Pintura Automotiva
Colorimetria
Colorimetria
© SENAI-SP, 2004.
Capa – Imagem CESVI Brasil
Coordenação Equipe de elaboração Projeto e revisão técnica
Elaboração Equipe de editoração Assistência Editorial Planejamento visual Revisão Ilustração Diagramação Digitalização Produção gráfica
SENAI
Telefone Telefax SENAI on-line E-mail Home page
Osney Seri Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 Paulo da Costa Hantke-CMFP 1.65 Alexandre Felske da Silva-CFP 1.13 Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65
Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 Paulo da Costa Hantke-CMFP 1.65 Norma Lucia Barbosa-CFP 1.13 Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Centro Móvel de Formação Profissional Al. Barão de Limeira, 539 - 1º andar -Campos Elíseos Elíseos São Paulo - SP CEP 01202-902 (11) 3273 - 5150 (11) 3273 - 5161 0800 - 55 - 1000
[email protected] http:// www.sp.senai.br
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
© SENAI-SP, 2004.
Capa – Imagem CESVI Brasil
Coordenação Equipe de elaboração Projeto e revisão técnica
Elaboração Equipe de editoração Assistência Editorial Planejamento visual Revisão Ilustração Diagramação Digitalização Produção gráfica
SENAI
Telefone Telefax SENAI on-line E-mail Home page
Osney Seri Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 Paulo da Costa Hantke-CMFP 1.65 Alexandre Felske da Silva-CFP 1.13 Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65
Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 Paulo da Costa Hantke-CMFP 1.65 Norma Lucia Barbosa-CFP 1.13 Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Centro Móvel de Formação Profissional Al. Barão de Limeira, 539 - 1º andar -Campos Elíseos Elíseos São Paulo - SP CEP 01202-902 (11) 3273 - 5150 (11) 3273 - 5161 0800 - 55 - 1000
[email protected] http:// www.sp.senai.br
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Sumário
1 – Cuidados necessários com a segurança no trabalho: 1.1 – Equipamentos de proteção 1.2 – Normas de segurança 1.3 – Quando a proteção falha 1.4 – Normas gerais de segurança 2 – A tinta 2.1 – O que é tinta? 2.2 – Composição básica da tinta 2.3 – Denominação da tinta 3 – A cor 3.1 – A teoria da cor e o mundo em que vivemos 3.2 – A cor na nossa vida 3.3 – Teoria da luz e cor 3.4 – Pigmentos 3.5 – Metameria 3.6 – Limitantes 4 – Variação de cor 4.1 – Variação de cor 4.2 – Principais causas da diferença de tonalidade 4.3 – Cuidados para uma boa reprodução de cor 5 – Cores primárias e secundárias 5.1 – Cores primárias 5.2 – Cores secundárias 5.3 – Mistura de cores 5.4 – Técnica das cores opostas 5.5 – Círculo cromático e tendência da cores 6 – Cores metálicas 6.1 – Tipos de alumínio 6.2 – Tipos de pérolas 6.3 - Problemas com o pigmento branco 6.4 – Aditivos 6.5 – Dez dicas para uma boa reprodução de cor 7 – Referências bibliográficas 8 – Anexos
Centro Móvel de Formação Profissional
07 08 09 13 17 18 19 21 21 25 29 33 35 37 38 41 43 43 44 45 48 49 50 51 51 53 55 57
Colorimetria
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Apresentação
Caro Aluno, Este curso tem como objetivo oferecer ao profissional do ramo de Pintura Automotiva, treinamento voltado à prática e à simulação de situações vividas no dia-a-dia no ambiente de trabalho. Com o auxílio dos conhecimentos adquiridos neste curso, você aprimorará seus conhecimentos em relação a cores e ajustes de tonalidades, aumentando a qualidade do serviço de pintura. Para isso, você receberá informações importantes que o levarão a conhecer melhor as novas técnicas de manuseio e aplicação, além de ressaltar a importância da mão-deobra treinada e qualificada.
Bom proveito!
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Cuidados Necessários com a Segurança no Trabalho EPI´s são equipamentos de proteção individual e obrigatórios para uso dos profissionais no ramo de pintura automotiva e se usados de maneira correta, previnem acidentes e preservam a saúde. EPI
PROTEÇÃO CONTRA
OPERAÇÃO
Fumos de soldagem, poeiras (tóxicas ou atóxicas) vapores de tintas, solventes, thinners e névoas.
Soldagem, lixamento, esmerilhamento, pintura e polimento.
Solventes, poeiras, névoas e vapores.
Pintura em cabine.
Respirador semifacial
Respirador facial
Poeiras, névoas e fumos.
Pintura, soldagem.
Partículas volantes, respingos de produtos químicos.
Soldagem, lixamento, esmerilhamto, aplicação de produtos químicos, pintura.
Máscara facial
Óculos de segurança
Centro Móvel de Formação Profissional
7
Colorimetria
Agentes químicos, agentes térmicos e agentes abrasivos, escoriantes, perfurantes e cortantes.
Soldagem, lixamento esmerilhamento, aplicação.
Luvas
Lixamento, esmerilhamento, corte de chapas metálicas.
Ruídos Protetor Auditivo
Respingos de produtos químicos.
Pinturas e outras aplicações que envolvam a aplicação e manuseio de produtos químicos.
Macacão de segurança
Queda de objetos e produtos químicos, é necessário solado antiderrapante
Pintura, mecânica, área de funilaria.
Sapatos de segurança
É IMPORTANTE LEMBRAR QUE:
TODOS OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL DEVEM TER UM CERTIFICADO DE APROVAÇÃO (CA) FORNECIDO AO FABRICANTE PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
A preocupação com a saúde do trabalhador contra agentes contaminantes presentes no ambiente, não deve ficar apenas no campo de proteção, seja ela individual ou coletiva. O ambiente de trabalho deve ser amplo, limpo, e bem iluminado.
TIPO
OPERAÇÃO GERADORA
Poeira
Esmerilhameto, lixamento, desbaste, corte, varrição do chão.
Partículas sólidas em suspensão no ar
Dificuldades respiratórias.
Sistema de ventilação com exaustores; EPI: proteção respiratória e proteção facial.
Soldagem e fusão de materiais.
Partículas metálicas suspensas no ar e criadas por aquecimento de metais.
Irritação das vias respiratórias, pele e olhos, dermatites, febre de fumo metálico, efeito sobre os pulmões, rins e ossos, edema pulmonar, pneumonia.
Sistema de ventilação com exaustores; EPI: proteção respiratória e proteção facial.
Partículas de materiais líquidos suspensas no ar.
Dificuldades respiratórias, Irritação das vias respiratórias e olhos, tontura, dor de cabeça e náusea.
Sistema de ventilação com exaustores; EPI: proteção respiratória.
Fumos
Atomização e condensação de pulverização (pintura com Névoas revólver).
8
DESCRIÇÃO
RISCOS CAUSADOS
Centro Móvel de Formação Profissional
PROTEÇÃO NECESSÁRIA
Colorimetria
Gases
Vapores
Soldagem
Pintura, limpeza, decapagem, desengraxe
Substâncias em forma de gás dispersas no ar, na temperatura ambiente e normalmente invisível a olho nu.
Substâncias evaporadas de líquidos do tipo solvente, thinner e gasolina
Dificuldade respiratória irritação de olhos e nariz, tontura, dores de cabeça e náusea.
Sistema de ventilação com erxaustores; EPI: proteção respiratória e proteção facial.
Irritação nos olhos e nariz, Tontura, dor de cabeça, náusea, desmaio; a exposi cão prolongada pode causar danos irreversíveis aos pulmões.
Sistema de ventilação com exaustores; EPI: proteção respiratória.
Fonte: BARROS, Edson. Aumenta a necessidade de proteção respiratória nas oficinas. Revista Funilaria & Pintura, São Paulo nº 7, p. 4-6, set. 2002
Ainda sobre o ambiente de trabalho, a Portaria nº 3214 do Ministério do Trabalho determina que, em cada posto de trabalho numa oficina de pintura deve ter uma iluminação mínima de 1000lux. E deve ter instalados equipamentos de proteção coletiva representados por um sistema de ventilação, com exaustores e filtros adequados para captação e retenção de gases, vapores e partículas presentes no ambiente de trabalho do profissional de pintura. Mas, estes equipamentos apenas conseguem diminuir as quantidades de contaminantes do ar sem eliminá-los totalmente. Quando a proteção falha! Como já foi explicado anteriormente, a oficina de pintura automotiva apresenta contaminantes que ameaçam diariamente a saúde do profissional quando manuseia tintas, solventes e outros produtos químicos, sem os quais não poderá realizar seu trabalho. Portanto, o profissional de pintura está constantemente exposto a estes contaminantes, que podem provocar intoxicações, devido a inalação e a absorção pela pele. Por isso, as latas de tintas, solventes e outros produtos químicos usados no processo de pintura devem ser armazenados, sempre tampados, em locais separados, próprios e adequados, organizados e ventilados, protegidos assim contra faíscas e altas temperaturas. Deve-se ficar claro aos funcionários da oficina que, nesse local de armazenamento, é expressamente proibido fumar, comer ou beber, afixando-se cartazes em locais bem visíveis. ATENÇÃO O AVISO DE “PROIBIDO FUMAR” TAMBÉM DEVE ESTAR PRESENTE NAS ÁREAS RESERVADAS À PINTURA
Os riscos de intoxicação podem ser prevenidos também, desde que o profissional conheça todas as informações de segurança e manuseio descritas, sucintamente, nas embalagens dos produtos. Centro Móvel de Formação Profissional
9
Colorimetria
Por isso, é importante ter acesso a FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos, exigência do Decreto 2657/98), que tem justamente a função de fornecer informações detalhadas sobre eles. É possível conseguir essa ficha, entrando em contato com os departamentos de assistência técnica das empresas fabricantes de tintas, solventes e outros produtos químicos usados no processo de pintura. Essa ficha é elaborada de acordo com a Norma ISO 110014-1 e contém as seguintes informações: identificação do produto e da empresa fabricante; composição, informações sobre ingredientes; identificação de risco; medidas de primeiros socorros; medidas de combate a incêndios; medidas em caso de vazamento / derramamento; transporte, manuseio e armazenamento; controle de exposição / proteção pessoal; propriedades físico-químicos; estabilidade e reatividade; toxicologia; informações referentes a ecologia; descarte; transporte; regulamentação pertinente; outras informações.
