Classes Pontos de Costura
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Tipos de Pontos de Costura
São Paulo 2009
© 2009 Equipe responsável Elaboração
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Maria Luiza Veloso Mariano Joveli Ribeiro Rodrigues
Joveli Ribeiro Rodrigues
Ficha catalográfica MARIANO, Maria Luiza Veloso; RODRIGUES, Joveli Ribeiro. Maria Luiza Veloso Mariano e Joveli Ribeiro Rodrigues. Tipos de Pontos de Costura./ - São Paulo, 2009. 13 p. il. 1. Tipos de pontos de costura. 2. Costura I. MARIANO, Maria Luiza Veloso. II. RODRIGUES, Joveli Ribeiro, III. Autor. IV. Título. CDU: 687.053
SUMÁRIO Tipos de Pontos de Costura ............................................................................................. 7 Ponto Classe 100 ............................................................................................................. 8 Ponto Classe 200 ............................................................................................................. 8 Ponto Classe 300 ............................................................................................................. 9 Ponto Classe 400 ............................................................................................................. 9 Ponto Classe 500 ............................................................................................................. 10 Ponto Classe 600 ............................................................................................................. 11 Ponto Classe 700 ............................................................................................................. 11 Máquinas Industriais.......................................................................................................... 12 Referências ....................................................................................................................... 13
Tipos de Pontos de Costura
Costura é a junção das partes que compõem peças confeccionadas, levando em consideração as características (textura, peso e elasticidade) do material a ser costurado. As costuras são constituídas de pontos que são o ciclo de entrelaçamento da linha no tecido através da agulha e outros elementos que formam a laçada. O tipo de ponto é a repetição do ponto em intervalos regulares. Entretanto, os pontos são utilizados não somente para unir partes pela costura, mas também para bordar, chulear (acabar bordas de um tecido), casear, pregar botões, etc. Os diversos tipos de pontos de costura são divididos em classes que obedecem a um critério criado para padronizar a nomenclatura utilizada na indústria. As classes de pontos de costura são representadas por números de três algarismos. O algarismo da centena corresponde cada uma das classes. São elas: 100
Ponto corrente de uma linha
Dividido em 6 tipos: 101 a 106
200
Ponto manual
Dividido em 4 tipos: 201 a 204
300
Ponto fixo
Dividido em 14 tipos: 301 a 314
400
Ponto corrente multilinhas
Dividido em 7 tipos: 401 a 407
500
Chuleado
Dividido em 21 tipos: 501 a 521
600
Recobridor (costura de ambos os lados) Dividido em 7 tipos: 601 a 607
700
Ponto firme de uma linha
Tipo 701
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CLASSE 100: Ponto corrente ou cadeia simples Esse ponto utiliza uma linha introduzida a partir de apenas um dos lados do material. É geralmente utilizado para costurar temporariamente (alinhavos - 101) ou para ponto invisível (103), feito pela máquina de bainha invisível. Este ponto é formado por uma única linha conduzida pela agulha formando uma corrente e pode se desfazer facilmente a partir do último ponto. Ponto Tipo 101
Ponto Tipo 103
CLASSE 200: Ponto manual São pontos formados quando a linha passa de um lado para outro do tecido em sucessivas perfurações. A princípio, eram artesanais, feitos à mão. Hoje, alguns são reproduzidos por máquinas. O ponto 204, por exemplo, é o ponto X, muito utilizado para fazer bainhas.
