Como Improvisar Varios Estilos
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Improvisação Método de Ensino por Estilos Musicais
Luciano Nazario
IMPROVISAÇÃO 1. SISTEMA 5 O sistema 5 é uma maneira que o violonista ou guitarrista têm de assimilar acordes e escalas em todo o braço do instrumento. Ele utiliza padrões de digitações que facilitam a memorização, sem esquecer da estrutura da escala ou do acorde, no braço do instrumento. Tríades Maiores Ex: D
Menores Ex: Dm
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Tétrades Maiores com Sétima Maior Ex: D7M
Maiores com sétima Ex: D7
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Menores com sétima Ex: Dm7
Menores com sétima e quinta diminuta (meio-diminuto) Ex: Dm7(b5)
-
Exercícios de Assimilação:
1- Execute campos harmônicos por regiões. Ex: C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5) 2- Execute campos harmônicos de outras tonalidades maiores. Ex: G, D, A, E, B, F#, F, Bb, Eb, Ab, Db.
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ASSOCIAÇÃO “ACORDES X ESCALAS” Acorde maior (referência)
Escala maior (associada)
5
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Exercícios de assimilação:
1- Estude as 5 digitações em todo o braço do instrumento cromaticamente. Ex: G, Ab, A, Bb, B, C, etc... 2- Com a mão esquerda posicionada no 5° traste, execute as seguintes escalas sem sair desta região: C G D A E B F# C# Ab Eb Bb F (repita em outras regiões) 3- Execute o exercício abaixo por regiões e após livremente no braço do instrumento: ii7 V7 ii7 V7 ii7 V7 ii7 V7 ii7 V7 ii7 V7 |: Dm7 | G7 :| |: Cm7 | F7 :| |: Bbm7 | Eb7 :| |: Abm7 | Db7 :| |: F#m7 | B7 :| |: Em7 | A7:| ---escala C--- ---escala Bb-- --escala Ab--- --escala Gb---- --escala E--- ---escala D--Agora que estamos praticando nosso primeiro exercício de improvisação (buscando mais a assimilação das escalas do que uma improvisação propriamente dita), é importante que algumas dicas sejam assimiladas: Dicas para uma melhor improvisação: 1- Procure, nas notas de maior valor, enfatizar as notas do acorde.
2- Ao trocar de uma escala para outra, procurar sempre o menor caminho, no máximo um tom.
3- Se os acordes possuírem notas em comum, é interessante tocar essa nota em comum durante a mudança da escala.
4- Repetir padrões de fraseado na mudança de uma escala pra outra é um processo bastante utilizado.
5- O salto é mais bem aceito se o improvisador aplicar uma idéia nova na mudança de um acorde para outro.
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2. ANÁLISE MELÓDICA A FUNÇÃO MELÓDICA Para improvisar bem, é necessário um entendimento da melodia e sua relação com a harmonia. Todos os estilos musicais populares (rock, Blues, Bossa-nova, Jazz, etc.) que se utilizam do tonalismo e do modalismo empregam melodias com determinadas funções subordinadas ao acorde do momento. Neste contexto, a nota melódica, para soar bem com o acorde, pode ser: nota do acorde, nota de tensão ou nota de aproximação. Nota do Acorde É a nota melódica que esta contida no acorde em questão. Veja, abaixo, um exemplo no campo harmônico de dó maior:
Nota de Tensão São as notas não pertencentes ao acorde, mas que proporcionam variedade e riqueza melódica. Tais notas são a 9° (2°), 11° (4°) e 13 (6°). Veja:
= nota do acorde = nota de tensão = nota evitada Obs1: as notas evitadas são aquelas notas que entram em choque com o acorde. Existem explicações teóricas para tal fenômeno, mas deixe que o seu ouvido acuse as notas evitadas acima. Tais notas podem ser usadas como notas de aproximação. Obs: alguns teóricos indicam a nota B (em Dm7) como nota evitada. Em nosso estudo, consideramos a nota B como nota evitada na harmonia, mas como nota de tensão na melodia.
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Nota de Aproximação São quaisquer notas que, diatônica ou cromaticamente, resolvem nas notas do acorde ou notas de tensão; têm a duração comparativamente curta.
NA = Nota de Aproximação Veja, abaixo, a análise melódica de “apanhei-te cavaquinho” de Ernesto Nazareth.
A= aproximação T= tensão Obs1: as notas não grafadas são as notas pertencentes ao acorde. Obs2: procure analisar melodias do seu repertório favorito e descubra como é feito o uso nas notas de tenção, acorde e aproximação.
Note como há um balance perfeito entre notas de acorde, notas de tensão e notas de aproximação. Uma boa melodia consiste em uma boa utilização dessas notas. Notas de tensão e de aproximação usadas em demasia deixam a música muito dissonante e pouco natural; notas do acorde usadas em demasia deixam a música monótona e cansativa. Veja o que Jamey Aebersold tem a dizer quanto à escolha das notas melódicas: É extremamente importante colocar as notas do acorde nos tempos fortes, especialmente no primeiro e terceiro tempos do compasso! Fazendo isso, suas melodias irão soar mais naturais e tenderão a ser mais fluentes. Tenha sempre em mente as notas do acorde (1, 3, 5 e 7). Utilize-as como âncoras ao construir seu solo. Os mestres do Jazz sempre fizeram isso. Examine algumas transcrições de solos.
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3. IMPROVISANDO ROCK 1 Para começarmos a improvisar, o primeiro passo é o estudo de um rock mais simples, com acordes que figuram dentro do campo harmônico e num âmbito mais tonal. Posteriormente, estudaremos o rock que implica em acordes de empréstimo modal e no rock totalmente modal, muito comum no repertório deste tipo de música. A escala principal deste estilo de música é a Escala Pentatônica. Há inúmeros exemplos em que esta escala se encontra presente. Obs: Vale a pena salientar que, devido à fusão de estilos, é comum ver, tanto no rock como em outros estilos, outros tipos de escalas e técnicas musicais além das apresentadas aqui; que serão vistas em breve na continuação dos estudos.
Escala Pentatônica Como o próprio nome diz, é uma escala composta por cinco notas, onde a quarta e a sétima nota da escala maior (F e B em dó maior) não estão presentes. A omissão dessas notas faz com que se omita a relação de trítono existente entre; por essa razão esta escala possui uma sonoridade consonante e até um tanto quanto meditativa. Escala Maior Pentatônica
Essa escala pode também ser escrita através de seu relativo menor: Escala Menor Pentatônica
Tais notas acima podem ser ordenadas para formar uma escala de dó maior pentatônica ou lá menor pentatônica. Alguns músicos preferem chamar as escalas pentatônicas pelo seu modo maior e outros pelo seu modo menor. Em nosso estudo, chamaremos pelo seu modo menor e a associaremos a digitação abaixo: Am Pentatônico-----------------------------------------------------------------------
Uma característica desta escala é que suas notas de tensão nunca entram em choque com a harmonia (salvo algumas exceçções). É uma escala que permite a utilização de 9
saltos, fazendo com que o improvisador abandone aos poucos o “sobe e desce” da escala maior. IMPROVISANDO ROCK EM TONALIDADE MAIOR Sempre que nos depararmos com uma tonalidade maior, pensaremos no relativo menor (vi grau), isto é, se estivermos na tonalidade de Dó maior, improvisaremos em Lá menor pentatônico; se estivermos na tonalidade de Sol Maior, improvisaremos em Mi menor Pentatônico, e assim por diante. Veja, abaixo, a relação desta escala com todos os acordes do campo harmônico maior e a quantidade ínfima de notas evitadas que ela proporciona:
= nota do acorde = nota de tensão = nota evitada Nada impede que tais notas evitadas não sejam empregadas; elas podem configurar na melodia, desde que não tenham valor longo. Abaixo esta um exemplo de rock em tonalidade maior e o emprego desta escala na improvisação:
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É de extrema importância estudar a escala pentatônica em várias tonalidades para sua completa assimilação no braço do instrumento. Uma vez entendido este processo, podemos misturar a escala pentatônica com a escala maior, criando uma variedade na sonoridade melódica:
Recurso Cromático Através da utilização das notas de aproximação obtemos variedade no contorno melódico. Tal técnica é muito utilizada pelos improvisadores de rock. Veja, abaixo, a escala pentatônica menor com cromatismos adicionados:
Obs: outras notas podem ser utilizadas ainda. É importante pensar que a escala cromática é o seu alfabeto musical. Este é apenas um das infinitas possibilidades usadas na improvisação envolvendo cromatismo.
