Universidade Universidade de de São São Paulo Escola Superior de de Agricultura Agricultura “Luiz de de Queiroz” Escola Casa Casa do do Produtor Rural
Produção Produção de
Shiitake em Shiitake em toras de de eucalipto
Sérgio Sérgio Florentino Florentino Pascholati
Carla Mariane Mariane Carla José Renato Renato Marassatto Stangarlin José Simone Cristiane Brand Simone Cristiane
Casa do Produtor Rural Av. Pádua Pádua Dias, Dias, 11 11 - Cx. Cx. Postal Postal 9 · Bairro Bairro Agronomia Agronomia · Piracicaba, Piracicaba, SP Av. CEP CEP 13418-900 13418-900 · Fone Fone (19) (19) 3429-4178/3429-4200 ·
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Chefe Administrativo Chefe
Maria de de Fátima Fátima Durrer Maria
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Coordenação Coordenação editorial
Marcela Marcela Matavelli
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Prof. Dr. Pedro Pedro Valentim Valentim Marques Marques em em Exercício Prof. Dr.
Serviço de Cultura Cultura e Extensão Extensão Universitária Serviço de
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Fabiana Marchi de de Abreu Fabiana Marchi
Sérgio Sérgio Florentino Florentino Pascholati
Marcela Matavelli Marcela Mariana Mariana Calencio Ellen Camila Camila Silva Ellen Marylin Del Marylin Del Nero Nero Grecco José Adilson Adilson Milanêz José
Maria Clarete Clarete Sarkis Sarkis Hyppolito Maria
ESALQ/USP Serviço de de Produções Produções Gráficas ESALQ/USP - Serviço
3000 3000 exemplares exemplares · 1ª 1ª Impressão Impressão (2014)
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação DIVISÃO DE BIBLIOTECA - ESALQ/USP Produção de de shiitake shiitake em em toras toras de de eucalipto eucalipto / / Sérgio Sérgio Florentino Pascholati ... ... [et [et al.]. al.]. - - Produção Piracicaba: ESALQ, 2014. Piracicaba: ESALQ, 52 p. p. il. 52 Bibliografia. ISBN ISBN 978-85-86481-34-5 1. Cogumelos Cogumelos comestíveis comestíveis - Produção 2. 2. Tora Tora de de eucalipto eucalipto I. I. Pascholati, Pascholati, S. S. F. 1. II. Marassatto, Marassatto, C. C. M. M. III. III. Stangarlin, Stangarlin, J. J. R. R. IV. IV. Brand, Brand, S. S. C. C. V. V. Título II. CDD 635.8 CDD P964
Sérgio Florentino Sérgio Florentino Pascholati1
Carla Mariane Mariane Marassatto2 Carla José Renato Stangarlin3 José Renato
Simone Cristiane Simone Cristiane Brand4
Departamento de de Fitopatologia Fitopatologia e Nematologia Nematologia - ESALQ/USP 1 Professor Titular - Departamento 2 Aluna Aluna de de Graduação Graduação em em Engenharia Engenharia Agronômica Agronômica - ESALQ/USP 3 Professor Doutor - UNIOESTE
4 Aluna Aluna de de Doutorado Doutorado - Departamento Departamento de de Fitopatologia Fitopatologia e Nematologia Nematologia - ESALQ/USP
Produção de Produção
Shiitake Shiitake em em toras de eucalipto
Piracicaba 2014
Agradecimentos Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Extensão Universitária · Pró-Reitoria · Programa Programa Aprender Aprender com Cultura e Extensão Extensão · Diretoria Diretoria da ESALQ/USP ESALQ/USP Extensão Universitária · Comissão de Cultura e Extensão · Serviço de Cultura e Extensão Extensão Universitária Produtor Rural Rural · Casa do Produtor · Departamento Departamento de Fitopatologia Fitopatologia e Nematologia Nematologia · Ao Ao Prof. Prof. Dr. Dr. Fernando Fernando Campos Mendonça Mendonça do Departamento Departamento de EngeEnge- Biossistemas nharia de Biossistemas · Ao Ao Prof. Prof. Associado Associado Angelo Angelo Pedro Pedro Jacomino Jacomino do Departamento Departamento de Produção Produção Vegetal · Aos Aos funcionários funcionários do Departamento Departamento de Fitopatologia Fitopatologia e Nematologia Nematologia
À FAPESP ·· À Ao Ao FAPESP CNPq Apoio Fundo de Fomento Fomento às Iniciativas Iniciativas de Cultura e Extensão Extensão da Pró-reitoria Pró-reitoria de · Fundo Extensão Universitária Cultura e Extensão · Comissão de Cultura e Extensão Extensão Universitária - CCEx · Serviço de Cultura e Extensão Extensão Universitária - SVCEx
Índice
Introdução Aspectos básicos básicos da da biologia biologia do do fungo Aspectos Tipos de Tipos de cultivo Obtenção Obtenção do do inóculo
7 9 11 13
Produção de Produção de shiitake shiitake em em toras toras de de eucalipto 1 155 15
Seleção Seleção das das toras Confecção Confecção dos dos furos furos nas nas toras toras de de eucalipto Colocação do inóculo ‘semente’ nas toras de
17 18 20 21 24
eucalipto
Vedação Vedação dos dos furos furos com com parafina parafina Incubação Estímulos térmico/mecânico e condução da
27
frutificação
27
por serragem Etapas para para a produção produção de de shiitake shiitake em em substrato Etapas formado formado por por serrragem Produção de Produção de shiitake shiitake por por substrato substrato utilizando utilizando a técnica de de Jun-Cao técnica Etapas para para realização realização da da técnica técnica Jun-Cao Etapas Preparo Preparo da da gramínea: gramínea: Produção Produção do do feno Trituração da da gramínea Trituração Preparo Preparo do do substrato Inoculação no no substrato Inoculação Incubação produção dos dos cogumelos Incubação e produção
28
Produção Produção de de shiitake shiitake em em substrato substrato Produção de de shiitake shiitake a partir partir de de composto substrato Produção
31 31 31 33 33 34 34
Colheita dos cogumelos cogumelos cultivados cultivados em Colheita dos toras de toras de eucalipto eucalipto e em em substratos (bloco de de serragem serragem e técnica técnica Jun-Cao) (bloco Pós-colheita
35 38 40
Pragas Pragas na na produção produção de de shiitake Custo de de produção produção do do shiitake shiitake em em toras toras de Custo eucalipto 43 Cálculo da renda renda líquida Cálculo da
Produção do do inóculo inóculo ‘semente’ Produção
Produção da da matriz matriz mãe mãe e a matriz matriz de de trabalho Produção Protocolo - Preparo Preparo e distribuição distribuição do do meio Protocolo de de cultivo cultivo em em placas placas Materiais Materiais e equipamentos Procedimento Preparo Preparo de de substrato substrato com com serragem serragem para para produção produç ão do inóculo do
43
45 46 46 47 48
Bibliografia consultada Bibliografia
51
Produção Produção de de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto
7
Introdução cogumelo shiitake shiitake foi foi o primeiro primeiro a O cogumelo
ser cultivado cultivado pelo pelo homem. homem. Shiitake Shiitake é o
nome popular do fungo Lentinula
No Brasil, No Brasil, a produção produção do do shiitake shiitake é re-
cente, tendo tendo seu seu início início na na década década de de 90. cente,
Atualmente, Atualmente, é o segundo segundo cogumelo cogumelo mais
edodes, que edodes, que tem tem origem origem na na língua língua jaja-
produzido produzido e consumido consumido no no país, país, ficando
e “take” “take” = cogumelo.
bisporus). rápida expansão expansão do do cultivo cultivo e bisporus). A rápida
ponesa e significa “shii” = árvore Foi descoberto descoberto pelo pelo chinês chinês Wu Wu San Foi
somente somente atrás atrás do do champignon champignon (Agaricus
do do consumo consumo está está relacionada relacionada às às facilida-
Kyung, que Kyung, que ao ao caminhar por por uma uma flo-
des no no aprimoramento aprimoramento de de novas novas técnicas, des
que que se se desenvolvia desenvolvia em em troncos troncos de de ár-
capital. capital. Para Para os os consumidores, consumidores, o principal principal
melo melo perfumado” perfumado” e passou passou a cultivá-lo
característico característico e suas suas propriedades propriedades tera-
resta, observou um um tipo tipo de de cogumelo resta, observou
vores vores e assim assim o denominou denominou de de “cogu“cogu-
atrativo do do cogumelo cogumelo shiitake shiitake é o sabor atrativo
em sua propriedade. propriedade. em sua
pêuticas e curativas. pêuticas
técnica de de produção produção de de cogumelos cogumelos foi técnica
no Brasil Brasil seja seja superior a 200 200 t/ano, t/ano, e a no
a China e o Japão são os principais
de Eucalyptus Eucalyptus spp. spp. Outra Outra forma forma conheci- de
mundo.
cado cado em em um um substrato substrato preparado preparado com
Entre os anos de 1.500 e 1.600, a
difundida difundida pelos pelos chineses. chineses. Atualmente,
produtoress do cogumelo shiitake no produtore
das das já já existentes existentes e baixo baixo investimento investimento de
Estima-se que Estima-se que a produção produção de de shiitake
técnica técnica mais mais comum comum é a do do cultivo cultivo em em toras da da é o ‘axênico’, ‘axênico’, onde onde o L. L. edodes edodes é colo-
8 Casa do Produtor Rural Casa do materiais materiais específicos, específicos, nutritivo nutritivo para para o cres- cimento do fungo. fungo. Nessa Nessa técnica, técnica, o custo cimento do de produção de produção é maior do do que que em em toras.
Mesmo com com a facilidade facilidade de de cultivo cultivo é Mesmo
comum alguns comum alguns produtores produtores não não conse-
retamente retamente o inóculo inóculo e o local, local, e ainda ainda con-
trolar a temperatura temperatura e a umidade umidade do do ambi- ente, evitando-se evitando-se as as contaminações contaminações com ente,
outros outros fungos.
