Este livro vem mostrar como as pessoas que receberam de Deus o Ministério de Cura e Libertação devem ter cuidado ao lida...
M G O. A A
Combatendo o bom combate Orientações para Cura e Libertação
Copyright © © Palavra & Prece Editora Ltda., 2011. Todos os direitos d ireitos resrvados. Nenhuma parte desta obra pode ser utilizada ou reproduzida sem a expressa autorização da editora.
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme Decreto n o 1.825, de dezembro de 1907.
COORDENAÇÃO EDITORIAL Júlio César Porfírio
R EVISÃO EVISÃO E DIAGRAMAÇÃO Equipe Palavra & Prece
CAPA Claudio Braghini Jr. Imagem: Istockphoto
IMPRESSÃO Escolas Profissionais Salesianas
1ª EDIÇÃO: 2005 2ª EDIÇÃO: 2006 3ª EDIÇÃO: 2007 4ª EDIÇÃO: 2008 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, SP, Brasil) Alves, Maria Gabriela O. Combatendo o bom combate : orientações para cura e libertação / Maria Gabriela O. Alves. – 5. ed. – São Paulo : Palavra & Prece, 2011.
Bibliografia. ISBN 978-85-7763-188-9 1. Cura
2. Libertação
3. Oração
4. Renovação Carismática Católica
11-00857
I. Título. CDD-269
Índices para catálogo sistemático: 1. Ministério de oração por cura e libertação : Renovação Renovação Carismática Católica : Cristianismo 269
PALAVRA & PRECE EDITORA LTDA.
Parque Domingos Luiz, 505, Jardim São Paulo, Cep 02043-081, São Paulo, SP Tel./Fax: (11) 2978.7253 E-mail:
[email protected] [email protected] / Site: www.palavraeprece www.palavraeprece.com.br .com.br
Dedico este livro às minhas queridas irmãs ir mãs em Cristo, Irmã Josefina e Irmã Filomena, que sempre estiveram ao meu lado me encorajando e incentivando para que eu continuasse este ministério. Aos sacerdotes, que são meus filhos do coração, que tanto me auxiliaram no atendimento aos irmãos que sofriam. De modo especial ao saudoso Pe. João Casagrande, que me deu coragem, ragem, apoio e me auxiliou a socorrer as pessoas que sofriam. sofriam . Aos meus filhos e filhas da Intercessão do Rosário da Misericórdia, que sempre me deram cobertura de oração.
5
Sumário Apresentação ........................................................................................................9 Prefácio ...............................................................................................................11 Introdução ..........................................................................................................13 Parte I – Atendimento .......................................................................................19
Passos para a cura...............................................................................................27 Cuidados que os servos precisam ter durante a Oração de Cura ....................35 ................... .35 Obstáculos à Cura ..............................................................................................37 Terapia Preventiva .......................................... .................... ........................................... ........................................... ............................... .........38 38 Parte II – Cura e Libertação .............................................................................51
Como proceder com uma pessoa em surto maligno, ou seja, quando há manifestação maligna? .......................................................................................53 Onde e como fazer a Oração de Cura e Libertação ......................................... ................... .......................54 .54 Cura de Antepassados ........................................................................................61 Como saber se uma pessoa está com surto maligno ........................................ ..................... ...................66 66 Por que o cristão tem surto maligno? ...............................................................73 Jaculatórias que podem ser usadas no Terço Terço Bizantino ................................... ................... ................78 78 Problemas Problemas com as Equipes de Libertação ......................................... ................... ...................................... ................81 81 Parte III – Doenças ...........................................................................................85