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Veja a utilização das notas de aproximação na improvisação:
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Exercício de aplicação:
Improvisar na seguinte progressão harmônica |: C | G | Am | F :| = tonalidade de dó maior, e nas tonalidades de G, D, A, E, e F. IMPROVISANDO ROCK EM TONALIDADE MENOR Na tonalidade menor improvisaremos na escala pentatônica menor do tom, isto é, se a tonalidade for Mi menor, improvisaremos com a escala pentatônica de mi menor. Veja, abaixo, a relação da escala pentatônica menor com os acordes mais usados na tonalidade de Lá menor:
Obs: note a quase não presença de notas evitadas.
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As Escalas Menores Natural e Harmônica Na tonalidade menor as escalas menores natural e harmônica (no caso de haver acordes dominantes) são largamente usadas. Veja, através do sistema 5, as digitações propostas a seguir para a escala menor harmônica: Acorde menor (referência)
Escala menor harmônica (associada)
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Exercícios de assimilação:
4- Estude as 5 digitações em todo o braço do instrumento cromaticamente. Ex: Gm, Abm, Am, Bbm, Bm, Cm, etc... 5- Com a mão esquerda posicionada no 5° traste, execute as seguintes escalas sem sair desta região: Cm Gm Dm Am Em Bm F#m C#m Abm Ebm Bbm Fm (repita em outras regiões) 6- Execute o exercício abaixo por regiões e após livremente no braço do instrumento: 7ii7 V7 ii7 V7 ii7 V7 |: Dm7(b5) | G7 :| |: Cm7(b5) | F7 :| |: Bbm7(b5) | Eb7 :| -escala Cm harm.- -escala Bbm harm.-escala Abm harm.--ii7 V7 ii7 V7 ii7 V7 |: Abm7(b5) | Db7 :| |: F#m7(b5) | B7 :| |: Em7(b5) | A7:| -escala Gbm harm.- --escala Em harm- -escala Dm harm.Torna-se desnecessário ilustrar as digitações para a escala menor natural, pois esta compartilha as mesmas notas da sua escala maior relativa. Basta que o improvisador pense nas digitações da escala maior relativa para improvisar na tonalidade menor. Ex: Lá menor natural = Dó maior Veja abaixo a relação melódica que essas escalas possuem com os acordes mais utilizados na tonalidade menor: Escala menor natural
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Escala menor Harmônica
Obs: Além da pentatônica e das escalas menores acima, é comum o uso de notas de aproximação na improvisação.
Veja, abaixo, um exemplo de Rock em lá menor onde se utiliza a escala pentatônica menor, a escala menor natural, a escala menor harmônica e a utilização de notas de aproximação:
-
Exercícios de aplicação:
1- Improvisar na seguinte progressão harmônica |: Em | C D :| = tonalidade de Em, e nas tonalidades de Dm, Cm, Gm, Am, e Bm. 2- Improvisar a progressão de Sultan of Swing (de Dire Straits) dada abaixo: q q q. e q . e q q 4/4 |:Dm
C|
Bb
q. e q q | A | % :| F | C | Bb | Dm | Bb
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q. e q q
| C | Bb
|C | % |
OUTROS RECURSOS Intervalos Harmônicos Tanto o violão quanto a guitarra permitem o recurso de tocar intervalos harmônicos, garantindo variedade e riqueza na improvisação. Os intervalos mais utilizados na construção de melodias em bloco (a duas vozes) são: terça, sexta, quarta e quinta. Terças (em Dó maior)
Obs: a tônica está na nota mais grave.
Sextas (em Sol maior)
Obs: a tônica está na nota mais aguda.
Quartas (em Sol maior)
Obs1: a tônica está na nota mais aguda. Obs2: note a presença da quarta aumentada no sétimo grau.
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Quintas (em Dó maior)
Obs1: a tônica está na nota mais grave. Obs2: as digitações propostas acima estão longe de cobrir todas as digitações possíveis no violão ou guitarra.
O intervalo de oitava também é amplamente usado no violão e guitarra. Veja abaixo as digitações usadas em todo o braço do instrumento: Oitavas em F
Os intervalos não precisam ser necessariamente, tocados de forma harmônica; é muito comum a utilização de forma melódica, porém deixando soar as notas:
Veja um exemplo musical em que figuram alguns dos intervalos descritos acima:
-
Exercícios de assimilação e aplicação:
1- Tocar os intervalos em todo o braço do instrumento (a sua maneira) e em todas as tonalidades. 2- Improvisar as progressões harmônicas já vistas aplicando os intervalos aprendidos.
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Tríades Tríades são muito usadas no rock, tanto de forma melódica quanto harmônica. São comuns, também, arpejos envolvendo tríades em duas oitavas (veremos a seguir). Tríades Fechadas Uma tríade está na posição fechada (ou cerrada) quando o seu espaçamento entre o baixo e a nota mais aguda não ultrapassa o intervalo de oitava:
Veja as digitações propostas para as tríades maiores, menores, aumentadas e diminutas: -
Exercício de assimilação:
Ex: Ré maior:
Fazer os mesmo com os outros acordes. Tríades Abertas Uma tríade está na posição Aberta quando o seu espaçamento entre o baixo e a nota mais aguda ultrapassa o intervalo de oitava:
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-
Exercício de assimilação:
Tocar as tríades abertas nos campos harmônicos da escala maior e da escala menor harmônica da seguinte maneira:
Fazer o mesmo com o modelo 2 na tonalidade de Sol maior. -
Exercício de Aplicação:
1- Improvisar a seguinte progressão harmônica: |: C
G
| D
:|
2- Improvisar as progressões harmônicas já vistas aplicando as tríades abertas. Arpejos Veja alguns exemplos de arpejos comumente usados no violão e na guitarra: 1- Violão:
2- guitarra:
- Exercício de Aplicação: Improvisar as progressões harmônicas já vistas aplicando arpejos.