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Na atividade diária do profissional de pintura, a embalagem do produto é a primeira fonte de informação. A leitura atenta das informações contidas nela pode evitar alguns acidentes como, confusões e erros de manipulação e, ainda: •
•
•
•
ajudara a organizar a prevenir, garantindo o conjunto de informações relevantes para a segurança e proteção da saúde de quem manuseia o produto; ser um guia para a compra do produto; é importante em caso de acidentes; orientar sobre a gestão dos resíduos e a proteção do ambiente.
Seu rótulo deve conter as seguintes informações redigidas em língua portuguesa: nome da substância ou seu nome comercial; •
10
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
•
•
•
•
dados do fabricante, importador ou distribuidor com endereço comercial, telefone, endereço eletrônico, etc.; símbolos e indicações de perigo para o manuseio e uso da substância e suas preparações; orientações de como proceder em caso de intoxicação acidental; prazo de validade do produto.
O rótulo pode apresentar, também, símbolos que indicam o grau de periculosidade do manuseio e uso do produto. Veja tabela a seguir. SIGNIFICADO
SÍMBOLO
DESCRIÇÃO DOS RISCOS
Tóxico
Substâncias e preparações tóxicas e nocivas que apresentam, mesmo em pequenas quantidades, um perigo para a saúde.
Nocivo
Produtos que penetram no organismo por inalação, por ingestão ou através da pele.
Inflamáveis
Produtos facilmente inflamáveis que se incendeiam em presença de uma chama, de uma fonte de calor (superfície quente) ou de uma fagulha.
Corrosivo
Substâncias corrosivas que danificam gravemente os tecidos vivos e atacam igualmente os materiais, a reação pode ser devido a presença de água ou de umidade.
Explosivos
Produtos que podem explodir em presença de fontes de calor, choques ou atrito.
Perigo para o ambiente
Substância muito tóxica para a vida aquática, tóxicas para a fauna, perigosas para a camada de ozônio.
Fonte ABNT.NBR 7500 Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais. Rio de Janeiro, abr., 2 001
Centro Móvel de Formação Profissional
11
Colorimetria
Deve-se tomar os seguintes cuidados com as embalagens, como também com os rótulos (pela importância das informações neles contidas): •
•
•
•
nunca retire os rótulos das embalagens; nunca reutilize as embalagens de produtos químicos; verifique as condições das embalagens (ferrugem, furos, amassados, etc.) antes de manuseá-las. nunca abra tambores com auxílio de maçarico (gerador de calor) ou talhadeira (geradora de faísca), principalmente aqueles que contêm produtos inflamáveis.
Alguns fabricantes de tintas e produtos para pintura têm parceria com o CEATOX(Centro de Atendimento Toxicológico), localizado no Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da USP, no Complexo do Hospital das Clínicas em São Paulo. Por esta razão, apresentam em suas embalagens os telefones de contato com o centro. Anoteos e mantenha-os sempre em local de fácil acesso. O objetivo do CEATOX é fornecer informações especializadas sobre intoxicações agudas ou crônicas, acidentes intencionais ou ocupacionais, causados por medicamentos, produtos químicos, plantas e drogas. ATENÇÃO: EM CASO DE UMA EMERGÊNCIA PROVOCADA PELA EXPOSIÇÃO A ALGUM TIPO DE PRODUTO QUÍMIICO, A VÍTIMA DEVERÁ SER REMOVIDA IMEDIATAMENTE PARA A UNIDADE MAIS PRÓXIMA DE PRONTO SOCORRO. A EMBALAGEM DO PRODUTO CAUSADOR DO ACIDENTE TAMBÉM DEVERÁ SER LEVADA, POIS CONTÉM. INFORMAÇÕES SOBRE O TIPO DE SUBSTÂNCIA TÓXICA, QUE SERAO IMPORTANTES PARA O TRATAMENTO DA VÍTIMA.
12
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Normas de segurança
Cuidados no ambiente de trabalho
INCÊNDIO Nas áreas reservadas às operações de pintura, seja em uma grande empresa ou em oficinas, em geral, devem ser garantidas as seguintes condições: não haver acúmulo de lixo pelos cantos; não improvise instalações elétricas; não permita que as pessoas fumem; utilize exaustores na ventilação local para impedir a concentração de solventes, que são fontes potenciais de ignição, o que traz riscos de explosão e incêndio; mantenha a área distante de risco de ocorrência de faísca, altas temperaturas ou chama (pintura separada da funilaria); mantenha saídas de emergência desobstruídas e devidamente sinalizadas; dispor de equipamentos de combate a incêndio(extintores) em boas condições de uso; mantenha bem fechadas as latas de tintas, solventes e outros produtos inflamáveis imediatamente após o uso e mantenha-as guardadas em local protegido do calor e afastado da área de pintura; mantenha os funcionários treinados nos procedimentos contra incêndio e utilização correta dos extintores. •
•
•
•
•
•
•
•
•
Por isso, os hidrantes (dependendo do tamanho da oficina) e os extintores de incêndio são obrigatórios e indispensáveis nesses locais e devem ser carregados anualmente e vistoriados mensalmente.
Centro Móvel de Formação Profissional
13
Colorimetria
Veja no quadro abaixo o tipo de extintores e o tipo de emergência(classe de fogo) em que deve ser usado: TIPO DE EXTINTOR
CLASSE DE FOGO
CARACTERÍSTICAS
ÁGUA PRESSURIZADA Apaga o fogo por resfriamento.
A papel, tecido, madeira, plástico
Materiais que queimam na superfície e em profundidade e deixam resíduos quando queimados (brasas, cinzas, carvão)
Pó QUíMICO Apaga o fogo por abafamento.
GÁS CARBôNICO Apaga o fogo por abafamento.
B óleo, solventes, gasolina, querosene, etc.
C equipamentos elétricos energizados.
Materiais que queimam somente na superfície e não deixam resíduos quando queimados.
Equipamentos elétricos, máquinas, fiações, e quadro de força. Quando desligados, o fogo passa a ser de classe A, podendo ser também usado na classe B.
O Corpo de Bombeiros faz as seguintes recomendações quanto ao uso e manuseio dos extintores: •
•
•
•
•
aprender a usar os extintores de incêndio; conhecer os locais onde estão instalados os extintores e outros equipamentos de proteção contra fogo; nunca deixar obstruído o acesso aos extintores ou hidrantes; não retirar lacres, etiquetas ou selos colados ao corpo dos extintores; não mexer nos extintores de incêndio e hidrantes, a menos que seja necessário a sua utilização .
O local do extintor deve ser bem sinalizado com placas, descrevendo o tipo de cada um ( água pressurizada, pó químico ou gás carbônico). Se, apesar de todas as providências preventivas, ainda assim, ocorrer um incêndio, deve-se: 1. Avise imediatamente as pessoas que estão próximas do fogo.
14
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
2. Inicie o mais rápido possível o combate às chamas, utilizando o extintor adequado. 3. Se, após 2 minutos, o fogo não estiver controlado, avise imediatamente a brigada de incêndio, cujo telefone deve estar sempre em local disponível e de fácil acesso.
HIGIENE Locais com boa higiene e limpeza, além de proporcionar um ambiente de trabalho saudável para os profissionais que nela trabalham, confere confiabilidade ao trabalho que lá será executado, agregando valor ao serviço prestado ao cliente. Os profissionais também devem estar com uniformes limpos e usando os equipamentos adequados de proteção individual, o piso da área de trabalho também deve ser antiderrapante e esse deve estar limpo e isento de substâncias escorregadias, a fim de proteger as pessoas contra o risco de acidente. ATENÇÃO O LIXO BEM COMO OS PAPÉIS, PLÁS TICOS E OUTROS MATERIAIS QUE PEGAM FOGO FACILMENTE, DEVEM FICAR DENTRO DE LATÕES TAMPADOS, AFASTADOS DA ÁREA DE PINTURA.
OS PEDAÇOS DE PANO, TRAPOS E ESTOPAS EMBEBIDOS EM TINTA, SOLVENTE, GASOLINA OU OUTROS PRODUTOS INFLAMÁVEIS DEVEM SER JOGADOS EM UM BALDE COM ÁGUA, POIS PODEM PEGAR FOGO FACILMENTE.
DESCARTE DE TINTAS Como já vimos anteriormente, as tintas bem como todos os materiais usados no processo de pintura são altamente tóxicos e, por sua vez, poluentes devido a presença de pigmentos e compostos orgânicos em sua composição, por isto deve haver a conscientização dos profissionais e das empresas em geral em relação aos danos ambientais que esses produtos provocam, pois este assunto está influenciando no estabelecimento de políticas de proteção baseadas em legislação, que tendem a ficar cada dia mais exigentes. Por esta razão, é crime ambiental lançar resíduos de trabalho de pintura (borras de tintas, solventes, e produtos inflamáveis) no solo, na água ou no ar. A Lei dos Crimes Ambientais nº 9.605/98 pune com multa e pena de detenção de 1 a 5 anos.
Centro Móvel de Formação Profissional
15
Colorimetria
Numa oficina de pintura, existe uma grande variedade de resíduos que, por sua natureza, são nocivos ao meio ambiente. São eles: •
•
•
•
•
restos de tintas; solventes usados/sujos; embalagens vazias de tintas, solventes e outros produtos tóxicos/inflamáveis; filtros de tintas sujos; papéis, panos, estopas sujos com tintas e solventes.
Por serem prejudiciais ao meio ambiente, esses resíduos devem receber uma atenção especial quando forem descartados, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos competentes. As orientações sobre o descarte de tudo o que sobrou do processo de pintura e que não pode ser reutilizado são as seguintes: 1. Jamais jogue restos de tinta, borras, solventes e outros produtos químicos diretamente em ralos de águas pluviais (de chuva), esgotos ou terra, devido aos riscos de incêndio, explosão por formação de gás nas tubulações e contaminação ambiental. 2. Armazene os restos de tinta em tambores metálicos bem fechados para evitar evaporação e contaminação do meio ambiente. As tintas com alumínio devem ser armazenadas em tambores separados, solicitando às empresas especializadas que venham retirá-los. Em geral, a retirada é feita gratuitamente por essas empresas. 3. As borras de tinta podem ser comercializadas com empresas recuperadoras de tinta, devidamente licenciadas junto aos órgãos ambientais. 4. As embalagens vazias devem ser guardadas e doadas para instituições que se encarregam de reciclá-las. 5. Incinere filtros, estopas, papéis por meio de empresas autorizadas pelas autoridades ambientais. Os panos podem ser utilizados, se lavados por empresas especializadas.