Dessa forma, o objetivo desta car-
guirem atingir a produção guirem produção potencial potencial do
tilha é fornecer informações básicas
to to técnico técnico no no manejo manejo e cuidados cuidados inten-
tível tível shiitake, shiitake, demonstrando demonstrando as as técni-
shiitake, devido devido à falta falta de de conhecimen- shiitake, sivos. sivos. Para Para ter qualidade qualidade e rentabilida-
de na produção produção é importante importante escolher cor- de na
sobre a produção produção do do cogumelo cogumelo comes- sobre
cas de de cultivo cultivo para para uma uma produção produção bem bem cas sucedida comercialmente. sucedida
Produção de Produção de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto
9
Aspectos Aspectos básicos básicos da biologia do do fungo biologia
O shiitake shiitake é um um basidiomiceto basidiomiceto perper- tencente ao ao Reino Reino Fungi. Fungi. É também tencente conhecido como como cogumelo cogumelo ou ou ‘chapéu conhecido de sapo’, podendo podendo ser encontrado encontrado na de matéria matéria orgânica orgânica em em decomposição decomposição ou em qualquer outro outro tipo tipo de de substrato. em Os fungos, fungos, na na sua sua maioria, maioria, são são multice Os lulares lulares e constituídos constituídos de de filamentos, denominados denominados de de hifas, hifas, que que por por sua vez, vez, formam formam uma uma rede rede filamentosa mais resistente, resistente, denominada denominada de de micé- mais lio. lio. A reprodução reprodução é realizada realizada através de esporos esporos sexuais sexuais ou ou assexuais assexuais que de podem podem ser disseminados disseminados pelo pelo vento, água água de de chuva, chuva, partículas partículas de de solo solo ou
pelo homem. Os esporos sexuais são chamados de basidiósporos basidiósporos e são observados na forma de um ‘pó branco’ durante a produção de de shiitake, shiitake, liberado liberado pelo pelo cogumelo cogumelo maduro. maduro. Encontrando condições propíc propícias ias para seu Encontrando desenvolvimento, desenvolvimento, os os esporos esporos irão irão germinar e dar origem ao micélio primário (haplóide) que é improdutivo e in- capaz de de colonizar, colonizar, sendo, sendo, portanto, portanto, capaz necessária a fusão de hifas de micélios primários distintos (plas- mogamia) para originar o micélio secundário (dicariótico), e dessa
10 Casa do Produtor Rural Casa do forma, dar origem forma, origem ao ao cogumelo cogumelo (Fi-
frutificação (estrutura arredondada,
gura 1).
branca e pequena), pequena), originando originando posteriormente, posteriormente, branca
em qualquer outro substrato o fungo
subdividido
Uma vez inoculado na madeira ou
irá se irá se desenvolver, desenvolver, ocupar o ambiente e formar
o
primórdio do
corpo d dee
o
cogumelo propriamen propriamente te
em píleo píleo (chapéu) e
estipe ((pedúnculo,haste). pedúnculo,haste).
Figura 1. 1. Ciclo Ciclo de de vida vida do do cogumelo cogumelo Lentinula Lentinula edodes edodes (shiitake) Figura Fonte: Pascholati Fonte: Pascholati et et al., al., 1998
dito, que é
Produção Produção de de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto
11
O fungo fungo cresce cresce e produz produz cogume-
los los através através da da degradação degradação da da madei- ra ou de algum substrato
orgânico
que contenha celulose. A forma de
produção mais produção mais comum comum do do shiitake shiitake é
Tipos Tipos de de cultivo
polipropilen polipropileno o e autoclavados autoclavados para para a es- terilização e obtenção obtenção de de um um ambiente terilização livre de de microrganismos microrganismos indesejáveis. livre
Comparando as Comparando as duas duas técnicas técnicas de de propro-
dução de de shiitake shiitake (produção (produção em em toras dução
realizada através da inoculação
de eucalipto eucalipto ou ou em em substrato), substrato), existem de
de fácil fácil acesso acesso ao ao produtor, produtor, como como por por de
portanto, portanto, fica fica a critério critério do do produtor produtor es-
fungo em em toras toras de de espécies espécies arbóreas do fungo exemplo, o eucalipto. exemplo,
O shiitake shiitake também também pode pode ser culti-
vantagens e desvantagens desvantagens entre entre ambas, vantagens técnica que que melhor se se adeque colher a técnica aos recursos existentes existentes em em sua sua propro- aos recursos
vado vado em em substratos, substratos, cuja cuja composição
priedade e ao priedade ao investimento investimento que que pretenpreten-
adicionado adicionado a uma uma mistura mistura de de cal cal e farelo
toras de de eucalipto eucalipto é um um método método tradicio- toras
de de trigo trigo ou ou farelo farelo de de arroz. arroz. Este Este con junto de junto de insumos insumos tem tem a finalidade finalidade de
nal, contendo nal, contendo etapas etapas mais mais simples simples e de menor custo custo para para o produtor produtor que que prepre-
qualidade.
em substrato substrato exige exige maior investimento em
pode conter serragem ou feno,
garantir um crescimento destes
micelial de
Após realizar a mistura
componentes,
os mesmos
deverão deverão ser armazenados armazenados em em sacos sacos de
de fazer. fazer. A produção produção de de shiitake shiitake em de
tende iniciar a produção. produção. Já Já a produção produção tende
onde, onde, por por exemplo, exemplo, o preço preço do do substrato (“blocos”) (“blocos”) é quatro quatro vezes vezes maior do do que
12 Casa Casa do do Produtor Rural o preço preço da da tora tora de de eucalipto. eucalipto. Contudo, Contudo, a
produção por substrato
também é
maior, se comparado ao método de em toras de eucalipto. produção
Na cartilha cartilha será será abordada abordada didaticamente Na a produção de
shiitake
em
mourões de mourões de eucalipto, eucalipto, detalhando-se detalhando-se as
fases: fases: seleção seleção de de toras, toras, inoculação,
indução e frutificação frutificação (Figura (Figura 2). 2). Alguindução mas mas noções noções sobre sobre a técnica técnica de de produprodu- ção em substrato substrato também também serão serão abor- ção em
dadas.
Figura Figura 2. 2. Etapas Etapas para para produção produção de de shiitake em em toras toras de de eucalipto
Produção de Produção de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto
13
Obtenção do do inóculo Obtenção O inóculo, inóculo, também, também, equivocadamente denominado de ‘semente’, ‘semente’, é representado denominado de
por partes partes do do fungo fungo (hifas/micélio) (hifas/micélio) que que é
fornecido fornecido em em saco saco de de polipropileno polipropileno (mistu-
dução nas toras de eucalipto ou no
formarão um um meio meio propício propício para para o desen- formarão
cultivado cultivado em em meio meio esterilizado esterilizado para para intro-
substrato. A produção produção da da ‘semente’ ‘semente’ requer substrato.
ra ra de de pó pó de de serra serra e outros outros insumos insumos que
volvimento do do fungo, fungo, normalmente normalmente com com ca- volvimento
estrutura estrutura apropriada, apropriada, de de alto alto custo custo (inves-
pacidade pacidade de de 1 litro), litro), como como mostra mostra a Figura
com conhecimento
material também também pode pode ser encon- rões O material
timento timento em em equipamentos); equipamentos); profissional profissional
na área de mi-
3, proporcionando proporcionando a inoculação inoculação de de 10 10 mou- 3, .
crobiologia crobiologia e monitoramento monitoramento constante constante do
trado trado na na forma forma de de cavilhas cavilhas ou ou ‘plugs’ ‘plugs’ (ma-
‘semente’ de de qualidade qualidade e sem sem contamina- ‘semente’
cm de de comprimento comprimento e diâmetro diâmetro em em torno 2 cm
material, material, visando visando a obtenção obtenção do do inóculo ção ção com com outros outros microrganismos.
Aos pequenos Aos pequenos produtores produtores torna-se torna-se eco-
nomicamente mais nomicamente mais viável viável a aquisição aquisição do
lizadas, devido devido ao ao alto alto investimento investimento em lizadas, infraestrutura infraestrutura laboratorial laboratorial e mão mão de de obra inóculo inóculo ‘semente’ ‘semente’ de de empresas empresas especia-
especializada para a produção do inóculo ‘semente’ inoculante. O inóculo ‘semente’ pode pode ser inoculante.
deira de de eucalipto eucalipto cortada cortada no no tamanho tamanho de deira de de 0,7 0,7 cm) cm) para para sua sua introdução introdução nos nos furos realizados nas nas toras toras (Figura (Figura 4). realizados
Para os produtores produtores que que pretendem pretendem inves- Para os
na produção produção do do inóculo inóculo ‘semente’, ‘semente’, os os propro- tir na cedimentos cedimentos para para sua sua obtenção obtenção estão estão expli- cadosdetalhadamentemaisadiante.
14 Casa Casa do do Produtor Rural
Figura 3. Inóculo Inóculo ‘semente’ ‘semente’ composto composto por por serragem, serragem, farelo farelo de de arroz arroz e água Figura 3.
