Collegium ad LVX et NOX - Apostila de Imagens Telesmáticas

April 8, 2019 | Author: kwikchromium | Category: Image, Matter, Angel, Spirit, Color
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Imagens Telesmáticas Programa de L.V.X. Última alteração feita em 6 de julho de 2011 e.v. ÍNDICE 1 Introdução..........

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Imagens Telesmáticas

Programa de L.V.X.

Última alteração feita em 6 de julho de 2011 e.v.

NDICE Í NDICE

1 Introdução .................................................................................................. 3 2 Atribuições Telesmáticas .......................................................................... 4 3 Imagens Telesmáticas ............................................................................... 6 3.1 Notas Adicionais ............................................................................... 7 3.2 Ampliando as Imagens Telesmáticas .................. ............................ .................... ................... ........... 7 4 Bibliografia .............................................................................................. 12

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1 INTRODUÇÃO No mais alto nível dos trabalhos mágicos, as visualizações das cores básicas são complementadas por uma arte bem complexa de imagens telesmáticas  –  que é a construção de seres simbólicos como representações e portadores da força mágica. É importante notar que esta arte faz uso das principais correspondências de cores, planetas, elementos, esferas e suas atribuições. As imagens telesmáticas têm suas origens nos tempos de Roma e Grécia. Os antigos escritos mágicos catalogavam listas de imagens designadas para o propósito descrito acima. As imagens de demônios e bestas encontradas nos grimórios da Idade Média podem ter sido remanescentes desta mesma tradição. Em nosso sistema atual, tal como a Golden Dawn, não usaremos as imagens destes grimórios ou aquelas criadas por outrem. Achamos ser mais útil ensinar o meio pelo qual estas imagens são criadas e permitir ao estudante aprender a criá-las por si próprio. A estrutura básica do trabalho está fundamentada nas correspondências do alfabeto hebraico e o simbolismo da Cabala Mágica. Deste simbolismo, várias correspondências podem ser traçadas que podem ser usadas para associar imagens a um ser simbólico. As regras essenciais são: 









A imagem geralmente usada é um anjo convencional; tal como humano e com asas, tão belo como a imaginação possa permitir; Imagens grossas ou feias tendem a produzir energia confusa que são menos efetivas; As letras de um nome, também são tiradas da sabedoria tradicional (vide tabela); A primeira letra determina a cabeça, as outras determinam o resto da forma até os pés; Gênero e estatura são tirados na média entre as letras do nome, isto também se aplica às cores.

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Seguiremos o exemplo da Inteligência do Sol. Imagine que precisemos traduzir uma imagem telesmática de Nakhiel. Este nome está em hebraico e é soletrado: , NKIAL1. As letras NKI, Nun, Kaph e Yod, devem ser vistas na tabela abaixo. Duas letras masculinas e uma feminina significam que a figura será masculina; a média da construção torna Nakhiel forte e poderoso, porém não pesado. Nun dá a ele cabelos negros e um rosto quadrangular determinam a face; Kaph dá a ele grandes asas devastadoras e um forte peito; Yod dá a ele um quadril e pernas elegantes, com um senso de translucidez. Se ele veste uma roupa, ela será azul-esverdeado de tom escuro em cima, reluzindo a um turquesa2 pálido abaixo, certamente terá um cinto com uma espada. Desde que ele simboliza um poder do sol, ele porta um disco solar dourado no centro de seu peito, e uma auréola luminosa dourada em volta dele. Essa figura pode ser construída na imaginação e visualizada intensamente num lugar apropriado em certos trabalhos ritualísticos  –  por exemplo, a consagração de um talismã do Sol. Então o talismã se torna um recipiente para as forças que foram invocadas no ritual.

2 ATRIBUIÇÕES TELESMÁTICAS 3 Letras

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Correspondências

Aleph

Espiritual. Geralmente com asas; andrógina, porém mais masculina do que feminina; do tipo bem mais magro.

Beth

Ativa e ligeira e colorida. Masculina.

Gimel

Grisalha, bela porém mutável. Feminina, rosto e corpo bem

Quase todos os nomes em hebraico terminam tanto em AL quanto em IAH. Essas terminações podem ser desconsideradas quando se constrói imagens telesmáticas, pois o único efeito que elas causam é que, as que terminam com AL denotam uma figura em pé portando uma espada, e as que terminam com IAH, uma figura sentada em um trono. 2 A mesma cor do mineral. Azulado ou esverdeado, usado como pedra preciosa. 3 Esses gêneros são dados como um conveniente guia. Deve-se, entretanto, consultar as linhas do Liber 777 para um detalhamento detalhamento das características características das letras.

