CLASSICISMO - Questões para Provas e Atividades Extas

March 20, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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CLASSICISMO - Luís Vaz de Camões - UNESP, FUVEST, UNICAMP As respostas serão publicadas no dia 25 de novembro 1. (Unesp) O poema épico de Camões, entre outros ingredientes da epopéia clássica, apresenta o chamado 'maravilhoso', que consiste na intervenção de seres sobrenaturais nas ações narradas. Quando tais seres pertencem ao universo da Mitologia Clássica, dizse 'maravilhoso pagão'; quando pertencem ao universo do Cristianismo, diz-se 'maravilhoso cristão'. Com base nesta informação, a) identifique o tipo de 'maravilhoso' presente na oitava de OS LUSÍADAS;  b) comprove sua sua resposta com exemplos da pprópria rópria estrofe. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES. (Unesp) A(s) questão(ões) seguintes tomam por base a oitava estrofe do Canto VI de OS LUSÍADAS, de Luís de Camões (1524?-1580), e o poema A ONDA, de Manuel Bandeira (1886-1968). OS LUSÍADAS, VI, 8  No mais interno fundo fundo das profundas profundas Cavernas altas, onde o mar se esconde, Lá donde as ondas saem furibundas, Quando às iras do vento o mar responde,  Netuno mora e moram as jucunda jucundass  Nereidas e outros outros Deuses do ma mar, r, onde As águas campo deixam às cidades Que habitam estas úmidas Deidades. (in: CAMÕES, Luís de. OS LUSÍADAS. Lisboa: Imprensa Nacional, 1971. p.195.) A ON DA a onda anda aonde anda a onda? a onda ainda ainda onda ainda anda aonde? aonde? a onda a onda (in: BANDEIRA, Manuel. ESTRELA DA VIDA INTEIRA. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1966. p.286.)

 

2. Os dois textos apresentados, separados no tempo por quase quatrocentos anos (a  primeira edição de OS LUSÍADAS é de 1572), revelam r evelam características formais típicas de suas respectivas épocas, mas não deixam de apresentar traços em comum. Releia-os com atenção e: a) mencione duas características formais típicas da modernidade que se observam no  poema A ONDA;  b) aponte um procedimento rítmico presente na estrofe de OS LUSÍADAS que é também empregado no poema de Manuel Bandeira. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES. (Ufscar) Os bons vi sempre passar   No Mundo graves graves tormentos; E pera mais me espantar  Os maus vi sempre nadar  Em mar de contentamentos. Cuidando alcançar assim O bem tão mal ordenado, Fui mau, mas fui castigado, Assim que só pera mim Anda o Mundo concertado. (Luís de Camões: Ao desconcerto do Mundo. In: RIMAS. OBRA COMPLETA. Rio de Janeiro: Aguilar Editora, 1963, p.475-6.) 3. Este curto poema de Camões compõe-se de partes correspondentes ao destaque dado às personagens (o eu poemático e os outros). Quanto ao significado, o poema baseia-se em antíteses desdobradas, de tal maneira trançadas que parecem refletir o "desconcerto do mundo". Posto isso, a) identifique a antítese básica do poema e mostre os seus desdobramento desdobramentos. s.  b) Explique a composição composição do te texto xto com base nnas as rimas. 4. O poema está composto com versos de sete sílabas e na forma conhecida como "esparsa" que, junto com outras, constituía o estoque de formas medievais que muitos  poetas clássicos de Portugal, dentre os quais Camões, continuaram usando no século XVI e que se denominavam de "medida velha". Além dessas formas, Camões usou as italianizantes ou clássicas, que se denominavam denominavam de "medida nova". a) Cite outra forma de "medida velha" usada por Camões.  b) Cite duas formas formas de "medida nov nova". a". TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Unesp) JACÓ ENCONTRA-SE COM RAQUEL disse Acaso, seres meu parente, de graça? Depois Dize-me, qualLabão será o ateuJacó: salário? Ora por Labão tinha dua duas s filhas: irás Lia, servir-me a mais velha,