Síndrome do Pânico ...........................................................................................88 TOC – Transtorno Obsessiv O bsessivoo Compulsivo Compulsivo ........................................... ..................... .................................. ............88 88 Transtorno Bipolar ............................................ ...................... ............................................ ............................................ ........................... .....90 90 Transtorno de Personalidade Personalidade (Borderline) ........................................... ..................... .................................. ............91 91 Ciclotimia ...........................................................................................................91 DDA – Distúrbio de Déficit de Atenção ...........................................................92 Epilepsia (quadro grave) ....................................................................................92 Esquizofrenia ......................................................................................................92 Neuroses .............................................................................................................93 Distúrbio Comportamental ..............................................................................93 Distimia ..............................................................................................................94
7
Parte IV – Orações ............................................................................................99
Oração de Renúncia .........................................................................................101 Oração de Perdão .............................................................................................103 Terço do Perdão................................................................................................106 Perdão................................................................................................106 Oração de Ajuda para Cura Interior ...............................................................107 Terço da Cura ...................................................................................................112 Promessas do Arcanjo São Miguel ..................................................................114 Rosário de São Miguel Arcanjo .......................................................................114 Ladainha de São Miguel...................................................................................119 Miguel...................................................................................119 Ato de Consagração .........................................................................................121 Terço das Lágrimas de Sangue de Maria Rosa Mística ................................... ..................... ..............122 122 Oração a Maria Rosa Mística ..........................................................................124 Oração da Medalha de São Bento ...................................................................125 Ladainha dos Santos Anjos Anjos .......................................... .................... ............................................ .................................... ..............125 125 Ladainha do Preciosíssimo Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo ................129 ................ 129 Súplica à Nossa Senhora ..................................................................................132 Terço da Imaculada Conceição............................................ ...................... ........................................... ............................ .......132 132 Triságio à Santíssima Trindade Trindade ............................................ ...................... ............................................ ............................ ......133 133 Oração do Triságio à “Santíssima Trindade” Trindade” ........................................... ..................... ............................. .......135 135 Ato de Contrição ..............................................................................................136 Oração ao Pai ...................................................................................................137 Oração ao Filho ................................................................................................138 Oração ao Espírito Santo .................................................................................138 Ladainha Devota à Santíssima Trindade Trindade ........................................... ..................... .................................... ..............140 140 Hino Acatisto Acatisto........................................... ..................... ........................................... ........................................... .................................... ..............144 144 Ofício da Imaculada Conceição ......................................................................146 Citações Bíblicas ...............................................................................................157 Os Servos ..........................................................................................................157 Oração ao Espírito Santo Veni Veni Creator .......................................... .................... ....................................... .................159 159 Depois do Surto ...............................................................................................159 Nossa Senhora da Defesa .................................................................................161 Histórico da Arquiconfraria Arquiconfraria da Sagrada Correia............................................162 Correia............................................162 Bibliografia .......................................................................................................167
8
Apresentação
N
uma noite de domingo, por volta das 23 horas, eu estava em casa assistindo TV, quando minha esposa se recolheu para dormir e me perguntou perg untou se eu faria o mesmo. Respondi a ela que não – geralmente geral mente temos temos o costume costu me de dormir no mesmo horário. Curiosamente, durante todo aquele dia, eu sentia algo apertar meu coração, mas não sabia dizer o que era. Por volta das 23h30, o telefone tocou. Era uma amiga nossa, desesperada, dizendo que precisava de ajuda. No momento pensei em assalto, assa lto, mas logo ela disse que o seu marido mar ido estava estranho, falando fal ando com vozes diferentes. Imediatamente peguei meu carro e fui até a casa dela. No caminho, em meu coração, perguntei para Jesus: “E agora, Senhor, o que devo fazer?”. Em seguida, liguei para a Maria Gabriela, a quem carinhosamente cari nhosamente chamo de “Madrinha”, “Madrinha”, expliquei ex pliquei--lhe o que estava acontecendo, e perguntei-lhe o que deveria fazer naquela hora da noite. Imediatamente, ela me disse: “Traga-o à minha casa”. E assim, juntos, começamos uma caminhada cam inhada de Cura e Libertação Libertaç ão na vida daquela pessoa. Durante essa caminhada pude perceber, o quanto Deus nos ama e nos quer curados e libertos de todo mal. O quanto
9
Jesus, Nossa Senhora e São Miguel Arcanjo estão presentes nestes momentos. Comecei falando fala ndo desse caso, pois uma semana antes de isso acontecer, tecer, eu e Maria Gabriela começamos, juntos, a trabalhar trabal har neste livro. liv ro. Ela ditando dita ndo e eu digitando. Em um desses desse s momentos momentos ela se dirigiu dir igiu a mim dizendo: “Júlio, como seria bom se você pudesse acompanhar algum caso de Cura e Libertação, para ver como realmente as coisas acontecem!” Comecei a acompanhar o atendimento atendimento daquela pessoa e a acompanhar-me panhar-me vinha a Palavra de Deus: “... No entanto, nenhum cai por terra ter ra sem a vontade de vosso Pai. Até os cabelos de vossa cabeça estão es tão todos contados .” (Mt
10,29-30)
Meditando sobre isso, pude pude sentir a presença de Deus a cada c ada momento, a cada minuto, a cada segundo. E Ele também está presente na produção deste livro. Muitas coisas em nossa vida não são coincidência. Deus realmente se faz presente no meio de nós, e tudo é permitido segundo a Sua vontade! Dou testemunho testemunho do serviço ser viço prestado por Maria Gabriela, de toda prudência, vida de oração, obediência, amor à Igreja e aos irmãos e irmãs irmã s em Cristo. Para mim, foi muito especial especia l poder acompanha acompanharr de perto seu trabalho. traba lho. Aprendi Aprendi muito e tenho certeza que você também aprenderá ao ler esta obra maravilhosa. O Editor
