito do indicativo. Gabarito "D"

Para que nos faça feliz... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em: (A) Seríamos felizes da mesma forma... (B) ...como a morte de alguém que amamos... (C) ... por que nos darmos o trabalho... (D) Se o livro que estamos lendo... (E) ... livros que nos atinjam... (Analista – TRE/TO – 2011 – FCC)

Na oração “Para que nos faça feliz”, o verbo fazer está conjugado no presente do subjuntivo. A: “seríamos” está no futuro do pretérito do indicativo; B: “amamos” está no presente do indicativo; C: “darmos” está no infinitivo pessoal; D: “estamos” está no presente do indicativo; E: “atinjam” está no presente do subjuntivo. Gabarito "E" (Analista – TRE/TO – 2011 – FCC) Minha outra mulher teve uma educação rigorosa,

mas mesmo assim mamãe nunca entendeu por que eu escolhera justamente aquela, entre tantas meninas de uma família distinta.O verbo grifado na frase acima pode ser substituído, sem que se altere o sentido e a correção originais, e o modo verbal, por: (A) escolheria. (B) havia escolhido. (C) houvera escolhido. (D) escolhesse. (E) teria escolhido. A forma no pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo “escolhera” tem correspondência com a forma composta do mesmo tempo verbal: “havia escolhido”.

discussão não é tanto o que os causou, mas como resolvê-los: 13 se eu puder solucioná-los com um remédio ou uma cirurgia, não preciso responsabilizar-me, a fundo, por eles. Tratarei a mim mesmo como um objeto. 16 A postura das ciências humanas e da psicanálise é outra, porém. Muito da experiência humana vem justamente de nos constituirmos como sujeitos. Esse papel é pesado. Por 19 isso, quando entra ele em crise — quando minha liberdade de escolher amorosa ou política ou profissionalmente resulta em sofrimento —, posso aliviar-me procurando uma solução 22 que substitua meu papel de sujeito pelo de objeto. Roberto Janine Ribeiro. A cultura ameaçada pela natureza. Pesquisa Fapesp Especial, p. 40 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue o item subsequente. (1) A substituição de primeira pessoa do plural em “aceitarmos” (l.4) pela forma correspondente não flexionada, aceitar, manteria coerente a argumentação, mas provocaria incorreção gramatical. (Analista – STF – 2008 – CESPE)

1: incorreta – Não haveria incorreção gramatical na construção “Significa aceitar que há algo...”. As relações semânticas se mantêm preservadas. A assertiva está errada. Gabarito 1E

(C)

1 4 7 10

Gabarito "B"

Miroslav Milovic. Comunidade da diferença. Relume Dumará, pp. 131-2 (com adaptações). (Analista – STF – 2008 – CESPE) Com referência às ideias e às estruturas linguís-

ticas do texto acima, julgue o item a seguir. (1) Como o último período sintático do texto se inicia pela ideia de possibilidade, a substituição do verbo “tem” (l.18) por tenha, além de preservar a correção gramatical do texto, ressaltaria o caráter hipotético do argumento.

1: correta – a substituição de verbo ter no presente do indicativo (tem) pela forma verbal no presente do subjuntivo (tenha) reforça a ideia de suposição do argumento, uma vez que o modo subjuntivo indica caráter hipotético. Gabarito 1C

1

Aceitar que somos indeterminados naturalmente, que seremos lapidados pela educação e pela cultura, que disso decorrem diferenças relevantes e irredutíveis aos genes 4 é muito difícil. Significa aceitarmos que há algo muito precário na condição humana. Parte pelo menos dessa precariedade ou indeterminação alguns chamarão liberdade. 7 Porém nem mesmo a liberdade é tão valorizada quanto se imagina. Ela implica responsabilidades. Parece que se busca conforto na condição de coisa. 10 Se eu for objeto, isto é, se eu for natureza, meus males independem de minha vontade. Aliás, o que está em

13

Danilo Marcondes. Filosofia, linguagem e comunicação. São Paulo: Cortez, 2000, p. 147-8 (com adaptações). (Analista – STJ – 2008 – CESPE) Em relação às ideias e às estruturas linguísticas

do texto anterior, julgue o item a seguir. (1) A flexão de plural em “formas” (l.12) indica que, se em lugar do verbo impessoal, em “Não há” (l.11), for empregado o verbo existir, serão preservadas a coerência textual e a correção gramatical com a forma existem. 1: incorreta – em “Não há, entretanto, sociedade organizada sem formas de exercício de poder.” o verbo haver é impessoal e sempre fica no singular no sentido de existir. Porém, se utilizarmos o verbo existir, que é pessoal, haverá flexão verbal, se for o caso. Nesse contexto, a substituição fará com que o verbo existir concorde com o núcleo do sujeito “sociedade” no singular: “Existe, entretanto, sociedade organizada sem formas de exercício de poder.”

1

Em um artigo publicado em 2000, e que fez muito sucesso na Internet, Cristovam Buarque desenhava um idílico mundo futuro, liberto das soberanias nacionais, em que tudo 4 seria de todos. Se tudo der certo no planeta (o que é discutível), quem sabe um dia, daqui a mil ou dois mil anos, cheguemos lá. Como nada ainda deu certo no planeta, a 7 internacionalização só será aceitável quando se cumprirem duas premissas. Primeira: que desapareçam os Estados nacionais. Segunda: que os grupos, ou comunidades, ou 10 sociedades que restarem mantenham entre si relações impecavelmente equitativas. Quem sabe um dia... Roberto Pompeu de Toledo. “Amazônia: premissas para sua entrega”. In: Veja, 28/5/2008 (com adaptações). (Analista – STJ – 2008 – CESPE) Julgue o seguinte item, a respeito da organização

das ideias do texto acima. (1) O emprego das formas verbais “cheguemos” (l.6), “desapareçam” (l.8) e “mantenham” (l.10) indica a expressão de ações hipotéticas; mas o desenvolvimento do texto permite, coerentemente, considerá-las assertivas, e sem que se prejudique a correção gramatical, em seus lugares, é possível empregar as formas chegamos, desaparecem e mantêm, respectivamente.

1: incorreta – não é possível a substituição das formas verbais do modo subjuntivo (cheguemos, desapareçam e mantenham) por formas no modo indicativo. O subjuntivo nos remete à ideia de incerteza, suposição. Gabarito 1E

Hoje o sistema isola, atomiza o indivíduo. Por isso seria importante pensar as novas formas de comunicação. Mas o sistema também nega o indivíduo. Na economia, por 4 exemplo, mudam-se os valores de uso concreto e qualitativo para os valores de troca geral e quantitativa. Na filosofia aparece o sujeito geral, não o indivíduo. Então, a diferença 7 é uma forma de crítica. Afirmar o indivíduo, não no sentido neoliberal e egoísta, mas no sentido dessa ideia da diferença é um argumento crítico. Em virtude disso, dessa discussão 10 sobre a filosofia e o social surgem dois momentos importantes: o primeiro é pensar uma comunidade autoreflexiva e confrontar-se, assim, com as novas formas de 13 ideologia. Mas, por outro lado, a filosofia precisa da sensibilidade para o diferente, senão repetirá apenas as formas do idêntico e, assim, fechará as possibilidades do 16 novo, do espontâneo e do autêntico na história. Espero que seja possível um diálogo entre as duas posições em que ninguém tem a última palavra.

Gabarito 1E

1

Se a perspectiva do político é a perspectiva de como o poder se constitui e se exerce em uma sociedade, como se distribui, se difunde, se dissemina, mas também se oculta, se dissimula em seus diferentes modos de operar, então é fundamental uma análise do discurso que nos permita rastreá-lo. A necessidade de discussão da questão política e do exercício do poder está em que, em última análise, todos os grupos, classes, etnias visam, de uma forma ou de outra, o controle do poder político. Porém, costumamos ver o poder como algo negativo, perverso, no sentido da dominação, da submissão. Não há, entretanto, sociedade organizada sem formas de exercício de poder. A questão, portanto, deve ser: como e em nome de quem este poder se exerce?

15

Magally Dato

alternativas para termos e estruturas linguísticas do texto acima. (1) O desenvolvimento das ideias do texto permite, também, a utilização gramaticalmente correta e textualmente coerente da forma verbal produz no lugar de “produza” (l.2). (2) O sentido impessoal do verbo haver permite que a afirmação generalizada “Mas há também outra complexidade que provém” (l.4-5) seja substituída por uma frase nominal no plural: Mas também outras necessidades provém.

1: incorreta – não é possível o uso da forma verbal no modo indicativo. A expressão “onde quer que” sugere o uso do subjuntivo pelo seu caráter de incerteza; 2: incorreta – a forma plural do verbo provir na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo é provêm. Gabarito 1E, 2E

1

O mundo do trabalho tem mudado numa velocidade vertiginosa e, se os empregos diminuem, isso não quer dizer que o trabalho também. 4 Só que ele está mudando de cara. Como também está mudando o perfil de quem acaba de sair da universidade, da mesma forma que as exigências da sociedade e — por que 7 não? — do mercado, cada vez mais globalizado e competitivo. Tudo indica que mais de 70% do trabalho no futuro 10 vão requerer a combinação de uma sólida educação geral com conhecimentos específicos; um coquetel capaz de fornecer às pessoas compreensão dos processos, capacidade 13 de transferir conhecimentos, prontidão para antecipar e resolver problemas, condições para aprender continuamente, conhecimento de línguas, habilidade para tratar com pessoas 16 e trabalhar em equipe. Revista do Provão, n.º 4, 1999, p. 13 (com adaptações). (Analista – TST – 2008 – CESPE) A partir do texto acima, julgue o item subsequente. (1)

A opção pelo emprego das formas verbais “tem mudado” (l.1) e “está mudando” (l.4) indica que a argumentação do texto mostra as mudanças do “trabalho” como durativas, estendidas no tempo.

1: correta – as locuções verbais “tem mudado” e “está mudando” transmitem ideias de ações durativas, de aspecto contínuo e não pontuais. Gabarito 1C

Todas as formas verbais estão corretamente empregadas e flexionadas na frase: (A) Não há nada que impela mais ao registro confessional da linguagem do que uma vocação poética essencialmente lírica. (B) O juiz disse ao amigo que lhe convira frequentar as duas linguagens, a poética e a jurídica. (C) Constatou que nos poemas não se vislumbrava qualquer marca que adviesse da formação profissional do amigo. (D) O juiz lembrou ao amigo que o ofício de poeta não destitue de objetividade o ofício de julgar. (E) Nem bem se detera na leitura dos poemas do amigo e já percebera que se tratava de uma linguagem muito depurada. (Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC)

A: incorreta – “não há nada que impila [verbo impelir na 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo] (...)”; B: incorreta – “O juiz disse ao amigo que lhe conviera [verbo convir na 3ª pessoa do singular do pretérito mais-que-perfeito do indicativo] (...)”; C: correta – o verbo advir está corretamente conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo; D:

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A: incorreta – verbo no singular: “a virtude da contenção destaca-se”; B: incorreta – verbo no singular: “Como não haveria de surpreender (...) a precisão dos recursos estilísticos”; C: incorreta – verbo no singular: “o risco (...) costuma apresentar-se aos poetas confessionais”; D: correta – verbo no plural: “os recursos formais (...) me agradam”; E: incorreta – verbo no singular: “o texto faz referência”. (Analista – TRT/18ª – 2008 – FCC) Está

adequada a correlação entre os tempos e modos verbais na frase: (A) Ainda recentemente, não se poderia imaginar que uma viagem de ônibus venha a ser tão atribulada. (B) A cada vez que se colocar um filme no ônibus, a expectativa seria a de que todos passam a ouvir tiros e gritos. (C) Os que usam fone de ouvido talvez não imaginem que uma chiadeira irritante fique a atormentar os ouvidos do vizinho. (D) Quem não quiser conhecer os detalhes da vida doméstica de alguém, há de tapar os ouvidos quando tocava o celular. (E) Muita gente não distingue a versão eletrônica de uma sinfonia que tocasse no celular da versão original que um Mozart tem criado. As seguintes orações foram corrigidas. A: “Ainda recentemente, não se poderia imaginar que uma viagem de ônibus viesse a ser tão atribulada.”; B: “A cada vez que se colocasse um filme no ônibus, a expectativa seria a de que todos passassem a ouvir tiros e gritos; C: oração correta; D: “Quem não quiser conhecer os detalhes da vida doméstica de alguém, haverá de tapar os ouvidos quando tocar o celular.”; E: “Muita gente não distingue a versão eletrônica de uma sinfonia que toca no celular da versão original que um Mozart criou.” (Analista – TRT/18ª – 2008 – FCC) Transpondo-se

para a voz ativa a frase Nossos reveses podem ser consolados pela palavra amiga, a forma verbal resultante será: (A) terá consolado. (B) hão de consolar-se. (C) poderiam consolar. (D) pode consolar. (E) haverá de consolar. Ao transpor a oração passiva para a voz ativa, o agente da passiva (“pela palavra amiga”) será o sujeito da ativa (“a palavra amiga”) e o sujeito da passiva (“nossos reveses) será o objeto da ativa. O verbo principal da ativa (locução verbal poder consolar) estará no mesmo tempo e modo do verbo auxiliar da passiva (nesse caso, verbo ser no infinitivo). Desse modo, temos: “A palavra amiga pode consolar nossos reveses.” Gabarito "D"

(Analista – STJ – 2008 – CESPE) Julgue os seguintes itens, a respeito de redações

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase: (A) Entre as várias qualidades de seus poemas ...... (destacar-se), acima de todas, a virtude da contenção. (B) Como não ...... (haver) de surpreender, em seus poemas, a precisão dos recursos estilísticos? (C) Aos poetas confessionais ...... (costumar) apresentar-se o risco de excessos emotivos. (D) Mais que tudo me ...... (agradar), naquele livro, os recursos formais que intensificavam o lirismo. (E) As duas práticas a que ...... (fazer) referência o texto não são, de fato, inconciliáveis. (Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC)

Gabarito "C"

Edgard Morin. “Epistemologia da complexidade”. In: Dora Fried Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artmed, 1996, p. 274 (com adaptações).

incorreta – “(...) o ofício de poeta não destitui [verbo destituir na 3ª pessoa do presente do indicativo] de objetividade (...)”; E: incorreta – “Nem bem se detivera [verbo deter na 3ª pessoa do singular do pretérito mais-que-perfeito do indicativo] na leitura (...)”.

Gabarito "D"

Pode-se dizer que há complexidade onde quer que se produza um emaranhamento de ações, de interações, de retroações. E esse emaranhamento é tal que nem um 4 computador poderia captar todos os processos em curso. Mas há também outra complexidade que provém da existência de fenômenos aleatórios (que não podem ser determinados e 7 que, empiricamente, agregam incerteza ao pensamento). Pode-se dizer, no que concerne à complexidade, que há um polo empírico e um polo lógico e que a complexidade 10 aparece quando há simultaneamente dificuldades empíricas e dificuldades lógicas. Pascal disse há já três séculos: “Todas as coisas são ajudadas e ajudantes, todas as coisas são 13 mediatas e imediatas, e todas estão ligadas entre si por um laço que conecta umas às outras, inclusive as mais distanciadas. Nessas condições — agrega Pascal — 16 considero impossível conhecer o todo se não conheço as partes”. Esta é a primeira complexidade: nada está isolado no Universo e tudo está em relação.

Gabarito "C"

1

3. PONTUAÇÃO Quanto ao emprego dos sinais de pontuação, assinale a frase incorreta. (A) Embora seja difícil aceitar uma derrota, o conceito de democracia implica reconhecer que o desejo da maioria deve ser respeitado. (B) É preciso não esquecer um fato: a justiça social deve ser perseguida, apesar de existir desigualdade de forças políticas e econômicas entre os atores sociais. (C) Propomo-nos, apesar da paixão envolvida no assunto, a trazer ao foco do debate o tema da ética, que é e será sempre o centro de nossas preocupações. (D) O jeitinho e a cordialidade, traços definidores do caráter brasileiro, segundo alguns, precisam ser redefinidos à luz do processo histórico que constituiu a brasilidade. (E) Mais complexas ainda, são as reflexões acerca das relações sociais baseadas na trocas de favores: sejam eles legalmente concebidos ou desviantes da norma geral. (Delegado/AP – 2010 – FGV)

A alternativa incorreta é a E. A oração não está na ordem direta (sujeito, verbo e predicado). Desse modo, as frases intercaladas deveriam estar separadas por vírgula, e não por dois-pontos: “As reflexões acerca das relações sociais baseadas nas trocas

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

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Acredito que, no século XXI, o sucesso de qualquer sociedade dependerá de quatro características: sua geografia e sua base de recursos; sua capacidade de administrar mudanças complexas; seu compromisso com os direitos humanos; e seu comprometimento com a ciência e a tecnologia. O Brasil pode vir a exceder em todos esses aspectos. No passado, o calcanharde-aquiles do Brasil se situou naquela terceira esfera, a dos direitos humanos. Como os Estados Unidos da América (EUA) e, na verdade, a maior parte das Américas, o Brasil foi forjado em um cadinho de conquista colonial e escravidão brutal. Esse nascimento violento deixou um legado de enormes divisões étnicas entre as elites de ascendência europeia, as comunidades indígenas e as populações de origem africana, descendentes de escravos. Da mesma forma que os EUA, o Brasil ainda não superou essa genealogia cruel. As desigualdades associadas a raça e etnia configuram um abismo — e, claro, propiciaram a geração de conflitos, a inclinação para o populismo e a instalação ocasional de regimes autoritários. Jeffrey Sachs. In: Veja 40 Anos, set./2008 (com adaptações).

(E)

Quem recorre aos meios extremos, condenados pelos democratas, costuma dá-los como necessários. Até mesmo os sádicos se valem, aqui e ali, de argumentos dados como irrefutáveis.

A e B: incorretas – a exclusão da vírgula em “stalinistas que” ou “metáforas que” transformará as orações explicativas em restritivas; C: incorreta – a locução adverbial “na prática” passa a ser adjunto do substantivo comunismo; D: incorreta – sem as vírgulas, os termos “condenados pelos democratas” ficam ligados ao substantivo anterior “extremos” e não mais a “meios extremos”. E: correta – os adjuntos adverbiais “aqui e ali” não terão alterados seus sentidos na oração se as vírgulas forem excluídas.

Há justificativa para esta seguinte alteração de pontuação, proposta para o segmento final do primeiro parágrafo: (A) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer: que é atrasada, e portanto, meio ridícula. (B) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer que é atrasada; e portanto, meio ridícula. (C) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer, que é atrasada, e, portanto, meio ridícula. (D) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e, portanto, meio ridícula. (E) o citadino diz: que ela é caipira, querendo dizer: que é atrasada, e portanto meio ridícula. (Analista – TRT/16ª – 2009 – FCC)

O segmento final do primeiro parágrafo é: “o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto meio ridícula.”. A única alteração de pontuação possível seria colocar a conjunção conclusiva portanto entre vírgulas. A palavra que, nesse segmento, é conjunção integrante e não há vírgula antes dela. Gabarito "D"

Gabarito "E"

Texto para a questão que se segue:

(D)

Gabarito "E"

de favor sejam elas legalmente concebidas ou desviantes, da norma geral, são mais complexas ainda” ou “Mais complexas ainda, são as reflexões acerca das relações sociais baseadas na trocas de favores, sejam elas legalmente concebidas ou desviantes da norma geral”. Note que a questão não pede que procuremos erro quanto à concordância nominal, porém a expressão “legalmente concebidos ou desviantes” refere-se às trocas de favores e deve concordar com o substantivo “trocas”, e não com o complemento nominal “favores”.

Assinale a opção em que a proposta de substituição dos sinais de pontuação preserva a correção gramatical e a coerência textual, considerando que, quando necessárias, sejam feitas as devidas alterações nas letras iniciais maiúsculas ou minúsculas. (A) Substituição dos sinais de ponto e vírgula logo depois de “recursos” (l.3), “complexas” (l.4) e “humanos” (l.4) por ponto. (B) Substituição do ponto logo após “aspectos” (l.6) por dois-pontos. (C) Substituição da vírgula logo depois de “e” (l.9) por travessão. (D) Substituição da vírgula logo após “Américas” (l.9) por ponto e vírgula. (E) Substituição do travessão depois de “abismo” (l.17) por ponto e vírgula.

1

A: incorreta, pois há uma enumeração. Não é possível a substituição; B: incorreta, pois não é possível, já que o período seguinte não é uma explicação ou complemento ao anterior; C: incorreta, pois só seria possível a substituição se após a palavra “verdade” fosse feita a mesma substituição; D: incorreta. Não seria possível a substituição, pois as vírgulas estão separando termos intercalados de uma oração; E: correta, pois não haveria alterações sintático-semânticas com a substituição proposta: “As desigualdades associadas a raça e etnia configuram um abismo; e, claro, propiciaram”.

13

(Delegado/PB – 2009 – CESPE)

7 10

16 19

Gabarito "E" (Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC) A única

(B)

(C)

(D)

(E)

É minha opinião: [o sinal de dois-pontos anuncia uma oração apositiva] que não se deve falar mal de ninguém e, menos ainda, daqueles que prestam serviços públicos. [ponto] Estes, [vírgula] querendo ou não, estão a nosso serviço cotidianamente. Gabarito "D" (Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC) A exclusão

das vírgulas NÃO alterará o sentido

da seguinte frase: (A) Mesmo os stalinistas, que não acreditavam nesses horrores, passaram a execrar seu velho ídolo. (B) As metáforas, que costumam tornar mais concretas as ideias, são úteis e expressivas. (C) O fracasso do comunismo, na prática, acabou com a desculpa para o stalinismo.

Marilena Chaui. “Uma ideologia perversa”. In: Folhaonline, 14/3/1999 (com adaptações).

Julgue os seguintes itens, a respeito da organização das estruturas linguísticas e das ideias do texto acima. (1) Os sinais de parênteses nas linhas de 12 a 15 têm a função de organizar as ideias que destacam e de inseri-las na argumentação do texto; por isso, sua substituição pelos sinais de travessão preservaria a coerência textual e a correção do texto, mas, na linha 15, o ponto final substituiria o segundo travessão. (Analista – STF – 2008 – CESPE)

1: correta – tanto os parênteses quanto o travessão podem isolar uma ideia, destacando-a. Gabarito 1C

(A)

frase NÃO pontuada corretamente é: À beira de um ano novo – e quase à beira do outro século –, a imprensa discutia ainda a mesma questão, crucial, sem dúvida, que ocupara por décadas o espírito dos homens públicos. Encontrando o rapaz no lugar combinado, não o saudei; olhei-o, porém, fixamente, e sorri, é verdade, mas como se fosse para alguém a quem se cumprimenta só por obrigação. A mais alta delas andava rapidamente; a outra, cantando e sorrindo, fazia dos passos um modo de brinquedo, então bastante em moda entre os mais jovens. É minha opinião, que não se deve falar mal de ninguém; e menos ainda daqueles que prestam serviços públicos: estes querendo ou não, estão a nosso serviço cotidianamente. Só muito tempo depois de sua partida (vejam o que é a indecisão imposta pelo medo!), compreendi que era só uma mudança de bairro, e então prometi que a visitaria logo.

4

O agente ético é pensado como sujeito ético, isto é, como um ser racional e consciente que sabe o que faz, como um ser livre que escolhe o que faz e como um ser responsável que responde pelo que faz. A ação ética é balizada pelas ideias de bem e de mal, justo e injusto, virtude e vício. Assim, uma ação só será ética se consciente, livre e responsável e será virtuosa se realizada em conformidade com o bom e o justo. A ação ética só é virtuosa se for livre e só o será se for autônoma, isto é, se resultar de uma decisão interior do próprio agente e não de uma pressão externa. Evidentemente, isso leva a perceber que há um conflito entre a autonomia da vontade do agente ético (a decisão emana apenas do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores morais de sua sociedade (os valores são dados externos ao sujeito). Esse conflito só pode ser resolvido se o agente reconhecer os valores de sua sociedade como se tivessem sido instituídos por ele, como se ele pudesse ser o autor desses valores ou das normas morais, pois, nesse caso, ele será autônomo, agindo como se tivesse dado a si mesmo sua própria lei de ação.

1 4 7 10 13

Aceitar que somos indeterminados naturalmente, que seremos lapidados pela educação e pela cultura, que disso decorrem diferenças relevantes e irredutíveis aos genes é muito difícil. Significa aceitarmos que há algo muito precário na condição humana. Parte pelo menos dessa precariedade ou indeterminação alguns chamarão liberdade. Porém nem mesmo a liberdade é tão valorizada quanto se imagina. Ela implica responsabilidades. Parece que se busca conforto na condição de coisa. Se eu for objeto, isto é, se eu for natureza, meus males independem de minha vontade. Aliás, o que está em discussão não é tanto o que os causou, mas como resolvê-los: se eu puder solucioná-los com um remédio ou uma cirurgia, não preciso responsabilizar-me, a fundo, por eles. Tratarei a mim mesmo como um objeto.

17

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19 22

A postura das ciências humanas e da psicanálise é outra, porém. Muito da experiência humana vem justamente de nos constituirmos como sujeitos. Esse papel é pesado. Por isso, quando entra ele em crise — quando minha liberdade de escolher amorosa ou política ou profissionalmente resulta em sofrimento —, posso aliviar-me procurando uma solução que substitua meu papel de sujeito pelo de objeto. Roberto Janine Ribeiro. A cultura ameaçada pela natureza. Pesquisa Fapesp Especial, p. 40 (com adaptações).

Julgue o seguinte item, a respeito de redações alternativas para termos e estruturas linguísticas do texto acima. (1) Preserva-se o respeito às regras de pontuação do padrão formal da língua portuguesa ao se retirar os parênteses das linhas 6 e 7, demarcando-se a explicação do que sejam “fenômenos aleatórios” (l.6) por um travessão ou por uma vírgula logo depois dessa expressão. (Analista – STJ – 2008 – CESPE)

1: correta – tanto os parênteses quanto o travessão podem isolar uma ideia, destacando-a. Gabarito 1C

16

Considerando o texto acima, julgue o item subsequente. (1) O deslocamento do travessão na linha 21 para logo depois de “profissionalmente” (l.20) preservaria a correção gramatical do texto e a coerência da argumentação, com a vantagem de não acumular dois sinais de pontuação juntos. (Analista – STF – 2008 – CESPE)

1 4 7

1: incorreta – os termos destacados pelo uso do travessão trabalham sintaticamente entre si, isto é, seus verbos e complementos estão dentro do travessão. O deslocamento do travessão, como sugerido, resultaria em alterações sintáticas e semânticas: o sujeito do verbo resultar, que é “liberdade de escolher”, não ficaria claramente indicado.

10

Gabarito 1E

10 13

Danilo Marcondes. Filosofia, linguagem e comunicação. São Paulo: Cortez, 2000, pp. 147-8 (com adaptações). (Analista – STJ – 2008 – CESPE) Em relação às ideias e às estruturas linguísticas

do texto acima, julgue o item a seguir. (1) A vírgula logo depois de “operar” (l.4) indica que a relação entre as ideias expressas no período iniciado por “então é fundamental” (l.4-5) e as ideias expressas no período anterior seria mantida se a palavra “então” fosse substituída por “posto que”. 1: incorreta – o advérbio então, nesse contexto, tem a acepção de “nesse caso”, “nessa situação”, e não pode ser substituído pela locução conjuntiva posto que, que significa “embora”, “apesar de que”. Muita atenção! Apesar de largamente utilizado para indicar causalidade, posto que não tem essa função, segundo a norma culta da língua portuguesa. Assim, está errada (segundo a norma culta) a construção “O candidato deve passar, posto que estudou muito” e está correta a construção “Posto que estudou muito, o candidato não passou.” A vírgula após a palavra operar foi utilizada para isolar a oração seguinte, que tem valor explicativo. Sendo assim, está incorreta a assertiva. Gabarito 1E

1

Pode-se dizer que há complexidade onde quer que se produza um emaranhamento de ações, de interações, de retroações. E esse emaranhamento é tal que nem um 4 computador poderia captar todos os processos em curso. Mas há também outra complexidade que provém da existência de fenômenos aleatórios (que não podem ser determinados e 7 que, empiricamente, agregam incerteza ao pensamento). Pode-se dizer, no que concerne à complexidade, que há um polo empírico e um polo lógico e que a complexidade 10 aparece quando há simultaneamente dificuldades empíricas e dificuldades lógicas. Pascal disse há já três séculos: “Todas as coisas são ajudadas e ajudantes, todas as coisas são 13 mediatas e imediatas, e todas estão ligadas entre si por um laço que conecta umas às outras, inclusive as mais distanciadas. Nessas condições — agrega Pascal — 16 considero impossível conhecer o todo se não conheço as partes”. Esta é a primeira complexidade: nada está isolado no Universo e tudo está em relação. Edgard Morin. “Epistemologia da complexidade”. In: Dora Fried Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artmed, 1996, p. 274 (com adaptações).

18

19

Emir Sader. “Trabalhemos menos, trabalhemos todos”. In: Correio Braziliense, 18/11/2007 (com adaptações). (Analista – TST – 2008 – CESPE) Julgue o seguinte item a respeito do texto acima. (1)

A organização das ideias no último período do texto mostra que a informação apresentada depois do sinal de dois-pontos constitui uma definição de “alienação” (l.17).

1: correta – o sinal de dois-pontos antecede uma explicação.

Assinale a opção que apresenta erro de pontuação. (A) Pela primeira vez, a população de Belo Horizonte vai poder escolher, por meio da Internet, as obras que serão executadas na cidade. Disponível no período de 1.º a 30 de novembro, a nova modalidade, conhecida por Orçamento Participativo Digital, tem parceria entre a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) e o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). (B) O novo sistema baseia-se em dados fornecidos pelo TRE-MG à PBH (quantitativo de eleitores, número do título de eleitor etc.), e foi solicitado pelo prefeito de BH, Fernando Pimentel, há cerca de seis meses, ao então presidente da instituição, Armando Pinheiro Lago. (C) O voto via Internet será permitido apenas para aqueles com domicílio eleitoral na capital (aproximadamente 1,7 milhão de pessoas), que poderão decidir pelo conjunto de nove obras (quatro em cada regional) que serão feitas no município em um prazo máximo de dois anos. (D) Para votar, o cidadão deve entrar no sítio da PBH. Quem não tiver acesso à Internet em casa pode ir até um dos 175 postos públicos montados, pela PBH onde haverá monitores para ajudar aqueles que não estão acostumados a lidar com computador. (Analista – TSE – 2006 – CESPE)

Opções adaptadas. Internet: . “Quem não tiver acesso à Internet em casa pode ir até um dos 175 postos públicos montados, pela PBH, [vírgula] onde haverá monitores para ajudar aqueles que não estão acostumados a lidar com computador.”

Uma das funções dos parênteses é a de separar os diversos itens de uma enumeração. imprimir a um texto um tom coloquial. indicar que termos foram deslocados na oração. isolar explicações, indicações ou comentários em geral. caracterizar um texto como essencialmente didático.

(Analista – TRT/1ª – 2008 – CESPE) (A) (B) (C) (D) (E)

A: incorreta – o ponto e vírgula separa os diversos itens de uma enumeração; B: incorreta – o tom coloquial é impresso pelos termos utilizados, e não pelo uso dos parênteses; C: incorreta – as vírgulas indicam que termos, na oração, foram deslocados; D: assertiva correta; E: incorreta – a caracterização de um texto como didático não é uma das funções dos parênteses. Gabarito "D"

7

16

Gabarito "D"

4

13

Se a perspectiva do político é a perspectiva de como o poder se constitui e se exerce em uma sociedade, como se distribui, se difunde, se dissemina, mas também se oculta, se dissimula em seus diferentes modos de operar, então é fundamental uma análise do discurso que nos permita rastreá-lo. A necessidade de discussão da questão política e do exercício do poder está em que, em última análise, todos os grupos, classes, etnias visam, de uma forma ou de outra, o controle do poder político. Porém, costumamos ver o poder como algo negativo, perverso, no sentido da dominação, da submissão. Não há, entretanto, sociedade organizada sem formas de exercício de poder. A questão, portanto, deve ser: como e em nome de quem este poder se exerce?

Gabarito 1C

1

Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais, mas nada é mais marcante do que a nossa capacidade de trabalhar, de transformar o mundo segundo nossa qualificação, nossa energia, nossa imaginação. Ainda assim, para a grande maioria dos homens, o trabalho nada mais é do que puro desgaste da vida. Na sociedade capitalista, a produtividade do trabalho aumentou simultaneamente a tão forte rotinização, apequenamento e embrutecimento do processo de trabalho de forma que já não há nada que mais nos desagrade do que trabalhar. Preferimos, a grande maioria, fazer o que temos em comum com os outros animais: comer, dormir, descansar, acasalar. Nossa capacidade de trabalho, a potência humana de transformação e emancipação de todos, ficou limitada a ser apenas o nosso meio de ganhar pão. Capacidade, potência, criação, o trabalho foi transformado pelo capital no seu contrário. Tornou-se o instrumento de alienação no sentido clássico da palavra: o ato de entregar ao outro o que é nosso, nosso tempo de vida.

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

correspondências oficiais. Julgue-os com relação à língua portuguesa padrão e à forma e ao estilo requeridos na redação oficial. (1) Senhor Coronel José Silva, Vossa Senhoria está convidado a comparecer ao ato solene em 30 de janeiro de 2010. (2) Requero informação sobre o processo licitatório dos equipamentos de informática do tribunal. 1: incorreta – “Senhor Coronel José Silva, convidamos o senhor a comparecer”; 2: incorreta – “Requeremos informação” ou “O Departamento de Informática da Cidade X - DIX requer informação”. Não se utiliza a 1ª pessoa do singular. De qualquer modo, lembrar que o verbo requerer na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo tem a forma: requeiro. Gabarito 1E, 2E

A frase redigida de modo claro e condizente com o padrão culto escrito é: (A) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à sua dignidade. (B) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito no ano passado deve ser aberta àquele núcleo que a instigou, não devendo ficar restrito aos especialistas. (C) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está a cargo de ambos os formados na área, de cujo conhecimento de ponta muito se depende. (D) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação tanto profissional como em sociedade não deixava nada à desejar, o que lhe ajudou bastante naquela pendência. (E) Ele era o único que espontaneamente se dignava de ouvir-nos a todos, sem exceção, e consentia prazeroso até o depoimento mais insosso ou desajeitado. (Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC)

A: incorreta – oração truncada, sem sentido. Há várias possibilidades de construção, dependendo do que o autor quer comunicar; B: incorreta – “Os resultados da pesquisa científica, levada a efeito no ano passado, devem ser abertos àquele núcleo que a motivou. Os resultados não devem ficar restritos aos especialistas.” Notem que nem sempre é possível omitir termos e tornar a construção mais enxuta; C: incorreta – “estão a cargo”. O sujeito do verbo estar é composto: “A criação, coordenação e assessoria”; D: incorreta – uma redação possível é “Advoguei junto ao chefe do rapaz. Quanto à sua atuação, tanto profissional como em sociedade, não deixava nada a [não ocorre a crase antes do verbo] desejar, fato que o [objeto direto do verbo ajudar] ajudou bastante naquela pendência.”; E: Assertiva correta. Gabarito "E"

Texto para as próximas duas questões. Os homens-placa

Uma cabeleira cor-de-rosa ou verde, um nariz de palhaço, luvas de Mickey gigantescas, pouco importa. Eis que surge numa esquina, e replica-se em outras dez, o personagem mais solitário de nossas ruas, o homem-placa das novas incorporações imobiliárias. Digo homem-placa, não porque ele seja vítima do velho sistema de ficar ensanduichado entre duas tábuas de madeira anunciando remédios ou espetáculos de teatro, nem porque, numa versão mais recente, amarrem-lhe ao corpo um meio colete de plástico amarelo para avisar que se compra ouro ali por perto. Ele é homem-placa porque sua função é mostrar, a cada encruzilhada mais importante do caminho, a direção certa para o novo prédio de apartamentos que está sendo lançado. Durante uma época, a prática foi encostar carros velhíssimos, verdadeiras sucatas, numa vaga de esquina, colocando o anúncio do prédio em cima da capota. O efeito era ruim, sem dúvida. Como acreditar no luxo e na distinção do edifício Duvalier, com seu espaço gourmet e seu depósito de vinho individual, se todo o sonho estava montado em cima de um Opala 74 cor de tijolo com dois pneus no chão? Eliminaram-se os carros-placa, assim como já pertencem ao passado os grandes lançamentos performáticos do mercado imobiliário. A coisa tinha, cerca de dez anos atrás, proporções teatrais. Determinado prédio homenageava a Nova York eterna: mocinhas eram contratadas para se fantasiarem de Estátua da Liberdade, com o rosto pintado de verde, a tocha de plástico numa mão, o folheto colorido na outra. Ou então era o Tio Sam, eram Marilyns e Kennedys, que ocupavam a avenida Brasil, a Nove de Julho, as ruas do Itaim. Esses homens e mulheres-placa não se comparam sequer ao guardador de carros, que precisa impor certa presença ao cliente incauto. Estão ali graças à sua inexistência social. Só que sua função, paradoxalmente, é a de serem vistos; um cabelo azul, um gesto repetitivo apontando o caminho já bastam. (Adaptado de: Marcelo Coelho, www.marcelocoelho.folha.blogspot.uol.com)

Preste atenção em questões como essa. Logo na alternativa A encontramos erro quanto ao uso da crase (“reduzidos à condições”), porém o que se pede é correção quanto à estruturação da redação. A: quanto ao termo “ensanduichados”, embora não haja registro de sua ocorrência em dicionários, certamente se trata de um neologismo que o autor do texto criou. Nesse momento, ignorar o termo “ensanduichados”. Nessa alternativa há necessidade de correção em “reduzidos a condições”. O termo “reduzidos” exige preposição a, porém a palavra regida “condições” está no plural e não há o artigo definido feminino. A crase não ocorre; B, D e E: redações corretas; C: a correlação entre as orações está truncada. Não é possível identificar claramente os sujeitos a que os verbos se referem, nem seus complementos. A redação não é inteligível.

Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) Quando o corpo humano se reduz em suporte exclusivamente material para qualquer coisa, nossa dignidade deixa de ter preço. (B) Requer-se de um guardador de carros, diferentemente do que ocorre com um homem-placa, que tenha iniciativa e presença. (C) Há momentos onde o afã de se fazer propaganda não mede esforços para lançar mão dos mais grotescos recursos. (D) Ainda se vê em grandes cidades as figuras antagônicas de pobres entalados em cartazes nos quais se diz venderem ouro. (E) Muitos acreditam ter requinte em morar num edifício de nome estrangeiro, além das novidades ligadas à onda de gastronomia. (Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC)

A: incorreta – “Quando o corpo humano se reduz a um suporte”; B: correta – redação correta; C: incorreta – “Há momentos em que [usar o pronome onde somente quando há referência a lugar]”; D: incorreta – “Ainda se veem (...) as figuras (...) de pobres entalados em cartazes nos quais se diz vender ouro”; E: incorreta – “Muitos acreditam haver algum requinte em morar em um edifício de nome estrangeiro”. O período “além das novidades ligadas à onda de gastronomia”, parece fora de contexto. Gabarito "B"

(Analista – STM – 2011 – CESPE) Nos itens a seguir, são apresentados trechos de

É preciso corrigir, devido à má estruturação, a redação da seguinte frase: (A) Os homens-placa ficam ensanduichados entre tábuas ou pranchas de metal, transportando-as pelas ruas reduzidos à condições de suporte. (B) Sensibilizou-se o autor do texto com a condição humilhante desses homens e mulheres-placa, tratados como se fossem coisas, destituídos de sua humanidade. (C) Não se sabe a quem ocorreu a ideia, uma vez que condomínios de luxo certamente não combinam com sucata, de que usaram como base de anúncio. (D) Alguém, num momento infeliz, teve a lamentável ideia de usar carros velhos como suporte de propaganda para a venda de imóveis de luxo. (E) Definitivamente, quem procura imóvel com espaço gourmet ou depósito de vinho individual não se deixará atrair pela propaganda apoiada num velho Opala de cor berrante. (Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC)

Gabarito "C"

4. REDAÇÃO, COESÃO E COERÊNCIA

Do homicídio*

Cabe a vós, senhores, examinar em que caso é justo privar da vida o vosso semelhante, vida que lhe foi dada por Deus. Há quem diga que a guerra sempre tornou esses homicídios não só legítimos como também gloriosos. Todavia, como explicar que a guerra sempre tenha sido vista com horror pelos brâmanes, tanto quanto o porco era execrado pelos árabes e pelos egípcios? Os primitivos aos quais foi dado o nome ridículo de quakers** fugiram da guerra e a detestaram por mais de um século, até o dia em que foram forçados por seus irmãos cristãos de Londres a renunciar a essa prerrogativa, que os distinguia de quase todo o restante do mundo. Portanto, apesar de tudo, é possível abster-se de matar homens. Mas há cidadãos que vos bradam: um malvado furou-me um olho; um bárbaro matou meu irmão; queremos vingança; quero um olho do agressor que me cegou; quero todo o sangue do assassino que apunhalou meu irmão; queremos que seja cumprida a antiga e universal lei de talião. Não podereis acaso responder-lhes: “Quando aquele que vos cegou tiver um olho a menos, vós tereis um olho a mais? Quando eu mandar supliciar aquele que matou vosso irmão, esse irmão será ressuscitado? Esperai alguns dias; então vossa justa dor terá perdido intensidade; não vos aborrecerá ver com o olho que vos resta a vultosa soma de dinheiro que obrigarei o mutilador a vos dar; com ela vivereis vida agradável, e além disso ele será vosso escravo durante alguns anos, desde que lhe seja permitido conservar seus dois olhos para melhor vos servir durante esse tempo. Quanto ao assassino do seu irmão, será vosso escravo enquanto viver. Eu o tornarei útil para sempre a vós, ao público e a si mesmo”.

