Cogumelos no Sul do Brasil - volume 1
Short Description
Descrição: Livro coletânea de cogumelos encontrado no sul do Brasil, com informações sobre comestibilidade e toxicidade....
Description
COGUMELOS NO SUL DO BRASIL volume 1 Jair Putzke
Todos os direitos reservados pelo autor
1
PREFÁCIO Um dos grandes problemas do Brasil estará sempre associado à falta de livros básicos que possibilitem ao leigo identificar espécies de nossa flora, fauna e micota (fungos). Como isto é possível se o Brasil tem a maior biodiversidade do planeta? Enquanto países desenvolvidos têm livros de bolso para esta atividade, aqui nem sonhamos ainda com esta possibilidade. Surge então a oportunidade de lançar algo inédito, com todos os recursos que tem-se à disposição: montar e apresentar aos interessados um livro como um guia de bolso (talvez não caiba), para identificar fungos macroscópicos, em especial do grupo dos cogumelos. Muito comuns em qualquer ambiente, os cogumelos estão representados de diversas maneiras no nosso dia a dia. Ocorrem em lendas, contos, em desenhos animados e filmes, mas ainda são pouco explorados quando fala-se em utilização prática. Para isto lança-se o presente livro, cujo objetivo é permitir que você possa aventurar-se na difícil tarefa de identificar fungos, ainda que tentativamente, para utilizá-los depois em outras pesquisas ou somente como diversão. O livro vem atender os pedidos do pessoal que tem participado de cursos de identificação e reclama da falta de algo básico na área e daqueles que vêem nos cogumelos um motivo para meditação e contemplação. Este é o primeiro volume de uma série que está sendo finalizada. Boa leitura e diversão.
Cyathus – um fungo diferente
2
INTRODUÇÃO Os fungos apresentam muitas espécies microscópicas, mas algumas delas acabam formando corpos de frutificação bem grandes em determinadas épocas (apesar do nome “corpo de frutificação” não ser correto!). Estas formações podem ser de dois tipos: ascomicéticas, que em geral tem forma de taça ou prato (foto no centro e abaixo) e basidiomicéticas (daí o nome Basidiomycota), que pode ser nas demais formas abaixo apresentadas (fotos) e que podem formar também os populares cogumelos. A espécie da direita é muito fedorenta e pertence ao grupo das Phallales (neste caso Dyctiophora indusiata = Phallus indusiatus). Chineses fazem sopa desta espécie, sendo que o mau cheiro que exalam é para atrair moscas que dispersam seus esporos, mas que para nós pode causar náuseas de tão horrível. A foto central mostra uma estrela-da-terra (Geastrum sp.), em que a bola contem os esporos que saem pela boca quando ela é apertada, ou pelo impacto de gotas d´água ou de qualquer objeto. Esta espécie pertence aos gasteromicetos, outro grande grupo que reúne espécies macroscópicas, mas que formam seus esporos em geral no interior de estruturas do corpo de frutificação (dentro de um invólucro que pode ser de várias formas).
Geastrum sp.
Dyctiophora indusiata
REPRODUÇÃO
3
Nos cogumelos, os esporos (sementes microscópicas) são formados geralmente na parte de baixo do guarda-chuva ou chapéu, que é chamado de píleo. Desta forma, os esporos podem depositar-se sobre a grama ou no tronco onde estes fungos crescem e a cor desta formação pode ser então interpretada. A cor pode também ser observada se deixarmos o cogumelo sobre uma folha de papel por algum tempo dentro de um pote fechado com uma bolinha de papel umedecida. Os esporos se depositam sobre a folha. Esta coloração é chamada de esporada e pode ser branca, negra, verde, rosada, enfim, de várias tonalidades. Em fungos de outros grupos os esporos podem ser formados em toda a superfície externa, como no caso das Ramaria mais abaixo.
Ramaria
4
PARTES DE UM COGUMELO
ESTRUTURA GERAL DO HIMENÓFORO
5
O himenóforo é a região que fica por baixo do píleo, isto é, a área fértil do cogumelo, onde são formados os esporos. Desta forma, os cogumelos liberam milhões de esporos que são atirados a partir dos basídios. Estes são células clavidormes onde, externamente a elas, formam-se de um a quatro esporos que são gerados sobre pequenos espinhos denominados esterigmas. A camada de basídios recobre toda a estrutura formada nesta região, que pode ser lamelada, poróide, favolóide até completamente lisa. Alguns tipos de himenóforo estão expostos abaixo. O himênio é a camada formada pelos basídios e outras estruturas estéreis que podem ser encontradas preenchendo o espaço entre basídios.
6
FORMAS ENCONTRADAS A CAMPO
TIPOS DE SUPERFÍCIE
7
O píleo pode ser recoberto por vários tipos de ornamentos tal como mostra a figura abaixo (cogumelo cortado ao meio): a- superfície escamosa; b- superfície vilosa; c- superfície híspida; d- superfície estrigosa.
8
TIPOS DE LAMELAS
As lamelas podem conectar-se ao estipe de diversas maneiras. As principais estão exemplificadas abaixo (em corte do cogumelos): a- remotas; b- livres; c- adnexas; demarginadas; e- curto-emarginadas; f- adnatas; g- livres colariadas; h- sub-decurrentes; idecurrentes.
Leucocoprinus remotas
Gymnopillus adnexas
Marasmiellus adnatas
FORMAS DO PÍLEO
9
O píleo dos cogumelos pode assumir diferentes formas, independente da disposição das lamelas. Desta forma pode-se ter: a- aplanado; b- cônico; c- convexo; d- campanulado; ecôncavo; f- papilado; g- depresso; h- umbonado; i- plano-convexo; j- infundibuliforme; kciatiforme; l- hemisférico.