 

e Raquel, a mais moça. Lia tinha olhos baços, porém Raquel era formosa de porte e de semblante. Jacó amava a Raquel, e disse: Sete anos te servirei por tua filha mais moça, Raquel. Respondeu Labão: Labão: Melhor é que eu te dê, em vez de dá-la a outro homem; fica,  pois, comigo. Assim, por amor a Raquel, serviu Jacó sete anos; e estes lhe pareceram como  poucos dias, pelo muito que a amava. amava. Disse Jacó a Labão: Dá-me minha mulher, pois já venceu o prazo, para que me case com ela. Reuniu, pois, Labão todos os homens do lugar, e deu um banquete. À noite, conduziu a Lia, sua filha, e a entregou a Jacó. E coabitaram. (...) Ao amanhecer, viu que era Lia, por isso disse Jacó a Labão: Que é isso que me fizeste? fizeste? Não te se servi rvi por amor a Raquel? Raquel? Por que, pois, pois, me enganaste? enganaste? Respondeu Labão: Não se faz assim em nossa terra, dar-se a mais nova antes da  primogênita. Decorrida a semana desta, dar-te-emos também a outra, pelo trabalho de mais sete anos que ainda me servirás. Concordou Jacó, e se passou a semana desta; então Labão lhe deu por mulher  Raquel, sua filha. (...) E coabitaram. Mas Jacó amava mais a Raquel do que a Lia; e continuou servindo a Labão por outros sete anos. (Gênesis, 29,15-30) BÍBLIA SAGRADA (Trad. João Ferreira de Almeida.) Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1962. SONETO 88 Sete anos de pastor Jacó servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; Mas não servia ao pai, servia a ela, Que a ela só por prêmio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, Passava, contentando-se com vê-la; Porém o pai, usando de cautela, Em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos Lhe fora assi[m] negada a sua pastora, Como se a não tivera ti vera merecida, Começa de servir outros sete anos, Dizendo: -Mais servira, se não fora Pera tão longo amor tão curta a vida! CAMÕES. OBRA COMPLETA. Rio de Janeiro: Aguilar, 1963, p. 298. 5. O racionalismo é uma das características mais freqüentes da literatura clássica  portuguesa. A logicidade logicidade do pensamento quinhentista repe repercutiu rcutiu no rigor formal de seus escritores, e no culto à expressão das "verdades eternas", sem que isto implicasse tolhimento da liberdade imaginativa e poética. Com base nestas observações, releia os dois textos apresentados e; a) aponte um procedimento literário de Camões que comprove o rigor formal do classicismo;

 

 b) indique o dado da passagem bíblica que, por ter sido omitido por Camões, revela a  prática da liberdade poética e confere maior carga sentimental ao seu modo de focalizar  o mesmo episódio. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES. (Unesp) Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandre e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Neptuno e Marte obedecera obedeceram. m. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta. 6. A oitava anterior constitui a terceira estrofe de OS LUSÍADAS, de Luís de Camões,  poema épico publicado em 1572, obra máxima do Classicisismo português. O tipo de verso que Camões empregou é de origem italiana e fora introduzido na Literatura Portuguesa algumas décadas antes, por Sá de Miranda. Quanto ao conteúdo, o poema OS LUSÍADAS toma como ponto de referência um episódio da História de Portugal. Baseado nestes comentários e em seus próprios conhecimentos, releia a estrofe citada e indique: a) o tipo de verso utilizado (pode mencionar simplesmente o número de sílabas métricas);  b) o episódio da História de Portugal que que serve de núcleo núcleo narrativo ao ao poema. 7. Uma leitura atenta da estrofe citada revela que o conteúdo dos primeiros seis versos é retomado e sintetizado nos últimos dois versos. Interprete a estrofe de acordo com esta observação. 8. (Fuvest) Os paradoxos do sentimento amoroso constituem um dos temas favoritos de sua poesia lírica, exercitada sobretudo nos sonetos. a) De que poeta se trata?  b) Indique um texto do do poeta em que que este sentimento ccontraditório ontraditório se man manifesta. ifesta. 9. (Fuvest) I. "Eis aqui se descobre a nobre Espanha, Como cabeça ali de Europa toda" II. "Eis aqui quase cume da cabeça De Europa toda, o reino Lusitano, Onde a terra se acaba e o mar começa" III. "A Europa jaz, posta nos cotovelos: De Oriente a Ocidente jaz fitando, E toldam-lhe românticos cabelos Olhos gregos lembrando.