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4- IMPROVISANDO BLUES 1 Inúmeros métodos sugerem várias escalas com sonoridade blues, tais como: Am7 penta blues (A, C, D, D#, E) Am6 penta blues (A, C, D, D#, E, F#) A dorico blues (A, B, C, D, D#, E, G) Sugerimos aqui, a sonoridade da escala Am7 penta blues, com notas cromáticas que envolvem sonoridade das outras escalas acima. Am7 penta Blues (com notas cromáticas)
IMPROVISANDO BLUES EM TONALIDADE MAIOR O blues básico utiliza uma progressão de 12 compassos envolvendo acordes de tônica, subdominante e dominante. São todos acordes de sétima dominante, mas sem função dominante. Embora sejam todos acordes maiores, improvisamos com a escala menor penta blues. Veja a relação das notas da escala de Am7 penta blues com esses acordes:
-
Exercício de aplicação:
Improvise a seguinte progressão harmônica: 4/4 |: A7(13) | D7(9) | A7(13) | % | D7(9) | % | | A7(13) | % | E7(9) | D7(9) | A7(13) | E7(9) |
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IMPROVISANDO BLUES EM TONALIDADE MENOR Naturalmente, na tonalidade menor aplicamos a mesma escala blues. Veja a relação das notas da escala de Am7 penta blues com os acordes de tônica, subdominante e dominante (menor e maior) da tonalidade menor:
-
Exercício de aplicação:
Improvise a seguinte progressão harmônica: 4/4 |: Dm7 | Gm7 | Dm7 | % | Gm7 | % | | Dm7 | % | Am7 | Gm7 | Dm7 | A7 |
5- ARPEJOS DE SÉTIMA Os arpejos que veremos a seguir são considerados mais guitarrísticos do que violonísticos, mas isso não deve servir de impedimento para que um violonista os estude e os aplique em sua improvisação. Os arpejos de sétima mais usados no rock, blues e country são: 7, m7 e 7°; os outros arpejos: m7(b5), 7M, 7M(#5) e m7M figuram mais no jazz e na bossa nova. MODELO EM G Escala Maior
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Escala Menor Harmônica
Escala Menor Melódica
MODELO EM D Escala Maior
Escala Menor Harmônica
m7M
7M(#5)
°
Escala Menor Melódica
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EXTENSÃO O ARPEJO MODELO EM C Escala Maior
Escala menor Harmônica
Escala Menor Melódica
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MODELO EM G Escala Maior
Escala Menor Harmônica
Escala Menor melódica
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6- MODOS Os modos gregos são mencionados na improvisação como um acessório melódico novo, não tendo nada haver, portando, com o seu caráter e sua sonoridade modal da idade média. No total temos sete modos autênticos:
De acordo com os intervalos de cada modo, se tocarmos o modo lídio começando em C teremos as seguintes notas: C D E F# G A B. Note que se trata da escala de Sol maior, porém começando em Dó. Seguinte este princípio, todos os modos irão originar escalas relacionadas a uma escala maior existente. Veja:
Tom: C
I ii iii IV V vi vii Jônico Dórico Frigio Lídio Mixolidio Eólio Lócrio C D E F G A B
C Jônico = C maior D Dórico = C maior (começando em ré) E Frigio = C maior (começando em mi) etc...
Tom: F
I ii iii IV V vi vii Jônico Dórico Frigio Lídio Mixolidio Eólio Lócrio F G A Bb C D E
F Jônico = F maior G Dórico = F maior (começando em sol) A Frigio = F maior (começando em lá) etc... Com este pensamento, E mixolidio seria formado com as notas da escala de A maior, por ser o V grau desta escala: E mixolidio: E
F#
G#
A
B
C#
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D
O campo harmônico desta escala teria, também, os mesmos acordes do campo harmônico da escala de A maior: E7
F#m7 G#°
A
Bm7
C#m7 D7M
Para entender a sonoridade dos modos, experimente gravar a nota dó tocada simultaneamente e improvise com os sete modos da seguinte maneira: 1234567-
Em dó jônico (C maior) Em dó dórico (Bb maior) Em dó frigio (Ab maior) Em dó lídio (G maior) Em dó mixolidio (F maior) Em dó eólio (Eb maior) Em dó lócrio (Db maior)
As escalas menores natural, harmônica e melódica também possuem os seus modos. Os modos da escala menor natural seriam os mesmos da escala maior, porém começando do vi grau. Veja: A eólio: A B
C
D
E
F
G
B lócrio: B C
D
E
F
G
A
etc... Veja alguns modos da escala menor harmônica e melódica: 2°modo da escala menor harmônica: B
C
D
E
F
G#
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A
3° modo da escala menor harmônica: C
D
E
F
G#
A
B
etc... 2°modo da escala menor melódica:
3° modo da escala menor melódica:
etc... Obs: este tópico já foi abordado no estudo de rearmonização.
7- IMPROVISANDO ROCK 2 O MODALISMO NO ROCK Dizemos que uma determinada música é modal quando suas funções tonais não estão presentes (tônica, subdominante e dominante). No repertório deste tipo de música é muito comum o emprego de acordes sem funções tonais. Veja a progressão harmônica abaixo: F#m
A
E
F#m
D7M C#m7 Bm7
E
F#m
Note que a progressão harmônica está dentro do campo harmônico de A maior; porém ela começa em F#m e termina em F#m. F#m seria, portanto, a tonalidade do trecho, mas as funções tonais da escala menor não estão presentes. Dizemos, portanto, que o trecho está em F#m eólio (vi de A maior). Neste caso pensaremos na escala de A maior para improvisar. Quanto a pentatônica, no rock, sempre é dada preferência para a pentatônica do modo menor; neste caso F#m.
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Veja outro exemplo: Dm7
G7
Dm7
G7
Bb
C
Dm7
Note que a progressão harmônica acima faz uma mistura de escala menor melódica (uma escala que possui um contexto mais modal) e escala menor natural. Com exceção do Bb, todos os outros acordes figuram dentro do campo harmônico de C maior. Dizemos então que o trecho está escrito em Dm dórico (ii de C maior). Neste caso pensaremos em C maior para improvisar e, no Bb, pensaremos em Dm natural (ou seja, F maior). Quanto a pentatônica, improvisaremos em Dm (pentatônica do modo). Veja, abaixo, algumas progressões harmônicas e descubra os modos (e as conseqüentes escalas maiores relacionadas) e as pentatônicas que podem ser utilizadas na improvisação: F7M
Bm7(b5)
Dm7
G
C
G/B
D
C/E
Bm/F#
Am7
G
D
Em
F7M
-
Dm7
Em7
F7M
Am7/G D/A D
Em
C
Am7 (note que há a junção de dois modos)
Exercício de Aplicação:
Improvise as progressões harmônicas vistas acima.
AS DOMINANTES No rock em que figuram dominantes (primárias ou secundárias), as tônicas a seguir é que irão determinar quais escalas utilizar. Por exemplo: Tom: C C
G/B
Am
C7
F
G7
C
Os acordes C7e G7 resolvem em acorde maior. A escala chave para esses acordes é o modo mixolidio. Ou seja: C7= dó mixolidio (F maior) G7= sol mixolidio (C maior)
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Agora veja a seguinte progressão: C
G/B
Am
B7
Em
G7
C
Veja que B7 resolve em acorde menor. A escala chave para esta resolução é a V modo da escala menor harmônica (escala menor harmônica do acorde de resolução). B7 = V grau da escala de mi menor harmônica (Em harmônico) Veja a progressão abaixo e uma pequena análise das escalas utilizadas na improvisação: C
G/B
Am7
A7
Dm
B7
Em
C7
F
G7
C
C= dó jônico (C maior) G/B= sol mixolidio (C maior) Am7 = lá eólio (C maior) A7 = V grau da escala de ré harmônica (Dm harmônico) Dm = ré dórico (C maior) B7= V grau da escala de mi menor harmônica (Em harmônico) Em= mi frigio (C maior) C7= dó mixolidio (F maior) F= fá lídio (C maior) G7= sol mixolidio (C maior) C= dó jônico (C maior) Obs1: todos os acordes que figuram a escala de C maior, a pentatônica de Am pode ser tocada. Obs2: Naturalmente mais escalas podem ser inseridas, mas essas são as escalas que mais figuram no rock.