Ponto Tipo 204
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CLASSE 300: Ponto fixo O ponto fixo é formado por duas linhas e tem a mesma aparência dos dois lados da costura, quando está corretamente regulado. Todas as categorias desse ponto utilizam a bobina (linha inferior). O resultado é uma costura resistente, duradoura e econômica. A única desvantagem é ter que, periodicamente, recarregar a bobina. O ponto 301 é feito pela máquina reta de ponto fixo. O ponto 304 é feito pela máquina ziguezague. Ponto Tipo 301
Ponto Tipo 304
CLASSE 400: Ponto corrente ou cadeia multilinhas Os pontos dessa classe diferenciam-se dos da classe 100 porque são formados por duas ou mais linhas. Essa classe abrange os pontos feitos por máquinas de costura com lúperes tais como a galoneira e a fechadeira. O ponto 401 é o ponto corrente ou cadeia e é formado por duas linhas. A máquina reta de ponto corrente é um exemplo de máquina que executa esse ponto. O ponto 406 é feito pela máquina galoneira com duas linhas nas agulhas e uma no lúper e é muito utilizado em bainhas de camisetas de malha. O ponto 407 é feito pela máquina galoneira com três linhas nas agulhas e uma no lúper. Esses pontos são largamente empregados em malharia já que são mais elásticos do que o ponto fixo. Em contrapartida, eles são mais salientes na parte debaixo, o que pode causar maior desgaste com o uso da peça. Outra máquina que utiliza o ponto corrente é a elastiqueira (própria para costura de elásticos). 9
Ponto Tipo 401
Ponto Tipo 406
Ponto Tipo 407
CLASSE 500: Ponto chuleado São geralmente utilizados para melhorar o aspecto das bordas ou unir partes de uma peça. São amplamente utilizados em malharia, já que possuem propriedades elásticas. O ponto 504 é o mais conhecido. A máquina de overloque é um exemplo de máquina que executa esse ponto. Por isso, “overlocar” virou sinônimo de chulear.O ponto 516 é feito formando simultaneamente uma fileira de ponto tipo 401 a uma distância específica da agulha que faz o ponto 504 na borda. Ideal para fechar bolsos, pregar mangas, fechar camisas, fechar calças, etc. Ponto Tipo 504
Ponto Tipo 516
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CLASSE 600: Ponto recobridor As máquinas que fazem o ponto recobridor utilizam um lúper superior, também chamado de trançador ou lúper cego (não possui furo). São chamados recobridores por serem freqüentemente usados nas costuras decorativas e acabamentos finais ou por recobrirem outras costuras. O ponto 602 utiliza quatro linhas (duas nas agulhas, outra no lúper inferior e a quarta no lúper superior). O ponto 605 é formado por cinco linhas (três linhas nas agulhas, outra no lúper inferior e a quinta no lúper superior). Ambos os pontos são muito usados para recobrir costuras em peças de malharia, principalmente as de moda praia e lingeries. A galoneira é um exemplo de máquina que executa esses tipos de pontos. Ponto Tipo 602
Ponto Tipo 605
CLASSE 700: Ponto fixo de uma linha É similar ao ponto 301, porém diferencia-se pela bobina que se enche automaticamente com linha da própria agulha. O primeiro ponto não possui pontas livres. Esse ponto é usado em costuras curtas e pespontos. Ponto Tipo 701
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Máquinas Industriais As máquinas de costura mais utilizadas em confecção dividem-se em duas classes; as que fazem ponto fixo e as que fazem ponto corrente. Existem no mercado, máquinas muito avançadas, para os mais diversos trabalhos. A seguir, algumas noções gerais sobre algumas delas. Características das máquinas de ponto fixo: Todas possuem bobina e caixa de bobina. A amarração da linha superior com a linha inferior fica no meio do material. - A costura tem a mesma aparência dos dois lados do tecido. - É um ponto difícil de desmanchar e é mais resistente ao uso. Desvantagens: - A linha da bobina acaba freqüentemente. - Não possui elasticidade. Vantagens:
Características das máquinas de ponto corrente: Todas as máquinas que fazem o ponto corrente trabalham com lúperes. O lúper ou looper é um dispositivo que fica abaixo da chapa da agulha e é utilizado na formação da laçada. Existem máquina com mais de um lúper, dependendo do modelo e da função específica de cada uma. - Trabalha com as linhas diretamente dos cones. - Possui elasticidade Desvantagens: - Desmancha com mais facilidade. - Não possui a mesma aparência dos dois lados. Vantagens:
Máquina reta de ponto fixo: É a máquina de costura de ponto fixo, de classe 300, o tipo do ponto é o de número 301, formado por duas linhas, uma superior na agulha e uma inferior na bobina. É uma máquina amplamente utilizada na indústria do vestuário, principalmente para confeccionar peças de tecido plano, já que o ponto fixo não possui elasticidade.
