CLIFFORD, James - Colecionando Arte e Cultura_fichamento
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CLIFFORD, James. Colecionando arte e cultura. Revista do Patrimônio. N. 23, Cidades. Rio de Janeiro: IP!N, "##$. %. '(#.
CLIFFORD, James. Colecionando arte e cultura. Revista do Patrimônio. N. 23, Cidades. Rio de Janeiro: IP!N, "##$. %. '(#.
)* um +erceiro undo em todo Primeiro undo, e vice'versa-. +rin t. in'a, Di/erence, Discourse (. 0ste estudo com%1e'se de uatro %artes rou4amente rou4amente interli5adas, ocu%ando'se cada uma delas do des6no dos arteatos arteatos tri7ais e das %r*6cas culturais 8 medida ue eles est9o sendo relocados em museus ocidentais, sistemas de troca, aruivos disci%linares c tradi1es discursivas. ! %rimeira %arte %ro%1e %ara o colecionar uma a7orda5em cr;6ca, ists atrav>s do ual o Ocidente conte4tuali?ou c valori?ou os o7=etos e4culo %assado. 0sse sistema ideol a%resentada como uma orma de cole9o. ostra'se ue a )auten6cidade)auten6cidade- concedida tanto aos 5ru%os umanos uanto a sua o7ra ar@s6ca %rocede de i% um mundo de encontros ;n6mos com o7=etos ine4%licavelmente ine4%licavelmente ascinantes: e6ces %essoais. !ui o colecionar est* inevitavelmente inevitavelmente li5ado 8 o7sess9o, 8 recorda9o. Os visitantes )se de%aram com a %aisa5em de sua inSncia assinaladaM !ui nas cadia cinesa- de or5es: )" monumentos comemora6vosZ 2 i5re=as e ca%elasZ 3 ortes do Re5ime rancEsZ $ moinosZ Y cru?eiros de 7eira de estradaZ & inscri1es e %lacas comemora6vasZ monumentos %iedososZ ( velas casas e solaresZ # mrios ue s9o mais do ue sim%lesmente est>6cos ver ecGer, "#(2. Na realidade, as deAni1es ue %revalecem a res%eito do ue > )7elo- ou )interessante- 8s ve?es mudam muito ra%idamente.
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ma *rea de trSnsito reuente no sistema > a ue li5a as ?onas " e 2, No correr desse camino os o7=etos se movimentam em duas dire1es. !s coisas de valor cultural ou ists de )conte4tualistasmovimentam'se dessa maneira. O artesanato o7ras saGer reunidas no museu itne em "#(&, a )arte olcls6cas, os carros e assim %or diante, e4%ostos no museu de !rte oderna de Nova Iorue, %or e4em%lo. * tam7>m um trSnsito re5ular entre as ?onas " e 3. !s contraa1es de arte e4%ostas s9o de5radadas %reservando todavia al5o de sua aura ori5inal. Inversamente, diversas ormas de )an6'arteh e de arte ue e4i7e sua alta de ori5inalidade ou inauten6cidade s9o colecionadas e valori?adas a lata de so%a de arol, a oto de Berrie Levine de uma oto de alGer 0vans, o mictculo XX-, ma maior auto'consciEncia istcimes de um )e6cismo- desviante ou e4 de crenas m*5icas e antasma5ias estranas. ma ima5em de um na6vo local lendo o ;ndice do Ramo de ouro a%enas %ara ver se eles n9o %erderam nada seria a%ro%riada. +ra7alar com eles > muito dijcil, moram %or toda %arte com uma meia d]?ia de casas, e nunca Acam %arados mais de uma semana de cada ve?. Q claro ue isso a%resentou um novo desaAo de m>todo ue oi interessante. !s diAculdades ue incidem em se estar dois dias em cima de montanas im%oss;veis nos tEm consumido e de%ois vamos a?er um %ovo litorSneo. !tenciosamente, ar5aret ead 0ncontrada na !merican !ntro%olo5ist, 3$ "#32: $: Nota da Nova _uin> !iiatoa, Distrito de i^iaG, Nova _uin>.