-
Exercício de aplicação:
Improvise as progressões acima. ACORDES DE EMPRÉSTIMO MODAL Dizemos que ocorreu, em uma progressão, um acorde de empréstimo modal, quando aparecem acordes que não figuram dentro do campo harmônico. Veja: C Fm
C
Ab
G
C
Fm e Ab são classificados como acordes de empréstimo modal.
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Veja os acordes de empréstimo modal abaixo, com a tônica diatônica à tonalidade, e compare as escalas escolhidas: Tom: C Acordes de empréstimo modal: Cm Acordes diatônicos: C
D Dm
E Em
Fm F
Gm G
A Am
Bm / B Bm7(b5)
Cm = dó dórico (Bb maior) D = ré mixolidio (G maior) E = mi mixolidio (A maior) Fm = Fá dórico ( Eb maior) Gm = sol dórico (Fá maior) A = A mixolidio (Ré maior) Bm = si frigio (G maior) B = si mixolidio (E maior) Note que os modos escolhidos visam o número mínimo de notas não diatônicas a tonalidade de dó maior. Por exemplo: se em E escolhêssemos o modo E jônico ao invés de E mixolidio, teríamos um D# ao invés de D na escala; no rock é comum a escolha de escalas que soe o menos “fora” possível com a tonalidade do momento (dependendo do tipo de rock, é claro). Naturalmente outros modos podem ser usados (como o lídio ao invés do mixolidio, que veremos posteriormente), mas tais modos podem mudar a sonoridade característica do rock. Veja acordes de empréstimo modal com tônica não diatônica à tonalidade: Tom: C Acordes de empréstimo modal: Db/ Dbm Eb/Ebm Acordes diatônicos: C Dm Em Bb/Bbm Am Bm7(b5) Veja os modos escolhidos na improvisação: Db = ré bemol mixolidio (Ab maior) Dbm (enarmônico C#m) = dó sustenido frigio (A maior) Eb = mi bemol lídio (Bb maior) Ebm = mi bemol eólio (Gb maior) Gb (enarmônico F#) = fá sustenido mixolidio (B maior) Gbm (enarmônico F#m) = fá sustenido eólio (A maior) Ab = la bemol lídio (Eb maior) Abm (enarmônico G#m) = sol sustenido frigio (E maior) Bb = si bemol lídio (F maior) Bbm = si bemol dórico (Ab maior)
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Gb/Gbm F
Ab/Abm G
Todas os modos escolhidos acima visam o menor número de notas não diatônicas a escala de dó maior. Obs: não esquecer das relações melódicas que os modos têm com os seus respectivos acordes (notas evitadas, notas do acorde e notas de tensão).
-
Exercício de aplicação;
1- Improvisar a seguinte progressão harmônica: 4/4 |: D
|
D7M | D7 | G
| Gm | D
Bm | E |
G A :|
Dicas: D7= ré mixolidio (sol maior); Gm= sol dórico (fá maior); E= mi mixolidio (lá maior).
2- Procurar, em grupos que você goste, improvisar progressões harmônicas que contenham dominantes (primárias e secundárias) e acordes de empréstimo modal. O BLUES NO ROCK A escala blues pode ser inserida no rock, mesmo que a harmonia não seja típica de Blues, criando um efeito “outside” e a intenção blues. Veja:
O efeito é muito interessante, desde que o improvisador insira a escala de maneira inteligente.
8- IMPROVISANDO COUNTRY No country, é comum o emprego de três escalas, cada uma com sua característica própria, e um certo “recheio” de notas cromáticas. Vejamos a primeira escala: -
Escala Pentatônica Menor Blues do Relativo Menor:
No caso de tonalidade menor, empregamos a escala penta blues do seu relativo menor. Ex: tom de A maior Escala m7 penta blues de F#.
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Se a tonalidade for menor (Am, por exemplo), não se utiliza a escala do relativo e sim a escala menor penta blues do tom original (Am7 penta blues). Obs: no country, notas cromáticas devem figurar no âmbito da escala menor penta blues.
-
Escala Pentatônica Menor Blues do Tom Original:
Além da escala menor penta blues do relativo menor, podemos empregar a escala menor penta blues da tonalidade original. Ex: tom de A maior Escala m7 penta blues de A. -
Modo dórico do tom original:
Se pensarmos no tom original maior como dórico, acharemos uma nova escala característica do estilo country. Veja: Ex: Tom de A maior Modo de A dórico (G maior). Veja, abaixo, um exemplo em que figuram as três escalas:
-
Exercício de aplicação:
Improvise a progressão acima no tom original e nos tons de G, E, D, C e F maior. 32
9- IMPROVISANDO BAIÃO A escala base para o improviso no baião é a escala alterada (uma mistura dos modos lídio e mixolidio). Porém, devido as suas transformações, é difícil falar em apenas uma escala para se improvisar, já que é muito comum o encontro de fusões musicais no baião (harmonia de jazz e bossa nova, blues, etc.). A escala alterada é usada principalmente em uma harmonia estática (acorde dominante geralmente). Ela não deve servir, de maneira alguma, como escala única para improvisar este estilo; recomenda-se que se analise a harmonia e, junto com essa escala, se descubra outras escalas que possam enriquecer o improviso. ESCALA ALTERADA
Na verdade, a escala alterada é a mesma escala menor melódica 5° justa acima, isto é, dó alterado possui as mesmas notas da escala de sol menor melódico. Dó alterado = C D E F# G A Bb Sol menor melódico = G A Bb C D E F# Além do baião, a escala menor melódica é amplamente utilizada no jazz. É muito importante que o violonista ou guitarrista memorize esta escala em todo o braço do instrumento. Veja abaixo, através do sistema 5, cinco digitações usadas no violão e guitarra: Acorde menor (referência)
Escala menor melódica (associada)
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-
Exercício de assimilação;
8- Estude as 5 digitações em todo o braço do instrumento cromaticamente. Ex: Gm, Abm, Am, Bbm, Bm, Cm, etc... 9- Com a mão esquerda posicionada no 5° traste, execute as seguintes escalas sem sair desta região: Cm Gm Dm Am Em Bm F#m C#m Amb Ebm Bbm Fm (repita em outras regiões)
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10- Execute o exercício abaixo por regiões e após livremente no braço do instrumento: V7 V7 V7 V7 | G7(13) | F7(13) | Eb7(13) | Db7(13) | escala Dm mel. escala Cm mel. escala Bbm mel. escala Abm mel.
|
V7 V7 B7(13) | A7(13) | escala F#m mel. escala Em mel.
Obs: note que, em acorde dominante, podemos improvisar com a escala menor melódica situada uma quinta justa acima (ou quarta justa abaixo).