Figura Figura 4. 4. Inóculo Inóculo ‘semente’ ‘semente’ em em forma forma de de cavilhas cavilhas ou ou ‘plugs’
Produção de Produção de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto
15
Produção de Produção de shiitake shiitake em toras toras de de eucalipto
Seleção das Seleção das toras Os mourões mourões de de eucalipto eucalipto são são muito muito uti- Os lizados lizados na na produção produção de de shiitake, shiitake, devido devido à facilidade de de obtenção obtenção pelo pelo produtor, produtor, me- facilidade nor custo custo e bons bons resultados resultados em em nível nível co- mercial de produção. produção. Existem Existem diversas mercial de espécies de espécies de eucalipto eucalipto com com propriedades propriedades físicas e químicas químicas diferentes, diferentes, portanto, portanto, são físicas indicadas para para o cultivo cultivo do do cogumelo indicadas shiitake: shiitake: Eucalyptus Eucalyptus saligna saligna (vermelho), (vermelho), E. grandis (branco), (branco), E. E. dunii, dunii, E. E. globulus globulus (co- grandis mum) mum) e E. E. camaldulensis. camaldulensis. A espécie espécie E. citriodora (lima (lima ou ou de de cheiro) cheiro) não não é reco- citriodora mendada para para o cultivo cultivo do do shiitake shiitake devido mendada presença de de resinas resinas e substâncias substâncias vo- a presença láteis, que que podem podem comprometer o desen- láteis,
No cultivo No cultivo do do shiitake, shiitake, os os mourões devem ter 1 m de de comprimento comprimento e diâ- devem metro variando entre 10 a 12 cm, além de alta densidade, cerne ou medula pequena e casca grossa e íntegra. É importante importante destacar que que as íntegra. toras devem devem ser originárias originárias de de solos toras férteis, visando maior concentração de nutrientes para o melhor desen- volvimento do do cogumelo. cogumelo. A idade idade da volvimento planta é outro outro fator a ser observado, observado, pois pois planta esse esse fator influenciará influenciará no no diâmetro diâmetro do mourão e na na densidade densidade da da madeira. madeira. NesNes- mourão se se sentido, sentido, é importante importante visitar a propro- priedade priedade em em que que será será realizado realizado o corte
volvimento volvimento do do fungo.
do eucalipto eucalipto para para a produção produção dos dos mourões, do
16 Casa do Produtor Rural Casa do com a finalidade finalidade de de obter informações informações so- com
bre adubação e histórico histórico da da área, área, idade bre adubação das das plantas plantas e espécie espécie de de eucalipto.
O intervalo intervalo de de tempo tempo entre entre o corte corte e o
uso dos uso dos mourões mourões para para inoculação inoculação deve- rá de até até sete sete dias. dias. Nesse Nesse período período o rá ser de
armazenamento dos dos mourões mourões deve deve ser armazenamento
feito em feito em um um local local sombreado, sombreado, evitando incidência direta de raios solares e empilhados na horizontal horizontal (Figura (Figura 5). empilhados na
Esse procedimento Esse procedimento evita evita a perda perda de de água
excessiva e auxilia auxilia na na obtenção obtenção de de uma excessiva
umidade ideal de 35% a 55% nos
mourões, teor adequado adequado para para facilitar a mourões, recuperação do fungo fungo após após o estresse recuperação do causado na etapa etapa de de inoculação. causado na
Figura Figura 5. 5. Empilhamento Empilhamento dos dos mourões mourões em em local sombreado
As toras de eucalipto na etapa de
inoculação, primeiramen primeiramente te devem ser selecionadas, descartando-se descartando-se os os mourões selecionadas,
tortos. tortos. Posteriormente faz-se faz-se a limpeza, limpeza, reti-
rando-se rando-se brotos, brotos, folhas folhas e galhos galhos (Figura (Figura 6). Com este este procedimento, procedimento, evita-se evita-se a forma- Com
ção de ção de meios meios (abrigos) (abrigos) que que propiciem propiciem o de- senvolvimento senvolvimento de de fungoscontaminantese o alojamentodeinsetos.
Figura 6. 6. Limpeza Limpeza das das toras toras de de eucalipto Figura
17
Produção de de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto Produção
Confecção dos Confecção dos furos furos nas nas toras lio lio de de um um instrumento instrumento denominado denominado de de eucalipto de inoculador. confecção dos dos furos furos nas nas toras toras de A confecção
eucalipto eucalipto permitirá permitirá a introdução introdução do do inóculo ‘semente’ para para o crescimento crescimento do do fungo fungo no
interior do do mourão.
Inicialmente são Inicialmente são realizados realizados furos furos nas
toras com uma uma furadeira furadeira elétrica, elétrica, prefeprefe- toras com
rencialmente com com alta alta rotação, rotação, para para ob- rencialmente tenção de de furos furos melhor acabados acabados e sem tenção
rebarbas rebarbas (rotação (rotação mínima mínima 2500 2500 rpm; rpm; rota- ção ideal ideal 3500 3500 rpm; rpm; Figura Figura 7A). ção
Os Os furos furos devem devem ter profundidade profundidade de de 2
cm cm por por 1,2 1,2 cm cm de de diâmetro diâmetro (broca (broca com com ½
polegada).. A profundidade profundidade é obtida obtida atra- polegada)
(A)
vés da vés da adaptação adaptação de de um um limitador de de furo
acoplado acoplado a furadeira furadeira elétrica elétrica (Figura (Figura 7B).
(B)
Os furos furos devem devem ser dispostos dispostos em em linhas Os (padrão em em zigue-zague) zigue-zague) (Figura (Figura 8). 8). O (padrão
número número total total de de linhas linhas pode pode ser calculado através do valor do do diâmetro diâmetro do do mourão através do
Figura Figura 7. 7. Furadeira Furadeira de de alta alta rotação rotação com com limitador de furo acoplado a máquina e broca de ½ polegada (A); Adaptador para realização dos dos furos furos (B) realização
dividido por por 2,5 2,5 e o número número total total de de furos dividido
deve ser, ser, aproximadamente, aproximadamente, quatro quatro vezes deve
o valor do do diâmetro diâmetro do do mourão, mourão, mantendose uma distância distância de de 10 10 cm cm entre entre eles. eles. Por se uma
exemplo, exemplo, para para a inoculação inoculação em em um um mourão de 1 m de de de comprimento comprimento e 12 12 cm cm de de diâme- tro, serão tro, serão necessários necessários aproximadamente
48 furos distribuídos distribuídos em em cinco cinco linhas. linhas. A 48 furos
quantidade quantidade de de furos furos em em cada cada linha linha irá irá va-
de sete sete a dez, dez, sendo sendo que que quanto quanto maior riar de quantidade de de furos furos maior será será o uso uso do a quantidade inóculo inóculo ‘semente’.
Após Após a confecção confecção dos dos furos furos é realizada
a inoculação inoculação das das toras, toras, através através da da trans-
ferência do do inóculo inóculo ‘semente’, com com o auxí- ferência
Figura Figura 8. 8. Realização dos dos furos furos na na tora tora de de eucalipto
18 Casa Casa do do Produtor Rural O espaço físico para a condução
das diferentes
etapas
(confecção
dos furos, inoculação
e vedação)
Colocação Colocação do do inóculo inóculo ‘semente’ nas toras toras de de eucalipto nas Imediatamente após após a realização realização dos dos fu- Imediatamente
deve mesmo, já já que que estes estes propro- deve ser o mesmo,
ros ros nas nas toras toras é realizada realizada a inoculação, inoculação, que
conjuntamente. local deve deve ser co- conjuntamente. O local
inóculo‘semente’.
cedimentos
devem ser realizados
berto berto e limpo, limpo, evitando evitando dessa dessa forma
consiste consiste no no preenchimento preenchimento dos dos furos furos com com o Para a inoculação é necessária
a
a incidência de sol, vento e possí-
assepsia assepsia dos dos equipamentos, equipamentos, com álcool álcool na na
toras devem ser colocadas
finalidade finalidade de de evitar contaminações.
veis contaminações contaminações a céu céu aberto. aberto. As veis valetes adaptados
em ca-
para cada etapa,
como mostrado na Figura 9, ou pode-se utilizar uma mesa adapta- da em suas extremidades com ma- deiras, impedindo a movimentação das toras. Esse procedime procedimento nto facili- tará o manuseio manuseio das das toras toras durante durante a tará confecção dos furos, inoculação e vedação.
concentração de de 70%, 70%, com com a concentração Existem vários métodos
de inocu-
lação, lação, inclusive inclusive com com o uso uso dos dos dedos,
porém não é recomendado
devido à
demora do do procedimento procedimento e o apareci- demora
mento mento de de fungos fungos contaminantes. contaminantes. Para
que a inoculação seja feita de modo racional e tecnificada, visando uma
produção produção de de qualidade qualidade e retorno retorno eco-
nômico, é aconselhável aconselhável a utilização utilização de nômico,
aparelhos inoculadores,
que podem
ser de de dois dois tipos: tipos: inoculador tipo tipo ‘caneta’ e
inoculador de de copo. copo. O inoculador tipo tipo ca-
neta tem tem a capacidade capacidade de de inocular um neta
furo furo por por vez vez após após a realização realização da da recarga
com o inóculo inóculo ‘semente’ (Figura (Figura 10). 10). NesNes- com se se caso caso a inoculação inoculação por por tora tora leva leva em em tor-
no de de 6 a 10 10 minutos, minutos, dependendo dependendo do do ope- no
rador, rador, e o valor de de custo custo do do equipamento varia entre entre R$ R$ 50,00 50,00 e R$ R$ 60,00 60,00 reais. varia
com reservatório reservatório ou Já o inoculador com
de copo’(Figura 11), 11), promove promove a ‘inoculador de
inoculação inoculação das das toras toras em em tempo tempo menor, menor, popo-
rém, rém, pode pode apresentar problemas problemas de de entu-
pimento pimento devido devido à granulometria granulometria do do ma-
Figura 9. Figura 9. Cavalete Cavalete adaptado adaptado para para a confecção confecção dos furos, furos, inoculação inoculação do do fungo fungo e vedação vedação para para a produção de shiitake em toras de
terial. terial. O custo custo do do inoculador (modelo (modelo nacio- nal) de aproximadamente aproximadamente R$ R$ 350,00. nal) é de
eucalipto
Produção Produção de de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto Efetuada escolha do do inoculador, inoculador, o Efetuada a escolha
próximo passo é preparar preparar o substrato próximo passo
para para inseri-lo inseri-lo nas nas toras toras de de eucalipto. eucalipto. Em uma bacia (lavada (lavada com com detergente detergente e ál- uma bacia
cool cool 70% 70% e seca seca com com panos panos limpos), limpos), é
despejado despejado o inóculo inóculo ‘semente’ (Figura
3), e com com as as mãos mãos (usando-se (usando-se luvas) 3),
deve-se homogeneizar o mesmo, mesmo, obten- deve-se do do um um material material solto solto (Figura (Figura 12), 12), o que facilitará facilitará seu seu uso uso principalmente principalmente nos inoculadores
com reservatório.
deve deve ser realizada realizada com com o A inoculação inoculação to preenchimen preenchimento completo completo do do volume volume dos furos.
