Cogumelo Shitake

September 9, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Universidade Universidade   de de  São  São Paulo Escola  Superior  de  de Agricultura  Agricultura “Luiz  de de  Queiroz” Escola Casa Casa  do do  Produtor  Rural

 

 

Produção Produção  de 

Shiitake em Shiitake  em  toras de de  eucalipto

 

 

Sérgio  Sérgio Florentino  Florentino Pascholati   

Carla   Mariane Mariane  Carla José   Renato  Renato  Marassatto Stangarlin  José Simone  Cristiane  Brand  Simone Cristiane

 

 

Casa do Produtor Rural  Av.  Pádua Pádua  Dias, Dias,  11 11   - Cx. Cx.  Postal Postal  9 · Bairro  Bairro   Agronomia  Agronomia · Piracicaba, Piracicaba,  SP Av. CEP CEP  13418-900  13418-900 · Fone  Fone (19) (19)  3429-4178/3429-4200  · [email protected] 

 

Comissão Comissão   de de  Cultura Cultura  e Extensão  Extensão Universitára Presidente

 

 

Chefe  Administrativo Chefe

 

 

 

Maria  de de  Fátima Fátima  Durrer  Maria

  Revisão Revisão  técnica 

Coordenação  Coordenação editorial

Marcela  Marcela Matavelli

  Fotos  da da  cartilha   Fotos Foto  capa Foto

 

Layout Layout  de de  capa Editoração  eletrônica Editoração

Impressão

 

Prof.  Dr. Pedro  Pedro  Valentim  Valentim Marques  Marques em em   Exercício Prof. Dr. 

Serviço  de  Cultura  Cultura e Extensão  Extensão  Universitária Serviço de

 

 

 

Tiragem

 

Fabiana  Marchi  de  de Abreu Fabiana Marchi 

 

Sérgio Sérgio   Florentino  Florentino Pascholati

     

Marcela Matavelli Marcela  Mariana Mariana   Calencio Ellen  Camila  Camila Silva Ellen Marylin Del Marylin  Del   Nero  Nero Grecco José  Adilson Adilson  Milanêz José

 

 

 

Maria  Clarete Clarete  Sarkis Sarkis  Hyppolito Maria

 

ESALQ/USP  Serviço  de de  Produções Produções  Gráficas ESALQ/USP - Serviço

  3000 3000  exemplares exemplares  · 1ª  1ª Impressão  Impressão  (2014) 

Exemplares Exemplares  desta  desta  publicação  publicação  podem  podem  ser  adquiridos adquiridos  na: Casa  do  do  Produtor Produtor  Rural Casa

 

 

Av.  Pádua  Pádua Dias,  Dias, 11 11  · Cx. Cx.  Postal  Postal 9 · Bairro Bairro  Agronomia Agronomia  · Piracicaba, Piracicaba,  SP Av. CEP CEP  13418-900 13418-900  · Fone:  Fone: (19)  (19)  3429-4178/3429-4200  · [email protected] 

 

Distribuição Distribuição  Gratuita  Gratuita · Proibida  Proibida a comercialização

 

 

 

Dados  Internacionais  de  Catalogação  na  Publicação  DIVISÃO  DE BIBLIOTECA - ESALQ/USP   Produção  de  de shiitake shiitake  em  em toras  toras de de  eucalipto eucalipto   /  /  Sérgio  Sérgio Florentino Pascholati ... ...   [et  [et al.]. al.].  - -   Produção Piracicaba:  ESALQ, 2014.  Piracicaba: ESALQ,  52  p. p.  il.  52 Bibliografia.  ISBN ISBN  978-85-86481-34-5  1.  Cogumelos Cogumelos  comestíveis  comestíveis - Produção  2. 2.  Tora Tora  de  de eucalipto eucalipto  I. I.  Pascholati, Pascholati,  S. S.  F.  1. II.  Marassatto, Marassatto,  C. C.  M. M.  III.  III.  Stangarlin,  Stangarlin, J.  J. R. R.  IV.  IV. Brand, Brand,  S. S.  C.  C. V. V.  Título   II. CDD 635.8  CDD  P964 

 

 

Sérgio  Florentino Sérgio Florentino  Pascholati1 

Carla  Mariane  Mariane Marassatto2  Carla José  Renato  Stangarlin3  José Renato

Simone  Cristiane Simone  Cristiane  Brand4 

 

Departamento   de de  Fitopatologia  Fitopatologia e Nematologia   Nematologia - ESALQ/USP 1 Professor  Titular  -  Departamento 2 Aluna Aluna   de  de Graduação  Graduação  em em  Engenharia  Engenharia Agronômica  Agronômica  - ESALQ/USP 3 Professor  Doutor  - UNIOESTE

 

 

 

4 Aluna Aluna   de  de Doutorado  Doutorado  - Departamento  Departamento  de  de Fitopatologia Fitopatologia  e Nematologia   Nematologia  - ESALQ/USP

Produção  de  Produção

Shiitake Shiitake  em  em toras de eucalipto

 

 

Piracicaba  2014 

 

 

Agradecimentos  Pró-Reitoria de Cultura e  Extensão Extensão Universitária  ·  Pró-Reitoria ·  Programa Programa  Aprender  Aprender  com Cultura e  Extensão Extensão  ·  Diretoria Diretoria da  ESALQ/USP  ESALQ/USP   Extensão Universitária  · Comissão de Cultura e  Extensão · Serviço de Cultura e  Extensão Extensão Universitária  Produtor   Rural  Rural   · Casa do  Produtor  ·  Departamento Departamento de  Fitopatologia Fitopatologia e  Nematologia Nematologia  ·  Ao Ao  Prof. Prof.  Dr. Dr.  Fernando Fernando Campos  Mendonça Mendonça do  Departamento Departamento de  EngeEnge-  Biossistemas  nharia de  Biossistemas ·  Ao Ao  Prof. Prof.  Associado Associado  Angelo Angelo  Pedro Pedro  Jacomino Jacomino do  Departamento Departamento de  Produção Produção  Vegetal   ·  Aos Aos  funcionários funcionários do  Departamento Departamento de  Fitopatologia Fitopatologia e  Nematologia Nematologia 

 À  FAPESP  ··   À  Ao Ao  FAPESP   CNPq    Apoio  Fundo de  Fomento Fomento às  Iniciativas Iniciativas de Cultura e  Extensão Extensão da  Pró-reitoria Pró-reitoria de  ·  Fundo Extensão Universitária  Cultura e  Extensão · Comissão de Cultura e  Extensão Extensão Universitária - CCEx  · Serviço de Cultura e  Extensão Extensão Universitária - SVCEx 

 

 

Índice

 

Introdução   Aspectos   básicos  básicos da  da  biologia  biologia do do  fungo  Aspectos Tipos de  Tipos  de cultivo  Obtenção Obtenção  do do  inóculo 

7  9  11  13 

Produção  de  Produção de shiitake  shiitake em em  toras toras  de de  eucalipto 1 155  15 

Seleção Seleção  das  das toras  Confecção Confecção  dos  dos furos  furos nas  nas toras  toras de de  eucalipto  Colocação do inóculo ‘semente’ nas  toras de  

17  18  20  21  24 

eucalipto 

Vedação Vedação  dos dos  furos  furos com  com  parafina parafina  Incubação  Estímulos térmico/mecânico  e condução da 

27 

frutificação 

 

27 

 por  serragem  Etapas   para  para a produção   produção de de  shiitake  shiitake em  em substrato  Etapas formado formado   por  por  serrragem  Produção de Produção  de  shiitake  shiitake  por  por  substrato  substrato utilizando  utilizando a  técnica  de  de Jun-Cao  técnica Etapas   para  para realização  realização da  da técnica técnica  Jun-Cao  Etapas Preparo Preparo  da  da gramínea: gramínea:  Produção  Produção do  do feno  Trituração  da  da gramínea  Trituração Preparo Preparo  do  do substrato  Inoculação  no no  substrato  Inoculação Incubação  produção dos dos  cogumelos  Incubação e  produção 

28 

  Produção Produção   de de   shiitake  shiitake em em  substrato substrato  Produção   de de   shiitake  shiitake  a partir    partir   de  de composto  substrato Produção

 

31  31  31  33  33  34  34 

 

Colheita  dos cogumelos  cogumelos cultivados  cultivados  em  Colheita  dos  toras de  toras  de eucalipto eucalipto  e em em  substratos  (bloco  de de  serragem  serragem e técnica técnica  Jun-Cao)  (bloco Pós-colheita 

35  38  40 

Pragas Pragas  na  na produção   produção de de  shiitake  Custo  de de   produção  produção do  do shiitake  shiitake em  em toras  toras de  Custo eucalipto  43  Cálculo  da  renda renda  líquida  Cálculo da

Produção  do do  inóculo  inóculo ‘semente’  Produção

Produção  da da  matriz  matriz  mãe mãe  e a matriz  matriz de  de trabalho  Produção Protocolo  - Preparo Preparo  e distribuição  distribuição do  do meio  Protocolo de  de cultivo  cultivo em  em placas  placas  Materiais Materiais  e equipamentos  Procedimento  Preparo Preparo  de  de substrato substrato  com com  serragem  serragem   para  para  produção produç ão  do  inóculo  do

43 

45  46  46  47  48 

Bibliografia  consultada  Bibliografia

51 

 

 

Produção Produção  de  de Shiitake Shiitake  em  em toras toras  de de  eucalipto 



Introdução  cogumelo shiitake shiitake  foi  foi o  primeiro  primeiro a  O cogumelo 

ser  cultivado cultivado   pelo  pelo homem.  homem. Shiitake  Shiitake é o 

nome   popular   do  fungo  Lentinula 

 No Brasil,  No  Brasil,  a  produção  produção do  do shiitake shiitake  é re- 

cente,  tendo  tendo seu seu  início início  na  na década década  de  de 90.  cente,

Atualmente, Atualmente,  é o segundo segundo  cogumelo cogumelo  mais 

edodes,  que  edodes, que tem  tem origem  origem na na  língua língua   jaja- 

 produzido  produzido  e consumido  consumido no no   país,  país, ficando 

e “take”  “take” = cogumelo. 

 bisporus).  rápida  expansão expansão  do  do cultivo cultivo  e   bisporus). A rápida 

 ponesa  e  significa  “shii”  =  árvore   Foi  descoberto  descoberto   pelo  pelo chinês chinês  Wu  Wu San  Foi

somente somente  atrás  atrás do do  champignon  champignon (Agaricus 

do do  consumo consumo  está está  relacionada  relacionada  às às  facilida- 

Kyung,  que Kyung, que  ao ao  caminhar   por  por  uma uma  flo- 

des  no  no aprimoramento aprimoramento  de  de novas novas  técnicas,  des

que que  se se  desenvolvia desenvolvia  em em  troncos troncos  de de  ár- 

capital. capital.  Para Para  os os  consumidores, consumidores,  o  principal principal 

melo melo   perfumado” perfumado” e  passou passou a cultivá-lo 

característico característico  e suas suas   propriedades propriedades  tera- 

resta,  observou  um um  tipo  tipo de de  cogumelo  resta, observou

vores vores  e assim  assim o denominou  denominou de  de “cogu“cogu- 

atrativo  do do  cogumelo  cogumelo shiitake  shiitake é o sabor   atrativo

em  sua  propriedade.  propriedade.  em sua

 pêuticas  e curativas.    pêuticas

técnica  de  de  produção produção de de  cogumelos cogumelos  foi  técnica

no  Brasil Brasil  seja  seja superior  a 200 200  t/ano,  t/ano,  e a  no

a  China  e  o  Japão  são  os   principais 

de  Eucalyptus Eucalyptus  spp.  spp. Outra  Outra forma forma  conheci-  de

mundo. 

cado cado  em  em um um  substrato substrato   preparado  preparado com 

Entre  os  anos  de  1.500  e  1.600, a 

difundida difundida   pelos  pelos chineses. chineses.  Atualmente,  

 produtoress  do  cogumelo  shiitake  no   produtore

 

das das   já  já existentes  existentes e  baixo  baixo investimento investimento  de 

Estima-se que Estima-se  que  a  produção  produção de de  shiitake 

técnica técnica  mais  mais comum  comum é a do do  cultivo  cultivo em em  toras  da da  é o ‘axênico’,  ‘axênico’,  onde  onde o L. L.  edodes  edodes é colo- 

 

8  Casa  do Produtor  Rural  Casa do  materiais materiais  específicos,  específicos,  nutritivo nutritivo   para  para o cres-  cimento  do fungo. fungo.   Nessa  Nessa técnica,  técnica, o custo  cimento do  de  produção  de  produção é maior  do do  que que  em em  toras. 