10
Prefácio
Q
uando conheci a autora, em 1988, e tive contato com seu Ministério de Libertação, através do perdão e da cura, percebi ali a unção de Deus, e senti claramente, que nunca mais eu seria o mesmo. Sua humildade, obediência à Igreja e amor aos irmãos, sua clareza de ideias e autoridade espiritual revolucionariam minha história história e deixariam deixaria m marcas inde i ndelév léveis eis em minha min ha vida e Ministério. O que a professora aposentada, Maria Gabriela, faz neste livro, é oferecer ajuda e orientação aos servos dos Grupos de Oração da Renovação Carismática Católica, aos familiares e amigos de quem procura sua libertação e aos mais interessados no assunto: aqueles que desejam viver v iver,, libertos liber tos de todo o mal, em novidade de vida. A autora foi, sem dúvida, ousada. Num mundo cético, que proclama a morte de Deus e a inexistência do diabo, Maria Gabriela abre o jogo sobre sobre as forças do mal, ma l, descortinando, descorti nando, com simplicidade, a sua experiência. O presente livro é, na verdade, resultado de tantos seminários ministrados pelo Brasil afora. Um belo roteiro para quem quer trabalhar na Messe do Senhor e, mais precisamente, no Ministério de Oração pela Cura e Libertação do povo de Deus. Impossível é, de fato, não ficar impressionado com a autora que vai
11
aprendendo aprendendo com os acontecimentos, acontecimentos, mas se aprofunda aprofunda na ciência e, sobretudo, no amor de Deus. Uma experiência iniciada no final dos anos 70... O leitor muito crescerá com estas preciosas orientações. Penso nos meus colegas padres e até mesmo nos mais diversos profissionais da área da saúde que podem, com estas linhas, conhecer um pouco mais desta esfera do mundo mundo espiritual espiritua l tão temida ou ou banalizada, banal izada, popo rém, pouco perscrutada ou levada a sério. Tanto a autora, como eu, valorizamos muito, no processo de cura, a presença da medicina e dos médicos, dos tratamentos t ratamentos terapêuticos e dos medicamentos. Um divórcio aqui, poderia ser trágico... A conjugação entre os seus ensinamentos, com o que ama e ensina a fé católica é, também, digno de nota. Em Maria Gabriela, o espetacular torna-se corriqueiro, o fanatismo não tem o menor espaço e a fé amadurecida tudo pode conquistar. A intensa jornada sacramental da d a autora autora e a sua profunda vida v ida de oração, bem como a simplicidade como vive esta piedosa Ministra Extraordinária da Comunhão Eucarística e formadora de “Coroinhas”, faz-me crer na Vitória de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre toda potestade ou inventiva maligna. Glórias a Jesus, o Leão de Judá, Judá, pelo ministério da Maria Ma ria Gabriela! Gabriela ! Glórias a Jesus, o Leão de Judá, pelo nosso editor, Júlio César, e pela nossa Editora, Palavra & Prece. Glórias a Jesus, o Leão de Judá, por você, caríssimo leitor e querida leitora, que se dispõe a trilhar o caminho da instauração do Reinado de Deus nos corações e nas almas. Com minha bênção sacerdotal e fraterna, Padre Márlon Múcio Corrêa Silveira
Missão Sede S ede Santos Sa ntos – Tauba Taubaté/ té/SP SP
12
Introdução
F
oram muitas as dificuldades que encontrei neste Ministério. Só não desisti porque Irmã Josefina e Irmã Filomena, filhas da Caridade de São Vicente Vicente de Paulo, me encorajavam e me ajudavam com suas orações. De junho ju nho de 1982 1982 até março de 1988 passei por grande gr ande provação porque tinha meu pai doente, com câncer, para cuidar, e muitas pessoas com surtos malignos para atender. Sendo sozinha para cuidar do pai enfermo, e para atender os irmãos, só mesmo na força do Espírito Santo é que pude vencer essa prova. Louvo a Jesus porque Ele vem em auxílio daqueles que passam por provações, aflições, perseguições, principalmente se a causa é pelo Seu Santo Nome. Digo isso porque, por intermédio da Ren, uma serva querida da Renovação Carismática Católica, consegui ser recebida pelo então Arcebispo de Aparecida, Dom Geraldo Penedo, no dia 28 de outubro outubro de 1988. Passei uma tarde t arde com ele em sua residência residência lá em Aparecida Apa recida (SP), (SP), onde pude expor todas as dificuldades que estava passando por causa do atendimento às pessoas que precisavam de cura e libertação. Ele me ouviu com todo carinho e atenção e me incentivou a