10
FORMAS DO PÍLEO/LAMELAS
Em alguns casos a margem do píleo pode ser importante para a identificação do cogumelo. Desta forma podem-se reconhecer: a- margem involuta; d- margem revoluta. Em outros casos tem-se ainda disposição de lamelas diferente: a- lamelas ascendentes; blamelas intervenosas; c- lamelas radiadas (a partir do ponto de fixação central e pela superfície do píleo). O píleo e o estipe ainda podem variar das seguintes formas: c- com pseudo-estipe; e- píleo plicado com estipe central; f- píleo excentricamente estipetado; g- sem micélio basal ou inserto; i- com micélio basal evidente; h- píleo espatulado com estipe lateralmente fixo.
FORMAS DO PÍLEO/LAMELAS
11
Em alguns casos a margem do píleo pode ser importante para a identificação do cogumelo. Desta forma podem-se reconhecer: a- margem involuta; d- margem revoluta. Em outros casos tem-se ainda disposição de lamelas diferente: a- lamelas ascendentes; blamelas intervenosas; c- lamelas radiadas (a partir do ponto de fixação central e pela superfície do píleo). O píleo e o estipe ainda podem variar das seguintes formas: c- com pseudo-estipe; e- píleo plicado com estipe central; f- píleo excentricamente estipetado; g- sem micélio basal ou inserto; i- com micélio basal evidente; h- píleo espatulado com estipe lateralmente fixo.
12
O desenho acima (esquerda) é um dos mais antigos que se conhece de um cogumelo, tendo sido feito na Europa e datado de 1419. As pesquisas e sua utilização com o alimento são muito antigos nesta região. No Brasil, ao contrário, grande parte dos usos de cogumelos são relativos aos indígenas, mas este conhecimento em grande parte se perdeu. Os trabalhos de levantamento de cogumelos brasileiros foram feitos inicialmente pelo Padre Johannes Rick (1869-1946, acima ao centro) no sul e entre 1900 e 1946 e posteriormente, por Augusto Chaves Batista (1916-1967; acima a direita) na década de 1950-60. Estes foram pioneiros junto a outros cientistas brasileiros e estrangeiros que atuaram aqui. Graças ao conhecimento conseguido pelo trabalho destes, tem-se hoje cerca de 1.200 espécies de cogumelos conhecidos para o Brasil, alguns dos quais são listados e ilustrados a seguir. O número ainda está longe de ser conclusivo, então muito mais pesquisas são necessárias para conhecermos o número real de cogumelos que ocorrem no Brasil. Da mesma forma, este número aumenta também em função da introdução de espécies de outros países através de plantações de Eucaliptus, Acacia, Pinus e outras árvores. Portanto, para fins de identificação, é importante que você esteja atento à possibilidade de espécies venenosas diferentes estarem sendo introduzidas no Brasil a qualquer momento.
Lycoperdon perlatum
Pycnoporus sanguineus
13
Os fungos têm várias utilidades econômicas e mesmo funções diferentes no meio ambiente. No esquema acima pode-se perceber algumas destas utilidades. Praticamente todos os seres vivos dependem direta ou indiretamente de fungos. Poderíamos substituir no centro o termo FUNGOS pelo nome COGUMELOS, e o mesmo esquema ainda seria válido, pois cogumelos são fungos e apresentam relação com todos estes tópicos. Desta forma, cogumelos como em várias espécies de Hohenbuehelia (abaixo esquerda), são predadoras de nematóides de solo CONTROLE BIOLÓGICO), alguns dos quais representam grandes pragas para nossas lavouras. Outros são associados a raízes de plantas, levando nutrientes para estas e recebendo da planta açúcar com água, sendo que ambos se beneficiam (abaixo direita – Amanita muscaria imatura).
Hohenbuehelia nigra
Amanita muscaria em Pinus
14
IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA
Os cogumelos são decompositores de matéria orgânica morta, disponibilizando nutrientes de novo para as plantas. É um dos trabalhos gratuitos mais importantes para os seres vivos e apresentado no desenho abaixo, onde todos os seres estão interligados. Algumas espécies de Marasmius formam a chamada crina vegetal, um fio preto muito resistente e que permite dar nós e fazer amarrações (ver foto abaixo). Estes fios são utilizados por aves para confecção de seus ninhos, representando uma associação (cogumelo + aves).
15
FUNGOS & FORMIGAS
O jardim das formigas
Área de ocorrência de Atta nas Américas (em vermelho)
Bromáceos, as células do fungos que as formigas comem
No esquema acima está exposto o que as formigas cortadeiras fazem com os pedaços de plantas que levam para seu ninho. Elas criam um jardim e nele plantam um fungo para utilizar este como alimento. Portanto, elas não comem as folhas e sim o que cultivam nelas. Leucoagaricus, Agrocybe, Conocybe, Agaricus , Leucopaxillus, Xerocomus são exemplos de gêneros de cogumelos que são cultivados por formigas. Se algum problema atinge o formiguerio e a colônia enfraquece, os cogumelos podem ser formados por fora do ninho.
Hericium – fungo que não pertence aos cogumelos
16
COGUMELOS CULTIVADOS O cultivo de cogumelos comestíveis já é uma realidade no Brasil. Muitos produtores se especializaram e hoje são até mesmo grandes exportadores, mas ainda tem-se mercado em amplo cresciemento por aqui. No cesto abaixo tem-se várias espécies que são hoje cultivadas em diferentes centros. De cima para baixo na foto: Pleurotus sp. (Shimeji), Pleurotus ostreatoroseus (Hiratake ou Salmão), Agaricus sp. São algumas das espécies cultiváveis. Antes de começar um cultivo, procure informar-se pois o detalhismo é muito importante e o iniciante pode decepcionar-se com os insucessos. Mesmo produtores antigos sofrem às vezes quebras significativas em alguns lotes. Como os cogumelos são decompositores, deve-se oferecer restos vegetais e animais como alimento, que incluem: palha de trigo ou de arroz, bagaço de cana-de-açúcar, esterco de galinha, farelos diversos e outros substratos.