Figura Figura 10.
Inoculador Inoculador tipo tipo caneta caneta para para inocula-
ção do ção do fungo fungo em em toras toras de de eucalipto
Figura Figura 12. 12. Inóculo Inóculo ‘semente’ na na bandeja bandeja após após a sua homogeneização sua
19
No caso da inoculação por cavi-
lhas, a sua sua introdução introdução por por completo lhas,
nas toras deve ser realizada com o
auxílio de uma marreta ou martelo
(Figura 13). O tempo gasto para a inoculação de de cada cada tora tora fica fica em em torno inoculação
Figura 11. Figura 11. Inoculador de de copo copo para para inoculação de toras toras de de eucalipto de
1
minuto,
rápido
de
sendoum procedimento procedimento
dependendo
do
operador.
Casa do do Produtor Rural 20 Casa
Figura Figura 13. 13. Inoculação Inoculação com com cavilhas cavilhas contendo contendo o fungo
Vedação Vedação dos dos furos furos com parafina Após a inoculação inoculação é importante importante verifi- Após
car o preenchimento preenchimento de de todos todos os os furos
das toras toras antes antes de de iniciar a etapa etapa de das vedação. vedação. A vedação vedação ou ou parafinagem parafinagem é o procedimento realizado após a procedimento inoculação inoculação e consiste consiste na na colocação colocação de uma uma ‘película’ de de parafina parafina derretida derretida so- bre bre os os furos furos inoculados, inoculados, cuja cuja função função é
Os materiais necessários para a parafinagem são parafinagem são fogão fogão ou ou fogareiro, botijão botijão de de gás, gás, fósforo, fósforo, panela, panela, parafina, parafina, esponja de esponja de aço, aço, arame arame fino fino e vareta vareta de madeira ou ou bambu bambu (de (de 30 30 a 40 40 cm cm de madeira comprimento). O procedimento procedimento consiste consiste em em derreter parafina em em uma uma panela panela de de 30 30 cm cm de a parafina diâmetro e com com boa boa profundidade profundidade (Figu- diâmetro ra 14). 14). A parafina parafina deve deve ser colocada colocada em ra blocos pequenos na na panela panela para para facilitar blocos pequenos o seu seu derretimento derretimento por por completo completo ou pode-se adquiri-la adquiri-la no no formato formato de de pastipasti- pode-se lhas, facilitando facilitando o derretimento derretimento do do mate- lhas, rial. A temperatura temperatura ideal ideal da da parafina parafina para para rial. vedação é de de 115oC, C, e pode pode ser con- a vedação firmada através através da da liberação liberação de de fumaça firmada branca branca na na panela. panela. É importante importante fechar a panela com com uma uma tampa, tampa, para para evitar propro- panela blemas blemas de de combustão combustão e inalação inalação da da fu- maça maça tóxica tóxica pelo pelo operador.
proteger o inóculo inóculo ‘semente’ do do meio meio ex- terno, contra microrganismos microrganismos e pragas, pragas, terno, contra e também também do do ressecamento.
Figura Figura 14. 14. Panela Panela contendo contendo a parafina parafina derretida pronta para pronta para vedação vedação dos dos furos furos inocu- lados
Produção Produção de de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto aplicação da da parafina parafina deve deve ser A aplicação realizada com realizada com o auxílio auxílio de de uma uma vareta de madeira ou ou bambu bambu contendo contendo uma de madeira esponja esponja de de aço aço na na ponta ponta (‘boneca’). Para produção produção deste deste material, material, também Para chamado de ‘trouxinha’, faz-se amarrio com com arame arame de de uma uma esponja o amarrio de aço aço na na ponta ponta da da vareta vareta de de madeira de ou de ou de bambu bambu (Figura (Figura 15). Molha-se Molha-se a ‘boneca’ na na parafina parafina derretida, derretida, onde onde a mesma batida rapidamente rapidamente em em cada mesma é batida um dos dos furos furos (uma (uma única única batida batida em um cada furo, cada furo, formando formando uma uma película película com diâmetro duas duas vezes vezes maior do do que que a diâmetro área de área de inoculação) inoculação) e repassando repassando com o aparecimento aparecimento de de falhas falhas na na vedação (Figura 16). (Figura Geralmente, uma uma mergulhada mergulhada na Geralmente, parafina é suficiente parafina suficiente para para fechar uma linha de dez dez furos. furos. É importante importante sali- linha de entar que que se se deve deve realizar a vedação também dos dos ferimentos ferimentos existentes existentes nas também toras, toras, pois pois podem podem proporcionar proporcionar o apa- recimento de de contaminantes. recimento
Figura 16. Vedação com parafina dos furos inoculados
A solidificação ideal da parafina acontece acontece quando quando a ‘película’ aplicada ficar transparente transparente na na tora, tora, conferindo maior adesão. adesão. Caso Caso fique fique com com a colo- ração branca, a parafina se tornará quebradiça e sem adesão, podendo facilitar a entrada de contaminantes, fazendo-se fazendo-se necessário necessário o descarte descarte do mourão contaminado. mourão A quantidade quantidade de de parafina parafina para para vedação de de 150 150 a 200 200 toras toras de de eucalipto eucalipto inocula- das das é de de aproximadamente aproximadamente 5 kg. kg. Deve- se evitar o excesso excesso do do material, material, pois pois a se tora tora ficará ficará impossibilitada impossibilitada de de absorver a água, realizar a respiração respiração e a troca água, gasosa do do fungo fungo shiitake shiitake no no seu seu interior. gasosa A execução bem sucedida da para- finagem finagem é fundamental fundamental para para a proteção proteção
do inóculo inóculo ‘semente’ contra contra possíveis possívei s do contaminantes e ressecamento. contaminantes
Incubação
Figura Figura 15. 15. ‘Trouxinha’ usada usada para para a parafinagem parafinagem e vedação vedação dos dos furos
A incubação incubação é o período período de de descan- so so dos dos mourões, mourões, que que após após serem serem ino- culados culados e vedados vedados com com parafina, parafina, de-
21
22 Casa Casa do do Produtor Rural vem vem ser colocados colocados em em local local coberto coberto e
sombreado, de sombreado, de forma forma a evitar a incidên-
Durante Durante o período período de de incubação, incubação, as pilhas pilhas devem devem ser molhadas molhadas e revolvidas.
se a temperatura temperatura em em torno torno de de 20oC a se
tem a finalidade finalidade de de facilitar a ventilação tem
toras toras devem devem ser empilhadas empilhadas no no formato
forma homogênea.
tidas assim assim por por um um período período mínimo mínimo de tidas
espaços espaços pequenos, pequenos, sendo sendo utilizada utilizada uma
cia cia direta direta de de raios raios solares, solares, mantendo-
O empilhamento empilhamento em em forma forma de de ‘fogueira’
27oC e umidade umidade em em torno torno de de 60%. 60%. As
e a infiltração infiltração da da água água entre entre as as toras, toras, de
de uma ‘fogueira’ ‘fogueira’ (Figura (Figura 17A) 17A) e man- de uma
Dessa forma, o
empilhamento empilhamento pode pode ser realizado realizado em
seis seis meses, meses, podendo podendo variar até até 12 12 me-
área aproximada aproximada de de 1,7 1,7 m² m² para para cada área
ses, dependendo ses, dependendo das das condições condições climá-
pilha.
ticas locais. locais. As As pilhas pilhas devem devem ficar 25 25 cm ticas
Na montagem Na montagem dessa dessa estrutura estrutura são
afastadas do afastadas do solo solo e apoiadas apoiadas em em cal-
selecionadas selecionadas duas duas toras, toras, preferenci preferenci-
ços ços (tijolos), (tijolos), como como mostra mostra a Figura Figura 17B.
almente almente as as mais mais grossas, grossas, que que serão sustentadas
por tijolos e acima do
solo, solo, para para evitar contaminações. contaminações. Sobre Sobre elas elas devem ser colocados devem colocados de de quarto a cinco de 15 mourões, com espaçamento espaçamento de 15 cm cm entre eles. entre eles. Deve-se sempre sempre colocar nas nas
extremidades pilhas as as toras toras de de maior extremidades das pilhas
espessura.
Quantidades acima Quantidades acima de de cinco cinco mourões
fileira prejudicam prejudicam o espaçamento por fileira
e a ventilação, ventilação, formando formando um um meio meio propro-
pício para o aparecimento de con- taminantes,
(A)
ocasionando perda perda de
produtividad produtividadee e descarte descarte (Figura (Figura 18A). A altura altura da da pilha pilha deve deve facilitar aces-
so ao operador
(altura maxima de
2 m) m) para para a realização realização do do revolvimento mensal.
A inversão
dos mourões (revol-
vimento) vimento) é importante importante para para a coloniza-
ção ção uniforme uniforme do do shiitake shiitake no no interior da
(B)
Figura 17. Pilhas montadas corretamente Uso Uso de de tijolos tijolos para para sustentação sustentação da pilha pilha (B)
(A);
madeira. cada mês, mês, deve-se deve-se fazer a madeira. A cada
inversão, inversão, realizando-se realizando-se um um giro giro de de 180o
em cada cada mourão mourão antes antes de de se se montar em
Produção Produção de de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto
23
uma nova nova pilha, pilha, colocando colocando as as toras toras que uma estavam em estavam em cima cima para para baixo baixo na na nova pilha e vice-versa. vice-versa. O espaço espaço pode pode ser pilha simples, feito simples, feito de de telado telado tipo tipo sombrite, sombrite, co- bertura de bambu bambu ou ou barracões barracões (Figura bertura de 19).