16
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
O que é tinta
É um sistema de fluido que se aplicam sobre um substrato (chapa) de um veículo automotor para que, após sua secagem, forme uma película plástica, sólida e uniforme, com a finalidade de proporcionar proteção e beleza. Proteção
As tintas conferem proteção contra diversos agentes e intemperismos: A. Umidade e oxigênio do ar: são alguns fatores que vão provocar uma rápida deterioração da chapa, por meio da oxidação e conseqüentemente a corrosão. B. Partículas sólidas: são fatores que provocam atrito. Ex.: areia, pedras, poeira, etc. C. Vapores: são agentes químicos que produzem desgastes. D. Raios solares: são fatores que dissipam o calor no metal e afetam a estrutura. E. Detritos de pássaros, nódoas de árvores. Beleza
As tintas têm como objetivo melhorar a aparência dos veículos pintados, dando-lhes características distintas como: A. Efeito: cor, suavidade e textura da superfície; B. Atrativos: reflexão de imagem e profundidade, brilho; C. Dimensão: adição de efeito metálico ou perolizado. Centro Móvel de Formação Profissional
17
Colorimetria
COMPOSIÇÃO BASICA DA TINTA A tinta automotiva tem como elementos básicos os pigmentos, resinas, aditivos e solventes. Veja, a seguir, qual o papel de cada um.
Pigmentos São responsáveis pela cor e cobertura e se subdividem em: Pigmentos cubrentes são usados em cores sólidas; Pigmentos semi-transparentes (amarelo transparente, etc.) Pigmentos transparentes quando combinados com alumínio e mica formam as cores metálicas e peroladas; Pigmentos de alumínio (metálicos); Pigmentos de mica (perolados) •
•
•
•
•
Resinas São responsáveis pela aderência, flexibilidade, dureza, brilho, etc., também determinam o rendimento e as características de cada linha. As mais usadas são: Poliuretanas, base poliéster, laca acrílica, laca nitrocelulose e alquídicas (esmalte sintético).
Aditivos São responsáveis por conferir características especiais à tinta. Os mais usados são: antiespumante, plastificante, elastificante com filtro solar (para raios ultravioleta), secante, nivelador, etc.
Solventes São responsáveis em dissolver a resina para facilitar a aplicação, também ajudam no alastramento e na secagem. Os mais usados são: acetato de butila, acetato de etila, acetato de butil glicol, xilol, etc.
18
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Denominação da Tinta As tintas recebem sua denominação de acordo com o grupo a que pertencem.
Por aplicação final •
•
Original – tinta fornecida à montadora. Repintura – tinta fornecida a pontos de venda, oficinas e concessionárias.
Por seqüência de aplicação •
•
Preparação – massas e primers. Acabamento – conforme a cor final do veículo.
Por seus componentes •
•
•
Secagem ao ar (oxidação) – se dá com a evaporação dos solventes. Ex: laca nitrocelulose, base poliéster. Secagem por aquecimento – se dá por elevação de temperatura. Ex: Ondas eletromagnéticas (painel de secagem), todas as tintas, pois minimizam o tempo de secagem. Secagem por reação química – se dá pela polimerização, ou seja, quando mesclamos dois componentes (mistura catalisada). Ex: Esmalte Poliuretano, verniz, primers, etc.
Centro Móvel de Formação Profissional
19
Colorimetria
20
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
A teoria da cor e o mundo em que vivemos O que entendemos por cor ? Existem várias definições para explicar a palavra cor. De acordo com o dicionário cor significa: Uma impressão visual produzida pelos raios de luz decompostos que são: matiz, tom e matéria corante. Abaixo estão outras definições: Quimicamente: está relacionada à excitação química dos átomos, resultando em uma
impressão colorida. Fisicamente: é a incidência das ondas eletromagnéticas sobre um substrato
pigmentado, refletindo o comprimento de onda característico do objeto colorido. Artisticamente: é uma forma de expressão. É também um fenômeno psicofísico, pois
pode ser observada através das ondas eletromagnéticas (fenômeno físico), interpretando-as em nosso cérebro, define-se a cor (psíquico). As definições acima descritas estão corretas, mas cor é uma impressão subjetiva, isto é, se houver um objeto colorido e 10 pessoas responderem qual cor faz parte deste objeto, certamente pode-se ter 10 opiniões diferentes de cores para o objeto.
A cor na nossa vida As cores estão ligadas as nossas vidas por vários motivos, por exemplo, quando nos vestimos, tentamos combinar uma camisa com uma calça, a saia com a blusa...assim como a escolha de nossos carros.
Centro Móvel de Formação Profissional
21
Colorimetria
Cada pessoa tem uma resposta diferente quando submetida a uma determinada cor, por isto a cor tem influencia em nossas decisões.
O vermelho, laranja e o amarelo são conhecidos como cores quentes e estimulantes.
O azul cian, azul anil e o violeta são conhecidos como cores frias e tranqüilizantes.
O verde oliva, verde folha e o verde limão, são conhecidos como cores repousantes e estáticas. Os ambientes que costumamos freqüentar são exemplos de como a cor nos afeta. Tome como exemplo, as casas noturnas. Geralmente elas têm tons escuros, a fim de criar um clima especial para “namorar”. Enquanto que, nos hospitais, geralmente as cores são claras, a fim de acalmar as pessoas. A seguir, serão abordados os atributos cromáticos que são: Tonalidade, Luminosidade e Saturação. Tonalidade
- É a grandeza que caracteriza a qualidade da cor, permitindo diferenciá-la. Luminosidade
- É a qualidade que caracteriza o grau de claridade da cor, ou seja, se está mais clara ou mais escura. 22
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Saturação
- É a qualidade que caracteriza a pureza da cor, ou seja, quando a cor não se encontra misturada, daí fala-se que ela está mais limpa ou pura. Já quando está misturada, falase que ela está mais suja ou pálida. É importante entender que para julgar uma cor, é sempre necessário ter outra cor para comparar. Por exemplo, um mixing para tingimento de cor vermelha é por si só vermelho, entretanto, comparando-o com um outro vermelho, ele poderá revelar que não é vermelho puro e sim um vermelho avioletado. Ele irá também parecer relativamente sujo quando comparado com outro vermelho. Assim, o único meio de visualizar a cor é através de uma comparação, para que se possa dizer algo a respeito de qual direção a cor está tomando.
A cor e a indústria Como se pode observar, até agora as cores estão em todos os segmentos, ou seja, nos alimentos, nos esportes, nos remédios, na construção, no entretenimento, na indústria automobilística, etc. Todos estes segmentos utilizam as cores para tornar seus produtos mais atrativos, influenciando na preferência de seus consumidores, incorporando também as cores às suas embalagens, procurando formas de destacar mais seus produtos.
Centro Móvel de Formação Profissional
23
Colorimetria
24
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Teoria da luz e cor
Imagine-se sentado em uma sala escura onde existam vários objetos de cor branca. O que você estaria vendo? Absolutamente nada, pois você não seria capaz de ver sequer a sua mão em frente ao rosto. Isto ocorre simplesmente porque precisamos de luz para enxergar. Geralmente esta luz é irradiada de objetos extremamente quentes. Naturalmente, o primeiro que vem a nossa mente é o sol, mas o homem inventou a vela e a lâmpada que possuem luz própria.Esses objetos são chamados de fontes de luz que, por sua vez, emitem raios em varias direções.
vela
lâmpada fluorescente (luz fria)
lâmpada incandescente
sol
Centro Móvel de Formação Profissional
25
Colorimetria
Se existir uma fonte de luz em uma sala, todos os objetos que estiverem nela serão iluminados por seus raios, que irão retornar e refleti-los. Se você estiver sentado em frente de algum desses objetos, os raios incidirão em seus olhos como se estivesse vindo diretamente do objeto. Assim, é como podem ser vistos os objetos que estão à sua volta. Como já vimos anteriormente, para que possa ver um objeto, temos que ter uma fonte de luz incidindo sobre ele, com isto conclui-se que são necessários três fatores que são: O iluminante, o objeto e o receptor.
O que é a luz? Luz é a energia que se propaga em linha reta aproximadamente à 300.000 Km/s. Luz é uma onda eletromagnética e está associada a uma freqüência.
26
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Existe uma ampla gama de ondas eletromagnéticas, da qual apenas uma pequena faixa pode ser observada, e é conhecida como faixa visível.
Foi comprovado por Isaac Newton, que ao utilizar um prisma triangular de vidro observou que ao incidir a luz branca (luz do sol) neste prisma ela se separa. Este fenômeno é conhecido como difração da luz. Também pode-se falar que cada cor, quando incide sobre ela um raio de luz branca, emitirá uma freqüência de onda eletromagnética. Portanto, consegue-se distinguir as cores por causa das diferentes velocidades. A cor mais lenta é o violeta por apresentar o menor comprimento de onda. Em contrapartida, o vermelho é a mais rápida. A soma das velocidades de todas as cores do arco-íris resulta na velocidade da luz branca. O espectro visual é uma pequena parte do vasto campo de ondas eletromagnéticas. E são sete cores distintas que são conhecidas como cores espectrais.
(A experiência de Issac Newton.) Centro Móvel de Formação Profissional
27
Colorimetria
São sete as cores espectrais:
Azul violeta
Azul anil
Vermelho alaranjado
Azul cian
Verde
Verde limão
Vermelho magenta
ARCO-ÍRIS
Nas figuras abaixo observe como o tipo de intensidade de luz pode alterar a cor.
FIGURA 1 (MADRUGADA)
FIGURA 3 (MEIO DIA)
FIGURA 2 (AMANHECER)
FIGURA 4 (ENTARDECER)
FIGURA 5 (NUBLADO)
Obs: A intensidade da luz natural varia de acordo com a posição do sol, hora do dia e condições do tempo. Isso pode interferir na observação da cor. A luz artificial também pode influenciar.
Luz Fluorescente: pode amarelar ou azular a cor. Luz incandescente: pode amarelar a cor. 28
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Pigmentos
Como os pigmentos estão ligados diretamente à maneira de como são vistos, os pode-se concluir que o reflexo deste objeto será de acordo com suas c aracterísticas. Por exemplo: O pigmento branco tem a característica de refletir todas as cores do espectro, que são as cores que compõem a luz branca pura (luz do sol). O pigmento preto, ao contrário, tem como característica absorver todas as cores do espectro, e na ausência de luz o que se vê é o escuro (lembre-se do ditado: “à noite todo gato é pardo”). Já os pigmentos coloridos refletem apenas as cores que não são absorvidas, caracterizando, assim, as suas próprias cores. Na figura abaixo, são vistas todas as cores do espectro incidindo sobre um objeto, o pigmento vermelho está absorvendo todas as outras cores e refletindo apenas o vermelho, que é sua cor predominante.