# )Culturas- s9o cole1es etno5r*Acas. Desde a deAni9o undamental de +alor, de "(", o termo desi5na um )todo com%leto- um tanto va5o ue inclui tudo o ue > com%ortamento de 5ru%o a%rendido, de t>cnicas de cor%o a ordens sim7, uma na9o %or vir a ser, mas 8 comunidade mundial em 5eral- %. XIII. 0ssa maneira moderna de ser )ara%es- =* n9o est* %r> A5ura da na ima5em inicial de ead de um na6vo en5enoso %assando as %*5inas do Ramo de ouro Por ue esse com%ortamento deveria ser mar5inali?ado ou classiAcado como )individual- %ela colecionadora de cultura antro%olias ocidentais de cultura e arte. !l5umas %alavras do cen*rio recente devem 7astar, =* ue ma%ear a istculo XIX um momento de ru%tura ist5ias %ara reunir, marcar, %rote5er as melores e mais interessantes cria1es do )omem-. No s>culo XX as cate5orias %assaram %or uma s>rie de outros desdo7ramentos. ! deAni9o %lural, antro%olculo XIX com as deAni1es antro%olculo a nova a6tude em rela9o 8 )arte %rimi6va- avia sido aceita %or um 5rande n]mero de euro%eus e americanos educados. Realmente, do %onto de vista dos ]l6mos anos do s>culo XX, torna'se claro ue os conceitos %aralelos de arte e cultura de ato com%reendem e incor%oram com sucesso, conuanto tem%orariamente, uma %letora de arteatos e costumes n9o'ocidentais.
O ue oi conse5uido atrav>s de duas estrat>5ias. Primeiro, os o7=etos reclassiAcados como )arte %rimi6va- oram admi6dos no museu ima5in*rio da cria6vidade umana e, em7ora com mais va5ar, nos museus de 7elas' artes, concretos, do Ocidente. Be5undo, o discurso e as ins6tui1es da antro%olo5ia moderna constru;ram ima5ens com%ara6vas e sint>6cas do omem 7uscando im%arcialmente %or entre os modos de viver autEn6cos do mundo, conuanto estranos na a%arEncia ou o7scuros na ori5em. !rte e cultura, as cate5orias %ara as melores cria1es do umanismo ocidental, em %rinc;%io estenderam'se a todos os %ovos do mundo. +alve? vala a %ena ena6?ar ue nada do ue se di? aui so7re a istoricidade dessas cate5orias culturais ou ar@s6cas deve ser com%reendido como aArma9o de ue elas se=am alsas ou como ne5a9o de ue muitos de seus valores se=am di5nos de a%oio. Como ualuer arran=o discursivo 7em'sucedido, a auten6cidade do sistema arte'cultura ar6cula dom;nios consider*veis de verdade e de %ro5resso cien@Aco assim como *reas de ce5ueira e controv>rsia. !o ena6?ar a transitoriedade do sistema, ao'o com a convic9o > mais um sen6mento do terreno ist o sono de um antro%tnicos, auele ue %asseia entra re%en6namente num mundo dierente com l;n5ua, costumes e co?ina %r'colom7iana, indiana, =a%onesa ou da Oceania entuladas em arm*rios ou a%artamentos de comerciantes. +udo de al5um modo encontra um camino aui. Para L>vi'Btrauss, Nova Iorue nos anos $ > um %a;s das maravilas de re%en6nas a7erturas %ara outros tem%os e lu5ares, da mat>ria cultural ue est* deslocada: Nova orue e essa > a onte de seu encanto e seu asc;nio %eculiar era ent9o uma cidade onde ualuer coisa %arecia %oss;vel. Como o tecido ur7ano, o tecido social e cultural estava
crivado de 7uracos. +udo o ue vocE 6na a a?er era escoler um e esca%ulir %ara dentro dele se, como !lice, vocE uisesse ce5ar ao outro lado do es%elo e encontrar mundos t9o encantadores ue %areciam irreais, %. 2&" O antro%m %ertur7ado com o caos de %ossi7ilidades simultSneas. 0ssa Nova Iorue tem al5uma coisa cm comum com o mercado de %ul5as dada'surrealista do in;cio do s>culo T mas com uma dierena. Beus o7=ets trouv>s n9o s9o a%enas mo6vos %ara devaneios. Isso eles s9o, sem d]vida, mas s9o tam7>m sinais de mundos ue v9o desa%arecendo. !l5uns s9o tesouros, o7ras de 5rande arte. L>vi'Btrauss e os surrealistas reu5iados eram colecionadores a%ai4onados. O comerciante de arte da +erceira !venida ue eles re`entavam e com uem se aconselavam, Julius Carle7ac, 6na sem%re 8