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Magally Dato

* Excerto de texto escrito em 1777, pelo filósofo iluminista francês Voltaire (1694-1778). ** Quaker – associação religiosa inglesa do séc. XVI, defensora do pacifismo. Deve-se CORRIGIR, por deficiência estrutural, a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) O tratamento de vós, que hoje nos soa tão cerimonioso, ecoa uma época em que se aliavam boa argumentação e boa retórica. (B) Voltaire não hesita em lembrar as vantagens reais da aplicação de penas que poupam a vida do criminoso para que pague pelo que fez. (C) Como sempre há quem defenda os castigos capitais, razão pela qual Voltaire buscou refutá-los, através de alternativas mais confiáveis. (D) Note-se a preocupação que tem esse iluminista francês em escalonar as penas de modo a que nelas se preserve adequada relação com o crime cometido. (E) Na refutação aos que defendem a pena de talião, Voltaire argumenta que o mal já causado não se sana com um ato idêntico ao do criminoso. (Analista – TRT/23ª – 2011 – FCC)

Uma redação possível, menos truncada seria: “Como sempre há quem defenda os castigos capitais, refutados por Voltaire, que defendia alternativas a esses castigos.” Gabarito "C"

Assim como os antigos moralistas escreviam máximas, deu-me vontade de escrever o que se poderia chamar de mínimas, ou seja, alguma coisa que, ajustada às limitações do meu engenho, traduzisse um tipo de experiência vivida, que não chega a alcançar sabedoria mas que, de qualquer modo, é resultado de viver. Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotações vadias foram feitas e ofereço-as ao leitor, sem que pretenda convencê-lo do que penso nem convidá-lo a repensar suas ideias. São palavras que, de modo canhestro, aspiram a enveredar pelo avesso das coisas, admitindo-se que elas tenham um avesso, nem sempre perceptível mas às vezes curioso ou surpreendente. C.D.A. (Carlos Drummond de Andrade. O avesso das coisas [aforismos]. 5.ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 3) (Analista – TRF/1ª – 2011 – FCC)

...admitindo-se que elas tenham um avesso...

Respeitando a situação em que foi empregada a frase acima, a ÚNICA reformulação INCORRETA para o segmento destacado é: (A) no caso de se admitir que. (B) caso se admita que. (C) tomando-se como pressuposto que. (D) visto que é patente que. (E) aceitando como hipótese que.

Atenção: a questão seguinte baseia-se no texto apresentado abaixo.

A correspondência oficial não dispensa nem os protocolos de rigor que lhe são próprios, nem a máxima objetividade no tratamento do assunto em tela. Não cabendo o coloquialismo do tratamento na pessoa você, é preciso conhecer o emprego mais cerimonioso de Vossa Senhoria e Vossa Excelência, por exemplo, para os casos em que essas ou outras formas mais respeitosas se impõem. Quanto à disposição da matéria tratada, a redação deve ser clara e precisa, para que se evitem ambiguidades, incoerências e quebras sintáticas. (Diógenes Moreyra, inédito) (Analista – TRT/16ª – 2009 – FCC) A ocorrência

de ambiguidade e falta de clareza faz necessária uma revisão da seguinte frase: (A) Causa-nos revolta, a todos, o pouco interesse que ele vem demonstrando na condução desse processo – razão pela qual há quem peça a demissão dele. (B) Conquanto ele nos haja dado uma resposta inconclusiva e protelado a decisão, há quem creia que nos satisfará o desfecho deste caso. (C) Inconformados com a resposta insatisfatória que nos deu, reiteramos o pedido para que ele não deixe de tomar as providências que o caso requer. (D) Ele deu uma resposta insatisfatória à providência que lhe solicitamos, em razão da qual será preciso insistir em que não venha a repeti-la. (E) Caso não sejam tomadas as providências cabíveis, seremos obrigados a comunicar à Direção o menoscabo com que está sendo tratado este caso. O referente do pronome feminino a em “repeti-la” não está claro. Trata-se da repetição da “resposta” ou da “providência”? Gabarito "D"

(Voltaire – O preço da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2001, pp. 15/16. Trad. de Ivone Castilho Benedetti)

A: correta, pois a frase está redigida de modo claro e em conformidade com o padrão culto escrito; B: incorreta – verifique ortografia (quisesse); colocação pronominal (bastava oferecer-lhe; para ouvi-lo); C: incorreta – verifique a concordância verbal (“aspectos que, sem dúvida, fazem o funcionário perder-se ao fazer os lançamentos, deixando que a chefia os [os lançamentos] faça [sujeito é chefia]”); D: incorreta – verifique a regência nominal (“direito à integração cultural”); E: incorreta – reescreva o trecho: “Surpreendeu a proposta feita anteontem, na diretoria, pela secretária geral. Segundo ela, pelo fato de não termos provido o depósito de material de limpeza, teremos de providenciá-lo às nossas próprias expensas”. Gabarito "A"

É assim que se faz na Rússia há quarenta anos. Os criminosos que ultrajaram a pátria são forçados a servir à pátria para sempre; seu suplício é uma lição contínua, e foi a partir de então que aquela vasta região do mundo deixou de ser bárbara.

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Pelo contexto: “São palavras que, de modo canhestro, aspiram a enveredar pelo avesso das coisas, admitindo-se que elas tenham um avesso” vemos que trata-se de uma hipótese. A única alternativa que não tem apresenta um termo condicional é “visto que é patente que“.

Hoje o sistema isola, atomiza o indivíduo. Por isso seria importante pensar as novas formas de comunicação. Mas o sistema também nega o indivíduo. Na economia, por exemplo, mudam-se os valores de uso concreto e qualitativo para os valores de troca geral e quantitativa. Na filosofia aparece o sujeito geral, não o indivíduo. Então, a diferença é uma forma de crítica. Afirmar o indivíduo, não no sentido neoliberal e egoísta, mas no sentido dessa ideia da diferença é um argumento crítico. Em virtude disso, dessa discussão sobre a filosofia e o social surgem dois momentos importantes: o primeiro é pensar uma comunidade autoreflexiva e confrontar-se, assim, com as novas formas de ideologia. Mas, por outro lado, a filosofia precisa da sensibilidade para o diferente, senão repetirá apenas as formas do idêntico e, assim, fechará as possibilidades do novo, do espontâneo e do autêntico na história. Espero que seja possível um diálogo entre as duas posições em que ninguém tem a última palavra. Miroslav Milovic. Comunidade da diferença. Relume Dumará, p. 131-2 (com adaptações).

Gabarito "D"

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(Analista – STF – 2008 – CESPE) Com referência às ideias e às estruturas linguís-

ticas do texto acima, julgue o item a seguir. (1) O emprego de “Em virtude disso” (l.9) mostra que, imediatamente antes do termo “o social” (l.10) está subtendida a preposição de, que, se fosse explicitada, teria de ser empregada sob a forma do.

1: incorreta – a locução “em virtude disso” significa “em razão de”, “em consequência de”. A expressão “o social” vem precedida da preposição sobre, que está sendo usada também para a palavra filosofia. A assertiva está errada. Gabarito 1E

Está redigida de modo claro e em conformidade com o padrão culto escrito a seguinte frase: (A) Idôneo, com extraordinário senso de medida, e sempre atuando com discrição, era o mais cotado para ascender ao cargo a cuja disputa ninguém jamais se furtava. (B) Quem quizesse afagar o ego do velho casmurro, lhe bastava oferecer dois dedos de prosa e toda a paciência para ouvirlhe em suas detalhadas lembranças do tempo da guerra. (C) A estrutura do setor de compras possui aspectos que sem dúvida, faz o funcionário perder-se ao fazer os lançamentos, deixando para a chefia que o façam. (D) Todos devem ter o direito da integração cultural, o que depende, em última instância, dos que tomam decisões respeitarem o princípio universal da igualdade de oportunidades. (E) Surpreende a proposta feita anteontem, na diretoria pela secretária geral, segundo a qual, porque não prouvemos o depósito de material de limpeza, tenhamos de providenciá-lo a nossas próprias expensas. (Analista – TRF/1ª – 2011 – FCC)

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Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais, mas nada é mais marcante do que a nossa capacidade de trabalhar, de transformar o mundo segundo nossa qualificação, nossa energia, nossa imaginação. Ainda assim, para a grande maioria dos homens, o trabalho nada mais é do que puro desgaste da vida. Na sociedade capitalista, a

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

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produtividade do trabalho aumentou simultaneamente a tão forte rotinização, apequenamento e embrutecimento do processo de trabalho de forma que já não há nada que mais nos desagrade do que trabalhar. Preferimos, a grande maioria, fazer o que temos em comum com os outros animais: comer, dormir, descansar, acasalar. Nossa capacidade de trabalho, a potência humana de transformação e emancipação de todos, ficou limitada a ser apenas o nosso meio de ganhar pão. Capacidade, potência, criação, o trabalho foi transformado pelo capital no seu contrário. Tornou-se o instrumento de alienação no sentido clássico da palavra: o ato de entregar ao outro o que é nosso, nosso tempo de vida. Emir Sader. “Trabalhemos menos, trabalhemos todos”. In: Correio Braziliense, 18/11/2007 (com adaptações).

(Analista – TST – 2008 – CESPE) Julgue o seguinte item a respeito do texto acima.

A seguir, as orações corrigidas. A: “É notório que o autor do texto seja um tímido, daí se conclui que ele esteja falando com o autoritarismo de sua própria experiência.”; B: oração incoerente; C: Mesmo uma Elke Maravilha, afirma o autor, portará consigo um lado de timidez, por conta das extroversões pelas quais se fez notória.”; D: Faz parte do humor do texto a controvérsia em que o complexo de inferioridade implica que se trata, no fundo, de seu oposto; E: oração correta. Gabarito "E"

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Está correta a construção da seguinte frase: Seu vizinho de poltrona acha preferível ouvir música do que se concentrar num filme. A mulher ao lado prefere mais um filme em vez de ouvir música. Tenho mais preferência a desfrutar do silêncio que de ouvir intimidades alheias. O jovem prefere concentrar-se na música a ficar com os olhos num monitor de TV. É mais preferível entreter-se com ideias próprias a que se distrair com as tolices de um filme.

(Analista – TRT/18ª – 2008 – FCC) (A) (B) (C) (D) (E)

A retirada da preposição em “de transformar” (l.3) violaria as regras de gramática da língua portuguesa, já que essa expressão complementa “capacidade” (l.2).

O verbo regente preferir exige preposição a: “prefere música a ficar com os olhos num monitor”.

1: incorreta – “Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais, mas nada é mais marcante do que a nossa capacidade de trabalhar, transformar o mundo segundo nossa qualificação, nossa energia, nossa imaginação.”

Releia o primeiro parágrafo, transcrito a seguir, para responder à questão seguinte.

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A raça humana A raça humana é Uma semana Do trabalho de Deus. A raça humana é a ferida acesa Uma beleza, uma podridão O fogo eterno e a morte A morte e a ressurreição. A raça humana é o cristal de lágrima Da lavra da solidão Da mina, cujo mapa Traz na palma da mão. A raça humana risca, rabisca, pinta A tinta, a lápis, carvão ou giz O rosto da saudade Que traz do Gênesis Dessa semana santa Entre parênteses Desse divino oásis Da grande apoteose Da perfeição divina Na grande síntese. A raça humana é Uma semana Do trabalho de Deus. Gilberto Gil.

Assinale a opção em que a preposição em apresenta a mesma interpretação que recebe no verso 11: “Traz na palma da mão”. (A) Arrumei os livros na estante da sala. (B) De vez em quando, vamos juntos ao cinema. (C) A notícia correu de boca em boca. (D) A cidade entrou em festa. (E) Cremos na vitória da democracia. (Analista – TRT/1ª – 2008 – CESPE)

No verso “Traz na palma da mão”, a preposição em carrega ideia de lugar, assim como na oração “Arrumei os livros na estante da sala.”

Um historiador nordestino continua criticando o Rio por dar destaque às comemorações do bicentenário da chegada da corte portuguesa ao Brasil. Segundo o mestre do nosso setentrião, que nesse particular é acompanhado por mestres de outros Estados, inclusive de São Paulo, a badalação sobre a vinda de fugitivos de Napoleão é apenas uma jogada de marketing, destinada a encobrir as mazelas de uma cidade que deveria estar preocupada em combater a violência urbana, que envergonha não apenas a cidade mas o país inteiro. (Analista – TJ/MT – 2008 – VUNESP) Ao estabelecer a coesão no início do parágrafo,

a preposição por introduz, com relação à oração anterior, uma ideia de (A) hipótese. (B) concessão. (C) conformidade. (D) causa. (E) oposição.

O motivo da crítica está no fato de o Rio dar “destaque às comemorações”. Desse modo, a preposição por introduz uma ideia de causa. Gabarito "D"

Gabarito 1E

Texto para a questão seguinte.

Gabarito "D"

(1)

5. CONCORDÂNCIA (Delegado/AP – 2010 – FGV) De

acordo com as regras de concordância verbal do padrão escrito culto, assinale a alternativa incorreta. (A) A maioria dos brasileiros já viveram situações violentas no cotidiano. (B) Sem dúvida, devem haver formas de combater pacificamente a violência. (C) No artigo em análise, trata-se de questões referentes à origem histórica da violência. (D) Faz séculos que se verificam situações de opressão na sociedade brasileira. (E) Sempre existirão pessoas dispostas a resistir ao comodismo. A: correta, pois, quando o sujeito é coletivo partitivo (quando há expressões como a maioria de..., a maior parte..., boa parte... etc.), o verbo pode concordar no singular ou no plural; B: incorreta (devendo ser assinalada), pois o verbo haver no sentido de existir é impessoal e deve sempre permanecer no singular, desse modo, a oração está correta se escrita “Sem dúvida, deve haver formas de combater” ou “Sem dúvidas, devem existir formas de combater”; C: incorreta, pois o verbo tratar pronominal é transitivo indireto; D: incorreta, pois o verbo fazer indicando tempo é impessoal e mantém-se no singular; E: correta, pois o sujeito do verbo existir é “pessoas”. O verbo deve concordar com o sujeito.

Gabarito "A"

Gabarito "B"

Está clara e correta a redação do seguinte comentário sobre o texto: (A) É notório que o autor do texto seja um tímido, onde se conclui de que ele está falando com o autoritarismo de sua própria experiência. (B) Não se deve vexar os tímidos por sua timidez, porque mesmo os extrovertidos, segundo o autor, não deixam também de ser assim. (C) Mesmo uma Elke Maravilha, afirma o autor, portará consigo um lado de timidez, por conta das extroversões em cujas se fez notória. (D) Faz parte do humor do texto a controvérsia que o complexo de inferioridade implica em que, no fundo, trata-se de seu oposto. (E) Nem todos concordarão com as teses do autor, mesmo porque um humorista não escreve com o fito de estabelecer verdades incontroversas.

Texto para a questão seguinte.

(Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC)

As mudanças e transformações globais nas estruturas políticas e econômicas no mundo contemporâneo colocam em relevo as questões de identidade e as lutas pela afirmação e manutenção das identidades nacionais e étnicas. Mesmo que o passado que as identidades atuais reconstroem seja, sempre, apenas imaginado, ele proporciona alguma certeza em um clima que é de mudança, fluidez e crescente incerteza. As identidades em conflito estão localizadas no interior de mudanças sociais, políticas e econômicas, mudanças para as quais elas contribuem. Stuart Hall e Kathryn Woodward. Identidade e diferença – A perspectiva dos estudos culturais. Tomaz Tadeu da Silva (Org.). Petrópolis: Vozes, 2004, pp. 24-5 (com adaptações).

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Magally Dato

Os itens abaixo apresentam propostas de reescrita para a oração inicial do texto. Julgue-os quanto à concordância verbal e nominal. I. A mudança e a transformação global na estrutura política e econômica no mundo contemporâneo coloca em relevo as questões de identidade. II. A mudança e a transformação globais nas estruturas políticas e econômicas no mundo contemporâneo coloca em relevo as questões de identidade. III. A existência de mudanças e transformações globais nas estruturas políticas e econômicas no mundo contemporâneo coloca em relevo as questões de identidade. IV. O fato de as estruturas políticas e econômicas no mundo contemporâneo passarem por mudanças e transformações globais coloca em relevo as questões de identidade.

Meios e fins

(Delegado/PB – 2009 – CESPE)

Estão certos apenas os itens (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV.

A metáfora da omelete é “o fim justifica os meios”, em linguagem de cozinha. O fim justificaria todos os meios extremos de catequização e purificação, já que o fim é uma humanidade melhor – só variando de extremo para extremo o conceito de “melhor”. Todos os fins são nobres para quem os justifica, seja uma sociedade sem descrentes, sem classes ou sem raças impuras. O próprio sacrifício de ovos pelo sacrifício de ovos tem uma genealogia respeitável, a ideia de regeneração (dos outros) pelo sofrimento e pelo sangue acompanha a humanidade desde as primeiras cavernas. Ou seja, até os sádicos têm bons argumentos. Mas o fim das ideologias teria decretado o fim do horror terapêutico, do mito da salvação pela purgação que o século passado estatizou e transformou no seu mito mais destrutivo.

I: incorreta. “A mudança e a transformação global (...) colocam”; II: incorreta. “A mudança e a transformação globais (...) colocam em relevo as questões de identidade”; III: correta, pois nessa versão, o núcleo do sujeito do verbo colocar é singular (“existência”); IV: correta, pois nessa versão, o núcleo do sujeito do verbo colocar é “fato” e o núcleo do sujeito do verbo passar é “estruturas”. O verbo sempre concorda com o sujeito.

O fracasso do comunismo na prática acabou com a desculpa, racional ou irracional, para o stalinismo. O tempo não redimiu o horror, o fim foi só a última condenação dos meios.

Gabarito "E"

(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC)

(B)

(C)

(D)

(E)

A: incorreta – “não existem dúvidas (...) os Estados Unidos, recentemente, provaram ao mundo”; B: incorreta – “alçar-se a diretor (...) não hesitando”; C: incorreta – “que caberia a ela [não ocorre a crase. O verbo regente caber exige a preposição a, porém não há artigo antes de pronome pessoal] (...) não aquiescendo [não consentindo], impusemos que a mídia teria de lidar”; D: correta – note que o vocábulo bom está sendo usado como adjetivo na comparação “o tio é mais bom [bondoso] do que preparado”; E: incorreta – o verbo defectivo soer (“ele sói ser o melhor conselheiro”) tem a acepção de “habituar, costumar”. É um verbo pouquíssimo usado hodiernamente. Gabarito "D"

Estão plenamente observadas as normas de concordância verbal na frase: (A) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma demonstração de mau gosto. (B) Não sensibilizavam aos possíveis interessados em apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles velhos carros-placa. (C) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a visibilidade social. (D) As duas tábuas em que se comprimem o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irônicos, como “compro ouro”. (E) Não se compara aos vexames dos homens-placa a exposição pública a que se submetem os guardadores de carros. (Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC)

A: “Ao se revogar o emprego”; “pouparam-se a todos”; B: “Não sensibilizava (...) a visão” - o sujeito do verbo transitivo direto sensibilizar é “a visão”. Podemos reescrever a oração na ordem direta, facilitando a compreensão: “A visão grotesca daqueles velhos carros-placa não sensibilizava os [sem preposição] possíveis interessados”; C: “Destina-se aos homens-placa [objeto indireto do verbo destinar] um lugar visível [o verbo concorda com ‘um lugar visível’] nas ruas e nas praças”; D: “em que o famigerado homem-placa se comprime”. O sujeito do verbo comprimir é “famigerado homem-placa”, sujeito no singular, verbo no singular. E: fica mais clara a oração da alternativa E se alterarmos a ordem: “A exposição pública [a que os guardadores de carros se submetem] não se compara aos vexames dos homens-placa.” Essa é a alternativa correta.

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher adequadamente a lacuna da frase: (A) Agrada aos extremistas propagar que, a menos que se ...... (quebrar) ovos, nunca se fará uma omelete. (B) Aos sádicos ...... (dever) agradar ouvir os ovos quebrando- se, como preâmbulo de uma omelete. (C) Os ovos de que se ...... (compor) a omelete ilustram o caso em que a violência de um ato se justifica pela causa a que serve. (D) A todos os meios extremos ...... (costumar) corresponder, segundo os radicais, uma justificativa aceitável. (E) Mesmo aos maiores sádicos ...... (poder) ocorrer uma certa direção de argumentos para justificar seus horrores. A: correta – em “a menos que se quebrem ovos”, o verbo transitivo direto quebrar concorda no plural com o sujeito da passiva (“ovos sejam quebrados”); B: incorreta – o sujeito da locução verbal “deve agradar” é oracional: “ouvir os ovos quebrando deve agradar”. O verbo deve permanecer no singular; C: incorreta – em “de que se compõe a omelete”, o verbo transitivo direto compor concorda no singular com o sujeito da passiva (“a omelete é composta”): “Os ovos de que é composta a omelete ilustram (os ovos ilustram)” ou “Os ovos de que se compõe a omelete ilustram”. O sujeito do verbo ilustrar é “ovos”; D: incorreta – “Uma justificativa aceitável costuma corresponder, segundo os radicais, a todos os meios extremos”. A oração foi colocada na ordem direta. Veja que o sujeito do verbo costumar é “Uma justificativa aceitável” e o objeto indireto é “a todos os meios extremos.”. O verbo concorda, no singular, como sujeito; E: incorreta – o sujeito da locução “pode ocorrer” é “uma certa direção de argumentos”. O núcleo do sujeito é singular, a locução verbal fica no singular.

As normas de concordância verbal estão plenamente atendidas na frase: (A) Interessava aos antigos professores de português suscitar nos alunos o gosto pelos efeitos de retórica nas redações. (B) A nenhum dos professores do ginásio ocorreriam imaginar que a linguagem falada pode ser um registro de alto valor estético. (C) Nos dois trechos citados de Graciliano Ramos encontram-se elementos da linguagem falada a que não faltam vivacidade. (D) O autor faz votos de que aos bons gramáticos se reservem, por justas razões, acomodação privilegiada no céu. (E) Graças às convicções de que Graciliano não abriam mão, acabou produzindo uma obra-prima em estilo seco e incisivo. (Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC)

A: correta – o sujeito do verbo interessar é oracional “suscitar nos alunos o gosto (...) interessava aos antigos professores”. A concordância no singular está correta; B: incorreta – o verbo ocorrer deve ficar o singular, concordando com “A nenhum dos professores” (sujeito); C: incorreta – “a que não falta vivacidade”; o sujeito do verbo faltar é “vivacidade”; D: incorreta – “aos bons gramáticos se reserve (...) acomodação privilegiada no céu”; o verbo reservar concorda com o sujeito da passiva (“acomodação”), no singular; E: incorreta – o sujeito do verbo abrir é “Graciliano”. Sujeito singular, verbo no singular: “de que Graciliano não abria mão”. Gabarito "A"

(A)

correta é: Em se cuidando dessa doença no início, não existe dúvidas de que haverá cura – é o que os Estados Unidos, recentemente, provou ao mundo. Desejando intensamente alçar-se diretor e ele passou a agir com zelo e discrição, não exitando em exceder suas funções e o horário do fim do expediente. A regente insistiu junto à auxiliar que caberia à ela falar com a imprensa e nós, não aquiecendo, impusemos que a mídia tem de lidar com nós mesmos, os funcionários. Diz-se que o tio é mais bom do que preparado, mas o convívio com a adolescente tem sido dulcíssimo, em que lhe pesem os excessivos maus humores da jovem. Pai extremoso, ele soe ser o melhor conselheiro dos filhos, salvo se o exacerbam os ânimos ao reincidirem pela enésima vez no mesmo erro.

(Adaptado de: Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro)

Gabarito "A"

(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC) A redação

Gabarito "E"

22

O crítico José Onofre disse uma vez que a frase “não se faz uma omelete sem quebrar ovos” é muito repetida por gente que não gosta de omelete, gosta do barulhinho dos ovos sendo quebrados. Extrema esquerda e extrema direita se parecem não porque amam seus ideais, mas porque amam os extremos, têm o gosto pelo crec-crec.

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase: (A) Havendo quem vos pretendam convencer de que a pena de morte é necessária, perguntem onde e quando ela já se provou indiscutivelmente eficaz. (B) Entre os cidadãos de todos os países nunca deixarão de haver, por força do nosso instinto de violência, os que propugnam pela pena de morte. (C) Destaca-se, entre as qualidades de Voltaire, suas tiradas irônicas e seu humor ferino, armas de que se valia em suas pregações de homem liberal. (D) Embora remontem aos hábitos das sociedades mais violentas do passado, a pena de talião ainda goza de prestígio entre cidadãos que se dizem civilizados. (E) Opõe-se às ideias libertárias de Voltaire, um lúcido pensador iluminista, a violência das penas irracionais que se aplicam em nome da justiça.

1 Em minha opinião, uma percepção ingênua dos fenômenos de mercado, como a crença nos mercados perfeitos, fornece exatamente o que seus críticos mais 4 utilizam como munição nos momentos de crise e descontinuidade. O argumento da suposta infalibilidade dos mercados em bases científicas e a pretensão de transformar 7 economia e finanças em ciências exatas produzem uma perigosa mistificação: confundir brilhantes construções mentais para entender a realidade com a própria realidade. 10 Os mercados não são perfeitos. São, isto, sim, poderosos instrumentos de coordenação econômica em busca permanente de eficiência. Mas são também o espelho de 13 nossos humores, refletindo nossa falibilidade nas avaliações. São contaminados por excesso de otimismo e de pessimismo. São humanos, demasiado humanos.

A: incorreta – “quem pretenda convencer [a vós] (...) pergunte”; B: incorreta – deixará de haver; C: incorreta – “Destacam-se (...) suas tiradas”; D: incorreta – “Embora [a pena de talião] remonte”; E: correta – o verbo opor concorda com “a violência”, no singular. O verbo aplicar concorda com “penas irracionais”, no plural.

(Analista – STJ – 2008 – CESPE) A partir da organização das ideias e das estruturas

A: incorreta – “pretendia-se designar”; B: incorreta – “A multiplicação (...) acabou por representar”; C: incorreta – “tomar a iniciativa (...) cabe a quaisquer”; D: correta – o sujeito do verbo opor é composto “instância do (....) privado” e “instância do (...) público”; E: incorreta – “Permite-se (...) levantar”. Gabarito "D"

1 Aceitar que somos indeterminados naturalmente, que seremos lapidados pela educação e pela cultura, que disso decorrem diferenças relevantes e irredutíveis aos genes 4 é muito difícil. Significa aceitarmos que há algo muito precário na condição humana. Parte pelo menos dessa precariedade ou indeterminação alguns chamarão liberdade. 7 Porém nem mesmo a liberdade é tão valorizada quanto se imagina. Ela implica responsabilidades. Parece que se busca conforto na condição de coisa. 10 Se eu for objeto, isto é, se eu for natureza, meus males independem de minha vontade. Aliás, o que está em discussão não é tanto o que os causou, mas como resolvê-los: 13 se eu puder solucioná-los com um remédio ou uma cirurgia, não preciso responsabilizar-me, a fundo, por eles. Tratarei a mim mesmo como um objeto. 16 A postura das ciências humanas e da psicanálise é outra, porém. Muito da experiência humana vem justamente de nos constituirmos como sujeitos. Esse papel é pesado. Por 19 isso, quando entra ele em crise — quando minha liberdade de escolher amorosa ou política ou profissionalmente resulta em sofrimento —, posso aliviar-me procurando uma solução 22 que substitua meu papel de sujeito pelo de objeto. Roberto Janine Ribeiro. A cultura ameaçada pela natureza. Pesquisa Fapesp Especial, p. 40 (com adaptações).

Considerando o texto anterior, julgue o item subsequente. (1) As orações que precedem “é” (l.4) constituem o sujeito que leva esse verbo para o singular. (Analista – STF – 2008 – CESPE)

1: está correta a assertiva. O sujeito do verbo ser é oracional: “Aceitar [...] é...”.

1: correta – o verbo produzir concorda com o sujeito composto, que tem como núcleos: argumento e pretensão; 2: incorreta – o verbo concorda com o sujeito subentendido “os mercados”, que é plural. (Analista – TSE – 2006 – CESPE) Assinale

a opção em que o fragmento de texto apresenta erro gramatical. (A) O diretor-geral do TSE, Athayde Fontoura Filho, fez a palestra de lançamento do Manual de Contratos Administrativos na Justiça Eleitoral, de autoria do professor Jorge Ulisses Jacoby Fernandes. (B) A obra trata da unificação de procedimentos que eram adotados de forma diferente pelos TREs na contratação de serviços e compras, como explicou o diretor do TSE. (C) O diretor-geral do TSE salientou a importância de um trabalho de sistematização das experiências anteriores de gestão, que começaram a ser delineados em 2005. “É um trabalho que enobrece o serviço público”, segundo ele. (D) Athayde Fontoura ressaltou, contudo, que a sistemática de gestão dos contratos no serviço público ainda carece de aperfeiçoamentos, porque é um processo em andamento. Tanto que, segundo ele, algumas ações que não puderam ser implantadas neste ano, em virtude do calendário eleitoral, foram transferidas para 2007. Opções adaptadas. Internet: . Verifique a concordância nominal: “experiências [palavra feminina plural] anteriores de gestão, que começaram a ser delineadas [palavra feminina plural] em 2005”.

Assinale a opção em que fragmento de texto apresenta erro gramatical. (A) Os próximos quatro anos serão decisivos para a reconstrução republicana. O resultado das eleições demonstraram clara independência com as populações locais. (B) Elas não entregam mais seus ouvidos e, com eles, os seus votos, aos chefetes locais. Isso anuncia surpresas importantes nas eleições municipais de 2008. (C) É agora o tempo oportuno para as grandes reformas (como a agrária), que vêm sendo adiadas neste país há mais de 40 anos e sem as quais continuaremos sendo um dos países mais injustos do globo. (D) Para que elas se façam, é preciso que o arcabouço constitucional seja sólido e claro. Se somos República Federativa no rótulo, que a sejamos no conteúdo. E a União nada cederá de seu poder se não houver a pressão dos estados. (Analista – TSE – 2006 – CESPE)

Opções adaptadas de Mauro Santayana. Op cit. Verifique a concordância verbal: “O resultado das eleições demonstrou [o verbo concorda com o núcleo do sujeito, no singular] clara independência”. Gabarito "A"

normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase: (A) No passado, com as qualificações escrita, falada e televisada pretendiam-se designar toda a abrangência das formas de comunicação jornalística. (B) A multiplicação de tantos autores anônimos de blogs acabaram por representar uma séria concorrência para os profissionais da comunicação. (C) Em nossos dias, cabem a quaisquer cidadãos tomar a iniciativa de criar um blog para neles desenvolverem seus temas e pontos de vista. (D) Já não se opõem, num blog, a instância do que seja de interesse privado e a instância do que seja de interesse público. (E) Permitem-se aos seguidores de um blog levantar discordância quanto às linhas de argumentação desenvolvidas por seu autor.

linguísticas do texto acima, julgue os itens subsequentes. (1) Na linha 7, a flexão de plural da forma verbal “produzem” é exigida pelo termo “economia e finanças”. (2) Na linha 12, o termo “o espelho” permite que o verbo ser, nessa oração, seja flexionado também no singular: Mas é também o espelho.

Gabarito "C"

Gabarito "E" (Analista – TRT/24ª – 2011 – FCC) As

Paulo Guedes. “Os mercados são demasiado humanos”. In: Época, 21/7/2008 (com adaptações).

Gabarito 1C, 2E

(Analista – TRT/23ª – 2011 – FCC)

As normas de concordância verbal e nominal estão plenamente atendidas na frase: (A) Reservam-se os artistas o direito (ou privilégio?) de escolherem o gênero e a forma que lhes pareçam os mais adequados ao seu intento de expressão. (Analista – TRT/4ª – 2006 – FCC)

23

Gabarito "C"

Magally Dato

Gabarito "A"

As normas de concordância estão plenamente respeitadas na frase: (A) Costumam ser muito custosos, para todos os indivíduos, desviarem-se das tentações do conforto fácil e do prestígio rápido. (B) Quem aos valores dos outros se submetem sem pensar acabam por não encontrar seus valores mais autênticos. (C) Não são próprias das regiões mais sombrias do nosso ser oferecer-nos as verdades cruas da nossa personalidade. (D) O que fazem os homens desviar os olhos de sua imagem verdadeira são as facilidades de uma imagem já fabricada. (E) Em geral não nos apetece enfrentar os contornos duros do nosso rosto verdadeiro, mais desconfortáveis que os do construído. (Analista – TRT/6ª – 2006 – FCC)

A: incorreta – “Costuma ser muito custoso (...) desviar-se” – o sujeito da locução “costumar ser” é oracional; B: incorreta – “Quem (...) se submete” – o sujeito do verbo submeter é o pronome quem; C: incorreta – “Não é próprio (...) oferecer” – o sujeito do verbo ser é oracional; D: incorreta – “O que faz” – o sujeito do verbo fazer é oracional “desviar os olhos...”; E: correta – o sujeito do verbo apetecer é “enfrentar os contornos...”; a palavra “desconfortáveis” concorda com “contornos”. O pronome os se refere a “contornos” e o verbo “construído” a “rosto”. Gabarito "E" (Analista – TRF/1º – 2006 – FCC) Para que se respeite a concordância verbal, será

preciso corrigir a frase: (A) Têm havido dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano. (B) Têm sido levantadas dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano. (C) Será que o sistema de saúde cubano tem suscitado dúvidas sobre sua eficácia? (D) Que dúvidas têm propalado os adversários de Cuba sobre seu sistema de saúde? (E) A quantas dúvidas tem dado margem o sistema de saúde de Cuba? O verbo haver no sentido de existir é impessoal e permanece sempre na 3ª pessoa do singular: “Tem havido dúvidas”. Gabarito "A" (Analista – TRT/3ª – 2005 – FCC) Levando-se em conta as normas de concordância

verbal e nominal, a única frase inteiramente correta é: (A) Se se acrescentar à tribo dos micreiros as tribos dos celuleiros, dos devedeiros etc., haverá de se incorporar à língua portuguesa muitos outros neologismos. (B) Como se não bastassem as dificuldades que muita gente vêm demonstrando no uso do vocabulário tradicional, eis que novas aquisições se fazem necessárias a cada momento, proveniente da tecnologia. (C) A velocidade com que surgem palavras relacionadas aos novos campos tecnológicos fazem com que muitos desanimem, confessando-se inábeis para sua utilização. (D) Estão entre as características do texto a citação de alguns neologismos e o divertido registro de algumas situações em que ocorreu ambivalência de sentido, testemunhadas pelo autor. (E) É costume que se dissemine, sobretudo entre os mais velhos, alguns preconceitos contra o universo dos mais jovens, contra o vocabulário que entre estes se propagam com mais facilidade.

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A: correta – o sujeito do verbo configurar é singular: “o desrespeito”; B: incorreta – “Não cabe (...) valer-se” – o sujeito do verbo caber é oracional “valer-se de ordens superiores para justificar a violência dessas invasões”; C: incorreta – “os advogados se veem forçados” – o sujeito do verbo ver é plural (“advogados”); D: incorreta – “Têm ocorrido (...) inúmeras entradas” – o sujeito da locução é plural (“inúmeras entradas”); E: incorreta – “Se não lhes convém” – o sujeito do verbo convir é oracional “cumprir determinadas medidas”. (Analista – TRT/13ª – 2005 – FCC) Quanto

à concordância verbal, a frase inteiramente correta é: (A) Não costumam ocorrer, em reuniões de gente interessada na discussão de um problema comum, conflitos que uma boa exposição dos argumentos não possam resolver. (B) Quando há desrespeito recíproco, as razões de cada candidato, mesmo quando justas em si mesmas, acaba por se dissolverem em meio às insolências e aos excessos. (C) O maior dos paradoxos das eleições, de acordo com as ponderações do autor, se verificariam nos caminhos nada democráticos que se trilha para defender a democracia. (D) Quando se torna acirrado, nos debates eleitorais, o ânimo dos candidatos envolvidos, é muito difícil apurar de quem provém os melhores argumentos. (E) Insatisfeitos com o tom maniqueísta e autoritário de que se valem os candidatos numa campanha, os eleitores franceses escolheram o que lhes pareceu menos insolente. A: incorreta – “que uma boa exposição (...) não possa resolver”: o sujeito da locução “possa resolver” é singular; B: incorreta – “as razões (...) acabam” – o sujeito verbo acabar é plural; C: incorreta – “O maior de todos os paradoxos (...) se verificaria” – o sujeito do verbo verificar é singular; D: incorreta – “de quem provêm os melhores argumentos” – o sujeito do verbo provir é “os melhores argumentos”; E: correta – o sujeito do verbo valer é “os candidatos”; o sujeito do verbo escolher é “eleitores franceses”; o sujeito do verbo parecer é a palavra que. (Analista – TRE/ES – 2005 – ESAG) A concordância (A) (B) (C) (D)

está INCORRETA na opção: Anexa ao pedido remeteremos a cópia solicitada. Exigem-se dos candidatos bons antecedentes. Marta chegou meia triste; ela mesmo pediu para retirar-se da reunião. No Rio de Janeiro o desemprego é grande, haja vista os mais de 300 mil candidatos a uma vaga de gari.

A: correta – cópia anexa; cópia anexada; B: correta – O verbo exigir é transitivo direto, o pronome se é apassivador. O verbo concorda com “bons antecedentes”: “bons antecedentes” são exigidos dos candidatos; C: incorreta, devendo ser assinalada – a palavra meio na acepção de “um tanto, um pouco” é advérbio e, portanto, invariável: “Marta chegou meio triste”; D: correta – está correto o uso da expressão “haja vista”, que significa “considere-se”. (Analista – TRE/PR – 2004 – ESAG) Assinale

a alternativa INCORRETA, quanto à concordância verbal. (A) Faz dezoito anos que você me procura? Não havia meios de eu sabê-lo. (B) Claro que deve haver meios para vocês resolverem essa pendenga! (C) Existe uma série de recursos para examinarmos agora. (D) Por falta de verba, foi suspensa as experiências que faríamos. “Por falta de verba, foram suspensas as experiências”: o sujeito da locução verbal “foram suspensas” é plural (“as experiências”). Gabarito "D"

A: correta – o sujeito do verbo reservar é “os artistas”; B: incorreta – “Não se reconheciam” – o sujeito do verbo reconhecer é “quaisquer méritos”; C: incorreta – “Não cabe aos críticos” – o sujeito do verbo caber é oracional (“estipular se o gênero de uma ou outra obra é maior ou menor em si mesmos”); D: incorreta – “que custasse” – o sujeito do verbo custar é oracional (“ficar aguardando a crônica seguinte”); E: incorreta – “Não lhe bastasse” – (o sujeito do verbo bastar é oracional (“ter os olhos de um grande fotógrafo”).

normas de concordância estão inteiramente respeitadas na frase: (A) Configura-se nas frequentes invasões dos escritórios de advocacia o desrespeito a prerrogativas constitucionais. (B) Não cabem às autoridades policiais valer-se de ordens superiores para justificar a violência dessas invasões. (C) Submetido com frequência a esse tipo de constrangimento, os advogados se vêm forçados a revelar informações confidenciais de seus clientes. (D) Tem ocorrido, de uns tempos para cá, inúmeras entradas forçosas da polícia em escritórios de advocacia. (E) Se não lhes convêm cumprir determinadas medidas, cabe aos advogados recorrer às instâncias superiores da justiça.

Gabarito "C"

(E)

(Analista – TRT/11ª – 2005 – FCC) As

Gabarito "E"

(D)

A: incorreta – “haverão de se incorporar” – o sujeito do verbo haver é “muitos outros neologismos”; B: incorreta – “vem demonstrando” – o sujeito do verbo vir é “muita gente”; C: incorreta – “A velocidade (...) faz” – o sujeito do verbo fazer é “A velocidade”; D: correta – “Estão” o sujeito do verbo estar tem dois núcleos: “citação” e “divertido”; E: incorreta – “É costume que se disseminem” – o sujeito do verbo disseminar é “alguns preconceitos”.

Gabarito "A"

(C)

Não se reconhecia na crônica, antes de Rubem Braga, quaisquer méritos que pudessem alçá-la à altura dos chamados grandes gêneros literários. Não cabem aos críticos ou aos historiadores da literatura estipular se o gênero de uma ou outra obra é maior ou menor em si mesmos. Uma vez submetido ao poder de sedução de seu estilo admirável, é possível que custassem aos leitores de Rubem Braga ficar aguardando a crônica seguinte. Não lhe bastassem, além do estilo límpido, ter os olhos de um grande fotógrafo, Rubem Braga ainda frequentava as alturas da poesia lírica.

Gabarito "D"

(B)

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

6. CONJUNÇÃO

Parece que se busca conforto na condição de coisa. 10 Se eu for objeto, isto é, se eu for natureza, meus males independem de minha vontade. Aliás, o que está em discussão não é tanto o que os causou, mas como resolvê-los: 13 se eu puder solucioná-los com um remédio ou uma cirurgia, não preciso responsabilizar-me, a fundo, por eles. Tratarei a mim mesmo como um objeto. 16 A postura das ciências humanas e da psicanálise é outra, porém. Muito da experiência humana vem justamente de nos constituirmos como sujeitos. Esse papel é pesado. Por 19 isso, quando entra ele em crise — quando minha liberdade de escolher amorosa ou política ou profissionalmente resulta em sofrimento —, posso aliviar-me procurando uma solução 22 que substitua meu papel de sujeito pelo de objeto.

Pode-se substituir o elemento sublinhado pelo que está negritado entre parênteses, sem prejuízo para a correção e o sentido da frase, no seguinte caso: (A) (...) o fim é uma humanidade melhor – só variando de extremo para extremo o conceito de melhor. (a menos que varie) (B) O fim justificaria todos os meios extremos, já que o fim é uma humanidade “melhor”. (porquanto) (C) Extrema esquerda e extrema direita se parecem não porque amam seus ideais, mas porque amam os extremos. (não obstante) (D) Todos os fins são nobres para quem os justifica. (com aquele que) (E) O próprio sacrifício de ovos pelo sacrifício de ovos tem uma genealogia respeitável. (extrinsecamente) (Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC)

Roberto Janine Ribeiro. A cultura ameaçada pela natureza. Pesquisa Fapesp Especial, p. 40 (com adaptações).

Todas as orações sofrerão alteração de sentido, exceto a B. A conjunção “já que” pode ser substituída pela equivalente explicativa “porquanto”.