 

  O cotovelo esquerdo é recuado, O direito é em ângulo disposto Aquele diz Itália onde é pousado; Este diz Inglaterra, onde afastado, A mão sustenta, em que se apóia o rosto. Fita com olhar sphyngico e fatal. O Ocidente futuro do passado. O rosto com que fita é Portugal." Os textos I e II iniciam respectivamente as estâncias 17 e 20 do canto III d' "Os Lusíadas", de Luís Vaz de Camões, e o texto III é um poema do livro Mensagem, de Fernando Pessoa. a) A que movimento literário li terário pertence cada um dos autores?  b) De que recurso comum aos dois textos se valem os autores para elaborar a descrição da Europa? 10. (Fuvest) Responda às seguintes questões sobre "Os Lusíadas", de Camões: a) Identifique o narrador do episódio no qual está inserida a fala do Velho do Restelo.  b) Compare, resumidamente, os principais valores que esse narrador representa, no conjunto de "Os Lusíadas", aos valores defendidos pelo Velho do Restelo, em sua fala. 11. (Unicamp) "Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente É um contentamento descontente descontente;; É dor que desatina sem doer;" (Lírica de Camões, seleção, prefácio e Notas de MASSAUD MOISÉS, S. P., Ed. Cultrix, 1963) "Terror de te amar num sítio tão t ão frágil como o mundo. Mal de te amar neste lugar de imperfeição Onde tudo nos quebra e emudece Onde tudo nos mente e nos separa." (SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN, "Terror de te amar", em Antologia Poética) Dos dois textos transcritos, o primeiro é de Luís Vaz de Camões (século XVI) e o segundo, de Sophia de Mello Breyner Andresen (século XX). Compare-os, discutindo, através de critérios formais e temáticos, aspectos em que ambos se aproximam e apectos em que ambos se distanciam um do outro. 12. (Unicamp) Leia o seguinte soneto de Camões: Oh! Como se me alonga,minha. de ano em ano, a peregrinação cansada

 

Como se encurta, e como ao fim caminha este meu breve e vão discurso humano. Vai-se gastando a idade e cresce o dano;  perde-se-me um remédio, que inda tinha. Se por experiência se adivinha, qualquer grande esperança é grande engano. Corro após este bem que não se alcança; no meio do caminho me falece, mil vezes caio, e perco a confiança. Quando ele foge, eu tardo; e, na tardança, se os olhos ergo a ver se inda parece, da vista se me perde e da esperança. a) Na primeira estrofe, há uma contraposição expressa pelos verbos "alongar" e "encurtar". A qual deles está associado o cansaço da vida e qual deles se associa à  proximidade da morte? morte?  b) Por que se dapode afirmar que? existe também uma contraposição contraposição no interior do  primeiro verso segunda estrofe estrofe? c) A que termo se refere o pronome "ele" da última estrofe? 13. (Unicamp) "Mas um velho, de aspecto venerando, (...) A voz pesada um pouco alevantando, (...) Tais palavras tirou do experto* peito: - Ó glória de mandar, ó vã cobiça. Desta vaidade a quem chamamos Fama. Ó Fraudulento gosto, que se atiça Cua aura popular, que honra se chama." (Camões, OS LUSÍADAS, canto IV) "... e então uma grande voz se levanta, é um labrego** de tanta idade já que o não quiseram, e grita subido a um valado***, que é púlpito dos rústicos. Ó glória de mandar, ó vã cobiça, ó rei infame, ó pátria sem justiça, e tendo assim clamado, veio darlhe o quadrilheiro uma cacetada na cabeça, que ali mesmo o deixou por morto." (José Saramago, MEMORIAL DO CONVENTO, p.293) *experto - que tem experiência **labrego - indivíduo grosseiro, rude, tosco (...) ***valado - elevação de terra que limita limit a propriedade rústica (Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa) Confrontando os fragmentos anteriores,

percebe-se que MEMORIAL DO

CONVENTO dialogarefere-se com os clássicos. O episódio do Velho Restelo, dona Canto IV de OS LUSÍADAS, ao engajamento voluntário dosdoportugueses grande