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mais arredondado. Daleth

Muito bela e atrativa. Feminina. Rosto e corpo bem mais arredondados.

He

Fera, forte, fogosa; feminina.

Vau

Forte e estável. Um pouco desajeitada e pesada; masculina.

Zain

Delgada, inteligente, masculina.

Cheth

Cara arredondada, sem muita expressão, feminina.

Teth

Tendendo a forte e fogosa. Feminina.

Yod

Muito branca e um pouco delicada. Feminina.

Kaph

Grande e forte, masculina.

Lamed

Bem proporcional; feminina.

Mem

Reflexiva, sonhadora; andrógina, porém mais feminina que masculina.

Nun

Um rosto quadrado mostrando determinação; masculina, um pouco obscura.

Samekh Rosto delgado e tendo-o expressivo; masculina. Ayin

Um pouco mecânica, masculina.

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Peh

Fera, forte, dedicada, feminina.

Tzaddi

Pensativa, intelectual, feminina.

Qoph

Face e corpo arredondados, masculina.

Resh

Orgulhosa e dominante, masculina.

Shin

Fera, ativa, andrógina, porém mais masculina que feminina.

Tau

Obscura, parda, andrógina; porém mais masculina que feminina.

3 IMAGENS TELESMÁTICAS Existem vários outros tipos de imagens telesmáticas baseadas apenas na figura descrita acima. A mais útil dessas para o “magista praticante” são

as correspondências elementais. Essa forma se utiliza do simbolismo animal, zodiacal e cores do corpo de acordo com as atribuições da escala de cores ordinária. No caso de Nakhiel, a forma elemental da imagem telesmática difere dramaticamente daquela forma angelical. Nun dá à imagem uma cabeça de águia; Kaph dá a ela asas e penas de águia na parte superior do corpo; Yod dá a ela um corpo de mulher do peito aos pés. A cabeça é azul-esverdeado escuro, as asas e o corpo de penas em azul, o resto do corpo translúcido amarelo-esverdeado claro. O disco solar no centro do peito e a auréola solar envolta de todo o corpo, são comuns a ambas as formas. Essa forma aumentou drasticamente o poder no mundo elemental  –  que é o reino da experiência ordinária e da matéria física  – porém tendem a ser mais difíceis de manipular no ritual; é melhor começar a trabalhar com ela somente depois do método usando as formas angelicais ter sido praticado e dominado.

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3.1 NOTAS ADICIONAIS4 As Imagens Telesmáticas “não “não deverão ser feitas com rapidez, por  diversão nem por experimento, porque as forças da Natureza não foram criadas para serem joguetes e nem bonecos de ninguém. A menos que todo o trabalho prático se faça com solenidade, cerimônia e reverência, tu serás como uma criança brincando com fogo, que só atrairá para si autodestruição”. destruição ”.

3.2 AMPLIANDO AS IMAGENS TELESMÁTICAS5 Como se disse antes, todos os nomes de Anjos ou Forças Angélicas terminam, com poucas exceções, em AL ou YAH. O nome divino AL pertence a Chesed e representa uma força benéfica e poderosa, porém de operação um pouco mais suave do que a do nome YAH. Porque não só os Anjos como também demônios extraem suas forças e poder diretamente de prolífica fonte das energias divinas, também com freqüência se coloca AL nos nomes dos Anjos ou Espíritos que exercem um ofício benéfico. Uma vez entendido isto, posto que as duas terminações pertencem bem mais à natureza das atribuições incidentais do que às diferenças essenciais, não teremos que tê-las em demasia na construção das imagens telesmáticas. Ao construir uma imagem, pode-se imaginá-la astralmente diante de si ou pode-se, também, pintar quais seriam suas semelhanças. Deve-se ter um cuidado especial em colocar os nomes divinos do mundo a qual pertencem à imagem em construção. Assim o mundo de Atziluth corresponde aos nomes deíficos, o de Briah aos nomes arcangélicos e assim sucessivamente. É também útil empregar nomes sephiróticos que estão compreendidos no mundo ao qual a Imagem Telesmática está associada. Será bom ter em mente que os mesmos Quatro Mundos formulam a Lei implicada na construção ou expressão de qualquer coisa material. O mundo de Atziluth é puramente arquetípico e primordial, e a ele, como já se disse antes, se aplicam os Nomes de Deus. Briah é criativo e originativo e a ele se atribuem certos Grandes Deuses chamados Arcanjos. Yetzirah é formativo e a ele se associam as Ordens Angelicais. Assiah, que é o mundo material, nele consta os grandes Reinos dos Elementais, Seres Humanos e