Figura 19. Estufa com telhado e cobertura plástica, para incubação incubação das das toras plástica, para
(A)
Nesta fase é necessário o molha-
mento ou ou ‘irrigação’, das das toras, toras, sendo mento esta realizada esta realizada três três vezes vezes ao ao dia, dia, distri- buídos nos nos períodos períodos da da manhã, manhã, meio buídos do do dia dia e final final da da tarde. tarde. O excesso excesso de água, além de acelerar o apodreci- mento da tora (escurecimento) também facilita o surgimento de fungos contaminantes. Já Já a falta falta de de água água causa o contaminantes. ressecamento das toras. O importante importante é que molhamento seja seja realizado realizado em em pequenos pequenos que o molhamento volumes volumes de de água e em em períodos períodos curtos, curtos, com com (B)
Figura Empilhamento incorreto, incorreto, tornando tornando Figura 18. Empilhamento ambiente propício para contami- nantes nantes (A); (A); Empilhamento Empilhamento efetuado corretamente corretamente (B)
auxílio auxílio de uma mangueira ou instalação simples simples de irrigação de um sistema com temporizador. É importante sa-lientar que o cultivo do cogumelo nunca
24 Casa Casa do do Produtor Rural deve ser abandonado,
sendo neces-
sário um acompanhamento
material e impulsionar a saída e a
diário.
formação dos cogumelos. formação dos
Após três Após três semanas, semanas, é possível possível verifi-
Em caso de dúvida do momento
desenvolvimento do do fungo fungo na na recar o desenvolvimento gião gião inoculada. inoculada. Ao Ao redor dos dos furos furos ha-
ideal para para a indução indução da da frutificação, ideal sugere-se que que seja seja feita feita uma uma amos- sugere-se
da madeira, madeira, bem bem como como o aparecimento da
pretende dar o choque choque térmico térmico - e se pretende
verá alteração alteração da da cor e o amolecimento verá
tragem tragem com com 10% 10% das das toras toras - que que se
de de manchas manchas brancas brancas nas nas extremidades
um teste teste de de frutificação. frutificação. Se proceder a um
dos mourões (Figura (Figura 20). dos mourões
a produção produção obtida obtida alcançar em em média média 200
gramas por por tora tora ou ou mais, mais, continua-se gramas
com com os os estímulos estímulos térmico térmico e mecânico no restante restante das das toras. no
Para produção do do fun- Para estimular a produção
go é realizado realizado um um choque choque térmico térmico na go
madeira. As toras são organizadas em um um recipiente, recipiente, como como tanque tanque de de al- em
venaria, caixa d’água ou tambores
(Figura (Figura 21) 21) e, e, dessa dessa forma, forma, é feita feita a
imersão por um um período período de de 12 12 horas imersão por
em água água fria fria (10oC abaixo abaixo da da tempe- em ratura ambiente). ratura
Figura
20. Alterações na casca e manchas rancas nas extremidades dos mourões
Estímulos térmico/mecânico e
condução da condução da frutificação Após o período período de de seis seis meses meses de Após
Figura 21. Exemplo Exemplo de de caixas caixas d’água d’água utilizadas utilizadas para para Figura 21. a realização do do choque choque térmico
incubação, os mourões mourões serão serão subme- incubação, os
tidos tidos a um um estímulo estímulo térmico térmico e mecânico para a indução dos primórdios
O resfriamento resfriamento da da água água pode pode ser feito com a adição adição de de gelo gelo (aproximadamen- com
dos cogumelos. dos cogumelos. Os Os estímulos estímulos têm têm a
te te quatro quatro barras barras de de gelo gelo para para 1.000
função de realizar um ‘choque’ no
litros de de água água ou ou através através de de um um siste- litros
25
Produção de Produção de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto ma de de refrigeração refrigeração com com serpentina. serpentina. O ma choque térmico térmico deve deve durar aproxima- choque damente damente de de 12 12 a 16 16 horas, horas, dependen- do da absorção absorção de de água água pelas pelas toras. do da
do do cogumelo. cogumelo. Para Para que que o cogumelo cogumelo não fique com com aspecto aspecto pálido, pálido, o ambiente ambiente prepre- fique cisa ser medianamente medianamente iluminado, iluminado, pois pois a cisa luz influencia luz influencia diretamente diretamente na na coloração coloração e
É aconselhável realizar esse procedimento ao entardecer, quando as temperaturas são temperaturas são mais mais amenas. Para evitar a flutuação flutuação das das toras toras dentro Para do tanque, tanque, recomenda-se recomenda-se a colocação colocação de do ripas de ripas de madeiras madeiras nas nas laterais laterais do do tanque, prendendo-se -se com com cordas, cordas, pesos pesos ou ou cor- prendendo rentes. objetivo da da imersão imersão é dificultar a rentes. O objetivo respiração respiração do do fungo, fungo, aumentar a umidade e efetuar o resfriamento resfriamento das das toras, toras, indu- zindo a formação formação dos dos cogumelos. zindo Após o período Após período de de imersão, imersão, é realizado o estímulo estímulo mecânico, mecânico, que que consiste consiste em em le- as toras toras verticalmente verticalmente a uma uma altura vantar as de aproximadamente aproximadamente 45 45 a 60 60 cm cm do do solo solo e de
firmeza do do píleo píleo (chapéu (chapéu do do cogumelo). firmeza As toras são são colocadas colocadas na na posição posição As toras vertical, com com 15 15 cm cm de de espaçamento vertical, entre elas elas (Figura (Figura 22). 22). O local local - onde entre serão colocadas colocadas as as toras toras na na fase fase de serão frutificação frutificação - deve deve ser fechado fechado para para im- pedir a entrada entrada de de animais animais que que se se ali- mentem mentem dos dos cogumelos, cogumelos, além além disso, disso, o chão deve ser protegido com pedra britada ou ou coberto coberto preferencialmente preferencialmente por por britada algum algum tipo tipo de de piso piso ou ou concreto, concreto, para para evitar a contaminação contaminação e o contato contato direto das toras toras com com o solo. solo. Nas Nas primeiras primeiras 24 das horas, horas, os os mourões mourões deverão deverão ser borrifaborrifa- dos com com água, água, para para se se manter a umida- dos
soltar, deixando a madeira madeira bater bater livremen- soltar, deixando te no no chão, chão, porém porém guiada guiada pelas pelas mãos, mãos, sem te tombar. Este Este procedimento procedimento deve deve ser deixar tombar. feito uma uma única única vez vez sobre sobre um um piso piso firme firme ou feito em uma pedra. pedra. A medida medida que que as as toras toras en- em uma velhecem, deve haver mais mais cuidado cuidado com velhecem, deve material ao ao se se realizar este este processo, processo, o material principalmen principalmente te a partir partir do do 5o choque choque térmi- co, para para que que não não ocorra ocorra seu seu descarte descarte an- co, tes tes do do tempo. Após esses esses estímulos estímulos térmico térmico e me- Após cânico as as toras toras são são armazenadas armazenadas em cânico ambiente ambiente protegido, protegido, com com temperatura temperatura em torno torno de de 25oC (ideal (ideal em em torno torno de de 21oC), com boa boa ventilação, ventilação, pois pois o fungo fungo libera com gás gás carbônico carbônico que, que, em em grandes grandes con- centrações no centrações no ambiente, ambiente, inibe inibe a formação
de de relativa relativa do do ar próxima próxima à 90%. Após esse esse período, período, a umidade umidade pode pode ser Após controlada molhando-se o chão chão e as as pare pare- controlada molhando-se des, mantendo des, mantendo assim assim a umidade umidade relativa do ar em em torno torno de de 70%. 70%. Os Os primórdios primórdios do aparecerão entre dois dois e três três dias, dias, após após o aparecerão entre processo processo de de indução indução (Figura (Figura 23). A partir partir do do quarto quarto dia dia a água água deve deve ser reduzida gradualmente reduzida gradualmente até até seu seu encerra- mento por mento por completo completo no no sétimo sétimo dia dia (pró- ximo da da colheita). colheita). Deve-se Deve-se evitar molhar ximo o cogumelo cogumelo em em qualquer etapa etapa após após o aparecimento de seus seus primórdios. primórdios. O aparecimento de molhamento do do cogumelo cogumelo pode pode acarre- molhamento tar em em perda perda de de qualidade qualidade do do produto produto final, além de de causar manchas manchas no no píleo, píleo, final, além diminuindo diminuindo seu seu valor comercial.
26 Casa Casa do do Produtor Rural
Marylin DelNeroGrecco(Funghi&Flora)
Figura 22. 22. Colocação Colocação das das toras toras para para a etapa etapa de de frutificação Figura
Marylin DelNeroGrecco(Funghi& DelNeroGrecco(Funghi&Flora) Flora)
Figura Figura 23. 23. Mourão Mourão de de eucalipto eucalipto com com os primórdioss e cogumelos primórdio shiitake.
do
,
Produção de Produção de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto
27
Produção de Produção de shiitake shiitake a partir de de substrato O cogumelo cogumelo shiitake shiitake pode pode se se desen- volver em uma ampla variedade de materiais
compostos por celulose.