Veja uma pequena improvisação de baião escrita:
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10- CONCEITOS BÁSICOS DA LINGUAGEM JAZZISTICA O PENSAMENTO HORIZONTAL Uma das características da linguagem melódica do jazz é a procura por notas de tensão. O improvisador procura sempre uma escala menos convencional e que de uma “pitada” no improviso. As escalas que veremos a seguir seguem um padrão usado por muitos jazzistas. Veja: -
Acorde de Sétima Maior (7M) = modo lídio. Aumenta a quarta justa (considerada nota evitada) em um semitom fazendo, desta maneira, que ela se torne nota de tensão:
Ex:
-
Acorde Menor com Sétima (m7) = modo dórico. Transforma notas evitadas dos modos eólio e frigio em notas de tensão:
Ex:
- Acorde Dominante (7) = Na tonalidade maior é comum o uso da Escala alterada. Trata-se da escala menor melódica situada uma quinta justa acima (ou quarta justa abaixo). Ela eleva a quarta justa (considerada nota evitada) em um semitom, tranformando-a em nota de tensão. Ex:
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Obs: a quarta justa só não é considerada nota evitada quando ela figura no acorde dominante em acordes como, por exemplo: G7(11), G4sus, etc. Neste caso pensamos no modo mixolidio (onde a terça passa a ser nota evitada) para improvisar neste acorde.
Para resolver em acorde menor, é comum o uso do 5° grau da escala menor harmônica (também denominada “escala espanhola”) na improvisação sobre o acorde dominante. Ex:
-
Acorde Menor com Sétima maior e Acorde Menor com Sexta (m7M, m6) = *escala menor melódica. É amplamente usada, pois qualquer um dos modos menores (dórico, frigio ou eólio) possuem notas evitadas com esses acordes.
Ex:
Obs: é importante frisar que certas notas consideradas notas de tensão melodicamente, são consideradas notas evitadas no ponto de vista harmônico.
-
Acorde meio diminuto = modo lócrio (2° maior). É a mesma escala menor melódica uma terça menor acima.
Ex:
-
Acorde Diminuto = 7° modo da escala menor harmônica. Trata-se da escala menor harmônica começando pelo sétimo grau. É usada, principalmente, em acorde diminuto com função dominante resolvendo em acorde menor.
Ex:
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Campo Harmônico Maior e Suas Escalas de Improviso:
Campo Harmônico Menor (acordes mais usados) e Suas Escalas de Improviso:
Veja as progressões harmônicas abaixo e analise as escalas escolhidas para improvisação: Tom: C | C7M(9) | Am7(11) | Dm Dm7M | Dm7 Dm6 | G7(9) | C7M | C7M(9) = dó lídio (sol maior) Am7(9) = lá dórico (sol maior) Dm = ré dórico (dó maior) Dm7M = ré menor melódico Dm7 = ré dórico (dó maior) Dm6 = ré menor melódico G7(9) = sol alterado (ré menor melódico) C7M(9) = dó lídio (sol maior)
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Tom: Cm | Cm7 | Fm7(9) | Bb7(13) | Eb7M | Ab7M | Dm7(b5) | G7(b13) B° | Cm7(11) | Obs: não precisamos nos preocupar com as extensões dos acordes, pois as notas estendidas são, na sua maioria, notas de tensão existentes na escala do acorde. O acorde dominante, porém, merece uma certa atenção; é comum a utilização de tensões pertencentes a outras escalas (estudaremos futuramente este tópico).
Cm7 = dó dórico (Bb maior) Fm7 = fá dórico (Eb maior) Bb7(13) = si bemol alterado (F menor melódico) Eb7M = mi bemol lídio (Bb maior) Ab7M = lá bemol lídio (Eb maior) Dm7(b5) = ré lócrio (2M) (F menor melódico) G7(b13) = 5° modo da escala de dó menor harmônica (dó menor harmônica) B° = 7° modo da escala de dó menor harmônica (dó menor harmônica) -
Exercício de assimilação:
De inicio, é necessário que o estudante se ambiente com as digitações das escalas acima em todo o braço do instrumento. É impossível criar uma linha melódica coerente se o improvisador tiver que “procurar notas” no braço. Note, nas progressões acima, que há uma certa movimentação de escalas, sendo necessário uma maior atenção. Devido a isso, sugiro que o estudante releia as “dicas para improvisação” escritas na primeira apostila e estudo as progressões abaixo em todo o braço do instrumento. Comecemos com uma progressão envolvendo apenas duas escalas. Ex: modo lídio --------------|: C7M(9) | F7M(9) :| G maior C maior (improvisar a progressão acima nas tonalidades de G, D, A, E, B, F, Bb e Eb). modo dórico-------|: Cm7 | Fm7(9) :| Bb maior Eb maior (improvisar a progressão acima nas tonalidades de Gm, Dm, Am, Em, Bm, Fm e Bbm).
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Agora, improvisaremos em uma progressão envolvendo três escalas. Ex: modo lídio -------------escala alterada modo lídio |: C7M(9) | F7M(9) | G7 (9) | C7M :| G maior C maior Dm melódico G maior (improvisar a progressão acima nas tonalidades de F, Bb, Eb, Ab e Db). modo dórico modo lídio modo lócrio (2M) 5° modo modo dórico | Cm7 | Eb7M | Dm7(b5) | G7(b13) | Cm7 | Bb maior ----------------- F menor melódico C menor harmônico Bb maior (improvisar a progressão acima nas tonalidades de Am, Dm, Fm, Bbm, Emb, Abm e C#m). Por ultimo, envolvendo quatro ou mais escalas. Ex: As progressões já analisadas acima: | C7M(9) | Am7(11) | Dm Dm7M | Dm7 Dm6 | G7(9) | C7M | e | Cm7 | Fm7(9) | Bb7(13) | Eb7M | Ab7M | Dm7(b5) | G7(b13) B° | Cm7(11) | (transpor para outras duas tonalidades quaisquer)
O PENSAMENTO VERTICAL Aliado às escalas, que formam um pensamento horizontal, podemos pensar em termos de arpejos, criando um pensamento vertical ao improvisar um determinado trecho. O raciocínio é bastante simples: 1- O primeiro passo é descobrir a escala do acorde, fazendo as devidas associações de escala.
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2- Após descobrir a escala associada, escrever o seu campo harmônico.
3- Todos os acordes do campo harmônico servirão para improvisação sobre o acorde em questão.
Veja abaixo, uma lista dos campos harmônicos usados para improvisação, de acordo com a escala, levando em consideração a quantidade de notas de tensão: -
Modo lídio: campo harmônico situado uma quinta justa acima.
-
Modo dórico: campo harmônico situado uma segunda maior abaixo.
-
Escala alterada: campo harmônico situado uma quinta justa acima.
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-
5° modo a escala menor harmônica: campo harmônico situado uma quarta justa acima. Por esta escala possuir uma nota evitada, todos os acordes que possuem esta nota não são utilizados na improvisação.
-
Escala menor melódica: como já foi visto, é uma escala usada para improvisar sobre acordes menores com sexta ou sétima maior (ou ambas as tensões).
-
Modo lócrio (2° M): campo harmônico situado uma terça menor acima.
-
7° modo da escala menor harmônica: como já foi visto, é uma escala usada para improvisar sobre acordes diminutos com função dominante e que resolvem em acordes menores. Por esta escala possuir três notas evitadas, não utilizamos o campo harmônico da escala menor harmônica, e sim, o arpejo diminuto e suas inversões.