13
continuar nesse trabalho. Depois me levou à sua capela particular e ali me deu sua bênção para este meu Ministério, e me consagrou à Nossa Senhora. Glórias a Deus! Mais tarde, em 1990, Dom Agnelo Rossi, que tinha sido Cardeal de São Paulo e que já há muitos anos estava no Vaticano, onde era o Decano do Colégio dos Cardeais, veio ao Brasil para tratamento médico, por causa da sua saúde muito delicada e também para estar perto de seus familiares. Estando aqui por ocasião do Cenáculo da Renovação Carismática Católica, que foi realizado reali zado no estádio do Morumbi, Dom Agnelo foi convidado para presidir a Santa Missa, e ficou maravilhado com a multidão que ali se reuniu para louvar a Deus, e também com o grande gra nde número de sacerdotes presentes. Nesse dia, pude falar com ele e receber a sua sua bênção. A partir par tir daí, da í, cada vez que ele vinha ao Brasil para pa ra continuar o seu tratamento, me me recebia com grande alegria na sua residência em Helvetia, próximo a Campinas. Ali celebrava a Santa Missa para nós e nos abençoava. Heloísa, uma das minhas filhas espirituais, é quem me levava e o cercava de carinhos. Sempre que nos encontrávamos eu lhe falava das minhas mi nhas dificu di ficuldades ldades no meu Ministério Mini stério e ele sempre sempre me encoraencora java, dizendo para eu continuar e me abençoava. Vemos aqui o grande amor de Deus, a Sua Misericórdia e proteção por todos os que exercem este Ministério que evangeliza e é tão importante para a Igreja, trazendo de volta para o redil da Igreja Católica Apostólica Romana tantas ovelhas que se desviaram. Quero dizer também a quem exerce este ministério, que não desanime com as decepções e ingratidões. Algumas vezes, pessoas que deram muito trabalho, quando encontram a cura e a libertação, não perseveram na oração, na comunhão e caem nas malhas
14
do adversário, tomando atitudes que escandalizam. Felizmente isto acontece raramente e precisamos continuar rezando por essas pessoas e não julgá-las. O objetivo deste livro é levar as a s pessoas a um u m conhecimento sobre sobre o Ministério de Cura e Libertação, esclarecer os servos e os participantes de Grupos de Oração que muitas vezes, quem ora por libertação enfrenta situações difíceis quando as pessoas atendidas entram em surtos malignos. É necessário necessár io orar para a cura c ura da área da mente onde há “brechas”, “brechas”, para que haja a libertação. Padres e leigos que oram para a libertação de uma pessoa fazem ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO e não EXORCISMO. O Canôn 1172 do Direito Canônico declara que ninguém, nem leigo, leigo, nem sacerdote, pode fazer faz er exorcismos. É proibido proibido pela Sagrada Sag rada Congregação da Doutrina da Fé rezar o exorcismo do Papa Leão XIII, quando estamos enfrentando forças malignas em uma pessoa que entra em surto maligno. São raros os casos ca sos em que um sacerdote faz exorcismo sobre sobre uma pessoa, pois ele deve ser delegado pelo bispo. bispo. É preciso que o sacerdote seja um psicólogo, para analisar o caso e verificar se a pessoa tem um problema espiritual ou se é psíquico. Em alguns algu ns casos a pessoa tem problema problema psíquico psíquico e espiritual, espiritua l, necessitando de Oração de Cura Interio I nteriorr, Oração de Libertação Liber tação e também ta mbém medicamentos que devem ser receitados por um médico psiquiatra. Por outro lado, na maioria dos casos vistos, a pessoa que tem surto maligno é mentalmente sã, mas apresenta certos comportamentos que parecem de anormalidade mental. O médico alemão, Dr. Alfred Lecher, comprovou que há pessoas que apresentam certos sintomas sintomas de surto sur to maligno, malig no, mas são mentalmente doentes. doentes. Neste
15
