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Coleção Fábulas Bíblicas Volume 61
DEUS É IMPERFEITO Se Deus fosse perfeito, o crente também seria e não precisaria de Deus para nada. JL
JL
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Sumário Introdução ........................................................................ 5 1 - Um Deus completamente idiota ................................. 6 2 - Deus errou na criação. A bíblia é clara ........................ 7 3 - Algumas cagadas comprovadas de Deus ................... 10 1 - A farsa da “perfeição” de Deus: Adão e Eva >>> ............. 13 1 2 3 4 5 6
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As criações perfeitas de Deus .................................. 15 Chega a imperfeição. ............................................. 16 A velha desculpa do “livre arbítrio” ........................... 17 Deus é o único perfeito ........................................... 19 Graus de perfeição ................................................. 20 Um mundo imperfeito ............................................ 21
2 - O deus imperfeito e seu desejo de humilhação ................. 24 1 - Deus e seu desejo insano de humilhação humana. >>> ............................................................................... 25 2 - O que é “humilhar-se”? .......................................... 26 3 - Humilhação na Bíblia .............................................. 28 4 - O péssimo exemplo de Jesus ................................... 31 5 - A perfeição versus a necessidade de humilhação ........ 32 6 - Cuidado ao NÃO humilhar-se! .................................. 33 3 - O deus imperfeito e a prova falsa de Abraão .................... 35 1 - A fé de Abraão, uma prova desnecessária? >>> ........ 35 2 - A prova do deus onisciente ..................................... 36 4 - Características do deus bíblico ....................................... 40 1 2 3 4 5 6 7 8 9
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Onipotência .......................................................... 41 Onisciência ........................................................... 44 Onipresença.......................................................... 46 Imutabilidade ........................................................ 48 Sabedoria infinita .................................................. 51 Justiça infinita ....................................................... 54 Verdade Infinita .................................................... 56 Amor Infinito. ....................................................... 59 Perfeição Absoluta. ................................................ 62
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5 - Paradoxos e contradições >>> ...................................... 65 1 - Onipotência .......................................................... 66 2 – Onibenevolencia.................................................... 69 3 - Onipresença.......................................................... 71 4 – Onisciência ........................................................... 73 5 - Perfeição absoluta ................................................. 76 Referências: .............................................................. 78 6 - Mais bobagens do Cristianismo >>> .............................. 79 1 - Mais conteúdo recomendado ................................... 80 2 - Livros recomendados ............................................. 81
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Introdução Deus criou tudo o que existe e nada deu certo, mas ele não tem culpa de nada, segundo os crentes da Mitologia cristã. Por que os crentes ficam literalmente furiosos ao ver o seu deus acusado de fracassado e incompetente, se ele mesmo confessa isto por toda a Bíblia?
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1 - Um Deus completamente idiota
INCRÍVEL!!! O próprio deus afirma categoricamente que bois e jumentos possuem mais entendimento que seus seguidores. São palavras claras de Deus na santa bíblia, onde ele confessa e reclama de seu total fracasso na criação dos próprios filhos: Isaías 1:2-4 - Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, tu, ó terra; porque o Senhor tem falado: Criei filhos, e engrandeci-os; mas eles se rebelaram contra mim. O BOI CONHECE O SEU POSSUIDOR, E O JUMENTO A MANJEDOURA DO SEU DONO; MAS ISRAEL NÃO TEM CONHECIMENTO, o meu povo não entende. Ai, nação pecadora, povo carregado de iniqüidade, descendência de malfeitores, filhos corruptores; deixaram ao Senhor, blasfemaram o Santo de Israel, voltaram para trás.
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2 - Deus errou na criação. A bíblia é clara 1 - DEUS DEU UM TIRO NO PRÓPRIO PÉ! Vamos ao ponto:
1. Gênesis 1:3-5 2. 3 - E disse Deus: Haja luz; e houve luz. 4 - E VIU DEUS QUE ERA BOA A LUZ; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. 5 - E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro. 3. Gênesis 1:10 4. E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; E VIU DEUS QUE ERA BOM. 5. Gênesis 1:12-13 6. 12 - E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; E VIU DEUS QUE ERA BOM. 13 - E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro. 7. Gênesis 1:16-19 8. 16 - E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas. 17 - E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra, 18 - E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; E VIU DEUS QUE ERA BOM. 19 - E foi a tarde e a manhã, o dia quarto. 9. Gênesis 1:21 10.E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; E VIU DEUS QUE ERA BOM.
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11.Gênesis 1:25 12.E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie; E VIU DEUS QUE ERA BOM. 13.Gênesis 1:31 14.E viu Deus tudo quanto tinha feito, E EIS QUE ERA MUITO BOM; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto. ALGUÉM NÃO ENTENDEU? DEUS FAZIA AS COISAS SEM SABER SE O RESULTADO SERIA BOM? TANTO NÃO SABIA O QUE ESTAVA FAZENDO, QUE DEPOIS DE CRIAR TUDO E VER QUE ERA BOM, SE ARREPENDEU E DESTRUIU TUDO!!!!! •
E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito. Gênesis 6:7
Segundo o que lemos na santa bíblia, o Deus todo-poderoso fabricava as coisas e somente depois de terminá-las é que se dava conta de que as tinha feito bem. Por acaso Deus não é onisciente? Recordemos que Deus sabe tudo, essa qualidade se chama onisciência, Deus deveria saber que tudo o que faria seria bom e de qualidade (mesmo que olhando bem, o resultado final deixe muito a desejar). O escritor do Gênesis ao declarar “E VIU DEUS QUE ERA BOM”, significa que Deus não sabia o que ia criando até ver os resultados. Isto é verdadeiramente incrível, já que rompe definitivamente com a qualidade de onisciência divina e nos faz pensar que Deus não sabe tudo.
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Muitos cristãos pensam que o Gênesis é só um resumo ou simbologia do que ocorreu quando Deus criou o mundo. Se estes versículos são só um resumo, então imagine quantas coisas Deus teria criado e viu que não eram boas, o versículo então diria: “E VIU DEUS QUE NÃO ERA BOM; E VOLTOU A TENTAR” até conseguir um resultado que gostasse. Ok, ok, nem todos os cristãos creem na literalidade do Gênesis (o que significa que muitos cristãos pensam que o Gênesis não passa de uma invenção – e por consequência todo o resto do cristianismo fica também marcado com o selo da fábula); mas muitos milhões de cristãos (principalmente os protestantes) pensam que Deus criou o mundo em 6 dias e que tudo o que diz o Gênesis é totalmente certo. Seria interessante que estes explicassem esse deslize de seu grande deus onisciente. 2 - PROBLEMAS PARA JESUS CRISTO Se as fábulas do Paraíso com Adão e Eva, do Dilúvio Universal, da Arca de Noé e do Êxodo são o que parecem ser, simples fábulas, elas são a prova de que Jesus é desnecessário e apenas outra fábula. Jesus Cristo se evapora com a falsidade de qualquer uma das fábulas anteriores. Ou todas são verdadeiras ou todas são falsas, porque a falsidade de uma detona com as outras. A primeira razão é porque nunca leram a Bíblia; a segunda é que não sabem usar o cérebro para pensar; e a terceira é porque enxergam a própria burrice ao crer num deus fracassado e porque são confrontados com a burrice do deus imaginário que defendem sem conhecê-lo segundo a Bíblia, pois simplesmente idealizaram um deus perfeito que não existe na Bíblia, que é o livro que relata todos os fracassos de Deus na criação.
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3 - Algumas cagadas comprovadas de Deus
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1 - Adão, Eva e o Paraíso Deus criou Adão e Eva com suas próprias mãos divinas para que vivessem eternamente no Paraíso. Mas tudo indica que Deus estava drogado ou bêbado quando fez isso. O Deus onisciente não sabia que Adão e Eva comeriam o fruto da árvore proibida - que ele mesmo plantou no Paraíso – e, portanto, pecariam. O seu maravilhoso plano veio abaixo antes de começar e por um erro seu. Deus não sabia que suas criações eram imperfeitas e fariam a merda que fizeram? 2 - O Dilúvio universal Depois da cagada com Adão e Eva, Deus teve uma ideia maravilhosa para consertar tudo: inundaria toda a terra matando todos os humanos pecadores criados por ele mesmo (incluindo crianças e animais inocentes). Genial! Selecionou uma família que segundo suas normas eram boas pessoas, os encerrou numa caixa, inundou e assassinou todo mundo. Mas algo deu errado com este plano também; pouco tempo depois o mundo estava – de novo - cheio de maldade e assassinatos. Bem, nem Deus é perfeito! Certo? 3 - Moisés e a terra prometida Depois de dois fracassos gigantescos, Deus resolve mudar de estratégia para ver se consegue fazer algo corretamente. Parece que salvar a humanidade toda é uma tarefa complicada demais, então resolve salvar apenas a sua tribo favorita (os israelitas, não os cristãos) e o resto que se foda. Escolhe um representante, Moisés, e promete tirar seu povo da escravidão no Egito e lhe dar uma terra onde viveriam em paz e harmonia para sempre: “a terra prometida”. Depois de milhares de assassinatos, 40 anos vagando
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pelo deserto, guerras e de ser escravizados de novo pelos persas, Mesopotâmia, Roma e mais recentemente pelos muçulmanos, os israelitas ainda não possuem uma terra para viver em paz, pois todos os seus vizinhos querem vê-los mortos. Mais um fracasso vergonhoso de Deus! 4 - Jesus e o paraíso celestial Fracasso após fracasso, Deus ainda não desistiu e tem outra ideia: envia seu filho (segundo os cristãos e mais ninguém) para avisar aos terráqueos que a salvação está no céu e não na terra; e que a única saída é seguir Jesus! Nem precisa dizer que esse filho pregou sua mensagem na terra por apenas três anos e foi imediatamente executado. Alguns dizem que Jesus morreu para perdoar os nossos pecados, mas entre antes e depois de Jesus nada mudou no mundo ... mais uma morte inútil e até a Bíblia confirma: “E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque DESDE QUE OS PAIS DORMIRAM, TODAS AS COISAS PERMANECEM COMO DESDE O PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO”. 2 Pedro 3:4.
A morte de Jesus na prática não mudou absolutamente nada no mundo, exceto para pior, com os milhões de assassinados praticados pelos cristãos em seu nome.
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1 - A farsa da “perfeição” de Deus: Adão e Eva >>>
Deus é perfeito. Esta frase é premissa e verdade para todos os crentes. Pois não teria nenhum sentido adorar, crer e obedecer a um Deus que é imperfeito e que comete erros. Mas ao que parece muito poucos crentes estão conscientes da importância e significado dessa palavra “perfeito”. Vejamos o que nos diz o dicionário: •
Perfeito - per.fei.to. adj (lat perfectu) 1 Em que não há defeito; que só tem qualidades boas. 2 Cabal, completo, rematado, total. 3 Que resume muitas qualidades boas. 4 Magistral, notável. 5 Destro, exercitado. 6 Belo, formoso de
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corpo; elegante. 7 Gram Diz-se do tempo verbal que se refere a uma ação ou estado já de todo passado. 8 Dir De conformidade com as exigências legais.
Partindo destas premissas podemos concluir que ser “perfeito” significa algo sem mácula, sem erro, absolutamente bom e gentil, intocado, correto, excelente, impecável, maravilhoso, magnífico, estupendo, insuperável, etc. Obviamente todos os crentes concordam que Deus possui de sobra todas estas qualidades e definições. Porém, já demonstramos à exaustão e com base na Bíblia, que o conceito de “bom” quase nunca coincide com as características de Deus; e que, segundo a própria Bíblia, Deus pode ser em inumeráveis ocasiões um consumado malvado e assassino; e que nem sempre é terno e bondoso.
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1 - As criações perfeitas de Deus
Se o caso é que, sim, Deus é perfeito, por simples lógica e dedução, suas criações também deveriam ser perfeitas. Não teria nenhum sentido adorar e crer em um ser perfeito, mas que cria imperfeições e coisas fora da perfeição. Se alguma criação de Deus fosse “imperfeita” ou com erros e defeitos, concluiríamos que seu criador não era tão perfeito como se esperava, já que seu trabalho dá resultados imperfeitos. Creio que esta premissa é facilmente aceita pela maioria dos crentes: •
Deus Perfeito = Criações perfeitas.
E sendo Adão uma criação direta de Deus, assumimos que Adão era perfeito. Pelo menos em teoria.
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2 - Chega a imperfeição.