Ex: B° = B° D° F° Ab° Diante das possibilidades acima, qual acorde do campo harmônico usar para uma determinada cifra? A resposta irá depender, entre outras coisas, da quantidade do número de tensões que o improvisador deseja colocar na sua melodia. Veja o exemplo abaixo: Ex: cifra: C7M Acordes com 0 nota de tensão: C7M Acordes com 1 nota de tensão: Em7 / Am7 Acordes com 2 notas de tensão: G7M / F#m7(b5) Acordes com 3 notas de tensão: D7 / Bm7
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É comum no jazz o uso de apojaturas na construção do acorde, isto é, ornamentamos um acorde (tendo ele notas de tensão ou não) com notas de aproximação:
-
Exercício de assimilação:
1- Improvisar as mesmas progressões vistas no pensamento horizontal, aplicando os acordes do campo harmônico associado às escalas (procurar utilizar apojaturas em alguns arpejos). 2- Fazer uma mistura de escalas e arpejos nas progressões já vistas.
11- AS PENTATÔNICAS As pentatônicas são mais um recurso que o músico tem seus improvisos. Tanto no Jazz como em outros estilos, são usadas com freqüência pela sua sonoridade característica. Neste tópico abordaremos as seguintes pentatônicas: -
Pentatônica menor- m7; Pentatônica menor com sexta- m6; Pentatônica menor com sétima e quinta diminuta - m7(b5); Pentatônica maior com segunda menor – b2;
PENTATÔNICA MENOR - m7
A pentatônica menor (m7) pode ser usada para improvisar em acordes maiores (que implicam no modo lídio) e menores (que implicam no modo dórico). Veja como é feito o processo de escolha desta pentatônica na improvisação: 1- Descubra a escala do acorde e o seu campo harmônico:
2- Todos os acordes menores do campo harmônico possuem suas pentatônicas relacionadas. Ex: Am7 = A menor pentatônico Bm7 = B menor pentatônico Em7 = E menor pentatônico
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Todas essas escalas pentatônicas podem ser usadas para improvisação em C7M. Veja a relação das notas da pentatônica em relação a esse acorde:
O mesmo processo é feito no modo dórico:
Am7 = A menor pentatônico Bm7 = B menor pentatônico Em7 = E menor pentatônico Da mesma forma, todas essas escalas pentatônicas podem ser usadas para improvisação em Am7. A escolha da (s) pentatônica (s) na improvisação irá depender também, entre outros fatores, do número de tensões que o músico pretende usar: Ex: cifra: C7M E menor pentatônico = 2 tensões A menor pentatônico = 2 tensões B menor pentatônico = 3 tensões No acorde dominante, podemos improvisar com duas pentatônicas: uma situada uma sexta maior acima do baixo do acorde (com menos tensões) e outra situada uma terça menor acima do baixo do acorde (com mais tensões). Veja:
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Em acordes meio diminutos, empregamos a escala pentatônica situado uma quarta justa acima: Ex: Bm7(b5) = E menor pentatônico Veja a progressão ii- V7- I abaixo (típica do jazz e bossa nova) e a relação cromática das pentatônicas:
-
Exercício de assimilação:
1- Improvise as progressões abaixo: a) modo lídio --------------|: C7M(9) | F7M(9) :| G maior C maior C7M(9) = Em, Am e Bm (penta). F7M(9) = Em, Am e Dm (penta). Obs: note as pentatônicas em comum entre os dois acordes, procures utiliza-las como ponte de ligação.
b) modo dórico-------|: Cm7 | Fm7(9) :| Bb maior Eb maior Cm7 = Cm, Dm e Gm (penta). Fm7(9) = Cm, Gm e Fm (penta).
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c) modo lídio -------------escala alterada modo lídio |: C7M(9) | F7M(9) | G7 (9) | C7M :| G maior C maior Dm melódico G maior C7M(9) = Em, Am e Bm (penta). F7M(9) = Em, Am e Dm (penta). G7(9) = Em e Bbm (penta). Obs: em Bb menor pentatônico, usar com cautela a nota de tensão Ab.
d) modo dórico modo lídio modo lócrio (2M) 5° modo modo dórico | Cm7 | Eb7M | Dm7(b5) | G7(b13) | Cm7 | Bb maior ----------------- F menor melódico C menor harmônico Bb maior Cm7 = Cm, Dm e Gm (penta). Eb7M = Cm, Gm e Fm (penta). Dm7(b5) = Gm (penta). G7(b13) = Em e Bbm (penta). Obs: em E menor pentatônico, usar com cautela a nota de tensão E.
2- Transponha as progressões acima para outras tonalidades e improvise utilizando pentatônicas. PENTATÔNICA MENOR COM SEXTA - m6 Diferencia-se da pentatônica menor por apresentar uma sexta ao invés da sétima:
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A pentatônica menor com sexta (m6) pode ser usada para improvisar em acordes maiores (que implicam no modo lídio). Pensamos sempre no relativo menor deste acorde. Ex: C7M = Am6 pentatônico (relativo menor). F7M = Dm6 pentatônico (relativo menor). Em acordes menores (que implicam o modo dórico), pensamos na tônica do acorde. Ex: Am7 = Am6 pentatônico (tônica). Dm7= Dm6 pentatônico (tônica). Em7= Em6 pentatônico (tônica). Em acordes dominantes, pensamos uma quinta justa acima – mais usada em resolução para acorde maior (com menos tensões) - uma segunda menor acima e uma terça menor acima (com mais tensões) – usadas tanto em resolução para acorde maior quanto menor. Ex G7 = Dm6 pentatônico (quinta justa acima); Abm6 pentatônico (uma segunda menor acima); Bbm6 pentatônico (uma terça menor acima). Obs: o acorde dominante permite um número maior de notas de tensão. Na verdade, em G7, todas as notas, com exceção da sétima maior (F#) são consideradas notas de tensão.
Em acordes meio diminutos, pensamos uma terça menor acima. Ex: Bm7(b5) = Dm6 pentatônico (uma terça menor acima). -
Exercício de assimilação:
Improvise as progressões já vistas na pentatônicas menores (m7) empregando pentatônicas menores com sexta (m6).
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PENTATÔNICA MENOR COM SÉTIMA E QUINTA DIMINUTA – m7(b5) Diferencia-se da pentatônica menor por apresentar uma quinta diminuta ao invés da quinta justa:
É empregado, quase que exclusivamente, em acordes meio diminutos (partindo da tônica) e em dominantes (partindo da terça maior). Ex: Bm7(b5) = Bm7(b5) pentatônico. G7 = Bm7(b5) pentatônico. Como exercício de assimilação, improvise com esta escala as progressões acima que possuírem acorde meio diminuto. PENTATÔNICA MAIOR COM SEGUNDA MENOR – b2 Diferencia-se da pentatônica maior por apresentar uma segunda menor ao invés da segunda maior:
Esta escala é empregada em acordes dominantes partindo da tônica. Ex: G7 = G b2 (penta). De outra perspectiva, podemos considerar que as pentatônicas de Bb b2, C# b2 e E b2 cabem dentro do âmbito de G7, por possuírem notas de tensão relacionadas com este acorde:
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Devido a isso, ela possui a particularidade de ser simétrica no que diz respeito à digitação, isto é, a sua digitação no braço do instrumento se repete a cada três semitons. -
Exercício de assimilação:
Improvisar, com esta escala, os acordes dominantes presentes nas progressões já vistas.