Mesmo  com com  a facilidade facilidade  de de  cultivo  cultivo é  Mesmo

comum alguns  comum  alguns  produtores produtores  não não  conse- 

retamente  retamente o inóculo  inóculo e o local, local,  e ainda ainda  con- 

trolar  a temperatura  temperatura e a umidade umidade  do  do ambi-  ente,  evitando-se  evitando-se  as as  contaminações contaminações  com  ente,

outros outros  fungos. 

Dessa  forma,   o  objetivo   desta  car- 

guirem atingir  a  produção  guirem  produção potencial   potencial do 

tilha  é  fornecer   informações    básicas 

to to  técnico técnico  no no  manejo  manejo e cuidados cuidados  inten- 

tível tível  shiitake,  shiitake, demonstrando demonstrando  as as  técni- 

shiitake,  devido devido  à falta falta  de de  conhecimen-  shiitake, sivos. sivos.  Para Para  ter  qualidade  qualidade e rentabilida- 

de  na   produção  produção é importante importante  escolher  cor-  de na

sobre  a  produção  produção do do  cogumelo cogumelo  comes-   sobre

cas  de  de cultivo cultivo   para  para uma uma   produção  produção  bem bem  cas sucedida  comercialmente.   sucedida

 

 

 

Produção de Produção  de  Shiitake  Shiitake em em  toras toras  de  de eucalipto

 

9

Aspectos Aspectos   básicos  básicos da  biologia  do  do fungo  biologia

 

 

O shiitake shiitake  é um  um  basidiomiceto basidiomiceto   perper-  tencente  ao ao  Reino Reino  Fungi.  Fungi. É também  tencente conhecido  como como  cogumelo cogumelo  ou ou  ‘chapéu  conhecido de  sapo’, podendo   podendo ser  encontrado encontrado  na  de matéria matéria  orgânica orgânica  em em  decomposição decomposição  ou  em  qualquer  outro  outro tipo tipo  de de  substrato.   em Os  fungos,  fungos, na na  sua  sua maioria,  maioria, são  são multice  Os lulares lulares  e constituídos constituídos  de  de filamentos,  denominados denominados  de de  hifas,  hifas, que  que  por  por  sua  vez, vez,  formam formam  uma uma  rede  rede filamentosa   mais  resistente,  resistente,  denominada  denominada de  de micé-  mais lio. lio.  A reprodução reprodução  é realizada realizada  através  de  esporos  esporos sexuais  sexuais ou ou  assexuais assexuais  que  de  podem  podem  ser  disseminados  disseminados   pelo  pelo vento,  água água  de  de chuva,  chuva,  partículas  partículas de de  solo  solo ou 

 pelo  homem.  Os  esporos   sexuais  são  chamados  de   basidiósporos  basidiósporos  e  são  observados   na  forma  de  um  ‘pó   branco’  durante  a   produção  de de  shiitake,  shiitake, liberado liberado   pelo  pelo cogumelo cogumelo  maduro. maduro.   Encontrando  condições   propíc  propícias ias   para  seu  Encontrando desenvolvimento, desenvolvimento,  os  os esporos  esporos irão irão  germinar  e  dar   origem  ao  micélio   primário  (haplóide)   que  é  improdutivo  e  in-  capaz  de de  colonizar, colonizar,  sendo, sendo,   portanto, portanto,  capaz necessária  a  fusão de  hifas  de  micélios   primários  distintos  (plas-  mogamia)   para  originar   o  micélio  secundário  (dicariótico),   e  dessa 

 

 

10  Casa  do Produtor  Rural  Casa do  forma, dar  origem  forma,  origem ao ao  cogumelo cogumelo  (Fi- 

frutificação  (estrutura  arredondada,  

gura  1). 

 branca  e  pequena), pequena), originando originando   posteriormente, posteriormente,   branca

em  qualquer   outro  substrato  o  fungo 

subdividido 

Uma  vez  inoculado  na  madeira  ou 

irá se irá  se  desenvolver, desenvolver,  ocupar  o ambiente  e formar  



 primórdio  do 

corpo d dee 



cogumelo   propriamen  propriamente te 

em  píleo  píleo  (chapéu)  e 

estipe ((pedúnculo,haste). pedúnculo,haste).  

Figura   1. 1.  Ciclo Ciclo  de de  vida vida   do  do cogumelo cogumelo  Lentinula Lentinula  edodes  edodes (shiitake) Figura Fonte:  Pascholati  Fonte:  Pascholati et  et al., al.,   1998

 

dito,  que  é 

 

 

 

Produção Produção  de  de Shiitake Shiitake  em em  toras toras  de de  eucalipto 

11 

 

O fungo  fungo cresce cresce  e  produz  produz cogume- 

los los  através através  da da  degradação degradação  da  da madei-  ra  ou  de  algum  substrato 

orgânico 

que  contenha  celulose.   A  forma   de 

 produção mais  produção  mais  comum comum  do do  shiitake shiitake  é 

Tipos Tipos  de  de cultivo

 polipropilen  polipropileno o e autoclavados autoclavados   para  para a es-  terilização  e obtenção obtenção  de de  um  um ambiente  terilização livre  de  de microrganismos microrganismos  indesejáveis.   livre

Comparando  as  Comparando  as duas  duas técnicas técnicas  de de   propro- 

dução  de  de shiitake shiitake  (produção  (produção em em  toras  dução

realizada  através  da  inoculação 

de  eucalipto  eucalipto ou ou  em  em substrato),  substrato), existem  de

de  fácil fácil  acesso  acesso ao  ao produtor,  produtor, como como   por  por   de

 portanto,  portanto,  fica fica  a critério critério  do do   produtor  produtor  es- 

fungo  em em  toras  toras de  de espécies  espécies  arbóreas  do fungo exemplo,  o eucalipto.   exemplo, 

O shiitake  shiitake também também   pode  pode ser  culti- 

vantagens  e desvantagens  desvantagens  entre  entre ambas,  vantagens técnica que  que melhor  se  se adeque  colher  a técnica  aos  recursos  existentes  existentes em  em sua sua   propro-  aos recursos 

vado vado  em em  substratos, substratos,  cuja  cuja composição 

 priedade e ao   priedade  ao investimento investimento  que que   pretenpreten- 

adicionado adicionado  a uma  uma mistura  mistura  de de  cal cal  e farelo 

toras  de  de eucalipto eucalipto  é um um  método método  tradicio-  toras

de de  trigo  trigo ou ou  farelo  farelo de  de arroz. arroz.  Este Este  con   junto de  junto  de  insumos  insumos tem  tem a finalidade  finalidade  de 

nal,  contendo  nal,  contendo etapas etapas  mais mais  simples  simples  e de   menor  custo  custo  para  para o  produtor  produtor  que  que  prepre- 

qualidade.  

em  substrato substrato  exige  exige maior  investimento   em

 pode  conter   serragem  ou  feno, 

garantir   um  crescimento  destes 

micelial  de 

Após  realizar   a  mistura 

componentes,  

os  mesmos 

deverão deverão  ser  armazenados armazenados  em em  sacos sacos  de 

de  fazer. fazer.  A  produção  produção de  de shiitake shiitake  em  de

tende  iniciar  a produção.  produção. Já Já  a  produção produção  tende

onde, onde,   por  por  exemplo,  exemplo, o  preço  preço do do  substrato  (“blocos”) (“blocos”)  é quatro  quatro vezes vezes  maior  do  do que 

 

 

12  Casa Casa  do  do Produtor  Rural  o  preço  preço da  da tora  tora de  de eucalipto. eucalipto.  Contudo, Contudo,  a 

 produção   por   substrato 

também é 

maior, se comparado ao método de       em  toras   de  eucalipto.    produção     

 Na  cartilha  cartilha será  será  abordada abordada  didaticamente    Na a   produção  de 

shiitake 

em 

mourões de mourões  de  eucalipto,  eucalipto,  detalhando-se detalhando-se  as 

fases: fases:  seleção seleção  de de  toras,  toras, inoculação,  

indução  e frutificação frutificação  (Figura (Figura  2). 2).  Alguindução   mas mas  noções noções  sobre  sobre a técnica  técnica de  de  produprodu-  ção  em  substrato  substrato também  também serão serão  abor-  ção em

dadas. 

 

Figura Figura   2.  2. Etapas  Etapas   para  para  produção  produção de  de shiitake  em em  toras  toras  de  de eucalipto

 

 

Produção  de  Produção de Shiitake Shiitake  em em  toras toras  de de  eucalipto 

13 

Obtenção  do  do inóculo  Obtenção O inóculo, inóculo,  também,  também, equivocadamente   denominado  de  ‘semente’,  ‘semente’,  é representado   denominado  de

 por   partes  partes do do  fungo  fungo (hifas/micélio) (hifas/micélio)  que que  é 

fornecido fornecido  em em  saco saco  de de   polipropileno polipropileno  (mistu- 

dução  nas  toras  de  eucalipto  ou  no 

formarão  um  um meio  meio  propício  propício  para  para o desen-  formarão

cultivado cultivado  em  em meio  meio esterilizado esterilizado   para  para intro- 

substrato.  A  produção  produção da da  ‘semente’  ‘semente’ requer   substrato.

ra ra  de de   pó  pó de de  serra serra  e outros outros  insumos insumos  que 

volvimento  do do  fungo,  fungo, normalmente normalmente  com com  ca-  volvimento

estrutura estrutura  apropriada, apropriada,  de de  alto alto  custo  custo (inves- 

 pacidade  pacidade  de  de 1 litro),  litro), como como  mostra mostra  a Figura 

com  conhecimento  

material  também também   pode  pode ser  encon-  rões  O material

timento timento  em em  equipamentos); equipamentos);   profissional profissional 

na  área  de  mi- 

3,   proporcionando proporcionando  a inoculação inoculação  de  de 10 10  mou-  3, .

crobiologia crobiologia  e monitoramento  monitoramento  constante constante  do 

trado trado  na na  forma  forma de de  cavilhas  cavilhas ou ou  ‘plugs’  ‘plugs’ (ma- 

‘semente’  de de  qualidade  qualidade e sem  sem contamina-   ‘semente’

cm  de de  comprimento  comprimento  e diâmetro diâmetro  em em  torno  2 cm

material, material,  visando visando  a obtenção obtenção  do do  inóculo  ção ção  com com  outros outros  microrganismos.  

Aos  pequenos Aos  pequenos  produtores produtores  torna-se  torna-se eco- 

nomicamente  mais nomicamente  mais  viável viável  a aquisição  aquisição do 

  lizadas,  devido  devido ao  ao alto alto  investimento  investimento em  lizadas, infraestrutura infraestrutura  laboratorial laboratorial  e mão mão  de de  obra  inóculo inóculo  ‘semente’ ‘semente’  de de  empresas  empresas  especia-

 

especializada  para a  produção do  inóculo   ‘semente’        inoculante.  O inóculo  ‘semente’   pode  pode ser   inoculante.

 

deira  de de  eucalipto  eucalipto cortada  cortada no  no tamanho tamanho  de  deira de de  0,7 0,7  cm) cm)  para   para sua  sua introdução introdução  nos  nos furos  realizados  nas nas  toras  toras (Figura (Figura  4).  realizados

Para  os  produtores produtores  que  que  pretendem  pretendem inves-  Para os 

na  produção  produção do  do inóculo inóculo  ‘semente’, ‘semente’,  os  os  propro-  tir  na  cedimentos cedimentos   para  para sua sua  obtenção obtenção  estão estão  expli-  cadosdetalhadamentemaisadiante.  

14  Casa Casa  do  do Produtor  Rural 

Figura  3. Inóculo Inóculo  ‘semente’  ‘semente’ composto  composto por   por  serragem, serragem,  farelo farelo  de  de  arroz  arroz e  água Figura  3. 