Com cores claras os próprios pigmentos têm que criar o poder de cobertura, já nas cores metálicas são as partículas de alumínio que cuidam disso. O pigmento alumínio consiste em finas placas que se sobrepõem.
Centro Móvel de Formação Profissional
29
Colorimetria
No caso dos pigmentos transparentes, a luz o atravessa e incide sobre as placas de alumínio que as transforma em minúsculos espelhos. Assim a combinação de pigmentos transparentes e pigmentos de alumínio criam uma certa profundidade na cor, enquanto também assegura um alto poder de cobertura. Já os pigmentos de mica atuam de maneira diferente. Eles consistem em pequenas lascas de mica com aproximadamente 0,4 microns de espessura, sobre as quais são aplicadas finas camadas de dióxido de titânio ou óxido de ferro. Dependendo da espessura da camada total de dióxido de titânio, os raios de luz que incidem são quebrados de uma certa maneira, criando assim vários efeitos de cores. Se uma cor não muda quando vista de um ângulo diferente, ela é dita como tendo um efeito de pérola. Se por outro lado ela muda, é dito que ela tem um efeito de madre-pérola. Esses pigmentos de mica são extremamente transparentes e em alguns casos é necessária a aplicação de uma base ao substrato. Os mixings de tingimento são classificados de acordo com o tipo de pigmento. Isso nos dá a seguinte divisão: •
mixings de tingimento transparentes (mica / pérola);
•
mixings de tingimento semi-transparente (vermelho transparente, etc);
•
mixings de tingimento cubrentes (cores sólidas);
•
mixings de tingimento alumínio;
•
mixings de tingimento pérola ou madre-pérola.
Refração da luz na superfície pintada com sistema tri-coat
Refração da luz na superfície Pintada com tinta metálica.
Com o passar dos tempos, as técnicas de pintura foram se modificando, fazendo com que as indústrias de tinta criassem novos produtos com maior resistência e qualidade. Com isto, houve também a evolução dos pigmentos e com a profusão de cores que podem ser alcançadas, tornou este segmento muito rico.
30
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Hoje os pigmentos são divididos em dois grandes grupos: Pigmentos inorgânicos e pigmentos orgânicos.
Pigmentos Inorgânicos: São obtidos de alguns materiais minerais.
•
dióxido de titânio;
•
cromato de zinco;
•
óxido de ferro, entre outros.
Pigmentos Orgânicos: São conseguidos através de sínteses orgânicas complexas.
•
Amarelo hansa;
•
Vermelho de toluidina;
•
Violeta dioxazina, entre outros.
Veja tabela abaixo: Inorgânicos
Orgânicos
densidade
+ denso
- denso
tamanho de partícula
maiores
menores
cor (variedades e tipos)
+ baixa
+ alta
maior
menor
+ baixo
+ alto
resistência (química, térmica e à luz) preço
Normalmente, tem-se a necessidade de adicionar vários mixings para tingimento, até se chegar na cor desejada. Isto significa que, existirão vários pigmentos com pesos, formas e estruturas diferentes, entretanto, isto não deveria apresentar tantos problemas quando técnicas corretas de aplicação são usadas. Mas, se é aplicada uma camada muito molhada, o peso, forma e estrutura dos pigmentos poderão causar uma mudança de cor, pois o pigmento da tinta poderá ir para o fundo ou causar, alternativamente, a sua subida para a superfície. Este fenômeno é chamado de FLOTAÇÃO. Centro Móvel de Formação Profissional
31
Colorimetria
Em cores sólidas existe uma pequena chance disto acontecer, já nas cores metálicas e perolizadas isto acontece com mais f reqüência. Logo, se for aplicada uma demão mais carregada, ocorrerá uma alteração visível na cor, pois se a cor for metálica, a forma do alumínio em camadas aumentará as chances de haver a flotação. Já nos pigmentos cubrentes este risco é menor. Por isto, esteja sempre atento aos sistemas de repintura.
Figura 1
Figura 1
32
Figura 2
Figura 2
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Metameria
Como foi mencionado anteriormente, a cor dos objetos é determinada pelos pigmentos. Ao incidir uma luz branca num objeto colorido qualquer, ele absorverá todas as cores, refletindo apenas uma, ou seja, a porção daquela luz para a qual os pigmentos são sensíveis será refletida. Ilumine um objeto verde com uma lâmpada puramente vermelha. Somente raios vermelhos alcançaram o objeto verde. Foi dito que pigmentos verdes somente refletem luz verde. Isto quer dizer que, nesse caso nada será refletido e conseqüentemente, nada será visto. Naturalmente trata-se de um objeto que contém apenas o pigmento verde que está sendo iluminado por uma luz vermelha pura. Se a luz não for puramente vermelha e ocorrer de ela conter uma pequena porção de raios verdes, embora seja percebido como sendo quase preto. Isto significa que o pigmento e a fonte de luz determinam a cor que você acabou de ver. Como profissional de repintura, você se depara diariamente com esses problemas. Veja este exemplo: Um veículo de cor amarela foi repintado em algumas partes, o cliente retirou o veículo à noite, mas retornou no dia seguinte reclamando que, ao voltar para casa verificou que sob as luzes da rua, a área reparada ficou mais amarela, embora não tivesse notado a diferença na oficina. Além dos pigmentos amarelos, a cor original do veículo também possuía pigmentos vermelhos. Por sua vez, as lâmpadas instaladas na oficina não irradiavam quase nenhuma luz vermelha. Nesta luz, o carro parecia ser apenas amarelo. O pintor, por sua vez, usou amarelo puro no reparo, o que lhe pareceu perfeito sob a luz da oficina. Entretanto, a luz emitida das luzes da rua continha alguma luz vermelha. Esta luz foi refletida pela tinta original do veículo, mas não pela tinta usada no reparo à qual não continha pigmentos vermelhos. Resultado: uma evidente diferença de cor. Este f enômeno é chamado de
METAMERIA.
Para que os profissionais de repintura não se deparem com este problema, eles devem estar sempre atentos a dois pontos principais: •
Procurar manter-se fiel à formula, pois estas já foram testadas exaustivamente em laboratório em relação ao metamerismo. Centro Móvel de Formação Profissional
33
Colorimetria
•
Se tiver que comparar as cores sob luz artificial, certifique-se que esta luz aproxima-se o máximo possível da luz natural (luz do sol), ela não deverá ser nem muito amarela e nem tão vermelha ou azul, pois poderia dar a você uma impressão errada da cor real.
Alguns tipos de lâmpadas fluorescentes ficam próximos da luz branca pura. Certifique-se que estas lâmpadas estejam instaladas numa área pintada com uma cor neutra, cinza claro, branco fosco ou acetinado. Assim você não terá influência de paredes brilhantes na área de verificação. Veja abaixo exemplos do que foi comentado.
Luz Luz dodo diadia
luz do dia
Lâmpada incandescente
Lâmpada incandescente
Este fenômeno é mais intenso em cores fortes, porém pode ocorrer em cores claras. Também pode ocorrer nas cores metálicas devido às próprias características de reflexão da luz neste sistema.
34
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Limitantes
Neste capítulo você conhecerá sobre algumas variáveis que devem ser levadas em consideração, uma vez que são as nossas limitações. Vamos falar um pouco das condições da visão, pois uma visão saudável é importante na observação da cor. Os defeitos mais comuns na visão humana são: Miopia: o indivíduo tem dificuldade de focalizar objetos que estão distantes, pois a imagem chega fora de foco (visão curta). Hipermetropia: o indivíduo tem dificuldade de focalizar objetos próximos (visão longa). Presbiopia: é um defeito que ocorre à medida que as pessoas envelhecem. (visão cansada) Astigmatismo: faz com que as imagens fiquem distorcidas ou borradas. Todas estas limitações são possíveis de corrigir com o uso de lentes. Daltonismo ou discromatopsia: Acredita-se não haver cura para o problema - Existem quatro tipos: 1. Protanopsia: insensibilidade à cor vermelha, levando à confusão entre o amarelo e o verde. 2. Deuteranopsia: o verde deixa de ser visto, sendo confundido com o vermelho e o amarelo. 3. Tritanopsia: é a cegueira para o azul, captada tal qual o verde e o amarelo. Centro Móvel de Formação Profissional
35
Colorimetria
4. Acromatopsia: a mais rara e pouco estudada, pois a pessoa nesta condição vê tudo em preto e branco, com variações de cinza. Como pode-se ver, o olho humano contém muitos tipos receptores de luz. Cada tipo é adaptado para captar vermelho, azul ou amarelo. Se um tipo for completo ou possuir disfunção parcial, então algumas destas cores serão percebidas de forma imperfeita, isto não significa que uma pessoa não possa ver qualquer outra cor, mas apenas uma cor em particular não será percebida ou fracamente percebida. Existem outras limitações para observarmos as cores. Escassa memória de cor: As pessoas têm dificuldade em gravar uma cor na memória. Por isso, a necessidade de recorrer aos catálogos e programas de cores. Efeito de reflexo: Devemos tomar cuidado com os objetos que estão ao nosso redor, e verificar se suas cores não estão sendo refletidas na cor que estamos observando. Efeito de contraste: Devemos perceber se existe algum agente de interferência que possa prejudicar a nossa percepção. Fadiga visual: Ocorre quando uma cor é observada por um tempo prolongado. Condições do local: As condições do local de trabalho são fatores importantes para realização de qualquer ação, sempre obtemos melhores resultados em nossas tarefas, quando as realizamos em um ambiente adequado. Condições de iluminação: Como já visto anteriormente, uma boa iluminação será fundamental para uma correta analise das cores. Idade: Conforme avança a idade, a nossa resposta visual às cores vai mudando e se tornando mais difícil. 36
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Variação de cor
Ao se observar a pintura original de um veículo, nota-se que existe uma variação de tonalidade de um carro para o outro, numa mesma cor. Mesmo na pintura original de fábrica, isto tem ocorrido com bastante freqüência e temos hoje várias cores com este problema, pois são vários os fatores que colaboram para esta diferença, entre eles: Produção: Cada fábrica tem sua própria linha de montagem, em diversos locais. Processo: pode variar de acordo com a especificação da empresa. Pessoas: fatores culturais distinguem as pessoas de vários pontos da produção e as
técnicas de aplicação de produtos. Materiais: vários fornecedores, além de lotes diferentes.