17
COGUMELOS CULTIVADOS Outras espécies são cultivadas diretamente em troncos como o Shiitake (Lentinus edodes – abaixo direita). Estas espécies tem seu mofo (micélio) introduzido em furos feitos nos troncos, colonizando toda a madeira e, na hora de formar o cogumelo, devem sofrer um choque. Isto é conseguido mergulhando-se as toras em água gelada ou batendo-as com pedaços de pau. No caso do Champignon, além do substrato que se oferece para o micélio se desenvolver, quando chega o momento de frutificar, coloca-se uma terra de cobertura esterilizada que permitirá a formação dos cogumelos (embaixo esquerda). Sem esta terra não há formação dos primórdios. Para a coleta são escolhidos os cogumelos pequenos, ainda sem abrir o píleo. Se este abrir e os esporos amadurecerem, as lamelas inicialmente brancas ou rosadas ficam pretas ou marrom-escuras.
Cultivo de Agaricus
Cultivo de Shitake
18
COGUMELOS CULTIVADOS Outras espécies são cultivadas diretamente em troncos no meio do mato, mas são raros os casos deste tipo de cultivo no País. Espécies como as Auricularia spp. abaixo, que pode chegar a até 20 cm de diâmetro e outras espécies comestíveis, podem ser obtidas desta forma. Para cultivo de espécies usuais no mercado o micélio ou o que se chama vulgarmente de “semente”, pode ser comprado de vários fornecedores para espécies como Pleurotus e Agaricus. Outras espécies só podem ser encontradas na natureza, mas na maioria não são conhecidas técnicas de cultivo. Há espécies, por exemplo, que vivem em solo ou serrapilheira, de excelente sabor, mas sem aplicação por não ser possível ainda o seu cultivo e outras micorrízicas, que só podem ser encontradas sob a copa de algumas árvores com as quais estas mantêm a simbiose.
Auricularia
19
COGUMELOS CULTIVADOS Muitas espécies são pequenas demais para serem utilizadas como alimento ou para outros fins, mas podem ter aplicações em outras áreas ou pelo menos tem alguma importância ecológica. Neste grupo entram a maioria das espécies conhecidas. Em todas devem ser observadas - para a identificação - a forma e cor do píleo, lamelas e estipe, como mostra a figura abaixo.
Lamelas
Estipe
Coprinus
Píleo
20
COGUMELOS NO BRASIL A seguir apresentam-se as fotografias e detalhes de muitas espécies encontradas no Brasil e que podem ser tentativamente identificadas com o uso deste guia. Mas lembrese: este guia pode não ser suficiente em muitos casos, pois o clima e outras condições modificam muito a forma geral dos cogumelos. Esta deve ser uma identificação por tentativa e erro, sendo importante consultar a microscopia para confirmar a identificação. Este guia não contempla outros grupos confundidos eventualmente com o aqui discutido, como as orelhas-de-pau (ver foto bem embaixo).
21
O gênero Suillus Estes fungos são encontrados sob mata de Pinus, com o qual formam micorriza. Podem ser diferenciados pela coloração marrom clara dos poros e pela cor da derme, esta que pode ser removida facilmente e arrancando-se tiras longas sem se romper ao puxar. O píleo também é bem víscido, aderindo aos dedos e colando materiais na superfíicie. Suillus luteus tem anel e Suillus granulatus não.
Suillus luteus
Suillus granulatus
22
O gênero Laccaria Estes fungos são encontrados sob mata de Eucaliptus (Laccaria fraterna) e Pinus (Laccaria laccata). Podem ser diferenciados pela coloração marrom carne em geral, igual para todas as partes, pelas lamelas aderidas ao estipe (adnatas) e por crescer em solo destas matas. A espécie de Pinus é maior no diâmetro do píleo e em altura.
Laccaria fraterna
Laccaria fraterna
Laccaria fraterna
Laccaria laccata
23
O gênero Lepista Estes fungos são encontrados em solo de gramados. Podem formar anel de bruxa. Sua coloração violáeo-azulada é característica, associado às lamelas que antes de aderirem ao estipe subem um pouco (emarginado-adnatas). Lepista sprdida e Lepista glabella são as espécies mais encontradas. A esporada é rosada.
Lepista sordida
24
O gênero Lactarius Estes fungos são encontrados em solo de mata de Pinus, árvore com a qual tem relação micorrízica. Sua coloração alaranjada (cenoura) é característica, associado às lamelas que são de adnatas até decurrentes e da mesma cor. Se machucados ou mesmo na hora da coleta podem ficar esverdeados. Lactarius deliciosus é a espécie mais encontrada podendo atingir até 20 cm de diâmetro, apresentando ainda o píleo com círculos concêntricos de cor mais profunda intercalados por outros cículos mais claros.
Lactarius deliciosus
25
O gênero Anellaria Estes fungos são encontrados em esterco de gado. Esta espécie é branca, mas pode ser confundida com Panaeolus que também tem píleo com forma de campânula, mas estes são muito venenosos. A espécie aqui ilustrada é Anellaria sepulchralis. A esporada é preta.
Anellaria sepulchralis
26
O gênero Macrolepiota Estes fungos são encontrados em solo de campos, apesar de uma espécie grande ser encontrada em interior de mato. Tem píleo branco com escamas mais escuras cobrindo toda a superfície. As lamelas são brancas e completamente livres do estipe (remotas). A esporada é branca e por isto facilmente separada de Chlorophyllum que tem esporada verde e é venenoso. O estipe em ambos tem anel (que fica livre) e é igualmente escamoso ou até liso. Macrolepíota bonaerensis é uma das mais comuns (foto esquerda) junto com Macrolepiota rhacodes (direita) e Macrolepiota kerandi.