caso é necessário acompanhamento de Oração de Cura Interior e tratamento médico. Oro para que os os meus irmãos e irmãs, que trabalham trabal ham neste ministério tão difícil e muitas vezes incompreendido, sejam muito abençoados: Continuem firmes, confiantes em Deus, mesmo quando forem vítimas de perseguição e calúnia. O servo que ora por pessoas com surto maligno não pode ter medo, precisa de um tempo disponível para o atendimento, tem de exercitar a humildade, a caridade, a bondade, não julgar e nem condenar. Deve ter cuidado com suas conversas, conversas, enfi en fim, m, precisa exercitar os frutos do Espírito Santo (Gl 5,22-25). 5,22-25). O servo tem que ter oração diária, estar em estado de graça e, se possível, receber receber a Eucaristia diari d iariamente amente na Santa Missa, pois assim ele estará preparado para esta est a árdua missão. As pessoas que formam uma equipe de Oração de Cura e Libertação Liber tação precisam viver v iver no amor. amor. O servo não deve: • Ter ciúmes e gerar contendas (Tg 3,16). 3,16). • Desobedecer a coordenação coordenação e não respeitar hierarquia. • Fofocar e usar de más palavras. • Guardar ódio, ód io, rancor, rancor, ressentimento, ressentimento, mágoa. • Mentir, Mentir, ser orgu orgulhoso lhoso e arrogante. • Achar que sabe mais que os outros. outros. • Não saber perdoar. A falta de perdão é gravíssima, é uma barreira ba rreira que impede o servo de trabalhar neste ministério. É necessário viver a Palavra de Deus que nos diz: “Não se ponha o Sol sobre a vossa ira .” (Ef 4,26b)
16
“Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Quanto fizerdes, fize rdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai .” (Cl 3,13.17)
“Amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal. frater nal. AdianAdi antai-vos em honrar uns aos outros. Não relaxeis o vosso zelo. Sede fervorosos de Espírito. Servi ao Senhor. Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração. Socorrei às necessidades dos fiéis. Esmerai-vos na prática da hospitalidade. Abençoai os que vos perseguem; abençoai-os, e não os praguejeis. Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram. Vivei em boa harmonia har monia uns com os outros. Não vos deixeis levar pelo gosto das grandezas; afeiçoai-vos com as coisa modestas. Não sejais sábios aos vossos próprios olhos. Não pagueis a ninguém o mal com o mal. Aplicai-vos Aplica i-vos a fazer o bem diante de todos os homens. Se for possível, possível, quanto depender de vós, vivei em paz com todos os homens. Não vos vingueis uns aos outros, caríssimos, mas deixai agir a ira de Deus, porque está escrito: A mim a vingança; a mim exercer a justiça, justiç a, diz o Senhor (Dt 32,35).” (Rm 12,10-19)
No início do nosso ministério enfrentamos muitas dificuldades, pois, na época, não havia pessoas, padres e leigos para nos orientar. Não tínhamos, também, tantos livros de Cura Interior, de orações como temos hoje. Não havia material que pudesse esclarecer como deveríamos agir. Louvo a Deus, porque o Espírito Santo Sa nto veio veio sempre em nosso socorro, nas situações difíceis que enfrentamos. Que Deus abençoe a todos. A Autora
17
Parte I Atendimento
Os participantes de grupos de oração, intercessores, servos e o próprio próprio coordenador coordenador muitas vezes atendem pessoas com graves problemas físicos, psíquicos e espirituais. Os servos encontram dificuldades em atendê-las, aconselhá-las, encaminhá-las, pois chegam ao grupo aflitas e desesperadas com problemas pessoais, familiares, etc. É preciso muito cuidado no tratamento que se deve dar a elas. É importante que esses irmãos sejam acolhidos com com carinho car inho e atenção, para que sintam que estão sendo bem recebidos. O servo que atende deve estar sempre com outros servos ao seu lado que devem ficar ali intercedendo enquanto ele conversa com a pessoa carente de ajuda. O servo deve: • Ser acolhedor, acolhedor, amoroso e precisa precisa transmitir tra nsmitir confiança. confia nça. • Saber escutar, deix deixando ando a pessoa falar sobre seus probl problemas. emas. • Ter paciência para ouvir e prudência para falar, colocando somente mente aquilo que o Espírito Santo Sa nto inspirar. • Ter serenidade mesmo quando a pessoa expuser coisas terríveis, terr íveis, conservando sempre o semblante calmo ca lmo e sereno, orando mentalmente tal mente enquanto enquanto está ouvindo ouvi ndo.. • Ter disciplina, obediência e humildade. Depois de escutar atentamente, o servo deve fazer algumas perguntas, tais como: • A que igreja pertence? • É batizado? Em que igreja? • Fez a primeira comunhão? • É praticante? Participa das Missas aos domingos?