 

 

Figura  Figura 4.  4. Inóculo  Inóculo  ‘semente’  ‘semente’ em  em  forma  forma de de   cavilhas  cavilhas  ou  ou  ‘plugs’

 

 

Produção de  Produção  de Shiitake Shiitake  em  em toras  toras de  de eucalipto 

15 

Produção de  Produção  de shiitake shiitake  em toras toras  de de  eucalipto

 

 

Seleção  das Seleção das  toras  Os  mourões mourões  de  de eucalipto eucalipto  são são  muito muito  uti-  Os lizados lizados  na  na  produção produção de de  shiitake, shiitake,  devido  devido à  facilidade  de de  obtenção  obtenção pelo   pelo  produtor, produtor,  me-  facilidade nor  custo custo  e  bons  bons resultados  resultados em em  nível  nível co-  mercial  de  produção.  produção.  Existem  Existem diversas  mercial  de espécies de espécies  de  eucalipto eucalipto  com  com  propriedades propriedades  físicas  e químicas  químicas diferentes,  diferentes,   portanto,  portanto, são  físicas indicadas   para  para o cultivo cultivo  do do  cogumelo  indicadas shiitake: shiitake:  Eucalyptus Eucalyptus  saligna saligna  (vermelho),  (vermelho),  E.  grandis  (branco), (branco),  E. E.  dunii,  dunii, E. E.  globulus  globulus (co-  grandis mum) mum)  e E. E.  camaldulensis. camaldulensis.  A espécie espécie  E.  citriodora  (lima (lima  ou ou  de de  cheiro) cheiro)  não  não é reco-  citriodora mendada  para   para o cultivo cultivo  do  do shiitake shiitake  devido  mendada presença de  de resinas  resinas  e substâncias substâncias  vo-  a  presença láteis,  que que   podem  podem comprometer  o desen-  láteis,

 No cultivo  No  cultivo  do  do shiitake, shiitake,  os os  mourões  devem  ter  1 m de  de comprimento  comprimento e diâ-  devem metro  variando  entre  10  a  12  cm,  além  de  alta  densidade,   cerne  ou  medula   pequena  e  casca  grossa  e  íntegra.  É importante  importante  destacar  que que  as  íntegra. toras  devem  devem ser  originárias originárias  de de  solos  toras férteis,  visando  maior   concentração   de  nutrientes   para  o  melhor   desen-  volvimento  do do  cogumelo.  cogumelo. A idade  idade da  volvimento  planta  é outro outro  fator  a ser  observado,  observado,  pois pois   planta esse esse  fator  influenciará  influenciará no  no diâmetro diâmetro  do  mourão  e na na  densidade densidade  da da  madeira.  madeira.  NesNes-  mourão se se  sentido, sentido,  é importante  importante visitar  a  propro-   priedade  priedade  em em  que  que será  será realizado  realizado o corte 

volvimento volvimento  do  do fungo.

do  eucalipto eucalipto   para  para a produção   produção dos dos  mourões,  do

 

 

 

16  Casa  do Produtor  Rural  Casa do  com  a finalidade finalidade  de de  obter  informações  informações  so-  com

 bre  adubação e histórico  histórico da  da área, área,  idade   bre adubação  das das   plantas  plantas e espécie espécie  de  de eucalipto.  

O intervalo  intervalo de  de tempo tempo  entre entre  o corte corte  e o 

uso dos uso  dos  mourões  mourões  para  para inoculação inoculação  deve-  rá  de  até até  sete sete  dias.  dias.  Nesse  Nesse  período  período o  rá ser  de

armazenamento  dos dos  mourões  mourões deve  deve ser   armazenamento

 

feito em  feito  em um um  local local  sombreado,  sombreado, evitando incidência   direta  de  raios  solares e  empilhados  na horizontal horizontal  (Figura (Figura  5).  empilhados  na 

Esse   procedimento Esse procedimento  evita  evita  a  perda  perda de de  água 

excessiva  e auxilia auxilia  na na  obtenção obtenção  de de  uma  excessiva

umidade  ideal  de  35%  a  55%  nos 

mourões,  teor  adequado  adequado  para  para facilitar  a  mourões, recuperação  do  fungo  fungo após após  o estresse  recuperação  do causado  na etapa etapa  de de  inoculação.  causado na 

Figura Figura   5.  5. Empilhamento Empilhamento  dos dos   mourões  mourões  em  em local sombreado

 

 

As  toras  de  eucalipto  na  etapa  de 

inoculação,    primeiramen  primeiramente te  devem  ser   selecionadas,  descartando-se descartando-se  os os  mourões  selecionadas,

tortos. tortos.  Posteriormente  faz-se faz-se  a limpeza, limpeza,  reti- 

rando-se rando-se   brotos,  brotos, folhas  folhas e galhos galhos  (Figura  (Figura 6).  Com  este este   procedimento, procedimento,  evita-se evita-se  a forma-  Com

ção de ção  de  meios  meios (abrigos) (abrigos)  que que   propiciem  propiciem o de-  senvolvimento senvolvimento  de de  fungoscontaminantese  o  alojamentodeinsetos.  

 

Figura   6.  6. Limpeza  Limpeza das  das toras toras  de de  eucalipto Figura

 

 

17 

Produção  de  de Shiitake Shiitake  em em  toras toras  de de  eucalipto  Produção

Confecção dos Confecção  dos  furos furos  nas nas  toras  lio lio  de de  um um  instrumento  instrumento denominado denominado  de  de  eucalipto  de inoculador.   confecção dos  dos furos furos  nas  nas toras toras  de  A confecção 

eucalipto eucalipto   permitirá  permitirá a introdução introdução  do  do inóculo  ‘semente’  para  para o crescimento crescimento  do  do fungo  fungo no 

interior  do do  mourão. 

Inicialmente são  Inicialmente  são realizados realizados  furos  furos nas 

toras  com uma uma  furadeira furadeira  elétrica, elétrica,   prefeprefe-  toras com 

rencialmente  com  com alta  alta rotação,  rotação,  para  para ob-  rencialmente tenção  de de  furos  furos melhor  acabados acabados  e sem  tenção

rebarbas rebarbas  (rotação (rotação  mínima  mínima 2500 2500  rpm;  rpm; rota-  ção  ideal ideal  3500  3500 rpm;  rpm; Figura  Figura 7A).  ção

Os  Os furos furos  devem devem  ter  profundidade  profundidade  de de  2 

cm  cm  por  por  1,2  1,2 cm  cm de  de diâmetro  diâmetro (broca  (broca com  com ½ 

 polegada).. A  profundidade profundidade  é obtida obtida  atra-   polegada)

 

(A)

vés  da vés da  adaptação adaptação  de de  um  um limitador  de de  furo 

acoplado acoplado  a furadeira  furadeira elétrica elétrica  (Figura (Figura  7B). 

 

(B)

Os  furos furos  devem devem  ser  dispostos  dispostos em  em linhas  Os (padrão  em em  zigue-zague) zigue-zague)  (Figura  (Figura 8).  8). O  (padrão

número número  total total  de  de linhas  linhas  pode   pode ser  calculado  através  do valor  do do  diâmetro diâmetro  do do  mourão  através do 

       

   

     

 

   

Figura Figura   7.  7. Furadeira  Furadeira de de  alta alta   rotação rotação  com com  limitador  de furo acoplado a máquina e  broca de ½  polegada (A); Adaptador   para realização  dos dos  furos furos  (B) realização

 

   

dividido   por  por  2,5  2,5 e o número número  total  total de  de furos  dividido

deve  ser,  ser, aproximadamente,  aproximadamente,  quatro  quatro vezes  deve

o valor  do  do diâmetro diâmetro  do do  mourão, mourão,  mantendose  uma distância  distância de  de 10  10 cm cm  entre entre  eles. eles.  Por     se uma 

exemplo, exemplo,   para  para a inoculação inoculação  em em  um  um mourão  de 1 m de de  de  comprimento comprimento  e 12 12  cm cm  de de  diâme-  tro, serão tro,  serão  necessários necessários  aproximadamente  

48  furos  distribuídos distribuídos  em em  cinco cinco  linhas. linhas.  A  48 furos

quantidade quantidade  de de  furos  furos em em  cada  cada linha linha  irá  irá va- 

de  sete  sete a dez,  dez, sendo  sendo que que  quanto  quanto maior   riar  de quantidade de  de furos  furos maior  será  será  o uso uso  do  a quantidade  inóculo inóculo  ‘semente’.  

Após Após  a confecção confecção  dos dos  furos  furos é realizada 

a inoculação  inoculação das das  toras,  toras, através  através da  da trans- 

ferência  do  do inóculo  inóculo ‘semente’,  com com  o auxí-  ferência

 

 

Figura Figura   8.  8. Realização  dos  dos furos  furos na  na tora  tora  de  de eucalipto

 

18  Casa Casa  do  do Produtor  Rural  O  espaço  físico   para  a  condução 

das  diferentes 

etapas 

(confecção 

dos  furos,  inoculação 

e  vedação) 

Colocação Colocação  do do  inóculo  inóculo ‘semente’  nas  toras toras  de de  eucalipto  nas Imediatamente  após após  a realização realização  dos dos  fu-  Imediatamente

deve  mesmo,   já  já que que  estes estes   propro-  deve ser  o mesmo,

ros ros  nas nas  toras toras  é realizada  realizada a inoculação, inoculação,  que 

conjuntamente.  local deve  deve ser  co-  conjuntamente.  O local 

inóculo‘semente’.  

cedimentos  

devem  ser   realizados 

 berto  berto  e limpo, limpo,  evitando  evitando  dessa dessa  forma 

consiste consiste  no  no  preenchimento preenchimento  dos dos  furos  furos com com  o  Para  a  inoculação  é  necessária  



a  incidência  de  sol,  vento  e   possí- 

assepsia assepsia  dos dos  equipamentos,  equipamentos,  com álcool  álcool na na  

toras  devem  ser   colocadas  

finalidade finalidade  de de  evitar  contaminações. 

veis  contaminações contaminações  a céu  céu aberto. aberto.  As  veis valetes adaptados

 

 

em  ca- 

 para cada etapa,

 

    como  mostrado  na  Figura  9,  ou   pode-se  utilizar   uma  mesa  adapta-  da  em  suas  extremidades   com  ma-  deiras,  impedindo  a  movimentação   das  toras.  Esse   procedime  procedimento nto  facili-  tará  o manuseio  manuseio das  das toras toras  durante durante  a  tará confecção   dos  furos,  inoculação  e  vedação. 

concentração  de de  70%, 70%,  com com  a  concentração Existem vários métodos

 

 

 

de inocu-

 

lação, lação,  inclusive  inclusive com com  o uso  uso dos dos  dedos, 

 porém  não  é  recomendado 

 

devido  à 

demora  do  do procedimento  procedimento  e o apareci-  demora

mento mento  de de  fungos  fungos contaminantes.  contaminantes.  Para 

que  a  inoculação  seja  feita  de  modo  racional  e  tecnificada,   visando  uma 

 produção  produção  de de  qualidade  qualidade  e retorno  retorno eco- 

nômico,  é aconselhável aconselhável  a utilização utilização  de  nômico,

aparelhos   inoculadores,  

que   podem 

ser  de de  dois  dois tipos: tipos:  inoculador  tipo  tipo ‘caneta’ e 

inoculador  de de  copo. copo.  O inoculador  tipo tipo  ca- 

neta  tem tem  a capacidade capacidade  de de  inocular  um  neta

furo furo   por  por  vez  vez após após  a realização realização  da da  recarga 

com  o inóculo inóculo  ‘semente’ (Figura  (Figura 10).  10).  NesNes-  com se se  caso caso  a inoculação inoculação   por  por  tora tora  leva leva  em em  tor- 

no  de de  6 a 10  10 minutos, minutos,  dependendo dependendo  do  do ope-  no

rador, rador,  e o valor  de  de custo custo  do do  equipamento   varia  entre  entre R$ R$  50,00  50,00 e R$  R$ 60,00  60,00 reais.  varia

com  reservatório  reservatório ou  Já  o inoculador  com

de  copo’(Figura  11),  11),  promove promove  a  ‘inoculador  de

inoculação inoculação  das  das toras toras  em em  tempo tempo  menor,  menor,  popo- 

rém, rém,   pode  pode apresentar  problemas   problemas de  de entu- 

       

 pimento  pimento  devido devido  à granulometria  granulometria  do  do ma- 

Figura   9.  Figura 9. Cavalete Cavalete   adaptado  adaptado  para  para a confecção  confecção dos furos, furos,  inoculação  inoculação  do  do fungo  fungo e  vedação vedação   para para a  produção de shiitake em toras de

 

 

   

 

 

terial. terial.  O custo custo  do  do inoculador  (modelo (modelo  nacio-  nal)  de  aproximadamente aproximadamente  R$  R$ 350,00.  nal) é de

eucalipto

 

 

Produção Produção  de  de Shiitake Shiitake  em em  toras toras  de de  eucalipto  Efetuada  escolha do  do inoculador, inoculador,  o  Efetuada  a escolha 

 próximo  passo é  preparar  preparar  o substrato   próximo  passo 

 para  para  inseri-lo  inseri-lo nas nas  toras  toras  de  de eucalipto.  eucalipto.  Em  uma  bacia (lavada  (lavada com com  detergente detergente  e ál-  uma  bacia 

cool cool  70% 70%  e seca seca  com com   panos  panos limpos),  limpos), é 

despejado despejado  o inóculo  inóculo ‘semente’  (Figura 

3),  e com  com as as  mãos mãos  (usando-se  (usando-se luvas)  3),

deve-se  homogeneizar  o mesmo, mesmo,  obten-  deve-se do do  um um  material material  solto  solto (Figura (Figura  12),  12), o que  facilitará facilitará  seu seu  uso  uso  principalmente principalmente  nos  inoculadores  

com  reservatório.  

 deve deve  ser  realizada  realizada  com  com o A inoculação  inoculação to      preenchimen  preenchimento  completo completo  do  do volume  volume dos furos. 

