CLAVÍCULA HERMÉTICA
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Clavícula Hermética Número 01 -A
“Saber que Deus influencia nos deuses, os deuses nos astros (seus corpos), os astros nos daimones (senhores dos elementais) os daimones nos elementos (ou elementais), os elementais nos mistos, os mistos nos sentidos, os sentidos na alma (anima ou vida), a alma no animal interior (o ser vivo), e este é o descer da escala. A ascensão, que é a Obra do verdadeiro Mago, é o caminho inverso.” Giordano Bruno (filósofo italiano: 1548-1600) O termo “Alta Magia” refere-se aos processos essenciais da Tradição de Mistérios do Ocidente comprometida com uma mudança que esteja em sintonia com o Divino ou com a “Vontade Verdadeira” de cada pessoa, e com a evolução da vida em sua totalidade. Segundo Dolores A. Nowicki “a Magia verdadeira não é só uma questão do ritual, apesar do ritual poder ajudar, nem está relacionada à simplesmente a lançar encantamentos etc. Embora também possa ajudar nesses assuntos. A Magia verdadeira está em compreender o que se é, e no que pode se tornar. É ser capaz de ver seu potencial e saber que pode alcançá-lo no seu mundo diário bem como em seu mundo interior”. Nessa “Magia Esotérica” a alteração mais profunda e eficaz é a transformação interior, e conseqüentemente, do mundo, para que as melhores possibilidades do Eu sejam realizadas no mundo. Essa é a realização do destino.
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Prezado estudante, Sejam bem vindo ao Curso de Alta Magia de Aset-Ka e esperamos que através de nosso sistema seu aprendizado possa ser feliz e profícuo. A função de uma fraternidade ocultista é “guiar” seus membros através de um sistema de estudos que equilibre teoria e prática. Com vistas a esse objetivo desenvolvemos uma seqüência pedagógica que foi criteriosamente pensada para que você possa se assimilar melhor nossos ensinamentos. Quando se lê um livro ou apostila o objetivo é mais voltado à informação do que à formação. Assim, valorize sua formação, invista tempo em praticar aquilo que leu. Não se deixe vencer pela preguiça ou pela indolência. Lembre-se: tempo é uma questão de prioridade. Saiba investir seu tempo naquilo que realmente vale a pena. Nessa direção, a O.T.A através de seu portal exterior a Escola de Ocultismo trabalha também com o sistema de pergunta e resposta. Assim é importante ler logo suas instruções e dar o devido retorno para a Escola de Ocultismo para que não haja atrasos em seu estudo. O lado prático é feito através de exercícios esotéricos, rituais e iniciações. No entanto, para que o estudante possa progredir satisfatoriamente, tanto no aspecto teórico quanto no prático, deverá ter em mente os seguintes itens: ser organizado/disciplinado, ter simplicidade, determinação e paciência. Sem esses itens qualquer progresso na senda espiritual, bem como em qualquer área humana, fica comprometido. Além dos estudos que estaremos propondo, é necessário que você vivencie em casa, no trabalho e em qualquer ambiente os princípios estudados e compreendidos. A verdadeira magia é, essencialmente, prática. Se ela não puder ser aplicada/vivenciada no dia-a-dia, não haveria sentido algum em estudá-la. A teoria apenas fornece elementos indispensáveis para a prática subseqüente, uma vez que sem essa, é impossível alcançar qualquer resultado concreto. Os estudos da Escola de Ocultismo tem uma duração aproximada de 20 meses, período que o estudante também se prepara (se assim optar) para sua admissão à OTA (Ordem Tântrica Adinath). A Escola de Ocultismo trabalha em sintonia com a OTA mas o fato de ser membro dela e mesmo de concluir seu programa de estudos, não garante admissão imediata à OTA. A admissão à OTA só é possível mediante uma avaliação final dos estudos propostos além de uma iniciação presencial. Isso será esclarecido ao longo de nossa caminhada no Curso de Alta Magia de Aset-Ka e nos comentários e esclarecimentos de dúvidas gerais em nossa Escola de Ocultismo no facebook. Antes de começarmos é sempre bom lembrar que o sistema de Alta Magia de Aset-Ka combina ensinamentos de diversas tradições espirituais tais como: Kabala Hermética, 2
Hinduísmo Shavita, Budismo Tibetano, Teurgia Medieval e Magia Greco-Egípcia. Esses ensinamentos estão amalgamados ao corpus mágicko da OTA numa forma de ocultismo criativo que é seu maior diferencial frente às demais organizações esotéricas.