 

empresa que foi a descoberta de novos mundos. Já no MEMORIAL DO CONVENTO, entretanto, o recrutamento para Mafra deu-se, em geral, à força. a) Cite ao menos uma razão que levou "o rei infame" de MEMORIAL DO CONVENTO a tornar obrigatório o engajamento de todos os operários do reino, quaisquer que fossem suas profissões.  b) Quem era esse "rei infame" a que se refere o trecho citado e em que século essa ação do romance se passa? c) Aponte, no trecho, ao menos uma passagem que indique a irreverência de Saramago em relação ao texto de Luís de Camões. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Unesp) LÍNGUA PORTUGUESA Olavo Bilac Última flor do Lácio, inculta e bela És, a um tempo, t empo, esplendor e sepultura: Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela... Amo-te assim desconhecida e obscura, Tuba de alto clangor, lirada singela, que tens o trom e o silvo procela E o arrolo da saudade e da ternura! Amo o teu viço agreste e o teu aroma De virgens selvas e de oceano largo! Amo-te, ó rude e doloroso idioma, Em que da voz materna ouvi: "meu filho!" E em que Camões chorou, no exílio amargo, O gênio sem ventura e o amor sem brilho! em TARDE (1919) LÍNGUA Caetano Veloso (a Violeta Gervaiseau) Gosto de sentir a minha língua roçar  A língua de Luís de Camões. Gosto de ser e de estar  E quero me dedicar  A criar confusões de prosódia E uma profusão de paródias Que encurtem dores E furtem cores como camaleões. Gosto do Pessoa na pessoa Da rosa E sei quenoa Rosa, poesia está para a prosa

 

Assim como o amor está para a amizade. E quem há de negar que esta lhe é superior? E deixa os portugais morrerem à míngua, "Minha pátria é minha língua" - Fala Mangueira! Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó O que quer  O que pode Esta língua? em VELÔ (1984) 14. Além de Luís de Camões, que aparece mencionado nos dois textos, o poema de Caetano menciona outros dois escritores. Cite pelo menos uma obra importante de cada um destes dois literatos. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Pucsp) I - Um mover de olhos, brando e piedoso, sem ver de quê; um riso brando e honesto, quase forçado; um doce e humilde gesto, de qualquer alegria duvidoso; (...) esta foi a celeste formosura da minha Circe, e o mágico veneno que pôde transformar meu pensamento. (Luis de Camões) II - Uma noite, eu me lembro... Ela dormia  Numa rede encostada encostada molemen molemente... te... Quase aberto o roupão... solto o cabelo E o pé descalço do tapete rente. (Castro Alves) III - Um dia ela veio para rede, se enroscou nos meus braços, me deu um abraço, me deu as maminhas que eram só minhas. A rede virou, O mundo afundou. (Carlos Drummond de Andrade) 15. Os três fragmentos tratam do mesmo tema, ou seja, a figura feminina. Tendo em vista essa temática, assinale a alternativa INCORRETA. a) O fragmento I trata a figura feminina de maneira idealizada, transfigurada, divinizada, tornando a relação amorosa impossível.  b) O fragmento II trata a figura feminina de maneira humana, carnal, sensual, ttornando ornando a relação amorosa possível. c) O fragmento IIImaterializada. trata a figura feminina de maneira humana, carnal, sensual, tornando a relação amorosa

 

d) Os três fragmentos representam, respectivamente, a figura feminina em concepções diferenciadas, ou seja, clássica, romântica e moderna. e) Os três fragmentos, ao retratarem a figura feminina, desviam-se dos princípios literários românticos e modernos. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Fuvest-gv) "Busque Amor novas artes, novo engenho  para matar-me, e novas novas esquivanças; esquivanças; que não pode tirar-me as esperanças que mal me tirará o que eu não tenho. Olhai de que esperanças me mantenho! vede que perigosas seguranças: que não temo contrastes nem mudanças andando em bravo mar perdido o lenho. Mas, conquanto não pode haver desgosto onde esperança falta, lá me esconde Amor um mal, que mata e não se vê; que dias há que na alma me tem posto um quee dói nasce onde vemnão nãosei seiquê, como nãonão seisei porquê." 16. Relido o poema de dois quartetos e dois tercetos com versos decassílabos heróicos e esquema rimático abba - abba - cde - cde, e considerada a elaboração estética da linguagem com que é tratado o tema, assinalar a alternativa que nomeia que tipo de  poema é, o seu autor e o mov movimento imento literário em que este se enquadra: enquadra: a) redondilha Gil Vicente - Humanismo  b) soneto - Camões Camões - Classicismo c) soneto - Gregório de Matos - Barroco d) lira - Cláudio Manuel da Costa - Arcadismo e) lira - Camões - Maneirismo 17. (Fuvest) Na LÍRICA de Camões, a) o metro usado para a composição dos sonetos é a redondilha maior.  b) encontram-se sonetos, odes, odes, sátiras e autos. c) cantar a Pátria é o centro das preocupações preocupações.. d) encontra-se uma fonte de inspiração i nspiração de muitos poetas brasileiros do século XX. e) a Mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada de espiritualidade. 18. (Fuvest) "Amor é um fogo que arde sem se ver, É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente descontente,, É dor que desatina sem doer." De poeta muito conhecido, esta é a primeira estrofe de um poema que parece comprazer-se com o paradoxo, enfeixando sensações contraditórias do sentimento humano, se relação examinadas sob oo prisma daautor. razão. Indique, na a seguir, nome do