27
O gênero Macrolepiota Mais algumas espécies de Macrolepiota encotnraas no Brasil (foto esquerda): Macrolepiota rhacodes (direita) diferencia-se por mudar de cor quando o contexto é machucado ou exposto, além de ter estipe inteiramente liso; Macrolepiota kerandi (esquerda) é um pouco menor que as demais.
28
O gênero Leucocoprinus Estes fungos são encontrados em solo de campos, apresentando píleo fino e profundamente sulcado, muitas vezes lembrando um leque. Podem chegar a 5 cm de diâmetro. O estipe tem anel e as lamelas são livres (remotas). São venenosas e as escamas podem irritar os olhos.
Leucocoprinus brebissonii
Leucocoprinus birnbaumii
29
O gênero Leucocoprinus Dentre os cogumelos estes são os mais frágeis e ao mesmo tempo dos mais vivamente coloridos, sendo característico o píleo bem sulcado-plicado quando bem maduro e as escamas que se soltam com facilidade ao serem tocadas. O anel é móvel, ficando livre com a maturidade. Podem ocorrer em solo ou raro em madeira.
Leucocoprinus birnbaumii
30
O gênero Chlorophyllum Estes fungos são encontrados em solo de campos, apresentando píleo grosso, muito parecido aos Macrolepiota. A única diferença marcante é a cor das lamelas quando os esporos estão maduros (elas passam do branco ao esverdeado). Muitas confusões são feitas e esta espécie é venenosa, havendo um caso recente de envenenamento no Paraná. O estipe tem anel e as lamelas são livres (remotas).
Chlorophyllum molybdites
31
O gênero Hohenbuehelia Estes fungos são encontrados em diversos tipos de madeira morta e inclusive em cipós e muitas vezes apenas em galhos menores. São em geral pequenos e sem estipe, apesar de uma espécie pelo menos ter um estipe lateral (Hohenbuehelia petalodes). Em geral não passam dos 4 cm de diâmetro. Algumas espécies são confundidas com Pleurotus mas apresentam gelatina no contexto e nas lamelas, sob pouco aumento, percebe-se projeções a partir das margens que são metulóides (estruturas de função mecânica e excretora).
Hohenbuehelia atrocaerulea Hohenbuehelia singerii
Hohenbuehelia petalodes
32
Os gêneros Resupinatus, Cyptotrama e Dictyopanus
Resupinatus são encontrados em diversos tipos de madeira morta e inclusive em cipós e restos de coqueiros e muitas vezes apenas em galhos menores. São em geral pequenos e sem estipe. Confundem-se com Hohenbuehelia, mas não apresentam os metulóides projetando-se das lamelas (vistos como espinhos nos lados das lamelas sob pequeno aumento) emuitas são de colorido escuro. A esporada branca e em geral não passam dos 2 cm de diâmetro. No caso de Cyptotrama, o colorido amarelo-ouro com escamas em forma de pirâmide na superfície, contrastando com as lamelas inteiramente brancas e adnatas, são caracteres que ajudam a diferenciar esta espécie que ocorre em madeira morta. Dyctiopanus é inconfundível pela fixação por um curto estipe lateral e por apresentar poros e não lamelas. A cor e o reduzido tamanho também são distintivos.
Resupinatus applicatus
Cyptotrama asprata
Dyctiopanus pusillus
33
O gênero Conocybe Estes fungos são encontrados em solo de campos, apresentando píleo com forma de sino ou campânula até convexo, branco a amarelento ou amarronzado. A cor das lamelas quando os esporos estão maduros é marrom-ferrugem (bem claro). Estas espécies são comuns em solo e esterco, mas não devem ser ingeridas. Há muitas espécies no Brasil.
34
O gênero Hygrocybe Estes fungos são encontrados em solo de diversas formações, sendo características pelo colorido vivo (vermelho, amarelo, verde...) e lamelas grossas e cerosas. O estipe central e lamelas adnatas, viscosos ou não ajudam na identificação. Há muitas espécies no Brasil.
Hygrocybe coccineae Hygrocybe batistae
Hygrocybe parvula
H. conica
H. firma
Hygrocybe occidentalis
H. miniata
H. nigrescens
35
O gênero Gyrodon Vários outros fungos com poros ou tubos embaixo do píleo são encontrados no Brasil. Uma delas é a espécie abaixo, que ocorre inclusive em matas nativas ou associada a espécies introduzidas como uva-japonesa (Hovenia dulcis). Mas há algumas espécies ainda desconhecidas, então devemos ter cuidado ao coletá-las para fins culinários, pois pode-se cometer erros na identificação.
Gyrodon rompelli
Gyrodon sp.
Phlebopus braunii
36
O gênero Gymnopilus Estes fungos são encontrados em madeira, em geral restos de eucalipto, às vezes na base de árvores ainda vivas e neste caso Gymnopilus spectabilis. Outras espécies são encontradas em outros tipos de madeira, mas sua comestibilidade é desconhecida. As lamelas são adnatas e ferrugíneas. O véu no estipe e a coloração geral são exclusivos, como se vê na foto abaixo. É de sabor muito amargo e até apimentado, queimando a ponta da língua (característico deste gênero). Desta forma pode-se diferenciá-lo. Apesar de comestível quando cozido, há pessoas que tem sensibillidade e podem ter efeitos adversos; portanto cuidado.
Gymnopilus spectabilis
37
O gênero Entoloma Fungos deste gênero têm esporada rosada, ficando as lamelas (estas são adnatas a decurrentes) com esta coloração, pelo menos salmão. Podem ser confundidos com muitas outras espécies, várias ocorrendo no Brasil. Algumas estão expostas abaixo, não devendo ser aproveitadas como alimento.
Entoloma pinna
Entoloma stylophorum
Entoloma purum
38
O gênero Volvariella Fungos deste gênero têm volva, uma espécie de saco na base do estipe, não apresentam anel, as lamelas são livres e a esporada é rosada. Ocorrem em geral sobre madeira, raro em solo. Podem ser confundidos com Amanita, mas estas têm anel bem distinto no estipe e não ocorrem em madeira.