Dentre algumas alternativas para o cultivo do shiitake eucalipto,
tem-se
em toras
a produção
de
em
substrato (mistura contendo material
volumoso e insumos), que pode ser composto composto por por serragem, serragem, resíduos resíduos agrí-
colas e forragens, forragens, dentre dentre outros. colas
O método método de de cultivo cultivo em em substrato substrato pode pode
Antigamente o homem Antigamente homem buscava buscava o co-
gumelo na floresta. Observando a natureza, natureza, tentou tentou reproduzi-lo reproduzi-lo de de for-
ma ma natural natural até até a dominação dominação da da arte
de de produção. produção. Os Os estudos estudos científicos
tiveram início na na China, China, com com o apri- tiveram início moramento
das técnicas de produ-
ção. Avanços ocorreram na década
ser feito com serragem (madeira de
de 50 50 com com a inoculação inoculação de de esporos de
nica de de Jun-Cao). nica
que que resultados resultados expressivos expressivos surgiram
eucalipto) ou ou composto composto por por gramínea gramínea (téc- eucalipto)
Produção Produção de de shiitake shiitake em substrato composto composto por por substrato serragem
e micélio, mas foi na década de 70
28 Casa Casa do do Produtor Rural com com a produção produção em em substrato substrato de de ser-
ragem misturada com farelo de ar-
Etapas Etapas para para a produção produção de de shiitake shiitake em substrato formado substrato formado por por serragem
alta velocidade
substrato, o fungo se desenvolve da
roz (suplemento
que proporc proporciona iona de crescimento
micelial) e água, e utilizando saco
plástico plástico como como recipiente recipiente (Figura (Figura 24).
Assim, se obteve um meio nutritivo e adequado para o desenvolvimen-
to do cogumelo. Este novo método contribuiu contribuiu para para a preservação preservação dos dos re- cursos florestais e facilitou facilitou o aumento cursos florestais
da da produtividade produtividade para para fins fins comerciais.
Tanto no cultivo em tora como no
mesma maneira maneira e nas nas mesmas mesmas fases: mesma
inoculação, incubação, inoculação, incubação, indução indução seguida
da da frutificação frutificação e repouso repouso (Figura (Figura 25).
Figura 24. Figura 24. Sacos Sacos de de polipropileno polipropileno contendo contendo o substrato substrato para para a produção produção de de shiitake
A técnica técnica de de cultivo cultivo de de shiitake shiitake em substrato de serragem é uma alter-
nativa ao uso da tora de eucalipto,
possibilitando controle e a previsiprevisi- possibilitando o controle
bilidade
da produção produção..
Apesar
de
Figura 25. 25. Cronograma Cronograma de de produção produção em em subsFigura trato de trato de serragem
possuir um custo mais elevado po-
dendo triplo do do valor do do culti- dendo custar o triplo
vo em toras de eucalipto - a técnica
No cultivo
tem sido adotada pelos produtores, produtores,
substrato,
pois oferece um um rendimento rendimento de de 800 800 g/ pois oferece
de shiitake
o material pode ser ad-
quirido em empresa
1 kg de substrato, enquanto que em
com
especializada especializada na na
forma forma de de blocos blocos (1 (1 kg) kg) já já inoculados. inoculados. A próxima próxima
toras de de eucalipto eucalipto obtém-se obtém-se em em torno toras
etapa é a incubação, incubação, onde onde o material material fica fica em em re- etapa
de 400 de 400 g/tora.
29
Produção de de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto Produção pouso para que haja colonização do fungo nos bloco blocoss (crescimento micelial).
geralmente
A duração
é de quatro
porém dependerá climáticas
dessa
etapa
meses,
das condições
de cada região, já que
a melhor temperatura senvolvimento
tre tre 20oC e 27oC.
para o de-
do fungo varia en-
Na Na fase fase de de incubação, incubação, o armaze-
namento namento dos dos blocos blocos deve deve ser feito feito em ‘estantes’, com com ripas ripas de de madeira madeira de
forma simplificada (Figura (Figura 26), 26), em em lo- forma simplificada cal cal coberto, coberto, com com umidade umidade relativa relativa de aproximadamente aproximadamente 60%.
Durante o período de incubação,
será observado
o desenvolvimento
micelial do fungo. Após quatro me- ses, os blocos blocos ficarão com aparên- cia esbranquiçada,
prontos para a
(A)
próxima etapa que será a indução. A indução indução consiste consiste no no estímulo estímulo tér-
mico, sendo que que os os blocos blocos deverão mico, sendo
ser colocados colocados durante durante 24 24 horas horas em
um tanque tanque com com gelo, gelo, chegando chegando a uma um temperatura temperatura de de 3oC. C. Esta Esta etapa etapa tem tem a
função de de induzir a frutificação frutificação dos dos co- função gumelos.
Após a etapa Após etapa da da indução, indução, será será rea-
lizado lizado o processo processo de de frutificação frutificação para para a
produção dos dos cogumelos. cogumelos. Nesse Nesse senti- produção do é retirado retirado o saco saco plástico plástico de de cada do
bloco contendo bloco contendo o substrato substrato colonizado e realiza-se realiza-se a armazenagem armazenagem em em estan-
tes tes no no interior de de um um galpão galpão ou ou estufa,
própria para a frutificação frutificação (Figura (Figura 27). própria para
(B) Figura
26. Estante de madeira vazada Estantes com Estantes com substratos, substratos, na na etapa de incubação incubação (B) de
(A);
30 Casa Casa do do Produtor Rural como como adubo adubo no no cultivo cultivo de de espécies espécies ve- getais.
(A)
(B)
Figura 27.
Repare que o saco plástico foi retirado
Armazenamento do substrato em forma de blocos, após a indução para a produção dos cogumelos.
O espaço espaço deve deve ser coberto, coberto, com com tem-
peratura variando peratura variando entre entre 23oC e 25oC e
umidade relativa relativa em em torno torno de de 60%, 60%, sen- umidade do do necessário necessário realizar a ‘irrigação’ ‘irrigação’ na
forma de aspersão aspersão para para manter o ambi- forma de
(C)
ente úmido, ente úmido, evitando evitando o contato contato direto direto da água água com com os os cogumelos.
Após Após o armazenamento armazenamento dos dos blocos, blocos, a
frutificação ocorrerá em em no no máximo máximo 10 frutificação ocorrerá dias (Figura 28). 28). O substrato substrato pode pode ser dias (Figura
reutilizado até reutilizado até quatro quatro vezes, vezes, realizando
sempre repouso e repetindo-se repetindo-se o cho- sempre o repouso
que térmico. térmico. Após Após este este período, período, torna- que
Figura
se inviável reutilizá-lo, reutilizá-lo, devido devido à exaustão se inviável
dos dos nutrientes, nutrientes, porém porém pode pode ser utilizado
28. Etapas de frutificação: Primeiros primórdio primórdioss (A); Formação do cogumelo (B); Cogumelo pronto para colheita colheita (C) para
31
Produção de de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto Produção
Produção de de shiitake shiitake por por substrato Produção utilizando utilizando a técnica técnica de de Jun-Cao A palavra palavra Jun-Cao significa Jun =
fungo Cao = gramínea. gramínea. Essa Essa técni- fungo e Cao ca surgiu ca surgiu na na década década de de 80 80 na na China,
onde produção de de cogumelo cogumelo é feita onde a produção
triturador de gramínea, deira ou roçadeira,
motossega-
equipamento
(autoclave) e investimento em labo-
ratório. Além disso, é necessário co- nhecimento nhecimento do do método método de de fenação.
substrato. Apresenta diversos benefí-
Etapas Etapas para para realização realização da técnica Jun-Cao técnica
devido aos aos materiais materiais utilizados utilizados serem
duzir o cogumelo shiitake a partir de
tenção, sem a necessidade necessidade de de se se reali- tenção, sem
cipal constituinte) e outros outros suplemen- cipal constituinte)
utilizando a gramínea como principal cios cios ecológicos, ecológicos, sociais sociais e econômicos,
provenien provenientes tes da da natureza natureza e de de fácil fácil ob-
Como essa Como essa técnica técnica consiste consiste em em propro-
substrato contendo a gramínea (prin-
zar o corte corte de de madeiras. madeiras. Além Além disso, disso, a produção do shiitake é aproximada-
tos, exigidos para o bom desenvolvi micelial do cultivo mento mento micelial do fungo, fungo, o cultivo passa passa pelas
assim, uma assim, uma rentabilidade rentabilidade econômica.
fenação da gramínea,
sa, pois o Brasil Brasil possui possui uma uma extensa sa, pois
decimento, ensacamento,
mente a mesma mente mesma que que em em toras, toras, obtendo
O Jun-Cao é uma técnica vantajo-
área área com com alta alta produção produção de de gramíneas,
principalmente te na época das águas principalmen (verão). Atualmente, (verão). Atualmente, no no país, país, a técni-
seguintes etapas:
corte e
trituração da
forrageira, adição de insumo, ume- tratamento
térmico, semeadura, térmico, semeadura, indução indução e produprodu- ção de ção de cogumelos cogumelos (Figura (Figura 29).
Brasileira de Pesquisa Agropecuária
·Preparo ·Preparo da da gramínea: gramínea: Produção do do feno
Biotecnologia
picada, picada, seca seca e estocada estocada (Figura (Figura 30).
ca vem sendo sendo estudada estudada na na Empresa ca vem
(EMBRAPA) - Recursos Genéticos e e pela Universidade
Federal Federal de de Minas Minas Gerais Gerais (UFMG).
Outras vantagens são a utilização
de diversos tipos de gramíneas; bai-
xo custo de produção;
curto período de de cultivo; cultivo; praticidade praticidade e facilidade facilidade de produção em pequena pequena ou ou grande grande es- produção em cala. Porém, a produção do cogume-
O feno feno nada nada mais mais é do do que que a gramínea
Possui as mesmas
características
nutricionais de uma uma forragem forragem no no campo, nutricionais de
porém porém quando quando seca seca pode-se pode-se realizar seu armazenamento, ficando ficando disponível disponível em armazenamento, qualquer época época do do ano. As etapas
consistem
de produção
em ceifa,
do feno
viragem
e
cala. Porém, cala. Porém, a produção produção do do cogume
lo pela técnica técnica Jun-Cao Jun-Cao exige exige um um cus- lo pela
A ceifa é o processo
to maior em investimento; área para
de corte corte e pode pode ser feita feita manualmen- de
nutricionais, pasto de de boa boa qualidade); nutricionais, pasto
ou ainda pela ceifadeira.
produção
enleiramento.
de
feno
(exigências
te, te, por por roçadeira roçadeira ou ou motossegadeira,
32 Casa Casa do do Produtor Rural
Figura 29. Figura 29. Etapas Etapas na na produção produção de de shiitake usadas usadas na na técnica técnica de de Jun-Cao
Figura Figura 30. 30. Feno Feno para para a produção produção do do substrato substrato pela pela técnica técnica de de Jun Jun Cao
Produção de de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto Produção
33
Depois de de cortada, cortada, a forrageira forrageira fiDepois cará exposta a céu aberto para de-
A última etapa é o enleiramento, do que se refere à aglomeração
ser tomados para diminuir a perda
secagem
sidratação.