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Parte das instruções oficiais sobre Imagens Telesmáticas da Golden Dawn, n otas de Frater D.D.C.F. Texto retirado integralmente integralmente das Instruções Oficiais sobre Imagens Telesmáticas da Golden Dawn, de Frater D.D.C.F. 5

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alguns casos das Qliphoth, embora estas últimas ocupem realmente os planos abaixo de Assiah. Destas observações, se verá facilmente que uma Imagem Telesmática não pode realmente se aplicar a Atziluth; e a Briah só em um sentido restrito. Assim uma Imagem Telesmática que pertença a este mundo, teria que vir representada por algo assim como uma cabeça oculta, com uma forma tênue e escassa. As Imagens pertencem a Yetzirah, por direito. Seria impossível usar uma Imagem Telesmática de um Nome Divino em Atziluth, simplesmente porque não haveria como representá-la em Atziluth, senão melhor o seu correlativo em Yetzirah. Em Assiah se teriam formas Elementais. O gênero das figuras depende da proporção das letras masculinas ou femininas em todo o conjunto, porém uma confusão de sexos deve-se igualmente evitar. A imagem construída deve dividir-se e tantas partes quanto letras, começando pela cabeça e sucessivamente em ordem. Tenha em mente que em adição a este método de determinar o sexo da Imagem Telesmática de um nome, alguns Nomes são inerentemente masculinos, outros femininos e alguns andróginos, independentemente do testemunho das letras. Sandalphon, por exemplo, se analisa da seguinte forma: Samekh é masculina, Nun é masculina, Daleth é feminina, Lamed é feminina, Peh é feminina, Vau é masculina e Nun é masculina.

Portanto, o masculino predomina e se tratando do Nome em questão, se construiria uma forma masculina para representá-la. Porém, este Nome é especialmente aplicado ao Querubim feminino, constituindo uma exceção à regra; se trata de um Nome Arcangélico que pertence ao Mundo Briático e não meramente um Nome Angélico relativo à Yetzirah. Sandalphon, se chama Yetzer, que significa “esquerda”, e suas letras

são então: feminina, feminina e masculina, assim neste caso, poderia ser qualquer uma das polaridades. As sete letras que compõem o nome Sandalphon se adaptam à Imagem Telesmática da seguinte forma: Samekh

Cabeça, representaria um rosto belo e ativo, porém mais delgado do que gordo

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Nun

Pescoço, que seria admiravelmente cheio

Daleth

Ombros de uma linda mulher

Lamed

Coração e Peito, este último perfeitamente per feitamente proporcional

Peh

Quadril, forte e cheio

Vau

Pernas maciças

Nun

Pés musculosos e talvez alados

Se desejas construir uma forma elemental com este mesmo Nome, uma figura peculiar resultaria: Samekh

Cara de feroz, mas preferivelmente bela

Azul

Nun

Pescoço, com asas de águia por trás

Verde-azulado

Daleth

Ombros femininos, mas bem bonitos

Azulesverdeado

Lamed

Busto de uma mulher

Esmeralda

Peh

Quadril e coxas fortes e peludas

Vermelho

Vau

Pernas de touro

Vermelhoalaranjado

Nun

Pés de águia

Azulesverdeado

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Vê-se que isto é quase uma figura querúbica sintética. Esta figura pode-se representar, por assim dizer, com os pés na terra e a cabeça entre as nuvens. As cores correspondentes, na escala do Rei, se sintetizam em um verde delicado e brilhante. As partes descobertas do corpo seriam azuis, e o rosto, que pertence a Sagitário, seria quase o de um cavalo. O conjunto seria uma deusa entre Athor e Neith, com arco e flechas, isto é, se representar com um simbolismo egípcio. Se quisermos traduzir este nome a símbolos no plano dos tattwas, teríamos o seguinte: Samekh