(Y m9o diversas %eas esuimsias ou da costa Noroeste. Be5undo 0dmund Car%enter, os surrealistas sen6am uma aAnidade imediata com a %redile9o desses o7=etos %or )trocadilos visuais-Z as sele1es eitas %or eles eram de al@ssima ualidade. !l>m dos comerciantes de arte, uma outra onte %ara esse 7ando de conecedores de arte %rimi6va era o useu do ;ndio !mericano. Como di? Car%enter: Os surrealistas comearam a visitar o de%6ca modernista. O ue avia comeado com a vo5a da art np5re nos anos 2 tornar'se'ia ins6tucionali?ado nos anos Y e &Z mas na Nova Iorue da >%oca da 5uerra a 7atala %ara ue os o7=etos tri7ais 6vessem reconecimento am%lo ainda n9o estava 5ana. L>vi'Btrauss lem7ra'se de ue como adido cultural ria em7ai4ada rancesa em "#$& tentou em v9o a?er uma troca: uma vasta cole9o de arte ind;5ena americana %or al5uns a6sses e Picassos. as )as autoridades rancesas se A?eram de surdas 8s minas solicita1es, c as cole1es ind;5enas aca7aram nos museus americanos- "#(Y:2&2. O colecionar de L>vi' Btrauss e dos surrealistas nos anos $ oi %arte de uma luta %ara o7ter status est>6co %ara essas o7ras'%rimas cada ve? mais raras. !s %r*6cas modernas de colecionar arte e cultura, de orma cien@Aca e avant'5arde, situam'se no Anal de uma ist'A5ura6va- anteci%a o uturo entrtnicos, as lem7ranas da %rov;ncia, a com%ania da O%era Cinesa, o indiano ornamentado na 7i7lioteca, as o7ras de arte de outros con6nentes c outras eras ue aca7am nos arm*rios dos comerciantes: todos s9o so7reviventes, remanescentes de tradi1es ameaadas ou desa%arecidas. !s culturas do mundo a%arecem no crons do contato jsico ue esses livros, escritos e %u7licados antes da e46n9o deAni6va dessas culturas, esta7eleciam entre o tem%o delas e eu- L>vi'Btrauss, "#&:Y. 0sses relatos %reciosos da diversidade umana oram re5istrados %or uma etnolo5ia ainda, no di?er dele, em estado )%uro- ao inv>s de )dilu;do-. 0les ormariam o material etno5r*Aco autEn6co a %ar6r do ual as ordens metaculturais do estruturalismo se constru;ram. !s cole1es e ta4onomias antro%olvi'Btrauss sa7e disso. Q um transtorno ue sem%re evita. Por e4em%lo: em +ristes +rm %or outras id>ias e *7itos com maior ca%acidade de reut*'los"#&:2&. 0le se recorda enternecido de um visitante G^aGiutl, rece7ido em Nova Iorue %or
( Fran? oas, %etriAcado com os viciados e restaurantes autom*6cos da +imes Buare, e se %er5unta se a antro%olo5ia n9o %ode ser condenada a %erce%1es i5ualmente 7i?arras das sociedades e istvi'Btrauss: uma ve? ao menos ele %ermaneceu 7astante tem%o e dominou a l;n5ua local. !l5uns as%ectos do lu5ar, como o G^aGiutl de oas, con6nuaram a encantar e assom7rar seu ato antro%olvi'Btrauss estudava e coletava os %assados de muitos 5ru%os de americanos na6vos )e46ntos-, estes encontravam'se em %rocesso de recons6tuir'se cultural e %oli6camente. isto nesse conte4to, o indiano com a caneta ParGer re%resentava uma )volta no tem%o- ou um vislum7rar de um outro uturo 0ssa > uma ist al5o mais do ue a %ro5rama9o convencional dos museus no ue concerne 8 educa9o da comunidade e ao seu )alcance-. ! situa9o atual ues6ona o %rm disso, vale a 7reve o7serva9o de ue a mesma coisa > %oss;vel %ara arteatos escritos coletados %ela etno5raAa de res5ate. !l5uns desses velos te4tos vEm sendo a5ora reciclados enuanto istt>, su7s6tuem cultura. O ue est* em uest9o s9o as avalia1es ualita6vas da vida cole6va. 2. Potlatc: esta dos ;ndios da costa Noroeste com a Analidade de demonstrar riue?a e assim le5i6mar uma mudana no status social da tri7o na ual o anAtri9o destr
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