A CÂMARA INICIÁTICA É senso comum, entre as escolas iniciáticas, que a criação de um local, em nossa casa, para estudos e práticas é altamente benéfica para o desenvolvimento do estudante. Esse local se torna o ponto focal de atração da egrégora (campo de forças de uma determinada ordem ou escola ocultista) e cria uma atmosfera de introspecção que favorece o nosso desligamento das percepções sensoriais. Os benefícios desse lugar reservado para os estudos será sentido por cada um, à medida que o utilizarmos. Na tradição mágicka da OTA, esse ambiente especialmente preparado para nossas práticas, chama-se Kiblá e é posicionado ao leste geográfico. Caso o leste geográfico não seja possível, crie um leste simbólico, isto é, determine qualquer ponto como sendo o seu leste. A kiblá poderá ser permanente ou ser montada a cada vez que se for utilizar, ficando a cargo das conveniências individuais. MONTANDO A KIBLÁ
- Quadro com sua Ishta Devata ou divindade pessoal de adoração espiritual, aquele que você escolhe como inspiração para te conduzir ao estado de união espiritual com seu Sagrado Anjo Guardião ou Divindade Interior. Essa imagem (que pode ser de um mestre espiritual também,) deve ser pendurada na parede, no alto, acima da altura de sua cabeça quando você estiver em pé. Se você quiser seguir totalmente o sistema da O.T.A coloque uma imagem da Grande Deusa egípcia Ísis (Aset) que é a divindade tutelar de nossa tradição. -Leste: Coloque a leste, no meio da mesa-altar, a imagem de Ganesha disponível abaixo. No caso imagem deve ser imprimida e emoldurada de forma simples. Mesmo sem o quadro pronto pode-se visualizar a deidade e praticar o rito. -Um pouco à frente da imagem de Ganesha formar um triângulo com a ponta para baixo, com os seguintes elementos: 1) à esquerda: uma vela branca – representando a letra Shin 2) à direita, uma taça com água – representando a letra Mem
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3) na ponta do triângulo um bastão de incenso – representando a letra Aleph – incenso preferencial de sândalo vermelho, por auxiliar na expansão da consciência. KIBLAH (ilustração)
LESTE Imagem Ganesha
NORTE
Vela
Taça SUL
Incenso
OESTE Cadeira
Observações:
01) Aleph, Men e Shin são as três letras do alfabeto hebraico que correspondem aos elementos Ar, Água e Fogo, respectivamente. São chamadas de letras matrizes, e diz-se que todas as outras letras se originaram dessas três. Analogamente, nos ensinos esotéricos, diz-se que tudo proveio desses três elementos: ar, água e fogo. Isso incluí, claro, o quarto elemento, a terra. Essas três letras também são associadas à cabeça (fogo), ao tórax (ar) e ao abdome (água) do ser humano. 02) Sempre antes de usar uma vela segure-a entre as mãos e metalize uma luz azul purificando-a, se preferir lave-a em uma torneira e seque-a. Antes de utilizá-la no altar, consagre-a com óleo puro de azeite de oliva. Com o dedo indicador da mão direita faça um pentagrama na base da vela. Comece o pentagrama de baixo para cima à esquerda, fazendo um V de cabeça para baixo e termine o pentagrama no ponto em que começou. Após diga: Eu te consagrado em nome de IOD HE VAV HE (diga em tom melodioso: iôd, rrê, vav, rrê). Faça isso com toda e qualquer vela que for utilizar para que as mesmas se livrem das impregnações vibratórias estranhas ao ritual.