21
• Está afastado afa stado dos Sacramentos? Sacramentos? Há quanto tempo? tempo? Por quê? quê? • É casado na Igreja Igreja ou só no civil? civi l? • Vive maritalment marital mentee sem o Sacramento Sacramento do Matri Matrimônio? mônio? Por Por quê? • Frequenta Frequenta ou frequentou frequentou qualquer outro outro tipo de culto? • Participou de ocultismo? • Tem ódio, ressentimento, mágoa, desejo de vingança, falta de perdão? • Sente medo? De quê? Depois de ouvir as repostas, começa o trabalho do servo! Se essa pessoa participou de qualquer tipo de seita ou culto pensando que estava no caminho certo, é preciso que seja evangelizada. É preciso falar fala r do amor e da misericórdia de Deus, e mostrar-lhe o que Ele nos diz em Deuteronômio 18,9-13 18,9-13 e em todo o capítulo 28. O servo precisa, por todos os meios possíveis, levar a pessoa a se sentir animada e alegre, porque quando ela chega até o grupo ou ao plantão de oração, ela se encontra triste, caída e sem esperanças. O nosso corpo tem um antibiótico natural chamado imunoglobulina. Quando ficamos tristes, a taxa desse elemento cai, aparecendo, então, as doenças, porque a nossa resistência torna-se baixa. Quando nós nos alegramos, e voltamos a ter confiança, a taxa de imunoglobulina aumenta e com isto temos a resistência do corpo elevada. O grupo deve levar a pessoa a sentir que é amada a mada por Deus e mostrar a ela que para encontrar a verdadeira paz terá de reconhecer Jesus como único Senhor da sua vida. v ida. A seguir, seg uir, deve apresentar apresentar o problema dela a Jesus e orientá-la a buscar o Sacramento da Confissão. Depois de receber o Sacramento da Confissão, o servo fará com ela a renúncia. A renúncia é uma u ma declaração, declaraç ão, um compromisso, compromisso, que
22
a pessoa faz de não mais participar de qualquer espécie de seita (ver Oração de Renúncia na página págin a 101 101). Quando a pessoa não pode confessar porque está vivendo amasiada, é necessário explicar sobre a Lei da Igreja, que não permite que as pessoas que vivem amasiadas recebam a Santa Comunhão. Deve-se explicar ainda que ela não é rejeitada pela Igreja. Ela pode participar das Missas, frequentar Grupos de Oração e outros movimentos da Igreja, participar da catequese dos filhos, etc. O Papa João Paulo II, na Encíclica Familiares Consorcio , frisa fr isa que os casais que estão em segunda união devem ser acolhidos na Igreja com muito carinho e amor, para que possam educar os seus filhos na religião católica. Tudo explicado, o servo deve marcar o retorno, pois muitos precisam de acompanhamento que pode durar várias semanas ou meses, pois tudo depende do tipo de trauma sofrido. Problemas vividos ainda na vida intrauterina ficam registrados em nossa mente nos mínimos detalhes, mesmo que nós não nos lembremos deles. E quando passamos por um trauma na infância, nós o colocamos na área mais profunda da nossa mente, que é o inconsciente, e aí nós o escondemos para ficar sem a dor das más lembranças. Cada pessoa tem a sua história de sofrimento e suas feridas emocionais. No livro do padre Robert DeGrandis, “Ministério de Cura para Leigos ”1, há uma oração chamada “A Escada da Vida”, Vida”, que é de grande g rande eficácia. ef icácia. Nosso corpo reage fazendo com que tenhamos doenças físicas, psicossomáticas, problemas emocionais, psíquicos e espirituais. Quando o problema é muito grave, as feridas são profundas e muitas vezes a pessoa tem a vontade vontade enfraquecida. O servo que faz o 1
DeGrandis, Robert. Ministério de cura para leigos . 4ª edição. São Paulo, Edições Loyola, 1988.
