CINÉTICA FERMENTAÇÕES
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24/08/2015
CINÉTICA PROCESSO FERMENTATIVO 1. INTRODUÇÃO
Cinética das fermentações descreve o crescimento do MO e a formação do produto pelo MO Nutriente (S) + MO (X) Produto (P) + MO (X)
Quais substâncias (consumidas e produzidas) devemos escolher para estudo cinético? S limitante P de interesse
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CINÉTICA PROCESSO FERMENTATIVO Para ara realiz alizar ar o estud studo o ciné cinéttico ico proceder à fermentação e de tempos em tempos coletar alíquotas do caldo fermentado para determinar [S], [P] e [X] Objetivos do estudo cinético Representação gráfica do processo fermentativo com o tempo
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CINÉTICA PROCESSO FERMENTATIVO 2. Cinética do Crescimento Microbiano
Crescimento do MO Caracterizado por um acréscimo em massa celular Ocorre somente quando certas condições são satisfeitas Condições físicas e químicas pH, T (°C) e [nutrientes] Crescimento populacional definido como o aumento do n° celúlas ou da massa microbiana Taxa de crescimento é a variação do n° de células ou massa de MO por unidade de tempo
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CURVA CRESCIMENTO MICROBIANO
A – B = fase de latência ou fase lag B – C = fase de transição C – D = fase logarítmica ou fase log D – E = fase linear de crescimento
E – F = fase de desaceleração F – G = fase estacionária G – H = fase de morte ou declínio 4
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CURVA CRESCIMENTO MICROBIANO
A = fase lag B = fase log C = fase estacionária D = fase declínio 5 Bioquímica Industrial- professora Cristina Fantini
CRESCIMENTO MICROBIANO 1) Fase de latência ou fase lag
Fase de adaptação = fase de ajuste Período variável Ainda não há um aumento significativo da população tx. de crescimento ~ zero Inicia logo após a inoculação Célula sintetiza enzimas necessárias ao seu metabolismo reorganização celular no “novo” meio Duração depende de: Valor de X0; composição do meio; idade e viabilidade celular
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2) Fase de Transição 3) Fase Log
Células já estão totalmente adaptadas, absorvendo os nutrientes, sintetizando seus constituintes, crescendo e se duplicando Período de crescimento balanceado velocidade específica de crescimento, µ é constante A taxa de crescimento exponencial é variável, de acordo com o tempo de geração do organismo em questão.
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O tempo de geração (Tg) é o intervalo de tempo necessário para que uma célula se duplique. O tempo de geração é variável para os diferentes organismos, podendo ser de 10 a 20 minutos até dias, sendo que em muitos dos organismos conhecidos, este varia de 1 a 3 horas Nesta fase são realizadas as medidas de Tg Fase log é representada por uma reta no gráfico semilog de lnX versus tempo
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4) Fase Linear de Crescimento 5) Fase de Desaceleração
Em algum momento do cultivo rX começa a diminuir desaparecimento de algum nutriente ou acúmulo de um P inibidor velocidade de crescimento Célula passa por transição até que rX = zero (fase estacionária)
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6) Fase Estacionária
X atinge valor máximo e constante = Xm etapa não há um crescimento líquido da Nesta população, ou seja, o número de células que se divide é equivalente ao número de células que morrem Tx. de crescimento = zero Equilíbrio entre velocidade de crescimento e velocidade de morte crescimento líquido da população = zero É na fase estacionária que são sintetizados vários metabólitos secundários 5) Fase de Morte Rompimento do MO (lise celular)
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CINÉTICA PROCESSO FERMENTATIVO 2.1 Velocidade Específica de Crescimento Celular
Devido ao fato de que a concentração microbiana X aumenta durante um cultivo, aumentando consequentemente a concentração do complexo enzimático responsável pela transformação do S em P Mais correto analisar os valores das velocidades instantâneas com relação à referida concentração microbiana especificar o valor de X em um dado instante analisado = Velocidade Específica de Crescimento
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VELOCIDADE ESPECÍFICA DE CRESCIMENTO CELULAR Em cinética de fermentações não é usado a variável r (veloc. instantânea de crescimento) e sim usado o valor de µ
X = [celular] (g/L) t = tempo rX = veloc. Instantânea (g/L.h) µ = velocidade específica de crescimento celular (h-1)
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VELOCIDADE ESPECÍFICA DE CRESCIMENTO CELULAR
Integrando dX/dt = µ X, quando µ é constante, temos:
Quando Δt = Tg, isto é, tempo requerido para X2 = 2X1, chamado tempo de geração, temos:
assim,
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VELOCIDADE ESPECÍFICA DE CRESCIMENTO CELULAR Podemos representar o crescimento exponencial (fase log) pela seguinte reta:
µ é a inclinação da reta lnX
tempo
Eq. Usada para calcular µ na fase log
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VELOCIDADE ESPECÍFICA DE CRESCIMENTO CELULAR µ e Tg são parâmetros importantes em microbiologia permitem prever a evolução da [X] ao longo da fase log Usados para avaliar a resposta do MO às diversas condições do ambiente
µ fase exponencial máx
fase lag
fase estacionária 15 Bioquímica Industrial- professora Cristina Fantini
CINÉTICA PROCESSO FERMENTATIVO 3. Cinética de Consumo de Nutrientes Dispondo dos dados de concentração de nutrientes no tempo de fermentação, como mostrado, em destaque, na curva da figura abaixo, é possível obter a velocidade de consumo de nutrientes em cada ponto
[]
P
s X
A velocidade de consumo de S é a derivada em cada ponto (rS = dS/dt)
X P
s tempo
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CINÉTICA DE CONSUMO DE NUTRIENTES No estudo das cinéticas fermentativas não é usado a variável velocidade de consumo de nutrientes (r S) e sim a Velocidade Específica de Consumo de Nutrientes (µ s) que é definido da seguinte maneira:
s
dS
X dt
Onde: S = Concentração de nutrientes (g/L) X = Concentração celular (g/L) T = Tempo (h) µs = Velocidade específica de consumo de nutrientes (h-1) 17 Bioquímica Industrial- professora Cristina Fantini
CINÉTICA PROCESSO FERMENTATIVO 4. Cinética de Formação de Produto
Formação de produto metabólito pode ser relacionada a
consumo de nutriente. Além do mais, formação de produto não pode ocorrer sem a presença de células. Assim, é esperado que o crescimento de X e a formação de P estejam intimamente relacionados à utilização de nutrientes. Dependendo dos controles metabólitos regulatórios, a formação de produto será ligada a crescimento e/ou concentração celular.