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03) Você pode usar música de fundo se desejar. Músicas clássicas ou newage (Vangelis, Kitaro, Enya, Zanfir...). Enfim, músicas que propiciem enlevo e relaxamento. A repetição de uma mesma faixa propicia resultados interessantes. Experimente. Evite músicas cantadas. 04) Ao executar rituais e exercícios, use a menor iluminação possível, somente a luz da vela e uma pequena lanterna, caso precise ler algo. Nos momentos de estudos e leituras use iluminação adequada. Você vai precisar de um pequeno sino que deve ser colocado no altar junto (se optar) a outros objetos litúrgicos ou ferramentas mágickas de sua escolha (athame, varinha etc) 05) Antes de iniciar suas práticas tome um copo de água e lave as mãos. Esse gesto de lustração, de purificação, simboliza nossa pureza de propósitos. Se possível, tome banho antes de suas práticas. Tenha à mão uma caixa de fósforo. Para apagar as velas, use um abafador (uma colher de cozinha serve para isso). Jamais sopre velas dentro de um ritual. O Fogo só existe porque é vivificado pelo Ar. Quando sopramos uma vela dentro de um ritual estaríamos dizendo: A vida (ar) extingue a própria vida (Fogo). 06) Ganesha (ou Ganes) é o patrono da medicina e da literatura, removedor de obstáculos e portador da sorte e sucesso. A imagem impressionante dessa divindade com cabeça de elefante e quatro braços pode ser encontrada em centros cirúrgicos, lojas, bancos e escritórios, assim como em muitos portais. O bom-senso e a habilidade material caracterizam-no; como é robusto, representa o poder social e financeiro. Protege investimentos e abençoa empreendimentos. No sistema da O.T.A o deus Ganesha é o removedor dos obstáculos em nossas práticas mágicas, abrindo caminho para o contato com os planos superior dos deuses – funciona como uma espécie de Hermes hindu. 07) Iluminação Espiritual no contexto da Alta Magia é a União Mística do Mago com seres superiores além dos véus da consciência, talvez mesmo com a Divindade. Isso resulta naquilo que denominamos de “Conhecimento e Conversação com o Santo Anjo Guardião” Esse não é apenas o objetivo fundamental, mas o único objetivo válido para o mago: "O Ritual Supremo e Completo é a Realização do Conhecimento e Conversação com o Santo Anjo Guardião. É a elevação do homem completo em uma linha vertical reta. Qualquer desvio desta linha tende a se tornar magia negra. Qualquer outra operação é magia negra." (Mestre Therion) Na prática todos os rituais da Alta Magia são apenas uma tentativa para alargar os poderes do homem para além do comum, para além dos limites impostos às pessoas “condicionadas”,
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pela educação e pelas circunstâncias. Como disse poeticamente o Mago renascentista Picco della Mirandola: “O Trabalho de Magia nada mais é do que casar-se com o Universo.”
Ritual de Abertura da Kiblah 01 – SINAL DE ABERTURA: Entre no ambiente devidamente preparado. Em pé, faça o sinal de entrada: Estique seus braços a frente. Una as palmas de suas mãos na altura dos peitos , dedos apontando para frente. Vire as palmas das mãos uma contra outra e vá abrindo os braços até que formem uma cruz. Esse é o gesto ativo do espírito, o gesto de abrir uma cortina que proclama, simbolicamente, que você está aberto para os trabalhos mágickos . 02 - Acenda a vela e depois o incenso. 03 – INVOCAÇÃO (faça o sinal de Isis dando boas vindas ao cosmos: abra os braços e forme um crescente, com as palmas para cima):
Que os Mestres da Sagrada Egrégora de Aset-Ka a e da Grande Fraternidade Universal possam me assistir neste momento, me inspirar com sua sabedoria e me proteger com seu amor, para que com eles eu possa me harmonizar e receber orientações através de minha intuição. 04 - Ainda em pé, bata o sino 3 vezes. Após isso bata palmas duas vezes, cruze os braços e estale os dedos mais duas vezes e em seguida abra os braços com as palmas das mãos abertas viradas para cima, verbalize o seguinte mantra kabalístico sete vezes.