 

Figura  Figura  10.

 

Inoculador   Inoculador  tipo  tipo  caneta  caneta  para  para  inocula-

 

ção  do  ção do  fungo  fungo  em  em  toras  toras  de de  eucalipto

 

Figura Figura   12. 12.  Inóculo  Inóculo ‘semente’ na  na bandeja   bandeja  após após   a sua homogeneização sua 

 

19 

 No  caso  da  inoculação   por   cavi- 

lhas,  a sua  sua introdução introdução   por  por  completo  lhas,

nas  toras  deve  ser   realizada  com  o 

auxílio  de  uma  marreta  ou  martelo 

(Figura  13).  O  tempo  gasto   para  a  inoculação  de  de cada  cada tora  tora fica  fica em  em torno  inoculação

 

Figura   11.  Figura 11. Inoculador  de de  copo copo  para   para inoculação de  toras  toras de de  eucalipto de

 

 



minuto,  

rápido 

de 

sendoum   procedimento  procedimento 

dependendo 

do 

operador. 

 

Casa  do  do Produtor  Rural  20  Casa

Figura Figura  13.  13. Inoculação  Inoculação com com  cavilhas cavilhas  contendo  contendo o  fungo  

Vedação Vedação  dos dos  furos furos  com   parafina  Após  a inoculação inoculação  é importante  importante  verifi-  Após

car  o  preenchimento preenchimento  de de  todos  todos os  os furos 

das  toras toras  antes  antes de  de iniciar  a etapa etapa  de  das vedação. vedação.  A vedação  vedação ou  ou  parafinagem parafinagem   é o   procedimento realizado  após  a   procedimento  inoculação  inoculação e consiste consiste  na na  colocação  colocação de  uma uma  ‘película’ de de  parafina   parafina derretida derretida  so-   bre   bre os  os furos furos  inoculados,  inoculados,  cuja cuja  função função  é 

Os  materiais  necessários    para  a   parafinagem são  parafinagem  são  fogão fogão   ou  ou fogareiro,    botijão  botijão  de  de gás, gás,  fósforo,  fósforo,  panela, panela, parafina,  parafina,  esponja de esponja  de  aço,  aço, arame arame  fino  fino e vareta vareta  de  madeira  ou  ou  bambu  bambu (de (de  30  30 a 40 40  cm cm  de  madeira comprimento).   O  procedimento procedimento  consiste consiste  em  em derreter   parafina em em  uma uma   panela  panela de  de 30 30  cm  cm de  a  parafina  diâmetro  e com com   boa  boa  profundidade profundidade  (Figu-  diâmetro ra  14).  14). A  parafina  parafina deve  deve ser  colocada colocada  em  ra  blocos pequenos na na   panela  panela  para  para facilitar    blocos  pequenos  o seu seu  derretimento derretimento   por  por  completo completo  ou   pode-se  adquiri-la adquiri-la  no no  formato  formato de de   pastipasti-   pode-se lhas,  facilitando  facilitando o derretimento  derretimento  do do  mate-  lhas, rial.  A temperatura  temperatura  ideal  ideal da da   parafina  parafina  para para  rial. vedação é de de  115oC, C,  e  pode  pode ser  con-  a vedação  firmada  através através  da da  liberação liberação  de de  fumaça  firmada  branca  branca  na na   panela. panela. É importante  importante fechar  a   panela  com com  uma uma  tampa,  tampa,  para  para evitar   propro-   panela  blemas  blemas  de  de combustão combustão  e inalação  inalação da da  fu-  maça maça  tóxica tóxica   pelo  pelo operador. 

 proteger  o inóculo inóculo  ‘semente’ do do  meio meio  ex-  terno,  contra  microrganismos  microrganismos  e  pragas, pragas,  terno,  contra e também  também do do  ressecamento. 

Figura Figura  14. 14.  Panela  Panela contendo  contendo  a  parafina  parafina derretida   pronta  para   pronta  para vedação  vedação dos  dos furos furos  inocu-  lados  

 

 

Produção Produção  de  de Shiitake  Shiitake em  em toras toras  de  de eucalipto  aplicação da da   parafina  parafina deve deve  ser   A aplicação  realizada com  realizada  com o auxílio auxílio  de  de uma  uma vareta  de  madeira  ou ou  bambu   bambu contendo contendo  uma  de madeira esponja esponja  de de  aço aço  na na   ponta  ponta (‘boneca’).   Para   produção  produção deste deste  material, material,  também  Para chamado  de  ‘trouxinha’,   faz-se  amarrio  com com  arame arame  de de  uma uma  esponja  o amarrio de  aço  aço na  na  ponta  ponta da  da vareta vareta  de de  madeira  de ou de ou  de   bambu  bambu (Figura  (Figura 15).  Molha-se Molha-se  a  ‘boneca’  na na   parafina  parafina derretida, derretida,  onde onde  a  mesma  batida rapidamente rapidamente  em em  cada  mesma é  batida  um  dos  dos furos furos  (uma (uma  única  única  batida  batida em  um cada furo,  cada  furo, formando formando  uma uma   película  película com  diâmetro  duas  duas vezes  vezes maior  do do  que que  a  diâmetro área de  área  de inoculação)  inoculação)  e repassando  repassando  com  o aparecimento  aparecimento  de  de falhas falhas  na na  vedação  (Figura  16).  (Figura Geralmente,  uma uma  mergulhada mergulhada  na  Geralmente,  parafina é suficiente  parafina  suficiente   para  para fechar  uma  linha  de  dez  dez furos. furos.  É importante  importante sali-  linha de entar  que que  se  se deve deve  realizar  a vedação  também  dos  dos ferimentos ferimentos  existentes existentes  nas  também toras, toras,   pois  pois  podem  podem  proporcionar  proporcionar  o apa-  recimento  de de  contaminantes.   recimento

Figura  16.  Vedação  com   parafina  dos  furos   inoculados  

A  solidificação  ideal  da   parafina  acontece acontece  quando quando  a ‘película’  aplicada  ficar  transparente  transparente  na na  tora, tora,  conferindo  maior  adesão.  adesão.  Caso  Caso fique fique  com com  a colo-  ração   branca,  a  parafina  se  tornará  quebradiça  e  sem  adesão,   podendo  facilitar   a  entrada  de  contaminantes,   fazendo-se fazendo-se  necessário necessário  o descarte descarte  do  mourão contaminado.   mourão  A quantidade quantidade  de de   parafina  parafina  para  para vedação  de de  150 150  a 200 200  toras  toras de de  eucalipto  eucalipto inocula-  das das  é de de  aproximadamente  aproximadamente  5 kg. kg.  Deve-  se  evitar  o excesso excesso  do do  material, material,   pois  pois a  se tora tora  ficará ficará  impossibilitada  impossibilitada de de  absorver  a  água,  realizar  a respiração respiração  e a troca  água, gasosa  do do  fungo fungo  shiitake shiitake  no no  seu seu  interior.  gasosa A  execução   bem  sucedida  da   para-  finagem finagem  é fundamental fundamental   para  para a  proteção proteção 

 

do   inóculo inóculo  ‘semente’  contra  contra  possíveis possívei s do   contaminantes   e ressecamento. contaminantes

Incubação 

Figura Figura  15. 15.  ‘Trouxinha’ usada usada   para  para a parafinagem  parafinagem  e vedação  vedação dos dos  furos  

A incubação incubação  é o  período  período de de  descan-  so  so dos  dos mourões, mourões,  que que  após após  serem  serem ino-  culados culados  e vedados vedados  com com   parafina,  parafina, de- 

21 

 

 

22  Casa Casa  do  do Produtor  Rural  vem vem  ser  colocados  colocados em  em local local  coberto  coberto e 

 

sombreado, de  sombreado,  de forma  forma a evitar  a incidên- 

Durante  Durante o  período  período de de  incubação,  incubação,  as  pilhas  pilhas  devem  devem ser  molhadas  molhadas e revolvidas.  

se  a temperatura  temperatura em  em torno  torno de  de 20oC a  se

tem  a finalidade finalidade  de  de facilitar  a ventilação   tem

toras toras  devem  devem ser  empilhadas  empilhadas  no no  formato 

forma   homogênea. 

tidas  assim  assim  por  por  um  um período   período mínimo mínimo  de  tidas

espaços espaços   pequenos, pequenos,  sendo sendo  utilizada  utilizada  uma 

cia cia  direta direta  de  de raios raios  solares,  solares,  mantendo- 

O empilhamento empilhamento  em em  forma forma  de de  ‘fogueira’  

27oC e umidade  umidade em em  torno  torno de  de 60%. 60%.  As 

e a infiltração  infiltração da da  água água  entre  entre as as  toras, toras,  de 

de  uma  ‘fogueira’ ‘fogueira’  (Figura  (Figura 17A)  17A) e man-  de uma

Dessa  forma,  o 

empilhamento empilhamento   pode  pode ser  realizado realizado  em 

seis seis  meses, meses,   podendo podendo  variar  até  até 12  12 me- 

área  aproximada aproximada  de de  1,7 1,7  m² m²   para  para cada  área

ses,  dependendo  ses,  dependendo das  das condições condições  climá- 

 pilha. 

ticas  locais.  locais. As As   pilhas  pilhas devem devem  ficar  25  25 cm  ticas

 Na montagem  Na  montagem  dessa  dessa estrutura  estrutura  são 

afastadas  do  afastadas  do solo  solo e apoiadas  apoiadas em  em cal- 

selecionadas selecionadas  duas duas  toras,  toras,  preferenci preferenci- 

ços ços  (tijolos), (tijolos),  como  como mostra mostra  a Figura Figura  17B. 

almente almente  as as  mais mais  grossas, grossas,  que que  serão  sustentadas 

 por   tijolos  e  acima do 

solo, solo,   para  para evitar  contaminações.  contaminações. Sobre Sobre  elas elas   devem ser  colocados devem  colocados  de de  quarto a cinco  de  15   mourões,  com  espaçamento espaçamento  de 15  cm  cm  entre eles.  entre  eles. Deve-se  sempre sempre  colocar  nas  nas 

extremidades  pilhas as as  toras  toras de  de maior   extremidades  das   pilhas 

espessura.  

Quantidades  acima Quantidades  acima  de de  cinco cinco  mourões 

fileira   prejudicam prejudicam  o espaçamento   por  fileira

e a ventilação,  ventilação,  formando  formando um um  meio meio   propro- 

 pício   para  o  aparecimento  de  con-  taminantes, 

 

(A)

ocasionando    perda perda de 

 produtividad  produtividadee e descarte  descarte  (Figura (Figura  18A).  A altura  altura da da   pilha  pilha deve  deve facilitar  aces- 

so  ao  operador  

(altura  maxima de 

2 m)  m)  para  para a realização realização  do do  revolvimento   mensal. 

A  inversão 

dos  mourões  (revol- 

vimento) vimento)  é importante  importante  para   para a coloniza-  

 

ção ção  uniforme uniforme  do do  shiitake  shiitake no  no interior  da 

(B)

   

 

 

   

Figura 17. Pilhas montadas corretamente Uso Uso  de de  tijolos tijolos   para  para sustentação  sustentação  da  pilha  pilha  (B)

 

(A);

 

madeira.  cada  mês, mês,  deve-se deve-se  fazer  a  madeira. A cada

inversão, inversão,  realizando-se  realizando-se  um um  giro giro  de de  180o 

em  cada cada  mourão  mourão antes  antes de  de se se  montar   em

 

 

Produção Produção  de de  Shiitake  Shiitake em em  toras toras  de  de eucalipto 

23 

uma  nova  nova  pilha,  pilha, colocando  colocando as as  toras  toras que  uma estavam em estavam  em  cima cima   para  para baixo   baixo na na  nova   pilha  e vice-versa.  vice-versa.  O espaço espaço   pode  pode ser    pilha simples, feito simples,  feito  de  de telado telado  tipo  tipo sombrite, sombrite,  co-   bertura  de  bambu  bambu ou  ou barracões   barracões (Figura   bertura de  19). 