Pertence ao Fogo

Nun

Pertence à Água

Daleth

Pertence à Água da Terra

Lamed

Pertence ao Ar

Peh

Pertence ao Fogo

Vau Nun

Pertence à Água

Esses podem ser sintetizados dessa maneira: uma crescente prateada sobre um triângulo vermelho em cima de um quadrado amarelo. Todas as três estariam carregadas e encerradas dentro de uma grande crescente prateada. Agora, tomando um outro exemplo, a Imagem Telesmática pertinente à letra Aleph. No Plano Briático, tenderia a ser mais masculina do que feminina, e se resumiria em uma figura espiritual bem visível a todos, com um toucado alado, um corpo oculto por nuvens e envolto em trevas, como se nuvens caíssem sobre ele e obscurecesse o perfil, apenas

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permitindo ver-se as pernas e pés. Seria uma representação do Espírito do Éter. No mundo Yetzirático seria como um guerreiro com elmo alado, com seu rosto do tipo angélico porém um pouco feroz, o corpo e braços envoltos em cota de malha armada e sustentando uma criança  – as pernas e pés com botas altas de cotas de malha e com asas ligadas a elas. Em Assiah, essa mesma letra representa uma energia terrível, uma força louca (sua forma é quase a de uma suástica). No plano humano, representaria uma pessoa lunática e dada a terríveis ataques e manias. Se traduzida ao plano elemental, representaria uma forma cujo corpo é um meio termo entre o de um homem e um animal e, em verdade, a forma Assiática seria de um tipo maligno com uma força composta, mais ou menos, como a de um pássaro mais a de um demônio  –  um terrível resultado de qualquer ponto de vista. A letra Aleph, significa espiritualidade nas coisas elevadas, porém traduzida ao plano contíguo (próximo) a Assiah (ou debaixo dele), se converte geralmente em algo horrível e desequilibrado, porque é tão oposta à matéria que, no momento em que atuar nela, não pode haver harmonia entre ambas. As Forças Radiantes da Luz Divina, também chamadas Formas Angélicas, não têm gênero na mais densa acepção do termo, mas podem classificar-se em masculinas e femininas. Igualmente ocorre, no caso da figura humana: o sexo não está tão fortemente marcado na parte superior, a cabeça, como no resto do corpo e, sem dúvida, o rosto pode ser considerado distintivamente de um tipo masculino ou feminino. Do mesmo modo, quando nos afastamos do plano material, o gênero é menos marcante, ou melhor dizendo, é visto de forma distinta, embora se mantenha a diferença entre masculino e feminino. E aqui está o grave erro das religiões fálicas  –  transferem o lado denso e material do sexo aos planos Divinos e Angélicos, insinuando que é o inferior que se deveria ser superior, mediante correlação no desenvolvimento material, e não o inverso. O Gênero, no significado corrente do termo, pertence aos Espíritos Elementais, às Formas Kerúbicas, às Fadas, aos Espíritos Planetários e aos Espíritos Olímpicos  –  também às Qliphoth em seus aspectos mais exagerados e bestiais, e acredita-se em proporção na profundidade de sua descida. Também, em algum tipo de Espírito Elemental maligno seria exagerado e repulsivo. Mas nas naturezas superiores e angélicas, o gênero se relaciona com a forma, que é bem firme e persistente ou bem ativa. A natureza do feminino é a Firmeza como a de uma roca ou pilar; agitação e movimento são de natureza masculina. Isto tem de ser claramente entendido na hora de

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designar gênero às formas e imagens angélicas. Nossa tradição classifica todas as forças sob os encabeçamentos, de força ativa e veemente ou com força firme e persistente. Uma figura que representa a primeira, seria a masculina e a segunda a feminina. Agora bem, por conveniência, na hora de construir imagens telesmáticas dos nomes e palavras ocultas, as letras serão classificadas em masculinas e femininas. Esta classificação não pretende afirmar que as letras não possuam em si mesmas ambas as naturezas (posto que em cada letra, como em cada Sephirah, se esconde a natureza dual do masculino e feminino), senão que mostre mais esta tendência porque respeita a diferença das forças antes mencionadas. Deste modo, as letra que têm a elas associadas forças de ação rápida, são mais masculinas do que femininas. E as que representam forças bem mais firmes e persistentes são mais femininas do que masculinas, de onde todas as letras cujo som se prolonga como se estivesse avançando, são mais masculinas do que femininas. Existem algumas que são andróginas, porém tendem a inclinar-se mais para uma natureza que para a outra.

4 BIBLIOGRAFIA Regardie, I. (2008). The Complete Golden Dawn System of Magic (2ª ed.). New Falcon Publications.

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