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Na agulha sempre se trabalha com linha, mas na bobina pode-se diferenciados como o lastex, por exemplo. Também dispõe de calcadores (peça que segura o material enquanto a agulha penetra alguns exemplos estão os calcadores para pregar zíper invisível, embanhar e para pregar viés.
trabalhar com fios diversos tipos de no mesmo). Entre para franzir, para
Máquina reta de 2 agulhas ou pespontadeira Essa máquina é utilizada para fazer costuras paralelas, podendo executar pespontos e pregar bolsos. O ponto é o fixo 301 x 2, ou seja, trabalha com duas agulhas e duas bobinas. Existe também a máquina de duas agulhas alternadas, que é utilizada para fazer costuras paralelas e pespontos em cantos e ângulos, sem que haja cruzamento das duas carreiras de pespontos.
Máquina de ziguezague: Máquina de ponto fixo, da classe 300, ponto nº 304, tem as mesmas características da máquina reta de ponto fixo com a exceção de que os pontos ficam inclinados a determinado ângulo uns dos outros, ao invés de ficarem em linha reta. Esse ponto proporciona mais elasticidade por causa dessa inclinação. Além das regulagens da máquina reta, a máquina de ziguezague ainda tem a regulagem da largura do ponto. Existe também a ziguezague de 3 pontos, cuja diferença é que a mudança do ângulo do ziguezague muda a cada 3 pontos.
Máquina de casear ou caseadeira A mais utilizada é a máquina de casear ponto fixo 304. Faz caseados tradicionais em diversos tamanhos, de acordo com a regulagem da máquina. Existem também as máquinas de caseado “olho” que faz uma casa mais arredondada em um dos cantos. Entretanto essa máquina trabalha com ponto corrente e o entrelaçamento das linhas acontece na parte superior do material. É muito utilizada em jeans e alfaiataria.
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Travete É uma máquina utilizada para reforço de costura em: finais de costuras, bolsos zíperes, para pregar passantes, etc. Trabalha com ponto fixo 304.
Máquina de bainha invisível Máquina usada para fazer barras, prender revel, entretelas e demais trabalhos onde é necessário um ponto invisível do lado direito. Trabalha com o ponto corrente simples nº 103.
Overloque Essa máquina forma um tipo de ponto corrente que faz o chuleado, ou seja, o acabamento nas bordas do tecido. As linhas são entrelaçadas em cima e embaixo do tecido pela agulha e pelos lúperes. Nessa classe de ponto, a linha alimenta diretamente os lúperes dispensando o uso de bobinas. A máquina de overloque é da classe 500 e trabalha com dois ou três fios. Possui uma faca que corta os fiapos do material que está sendo costurado, por possuir elasticidade, é amplamente utilizada para o fechamento de peças de malha.
Interloque Semelhante à máquina overloque, a máquina interloque possui uma agulha a mais que executa um ponto corrente paralelo ao chuleado. Faz os trabalhos de fechamento e chuleado ao mesmo tempo. É muito usada para fechar jeans e moletons.
Galoneira Essa máquina é amplamente usada para dar acabamento em barras de artigos de malharia. Forma o ponto corrente multilinhas das classes 400 e 600. Trabalha com até 3 agulhas, um lúper inferior e um superior, chamado de trançador ou lúper cego, próprio para os pontos da classe 600. Existem aparelhos específicos para aplicação de galões, frisos e elásticos. 14
Fechadeira Essa máquina une embutindo as bordas do tecido e pesponta ao mesmo tempo. Por possuir um braço cilíndrico, faz o fechamento de partes tubulares como as entrepernas de calças jeans e mangas de camisas. A formação do ponto é corrente (401) e pode trabalhar com até 3 agulhas. Máquina de pregar cós Sua função é pregar cós em calças, bermudas, jaquetas, saias e fazer alças de bolsas. A formação do ponto é corrente (401) e pode trabalhar com até 4 agulhas. Pode utilizar aparelhos para cós anatômico.
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Referências ARAÚJO, Mário de. Tecnologia do Vestuário. Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa, 1996. SOUZA, Sidney Cunha de. Introdução à Tecnologia de Modelagem Industrial. Editora SENAI/CETIQT. Rio de Janeiro, 1997. Terminologia do Vestuário – SENAI – SP, 1996.
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