Mas algo aconteceu! Adão e sua mulher Eva, meteram as patas vergonhosamente e desobedeceram uma simples ordem de Deus. Por acaso não eram perfeitos? Onde está o sentido de Deus criar Adão “perfeito” e depois de um par de dias descobrir que se enganou redondamente? Uma desculpa muito comum para esse fracasso de Deus é: “Mas não foi Adão que errou, foi Eva! ” Se alguém esqueceu, Eva também é uma criação de Deus (portanto “perfeita”), Deus arrancou uma costela de Adão e fez a mulher com suas próprias mãos divinas invisíveis. Adão é perfeito; e segundo o que nos relata a Bíblia, Eva foi criada a partir de uma parte de Adão (costela), e "moldada" por Deus. Por isto Eva, não só é geneticamente perfeita (criada a partir de um ser perfeito), mas também é terminada por outro ser perfeito, Deus. Em teoria, Eva deveria ser o ponto máximo de perfeição. Além disso, recordemos que Deus é onisciente e com certeza sabia que Eva seria tentada e que Adão seria também enganado.
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3 - A velha desculpa do “livre arbítrio” Diante desta óbvia incoerência e contradição, a desculpa a que talvez mais apelam os desesperados e confusos crentes da mitologia judaico-cristã, seja: •
- Adão era perfeito. Mas tinha o “livre arbítrio” de escolher entre o bem e o mal. E Deus não é responsável por isso.
Se eu crio algo absolutamente perfeito, mas deixo a possibilidade para que falhe, como pode chamar-se perfeito então? Devemos recordar que as coisas “perfeitas” não falham nem cometem erros (já que são perfeitas). Se Adão em sua livre capacidade de decisão, escolheu desobedecer a Deus, isso nos dá uma mostra de clara imperfeição, já que se fosse realmente perfeito, devia prever as negativas e lamentáveis consequências de seus atos. As vezes respondem algo assim: •
- Não, não, não ... Uma das características da “perfeição” é precisamente a possibilidade de ter livre escolha, de tomar a decisão que quiser.
Sim, claro... és tão perfeito que podes te enganar e meter as patas até o pescoço e de quebra condenar o resto da humanidade por teu erro ... Mas és perfeito!! É muito curiosa e bizarra essa transformação de Adão sob a proteção de Deus. Segundo Deus: •
Bem, eu criarei o homem completa e absolutamente perfeito. E além dessa perfeição, o homem terá livrearbítrio para escolher o que quiser, o bem e o mal. E claro,
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como sou Deus, se ele escolher o mal, o castigarei de forma contundente por seu erro. E por certo, perderá sua condição de “perfeito” passando a ser “imperfeito”. A alguém mais isto parece incoerente e idiota? •
És perfeito, mas se tomas uma decisão baseada em tua perfeição, te tiram a condição de perfeito.
Absolutamente coisa de loucos! E para piorar, a Bíblia inteira é um manual de condenação ao uso do livre-arbítrio, pois as punições e ameaças de maldições, morte e condenação eterna no inferno para quem tiver o descaramento de usar seu livre-arbítrio, chegam aos milhares. Nem pense em usar o livre-arbítrio:
DEUS VELHO
DEUS NOVO
Deuteronômio 28:15 15 - Entretanto, se vocês não obedecerem ao Senhor, ao seu Deus, e não seguirem cuidadosamente todos os seus mandamentos e decretos que hoje lhes dou, todas estas maldições cairão sobre vocês e os atingirão: 46 - Essas maldições serão um sinal e um prodígio para vocês e para os seus descendentes para sempre. Jeremias 15:6 Tu me deixaste, diz o Senhor, e tornaste-te para trás; por isso estenderei a minha mão contra ti, e te destruirei; já estou cansado de me arrepender. Marcos 16:16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
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4 - Deus é o único perfeito Outra coisa que os crentes mencionam com frequência e que sempre é um “tiro pela culatra” para eles é: • •
“O único perfeito é Deus” Se Deus é o único perfeito, como pode criar coisas imperfeitas?
Por simples dedução, se Deus é perfeito, suas criações deveriam ser perfeitas por necessidade. E então deixaria de ser o “único perfeito” já que suas criações também seriam perfeitas. Porque se Deus é o “único perfeito”, então suas criações devem ser imperfeitas; para assim manter-se como o único ser perfeito no universo. E tem certo sentido isto, já que assim se justifica plenamente que Adão e Eva, sendo criações diretas de Deus, fossem tão idiotas para não obedecer uma simples ordem e deixando muito claro sua imperfeição. Então, o crente que usa a desculpa que “o único perfeito é Deus”, deverá admitir que as criações de seu deus são imperfeitas ... (o homem e o mundo onde habita); já que é a única maneira de justificar sua perfeição única e individual.
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5 - Graus de perfeição Recordemos também que o estado de perfeição é sempre de 100%. Não se pode ser 99% ou 80% perfeito, já que diminuir apenas um décimo, não seria completamente perfeito e passaria a um estado de imperfeição. Se Deus é perfeito em 100%; por inferência suas criações também deveriam ser perfeitas nos mesmos 100%. E sendo Adão uma criação direta de Deus, assumimos que seu grau de perfeição é também de 100%. Então: Como pode alguém que é 100% perfeito equivocar-se na primeira oportunidade? Podemos concluir que Adão NÃO era perfeito (já que se equivocou); Nem Deus é perfeito (já que não previu que suas criações se equivocariam). Conclusão: Nem Deus Nem Adão são ou foram perfeitos.
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6 - Um mundo imperfeito
E óbvio, este dilema sobre a “perfeição de Deus” não é aplicável somente à fábula de Adão e Eva, também é extrapolável ao resto da criação. Vejamos um simples silogismo: • • • • • •
Deus é perfeito, logo, As criações de Deus são perfeitas, logo, O mundo em que vivemos é uma criação de Deus, logo, O mundo deveria ser perfeito, logo, O mundo é imperfeito, logo, Não tem sentido chamar Deus de perfeito.
Desculpa cristã mais comum: Deus não é culpado pelos males e imperfeições do mundo, a culpa é do homem por causa de suas más decisões.
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1. Por acaso o homem não é uma criação direta de Deus? 2. Por acaso o mundo também não é uma criação de Deus? 3. Por acaso Deus não é “onisciente” e devia saber de antemão que suas criações se equivocariam e que os resultados seriam catastróficos? Já está passando da hora de Deus assumir a responsabilidade por suas criações. Evidentemente que este análise sobre a perfeição divina e sua relação com Adão e Eva é meramente referencial. Não são apenas os ateus que acreditam que essa parte da Bíblia é totalmente falsa e irreal; muitos cristãos tampouco creem na literalidade deste relato. Apenas uns poucos literalistas Bíblicos creem e defendem a existência destes seres assim como as outras histórias relatadas no Gênesis. Porém, sendo estas histórias parte da Bíblia, elas nos mostram muitas características de Deus e projetam sua imagem para nós os simples mortais. E esta visão que nos deixa a história da criação do homem no Gênesis, pega muito mal para a reputação de Deus. A Bíblia é a palavra de Deus e reflete seu ser, sua personalidade e seu carácter. E ao evidenciar todas estas gigantescas contradições e erros, simplesmente nos faz concluir que: • •
Deus não é nada perfeito Ou simplesmente Deus não existe.
E tudo na Bíblia não passa de histórias antigas escritas por pessoas de pouco conhecimento e com costumes arcaicos. É a única maneira de justificar tudo isto.
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Porém é claro, com certeza haverá alguém que ao ler estas linhas e sentir que a sombra da dúvida cruza por sua mente, dirá internamente: •
Os caminhos de Deus são misteriosos.
E a verdade é que os “caminhos de Deus devem ser muito misteriosos e inescrutáveis” para engolir semelhantes contradições. Veja mais imperfeições de Deus:
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2 - O deus imperfeito e seu desejo de humilhação Se depois de ler até aqui, se ainda havia alguma dúvida sobre a falsa perfeição de Deus, não restará mais nada. Pois não existe prova maior da imperfeição de Deus que o seu insano desejo de humilhação do ser humano. Alguém consegue imaginar um deus perfeito que exige humilhação doentia de suas próprias criaturas? Poder ser tudo, menos perfeito.
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1 - Deus e seu desejo insano de humilhação humana. >>> Deus, como nosso criador, deseja várias coisas de nós. Quer que cumpramos certos parâmetros para poder obter sua misericórdia, amor e gratidão. Deus quer que lhe obedeçamos para poder ter acesso ao paraíso celestial prometido (de onde ele já nos expulsou). O que Deus quer de nós? Bem, em seu livro ele nos deixa muito claro as coisas que deseja de nós, suas criações: Deus deseja que o amemos; deseja que cumpramos seus estatutos e regras bem estabelecidas na Bíblia; Quer que cumpramos seus “10 Mandamentos” (se conseguir descobrir quais são os 10 verdadeiros); Deus quer que sejamos bons, bondosos, fiéis, misericordiosos, leais e blá blá blá. Mas Deus quer e exige outra coisa muito importante de nós os humanos: que nos Humilhemos diante dele. Deus deseja-necessita que o ser humano se humilhe e se rebaixe diante dele para ser merecedor de seu amor e prêmios celestiais.
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2 - O que é “humilhar-se”?
Mas o que significa “humilhar-se? Vejamos: Humilhação (Del lat. humiliatio, -ōnis).1. f. Ação e efeito de humilhar ou humilhar-se. Humilhar (Do lat. humiliāre). - Inclinar ou dobrar uma parte do corpo, como a cabeça ou o joelho, especialmente em sinal de submissão e obediência.
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- Abater o orgulho e a altivez de alguém. - Ferir o amor próprio ou a dignidade de alguém. - Dito de uma pessoa: Passar por uma situação na qual sua dignidade sofra algum prejuízo. - Ajoelhar-se ou fazer adoração. Entre a sinonímia de “Humilhar-se”, depreciativos e insultantes:
temos
só
termos
Humilhar-se (sinônimos) Ofender, degradar, envergonhar, denegrir, confundir, desonrar, desdenhar, render, afrontar, depreciar, desprezar, envilecer, submeter, mortificar, menosprezar, minar, subjugar, insultar, oprimir, pisotear, agachar-se, inclinar-se, prostrar-se, retratar-se, empequener-se, encolher-se, arrastar-se, etc. Pelo que podemos notar, “humilhar-se” traz consigo toda sorte de degradação pessoal, de submissão e de desonra.
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3 - Humilhação na Bíblia O crente cristão desavisado dirá que Deus não deseja que nos “Humilhemos” diante dele; já que Deus é amor e não pode desejar essas coisas tão horríveis de nossa parte.
Mas vejamos alguns dos numerosos versículos bíblicos que deixam muito claro que Deus busca e necessita que os homens se “humilhem” diante dele. Êxodo 10:3 Assim foram Moisés e Arão a Faraó, e disseram-lhe: Assim diz o Senhor Deus dos hebreus: Até quando recusarás humilhar-te diante de mim? Deixa ir o meu povo para que me sirva; Deuteronômio 9:3 Sabe, pois, hoje que o Senhor teu Deus é o que passa adiante de ti como um fogo consumidor; ele os destruirá, e os subjugará diante de
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ti; e tu os lançarás fora, e cedo os desfarás, como o Senhor te prometeu. 1 Reis 21:29 Não viste que Acabe se humilha perante mim? Por isso, porquanto se humilha perante mim, não trarei o mal enquanto ele viver, mas nos dias de seu filho trarei o mal sobre a sua casa. 2 Crônicas 7:14 E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. 2 Crônicas 12:7 Quando, pois, o Senhor viu que se humilhavam, veio a palavra do Senhor a Semaías, dizendo: Humilharam-se, não os destruirei; mas dar-lhes-ei algum socorro, e o meu furor não será derramado sobre Jerusalém por mão de Sisaque. 2 Crônicas 12:12 E humilhando-se ele, a ira do Senhor se desviou dele, de modo que não o destruiu de todo; porque ainda havia coisas boas em Judá. 2 Crônicas 32:26 Todavia, como ele se humilhou com os habitantes de Jerusalém, do orgulho de seu coração, não se desencadeou sobre ele a ira do Senhor, durante sua vida. 2 Crônicas 34:27 Porquanto teu coração se comoveu e te humilhaste diante de Deus, escutando o que eu disse contra esta terra e seus habitantes; porquanto te humilhaste diante de mim, rasgaste tuas vestes chorando, eu também te ouvirei - oráculo do Senhor. 2 Crônicas 36:12 Fez o mal aos olhos do Senhor, seu Deus, e não se humilhou diante do profeta Jeremias que lhe tinha vindo falar da parte do Senhor. Neemias 8:6 Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus; ao que todo o povo respondeu, levantando as mãos: Amém! Amém! Depois inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor com a face por terra. Miquéias 6:8
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Já te foi dito, ó homem, o que convém, o que o Senhor reclama de ti: que pratiques a justiça, que ames a bondade, e que andes com humildade diante do teu Deus. Mateus 18:4 Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus. Mateus 23:12 Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado. Lucas 14:11 Porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado. 1 Pedro 5:6 Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno.