 

a) Bocage.  b) Camilo Pessanha. Pessanha. c) Gil Vicente. d) Luís de Camões. e) Manuel Bandeira. 19. (Fuvest) Considere as seguintes afirmações sobre a fala do Velho do Restelo, em "Os Lusíadas": I. No seu teor de crítica às navegações e conquistas, encontra-se refletida e sintetizada a experiência das perdas que causaram, experiência esta já acumulada na época em que o  poema foi escrito. lI. As críticas aí dirigidas às grandes navegações e às conquistas são relativizadas pelo  pouco crédito atribuído a seu emissor, já velho e com um "saber só de experiências feito". III. A condenação enfática que aí se faz à empresa das navegações e conquistas revela que Camões teve duas atitudes em relação a ela: tanto criticou o feito quanto o exaltou. Está correto apenas o que afirma em a) I.  b) II. c) d) III. I e II. e) I e III. 20. (Fuvest) Em "Os Lusíadas", as falas de Inês de Castro e do Velho do Restelo têm em comum a) a ausência de elementos de mitologia mit ologia da Antigüidade clássica.  b) a presença presença de recursos eexpressivos xpressivos de nnatureza atureza oratória. c) a manifestação de apego a Portugal, cujo território essas personagens se recusavam a abandonar. d) a condenação enfática do heroísmo guerreiro e conquistador. e) o emprego de uma linguagem simples e direta, que se contrapõe à solenidade do  poema épico. épico. 21. (Mackenzie) Texto1: "Sôbolos rios que vão Por Babilônia, me achei, Onde sentado chorei as lembranças de Sião E quanto nela passei." Texto 2: "Enquanto quis Fortuna que tivesse Esperança de algum contentamento, O gosto de um suave pensamento Me fez que seus efeitos escrevesse.

 

Porém, temendo Amor que aviso desse Minha escritura a algum juízo isento Escureceu-me o engenho ao tormento, Para que seus enganos não dissesse. Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos A diversas vontades! Quando lerdes  Num breve livro casos casos tão diverso diversos, s, Verdades puras são e não defeitos. E sabei que, segundo o amor tiverdes, Tereis o entendimento de meus versos." Sobre os textos acima, é correto afirmar que: a) o primeiro faz parte de uma cantiga trovadoresca trovadoresca..  b) ambos pertencem à obra de Camões, sendo o primeiro um exemplo de medida velha e o segundo, de medida nova. c) o primeiro foi extraído de um auto vicentino e o segundo, de um autor barroco. d) pertencem ao Cancioneiro Geral de Garcia de Resende. e) têm aspectos evidentemente barrocos, fazendo parte, portanto, da lírica de Gregório de Matos. 22. (Mackenzie) Na passagem da Idade Média para o Renascimento, dois escritores  portugueses se destacaram, por apresentar características que já previam uma nova tendência filosófica e artística. Trata-se de: a) Fernão Lopes e Gil Vicente.  b) Camões e Bocage. Bocage. c) D. Dinis e Paio Soares de Taveirós. d) Pe. Vieira e Gregório de Matos. e) Garcia de Resende e Aires Air es Teles. 23. (Mackenzie) O tom pessimista apresentado por Camões no epílogo de "Os Lusíadas" aparece em outro momento do poema. Isso acontece no episódio: a) do Gigante Adamastor.  b) do Velho do Restelo. c) de Inês de Castro. d) dos Doze de Inglaterra. e) do Concílio dos Deuses. 24. (Mackenzie) Põe-me onde se use toda a feridade, Entre leões e tigres, e verei Se neles achar posso a piedade Que entre peitos humanos não achei. Ali, co'o amor intrínseco e vontade  Naquele por quem morro, criarei Estas relíquias suas, que aqui viste, Que refrigério sejam da mãe triste.