Atualmente existem vários produtores de carros, tendo cada um o seu próprio programa de fornecimento de cores, cerca de 10, algumas vezes 20 cores ou mais. Com o passar dos anos esses programas passam por diversas mudanças, fazendo com que surjam novas cores no mercado. Isto faz com que você, pintor, se depare com centenas de cores. Se todas essas cores fossem constantes em termos de tonalidade, então esse leque de cores tremendamente variado não se apresentaria ao pintor ou produtor de tintas para repintura automotiva como um problema muito grande. Embora produtores de carros e fabricantes de tintas automotivas se esforcem para alcançar 100% de constância na tonalidade dos veículos, isto se torna impossível, devido aos múltiplos fatores que influenciam o processo de produção. É comum um mesmo produtor de veículos adquirir tinta para uma mesma cor de diferentes fabricantes. Outro motivo é que veículos de mesma marca e modelo, produzidos em fábricas diferentes, muitas vezes localizadas em regiões diferentes. Centro Móvel de Formação Profissional
37
Colorimetria
Neste caso, fatores como temperatura local e umidade vão influenciar, mas também teremos técnicas de aplicação diferenciadas e desempenho de sistema variando de fábrica para fábrica o que pode exercer, ainda que, de forma limitada uma variação da cor final no veículo. Todos esses fatores contribuem para que seja impossível fabricar uma mesma cor de carro, que seja 100% constante. É pouco provável que a busca pela perfeição seja completamente satisfeita, porém os profissionais de repintura, têm sido bem sucedidos em atingir um extremo grau de perfeição.
Principais causas da diferença de tonalidade Veja, a seguir, algumas das causas da diferença de tonalidade causadas na linha de pintura da montadora. - Falta ou excesso de camada de tinta
A falta de camada deixa o filme transparente, tornando a cor mais clara e o excesso de camada deixa o filme mais espesso, tornando a cor mais escura. Nestes casos a cor do primer pode ser um fator importante e acabar influenciando no resultado final. - Pintura carregada ou pulverizada
A pintura carregada deixa a tinta mais escura. A pintura pulverizada (empoeirada) deixa a tinta mais clara. - Rodízio de pintores / Equipamento descalibrado
A constante troca de pintores pode alterar a cor, pois cada um tem uma forma de aplicá-la. O equipamento utilizado na pulverização também pode contribuir para a mudança de tonalidade. - Excesso de cura
A exposição da pintura, ao calor, por tempo prolongado, pode alterar a cor.
38
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
- Troca de padrão
É comum, quando uma cor fica durante muito tempo em linha surgirem variações, devido à mudança na linha de pintura, no tipo de equipamento, no fornecedor de tinta, etc. Ex: Vermelho Naval e Vermelho Naval I – GM Verde Sirius I e Verde Sirius II – VW Prata Texas I e Prata Texas II – Ford Azul Caribe I e Azul Caribe II – Fiat Também existem os problemas com as tintas, pois elas podem sofrer alterações como: - Correção de lote
Durante a aplicação da tinta na linha de pintura da montadora, podem surgir problemas e o fabricante de tinta pode ter que fazer alguma alteração. A mais comum é a aditivação: - Aditivação por fervura, alastramento, crateras, secagem, etc. (Ex.: amarelamento do branco) - Problemas de estabilidade
A tinta armazenada por longo tempo, acaba sofrendo dois tipos de problemas:
-
-
Sedimentação – parte sólida (no fundo) e a parte líquida (em cima). Quando isso ocorre, a simples homogeneização já corrige o problema. Precipitação – como na sedimentação, ocorre a separação, porém mesmo fazendo a homogeneização o problema não é resolvido. A tinta fica imprópria para uso.
- Problemas de resistência ao i ntemperismo:
O uso de matérias-primas com deficiência causa a queda da qualidade e a tinta fica com dificuldade de resistir ao sol, chuva, sereno, lavagem com solupan, etc. Ex.: Azul Saturno - VW
Centro Móvel de Formação Profissional
39
Colorimetria
40
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Cuidados para uma boa reprodução de cor Veja alguns cuidados que o profissional de pintura deve ter quando for executar um reparo, pois não basta a tinta estar boa, a linha de ar estar em boas condições e sem nenhum problema, mas, se o profissional “pintor” não fizer a s ua parte, todo o processo ficará comprometido. Seguem alguns cuidados importantes para a cor ter uma boa reprodução. Homogeneização
É importante fazer a correta homogeneização de maneira adequada, a fim de se evitar problemas de tonalidade, justamente por não misturar bem a tinta, pois nesta etapa alguns pigmentos estão sedimentados. Viscosidade
A viscosidade da tinta deve estar de acordo com as recomendações do fabricante, pois se estiver muito baixa (tinta fina), deixará a cor mais clara, ao contrário, se estiver com a viscosidade alta (tinta grossa), deixará a cor mais escura. Thinner/Solvente
Esta etapa também tem grande importância, pois, se um thinner/solvente for usado inadequadamente, ocorrerão mudanças nas características do produto, pois um thinner de baixa qualidade pode interferir na tonalidade, ou seja, se for acrescentado mais thinner do que indicado em uma cor metálica, resultará em uma cor mais clara, afetando também sua durabilidade. Temperatura e umidade
Fique atento a esses dois fatores, pois dependendo da temperatura e da umidade relativa do ar, tanto o alastramento quanto a secagem da tinta serão alteradas refletindo-se numa mudança de tonalidade (ver quadro abaixo). Centro Móvel de Formação Profissional
41
Colorimetria
Pistolas
As pistolas de pintura também têm papel fundamental, pois elas têm configurações diferentes como capa de ar, bicos e agulhas. Por isto a quantidade de tinta pulverizada em um sistema convencional, comparado a um sistema HVLP será diferente. Com isto, a pistola de pintura acaba sendo uma ferramenta fundamental para uma correta reprodução de cor (ver quadro abaixo). Pressão, velocidade e distância de aplicação.
Estes fatores também contribuem para uma boa reprodução de cor. Portanto, são parâmetros a serem considerados na hora de pintar, pois quanto maior a pressão, a cor ficará mais clara, ao contrário quanto menor a pressão mais escura ficará (ver quadro abaixo). Camada de tinta
A camada de tinta pode variar de acordo com o tipo de tinta utilizada na pintura, bem como a cor, o equipamento e o profissional aplicador. Cobertura da tinta
Algumas linhas de tintas necessitam de um número menor de demãos, devido a quantidade de sólidos existentes em sua composição. A tabela abaixo mostra algumas situações em que a cor poderá ser variada. Para se
Clarear a cor
Escurecer a cor
Grau de influência
Deve-se variar
Condições da oficina Temperatura Umidade ventilação • • •
Condições e ajuste do equipamento Bico de pistola Válvula de saída da pistola Abertura do leque Capa de ar Pressão de ar da pistola • • • • •
Processo de pintura Distância da pistola Velocidade de aplicação Intervalo entre as demãos • • •
42
alta baixa lata
alta baixa lata
pequena pequena pequena
orifício pequeno fechada grande fluxo alto alta
orifício grande aberta pequena fluxo baixo baixa
grande grande grande grande grande
grande rápida grande
pequena lenta pequeno
grande grande grande
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Cores primárias e Secundárias
CORES PRIMÁRIAS
AZUL, VERMELHO e AMARELO. AZUL
AMARELO
VERMELHO
Com as cores primárias podemos alcançar outras cores. Para isso, teremos que fundir duas cores primárias em quantidades iguais.
CORES SECUNDÁRIAS
VIOLETA, VERDE e LARANJA VIOLETA
LARANJA
VERDE
Centro Móvel de Formação Profissional
43
Colorimetria
Mistura de cores
A partir da mistura das cores primárias com as secundárias, obtêm-se as demais cores, chamadas de cores terciárias conforme pode ser observado abaixo: AMARELO
amarelo +
azul
amarelo
+
amarelo
+
LARANJA
=
verde
laranja
+
azul
=
marrom
branco =
amarelo claro
laranja
+
branco
=
laranja claro
laranja =
laranja
laranja
+
preto
=
laranja escuro
amarelo +
preto
=
amarelo escuro esverdeado
laranja
+
verde
amarelo +
verde
=
amarelo esverdeado
laranja
+ vermelho = abóbora
amarelo +
violeta
=
marrom
laranja
+
VERMELHO
violeta
= marrom
VIOLETA
vermelho +
azul
=
violeta
violeta
+
azul
=
anil
vermelho +
branco
=
rosa
violeta
+
branco =
lilás lilas
vermelho +
preto
=
marron escuro
violeta
+
preto
violeta escuro
preto
violeta
+ vermelho =
vermelho + verde
=
AZUL
44
= castanho
=
vinho
VERDE
azul
+
branco
=
azul claro
verde
+
branco =
verde claro
azul
+
preto
=
azul escuro
verde
+
preto
verde escuro
azul
+
verde
=
turquesa
verde
+
vioteta =
Centro Móvel de Formação Profissional
=
preto
Colorimetria
Técnica das cores opostas Hoje no mercado de coloristas, sabe-se que muitos profissionais costumam ajustar tintas utilizando a técnica de cores opostas para corrigir eventuais diferenças de tonalidade. Partindo do princípio de que cores opostas se anulam, muitos coloristas não levam em conta alguns aspectos importantes. Dependendo da quantidade acrescentada de uma cor em outra, teremos a possibilidade de formação de novas cores, por exemplo: Vermelho + Verde = Preto Azul + Amarelo = Verde Branco + Preto = Cinza Bem como se forem misturadas diferentes cores, pode-se obter variações de uma cor. Vermelho + Preto = Marrom Laranja + Azul = Marrom
Amarelo corta azul
azul corta amarelo
vermelho corta verde
Verde corta vermelho
branco corta preto
preto corta branco
Centro Móvel de Formação Profissional
45
Colorimetria
Branco Amarelo
Verde
Vermelho
Azul Preto
Conforme a figura acima, pode-se observar como é representada a teoria das cores opostas. A partir de agora, comece a analisar as cores que terá que ajustar. Observe como a cor está em relação ao veículo a ser pintado.
•
visualizar a luminosidade: se a cor está mais clara ou mais escura em relação ao veículo.
•
visualizar a saturação: se a cor está mais limpa ou mais suja em relação ao veículo.
•
visualizar a tonalidade: se a cor está mais amarelada, esverdeada ou avermelhada.