Mas de todas estas referências; talvez a que resume todo este assunto da necessidade bizarra de humilhação humana diante de Deus é a epístola de Tiago: Tiago 4:10 Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.
Será que alguém notou que geralmente a “humilhação” exigida é seguida por um “prêmio”? Ou seja: Humilha-te, desprecia- e te dou um presente. Simples assim! O crente humilha-se diante de Deus (leia a definição da palavra e sua sinonímia para que saiba o que significa) e Deus lhe dará seu prêmio por humilhar-se diante dele. • Numa empresa moderna, isso seria como premiar os funcionários mais puxa-sacos e incompetentes e desprezar e demitir os mais capacitados.
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4 - O péssimo exemplo de Jesus E sendo Jesus filho de Deus (Ou é o próprio Deus?), também necessita de sua dose diária de humilhação humana para poder fazer seus milagres. Se não se humilhassem diante de Jesus, ele não fazia sua magia para curar os enfermos. O patético exemplo disso é a história da Mulher Cananeia que foi lhe pedir que livrasse sua filha de um espírito imundo que a possuía, e Jesus não fez nada até que se humilhasse diante dele, quando este então decide fazer-lhe o milagre. Marcos 7:24-30 24 - Em seguida, deixando aquele lugar, foi para a terra de Tiro e de Sidônia. E tendo entrado numa casa, não quis que ninguém o soubesse. Mas não pôde ficar oculto, 25 - pois uma mulher, cuja filha possuía um espírito imundo, logo que soube que ele estava ali, entrou e caiu a seus pés. 26 - {Essa mulher era pagã, de origem siro-fenícia.} Ora, ela suplicava-lhe que expelisse de sua filha o demônio. 27 Disse-lhe Jesus: Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não fica bem tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães. 28 - Mas ela respondeu: É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos debaixo da mesa comem das migalhas dos filhos. 29 - Jesus respondeu-lhe: Por causa desta palavra, vai-te, que saiu o demônio de tua filha. 30 Voltou ela para casa e achou a menina deitada na cama. O demônio havia saído. Mateus 15:22-28 22 - E eis que uma Cananeia, originária daquela terra, gritava: Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim! Minha filha está cruelmente atormentada por um demônio. 23 - Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Seus discípulos vieram a ele e lhe disseram com insistência: Despede-a, ela nos persegue com seus gritos. 24 - Jesus respondeu-lhes: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. 25 - Mas aquela mulher veio prostrar-se
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diante dele, dizendo: Senhor, ajuda-me! 26 - Jesus respondeu-lhe: Não convém jogar aos cachorrinhos o pão dos filhos. _ 27 Certamente, Senhor, replicou-lhe ela; mas os cachorrinhos ao menos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos... 28 - Disselhe, então, Jesus: Ó mulher, grande é tua fé! Seja-te feito como desejas. E na mesma hora sua filha ficou curada.
Portanto já sabe amigo crente: humilhe-se, dobre-se e submeta-se a Jesus e a seu Deus. E se tem um pouquinho só de orgulho, esqueça-o, disso Deus não gosta! Você deve ser o mais insignificante e desprezível aos olhos de Deus. 5 - A perfeição versus a necessidade de humilhação Recordemos que Deus é “perfeito” e ao ter esta condição significa que em sua perfeição não necessita de nada. Não é estranho e contraditório que Deus sendo perfeição absoluta deseje encarecidamente que nos humilhemos diante dele? Qual a razão deste insano desejo divino? Por quê necessita? Também é preciso levar em conta que Deus é “onisciente”, ou seja, que sabe tudo. Isto significa que Deus já sabe de antemão se você irá ao paraíso ou se queimará no inferno. Se Deus já sabe isso, qual a razão desse desejo incoerente de que nos humilhemos, SE JÁ SABE QUEM SERÁ SALVO OU NÃO? Por acaso isso não é apenas um jogo cruel e sádico de sua parte? Certamente que o crente se consolará dizendo que “os caminhos de Deus são misteriosos” e que depois de mortos e enterrados saberemos porque Deus nos fez exigências tão absurdas.
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6 - Cuidado ao NÃO humilhar-se! Então é melhor o crente ficar esperto. Deus necessita muitas coisas de você para lhe permitir chegar ao tão ansiado paraíso. Mas uma dessas coisas é que o crente deve humilhar-se muito diante dele. Imagine a seguinte situação: Você como crente fanático se esforçou durante toda sua vida para cumprir os mandamentos de Deus; cuidar de seus estatutos, ler periodicamente a Bíblia, ir à igreja, orar, contribuir economicamente com sua religião, ajudar o próximo, fazer muitos atos de bondade em nome de Deus, etc. e ao chegar na hora do juízo final Deus lhe diga: •
- Ei... mas não te humilhastes o suficiente. Não te envergonhastes, te denegristes, te desonrastes, te rendestes, te despreciastes, te submetestes, te mortificastes, te menosprezastes, te oprimistes, te pisoteastes, te agachastes, te inclinastes, te prostrastes, te retratastes, te diminuístes e te arrastastes o suficiente, então já queimar no inferno!
Já imaginou tal situação? Pois baseado na Bíblia, é isto que Deus deseja de você. Muita humilhação. Claro, o crente pego de surpresa e sem argumentos dirá que isso é um engano e que Deus não quer isso (mesmo que a Bíblia o diga muito claramente). O pobre crente tentará argumentar que o tipo de “humilhação” que Deus deseja é algo diferente, uma espécie de “aceitação” do grande poder e glória de Deus; e vira certamente com muitos "simbolismos" com esta palavra. Mas é pura banha de cobra, pois isto não está em harmonia com o que é claro na Bíblia e com o carácter de Deus e Jesus, que é de
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extrema arrogância em todos os sentidos possíveis de se imaginar. É mais que óbvio que a intenção de Deus é que o crente admita sua miséria e insignificância diante dele. Que se humilhe e se arrastre diante de seu grande poder de faz de conta. E até que Deus não veja o crente submisso, humilhado, denegrido como mais uma de suas criações, Deus não lhe dará seu “prêmio de consolação”: o imaginário céu ou paraíso. Em uma análise simples da Bíblia é fácil notar que é pouco provável que esse deus histérico seja algo além de piada. Ele deixa claro em seu livro primitivo que é um assassino consagrado, que odeia os animais, as crianças, as mulheres e sua própria criação, pois até tentou afogá-la num dilúvio. Esse deus é completamente insano, pois não só exige do homem uma série de complicados e difíceis mandamentos entre os quais se destacam seus “10 mandamentos” que devemos cumprir rigorosamente sem questionar (Ver: Os 10 Mandamentos), mas além de tudo isso exige humilhação, como se todo o esforço para cumprir seus mandamentos doentios não tivesse nenhum mérito e, por fim, tudo se resume à humilhação. Se o crente não se humilha, nem precisa cumprir nada de mandamentos. Por sandices como estas é que os ateus se alegram por não crer em deuses opressores e caprichosos.
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3 - O deus imperfeito e a prova falsa de Abraão
1 - A fé de Abraão, uma prova desnecessária? >>> A história de Abraão e o sacrifício de Isaque tem sido uma bandeira para o cristianismo já que é o exemplo perfeito da confiança e da fé em Deus e de que suas decisões não se questionam. A história é interessante. Se encontra no livro de Gênesis capítulo 22 versículos do 1 ao 24. Na verdade, todo o capítulo 22 trata sobre este “acontecimento”. Leia aqui apenas os versículos envolvidos no ponto que nos interessa:
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2 - A prova do deus onisciente
Gênesis 22:1-3 1 - E aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. 2 - E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi. 3 - Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera. Gênesis 22:9-13 9 - E chegaram ao lugar que Deus lhe dissera, e edificou Abraão ali um altar e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaque seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha. 10 - E estendeu Abraão a
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sua mão, e tomou o cutelo para imolar o seu filho; 11 - Mas o anjo do Senhor lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. 12 - Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho. 13 - Então levantou Abraão os seus olhos e olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho.
Não resta nenhuma dúvida que a fé e confiança de Abraão é impressionante, poucas pessoas fariam um ato semelhante, assassinar seu próprio e único filho para obedecer a um Deus. Verdadeiramente admirável. Porém, além da simples prova de fé, há outras coisas a analisar. Comecemos pelo fato em si. •
Deus ordenou humano.
a
Abraão
realizar
um
sacrifício
Isto é por si só escandaloso. Se Deus é amor e bondade, como lhe ocorre provar um de seus súditos ordenando-lhe fazer um sacrifício humano? Ao mais puro estilo dos outros deuses, ordenou queimar o pobre e inocente Isaque. E nem pense que é a primeira vez que Deus exige e ordena sacrifícios humanos. A Bíblia nos mostra vários exemplos. E outro ponto interessante é uma característica de Deus bem conhecida: a Onisciência Divina. Esta é a grande pergunta que devemos fazer: •
Se Deus o sabe tudo e conhece nossos pensamentos, para que queria provar a fé de Abraão se já conhece se este tem ou não fé suficiente?
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Obviamente Deus em sua onisciência sabia que não mataria Isaque e quem terminou pagando por esta trollagem de Deus foi um pobre carneiro que andava por ali, Deus não ia ficar sem sua carne queimada.
Preste atenção no que diz o versículo 12 (12 - Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho.), só quando Deus percebe que Abraão ia mesmo matar seu
filho é que Deus se dá conta que ele teme a Deus. Isto não é muito onisciente e nem sábio, digamos assim. Se Deus já conhecia o desenlace desta história, por que submeter o pobre de Abraão à angústia da decisão de matar seu próprio filho? Isso não parece nada sábio e muito menos perfeito.
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O crente cristão geralmente alega algo como “essa história é para demonstrar a enorme fé de Abraão”, mas qualquer um pode perceber que era verdadeiramente desnecessário impor ao pobre Abraão esses dilemas quando Deus já conhecia o final da prova. Isso é apenas para os crentes que consideram essa fábula como literal, pois muitos a considerarão como só um simbolismo ou uma espécie de parábola (ou seja, um conto com uma moral), mas como relato moralizante é impossível ver muito sentido nela. Tanto quanto no outro bizarro teste de fé imposto por Deus ao pobre Jó.
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4 - Características do deus bíblico Vamos revisar aqui todas as características básicas do deus bíblico - descritas na Bíblias – e ver como são contraditórias como todos os seus comportamentos também descritos na Bíblia. Isto é como se a Bíblia criasse e matasse Deus ao mesmo tempo. É importante tratar de entender “O que é e como é esse Deus”, já que o conceito de Deus varia muito entre as pessoas. Para muitos Deus é somente uma espécie de “Energia Universal”, para outros, Deus somos nós mesmos e inclusive para muitos outros Deus poderia ser definido como a natureza que nos rodeia. Todas essas definições não são de nosso interesse; no Ocidente, quando alguém diz que é ateu e que não acredita em Deus se refere ao Deus Judaico-cristão, o Deus que nos descreve a Bíblia e que é adorado pela maioria da civilização ocidental. É sobre este Deus que tratamos no presente trabalho. Ainda que em essência a argumentação contra Deus se possa transferir ao resto dos Deuses que existem e existiram no mundo, não são de nosso interesse aqui e agora. Sei que a muitos cristãos não lhes agrada a ideia de “conceptualizar” o seu Deus, já que segundo eles a essência divina está acima disso e Deus é indefinível. Sem dúvida a melhor maneira de conhecer Deus é através do que a Bíblia nos diz sobre ele. Por sorte a Bíblia descreve em numerosas ocasiões como é Deus e que características possui o que deixa relativamente simples a nossa tarefa de defini-lo. Essas qualidades divinas são por todos conhecidas, mas é importante defini-las e estabelecer os limites correspondentes. Segundo a Bíblia algumas das características de Deus são:
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1 - Onipotência Começaremos agora a analisar as diferentes características ou qualidades que possui Deus com o objetivo de delimitar e conhecer de maneira mais clara como se apresenta este ser divino. Além disso, argumentaremos porque não acredito que Deus seja um ser onipotente nem acredito que Deus seja o criador de todas as coisas. Imagino que nenhum crente cristão se atreveria a duvidar desta qualidade divina, já que é uma das mais abundantes e claras em toda a Bíblia. Nomear todos os versículos bíblicos que afirmam que Deus é todo poderoso seria uma tarefa titânica. Todos os cristãos creem sem nenhuma dúvida que Deus é todo poderoso e que é o criador de todas as coisas. Só citaremos um versículo Bíblico para estarmos seguros desta qualidade: Genesis 17:1 1 - Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito.