 

O trecho evidencia características: a) da poesia trovadoresca.  b) do Barroco português. português. c) de um auto vicentino. d) da poesia lírica de Antero de Quental. e) da poesia épica camoniana. 25. (Mackenzie) Sobre OS LUSÍADAS, é INCORRETO afirmar que: a) é dividido em cinco partes e dez cantos.  b) o Canto I contém contém a introdução, a invocação, a dedicatória e o iníc início io da narrativa. c) a pedido do rei de Melinde, Vasco da Gama conta partes da história de Portugal. d) os deuses reúnem-se no Olimpo para decidir a sorte dos portugueses portugueses.. e) no Canto X, a fala do Velho de Restelo acusa os portugueses de vaidade e cobiça excessivas. 26. (Pucsp) Tu só, tu, puro amor, com força crua Que os corações humanos tanto obriga, Deste causa à molesta morte sua, Como se fora pérfida inimiga. Se dizem, fero Amor, que a sede tua  Nem com lágrimas tristes se mitiga, É porque áspero e tirano, Tuas aras queres, banhar em sangue humano. Estavas, linda Inês, posta em sossego, De teus anos colhendo doce fruito,  Naquele engano engano da alma ledo e cego, Que a fortuna não deixa durar muito,  Nos saudosos saudosos campos do M Mondego, ondego, De teus fermosos olhos nunca enxuito, Aos montes ensinando e às ervinhas, O nome que no peito escrito tinhas. "Os Lusíadas", obra de Camões, exemplificam o gênero épico na poesia portuguesa, entretanto oferecem momentos em que o lirismo se expande, humanizando os versos. O episódio de Inês de Castro, do qual o trecho acima faz parte, é considerado o ponto alto do lirismo camoniano inserido em sua narrativa épica. Desse episódio, como um todo,  pode afirmar-se que que seu núcleo central a) personifica e exalta o Amor, mais forte que as conveniências e causa da tragédia de Inês.  b) celebra os amores secretos de Inês e de D. Pedro e o casamento solene e festivo de ambos. c) tem como tema básico a vida simples de Inês de Castro, legítima herdeira do trono de Portugal. d) retrata a beleza de Inês, posta em sossego, ensinando aos montes o nome que no peito escrito tinha. e) relata em versos livres a paixão de Inês pela natureza e pelos filhos e sua elevação ao trono português.

 

27. (Uel) À curiosidade geográfica e humana e ao desejo de conquista e domínio corresponde, inicialmente, o deslumbramento diante da paisagem exótica e exuberante da terra recém-descoberta, testemunhado pelos cronistas portugueses a) Gonçalves de Magalhães e José de Anchieta.  b) Pero de Magalhães Magalhães Gândavo Gândavo e Gabriel Soare Soaress de Sousa. c) Botelho de Oliveira e José de Anchieta. d) Gabriel Soares de Sousa e Gonçalves de Magalhães. e) Botelho de Oliveira e Pero de Magalhães Gândavo. 28. (Uflavras) Todas as alternativas são corretas sobre o Padre José de Anchieta, EXCETO: a) Foi o mais importante jesuíta em atividade no Brasil do século XVI.  b) Foi o grande orador sacro da língua portugues portuguesa, a, com seus ssermões ermões barrocos barrocos.. c) Estudou o tupi-guarani, escrevendo uma cartilha sobre a gramática da língua dos nativos. d) Escreveu tanto uma literatura de caráter informativo como de caráter pedagógico. e) Suas peças apresentam sempre o duelo entre anjos e diabos. 29. (Ufrs) Leia o soneto abaixo, de Luís de Camões. Um mover de olhos, brando e piedoso, sem de quê;um umdoce riso ebrando e honesto, quasever forçado, humilde gesto, de qualquer alegria duvidoso; um despejo quieto e vergonhoso; um desejo gravíssimo e modesto; um pura bondade manifesto indício da alma, limpo e gracioso; um encolhido ousar, uma brandura; um medo sem ter culpa, um ar sereno; um longo e obediente sofrimento: Esta foi a celeste formosura da minha Circe, e o mágico veneno que pôde transformar meu pensamento. Em relação ao poema acima, considere as seguintes afirmações. I- O poeta elabora um modelo de mulher perfeita e superior, idealizando a figura feminina. II- O poeta não se deixa seduzir pela beleza feminina, assumindo uma atitude de insensibilidade. III- O poeta sugere o desejo erótico ao referir a figura f igura mitológica de Circe. Quais estão corretas? a) Apenas  b) Apenas I.III.