Portanto, ao iniciar um ajuste de cor, verifique esses três elementos antes de fazer qualquer alteração na tonalidade. 46
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Conforme a figura acima, pode-se observar como analisar a direção de uma cor. Se a cor for acromática: branco, preto, cinza ou prata, cinza metálico, ela pode seguir qualquer uma das tendências acima. Porém, se a cor é cromática: amarelo, vermelho, azul ou verde (lisa, metálica ou perolada) estará sempre seguindo o sentido horário ou anti-horário. Então: Um azul nunca pode estar amarelo, pois ele apenas poderá estar avermelhado ou esverdeado. Assim como: Um amarelo nunca pode estar azulado. Ele só poderá estar avermelhado ou esverdeado.
Centro Móvel de Formação Profissional
47
Colorimetria
Circulo cromático e tendência das cores
TENDÊNCIA DO AMARELO
TENDÊNCIA DO VIOLETA
48
TENDÊNCIA DO LARANJA
TENDÊNCIA DO AZUL
Centro Móvel de Formação Profissional
TENDÊNCIA DO VERMELHO
TENDÊNCIA DO VERDE
Colorimetria
Cores metálicas
Partículas de mica vistas no microscópio
As cores metálicas, por complexidade, são mais sensíveis a variação de cor que as cores lisas, pois sua pigmentação é sempre composta por pigmentos opacos ou transparentes mais o pigmento alumínio e pérola, os quais variam no tamanho da partícula. Tipos de alumínio
Existem diversos tipos de alumínio, de vários tamanhos de partículas e tonalidades, variando de mais fino para o mais grosso, do mais acinzentado para o mais prateado. Hoje o mercado oferece alumínios finos, super finos e extra fino. A seguir, veja quais os efeitos desses tipos de alumínios nas cores. Alumínio Fino
Tonalidade acinzentada Os alumínios finos clareiam o ângulo e sujam a frente
Centro Móvel de Formação Profissional
49
Colorimetria
Alumínio Grosso
Alumínio grosso, super grosso, extra grosso e brilhante. Tonalidade prateada Os alumínios grossos clareiam a frente e sujam o ângulo
Tipos de Pérolas
As pérolas podem ser divididas em dois grupos: •
•
As pérolas de efeito que, no geral, clareiam em todos os ângulos. As pérolas de interferência podem apresentar cores diferentes em ângulos diferentes.
Alguns pigmentos têm comportamento distinto quando adicionados em cores metálicas. Um destes pigmentos é o branco. É comum nas cores metálicas e peroladas, quando não é usada a mesma pigmentação para reprodução da cor original, utilizarmos o pigmento branco para limpar o ângulo. Não esqueça que o pigmento branco, não sendo transparente, vai esconder o alumínio ou a pérola e diminuir o brilho, por este motivo tenha sempre uma atenção especial ao utilizar este pigmento, pois ele deve ser sempre adicionado em pequenas quantidades,
50
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
caso contrário, a tinta poderá ser perdida. Veja abaixo alguns efeitos que este pigmento pode provocar na cor. Branco •
Suja a frente e deixa o ângulo leitoso.
Branco Micro Titânio (Micronizado) •
Suja a frente e deixa o ângulo leitoso e azulado
Existem também alguns aditivos que são utilizados para tingimento. Aditivo Fosqueante •
Diminui o brilho, deixa a cor mais clara e leitosa.
Obs.: Nas cores lisas monocamadas o aditivo pode ser acrescentado diretamente na tinta. Em cores dupla camada deve ser acrescentado ao verniz. Aditivo de efeito •
Limpa o ângulo, ressalta o alumínio ou pérola.
Obs: Os aditivos não podem ser utilizados em grandes quantidades no tingimento, pois podem alterar a cobertura.
Centro Móvel de Formação Profissional
51
Colorimetria
52
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Dez dicas para uma boa reprodução de cor 1 – Identifique a cor através do carro, por plaquetas ou etiqueta, caso não exista mais, verifique junto ao catálogo de cores. 2 – Antes de iniciar a pesagem, verificar se não há variantes. 3 – A tinta deverá ser aplicada até a cobertura total do corpo de prova, observe com atenção o número de passadas e o tempo de intervalo entre uma passada e outra definida pelo fabricante. Pese a quantidade mínima de tinta, exceto cores brancas, e aplique corretamente com a pressão especificada pelo fabricante (pistola) num corpo de prova antes de continuar o ajuste, simulando o máximo possível como se fosse a aplicação no veiculo. Obedeça ao tempo de evaporação do solvente (flash off) , definido pelo fabricante para aplicar o verniz. 4 – O tipo de luz pode alterar a cor, por isso é muito importante analisar o corpo de prova em vários ângulos e, pelo menos, sob duas fontes de luz diferentes, sendo obrigatoriamente obrigatoriamente a luz do dia a mais importante. 5 – Verifique a granulação do alumínio, antes de iniciar o ajuste. 6 – Comece com ajuste da intensidade (claro ou escuro). 7 – Observe se a cor está limpa ou suja. 8 – Não introduza vários mixings ao mesmo tempo sem ter chegado a alguma conclusão. 9 – Proceda ao ajuste adicionando pequenas quantidades dos mixings selecionados. 10 – Cuidado para não alterar irreversivelmente a cor. EX.: adicionar branco em cores metálicas e perolizadas. Centro Móvel de Formação Profissional
53
Colorimetria
54
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Referências bibliográficas Trabalho compilado e reproduzido a partir das seguintes obras: Fundamentos da Pintura Automotiva – SENAI São Paulo – UFP 1.13 Tintas & Vernizes Ciência e Tecnologia – Pág. 583 / 612 Manual “Tingimento” “Tingimento” – Akzo Nobel Manual “Cores” - Glasurit-BASF
Centro Móvel de Formação Profissional
55
Colorimetria
56
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Anexos
Centro Móvel de Formação Profissional
57
Colorimetria
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
TABELA DE VARIANTES
COD.
VARIANTE
/20
MAIS GROSSO
/30
MAIS FINO
/40
MAIS ESCURO
/50
MAIS AZUL
/60
MAIS AMARELO
/70
MAIS VERDE
/80
MAIS VERMELHO
/90
MAIS CLARO
/0 A
MAIS SUJO
/0 B
MAIS LIMPO
É POSSÍVEL COMPOR CÒDIGOS DE VARIAÇÕES, TAIS COMO: /95 /60 B
MAIS CLARO, MAIS AZUL MAIS AMARELO, MAIS LIMPO
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
COLORIDOS Cód. M 000 M 001 M 25 A 125 A 98 M 105 M 177 A 136 A 137 A 143 M 146 A 180 M 201 A 257 M 306 A 307 A 324 A 335 A 347 A 350 A 352 A 353 M 355 A 372 A 390 A 427 A 430 A 531 A 552 A 553 A 555 A 548 A 640 A 696 A 926 A 927 A 929 A 930 A 974
Base 55 Clear Aditivo de efeito Branco Branco Transparente Branco Titânio Ocre Amarelo Orgânico Amarelo Óxido Amarelo Óxido transp. Laranja Amarelado Amarelo Limão Amarelo Cromo Laranja claro Laranja Brilhante Vermelho Óxido Vermelho Óx. Transp. Vermelho Claro Vermelho Transp. Marrom Vermelho Vermelho escuro Vermelho Magenta Lilás Vermelho Alaranjado Marrom Violeta Violeta Avermelhado Azul Índio Azul Azul Claro Azul Oceano Azul Transparente Verde Azulado Verde Amarelado Preto Preto Preto Preto Grafite Preto Tingimento
Efeitos Linha 55 clear para ser usado em cores Three Coat ou com Multi Effekt. Ressalta o alumínio, limpa o ângulo, mas suja a virada. Ângulo leitoso, suja a frente. Mesmo efeito do branco M 25, porém tem menor concentração de pigmentos. Clareia deixando ângulo azulado, suja a frente, deixa a virada amarelada. Ângulo amarelo leitoso, suja a frente. Amarela esverdeando Amarela em todos os ângulos, deixando tom de envelhecimento na cor. Mesmo efeito do A 136, porém tem menos concentração de pigmentos. Amarela alaranjado Amarela, deixando ângulo limpo com leve tom esverdeado leitoso. Amarelo limpo Laranja sujo Laranja Limpo Ângulo vermelho leitoso, suja a frente Mesmo efeito do M 306, porém tem menor concentração de pigmentos. Avermelha deixando tom alaranjado leitoso no ângulo Vermelho na frente e amarelo sujo no ângulo Vermelho na frente e marrom sujo no ângulo Vermelho sujo Vermelho Limpo Tom rosado na frente, leitoso no ângulo Vermelho avioletado sujo Vermelho de tom alaranjado Marrom sujo Violeta na frente, deixa ângulo sujo Vermelho na frente e tom rosado no ângulo Azul avermelhado, deixa ângulo sujo Azul levemente esverdeado, deixa ângulo azulado Mesmo efeito do A 552, porém tem menor concentração de pigmentos. Azul na frente, com ângulo esverdeado Azul no ângulo, com frente esverdeada Verde de tom azulado Verde de tom amarelado Escurece em todos os ângulos Mesmo efeito do A 926, porém tem menor concentração de pigmentos. Escurece em todos os ângulos Escurece, com ângulo esverdeado leitoso Escurece, com ângulo leitoso