No contexto, o segmento que expressa uma

causa é: (A) (linhas 8 e 9) uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita. (B) (linhas 14 e 15) as informações foram buscadas em primeira mão. (C) (linha 2) que a fizeram. (D) (linhas 3 e 4) que se pretende o mais factual e objetivo possível. (E) (linha 5) tendo sido escrito por alguém.

Para que se possa melhor visualizar o texto e analisar os trechos da questão: “Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e moças que a fizeram (...). É também um livro que se pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente que, tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (...), uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita − sem interferir, espero, pró ou contra, na descrição da trajetória de qualquer personagem. (...) Para compor essa história, as informações foram buscadas em primeira mão, entre os protagonistas, coadjuvantes...”. Vemos que “tendo sido escrito” se trata de uma oração subordinada adverbial causal reduzida de gerúndio.

Considerando o texto acima, julgue os itens subsequentes. (1) Dadas as relações de sentido do texto, os dois últimos períodos do primeiro parágrafo poderiam ser ligados pelo termo porque. Nesse caso, o ponto final que encerra o primeiro desses períodos deveria ser retirado e o termo “Ela” (l.8) deveria ser escrito com letra minúscula. (Analista – STF – 2008 – CESPE)

1: correta – o último período explica o período anterior. Desse modo, é correto o uso da conjunção explicativa porque – “Porém nem mesmo a liberdade é tão valorizada quanto se imagina, porque [a liberdade] implica responsabilidades.” Gabarito 1C

Gabarito "B" (Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC)

1 O mundo do trabalho tem mudado numa velocidade vertiginosa e, se os empregos diminuem, isso não quer dizer que o trabalho também. 4 Só que ele está mudando de cara. Como também está mudando o perfil de quem acaba de sair da universidade, da mesma forma que as exigências da sociedade e — por que 7 não? — do mercado, cada vez mais globalizado e competitivo. Tudo indica que mais de 70% do trabalho no futuro 10 vão requerer a combinação de uma sólida educação geral com conhecimentos específicos; um coquetel capaz de fornecer às pessoas compreensão dos processos, capacidade 13 de transferir conhecimentos, prontidão para antecipar e resolver problemas, condições para aprender continuamente, conhecimento de línguas, habilidade para tratar com pessoas 16 e trabalhar em equipe.

Gabarito "E"

De volta à Antártida

Revista do Provão, n.º 4, 1999, p. 13 (com adaptações). (Analista – TST – 2008 – CESPE) A partir do texto acima, julgue o item subsequente. (1)

A conjunção “se” (l.2) introduz uma condição para que o trabalho diminua.

1: incorreta – a conjunção condicional se introduz uma hipótese para que o emprego diminua. A assertiva está errada. Gabarito 1E

A Rússia planeja lançar cinco novos navios de pesquisa polar como parte de um esforço de US$ 975 milhões para reafirmar a sua presença na Antártida na próxima década. Segundo o blog Science Insider, da revista Science, um documento do governo estabelece uma agenda de prioridades para o continente gelado até 2020. A principal delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros. A primeira expedição da extinta União Soviética à Antártida aconteceu em 1955 e, nas três décadas seguintes, a potência comunista construiu sete estações de pesquisa no continente. A Rússia herdou as estações em 1991, após o colapso da União Soviética, mas pouco conseguiu investir em pesquisa polar depois disso. O documento afirma que Moscou deve trabalhar com outras nações para preservar a “paz e a estabilidade” na Antártida, mas salienta que o país tem de se posicionar para tirar vantagem dos recursos naturais caso haja um desmembramento territorial do continente.

1

(Pesquisa Fapesp, dezembro de 2010, nº 178, p. 23) (Analista – TRE/TO – 2011 – FCC) A principal delas é a reconstrução de cinco esta-

ções de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros. O segmento grifado na frase acima tem sentido (A) adversativo. (B) de consequência. (C) de finalidade. (D) de proporção. (E) concessivo. “Para realizar estudos” tem o mesmo valor que “a fim de realizar estudos. O sentido é de finalidade. Gabarito "C"

1 4 7

Aceitar que somos indeterminados naturalmente, que seremos lapidados pela educação e pela cultura, que disso decorrem diferenças relevantes e irredutíveis aos genes é muito difícil. Significa aceitarmos que há algo muito precário na condição humana. Parte pelo menos dessa precariedade ou indeterminação alguns chamarão liberdade. Porém nem mesmo a liberdade é tão valorizada quanto se imagina. Ela implica responsabilidades.

4 7 10 13 16 19 22

Um cenário polêmico é embasado no desencadeamento de um estrondoso processo de exclusão, diretamente proporcional ao avanço tecnológico, cuja projeção futura indica que a automação do trabalho exigirá cada vez menos trabalhadores implicados tanto na produção propriamente dita quanto no controle da produção. Baseando-se unicamente nessa perspectiva, pode-se supor que a sociedade tecnológica seria caracterizada por um contexto no qual o trabalho passaria a ser uma necessidade exclusiva da classe trabalhadora. O capital, podendo optar por um investimento de porte em automação, em informática e em tecnologia de ponta, cada vez mais barata e acessível, não mais teria seu funcionamento embasado exclusivamente na exploração dos trabalhadores, cada vez mais exigentes quanto ao valor de sua força de trabalho. Embora não se possa falar de supressão do trabalho assalariado, a verdade é que a posição do trabalhador se enfraquece, tendo em vista que o trabalho humano tende a tornar-se cada vez menos necessário para o funcionamento do sistema produtivo. Gilberto Lacerda Santos. “Formação para o trabalho e alfabetização informática”. In: Linhas Críticas, v. 6, n.º 11, jul/dez, 2000 (com adaptações).

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Magally Dato

frase Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros (...), o segmento sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido e a correção, por: (A) tendo em vista a timidez. (B) não obstante a timidez. (C) em razão da timidez. (D) inclusive a timidez. (E) conquanto a timidez. Ao se substituir uma conjunção adversativa apesar de por outra (não obstante), a ideia de contraste é mantida. Gabarito "B" (Analista – TRT/18ª – 2008 – FCC) Pensador consequente, a Cícero não importavam

as questões secundárias; interessavam-lhe os valores essenciais da conduta humana. O sentido da frase acima permanecerá inalterado caso ela seja introduzida por: (A) Conquanto fosse. (B) Muito embora sendo. (C) Ainda quando fosse. (D) Por ter sido. (E) Mesmo que tenha sido. O sentido da frase permanecerá inalterado caso seja introduzida a locução conjuntiva “por te sido”, que tem valor explicativo. As locuções das outras alternativas têm valor concessivo. Gabarito "D"

O diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Athayde Fontoura Filho, reafirmou que a urna eletrônica apresenta risco zero de fraude e que a segurança pode ser aferida por meio da votação paralela, realizada no dia da eleição, concomitantemente ao pleito oficial. Assinale a opção que não representa continuação coesa e coerente para o trecho acima. (A) Porquanto, no período entre o primeiro e o segundo turno das eleições, o TSE tradicionalmente aproveita para verificar e corrigir as urnas de locais em que foram verificados problemas. (B) Athayde Fontoura destacou que, nos estados em que a eleição for só para presidente da República, o tempo de votação deverá ser de apenas 10 segundos. Nos estados onde houver eleição também para governador, o TSE estima que cada pessoa leve, em média, 20 segundos para votar. (C) Também lembrou a estimativa de que 90% dos votos de todo o país para presidente da República estarão totalizados até às 22 h de domingo. Segundo o diretor, até a meia-noite do mesmo dia, 99% dos votos devem estar totalizados. (D) O diretor-geral informou ainda que seis estados pediram ao TSE tropas federais para garantir a segurança do segundo turno das eleições. De acordo com ele, no total, 120 municípios do Amazonas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí, Tocantins e Pará receberão reforço na segurança. (Analista – TSE – 2006 – CESPE)

Opções adaptadas. Internet: . A conjunção coordenativa porquanto introduz um segmento que denota explicação do que foi dito anteriormente. Não é coerente o uso dessa conjunção com o objetivo de ligar esse trecho ao anterior. Gabarito "A"

O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade. Essa construção é feita todos os dias. Há algo de imaterial em todos os edifícios políticos. Eles não estão aí por obra divina. Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público. É isso que mantém a ordem pública, e não somente, nem, sobretudo, a força policial. Se as pessoas deixam de acreditar em uma ética subjacente ao dia a dia em um código de conduta que rege a ação dos políticos, pode-se prever que todo o edifício da sociedade estará ameaçado. O Globo, 30/11/2006, p. 6 (com adaptações).

26

associação incorreta.

Assinale a opção que apresenta proposta de

período

conjunção

período

(A)

primeiro

e

segundo

(B)

terceiro

entretanto

quarto

(C)

quarto

conquanto

quinto

(D)

quinto

já que

sexto

O período termina sempre por uma pausa bem definida. Essa pausa pode ser o ponto final, o ponto de exclamação, o ponto de interrogação, as reticências e até mesmo os dois pontos. A: incorreta – “O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade [primeiro período] e [conjunção aditiva] essa construção é feita todos os dias.” [segundo período]; B: incorreta – “Há algo de imaterial em todos os edifícios políticos [terceiro período] entretanto [conjunção adversativa] eles não estão aí por obra divina.” [quarto período]; C: correta – não é possível ligar o quarto período e o quinto (“Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público.”) pela conjunção concessiva conquanto; D: incorreta – (“Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público [quinto período] já que [conjunção causal] é isso que mantém a ordem pública, e não somente, nem, sobretudo, a força policial.”

Tocada a borda da piscina, para onde olham as nadadoras? Os elementos sublinhados acima podem ser substituídos, respectivamente, sem prejuízo para a correção e para o sentido da frase, por: (A) Tão logo tocam / aonde miram (B) Ainda quando toquem / miram-se aonde (C) Quando forem tocar / no que miram (D) Na iminência de tocarem / miram onde (E) Mesmo quando tocada / sobre o que miram (Analista – TRT/6ª – 2006 – FCC)

A única assertiva que preserva as relações sintático-semânticas é a A: “Tão logo [assim que] tocam a borda da piscina, aonde miram as nadadoras?”. A escolha da locução conjuntiva (“tão logo”) é que permite solucionar a questão, pois há várias possibilidades com o verbo mirar. O verbo regente mirar na acepção de “voltar-se para”, “fitar” pode ser transitivo direto ou transitivo indireto e, nesse caso, vir acompanhado das preposições a ou em. O verbo na acepção de “estar voltado, olhar” é transitivo indireto e pode aparecer com a preposição para. (Analista – TRT/6ª – 2006 – FCC) Está

correto o emprego do elemento sublinhado em: (A) Muita gente se agarra à imagem artificial de si mesma sem saber porquê. (B) Não é fácil explicar o porquê do prestígio que alcança a imagem ilusória das pessoas. (C) Não sei porque razão os outros querem nos impor a imagem que têm de nós. (D) Se a ela aderimos, é por que nossa imagem ilusória traz alguma compensação. (E) Queremos perguntar, diante do espelho artificial, por quê nossa imagem não está lá. A: incorreta – “sem saber por quê.” – a palavra por quê separada e com acento é utilizada no final da frase e no sentido de “por qual razão”; B: correta – a palavra porquê é um substantivo, pode vir precedida por artigo definido e tem acepção de “motivo”; C: incorreta – “Não sei por que razão” a palavra por que separada é utilizada no sentido de “por qual razão”; D: incorreta – “é porque nossa imagem” – porque junto e sem acento é uma conjunção explicativa; E: incorreta – “por que nossa imagem”. Gabarito "B"

Gabarito 1E (Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC) Na

(Analista – TSE – 2006 – CESPE)

Gabarito "A"

1: incorreta – ao se substituir uma conjunção concessiva por outra (“embora”, “apesar de que” e não “apesar de”), a ideia de concessão seria mantida – “Apesar de que não se possa falar de supressão do trabalho assalariado”. A assertiva sugere a substituição de embora pela locução apesar de, o que não é possível.

Acerca das relações lógico-sintáticas textuais, as opções seguintes apresentam propostas de associação, mediante o emprego de conjunção, entre períodos sintáticos do texto acima.

Gabarito "C"

Julgue o seguinte item a respeito das ideias e da organização do texto acima. (1) Caso se substituísse “Embora” (l.18) por Apesar de, a ideia de concessão atribuída a essa oração seria mantida, assim como a correção gramatical do período. (Analista – TST – 2008 – CESPE)

(Analista – TRT/24ª – 2006 – FCC) Estamos conscientes de que, sem as instituições,

imperaria o caos, a barbárie, a violência, a lei da selva. Uma outra forma correta de expressar o que diz a frase acima é: Estamos conscientes de que imperaria o caos, a barbárie, a violência, a lei da selva, (A) porquanto não houvessem as instituições. (B) no caso delas não terem havido. (C) não fossem as instituições. (D) deixassem as instituições de nos faltar. (E) não obstante as instituições.

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

Deslocando para o final da oração o sintagma “sem as instituições”, teríamos que manter a ideia condicional. Essa ideia se mantém na assertiva C: “Estamos conscientes de que imperaria o caos, a barbárie, a violência, a lei da selva, não fossem as instituições.” A alternativa A apresenta uma conjunção com valor explicativo; as alternativas B e D apresentam construções problemáticas e a alternativa E apresenta uma conjunção com valor adversativo. Gabarito "C" (Analista – TRT/24ª – 2006 – FCC) Na frase No entanto, mesmo com a multiplicação

das instituições, não conhecemos nenhuma época histórica que não tenha sido marcada por conflitos, o segmento sublinhado pode ser corretamente substituído, sem prejuízo para o sentido, por: (A) Ainda assim, contando com a (B) Porém, ainda que houvesse a (C) Apesar disso, pelo fato de haver a (D) Todavia, apesar da (E) Por conseguinte, a despeito da

A conjunção adversativa no entanto pode ser substituída pela adversativa todavia; já a conjunção mesmo pode ser substituída por outra de valor concessivo, como apesar de. Gabarito "D" (Analista – TRT/13ª – 2005 – FCC) Ultrapassamos o tamanho das comunas medie-

vais, e hoje um governo democrático só pode ser representativo: as eleições são inevitáveis. Mantém-se o sentido da frase acima caso se substitua a expressão sublinhada por (A) ainda que. (B) a fim de que. (C) a partir do que. (D) muito embora. (E) tendo em vista que.

A locução “a partir do que” tem a acepção de “deste ponto em diante”. É a alternativa mais adequada para se substituir a conjunção aditiva e o advérbio hoje: “Ultrapassamos o tamanho das comunas medievais, a partir do que um governo democrático só pode ser representativo”. As assertivas A e D apresentam locuções conjuntivas concessivas. Não há a ideia de concessão na frase proposta. A alternativa B apresenta uma locução conjuntiva final e a E apresenta uma locução conjuntiva causal. Gabarito "C"

7. PRONOMES Leia, a seguir, o texto “Punir o culpado pega mal”, de Ferreira Gullar, para responder à próxima questão. (Delegado/PA – 2012 – MSConcursos)

e ameaçando a vida dos cidadãos. Parece que uma boa parte dos juízes pensa como um deles que, interpelado por tratar criminosos com benevolência, respondeu que “a sociedade não tem que se vingar dos acusados”. Entendo o delegado. Mas pior que alguns juízes é a própria lei. Inventaram que marmanjos de 16, 17 anos de idade, que assaltam e matam, não sabem o que fazem. Lembro-me de um deles que, após praticar seu oitavo homicídio, ouviu de um repórter: “Ano que vem você completa 18 anos, vai deixar de ser de menor”. E ele respondeu: “Pois é, tenho que aproveitar o tempo que me resta”. Todo mundo sabe que os chefes de gangues usam menores para eliminar seus rivais. São internados em casas de recuperação que não recuperam ninguém e donde fogem ou recebem permissão para se ressocializar junto à família. Saem e não voltam. Meses, anos depois, são presos de novo porque assaltaram ou mataram alguém. E começa tudo de novo. Mas isso não vale só para os menores de idade. Criminosos adultos, reincidentes no crime, condenados que sejam, logo desfrutam do direito à prisão semiaberta, que lhes permite só dormir no presídio. Há algumas semanas, descobriu-se que dezenas desses presos, da penitenciária de Bangu, no Rio, traziam drogas para vender na penitenciária. E tudo articulado com o uso de telefones celulares, de que dispõem à vontade, inclusive para chantagear cidadãos forjando falsos sequestros. Com frequência, ao prender assaltantes, a polícia constata que se trata de criminosos que cumpriam pena e que, graças ao direito de visitar a família no Dia das Mães, das tias ou das avós, saem e retornam, não à prisão, mas à prática do crime. Esses fatos se repetem a cada dia, com o conhecimento de todo mundo, especialmente dos responsáveis pela aplicação da Justiça, mas nada é feito para evitá-los ou sequer reduzi-los. A impressão que se tem é que tomou conta do sistema judiciário uma visão equivocada, segundo a qual o crime é provocado pela desigualdade social e, sendo assim, o criminoso, em vez de culpado, é vítima. Puni-lo seria cometer uma dupla injustiça. O que essa teoria não explica é por que, havendo no Brasil cerca de 50 milhões de pobres, não há sequer 1 milhão de bandidos. Isso sem falar naqueles que de pobres não têm nada, moram em mansões de luxo e mandam no país. Ferreira Gullar é cronista, crítico de arte e poeta. Escreve aos domingos na versão impressa de “Ilustrada”.

Estar, hoje, a mais alta corte de Justiça do país, julgando um processo que envolve algumas importantes figuras do mundo político nacional é um fato de enorme significação para o país.

Mas a proposta foi rechaçada e, assim, o julgamento prossegue. Se os culpados serão efetivamente punidos, não se pode garantir, uma vez que os mais famosos e sagazes advogados do país foram contratados para defendê-los. Além disso, como se sabe, punição, no Brasil, é coisa rara, especialmente quando se trata de gente importante. E é sobre isso que gostaria de falar, porque, como é do conhecimento geral, poucos são os criminosos condenados e, quando o são, nem sempre a pena corresponde à gravidade do crime cometido. Sei que estou generalizando, mas sei também que, ao fazê-lo, expresso o sentimento de grande parte da sociedade, que se sente acuada, assustada e, de modo geral, não confia na Justiça. Nem na polícia. Agora mesmo, uma pesquisa feita pelo Datafolha deixou isso evidente. Embora 73% dos entrevistados achem que os réus do mensalão devem ser condenados, apenas 11% acreditam que eles sejam mandados para a cadeia. E é natural que pensem assim, uma vez que a criminalidade cresce a cada dia e parece fugir do controle dos órgãos encarregados de detê-la e combatê-la. Outro dia, um delegado de polícia veio a público manifestar sua revolta em face das decisões judiciais que mandam soltar criminosos, poucas horas depois de terem sido presos em flagrante, assaltando residências

Observe o uso do termo destacado nos trechos: “E é sobre isso que gostaria de falar (...) Agora mesmo, uma pesquisa feita pelo Datafolha deixou isso evidente.” Analise as informações a seguir a respeito de tais termos: I. Os termos destacados são classificados como pronomes indefinidos. II. Os termos destacados são classificados como pronomes demonstrativos de segunda pessoa. III. O uso de pronomes dificulta o entendimento do texto, pois se perde seu referente. IV. Ambos pronomes referem-se à impunidade no Brasil. V. O primeiro “isso” refere-se aos advogados famosos que vão defender as pessoas importantes. Já o segundo refere-se a: “sentimento de grande parte da sociedade, que se sente acuada, assustada e, de modo geral, não confia na Justiça”. (Delegado/PA – 2012 – MSConcursos)

Estão corretas as proposições em: (A) I e IV, apenas. (B) II e IV, apenas. (C) I, III e IV, apenas. (D) I e V, apenas. (E) II e V, apenas. I: incorreta, o pronome isso é demonstrativo e não indefinido; II: correta, o pronome isso é demonstrativo; III e V: incorretos; IV: correta. Sobre esses itens, veja o seguinte comentário: o referente não é perdido. O pronome é anafórico, isto é, retoma uma referência anteriormente utilizada. Em “é sobre isso que gostaria de falar”, o pronome retoma a ideia “punição, no Brasil, é coisa rara, especialmente quando se trata de gente importante.” (2º parágrafo). Em “pesquisa [...] deixou isso evidente”, o pronome retoma “sociedade [...], de modo geral, não confia na Justiça. Nem na polícia.” Gabarito "B"

É verdade que esse processo estava há sete anos esperando julgamento e que muitas tentativas foram feitas para inviabilizá-lo. Até o último momento, no dia mesmo em que teve início o julgamento, tentou-se uma manobra que o suspenderia, desmembrando-o em dezenas de processos sujeitos a recursos e protelações que inviabilizariam qualquer punição dos réus.

Disponível em: . Acesso em: 19 ago. 2012

27

Magally Dato (Delegado/AP – 2010 – FGV) Observa-se o correto emprego do pronome relativo em: (A) (B) (C) (D) (E)

o julgamento a que se assistiu foi transmitido via satélite. eis um programa de TV cujo o assunto me interessa. o escritor que me refiro nasceu e viveu no interior. foi preso o procurado o qual a imprensa deu destaque. esse é um medicamento onde sem ele o paciente não sobrevive.

A: correta, pois o verbo assistir no sentido de presenciar é transitivo indireto e exige a preposição a; B: incorreta, pois o pronome relativo cujo não aceita o artigo posposto “eis um programa de TV cujo assunto”; C: incorreta, pois a regência do verbo referir exige preposição a “o escritor a que me refiro”; D: incorreta: “a imprensa deu destaque a alguma coisa”, desse modo, “foi preso o procurado ao qual a imprensa deu destaque”; E: incorreta, pois o pronome relativo onde se refere a lugar. Deve-se usar o pronome relativo o que ou o qual: “esse é um medicamento sem o qual o paciente não sobrevive”.

(Delegado/AP – 2010 – FGV) A alternativa que contraria a colocação pronominal

exigida pelo padrão escrito culto é: (A) os órgãos aos quais se destinam as verbas desenvolvem projetos de segurança pública. (B) dever-se-ia refletir sobre a construção histórica da violência. (C) não põe-se em prática uma adequada política de prevenção ao crime. (D) o jovem prefeito foi-se afirmando no cenário político. (E) o secretário vai enviar-lhe os resultados da pesquisa no início da semana.

Na alternativa que contraria a colocação pronominal é a C, pois a palavra negativa “não” atrai o pronome se, desse modo, deveríamos ter: “não se opõe”. Gabarito "C"

Gabarito "A"

O QUANTO INFLUI A FORTUNA NAS COISAS HUMANAS E COMO REAGIR A ELAS

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Não ignoro que muitos foram e que tantos ainda são da opinião de que as coisas que sucedem no mundo veem-se de tal forma governadas pela fortuna e por Deus que os homens, com a sua sabedoria, não poderiam retificá-las e que nem sequer haveria meio de remediá-las. Baseados nisso, eles depreendem que, para defini-las, menos valeria esforçar-se em demasia que se entregar ao regimento da sorte. Tal opinião recebeu um grande crédito nestes nossos tempos em razão das grandes transformações que vimos e que ainda vemos, a a cada dia, superar todas as humanas conjeturas. Meditando-o, eu mesmo, algumas vezes, senti-me parcialmente inclinado a aceitar esse juízo. No entanto, visto que não é nulo nosso livre-arbítrio, creio poder ser verdadeira a arbitragem da fortuna sobre a metade das nossas ações, mas que ela tenha-nos deixado o governo da outra metade, ou cerca disso. E eu a comparo a um destes rios torrentosos que, em sua fúria, inundam os plainos, assolam as árvores e as construções, arrastam porções do terreno de uma ribeira à outra: todos, então, fogem ao seu irromper, nenhum homem resiste ao seu ímpeto, cada qual incapaz de opor-lhe um único obstáculo. E, em que pese a assim serem [esses rios], aos homens não é vedada, em tempos de calmaria, a possibilidade de obrar preventivamente diques e barragens, de sorte que, em advindo uma nova cheia, as suas águas escoem por um canal ou que o seu ímpeto não seja nem tão incontrolável, nem tão avassalador. De um modo análogo intervém a fortuna, a qual manifesta seu poder onde não há forças organizadas que lhe resistam; ela, que volve o seu furor aos locais onde sabe que não foram construídos nem diques nem barragens para refreá-la. [...] Espero ter dito o bastante sobre a oposição que se pode fazer à fortuna de um modo geral. Adstringindo-me ao que há de particular em um príncipe, digo que hoje vemo-lo prosperar e amanhã cair em desgraça sem que demos tento de uma só mudança em sua natural forma de ser e de proceder, o que, creio eu, decorre principalmente da ideia de que um príncipe que se arrima tão somente na fortuna sucumbe ao variar desta. Creio igualmente que é feliz aquele que coaduna o seu modo de operar com as condições da sua época, e que, de um modo símile, é desditoso aquele cujo procedimento com estas conflita. Reparamos que os homens, em relação àquelas coisas que os conduzem aos fins que cada um persegue – isto é, às glórias e às riquezas – procedem diversamente: um, com circunspecção; o outro, com impetuosidade; um, valendo-se da violência; o outro, da habilidade; um, com paciência; o outro, com o seu contrário; e cada qual, com esses vários modos de portar-se, podendo atingir o seu intento. Notamos também, de dois homens cautos, que um realiza o seu propósito e o outro não, e, paralelamente, que dois homens alcançam o mesmo êxito atuando de maneiras diferentes; um, sendo ponderado; o outro sendo veemente – o que não é consequência senão das condições das diferentes épocas, que se conformam ou não às suas formas de agir. O resultado disso, já o referi: dois que se conduzem diversamente logram o mesmo resultado e dois outros, agindo de forma idêntica, um atingirá o seu objetivo e o outro não. A isso subordina-se igualmente o caráter cambiante do sucesso: se um [homem, príncipe...] pautar as suas ações pela prudência e pela paciência, e se os tempos e as circunstâncias correrem de um modo compatível com a sua conduta, ele será venturoso. Se os tempos e as circunstâncias, porém, mudarem, ele cairá em ruína não alterando o seu comportamento. É raro encontrarmos um homem tão sensato que saiba acomodar-se a essa realidade, seja por incapacidade de apartar-se daquilo a que a sua natureza o inclina, seja porque, havendo sempre prosperado ao seguir por uma determinada trilha, não pode persuadir-se a desviar-se dela. O homem circunspecto, ao chegar a hora de fazer-se impetuoso, retrai-se, inepto; donde a sua completa decadência. Afizesse-se ele ao seu tempo e à sua realidade e permaneceria inalterada a sua sorte (fortuna). Concluo que, sendo a sorte (fortuna) inconstante e os homens obstinados em suas formas de agir, estes serão felizes pelo tempo em que com ela convergirem e desditosos quando dela divergirem. E considero o seguinte: que mais vale ser impetuoso que circunspecto, pois que a fortuna [...] deixa-se melhor dominar por quem assim procede do que pelos que se portam com frialdade. Por esse motivo, ela é sempre amiga dos jovens: estes são menos judiciosos, mais aguerridos e mais audazes ao comandá-la. MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Trad. Antônio Caruccio-Caporale. Porto Alegre: L&PM, 2008. pp. 120-124. (Adaptado).

(Delegado/GO – 2009 – UEG) No trecho “de modo análogo intervém a fortuna, a qual manifesta seu poder onde não há forças organizadas que lhe resistam”

(linhas 16-17), as palavras em destaque apresentam, respectivamente, referentes (A) anafórico e anafórico. (B) anafórico e catafórico. (C) catafórico e anafórico. (D) catafórico e catafórico.

A anáfora é o processo pelo qual um termo gramatical retoma a referência de um sintagma já usado anteriormente e a catáfora é o uso de um termo ou locução ao final de uma frase para especificar o sentido de um termo expresso anteriormente. “A qual” e “lhe” retomam a palavra fortuna. Gabarito "A"

28

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

A: incorreta – “O presidente advertiu Vossa Excelência para que não deixe [ao se utilizar pronome de tratamento, o verbo deve concordar na 3ª pessoa], caso em que será responsabilizado”; B: incorreta – “Tenho exaurido [a palavra exausto é adjetivo] minhas forças nesse pretensioso projeto... octogésimo”; C: correta – o nome “inserto” é sinônimo de inserido... D: incorreta – “Urgem (...) as medidas já anunciadas”; E: incorreta – “Trata-se [o verbo é transitivo indireto. O se é índice de indeterminação do sujeito. Se o sujeito é indeterminado, o verbo fica na 3ª pessoa do singular] de advertências as mais singulares, entre elas as [advertências] que incitam os cidadãos a remediar por si sós os danos cujas reparações estão legalmente”.

13 apenas do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores morais de sua sociedade (os valores são dados externos ao sujeito). Esse conflito só pode ser resolvido se o agente 16 reconhecer os valores de sua sociedade como se tivessem sido instituídos por ele, como se ele pudesse ser o autor desses valores ou das normas morais, pois, nesse caso, ele 19 será autônomo, agindo como se tivesse dado a si mesmo sua própria lei de ação. Marilena Chaui. Uma ideologia perversa. In: Folhaonline, 14/3/1999 (com adaptações). (Analista – STF – 2008 – CESPE) Julgue o seguinte item, a respeito da organização

das estruturas linguísticas e das ideias do texto anterior. (1) A organização das ideias no texto mostra que, em suas duas ocorrências, o pronome “ele”, na linha 17, refere-se textualmente a “agente” (l.15). 1: a assertiva está correta. Veja a oração do texto: “só pode ser resolvido se o agente reconhecer os valores de sua sociedade como se tivessem sido instituídos por ele [pelo agente], como se ele [o agente] pudesse”. Gabarito "C"

Está correta a seguinte frase: O presidente advertiu Vossa Excelência para que não deixeis passar o prazo previsto no acordo, caso em que sereis responsabilizado legalmente pelo decurso. Tenho exausto minhas forças nesse pretencioso projeto, mas nem que consiga o octagésimo lugar no concurso, que é o último, espero vê-lo analisado. Já está inserto na obra o trecho em que ele afirma acreditar muito na água que considera benta, pois diz que, tendo sido benzida em dia de muito fervor, é miraculosa. Urge, e ninguém discorda disso, as medidas já anunciadas, porém se o secretário dispuser de imediato de toda a verba prometida, poderá haver problemas mais à frente. Tratam-se de advertências as mais singulares, entre elas a que incita os cidadãos a que remediem por si sós os danos cuja reparação está legalmente sob o dever do estado.

(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC)

1 4

Gabarito "C"

A correspondência oficial não dispensa nem os protocolos de rigor que lhe são próprios, nem a máxima objetividade no tratamento do assunto em tela. Não cabendo o coloquialismo do tratamento na pessoa você, é preciso conhecer o emprego mais cerimonioso de Vossa Senhoria e Vossa Excelência, por exemplo, para os casos em que essas ou outras formas mais respeitosas se impõem. Quanto à disposição da matéria tratada, a redação deve ser clara e precisa, para que se evitem ambiguidades, incoerências e quebras sintáticas. (Diógenes Moreyra, inédito)

Quanto ao emprego das formas de tratamento, está correta a seguinte construção: (A) Se preferires, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente tereis a nos oferecer. (B) Sempre contaremos com os préstimos com que Vossa Senhoria nos tem honrado, razão pela qual, antecipadamente, deixamos-lhe aqui nosso profundo reconhecimento. (C) Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à vossa disposição o relatório que nos incumbiste de providenciar há cerca de uma semana. (D) Diga a Vossa Senhoria que estamos à espera de suas providências, das quais não nos cabe tratar com seu adjunto – grande, embora, seja a consideração, meu caro senhor, que lhe dispensamos. (E) Esperamos que Vossa Senhoria sejais capaz de atender aos nossos reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a vossa atenção.

7 10 13 16

(Analista – TRT/16ª – 2009 – FCC)

Gabarito "B"

1

O agente ético é pensado como sujeito ético, isto é, como um ser racional e consciente que sabe o que faz, como um ser livre que escolhe o que faz e como um ser 4 responsável que responde pelo que faz. A ação ética é balizada pelas ideias de bem e de mal, justo e injusto, virtude e vício. Assim, uma ação só será ética se consciente, livre e 7 responsável e será virtuosa se realizada em conformidade com o bom e o justo. A ação ética só é virtuosa se for livre e só o será se for autônoma, isto é, se resultar de uma decisão 10 interior do próprio agente e não de uma pressão externa. Evidentemente, isso leva a perceber que há um conflito entre a autonomia da vontade do agente ético (a decisão emana

22

Roberto Janine Ribeiro. A cultura ameaçada pela natureza. Pesquisa Fapesp Especial, p. 40 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue o item subsequente. (1) A função sintática exercida por “a mim mesmo”, em “Tratarei a mim mesmo” (l.14-15) corresponde a me e, por essa razão, também seria gramaticalmente correta a seguinte redação: Tratarei-me. (Analista – STF – 2008 – CESPE)

1: incorreta – a função sintática exercida por “a mim mesmo” corresponde ao pronome me. Com relação à colocação pronominal, é obrigatório o uso da mesóclise quando o verbo estiver no futuro. A colocação pronominal correta seria “tratar-me-ei”. A assertiva está errada. Gabarito 1E

Ao se utilizar pronome de tratamento, o verbo deve concordar na 3ª pessoa. A: oração corrigida: Se preferir [3ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo], (...) Excelência certamente terá [3ª pessoa do singular do futuro do presente do indicativo]”; B: “Vossa Senhoria nos tem [3ª pessoa do singular do presente do indicativo] honrado (...) deixamos-lhe [a Vossa Senhoria]”; C: oração corrigida: “Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à sua disposição o relatório que nos incumbiu [3ª pessoa do singular do pretérito perfeito] de providenciar”; D: oração corrigida: “Diga a Sua Senhoria...”; E: oração corrigida: “Esperamos que Vossa Senhoria seja [3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo] capaz de atender (...) precisados de toda a sua atenção.”

19

Aceitar que somos indeterminados naturalmente, que seremos lapidados pela educação e pela cultura, que disso decorrem diferenças relevantes e irredutíveis aos genes é muito difícil. Significa aceitarmos que há algo muito precário na condição humana. Parte pelo menos dessa precariedade ou indeterminação alguns chamarão liberdade. Porém nem mesmo a liberdade é tão valorizada quanto se imagina. Ela implica responsabilidades. Parece que se busca conforto na condição de coisa. Se eu for objeto, isto é, se eu for natureza, meus males independem de minha vontade. Aliás, o que está em discussão não é tanto o que os causou, mas como resolvê-los: se eu puder solucioná-los com um remédio ou uma cirurgia, não preciso responsabilizar-me, a fundo, por eles. Tratarei a mim mesmo como um objeto. A postura das ciências humanas e da psicanálise é outra, porém. Muito da experiência humana vem justamente de nos constituirmos como sujeitos. Esse papel é pesado. Por isso, quando entra ele em crise — quando minha liberdade de escolher amorosa ou política ou profissionalmente resulta em sofrimento —, posso aliviar-me procurando uma solução que substitua meu papel de sujeito pelo de objeto.

1

Em um artigo publicado em 2000, e que fez muito sucesso na Internet, Cristovam Buarque desenhava um idílico mundo futuro, liberto das soberanias nacionais, em que tudo 4 seria de todos. Se tudo der certo no planeta (o que é discutível), quem sabe um dia, daqui a mil ou dois mil anos, cheguemos lá. Como nada ainda deu certo no planeta, a 7 internacionalização só será aceitável quando se cumprirem duas premissas. Primeira: que desapareçam os Estados nacionais. Segunda: que os grupos, ou comunidades, ou 10 sociedades que restarem mantenham entre si relações impecavelmente equitativas. Quem sabe um dia... Roberto Pompeu de Toledo. “Amazônia: premissas para sua entrega”. In: Veja, 28/5/2008 (com adaptações).

Julgue os seguintes itens, a respeito da organização das ideias do texto anterior. (1) Mantém-se a correção gramatical do texto e respeitam-se suas relações argumentativas ao se substituir “em que” (l.3) por onde. (2) Preservam-se a correção gramatical e a coerência da argumentação do texto ao se substituir a expressão “se cumprirem” (l.7) por forem cumpridas. (Analista – STJ – 2008 – CESPE)

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Magally Dato

10 nos desagrade do que trabalhar. Preferimos, a grande maioria, fazer o que temos em comum com os outros animais: comer, dormir, descansar, acasalar. 13 Nossa capacidade de trabalho, a potência humana de transformação e emancipação de todos, ficou limitada a ser apenas o nosso meio de ganhar pão. Capacidade, potência, 16 criação, o trabalho foi transformado pelo capital no seu contrário. Tornou-se o instrumento de alienação no sentido clássico da palavra: o ato de entregar ao outro o que é nosso, 19 nosso tempo de vida.

1: o pronome relativo onde refere-se a lugar. “Em que” pode ser substituído por onde sem que haja alterações semânticas; 2: na oração “quando se cumprirem duas premissas” a palavra se é pronome apassivador. O verbo cumprir é transitivo direto e é possível transpor a oração para “quando duas premissas forem cumpridas”. Gabarito 1C, 2C

1

Edgard Morin. “Epistemologia da complexidade”. In: Dora Fried Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artmed, 1996, p. 274 (com adaptações). (Analista – STJ – 2008 – CESPE) Julgue

o seguinte item, a respeito de redações alternativas para termos e estruturas linguísticas do texto acima. (1) Reforça-se a ideia de possibilidade, coerente com a argumentação desenvolvida no texto, e mantém-se sua correção gramatical, ao se utilizar, em lugar de “Pode-se dizer” (l.8), o tempo verbal de futuro do pretérito, da seguinte forma: Poderia-se dizer. 1: incorreta – é obrigatório o uso da mesóclise quando o verbo estiver no futuro. A colocação pronominal correta seria: “Poder-se-ia”.

Emir Sader. “Trabalhemos menos, trabalhemos todos”. In: Correio Braziliense, 18/11/2007 (com adaptações). (Analista – TST – 2008 – CESPE) Julgue os seguintes itens a respeito do texto acima. (1)

(2)

No primeiro período do texto, o pronome “nada” integra, como auxiliar da ênfase, uma expressão comparativa; mas, no terceiro período, o mesmo pronome perde o sentido comparativo pela presença do “não”. Subentende-se, pela argumentação do texto, que “seu contrário” (l.16-17) corresponde a contrário do capital.

1: incorreta – a palavra nada funcionando como pronome tem a acepção de “coisa nenhuma”. A assertiva está errada; 2: incorreta – os termos “seu contrário” correspondem ao contrário de trabalho: “o trabalho foi transformado pelo capital no seu contrário.” O pronome possessivo seu se refere a trabalho. A assertiva está errada. Gabarito 1E, 2E

Pode-se dizer que há complexidade onde quer que se produza um emaranhamento de ações, de interações, de retroações. E esse emaranhamento é tal que nem um 4 computador poderia captar todos os processos em curso. Mas há também outra complexidade que provém da existência de fenômenos aleatórios (que não podem ser determinados e 7 que, empiricamente, agregam incerteza ao pensamento). Pode-se dizer, no que concerne à complexidade, que há um polo empírico e um polo lógico e que a complexidade 10 aparece quando há simultaneamente dificuldades empíricas e dificuldades lógicas. Pascal disse há já três séculos: “Todas as coisas são ajudadas e ajudantes, todas as coisas são 13 mediatas e imediatas, e todas estão ligadas entre si por um laço que conecta umas às outras, inclusive as mais distanciadas. Nessas condições — agrega Pascal — 16 considero impossível conhecer o todo se não conheço as partes”. Esta é a primeira complexidade: nada está isolado no Universo e tudo está em relação.

Texto para o itens seguintes. 1 4 7

Gabarito 1E

10

1

Revista do Provão, n.º 4, 1999, p. 13 (com adaptações). (Analista – TST – 2008 – CESPE) A

partir do texto anterior, julgue o item subsequente. (1) A interpretação coerente das ideias do texto permite associar “ele” (l.4) tanto com “trabalho” (l.3) quanto com “mundo do trabalho” (l.1). Ambiguidades assim devem ser evitadas na redação de textos oficiais. 1: correta – o pronome pessoal ele, nesse contexto, apresenta uma referência ambígua. Isso deve ser evitado em qualquer tipo de texto, inclusive na redação oficial. A ambiguidade poderia ser evitada pelo uso de pronomes demonstrativos (este para se referir a “trabalho”, aquele para se referir a “mundo do trabalho”). Gabarito 1C

1 Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais, mas nada é mais marcante do que a nossa capacidade de trabalhar, de transformar o mundo segundo nossa 4 qualificação, nossa energia, nossa imaginação. Ainda assim, para a grande maioria dos homens, o trabalho nada mais é do que puro desgaste da vida. Na sociedade capitalista, a 7 produtividade do trabalho aumentou simultaneamente a tão forte rotinização, apequenamento e embrutecimento do processo de trabalho de forma que já não há nada que mais

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13 16 19 22

Gilberto Lacerda Santos. “Formação para o trabalho e alfabetização informática”. In: Linhas Críticas, v. 6, n.º 11, jul/dez, 2000 (com adaptações). (Analista – TST – 2008 – CESPE) Julgue

os seguintes itens a respeito das ideias e da organização do texto acima. (1) Devido às relações de sentido entre as palavras do texto é correta a substituição do pronome “cuja” (l.4) pela preposição de para expressar noção de posse entre “avanço tecnológico” (l.3-4) e “projeção futura” (l.4). (2) Mantém-se a noção de voz passiva, assim como a correção gramatical, ao se substituir “seria caracterizada” (l.9) por caracterizaria-se. 1: incorreta – o pronome relativo cuja não poderá ser substituído pela preposição de sem que haja alterações sintáticas e semânticas. As orações: “avanço tecnológico de proteção futura indica” e “avanço tecnológico, cuja projeção futura indica” não são equivalentes. Por exemplo, na primeira oração o sujeito do verbo indicar é “avanço tecnológico”, já na segunda oração, é “projeção futura”. A assertiva está errada; 2: incorreta – é obrigatório o uso da mesóclise quando o verbo estiver no futuro. A colocação pronominal correta seria: “caracterizar-se-ia”. A assertiva está errada. Gabarito 1E, 2E

O mundo do trabalho tem mudado numa velocidade vertiginosa e, se os empregos diminuem, isso não quer dizer que o trabalho também. 4 Só que ele está mudando de cara. Como também está mudando o perfil de quem acaba de sair da universidade, da mesma forma que as exigências da sociedade e — por que 7 não? — do mercado, cada vez mais globalizado e competitivo. Tudo indica que mais de 70% do trabalho no futuro 10 vão requerer a combinação de uma sólida educação geral com conhecimentos específicos; um coquetel capaz de fornecer às pessoas compreensão dos processos, capacidade 13 de transferir conhecimentos, prontidão para antecipar e resolver problemas, condições para aprender continuamente, conhecimento de línguas, habilidade para tratar com pessoas 16 e trabalhar em equipe.