 

c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. e) I, II e III. 30. (Unesp) Leia as estrofes seguintes e assinale a alternativa INCORRETA: "Mas um velho, de aspeito venerando venerando,, Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, Com saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do esperto peito: "Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade, a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça Com a aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, queneles perigos, que tormentas, Que crueldades exprimentas!" (Camões) "Ó mar salgado, quanto do teu t eu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão resaram! Quantas noivas ficaram por casar  Para que fosses nosso, ó mar!" (Fernando Pessoa) a) Através do tema tratado nas estrofes citadas, podemos dizer que as mesmas  pertencem a dois grandes poemas épicos da Literatura Portuguesa: OS LUSÍADAS e MENSAGEM.  b) Nessas estrofes, os dois poemas relacionam-se ao mencionarem aspectos negativos das expedições portuguesas. c) No poema de Camões todas as estrofes apresentam oito versos em decassílabos heróicos; no poema de Pessoa não há a mesma regularidade. d) Uma das estrofes d'OS LUSÍADAS revela a fala do Velho do Restelo criticando os sentimentos de glória e cobiça na empresa portuguesa. e) Os dois poemas não podem ser relacionados porque, além de um ser épico e o outro lírico, um pertence ao Renascimento e o outro ao Modernismo. 31. (Fuvest) I. ''Entre brumas, ao longe, surge a aurora. O hialino orvalho aos poucos se evapora, Agoniza o arrebol. A catedral ebúrnea do meu sonho

 

Aparece, na paz do céu risonho, Toda branca de sol" II. "Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça a dor vivente,  Não derramem por por mim nem uma lágrima Em pálpebra demente." III. "Por um lado te vejo como um seio murcho  pelo outro como um ventre de cujo cujo umbigo pen pende de [ainda o cordão placentário. És vermelha como o amor divino Dentro de ti em pequenas pevides Palpita a vida prodigiosa Infinitamente." IV. "Transforma-se o amador na cousa amada, Por virtude do muito imaginar;  Não logo maisa que desejar, jar, Pois tenho em mim tenho partedese desejada."  Na ordem em que estão transcritos, os fragmentos se enquadra enquadram m respectivamente nos seguintes movimentos literários: a) I. Simbolismo, II. Romantismo, III. Modernismo, IV. Classicismo;  b) I. Modernismo, II. Simbolismo, III Classicismo, IV. IV. Romantismo; c) I. Romantismo, II. Modernismo, III. Simbolismo, IV. Classicismo; d) I. Classicismo, II. Romantismo, III. Modernismo, IV. Simbolismo; e) I. Simbolismo, II. Classicismo, III. Romantismo, IV. Modernismo. GABARITO 1. a) Trata-se do "maravilhoso pagão", pois há presença de figuras mitológicas.  b) "Netuno mora e moram as jucunda jucundass Nereidas e outros outros Deuses do mar, onde". 2. a) No poema de Manuel Bandeira há presença dos versos brancos com movimentos ondulatórios nele de desenhados senhados pelos vversos, ersos, e ritmo ind independente ependente marcado pela  paronomásia (jogo (jogo de palavras: oonda, nda, anda, oonde) nde)  b) O tema dos dois poemas centra-se na ONDA. Em "Os Lusíadas", a reiteração se faz  pelos termos: fundo profundas, onde, esconde, donde. Em Manuel Bandeira, os sons de onda permeiam todo o poema; com exceção do artigo arti go A. 3. a) A antítese centra-se na relação entre os "bons" e os "maus". Os desdobramentos da antítese são a punição e a recompensa, que se dá da seguinte forma: aqueles que merecem recompensa são punidos; que merecem punição são premiados. É por  isso que, segundo o poeta, o mundo aqueles está "desconcertado".