“Kodoish, Kodoish, Kodoish, Adonai Tsebayoth” 05 - Faça o sinal de Súplica ou de Osíris Ressurecto (mão esquerda no ombro direita; mão direita, no ombro esquerdo), olhe para a Imagem da Deusa Aset (Isis) e diga com toda intensidade e sentimento possíveis:
Ó, Grande Nuit! Senhora das Estrelas e do Espaço Infinito. Eterna deidade do céu, que és a Alma Primordial, que és o que já foi e o que será. Caminho eternamente sob e em teu corpo na travessia de meu deserto e no descanso de minha Alma. Neste momento, olho em tua direção e evoco Tua presença. (Vocalize o som AUM – 3 vezes, em um mesmo fôlego, na •
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nota musical: Do, assim:
AAAUUUMMM. )
06 - Invocação de Ganesha:
Invocação de Ganesha:
Após isso sente-se e olhe para o Senhor Ganesha que está no altar, toca(m) o sino 3 vezes, una as mãos na altura do peito Pronam Mudra ou Anjali Mudra:
Anjali Mudra
faz(em) 3 reverências e recita(m) o seguintes mantras de Ganesha 3 vezes: Mantra hindu de Ganesha:
Om Sri Ganeshaya Namah. (Pronúncia: Om Xrí Ganexáia Namarrá)
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Oferenda do Incenso: Diga:
Ó Ganesha, Senhor Dos Ganas vinde eu te adoro! Tu és Aquele que concede grandes bênçãos a todos Sua Mãe é a Senhora Parvati, Seu Pai Shiva Mahadeva Tu és a Grande Deidade Guardiã da Passagem O Ganesha, Tu és aquele que concede vitória a todos os seres. Minhas reverências à Ti.
07 - Invocação da Assembléia dos Mestres:
(Diga)
O incenso está agora aceso e derrama-se sobre o Reino Celestial dos Seres Iluminados
E a fragrância ascende até a Assembléia Secreta dos Nirmanakhayas. A fragrância do incenso Chama a atenção da mente A mantém no agora A fragrância do incenso Abre o centro da prática
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E protege nossa mente Da hoste de pensamentos errôneos Anjo de Malkuth conduza-me entre as duas colunas sob as quais se apóia todo edifício do Templo de Auset-Ka. Eu lanço a luz do círculo do Dragão Que todos os obstáculos sejam removidos O círculo está traçado e consagrado Assim como é acima é embaixo
08– Período de estudos e práticas. A partir daqui, poderá fazer aquilo que planejou para a ocasião (estudo das monografias, execução de algum ritual, leitura do Livro da Lei, realização de um exercício ou meditação, etc.) . ATENÇÃO: para os períodos de meditação, respiratórios e visualizações, recomendamos que fique sentado na ponta da cadeira, pés apoiados no chão, sem cruzar, coluna ereta e as mãos em SHIVA MUDRA ou Posição do Ovo Cósmico: os HOMENS colocam o dorso da mão direita (positiva) aberta em semi-concha sobre a mão esquerda (negativa) e as MULHERES fazem o mesmo, porém colocando a mão esquerda (positiva) sobre a mão direita (negativa), apoiando-as naturalmente sobre as coxas ou genitais. Os canhotos invertem as indicações acima. 09– ENCERRAMENTO: (Em pé, faça o sinal de oração - palmas unidas em frente ao peito – Pronam mudrá) 09) Apague a vela. Agora, dê o sinal de fechamento (movimento de fechar a cortina) - abra os braços e faça uma cruz como corpo, palmas apontando para frente. Vá fechando os braços até que as duas palmas se encontrem. Esse gesto (‘passivo do espírito’) proclama que os trabalhos estão encerrados.