Volvariella bombycina
39
O gênero Armillariella Fungos deste gênero têm véu no estipe, lamelas adnatas a decurrentes e ocorrem como parasitas em árvores ainda vivas. Muitas vezes chamadas de Armillaria, podem atacar árvores de interesse econômico. Em geral ocorrem em aglomerados de vários cogumelos. A mais comum no Sul do Brasil é a espécie abaixo ilustrada.
Armillariella puiggarii
40
O gênero Oudemansiella Fungos deste gênero têm píleo com escamas que acabam desaparecendo com o desenvolvimento e estipe com véu duplo, lamelas adnatas e ocorrem como decompositores em madeira morta. Algumas espécies ocorrem em solo e apresentam uma pseudorriza, mas não tem escamas. Esporada branca ou creme. Esta espécie é Oudemansiella canarii e ocorre em madeira morta, sendo predominantemente branca.
Oudemansiella canarii
O. steffenii
41
O gênero Marasmius Marasmius é o gênero com o maior número de espécies no Brasil, sendo difícil identificá-las. Muitas são minúsculas, a maioria com menos de 1 cm de diâmetro de píleo, muitos profundamente sulcados (parecendo aqueles pára-quedas da segunda guerra mundial) e com estipe fino e preto, lembrando o fio da crina de um cavalo. Com esta combinação de caracteres tem-se um Marasmius. Há espécies maiores e algumas destas venenosas.
Marasmius haematocephalus
Marasmius ferrugineus
42
O gênero Amanita Fungos deste gênero têm píleo convexo a plano e até depresso no centro, com escamas, estipe com volva na base e anel ou véu no centro ou acima do centro. Podem apresentar diversas cores, sendo encontradas em solo associadas a diferentes espécies arbóreas. A mais comum é Amanita muscaria que tem píleo vermelho com escamas brancas e que ocorre em matas de Pinus. A mais mortal é Amanita phalloides, com tons brancos a amarelados ou bege.
43
O gênero Schyzophyllum Fungos deste gênero têm píleo cabeludo (piloso), inteiro ou variadamente partido ou lobado. Em geral sem estipe ou com um curto estipe lateral, tem lamelas longitudinalmente partidas e enroladas para fora, como mostra a foto de microscópio de uma seção de lamela (abaixo à esquerda). Este é Schyzophyllum commune um dos fungos mais encontrados. Há casos de meningite associadas com este fungo, mas é comercializado no México e Nigéria como espécie comestível.
44
O gênero Crepidotus e Melanotus Estes cogumelos apresentam-se fixos lateralmente a madeira, lembrando muito Hohenbuehellia e Pleurotus, mas diferindo basicamente pela esporada que deixa as lamelas ferrugíneas a marrom-escuras. Há espécies comestíveis mas muitas são exclusivas do Brasil, muito pequenas e não testadas, podendo gerar confusão.
Crepidotus sp.
Melanotus sp.
45
O gênero Lentinellus Fungos deste gênero fixam-se lateralmente ao substrato, por um pequeno estipe ou diretamente pelo píleo. Lentinellus apresenta lamelas bem serrilhadas e gosto muito picante, sendo que isto diferencia o gênero de Hohenbiehelia e de outros Pleurotus. Ocorrem em maderia morta.
Lentinellus angustifolius
46
O gênero Xeromphalina Uma série de espécies de cogumelos grandes tem sua comestibilidade ainda desconhecida, apesar de muito bonitos. Isto acontece com Xeromphalina tenuipes, um fungo de uma combinação de amarelo e laranja que impressiona, podendo atingir até 10 cm de píleo, com lamelas adnatas e igualmente amareladas, mas de comestibilidade desconhecida. Ocorre em madeira e o estipe é finamente piloso.
Xeromphalina tenuipes
47
O gênero Mycobonia Fungos deste gênero fixam-se lateralmente a madeira, por um pequeno estipe ou diretamente pelo píleo. Não apresentam lamelas e o colorido é alaranjado. Mycobonia é de consistência mais rígida, sendo a superfície inferior (himênio) lisa, salpicada com pequenos espinhos (medas visíveis com lupa). Não tem-se dados sobre sua comestibilidade.
Mycobonia flava
48
O gênero Collybia Uma série de espécies de Collybia ocorrem no Brasil, mas a maioria sem informações sobre comestibilidade. Em geral tem esporada branca, lamelas adnatas, estipe central, sem anel nem volva. Ocorrem em serrapilheira de mato, ou em madeira, sendo que a base do estipe sempre tem um micélio bem evidente. São espécies difíceis de identificar, portanto tome cuidado.
Collybia sp.
Marasmiellus spp.
Panellus sp..
49
O gênero Pluteus Estes cogumelos grandes apresentam-se com estipe central, lamelas perfeitamente livres e que ficam rosadas, pois a esporada é rosada ou salmão a marrom-rosado. Não tem volva nem anel, o que os diferencia de gêneros como Amanita e Volvariella. Há muitas espécies comestíveis, mas várias ainda não foram testadas.
Pluteus spp.
50
Fungos parecidos com cogumelos Alguns fungos crescem em uma forma parecida com cogumelo mas na verdade não pertencem a este grupo. Este é o caso dos fungos desta página.
Poronia oedipus
Auricularia spp.
51
Agaricus campestris AGARICACEAE O gênero Agaricus tem muitas espécies comestíveis, algumas de excelente sabor e inclusive cultivadas para fins comerciais (como o popular champignom e o cogumelos do sol). Deve-se ter co cuidado com espécies de interior de mato e espécies que ficam amareladas ao serem tocadas ou machucadas.
Agaricus subrufescens
52
O gênero Paxillus Estes cogumelos grandes apresentam-se com estipe central ou algo excêntrico lamelas decurrentes e que ficam escuras depois de velhas, pois a esporada é marrom, são venenosos. Não tem volva nem anel, e ocorrem em solo de plantações de Pinus. Deve-se cuidar para não coletá-los junto com Lactarius.