Um cenário polêmico é embasado no desencadeamento de um estrondoso processo de exclusão, diretamente proporcional ao avanço tecnológico, cuja projeção futura indica que a automação do trabalho exigirá cada vez menos trabalhadores implicados tanto na produção propriamente dita quanto no controle da produção. Baseando-se unicamente nessa perspectiva, pode-se supor que a sociedade tecnológica seria caracterizada por um contexto no qual o trabalho passaria a ser uma necessidade exclusiva da classe trabalhadora. O capital, podendo optar por um investimento de porte em automação, em informática e em tecnologia de ponta, cada vez mais barata e acessível, não mais teria seu funcionamento embasado exclusivamente na exploração dos trabalhadores, cada vez mais exigentes quanto ao valor de sua força de trabalho. Embora não se possa falar de supressão do trabalho assalariado, a verdade é que a posição do trabalhador se enfraquece, tendo em vista que o trabalho humano tende a tornar-se cada vez menos necessário para o funcionamento do sistema produtivo.

Está adequado o emprego do elemento sublinhado na frase: (A) Meu amigo juiz escrevia poemas que o estilo de linguagem era muito depurado. (B) Expressava-se numa linguagem poética em que ele se obrigara a ser contido e disciplinado. (Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC)

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

(E)

Orações corrigidas a seguir. A: “(...) poemas nos quais o estilo de linguagem era muito depurado.”; B: está correta; C: “Logo recebi o livro de poemas de que o grande valor expressivo eu sequer desconfiava.”; D: “Surpreendeu-me que tivesse escrito poemas nos quais não havia vestígio de academicismos.”; E: “Meu amigo deu-me uma explicação da qual pude aproveitar uma lição muito original.” Gabarito "B"

Viagem para fora

Há não tanto tempo assim, uma viagem de ônibus, sobretudo quando noturna, era a oportunidade para um passageiro ficar com o nariz na janela e, mesmo vendo pouco, ou nada, entreter-se com algumas luzes, talvez a lua, e certamente com os próprios pensamentos. A escuridão e o silêncio no interior do ônibus propiciavam um pequeno devaneio, a memória de alguma cena longínqua, uma reflexão qualquer. Nos dias de hoje as pessoas não parecem dispostas a esse exercício mínimo de solidão. Não sei se a temem: sei que há dispositivos de toda espécie para não deixar um passageiro entregar-se ao curso das ideias e da imaginação pessoal. Há sempre um filme passando nos três ou quatro monitores de TV, estrategicamente dispostos no corredor. Em geral, é um filme ritmado pelo som de tiros, gritos, explosões. É também bastante possível que seu vizinho de poltrona prefira não assistir ao filme e deixar-se embalar pela música altíssima de seu fone de ouvido, que você também ouvirá, traduzida num chiado interminável, com direito a batidas mecânicas de algum sucesso pop. Inevitável, também, acompanhar a variedade dos toques personalizados dos celulares, que vão do latido de um cachorro à versão eletrônica de uma abertura sinfônica de Mozart. Claro que você também se inteirará dos detalhes da vida doméstica de muita gente: a senhora da frente pergunta pelo cardápio do jantar que a espera, enquanto o senhor logo atrás de você lamenta não ter incluído certos dados em seu último relatório. Quando o ônibus chega, enfim, ao destino, você desce tomado por um inexplicável cansaço. Acho interessantes todas as conquistas da tecnologia da mídia moderna, mas prefiro desfrutar de uma a cada vez, e em momentos que eu escolho. Mas parece que a maioria das pessoas entrega-se gozosa e voluptuosamente a uma sobrecarga de estímulos áudio-visuais, evitando o rumo dos mudos pensamentos e das imagens internas, sem luz. Ninguém mais gosta de ficar, por um tempo mínimo que seja, metido no seu canto, entretido consigo mesmo? Por que se deleitam todos com tantas engenhocas eletrônicas, numa viagem que poderia propiciar o prazer de uma pequena incursão íntima? Fica a impressão de que a vida interior das pessoas vem-se reduzindo na mesma proporção em que se expandem os recursos eletrônicos. (Thiago Solito da Cruz, inédito)

O autor vale-se do emprego do pronome você, ao longo do segundo parágrafo, da mesma forma que esse pronome é empregado em: (A) Quando perguntei se você gostava de viajar, você titubeou, e não me respondeu. (B) Já sei a opinião dele acerca da mídia eletrônica; gostaria que você me dissesse, agora, qual a sua. (C) Não é aquele ou aquela passageira que me interessa; meus olhos não conseguem desviar-se de você. (D) Quando se está em meio a um tumulto, você não consegue concentrar-se em seus próprios pensamentos. (E) Espero que você não tenha se ofendido por eu lhe haver proposto que desligue o celular enquanto conversamos. (Analista – TRT/18ª – 2008 – FCC)

O pronome de tratamento você está sendo usado com a intenção de se direcionar o discurso a um interlocutor genérico.

Sempre gostei das viagens de ônibus, mas atualmente considero as viagens de ônibus uma verdadeira provação, pois o que vem caracterizando as viagens de ônibus é uma profusão de ruídos de toda espécie, o que torna as viagens de ônibus um desafio aos nervos de um pacato passageiro. Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A) considero-as - as vem caracterizando - as torna (B) considero-as - vem-nas caracterizando - lhes torna (C) as considero - vem-lhes caracterizando - torna-las (D) considero-lhes - lhes vem caracterizando - as torna (E) considero-lhes - vem caracterizando-as - torna-as (Analista – TRT/18ª – 2008 – FCC)

Os verbos considerar e tornar e a locução verbal “vem caracterizando” são transitivos diretos e exigem como complemento um objeto direto. O objeto direto pode ser indicado, nesses períodos, pelo pronome a: considero-as, as vem caracterizando (próclise por conta da palavra atrativa que) e as torna (próclise por conta da palavra atrativa que).

1

Um fator a ser revisto no MERCOSUL é o foco: não adianta debater uma agenda mirabolante, com 40 ou 50 temas. É preciso focar as ações de modo pragmático, com as seguintes 4 prioridades: concluir a união aduaneira; eliminar barreiras jurídicas e monetárias; facilitar os negócios entre as empresas dos países-membros e obter financiamentos em nome do bloco 7 no Banco Mundial, para ampliar a infraestrutura regional, o que até agora sequer foi pleiteado. As questões alfandegária e fitossanitária devem ser harmonizadas o mais rapidamente 10 possível, pois não haverá bloco econômico viável enquanto houver entrave no intercâmbio entre os Estados-membros. Finalmente, é preciso considerar que, no mundo globalizado, as 13 relações externas afetam o cotidiano das empresas e das pessoas. O atual impasse no MERCOSUL só será superado se os empresários se organizarem na defesa de seus interesses e 16 direitos, por meio da informação e da mobilização da sociedade sobre as implicações internas das decisões tomadas em fóruns internacionais. Abram Szajman. O Globo, 26/11/2006 (com adaptações).

Em relação ao texto acima, assinale a opção correta. (A) Na linha 1, a substituição do sinal de dois-pontos por ponto final, com a modificação de inicial minúscula para maiúscula na palavra “não”, prejudica a correção gramatical do texto. (B) O emprego de sinal de ponto e vírgula (l.4-5) justifica-se por isolar elementos de uma enumeração. (C) Na linha 7, o termo “o que” retoma o antecedente “ampliar a infraestrutura regional”. (D) O vocábulo “se” (l.14-15) exerce a mesma função sintática em ambas as ocorrências. (Analista – TSE – 2006 – CESPE)

A: a alteração sugerida prejudica a correção gramatical. O sinal de dois-pontos enuncia uma enumeração; B: uma das funções do sinal de ponto e vírgula é isolar elementos de uma enumeração (como nestes comentários!); C: o termo “o que” retoma “as prioridades” (concluir; eliminar; facilitar; obter); D: a palavra se na linha 14 (“será superado se os empresários”) é conjunção condicional e na linha 15 (“os empresários se organizarem na defesa”) é pronome reflexivo. Gabarito "B"

(D)

Logo recebi o livro de poemas nos quais o grande valor expressivo eu sequer desconfiava. Surpreendeu-me que tivesse escrito poemas em cujos não havia vestígio de academicismos. Meu amigo deu-me uma explicação à qual pude aproveitar uma lição muito original.

Gabarito "A"

(C)

Um dos lugares-comuns do pensamento político é o de que o sistema democrático exige a descentralização do poder. Democracia não é só o governo do povo, mas o governo do povo 4 a partir de sua comunidade. Esse é um dos argumentos clássicos para o voto distrital: o eleitor fortalece seu poder, ao associá-lo ao de seus vizinhos. Em países de boa tradição democrática, esses 7 vizinhos discutem, dentro dos comitês dos partidos, mas também fora deles, suas ideias com os candidatos. Embora isso não signifique voto imperativo — inaceitável em qualquer situação 10 —, o parlamentar escolhido sabe que há o eleitor múltiplo e bem identificado, ao qual deverá dar explicações periódicas. Se a esse sistema se vincula a possibilidade do recall, do contramandato, 13 cresce a legitimidade do instituto da representação parlamentar. O fato é que, com voto distrital ou não, tornou-se inadiável a discussão em torno do sistema federativo. Quem conhece o Brasil 16 fora das campanhas eleitorais sabe das profundas diferenças entre os estados. 1

Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006.

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Gabarito "D"

Magally Dato

Os objetos diretos dos verbos nutrir e fazer devem ser substituídos pelo pronome correspondente as: nutriu-as e fê-las (nesse caso, como o verbo termina em z, o pronome toma a forma las e a letra z é excluída). A locução “parecia interditado” exige complemento indireto. O pronome correspondente é “a elas” ou “lhes”: “que a elas parecia interditado”. O sintagma “nas crônicas” pode ser substituído por nelas (em + elas [as crônicas]). Gabarito "A" (Analista – TRT/6ª – 2006 – FCC) As

crianças amam a água, têm a água como amiga, aproveitam a água como um presente dos céus, extraem da água todos os prazeres que ela oferece. Evitam-se as repetições viciosas da palavra água da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por (A) têm-lhe - aproveitam-lhe - extraem-lhe (B) têm-na - lhe aproveitam - extraem dela (C) a têm - a aproveitam - extraem-na (D) lhe têm - aproveitam-na - extraem a ela (E) têm-na - aproveitam-na - extraem dela Nessa oração, os verbos ter e aproveitar são transitivos diretos. O pronome correspondente ao objeto direto (“a água”) é a (na – pois o verbo conjugado termina em som nasal); o verbo extrair é bitransitivo. O seu objeto indireto é “da água” e pode ser substituído por “dela”. Gabarito "E" (Analista – TRT/6ª – 2006 – FCC) Está correto o emprego de ambos os elementos

sublinhados na frase: (A) A revelação que lhe fez o amigo, cuja o autor transcreveu, proporcionou-lhe reflexões através das quais compôs uma argumentação interessante. (B) Os enormes esforços com que as grandes nadadoras empregam nas competições acabam resultando, no máximo, de uma nova marca a ser batida. (C) Ao confessar a forte impressão de que lhe ficou daquela maratonista suíça, o autor destaca a imagem de uma atleta que o corpo demonstra dores torturantes. (D) Os constantes dopings, a que tantos atletas acabam se submetendo, são uma evidência de que há conquistas cujo preço é alto demais. (E) A atleta norte-americana, cujo nome o autor não se lembrou, acabou sofrendo um ataque cardíaco em que não sobreviveu. A: incorreta – “revelação (...) a qual o autor transcreveu”; B: incorreta – “resultando (...) em uma nova marca”; C: incorreta – “uma atleta cujo corpo”; D: correta – o emprego de ambos os elementos (a que e cujo) está correto; E: incorreta – “um ataque cardíaco ao qual não sobreviveu”. Gabarito "D"

A língua começou a uniformizar-se e a exportar traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas comerciais que a exploração do ouro criou. Se na frase acima substituirmos a forma verbal criou pela forma deu ensejo, o termo que deverá dar lugar à expressão (A) a cujas. (B) de cujas. (C) de onde. (Analista – TRT/20ª – 2006 – FCC)

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“A língua começou a uniformizar-se e a exportar traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas comerciais a que a exploração do ouro deu ensejo.”

Considere as seguintes frases: O editorial calou fundo nos pesquisadores latino-americanos, que a ele reagiram com firmeza. O povo cubano deve decidir, por si mesmo, se precisa ou não de ajuda externa. Ofertas de auxílio podem ser constrangedoras, quando não solicitadas.

(Analista – TRF/1º – 2006 – FCC) I. II. III.

A eliminação da(s) vírgula(s) altera o sentido SOMENTE do que está em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. Em “O editorial calou fundo nos pesquisadores latino-americanos, que a ele reagiram com firmeza.”, a vírgula antes da palavra que torna a oração explicativa, já a supressão da vírgula torna a oração restritiva. Neste último caso (sem a vírgula), entende-se que não são todos os latino-americanos que “reagiram com firmeza a ele”, apenas alguns. (Analista – TRT/11ª – 2005 – FCC) Está correto o emprego de ambos os segmentos

sublinhados na frase: (A) Juventude é, hoje, uma palavra mágica: consideramo-lhe um talismã, nela atribuímos o condão de uma chave que abre todas as portas. (B) Quanto ao passado, deixar-lhe em paz, pois se os dias não voltam não há como interferir-lhes. (C) Se há dias bons na juventude, não os queiramos emprestar um valor absoluto, pois a eles se alternaram dias infelizes. (D) Quanto aos jovens, poupemo-los de aconselhamentos a que não podem ou não sabem dar ouvidos. (E) Se é para mim escolher entre o tumulto do jovem e a serenidade do velho, prefiro esta a aquele.

A: incorreta – o verbo transitivo direto considerar exige como complemento o objeto direto (“juventude”) que pode ser substituído pelo pronome a (consideramo-la – nesse caso, como o verbo termina em s, o pronome toma a forma la e a letra s é excluída); B: incorreta – nessa assertiva o verbo transitivo direto e indireto deixar apresenta um complemento direto (“o passado”) que pode ser substituído pelo pronome o: “deixa-o em paz”; com o verbo intransitivo interferir utilizaremos a contração nele como referente a “o passado”: “não há como nele interferir”; C: incorreta – a locução “queiramos emprestar” exige dois complementos, um direto (“um valor absoluto” e um indireto “aos dias bons”: “não lhes queiramos emprestar”; D: correta – o verbo transitivo direto poupar exige complemento direto (“os jovens”) que pode ser substituído pelo pronome correspondente os (“poupemo-los”); o pronome relativo que vem precedido de preposição a por exigência da locução “poder dar” ou “saber dar”; E: incorreta – o pronome pessoal do caso oblíquo (mim) não pode ser sujeito: “Se é para eu escolher”. (Analista – TRT/13ª – 2005 – FCC) Gosto da democracia, pratico a democracia, respeito os fundamentos que mantêm em pé a democracia, mas nada disso me impede de associar a democracia às campanhas eleitorais, que negam a democracia.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por (A) a pratico − mantêm-na em pé − lhe associar − a negam (B) pratico-a − a mantêm em pé − associar-lhe − negam ela (C) a pratico − mantêm ela em pé − a associar − lhe negam (D) pratico-a − a mantêm em pé − associá-la − a negam (E) pratico-a − lhe mantêm em pé − a associar − negam-lhe Os objetos diretos dos verbos praticar, manter, associar e negar podem ser substituídos pelo pronome a (“pratico-a”; “a mantém”; “a negam”). No caso do verbo associar, terminado em r, teremos “associá-la”, com a queda da letra r e o uso do pronome na forma la. Gabarito "D"

crônicas com a matéria do cotidiano, fez as crônicas atingir um patamar que parecia interditado às crônicas, e notabilizou-se empregando todo o seu talento nas crônicas. Evitam-se as viciosas repetições e mantém-se a correção do período acima, substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por: (A) nutriu-as − fê-las atingir − a elas parecia interditado − nelas todo o seu talento. (B) nutriu-as − fez-lhes atingir − lhes parecia interditado − a elas todo o seu talento. (C) nutriu-lhes − as fez atingir − parecia-lhes interditado − em cujas todo o seu talento. (D) as nutriu − fez-lhes atingir − parecia interditado às mesmas − nelas todo o seu talento. (E) nutriu-lhes − fez elas atingirem − parecia-lhes interditado − nestas todo o seu talento.

a que. com que.

Gabarito "D"

Gabarito "D" (Analista – TRT/4ª – 2006 – FCC) Rubem Braga escreveu muitas crônicas, nutriu as

(E)

Gabarito "A"

“Ao qual” se refere a “eleitor”.

(D)

Gabarito "D"

Acerca das relações lógico-sintáticas do texto acima, assinale a opção incorreta. (A) “-lo”, em “associá-lo” (l.5), refere-se a “poder” (l.2). (B) “deles” (l.8) refere-se a “comitês dos partidos” (l.7). (C) “isso” (l.8) refere-se a “discutem, dentro dos comitês dos partidos, mas também fora deles, suas ideias com os candidatos” (l.7-8). (D) “ao qual” (l.11) refere-se a “parlamentar escolhido” (l.10). (Analista – TSE – 2006 – CESPE)

A expressão de que preenche corretamente a lacuna da frase: (A) Continuamos a avaliar ...... seria melhor se você desistisse da eleição. (B) A fonte ....... saciará nossa sede fica no alto daquela encosta. (C) Há sonhos ...... é impossível se desviar, quando se pensa no futuro. (D) Todos os momentos ...... devaneamos ficaram impressos na minha memória. (E) Dos livros ...... me ative nos últimos dias, apenas dois têm grande valor. (Analista – TRT/13ª – 2005 – FCC)

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

a alternativa INCORRETA, segundo

a norma culta da língua. (A) Minha casa está situada na rua mais movimentada deste bairro. (B) Prefiro leitura a novela, cinema a futebol. (C) Vou escutar-te desta vez, mesmo não acreditando em você. (D) Assistir ao pôr-do-sol em Vitória é para poucos e bons.

O uso de pessoas do discurso diferentes em uma mesma oração é incorreto. Poder-se-ia escolher: “Vou escutá-lo desta vez, mesmo não acreditando em você.” ou “Vou escutar-te desta vez, mesmo não acreditando em ti.” Gabarito "C" (Analista – TRE/SC – 2005 – FAPEU) “Saber as leis não é recordar as suas palavras,

mas compreender-lhes a força e o espírito”. A respeito desta máxima de Celsus, retirada de sua obra Digesta, 1, 3, 17, é CORRETO afirmar: I. o pronome lhes pode fazer referência a palavras das leis; II. o pronome lhes pode fazer referência a leis; III. o pronome lhes pode fazer referência a suas palavras; Assinale a alternativa CORRETA. (A) Somente as afirmativas I e II estão corretas. (B) Somente a afirmativa III está correta. (C) Somente as afirmativas II e III estão corretas. (D) Todas as afirmativas estão corretas. O pronome lhes pode se referir tanto às “leis” quanto às “palavras”. Há ambiguidade, pois não se identifica referente único. Gabarito "D"

8. CRASE O acento indicativo de crase foi corretamente empregado apenas em: (A) o cidadão não atende à apelos sem fundamento. (B) no artigo, o autor citou à necessária reforma do Estado. (C) convencemos à todos da necessidade de um pacto social. (D) o debatedor não se rendeu àqueles discursos demagógicos. (E) os governantes dispuseram-se à colaborar. (Delegado/AP – 2010 – FGV)

(Delegado/AM) O

sinal indicador de crase presente em “que levaram à sua extinção” é optativo. O exemplo em que também há um sinal indicador da crase optativo é: (A) Jamais agasalhou conceitos que não dessem luz às indagações históricas mais obscuras. (B) A banca conferiu grau máximo à tese defendida sobre documentos históricos. (C) Optou por pedir à Joana que o ajudasse em suas pesquisas históricas. (D) Sempre expunha às claras suas ideias sobre fatos históricos. A crase é optativa diante do pronome possessivo na oração-exemplo “que levaram à sua extinção”. A e B: incorreta, pois os verbos dar e conferir são transitivos direto e indireto e exigem dois complementos: um dos complementos é precedido pela preposição a; C: correta, pois o verbo pedir é transitivo direto e indireto, sendo possível também a construção: “Optou por pedir a Joana ajuda em suas pesquisas”. Nessa oração, a crase não é exatamente optativa. Há a possibilidade de construção sem o uso da crase, porém, via de regra, a crase é optativa diante do pronome possessivo feminino; D: incorreta, pois a expressão “às claras” é sempre preposicionada, o sinal indicativo de crase não é optativo. Gabarito "C"

Gabarito "C" (Analista – TRE/ES – 2005 – ESAG) Assinale

1: incorreta. A palavra regente “abraçado” exige a preposição a. Como a palavra “visão” vem precedida de artigo definido feminino, ocorre a crase. Não é optativo o seu uso nesse caso. Gabarito 1E

A: incorreta – “Continuamos a avaliar que [conjunção integrante] seria melhor”; B: incorreta – “A fonte que [pronome relativo] saciará”; C: correta – o verbo regente desviar exige a preposição de: “Há sonhos de que é impossível se desviar”; D: incorreta – “Todos os momentos em que devaneamos”; E: incorreta – “Dos livros a que me ative”.

Justifica-se plenamente o emprego de ambos os sinais de crase em: (A) Ela pode voltar à qualquer momento, fiquemos atentos à sua chegada. (B) Dispôs-se à devolver o livro, à condição de o liberarem da multa por atraso. (C) Postei-me à entrada do cinema, mas ela faltou também à esse compromisso. (D) Àquela altura da velhice já não assistia à filmes trágicos, apenas aos de humor. (E) Não confie à priminha os documentos que obtive à revelia do nosso advogado. (Analista – TRT/24ª – 2011 – FCC)

A crase ocorre quando há a contração da preposição a e do artigo a ou o “a” do pronome demonstrativo aquele(s), aquela(as). A: incorreta: “o cidadão não atende aos (preposição + artigo masculino) apelos”; B: incorreta: “no artigo, o autor citou a (artigo. O verbo citar é transitivo direto e não há preposição); C: incorreta: “convencemos a (preposição) todos da necessidade”; D: correta: “o debatedor não se rendeu àqueles (o verbo render é transitivo indireto e exige a preposição a. O pronome demonstrativo aqueles pode se ligar à preposição, ocorrendo a crase) discursos demagógicos”; E: incorreta: “os governantes dispuseram-se a (preposição. Não ocorre a crase diante de verbo) colaborar.

A: incorreta – em “a qualquer momento” não ocorre crase. Esse a é preposição. Não há o artigo. Já em “atentos à sua chegada”, o uso do acento grave é facultativo diante de pronome possessivo; B: incorreta – em “a devolver”, não ocorre a crase antes de verbo; C: incorreta – não ocorre a crase. O verbo postar não utiliza a preposição a em sua regência. Em “faltou...a esse compromisso”, o a é preposição, porém não há a possibilidade de um artigo diante do pronome demonstrativo esse, portanto não ocorre a crase; D: incorreta – o verbo assistir exige preposição a, porém a palavra “filmes” é um substantivo masculino e plural. Não cabe o artigo definido feminino, não ocorre a crase. E: correta – os verbos confiar e obter exigem preposição a, os substantivos “priminha” e “revelia” aceitam o artigo definido feminino. Ocorre a crase.

Gabarito "D"

Gabarito "E"

Atenção: a questão abaixo refere-se ao texto seguinte. 1

Falara com voz sincera, exaltando a beleza da paisagem e revelando que, se dependesse só dele, passaria o resto da vida ali, morreria na varanda, abraçado à visão do rio 4 e da floresta. Era isso o que mais queria, se Alicia estivesse ao seu lado. Agora, ao vê-lo assim, suado e nervoso, mudando de 7 lugar o tempo todo e murmurando palavras que me escapavam, temia que me abordasse para conversar sobre o filho. Não parecia estar no iate, e sim em sua casa, em 10 Manaus: sentado, pernas e pés juntos, tronco ereto, a cabeça oscilando, como se fizesse um não em câmera lenta. Despertava como quem leva um susto, ia lavar o rosto e 13 retomava sua ronda, que me deixava mareado. Eu esperava o fim da tarde com ansiedade; mal escurecia, entrava no camarote para ler, mas ficava pensando nos dois: Mundo e 16 seu pai. Quando não conseguia dormir, subia ao convés e via o vulto sentado na popa, o focinho de Fogo no colo; Jano não se voltava. HATOUM, Milton. Cinzas do Norte. São Paulo: Companhia da Letras, 2005, pp. 86-87. (Delegado/AC – 2008 – CESPE) Considerando

as ideias e a linguagem do texto acima, julgue o item que se segue. (1) Na linha 3, o emprego da crase antes do substantivo “visão” é optativo, visto que o termo “abraçado” pode ser seguido por complemento direto ou indireto.

1 4 7 10 13 16 19 22

O começo foi lá atrás e não foi fácil. A profissão que hoje dá orgulho a Tião, aos 32 anos de idade, já foi motivo de vergonha. Ele começou a catar lixo com onze anos, com a família. “Para mim, catar lixo era natural”, diz. Para os outros, não. Sua mãe deu uma entrevista e ele passou a ser perseguido pelos colegas da escola. No dia seguinte ao da entrevista, chegou à sala de aula e viu escrito na lousa: “Tião, filho da xepeira”, uma referência à xepa, prática de pegar os restos de feiras para levar para casa. Em uma festa da escola, Tião dançava com a namoradinha, quando um menino anunciou pelo microfone: “Olha, ela está dançando com o filho da xepeira.” Humilhado, Tião saiu da festa correndo. Saiu também da escola. Ficou cinco anos sem estudar. Agora cursa o segundo ano do ensino médio. Seu sonho é cursar sociologia. N o d o c u m e n t á r i o L i x o E x t r a o r d i n á r i o , Ti ã o d i z q u e gosta de Nietzsche e Maquiavel. Ele encontrou um exemplar de O Príncipe, de Maquiavel, no meio do chorume do aterro. Depois de ler, ficou comparando os príncipes descritos por Maquiavel com líderes do tráfico. Ele conta que a obra foi fundamental quando estava começando sua própria liderança. Depois da indicação ao Oscar, ele acha que sua voz vai chegar muito mais longe que os trezentos metros quadrados do galpão sufocante da associação dos catadores. “Quem nunca teve voz agora vai ter, agora vão nos ouvir”, diz ele. Sebastião Carlos dos Santos. Do lixo ao Oscar. In: Época, 31/1/2011, p. 12 (com adaptações).

33

Magally Dato

1: incorreta – O verbo regente chegar e o termo regente referência exigem a preposição a, as palavras regidas aceitam o artigo definido feminino. Ocorre a crase. Gabarito 1C

1

(Analista – TRE/PI – 2009 – FCC) A frase

A: incorreta – “a qualquer momento” – não ocorre a crase; “à vista” – ocorre a crase nessa locução; B: incorreta – “Submetida à avaliação” – a palavra regente submetida exige a preposição a e a palavra regida avaliação aceita o artigo definido feminino. Ocorre a crase; “para a resolução” – esse a é um artigo. Não ocorre a crase, pois não há a preposição a; C: incorreta – “a fim de que” – não ocorre a crase antes da palavra fim, que é precedida pela preposição a; D: correta – “direito a informações” – não ocorre a crase, pois nesse sintagma temos apenas a preposição a exigida pela palavra regente direito; “submetidas à verdade” – a palavra regente submetidas exige a preposição a e a palavra regida verdade aceita o artigo definido feminino. Ocorre a crase; E: incorreta – “subordinada a uma lógica” – a palavra regente subordina exige a preposição a e a palavra regida lógica está determinada pelo artigo indefinido. Não ocorre a crase; “a depender” – não ocorre crase antes de verbo.

4 7 10

Em um artigo publicado em 2000, e que fez muito sucesso na Internet, Cristovam Buarque desenhava um idílico mundo futuro, liberto das soberanias nacionais, em que tudo seria de todos. Se tudo der certo no planeta (o que é discutível), quem sabe um dia, daqui a mil ou dois mil anos, cheguemos lá. Como nada ainda deu certo no planeta, a internacionalização só será aceitável quando se cumprirem duas premissas. Primeira: que desapareçam os Estados nacionais. Segunda: que os grupos, ou comunidades, ou sociedades que restarem mantenham entre si relações impecavelmente equitativas. Quem sabe um dia... Roberto Pompeu de Toledo. “Amazônia: premissas para sua entrega”. In: Veja, 28/5/2008 (com adaptações).

(Analista – STJ – 2008 – CESPE) Julgue o seguinte item, a respeito da organização

das ideias do texto acima. (1) Mantêm-se a coerência de ideias e a correção gramatical do texto ao se empregar o sinal indicativo de crase no “a”, em “a internacionalização” (l.6-7), situação em que esse termo seria empregado como objeto direto preposicionado.

1: incorreta – na oração “a internacionalização só será aceitável”, o artigo definido feminino singular acompanha o sujeito. Não há motivo para a ocorrência da crase, nem de objeto direto preposicionado. A assertiva está errada. Gabarito 1E

inteiramente correta, considerando-se a presença ou a ausência do sinal de crase, é: (A) A mentira, mesmo justificada por certas circunstâncias, pode ser desmascarada à qualquer momento, à vista dos fatos apresentados. (B) Submetida a avaliação da opinião popular, a política deve pautar-se pela lisura e pela veracidade voltadas para à resolução de conflitos. (C) Quanto a defesa da ética, ela é sempre necessária, à fim de que a ação política seja vista como verdadeira representação da vontade popular. (D) Os governados, como preceituam as normas democráticas, têm direito a informações exatas e submetidas à verdade dos fatos. (E) A verdade dos fatos políticos está subordinada, segundo pensadores, à uma lógica particular, à depender dos objetivos do momento.

A: correta – uso obrigatório pela regência do verbo pagar: “que pagar indenização à União”; B: incorreta, devendo ser assinalada – não ocorre a crase nessa assertiva. O verbo transitivo direto e indireto comparar exige a preposição a, porém o termo regido show biz é masculino: “comparou a política a um show biz”; C: correta – uso obrigatório pela regência do verbo repassar: “será repassada às polícias estaduais...”; D: correta – uso obrigatório pela regência da palavra conectado: “conectado à era digital”; E: correta – uso obrigatório pela regência do verbo dar: “dar transparência às campanhas e aos mandatos.”. Gabarito "B"

Com referência às ideias do texto acima e às estruturas nele empregadas, julgue o item seguinte. (1) Nos trechos “chegou à sala de aula” (l.7) e “uma referência àxepa” (l.8), o emprego do sinal indicativo de crase, opcional em ambos os casos, justifica-se pela regência, respectivamente, da forma verbal “chegou” e do substantivo “referência”. (Analista – TJ/ES – 2011 – CESPE)

Gabarito "D"

os itens a seguir quanto ao emprego do acento grave nas frases neles apresentadas. I. Acostumado à vida parlamentar, o senador resistiu à reação desproporcional pretendida pela bancada oposicionista. II. A rotina, à qual o ator aderira em 2001, era igual à de sua parceira de novelas. III. Inúmeros países, à partir daí, não criaram obstáculos à paz. IV. A globalização financeira, associada à melhores instituições e à estabilidade macroeconômica, contribuiu para elevar a taxa de investimento do Brasil. Estão certos apenas os itens (A) I e II. (B) I e III. (C) I e IV. (D) II e IV. (E) III e IV. I: correta – o verbo regente acostumar exige a preposição a. A palavra regida vida aceita o artigo a. Ocorre a crase; o verbo regente resistir exige a preposição a. A palavra regida reação aceita o artigo a. Ocorre a crase; II: correta – o verbo regente aderir exige a preposição a. Ocorre a crase (“o ator aderira à rotina”); a palavra regente igual exige a preposição a. Após a palavra “igual” há omissão do sintagma “a rotina” (“era igual à rotina”). Ocorre a crase; III: incorreta – não ocorre a crase antes de verbo (“a partir daí”); IV: incorreta – a palavra regente associada exige a preposição a e o sintagma “melhores instituições” aceita o artigo definido feminino plural. Estão corretas as formas: “associada a melhores instituições e à estabilidade” ou “associadas às melhores instituições e à estabilidade”. Gabarito "A" (Analista – TJ/PR – 2009) Todos os períodos a seguir foram retirados da revista

ISTO É, de 17 jun. 2009. Propositadamente se retiraram os acentos indicativos de crase. Assinale a opção em que tal acento é proibido. (A) “A Transegur terá que pagar indenização a União.” (p. 32) (B) “O ex-presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, ao final de seu mandato (1981 – 1989), comparou a política a um show biz:” (p. 36) (C) “O Ministério da Justiça receberá 900 bafômetros. E mais da metade destes equipamentos será repassada as polícias estaduais...” (p. 35) (D) “Cada vez mais conectado a era digital, o presidente cria blog do Planalto e lança perfis...” (p. 40) (E) “Elas são a melhor maneira de dar transparência as campanhas e mandatos.” (p. 42)

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1

Pode-se dizer que há complexidade onde quer que se produza um emaranhamento de ações, de interações, de retroações. E esse emaranhamento é tal que nem um 4 computador poderia captar todos os processos em curso. Mas há também outra complexidade que provém da existência de fenômenos aleatórios (que não podem ser determinados e 7 que, empiricamente, agregam incerteza ao pensamento). Pode-se dizer, no que concerne à complexidade, que há um polo empírico e um polo lógico e que a complexidade 10 aparece quando há simultaneamente dificuldades empíricas e dificuldades lógicas. Pascal disse há já três séculos: “Todas as coisas são ajudadas e ajudantes, todas as coisas são 13 mediatas e imediatas, e todas estão ligadas entre si por um laço que conecta umas às outras, inclusive as mais distanciadas. Nessas condições — agrega Pascal — 16 considero impossível conhecer o todo se não conheço as partes”. Esta é a primeira complexidade: nada está isolado no Universo e tudo está em relação. Edgard Morin. “Epistemologia da complexidade”. In: Dora Fried Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artmed, 1996, p. 274 (com adaptações). (Analista – STJ – 2008 – CESPE) Julgue

o seguinte item, a respeito de redações alternativas para termos e estruturas linguísticas do texto acima. (1) A retirada do sinal indicativo de crase em “no que concerne à complexidade” (l.8) altera as relações de sentido entre os termos, mas preserva sua correção gramatical. 1: correta – as relações sintático-semânticas ficam alteradas com a retirada do sinal grave na expressão “no que concerne à complexidade”. A frase isolada “no que concerne a complexidade” pode fazer sentido se considerarmos “a complexidade” como sujeito do verbo transitivo indireto concernir. A frase não mostra o complemento verbal de concernir. A assertiva está correta. Gabarito 1C

(Analista – TRE/MA – 2009 – CESPE) Julgue

(Analista – TRT/1ª – 2008 – CESPE) Assinale

a opção em que a frase apresenta o emprego correto do acento grave indicativo de crase. (A) Isto não interessa à ninguém. (B) Não costumamos comprar roupas à prazo. (C) O estudante se dirigiu à diretoria da escola. (D) Caminhamos devagar até à entrada do estabelecimento. (E) Essa é a instituição à que nos referimos na conversa com o presidente.

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

II. III.

para as seguintes frases: Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de um notório extrovertido. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazerem notar; também as tímidas chamam a atenção. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar a atenção de todos.

Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em (A) II e III. (B) I e II. (C) I e III. (D) I. (E) III. I: incorreta – o verbo estabelecer é transitivo direto e não exige preposição a. Não se trata do uso da expressão “à medida que”, que significa “à proporção que”; II: correta – o verbo assistir na acepção de “ser da competência ou atribuição de (alguém); caber, competir” é transitivo indireto e exige preposição a; III: incorreta – a expressão “à vontade” que significa “livremente, a bel-prazer” está correta com o acento grave, indicador da crase. Gabarito "A"

1 O conceito de verdade tem sido abordado e compreendido de diferentes formas por diversos pensadores e por diversas escolas filosóficas. Os filósofos gregos 4 começaram a buscar a verdade em relação ou oposição à falsidade, ilusão, aparência. De acordo com essa concepção, a verdade estaria inscrita na essência, sendo idêntica à 7 realidade e acessível apenas ao pensamento, e vedada aos sentidos. Assim, um elemento necessário à verdade era a “visão inteligível”; em outras palavras, o ato de revelar, o 10 próprio desvelamento. J á p a r a o s r o m a n o s , a v e r d a d e e r a Ve r i t a s , a veracidade. O conceito era sempre aplicado, isto é, remetia 13 a uma história vivida que pudesse ou não ser comprovada. Essa concepção de verdade subordinava-a, portanto, à possibilidade de uma verificação. A formulação do 16 problema do “critério de verdade” ocupou os adeptos da gnosiologia, aqueles que se dedicavam ao estudo das relações do pensamento, e de seu enunciado, sua forma de 19 tradução na comunicação humana com o objeto ou fato real, em que se buscava uma relação de correspondência. Para a lógica, o interesse circunscrevia-se na correção e(ou) 22 coerência semântica do discurso, da enunciação, descartando a reflexão sobre o mundo objetivo. Para o filósofo Heidegger, as verdades são respostas 25 que o homem dá ao mundo. Ressalte-se a utilização do termo no plural, quando o conceito de verdade perde o critério do absoluto e(ou) do indivisível. Portanto, não 28 haveria mais uma verdade filosófica, mas várias verdades. Esse sentido mais pluralista também é defendido por Foucault, para quem o significado de verdade seria o de 31 expressão de determinada época, cada qual com sua verdade e seu discurso. Iluska Coutinho. O conceito de verdade e sua utilização no jornalismo. Internet: (com adaptações). (Analista – TRE/GO – 2008 – CESPE) Assinale a opção correta a respeito do emprego

da crase nas estruturas linguísticas do texto. (A) A retirada do sinal indicativo de crase em “à possibilidade” (l.14-15) provocaria erro gramatical e incoerência nas ideias do texto, por transformar objeto indireto em objeto direto na oração. (B) No segundo período do texto (l.3-5), mantêm-se as relações semânticas, bem como a correção gramatical, ao se inserir à antes de “ilusão” e antes de “aparência”. (C) Tanto o uso da crase em “à realidade” (l.6-7) como da contração em “ao pensamento” (l.7) justificam-se pelas relações de regência de “idêntica” (l.6). (D) Nas linhas 12 e 13, preservam-se as relações de regência de “remetia”, bem como a correção gramatical do texto, ao se inserir um sinal indicativo de crase em “a uma história”.

(Analista – TRF/5ª – 2008 – FCC) Há

rigorosa observância das normas que determinam o uso do sinal de crase em: (A) A medida que afere o otimismo pode também avaliar o pessimismo, pois àquela ou à esta sensação corresponde alguma dose de idealismo. (B) O texto não nos leva à paradoxos gratuitos, mas à necessidade de reconhecer uma intersecção entre o otimismo e o pessimismo. (C) Cabe às pessoas decidir, à cada experiência, se lhes convém entregar-se à determinada sensação, a determinado humor. (D) O otimismo não fica à léguas do pessimismo; tendem ambos à convergir, conforme comprovam nossas próprias experiências. (E) Não assiste às ciências positivas o direito de aspirar à definição cabal da fronteira entre o pessimismo e o otimismo. A: incorreta – a locução “à medida que” leva crase; “alguma dose de idealismo corresponde àquela ou a esta sensação”: o verbo regente corresponder exige a preposição a. O pronome demonstrativo “aquela” aceita a crase. Não ocorre a crase diante do pronome demonstrativo “esta”. B: incorreta – “leva a paradoxos”: o verbo regente levar exige a preposição a. A palavra regida paradoxos, masculina e plural, não aceita o artigo feminino. Não ocorre a crase diante dessa palavra. A outra palavra regida, “necessidade” aceita o artigo definido feminino. Nesse caso, ocorre a crase; C: incorreta – “Cabe às pessoas”: o verbo regente caber exige a preposição a. A palavra regida pessoas aceita o artigo feminino. Ocorre a crase; “a cada experiência”: não há porque ocorrer a crase antes de cada; “entregar-se à determinada sensação”: o verbo regente entregar-se exige a preposição a. O sintagma regido determinada sensação aceita o artigo feminino. Ocorre a crase; D: incorreta – “a [preposição – não ocorre a crase] léguas”; “tendem a convergir”: o verbo regente tender exige a preposição a. A palavra regida é um verbo (convergir). Não ocorre a crase; E: correta – o verbo regente assistir na acepção de “ser da competência” é transitivo indireto e exige a preposição a. A palavra regida ciências aceita o artigo feminino. Ocorre a crase; “aspirar à definição”: o verbo regente aspirar na acepção de “almejar” é transitivo indireto e exige a preposição a. A palavra regida definição aceita o artigo feminino. Ocorre a crase. (Analista – TJ/MT – 2008 – VUNESP) Assinale a frase correta quanto ao uso da crase. (A) (B) (C) (D) (E)

A discussão trata da transferência da corte portuguesa à esta cidade. Alguns historiadores são avessos à qualquer comemoração do evento. O Rio de Janeiro deveria dedicar-se ao combate à violência urbana. A violência urbana deve ser motivo de vergonha à toda a nação brasileira. Dom João VI recusou-se a ficar cara à cara com as tropas napoleônicas.

A: incorreta – “a [preposição] esta cidade”: não ocorre a crase diante do pronome demonstrativo “esta”; B: incorreta – a palavra regente avessos exige a preposição a, porém não há artigo definido ou pronome demonstrativo para que a crase ocorra. O pronome qualquer é indefinido; C: correta – “combate à violência”: a palavra regente combate exige a preposição a. A palavra regida violência aceita o artigo definido feminino. Ocorre a crase; D: incorreta – “a [preposição] toda a nação”; E: incorreta – não ocorre a crase na expressão “cara a cara”. Gabarito "C"

I.