M 1250
Preto Profundo
Preto profundo
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
CIRCULO CROMÁTICO
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
CIRCULO CROMÁTICO
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
E D A A I D I C L N Ê A N R E O 2 F T 2 E E A R D H E E N I D T L S A L U E J A B A A T R A P
4 7 9 M 2 2
L U Z A
0 6 M 2 2
E D R E V
0 6 M 4 M 2 7 9 2 2 2
M O R R A M
0 6 M 2 2
Ô D R O B
-
7 2 1 A 2 2
-
-
-
-
5 M 2 2
8 3 M 2 2
0 3 M 2 2
0 3 M 2 2
-
8 3 M 2 2
8 3 M 2 2
0 3 M 2 2
0 3 M 2 2
-
8 3 M 2 2
8 3 M 2 2
6 2 3 M 2 2
0 3 M 2 2
-
6 2 3 M 2 2
-
2 7 1 A 2 2
6 M 2 2
0 3 M 2 2
7 7 M 2 2
2 7 1 A 2 2
-
-
8 6 1 A 2 2
5 0 1 A 2 2
2 7 1 A 2 2
0 3 A 2 2
7 2 1 A 2 2
1 3 1 A 2 2
8 6 1 A 2 2
5 0 1 A 2 2
2 7 1 A 2 2
2 7 1 A 2 2
7 2 1 A 2 2
L U Z A S I A M
E S I D A R E M V
O L S I E A R A M M A
A J S I N A A R M A L
O H L S I E A M M R E V
A T S I E A L O M I V
2 5 M 2 2
2 5 M 2 2
8 6 M 2 2
8 6 M 2 2
2 5 M 2 2
8 6 * M M 2 7 7 2 2 2
4 7 9 M 2 2
6 2 M 2 2
-
-
0 6 1 A 2 2
4 7 9 M 2 2
0 3 M 2 2
0 3 M 2 2
O H L E M R E V
0 6 1 A 2 2
4 7 9 M 2 2
5 5 M 2 2
0 3 M 2 2
A J N A R A L
0 6 M 2 2
4 7 9 M 2 2
8 3 M 2 2
-
-
E G E B
0 6 M 2 2
4 7 9 M 2 2
6 2 1 M 2 2
-
8 6 1 A 2 2
O L E R A M A
0 6 M 2 2
4 7 9 M 2 2
6 2 1 A 2 2
-
8 6 1 A 2 2
A Z N I C
0 6 M 2 2
4 7 9 M 2 2
6 2 M 2 2
1 3 1 A 2 2
O C N A R B
0 6 M 2 2
4 7 9 M 2 2
6 2 1 A 2 2
R A A T N R O E T C A
A T S I E A L O M I V
O J U S S I A M
O S I R A U C M S E
-
*
7 7 M 2 2
5 M 2 2
*
Centro Móvel de Formação Profissional
. a n e u q e p o ã ç a r t n e c n o c m e r a z i l i t u o ã N *
Colorimetria
ALUMÍNIOS Cód. M 99/09 M 99/10 M 99/12 M 99/19 M 99/20 M 99/21 M 99/22
Base 55 Alumínio Super Fino Alumínio Extra Fino Alumínio Médio Alumínio Brilhante Alumínio Extra Grosso Alumínio Grosso Alumínio
Efeitos Clareia e deixa o ângulo leitoso e a frente acinzentada Clareia e deixa o ângulo limpo e a frente suja Clareia em todos os ângulos Clareia e deixa a frente prateada e o ângulo sujo Clareia e deixa o alumínio saltado Clareia com efeito do alumínio mais saltado e mais brilhante Clareia com efeito grosso e brilhante
PÉROLAS E MULTI EFFEKT Cód. M 10 M 11 E 110 M 176 E 910 M 178 E 920 M 179 E 220 E 360 M 363 E 360 M 401 E 440 E 470 M 505 M 506 M 600 E 650 M 605 E 660 E 630 M 800 M 801 E 830 M 802 E 810 E 820
Base 55 Perolizado Branco Perolizado Branco Fino Perolizado Bronze Pérola Dourada Pérola Dourada Perolizado Dourado Perolizado Dourado Perolizado Amarelo Perolizado Laranja Pérola Verm. Esverdeada Perolizado Vermelho Perolizado Vermelho Perolizado Violeta Perolizado Violeta Pérola Verm. Avioletado Perolizado Azul Perolizado Azul Fino Perolizado Verde Perolizado Verde Perolizado Verde Azulado Perolizado Verde Azulado Perolizado Verde Intenso Peroliz. Vermelho Escuro Pérola Cobre Perolizado Cobre Perolizado Vermelho Fino Perolizado Cobre Pérola Cobre
Efeitos Clareia deixando ângulo levemente amarelado Clareia deixando o ângulo leitoso Pérola com tonalidade bronze Clareia deixando tonalidade mais amarelada Clareia deixando tonalidade mais amarelada Clareia deixando tonalidade dourada Clareia deixando tonalidade dourada Clareia com tonalidade menos amarelada que M 176 Pérola alaranjada Pérola verde com ângulo vermelho leitoso Clareia deixando tonalidade levemente avermelhada Clareia deixando tonalidade levemente avermelhada Clareia avioletando cores vermelhas Clareia avioletando cores vermelhas Pérola com tonalidade vermelha avioletada Clareia cores azuis Clareia cores azuis, deixando ângulo mais limpo que M 505 Clareia cores verdes Clareia cores verdes Clareia azulando cores verdes Clareia Azulando cores verdes Pérola com tonalidade verde intensa Clareia cores vermelhas Pérola com tonalidade cobre Pérola com tonalidade cobre Clareia cores vermelhas, deixando ângulo limpo Pérola com tonalidade cobre ( paliocron ) Pérola de tonalidade cobre e amarelada (Pérola Interferência)
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
TABELA DE REFERÊNCIA PARA AJUSTE DE TONALIDADE LINHA 55
TON A ACERTAR
CLAREAR
AVERMELHAR ESVERDEAR AZULANDO ESVERDEAR AMARELANDO
PRATA
CINZA MET.
PEROL.
OURO
VERMELHO MET.
PEROL.
F
55 M 99/12
55 M 99/12
55 M 10
55 M 99/12
55 M 99/12
55 M 800
A
55 M 99/10
55 M 99/10
55 M 11
55 M 99/10
55 M 99/10
55 M 802
F
55 A 353
55 A 353
55 A 353
55 A 353
55 A 353
55 A 353
A
55 A 430
55 A 430
55 A 430
55 A 430
55 A 430
55 A 430
F
55 A 640
55 A 640
55 A 640
--
--
--
A
55 A 640
55 A 640
55 A 640
--
--
--
F
55 A 696
55 A 696
55 A 696
--
--
--
A
55 A 696
55 A 696
55 A 696
--
--
--
AMARELAR LIMPANDO
55 M 146
55 M 146
55 M 146
55 M 146
AMARELAR SUJANDO
F
55 A 136
55 A 136
55 A 136
55 A 136
55 A 136
55 A 136
A
55 M 105
55 M 105
55 M 105
55 M 105
55 M 105
55 M 105
AZULAR ESVERDEANDO
F A
55 A 548
55 A 548
55 A 548
55 A 548
55 A 548
55 A 548
55 A 548
55 A 548
55 A 548
55 A 548
55 A 548
55 A 548
EFEITO DE ALUMÍNIO GROSSO
55 M 99/20
55 M 99/20
--
55 M 99/20
55 M 99/20
--
ESCURECER SUJAR
55 A 926
55 A 926
55 A 926
55 A 926
55 A 926
55 A 926
ÂNGULO LEITOSO
55 A 125
55 A 125
55 A 125
55 A 125
FLOTAR ALUM. CLAREAR ANG.
55 M 1
55 M 1
55 M 1
55 M 1
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
TABELA DE REFERÊNCIA PARA AJUSTE DE TONALIDADE LINHA 55
TON A ACERTAR
CLAREAR
AVERMELHAR ESVERDEAR AZULANDO ESVERDEAR AMARELANDO
MARRON
VERDE
AZUL
MET.
PEROL.
MET.
PEROL.
F
55 M 99/12
55 M 99/12
55 M 600
55 M 99/12
55 M 505
A
55 M 99/10
55 M 99/10
55 M 600
55 M 99/10
55 M 506
F
55 A 353
--
--
55 A 427
55 A 427
A
55 A 306
--
55 A 430
55 A 306
55 A 306
F
--
55 A 640
55 A 640
55 A 640
55 A 640
A
--
55 A 640
55 A 640
55 A 640
55 A 640
F
--
55 A 696
55 A 696
55 A 696
55 A 696
A
--
55 A 696
55 A 696
55 A 696
55 A 696
AMARELAR LIMPANDO
55 M 146
F
55 A 335
55 A 177
55 A 177
--
--
A
55 M 105
55 M 105
55 M 105
--
--
F
--
55 A 531
55 A 531
55 A 531
55 A 531
A
--
55 A 427
55 A 427
55 A 427
55 A 427
F
--
55 A 548
55 A 548
55 A 548
55 A 548
A
--
55 A 555
55 A 555
55 A 555
55 A 555
EFEITO ALUMÌNIO GROSSO
55 M 99/20
55 M 99/20
--
55 M 99/20
--
ESCURECER SUJAR
55 M 926
55 M 926
55 M 926
55 M 926
ÂNGULO LEITOSO
55 A 125
55 A 125
55 A 125
55 A 125
FLOTAR ALUMÍNIO CLAREAR ÂNGULO
55 M 1
AMARELAR SUJANDO AZULAR AVERMELHANDO AZULAR ESVERDEANDO
55 M 146
--
55 M 1
Centro Móvel de Formação Profissional
55 A 125
55 M 1
Colorimetria
SISTEMA DELTRON TABELA DE IDENTIFICAÇÃO DAS VARIANTES COD.
VARIANTE
B
MAIS AZUL
C
ALUMÍNIO MAIS GROSSO
D
MAIS ESCURO
DI
MAIS SUJO
F
ALUMÍNIO MAIS FINO
G
MAIS VERDE
L
MAIS CLARO
O
MAIS LARANJA
R
MAIS VERMELHO
V
MAIS VIOLETA
VI
MAIS VIVO
Y
MAIS AMARELO
W
MAIS BRANCO
//
ÂNGULO (FLOP)
X
VARIANTE NÃO CATALOGADA
OBS.: PODE HAVER COMBINAÇÃO DE VARIANTES
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
TABELA DE AJUSTE DE CORES
TOM
LINHA DE CORTE
AMARELO
CORTA AZUL
AZUL
CORTA AMARELO
LARANJA
CORTA TURQUESA
VERMELHO CORTA VERDE VIOLETA
CORTA LIMÃO
VERDE
CORTA VERMELHO
TURQUESA CORTA LARANJA LIMÃO
CORTA VIOLETA
ALUMÍNIO
CLAREIA TODAS AS CORES METÁLICAS
PÉROLA
CLAREIA TODAS AS CORES PEROLIZADAS / METÁLICAS
BRANCO
CLAREIA TODAS AS CORES LISAS
PRETO
ESCURECER / SUJAR TODAS AS CORES LISAS / MET./ PEROL.