Paxillus involutus
POLYPORACEAE
Lentinus bertieri
53
L. velutinus
Lentinus crinitus Lentinus strigosus O gênero Lentinus é considerado comestível, mas os pêlos dão um paladar estranho e irritam a garganta.
54
STROPHARIACEAE
Os fungos do gênero Hypholoma variam muito de cor, pois em vários casos são encontrados cobertos pela esporada dos cogumelos que se encontram mais acima, mudando então para marrom. O H. trinitense tem um véu apendiculado bem visível nas margens do píleo, diferindo por este caracter de H. subviride. O micélio forma rizomorfas brancas e grossas bem evidentes na base do estipe. Não são espécies comestíveis.
Hypholoma subviride
BIBLIOGRAFIA CONSUILTADA
55
ALBERTÓ E.; PEREIRA DE ALBUQUERQUE, M. & BATISTA, A. EL GENERO AGARICUS EM RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. The Genus Agaricus in Rio Grande do Sul, Brazil. Bol. Soc. Argent. Bot. 40 (Supl.) 2005: 155. Disponível em: http://www.botanicargentina.com.ar/jornadas/30/30jornadas152-182.pdf ALBUQUERQUE, M.P.; VICTORIA, F.C. & PEREIRA, A.B. 2006. Ecologia e distribuição do gênero Leucocoprinus Pat. no Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Biologica Leopoldensia 28: 11-16. ARAUJO, I. J. A. 1984. Contribuição ao conhecimento da família Cortinariaceae Roze : Heim (Agaricales) na Amazonia brasileira. Tese de Doutorado, INPA. 219 pp. BALLERO, M. & CONTU, M. 1987. Tassonomia ed ecologia dei generi Laccaria Berk. & Br. (Basidiomycetes, Agaricales, Tricholomataceae) in Sardegna. Candollea 42 (2): 601 – 611. BIGELOW, H. E. 1982b. North American species of Clitocybe. Part I. J. Cramer & Vaduz. Nova Hedwigia, Beiheft 72: 1 – 280. BONONI, V. L. R. 1984. Basidiomycetes do Cerrado da Reserva Biologica de Moji Guaçu, São Paulo. Rickia 11: 1-25, 13 fig. BONONI, V.L.R. 1992. Fungos macroscópicos de Rio Branco, Acre, Brasil. Hoehnea 19: 31-37. BONONI, V. L. R.; AUTUORI, M. & ROCHA, M. B. de 1981b. Leucocoprinus gongylophorus (Mueller) Heim, o fungo do formigueiro de Atta sexedens rubropilosa. Rickia 9: 93-97, 4 fig. BONONI, V. L. R.; CAPELARI, M.; MAZIERO, R. & TRUFEM, S. F. B. 1995. Cultivo de Cogumelos comestíveis. Coleção Brasil Agrícola. Ícone Editora. São Paulo. 206 pp. BONONI, V. L. R.; MUCCI, E. S. F.; YOKOMIZO, N. K. S. & GUZMAN, G. 1984. Agaricales (Basidiomycetes) do Parque Estadual de Campos do Jordão, SP, Brasil. Rickia 11: 85-89. BONONI, V. L. R.; TRUFEN, S. F. B.; GRANIDI, R. A. P. 1981. Fungos macroscópicos depositados no Herbário do Instituto de Botânica de São Paulo. Rickia 9: 37-53. BONONI, V.L.R.; TRUFEM, S.F.B. & GRANDI, R.A.P. 1981a. Fungos macroscópicos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, Brasil, depositados no Herbário do Instituto de Botânica de São Paulo. Rickia 9: 37-53. CORTEZ, V. G. & SILVEIRA, R. M. B. 2007. Species of Hypholoma (Fr.) P. Kumm. (Strophariaceae, Agaricales) in Rio Grande do Sul State, Brazil. Acta Bot. Bras., vol.21, no.3, p.609-621. DENNIS, R. W. G. 1951b . Some Agaricaceae of Trinidad and Venezuela. Leucosporae: Part I. Trans. Brit. Mycol. Soc. 34: 411482. FIDALGO, O. & FIDALGO, M. E. P. K. 1967. Dicionário Micológico. Suppl. 2 de Rickia. 232pp.+ 217 fig. FIDALGO, O. & HIRATA, J. M. 1979. Etnomicologia Caiabi, Txicão e Txucarramãe. Rickia 8: 1-5. GUERRERO, R. T. & HOMRICH, M. H. 1999. Fungos macroscópicos comuns no Rio Grande do Sul-guia para identificação. 2ª edição. Porto Alegre, Ed. da Universidade, UFRGS. 124 pp. GUZMÁN, G. 1979. Hongos comestibles, venenosos y alucinantes. Ed. Limusa, México. 452pp. GUZMAN, G. & DAVALOS, LAURA GUZMAN-. 1992. A checklist of the Lepiotaceous Fungi (with information on its synonimy, distribution, edibility, and bibliography). Koeltz Scientific Books USA/Germany. 216 pp. HALLING, R. E. 1996. Notes on Collybia. V. Gymnopus section Levipedes in tropical South America with comments on Collybia. Brittonia 48: 487-494. 1996.
HALLING, R. E., 1997. The genus Collybia (Agaricales) in the Northeastern United States and adjacent Canada. Mycologia Memoirs 8: 1-148 (atualizada em página da internet http://www.nybg.org/bsci/res/col/colintro.html).