Alguns cuidados devem
material e mudança
de lugar para
por completo.
Diversas
do material, como evitar a realiza-
espécies
vosa, o que influencia
substrato, substrato, como como Brachiaria Brachiaria brizantha brizantha
ção do corte próximo à época chu- na secagem
e na qualidade nutricional do mate- rial. Recomenda-se que que o corte corte seja rial. Recomenda-se
feito no período da manhã, após a
evaporação
do orvalho, facilitando
a perda perda de de água água por por evaporação evaporação até se obter uma quantidade
aproxima-
da de de 20% 20% de de água água em em sua sua compo- da sição.
A segunda segunda etapa etapa consiste consiste na na vira-
gem, que que é o revolvimento revolvimento da da forra- gem, geira com com um um garfo garfo ao ao longo longo do do dia geira para para a desidratação desidratação de de todo todo materi- al exposto em em campo. campo. Para Para conferir al exposto a desidratação é recomendado levar o material material à estufa estufa e fazer a com- paração dos dos pesos pesos do do material material úmi- paração do e seco. Por exemplo, em uma amostragem de 20 g de feno reali- homogenei- za-se a subamostra zando-se com as mãos e separan- do-se então duas subamostras de 10 g. Seleciona-se uma delas para ser levada levada a estufa estufa a 40 C, C, onde onde será feita a secagem completa. Após al- gumas horas é pesada novament e, se a amostra tiver 8 g, significa que as 2 g perdidas correspondem à água, ou seja, 20% da composi- ção.
usadas
de gramíneas podem ser
para
(Brachiaria), (Brachiaria),
cross
a produção
do
Brachiaria decumbens Cynodon
e Tifton)
spp. (Cost
e Pennissetum
purpureum purpureum (Capim (Capim elefante).
Trituração da da gramínea · Trituração
A trituração da gramínea propor-
dos nutrientes disponíveis pela forra- geira e ainda facilita o manuseio. A técnica técnica é simples, simples, porém, porém, necessita de um um triturador forrageiro, forrageiro, que que dei- de xará a gramínea pronta para a pro- dução do substrato. ciona o maior aproveitamento
Preparo do do substrato · Preparo O substrato é uma mistura homo-
gênea,
com boa
característica
nutricional para o desenvolvimento
do fungo. Para elaborar a mistura,
o
será necessário necessário um um recipiente recipiente grande, grande, álcool álcool será 70% 70% para para a assepsia, assepsia, barbante, barbante, gramínea arroz, gesso gesso agrícola agrícola e triturada, farelo de arroz, água. A mistura é água.
proporção: 78% de proporção:
feita na
seguinte
capim (também conhecido
como volumoso), 20% de farelo de
34 Casa Casa do do Produtor Rural arroz arroz ou ou de de trigo trigo e 2% 2% de de gesso gesso agrí-
inóculo. inóculo. Após Após a inoculação inoculação sela-se sela-se a
cola. Para Para a obtenção obtenção de de um um matericola. al homogêneo, homogêneo, é preciso preciso revolver os al materiais, e aos poucos, poucos, adicionar água para umedecê-lo. É necessá- rio adicionar 8 litros de água para cada 5 quilos de matéria seca. substrato homogêneo homogêneo é acondi- O substrato cionado em em sacos sacos plásticos plásticos de de polipoli- cionado propileno e amarrados amarrados com com barbanbarban- propileno te. Os Os sacos sacos devem devem ser esterilizados te. em uma autoclave autoclave a 120oC, C, 1 atmos- em uma fera, por 20 minutos, eliminando-se qualquer microrganismo presente no material. Aguarda-se o resfriamento do
região região com com uma uma fita fita adesiva adesiva ou com de mistura preparada a ou partir uma parafina (20%), (20%), resina resina (70%) (70%) e óleo parafina mineral (10%).
substrato no no interior dos dos sacos sacos para para substrato transferência do do fungo fungo e sua sua colo- a transferência nização. nização. Antes Antes de de serem serem inoculados, armazenagem dos dos sacos sacos plásticos plásticos a armazenagem com o substrato, deve ser feita e local limpo e em temperature ambiente por dois dias.
torno de de 70%. torno Após o intervalo de 40 dias, o substrato é transportado para um galpão ou ou casa casa de de vegetação. vegetação. A primeira primeira colheita galpão será realizada nos próximos próximos 10 10 dias dias com com as condições de temperature em torno de 20oC as e 27oC e umidade umidade relativa relativa em em torno torno de 60%. A umidade umidade pode pode ser obtida obtida por por 60%. um sistema de irrigação simplifica- do com microaspersores, evitando- se o contato direto da água com o fungo. fungo. Com Com o tempo, tempo, haverá haverá o cres- cimento cimento do do micélio micélio que que sairá sairá na na aber- polipropileno ileno onde tura do saco de poliprop se realizou realizou a inoculação. inoculação. Nessa Nessa fase se ocorre uma mudança na coloração do do substrato, substrato, visto visto que, que, o micélio dá origem aos cogumelos.
· Inoculação no substrato
A inoculação é o processo de transferência do inóculo ‘semente’ para para o substrato. substrato. É realizada realizada em em ca- pela de fluxo laminar ou diretamen- te na sala sala de de inoculação, inoculação, em em tempe- te na ratura ratura de de 15oC e umidade umidade relativa relativa do ar de de 60%. 60%. São São feitos feitos furos furos de de 1,5 1,5 a 2 cm de de diâmetro diâmetro nos nos sacos, sacos, sendo sendo que cm em cada um deles é depositado o
Incubação e produção produção dos · Incubação cogumelos Após o processo de inoculação, os os sacos sacos são são levados levados para para a sala sala de incubação e devem ser mantidos sem movimentação por 40 dias. O local deve deve ser limpo, limpo, bem bem ventilado, local escuro, temperatura em torno de 25oC e umidade relativa do ar em
Produção Produção de de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto
35
Colheita dos cogumelos Colheita dos
cultivados cultivados em em toras toras de de eucalipto e em em substratos substratos (bloco (bloco de serragem serragem e técnica técnica Jun-Cao) O ponto ponto ideal ideal de de colheita colheita do do shiitake
aquele onde onde os os cogumelos cogumelos atingem é aquele
quando os cogumelos
estiverem fi-
tamanho e peso. peso. Dependendo o maior tamanho
sicamente
gião onde onde é produzido produzido o cogumelo, cogumelo, a gião
perecível, é importante importante que que a colhei- perecível,
das das condições condições climáticas climáticas de de cada cada re-
colheita pode ser realizada realizada entre entre sete colheita pode
e nove dias após a indução, quando
formados.
Por se se tratar de de um um produto produto frágil frágil e
ta seja seja feita feita com com cuidado cuidado e se se possível possível com com o ta uso uso de de EPI EPI (Equipamento de Proteção Individual),
em toras em toras de de eucalipto. eucalipto. Na Na produção produção em
alergias aos aos esporos esporos e a contaminação contaminação para evitar alergias
substrato, a colheita varia de sete a dez dias após a indução e transfe-
dos dos cogumelos. Deve-se evitar atrasos na colhei-
rência do substrato para a sala de frutificação. frutificação. A colheita colheita deve deve ser feita
duas vezes em três dias seguidos
ta, pois pode haver rompimento do
36 Casa Casa do do Produtor Rural véu, abertura abertura em em excesso excesso do do píleo píleo e véu,
Nos cestos usados para colheita,
várias reações reações químicas, químicas, escurecen- várias
deve-se
evitar a sobreposição
dos
do os cogumelos e desvalorizando-
cogumelos
Na colheita do shiitake, indepen da técnica utilizada, dente da dente técnica utilizada, basta rea- basta
encharcados realiza-se o descarte para não serem misturados com os
gumelo (estipe) evitando-se
a perda de qualidade.
os os comercialmente.
para não danificá-los.
Em caso de cogumelos
uma leve leve torção torção na na base base do do co- lizar uma
deixar
resíduos do resíduos do fungo fungo nas nas toras toras (Figura
úmidos e
demais, demais, evitando-se evitando-se problemas problemas com
Porém, para
problemas com com a umidade, umidade, há evitar problemas
31) que podem servir de meio para
possibilidade
cos cos e bacterianos. bacterianos. Durante Durante a colhei-
onde a etapa etapa de de frutificação frutificação ocorrerá. onde
surgimento de contaminantes
fúngi-
ta, deve-se realizar uma breve lim-
peza do cogumelo, evitando que a parte de baixo do ‘chapéu’ (lame-
de se instalar venti-
ladores, melhorando
assim, o local
Após a colheita Após colheita dos dos cogumelos, cogumelos, as
toras podem podem ser empilhadas empilhadas e incuba- toras das sem a necessidade
las) fique las) fique suja, suja, podendo podendo depreciar a
de realizar
novamente a inoculação. Devem ser
qualidade do produto.
molhadas por um a dois meses (de-
pendendo das condições climáticas), após serem após serem empilhadas empilhadas para para a etapa
de frutificação.