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CINÉTICA DE FORMAÇÃO DE PRODUTO
A relação cinética entre crescimento e formação de produto
depende do papel do produto no metabolismo celular. As duas cinéticas mais comuns são aquelas que descrevem a síntese do produto durante o crescimento e após o crescimento ter cessado. Um exemplo menos comum aplica ao caso onde o crescimento inicialmente ocorre sem formação de produto, mas após algum período de tempo o produto começa a aparecer enquanto o crescimento continua.
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CINÉTICA DE FORMAÇÃO DE PRODUTO [ ]
X
[ ]
X
P
P
t
(a) Formação de P associado ao crescimento
[ ]
t (b) Formação de P parcialmente associado ao crescimento
X P
t (c) Formação de P não associado ao crescimento
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No gráfico (a)
a formação de produto é associado ao
crescimento celular. No gráfico (b) temos formação de produto associado ao crescimento, de uma forma mais ou menos confusa, chamada de formação de produto parcialmente associada ao crescimento. No gráfico (c) temos formação de produto não associada ao crescimento. A velocidade de formação de produto é a derivada de P em cada ponto dP/dt. Da mesma forma dP/dt não é usado (velocidade de formação de produto) e pode ser transformada em Velocidade Específica de Formação de Produto (µP) que é definido da seguinte maneira: p
dP
X dt
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CINÉTICA PROCESSO FERMENTATIVO 5. Fatores de Conversão
O crescimento de X e a formação de P por X são processos de
bioconversão S é convertido em X e metabólitos, principalmente P Cada uma destas conversões pode ser quantificada por um coeficiente de rendimento = massa de células ou produto formado por unidade de massa de S consumido Y X/S fator de conversão de S em X Y P/S fator de conversão de S em P
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Processos onde o P principal são células, ou seja, o objetivo é a produção de X maximizar o crescimento celular e minimizar a formação de P YX/S > YP/S Processos onde o P principal são metabólitos maximizar formação de P e minimizar o crescimento de X YP/S > YX/S
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CINÉTICA PROCESSO FERMENTATIVO 6. Influência da [S] sobre a velocidade específica de crescimento A velocidade de crescimento, como uma velocidade de reação química, é uma função da concentração de compostos químicos. Os compostos químicos nesse caso são os nutrientes essenciais para o crescimento. A forma da relação entre velocidade de crescimento e concentração de nutriente foi observada em 1949 por Monod, sendo similar à cinética de saturação exibida por adsorção monomolecular de Langmuir.
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CINÉTICA PROCESSO FERMENTATIVO 6.1 Equação de Monod
A eq. de Monod(1949)
usada para explicar a relação entre
[S] e µX
µm = Velocidade específica máxima de crescimento celular KS = Constante de saturação
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CINÉTICA PROCESSO FERMENTATIVO 6.2 Significado de KS
Se considerarmos KS = S, na equação de Monod temos:
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No inicio do cultivo, [S] é alto o MO apresenta µ próximo à µm Quanto menor o valor de K S mais amplo será o patamar, quase horizontal da curva µ X S
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CINÉTICA PROCESSO FERMENTATIVO Na teoria nunca é atingido o valor de µ m, por mais alta que seja a [S] inicial Na prática, os valores experimentais podem ser considerados como tal isso devido aos erros que afetam os valores calculados de µX A idéia é sempre trabalhar com S que apresente menor valor de KS maior rendimento do processo fermentativo 6.3 Determinação das Constantes Cinéticas A forma gráfica de determinar as constantes cinéticas da eq. de Monod é chamada de linearização de Lineweaver-Burk = inversão da eq. de Monod
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CINÉTICA PROCESSO FERMENTATIVO Os valores de K S são muito pequenos em relação a [S] nas fermentações industriais µ ~ µm quando [S] = 10KS Para [S] < 10 KS µ é uma forte função da [S] Durante a fase exponencial µ é constante Quanto menor valor de K S, maior rendimento da fermentação Para determinar valores de KS e µ m fazer linearização e pela equação da reta determinar estas constantes cinéticas
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