Gabarito "E"

Gabarito "C" (Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC) Atente

A: incorreta – a retirada do sinal indicativo de crase em “à possibilidade” provocaria erro, pois se trata do objeto indireto do verbo subordinava. O objeto direto é o pronome a; B: correta – não haverá alterações sintático-semânticas ao se inserir à: “a verdade em relação ou oposição à falsidade, à ilusão, à aparência”; C: incorreta – o uso da crase em “à realidade” justifica-se pela regência da palavra idêntica, porém o uso da contração da preposição e do artigo em “ao pensamento” se justifica em pela regência da palavra acessível; D: incorreta – em “remetia a uma história”, a palavra a é preposição exigida pelo verbo remeter. Não ocorre a crase antes de “uma”. Gabarito "B"

A: incorreta – o verbo interessar exige a preposição a, porém não há artigo definido antes do pronome “ninguém”. Não ocorre a crase; B: incorreta – não ocorre crase na expressão “a prazo”. A palavra prazo é masculina. Esse a é uma preposição; C: correta – o verbo regente dirigir exige a preposição a e a palavra regida “diretoria” aceita o artigo definido feminino. Ocorre a crase; D: incorreta – não ocorre a crase em “até a entrada”. Esse a é um artigo. Não há a preposição a para que a contração ocorra; E: incorreta – em “a que nos referimos” não ocorre a crase antes do pronome relativo que, pois esse não aceita artigo definido, desse modo, não há a contração necessária para que a crase ocorra.

9. SEMÂNTICA (Analista – TRT/24ª – 2011 – FCC) As

leis religiosas têm mais sublimidade; as leis civis dispõem de mais extensão. A respeito da construção da frase acima, é correto afirmar que (A) o verbo dispor foi empregado no mesmo sentido que assume na frase A solidão dispõe o homem à melancolia. (B) da comparação entre leis civis e leis religiosas, expressa pelo termo mais, resulta a superioridade inconteste de uma delas. (C) entre os dois segmentos separados pelo ponto e vírgula estabelece-se uma relação de sentido equivalente ao da expressão ao passo que. (D) entre os dois segmentos separados por ponto e vírgula estabelece-se uma relação de sentido equivalente ao da expressão por conseguinte. (E) o verbo dispor foi empregado no mesmo sentido que assume na frase O sacristão dispôs o altar para a missa.

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Magally Dato

Gabarito "D"

... escolherei a dedo seu guarda-roupa e livros sérios para você ler. A expressão grifada na frase acima pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido original, por: (A) pessoalmente. (B) de modo incisivo. (C) apontando. (D) entre outras coisas. (E) cuidadosamente. (Analista – TRE/TO – 2011 – FCC)

A expressão “a dedo” tem a acepção de algo feito com cuidado, criteriosamente. Gabarito "E"

1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31

Cult — O que significa exatamente “capitalismo do desastre”? Naomi Klein — Veja o que aconteceu após o furacão Katrina, exemplo clássico do capitalismo do desastre. Não considero o Katrina um desastre “natural” porque envolveu uma clara omissão do Estado — no sentido de que as barragens estavam deterioradas. Imediatamente depois do ocorrido, um político republicano, Richard Baker, disse “não pudemos limpar os projetos de conjuntos habitacionais, mas Deus fez isso por nós”. Isso é o capitalismo do desastre! É uma ideia muito velha, que já existia na mentalidade colonial. Na América do Norte, os colonos que ocuparam a Nova Inglaterra tinham uma teoria religiosa sobre a varíola, pois a causa principal de mortalidade dos índios era a doença. Nos diários da época, falava-se da moléstia como uma dádiva de Deus. De diversas maneiras, estavam usando a mesma formulação que o político republicano. Quando a varíola acabou com diversas comunidades dos iroquois e a terra deles foi invadida pelos colonos, Deus foi invocado, e o desastre foi visto como um ato divino. Então, sim, isso não é novidade. Mas, o que há de novo aqui, e que vimos em Nova Orleans, é que não apenas o desastre foi utilizado para a privatização do sistema educacional e habitacional, mas a resposta ao próprio desastre foi vista como oportunidade de mercado. E essa é realmente a última fronteira para o neoliberalismo. Todas as partes do estado foram privatizadas: estradas, eletricidade, telefone, água. Haviam sobrado apenas as funções fundamentais: os militares, a polícia, os bombeiros. Mas agora estamos assistindo ao surgimento de um complexo do capitalismo do desastre: negócios que dependem diretamente desse conjunto de crises e desastres.

Naomi Klein. Resistindo ao choque. In: Cult – Revista Brasileira de Cultura. São Paulo: Bregantini, n._125, jun./2008, p. 10 (com adaptações).

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(Analista – TJ/MA – 2009 – IESES) Assinale a alternativa INCORRETA, em relação

ao vocábulo caro. (A) Estão corretas as frases Ninguém paga caro pelas rendas de bilro maranhenses / Este ano a gasolina custa mais caro. (B) Em sai algo como 60% mais caro – ele é advérbio; portanto, invariável. (C) Porque esse vocábulo já encerra a ideia de preço, é errado seu uso em expressões como O artesanato em fibra de guarimã não tem preço caro. (D) A modelo comprou caro e belo sapatos da moda. Na oração “comprou caros e belos sapatos”, a palavra caro é adjetivo e flexiona conforme o substantivo que qualifica.

1

Hoje o sistema isola, atomiza o indivíduo. Por isso seria importante pensar as novas formas de comunicação. Mas o sistema também nega o indivíduo. Na economia, por 4 exemplo, mudam-se os valores de uso concreto e qualitativo para os valores de troca geral e quantitativa. Na filosofia aparece o sujeito geral, não o indivíduo. Então, a diferença 7 é uma forma de crítica. Afirmar o indivíduo, não no sentido neoliberal e egoísta, mas no sentido dessa ideia da diferença é um argumento crítico. Em virtude disso, dessa discussão 10 sobre a filosofia e o social surgem dois momentos importantes: o primeiro é pensar uma comunidade autoreflexiva e confrontar-se, assim, com as novas formas de 13 ideologia. Mas, por outro lado, a filosofia precisa da sensibilidade para o diferente, senão repetirá apenas as formas do idêntico e, assim, fechará as possibilidades do 16 novo, do espontâneo e do autêntico na história. Espero que seja possível um diálogo entre as duas posições em que ninguém tem a última palavra. Miroslav Milovic. Comunidade da diferença. Relume Dumará, p. 131-2 (com adaptações). (Analista – STF – 2008 – CESPE) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. (1) O conectivo “Então” (l.6) estabelece uma relação de tempo entre as ideias expressas em duas orações. (2) A partir do desenvolvimento das ideias do texto, conclui-se que a palavra “crítico” (l.9) está sendo empregada como crucial, perigoso.

1: incorreta – O advérbio então possui a acepção, nesse contexto, de “em tal caso, nessa situação”; 2: incorreta – nesse contexto, a acepção do adjetivo “crítico” é: que avalia competentemente, que distingue o verdadeiro do falso. (Analista – TRT/18ª – 2008 – FCC) Claro que você também se inteirará dos detalhes

da vida doméstica de muita gente (...)

A frase acima conservará o sentido básico, sem prejuízo para a correção, substituindo-se o elemento sublinhado por: (A) estará à corrente. (B) ficará ao par. (C) abeirar-se-á. (D) certificar-se-á. (E) tomará ciência. A e B: incorretas – a expressão correta é estar “ao corrente de”, que significa ciente de, “a par de”; C: incorreta – abeirar significa chegar perto de, aproximar-se; D: incorreta – certificar é atestar; E: correta – a palavra ciência tem a acepção de conhecimento aprofundado de algo, significado que se encaixa na oração. Gabarito "E"

A: incorreta – homofonia é  relação entre duas ou mais palavras que, sendo diversas no significado e na grafia, se pronunciam de modo idêntico; B: incorreta – antonímia é a qualidade das palavras antônimas; C: incorreta – sinonímia é a qualidade dos vocábulos que têm significação muito próxima, permitindo que um seja escolhido pelo outro em alguns contextos; D: correta – paronímia é semelhança entre palavras, quer por motivos etimológicos, quer por convergência fonética parcial; E: incorreta – homonímia é  relação entre formas linguísticas com significados diferentes, mas com a mesma forma gráfica e fônica ou apenas fônica.

1: correta – a palavra estado está sendo usada com significados diferentes em “uma clara omissão do Estado [Nova Orleans]” e “Todas as partes do estado foram privatizadas”. A assertiva está correta.

Gabarito 1E, 2E

para questões humanas eminentes. (último parágrafo) Considerando-se o par de palavras eminentes / iminentes, é correto afirmar que se trata de exemplo de (A) homofonia. (B) antonímia. (C) sinonímia. (D) paronímia. (E) homonímia.

Gabarito "D"

Gabarito "C" (Analista – TRE/TO – 2011 – FCC) ... capaz de fornecer as mais diferentes soluções

Com relação aos sentidos e às estruturas do texto acima, que é parte de uma entrevista de Naomi Klein à revista Cult, julgue o item a seguir. (1) A grafia diferenciada de “Estado” (l.6) e “estado” (l.26) indica a diferença de sentido entre as palavras no texto, as quais remetem, respectivamente, ao ente que governa e à concreta unidade da federação: Nova Orleans. (Analista – TRT/17ª – 2009 – CESPE)

Gabarito 1C

A: incorreta – em “as leis civis dispõem”, o verbo dispor tem acepção de “conter, ter parte constituinte”; já em “A solidão dispõe”, o verbo tem a acepção de predispor-se; B e C: entre as orações estabelece-se uma relação de proporcionalidade; D: incorreta – “por conseguinte” é uma conjunção que anuncia uma consequência; E: incorreta – na oração dessa alternativa, o verbo dispor tem a acepção de arrumar.

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

10. VOZES VERBAIS Para a transposição das vozes verbais, siga sempre o esquema: – o verbo tem que ser transitivo direto; – objeto da ativa = sujeito da passiva analítica; – sujeito da ativa = agenda da passiva analítica; – o verbo sempre se mantém no mesmo tempo e modo; – se o sujeito for indeterminado, o verbo da ativa ficará na 3ª pessoa do plural. VOZ VERBAL

SUJEITO

VERBO TRANSITIVO DIRETO

OBJETO DIRETO

ATIVA

Z

verbo concordando com o sujeito

Y

Passiva analítica

Y

ver ser no mesmo tempo e modo que o verbo da ativa + principal no particípio

ATIVA

sujeito indeterminado

verbo na 3ª pessoa do plural quando o sujeito for indeterminado

Y

verbo no tempo e modo que o verbo da ativa + SE

Y

Passiva sintética

AGENTE DA PASSIVA

Z

(Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC) A transposição (A) (B) (C) (D) (E)

para a voz ativa da frase Foi assim que sempre se fez a literatura tem como resultado: Sempre foi assim que a literatura fez. Assim é que sempre foi feita a literatura. Terá sido feito sempre assim, a literatura. Foi sempre assim que a literatura tem feito. Foi assim que sempre fizeram a literatura.

Temos “se fez a literatura”. O verbo fazer é transitivo direto. O pronome se é apassivador. A oração está na voz passiva sintética. A voz passiva analítica seria: A literatura foi feita [“por eles”]. O sujeito é indeterminado. A forma verbal “foi feita” está no pretérito perfeito do indicativo. Na transposição da voz passiva para a ativa, o agente da passiva torna-se sujeito da ativa (nesse caso, será sujeito indeterminado); o sujeito da passiva torna-se objeto da ativa. O verbo do sujeito indeterminado fica na 3ª. pessoa do plural. O verbo ficará no mesmo tempo e modo da oração na passiva. Desse modo teremos: “fizeram [verbo no pretérito perfeito do indicativo] a literatura”. Gabarito "E"

Veja a resolução esquematizada: VOZ VERBAL

SUJEITO

VERBO TRANSITIVO DIRETO

Passiva analítica

A literatura

foi feita (verbo ser no pretérito perfeito do indicativo + particípio)

ATIVA

sujeito indeterminado

Fizeram (pretérito perfeito do indicativo na 3ª. pessoa do plural)

a literatura

“que se fez” = fez-se (pretérito perfeito do indicativo)

a literatura

Passiva sintética

OBJETO DIRETO

AGENTE DA PASSIVA

Tanto as fontes quanto a própria historiografia falavam a linguagem do poder ... Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: (A) eram faladas. (B) foi falada. (C) se falaram. (D) era falada. (E) tinha-se falado. (Analista – TRT/23ª – 2011 – FCC)

O verbo falar em “falavam a linguagem do poder” está no pretérito imperfeito do indicativo. Ao transpor a oração para a voz passiva, a forma verbal resultante ficará no mesmo tempo e modo: “A linguagem do poder era falada tanto pelas fontes quanto pela própria historiografia.” Gabarito "D"

Veja a resolução esquematizada: VOZ VERBAL

SUJEITO

VERBO TRANSITIVO DIRETO

Passiva analítica

A linguagem do poder

era falada (verbo ser no pretérito imperfeito do indicativo + particípio)

ATIVA

sujeito indeterminado

Falavam (pretérito imperfeito do indicativo na 3ª pessoa do plural)

OBJETO DIRETO

AGENTE DA PASSIVA

a linguagem do poder

Transpondo-se para a voz passiva a frase Hoje a autoria institucional enfrenta séria concorrência dos autores anônimos, obter-se-á a seguinte forma verbal: (A) são enfrentados. (B) tem enfrentado. (C) tem sido enfrentada. (D) têm sido enfrentados. (E) é enfrentada. (Analista – TRT/24ª – 2011 – FCC)

37

Magally Dato

Na transposição da voz ativa para a passiva, o sujeito da ativa (“a autoria institucional”) será o agente da passiva (“pela autoria institucional”) e o objeto da ativa (“séria concorrência”) será o sujeito da passiva. O verbo auxiliar da passiva estará no mesmo tempo e modo que o verbo enfrentar na ativa (presente do indicativo): “Hoje a séria concorrência dos autores anônimos é enfrentada pela autoria institucional”. Gabarito "E"

Veja a resolução esquematizada: VOZ VERBAL

SUJEITO

VERBO TRANSITIVO DIRETO

OBJETO DIRETO

Passiva analítica

Séria concorrência

é enfrentada (verbo ser no presente do indicativo + particípio)

ATIVA

A autoria institucional

enfrenta (presente do indicativo)

AGENTE DA PASSIVA pela autoria institucional

séria concorrência

Com a substituição do segmento grifado pela expressão entre parênteses no final da transcrição, o verbo que deverá ser mantido no singular está em: (A) ... um tema que se discuta nos bares ... (daqueles temas) (B) ... o raciocínio conservacionista tem sido puramente contábil ... (o raciocínio dos conservacionistas) (C) Mas, ainda que seja um assunto cada vez mais popular ... (assuntos cada vez mais populares) (D) ... de quem está mergulhado nas decisões mais prosaicas do dia a dia. (daqueles que) (E) ... nunca, na história do planeta, registrou-se um número tão grande de espécies ameaçadas. (tantas espécies ameaçadas) (Analista – TRE/TO – 2011 – FCC)

A: incorreta – “daqueles temas que se discutiam nos bares”; B: correta – o núcleo do sujeito [raciocínio] continua sendo singular; C: incorreta – “ainda que sejam assuntos”; D: incorreta – “daqueles que estão mergulhando”; E: incorreta – “tantas espécies foram registradas” (voz passiva analítica) ou “registraram-se tantas espécies”(voz passiva sintética). Lembre que quando há o verbo transitivo direto + se, essa partícula é apassivadora. A oração está na voz passiva sintética. Assim, o verbo concorda com o sujeito da passiva analítica que é igual ao objeto direto da passiva sintética ou da ativa. Gabarito "B"

Veja a resolução esquematizada da alternativa E, com a opção no singular: “registrou-se um número tão grande de espécies ameaçadas” VOZ VERBAL

SUJEITO

VERBO TRANSITIVO DIRETO

Passiva analítica

Um número tão grande...

foi registrado (verbo ser no pretérito perfeito do indicativo + particípio)

ATIVA

sujeito indeterminado

Registraram (pretérito perfeito do indicativo na 3ª. pessoa do plural)

um número tão grande...

Registrou-se (pretérito perfeito do indicativo + SE)

um número tão grande...

Passiva sintética

OBJETO DIRETO

AGENTE DA PASSIVA

Veja a resolução esquematizada da alternativa E, com a substituição sugerida: “tantas espécies ameaçadas” VOZ VERBAL

SUJEITO

VERBO TRANSITIVO DIRETO

Passiva analítica

Tantas espécies ameaçadas

foram registradas (verbo ser no pretérito perfeito do indicativo + particípio)

ATIVA

sujeito indeterminado

Registraram (pretérito perfeito do indicativo na 3ª. pessoa do plural)

tantas espécies ameaçadas

Registraram-se (pretérito perfeito do indicativo + SE)

tantas espécies ameaçadas

Passiva sintética

OBJETO DIRETO

AGENTE DA PASSIVA

Assim como os antigos moralistas escreviam máximas, deu-me vontade de escrever o que se poderia chamar de mínimas, ou seja, alguma coisa que, ajustada às limitações do meu engenho, traduzisse um tipo de experiência vivida, que não chega a alcançar sabedoria mas que, de qualquer modo, é resultado de viver. Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotações vadias foram feitas e ofereço-as ao leitor, sem que pretenda convencê-lo do que penso nem convidá-lo a repensar suas ideias. São palavras que, de modo canhestro, aspiram a enveredar pelo avesso das coisas, admitindo-se que elas tenham um avesso, nem sempre perceptível mas às vezes curioso ou surpreendente. C.D.A. (Carlos Drummond de Andrade. O avesso das coisas [aforismos]. 5.ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 3)

...em que estas anotações vadias foram feitas... Observando o contexto em que a frase acima foi empregada, a sua transposição para a voz ativa produz corretamente a seguinte forma verbal: (A) fizeram-se. (B) tinha feito. (C) fiz. (D) faziam. (E) poderia fazer. (Analista – TRF/1ª – 2011 – FCC)

Pelo contexto sabe-se que as anotações foram feitas pelo escritor. Veja trecho: “[Eu] Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotações vadias foram feitas e [eu] ofereço-as ao leitor”. Gabarito "C"

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1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

Veja a resolução esquematizada: VOZ VERBAL

SUJEITO

VERBO TRANSITIVO DIRETO

Passiva analítica

Estas anotações vadias

foram feitas (verbo ser no pretérito prefeito do indicativo + particípio)

ATIVA

Eu

fiz (pretérito perfeito do indicativo)

OBJETO DIRETO

AGENTE DA PASSIVA por mim

estas anotações vadias

(Analista – TRT/16ª – 2009 – FCC) Verifica-se (A) (B) (C) (D) (E)

correta transposição de uma para outra voz verbal no seguinte caso: Gravei (...) obras-primas (3º parágrafo) = tinham sido gravadas obras-primas. os livros continuam em minha biblioteca (3º parágrafo) = os livros têm continuado em minha biblioteca. podemos acessar os mesmos conteúdos = os mesmos conteúdos podem ser acessados. dedicou-se à questão (1º parágrafo) = a ela foi dedicada. se realizam estudos (1º parágrafo) = estudos sejam realizados.

A: “As obras-primas foram gravadas”; B: nessa oração o verbo continuar é intransitivo. Não é possível a transposição para a voz passiva; C: está correta a assertiva; D: nessa oração o verbo dedicar-se é transitivo indireto. Não é possível a transposição para a voz passiva; E: “Estudos são realizados”. Gabarito "C"

que se pode atestar com certeza é que essa transformação deu novo ânimo à economia (...). Mantém-se corretamente a voz passiva do verbo grifado acima, respeitando seu sentido original, caso seja feita a substituição por: (A) pode ser atestado. (B) é possível atestar. (C) se havia atestado. (D) tem sido atestado. (E) seria possível atestar. (Analista – TRE/PI – 2009 – FCC) O

Transpondo a oração para a voz passiva, teremos: “Que essa transformação deu novo ânimo à economia pode ser atestado com certeza.” Gabarito "A"

Veja a resolução esquematizada: VOZ VERBAL

SUJEITO

VERBO TRANSITIVO DIRETO

Passiva analítica

Que essa transformação deu novo ânimo

pode ser atestado (verbo ser no infinitivo + particípio do principal)

Passiva sintética

o que se pode atestar (verbo principal no infinitivo)

OBJETO DIRETO

AGENTE DA PASSIVA

que essa transformação deu novo ânimo...

(Analista – TJ/SE – 2009 – FCC) NÃO (A) (B) (C) (D) (E)

é possível transpor para a voz passiva a seguinte construção: Florença, com seu ciclo artístico, serve como exemplo. Isaac Newton não descobriu a lei da gravidade por causa de uma maçã. A pintura florentina ampliou os horizontes da arte. Gutenberg adaptou a prensa de vinho a uma nova função. O caso exemplifica uma reciclagem.

A: correta – o verbo servir nessa oração é transitivo indireto predicativo e não admite transposição para a voz passiva; B: incorreta, pois é possível transpor para a voz passiva – “A lei da gravidade não foi descoberta por Isaac Newton por causa de uma maçã.”; C: incorreta, pois é possível transpor para a voz passiva – “Os horizontes da arte foram ampliados pela pintura florentina.”; D: incorreta, pois é possível transpor para a voz passiva – “A prensa de vinha foi adaptada por Gutenberg a uma nova função.”; E: incorreta, pois é possível transpor para a voz passiva – “Uma reciclagem é exemplificada pelo caso.” Gabarito "A"

Na norma culta da língua aparecem três vozes verbais. Assinale a opção em que o período não pode ser transposto para a voz passiva. (Períodos retirados da revista ISTO É, de 3 jun. 2009) (A) “Eles estão conduzindo um trabalho interessante.” (p. 81) (B) “Quando retiramos de circulação milhares de animais de um ambiente há um desequilíbrio tão violento quanto um tsunami.” (p. 93) (C) “O Ministério do Meio Ambiente criou em 2002 as Unidades de Conservação: áreas protegidas nos patamares federal, estadual e municipal. (p. 97) (D) “Sustentabilidade é usar conscientemente os recursos naturais hoje, para melhorar a vida das pessoas agora, sem comprometer o futuro da Terra.” (p. 101) (E) “A Polícia Federal brasileira poderá usar o banco genético do FBI, o maior arquivo de DNA em todo o mundo.” (p. 102) (Analista – TJ/PR – 2009)

A: incorreta, pois é possível transpor para a voz passiva – “Um trabalho interessante está sendo conduzido por eles.”; B: incorreta, pois é possível transpor para a voz passiva – “Quando milhares de animais são retirados de um ambiente há um desequilíbrio tão violento quanto um tsunami.”; C: incorreta, pois é possível transpor para a voz passiva – “As Unidades de Conservação (áreas protegidas...) foram criadas pelo Ministério do Meio Ambiente em 2002.”; D: correta, pois o verbo ser é predicativo nessa oração. Não é possível a transposição para a voz passiva; E: incorreta, pois é possível transpor para a voz passiva – “O banco genético do FBI (o maior arquivo...) poderá ser usado pela Polícia Federal brasileira.” Gabarito "D"

Texto para a questão seguinte. Formalidade bate recorde 1 4 7

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam para a criação de 554 mil postos de trabalho com carteira assinada no primeiro trimestre deste ano, o que representa recorde histórico para esse período. A série de dados do CAGED tem início em 1992. Contra os três primeiros meses de 2007, quando foram criadas 399 mil vagas (recorde anterior), segundo informações do MTE, o crescimento no número de empregos formais criados foi de 38,7%. “Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos, bombou”, afirmou o ministro do Trabalho a jornalistas. Para o ano de 2008 fechado, o ministro manteve a previsão de criação de 1,8 milhão de postos de trabalho com carteira assinada. “Vai ser novo recorde, apesar da taxa de juros”, disse ele em referência à decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central de elevar os juros de 11,25% para 11,75% ao ano. Em 2007, recorde para um ano fechado, foram criados 1,61 milhão de empregos formais.

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Magally Dato

10 Segundo o ministro, a demanda interna permanece “muito aquecida”. “Esse aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, até chegar ao consumidor, demora. Quem compra fogão, geladeira e carro a prazo vai perceber um aumento real de juros maior do que 0,5 ponto percentual. Pode haver uma diminuição na escalada de compra de bens duráveis”, disse ele. Para o ministro 13 do Trabalho, a decisão do COPOM de subir os juros neste mês, e nos subsequentes, conforme projeção do mercado financeiro, pode impactar um pouco a criação de empregos formais mais para o final de 2008. “Esses próximos três meses vão continuar sendo muito fortes na criação de empregos com carteira assinada”, avaliou ele. 16 O ministro do Trabalho classificou a decisão do COPOM de subir os juros de “precipitada”. “É um erro imaginar que há inflação no Brasil. Temos alguns produtos subindo de preços, como o trigo e outros produtos, por causa das chuvas, ou falta de chuvas. Os preços dos bens duráveis (fogões, geladeiras e carros, por exemplo, que são impactados pela decisão dos juros) não 19 estão aumentando”, disse ele a jornalistas. O ministro avaliou, entretanto, que o impacto maior se dará nas operações de comércio exterior. Isso porque a decisão sobre juros tende a trazer mais recursos para o Brasil e, com isso, pressionar para baixo o dólar. Dólar baixo, por sua vez, estimula importações e torna as vendas ao exterior mais caras. Por conta principalmente do dólar baixo, 22 a balança comercial teve queda de 67% no superávit (exportações menos importações) no primeiro trimestre deste ano. A criação de empregos formais no primeiro trimestre deste ano cresceu em quase todos os setores da economia. No caso da indústria de transformação, por exemplo, foram criadas 146 mil vagas nos três primeiros meses deste ano, contra 110 mil em igual período de 25 2007. Tribuna do Brasil, 11/4/2008. Internet: (com adaptações). (Analista – TRT/1ª – 2008 – CESPE) O (A) (B) (C) (D) (E)

texto apresenta uma oração na voz passiva no trecho “A série de dados do CAGED tem início em 1992” (l.3). “o crescimento no número de empregos formais criados foi de 38,7%” (l.4-5). “‘Pode haver uma diminuição na escalada de compra de bens duráveis’” (l.12). ‘Os preços dos bens duráveis (...) não estão aumentando’ (l.18-19). “No caso da indústria de transformação, por exemplo, foram criadas 146 mil vagas” (l.23-24).

A: incorreta, pois a locução verbal “tem início” é intransitiva; B: incorreta, pois o verbo ir (“foi”) é intransitivo; C: incorreta, pois o verbo haver no sentido de “existir” é impessoal e não permite transposição para a voz passiva; D: incorreta, pois a oração está na voz ativa; E: correta, pois a locução verbal “foram criadas” está na voz passiva. Gabarito "E" (Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC) Transpondo-se (A) (B) (C) (D) (E)

para a voz passiva o segmento ninguém descobre sua timidez, a forma verbal resultante será:

não terá descoberto. não será descoberta. não terá sido descoberta. não é descoberta. não tem descoberto.

Na transposição da voz ativa para a passiva, o sujeito da ativa (ninguém) será o agente da passiva (por ninguém) e o objeto da ativa (“sua timidez”) será o sujeito da passiva. O verbo auxiliar da passiva estará no mesmo tempo e modo que o descobrir na ativa (presente do indicativo): “Sua timidez não é descoberta por ninguém.”. Gabarito "D"

Veja a resolução esquematizada: VOZ VERBAL

SUJEITO

VERBO TRANSITIVO DIRETO

OBJETO DIRETO

ATIVA

Ninguém

descobre (presente do indicativo)

sua timidez

Passiva analítica

Sua timidez

não é descoberta (verbo ser no presente do indicativo + particípio)

(Analista – TRT/19ª – 2008 – FCC) Transpondo-se

resultante deverá ser: (A) seria dado. (B) teriam dado. (C) seriam dados. (D) teriam sido dados. (E) fora dado.

AGENTE DA PASSIVA

por ninguém

para a voz passiva a frase Nesta visão, os valores morais dariam o balizamento do agir, a forma verbal

Na transposição da oração para a voz passiva, o sujeito da voz ativa (“os valores morais”) será o agente da passiva (“pelos valores morais”) e o objeto direto (“o balizamento do agir”) da voz ativa será o sujeito da passiva: “Nesta visão, o balizamento do agir seria dado pelos valores morais.” Gabarito "A"

Veja a resolução esquematizada: VOZ VERBAL

SUJEITO

VERBO TRANSITIVO DIRETO

OBJETO DIRETO

ATIVA

Os valores morais

dariam (futuro do pretérito do indicativo)

o balizamento do agir

Passiva analítica

O balizamento do agir

seria dado (verbo ser no futuro do pretérito do indicativo + particípio)

AGENTE DA PASSIVA

pelos valores morais

(Analista – TRF/5ª – 2008 – FCC) A frase (A) (B) (C) (D) (E)

que admite transposição para a voz passiva é: A prova de que não somos uma coisa só está em cada dia que amanhece. Outro dia recortei da Internet este fragmento de um blog (...). A humanidade não tem jeito. O pessimista não é inimigo das idealizações, muito pelo contrário. Nem tudo está perdido.

A: incorreta, pois o verbo estar é intransitivo e não é possível a transposição para a voz passiva; B: correta, pois “Este fragmento de um blog foi outro dia recortado da Internet por mim” – o verbo recortar é transitivo direto, de modo que é possível a transposição para a voz passiva; C, D e E: incorretas, pois os verbos ter, ser e estar são verbos predicativos nessas orações. Não é possível a transposição para a voz passiva. Gabarito "B"

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1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

(A) (B)

(C) (D)

(E)

que apresenta frase correta é: – Senhor Ministro, peço sua licença para advertir que Vossa Excelência se equivocais no julgamento dessa lei tão polêmica. Seus companheiros, até os recém-contratados, não lhe atribuem nenhum deslize e creem que esse é mais um injusto empecilho entre tantos com que ele já se defrontou. Se eles não satisfazerem todas as exigências, não se têm como contratá-los sem enveredar pelo caminho da irregularidade. O traumático episódio gerou grande ansiedade, excitação desmedida que lhe fez xingar e investir contra a pessoa mais cumpridora com seus deveres. Caso ele venha a se opor, será uma compulsão a que ninguém deve compartilhar, sob perigo de todos os envolvidos se virem em situação de risco na empresa.

A: incorreta – “se equivocou” (3ª pessoa do singular); B: correta – o Novo Acordo Ortográfico determina a supressão do acento circunflexo das formas verbais terminadas em “-eem”; C: incorreta – a forma verbal “satisfazerem” existe. Trata-se do infinitivo conjugado. Preste atenção que a oração desse alternativa começa com um pronome condicional (“se”). Desse modo, usaremos o futuro do subjuntivo “satisfizerem”. A oração corretamente redigida fica: “Se eles não satisfizerem todas as exigências”. Na língua falada é muito comum essa troca. Dê especial atenção a isso, pois é tema comum nas questões de concursos. D: incorreta – a oração poderia ser reescrita. Uma possibilidade é: “O traumático episódio gerou grande ansiedade e excitação desmedida. Xingaram e investiram contra a pessoa mais cumpridora com seus deveres.”; E: incorreta – “será uma compulsão que ninguém deve compartilhar”. Gabarito "B"

Está correta a seguinte frase: Ainda que os méritos pela execução do projeto não coubessem àquele engenheiro, foram-lhe logo atribuídos, mas ele, com humildade, não hesitou em recusá-los. Parecia haver muitas razões para que seus estudos de metereologia não convencesse, mas a mais excêntrica era inventar pretextos inverossímeis para seus erros. Devem fazer mais de seis meses que ele não constroe nenhuma maquete, talvez por estresse; por isso, muitos são a favor de que lhe seja concedido as férias acumuladas. Ele é especialista em vegetais euros-siberianos, motivo das suas análizes serem feitas em extensa faixa da Europa e dele viajar tão à vontade. Ao que me disseram, tratam-se de questões totalmente irrelevante para o pesquisador, mas, mesmo assim, jornalistas tentam assessorá-lo na divulgação delas.

(Analista – TRE/AP – 2011 – FCC) (A)

(B)

(C)

(D)

(E)

A: correta; B: incorreta – verifique a ortografia: meteorologia; C: incorreta – o verbo fazer quando indica tempo decorrido é impessoal: “Deve fazer mais de seis meses que ele não constrói [note a ortografia da 3ª pessoa do singular do presente do indicativo] (...) muitos são a favor de que lhe sejam concedidas as férias [verifique a concordância verbal – ‘que as férias sejam concedidas’]”; D: incorreta – ortografia: análises; o pronome dele é possessivo e não funciona como sujeito, porém há algumas gramáticas que já aceitam o seu uso. De qualquer modo, sejamos conservadores considerando como forma correta: “de ele viajar”. O pronome pessoa “ele” é o sujeito do verbo viajar; E: incorreta – o verbo tratar é transitivo indireto em “trata-se de questões”, o se é índice de indeterminação do sujeito. Nesse caso, o verbo sempre permanece no singular, uma vez que não o sujeito não está determinado para indicar a concordância. Quanto à concordância nominal, o adjetivo concorda em gênero (quando for o caso) e número com o substantivo: “questões irrelevantes”. Gabarito "A"

Julgue os itens abaixo quanto à grafia das palavras neles empregadas. I. Após ter seu mandato cassado, o prefeito está ancioso para voltar à vida política. II. A polícia revelou, algumas horas depois do ocorrido, a indentidade do incendiário. (Analista – TRE/MA – 2009 – CESPE)

(Analista – TRT/18ª – 2008 – FCC) Está correta a grafia de todas as palavras da frase: (A) (B) (C) (D) (E)

Muitos se deixam embalar por um mixto de torpor e devaneio, quando se entretém à janela do ônibus. Tentou convencer o jovem a desligar a engenhoca, mas não obteve sucesso nessa tentativa de dissuazão. Que temos nós a haver com o relatório que deixou frustado aquele executivo? Por que não se institue a determinação de por um fim ao abuso dos ruídos no interior de um ônibus? É difícil explicar o porquê de tanta gente sentir-se extasiada diante das iniquidades de um filme violento.

A: incorreta – misto; B: incorreta – dissuasão; C: incorreta – frustrado; D: incorreta – instituir; E: correta – a palavra “porquê” é um substantivo e está corretamente grafada. A palavra “iniquidade” não leva mais trema, de acordo com o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Com referência à ortografia oficial e às regras de acentuação de palavras, assinale a opção incorreta. (A) Os vocábulos lágrima e Gênesis seguem a mesma regra de acentuação. (B) As palavras oásis e lápis são acentuadas pelo mesmo motivo. (C) A grafia correta do verbo correspondente a ressurreição é ressucitar. (D) Apesar de a grafia correta do verbo poetizar exigir o emprego da letra “z”, o feminino de poeta é grafado com s. (E) O vocábulo traz corresponde apenas a uma das formas do verbo trazer; a forma trás é empregada na indicação de lugar (equivale a parte posterior). (Analista – TRT/1ª – 2008 – CESPE)

A: correta – as palavras lágrima e Gênesis são proparoxítonas. Todas as palavras proparoxítonas, isto é, as palavras que possuem o acento tônico na antepenúltima sílaba, são acentuadas; B: correta – as palavras oásis e lápis são paroxítonas, isto é, são palavras que têm o acento tônico na penúltima sílaba. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em i seguido ou não de s; C: incorreta, devendo ser assinalada – ressuscitar; D: correta – poetisa; E: correta – o vocábulo traz corresponde à 3ª pessoa do singular do verbo trazer. A palavra trás (ou “atrás, detrás”) é um advérbio empregado na indicação de lugar. (Analista – TRF/5ª – 2008 – FCC) Todas

as palavras estão corretamente grafadas na frase: (A) Ela não crê em rixa, mas em complementaridade entre o pessimismo e o otimismo, admitindo, assim, flexibilização das sensações humanas. (B) As sensações espectantes produzem, entre os mais pessimistas, muito temor, e entre os otimistas, uma gososa, deleitosa ansiedade. (C) Algumas pessoas não admitem hesitação ou abstensão, quando nos inquirem: você se arroula entre os pessimistas ou entre os otimistas? (D) Em tese, não se deve previlegiar o otimismo ou o pessimismo; esses humores não reinvindicam, por si mesmos, nenhuma hegemonia. (E) O autor do texto se apoia na tese segundo a qual não se deve descriminar em definitivo entre o pessimismo e o otimismo. A: a grafia das palavras dessa assertiva está correta; B: incorreta – expectantes; gozosa (aquilo que resulta em satisfação); C: incorreta – abstenção; arrola (verbo arrolar [inscrever-se] na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo); D: incorreta – privilegiar; reivindicam; E: incorreta – o verbo apoiar na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo (“apoia”) não leva acento de acordo com o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa; discriminar (distinguir). Gabarito "A"

Gabarito "C" (Analista – TRE/AP – 2011 – FCC) A alternativa

I: incorreta – ansioso; II: incorreta – identidade; III: correto o uso do adjetivo mau, que qualifica o substantivo “colega” (mal e bem são advérbios – mau e bom são adjetivos); IV: correta.

Gabarito "C"

A: incorreta – “Muita gente imagina que na literatura se escreve como se fala, embora haja autores que consegue fazê-lo com arte.”; B: incorreta – “suscitava”; C: redação correta; D: incorreta – “não o desestimulou a escrever”; E: incorreta – “ache preferível.

Por proceder mal, o profissional foi considerado, um mau colega. Recentemente, surgiram denúncias de privilégios e malversação dos recursos públicos. Estão certos apenas os itens (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV. III. IV.

Gabarito "E"

Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) Muita gente imagina que literatura é aonde se escreve como se fala, embora hajam autores que consigam fazê-lo com arte. (B) O gosto literário dos antigos professores de português não sucitava qualquer dúvida quanto ao brilho da retórica exagerada. (C) A formulação mesma dos temas de redação era um indubitável encaminhamento do aluno para o estilo grandiloquente. (D) A linguagem rude de Paulo Honório não desestimulou-lhe de escrever um romance que se notabilizaria como literário. (E) Embora Graciliano Ramos ache mais preferível uma linguagem concisa do que a empolada, ele é um escritor bastante culto. (Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC)

Gabarito "E"

11. ORTOGRAFIA

Assinale a frase em que a expressão em destaque está grafada/empregada corretamente. (A) A matéria há cerca da clonagem de órgãos humanos foi alvo de diversas críticas. (B) O artigo do cientista apresentou uma rezenha das teorias mais recentes sobre o cérebro humano. (C) O documento contêm informações sigilosas a respeito de diversas transações da Bolsa de Valores. (D) A empresa subsídia diversas Organizações Não Governamentais no interior do Estado do Mato Grosso. (E) Segundo os especialistas, não há por que se preocupar com o aquecimento global a curto prazo. (Analista – TJ/MT – 2008 – VUNESP)

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Magally Dato

A: incorreta – “A matéria acerca da [a respeito de] clonagem; B: incorreta – resenha; C: incorreta – “O documento contém” – verbo conter na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo; D: incorreta – “A empresa subsidia” – verbo subsidiar na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo; E: está correto o uso de “por que” separado e sem acento, usado no sentido de “razão pela qual”.

D: incorreta – “de cujo interesse social ninguém duvida” (verto transitivo indireto); E: incorreta – “de que o autor de um blog pode lançar (verto transitivo indireto) mão”; “técnicas que jamais cogitou dominar” (verto transitivo direto).

Gabarito "E"

em que elas se encontram. (último parágrafo) A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase: (A) É necessário ampliar o conhecimento sobre a importância da biodiversidade para a vida no planeta, ...... se amplie o campo das pesquisas genéticas. (B) O número de espécies de um bioma garante a matéria genética ...... dispõem os pesquisadores para estudos nas mais diversas áreas do conhecimento. (C) Material genético disponível para estudos mais aprofundados na área da saúde humana é tudo aquilo ...... possam sonhar os cientistas. (D) Justifica-se uma preocupação maior com a sustentabilidade do planeta, tendo em vista ...... se acelera o ritmo da degradação de diversos biomas. (E) As inúmeras espécies que constituem os biomas oferecem material de estudo ...... se fundamentam os cientistas para descobrir a cura de doenças.

Essas palavras são homônimas (palavras que possuem significados diferentes e forma fônica idêntica; homófono) e homófonas (palavras diversas no significado e na grafia e pronúncia de modo idêntico). De acordou com Houaiss, a palavra acidente é um acontecimento casual, fortuito, inesperado; incidente é um acontecimento imprevisível que modifica o desenrolar normal de uma ação; delação é o ato ou efeito de delatar; acusação secreta; denúncia; dilação é a transferência para mais tarde; adiamento, prorrogação; imoral é contrário à moral, às regras de conduta vigentes em dada época ou sociedade ou ainda àquelas que um indivíduo estabelece para si próprio; amoral é moralmente neutro (nem moral, nem imoral); que não leva em consideração preceitos morais; estranho à moral; a locução ao encontro de tem a acepção de “em atendimento a; em favor de” e a locução de encontro a significa “em direção contrária; em trajetória de colisão com” ou “em desacordo com, em oposição a”. O verbo aferir significa cotejar (pesos, medidas etc.) com os respectivos padrões; afilar; examinar a exatidão dos instrumentos que servem para pesar, medir etc.; auferir é ter como resultado; conseguir, obter, colher. O vocábulo censo tem a acepção de recenseamento e senso é a qualidade de sensato; prudência, circunspecção; “faculdade de julgar, de sentir, de apreciar; juízo, entendimento, percepção, sentido”; sentido, direção, rumo.

A: incorreta – “que se amplie” B: incorreta – de que dispõem; C: incorreta – “com que possam sonhar”; D: incorreta – “tenho em vista que”; E: correta – “em que se fundamentam”. Gabarito "E"

opções que preenchem adequadamente os espaços do fragmento abaixo são prototípicas de um fenômeno denominado em língua portuguesa de: O ___ (acidente/incidente) que causou a ____ (delação/dilação) do presidente da Amma revela uma __ (contravenção/contraversão) dos magistrados por muito tempo no estado do Maranhão. As ações consideradas ___ (imorais/amorais) foram apreciadas pelo PCA, cujo relator, o conselheiro Felipe L. Cavalcanti que, ____ (ao encontro de/ de encontro a) lei, ___ (aferir/auferir) resultados dignos de um ____ (censo/senso) de justiça exemplar. (A) Sinônimos (B) Homônimos homófonos (C) Homônimos homógrafos (D) Antônimos (E) Parônimos

Gabarito "A"

(Analista – TJ/PB – 2008 – COMPROV) As

(Analista – TRE/TO – 2011 – FCC) ... para a preservação das espécies e das áreas

Atenção: a questão seguinte baseia-se no texto apresentado abaixo.