 

   b) O poema é composto de uma só estrofe com dez versos. As rimas estão dispostas de forma alternadas e justapostas: abb aab; cdd cdc. Em relação ao valor são rimas pobres (eufonia entre palavras da mesma classe gramatical) e ricas (classe gramatical diferentes). 4. a) Camões utiliza-se do "vilancete", cuja modalidade poética inicia-se por um mote (assunto) e glosa (desenvolvimento do assunto propostos)  b) O soneto é a forma de "medida nova" usada por Camões. Entre outras formas, há: elegia, oitavas, ode, sextina... 5. a) Preferência pelo soneto petrarquista com rimas e versos decassílabos.  b) Camões omite que que Jacó ca casou-se sou-se com raq raquel uel e depois com L Lia. ia. 6. a) Decassílabo.  b) A viagem de Vasco Vasco da Gama às Índias. 7. Camões entende que os feitos dos portugueses são mais grandiosos, por isso pede que cessem de cantar os feitos dos antigos. 8. a) Camões  b) "Amor é fogo que que arde sem se ver" 9. a) Camões: Classicismo Pessoa: Modernismo  b) Prosopopéia ou personificaç personificação. ão. 10. a) O narrador do episódio em questão é Vasco da Gama, o herói do poema, que, em dada altura da fábula, assume a função de personagem-narrador. personagem-narrador. A fala do Velho do Restelo integra uma unidade narrativa maior em Os Lusíadas, que ocupa os cantos III, IV e V. Nela, Vasco da Gama conta ao rei de Melinde toda a história de Portugal, desde as origens do povo lusitano até a viagem de descoberta do caminho marítimo para as Índias, levada a efeito pelo herói do poema. A fala do Velho do Restelo, por sua vez, é o desfecho do episódio conhecido como Partida das Naus, em que Vasco da Gama narra como deixou a Torre de Belém, porto do rio Tejo em Lisboa. No relato de sua partida, o capitão da armada rememora a despedida, cujo clima é de lamento e incerteza. Dentre as pessoas que se manifestaram verbalmente na despedida, Vasco da Gama ficou  particularmente sensibilizado pelo discurso do Velho, a ponto de o reconstituir com unidade retórico-discursiva ao rei de Melinde.  b) Vasco da Gama representa o ideal expansionista do Império Lusitano, que implica a dilatação da fé cristã e do comércio ocidental. Como herói do poema, encarna as convicções da persona épica, isto é, do narrador principal da epopéia, que, como manifestação do gênero épico, exalta o assunto da narrativa. Mais precisamente, Vasco da Gama encarna o projeto político da Dinastia de Avis, que, adepta das novidades do Renascimento,, aplica as conquistas da ciência à difusão do comércio. Renascimento O Velho dodoRestelo, personagem alegórica, representa ponto de vista contrário expansão Impériocomo Lusitano, por considerá-la resultado odo desejo de poder peloà

 

 poder. O Velho pode pode ser entendido, também, também, como manifestação manifestação do ideal da Dinastia Dinastia de Borgonha, que se fundava na ordem feudal e a conseqüente preferência pela economia agrária em desfavor do mercantilismo ascendente. 11. Aproximam-se pelo tema do amor e pela utilização de anáforas. Distanciam-se pela métrica (versos decassílabos em Camões e livres em Andresen) e  pela forma de tratar tratar o amor (em Camões Camões o amor é impesso impessoal, al, e em Andresen Andresen é pesso pessoal). al). 12. a) O verbo "alongar" associa-se a cansaço da vida. O "encurtar" relaciona-se à  proximidade da morte. morte.  b) Há no primeiro verso da segunda estrofe uma oposição entre "gastando" e "cresce". Quanto mais a idade avança, o poeta aproxima-se do fim da vida. c) O pronome "ele" refere-se ao vocábulo "bem". 13. a) Porque tinha medo de morrer e não concluir a construção do Convento de Mafra.  b) D. João V c) Para Saramago "velho" é sinal de incapacidade para o trabalho. Em Camões o "velho" é a experiência. 14. João Guimarães Rosa - Grande Sertão: Veredas Fernando Pessoa - Cancioneiro

15. [E] 16. [B] 17. [D] 18. [D] 19. [E] 20. [B] 21. [B] 22. [A] 23. [B] 24. [E] 25. [E] 26. [A]

 

27. [B] 28. [B] 29. [D] 30. [E] 31. [A]

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