Figura  19.  Estufa  com  telhado  e  cobertura   plástica,  para incubação  incubação das  das toras  plástica,  para 

 

(A) 

 Nesta  fase  é  necessário   o  molha- 

mento  ou ou  ‘irrigação’, das  das toras, toras,  sendo  mento esta realizada  esta  realizada três três  vezes  vezes ao ao  dia, dia,  distri-   buídos  nos nos   períodos períodos da  da manhã, manhã,  meio   buídos do do  dia dia  e final final  da  da tarde.  tarde.  O excesso  excesso de  água,  além  de  acelerar   o  apodreci-  mento  da  tora  (escurecimento)  também  facilita  o  surgimento de fungos  contaminantes.  Já Já  a falta falta  de de  água  água causa  o  contaminantes. ressecamento   das  toras. O importante importante  é  que  molhamento  seja seja  realizado  realizado em  em  pequenos pequenos  que o molhamento volumes volumes  de de  água e em em   períodos períodos curtos, curtos,  com  com  (B)

 

Figura  Empilhamento  incorreto,  incorreto, tornando  tornando  Figura 18.  Empilhamento ambiente   propício   para  contami-  nantes nantes  (A);  (A); Empilhamento Empilhamento  efetuado  corretamente  corretamente  (B)  

 

 

auxílio  auxílio de uma  mangueira  ou  instalação   simples simples  de  irrigação  de  um sistema com temporizador.  É  importante   sa-lientar   que  o  cultivo  do  cogumelo  nunca 

24   Casa Casa  do  do Produtor  Rural  deve  ser   abandonado, 

sendo  neces- 

sário  um  acompanhamento 

material  e  impulsionar  a  saída e a 

diário. 

formação  dos  cogumelos.  formação dos

Após três Após  três  semanas, semanas,  é  possível possível  verifi- 

Em  caso  de  dúvida  do  momento 

desenvolvimento  do do  fungo  fungo na na  recar  o desenvolvimento   gião gião  inoculada.  inoculada.  Ao Ao  redor  dos  dos furos  furos ha- 

ideal   para  para a indução indução  da  da frutificação, ideal   sugere-se  que  que seja seja  feita feita  uma  uma amos-  sugere-se

da  madeira, madeira,   bem  bem como como   o aparecimento  da

 pretende  dar  o choque choque  térmico  térmico - e se   pretende

verá  alteração  alteração da da  cor  e o amolecimento   verá

tragem tragem  com  com 10% 10%  das das  toras  toras - que  que se 

de de  manchas manchas   brancas  brancas nas nas  extremidades  

um teste  teste de de  frutificação.  frutificação.  Se   proceder  a um 

dos  mourões  (Figura  (Figura 20).  dos mourões

a  produção  produção obtida obtida  alcançar  em em  média média  200 

gramas   por  por  tora tora  ou ou  mais,  mais, continua-se   gramas

com com  os os  estímulos  estímulos  térmico  térmico e mecânico  no  restante restante  das das  toras.  no

Para  produção do do  fun-  Para estimular  a  produção 

go  é realizado realizado  um  um choque  choque térmico  térmico na  go

madeira.  As  toras  são  organizadas   em  um um  recipiente, recipiente,  como  como tanque tanque  de de  al-  em

venaria,  caixa  d’água  ou  tambores 

(Figura (Figura  21) 21)  e,  e, dessa dessa  forma, forma,  é feita feita  a 

imersão  por  um  um  período  período de de  12 12  horas  imersão  por 

em  água água  fria fria  (10oC abaixo abaixo  da da  tempe-  em ratura ambiente).   ratura 

Figura

 

 

 

 

   

 

20. Alterações na casca e manchas rancas nas extremidades dos mourões

   

 

 

 

Estímulos térmico/mecânico  e 

condução da  condução  da frutificação  Após  o  período  período de de  seis  seis meses meses  de  Após

Figura  21. Exemplo  Exemplo de  de caixas caixas  d’água  d’água utilizadas utilizadas   para para Figura  21.  a  realização  do  do  choque  choque  térmico

 

incubação,  os  mourões mourões  serão  serão subme-  incubação,  os

 

 

tidos tidos  a um um  estímulo estímulo  térmico  térmico e mecânico   para  a  indução  dos   primórdios 

O resfriamento resfriamento  da  da água água   pode  pode ser  feito com  a adição  adição de de  gelo gelo  (aproximadamen-   com

dos cogumelos. dos  cogumelos.  Os Os  estímulos estímulos  têm  têm a 

te te  quatro quatro   barras  barras de  de gelo gelo   para  para 1.000 

função  de  realizar   um  ‘choque’  no 

 

litros  de de  água  água ou ou  através através  de de  um um  siste-  litros

 

 

25 

Produção  de Produção de  Shiitake Shiitake  em em  toras toras  de  de eucalipto  ma  de de  refrigeração  refrigeração com com  serpentina. serpentina.  O  ma choque  térmico térmico  deve deve  durar  aproxima-  choque damente damente  de de  12 12  a 16  16 horas, horas,  dependen-  do  da  absorção absorção  de  de água água   pelas  pelas toras.  do da

 

 

 

 

 

 

do do  cogumelo. cogumelo.  Para Para  que que  o cogumelo  cogumelo não  fique  com com  aspecto aspecto   pálido,  pálido, o ambiente  ambiente  prepre-  fique cisa  ser  medianamente medianamente  iluminado, iluminado,  pois   pois a  cisa luz influencia luz  influencia  diretamente diretamente  na na  coloração coloração  e 

 

É aconselhável realizar   esse  procedimento   ao  entardecer, quando   as  temperaturas são  temperaturas  são mais mais  amenas.  Para  evitar  a flutuação  flutuação das  das toras toras  dentro  Para do  tanque, tanque,  recomenda-se  recomenda-se a colocação colocação  de  do ripas de  ripas  de madeiras  madeiras nas  nas laterais laterais  do  do tanque,   prendendo-se -se  com  com cordas, cordas,   pesos  pesos ou ou  cor-   prendendo rentes.  objetivo da  da imersão  imersão é dificultar  a  rentes. O objetivo  respiração respiração  do  do fungo, fungo,  aumentar  a umidade  e efetuar  o resfriamento resfriamento  das das  toras, toras,  indu-  zindo  a formação formação  dos  dos cogumelos.  zindo Após o  período  Após  período de  de imersão, imersão,  é realizado  o estímulo  estímulo mecânico, mecânico,  que que  consiste  consiste em  em le-  as  toras  toras verticalmente  verticalmente  a uma uma  altura  vantar  as de  aproximadamente  aproximadamente  45  45 a 60 60  cm cm  do do  solo  solo e  de

firmeza  do do  píleo   píleo (chapéu  (chapéu do  do cogumelo). firmeza As  toras  são  são colocadas colocadas  na na  posição  posição  As toras vertical,  com  com 15  15 cm cm  de  de espaçamento  vertical, entre  elas  elas (Figura  (Figura 22).  22). O local  local - onde  entre serão  colocadas colocadas  as as  toras toras  na na  fase fase  de  serão frutificação frutificação  - deve  deve ser  fechado fechado   para  para im-   pedir  a entrada entrada  de de  animais  animais que que  se  se ali-  mentem mentem  dos  dos cogumelos, cogumelos,  além  além disso,  disso, o  chão  deve  ser    protegido  com   pedra   britada  ou  ou coberto coberto   preferencialmente preferencialmente   por  por    britada algum algum  tipo tipo  de de   piso  piso ou ou  concreto, concreto,   para para  evitar  a contaminação contaminação  e o contato  contato direto  das  toras  toras com com  o solo. solo.   Nas  Nas  primeiras  primeiras 24  das horas, horas,  os  os mourões mourões  deverão deverão  ser   borrifaborrifa-  dos  com com  água,  água,  para  para se se  manter  a umida-  dos

soltar,  deixando  a madeira madeira   bater  bater  livremen-  soltar, deixando te  no no  chão, chão,   porém  porém guiada guiada   pelas  pelas mãos, mãos,  sem  te tombar.  Este  Este  procedimento procedimento  deve deve  ser   deixar  tombar. feito  uma  uma única  única vez  vez sobre sobre  um  um  piso  piso firme firme  ou  feito em  uma   pedra.  pedra. A medida medida  que que  as as  toras toras  en-  em uma velhecem,  deve  haver  mais mais  cuidado cuidado  com  velhecem, deve material ao ao  se se  realizar  este este   processo, processo,  o material   principalmen  principalmente te  a  partir  partir  do do  5o choque  choque térmi-  co,   para  para que  que não não  ocorra  ocorra seu  seu descarte descarte  an-  co, tes tes  do do  tempo.  Após  esses esses  estímulos  estímulos  térmico  térmico e me-  Após cânico  as  as toras  toras são são  armazenadas  armazenadas em  cânico ambiente ambiente   protegido, protegido, com com  temperatura  temperatura em  torno torno  de de  25oC (ideal  (ideal em  em torno  torno de de  21oC),  com   boa  boa ventilação, ventilação,   pois  pois o fungo fungo  libera  com gás gás  carbônico carbônico  que, que,  em  em grandes grandes  con-  centrações  no centrações  no  ambiente, ambiente,  inibe  inibe a formação 

de de  relativa  relativa do  do ar   próxima  próxima à 90%.  Após  esse esse   período,  período, a umidade  umidade  pode  pode ser   Após controlada  molhando-se o chão chão  e as  as pare pare-  controlada  molhando-se  des, mantendo  des,  mantendo assim  assim a umidade  umidade relativa   do  ar  em  em torno torno  de  de 70%.  70%. Os Os   primórdios primórdios  do aparecerão  entre dois dois  e três  três dias, dias,  após após  o  aparecerão entre   processo  processo  de de  indução  indução (Figura  (Figura 23).  A  partir  partir  do do  quarto  quarto dia dia  a água  água deve  deve ser   reduzida gradualmente  reduzida  gradualmente  até  até seu seu  encerra-  mento  por  mento  por  completo completo  no  no sétimo sétimo  dia  dia (pró-  ximo  da  da colheita). colheita).  Deve-se  Deve-se evitar  molhar   ximo o cogumelo  cogumelo em em  qualquer  etapa etapa  após  após o  aparecimento  de  seus seus   primórdios. primórdios.  O  aparecimento  de molhamento  do do  cogumelo  cogumelo  pode  pode acarre-  molhamento tar  em em   perda  perda de de  qualidade qualidade  do do   produto produto  final,  além  de de  causar  manchas manchas  no no   píleo, píleo,  final, além diminuindo diminuindo  seu seu  valor  comercial. 

 

26  Casa Casa  do  do Produtor  Rural 

 

Marylin DelNeroGrecco(Funghi&Flora)

Figura   22.  22.  Colocação  Colocação  das  das toras  toras  para  para  a etapa  etapa  de  de  frutificação Figura

 

Marylin DelNeroGrecco(Funghi& DelNeroGrecco(Funghi&Flora) Flora)

   

Figura  Figura 23. 23.  Mourão  Mourão  de  de eucalipto  eucalipto  com  com os  primórdioss e cogumelos  primórdio shiitake.

 

 

   

 

 

do

,

 

 

Produção de Produção  de  Shiitake Shiitake  em em  toras toras  de  de eucalipto 

27 

Produção de Produção  de  shiitake  shiitake a   partir  de de  substrato  O cogumelo  cogumelo shiitake shiitake  pode   pode se se  desen-  volver   em  uma  ampla  variedade  de  materiais 

compostos    por   celulose.  