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RITUAL DE BANIMENTO DO PENTAGRAMA “Um Ritual Mágico é uma seqüência de palavras e de atos que mantém nossa mente em um estado de consciência capaz de captar e comungar com algum tipo de poder sobre-humano. Para isso, o mago “estimula sua imaginação até o último grau para chegar a um estado mental que o faz sentir-se como um Deus ou como a força cósmica invocada”. (Revista Planeta edição 283) O Ritual de Abertura do Pentagrama é visto pela maioria dos magos como técnica padrão para este propósito particular. O objetivo, desse ritual é criar uma aura de proteção dentro e a volta do mago. Ou seja, simular a condição do Ain Soph ou “círculo sem limite”, o vazio ou uma esfera de força bem definida que é criada ao redor do mago. Outro objetivo é aumentar a concentração da mente que fará com que o estudante possa estabelecer um contato direto com seu Anjo Guardião ou Self Superior, sem qualquer tipo de dispersão. Em resumo, essas práticas são para reeducar a mente em primeira etapa, e a segunda é dominá-la e transcende-la por completo. Este ritual é útil para práticas de visualização, meditação, consagrações de objetos e construção de Talismãs. Suas invocações são suficientes para colocá-lo em sintonia com entidades superiores “limpando” completamente o ambiente, tornando-o próprio para a execução de qualquer prática dessa natureza. Se o operador quer se dedicar a práticas mais complexas como evocação, viagem astral, comunicação com algum Ser dos Planos Interiores etc; o ritual avança e é mais elaborado.
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O TRAÇADO DO PENTAGRAMA MÁGICO Tradicionalmente se utiliza um pentagrama ou estrela de cinco pontas, como lacre astral em cada um dos quadrantes. Nesse contexto o número cinco é um símbolo importante visto representar o espírito que domina os quatro elementos. Começando com a ponta marcada terra no diagrama e traçamos até “espírito”. Um símbolo da transmutação das condições terrenas para as do puro “espírito”. Ao contrário do espírito para a terra - no caso da invocação - é a materialização da vontade do mago. Em cada um dos quadrantes desenhe no ar à sua frente, com o punhal mágico ou a ferramenta apropriada, o Pentagrama de Banimento. Também podemos usar o primeiro e o segundo dedos da mão direita, que poderiam substituir o punhal (athame) do magista. À medida que sua mão se desloca, visualize a estrela sendo formada de uma energia brilhante saindo da ponta de seu primeiro e segundo dedos. Agora você tem uma grande e simétrica estrela de cinco pontas brilhando no ar à sua frente. Esta estrela é então energizada golpeando diretamente o seu centro e pronunciado um mantra arcangelico.
BANIMENTO
Ar
Terra
INVOCAÇÃO
Água
Fogo
Ar
Água
Terra
Fogo
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Pentagrama de Banimento
O Pentagrama de Banimento é a poderosa vassoura do astral. O estudante que compreender e souber manejar o pentagrama fica protegido em toda e qualquer circunstância. Ele representa os quatro elementos mais um quinto – o Espírito. É o símbolo da Terra e dos cincos sentidos, além de ser um símbolo de transmutação das condições terrenas para as do puro espírito. Entre suas utilizações ele serve para “limpar” um objeto antes de consagrá-lo, expulsar energias negativas de um cômodo ou casa além de iniciar um ritual. Pentagrama de Invocação
O pentagrama de Invocação serve para atração ou invocação de forças determinadas. Ele pode ser utilizado para invocar uma proteção ou entidade (o Deus e a Deusa, forças zodiacais, etc.) e é um instrumento adequado à consagração ritual de amuletos, talismãs ou outros objetos além da criação e chamada de Seres Elementais. Lembre-se que a visualização constante vai “solidificar” nos níveis astrais formas que servirão como verdadeiros veículos de habitação das forças ou inteligências invocadas durante o ritual. Por exemplo, as formas pensamentos dos Arcanjos dos Quadrantes são Imagens Telesmáticas poderosas que servem como canais para o contato com as energias que correspondem. Em cada um dos quadrantes desenhe no ar à sua frente, com o punhal mágico ou a ferramenta apropriada, o Pentagrama de Banimento. Também podemos usar o primeiro e o segundo dedos da mão direita, que poderiam substituir o punhal (Athame) do teurgista. À medida que sua mão se desloca, visualize a estrela sendo formada de uma energia brilhante saindo da ponta de seu primeiro e segundo dedos. Agora você tem uma grande e simétrica estrela de cinco pontas brilhando no ar à sua frente. Esta estrela é então energizada golpeando diretamente o seu centro e vibrando o Mantra Arcangelical apropriado.