Não é usual tratar da política na perspectiva da afirmação da verdade. Platão afirmou, na República, que a verdade merece ser estimada sobre todas as coisas, mas ressalvou que há circunstâncias em que a mentira pode ser útil, e não odiosa. Na política, a derrogação da verdade pela aceitação da mentira muito deve à clássica tradição do realismo que identifica no predomínio do conflito o cerne dos fatos políticos. Esta tradição trabalha a ação política como uma ação estratégica que requer, sem idealismos, uma praxiologia, vendo na realidade resistência e no poder, hostilidade. Neste contexto, política é guerra e, como diz o provérbio, “em tempos de guerra, mentiras por mar, mentiras por terra”. Celso Lafer. O Estado de S. Paulo, A2, 20 de julho de 2008, com adaptações.

Gabarito "B"

Está adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: (A) Os argumentos de que devemos nos agarrar devem se pautar nos limites da racionalidade e da justiça. (B) Os casos históricos em que Voltaire recorre em seu texto ajudam-no a demonstrar de que a pena de morte é ineficaz. (C) A pena de talião é um recurso de cuja eficácia muitos defendem, ninguém se abale em tentar demonstrá-la. (D) Os castigos a que se submetem os criminosos devem corresponder à gravidade de que se reveste o crime. (E) As ideias liberais, de cuja propagação Voltaire se lançou, estimulam legisladores em quem não falte o senso de justiça. (Analista – TRT/23ª – 2011 – FCC)

A: incorreta – “a que devemos nos agarrar”; B: incorreta – “a que Voltaire recorre”; “a demonstrar que”; C: incorreta – “recurso cuja eficácia muitos defendem”; “se abale ao tentar”; D: correta – “submeter-se a”; “revestir-se de”; E: incorreta – “a cuja propagação se lançou”; “a quem não falte o senso de justiça”. Gabarito "D"

Está adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: (A) Os recursos da internet, dos quais podemos nos valer a qualquer momento, permitem veicular mensagens por cujo conteúdo seremos responsáveis. (B) Artistas plásticos, que suas obras lhes interessa divulgar, frequentam os espaços da internet, mediante aos quais promovem a divulgação de seu trabalho. (C) Jornalistas veteranos, de cujas colunas tantos leitores já frequentaram, passaram a criar seus próprios blogs, pelos quais acrescentam uma dose de subjetivismo. (D) É comum que, num blog, os assuntos públicos, a cujo interesse social ninguém duvida, coabitem aos assuntos particulares, que a poucos interessará. (E) As múltiplas formas de linguagem com que o autor de um blog pode lançar mão obrigam-no a se familiarizar com técnicas de que jamais cogitou dominar. (Analista – TRT/24ª – 2011 – FCC)

A: correta – valer-se de; responsáveis por; B: incorreta – redação truncada. Uma opção é “Artistas plásticos, interessados em divulgar suas obras, frequentam os espaços da internet, mediante os quais”; C: incorreta – cujas colunas; aos quais acrescentam;

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(Analista – TRE/PI – 2009 – FCC) Esta tradição trabalha a ação política como uma

ação estratégica... (1º parágrafo) A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: (A) ...que identifica no predomínio do conflito o cerne dos fatos políticos. (B) Neste contexto, política é guerra... (C) Recorrendo a metáforas do reino animal... (D) ...que obedece aos consagrados preceitos do “não matar” e do “não mentir”... (E) ...que a fraude é mais importante do que a força ...

O verbo trabalhar tem dois complementos: um objeto direto (“a ação política”) e um adjunto adverbial (“como uma ação estratégica”). O verbo identificar também tem os mesmos complementos (“o cerne dos fatos políticos” é o objeto direto e “no predomínio do conflito” é o adjunto adverbial). Gabarito "A"

12. REGÊNCIAS VERBAL E NOMINAL

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O agente ético é pensado como sujeito ético, isto é, como um ser racional e consciente que sabe o que faz, como um ser livre que escolhe o que faz e como um ser responsável que responde pelo que faz. A ação ética é balizada pelas ideias de bem e de mal, justo e injusto, virtude e vício. Assim, uma ação só será ética se consciente, livre e responsável e será virtuosa se realizada em conformidade com o bom e o justo. A ação ética só é virtuosa se for livre e só o será se for autônoma, isto é, se resultar de uma decisão interior do próprio agente e não de uma pressão externa. Evidentemente, isso leva a perceber que há um conflito entre a autonomia da vontade do agente ético (a decisão emana apenas do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores morais de sua sociedade (os valores são dados externos ao sujeito). Esse conflito só pode ser resolvido se o agente reconhecer os valores de sua sociedade como se tivessem sido instituídos por ele, como se ele pudesse ser o autor desses valores ou das normas morais, pois, nesse caso, ele será autônomo, agindo como se tivesse dado a si mesmo sua própria lei de ação. Marilena Chaui. “Uma ideologia perversa”. In: Folhaonline, 14/3/1999 (com adaptações).

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

1: correta – o verbo regente levar exige a preposição a, porém verbos não aceitam artigos, sendo assim, antes deles nunca ocorre crase (contração da preposição a e do artigo definido feminino ou pronome demonstrativo). A substituição do verbo pelo substantivo feminino percepção permitirá a ocorrência da crase: “levar à percepção”. A assertiva está correta. Gabarito 1C

1 Se a perspectiva do político é a perspectiva de como o poder se constitui e se exerce em uma sociedade, como se distribui, se difunde, se dissemina, mas também se oculta, se 4 dissimula em seus diferentes modos de operar, então é fundamental uma análise do discurso que nos permita rastreá-lo. A necessidade de discussão da questão política e 7 do exercício do poder está em que, em última análise, todos os grupos, classes, etnias visam, de uma forma ou de outra, o controle do poder político. Porém, costumamos ver o poder 10 como algo negativo, perverso, no sentido da dominação, da submissão. Não há, entretanto, sociedade organizada sem formas de exercício de poder. A questão, portanto, deve ser: 13 como e em nome de quem este poder se exerce? Danilo Marcondes. Filosofia, linguagem e comunicação. São Paulo: Cortez, 2000, p. 147-8 (com adaptações). (Analista – STJ – 2008 – CESPE) Em relação às ideias e às estruturas linguísticas

do texto acima, julgue os itens a seguir. (1) Na linha 7, para evitar as duas ocorrências da preposição “em” e tornar o estilo do texto mais elegante, mantendo-se a correção gramatical, deve-se deixar subentendida a primeira delas, reescrevendo-se o respectivo trecho da seguinte forma: está que, em última análise. (2) Mantendo-se as ideias originalmente expressas no texto, assim como a sua correção gramatical, o complemento da forma verbal “visam” (l.8) poderia ser introduzido pela preposição a: ao controle. 1: no período “A necessidade de discussão da questão política e do exercício do poder está em que, em última análise, todos (...)”, a primeira preposição aparece por exigência do verbo estar. Nesse contexto, o verbo estar é transitivo indireto e tem a acepção de “consistir, resumir-se”. A assertiva está errada; 2: O verbo visar é transitivo direto ou transitivo indireto no sentido de objetivar. A assertiva está correta. Gabarito 1E, 2C

1 Em primeiro lugar, é preciso definir o que vem a ser igualdade social. Esse conceito pressupõe que todos sejam forçados a viver em casas idênticas, ganhar os mesmos 4 salários, comer as mesmas comidas e acreditar nos mesmos valores? Essa abordagem já foi tentada e os resultados foram e são desastrosos, para não dizer trágicos. Como os 7 fundadores dos EUA sabiam muito bem, é impossível para um governo arcar com a missão de assegurar igualdade para todos os cidadãos. As pessoas não nascem iguais. Elas

10 possuem habilidades e talentos próprios. O principal papel de um governo não é ir contra essa realidade e forçar algo que não existe nem existirá. O bom governo é aquele que 13 oferece oportunidades iguais para todos buscarem a própria felicidade. Veja, 3/9/2008, pp.17-20 (com adaptações).

Com base na organização do texto acima, julgue os itens subsequentes. (1) O desenvolvimento da argumentação permite a inserção da preposição a imediatamente antes de “ganhar” (l.3), de “comer” (l.4) e de “acreditar” (l.4), sem se prejudicar a correção gramatical do texto. (2) Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência de sentidos ao se substituir “essa realidade” (l.11) por à realidade. (Analista – TJ/CE – 2008 – CESPE)

1: a palavra regente “forçados” exige a preposição a. Essa preposição pode ser inserida antes dos verbos “ganhar”, “comer” e “acreditar”: “Esse conceito pressupõe que todos sejam forçados a viver (...), a ganhar (...), a comer (...) e a acreditar nos mesmos valores?” A assertiva está correta; 2: em “O principal papel de um governo não é ir contra essa realidade”, considerando que “contra” é um preposição, não é possível manter as relações sintático-semânticas. A assertiva está errada.

1

Tudo parece ter começado a mudar nos últimos anos e as revisões profundas por que estão passando os discursos e as práticas identitárias deixam no ar a dúvida sobre se a 4 concepção hegemônica da modernidade se equivocou na identificação das tendências dos processos sociais, ou se tais tendências se inverteram totalmente em tempos recentes, ou, 7 ainda, sobre se se está perante uma inversão de tendências ou, antes, perante cruzamentos múltiplos de tendências opostas sem que seja possível identificar os vetores mais 10 potentes. Como se calcula, as dúvidas são acima de tudo sobre se o que presenciamos é realmente novo ou se é apenas novo o olhar com que o presenciamos. Estamos em uma 13 época em que é muito difícil ser-se linear. Porque estamos em uma fase de revisão radical do paradigma epistemológico da ciência moderna, é bem possível que seja sobretudo o 16 olhar que esteja mudando. Mas, por outro lado, não parece crível que essa mudança tivesse ocorrido sem nada ter mudado no objeto do olhar que o olha. Boaventura Souza Santos. Modernidade, identidade e a cultura de fronteira. Tempo Social, USP, 1993, p. 39 (com adaptações). (Analista – TJ/CE – 2008 – CESPE) Acerca

das ideias do texto acima e de suas estruturas linguísticas, julgue os itens a seguir: (1) Na linha 2, o uso da preposição “por” antes do pronome relativo deve-se à regência da forma verbal “passando”, que está empregada no texto com a acepção de vivenciando. (2) A preposição “sobre” (l.3), que introduz os complementos da palavra “dúvida” (l.3), está subentendida imediatamente antes da primeira ocorrência de “se” (l.5). 1: a forma verbal regente “passando” exige a preposição por: “os discursos estão passando por revisões profundas”. A assertiva está correta; 2: o significado da preposição sobre (“dúvida sobre se a concepção hegemônica da modernidade se equivocou (...) ou se tais tendências se inverteram”) recai sobre os complementos da palavra “dúvida”: “se a concepção hegemônica” e “se tais tendências”. A assertiva está correta. Gabarito 1C, 2C

das estruturas linguísticas e das ideias do texto acima. (1) É pela acepção do verbo levar, em “leva a perceber” (l.11), que se justifica o emprego da preposição “a” nesse trecho, de tal modo que, se for empregado o substantivo correspondente a “perceber”, percepção, a preposição continuará presente e será correto o emprego da crase: à percepção.

Gabarito 1C, 2E

(Analista – STF – 2008 – CESPE) Julgue o seguinte item, a respeito da organização

1 Os seres humanos, nas culturas orais primárias, não afetadas por qualquer tipo de escrita, aprendem muito, possuem e praticam uma grande sabedoria, porém não “estudam”. Eles aprendem pela prática — caçando com caçadores experientes, por exemplo —, pelo tirocínio, que constitui um tipo de aprendizado; aprendem ouvindo, 4 repetindo o que ouvem, dominando profundamente provérbios e modos de combiná-los e recombiná-los, assimilando outros materiais formulares, participando de um tipo de retrospecção coletiva — não pelo estudo no sentido estrito. 7 Quando o estudo, no sentido estrito de análise sequencial ampla, se torna possível com a interiorização da escrita, uma das primeiras coisas que os letrados frequentemente estudam é a própria linguagem e seus usos. A fala é inseparável da nossa consciência e tem fascinado os seres humanos, além de trazer à tona reflexões 10 importantes sobre ela própria, desde os mais antigos estágios da consciência, muito tempo antes do surgimento da escrita. Walter Ong. Oralidade e cultura escrita. Papirus, 1998, p. 17 (com adaptações). (Analista – TJ/DF – 2008 – CESPE) A partir (1) (2)

da organização do texto acima, julgue os seguintes itens. Na linha 5, o emprego de “pelo”, regendo “estudo”, indica que está subentendida, antes dessa contração, a forma verbal aprendem, como utilizado na linha 2. Na linha 9, mesmo que o verbo que antecede a locução adverbial “à tona” não exigisse objeto regido pela preposição “a”, como exige esse emprego do verbo “trazer”, o sinal indicativo de crase seria obrigatório nesse contexto.

1: correta – em “Eles aprendem pela prática [linha 2] não pelo estudo [linha 5]”, subentende-se que antes de “pelo” há o verbo aprendem; 2: correta – a expressão “à tona” vem sempre com o acento grave. Gabarito 1C, 2C

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13. COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO

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O QUANTO INFLUI A FORTUNA NAS COISAS HUMANAS E COMO REAGIR A ELAS Não ignoro que muitos foram e que tantos ainda são da opinião de que as coisas que sucedem no mundo veem-se de tal forma governadas pela fortuna e por Deus que os homens, com a sua sabedoria, não poderiam retificá-las e que nem sequer haveria meio de remediá-las. Baseados nisso, eles depreendem que, para defini-las, menos valeria esforçar-se em demasia que se entregar ao regimento da sorte. Tal opinião recebeu um grande crédito nestes nossos tempos em razão das grandes transformações que vimos e que ainda vemos, a a cada dia, superar todas as humanas conjeturas. Meditando-o, eu mesmo, algumas vezes, senti-me parcialmente inclinado a aceitar esse juízo. No entanto, visto que não é nulo nosso livre-arbítrio, creio poder ser verdadeira a arbitragem da fortuna sobre a metade das nossas ações, mas que ela tenha-nos deixado o governo da outra metade, ou cerca disso. E eu a comparo a um destes rios torrentosos que, em sua fúria, inundam os plainos, assolam as árvores e as construções, arrastam porções do terreno de uma ribeira à outra: todos, então, fogem ao seu irromper, nenhum homem resiste ao seu ímpeto, cada qual incapaz de opor-lhe um único obstáculo. E, em que pese a assim serem [esses rios], aos homens não é vedada, em tempos de calmaria, a possibilidade de obrar preventivamente diques e barragens, de sorte que, em advindo uma nova cheia, as suas águas escoem por um canal ou que o seu ímpeto não seja nem tão incontrolável, nem tão avassalador. De um modo análogo intervém a fortuna, a qual manifesta seu poder onde não há forças organizadas que lhe resistam; ela, que volve o seu furor aos locais onde sabe que não foram construídos nem diques nem barragens para refreá-la. [...] Espero ter dito o bastante sobre a oposição que se pode fazer à fortuna de um modo geral. Adstringindo-me ao que há de particular em um príncipe, digo que hoje vemo-lo prosperar e amanhã cair em desgraça sem que demos tento de uma só mudança em sua natural forma de ser e de proceder, o que, creio eu, decorre principalmente da ideia de que um príncipe que se arrima tão somente na fortuna sucumbe ao variar desta. Creio igualmente que é feliz aquele que coaduna o seu modo de operar com as condições da sua época, e que, de um modo símile, é desditoso aquele cujo procedimento com estas conflita. Reparamos que os homens, em relação àquelas coisas que os conduzem aos fins que cada um persegue – isto é, às glórias e às riquezas – procedem diversamente: um, com circunspecção; o outro, com impetuosidade; um, valendo-se da violência; o outro, da habilidade; um, com paciência; o outro, com o seu contrário; e cada qual, com esses vários modos de portar-se, podendo atingir o seu intento. Notamos também, de dois homens cautos, que um realiza o seu propósito e o outro não, e, paralelamente, que dois homens alcançam o mesmo êxito atuando de maneiras diferentes; um, sendo ponderado; o outro sendo veemente – o que não é consequência senão das condições das diferentes épocas, que se conformam ou não às suas formas de agir. O resultado disso, já o referi: dois que se conduzem diversamente logram o mesmo resultado e dois outros, agindo de forma idêntica, um atingirá o seu objetivo e o outro não. A isso subordina-se igualmente o caráter cambiante do sucesso: se um [homem, príncipe...] pautar as suas ações pela prudência e pela paciência, e se os tempos e as circunstâncias correrem de um modo compatível com a sua conduta, ele será venturoso. Se os tempos e as circunstâncias, porém, mudarem, ele cairá em ruína não alterando o seu comportamento. É raro encontrarmos um homem tão sensato que saiba acomodar-se a essa realidade, seja por incapacidade de apartar-se daquilo a que a sua natureza o inclina, seja porque, havendo sempre prosperado ao seguir por uma determinada trilha, não pode persuadir-se a desviar-se dela. O homem circunspecto, ao chegar a hora de fazer-se impetuoso, retrai-se, inepto; donde a sua completa decadência. Afizesse-se ele ao seu tempo e à sua realidade e permaneceria inalterada a sua sorte (fortuna). Concluo que, sendo a sorte (fortuna) inconstante e os homens obstinados em suas formas de agir, estes serão felizes pelo tempo em que com ela convergirem e desditosos quando dela divergirem. E considero o seguinte: que mais vale ser impetuoso que circunspecto, pois que a fortuna [...] deixa-se melhor dominar por quem assim procede do que pelos que se portam com frialdade. Por esse motivo, ela é sempre amiga dos jovens: estes são menos judiciosos, mais aguerridos e mais audazes ao comandá-la. MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Trad. Antônio Caruccio-Caporale. Porto Alegre: L&PM, 2008. pp. 120-124. (Adaptado).

(Delegado/GO – 2009 – UEG) Leia (1) (2)

os períodos abaixo: “Se os tempos e as circunstâncias, porém, mudarem, ele cairá em ruína não alterando o seu comportamento.” (linhas 36-37) “Sendo a sorte (fortuna) a inconstante e os homens obstinados em suas formas de agir, estes serão felizes pelo tempo em que com ela convergirem e desditosos quando dela divergirem.” (linhas 42-43)

As formas verbais de gerúndio em (1) e (2) estabelecem, respectivamente, relações de (A) causa e condição. (B) condição e causa. (C) concomitância e concessão. (D) concessão e concomitância. Em “ele cairá em ruína não alterando o seu comportamento”, temos uma oração subordinada adverbial condicional reduzida de gerúndio, pois “ele cairá em ruína, caso não altere o seu comportamento”. Já no trecho “Sendo a sorte (fortuna) a inconstante [...], estes serão felizes” temos uma oração subordinada adverbial causal reduzida de gerúndio, a subordinada “a sorte é inconstante” é o motivo da felicidade destes homens: “estes [os homens] serão felizes porque a sorte é inconstante”. Gabarito "B" (Delegado/GO – 2009 – UEG) No

trecho, “ela (a fortuna) é sempre amiga dos jovens: estes são menos judiciosos, mais aguerridos e mais audazes ao comandá-la” (linhas 45-46), os dois-pontos podem ser substituídos sem prejuízo de sentido por (A) ‘já que’. (B) ‘portanto’. (C) ‘contudo’. (D) ‘ainda que’. Entre as orações “ela é sempre amiga dos jovens” e “estes são menos judiciosos” há relação de causalidade. Desse modo, é possível o uso de uma conjunção adverbial causal: “ela é sempre amiga dos jovens já que estes são menos judiciosos”. Gabarito "A"

trecho “é raro encontrarmos um homem tão sensato que saiba acomodar-se a essa realidade”, as palavras em destaque indicam, respectivamente, (A) intensificação e causa. (B) intensificação e consequência. (Delegado/GO – 2009 – UEG) No

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1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

comparação e consequência. comparação e causa.

A conjunção adverbial tão... que é consecutiva. Indica a consequência “que saiba acomodar-se a essa realidade” da ação expressa na oração principal “é raro encontrarmos um homem tão sensato”. Gabarito "B"

14. ANÁLISE SINTÁTICA O desafio da violência

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A VIOLÊNCIA, em diversas formas, foi variável fundamental na constituição da sociedade brasileira. A ocupação europeia do hoje território brasileiro foi feita mediante a destruição de centenas de culturas indígenas e da morte de milhões de ameríndios. Por outro lado, a instituição da escravidão, implicando uma dominação violenta, física e simbólica, atingiu os índios e depois, principalmente, a mão de obra africana que, durante quase quatro séculos, foi objeto do tráfico. Portanto, a sociedade brasileira tradicional, a partir de um complexo equilíbrio de hierarquia e individualismos, desenvolveu o uso da violência, mais ou menos legítimo, por parte de atores sociais bem definidos. No entanto, o panorama atual apresenta algumas características que alteram e agravam o quadro tradicional. A urbanização acelerada, com o crescimento desenfreado das cidades, as fortes aspirações de consumo, em boa parte frustradas, dificuldades no mercado de trabalho e conflitos de valores são algumas variáveis que concorrem para tanto. Ninguém mais se sente seguro: nem empresas nem indivíduos. Elites e classes médias têm suas casas assaltadas. O que dizer das camadas populares, secularmente vitimizadas? Nas favelas, nos conjuntos habitacionais, nas periferias, os criminosos fazem praticamente o que querem, seviciando, estuprando e matando. As pessoas são humilhadas e desrespeitadas de todos os modos. O poder público tem se mostrado, no mínimo, incapaz de enfrentar essa catástrofe. Sem dúvida, a pobreza, a miséria e a iniquidade social constituem, historicamente, campo altamente propício para a disseminação da violência. No entanto, creio que não tem sido dada a devida atenção para a dimensão moral, ética e do sistema de valores como um todo, para a compreensão desse fenômeno. A perda de credibilidade e de referências simbólicas significativas destrói expectativas de convivência social elementares. A família, a escola e a religião não têm sido capazes, por sua vez, de resistir à deterioração de valores. Na sociedade tradicional, com sua violência constitutiva, existiam mecanismos de controle social que marcaram uma moralidade básica compartilhada. Sem dúvida, continuam existindo áreas e grupos sociais que preservam e se preocupam com essas questões. Certamente a maioria das pessoas não é violenta ou corrupta. No entanto, o clima geral de impunidade incentiva a utilização de recursos e estratégias criminosas. Desenvolvem-se, inevitavelmente, soluções do tipo “justiça pelas próprias mãos”, que aumentam ainda mais a violência e a

45 insegurança. Policiais, bandidos, justiceiros e seguranças travam batalhas diárias matando e pondo em risco a segurança de toda a população. O fenômeno das “balas perdidas”, expressão desses conflitos, é difícil de ser explicado para pessoas que não vivem nas cidades brasileiras. O fato de qualquer pessoa em 50 qualquer de seus bairros estar exposta a esse tipo de perigo ilustra, de modo dramático, a intensidade da crise. Como construir e sustentar um projeto nacional nessas circunstâncias? A sociedade civil, por si só, é insuficientemente organizada para enfrentar esses desafios e criar alternativas 55 legítimas para o enfrentamento da violência. Só o Estado, reformado e renovado, incluindo o Legislativo e o Judiciário, poderá dispor de meios e recursos, articulado à opinião pública, para reverter essa ameaça de colapso. Estou falando, bem entendido, de regime democrático e não de ditaduras salvacionistas. 60 Hoje um projeto capaz de mobilizar a nação passa, inevitavelmente, pelo estabelecimento de uma política efetiva de segurança pública dentro da ordem democrática. Só assim poderemos implementar e consolidar nossa precária cidadania, condição básica para o futuro da nação brasileira. VELHO, Gilberto. Violência: faces e máscaras. Disponível em: – (com adaptações).

A alternativa que analisa corretamente a função sintática do fragmento transcrito é: (A) a sociedade brasileira tradicional (L.9) – aposto. (B) organizada (L.54) – objeto direto. (C) mecanismos de controle social (L.37) – sujeito. (D) inevitavelmente (L.61) – adjunto adnominal. (E) de credibilidade (L.32) – objeto indireto. (Delegado/AP – 2010 – FGV)

A: incorreta. Em “Portanto, a sociedade brasileira tradicional, a partir de um complexo equilíbrio de hierarquia e individualismos, desenvolveu”, o fragmento grifado é sujeito do verbo desenvolver; B: incorreta. Em “A sociedade civil, por si só, é insuficientemente organizada”, o fragmento grifado é predicativo do sujeito “A sociedade civil”; C: correta. Em “Na sociedade tradicional, com sua violência constitutiva, existiam mecanismos de controle social”, o fragmento grifado é sujeito do verbo existir; D: incorreta. Em “Hoje um projeto capaz de mobilizar a nação passa, inevitavelmente, pelo estabelecimento”, o fragmento grifado é adjunto adverbial; E: incorreta. Em “A perda de credibilidade”, o fragmento grifado é complemento nominal. (Delegado/AP – 2010 – FGV) Assinale

a alternativa em que o termo sublinhado tenha função adjetiva. (A) Característica da nação. (B) Ameaça de colapso. (C) Deterioração de valores. (D) Instituição da escravidão. (E) Uso de violência. A: correta. A expressão “da nação” é adjunto adnominal do substantivo característica e tem função adjetiva “característica nacional”; B, C, e D: incorretas. As expressões “de colapso”, “de valores” e “da escravidão” são complementos nominais. E: incorreta. o verbo usar no sentido de “empregar” é transitivo indireto. A expressão “de violência” é objeto indireto. Gabarito "A"

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Gabarito "C"

(C)

O QUANTO INFLUI A FORTUNA NAS COISAS HUMANAS E COMO REAGIR A ELAS Não ignoro que muitos foram e que tantos ainda são da opinião de que as coisas que sucedem no mundo veem-se de tal forma governadas pela fortuna e por Deus que os homens, com a sua sabedoria, não poderiam retificá-las e que nem sequer haveria meio de remediá-las. Baseados nisso, eles depreendem que, para defini-las, menos valeria esforçar-se em demasia que se entregar ao regimento da sorte. Tal opinião recebeu um 5 grande crédito nestes nossos tempos em razão das grandes transformações que vimos e que ainda vemos, a a cada dia, superar todas as humanas conjeturas. Meditando-o, eu mesmo, algumas vezes, senti-me parcialmente inclinado a aceitar esse juízo. No entanto, visto que não é nulo nosso livre-arbítrio, creio poder ser verdadeira a arbitragem da fortuna sobre a metade das nossas ações, mas que ela tenha-nos deixado o governo da outra metade, ou cerca disso. 10 E eu a comparo a um destes rios torrentosos que, em sua fúria, inundam os plainos, assolam as árvores e as construções, arrastam porções do terreno de uma ribeira à outra: todos, então, fogem ao seu irromper, nenhum homem resiste ao seu ímpeto, cada qual incapaz de opor-lhe um único obstáculo. E, em que pese a assim serem [esses rios], aos homens não é vedada, em tempos de calmaria, a possibilidade de obrar preventivamente diques e barragens, de sorte que, em advindo uma nova cheia, as suas águas escoem por um 15 canal ou que o seu ímpeto não seja nem tão incontrolável, nem tão avassalador. De um modo análogo intervém a fortuna, a qual manifesta seu poder onde não há forças organizadas que lhe resistam; ela, que volve o seu furor aos locais onde sabe que não foram construídos nem diques nem barragens para refreá-la. [...] Espero ter dito o bastante sobre a oposição que se pode fazer à fortuna de um modo geral.

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Magally Dato

20 Adstringindo-me ao que há de particular em um príncipe, digo que hoje vemo-lo prosperar e amanhã cair em desgraça sem que demos tento de uma só mudança em sua natural forma de ser e de proceder, o que, creio eu, decorre principalmente da ideia de que um príncipe que se arrima tão somente na fortuna sucumbe ao variar desta. Creio igualmente que é feliz aquele que coaduna o seu modo de operar com as condições da sua época, e que, de um modo símile, é desditoso aquele cujo procedimento com estas conflita. 25 Reparamos que os homens, em relação àquelas coisas que os conduzem aos fins que cada um persegue – isto é, às glórias e às riquezas – procedem diversamente: um, com circunspecção; o outro, com impetuosidade; um, valendo-se da violência; o outro, da habilidade; um, com paciência; o outro, com o seu contrário; e cada qual, com esses vários modos de portar-se, podendo atingir o seu intento. Notamos também, de dois homens cautos, que um realiza o seu propósito e o outro não, e, paralelamente, que dois homens 30 alcançam o mesmo êxito atuando de maneiras diferentes; um, sendo ponderado; o outro sendo veemente – o que não é consequência senão das condições das diferentes épocas, que se conformam ou não às suas formas de agir. O resultado disso, já o referi: dois que se conduzem diversamente logram o mesmo resultado e dois outros, agindo de forma idêntica, um atingirá o seu objetivo e o outro não. A isso subordina-se igualmente o caráter cambiante do sucesso: se um [homem, príncipe...] pautar as 35 suas ações pela prudência e pela paciência, e se os tempos e as circunstâncias correrem de um modo compatível com a sua conduta, ele será venturoso. Se os tempos e as circunstâncias, porém, mudarem, ele cairá em ruína não alterando o seu comportamento. É raro encontrarmos um homem tão sensato que saiba acomodar-se a essa realidade, seja por incapacidade de apartar-se daquilo a que a sua natureza o inclina, seja porque, havendo sempre prosperado ao seguir por uma determinada trilha, não pode persuadir-se a desviar-se 40 dela. O homem circunspecto, ao chegar a hora de fazer-se impetuoso, retrai-se, inepto; donde a sua completa decadência. Afizesse-se ele ao seu tempo e à sua realidade e permaneceria inalterada a sua sorte (fortuna). Concluo que, sendo a sorte (fortuna) inconstante e os homens obstinados em suas formas de agir, estes serão felizes pelo tempo em que com ela convergirem e desditosos quando dela divergirem. E considero o seguinte: que mais vale ser impetuoso que circunspecto, pois que a fortuna [...] deixa-se melhor dominar por 45 quem assim procede do que pelos que se portam com frialdade. Por esse motivo, ela é sempre amiga dos jovens: estes são menos judiciosos, mais aguerridos e mais audazes ao comandá-la. MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Trad. Antônio Caruccio-Caporale. Porto Alegre: L&PM, 2008. pp. 120-124. (Adaptado). (Delegado/GO – 2009 – UEG) Assinale (A) (B) (C) (D)

a alternativa em que os termos destacados exercem a mesma função sintática: “Creio igualmente que é feliz aquele que coaduna o seu modo de operar com as condições da sua época” (linhas 23-24); “Notamos também, de dois homens cautos, que um realiza o seu propósito e o outro não” (linhas 28-29). “os homens, com a sua sabedoria, não poderiam retificá-las” (linhas 2-3); “a qual manifesta seu poder onde não há forças organizadas que lhe resistam” (linhas 16-17). “dois que se conduzem diversamente logram o mesmo resultado” (linha 32); “A isso subordina-se igualmente o caráter cambiante do sucesso” (linha 34). “não é nulo nosso livre-arbítrio” (linha 8); “E eu a comparo a um destes rios torrentosos” (linha 10).

A: incorreta, pois, em “aquele que coaduna [...] é feliz”, a palavra feliz é predicativo do sujeito e, em “realiza o seu propósito”, os termos grifados correspondem ao objeto do verbo realizar; B: incorreta, pois, em “retificá-las”, o pronome corresponde ao objeto direto do verbo retificar e o pronome pessoal do caso oblíquo “lhe” corresponde ao objeto indireto do verbo resistir; C: incorreta, pois “o mesmo resultado” corresponde ao objeto direto do verbo lograr e “A isso” em “A isso subordina-se”, corresponde ao objeto indireto do verbo subordinar-se. D: incorreta, pois “nosso livre-arbítrio” e “eu” correspondem aos sujeitos dos verbos ser e comparar, respectivamente. Gabarito "D"

15. ENGLOBADAS Leia: “Isso sem falar naqueles que de pobres não têm nada”. A respeito do termo acentuado, está correto afirmar que (A) segundo o novo acordo ortográfico, não deve mais receber acento, pois foram abolidos os acentos diferenciais. (B) o acento foi abolido, pois segundo o acordo ortográfico, não se acentuam palavras homófonas. (C) o acento foi mantido, mesmo com o acordo ortográfico, pois não foram abolidos todos os acentos diferenciais. Nesse caso, o acento identifica um monossílabo tônico. (D) o acento foi mantido, mesmo com o acordo ortográfico, pois não foram abolidos todos os acentos diferenciais. Nesse caso, o acento identifica o sujeito. (E) o acento foi mantido, mesmo com o acordo ortográfico, pois não foram abolidos todos os acentos diferenciais. Nesse caso, o acento identifica o plural. (Delegado/PA – 2012 – MSConcursos)

De acordo com o novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa, alguns acentos diferenciais foram abolidos: para (verbo e preposição), pelo (substantivo e preposição), polo e pera. O verbo ter é acentuado na 3ª pessoa do plural (têm – “naqueles que não têm”). Essa forma verbal “têm” diferencia-se do tem no singular (“ele tem, eles têm”). O verbo vir age do mesmo modo: “ele vem, eles vêm”. Os vocábulos voo, enjoo, veem (verbo vir) e leem (verbo ler), anteriormente eram acentuados, agora não mais levam o acento. Gabarito "E"

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O desafio da violência A VIOLÊNCIA, em diversas formas, foi variável fundamental na constituição da sociedade brasileira. A ocupação europeia do hoje território brasileiro foi feita mediante a destruição de centenas de culturas indígenas e da morte de milhões de ameríndios. Por outro lado, a instituição da escravidão, implicando uma dominação violenta, física e simbólica, atingiu os índios e depois, principalmente, a mão de obra africana que, durante quase quatro séculos, foi objeto do tráfico. Portanto, a sociedade brasileira tradicional, a partir de um complexo equilíbrio de hierarquia e individualismos, desenvolveu o uso da violência, mais ou menos legítimo, por parte de atores sociais bem definidos. No entanto, o panorama atual apresenta algumas características que alteram e agravam o quadro tradicional. A urbanização acelerada, com o crescimento desenfreado das cidades, as fortes aspirações de consumo, em boa parte frustradas, dificuldades no mercado de trabalho e conflitos de valores são algumas variáveis que concorrem para tanto. Ninguém mais se sente seguro: nem empresas nem indivíduos. Elites e classes médias têm suas casas assaltadas. O que dizer das camadas populares, secularmente vitimizadas? Nas favelas, nos conjuntos habitacionais, nas periferias, os criminosos fazem praticamente o que querem, seviciando, estuprando e matando. As pessoas são humilhadas e desrespeitadas de todos os modos. O poder público tem se mostrado, no mínimo, incapaz de enfrentar essa catástrofe.

1. Língua Portuguesa

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

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legítimas para o enfrentamento da violência. Só o Estado, reformado e renovado, incluindo o Legislativo e o Judiciário, poderá dispor de meios e recursos, articulado à opinião pública, para reverter essa ameaça de colapso. Estou falando, bem entendido, de regime democrático e não de ditaduras salvacionistas. Hoje um projeto capaz de mobilizar a nação passa, inevitavelmente, pelo estabelecimento de uma política efetiva de segurança pública dentro da ordem democrática. Só assim poderemos implementar e consolidar nossa precária cidadania, condição básica para o futuro da nação brasileira. VELHO, Gilberto. Violência: faces e máscaras. Disponível em: – (com adaptações)

(Delegado/AP – 2010 – FGV) A regência (A) (B) (C) (D) (E)

do verbo dispor (L.57) é a mesma de: O artigo defende a necessidade de uma nova ética social. Convém atualizar velhas formas de comportamento. O autor expressa suas ideias de forma clara e objetiva. O palestrante fugiu ao foco dos debates. Busca-se uma saída para a crise institucional.

Em “poderá dispor de meios e recursos”, o verbo dispor é transitivo indireto regido pela preposição de. A: incorreta, pois o verbo defender é transitivo direto; B: incorreta, pois o verbo convir no sentido de adequado, útil é, nesse contexto, intransitivo; C: incorreta, pois o verbo expressar é transitivo direto; D: correta, pois o verbo fugir é transitivo indireto e intransitivo no sentido de desviar-se de algo desagradável, por exemplo; E: incorreta, pois o verbo buscar é transitivo direto. Gabarito "D"

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Sem dúvida, a pobreza, a miséria e a iniquidade social constituem, historicamente, campo altamente propício para a disseminação da violência. No entanto, creio que não tem sido dada a devida atenção para a dimensão moral, ética e do sistema de valores como um todo, para a compreensão desse fenômeno. A perda de credibilidade e de referências simbólicas significativas destrói expectativas de convivência social elementares. A família, a escola e a religião não têm sido capazes, por sua vez, de resistir à deterioração de valores. Na sociedade tradicional, com sua violência constitutiva, existiam mecanismos de controle social que marcaram uma moralidade básica compartilhada. Sem dúvida, continuam existindo áreas e grupos sociais que preservam e se preocupam com essas questões. Certamente a maioria das pessoas não é violenta ou corrupta. No entanto, o clima geral de impunidade incentiva a utilização de recursos e estratégias criminosas. Desenvolvem-se, inevitavelmente, soluções do tipo “justiça pelas próprias mãos”, que aumentam ainda mais a violência e a insegurança. Policiais, bandidos, justiceiros e seguranças travam batalhas diárias matando e pondo em risco a segurança de toda a população. O fenômeno das “balas perdidas”, expressão desses conflitos, é difícil de ser explicado para pessoas que não vivem nas cidades brasileiras. O fato de qualquer pessoa em qualquer de seus bairros estar exposta a esse tipo de perigo ilustra, de modo dramático, a intensidade da crise. Como construir e sustentar um projeto nacional nessas circunstâncias? A sociedade civil, por si só, é insuficientemente organizada para enfrentar esses desafios e criar alternativas

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2. Informática Helder Satin

1. HARDWARE

(C)

(Delegado/PA – 2012 – MSCONCURSOS) Analise

(D)

(D) (E)

A, B, C, D e E: Todas as afirmativas estão corretas, portanto apenas a alternativa B está correta. Gabarito "B"

Acerca dos conceitos de hardware e software, assinale a opção correta. (A) Para se fazer cópia de segurança, procedimento fundamental para proteger os dados contra infecção de vírus, são necessários hardware e software específicos para backup. (B) A expansão da memória ROM, que armazena os programas em execução temporariamente, permite aumentar a velocidade de processamento. (C) USB (universal serial bus) é um tipo de barramento usado para conectar facilmente ao computador várias categorias de dispositivos, como teclados, mouses, monitores, escâneres, câmeras e outros. (D) Multimídia é um software que executa músicas compactadas com qualidade. (E) A informação Intel core duo indica que o computador possui dupla memória RAM, o que acelera o processamento dos dados. (Delegado/PB – 2009 – CESPE)

A: Errada, não é necessário um software ou hardware específico para a realização de backups, basta que possua uma mídia confiável (CD, DVD, HD externo, etc.). B: Errada, a memória que armazena os programas em execução é a memória RAM, a memória ROM não permite leitura e é apenas auxiliar na inicialização do computador. C: Correta, o barramento USB é o mais utilizado atualmente para conexão de diversos tipos de periféricos. D: Errada, multimídia é a combinação, controlada por computador, de pelo menos um tipo de média estática (texto, fotografia, gráfico), com pelo menos um tipo de média dinâmica (vídeo, áudio, animação). E: Errada, Intel Core Duo especifica um tipo de processador e não de memória. Gabarito "C"

Entre os dispositivos de entrada de dados em informática, incluem-se (A) o teclado e o mouse. (B) o mouse e a memória ROM. (C) o teclado e a impressora. (D) o monitor e a impressora. (E) a impressora e o mouse. (Delegado/RN – 2009 – CESPE)

A: Correta, teclado e mouse são dispositivos de entrada de informações para o computador. B: Errada, a memória ROM é um dispositivo de armazenamento. C: Errada, a impressora é um dispositivo de saída. D: Errada, monitor e impressora são dispositivos de saída (a menos que o monitor seja do tipo Touchscreen). E: Errada, impressora é um dispositivo de saída. Gabarito "A" (Analista – TRE/SP – 2012 – FCC) Em

relação a hardware e software, é correto afirmar: (A) Para que um software aplicativo esteja pronto para execução no computador, ele deve estar carregado na memória flash. (B) O fator determinante de diferenciação entre um processador sem memória cache e outro com esse recurso reside na velocidade de acesso à memória RAM.

João possui uma pasta em seu computador com um conjunto de arquivos que totalizam 4GB. A mídia de backup adequada, dentre outras, para receber uma cópia da pasta é (A) DVD-RW. (B) CD-R. (C) Disquete de 3 e 1/2 polegadas de alta densidade. (D) Memória CACHE. (E) Memória RAM. (Analista – TRE/SP – 2012 – FCC)

A: Correta, os DVD-RWs possuem em geral 4.7GB de espaço para armazenamento. B: Errada, os CD-Rs possuem apenas 0,7GB de espaço de armazenamento. C: Errada, os disquetes possuem espaço extremamente menor que 4 Gigabytes. D: Errada, a memória cache é usada pelo processador durante a realização de suas tarefas. E: Errada, a memória RAM é usada apenas durante o uso do computador, ela guarda informações voláteis. (Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC) Começa

a executar a partir da ROM quando o hardware é ligado. Exerce a função de identificar o dispositivo do sistema a ser inicializado para, em última instância, executar o carregador de boot. Este enunciado define (A) o kernel. (B) o BIOS. (C) o drive. (D) a RAM. (E) o sistema operacional. A: errada, o kernel é o núcleo do sistema operacional e só é acionado após todo o processo de boot. B: correta, a BIOS é executada a partir da memória ROM e inicializa todos os processos para que o boot possa ser executado. C: errada, drive são informações que o computador utiliza para se comunicar com seus periféricos. D: errada, a memória RAM é uma memória de acesso aleatório, utilizada como auxiliar para armazenar informações durante o processamento do CPU. E: errada, o sistema operacional habilita o usuário a utilizar as funcionalidades do computador agindo como uma interface entre o usuário e a máquina; só é carregado após o boot.