56
HAWKSWORTH, D. L.; KIRK, P. M.; SUTTON, B. C. & PEGLER, D. N. 1995. Ainsworth & Bisby’s Dictionary of the fungi. 8th edition. International Mycological Institute, CAB International. 616pp. HEINEMANN, P. 1993. Agarici Austroamericani VIII. Agariceae des régions intertropicales d'Amérique du Sud. Bulletin du Jardin Botanique National de Belgique 62: 355-384. HORAK, E. 1977. Entoloma in South America. I. Sydowia, Ann.Mycol., ser. II, 30 (1 – 6): 40–111. HORAK, E. 1979b. Fungi, Basidiomycetes, Agaricales y Gasteromycetes secotioides. Flora Criptogámica de Tierra del Fuego 11 (6): 1-525. HORAK, E. 1992. Galerina (Agaricales) in neotropical South America. Type studies, additional material, comments. Key Bol. Soc. Arg. Bot. 28 (1-4): 233-246. LAZO, W. 1984. Introduccion al estudio de los hongos superiores. III. Boletín Micológico 2 (1): 1 – 96. MAERZ, A. & PAUL, M. R. 1950. A dictionary of color. 2nd edition. New York. McGraw – Hill. 207pp. MAAS GEESTERANUS, R. A. & MEIJER, A. A. R. 1997. Mycenae Paranaenses. Publ. Royal Netherlands Academy of Arts and Sciences. 164 pp. MAAS GEESTERANUS, R.A. & A.A.R. DE MEIJER .1998. Further Mycenas from the State of Paraná, Brazil. Persoonia 17 (1):. OLIVEIRA, I. C. 1987. Estudo da Família Boletaceae na mata do Campus I da Universidade Federal da Paraíba João Pessoa - PB. Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Criptógamos da Universidade Federal de Pernambuco. 116 p. il. PEGLER, D. N. 1977. A preliminary Agaric flora of East Africa. Kew Bulletin add. ser. 6: 615pp., 131 fig. PEGLER, D. N. 1983a. The genus Lentinus-a wold monograph. Kew Bulletin Add. Ser. X: 281 pp., 65 fig. PEGLER, D. N. 1983b. Agaric Flora of the Lesser Antilles. Kew Bulletin Add. Ser. IX: 668 pp., 129 fig., 27 pl. PEGLER, D. N. 1986a. Agaric flora of Sri Lanka. Kew Bull. add. ser. 12: 514 pp. PEGLER, D. N. 1987. Agaricales of Brazil described by M. J. Berkeley. Kew Bull. 43 (3): 453-473. PEGLER, D. N. 1989. Agaricales of Brazil described by J. P. F. C. Montagne. Kew Bull. 41 (1): 161 – 177. PEGLER, D. N. 1997. The Agarics of São Paulo, Brazil. Royal Botanical Gardens, Kew. 68pp. PEGLER, D. N.; LODGE, D. J. & NAKASONE, K. K. 1998. The pantropical genus Macrocybe gen. nov. Mycologia 90 (3): 494 – 504. PEGLER, D. N. & YOUNG, T. W. K. 1986. Classification of Oudemansiella (Basidiomycotina: Tricholomataceae), with special reference to spore structure. Trans. Br. Mycol. Soc. 87 (4): 583-602. PEREIRA, A. B. 1984a. Introdução ao estudo dos Agaricales. Acta Biol. Leop. 2: 159-182. PEREIRA, A. B. 1984b. Contribuição ao estudo dos fungos Agaricales da mata nativa de Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kze. da Floresta Nacional de São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul. Pesquisa 35: 1 – 73. PEREIRA, A. B. 1988. O gênero Pleurotus (Fr.) Kummer no Rio Grande do Sul, Brasil. Caderno de Pesquisa, sér. Bot. 1: 1945. PEREIRA, A. B. 1990. O gênero Crepidotus no Rio Grande do Sul, Brasil. Caderno de Pesquisa, sér. Bot. 2 (1): 65-85. PEREIRA, A. B. 1998. Espécies novas do gênero Lepiota (Agaricaceae) do sul do Brasil. Iheringia, série Botânica 51 (2): 227 – 247. PEREIRA, A. B. 2000. Contribuição ao conhecimento do gênero Lepiota no Brasil. I. Pesquisas, Botânica 50: 27 – 77. PEREIRA, A. B. & PUTZKE, J. 1989 (1990). Famílias e gêneros de fungos Agaricales (cogumelos) no Rio Grande do Sul. Editora e Livraria da FISC. 1 8X pp.