Dentre  algumas  alternativas   para  o  cultivo  do  shiitake  eucalipto,  

tem-se 

em  toras 

a   produção 

de 

em 

substrato  (mistura  contendo  material 

volumoso  e  insumos),  que   pode  ser   composto composto   por  por  serragem,  serragem,  resíduos  resíduos  agrí- 

colas  e forragens, forragens,  dentre dentre  outros.  colas

O método  método de  de cultivo cultivo  em em  substrato substrato   pode pode 

Antigamente o homem Antigamente  homem   buscava buscava o co- 

gumelo  na  floresta.  Observando a  natureza, natureza,  tentou  tentou  reproduzi-lo  reproduzi-lo de de  for- 

ma ma  natural natural  até  até a dominação dominação  da  da arte 

de de   produção. produção. Os  Os estudos estudos  científicos  

tiveram  início  na  na China, China,  com com  o apri-  tiveram início moramento 

das  técnicas  de   produ- 

ção.  Avanços  ocorreram  na  década 

ser   feito  com  serragem  (madeira   de 

de  50 50  com com  a inoculação  inoculação  de de  esporos  de

nica  de  de Jun-Cao).  nica

que que  resultados  resultados  expressivos  expressivos  surgiram  

eucalipto)  ou ou  composto composto   por  por  gramínea gramínea  (téc-  eucalipto)

 

Produção Produção  de de  shiitake shiitake  em  substrato  composto composto  por   por   substrato serragem 

e  micélio,  mas  foi  na  década  de 70 

 

28  Casa Casa  do  do Produtor  Rural  com com  a  produção  produção em em  substrato substrato  de  de ser- 

ragem  misturada  com  farelo  de  ar- 

Etapas Etapas   para  para a  produção  produção de  de shiitake  shiitake em  substrato  formado substrato formado   por  por  serragem 

alta  velocidade 

substrato,  o  fungo  se  desenvolve   da 

roz  (suplemento 

que   proporc  proporciona iona  de  crescimento 

micelial)  e  água,  e  utilizando  saco 

 plástico  plástico  como como  recipiente  recipiente (Figura  (Figura 24). 

Assim,  se  obteve  um  meio  nutritivo  e  adequado   para  o  desenvolvimen-  

   

 

 

 

to do cogumelo. Este novo método contribuiu  contribuiu  para  para a  preservação  preservação dos dos  re-  cursos  florestais  e facilitou facilitou  o aumento  cursos florestais

da  da  produtividade produtividade   para  para fins fins  comerciais.  

 

Tanto  no  cultivo  em  tora  como  no 

mesma  maneira  maneira e nas  nas mesmas mesmas  fases:  mesma

inoculação,  incubação,  inoculação,  incubação, indução  indução seguida 

da da  frutificação frutificação  e repouso  repouso (Figura (Figura  25). 

 

Figura  24. Figura 24.  Sacos  Sacos  de  de  polipropileno polipropileno   contendo contendo  o substrato substrato   para  para  a  produção  produção de de  shiitake

 

A técnica  técnica de de  cultivo  cultivo de de  shiitake shiitake  em   substrato  de  serragem  é  uma  alter- 

nativa   ao  uso  da  tora  de  eucalipto, 

 possibilitando  controle  e a  previsiprevisi-   possibilitando o controle

 bilidade 

da   produção  produção.. 

Apesar  

de 

 

Figura   25.  25.  Cronograma  Cronograma  de  de  produção  produção em  em subsFigura trato  de trato  de  serragem

 possuir   um  custo  mais  elevado   po- 

 

dendo  triplo do  do valor  do do  culti-  dendo custar  o triplo 

vo  em  toras  de  eucalipto  -  a  técnica 

 No  cultivo 

tem  sido  adotada   pelos   produtores,  produtores, 

substrato, 

 pois  oferece  um um  rendimento rendimento  de  de 800 800  g/   pois oferece 

de  shiitake 

o  material   pode  ser   ad- 

quirido  em  empresa 

1  kg  de  substrato,  enquanto  que  em 

com 

especializada especializada  na na  

forma forma  de  de  blocos blocos (1 (1  kg) kg)   já  já inoculados. inoculados.  A  próxima  próxima 

toras  de  de eucalipto  eucalipto obtém-se  obtém-se em em  torno  toras

etapa  é a incubação, incubação,  onde onde  o material  material  fica  fica em em  re-  etapa

de 400 de  400  g/tora. 

 

 

29 

Produção  de  de Shiitake Shiitake  em em  toras toras  de de  eucalipto  Produção  pouso   para  que  haja  colonização   do  fungo  nos   bloco  blocoss   (crescimento  micelial). 

geralmente 

A  duração 

é  de  quatro 

 porém  dependerá  climáticas 

dessa 

etapa 

meses, 

das  condições  

de  cada  região,   já  que 

a  melhor   temperatura  senvolvimento 

tre  tre 20oC e 27oC. 

 para  o  de- 

do  fungo  varia  en- 

 Na  Na  fase  fase de de  incubação,  incubação, o armaze- 

namento namento  dos dos   blocos blocos deve  deve ser  feito feito  em  ‘estantes’, com com  ripas ripas  de  de madeira madeira  de 

forma  simplificada  (Figura  (Figura 26),  26), em em  lo-  forma simplificada cal cal  coberto, coberto,  com com  umidade  umidade relativa  relativa de  aproximadamente aproximadamente  60%. 

Durante  o  período  de  incubação, 

será  observado  

o  desenvolvimento  

micelial  do  fungo.  Após  quatro  me-  ses,  os   blocos  blocos   ficarão  com  aparên-  cia  esbranquiçada,  

 prontos   para  a 

 

(A)

 próxima  etapa  que  será  a  indução.  A indução  indução consiste  consiste  no no  estímulo  estímulo tér- 

mico,  sendo  que que  os  os  blocos blocos deverão  mico, sendo

ser  colocados colocados  durante  durante 24 24  horas  horas em 

um  tanque  tanque com com  gelo, gelo,  chegando  chegando a uma um temperatura temperatura  de de  3oC. C.  Esta  Esta etapa etapa  tem  tem a   

função  de de  induzir  a frutificação frutificação  dos dos  co-  função gumelos. 

Após a etapa Após  etapa  da  da indução, indução,  será será  rea- 

lizado lizado  o  processo processo  de  de frutificação frutificação   para  para a 

 produção  dos dos  cogumelos. cogumelos.   Nesse  Nesse senti-   produção do  é retirado  retirado o saco saco   plástico  plástico de  de cada  do

 

 bloco contendo   bloco  contendo o substrato substrato  colonizado   e realiza-se  realiza-se a armazenagem armazenagem  em em  estan- 

tes tes  no no  interior  de  de um um  galpão galpão  ou  ou estufa, 

 própria  para a frutificação frutificação  (Figura  (Figura 27).   própria  para 

 

(B) Figura

 

 

 

 

 

   

26. Estante de madeira vazada Estantes   com  Estantes  com substratos,  substratos,  na  na etapa de  incubação  incubação (B) de

 

(A);

 

30  Casa Casa  do  do Produtor  Rural  como como  adubo adubo  no no  cultivo  cultivo de de  espécies  espécies ve-  getais. 

 

(A)

 

(B)

   

Figura 27.

                              Repare   que  o  saco   plástico  foi  retirado 

Armazenamento do substrato em forma de  blocos, após a indução  para a  produção dos cogumelos.

O espaço  espaço deve deve  ser  coberto, coberto,  com  com tem- 

 peratura  variando  peratura variando  entre  entre 23oC e 25oC e 

umidade  relativa relativa  em  em torno torno  de de  60%,  60%, sen-  umidade do  do necessário necessário  realizar  a ‘irrigação’  ‘irrigação’  na 

forma  de  aspersão  aspersão   para  para manter  o ambi-  forma de

 

(C)

 

ente  úmido,  ente úmido, evitando  evitando o contato contato  direto  direto da  água água  com  com os os  cogumelos.  

Após Após  o armazenamento  armazenamento  dos dos   blocos, blocos,  a 

frutificação  ocorrerá  em em  no no  máximo máximo  10  frutificação ocorrerá dias  (Figura 28).  28). O substrato  substrato  pode  pode ser   dias (Figura 

reutilizado até  reutilizado  até quatro  quatro vezes,  vezes, realizando  

sempre  repouso e repetindo-se repetindo-se  o cho-  sempre  o repouso 

que  térmico.  térmico.  Após  Após este este   período, período, torna-  que

Figura

se  inviável  reutilizá-lo, reutilizá-lo,  devido devido  à exaustão  se inviável 

 

 

 

 

dos dos  nutrientes,  nutrientes,  porém  porém  pode  pode ser  utilizado 

   

 

     

28. Etapas de frutificação: Primeiros  primórdio  primórdioss (A); Formação do cogumelo (B); Cogumelo  pronto  para  colheita colheita  (C)  para

 

   

 

 

 

 

31 

 

Produção  de  de Shiitake Shiitake  em em  toras toras  de de  eucalipto Produção

Produção  de de  shiitake  shiitake  por  por  substrato  Produção utilizando utilizando  a técnica técnica  de de  Jun-Cao  A  palavra  palavra  Jun-Cao  significa  Jun = 

fungo  Cao  = gramínea.  gramínea. Essa Essa  técni-  fungo e Cao ca surgiu ca  surgiu  na na  década  década de  de 80 80  na  na China, 

onde  produção de  de cogumelo cogumelo  é feita  onde a  produção 

triturador   de  gramínea,  deira  ou  roçadeira,  

motossega-  

equipamento 

(autoclave)   e  investimento  em  labo- 

ratório.  Além  disso,  é  necessário  co-  nhecimento nhecimento  do do  método método  de de  fenação. 

substrato.  Apresenta  diversos    benefí- 

Etapas Etapas  para   para realização realização  da  técnica  Jun-Cao  técnica

devido  aos aos  materiais  materiais utilizados utilizados  serem 

duzir   o  cogumelo   shiitake  a  partir   de 

tenção,  sem  a necessidade  necessidade  de de  se  se reali-  tenção,  sem

cipal  constituinte) e outros  outros suplemen-  cipal constituinte) 

utilizando  a  gramínea  como   principal  cios cios  ecológicos,  ecológicos,  sociais  sociais e econômicos,  

 provenien  provenientes tes  da  da natureza natureza  e de  de fácil fácil  ob- 

Como essa Como  essa  técnica  técnica consiste consiste  em  em  propro- 

substrato  contendo  a  gramínea  (prin- 

zar  o corte corte  de  de madeiras.  madeiras. Além Além  disso,  disso, a      produção  do  shiitake  é  aproximada-

tos, exigidos  para o  bom desenvolvi  micelial   do      cultivo    mento mento  micelial  do fungo,  fungo, o cultivo   passa passa pelas     

assim, uma assim,  uma  rentabilidade rentabilidade  econômica. 

fenação  da  gramínea, 

sa,  pois o Brasil Brasil   possui  possui uma  uma extensa  sa,  pois 

decimento,   ensacamento,  

mente a mesma  mente  mesma que que  em em  toras, toras,  obtendo 

O  Jun-Cao  é  uma  técnica  vantajo- 

área área  com  com alta  alta  produção  produção de de  gramíneas, 

 principalmente te  na  época  das  águas   principalmen (verão). Atualmente,  (verão).  Atualmente,  no  no  país,  país, a técni- 

seguintes  etapas: 

corte  e 

trituração  da 

forrageira,   adição  de  insumo,  ume-  tratamento 

térmico,  semeadura,  térmico,  semeadura, indução indução  e  produprodu-  ção de  ção  de cogumelos cogumelos  (Figura (Figura  29). 

Brasileira  de  Pesquisa  Agropecuária  

·Preparo ·Preparo  da  da gramínea: gramínea:  Produção  do  do feno 

Biotecnologia  

 picada,  picada,  seca  seca e estocada estocada  (Figura (Figura  30). 

ca  vem  sendo sendo  estudada estudada  na  na Empresa  ca vem

(EMBRAPA)   -  Recursos  Genéticos   e  e   pela  Universidade 

Federal Federal  de de  Minas  Minas Gerais Gerais  (UFMG). 

Outras  vantagens   são  a  utilização 

de diversos tipos de gramíneas;  bai-

        xo  custo  de   produção; 

 

  curto   período  de  de cultivo; cultivo;   praticidade  praticidade e facilidade  facilidade  de   produção  em  pequena  pequena ou ou  grande grande  es-   produção em  cala. Porém, a produção do cogume-

O feno feno  nada  nada mais mais  é do do  que que  a gramínea 

Possui  as  mesmas 

características 

nutricionais  de  uma uma  forragem forragem  no  no campo,  nutricionais de

 porém   porém quando  quando seca  seca  pode-se pode-se realizar  seu   armazenamento,  ficando ficando  disponível disponível  em  armazenamento, qualquer  época  época do do  ano.  As  etapas 

consistem 

de   produção 

em  ceifa, 

do  feno 

viragem 



cala.  Porém,  cala. Porém, a produção   produção do  do cogume

 

lo  pela técnica técnica  Jun-Cao  Jun-Cao exige exige  um um  cus-  lo  pela 

A  ceifa  é  o  processo 

to  maior   em  investimento;  área   para 

de  corte corte  e  pode  pode ser  feita feita  manualmen-  de

nutricionais,  pasto de de   boa  boa qualidade);  nutricionais,  pasto 

ou  ainda   pela  ceifadeira. 

 produção 

 

enleiramento.  

de 

feno 

(exigências 

te, te,   por  por  roçadeira  roçadeira  ou ou  motossegadeira, 

 

32  Casa Casa  do  do Produtor  Rural 

 

Figura  29.  Figura  29. Etapas  Etapas na na   produção  produção de de  shiitake  usadas  usadas  na  na  técnica  técnica de de  Jun-Cao

Figura Figura   30.  30. Feno  Feno para   para a  produção  produção  do  do substrato substrato   pela  pela técnica  técnica  de  de Jun  Jun Cao

 

 

 

Produção  de de  Shiitake  Shiitake em em  toras toras  de  de eucalipto  Produção

33 

Depois  de de  cortada, cortada,  a forrageira forrageira  fiDepois cará  exposta  a  céu  aberto   para   de- 

A última etapa é o enleiramento,             do  que  se  refere  à  aglomeração 

ser   tomados   para  diminuir   a   perda 

secagem 

sidratação.  