O elemento que ajuda a minimizar a diferença de desempenho entre o processador e demais componentes dos computadores atuais é (A) o disco rígido. (B) o barramento PCI. (C) o barramento USB. (D) a memória cache. (E) a memória principal. (Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC)

A: Errada, o disco rígido é um tipo de memória de armazenamento com alto tempo de acesso. B: Errada, o barramento PCI permite a conexão de outros dispositivos como placas de som, de captura ou modens. C: Errada, o barramento USB permite a conexão de diversos tipos de periféricos, como mouse, teclado, impressora, leitores, etc. D: Correta, a memória cache é uma memória de acesso rápido utilizada pelo processador para aumentar o desempenho do processamento. E: Errada, a memória principal é uma memória volátil que armazena informações utilizadas durante o processamento. Gabarito "D"

(C)

Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. Todas as afirmativas são verdadeiras. Apenas a afirmativa II é falsa. Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. Apenas as afirmativas II e III são falsas.

Gabarito "B"

(B)

A: Errada, memória Flash é um tipo de memória de armazenamento, o aplicativo pode estar no disco rígido ou em alguma outra mídia. B: Errada, a memória cache já é uma memória de armazenamento auxiliar de acesso muito rápido, ela não afeta a velocidade de acesso à memória RAM. C: Errada, a unidade lógica e aritmética realiza operações lógicas e aritméticas dentro da CPU. D: Correta, a afirmativa descreve corretamente o funcionamento de um pendrive. E: Errada, todos os dispositivos do computador são conectados à placa-mãe, e não ao processador.

Gabarito “A”

(A)

(E)

Gabarito “D”

as seguintes afirmações com relação a alocação de arquivos e assinale a alternativa correta: I. Na alocação contígua, é necessário desfragmentação periódica. II. Na alocação encadeada, o tamanho dos arquivos pode ser alterado facilmente. III. Na alocação indexada, não há fragmentação externa. IV. Na alocação encadeada e indexada, todo o disco pode ser utilizado.

Processar e controlar as instruções executadas no computador é tarefa típica da unidade de aritmética e lógica. O pendrive é um dispositivo de armazenamento removível, dotado de memória flash e conector USB, que pode ser conectado em vários equipamentos eletrônicos. Dispositivos de alta velocidade, tais como discos rígidos e placas de vídeo, conectam-se diretamente ao processador.

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Helder Satin

Sobre hardware e software, analise: ROM são memórias de baixa velocidade localizadas em um processador que armazena dados de aplicações do usuário para uso imediato do processador. O tempo de execução do computador é medido em ciclos; cada ciclo representa uma oscilação completa de um sinal elétrico fornecido pelo gerador de relógio do sistema. A velocidade do computador geralmente é dada em GHz. O processador é um componente de hardware que executa um fluxo de instruções em linguagem de máquina. Um aplicativo é primariamente um gerenciador de recursos do computador, seu projeto está intimamente ligado aos recursos de software e hardware que devem gerenciar.

(Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC)

(C)

I.

(D)

Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I e IV. (C) II e III. (D) II, III e IV. (E) III e IV. A: Errada, a alternativa I está incorreta, a memória ROM é uma memória apenas de leitura utilizada durante a inicialização do computador. B: Errada, as alternativas I e IV estão incorretas, a memória ROM é uma memória apenas de leitura utilizada durante a inicialização do computador e aplicativos são softwares que tem por objetivo ajudar o usuário a desempenhar uma tarefa específica. C: Correta, apenas as alternativas II e III estão corretas. D: Errada, a afirmativa IV está incorreta, aplicativos são softwares que tem por objetivo ajudar o usuário a desempenhar uma tarefa específica. E: Errada, a afirmativa IV está incorreta, aplicativos são softwares que tem por objetivo ajudar o usuário a desempenhar uma tarefa específica. Gabarito "C" (Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC) No Windows XP, para formatar um disco é neces-

sário selecionar um sistema de arquivos. O sistema de arquivos nativo do Windows XP, adequado inclusive para unidades de disco grandes e que permite compressão e criptografia de arquivo é conhecido como (A) FAT16. (B) FAT32. (C) FAT64. (D) NTFS. (E) MFT.

A: Errada, o FAT16 tem um limite de 2GB devido a limitação do número de clusters que suporta. B: Errada, o Windows não consegue formatar unidades em FAT32 maiores que 32GB por uma limitação do software, além disso, o FAT32 não suporta arquivos maiores que 4GB. C: Errada, o FAT64 não é o sistema nativo do Windows XP. D: Correta, o sistema de arquivos NTFS é o padrão adotado em toda a linha do Windows NT, que se inicia no Windows XP. E: Errada, MFT não é um sistema de arquivos.

(Analista – TRE/AM – 2010 – FCC) Os notebooks PC quando se apresentam sob a marca Intel Centrino significa que estes computadores são caracterizados por (A) uma plataforma particular que combina um processador, um chipset e uma interface de rede sem fio. (B) um processador da família Centrino, apenas. (C) um processador da família Pentium M, apenas. (D) uma plataforma que combina um processador e um chipset específicos, apenas. (E) uma plataforma particular que combina um processador e uma interface de rede sem fio, apenas.

A: Correta, Centrino designa uma plataforma de alto desempenho que possui uma combinação particular de CPU, chipset e uma interface de rede sem fio. B: Errada, os processadores utilizados na plataforma Centrino são do tipo Pentium M. C: Errada, além da CPU a plataforma consiste também de um chipset, geralmente do tipo Intel 855 series, e uma interface de rede sem fio. D: Errada, além do CPU e do chipset faz parte também uma interface de rede sem fio. E: Errada, além do CPU e da interface de rede também faz parte um chipset, em geral do tipo Intel 855 series.

Em termos de componentes básicos do computador, é um elemento que, no final das contas, funciona como uma mesa de trabalho que a todo o momento tem seu conteúdo alterado e, até mesmo, descartado quando ela não está energizada: (A) Placa-mãe. (B) Processador. (C) HD. (D) Placa de vídeo. (E) Memória RAM. (Analista – TRE/AP – 2011 – FCC)

A: Errada, a placa-mãe não armazena nenhum tipo de conteúdo. B: Errada, o processador não armazena conteúdo, apenas processa as informações. C: Errada, o HD mantém os dados escritos mesmo quando não está energizado. D: Errada, a placa de vídeo não armazena conteúdo, apenas processa as imagens que serão exibidas. E: Correta, a memória RAM armazena temporariamente as informações que são utilizadas pelo processador, sendo elas descartadas quando o computador é desligado. Gabarito "E"

IV.

Gabarito "A"

III.

A: incorreta, devendo ser assinalada, pois a Memória RAM é uma memórial volátil auxiliar que armazena informações necessárias para a execução de outros programas; B: correta, a Memória flash USB é uma memória de armazenamento; C: correta, o Disco Rígido é um tipo de memória de armazenamento; D: correta, o DVD-ROM é um tipo de memória de armazenamento; E: correta, o Disquete é um tipo de memória de armazenamento. Gabarito "A"

II.

(E)

Disco rígido. DVD-ROM. Disquete.

Gabarito "D"

I.

(Analista – TRT/21ª – 2010 – CESPE) Julgue os itens a seguir, relativos a conceitos e

Gabarito 1E

Ao compartilhar pastas e impressoras entre computadores, evitando que pessoas não autorizadas possam acessar os arquivos pela Internet, pode-se montar a rede usando um firewall, baseado em hardware, por meio do dispositivo denominado (A) hub. (B) switch. (C) roteador. (D) repetidor. (E) cross-over. (Analista – TRE/AL – 2010 – FCC)

A: Errada, o hub é apenas um repetidor, não possuindo funções de controle. B: Errada, o switch não possui função de firewall baseado em hardware. C: Correta, o roteador é o equipamento designado para realizar controle em redes. D: Errada, o repetidor não possui função de controle, apenas retransmite os pacotes para toda a rede. E: Errada, cross-over é um tipo de cabo de rede que conecta um computador direto a outro. Gabarito "C" (Analista – TRE/AL – 2010 – FCC) NÃO se trata de um dispositivo reconhecido pelo

sistema operacional para compartilhar uma pasta contendo arquivos que possam ser acessados a partir de outros computadores: (A) Memória RAM. (B) Memória flash USB.

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Dentre os componentes mencionados em (I), incluem-se a (A) Unidade Lógica e Aritmética e a Unidade de Controle. (B) Placa-mãe e a Unidade de Hard disk. (C) Unidade de Controle e a Unidade de Hard disk. (D) Unidade Lógica e Aritmética, os slots de memória RAM e a Placa-mãe. (E) Placa-mãe e a Placa de controle de vídeo. (Analista – TRE/PI – 2009 – FCC)

A: correta, a CPU é composta pela Unidade Lógica e Aritmética e a Unidade de Controle. B: errada, a placa-mãe e o HD não fazem parte da CPU. C: errada, o HD não faz parte da CPU. D: errada, os slots de memória RAM e a Placa-mãe não fazem parte da CPU. E: errada, a placa-mãe e a placa controladora de vídeo não fazem parte da CPU. (Analista – TRE/TO – 2011 – FCC) Processador, memória RAM e bateria são alguns

dos principais componentes (A) da placa-mãe. (B) do conector serial. (C) da saída paralela. (D) da porta USB. (E) do disco rígido.

A: Correta, o processado, a memória RAM e a bateria são itens interligados pela placa-mãe e necessários para o funcionamento de um computador. B: Errada, a porta serial é apenas uma parte de conexão de periféricos. C: Errada, a saída paralela é apenas uma porta de conexão de periféricos. D: Errada, a porta USB é apenas uma porta de conexão de periféricos. E: Errada, o disco rígido é apenas uma unidade de armazenamento de dados. Gabarito "A"

1: Errada, o hub não realiza a escolha de rotas, ele apenas retransmite os pacotes recebidos para todos os segmentos da rede nele conectados.

Disponibilizar na Intranet um glossário de termos para uso geral com a definição, dentre outras, dos componentes do processador (ou Unidade Central de Processamento) de um computador.

Gabarito "A"

modos de utilização da Internet e de intranets, assim como a conceitos básicos de tecnologia e segurança da informação. (1) Um hub é um equipamento que permite a integração de uma ou mais máquinas em uma rede de computadores, além de integrar redes entre si, com a característica principal de escolher qual é a principal rota que um pacote de dados deve percorrer para chegar ao destinatário da rede.

2. Informática

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

A: errada, 1.6GHz indica a quantidade de oscilações por clock. B: errada, Intel Core Duo se refere a uma tecnologia desenvolvida pela empresa Intel de processadores de núcleo duplo. C: errada, FSB é um barramento de transporte de dados. D: correta, a tecnologia Intel Core Duo se refere a processadores de núcleo duplo em um mesmo chip. Gabarito "D"

Com referência ao microcomputador apresentado, assinale a opção correta. (A) 2 MB L2 cache indica a capacidade da memória cache, uma memória estática que tem por finalidade aumentar o desempenho do processador ao realizar busca antecipada na memória RAM. (B) A opção L2 significa que é possível instalar dois sistemas operacionais, como o Linux e o Windows XP. (C) A utilização de dispositivos do tipo pen drive permite ampliar, ainda que temporariamente, a capacidade da memória ROM do computador. (D) A capacidade do disco rígido, na referida configuração, é de 1 GB. (Analista – TRE/GO – 2008 – CESPE)

A: correta, a memória L2 cache é uma memória estática que auxilia no desempenho do processador. B: errada, a memória L2 é uma memória cache de auxílio ao processador. C: errada, os pen drives aumentam a capacidade de armazenamento de arquivos; a memória ROM é uma memória do tipo não volátil. D: errada, a capacidade de disco rígido é de 120GB. Gabarito "A" (Analista – TRE/GO – 2008 – CESPE) Ainda com base na configuração apresentada,

assinale a opção correta. (A) DVD-RW double layer indica que o notebook possui leitora de DVD dupla face, mas não permite gravação. (B) Com a configuração de hardware apresentada, não seria possível a instalação do software Linux. Para essa instalação, seria necessário ampliar a capacidade de memória. (C) O notebook com a configuração apresentada permite acesso a redes sem fio das tecnologias 802.11 a/b/g wireless LAN. (D) 15,4 WXGA LCD indica o modelo e o tamanho da placa-mãe da configuração apresentada. A: errada, a sigla RW indica que o drive de DVD também possui função de gravação. B: errada, a configuração apresentada é suficiente para a instalação de um sistema operacional Linux. C: correta, as tecnologias 802.11 a/b/g se referem às frequências utilizadas em conexões wireless. D: errada, 15,4 WXGA LCD indicam as configurações do monitor do notebook. Gabarito "C" I.

Proceder, diariamente, à cópia de segurança dos dados em fitas digitais regraváveis (algumas comportam até 72 Gb de capacidade) em mídias alternadas para manter a segurança e economizar material.

(Analista – TJ/PI – 2009 – FCC)

conhecidas por (A) FAT32. (B) FAT. (C) NTSF. (D) DAT. (E) DVD+RW.

No item I é recomendado o uso de mídias

A: errada, a memória ROM é uma memória não volátil, portanto não armazena informações temporárias. B: errada, memórias secundárias são memórias que não podem ser acessadas diretamente como HD e CDs. C: correta, a memória virtual é uma combinação da memória RAM com espaço temporário no disco; quando a RAM se torna insuficiente, ela move os dados da RAM para arquivos de paginação. D: errada, a memória cache não combina a memória RAM com espaço temporário, ela serve para auxiliar o processador. E: errada, o kernel é o núcleo de um sistema operacional e não combina memória RAM com espaço temporário no disco rígido.

Analise as seguintes afirmações sobre Frequência de operação ou clock e marque as corretas. I. Unidade básica da frequência é o Hertz. II. Determina a velocidade da transferência de dados entre os componentes de hardware. III. 1 MHz equivale a cem ciclos por segundo. IV. Quanto maior a frequência maior o desempenho. Escolha a alternativa correta. (A) I e III. (B) II e IV. (C) II, III e IV. (D) I, II e IV. (E) I, II, III e IV. (Analista – TJ/PB – 2008 – COMPROV)

A: errada, a afirmativa III está incorreta, pois 1MHz equivale a um milhão de ciclos por segundo. B: errada, as afirmativas II e IV não são as únicas corretas. C: errada, a afirmativa III está incorreta, pois 1MHz equivale a um milhão de ciclos por segundo. D: correta, as afirmativas I, II e IV estão corretas. E: errada, a afirmativa III está incorreta, pois 1MHz equivale a um milhão de ciclos por segundo. (Analista – TJ/PB – 2008 – COMPROV) Analise as seguintes afirmações sobre chipset

e assinale as corretas: I. Contém todo o software básico para inicializar a placa-mãe. II. É um dos principais componentes lógicos de uma placa-mãe. III. Divide-se entre “ponte norte” e “ponte sul”. IV. O chipset é quem define, entre outras coisas, a quantidade máxima de memória RAM que uma placa-mãe pode ter. Escolha a alternativa correta. (A) I e III. (B) II e IV. (C) II, III e IV. (D) I, II e IV. (E) I, II, III e IV. A: errada, o chipset não contém todo o software básico para inicialização da placa-mãe. B: errada, as afirmativas II e IV não são as únicas corretas. C: correta, o chipset é um dos principais componentes lógicos de uma placa-mãe; divide-se entre “ponte norte” e “ponte sul” e define, entre outras coisas, a quantidade máxima de memória RAM que uma placa-mãe pode ter. D: errada, o chipset não contém todo o software básico para inicialização da placa-mãe. E: errada, o chipset não contém todo o software básico para inicialização da placa-mãe. Gabarito "C"

Com base na configuração apresentada, assinale a opção correta. (A) 1,6 GHz indica que o processador possui capacidade de armazenamento de dados de 1.600 MB. (B) Intel Core Duo indica a existência de memória dupla, o que amplia a velocidade de processamento das informações. (C) 533 MHz FSB indica a capacidade da memória RAM. (D) Intel Core Duo indica que há dois processadores no mesmo chip de silício. (Analista – TRE/GO – 2008 – CESPE)

Gabarito "D"

Considere a configuração de um microcomputador do tipo notebook apresentada a seguir. Intel Core Duo – 1,6 GHz e 533 MHz FSB; 2 MB L2 cache; 15,4 WXGA LCD; 120 GB HDD; DVD-RW double layer; 1 GB DDR2, 802.11 a/b/g wireless LAN.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da afirmação sobre gerenciamento de memória no Windows Vista. A memória ____ combina a RAM do computador com espaço temporário no disco rígido. Quando a RAM fica insuficiente, a memória virtual move os dados da RAM para um espaço chamado arquivo de ____. Isso libera a RAM para concluir seu trabalho. (A) ROM ... documentos (B) secundária ... memória (C) virtual ... paginação (D) cache ... armazenamento (E) kernel ... gerenciamento (Analista – TJ/MT – 2008 – VUNESP)

Gabarito "C"

Texto para as três questões a seguir

(Analista – TJ/PB – 2008 – COMPROV) Qual das afirmações sobre USB está errada? (A) (B) (C) (D) (E)

Possui o recurso de Hot Swap, permitindo conectar e desconectar dispositivos com o computador ligado. Permite conectar dispositivos como teclado, mouse e HD externo. É um padrão de barramento paralelo para conectar dispositivos a um computador. Permite conectar uma webcam. A versão 2.0 possui uma taxa de transferência de dados maior do que a versão 1.1.

A: errada, FAT32 se refere a um sistema de armazenamento de arquivos. B: errada, FAT se refere a um sistema de armazenamento de arquivos. C: errada, NTSF se refere a um sistema de armazenamento de arquivos. D: correta, DAT descreve um tipo de fita magnética para armazenamento de arquivos e dados. E: errada, os DVDs do tipo DVD+RW não possuem uma capacidade de armazenamento de até 72Gb.

A: correta, USB possui o recurso Hot Swap sendo possível ligá-lo e desligá-lo sem que o computador seja desligado. B: correta, dispositivos como teclado, mouse e HD externo podem possuir conexão via USB. C: incorreta, devendo ser assinalada – USB é um tipo de conexão do tipo Plug and Play, e não um barramento paralelo. D: correta, webcams realmente podem ser conectadas via USB. E: correta, a versão 2.0 realmente possui uma taxa de transferência maior que a da versão 1.1

51

Gabarito "D"

Gabarito "C"

Helder Satin

A: incorreta, devendo ser assinalada, CRT se refere a monitores com tecnologia de tubo, sendo portanto maiores que os monitores de outros tipos. B: correta, PLASMA é uma tecnologia que propicia monitores mais finos através de gás ionizado. C: correta, OLED é uma tecnologia que propicia monitores mais finos a partir de diodos orgânicos. D: correta, LCD é uma tecnologia que propicia monitores mais finos através da polarização da luz. Gabarito "A"

Um sistema digital é capaz de armazenar facilmente uma grande quantidade de informação por períodos de tempo curtos ou longos. Um tipo de memória de acesso rápido que armazena temporariamente as informações de trabalho é denominado(a): (A) Memória RAM. (B) Memória USB. (C) Memória ROM. (D) Disco Rígido. (E) CD ROM. (Analista – TJ/PR – 2009)

A: correta, a memória RAM é uma memória temporária de acesso rápido. B: errada, a memória USB é uma memória de armazenamento. C: errada, a memória ROM é uma memória não volátil do tipo somente leitura. D: errada, o disco rígido, além de não ser de rápido acesso, é uma memória de armazenamento. E: errado, o CD ROM, além de não ser de rápido acesso, é uma memória de armazenamento.

aplicativo Microsoft Excel 2000, o item “Colar especial...” do menu Editar permite copiar para uma nova célula todas as informações abaixo, de outra célula, exceto: (A) altura da linha. (B) fórmula. (C) valor. (D) comentário. (E) largura da coluna. A: Correta, a altura da linha não é alterada com a opção Colar Especial, que copia a formatação de uma célula. B: Errada, a fórmula da célula é copiada utilizando-se a função Colar Especial. C: Errada, o valor da célula é copiado utilizando-se a função Colar Especial. D: Errada, a os comentários fazem parte da formatação da célula, e por isso, também são copiados com a função Colar Especial. E: Errada, a largura da coluna também é copiada com a função Colar Especial. (Analista – TRE/AL – 2010 – FCC) Uma

planilha eletrônica Excel 2003 possui os títulos das colunas na primeira linha e os títulos das linhas na primeira coluna. Para congelar na tela tanto os títulos das colunas quanto os títulos das linhas deve-se selecionar (A) a primeira célula da primeira linha e da primeira coluna. (B) a segunda célula da segunda linha e da segunda coluna. (C) a primeira linha e a primeira coluna. (D) a segunda linha e a segunda coluna. (E) somente as células com conteúdos de títulos. A: Errada, deve-se selecionar sempre uma célula abaixo ou à direita da célula/linha que se deseja congelar. B: Correta, para congelar uma linha ou coluna deve-se selecionar uma célula abaixo da linha desejada ou à direita da coluna desejada. C: Errada, deve-se selecionar a célula e não a linha ou a coluna toda. D: Errada, deve-se selecionar a célula e não a linha ou a coluna toda. E: Errada, deve-se selecionar sempre uma célula abaixo ou à direita da célula/linha que se deseja congelar. Gabarito "B"

Gabarito "D"

São tecnologias de imagem que permitem à construção de monitores finos e leves todas as seguintes, EXCETO: (A) CRT (B) PLASMA (C) OLED (D) LCD (Analista – TJ/MA – 2009 – IESES)

(Delegado/PI – 2009 – UESPI) No

Gabarito "A"

A: errada, o CMOS é uma área da memória em que ficam guardadas informações sobre periféricos, configurações iniciais, relógio e calendário. B: errada, overclock é uma técnica utilizada para aumentar a frequência de um processador. C: errada, o sistema operacional é armazenado no disco rígido. D: correta, a BIOS é responsável pelo suporte básico de acesso ao hardware e se encontra na memória ROM. E: errada, o chipset é um grupo de circuitos integrados.

A: Errada, a função SE avalia uma condição lógica e toma comportamentos diferentes dependendo do resultado da condição. B: Correta, a função PROCV procura um valor na primeira coluna à esquerda de uma tabela e retorna um valor na mesma linha de uma coluna especificada. C: Errada, a função CORRESP apenas retorna a posição relativa de um item em uma matriz que corresponda a um valor específico em uma ordem específica. D: Errada, a função ESCOLHER apenas escolhe um valor a partir de uma lista de valores, com base em um número de índice. E: Errada, a função BDEXTRAIR apenas extrai de um banco de dados um único registro que corresponda a condições especificadas. Gabarito "B"

O termo que representa o programa que fica armazenado em uma memória ROM, localizado na placa-mãe é: (A) CMOS. (B) Overclock. (C) Sistema operacional. (D) BIOS. (E) Chipset. (Analista – TJ/PB – 2008 – COMPROV)

Gabarito "A" I.

Ao instalar quaisquer dispositivos que necessitem de comunicação entre o sistema operacional e o hardware (espécie de tradutor/ intérprete), providenciar as ações necessárias.

(Analista – TJ/PI – 2009 – FCC) A ação mencionada em I refere-se à instalação con-

junta de programas que acompanham os dispositivos conhecidos por (A) drives. (B) firewalls. (C) drivers. (D) adwares. (E) speakers.

A: errada, o correto do dispositivo é “drivers” e não “drives”. B: errada, firewall são sistemas de proteção de redes. C: correta, os drivers são programas que possibilitam o sistema operacional a utilizar os dispositivos de hardware. D: errada, adwares são malwares que exibem propagandas indesejadas ao usuário. E: errada, speakers são dispositivos de emissão de som. Gabarito "C"

2. OFFICE 2.1. EXCEL (PLANILHA ELETRÔNICA) (Delegado/PA – 2012 – MSCONCURSOS) Tem-se três planilhas em um arquivo Excel:

cliente (código, nome), produto (código, descrição, preço unitário) e pedido (código do cliente, nome do cliente, código do produto, descrição do produto, quantidade e preço total). Qual função deve ser aplicada na planilha pedido, a fim de que, ao digitar o código do produto, tenha-se automaticamente as informações de descrição e preço unitário registrados na planilha produto? (A) Função SE (B) Função PROCV (C) Função CORRESP (D) Função ESCOLHER (E) Função BDEXTRAIR

52

A figura acima mostra uma janela do Excel 2003 com uma planilha, na qual as células A2 e A3 apresentam itens a serem comprados; as células B2 e B3, os preços unitários de cada item, em reais; e as células C2 e C3, as quantidades de itens a serem adquiridos. Considere que as células que contêm números estejam formatadas como números, e que os valores numéricos sejam todos inteiros. A partir dessas informações, julgue os itens subsequentes, relativos ao Excel 2003. (1) Para se calcular o preço total dos cinco pratos e pôr o resultado na célula D2, é suficiente clicar essa célula, digitar =B2*C2 e, em (Analista – STJ – 2008 – CESPE)

seguida, teclar (2)

As células A1 e A3 estarão selecionadas após a execução da seguinte sequência de ações: clicar a célula A1; pressionar e manter pressionada a tecla tecla

(3)

.

; clicar a célula A3; liberar, finalmente, a

.

A seguinte ação irá mover o conteúdo da célula C2 para a célula D2: clicar a célula C2 e teclar .

2. Informática

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

1: correta, digitando-se na célula D2 a função =B2*C2 e em seguida teclando-se é adicionada à célula uma função de multiplicação entre as células B2 e C2 que irá exibir apenas o resultado da multiplicação. 2: correta, é possível selecionar células distintas mantendo-se pressionada a tecla

enquanto se clica em cada uma das células

desejadas. 3: errada, ao clicar na célula C2 e teclar

a seleção da cédula irá mudar

para a célula D2, e não seu conteúdo. Gabarito 1C, 2C, 3E

Considerando a figura acima, que mostra uma planilha do Excel 2000, julgue os itens seguintes. (Analista – TJ/AP – 2008 – CESPE)

=(B3*C3) e teclar

; clicar a célula D3; clicar o canto inferior

direito da célula D3, mantendo o botão do mouse pressionado; arrastar o ponteiro do mouse até o canto inferior direito da célula D5; liberar o botão do mouse. (2)

Considere-se o seguinte procedimento: clicar a célula C3; pressionar e manter pressionada a tecla ; clicar a célula C5; liberar a tecla

; clicar o botão

. Nessa situação, sabendo-se que a

célula C6 tem a mesma formatação das células de C3 a C5, após a realização desse procedimento, a célula C6 ficará preenchida com o valor 2.521,00. 1: correta, aplicando uma função a uma célula e clicando-se no canto inferior direito desta para arrastá-la, será aplicada a mesma formatação para as outras células. 2: correta, a função

faz o cálculo da somatória das células selecionadas.

Sabendo que a população do Amapá é estimada em 475.843 habitantes, dos quais 362.914 residem em Macapá e Santana, então, para determinar o percentual da população do Amapá que reside nessas duas cidades, pondo o resultado na célula A1, é suficiente digitar =362.914×100\475.843 na célula selecionada e, a seguir, teclar “ENTER”.

(2)

Considere o seguinte procedimento: na célula selecionada, digitar Amapá; teclar “ENTER”; clicar a célula A1; clicar

B1; teclar “ENTER”. Após esse procedimento, as células A1 e B1 ficarão com o mesmo conteúdo: Amapá. (3)

Gabarito 1C, 2C (Analista – TJ/PI – 2009 – FCC) A inserção

de dados referida em I é possibilitada, em primeira instância, mediante o acesso ao menu (A) Formatar. (B) Ferramentas. (C) Exibir. (D) Editar. (E) Inserir. A: errada, o item para inserção de cabeçalhos e rodapés não se encontra no menu Formatar. B: errada, o item para inserção de cabeçalhos e rodapés não se encontra no menu Ferramentas. C: correta, cabeçalhos e rodapés podem ser inseridos por meio do item “Cabeçalho e rodapé...” do menu Exibir. D: errada, o item para inserção de cabeçalhos e rodapés não se encontra no menu Editar. E: errada, o item para inserção de cabeçalhos e rodapés não se encontra no menu Inserir.

.

1: errada, o cálculo para determinar o percentual da população do Amapá que reside nessas cidades seria =362 914*100/475 843. 2: correta, o botão

copia o con-

teúdo da célula selecionada, após isso teclando-se “ENTER” o conteúdo copiado é colado no célula atual. 3: errada, o menu

não possui ferramentas para

a elaboração de relatórios.

Observe a fórmula aplicada na célula H1 de uma planilha do Excel XP, a partir da sua configuração original: (Analista – TJ/MT – 2008 – VUNESP)

=SE(H2>=15;MOD(3;2);(SE(E(H2>8;H2 X = 21.780/1,21 = 18.000.

Gabarito "D" (Analista – TRT/14 – 2011 – FCC) Certo dia, Jasão - Analista Judiciário do Tribunal

Regional do Trabalho - recebeu um lote de processos, em cada um dos quais deveria emitir seu parecer. Sabe-se que ele executou a tarefa em duas etapas: pela manhã, em que emitiu pareceres para 60% do total de processos e, à tarde, em que os emitiu para os processos restantes. Se, na execução dessa tarefa, a capacidade operacional de Jasão no período da tarde foi 75% da do período da manhã, então, se pela manhã ele gastou 1 hora e 30 minutos na emissão dos pareceres, o tempo que gastou na emissão dos pareceres à tarde foi: (A) 1 hora e 20 minutos. (B) 1 hora e 30 minutos. (C) 1 hora e 40 minutos. (D) 2 horas e 20 minutos. (E) 2 horas e 30 minutos.

2ª aplicação: C2 = (3/5)X, j2 = 1,5%am, t2 = (15-5) meses = 10 meses, M2. informado que M1 + M2 = 21.780. M1 = C1(1+j1t1) = (2X/5)(1+0,02x15) = (2/5)(1+0,3) = 2(1,3)X/5 = 2,6X/5. M2 = C2(1+j2t2) = (3X/5)(1+0,015.10) = (3/5)X(1,15) = 3,45X/5.

(Analista – TRT/14 – 2011 – FCC) Considere que Asdrúbal tem um automóvel que,

em média, percorre 14 quilômetros de estrada com 1 litro de gasolina. Certo dia, após ter percorrido 245 quilômetros de uma rodovia, Asdrúbal observou que o ponteiro do marcador da gasolina, que anteriormente 5 indicava a ocupação de da capacidade do tanque, passara a indicar 8 uma ocupação de 1 . Nessas condições, é correto afirmar que a capa3 cidade do tanque de gasolina desse automóvel, em litros, é: (A) 50. (B) 52. (C) 55. (D) 60. (E) 65. Para percorrer os 245 quilômetros, o automóvel consumiu (245/14)l = 17,5 l de gasolina. O ponteiro, que marcava 5/8 da capacidade, passou a indicar 1/3 do tanque t. Ou seja, (5/8)t - t/3 = 17,5. Daí, (5/8)t - t/3 = 17,5 => (15t-8t)/24 = 17,5 7t/24 = 17,5 => t = 17,5x24/7 = 60 litros. Gabarito “D”

(C)

Gabarito “B”

(B)

Ultimamente tem havido muito interesse no aproveitamento da energia solar para suprir outras fontes de energia. Isso fez com que, após uma reforma, parte do teto de um salão de uma empresa fosse substituída por uma superfície retangular totalmente revestida por células solares, todas feitas de um mesmo material. Considere que: – células solares podem converter a energia solar em energia elétrica e que para cada centímetro quadrado de célula solar que recebe diretamente a luz do sol é gerada 0,01 watt de potência elétrica; (Analista – TRT/14 – 2011 – FCC)

Seja n o número total de processos. Pela manhã, Jasão emitiu 60%n = 0,6n e à tarde emitiu n-0,6n = 0,4n. Tendo gasto 1h30min = 90min pela manhã para analisar 60%n, temos turno

Tempo gasto (min)

↓ #processos

↑ Capacidade operacional

manhã

90

0,4n

100%=1

tarde

x

0,6n

75%=0,75

Invertendo a coluna 2 por ser inversamente proporcional,

– a superfície revestida pelas células solares tem 3,5 m de largura por 8,4 m de comprimento.

Temos, então, x.0,6n.0,75 = 90.0,4n.1 => 0,45x = 36 => x = 80min = 1h20min

Assim sendo, se a luz do sol incidir diretamente sobre tais células, a potência elétrica que elas serão capazes de gerar em conjunto, em watts, é: (A) 294 000. (B) 38 200. (C) 29 400. (D) 3 820. (E) 2 940.

Gabarito “A”

Superfície das células: 3,5 m x 8,4 m = 350 cm x 840 cm = 294.000 cm2.

(Analista – TRT/14 – 2011 – FCC) Dos

Uma vez que cada cm2 gera 0,01W, a potência gerada será de 294.000 x 0,01W = 2.940W.

Tempo gasto (min)

#processos

Capacidade operacional

manhã

90

0,6n

100%=1

tarde

x

0,4n

75%=0,75

números que aparecem nas alternativas, o que mais se aproxima do valor da expressão (0,6192 -0,5992) .0,75 é: (A) 0,0018. (B) 0,015. (C) 0,018. (D) 0,15. (E) 0,18.

Gabarito "E"

turno

= 0,3045 .0,06 = . = 0,01827.

Suponha que a sala de audiência de uma Vara Trabalhista será reformada e ficará com a forma de um retângulo que tem 67,2 m de perímetro. Para que a área dessa sala seja máxima as suas dimensões deverão ser: (A) 37,2 m - 39,0 m. (B) 33,6 m - 33,6 m. (C) 21,4 m - 12,2 m. (D) 16,8 m - 16,8 m. (E) 15,6 m - 18,0 m.

Gabarito “C”

1ª solução

(Analista – TRT/14 – 2011 – FCC) Uma pessoa fez duas aplicações em um regime

Supondo a a largura e b o comprimento do retângulo, seu perímetro será 2a + 2b e sua área S = ab.

(1,218)(0,02)(3/4) = 0,3045 .0,02 .3 =

2 de capitalização a juros simples: em uma delas, aplicou de um capital 5 de X reais à taxa mensal de 2% e, após 5 meses, aplicou o restante à taxa mensal de 1,5%. Se, decorridos 15 meses da primeira aplicação, os montantes de ambas totalizavam R$ 21 780,00, o valor de X era (A) R$ 20 000,00. (B) R$ 18 000,00. (C) R$ 17 500,00. (D) R$ 16 500,00. (E) R$ 16 000,00.

2a + 2b = 67,2m => a+b = 33,6m. Sabe-se que o retângulo de área máxima é o quadrado. Não pode ser o quadrado da letra B porque a+b > 33,6. 2ª solução Não podem ser as alternativas A e B pois nelas a soma a+b é maior que 33,6m. Calculando S = ab, temos, em C, S = 261,08, em D, S = 282,24 e, em E, S = 280,8. A área máxima é a da letra D. Gabarito "D"

(0,6192 -0,5992) .0,75 = (0,619 + 0,599)(0,619 -0,599).0,75 =

(Analista – TRT/14 – 2011 – FCC)

83

Enildo Garcia e André Braga Nader Justo

Ao saber que alguns processos deviam ser analisados, dois Analistas Judiciários do Tribunal Regional do Trabalho – Sebastião e Johnny - se incumbiram dessa tarefa. Sabe-se que: (Analista – TRT/14 – 2011 – FCC)

– dividiram o total de processos entre si, em partes inversamente proporcionais a seus respectivos tempos de serviço no Tribunal: 15 e 5 anos; – Sebastião levou 4 horas para, sozinho, analisar todos os processos que lhe couberam, enquanto que, sozinho, Johnny analisou todos os seus em 6 horas. Se não tivessem dividido o total de processos entre si e trabalhassem simultaneamente em processos distintos, quanto tempo seria necessário até que todos os processos fossem analisados? (A) 5 horas e 20 minutos. (B) 5 horas. (C) 4 horas e 40 minutos. (D) 4 horas e 30 minutos. (E) 4 horas. Solução

(Analista – TRT/24 – 2011 – FCC) Nicanor deveria efetuar a divisão de um número

inteiro e positivo N, de três algarismos, por 63; entretanto, ao copiar N, ele enganou-se, invertendo as posições dos dígitos extremos e mantendo o seu dígito central. Assim, ao efetuar a divisão do número obtido por 63, obteve quociente 14 e resto 24. Nessas condições, se q e r são, respectivamente, o quociente e o resto da divisão de N por 63, então: (A) q + r = 50. (B) r < 40. (C) q < 9. (D) r é múltiplo de 4. (E) q é um quadrado perfeito. Seja N =`abc`. Como trocou as posições, ficou `cba` = 63.14+24 = 63.14+24 = 906. Então `cba` = 906. Ou seja c = 9, b = 0 e a = 6 E N =`abc`= 609. Deseja saber os valores q e r em N = 63q + r. Logo, 609=63.9+42 onde q=9 e r=42. Gabarito "E"

analista

↓ Tempo de serviço

↑ #processos

Sebastião

15

s

Johnny

5

j

Suponha que em 2007 as mensalidades de dois planos de saúde tinham valores iguais e que nos três anos subsequentes elas sofreram os reajustes mostrados na tabela seguinte. (Analista – TRT/24 – 2011 – FCC)

Temos, invertendo a coluna 2 por ser inversamente proporcional, analista

Tempo de serviço

#processos

Sebastião

5

s

Johnny

15

j

5 -– s 15 -- j => 15s = 5j => j = 3s e o número de processos fica j + s = 3s + s = 4s. Como Sebastião analisou os seus s processos em 4h, gastará 16h para analisar todos os 4s processos. E como Johnny gastou 6h para analisar j=3s processos ou 2h para s processos, ele gastará 8h para o total de 4s processos. Em 1h, Sebastião analisa 1/16 do total e Johnny, 1/8 do total. Agora, juntos, em 1h analisarão 1/16 + 1/8 = 3/16 do total n. 1h -- (3/16)n x -- n => x = n/3n/16 = 16/3 h = 5h20min.

2009

2010

Plano 1

10%

10%

10%

Plano 2

5%

5%

X

Se, em 2010, os valores das mensalidades de ambos se tornaram novamente iguais, então X é aproximadamente igual a (A) 15%. (B) 18,6%. (C) 20,7%. (D) 27,8%. (E) 30%. Seja m a mensalidade dos planos 1 e 2 em 2007. Então, o plano 1 valia 1,1m em 2008, 1,1m(1,1) em 2009 e 1,1m(1,1)(1,1) em 2010. E o plano 2, 1,05m em 2008, 1,05.m(1,05) em 2009 e 1,05.m(1,05)X em 2010. Temos 1,1m(1,1)(1,1) = 1,05.m(1,05)X. Daí, X = 1,1m(1,1)(1,1)/1,05.1,05 = 1,331/1,1025 = 1,2072 = 20,72%.

Gabarito "A"

Gabarito "C"

(Analista – TRT/14 – 2011 – FCC) Certo dia, um Analista Judiciário digitou parte de um texto sobre legislação trabalhista. Ele executou essa tarefa em 24 minutos, de acordo com o seguinte procedimento:

(Analista – TRT/24 – 2011 – FCC)

– nos primeiros 8 minutos, digitou a quarta parte do total de páginas do texto e mais 1/4 de página; – nos 8 minutos seguintes, a terça parte do número de páginas restantes e mais 1/3 de página; – nos últimos 8 minutos, a metade do número de páginas restantes e mais1/2 página. Se, dessa forma, ele completou a tarefa, o total de páginas do texto era um número (A) compreendido entre 10 e 15. (B) compreendido entre 15 e 20. (C) quadrado perfeito. (D) par. (E) compreendido entre 1 e 10.

O computador de certo caixa eletrônico foi programado para que fossem emitidas apenas cédulas de 20, 50 ou 100 reais. Ao fazer um saque nesse caixa, Aristóteles recebeu 24 cédulas e, curiosamente, observou que as quantias correspondentes a cada um dos três tipos de cédulas eram iguais. Nessas condições, é correto afirmar que Aristóteles (A) recebeu 18 cédulas de 20 reais. (B) recebeu 8 cédulas de 50 reais. (C) recebeu 5 cédulas de 100 reais. (D) fez um saque de R$ 900,00. (E) fez um saque de R$ 300,00. Ele recebeu 20a + 50b + 100c. (a cédulas de 20, b de 50 e c de 100 reais). Porém 20a = 50b =100c ou 2a = 5b, 2a = 10c ou a = 5c e 50b = 100c ou b = 2c. Mas a+b+c = 24. Ou 5c+2c+c = 24 => 8c = 24. => c = 3 E a = 5c = 15 e b = 2c = 6. Então o total de 20.15 + 50.6. + 100.3 = 300+300+300 = 900 reais.

Seja t o número total de páginas do texto.

Gabarito "D"

i) O analista digitou (t/4 + 1/4) páginas = (t + 1)/4 páginas;

(Analista – TRT/24 – 2011 – FCC)

ii) Digitou [1/3][t -(t + 1)/4 ] + 1/3 = [1/3][(4t –t-1)/4] + 1/3= [1/3][(3t -1)/4 +1] ; ou [1/3][(3t-1+4)/4] = (t+1)/4 iii) Digitou [1/2][t – (2)(t+1)/4] + ? = [1/2][t – (t+1)/2] + ? = [1/2][(2t -1)/2 + 1] = [1/2] [(2t +2)/2] = (t+1)/4 Somando i), ii) e iii) obtemos o total t: t = (t + 1)/4 + (t + 1)/4 + (t + 1)/4 = 3 ( t + 1) /4 4t = 3(t+1) = 3t + 3

t = 3, ou seja, o texto tem 3 páginas

Conferindo: i = ii = iii = (t+1)/4 = (3 + 1)/4 = 1 e i + ii + iii = 1 + 1 + 1 = 3 Gabarito "E"

84

2008

Dois Analistas Judiciários de uma Unidade do Tribunal Regional do Trabalho - Felício e Marieta - foram incumbidos de analisar 56 processos. Decidiram, então, dividir o total de processos entre si, em partes que eram, ao mesmo tempo, diretamente proporcionais aos seus respectivos tempos de serviço no Tribunal e inversamente proporcionais às suas respectivas idades. Se na ocasião, Felício era funcionário do Tribunal há 20 anos e tinha 48 anos idade, enquanto que Marieta lá trabalhava há 8 anos, então, se coube a Marieta analisar 21 processos, a sua idade (A) era inferior a 30 anos. (B) estava compreendida entre 30 e 35 anos.