Não há nenhuma razão para acreditar que do ponto de vista racional e lógico Deus seja um ser “todo poderoso” e “criador de todas as coisas”: 1 - A criação do mal Se for verdade o que diz a Bíblia, que Deus criou todas as coisas, então Deus também criou o mal e as calamidades humanas. Se pararmos para pensar, isto é contraditório porque se pode dizer que tudo o que Deus criou é bom e de suas criações não pode sair o mal. Ainda que não acreditem, na Bíblia se diz em várias ocasiões que Deus criou o mal e as calamidades:
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Isaías 45:6-7 6.Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro. 7.Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas. Jó 42:11 11. Então vieram ter com ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa; condoeram-se dele, e o consolaram de todo o mal que o Senhor lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro e um pendente de ouro. Jó 5:18 18. Pois ele fere, mas dela vem tratar; ele machuca, mas suas mãos também curam. Gênesis 2:16 16 - E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim, 17 - Mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá".
Como podem ver nestes exemplos, sem dúvida Deus criou o mal e as enfermidades. Também é conhecido o ditado popular “o mal não existe, é só a ausência do bem”, isto não tem sentido, já que a Bíblia trata e nomeia o mal como algo bem definido e não como a ausência do bem. 2 - Literalidade Deus não pode “literalmente” ser o criador de todas as cosas. Há coisas que por definição Deus não as criou, o homem as criou. Por exemplo: Deus não criou o aço que não existe na natureza, pois é a combinação de ferro, carbono e outros tantos elementos. O homem criou o aço, não Deus. Claro que o crente dirá: “Mas Deus
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criou o ferro, o carbono e também o homem, portanto Deus é o criador indireto do aço e de todas as coisas que o homem inventa e fabrica”, aqui temos a palavra clave: “indireto”. Se a premissa acima é correta: então Deus é o “Criador indireto de todas as coisas”, o que deixa a sua perfeição muito limitada. 3 - Lógica Um argumento que os nós ateus usamos com frequência para demostrar à falta de lógica ao afirmar que Deus é todo poderoso é o famoso argumento da “pedra pesada”. Se Deus é todo poderoso e pode criar o que deseje, Poderia Deus criar uma pedra tão pesada que nem ele mesmo pudesse levantá-la? Por simples lógica, Deus não pode fazê-lo. Isto seria o mesmo que afirmar que “Deus não pode evitar que a soma de uma unidade mais outra unidade de como resultado duas unidades”, esta é uma abordagem matemática básica e não pode ser quebrada nem mesmo por Deus. Diante disso os crentes responderão: “Deus só pode fazer coisas dentro da lógica”. Isso que dizer que Deus tem um limitante “A Lógica”, convertendo-se assim em um ser limitado a algo superior a ele e perderia sua essência perfeita. A característica divina ficaria assim: “Deus é o criador de todas as coisas logicamente possíveis”. 4 - Leis naturais Este é um argumento levantado por Bertrand Russell: “as leis naturais são independentes da criação divina” Deus deve acatar as leis naturais, portanto estão acima de Deus. Vejamos um par de exemplos: A lei da gravidade (9,8 mts/seg2) é a velocidade com que a terra atrai os objetos para o seu centro; e o oxigênio que forma o ar que respiramos (O2). A pergunta é a seguinte:
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Porque Deus criou as leis naturais assim e não de outra forma? Deus poderia ter feito a gravidade com valores mais baixos, desta forma poderia evitar milhões de mortes por quedas, fraturas, acidentes etc. Também Deus poderia fazer-nos respirar nitrogênio e não oxigênio, já que o nitrogênio é mais abundante no ar que o oxigênio, assim evitaria milhares de mortes por asfixia. O crente cristão tem três possíveis respostas a isto: •
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“Deus fez dessa maneira por que era o melhor para o mundo”: O melhor? Tantas mortes por culpa da gravidade e tantas asfixias são o melhor que Deus poderia fazer? “Deus fez assim porque ele faz o que deseja”: isto equivale a dizer que “Deus faz o que lhe dá na cabeça” Que sentido tem adorar um Deus caprichoso que faz as coisas só porque lhe dá na telha? “Deus fez dessa maneira porque tinha que fazer assim”: Deus está submetido às leis naturais. Esta é a única maneira de que Deus poderia fazê-lo. Deus não poderia criar a gravidade com um valor menor ou nos fazer respirar nitrogênio porque as leis naturais o impediam. Ou seja, Deus deve cumprir e acatar essas leis naturais. Um Deus que está submetido a leis superiores a ele, perde sua essência de perfeição absoluta.
Existem inumeráveis razões que nos indicam que a onipotência de Deus está muito comprometida. Mas acredito que estas abordagens são suficientes para abrir uma base de opiniões a respeito com o crente cristão que deseje aprender mais sobre o Deus que adora. 2 - Onisciência
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Seguindo com a análise das qualidades de Deus veremos agora a característica mais polêmica e controversa de Deus: sua onisciência ou a capacidade de saber tudo. Tampouco acredito que algum crente seja capaz de pôr em dúvida esta qualidade. Deus sabe tudo. Sabe nosso passado, conhece nosso presente e sabe o que nos acontecerá no futuro. Deus conhece tudo sobre todos nós e sobre o mundo. O problema desta característica celestial é que em muitas das minhas conversas com crentes cristãos parece que não entendem muito bem o que significa e tendem a mal interpretá-la. A melhor maneira de eliminar as dúvidas sobre isso é investigar o que diz a Bíblia a respeito. Existem vários versículos que esclarecem sobremaneira este ponto: Jó 14:16 16.Mas agora contas os meus passos; porventura não vigias sobre o meu pecado? Jó 23:10 10.Porém ele sabe o meu caminho; provando-me ele, sairei como o ouro. Jó 42:2 2.Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido. Salmos 44:21 21.Porventura não esquadrinhará Deus isso? Pois ele sabe os segredos do coração. Isaías 46:10 10.Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade. Jó 23:14 14.Porque cumprirá o que está ordenado a meu respeito, e muitas coisas como estas ainda têm consigo. Lucas 12:7 7.E até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.
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Como podem ver há muitíssimos versículos que asseguram que Deus sabe tudo. O problema começa quando se afirma que o homem tem “Livre arbítrio”, ou seja, que o homem tem liberdade para escolher o que deseja. Este é um dos pontos mais quentes da conversação Ateu-Cristã. É muito difícil harmonizar a ideia de que podemos escolher livremente e que Deus já sabe todo nosso futuro e que nossa história está escrita de antemão. Sem dúvida, amigo crente, para você Deus já sabe quem será salvo e quem não será. Isso Deus sabe, já que sabe tudo. Mas como posso eu escolher se o meu destino já está escrito? Segundo essa premissa, não importa o que eu decida, sempre terminarei cumprindo o que Deus escreveu para mim. Não tenho saída. Muitos crentes tentam responder a isso dizendo: “Deus pode saber o nosso futuro, mas nós não sabemos”, saiba ele ou não isso não tem absolutamente nenhuma influência nos acontecimentos futuros, já que irremediavelmente acabarei cumprindo o que Deus quer. Além disso, existem também vários versículos que negam que Deus seja onisciente e que saiba tudo. É um tema espinhoso e controverso que se levará várias linhas para debatê-lo e o trataremos em numerosas oportunidades. Eu, por ser ateu não acredito que o meu destino esteja escrito nem em nada do tipo. Ninguém sabe o meu futuro. O futuro não existe, o vamos criando dia após dia através de nossas decisões. Considero-me um ser livre e não estou nesta vida para cumprir nenhum livro. Sei que você, amigo crente, se considera livre para escolher o que deseja, porém isso não contradiz tudo que existe na sua Bíblia sobre Deus e sua onisciência? Sim. 3 - Onipresença
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Deus está em toda parte, o tempo todo. Isto sabe qualquer crente. Mas lamentavelmente a Bíblia não é muito clara a respeito e existem poucos versículos que nos indicam isto de forma pontual. Ao dizer que Deus se encontra em todo lugar se assume outra característica divina: a Invisibilidade. Deus é em essência um ser invisível e etéreo. Claro, tem que ser; nada que seja visível está em todo lugar ao mesmo tempo. A imaterialidade é um requisito obrigatório para cumprir esta premissa. As qualidades de onipresença e invisibilidade trazem consigo vários problemas ao tentar entender isto de forma racional. Apesar de que Deus está em todo lugar, a Bíblia nos diz que Deus foi visto de maneira precisa em várias oportunidades; inclusive até falou com várias pessoas em determinadas ocasiões; isto significa que para ser visto e escutado em um momento e lugar preciso deveria estar ali e não em todos os lugares. Também, fazer-se visível para várias pessoas sem dúvida deixou de ser invisível, já que as coisas invisíveis não se podem ver. É impossível dizer com toda segurança que Deus é invisível, já que foi visto em várias oportunidades: Gênesis 32:30 30.E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva. Êxodo 24:10-11 10.E viram o Deus de Israel, e debaixo de seus pés havia como que uma pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade. 11.Porém não estendeu a sua mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel, mas viram a Deus, e comeram e beberam. Êxodo 31:18 18.E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte Sinai) as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus. Êxodo 33:11
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11.E falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo; depois se tornava ao arraial; mas o seu servidor, o jovem Josué, filho de Num, nunca se apartava do meio da tenda. Êxodo 33:23 23 - E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá. 1. Então, Deus é invisível ou não? 2. Ou só é invisível às vezes?
Há outra coisa que atenta contra a invisibilidade e o caráter etéreo de Deus, é que Deus tem dedos, cara e costas (Gênesis 32:30; Êxodo 31:18; Êxodo 33:23) isto equivaleria a dizer que Deus está composto por algo físico que se pode ver o que atentaria contra a sua condição de ser espiritual o imaterial. • É muito difícil sustentar que Deus é um ser espiritual e invisível quando a própria Bíblia nos diz o contrário. Como ponto final, quero fazer uma observação à maneira de piada: 1. Por que quando o crente quer referir-se a Deus sempre olha ou aponta para cima, para o céu? 2. Se Deus está em todo lugar, não tem sentido buscá-lo no céu nem entre as nuvens – ELE ESTÁ EM TODO LUGAR. Ou não? 3. Curioso, não?
4 - Imutabilidade Uma qualidade divina que parece estar muito claramente estabelecida nas “Santas Escrituras”, mas que por sua vez a própria Bíblia se contradiz é a: Imutabilidade. Isto em poucas palavras é: “Deus é o mesmo desde sempre, ele não muda.”. Ser
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imutável significa ser sempre o mesmo, sem experimentar nenhum tipo de mudança ou alteração. Não mudam nem Deus, nem seus desígnios. A Bíblia nos diz em várias oportunidades que isto é correto, Deus não muda: Salmos 102:27 27.Porém tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim. Salmos 33:11 11.O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do seu coração de geração em geração. Tiago 1:17 17.Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. 1 Samuel 15:29 29.E também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende; porquanto não é um homem para que se arrependa. Malaquias 3:6 6.Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Hebreus 13:8 8.Mas, do Filho, diz: O Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de equidade é o cetro do teu reino.
E muitos outros. Apesar de todos estes versículos que sem dúvida afirmam que Deus é Imutável, também em várias ocasiões a própria Bíblia parece afirmar o contrário que Deus muda de opinião e não é o mesmo desde sempre: Gênesis 6:6-7 6.Então se arrependeu o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração. 7.E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao
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animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de havê-los feito. Êxodo 32:14 14.Então o SENHOR arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo. Jonas 3:10 10.E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez. 2 Samuel 24:16 16.Estendendo, pois, o anjo a sua mão sobre Jerusalém, para destruí-la, o SENHOR se arrependeu daquele mal; e disse ao anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta, agora retira a tua mão. E o anjo do SENHOR estava junto à eira de Araúna, o jebuseu.