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RITUAL DE BANIMENTO DO PENTAGRAMA (Prática) FASE 1 - Consiste basicamente na Cruz Cabalística e na colocação dos Arcanjos dos Quatro
Elementos em cada quadrante. Comece com o roto para o leste. A Cruz Cabalística é um miniritual de “ligar”. Simboliza o começo do ritual e sua dedicação a Divindade (Deus/Deusa). Pode ser uma atitude mental simbólica, também. E onde a escuridão se transforma em luz, presidido por Rafael.
Cruz Cabalística Existem dois modos de realizar este mini-ritual. Você poderá erigir esta cruz na sua imaginação, sem mexer um só músculo. Em si mesmo é um ritual de “ligar”. Simboliza o começo do Ritual do Pentagrama e sua dedicação a Deus. Ao mesmo tempo, é excelente como técnica de proteção aúrica. Tocando a testa, diga ATEH (Para Ti). Tocando o peito, diga MALKUTH (o Reino). Tocando o ombro esquerdo, diga VÊ-GEBURAH (o Poder). Tocando o ombro direito, diga VÊ-GEDULAH (e a Glória). Unindo as mãos na altura do peito, diga LE-OLAM, AMEN (para sempre amém). Uma outra forma de proferir as palavras é a seguinte: 1- Tocando a testa, diga : “ Em tuas mãos 2 - Tocando o peito, diga : está o Reino 3 - Tocando o ombro esquerdo, diga : o Poder 4 - Tocando o ombro direito, diga: e a Glória, Unindo as mãos na altura do peito, diga: para toda eternidade amém.”
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FASE 2 –
Desenhe o Pentagrama de Banimento e diga: “Em nome de Adonai eu invoco Rafael, Guardião do Portal do Ar” Vibre o nome arcangelical: Raa-Faa-eel “Em nome de Adonai eu invoco Miguel, Guardião do Portal do Norte” Vibre o nome arcangelical: Mii-gueel “Em nome de Adonai eu invoco Gabriel, Guardião do Portal do Oeste” Vibre o nome arcangelical: Gaa-brii-eel “Em nome de Adonai eu invoco Auriel, Guardião do Portal do Sul” Vibre o nome arcangelical: Au-rii-eel.
FASE 3 - Retorne ao centro do círculo mágico e estendendo os braços na forma de uma
cruz, diga: 1- “ Diante de mim, Rafael. 2- Atrás de mim, Gabriel. 3- À minha esquerda, Miguel.
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4- À minha direita, Auriel . 5- Ao meu redor brilha o círculo fechado com os QUATRO PENTAGRAMAS (o praticante deve estar profundamente concentrado na imagem de Quatro Pentagramas brilhando no espaço à sua volta).
6- “E na coluna do meio, acima de mim e abaixo de mim brilha a estrela de seis pontas o Santo Hexagrama”. (o praticante deve agora imaginar um Hexagrama brilhando acima de sua cabeça e outro abaixo de seus pés).
7- Repita a cruz cabalística.