12- ESCALAS DE IMPROVISO EM V7 O acorde dominante, pela sua função de acorde de tensão, aceita várias tensões e várias escalas, cada qual com sua intenção musical. Já vimos que a escala alterada é uma escala amplamente usada neste acorde (usada mais para resolução em acorde maior); agora estudaremos outras escalas, cada uma com sua sonoridade característica, que funcionam muito bem (tanto em resolução para acorde maior quanto menor) e são muito usadas pelos jazzistas, que utilizam um pensamento tanto horizontal quanto vertical. ESCALA DE TONS INTEIROS Trata-se de uma escala simétrica formada por tons inteiros em toda a sua extensão: G7
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Acordes aumentados originados pela escala: G+ A+
B+
C#+
D#+
F+ (acordes simétricos)
ESCALA DOMINANTE DIMINUTA É a escala diminuta começando pela dominante com intervalos de semitom+tom. Assim como a escala de tons inteiros, também é simétrica e se repete a cada três semitons. G7
Acordes diminutos originados pela escala: G° = e suas inversões: Bb° Db° B° = e suas inversões: D° F°
Fbb° (ou E°) Ab°
Acordes meio diminutos: Gφ Bb φ C #φ E φ Acordes dominantes:
G7 A7 C#7 Acordes menores: Gm7
E7
Bbm7 C#m7 Em7
SÉTIMO MODO DA ESCALA DA ESCALA MENOR MELÓDICA Em G7 trata-se da escala de Ab menor melódica começando pelo sétimo grau. G7
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Acordes originados pela escala: Abm7
Bbm7 Cb7M(#5)
Db7
Eb7
Fm7(b5)
Gm7(b5)
As escalas acima, e seus respectivos acordes do campo harmônico, funcionam tanto no acorde dominante resolvendo para acorde maior quanto para acorde menor; porém, quando a dominante resolve em acorde menor é mais comum o uso das seguintes escalas: -
-
5° modo da escala menor melódica: G7 é a escala de C menor melódico começando pelo quinto grau (G). 5° modo da escala menor harmônica: G7 é a escala de C menor harmônico começando pelo quinto grau (G). 7° grau da escala da escala menor melódica: G7 é a escala de Ab menor melódico começando pelo quinto grau (G). Exercício de assimilação:
Improvise as dominantes abaixo com cada uma das escalas vistas acima: Tom: C I
V/ii
ii
V
|: C7M | A7(b13) | Dm7(9) | G7(#5) :| Tom: Cm I
V/III
III
V
|: Cm7(9) | Bb7(b13) | Eb7M | G7(b13) :|
13- IMPROVISANDO JAZZ E BOSSA NOVA 1 Para entender como improvisar jazz e bossa nova é necessário que o estudante tenha um conhecimento amplo de harmonia. Se ele não tiver tal conhecimento, dificilmente conseguirá improvisar a progressão abaixo, devido ao fato de não compreender a função dos acordes: |: C7M(9) Ebm6 | G7M | Ab6 Db7(9) | C7M(13) :|
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A progressão acima poderia ser resumida da seguinte forma: _______V_______ I
V/I
I
iv
V
I
|: C7M(9) D7(b13) | G7M | Fm7 G7(#5) | C7M(13) :| A tonicização e a modulação são práticas muito freqüentes no jazz e bossa nova. Acordes de empréstimo modal e a cadência ii – V7 – I, da mesma forma, são amplamente utilizados. De acordo com o que foi visto nos capítulos 10,11 e 12, vejamos algumas possibilidades de improviso para a progressão acima: Escalas: C7M(9) = C lídio (G maior). Ebm6 (ou D7(b13)) = D alterado; D tons inteiros; D dominante diminuto; Eb menor melódico. G7M = sol lídio (ré maior) Ab6 (ou Fm7) = F dórico G7(#5) = G alterado; G tons inteiros; G dominante diminuto; Ab menor melódico. Pentatônicas: C7M(9) = Em, Am, Bm (penta); Am6 (penta). Ebm6 (ou D7(b13)) = Bm7, Fm7 (penta); Am6, Ebm6, Fm6 (penta); F#m7(b5) pentatônico; F# b2, Ab b2, B b2, D b2 (penta). G7M = Em, F#m, Bm (penta); Em6 (penta). Ab6 (ou Fm7) = Cm, Fm, Gm (penta); Fm6 (penta). G7(#5) = Em, Bbm (penta); Dm6, Abm6, Bbm6 (penta); Bm7(b5) pentatônico; B b2, Db b2, E b2, G b2 (penta). Arpejos: C7M(9) = acordes do campo harmônico de sol maior. Ebm6 (ou D7(b13)) = acordes do campo harmônico de A menor melódico; D+, E+, F#+, Ab+, Bb+, C+; Dm7(b5), Fm7(b5), G#m7(b5); Bm7(b5); D°, F°, Ab°, B°, F#°, A°, C°, D#°; D7, E7 (já pertencentes ao campo harmônico de A menor melódico) Ab7, B7; Dm, Em, Abm, Bm; campo harmônico de Eb menor melódico. G7M = acordes do campo harmônico de ré maior. Ab6 (ou Fm7) = acordes do campo harmônico de Eb maior. G7(#5) = acordes do campo harmônico de D menor melódico; G+, A+, B+, C#+, D#+, F+; Gm7(b5), Bbm7(b5), C#m7(b5), Em7(b5); G°, Bb°,Db°, E°, B°, D°, F°, Ab°; G7, A7
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(já pertencentes ao campo harmônico de D menor melódico) C#7, E7; Gm7, Bbm7, C#m7, Em7; campo harmônico de Ab menor melódico. -
Exercício de assimilação:
Improvise a progressão acima aplicando todas as possibilidades acima. Diante de tantas possibilidades, é imprescindível que o estudante comece a improvisar uma quantidade boa de músicas, para que os conceitos acima, aos poucos, sejam assimilados. Sugerimos, abaixo, alguns hits de jazz e bossa nova para improvisação: Jazz -
Impressions (John Coltrane); Bb blues (Jamey Aebersold); Summertime (George Gershwin); Santin Doll ( Duke Ellington); Doxy (Sonni Roll); Autumn Leaves (Johnny Merce); All the things you are.
Bossa nova -
Garota de Ipanema (Tom Jobim); Eu sei que vou te amar (Tom Jobim); Incompatibilidade de gênios (João Bosco); Triste (Tom Jobim); Wave (Tom Jobim); Samba de uma nota só (Tom Jobim); Samba triste (Baden);
A tendência do estudante ao improvisar é querer aplicar todos os conhecimentos aprendidos de uma só vez. Na verdade, às vezes não é nem necessário tocar uma escala inteira; procure aplicar os seus conhecimentos da maneira mais musical possível, deixe que a melodia escolha a escala, arpejo ou pentatônica a ser tocada no momento.
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Veja abaixo, um improviso escrito e analisado da música “Blues Bossa” de Kenny Dorman:
1- C menor pentatônico; 2- Blue note (F#); 3- Arpejo de Fm7; 4- Arpejo de Cm7; 5- Modo lócrio (2M); 6- C menor harmônico; 7- Ab menor melódico; 8- C menor natural (Eb maior); 9- Eb dórico; 10- Ab tons inteiros; 11- Db jônico (este modo foi usado no lugar do modo lídio, mas veja que o Gb é tratado como nota de aproximação); 12- F menor pentatônico; 13- G dominante diminuto; 14- Arpejo de Cm7; 15- Arpejo de Dm7(b5); 16- Arpejo de G7 (B e F) e escala de Ab menor melódica (Bb e Ab); 17- C menor pentatônico.