Podemos ver claramente duas coisas aqui: 1. Ou a Bíblia se contradiz em várias ocasiões, 2. Ou isso da “Imutabilidade Divina” é algo ambíguo e não
deve ser levado muito a sério. 3. Em qualquer dos casos Deus parece meio fora da casinha. Outro fator que compromete a Imutabilidade de Deus é o fato que no passado ele mesmo cometeu atos reprováveis e logo depois mudou de caráter com respeito às suas ações. Por exemplo, todos nós recordamos os fatos ocorridos durante o diluvio universal ou na destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, ambos os fatos narrados no Gênesis. Nestas duas situações houve uma destruição total dos seres humanos incluindo crianças e animais inocentes, ao que parece foram realizados diretamente por Deus para erradicar o mal de ambos os lugares. Imagino que o crente estará de acordo comigo de que em ambos os fatos morreram crianças completamente inocentes dos pecados de seus pais. Claro, você também dirá que Deus teve suas razões para fazê-lo. Em todos
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os casos em várias oportunidades Deus no Antigo Testamento se nos apresenta como um Deus combativo e vingativo, que promoveu múltiplas guerras e inclusive assassinou em várias ocasiões pessoas por sua própria conta. Já no Novo Testamento vemos um Deus completamente diferente, um Deus que é todo amor e ternura e que parece esquecer seu passado quando era chamado “Deus dos Exércitos”. • Se isto não é mudar, não sei o que seria!
5 - Sabedoria infinita A sabedoria de Deus é uma das características divinas mais conhecidas pelo crente. Deus é infinitamente sábio e nunca se equivoca. A Bíblia é bem específica em centenas de versículos. Jó 9:4 4.Ele é sábio de coração, e forte em poder; quem se endureceu contra ele, e teve paz? Jó 12:13 13.Com ele está a sabedoria e a força; conselho e entendimento têm. Isaías 40:28 28.Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Daniel 2:20 20.Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força;
Como é lógico pensar, a Bíblia ao ser totalmente inspirada por Deus, não tem erros; nem Jesus, a materialização física de Deus, tampouco se equivoca ou jamais se equivocou. Bom, descrever todos os erros e contradições da Bíblia levaria muito tempo, já
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que são muitos, descrever os erros de Jesus também, assim para não fazer um cansativo trabalho de análise citaremos apenas uns “pequenos equívocos” de Jesus tal como se encontra na Bíblia: Mateus 16:28 28 - Em verdade vos digo que alguns há dos que aqui estão que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino.
Isto, tomado de forma literal é um erro, pois morreram todos os dessa geração e Jesus ainda não voltou. Morreram várias gerações e o esperado regresso de Jesus não aconteceu. Claro, você como crente dirá: “não se deve entender isso de modo literal”, sim, é fato que Jesus usava parábolas para exemplificar algumas partes de sua doutrina; porém quando fazia isso ele declarava antecipadamente. Em nenhuma parte se assume que isto é uma parábola. Outros crentes afirmam que a geração a que se refere o versículo não é literal e logo começam a procurar cálculos de anos e a fazer estranhas explicações do que poderia ser uma “geração”. Os próprios crentes tratam logo de consertar esse equívoco evidente, sem sucesso é claro. Mateus 12:40 40 - Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.
Este é um dos equívocos mais claros e evidentes de Jesus-Deus. Neste versículo profetizou que ressuscitaria depois de três dias e três noites. Todos nós sabemos que Jesus esteve no túmulo no máximo por um dia e meio, morreu em uma tarde de sexta-feira e já na manhã de domingo foi ressuscitado. Para cumprir o que o verso diz ele tinha que ter saído do túmulo na manhã de segundafeira. Não há praticamente nenhuma explicação razoável para
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isso, a menos que você amigo cristão comece de novo a fazer cálculos para dar aos "três dias e três noites” significados diferentes. Marcos 7:14-15 14.E, chamando outra vez a multidão, disse-lhes: Ouvi-me vós, todos, e compreendei. 15.Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele isso é que contamina o homem.
Eu sei que os crentes cristãos têm dado milhares de interpretações a estas palavras de Jesus, alguns dizem que se refere ao pecado, à palavra ou a centenas de outras coisas. Mas a verdade é que Jesus quis fazer uma comparação de qualquer uma destas interpretações possíveis com o que entra literalmente no homem (comida, por exemplo) e o que sai (fezes). Certamente, Jesus ao possuir sabedoria infinita deveria saber que existem milhões de coisas que, quando ingeridas podem contaminar o corpo causando doenças e até a morte. Portanto, esta besteira de que "Nada existe fora do homem e que ao entrar nele o possa contaminar” é um erro gigantesco para um ser que se denomina Deus. Estes são apenas três exemplos e como dissemos anteriormente, citar todos seria tarefa impossível. Em muitas oportunidades analisaremos outros tantos erros com mais calma e atenção. Certamente que o leitor crente cristão deve ter muitas respostas premeditadas para poder a duras penas justificar todos estes erros, a desculpa mais comum utilizada nesses casos é: “a Bíblia necessita ser interpretada”, claro, com esta resposta podem responder a todos os erros que aparecem nas santas escrituras. Você amigo crente já usou esta desculpa alguma vez?
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6 - Justiça infinita Agora comentaremos brevemente sobre uma característica divina que a meu modo de ver é uma das mais citadas na Bíblia, mas por sua vez é uma das que menos atenção recebe, “A Justiça eterna de Deus”. A “santa palavra” afirma em numerosas ocasiões que Deus é infinitamente justo e que dará a cada um, o que merece. Deuteronômio 10:17 17.Pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; 1 Pedro 1:17 17 - E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação, Gálatas 2:6 6 - E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram; 1 João 3:7 7 - Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo. … e muitos outros.
Apesar de todos estes inumeráveis versículos que avaliam a justiça divina, às vezes paramos para pensar se isso tem algum fundamento. É verdade que deus é um ser justo e que sua criação é justa? Certamente é necessário muita ingenuidade para pensar que o mundo é ou alguma vez foi um lugar justo. Praticamente tudo o que nos rodeia está cheio de injustiças: vemos dia a dia
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como gente desonesta progride na vida enquanto gente honesta sofre desgraças não merecidas. Observamos como os desastres naturais tiram a vida de milhões de pessoas inocentes; sobretudo as maiores vítimas da injustiça humana, as crianças, são elas que normalmente sofrem as maiores consequências da falta de justiça a cada momento. Se o crente leitor ainda acredita que a história bíblica do dilúvio é correta, terá que admitir que neste caso tivessem que morrer crianças inocentes sem absolutamente nenhuma culpa dos erros de seus progenitores. Dessa história absurda surge uma grande dúvida, uma dúvida que deve corroer até o cérebro de muitos crentes: Por que se Deus é justo, tiveram que morrer crianças inocentes nesse dilúvio? Jamais se obteve uma resposta convincente de qualquer crente, mas certamente muitos se consolam com o conhecido autoengano de que “Deus é misterioso e sabe o que faz”, mas lá no fundo sabem não é uma resposta para nada. Amigo crente, vejamos um exemplo clássico, que certamente você acredita que pode ocorrer: Vamos supor que um ateu qualquer, por exemplo, da Suécia (utilizo este país como exemplo porque é um dos países com maior porcentagem de ateus e menos crimes), esta pessoa ateia tem uma ficha de vida inatacável, nunca cometeu um crime nem qualquer coisa reprovável, bom esposo e grande pai, um bom amigo; com problemas e defeitos, claro, como todos nós, mas em termos gerais e diante da sociedade é um cidadão íntegro. Coloquemos no outro extremo, um assassino em série, violador e pedófilo (esta classe de criminosos lamentavelmente é comum) cuja vida é uma desgraça, tanto para ele como para os que o rodeiam e que por seus atos destruiu a vida de muitas pessoas. Imaginemos que ambos morrem. Coisa que certamente ocorrerá algum dia, mas o ateu morre sem aceitar Jesus como seu salvador e morre sendo ateu, apesar de ter sido bom em toda a sua vida; o assassino momento
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antes de morrer se arrepende e aceita Jesus em seu coração, claro, me refiro a uma conversão real, sincera e totalmente honesta, este assassino se arrepende de verdade de seus pecados. Segundo a crença cristã (e você como crente cristão estará de acordo) o ateu irá quase sem nenhuma dúvida ao inferno, ou ao lugar de condenação que exista, pela simples razão de que rompeu nada mais nada menos que o mandamento mais importante, “Amar a Deus sobre todas as coisas”. E no segundo caso, o do assassino arrependido, irá ao paraíso ou a seu equivalente de recompensa divina, por ele apenas ter tido a sorte de haver se arrependido a tempo. Estou certo de que o leitor cristão dirá: "Bem, cada um teve a oportunidade de escolher e escolheu”; concordamos, mas essa não é a discussão, o que se discute é se isto é justo ou não. Sejamos sinceros, parece-lhe justa a condenação do ateu decente e o prêmio do assassino arrependido? Sua resposta deveria oferecê-la aos familiares e seres queridos das vítimas do assassino. 7 - Verdade Infinita De fato, Deus não mente, ele é completamente verdadeiro e preciso em suas palavras. Sobre isso concordam todos os crentes, este é, sem dúvida, um atributo essencial de Deus. Vamos examinar brevemente alguns versos que dizem isso para ficarmos mais seguros: Tito 1:2 2.Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos; Romanos 3:4
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4.De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, E venças quando fores julgado. 1. OK, este ponto está claro agora. Deus não mente. 2. Correto?
Sem levar em conta as numerosas contradições e erros que poderia ter a Bíblia, as quais podem ser interpretadas como mentiras ou erros, há dois versículos que de fato confundem o leitor e parece que Deus mentiu de forma descarada, inclusive ele mesmo descobrindo o engano. Jeremias 7:22 22.Porque nunca falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios.
Este é um versículo bastante comprometedor para Deus, porque afirma que não decretou algumas ordens, das quais há milhares que confirmam que essas ordens foram dadas. Citar aqui todos os versículos onde Deus ordenou fazer holocaustos e sacrifícios seria um trabalho realmente esgotador devido à enorme quantidade deles. Mas isso não é necessário, pois o próprio Deus responde a si mesmo confessando que mentiu cinicamente. Ezequiel 20:25-26 25.Por isso também lhes dei estatutos que não eram bons, juízos pelos quais não haviam de viver; 26.E os contaminei em seus próprios dons, nos quais faziam passar pelo fogo tudo o que abre a madre; para assolá-los para que soubessem que eu sou o SENHOR.
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•
Aqui o mesmíssimo Deus reconhece que havia ordenado holocaustos e sacrifícios, contradizendo o dito em Jeremias 7:22.
Mas uma das coisas mais curiosas sobre as “mentirinhas” de Deus é a famosa “primeira mentira”. Este é um argumento muito usado pelos ateus porque é interessante e sugestivo. Se perguntarmos a um crente medianamente informado sobre o Gênesis e a origem do homem segundo a Bíblia:
Qual foi a primeira mentira? Acredito que depois de pensar um pouco responderia: “A primeira Mentira foi dita por Satanás a Eva”, e neste caso o crente estaria se referindo a Gênesis 3:4-5 (4.Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. 5.Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal ...), Mas esta é a primeira mentira? Não, a primeira mentira é esta: Gênesis 2:16-17 (16.E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, 17.Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.), obviamente isto é mentira, no dia em que Adão comeu deste fruto não morreu. A prova está em Gênesis 5:3-5 (3.E Adão viveu novecentos e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe pôs o nome de Sete. 4.E foram os dias de Adão, depois que gerou a Sete, oitocentos anos, e gerou filhos e filhas. 5.E foram todos os dias que Adão viveu novecentos e trinta anos, e morreu.), ou seja, ele viveu muito tempo depois que comeu o fruto da árvore. Como se pode ver, a primeira mentira foi dita pelo próprio Deus e não por Satanás como geralmente se costuma crer. Também
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sabemos que os crentes possuem milhares de desculpas para justificar isto, sejamos sinceros, não é algo muito suspeito? • •
Deus é o pai da mentira? Sim, sem dúvida!
8 - Amor Infinito. Se existe uma frase que resume todos os sentimentos e pensamentos do cristão sincero, esta frase é: “Deus é amor.” Palavras retiradas de 1 João 4:8 (8.Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.). Tenho absoluta certeza de que o cristão acredita nesta frase. O cristão devoto, leal e convencido possui Deus e Jesus como primeiro pensamento ao acordar e último ao dormir. Jamais duvida de sua existência por um momento sequer e nem ao menos por um momento passa por sua cabeça o pensamento de que Deus e Jesus não sejam puro amor e bondade. Ele “sabe” que Deus é bom e que os maus somos nós e nossas decisões. Deus jamais tem culpa de nosso comportamento. •
Esse comportamento não muda até que o crente passe a ler a bíblia de forma imparcial e crítica, coisa que a grande maioria evita por medo de perder a fé, pois é cada vez mais comum a frase “Deixei de ser cristão depois de ler a Bíblia”.