Observações: O Pentagrama de Banimento é a poderosa vassoura do astral. O estudante que compreender e souber manejar o pentagrama fica protegido em toda e qualquer circunstância. Ele representa os quatro elementos mais um quinto – o Espírito. É o símbolo da Terra e dos cincos sentidos, além de ser um símbolo de transmutação das condições terrenas para as do puro espírito. Entre suas utilizações ele serve para “limpar” um objeto antes de consagrá-lo, expulsar energias negativas de um cômodo, lugar ou espaço ritualístico além de iniciar um ritual. 15
Mestre Therion dizia a respeito do Ritual de Banimento do Pentagrama : “ O sucesso no banimento é percebido por uma sensação de limpeza na atmosfera; o sucesso é percebido por uma sensação de uma presença sagrada”. É pena que estes termos sejam tão vagos. - A cruz cabalística é um “gesto” que simboliza o começo do ritual e sua dedicação a Deus. Alem de servir para “selar” a aura do praticante. - A figura do Pentagrama é traçada no ar, mantendo o braço erguido, enquanto segura a arma escolhida para traça-la. - Visualize o pentagrama em luz dourada e o projeto a partir de sua testa empurrando-o através do espaço para a extremidade do quadrante. - Os nomes arcangêlicos devem ser vibrados tanto quanto possível, sentindo-se que todo corpo estremece (vibra) com o som e envia esta onda de vibração para os confins do Universo, isto é, em direção para qual o praticante está virado no momento. - Ao vibrar os nomes arcangêlicos sinta o ar, a água, o jogo e a terra. Imagine-os tão vividamente quanto puder. - A palavra Agla significa “Atoh Guedulah Le Ohlahm Adonai” que significa “tu és poderoso para sempre senhor”. - A palavra Yod - Heh - Vau - Heh significa: “EU SOU O QUE SOU”. - A desenhar a cruz cabalística visualize um feixe de luz branca e brilhante que desce das alturas e atravessa a sua cabeça, chegando até os pés e prossegue até o centro da terra. E depois um feixe de luz igual, de um ombro a outro, chegando até os horizontes. - O Hexagrama é o símbolo supremo do espírito unificado com a matéria, ou de Deus unido ao homem. Também representa a união do Fogo e da Água, o que resulta no Azoth Alquímico ou a energia eletromagnética do homem, sua Kundalini. - O Ritual também pode ser utilizado nas práticas de concentração: Sentado em sua Asana preferida, imagine-se de pé (vestindo o Robe e empunhando a Arma apropriada), e execute Mentalmente o ritual. Imagine os pentagramas como Estrelas Flamejantes (o que na realidade, eles são). No final, a imagem é de um Círculo de Fogo fechado nos quatro lados com estas estrelas.
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Dentro da variedade destas técnicas encontram-se as bases de toda a Alta Magia. Quando você souber criar os seus próprios rituais, usará estes mesmo métodos muito embora a aplicação venha a ser diferente. Lembre-se não são propriamente as imagens que são importantes, mas as experiências coletivas por detrás delas. São elas que criam as formas pensamentos que atravessam o tempo.
COMENTÁRIOS SOBRE O RBP O que você realizou até agora foi uma introdução a Alta Magia denominado, nesta fase, Ritual de Banimento do Pentagrama. Ele é suficiente como modo de harmonização e banimento de energias discordantes para o propósito da prática espiritual, seja ela uma simples meditação ou lançamento de um encantamento. Todo esse processo não serve para expulsar da área demônios e outras formas monstruosas de outros planos de existência, como se acredita em geral, mas apenas para preparar o local das operações teúrgicas tornando-o purificado, limpo de influências indesejáveis. Criando os quatro pentagramas nos quadrantes e posicionando os Arcanjos para exercerem a função de Guardiões o Magista (termo neutro utilizado para ambos os sexos), sela o círculo e cria um novo ambiente mágico. O Microcosmo (o pequeno mundo de cinco) é agora mantido distante, fora e além. Dessa forma, a consciência se projeta indiretamente numa quarta dimensão. Um vácuo é formado dentro do círculo (que torna-se uma coluna Flamejante estendendo-se ao infinito para cima e para baixo). Como a Magia e a Natureza odeiam vácuos, este ambiente é imediatamente, preenchido pela irrupção do Macrocosco (o grande mundo de seis). Quando estiver apenas abrindo um templo em círculo mágico regular, imagine que os pentagramas se formam no espaço logo além de cada quadrante, desenhados em luz dourada. Quando estiver limpando um ambiente de influências indesejáveis, projete o pentagrama a partir de sua própria testa, empurrando-o até a sua posição perto do quadrante, ou logo além das paredes físicas do aposentado. No Ritual de Banimento do Pentagrama, o número cinco é um número importante, pois representa o espírito que domina os quatro elementos (o domínio do homem espiritual sobre o homem animal.) Os símbolos, como tais, não tem muito valor intrínseco sem a fé e a realização, a não ser que você tenha ligações solidamente formuladas com um grupo ocultista externo ou interno.