Alguns  cuidados  devem 

material  e  mudança 

de  lugar    para 

 por   completo.  

Diversas  

do  material,  como  evitar   a  realiza- 

espécies 

vosa,  o  que  influencia 

substrato, substrato,  como como  Brachiaria Brachiaria   brizantha brizantha 

ção  do  corte   próximo  à  época  chu-  na  secagem 

e  na  qualidade  nutricional   do  mate-  rial.  Recomenda-se  que que  o corte  corte seja  rial. Recomenda-se

feito  no   período  da  manhã,  após a 

evaporação  

do  orvalho,  facilitando 

a  perda  perda de de  água  água por   por  evaporação evaporação  até  se  obter   uma  quantidade  

aproxima- 

da  de de  20% 20%  de de  água água  em em  sua sua  compo-  da sição. 

A segunda  segunda  etapa  etapa consiste  consiste na na  vira-

  gem,  que que  é o revolvimento  revolvimento da da  forra-  gem, geira  com com  um um  garfo  garfo ao ao  longo  longo do do  dia  geira  para  para  a desidratação desidratação  de de  todo todo  materi-  al  exposto  em em  campo. campo.  Para Para  conferir   al exposto a  desidratação é recomendado levar   o material  material à estufa  estufa e fazer  a com-    paração  dos dos   pesos  pesos do do  material  material úmi-   paração do  e  seco.  Por   exemplo,  em  uma  amostragem   de  20  g  de  feno  reali-  homogenei-   za-se  a  subamostra  zando-se  com  as  mãos  e  separan-   do-se  então  duas  subamostras   de  10  g.  Seleciona-se  uma  delas   para  ser  levada levada  a estufa  estufa a 40 C, C,  onde onde  será  feita  a  secagem  completa.  Após  al-  gumas  horas  é   pesada  novament  e,  se  a  amostra  tiver   8  g,  significa  que  as  2  g  perdidas  correspondem   à  água,  ou  seja,  20%  da  composi-   ção. 

usadas 

de  gramíneas    podem  ser  

 para 

(Brachiaria),  (Brachiaria), 

cross 

a   produção 

do 

Brachiaria  decumbens  Cynodon 

e  Tifton) 

spp.  (Cost 

e  Pennissetum 

 purpureum  purpureum  (Capim (Capim  elefante).  

Trituração  da  da gramínea   · Trituração

A  trituração  da  gramínea   propor- 

   

 

  dos  nutrientes  disponíveis   pela  forra-  geira  e  ainda  facilita  o  manuseio.  A  técnica técnica  é simples, simples,   porém,  porém, necessita  de  um um  triturador  forrageiro,  forrageiro,  que  que dei-  de xará  a  gramínea   pronta   para  a  pro-  dução  do  substrato.  ciona o maior  aproveitamento

Preparo  do do  substrato  · Preparo O  substrato  é  uma  mistura  homo- 

gênea, 

com   boa 

característica 

nutricional    para  o  desenvolvimento  

do  fungo.  Para  elaborar   a  mistura, 

o

será  necessário necessário  um um  recipiente  recipiente  grande,  grande, álcool álcool   será 70% 70%   para  para a assepsia, assepsia,   barbante, barbante, gramínea  arroz, gesso gesso  agrícola agrícola  e  triturada, farelo  de arroz,  água.  A mistura  é  água.

 proporção: 78%  de   proporção:

feita  na 

seguinte 

capim (também conhecido 

como  volumoso),   20%  de  farelo  de 

 

 

34  Casa  Casa do  do Produtor  Rural  arroz arroz  ou ou  de de  trigo  trigo e 2% 2%  de  de gesso gesso  agrí- 

inóculo. inóculo.  Após  Após a inoculação inoculação  sela-se  sela-se a 

cola.   Para Para  a obtenção  obtenção  de de   um  um  matericola. al  homogêneo, homogêneo,   é  preciso  preciso revolver   os  al materiais,  e  aos   poucos,  poucos,  adicionar   água   para  umedecê-lo.   É  necessá-  rio  adicionar   8  litros  de  água   para  cada  5  quilos   de  matéria  seca.  substrato homogêneo  homogêneo é acondi-  O substrato  cionado  em  em sacos  sacos  plásticos  plásticos de de   polipoli-  cionado  propileno  e amarrados amarrados  com com   barbanbarban-   propileno te.  Os Os  sacos sacos  devem devem  ser  esterilizados  te. em  uma  autoclave  autoclave a 120oC, C,  1 atmos-  em uma fera,   por   20  minutos,   eliminando-se  qualquer   microrganismo   presente  no  material.  Aguarda-se o resfriamento do 

região região  com com  uma uma   fita  fita adesiva  adesiva ou  com de     mistura    preparada  a  ou   partir  uma  parafina  (20%), (20%),  resina  resina  (70%)  (70%) e óleo   parafina mineral  (10%). 

substrato  no  no interior  dos dos  sacos  sacos  para para  substrato transferência do do  fungo  fungo e sua  sua colo-  a transferência  nização. nização.  Antes Antes  de de  serem  serem inoculados,  armazenagem dos  dos sacos sacos   plásticos plásticos  a armazenagem  com  o  substrato,  deve  ser   feita  e  local  limpo  e  em  temperature ambiente   por   dois  dias. 

torno  de de  70%.  torno Após  o  intervalo  de  40  dias,  o  substrato  é  transportado   para  um  galpão  ou ou  casa casa  de de  vegetação.  vegetação. A  primeira primeira colheita  galpão será  realizada  nos  próximos   próximos 10 10  dias dias  com  com  as  condições de  temperature em  torno de 20oC  as e 27oC e umidade umidade  relativa relativa  em em  torno  torno de  60%.  A umidade umidade   pode  pode ser  obtida  obtida  por  por   60%. um  sistema  de  irrigação  simplifica-  do  com  microaspersores,   evitando-   se  o  contato  direto  da  água  com  o  fungo. fungo.  Com  Com o tempo, tempo,  haverá  haverá o cres-  cimento cimento  do  do micélio micélio  que que  sairá  sairá na na  aber-   polipropileno ileno  onde  tura  do  saco  de   poliprop se  realizou realizou  a inoculação. inoculação.   Nessa  Nessa fase  se ocorre  uma  mudança  na  coloração  do do  substrato, substrato,  visto  visto que, que,  o micélio dá  origem  aos  cogumelos.  

 

· Inoculação no substrato 

A  inoculação  é  o   processo de  transferência  do  inóculo  ‘semente’   para  para  o substrato. substrato.  É realizada realizada  em em  ca-   pela  de  fluxo  laminar   ou  diretamen-  te  na  sala sala  de de  inoculação,  inoculação,  em em  tempe-  te na ratura ratura  de  de 15oC e umidade  umidade relativa relativa  do  ar  de  de 60%. 60%.  São  São feitos feitos  furos furos  de de  1,5  1,5 a 2  cm  de de  diâmetro diâmetro  nos nos  sacos, sacos,  sendo sendo  que  cm em  cada  um  deles  é  depositado o 

 

 

Incubação e  produção  produção dos  · Incubação  cogumelos  Após  o  processo  de  inoculação,  os os  sacos  sacos são  são levados levados   para  para a sala  sala de  incubação  e  devem  ser   mantidos  sem  movimentação    por   40  dias.  O  local  deve  deve ser  limpo, limpo,   bem  bem ventilado,   local escuro,  temperatura  em  torno  de  25oC  e  umidade  relativa  do  ar   em 

 

Produção Produção  de  de Shiitake Shiitake  em em  toras toras  de de  eucalipto 

35 

Colheita  dos cogumelos  Colheita dos   

cultivados cultivados   em em  toras  toras de  de  eucalipto e em  em substratos substratos   (bloco (bloco   de  serragem serragem  e técnica  técnica Jun-Cao)  O  ponto  ponto ideal ideal  de de  colheita colheita  do  do shiitake 

aquele onde onde  os  os cogumelos cogumelos  atingem  é aquele 

quando  os  cogumelos 

estiverem  fi- 

tamanho e  peso.  peso. Dependendo  o maior  tamanho 

sicamente 

gião  onde  onde é  produzido produzido  o cogumelo, cogumelo,  a  gião

 perecível,  é importante importante  que que  a colhei-   perecível,

das das  condições condições  climáticas  climáticas  de de  cada cada  re- 

colheita  pode ser  realizada realizada  entre entre  sete  colheita  pode 

e  nove   dias  após  a  indução,  quando 

formados.  

Por  se  se tratar  de  de um  um  produto  produto frágil frágil  e 

ta  seja seja  feita feita  com com  cuidado  cuidado e se se  possível   possível com com  o  ta uso uso  de de  EPI EPI  (Equipamento  de Proteção  Individual),  

em toras em  toras  de de  eucalipto.  eucalipto.  Na  Na  produção  produção em 

alergias  aos  aos esporos esporos  e a contaminação contaminação    para  evitar  alergias

substrato, a colheita varia de sete a               dez  dias  após  a  indução  e  transfe- 

dos dos  cogumelos.   Deve-se  evitar   atrasos  na  colhei- 

rência  do  substrato   para  a  sala  de  frutificação. frutificação.  A colheita  colheita deve  deve ser  feita 

 

duas  vezes  em  três  dias  seguidos 

 

ta,   pois   pode  haver   rompimento  do 

36  Casa Casa  do  do Produtor  Rural  véu,  abertura  abertura em em  excesso  excesso do do   píleo  píleo e  véu,

 Nos  cestos   usados   para  colheita, 

várias  reações reações  químicas,  químicas,  escurecen-  várias

deve-se 

evitar   a  sobreposição  

dos 

do  os  cogumelos  e  desvalorizando-  

cogumelos 

 Na colheita do shiitake, indepen da técnica   utilizada,       dente da  dente  técnica  utilizada,   basta rea-   basta 

encharcados   realiza-se  o  descarte   para  não  serem  misturados   com  os 

gumelo  (estipe)  evitando-se  

a   perda  de  qualidade.  

os os  comercialmente.  

 para  não  danificá-los. 

Em  caso  de  cogumelos 

uma  leve  leve torção  torção na  na  base  base do  do co-  lizar  uma

deixar  

resíduos do resíduos  do  fungo fungo  nas nas  toras toras  (Figura 

úmidos  e 

demais, demais,  evitando-se evitando-se   problemas problemas com 

Porém,   para 

problemas com com  a umidade, umidade,  há  evitar   problemas 

31)  que   podem  servir   de  meio   para 

 possibilidade 

cos cos  e  bacterianos. bacterianos.  Durante Durante  a colhei- 

onde  a etapa etapa  de de  frutificação frutificação  ocorrerá.  onde

surgimento  de  contaminantes  

fúngi-  

ta,  deve-se  realizar   uma   breve  lim- 

 peza  do  cogumelo,  evitando  que  a   parte  de   baixo  do  ‘chapéu’   (lame- 

de  se  instalar   venti- 

ladores,  melhorando  

assim,  o  local 

Após a colheita Após  colheita  dos  dos cogumelos, cogumelos,  as 

toras   podem  podem ser  empilhadas  empilhadas  e incuba-  toras das  sem  a  necessidade  

las) fique las)  fique  suja, suja,   podendo podendo depreciar  a 

de  realizar  

novamente  a  inoculação.   Devem  ser  

qualidade  do   produto. 

molhadas    por   um  a  dois  meses  (de- 

 pendendo  das  condições   climáticas),  após serem  após  serem empilhadas empilhadas   para  para a etapa 

de  frutificação. 