Isso assusta os devotos, para eles perder a fé seria como perder o chão. Ele perceberá e será obrigado a admitir que haja no mundo muitos males dos quais o homem não tem culpa e terá que atribuir isso a Deus, o que é motivo de verdadeiro pânico em sua estreita forma bíblica de pensar. Serão obrigadas a usar as famosas desculpas: “Minha mente é limitada para entender a
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mente de Deus.” E a grande pérola, “Os caminhos de Deus são misteriosos”. A Bíblia diz em numerosas ocasiões que Deus é bondade, amor e misericórdia: João 3:16 16.Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Tito 3:4 4.Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, 1 Timóteo 4:4 4.Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças.
Se pensarmos um pouco notaremos de que esta concepção de “O Deus bom” vem basicamente do Novo testamento, pois no Antigo Testamento Deus é um deus guerreiro e na maioria dos casos assassino e sanguinário. Números 31:17-18 17.Agora, pois, matai todo o homem entre as crianças, e matai toda a mulher que conheceu algum homem, deitando-se com ele. 18.Porém, todas as meninas que não conheceram algum homem, deitando-se com ele, deixai-as viver para vós. Deuteronomio 7:23 23.E o SENHOR teu Deus as entregará a ti, e lhes infligirá uma grande confusão até que sejam destruídas. Deuteronomio 28:63 63.E será que, assim como o SENHOR se deleitava em vós, em fazer-vos bem e multiplicar-vos, assim o SENHOR se deleitará em
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destruir-vos e arruiná-los; e arrancados sereis da terra a qual passais a possuir. 1 Samuel 15:2-3 2.Assim fala o Senhor dos exércitos: Vou pedir contas a Amalec do que ele fez a Israel, opondo-se lhe no caminho, quando saiu do Egito. 3.Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos. Isaías 37:36 36.O anjo do Senhor apareceu no campo dos assírios e feriu cento e oitenta e cinco mil homens. No dia seguinte, de manhã, ao despertar, só havia lá cadáveres.
Vemos com assombro como Deus ordena fazer coisas verdadeiramente abomináveis e ele próprio assassinou com suas próprias mãos a muitas pessoas, assim como matanças onde morreram crianças inocentes (Sodoma, Gomorra e o Dilúvio Universal) O verdadeiramente surpreendente disso é que se Deus é imutável, como afirmam as escrituras (Salmos 102:27 – Salmos 33:11 – Tiago 1:17 – 1 Samuel 15:29 – Malaquias 3:6 – Hebreus 13:8 etc.), porque muda de um Deus de guerra e assassino para um Deus de amor e bondade? Se Deus é imutável porque mudou? O que fez Deus mudar de opinião? Sempre que perguntarmos sobre isso a um cristão devoto ouviremos pérolas como “Deus não é responsável pelo mal, são os homens os culpados pelas tragédias do mundo.” Hoje até mesmo a grande maioria dos cristãos sabe que isso não é correto. A própria Bíblia nos diz que Deus é o criador do mal (Isaías 45:67 - Jeremias 18:11– Amós 3:6) e que os homens não causam todas as tragédias, como os desastres naturais (vulcões, terremotos e tsunamis), que são independentes da ação humana e têm ocorrido desde sempre e, claro, as vítimas inocentes desses
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desastres são inumeráveis. “Deus é amor” … pode ser… mas também, segundo a Bíblia, é um ser que cometeu muitos assassinatos, injustiças e abusos. Ao que parece se pode ser bom e mau ao mesmo tempo. Isso não é surpresa, assim somos todos nós, às vezes bons, às vezes maus, mas sempre tentando inclinar a balança para a bondade. Será que Deus é exatamente igual a nós? Pois a Bíblia afirma que “Fomos criados à sua imagem e semelhança”. Será que o correto não seria: “E criou o homem, deus à sua imagem e semelhança”. Tudo leva a crer que sim! 9 - Perfeição Absoluta. A “Perfeição” é a característica de Deus que resume todas as qualidades anteriores. Ao dizer que Deus é perfeito, se assume que é um ser isento de falhas e erros. Um estudo crítico da Bíblia vai nos dar dúvidas bastante sensatas sobre cada uma destas qualidades, pelo que o termo “Perfeição Divina” se faz bastante débil, suscetível e duvidoso. A Bíblia nos diz em várias oportunidades que Deus é perfeito: Mateus 5:48 48.Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito. 2 Samuel 22:31 31.Os caminhos de Deus são perfeitos; a palavra do Senhor é pura. Ele é o escudo de todos os que nele se refugiam. Salmos 18:30 30.Os caminhos de Deus são perfeitos, a palavra do Senhor é pura. Ele é o escudo de todos os que nele se refugiam.
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Se levarmos em conta todas as características e qualidades divinas se observa dramaticamente que Deus é tudo menos um ser perfeito, vejamos este assunto desde outra perspectiva: 1. Algo que seja “Perfeito” significa que está livre de erros, é algo que não necessita de nada devido ao seu grau de perfeição. 2. Deus, por ser uma criatura absolutamente perfeita não deveria precisar de nada, é um ser pleno e perfeito, sem mancha, portanto não necessita de absolutamente nada. 3. Sabemos que não é assim, Deus necessita desesperadamente de nós, deseja muitas coisas de nossa parte e temos a obrigação de dar-lhe ou pagaremos as consequências. Esta é uma pergunta que faço aos crentes: 1. Porque um ser que, em essência, é a perfeição absoluta necessita tantas coisas de nós? 2. Deus necessita que o adoremos, necessita que o veneremos, necessita de nossas orações, de nosso tempo, de nossas obras, enfim… Para um ser totalmente perfeito, necessita de muitas coisas! Comentar todos os versículos bíblicos que indicam coisas que Deus quer e necessita, como rezas, orações, tributos, sacrifícios, holocaustos, mandamentos, estatutos, atividades e tantos mais, seria muito extenso e a maioria os crentes os conhece. Só comentaremos um que mostra como Deus deseja exasperadamente nossa humilhação 1 Pedro 5:6 6.Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno.
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De fato, se você é um cristão devoto e trata de ser uma “pessoa em Cristo”, é muito provável que desperdice grande parte de sua energia, tempo e inclusive dinheiro para agradar esse Deus tão perfeito que não necessita de nada, porém deseja desesperadamente um monte de coisas. Imaginemos Deus antes da criação do mundo. Um Deus totalmente perfeito que de repente necessita criar um mundo e enchê-lo de criaturas para que o adorem. É muito estranho isso! Já que em seu estado de perfeição não deveria querer ou necessitar de nada. O que levou Deus a criar este mundo e seus moradores se ele era perfeito? Além disso, recordemos que Deus é onisciente e que Deus já devia saber sobre as consequências deste mundo que criaria. Falando sério, amigo crente, Nunca havias pensado nisso? Nunca lhe passou pela cabeça estas coisas? Existem várias outras características sobre Deus, porém guiando-nos pela palavra da Bíblia, estas resumem muito bem o que queremos dizer quando falamos de Deus. Quando digo que “Não creio em Deus” digo implicitamente que não creio que Deus seja onipotente, nem que seja imutável, nem que seja amor ou perfeito, nem qualquer dessas características. Obviamente o amigo crente não estará de acordo, mas terá que conviver com o fato de que a Bíblia está a meu favor e contra as ideias do crente acerca de seu próprio Deus.
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5 - Paradoxos e contradições >>>
Ao deus bíblico (e a qualquer outra deidade criada pela a mente humana) foi adicionada uma série de paradoxos que torna impossível a sua existência. Quando os autores destes seres mitológicos os criaram século após século, relato após relato, não perceberam que estavam compondo um personagem tão carente de lógica, que o crente teve que imaginar um ramo acadêmico que tentasse explica-lo; com raciocínios filosóficos obtusos e enredados com o objetivo de demostrar a si mesmo e ao resto das pessoas, que esse personagem que lhes haviam vendido não podia ser una mera fantasia (teologia).
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Se usarmos as qualidades do deus bíblico em particular: onipresença, onibenevolência, onisciência, onipotência, etc., podemos observar facilmente a impossibilidade de um ser com tais características. Este subproduto de divindades anteriores, chamado Deus (do grego Zeus) e composto por duas deidades distintas (El e Yavé) é um personagem impossível e autocontraditório. Ao crente religioso judaico-cristão atual só lhe resta como desculpa em defesa de suas crenças afirmarem que estas contradições são “mistérios” e o comportamento deste ser literário “um caminho misterioso” e “inescrutável”. (Já conhecemos a facilidade que possui esse tipo de pessoa para usar “tapa-furos” quando algo contraria suas crenças absurdas). Para comprovar se esse “ser” pode existir ou não, o que faremos é presumir que esse personagem literário existe e possui as qualidades que os autores que o compuseram lhe atribuem.
1 - Onipotência 1 - Paradoxo da onipotência (M. H. Swan): 1. Poderia deus criar uma pedra que nem ele mesmo poderia
levantar? 2. Deus em sua infinita onipotência pode criar tal pedra, mas
se o faz, deixará de ser onipotente, já que não poderá levantá-la. 2 - Adição ao paradoxo da onipotência (J. L. Cowan): 1. Ou Deus pode criar uma pedra que ele não pode levantar,
ou ele não pode criar uma pedra que não possa levantar.
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2. Se Deus pode criar uma pedra que não é capaz de levantar,
então Deus não é onipotente (Já que ele não pode levantar a pedra em questão). 3. Se Deus não pode criar uma pedra que ele não possa levantar, então Deus não é onipotente (Já que ele não pode criar a pedra em questão). 4. Portanto Deus não é onipotente. 5. Se Deus não é onipotente, não é Deus. 3 - Contradição da onipotência com a Onibenevolência: 1. Se o mal é a ausência do bem e devido a isso Deus não
pode atuar contra o mal, não é onipotente. 2. Se puder atuar, mas não quer fazê-lo, onibenevolente.
não
é
4 - Tentativas de solução Para que o problema fosse resolvido, diversas tentativas foram elaboradas. Por exemplo, poder-se-ia assumir que o deus onipotente também é capaz de aprender e progredir, logo Ele criaria a pedra inamovível e em seguida já teria poder suficiente para levantá-la, sendo assim omnipotente. Contudo este problema ainda não pode ser resolvido desta maneira, pois com uma pequena alteração do questionamento, a onipotência é colocada novamente em cheque: Deus poderia criar uma pedra que nunca poderia mover? Uma tentativa de solução relacionada ao problema, dentro dos padrões teológicos, é arbitrariamente decretar que "Deus está acima da lógica humana, não estando submisso a esta". Dessa forma, seria hipoteticamente possível que Deus fosse onipotente e sua existência poderia ser cabível com o paradoxo da
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onipotência. Mas tal afirmação é considerada uma variação da falácia argumento da ignorância. Tomás de Aquino tentou responder esta questão de forma elaboradamente complexa. Ele diz que a onipotência de Deus não está em fazer atos impossíveis, e sim poder fazer todos os atos possíveis (Quem criou as coisas impossíveis até para Deus?). Logo, há coisas que Ele mesmo não pode fazer, sem que com isso perca sua onipotência, segundo a definição dada pelo filósofo. Poder-se-ia citar outras capacidades impossíveis para Deus: 1. Deus não pode fazer eu alguém parado e correndo ao mesmo tempo (mesmo corpo) 2. Deus não pode fazer um círculo ser ao mesmo tempo um triângulo. 3. Deus não pode fazer alguém mais poderoso que Ele (dizer que pode é o mesmo que afirmar que Ele não tem poder extremo e que alguém pode ser superior a Ele) 4. Deus não pode fazer o passado deixar de ter existido. Já era, se aconteceu, não pode deixar de ter acontecido. São Tomás de Aquino se expressa nas seguintes palavras: Deus, pela perfeição do seu poder, pode tudo, mas lhe escapa à potência o que não tem natureza de possível. (Quem criou a natureza do impossível?) Assim também, se atendermos à imutabilidade do seu poder, Deus pode tudo o que pôde; porém, certas coisas que, antes quando eram factíveis, tinham a natureza de possível, já não a têm quando feitas. E, então dizemos que não as pode, por não poderem elas ser feitas. Pode-se concluir que Tomás de Aquino afirma que a onipotência não existe, e que Deus não é onipotente.