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PROTEÇÃO CONTRA ATAQUE PSÍQUICO 1 Este excelente método inspira-se no Ritual do Pentagrama sendo sua função mais específica. 1.
Novamente feche os olhos e gire em um círculo até que possa sentir a direção de qual a real ou imaginária onda de energia negativa se origina. Uma vez encontrada esta direção, encare-a firmemente. O caminho da Alta Magia não é um caminho para mentes impressionáveis. Permaneça orgulhosamente de pé, e visualize em sua testa um brilhante e elétrico-azulado pentagrama com um ponto acima.
2.
Mantenha-se erguido, com altivez, e visualize em sua frente um pentagrama azul elétrico brilhante. Agora, traga suas mãos até a altura de sua testa. As mãos devem formar um triângulo com a ponta para cima (o triângulo do fogo). Assim, você terá um triângulo de manifestação, circundando o Pentagrama com os polegares com a base.
3.
Finalmente, tome uma inspiração profunda, e quando exalar o ar contido nos pulmões, avance o pé esquerdo e arremesse suas mãos para à frente ao mesmo tempo visualizando o pentagrama em sua testa deslocando-se rápido na direção que você está olhando. Isto terá o efeito de expulsar o real ou imaginado ataque psíquico de sua aura. Para impedi-lo de retornar, faça imediatamente o Ritual de Banimento do Pentagrama.
4.
Para fazer frente aos ataques diários que recebe sua psique, procedentes das dimensões físicas e astrais, já é outra questão. A prática do RBP pode ajudar, porém o problema é realmente de dimensões impressionantes. O negócio é que a maioria de nós passamos virtualmente inconscientes, dormindo subjetivamente falando, cerca de 95% do dia! Despertar os adormecidos era um dos objetivos principais do trabalho de Gurdjieff. Devemos atinar para este fato e ler o que pudermos sobre psicologia, isso nos ajuda a conhecer o funcionamento da mente e o modo de como a propaganda, a cultura e a religião manipulam nossas crenças e, conseqüentemente, nossa mente. Magicamente falando, outra forma de estarmos despertos no mundo que nos rodeia, é sintonizarmos nossa consciência com o universo, trabalhar para despertar nosso sexto sentido. Uma maneira de fazê-lo é escrever nosso “Livro das Sombras”, o Diário Mágico, com a data do dia e as fases da Lua.
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OS SINAIS (MUDRAS) DE CADA ELEMENTO: 1) Sinal da Terra: Avance o pé direito, estenda a mão direita para cima e para a frente e a mão esquerda para baixo e para trás, as palmas abertas.
2) Sinal do Ar:
Estenda os braços para cima e para fora, os cotovelos dobrados em ângulos retos, as mãos dobradas para trás, as palmas para cima como se sustentassem um peso.
3) Sinal da Água: Levante os braços até os cotovelos estarem no nível dos ombros, traga as mãos para o peito, tocando os polegares e as pontas dos dedos de modo a formarem um triângulo invertido.
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Sinal do Fogo: Levante os braços sobre a cabeça e junte as mãos para que as pontas dos dedos e dos polegares se encontrem, formando um triângulo com o vértice para cima.
Fim da Clavícula Hermética Número 01
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