DICAS PARA AJUSTE DE TONALIDADE (DELTRON DG) AMARELO
D 700
CLAREAR
D 785
AVERMELHAR
D 736
ESVERDEAR AZULANDO
D 737
ESVERDEAR AMARELANDO
D 719
AMARELAR LIMPANDO
D 708
AMARELAR SUJANDO
D 702
ESCURECER / SUJAR Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
CINZA
D 700
CLAREAR
D 785
AVERMELHAR
D 736
ESVERDEAR AZULANDO
D 737
ESVERDEAR AMARELANDO
D 719
AMARELAR LIMPANDO
D 708
AMARELAR SUJANDO
D 723
AZULAR ESVERDEANDO
D 708
AZULAR AVIOLETANDO
D 723
ESCURECER / SUJAR
BEGE
D 700
CLAREAR
D 785
AVERMELHAR
D 736
ESVERDEAR AZULANDO
D 719
AMARELAR LIMPANDO
D 708
AMARELAR SUJANDO
D 702
ESCURECER / SUJAR
VERMELHO
D 700
CLAREAR
D 785
AVERMELHAR
D 736
ESVERDEAR AZULANDO
D 719
AMARELAR LIMPANDO
D 708
AMARELAR SUJANDO
D 702
ESCURECER / SUJAR
D 702
AZULAR ESVERDEANDO
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
VERMELHO
D 700
CLAREAR
D 785
AVERMELHAR
D 719
AMARELAR LIMPANDO
D 708
AMARELAR SUJANDO
D 723
AZULAR ESVERDEANDO
D 704
AZULAR AVIOLETANDO
D 702
ESCURECER SUJAR
MARROM
D 700
CLAREAR
D 785
AVERMELHAR
D 719
AMARELAR LIMPANDO
D 708
AMARELAR SUJANDO
D 702
ESCURECER SUJAR
VERDE
D 700
CLAREAR
D 736
ESVERDEAR AZULANDO
D 719
AMARELAR LIMPANDO
D 708
AMARELAR SUJANDO
D 723
AZULAR ESVERDEANDO
D 704
AZULAR AVIOLETANDO
D 702
ESCURECER / SUJAR
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
AZUL
D 700
CLAREAR
D 785
AVERMELHAR
D 723
AZULAR ESVERDEANDO
D 704
AZULAR AVIOLETANDO
D 702
ESCURECER / SUJAR
VERDE
D 700
CLAREAR
D 785
AVERMELHAR
D 729
AVERMELHAR SUJANDO
D 736
ESVERDEAR AZULANDO
D 737
ESVERDEAR AMARELANDO
D 719
AMARELAR LIMPANDO
D 708
AMARELAR SUJANDO
D 723
AZULAR ESVERDEANDO
D 704
AZULAR AVIOLETANDO
D 702
ESCURECER / SUJAR
Centro Móvel de Formação Profissional
Colorimetria
CORES METÁLICAS ( DELTRON BC ) PRATA METÁLICO D 771 D 769 D 772 D 770 D 774 D 797 D 777 D 742 D 741 D 797 D 743 D 740 D 759 D 753
CINZA METÁLICO D 771 D 769 D 772 D 770 D 774 D 797 D 777 D 742 D 741 D 797 D 743 D 740 D 759 D 753
ÂNGULO
CLAREAR ALUMÍNIO MÉDIO CLAREAR ALUMÍNIO EXTRA FINO CLAREAR ALUMÍNIO GROSSO CLAREAR ALUMÍNIO FINO AVERMELHAR ESVERDEAR AZULANDO ESVERDEAR AMARELANDO AZULAR AVIOLETANDO AZULAR ESVERDEANDO AMARELAR LIMPANDO (FLOP) AMARELO SUJANDO ESCURESER / SUJAR EFEITO ALUMÍNIO MAIS GROSSO ÂNGULO MAIS LEITOSO
CLARO CLARO ESCURO ESCURO
CLARO LEITOSO
ÂNGULO
CLAREAR ALUMÍNIO MÉDIO CLAREAR ALUMÍNIO EXTRA FINO CLAREAR ALUMÍNIO GROSSO CLAREAR ALUMÍNIO FINO AVERMELHAR ESVERDEAR AZULANDO ESVERDEAR AMARELANDO AZULAR AVIOLETANDO AZULAR ESVERDEANDO AMARELAR LIMPANDO (FLOP) AMARELO SUJANDO ESCURESER / SUJAR EFEITO ALUMÍNIO MAIS GROSSO ÂNGULO MAIS LEITOSO Centro Móvel de Formação Profissional
CLARO CLARO ESCURO ESCURO
CLARO LEITOSO
Colorimetria
VERMELHO METÁLICO D 771 D 769 D 772 D 770 D 775 D 755 D 755 D 745 D 740 D 759 D 753
MARROM METÁLICO D 771 D 769 D 772 D 770 D 749 D 794 D 743 D 740 D 759 D 753 D 797 D 777
ÂNGULO
CLAREAR ALUMÍNIO MÉDIO CLAREAR ALUMÍNIO EXTRA FINO CLAREAR ALUMÍNIO GROSSO CLAREAR ALUMÍNIO FINO AVERMELHAR AVIOLETAR AZULAR AVIOLETANDO AMARELAR SUJANDO ESCURECER / SUJAR EFEITO ALUMÍNIO MAIS GROSSO ÂNGULO MAIS LEITOSO
CLARO CLARO ESCURO ESCURO
CLARO LEITOSO
ÂNGULO
CLAREAR ALUMÍNIO MÉDIO CLAREAR ALUMÍNIO EXTRA FINO CLAREAR ALUMÍNIO GROSSO CLAREAR ALUMÍNIO FINO AVERMELHAR AVIOLETAR AZULAR AVIOLETANDO AMARELAR SUJANDO ESCURECER / SUJAR AMARELAR LIMPANDO (FLOP) EFEITO ALUMÍNIO MAIS GROSSO ÂNGULO MAIS LEITOSO
Centro Móvel de Formação Profissional
CLARO CLARO ESCURO ESCURO
CLARO LEITOSO
Colorimetria
MARROM METÁLICO D 771 D 769 D 772 D 770 D 797 D 777 D 742 D 741 D 740 D 759 D 753 D 794 D 743
OURO DOURADO METÁLICO D 771 D 769 D 772 D 770 D 745 D 797 D 777 D 794 D 743 D 740 D 759 D 753
ÂNGULO
CLAREAR ALUMÍNIO MÉDIO CLAREAR ALUMÍNIO EXTRA FINO CLAREAR ALUMÍNIO GROSSO CLAREAR ALUMÍNIO FINO ESVERDEAR AZULANDO ESVERDEAR AMARELANDO AZULAR AVIOLETANDO AZULAR ESVERDEANDO ESCURECER / SUJAR EFEITO ALUMÍNIO MAIS GROSSO ÂNGULO MAIS LEITOSO AMARELAR LIMPANDO (FLOP) AMARELAR SUJANDO
CLARO CLARO ESCURO ESCURO
CLARO LEITOSO
ÂNGULO
CLAREAR ALUMÍNIO MÉDIO CLAREAR ALUMÍNIO EXTRA FINO CLAREAR ALUMÍNIO GROSSO CLAREAR ALUMÍNIO FINO ALARANJAR ESVERDEAR AZULANDO ESVERDEAR AMARELANDO AMARELAR LIMPANDO AMARELAR SUJANDO ESCURECER / SUJAR EFEITO ALUMÍNIO MAIS GROSSO ÂNGULO MAIS LEITOSO
Centro Móvel de Formação Profissional
CLARO CLARO ESCURO ESCURO
CLARO LEITOSO
Colorimetria
OURO DOURADO METÁLICO D 771 D 769 D 772 D 770 D 745 D 797 D 777 D 794 D 743 D 740 D 759 D 753
ÂNGULO
CLAREAR ALUMÍNIO MÉDIO CLAREAR ALUMÍNIO EXTRA FINO CLAREAR ALUMÍNIO GROSSO CLAREAR ALUMÍNIO FINO ALARANJAR ESVERDEAR AZULANDO ESVERDEAR AMARELANDO AMARELAR LIMPANDO AMARELAR SUJANDO ESCURECER / SUJAR EFEITO ALUMÍNIO MAIS GROSSO ÂNGULO MAIS LEITOSO
CLARO CLARO ESCURO ESCURO
CLARO LEITOSO
CORES PEROLIZADAS ( DELTRON BC ) CINZA PEROLIZADO D 751 D 954 D 774 D 797 D 777 D 794 D 743 D 741 D 740 D 759 D 753
ÂNGULO
CLAREAR PÉROLA BRANCA GROSSA CLAREAR PÉROLA BRANCA FINA AVERMELHAR ESVERDEAR AZULANDO ESVERDEAR AMARELANDO AMARELAR LINPANDO (FLOP) AMARELAR SUJANDO AZULAR ESVERDEANDO ESCURECER / SUJAR EFEITO PÉROLA MAIS GROSSA ÂNGULO MAIS LEITOSO
Centro Móvel de Formação Profissional
CLARO LEITOSO
Colorimetria
VERMELHO PEROLIZADO D 793 D 765 D 775 D 755 D 794 D 745 D 740 D 751 D 753
VERDE PEROLIZADO D 751 D 954 D 957 D 797 D 777 D 794 D 743 D 742 D 741 D 740 D 759 D 753
ÂNGULO
CLAREAR PÉROLA VERMELHA GROSSA CLAREAR PÉROLA VERMELHA FINA AVERMELHAR AVIOLETANDO AMARELAR LINPANDO (FLOP) AMARELAR SUJANDO ESCURECER / SUJAR EFEITO PÉROLA MAIS GROSSA CLARO ÂNGULO MAIS LEITOSO LEITOSO
ÂNGULO
CLAREAR PÉROLA BRANCA GROSSA CLAREAR PÉROLA BRANCA FINA CLAREAR PÉROLA VERDE ESVERDEAR AZULANDO ESVERDEAR AMARELANDO AMARELAR LIMPANDO (FLOP) AMARELAR SUJANDO AZULAR AVIOLETANDO AZULAR ESVERDEANDO ESCURECER / SUJAR EFEITO PÉROLA MAIS GROSSA ÂNGULO MAIS LEITOSO
Centro Móvel de Formação Profissional
CLARO LEITOSO
Colorimetria
AZUL PEROLIZADO D 763 D 943 D 755 D 797 D 777 D 742 D 741 D 740 D 759 D 753
ÂNGULO
CLAREAR PÉROLA AZUL GROSSA CLAREAR PÉROLA AZUL FINA AVIOLETANDO ESVERDEAR AZULANDO ESVERDEAR AMARELANDO AZULAR AVIOLETANDO AZULAR ESVERDEANDO ESCURECER / SUJAR EFEITO PÉROLA MAIS GROSSA ÂNGULO MAIS LEITOSO
Centro Móvel de Formação Profissional
CLARO LEITOSO
Colorimetria
Centro Móvel de Formação Profissional