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São Jerônimo diz: Deus, que pode tudo, não pode fazer que uma mulher violada seja não-violada. Para o caso do passado deixar de ter acontecido diz: "O poder de Deus, como dissemos, não abrange o que implica contradição. Ora, o passado não ter sido implica contradição. Pois, assim como a implica dizer que Sócrates está e não está sentado, assim também que esteve e não esteve sentado. Porque, se dizer que esteve sentado é enunciar um passado, dizer que não o esteve é enunciar o que não se deu. Por onde, não está no poder divino tornar inexistente o passado. E é o que diz Agostinho: Quem diz: se Deus é onipotente torne o feito não feito, não vê que diz: se é onipotente torne falso o que em si é verdadeiro. E o Filósofo: Deus só está privado de tornar o feito não feito". Ou seja, São Jerônimo afirma que Deus está submisso ao tempo e, portanto não tem poder sobre ele, então não sendo onipotente. Santo Agostinho diz: “Aquele que diz: ‘Se Deus é onipotente, faça que o que foi feito não tenha sido feito’, não percebe o que está dizendo: ‘Se Deus é onipotente que ele faça que o que é verdadeiro, enquanto tal, seja falso’.” “A Deus só lhe falta isso: tornar não feito o que foi feito”. Afirmação que recorre ao mesmo erro de São Jerônimo.
2 – Onibenevolencia 1 - Paradoxo do mal (Epicuro): 1. Ou Deus quer evitar o mal e não pode; 2. Ou Deus pode e não quer; 3. Ou Deus não quer e não pode; 4. Ou Deus pode e quer.
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2 - Adição ao paradoxo do mal (Lactâncio): 1. Se Deus quer [evitar o mal] e não pode, então é impotente,
e isto contraria a condição de Deus. 2. Se Deus pode e não quer, então é mau, e isto é igualmente incompatível com Deus. 3. Se Deus não quer e não pode, então é mau e impotente, e, portanto, não é Deus. 4. Se Deus quer e pode… Então de onde vêm os males? E por que não acaba com eles? 3 - Paradoxo relativo à onisciência: • •
Deus poderia eliminar sua onisciência? Se puder eliminar sua onisciência isto contraria sua condição de Deus, já que uma das qualidades intrínsecas de Deus é sua onisciência. Se um deus não é onisciente não pode ser deus.
4 - Paradoxo relativo à sua eternidade e existência: 1. Deus poderia eliminar sua eternidade ou eliminar sua 2. 3. 4. 5.
existência? Se puder, então não seria eterno. Se não puder, então não seria onipotente. Se Deus pode eliminar sua eternidade não é Deus. Se Deus não pode eliminar sua eternidade não onipotente.
é
5 - Paradoxo da autocontradição: 1. Deus poderia eliminar sua onipotência?
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2. Se puder eliminar sua onipotência deixa de ser deus, já que
uma das qualidades para ser deus é ser onipotente. Um deus que pode NÃO ser onipotente não pode ser deus. 3. Se não puder eliminar sua onipotência não é onipotente. Um deus que não é onipotente não é deus. 6 - Contradição entre a Onibenevolência e a onipotência: 1. Se o mal é a ausência do bem e deus não atua contra o
mal, 2. Ou deus não pode atuar contra o mal porque não pode ter acesso (já que está ausente), então não é onipresente e tampouco é onipotente. 3. Ou deus não pode atuar contra o mal porque não quer, então não é onipotente e nem onibenevolente. 7 - Adição como contradição entre Onibenevolência e onipresença: • •
Ou deus não pode ter acesso ao mal porque não é onipresente. Ou deus não quer ter acesso ao mal porque não é onibenevolente (puro amor).
3 - Onipresença 1 - Paradoxo e contradição entre onipresença e onipotência: 1. Deus poderia NÃO estar em todas as partes? 2. Se puder NÃO estar em todas as partes, não é onipresente. 3. Se NÃO puder NÃO estar em todas as partes, é onipresente,
mas NÃO é onipotente.
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4. Se, ao ser onipresente não puder ser onipotente, para que
chama-lo deus? 2 - Resposta à desculpa teológica sobre o paradoxo da onipresença: 1. Se o mal é a ausência do bem e o mesmo acontece com a
onipresença, Deus está ausente em certas partes. 2. Se existem certas partes onde esse deus está ausente, esse deus NÃO é onipresente. 3 - Contradição com a Onibenevolência: 1. Poderia um ser onipresente e onibenevolente não atuar 2. 3. 4. 5. 6.
contra o mal? Se deus é onipresente (está em todas as partes) e não atua contra o mal, não é um deus onibenevolente. Se deus é onipresente e não pode atuar contra o mal, não é onipotente. Se deus é onipresente e não quer atuar contra o mal, não é onibenevolente. Se não pode detectar o mal, não é onipresente nem onisciente. Um deus com falta de alguma destas qualidades não é deus.
4 - Extensão: 1. Se deus observa o mal e não atua, não é onibenevolente. 2. Se observar o mal e não puder atuar, não é onipotente. 3. Se observar o mal e for indiferente a ele, não é onisciente.
(Já que se fosse onisciente saberia que é o mal e também saberia todas as suas implicações)
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4 – Onisciência 1 - Paradoxo da onisciência: 1. Se
deus criou todo o conhecimento e ele tinha conhecimento de antemão, isto implicaria em uma contradição circular: Deus não poderia ter sabido tudo antes que existisse nenhum conhecimento para saber.
2 - Paradoxo da predestinação (contradição com o arbítrio): 1. Se Deus pudesse saber tudo de antemão, seria necessário
crer que todos os acontecimentos possíveis de acontecer estariam predestinados. 3 - Contradição com a Onibenevolência e a onipresença: 1. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e não o evita,
não é onibenevolente. 2. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e o evita, o livre arbítrio não existe. 3. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e não pode evitalo, não é onipotente. 4. Se deus não sabe que vai acontecer algo ruim, não é onisciente. Atuação
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4 - Contradição de sua onisciência com o livre arbítrio: 1. Se deus atua de determinada forma para conseguir um fim
predeterminado (já que deus sabe de antemão que consequências terão), o livre arbítrio não existe. 2. Se deus não atua e com isso se consegue um fim predeterminado (que deus sabe que acontecerá ao não atuar), o livre arbítrio não existe. 5 - Contradição com sua equidade: 1. Se deus atua em determinado momento (sabendo, devido
à sua onisciência, o que acontecerá), mas não atua em outro, não é equitativo. 2. Se deus atua para conseguir uma determinada causa (sabendo, devido à sua onisciência, qual será o fim), não é equitativo e contradiz o livre arbítrio. 3. Se existe um deus e este não pode atuar, não é onipotente. 4. Se existe um deus e não quer atuar, não é onibenevolente.
Justiça e equidade 6 - Contradições com sua onisciência: 1. Se deus é onisciente e sabe o que vai acontecer de
antemão, pode ser justo e equitativo? 2. Se deus é eterno (está além do tempo e do espaço), não pode ser justo e equitativo e ao mesmo tempo onisciente já que, se ao atuar de determinada forma beneficiasse a uns prejudicando a outros, não poderia ser justo e equitativo.
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3. Se escolher a quem ajudar e a quem não ajudar, não é 4. 5. 6. 7. 8.
justo, nem equitativo, nem onibenevolente. Se não escolhe a quem ajudar (não ajudando ninguém), é justo e equitativo, mas não é onibenevolente. Se não pode escolher, não é onipotente. Se puder escolher, não é justo e nem equitativo. Se não pode ser justo e equitativo, não é onipotente. Se carecer de alguma destas qualidades, não é deus.
7 - Referência aos castigos: • •
• • • • • • • •
Se deus dá o livre arbítrio, não pode realizar nenhum tipo de justiça. Se deus realiza qualquer tipo de justiça, não existe o livre arbítrio. Já que se existe o livre arbítrio, não existem causas negativas que o condicionem. Se deus não atua castigando, não existe justiça em seu comportamento. Se deus não pode realizar justiça, não é onipotente. Se deus não quer castigar (usando sua misericórdia algunos alegam que esta é infinita) não é justo. Se deus não é justo, não é deus. Se deus não pode ser justo, não é onipotente. Se deus usa sua onipotência para castigar, não é justo, nem equitativo e nem misericordioso. Se deus castiga, não é onibenevolente. Se deus castiga sabendo de antemão que o faria (onisciência), não existe livre arbítrio.
8 - Relativo à sua misericórdia: 1. A misericórdia é a suspensão da justiça. Se a justiça é
suspensa em determinadas ocasiões, não existe equidade.
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9 - Paradoxo teológico do bem e do mal: 1. Se o mal é a ausência do bem, o bem é a ausência do mal.
2.
3. 4. 5. 6.
Se o mal está ausente só existe o bem, se o bem está ausente, só existe o mal. Se deus existe e é onibenevolente, por que existe o mal? Se deus é onibenevolente e está em todas as partes (onipresença), por que nem tudo é bom? Se nem tudo é bom, deus é mau? Se for mau, não é onibenevolente? Se deus está em todas as partes (onipresença), também está no mal? Se deus está no mal, não é onibenevolente.
10 - Contradição com a relatividade: • • • • • •
Se o bem e o mal são relativos, deus também é relativo. Se deus é relativo, não pode ser equitativo. Se deus não pode ser relativo, não é onipotente. Se deus não é equitativo, é injusto. Se deus é injusto, não pode ser onibenevolente. Se deus não pode ser onibenevolente, não é onipotente. A Onibenevolência (amor infinito) é uma qualidade de Deus. Se este carece dela, não é Deus.
5 - Perfeição absoluta 1. Se deus existe, seu grau de perfeição deve medir-se (ou
comparar-se) com respeito a coisas que são tangíveis. 2. Se não existe nada para medir a perfeição desse deus, não se pode saber se é absolutamente perfeito ou se poderia existir algo mais perfeito ainda.
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3. Deus poderia ser absolutamente perfeito? Se a perfeição é
um ideal (um estado inalcançável, mas infinitamente aproximável) significa que deus jamais poderá alcança-la. 4. Se não pode alcança-la não é onipotente. 5. Se existe a perfeição absoluta, não existe o ideal de perfeição. 6. Se não podemos saber se existe a perfeição absoluta, não podemos definir deus com essa qualidade. 1 - Relativo à criação: 1. A perfeição absoluta não pode existir, já que a sua existência é autocontraditória com o ideal de perfeição. 2. Algo absolutamente perfeito pode criar algo imperfeito? 3. Se algo absolutamente perfeito cria algo imperfeito, significa que esse algo absolutamente perfeito falhou, logo não é absolutamente perfeito. 4. Se deus cria algo imperfeito, deus não é absolutamente perfeito. 5. Se deus não é absolutamente perfeito, não é deus. 6. Se deus é absolutamente perfeito, não é possível produzir nenhum tipo de paradoxo ou contradição relativa à sua existência. 2 - Conclusão A simples ausência ou contradição de uma só destas qualidades faz com que este personagem literário e imaginário (que segundo seus autores existe e as possui) seja uma impossibilidade. Não são apenas qualidades contraditórias entre si, mas, além disso, são qualidades autocontraditórias. Dito de outra forma, qualidades impossíveis de ter.
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1. Qualidades inventadas pelas mentes que as imaginaram. 2. Apenas mentiras exageradas que se tornaram impossíveis
de explicar. Um exemplo simples à sua existência seria imaginar a possibilidade de existência de um quadrado redondo. Podemos criar o conceito, mas não podemos imaginar nem criar e nem demonstrar sua existência. E o conceito não deixa de existir como tal, talvez porque “é um mistério” ou “nossa mente é limitada e finita”. É bem mais sensato afirmar que são simples contradições, ainda que existam pessoas que prefiram acreditar em sua existência e, por essa razão, deveríamos então criar um ramo acadêmico para explicar porque devem existir quadrados redondos ou círculos quadrados? Bem, pasmem, já existe! Chama-se teologia!
Referências: • • • • •
Bíblia Sagrada, diversas edições. http://ateismoparacristianos.blogspot.com.br/2013/04/la-farsa-de-laperfeccion-de-dios-adan.html http://ateismoparacristianos.blogspot.com.br/2013/04/dios-y-su-insano-deseode-humillacion.html http://ateismoparacristianos.blogspot.gr/2010/02/la-fe-de-abraham-unaprueba-innecesaria.html http://www.ateoyagnostico.com/2011/05/30/paradojas-y-contradicciones-diosno-existe/
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570 páginas Mentiras Fundamentais da Igreja Católica é uma análise profunda da Bíblia, que permite conhecer o que se deixou escrito, em que circunstâncias, quem o escreveu, quando e, acima de tudo, como tem sido pervertido ao longo dos séculos. Este livro de Pepe Rodriguez serve para que crentes e não crentes encontrem as respostas que sempre buscaram e posaam ter a última palavra. É uma das melhores coleções de dados sobre a formação mitológica do cristianismo no Ocidente. Um a um, magistralmente, o autor revela aspectos mais questionáveis da fé judaico-cristã.