Após o período de descanso,
toras devem ser submetidas
as
nova-
mente ao choque térmico e mecâni-
co. A reutilização reutilização das das toras toras para para a propro- co. dução de novos novos cogumelos cogumelos é realiza- dução de
da da de de quatro quatro a seis seis vezes, vezes, dependen-
do do do estado estado das das mesmas. do
De acordo com a quantidade
induções realizadas, realizadas, aos aos poucos poucos a taxa induções
de
de produtividad produtividadee das toras vai dimi- nuindo, tornando tornando o procedimento procedimento an- nuindo,
tieconômico.
As toras descartadas
podem ser usadas para composta-
Figura Figura 31. 31. Torção Torção do do píleo píleo para para colheita colheita do do cogumelo
gem, transformando-as a produção de em adubo. Para shiitake pelo
uso de substrato, deve-se realizar a
Produção de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto Produção de limpeza do material (Figura 32) reti-
umidade nas etapas de incubação,
37
rando restos rando restos do do cogumelo cogumelo após após a co- lheita, evitando-se que os bloco blocoss se tornem um meio de propagação propagação de contaminantes. contaminantes. O substrato substrato pode pode ser
enfim, do enfim, do processo processo como como um um todo. É importante destacar que quando o cogumelo é colhido prematuro prematuro,, há perda perda de de peso peso e tamanho, tamanho, porém porém quan-
reutilizado reutilizado novamente novamente para para mais mais quatro produções, produções, mantendo-o mantendo-o no no local local de tro frutificação e realizando a irrigação para a etapa de obtenção dos cogu- melos.
do colhido muito muito maduro, maduro, pode pode não não ser do colhido aceito no mercado. Para identificar o ponto ideal ideal da da colheita, colheita, deve-se deve-se obser- ponto abertura do do píleo, píleo, que que não não deve var a abertura de 90% 90% (Figura (Figura 33). passar de
Figura 32. Substrato em bloco contendo res- quícios da colheita colheita para para limpeza quícios da
produção de cogumelo por tora A produção pode variar de pode de 200 200 a 400 400 g, g, em em cada colheita, sendo que a mesma de- penderá do manejo, ou seja, do inóculo utilizado, utilizado, da da forma forma como como fo- inóculo as etapas de ram realizadas inoculação, da vedação dos furos, das condições de temperatura e
38 Casa Casa do do Produtor Rural
Figura Figura 33. Shiitake pronto para para colheita colheita com com o Shiitake pronto chapéu chapéu aberto aberto em em torno torno de de 90%
Pós-colheita O cogumelo cogumelo shiitake, shiitake, após após a colhei-
ta, deve deve ser imediatamente imediatamente embalado ta,
para o consumo, devido a sua alta
perecibilidad perecibilidade. e. A venda venda in in natura natura (fresco) deve ser realizada em aproxima- damente cinco cinco dias, dias, pois pois o cogumelo damente
tem tem seu seu rápido rápido escurecimento escurecimento causan-
do sua depreciação. comercialização
As formas de
do shiitake são in
natura, natura, desidratado desidratado (seco) (seco) ou ou em em sal- moura.
A venda venda in in natura natura é o modo modo mais mais atra-
ente para a comercialização dos co- gumelos, pois expressa melhor suas
propriedades propriedades
organolépticas
como
sabor, aroma aroma e textura textura característica, sabor,
porém, porém, a durabilidade durabilidade nas nas prateleiras prateleiras é menor (Figura (Figura 34).
Figura 34. 34. Shiitake Shiitake in in natura natura (fresco) (fresco) pronto pronto para para Figura ser embalado
Outro método
utilizado para a
comercialização do do produto produto é a desi- comercialização
dratação do cogumelo. Após serem colhidos, colhidos, os os cogumelos cogumelos ainda ainda frescos
apresentam apresentam 80% 80% de de água água em em sua sua com-
posição e aos aos poucos poucos sofrem sofrem reações, posição alterando suas características características visuais alterando suas
Produção de Produção de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto e qualitativas. Portanto, a desidrata-
Antes da Antes da secagem secagem pode-se pode-se realizar
ção tem como função preservar sua
corte com com auxílio auxílio de de uma uma faca, faca, prepre- o corte
armazenagem.
70%, 70%, no no sentido sentido longitudinal, longitudinal, aumen-
qualidade e aumentar o período de Há Há vários vários métodos métodos para para a realiza-
ção da secagem
do shiitake. A for-
ma mais ma mais simples simples é a exposição exposição dos
cogumelos cogumelos frescos frescos ao ao sol sol durante durante o dia, recolhendo-os
a noite. Os cogumelos devem ficar dispos- tos em em uma uma tela tela ou ou peneira peneira de de plásplás- tos tico e com a parte branca das
durante
39
viamente desinfestada
com álcool a
tando tando assim, assim, a superfície superfície de de contato contato e
agilizando o processo processo de de desidratação. agilizando Após Após a secagem, secagem, a embalagem embalagem pode pode
ser feita em sacos de polipropileno polipropileno contendo contendo sachês sachês de de sílica sílica gel gel para para im-
pedir a rehidratação rehidratação do do shiitake shiitake e pospos- síveis contaminações contaminações (Figura (Figura 36). síveis O armazenamento
da embalagem
lamelas
voltadas para cima. São
considerados
secos
quando
houver mais movimentação
não
ao em-
purrar a estipe estipe (pedúnculo) (pedúnculo) contra contra o
deve ser feito feito em em local local limpo, limpo, protegiprotegi- deve do da umidade umidade e, e, em em temperatura temperatura am- do da
biente.
píleo (chapéu). (chapéu). Outra Outra forma forma de de desi- píleo dratar os cogumelos
é com uma
desidratadora, popularmente popularmente conhe- desidratadora, cida como secadora
(Figura 35).
(A)
Figura Figura 36. 36. Shiitake Shiitake desidratado desidratado inteiro inteiro (A); (A); Shiitake desidratado cortado cortado em em tiras tiras (B) (B)
Figura 35. Secadora para desidratação cogumelos
dos
40 Casa Casa do do Produtor Rural
Pragas na produção produção Pragas na de de shiitake
O aparecimento
acontecer
de pragas pode
após o procedimento procedimento de
inoculação, devido ao ao ambiente ambiente propípropí- inoculação, devido cio para cio para o crescimento crescimento e reprodução.
ser descartadas,
no mou-
rão. As toras pouco contaminadas
são tratadas
e moscas também se alimentam de cogumelos e disseminam microrga-
(hipoclorito
Por exemplo, exemplo, o Trichoderma Trichoderma spp. spp. é
pois não há como
tratar o fungo impregnado
Algumas espécies espécies de de baratas, baratas, lesmas Algumas
nismos indesejáveis.
com água sanitária
de sódio 2% a 2,5%),
conforme Figura 38. conforme a Figura
Realiza-se também Realiza-se também a limpeza limpeza das
toras no caso de aparecimento
(Figura 37). Para que não ocorra o
a etapa etapa de de incubação incubação (Figura (Figura 39). 39). A
aparecimento e a proliferação desse fungo contaminante, fungo contaminante, deve-se deve-se evitar o
excesso de toras toras nas nas fileiras, fileiras, pois pois isto excesso de impede
a ventilação
e facilita o
acúmulo de água. água. As As toras toras contamina- acúmulo de
aplicada com auxílio de um pincel,
um fungo contaminante que afeta as toras devido toras devido ao ao excesso excesso de de umidade
das na região da inoculação devem
cogumelos
contaminantes
de
durante
limpeza deve limpeza deve ser realizada realizada com com uma faca, fazendo faca, fazendo a retirada retirada do do material e prosseguindo prosseguindo
com uma limpeza
com água sanitária sódio).
(hipoclorito de
Produção de Produção de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto
Figura 37. 37. Toras Toras que que devem devem ser descartadas descartadas devido devido à contaminação contaminação com com Trichoderma Figura sp. (crescimento sp. (crescimento verde verde pulverulento) pulverulento)
41
Figura 38. Figura 38. Limpeza Limpeza das das toras toras com com água água sanitária sanitária (Hipoclorito (Hipoclorito de de sódio)
42 Casa Casa do do Produtor Rural
Figura 39. Aparecimento Figura Aparecimento de de cogumelo cogumelo contaminante contaminante na na etapa etapa de de incubação
Produção Produção de de Shiitake Shiitake em em toras toras de de eucalipto
43
Custo de de produção produção do do Shiitake Custo em toras de de eucalipto em toras A fase fase inicial inicial para para a implantação implantação do
cálculo de subtração entre a renda
shiitake requer investimentos investimentos como, shiitake
por exemplo, aquisição
‘semente’
do inóculo
que varia entre R$ 7,00
bruta bruta e despesas, despesas, obtém-se obtém-se os os valo- res da renda líquida (lucro).
e R$ 8,00, sendo que um frasco é
· Cálculo Cálculo da da Renda Renda líquida
O inoculador
custa em torno de
em R$ R$ 17,00/kg 17,00/kg e a produção produção de de 270 em
choque
Considerando o preço do shiitake
suficiente para para inocular 10 10 mourões. suficiente
R$ 350,00. 350,00. A barra barra de de gelo, gelo, usada usada no R$
térmico,
g/tora
custa em torno de
R$ 7,00/unidade, 7,00/unidade, sendo sendo o suficiente R$
para para indução indução de de 25 25 toras toras de de eucalipto.
Na Tabela 1 são apresentados os
principais
materiais
para a implantação
necessários
inicial do culti-
vo, visando a inoculação mourões
de eucalipto.
de 1.000
Através do
de eucalipto,
para 1.000
mourões, mourões, teremos teremos então então a produtiviprodutividade de de 270 270 kg. dade
A renda renda bruta bruta será será de de R$ R$ 4.590,00,
e o Investimento inicial será de
R$ 3.090,00, 3.090,00, sendo sendo a renda renda líquida líquida de R$
R$ 1.500,00 na primeira produção. produção.
Para as três próximas produções, produções,
subtraindo da renda bruta os custos