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14- IMPROVISANDO BLUES 2 Quando o blues vem acompanhado de uma harmonia mais jazzística, é comum pensar, além da escala blues, nas escalas aprendidas nos tópicos anteriores. Veja a harmonia abaixo: |: A7(13) | D7(9) D#° | A7(13) | Em7 Eb7(9) | D7(9) | D#° | | A7(13) | F#7(b13) | Bm7(9) | E7 (b9) | A7(13) F#7(9) | Bm7 E7(b9) :| turn around Na primeira parte do blues (compassos 1 a 6) podemos pensar em escala blues durante todo o trecho ou nas seguintes escalas para esses acordes: D#° = ré sustenido diminuto; Em7 = mi dórico; Eb7(9) = A alterado; A tons inteiros; A dominante diminuto; Bb menor melódico. Na segunda parte (compassos 7 a 12) é comum abandonar a escala blues e pensar nas seguintes escalas para esses acordes: F#7(b13) = F# alterado; F# tons inteiros; F# dominante diminuto; G menor melódico; Bm7 = B dórico; E7(b9) = E alterado; E tons inteiros; E dominante diminuto; F menor melódico; Obs: lógico que, além das escalas, podemos usar as escalas pentatônicas e os arpejos.
A parte onde está escrito “turn around” é muito comum neste tipo de progressão em blues; os acordes são tocados muito rapidamente tornado-se difícil pensar em escala ou algo mais. O mais comum é empregar três tipos de linhas melódicas: 1- Arpejo dos acordes: as notas do improviso têm como base, as notas dos acordes (podendo-se empregar notas de tensão não existentes no acorde escrito):
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2- Cromatismo: procurando sempre resolver a nota cromática na nota do acorde:
3- Arpejo e cromatismo: é o método mais empregado pelos jazzistas:
-
Exercício de assimilação:
Improvise a progressão acima, passando também para outras tonalidades.
15- ESCALA BEBOP Utilizar notas cromáticas entre as notas da escala é uma técnica que os músicos freqüentemente usam. Esta técnica ajuda a fazer a escala soar harmonicamente certa e consistente com o acorde. Essas escalas são às vezes chamadas de escalas bebop. Vejamos essas escalas de acordo com o modo da escala:
Note que os modos jônico e lídio possuem uma quinta aumentada acrescentada na escala, e os modos restantes possuem uma sétima maior acrescentada.
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É comum o uso de mistura de modos, isto é, quaisquer umas das escalas acima podem ser utilizadas dentro do acorde de C7M. É interessante pensar em cromatismo aliado a notas da escala:
Na improvisação vale tudo, desde que se resolva as notas cromáticas dentro das notas da escala:
16- INTENÇÃO MENOR É um sistema consagrado pelo guitarrista Pat Mantino, e que consiste em associar frases melódicas aliadas a um acorde menor. Veja abaixo a digitação empregada e algumas frases associadas: Acorde Menor
Digitação
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Frases em Am: 1.
2.
As frases acima servem como apenas como uma base de como as melodias podem ser construídas dentro da região da digitação; o importante é que o estudante crie suas próprias melodias tentando aplica-las de maneira mais inteligente possível. Aplicação da intenção menor: -
Em acordes m7: pode ser tocada partindo da tônica ou dominante.
Ex: Am7 = Am ou Em. -
Em acordes 7M: pode ser tocada partindo do relativo menor ou mediante.
Ex: A7M = F#m ou C#m. -
Em acordes 7: partindo da dominante:
Ex: G7 = Dm
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-
Em acordes 7alt: partindo da segunda menor.
Ex: G7(#5) = Abm. -
Em acordes m7(b5) = partindo da mediante.
Ex: Bm7(b5) = Dm.
17- IMPROVISAÇÃO EM BLOCO Improvisar em bloco significa improvisar com acordes. Pegamos uma determinada melodia em “apoiamos” ela junto com a harmonia. O aprendizado desta técnica requer muita prática, mas o pensamento é bastante lógico: 1- De acordo com a escala do acorde escolhida, improvisamos uma melodia:
2- De acordo com a cifra juntamos a melodia à harmonia:
A improvisação de melodias em bloco não se resume apenas ao que foi dito acima, existe uma série de técnicas (como aproximações harmônicas, por exemplo) que podem ser usadas para melhorar a qualidade musical do trecho acima. Recomendo ao estudante pesquisar e ficar ciente destas técnicas, pois este assunto é muito abrangente para ser discutido aqui.
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BLOCO EM QUARTAS Em cada acorde do campo harmônico podemos montar uma estrutura em quartas, de acordo com a escala do acorde: TONALIDADE MAIOR I grau:
Escala do acorde:
C
C lídio: C D E F# G A B 1-
Forma-se uma estrutura em quartas de forma descendente em cada nota da escala:
(quartas em Sol maior)
ii grau:
Escala do acorde:
Dm
D dórico: D E F G A B C
iii grau:
Escala do acorde:
Em
E dórico: E F# G A B C# D
(quartas em Dó maior)
(quartas em Ré maior)
IV grau:
Escala do acorde:
F
F lídio: F G A B C D E
(quartas em dó maior)
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(quartas em Dó maior)
V grau: G
Escala do acorde: 4° modo da escala de D menor melódico: G A B C# D E F
(quartas em ré menor melódico)
V grau: G
Escala do acorde: G tons inteiros: G A B C# D# F G
(quartas em sol tons inteiros)
V grau: G
Escala do acorde: G dominante diminuto: G Ab Bb B C# D E F
(quartas em sol dominante diminuto)
V grau: G
Escala do acorde: 7° modo da escala de Ab menor melódico: G Ab Bb Cb Db Eb F
(quartas em Lá bemol menor melódico)
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vi grau:
Escala do acorde:
Am
A dórico: A B C D E F# G
(quartas em Sol maior)
vii° grau:
Escala do acorde:
B°
B lócrio (2M): B C# D E F G A
(quartas em ré menor melódico)
TONALIDADE MENOR V grau: E7 Ex: Escala de A menor natural e seu campo harmônico em quartas: ABCDEFGA
A escala menor melódica também pode ser utilizada na rearmonização em quartas na dominante do tom menor:
(quartas em Fá menor melódico)
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Em melodias cromáticas, é comum o emprego da aproximação cromática:
Obs: existem outros tipos de aproximações. Mas elas não serão abordadas aqui, pois merece um estudo a parte.
18- IMPROVISANDO JAZZ E BOSSA NOVA 2 Mostraremos a seguir um trecho de um improviso escrito sobre a música “incompatibilidade de gênios”, de João Bosco, aplicando as técnicas aprendidas nos tópicos 15, 16 e 17:
1 = notas de aproximação; 2 = escalas bebop (cromatismo); 3 = intenção menor (C#m); 4 = quartas em F lídio; 5 = quartas em B lócrio (2M); 6 = quartas em Fm melódico.
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Em músicas em que a movimentação harmônica é intensa, é comum o uso de arpejos e de escalas bebop; isto facilita a improvisação (pois fica difícil pensar em escalas) e dá um melhor sentido melódico ao improviso. Veja o improviso escrito em um trecho da musica “Giant Steps” de John Coltrane: =
Com isso finalizo o nosso estudo sobre improvisação, espero que este material tenha sido bastante útil. Contudo, ele não deve servir como estudo final sobre improvisação e sim, como estudo inicial. Leia, estude, mas, sobretudo, pratique, é a prática que leva a tão sonhada perfeição.
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