317 páginas
198 páginas
Com grande rigor histórico e acadêmico Fernando Vallejo desmascara uma fé dogmática que durante 1700 anos tem derramado o sangue de homens e animais invocando a enteléquia de Deus ou a estranha mistura de mitos orientais que chamamos de Cristo, cuja existência real ninguém conseguiu demonstrar. Uma obra que desmistifica e quebra os pilares de uma instituição tão arraigada em nosso mundo atual. Entrevista AQUI.
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Originally published as a pamphlet in 1853, and expanded to book length in 1858, The Two Babylons seeks to demonstrate a connection between the ancient Babylonian mystery religions and practices of the Roman Catholic Church. Often controversial, yet always engaging, The Two Babylons comes from an era when disciplines such as archeology and anthropology were in their infancy, and represents an early attempt to synthesize many of the findings of these areas and Biblical truth.
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600 páginas
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“Dois informadíssimos volumes de Karlheinz Deschner sobre a política dos Papas no século XX, uma obra surpreendentemente silenciada peols mesmos meios de comunicação que tanta atenção dedicaram ao livro de João Paulo II sobre como cruzar o umbral da esperança a força de fé e obediência. Eu sei que não está na moda julgar a religião por seus efeitos históricos recentes, exceto no caso do fundamentalismo islâmico, mas alguns exercícios de memória a este respeito são essenciais para a compreensão do surgimento de algumas monstruosidades políticas ocorridas no século XX e outras tão atuais como as que ocorrem na ex-Jugoslávia ou no País Basco”. Fernando Savater. El País, 17 de junho de 1995. “Este segundo volume, como o primeiro, nos oferece uma ampla e sólida informação sobre esse período da história da Igreja na sua transição de uma marcada atitude de condescendência com regimes totalitários conservadores até uma postura de necessária acomodação aos sistemas democráticos dos vencedores ocidentais na Segunda Guerra Mundial”.
312 páginas "Su visión de la historia de la Iglesia no sólo no es reverencial, sino que, por usar una expresión familiar, ‘no deja títere con cabeza’. Su sarcasmo y su mordaz ironía serían gratuitos si no fuese porque van de la mano del dato elocuente y del argumento racional. La chispa de su estilo se nutre, por lo demás, de la mejor tradición volteriana." Fernando Savater. El País, 20 de mayo de 1990
Gonzalo Puente Ojea. El Mundo, 22 de outubro de 1995. Ler online volume 1 e volume 2 (espanhol). Para comprar (Amazon) clique nas imagens.
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136 páginas
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De una manera didáctica, el profesor Karl Deschner nos ofrece una visión crítica de la doctrina de la Iglesia católica y de sus trasfondos históricos. Desde la misma existencia de Jesús, hasta la polémica transmisión de los Evangelios, la instauración y significación de los sacramentos o la supuesta infalibilidad del Papa. Todos estos asuntos son estudiados, puestos en duda y expuestas las conclusiones en una obra de rigor que, traducida a numerosos idiomas, ha venido a cuestionar los orígenes, métodos y razones de una de las instituciones más poderosas del mundo: la Iglesia católica.
“Se bem que o cristianismo esteja hoje à beira da bancarrota espiritual, segue impregnando ainda decisivamente nossa moral sexual, e as limitações formais de nossa vida erótica continuam sendo basicamente as mesmas que nos séculos XV ou V, na época de Lutero ou de Santo Agostinho. E isso nos afeta a todos no mundo ocidental, inclusive aos não cristãos ou aos anticristãos. Pois o que alguns pastores nômadas de cabras pensaram há dois mil e quinhentos anos, continua determinando os códigos oficiais desde a Europa até a América; subsiste uma conexão tangível entre as ideas sobre a sexualidade dos profetas veterotestamentarios ou de Paulo e os processos penais por conduta desonesta em Roma, Paris ou Nova York.” Karlheinz Deschner.
"En temas candentes como los del control demográfico, el uso de anticonceptivos, la ordenación sacerdotal de las mujeres y el celibato de los sacerdotes, la iglesia sigue anclada en el pasado y bloqueada en su rigidez dogmática. ¿Por qué esa obstinación que atenta contra la dignidad y la libertad de millones de personas? El Anticatecismo ayuda eficazmente a hallar respuesta a esa pregunta. Confluyen en esta obra dos personalidades de vocación ilustradora y del máximo relieve en lo que, desde Voltaire, casi constituye un Género literario propio: la crítica de la iglesia y de todo dogmatismo obsesivamente .
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1 – (365 pg) Los orígenes, desde el paleocristianismo hasta el final de la era constantiniana
2 - (294 pg) La época patrística y la consolidación del primado de Roma
3 - (297 pg) De la querella de Oriente hasta el final del periodo justiniano
4 - (263 pg) La Iglesia antigua: Falsificaciones y engaños
5 - (250 pg) La Iglesia antigua: Lucha contra los paganos y ocupaciones del poder
6 - (263 pg) Alta Edad Media: El siglo de los merovingios
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7 - (201 pg) Alta Edad Media: El auge de la dinastía carolingia
8 - (282 pg) Siglo IX: Desde Luis el Piadoso hasta las primeras luchas contra los sarracenos
9 - (282 pg) Siglo X: Desde las invasiones normandas hasta la muerte de Otón III
Sua obra mais ambiciosa, a “História Criminal do Cristianismo”, projetada em princípio a dez volumes, dos quais se publicaram nove até o presente e não se descarta que se amplie o projeto. Tratase da mais rigorosa e implacável exposição jamais escrita contra as formas empregadas pelos cristãos, ao largo dos séculos, para a conquista e conservação do poder. Em 1971 Deschner foi convocado por uma corte em Nuremberg acusado de difamar a Igreja. Ganhou o processo com uma sólida argumentação, mas aquela instituição reagiu rodeando suas obras com um muro de silêncio que não se rompeu definitivamente até os anos oitenta, quando as obras de Deschner começaram a ser publicadas fora da Alemanha (Polônia, Suíça, Itália e Espanha, principalmente).
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414 páginas LA BIBLIA DESENTERRADA Israel Finkelstein es un arqueólogo y académico israelita, director del instituto de arqueología de la Universidad de Tel Aviv y coresponsable de las excavaciones en Mejido (25 estratos arqueológicos, 7000 años de historia) al norte de Israel. Se le debe igualmente importantes contribuciones a los recientes datos arqueológicos sobre los primeros israelitas en tierra de Palestina (excavaciones de 1990) utilizando un método que utiliza la estadística ( exploración de toda la superficie a gran escala de la cual se extraen todas las signos de vida, luego se data y se cartografía por fecha) que permitió el descubrimiento de la sedentarización de los primeros israelitas sobre las altas tierras de Cisjordania. Es un libro que es necesario conocer.
639 páginas EL PAPA DE HITLER: LA VERDADERA HISTORIA DE PIO XII ¿Fue Pío XII indiferente al sufrimiento del pueblo judío? ¿Tuvo alguna responsabilidad en el ascenso del nazismo? ¿Cómo explicar que firmara un Concordato con Hitler? Preguntas como éstas comenzaron a formularse al finalizar la Segunda Guerra Mundial, tiñendo con la sospecha al Sumo Pontífice. A fin de responder a estos interrogantes, y con el deseo de limpiar la imagen de Eugenio Pacelli, el historiador católico John Cornwell decidió investigar a fondo su figura. El profesor Cornwell plantea unas acusaciones acerca del papel de la Iglesia en los acontecimientos más terribles del siglo, incluso de la historia humana, extremadamente difíciles de refutar.
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513 páginas
326 páginas
480 páginas
En esta obra se describe a algunos de los hombres que ocuparon el cargo de papa. Entre los papas hubo un gran número de hombres casados, algunos de los cuales renunciaron a sus esposas e hijos a cambio del cargo papal. Muchos eran hijos de sacerdotes, obispos y papas. Algunos eran bastardos, uno era viudo, otro un ex esclavo, varios eran asesinos, otros incrédulos, algunos eran ermitaños, algunos herejes, sadistas y sodomitas; muchos se convirtieron en papas comprando el papado (simonía), y continuaron durante sus días vendiendo objetos sagrados para forrarse con el dinero, al menos uno era adorador de Satanás, algunos fueron padres de hijos ilegítimos, algunos eran fornicarios y adúlteros en gran escala...
Santos e pecadores: história dos papas é um livro que em nenhum momento soa pretensioso. O subtítulo é explicado pelo autor no prefácio, que afirma não ter tido a intenção de soar absoluto. Não é a história dos papas, mas sim, uma de suas histórias. Vale dizer que o livro originou-se de uma série para a televisão, mas em nenhum momento soa incompleto ou deixa lacunas.
Jesús de Nazaret, su posible descendencia y el papel de sus discípulos están de plena actualidad. Llega así la publicación de El puzzle de Jesús, que aporta un punto de vista diferente y polémico sobre su figura. Earl Doherty, el autor, es un estudioso que se ha dedicado durante décadas a investigar los testimonios acerca de la vida de Jesús, profundizando hasta las últimas consecuencias... que a mucha gente le gustaría no tener que leer. Kevin Quinter es un escritor de ficción histórica al que proponen escribir un bestseller sobre la vida de Jesús de Nazaret.
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576 páginas
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First published in 1976, Paul Johnson's exceptional study of Christianity has been loved and widely hailed for its intensive research, writing, and magnitude. In a highly readable companion to books on faith and history, the scholar and author Johnson has illuminated the Christian world and its fascinating history in a way that no other has.
La Biblia con fuentes reveladas (2003) es un libro del erudito bíblico Richard Elliott Friedman que se ocupa del proceso por el cual los cinco libros de la Torá (Pentateuco) llegaron a ser escritos. Friedman sigue las cuatro fuentes del modelo de la hipótesis documentaria pero se diferencia significativamente del modelo S de Julius Wellhausen en varios aspectos.
An Atheist Classic! This masterpiece, by the brilliant atheist Marshall Gauvin is full of direct 'counter-dictions', historical evidence and testimony that, not only casts doubt, but shatters the myth that there was, indeed, a 'Jesus Christ', as Christians assert.
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391 páginas PEDERASTIA EM LA IGLESIA CATÓLICA En este libro, los abusos sexuales a menores, cometidos por el clero o por cualquier otro, son tratados como "delitos", no como "pecados", ya que en todos los ordenamientos jurídicos democráticos del mundo se tipifican como un delito penal las conductas sexuales con menores a las que nos vamos a referir. Y comete también un delito todo aquel que, de forma consciente y activa, encubre u ordena encubrir esos comportamientos deplorables. Usar como objeto sexual a un menor, ya sea mediante la violencia, el engaño, la astucia o la seducción, supone, ante todo y por encima de cualquier otra opinión, un delito. Y si bien es cierto que, además, el hecho puede verse como un "pecado" -según el término católico-, jamás puede ser lícito, ni honesto, ni admisible abordarlo sólo como un "pecado" al tiempo que se ignora conscientemente su naturaleza básica de delito, tal como hace la Iglesia católica, tanto desde el ordenamiento jurídico interno que le es propio, como desde la praxis cotidiana de sus prelados.
Robert Ambelain, aunque defensor de la historicidad de un Jesús de carne y hueso, amplia en estas líneas la descripción que hace en anteriores entregas de esta trilogía ( Jesús o El Secreto Mortal de los Templarios y Los Secretos del Gólgota) de un Jesús para nada acorde con la descripción oficial de la iglesia sino a uno rebelde: un zelote con aspiraciones a monarca que fue mitificado e inventado, tal y como se conoce actualmente, por Paulo, quién, según Ambelain, desconocía las leyes judaicas y dicha religión, y quien además usó todos los arquetipos de las religiones que sí conocía y en las que alguna vez creyó (las griegas, romanas y persas) arropándose en los conocimientos sobre judaísmo de personas como Filón para crear a ese personaje. Este extrajo de cada religión aquello que atraería a las masas para así poder centralizar su nueva religión en sí mismo como cabeza visible de una jerarquía eclesiástica totalmente nueva que no hacía frente directo al imperio pero si a quienes oprimían al pueblo valiéndose de la posición que les había concedido dicho imperio (el consejo judío).
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