23
atendimento atendimento precisa ser muito paciencioso, pois essa cura cu ra demorará mais tempo. E quando o trauma vem da vida intrauterina, a cura é mais demorada ainda. Exemplificando: Uma mulher teve um trauma de vida intrauterina, no sétimo mês de gestação, pois um homem desequilibrado mentalmente atacou atacou sua mãe pelas costas, assustando-a. assusta ndo-a. E ela, ainda bebê, também se assustou.. a ssustou.... e isso ainda a inda dentro do ventre materno! materno! Quando já estava com cerca de cinco anos, sua mãe adoeceu e precisou ser hospitalizada. Então, ela ficou com a avó. Como sentia a falta da mãe, aquela criança chorava muito, de saudade, e acabou sendo colocada colocada de castigo ca stigo em um quarto quar to completamente completamente escuro. Ela chorava chorava desesperadamente, desesperada mente, pedindo que a tirassem tiras sem de lá, pois sentia medo da escuridão. Mas a avó não a liberava daquele castigo, e ela gritava até desmaiar. Assim, o resultado desse trauma de infância infâ ncia foi terrível, criando cria ndo um sério problema de saúde saúde e problemas problemas espirituais. espiritu ais. Demorou muito tempo para a cura dessa mulher. Foi preciso tratamento médico para a síndrome do medo e orações feitas pelos servos uma vez por semana. Nesse caso, essa mulher tinha uma brecha 2. Essas brechas que temos na mente, causadas por traumas, impedem a cura. É necessário, então, evangelizar a pessoa que precisa de cura, fazendo atendimento mento individual. indiv idual. Ela deve aprender aprender a orar, ler a Bíblia , frequentar os Sacramentos — Confissão, Eucaristia —, para crescer na fé, e continuar recebendo orações para fechar essa brecha. Quando o servo ser vo perceber que o problema problema é muito sério, será preciso que seja feita a Cura Interior dessa pessoa. O processo de cura 2
O termo brecha é muito utilizado utili zado na Renovação Carismática Católica, que quer dizer fenda ou abertura que aparece na mente de uma pessoa por causa de um trauma ou pela vida de pecado, pec ado, e são pelas brechas que entram na mente as forças forças malignas.
24
pode ser realizado pelo próprio servo ou por outro, com mais experiência nesse Ministério, para que tal pessoa vá sendo curada em cada área á rea da mente onde onde exista exi sta a brecha. Atenção: Atenção: para que a Oração de Cura Interio I nteriorr dê resultados, a pessoa precisa querer ser curada. Esta cura pode se dar em poucos encontros de oração, mas, em certos casos, pode demorar três, quatro, seis meses, um ano ou mais. A Oração de Cura Interior tem que ser feita uma vez por semana, se possível no mesmo dia, na mesma hora, em um local apropriado onde o servo com o intercessor e a pessoa necessitada possam ficar separados das demais que estiverem ali presentes. Pode ser feita numa sala, mas quando possível, a oração deve ser feita numa capela, diante do Sacrário. A cada encontro, o servo deve receber a pessoa com alegria, carinho e atenção, levando-a sentir que é bem-vinda. O servo precisa fazer com que a pessoa fale de sua vida, contando fatos que possam ter marcado sua vida intrauterina, sua infância, adolescência e juventude. É importante também fazer com que a pessoa: • Reveja velhas velhas fotografias, fotograf ias, para tentar se recordar de algum fato doloroso. • Faça uma lista com os nomes nomes das pessoas que precisa perdoar. perdoar. A partir part ir daí, em casa, a pessoa deve rezar diariamente diar iamente o Pai-Nosso Pai-Nosso e quando chegar no trecho: “Perdoai as nossas ofensas, como nós perdoamos aos a os que nos ofenderam” , deve falar o nome de todas as pessoas que estão na lista, perdoando-as e abençoando-as. • Ouça CDs de oração como: A Luz que Cura e Cura para Traumas Psicoemocionais Psicoemocionais 3. 3
Os CD´s A Luz que Cura e Cura para Traumas Psicoemocionais são de minha autoria e podem ser adquiridos através da Associação do Senhor Jesus – www. diskshop.com.br ou pelo telefone: (19) 3849.9230.
25
Este livro não termina aqui... Para ler as demais páginas, adquira-o em: www.lojapalavraeprece.com.br