3. Matemática

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

estava compreendida entre 35 e 40 anos. estava compreendida entre 40 e 45 anos. (E) era superior a 45 anos. (D)

Resolução analista

↓ idade

↑ #processos

↑ Tempo de serviço

Felício

48

56-21=35

20

Marieta

m

21

8

IInvertendo a primeira razão para que as flechas fiquem no mesmo sentido

Há 6 maneiras de se pintar as bolas e dessas só 3 atendem ao requisitado: (p-preto, b-branco e v-vermelho) pbv Sim: Só a afirmação (2) é verdadeira. pvb Não: as 3 afirmações são falsas. bpv Sim: Só a afirmação (2) é verdadeira. bvp Sim: Só a afirmação (3) é verdadeira. vbp Não: 2 afirmações verdadeiras. vpb Não: 3 afirmações verdadeiras. Gabarito "B"

(C)

(Analista – TRT/24 – 2011 – FCC) A tabela abaixo apresenta os múltiplos positivos

de 3 dispostos segundo determinado padrão:

idade

#processos

Tempo de serviço

Plano 1

2008 10%

2009 10%

2010 10%

Felício

m

35

20

Plano 2

5%

5%

X

Marieta

48

21

8

Gabarito "B"

De um curso sobre Legislação Trabalhista, sabe-se que participaram menos de 250 pessoas e que, destas, o número de mulheres estava para o de homens na razão de 3 para 5, respectivamente. Considerando que a quantidade de participantes foi a maior possível, de quantas unidades o número de homens excedia o de mulheres? (A) 50. (B) 55. (C) 57. (D) 60. (E) 62. (Analista – TRT/24 – 2011 – FCC)

Seja H o número de homens, M o número de mulheres e G = (H + M) < 250 é o maior possível. Também foi dito que o número de mulheres estava para o de homens na razão de 3 para 5, ou seja: M/3 = H/5. M/3 = H/5 = (M+H) / 8. Para que G seja o maior possível, ele deve ser múltiplo de 8. Por tentativa, temos: G = 249? Não, pois 249 não é múltiplo de 8; G = 248? Sim, pois 248 é divisível por 8. Como G = 248; M + H = 248 = 3H/5 + H (248)(5) = (3 + 5)(H) = 8H e H = 155. M = 3H/5 = 93 e M–H = 155-93 = 62 Gabarito "E" (Analista – TRT/24 – 2011 – FCC) Auri

tem três bolas de tamanhos diferentes, B1, B2, e B3, e pretende pintar cada uma delas com uma única das cores: preta, branca ou vermelha, não necessariamente nesta ordem. Considere as seguintes afirmações: (1) B1 é vermelha. (2) B2 não é vermelha. (3) B3 é preta. De quantos modos Auri poderá fazer a pintura das bolas para que apenas uma das afirmações seja verdadeira? (A) duas. (B) três. (C) quatro. (D) cinco. (E) seis.

Nota-se que cada coluna é uma P.A. (progressão aritmética) com razão 15. Temos, então, an = 3+15(n-1) para a 1ª coluna, an = 6+15(n-1) para a 2ª coluna etc. Para o número 462 teremos 462 – a0 = 15(n-1), isto é, 15 divide (462 – a0). E o único a0 que permite isso é o da coluna 4: 462-12 = 450.

Todos os 72 funcionários de uma Unidade do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso do Sul deverão ser divididos em grupos, a fim de se submeterem a exames médicos de rotina. Sabe-se que: – o número de funcionários do sexo feminino é igual a 80% do número dos do sexo masculino; – cada grupo deverá ser composto por pessoas de um mesmo sexo; – todos os grupos deverão ter o mesmo número de funcionários; – o total de grupos deve ser o menor possível; – a equipe médica responsável pelos exames atenderá a um único grupo por dia. (Analista – TRT/24 – 2011 – FCC)

Nessas condições, é correto afirmar que: (A) no total, serão formados 10 grupos. (B) cada grupo formado será composto de 6 funcionários. (C) serão necessários 9 dias para atender a todos os grupos. (D) para atender aos grupos de funcionários do sexo feminino serão usados 5 dias. (E) para atender aos grupos de funcionários do sexo masculino serão usados 6 dias. Seja m o número de mulheres e h o de homens. Temos m = 80%h = 0,8h e m+h = 72. 0,8h + h = 72 => 1,8h = 72 => h = 40. Logo, m = 32. Uma vez que o o total de grupos, de pessoas do mesmo sexo, deve ser o menor possível, basta encontrar o MDC(40,32) que vale 8. Logo cada grupo terá 8 pessoas e teremos 5 grupos de homens e 4 grupos de mulheres que deverão ser atendidos, portanto, em 5+4=9 dias. Gabarito "C"

Temos m = 48.35.8/(21.20) = 32 anos.

Caso esse padrão seja mantido indefinidamente, com certeza o número 462 pertencerá à (A) primeira coluna. (B) segunda coluna. (C) terceira coluna. (D) quarta coluna. (E) quinta coluna.

Gabarito "D"

analista

Amália, Berenice, Carmela, Doroti e Paulete vivem nas cidades de Amambaí, Bonito, Campo Grande, Dourados e Ponta Porã, onde exercem as profissões de advogada, bailarina, cabeleireira, dentista e professora. Considere como verdadeiras as seguintes afirmações: – a letra inicial do nome de cada uma delas, bem como as iniciais de suas respectivas profissão e cidade onde vivem, são duas a duas distintas entre si; – a bailarina não vive em Campo Grande; – Berenice não é cabeleireira e nem professora; também não vive em Campo Grande e nem em Dourados; – Doroti vive em Ponta Porã, não é bailarina e tampouco advogada; – Amália e Paulete não vivem em Bonito; – Paulete não é bailarina e nem dentista. (Analista – TRT/24 – 2011 – FCC)

Com base nas informações dadas, é correto concluir que Carmela (A) vive em Bonito. (B) é advogada. (C) vive em Dourados. (D) é bailarina. (E) vive em Ponta Porã.

85

Enildo Garcia e André Braga Nader Justo

Resolução NOME Amália PROFISSÃO

A

Carmela

n n

C

N

N

N n

B

N

Paulete

Amambaí

Bonito

Cpo. Gde

n

N

n

Dourados

Pta Porã

n N

n

D A

CIDADE Doroti N

B

P

CIDADE

Berenice

n n

N

S

n

N

N

C

N

D

N

n

P

N

S

n n

n n

(n significa que não pode haver AA BB CC DD PP porque são duas a duas distintas entre si). Letra E está errada porque quem mora em Pta Porã é a Doroti. Observa-se na linha em negrito que na cidade de Bonito só pode residir a Carmela. Gabarito "A" Gabarito "D" (Analista – TRT/8ª – 2010 – FCC) Se Alceu tira férias, então Brenda fica trabalhando.

Se Brenda fica trabalhando, então Clóvis chega mais tarde ao trabalho. Se Clóvis chega mais tarde ao trabalho, então Dalva falta ao trabalho. Sabendo-se que Dalva não faltou ao trabalho, é correto concluir que (A) Alceu não tira férias e Clóvis chega mais tarde ao trabalho. (B) Brenda não fica trabalhando e Clóvis chega mais tarde ao trabalho. (C) Clóvis não chega mais tarde ao trabalho e Alceu não tira férias. (D) Brenda fica trabalhando e Clóvis chega mais tarde ao trabalho. (E) Alceu tira férias e Brenda fica trabalhando.

O enunciado nos diz que Dalva falta ao trabalho se Clóvis chega mais tarde. Como Dalva não faltou ao trabalho, concluímos que Clóvis não chegou mais tarde. O enunciado também nos diz que, se Clóvis chega mais tarde, Brenda fica trabalhando. Mas, como Clóvis não chega mais tarde, concluímos que Brenda não fica trabalhando. Logo, pela primeira frase do enunciado, concluímos que Alceu não tira férias. Gabarito "C"

Quatro casais vão jogar uma partida de buraco, formando quatro duplas. As regras para formação de duplas exigem que não sejam de marido com esposa. A respeito das duplas formadas, sabe-se que: − Tarsila faz dupla com Rafael; − Julia não faz dupla com o marido de Carolina; − Amanda faz dupla com o marido de Julia; − Rafael faz dupla com a esposa de Breno; − Lucas faz dupla com Julia; − Nem Rafael, nem Lucas fazem dupla com Amanda; − Carolina faz dupla com o marido de Tarsila; − Pedro é um dos participantes. (Analista – TRT/8ª – 2010 – FCC)

86

Nesse problema, temos quatro mulheres (Amanda, Julia, Tarsila e Carolina) e quatro homens (Lucas, Rafael, Pedro e Breno). Em primeiro lugar, buscamos as informações mais diretas do enunciado. Para facilitar o raciocínio, o candidato deve ir anotando as conclusões parciais à medida que as encontra. Cruzando a primeira e a quarta informação, concluímos que Breno é marido de Tarsila. Da sétima informação, concluímos que Carolina faz dupla com Breno. Júlia não faz dupla com Breno (marido de Tarsila) e nem com o marido de Carolina; portanto, faz dupla com o marido de Amanda. Como a quinta informação nos diz que Júlia faz dupla com Lucas, concluímos que Lucas é marido de Amanda. Como, portanto, Breno, Lucas e Rafael não fazem dupla com Amanda, concluímos que Pedro faz dupla com Amanda. Pela terceira informação, sabemos agora que Pedro é marido de Júlia. Agora, por exclusão, sabemos que Rafael é marido de Carolina (já que descobrimos os maridos de Tarsila e Amanda). Sendo assim, as duplas são: Tarsila e Rafael, Carolina e Breno, Júlia e Lucas, Amanda e Pedro, Os casais são: Breno e Tarsila, Lucas e Amanda, Pedro e Júlia, Rafael e Carolina

A tabela abaixo apresenta as frequências das pessoas que participaram de um programa de recuperação de pacientes, realizado ao longo de cinco dias sucessivos. (Analista – TRT/9ª – 2010 – FCC)

Quantidade de pessoas presentes

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

5º dia

79

72

75

64

70

Considerando que cada um dos participantes faltou ao programa em exatamente 2 dias, então, relativamente ao total de participantes, a porcentagem de pessoas que faltaram no terceiro dia foi (A) 40%. (B) 38,25%. (C) 37,5%. (D) 35,25%. (E) 32,5%. A média do número de participantes nos 5 dias do programa é igual a: 79 + 72 + 75 + 64 + 70 = 360 = 72 5 5 Como cada um dos X participantes faltou 2 dias, então o total de faltas foi (2X). Como foram 5 dias de programa, a média de ausentes por dia foi: (2X÷5)= 0,4.X. Portanto, (total de participantes) = (média de presentes)+(média de ausentes) X = 72 + 0,4X X – (0,4X) = 72 0,6X = 72 72 X= 0,6 X = 120 (total de participantes) Como no terceiro dia tivemos 75 presentes, o número de pessoas que faltaram foi (120-75) = 45. Isso equivale a: 45 = 0,375 = 37,5%. 120 Gabarito "C"

Em questões de raciocínio lógico, o candidato deve tomar cuidado para não se perder no labirinto do enunciado, pois o tempo é precioso. Leia o enunciado rapidamente até chegar à pergunta no final, pois ela guiará o seu raciocínio. Essa questão é fácil de resolver se começarmos nos guiando pela informação da última frase: há um cachorro na sala (Sim). Se Ana disser a verdade (Sim), então Beto também dirá a verdade (Sim), como foi postulado na primeira frase. A terceira frase do enunciado afirma que, se Beto diz a verdade, então Cléo também diz a verdade (Sim). A segunda frase nos diz que, se disser a verdade, David mentirá (Não). Portanto, uma possibilidade de resposta é S,S,S,N.

Com base nas informações, é correto afirmar que (A) Carolina não é esposa de Breno, nem de Lucas, nem de Pedro. (B) Amanda não é esposa de Lucas, nem de Rafael, nem de Pedro. (C) Tarsila é esposa de Lucas. (D) Rafael é marido de Julia. (E) Pedro é marido de Carolina.

Gabarito "A"

Se Ana diz a verdade, Beto também fala a verdade, caso contrário Beto pode dizer a verdade ou mentir. Se Cléo mentir, David dirá a verdade, caso contrário ele mentirá. Beto e Cléo dizem ambos a verdade, ou ambos mentem. Ana, Beto, Cléo e David responderam, nessa ordem, se há ou não um cachorro em uma sala. Se há um cachorro nessa sala, uma possibilidade de resposta de Ana, Beto, Cléo e David, nessa ordem, é (A) N, N, S, N. (B) N, S, N, N. (C) S, N, S, N. (D) S, S, S, N. (E) N, N, S, S. (Analista – TRT/8ª – 2010 – FCC)

3. Matemática

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS

levaria (0,666.X) se tivessem a mesma velocidade. Entretanto, o enunciado nos diz também que Gandi tem apenas 80% da velocidade (“capacidade operacional”) de Zelda, o que contribui para que Zelda seja mais rápida. Portanto, sabendo que o tempo de Gandi foi 2h10min, então o tempo X de Zelda foi: (tempo de Gandi) (0,80) (tempo de Zelda) = 0,666 x = 2h 10min (0,80) = 130min (0,80) 0,666 0,666 x= 156 min = 2h36min Gabarito "D"

Em um ambulatório há um armário fechado com um cadeado cujo segredo é um número composto de 6 dígitos. Necessitando abrir tal armário, um funcionário não conseguia lembrar a sequência de dígitos que o abriria; lembrava apenas que a soma dos dígitos que ocupavam as posições pares era igual à soma dos dígitos nas posições ímpares. As alternativas que seguem apresentam sequências de seis dígitos, em cada uma das quais estão faltando dois dígitos. A única dessas sequências que pode ser completada de modo a resultar em um possível segredo para o cadeado é: (A) 9 2 _ _ 6 2 (B) 7 _ 7 _ 7 1 (C) 6 _ 9 0 _ 5 (D) 4 8 _ 9 _ 7 (E) 2 6 4 _ 8 _ (Analista – TRT/9ª – 2010 – FCC)

Essa questão deve ser resolvida por eliminação. O candidato deve analisar cada alternativa e somar os dígitos das posições ímpares (1, 3 e 5) e, em seguida, comparar com a soma dos dígitos das posições pares (posições 2, 4 e 6). Na alternativa A, por exemplo, a soma dos dígitos das posições ímpares é 9+x+6=15+x; enquanto que das posições pares é 2+y+2=4+y. Como a soma dos dígitos pares não alcançará a soma dos ímpares nem se y for 9, concluímos que a sequência de números da alternativa A não é uma sequência possível. Repetindo a mesma análise para as demais alternativas, concluímos que a única possível é a alternativa E: Soma dos dígitos pares = 6+x+8 = 14+x Soma dos dígitos ímpares = 2+4+8 = 14 Portanto, se x=0 as duas somas terão o mesmo valor. Gabarito "E"

Três lotes de documentos possuíam respectivamente 245, 359 e 128 folhas. Essas folhas foram redistribuídas para que os três ficassem com a mesma quantidade de folhas. Dessa forma, (A) o primeiro lote ficou com 243 folhas. (B) o segundo lote ficou com 118 folhas a menos do que tinha. (C) o terceiro lote ficou com 116 folhas a mais do que tinha. (D) o número final de folhas de cada lote era 250. (E) do primeiro e do segundo lotes foi retirado um total de 120 folhas. (Analista – TRT/15ª – 2009 – FCC)

Para distribuir as folhas em três lotes iguais, temos primeiro que juntá-las e depois dividir por três: (245+359+128)/3 = (732)/3 = 244. Sendo assim, a alternativa A é incorreta, pois todos os lotes ficaram com 244 folhas. A alternativa B é incorreta, pois o 2º lote ficou com 115 folhas a menos (e não 118). As alternativas D e E são incorretas por razões análogas. A alternativa C é correta, pois o terceiro lote ficou com 116 folhas a mais do que tinha (128+116=244).

Seja “S” o número de pessoas que compraram e “N” o número de pessoas que não compraram. Sabendo que o número total de pessoas (S+N) é 38, vamos resolver esse problema escrevendo-o em forma de um sistema de equações: (R$2).S – (R$1).N = R$49

(1)

S+N = 38

(2)

Podemos reescrever a equação (2) da seguinte forma: N= (38–S) Substituindo isso na eq. (1), temos: 2S – N = 49 2S – (38-S) = 49 2S – 38 + S = 49 3S = 87 S = (87)/3 = 29 ; então N = (38 – S) = (38 – 29) = 9 Como 29 pessoas compraram e 11 não compraram, concluímos que a alternativa correta é a letra E, pois 29 é um número primo. Mesmo se o candidato não estivesse seguro que 29 é um número primo, poderia facilmente chegar à resposta correta por eliminação das outras alternativas.

Um recipiente vazio pesa 0,8 kg. Se esse recipiente contiver 2,8 litros de um certo líquido, o peso total será 6 400 g. Retirando-se do recipiente o correspondente a 360 cm3 do líquido, o peso total passa a ser X% do peso total inicial. O valor de X é (A) 88,75 (B) 87,5 (C) 85 (D) 82,5 (E) 80 (Analista – TRT/15ª – 2009 – FCC)

O recipiente com 2,8 litros do líquido pesa 6.400g = 6,4 Kg. Como o recipiente vazio pesa 0,8 Kg, temos que 2,8 litros do líquido pesam: (6,4Kg) – ( 0,8Kg) = 5,6Kg. Sabemos que 1.000 cm³ = 1 m³ = 1 litro. Logo, para saber quantos litros foram retirados do recipiente, fazemos uma regra de três: 1.000 cm³ ----------------------- 1 litro 360 cm³ ----------------------- x Então, x = (360 litros)/1.000 = 0,36 litros Sendo assim, sobraram (2,8 L)-(0,36 L) = 2,44 L. Para saber o novo peso do líquido, novamente resolvemos uma regra de três: 2,8 litros ----------------------- 5,6 Kg 2,44 litros ----------------------- x X= ((5,6).(2,44)) /(2,8) = (13,664) /(2,8) = 4,88 kg. Como a embalagem pesa 0,8 Kg, o peso final será: (4,88 kg)+(0,8 Kg) = 5,68 Kg. Finalmente, para descobrir qual a porcentagem desse valor em relação ao valor inicial, resolvemos mais uma regra de três: 6,4 Kg ------------------------- 100% 5,68 Kg ------------------------ x X = ((5,66).(100))/ (6,4) = 88,75%. Gabarito "A"

Razão inversa de idades significa que quem é mais velho vai pegar menos processos, e quem é mais novo vai pegar mais processos. Por exemplo, se tivermos dois funcionários, 50 50 1 sendo um de 25 anos e outro de 50, a razão de idades é = 2 , e a razão inversa é = 25 25 2 (isso significa que o funcionário de 50 anos vai pegar metade do número de processos que o funcionário de 25). Portanto, o funcionário de 25 anos vai pegar X processos, e o de 50 anos vai pegar (0,5.X). 28 Para as idades de 28 anos (Zelda) e 42 anos (Gandi), a razão inversa é = 0,666. Isso 42 significa que Zelda levaria X minutos para terminar o trabalho com os processos e Gandi

Um aluno resolveu vender livros para ajudar a pagar seus estudos. Um colega duvidou que ele conseguisse fazê-lo. Fizeram então uma aposta: ele ofereceria os livros a um certo número de pessoas; se a pessoa comprasse algum livro, o colega lhe daria R$ 2,00; caso contrário, ele daria R$ 1,00 ao colega. Ele contatou 38 pessoas e ganhou R$ 49,00 na aposta. É verdade que o número de pessoas que (A) não compraram seus livros é um número par. (B) não compraram seus livros é múltiplo de 5. (C) compraram seus livros é maior do que 30. (D) compraram seus livros é o triplo do número das que não compraram. (E) compraram seus livros é um número primo. (Analista – TRT/15ª – 2009 – FCC)

Gabarito "E"

Certo dia, Zelda e Gandi, funcionários de certa unidade do Tribunal Regional do Trabalho, receberam alguns processos para emitir pareceres e os dividiram entre si na razão inversa de suas respectivas idades: 28 e 42 anos. Considerando que, na execução dessa tarefa, a capacidade operacional de Gandi foi 80% da de Zelda e que ambos a iniciaram em um mesmo horário, trabalhando ininterruptamente até completá-la, então, se Gandi levou 2 horas e 10 minutos para terminar a sua parte, o tempo que Zelda levou para completar a dela foi de (A) 1 hora e 24 minutos. (B) 1 hora e 38 minutos. (C) 1 hora e 52 minutos. (D) 2 horas e 36 minutos. (E) 2 horas e 42 minutos. (Analista – TRT/9ª – 2010 – FCC)

(Analista – TRT/15ª – 2009 – FCC) Os funcionários A, B e C, igualmente eficientes,

digitaram um total de 260 páginas de alguns processos, trabalhando o mesmo número de horas por dia. Entretanto, devido a problemas de saúde, B faltou alguns dias ao serviço, tendo trabalhado o correspondente à metade dos dias trabalhados por A; C não faltou ao serviço, mas seu rendimento diminuiu e o número de páginas digitadas por ele correspondeu a das digitadas por B. O número de páginas digitadas por (A) A foi 122. (B) A foi 118. (C) B foi 54. (D) B foi 42. (E) C foi 26.

87

Gabarito "C"

Enildo Garcia e André Braga Nader Justo

Gabarito "C"

Serena fez um saque em um caixa eletrônico que emitia apenas cédulas de 10, 20 e 50 reais e, em seguida, foi a três lojas nas quais gastou toda a quantia que acabara de retirar. Sabe-se que, para fazer os pagamentos de suas compras, em uma das lojas ela usou todas (e apenas) cédulas de 10 reais, em outra usou todas (e apenas) cédulas de 20 reais e, na última loja todas as cédulas restantes, de 50 reais. Considerando que, ao fazer o saque, Serena recebeu 51 cédulas e que gastou quantias iguais nas três lojas, o valor total do saque que ela fez foi de (A) R$ 900,00. (B) R$ 750,00. (C) R$ 600,00. (D) R$ 450,00. (E) R$ 300,00. (Analista – TRT/22ª – 2010 – FCC)

Seja x, y e z o número de notas de 10, 20 e 50 reais, respectivamente. Como em cada uma das lojas Serena gastou apenas um tipo de nota (e gastou todas as notas), e os valores gastos em cada loja foram iguais, temos: 10x = 20y = 50z. E como o número total de células é 51, chegamos às seguintes equações: x + y + z = 51 (I) 10x = 20y (II) 10x = 50z (III) x x Reorganizando a (II) e (III), temos: y = ez= (IV) 5 2 Substituindo esses valores em (I): x + y + z = 51 x x x+ + = 51 2 5 10x + 5x + 2x = 51 (aqui, calculamos o m.m.c) 10 17x = 510 x = 30 (V)

88

e

z=

x 30 = =6 5 5

Portanto, Serena tinha 30 notas de R$10, 15 notas de R$20 e 6 notas de R$50, totalizando: (30xR$10)+(15xR$20)+(6xR$50)= R$300+ R$300+ R$300 = R$900.

Dois funcionários de uma Unidade do Tribunal Regional do Trabalho – Moisés e Nuno – foram incumbidos da manutenção de n equipamentos de informática. Sabe-se que Moisés é capaz de executar essa tarefa sozinho em 4 horas de trabalho ininterrupto e que Nuno tem 80% da capacidade operacional de Moisés. Assim sendo, se, num mesmo instante, ambos iniciarem simultaneamente a manutenção dos n equipamentos, então, após um período de duas horas, (A) o trabalho estará concluído. (B) ainda deverá ser feita a manutenção de 20% dos n equipamentos. (C) ainda deverá ser feita a manutenção de 10% dos n equipamentos. (D) terá sido executada a manutenção de 83 dos n equipamentos. (E) terá sido executada a manutenção de 54 dos n equipamentos. (Analista – TRT/22ª – 2010 – FCC)

Em 4h, Nuno consegue fazer 100% do trabalho sozinho, enquanto que Moisés consegue fazer apenas 80%. Sendo assim, em 2h Nuno conseguirá fazer 50% do trabalho e Moisés 40%, totalizando 90%. Portanto, em 2h ainda deverá ser feita a manutenção de 10% dos n equipamentos. (Analista – TRT/22ª – 2010 – FCC)

seguintes premissas:

Considere um argumento composto pelas

– Se a inflação não é controlada, então não há projetos de desenvolvimento. – Se a inflação é controlada, então o povo vive melhor. – O povo não vive melhor. Considerando que todas as três premissas são verdadeiras, então, uma conclusão que tornaria o argumento válido é: (A) (B) (C) (D) (E)

A inflação é controlada. Não há projetos de desenvolvimento. A inflação é controlada ou há projetos de desenvolvimento. O povo vive melhor e a inflação não é controlada. Se a inflação não é controlada e não há projetos de desenvolvimento, então o povo vive melhor.

A 2ª premissa diz que “se a inflação é controlada, o povo vive melhor”. Mas como a 3ª premissa afirma que “o povo não vive melhor”, então concluímos que a inflação não é controlada. Cruzando essa informação com a 1ª premissa, sabemos que “então não há projetos de desenvolvimento”.

Um prêmio em dinheiro é repartido entre 3 pessoas em partes inversamente proporcionais às suas idades, ou seja, 24, 36 e 48 anos. Se a pessoa mais nova recebeu R$ 9.000,00 a mais que a mais velha, então a pessoa que tem 36 anos recebeu (A) R$ 9.000,00. (B) R$ 12.000,00. (C) R$ 15.000,00. (D) R$ 18.000,00. (E) R$ 21.000,00. (Analista – TRF/4ª – 2010 – FCC)

A pessoa mais nova tem 24 anos, e a pessoa mais velha tem 48 anos, o dobro. Sendo assim, como a divisão do dinheiro foi feita respeitando a razão inversa das idades, a pessoa mais velha receberá metade do dinheiro da mais nova, pois tem o dobro da idade. Como o enunciado nos diz que a mais nova recebeu R$9.000 a mais que a mais velha, concluímos que ela recebeu R$18.000 e a mais velha, R$9.000. 24 2 Já para a pessoa de 36 anos, a razão inversa das idades é: = 36 3 Portanto, como a pessoa de 24 anos recebeu R$18.000, a de 36 anos recebeu: 2 . (R$18.000) = R$12.000 3 Gabarito "B"

Entendendo o problema: a dívida com o 1º credor foi feita por um prazo de 1 ano. Mas, antes de terminar esse prazo, ele fez outro empréstimo com juros menores. A duração deste novo empréstimo foi exatamente o número de meses que faltava para o 1º empréstimo completar 1 ano. Como na fórmula para o cálculo de juros as variáveis são “Dívida” (D), “Tempo” (T) e “juros” (i), basta substituir os valores dados para encontrar o tempo. A fórmula para cálculo de juros simples é: Juros = D x i x T Sendo “T1” e “T2” os tempos do 1º e 2º empréstimos, respectivamente, temos que: T1 + T2 = 12 meses. Então, T2= T1 – 12. Os juros totais dos dois empréstimos são, portanto: Juros = J1 + J2 = (D x i x T)1 + (D x i x T)2 = (2.000 x 0,06 x T) + (2.000 x 0,04 x (12 – T)) Como o total de juros pagos foi R$1.080,00 temos que: R$1.080 = (2.000 x 0,06 x T) + (2.000 x 0,04 x (12 – T)) R$1.080 = 120T + 80(12 –T) R$1.080 = 120T + 960 – 80T Logo, T = 3 meses Como o prazo T1 do 1º empréstimo foi de 3 meses, o prazo T2 do 2º empréstimo foi: T2 = 12 - T1 = 12 – 3 = 9 meses.

x 30 = = 15 2 2

Gabarito "B"

um ano, a juros simples, à taxa de 6% ao mês. Após alguns meses, encontrou uma pessoa que lhe emprestaria a mesma quantia com juros simples à taxa de 4% ao mês. Tomou então R$ 2.000,00 emprestados do segundo credor pelo resto do prazo de um ano e no mesmo dia acertou as contas com o credor, entregando-lhe os R$ 2.000,00 e desembolsando os juros devidos. No final, o total de juros pagos aos dois credores foi de R$ 1.080,00. Qual foi o prazo do segundo empréstimo, em meses? (A) 7 (B) 8 (C) 9 (D) 10 (E) 11

y=

Gabarito "C"

Gabarito "E" (Analista – TRT/15ª – 2009 – FCC) Um analista tomou emprestado R$ 2.000,00 por

Substituindo (V) em (IV):

Gabarito "A"

Aparentemente a proporção entre C e B foi de 1 / 3 e não 3 / 1, ainda mais considerando que foi dito que o rendimento de C diminuiu. O total de páginas digitadas por A, B e C foi: A+B+C = 260 Para descobrir quantas páginas cada um digitou, vamos analisar o problema: Como B tem a mesma eficiência de A, mas trabalhou metade dos dias, ele digitou metade do volume de A: B= (A/2) Como C digitou 1 / 3 de folhas que B, temos que: C = B / 3 = A / ( 3 x 2 ) Portanto, C= ( A / 6 ) A+(A/2)+(A/6)=260 ( 6A + 3A + A ) = 6 x 260 ou 10 A= 1.560 A = 156 B = 156 / 2 = 78 e C = 260 – 156 – 78 = 26

Oito trabalhadores, trabalhando com desempenhos constantes e iguais, são contratados para realizar uma tarefa no prazo estabelecido de 10 dias. Decorridos 6 dias, como apenas 40% da tarefa havia sido concluída, decidiu-se contratar mais trabalhadores a partir do 7º dia, com as mesmas características dos anteriores, para concluir a tarefa no prazo inicialmente estabelecido. A quantidade de trabalhadores contratados a mais, a partir do 7º dia, foi de (A) 6. (B) 8. (C) 10. (Analista – TRF/4ª – 2010 – FCC)

3. Matemática

COMO PASSAR EM CONCURSOS JURÍDICOS – 4a EDIÇÃO – BÔNUS (D) (E)

12. 18.

Seja “x” o número de mulheres e “y” o número de homens. A média dos salários dos empregados (homens e mulheres) é calculada pela fórmula abaixo:

Esse problema pode ser resolvido por regra de três composta. Sabe-se que 8 trabalhadores fazem 40% do trabalho em 6 dias. Quantos trabalhadores são necessários para fazer os 60% restantes em 4 dias? TRABALHADORES

Percentagem

8 trabalhadores ↑ x

0,4 ↑ 0,6

Tempo 6 dias ↓ 4 dias

As setas acima significam que, se aumentarmos o número de trabalhadores, aumentaremos a percentagem concluída (diretamente proporcional) e reduziremos o tempo necessário (inversamente proporcional). A variável inversamente proporcional deverá ser colocada invertida na formulação matemática:

x.(R$1.800)+y(R$2.000) = média = R$1.920 x+y Como também sabemos que o número de homens supera em 100 o número de mulheres (y = x +100), temos o seguinte sistema de equações: y = x + 100 x.(1.800)+(x+100)(2.000) =1.920 x+y

(I) (II)

x.(1.800) + y(2.000) =1920 x+(x+100) Substituindo (I) em (II):

8 0,4 4 = . x 0,6 6

1.800.x + 2.000.x + 200.000 = 1.920.(2x+100)

8 1,6 = x 3,6

40.x = 8.000

X = 18 trabalhadores Como já tínhamos 8 trabalhadores anteriormente, falta contratar 10 trabalhadores para concluir a tarefa no prazo.

3.800.x = 3.840.x + 192.000 – 200.000 x = 8.000 40 x= 200 (número de mulheres) Substituindo esse valor de “x” em (I):

Gabarito "C"

Considere uma aplicação referente a um capital no valor de R$ 15.000,00, durante 2 anos, a uma taxa de juros compostos de 10% ao ano. Este mesmo capital aplicado a uma taxa de juros simples de 18% ao ano, durante um certo período, apresenta o mesmo valor de juros que o da primeira aplicação. O tempo de aplicação a que se refere o regime de capitalização simples é de, em meses, (A) 14. (B) 15. (C) 16. (D) 18. (E) 20.

y = x + 100 = 200 + 100 = 300 (número de homens)

Seja “n” o tempo da aplicação, “i” a taxa de juros, “C” o capital inicial e “M” o montante final (capital +juros). O cálculo da aplicação com juros compostos é:

1: Seja p o salário de Paulo e c o de Carlos. Temos a proporcionalidade C -- 3 p -- 5 => 3p = 5c ou p = 5c/3 E temos que p = c + 2.640 o que resulta 5c/3 = c + 2.640 Donde 5c/3 – c = 2.640 5c -3c = 3 x 2.640 = 7.920 2c = 7.920 => c = 3.960 e p = 5c/3 = (5 x 3.960)/3 = 19.800/3 = 6.600. Então, p + c = 6.600 + 3.960 = 10.560. => Item Correto.

M = R$18.150 Para os cálculos da segunda aplicação, é útil transformar a taxa de juros anual em mensal. Como a taxa é de juros simples, basta dividir 18% por 12 meses (=1,5% ao mês=0,015). Sabendo que a segunda aplicação, com juros simples, deve resultar nesse mesmo montante já calculado acima, temos: M = C + C.(i).n R$18.150 = R$15.000 + R$15.000(0,015).n 3.150 225 n = 14 meses n=

Gabarito "A"

Uma duplicata é descontada em um banco 40 dias antes de seu vencimento, segundo uma operação de desconto comercial simples. O valor atual desta duplicata é igual a 97% de seu valor nominal. Considerando a convenção do ano comercial, tem-se que a taxa anual de desconto utilizada foi de (A) 15%. (B) 18%. (C) 21%. (D) 24%. (E) 27%. (Analista – TRF/4ª – 2010 – FCC)

Foi utilizado um desconto de 3% em um saque 40 dias antes do vencimento, o que é equivalente a 3 ÷ 40= 0,075% ao dia. Sendo assim, a taxa anual de desconto utilizada foi de: 365.(0,075%)= 27%. Gabarito "E" (Analista – TRF/4ª – 2010 – FCC) Em uma empresa, a quantidade de empregados

do sexo masculino supera em 100 a quantidade de empregados do sexo feminino. A média dos salários dos homens é igual a R$ 2.000,00 e a das mulheres R$ 1.800,00. Se a média dos salários de todos os empregados é igual a R$ 1.920,00, então a quantidade de empregados do sexo masculino é igual a (A) 200. (B) 300. (C) 400. (D) 500. (E) 600.

e seus salários brutos mensais, em reais, são diretamente proporcionais aos números 3 e 5. Além disso, o salário de Paulo supera o salário de Carlos em R$ 2.640,00. Com base nessa situação, julgue os itens a seguir. (1) A soma dos salários de Carlos e Paulo é igual a R$ 10.560,00. (2) O salário de Carlos corresponde a 65% do salário de Paulo.

2: O salário de Carlos corresponde a x% do salário de Paulo Carlos Paulo 3.960 6.600 x 100 => x = 100 x 3.960/6.600 = 60,92%. => Item Errado.

Seis juízes foram encarregados de analisar alguns processos e concluíram esse trabalho em treze dias. Sabendo que cada juiz levou três dias para analisar cada processo e que todos os juízes trabalharam nesse ritmo, julgue os itens seguintes. (1) Quatro juízes analisaram dez processos em sete dias. (2) Foram analisados 26 processos pelos seis juízes. (Analista – STM – 2011 – CESPE)

1: Não há informação a esse respeito. => Item Errado. 2: Temos 1 juiz

1 processo 3 dias

6 juízes n processos 13 dias (grandezas diretamente proporcionais) Daí 1.n.3 = 6.1.13. => n = 6.1.13/3 = 26 processos. => Item Correto. (Analista – STM – 2011 – CESPE) Um

investidor aplicou R$ 20.000,00, por doze meses, em uma instituição financeira que pratica a taxa nominal anual de juros de 24%. Nessa situação, sabendo que a capitalização foi mensal e no sistema de juros compostos, e considerando 1,2682 como valor aproximado para 1,021 2, julgue o item subsequente. (1) O capital renderia o mesmo montante, no mesmo período, se fosse aplicado a uma taxa de juros simples mensais inferior a 2,2%. 1: i=24% aa = 0,24/12 = 0,02% am. Para juros compostos temos M=20.000(1+0,02)12. M=20.000x1,2682 = 25.364. Para juros simples obter-se-ia M = 20.000(1+12.0,02) = 20.000(1+0,24) = 24.800. => Item Errado. Gabarito 1E

M = R$15.000.(1,1)2 = R$15.000.(1,21)

(Analista – STM – 2011 – CESPE) Carlos e Paulo são funcionários de uma empresa

Gabarito 1E, 2C

M = R$15.000.(1+10%)2

2. CESPE

Gabarito 1C, 2E

M = C(1 + i)n

Gabarito "B"

(Analista – TRF/4ª – 2010 – FCC)

89

Enildo Garcia e André Braga Nader Justo

Considerando corretas as informações do secretário acerca das matrículas dos alunos, mais de 50 desses alunos cursam disciplinas de apenas dois dos cursos mencionados.

(3)

De acordo com os dados da situação em apreço, as informações do secretário estão realmente corretas.

1: Para resolver esta questão, o candidato deve compreender bem a teoria de conjuntos, em especial o conceito de intersecção. Este problema nos diz que todos os alunos do curso de Matemática fazem pelo menos 1 disciplina de outra faculdade (alguns alunos cursam somente uma, e outros cursam duas ou três). Por exemplo: quantos destes alunos cursam APENAS disciplinas da Física? Para encontrar esta resposta, basta subtrair o número de alunos que cursam disciplinas do curso de Física e de outros cursos ao mesmo tempo. Como dos 80 alunos que cursam disciplinas do curso de Física, 32 cursam disciplinas da Física e Biologia, 23 cursam Física e Química, e 8 cursam Física, Química e Biologia, concluímos que o número de alunos que cursam apenas disciplinas da Física é: 80 – 32 – 23 – 8 = 80 – 63 = 17 alunos cursam apenas Física. De maneira similar, concluímos que o número de alunos que cursam apenas Biologia é: 90 – 32 (B e F) – 16 (B e Q) – 8 (B, Q e F) = 90 – 56 = 34 Por fim, o número de alunos que cursam apenas Química é: 55 – 23 (Q e F) – 16 (Q e B) – 8 (Q, B e F) = 55 – 47 = 8 Portanto, a afirmativa do enunciado está incorreta, uma vez que dentre os alunos que cursam disciplinas de apenas um desses cursos, a maior concentração de alunos estará no curso de BIOLOGIA. 2: O número de alunos que cursam APENAS 2 disciplinas é: 32 (B e F)+ 23 (Q e F)+ 16 (B e Q) = 71 Logo, a afirmativa está correta, pois mais de 50 alunos cursam apenas 2 disciplinas. 3: O número total de alunos da faculdade de Matemática que cursa disciplinas em outros cursos é: 3 disciplinas = 8 alunos 2 disciplinas = 71 alunos 1 disciplina = 17 + 34 + 8 = 59 alunos Portanto, o número total desses alunos é 8+71+59 = 138 alunos. Sendo assim, está incorreta a informação dada pelo secretário de que este grupo de alunos era composto pelos 200 alunos do curso de Matemática. Gabarito 1E, 2C, 3E

Se, entre as 16 empresas contratadas para atender aos serviços diversos do TRT, houver 4 empresas que prestem serviços de informática e 2 empresas que cuidem da manutenção de elevadores, e uma destas for escolhida aleatoriamente para prestar contas dos custos de seus serviços, a probabilidade de que a empresa escolhida seja prestadora de serviços de informática ou realize a manutenção de elevadores será igual a (Analista – TRT/1ª – 2008 – CESPE)

(A) (B) (C) (D) (E)

0,125. 0,250. 0,375. 0,500. 0,625.

Como dentre as 16 empresas prestadoras de serviços há 4 de informática e 2 de manutenção de elevadores, se for escolhida aleatoriamente uma dentre as 16 para prestar contas, a probabilidade de que a sorteada seja uma empresa de informática ou de manutenção de elevadores será: (4 + 2) 6 = = 0,375 16 16 Gabarito "C"

90

e probabilidades. (1) Se, em um concurso público com o total de 145 vagas, 4.140 inscritos concorrerem a 46 vagas para o cargo de técnico e 7.920 inscritos concorrerem para o cargo de analista, com provas para esses cargos em horários distintos, de forma que um indivíduo possa se inscrever para os dois cargos, então a probabilidade de que um candidato inscrito para os dois cargos obtenha uma vaga de técnico ou de analista será inferior a 0,025. (2) Considere que a corregedoria-geral da justiça do trabalho de determinado estado tenha constatado, em 2007, que, no resíduo de processos em fase de execução nas varas do trabalho desse estado, apenas 23% tiveram solução, e que esse índice não tem diminuído. Nessa situação, caso um cidadão tivesse, em 2007, um processo em fase de execução, então a probabilidade de seu processo não ser resolvido era superior a 4/5. (3) Se, de um grupo de pessoas formado por 15 graduados em direito, 12 graduados em arquitetura e 11 graduados em estatística, 5 forem graduados em direito e estatística; 8, em direito e arquitetura; 4, em arquitetura e estatística; e 3, em direito, arquitetura e estatística, então, nesse grupo, haverá mais de 5 pessoas graduadas somente em direito. 1: A probabilidade de um dos 4.140 candidatos ser aprovado para uma das 46 vagas de técnico é: 46/4140 = 0,0111. Como das 145 vagas, 46 são para o cargo de técnico, concluímos que as 99 restantes são para o cargo de analista. Portanto, a probabilidade de um dos 7.920 candidatos passar para o cargo de analista é: 99/7920 = 0,0125. Sendo assim, a probabilidade de um candidato passar em ao menos um dos concursos é (0,0111)+(0,0125)= 0,0236
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