Após  o  período  de  descanso,  

toras  devem  ser   submetidas 

as 

nova- 

mente  ao  choque  térmico  e  mecâni- 

co.  A reutilização reutilização  das  das toras toras   para  para a  propro-  co. dução  de novos novos  cogumelos  cogumelos é realiza-  dução de 

da da  de de  quatro quatro  a seis  seis vezes, vezes,  dependen- 

do  do do  estado  estado das das  mesmas.  do

De  acordo  com  a  quantidade  

induções  realizadas, realizadas,  aos aos   poucos poucos a taxa  induções

de 

de   produtividad  produtividadee  das  toras  vai  dimi-  nuindo,  tornando  tornando o  procedimento procedimento  an-  nuindo,

tieconômico.  

As  toras  descartadas  

 podem  ser   usadas   para  composta-  

Figura Figura   31.  31. Torção  Torção  do  do  píleo  píleo  para  para  colheita  colheita  do do  cogumelo

 

 

gem, transformando-as     a  produção  de     em   adubo.     Para shiitake    pelo

uso  de  substrato,  deve-se  realizar   a 

 

Produção  de Shiitake Shiitake  em  em toras toras  de de  eucalipto  Produção de  limpeza  do  material  (Figura  32)  reti- 

umidade  nas  etapas  de  incubação, 

37 

rando restos  rando  restos  do do  cogumelo cogumelo  após após  a co-  lheita,  evitando-se   que  os   bloco  blocoss  se  tornem  um  meio  de   propagação  propagação  de  contaminantes. contaminantes.  O substrato  substrato  pode  pode ser  

enfim, do enfim,  do   processo processo  como  como um um  todo.  É  importante  destacar   que  quando  o  cogumelo  é  colhido   prematuro  prematuro,,  há   perda  perda  de  de  peso  peso e tamanho, tamanho,   porém  porém quan- 

reutilizado reutilizado  novamente  novamente para   para mais mais  quatro   produções, produções,  mantendo-o mantendo-o  no  no local local  de  tro frutificação  e  realizando  a  irrigação   para  a  etapa  de  obtenção  dos  cogu-  melos. 

do  colhido  muito  muito maduro, maduro,   pode  pode não não  ser  do colhido aceito  no  mercado.  Para  identificar    o   ponto  ideal ideal  da da  colheita,  colheita, deve-se deve-se  obser-   ponto abertura  do do   píleo,  píleo, que  que não não  deve  var  a abertura de  90%  90% (Figura  (Figura 33).   passar  de

 

Figura  32.  Substrato  em  bloco  contendo  res-   quícios  da  colheita colheita   para  para limpeza  quícios  da

 produção  de  cogumelo   por   tora  A  produção  pode variar  de  pode  de  200 200  a 400 400  g,  g, em em  cada  colheita,  sendo  que  a  mesma  de-   penderá  do  manejo,  ou  seja,  do  inóculo  utilizado, utilizado,  da  da forma forma  como como  fo-  inóculo as  etapas  de  ram  realizadas  inoculação,   da  vedação  dos  furos,  das  condições  de  temperatura  e 

 

 

38  Casa Casa  do  do Produtor  Rural 

Figura Figura  33.  Shiitake  pronto  para  para colheita  colheita com com  o  Shiitake  pronto  chapéu chapéu  aberto aberto  em  em torno torno  de  de 90% 

Pós-colheita  O cogumelo cogumelo  shiitake, shiitake,  após após  a colhei- 

ta,  deve  deve ser  imediatamente  imediatamente embalado  ta,

 para  o  consumo,  devido  a  sua  alta 

 

 perecibilidad  perecibilidade. e.  A venda venda  in in  natura natura  (fresco)  deve  ser   realizada  em  aproxima-  damente  cinco cinco  dias, dias,   pois  pois o cogumelo  damente

tem tem  seu seu  rápido  rápido escurecimento  escurecimento  causan- 

do  sua  depreciação.   comercialização 

As  formas  de 

do  shiitake  são  in 

natura, natura,  desidratado  desidratado (seco) (seco)  ou  ou em em  sal-  moura. 

A venda venda  in  in natura natura  é o modo  modo mais mais  atra- 

ente   para  a  comercialização  dos  co-  gumelos,   pois  expressa   melhor   suas 

 propriedades   propriedades

organolépticas  

como 

sabor,  aroma aroma  e textura  textura característica,   sabor,

 porém,  porém,  a durabilidade durabilidade  nas nas  prateleiras  prateleiras  é menor  (Figura  (Figura 34). 

 

Figura   34.  34. Shiitake  Shiitake in in  natura  natura (fresco)  (fresco)  pronto  pronto  para para Figura ser  embalado

 

Outro  método 

 

utilizado   para  a 

comercialização  do  do  produto  produto é a desi-  comercialização

dratação  do  cogumelo.  Após  serem  colhidos, colhidos,  os  os cogumelos  cogumelos ainda ainda  frescos 

apresentam apresentam  80% 80%  de de  água água  em  em sua  sua com- 

 posição  e aos aos   poucos poucos sofrem  sofrem reações,   posição alterando  suas  características  características  visuais  alterando suas

 

Produção  de Produção de  Shiitake  Shiitake em em  toras  toras de  de eucalipto  e  qualitativas.  Portanto,  a  desidrata- 

Antes  da Antes  da  secagem secagem   pode-se  pode-se realizar  

ção  tem  como  função   preservar   sua 

corte  com com  auxílio  auxílio de de  uma  uma faca, faca,   prepre-  o corte

armazenagem.  

70%, 70%,  no no  sentido  sentido longitudinal, longitudinal,  aumen- 

qualidade  e  aumentar   o  período  de  Há Há  vários  vários métodos métodos   para  para a realiza- 

ção  da  secagem 

do  shiitake.  A  for- 

ma mais ma  mais  simples simples  é a exposição exposição  dos 

cogumelos cogumelos  frescos  frescos  ao ao  sol sol  durante durante  o  dia, recolhendo-os

  a  noite.  Os  cogumelos  devem  ficar   dispos-  tos  em em  uma  uma tela  tela ou ou  peneira   peneira de de   plásplás-  tos tico  e  com  a   parte   branca  das   

 

durante

39 

viamente  desinfestada  

com  álcool   a 

tando tando  assim,  assim,  a superfície  superfície de de  contato contato  e 

agilizando  o  processo  processo de de  desidratação.   agilizando Após Após  a secagem, secagem,  a embalagem embalagem  pode  pode 

ser   feita  em  sacos  de   polipropileno  polipropileno  contendo contendo  sachês  sachês de de  sílica sílica  gel gel   para  para im-

 

 pedir  a rehidratação rehidratação  do  do shiitake shiitake  e  pospos-  síveis  contaminações  contaminações  (Figura  (Figura 36).  síveis O  armazenamento 

da  embalagem  

lamelas 

voltadas    para  cima.  São 

considerados  

secos 

quando 

houver   mais  movimentação  

não 

ao  em- 

 purrar  a estipe  estipe (pedúnculo) (pedúnculo)  contra contra  o 

deve  ser  feito  feito em em  local local  limpo, limpo,   protegiprotegi-  deve do  da  umidade umidade  e, e,  em em  temperatura temperatura  am-  do da

 biente. 

 píleo  (chapéu). (chapéu).  Outra  Outra forma forma  de  de desi-   píleo dratar   os  cogumelos 

é  com  uma 

desidratadora,  popularmente  popularmente  conhe-  desidratadora, cida  como  secadora 

(Figura  35). 

 

(A)

  Figura Figura   36.  36. Shiitake  Shiitake  desidratado  desidratado  inteiro  inteiro (A);  (A); Shiitake  desidratado   cortado cortado  em  em tiras  tiras (B)  (B)

 

 

 

 

 

Figura 35. Secadora  para desidratação cogumelos

 

 

dos

 

 

40  Casa Casa  do  do Produtor  Rural 

Pragas  na  produção  produção  Pragas na de  de shiitake 

O  aparecimento 

acontecer  

de   pragas   pode 

após  o  procedimento  procedimento de 

inoculação,  devido ao ao  ambiente  ambiente   propípropí-  inoculação,  devido  cio  para  cio  para o crescimento crescimento  e reprodução.  

ser   descartadas,  

no  mou- 

rão.  As  toras   pouco  contaminadas  

são  tratadas 

e moscas também se alimentam de             cogumelos  e  disseminam  microrga-  

(hipoclorito

Por  exemplo, exemplo,  o Trichoderma  Trichoderma  spp.  spp. é 

 pois  não  há  como 

tratar   o  fungo  impregnado 

Algumas  espécies  espécies de de   baratas, baratas, lesmas  Algumas

nismos  indesejáveis. 

 

com  água  sanitária 

de sódio 2% a 2,5%),

 

 

   

conforme  Figura  38.  conforme a Figura

Realiza-se também  Realiza-se  também  a limpeza limpeza  das 

toras  no  caso  de  aparecimento  

(Figura  37).  Para  que  não  ocorra  o 

a etapa etapa  de de  incubação incubação  (Figura (Figura  39). 39).  A 

aparecimento  e  a  proliferação  desse  fungo contaminante,  fungo  contaminante, deve-se deve-se  evitar  o 

excesso  de toras toras  nas  nas fileiras, fileiras,   pois  pois isto  excesso de  impede 

a  ventilação 

e  facilita o 

acúmulo  de  água. água.  As As  toras  toras contamina-   acúmulo de

 

aplicada  com  auxílio  de  um   pincel, 

um  fungo  contaminante   que  afeta as  toras devido toras  devido  ao ao  excesso excesso  de de  umidade 

 

das  na  região  da  inoculação  devem 

cogumelos 

contaminantes 

de 

durante 

limpeza  deve  limpeza  deve ser  realizada realizada  com com  uma  faca, fazendo  faca,  fazendo a retirada  retirada do do  material   e   prosseguindo  prosseguindo 

com  uma  limpeza  

com  água  sanitária  sódio). 

(hipoclorito  de 

 

Produção de Produção  de  Shiitake  Shiitake  em em  toras toras  de de  eucalipto 

 

Figura   37.  37. Toras  Toras que  que devem devem  ser  descartadas  descartadas devido devido   à  contaminação contaminação   com com  Trichoderma Figura sp. (crescimento  sp.  (crescimento verde verde   pulverulento) pulverulento)

 

41 

Figura  38. Figura 38.  Limpeza Limpeza   das  das toras  toras   com  com  água  água  sanitária  sanitária (Hipoclorito  (Hipoclorito de  de sódio)

 

 

 

42  Casa Casa  do  do Produtor  Rural 

 

Figura 39. Aparecimento Figura  Aparecimento   de  de  cogumelo cogumelo  contaminante contaminante   na  na etapa  etapa de  de incubação

 

 

 

Produção Produção  de  de Shiitake Shiitake  em  em toras toras  de de  eucalipto 

43 

Custo  de  de produção   produção do  do Shiitake  Custo em  toras de  de eucalipto  em toras  A fase fase  inicial inicial   para  para a implantação  implantação do 

cálculo  de  subtração  entre  a  renda 

shiitake  requer  investimentos investimentos  como,  shiitake

 por   exemplo,  aquisição 

 

‘semente’

do  inóculo 

que  varia  entre  R$  7,00 

 bruta  bruta  e despesas, despesas,  obtém-se obtém-se  os os  valo-  res  da  renda  líquida  (lucro). 

e  R$  8,00,  sendo  que  um  frasco é 

· Cálculo Cálculo  da da  Renda  Renda líquida  

O  inoculador  

custa  em  torno de 

em  R$ R$  17,00/kg 17,00/kg  e a  produção  produção de  de 270  em

choque

 

Considerando o   preço do  shiitake 

suficiente   para  para inocular  10  10 mourões.  suficiente

R$  350,00. 350,00.  A  barra  barra de de  gelo, gelo,  usada  usada no  R$

 

térmico,

g/tora 

custa em torno de

 

 

R$  7,00/unidade, 7,00/unidade,  sendo sendo  o suficiente  R$

 

 

 para  para  indução  indução de  de 25  25 toras  toras de  de eucalipto.  

 Na  Tabela  1  são  apresentados  os 

 principais 

materiais 

 para  a  implantação 

necessários  

inicial  do  culti- 

vo,  visando  a  inoculação  mourões 

de  eucalipto. 

de  1.000 

Através  do 

de  eucalipto,  

 para  1.000 

mourões, mourões,  teremos  teremos  então  então a  produtiviprodutividade  de  de 270 270  kg.  dade

 

A renda renda   bruta  bruta será será  de de  R$ R$  4.590,00, 

e  o  Investimento inicial será de 

R$  3.090,00, 3.090,00,  sendo  sendo a renda  renda líquida líquida  de  R$

R$  1.500,00  na   primeira   produção.  produção. 

Para  as  três   próximas   produções,  produções, 

subtraindo  da  renda   bruta  os  custos  

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