PUTZKE, J. 1994a. Lista de fungos Agaricales (Hymenomycetes, Basidiomycotina) referidos para o Brasil. Caderno de Pesquisa, sér. Bot. 6 (2): 1 – 189. PUTZKE, J. 1994b. O gênero Hohenbuehelia Schulzer (Basidiomycotina, Agaricales) no Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação apresentada ao Curso de mestrado em Criptógamas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife. 183pp. PUTZKE, J. 1999. O gênero Laccaria (Basidiomycotina – Agaricales) no Rio Grande do Sul – Brasil. Caderno de Pesquisa, sér. Bot. 11 (1): 3 – 14. PUTZKE, J. & CAVALCANTI, M. A. 1995. O gênero Hohenbuehelia Schulzer (Basidiomycotina, Agaricales) no Rio Grande do Sul, Brasil. Caderno de Pesquisa, sér. Bot. 7 (1/2): 3-106. PUTZKE, J.; MARIA, L. & PEREIRA, A. B. 1994. Os fungos da família Boletaceae conhecidos no Rio Grande do Sul, Brasil (Fungi, Basidiomycotina). Caderno de Pesquisas, sér. Bot, 6(1): 75-100. PUTZKE, J. & PEREIRA, A. B. 1988. O Gênero Oudemansiella Speg. no Rio Grande do Sul, Brasil. Caderno de Pesquisas, sér. Bot. I (1 ): 47-69. PUTZKE, J. & PEREIRA, A. B. 1990. Os generos Cyptotrama Sing., Dictyopanus Pat. e Resupinatus Nees : S. F. Gray no Rio Grande do Sul, Brasil. Caderno de Pesquisa sér. Bot. 2 (1): 87-99. PUTZKE, J. & PEREIRA, A. B. 1996. Macroscopic fungi from the South Shetland Islands, Antarctica. Ser. Ci. Inst. Antártico Chileno 46: 31-39. PUTZKE, J. & PUTZKE, M. T. L. 1998. Os reinos dos fungos. Vol. 1. Editora da Universidade de Santa Cruz do Sul. 606pp. PUTZKE, J. & PUTZKE, M. T. L. 2002. Os reinos dos fungos. Vol. 2. Editora da Universidade de Santa Cruz do Sul. p. 607829. PUTZKE, J. & PUTZKE, J. 2003. Glossário Ilustrado de Micologia. Editora da UNISC, 150pp. RAITHELHUBER, J. 1974. Hongos Argentinos. Tomo I. Hongos comestibles y venenosos de la Provincia de Buenos Aires. Compañía Impressora Argentina, Buenos Aires. 157pp. 20 fig. RICK, J. 1960. Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul-Brasilia. 4. Iheringia ser. bot. 7: 193-295. RICK, J. 1961 . Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul-Brasilia. 5. Iheringia, sér. Bot. 8: 296-450. SINGER, R. 1956. The Armillariella mellea group. Lloydia 19: 176–187. SINGER, R. 1958b. Monographs of South American Basidiomycetes, specially those of the East Slope of the Andes and Brazil. I. The genus Pluteus in South America. Lloydia 2 1 (3'): 95-299. SINGER, R. 1962a. Monographs of South American Basidiomycetes, specially those of the East Slope of the Andes and Brazil. Sydowia, Ann. Mycol. ser. II, 15: 112 -132. SINGER, R. 1964b. Monographs of South American Basidiomycetes, especially those of the East slope of the Andes and Brazil. VIII. Oudemansiellinae, Macrocystidiinae, Pseudohiatulinae in South America. Darwiniana 13 (1): 145-190. SINGER, R. 1965b. Monographs of South American Basidiomycetes, especially those of the East Slope of the Andes and Brazil. X. Xeromphalina. Bol. Soc. Arg. Bot. 10 (4): 302-310. SINGER, R. 1965c. Monographic studies on South American Basidiomycetes specially those of the East slope of the Andes and Brazil. 2. The genus Marasmius in South America. Sydowia 18: 106-358. SINGER, R. 1966b. Monographs of South American Basidiomycetes speccially those of the East slope of the Andes and Brazil. IX. Tricholoma in Brazil and Argentina. Darwiniana 14 (1): 19-35. SINGER, R. 1969. Mycoflora Australis. Nova Hedwigia, Beiheft 29: 1-405. SINGER, R. 1970a. Omphalinae. Flora Neotropica Monograph 3. Hafner, New York Botanical Garden. 84pp. SINGER, R. 1973a. The genera Marasmiellus, Crepidotus and Simocybe in the Neotropics. Nova Hedwigia Beiheft 44: 1-5 17.
57
58 SINGER, R. 1976. Marasmieae (Basidiomycetes-Tricholomataceae). Flora Neotropica Monograph 17: 347pp. SINGER, R. 1986. The Agaricales in Modern Taxonomy. 4th ed., Germany. Koeltz Scientific Books. 981pp. 88pl. SINGER, R.; ARAUJO, I. & IVORY, M. H. 1983b. The Ectotrophically Mycorrhizal Fungi of the Neotropical Lowlands, especially central Amazonia. J. Cramer, Vaduz, Liechtenstein. SINGER, R. & DIGILIO, A. P. L. 1951 (1953). Pródromo a la flora agaricina Argentina. Lilloa 25: 5-462. SINGER, R. & DIGILIO, A. P. L. 1957. Las Boletaceas Austrosudamericanas. Lilloa 28: 247-268. SINGER, R. & DIGILIO, A. P. L. 1960. Las Boletáceas de Sudamerica Tropical. Lilloa 30: 141-164. SPEGAZZINI, C. 1880. Fungi Argentini. Anales de la Sociedad Científica Argentina 9 e 10. SPEGAZZINI, C. 1883-1885. Fungi Guaranitici, Pug. I. An. Soc. Cient. Arg. 16, 17, 18, SPEGAZZINI, C. 1888. Fungi Puiggariani. Bol. Acad. Nac. Cienc. Córdoba 11: 381-414. SPEGAZZINI, C. 1899. Fungi Argentini Novi. Anales del Museo Nacional de Buenos Aires. Tomo VI (ser. 2ª t. III). Buenos Aires: Imprenta de Juan A. Alsina SPEGAZZINI, C. 1919. Reliquiae Mycologicae Tropicae. Bol. Acad. Nac. Cienc. Córdoba 23:394-395. SPEGAZZINI, C. 1922. Fungi Paraguayenses. Anales de Museo Nacional de Historia Natural de Buenos Aires 31: 355 – 450. SPEGAZZINI, C. 1926. Observaciones y adiciones a la Micologia Argentina. Bol. Acad. Nac. Cienc. Córdoba 28: 311. SPIELMANN, A. A. & PUTZKE, J. Leucoagaricus gongylophorus (Agaricales, Basidiomycota) em ninho ativo de formigas Attini (Acromyrmex asperus). Caderno Pesq. Bot. 10(1-2): 37-36 TEIXEIRA, A. R. 1946. Himenomicetos Brasileiros-III: Agaricaceae. Bragantia 6 (5): 165-188. WARTCHOW, F. ; CORTEZ, V. G. & COELHO, G. . Pluteus thomsonii (Pluteaceae): a northern agaric found in South America. Mycotaxon, Estados Unidos, v. 89, n. 2, p. 349-353, 2004. WATLING, R. 1992. Observations on the Bolbitiaceae- 30. Some Brazilian taxa. Bol. Soc. Arg. Bot. 28 (1-4): 77-103.
View more...
Comments