Choro, Maxixe e Samba
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Aula 12 – 10 de Maio de 2010 Sigma Plus
Choro: A Forma que se transformou em Gênero "Choro - Baile, musicata. Concerto de flauta, violão e cavaquinho. Música improvisada. Cair no choro, dançar." A década de 20, considerava o choro como uma forma de tocar e não como um gênero musical como é considerado hoje. Desde a metade do século XIX, o que se chamava de choro era realmente a música tocada em bailes tendo como formação do conjunto executante os instrumentos: flauta, responsável pela condução da melodia principal; cavaquinho, centrador de ritmo e o violão, harmonizador.
Estes conjuntos tocavam gêneros como o maxixe, a polca, a mazurca - gêneros europeus -, o lundu africano, dando um caráter de improviso a estes estilos. O marco do início das composições que hoje são consideradas Choro: A Flor Amorosa - Joaquim Antônio da Silva Callado compôs como polca e assim está na partitura original - que mostra a influência que o Choro sofreu e sofre das danças européias.
O Gênero Choro: A assimilação de influências
Tocavam à base de improviso, começou a desenvolverse um elemento fraseológico que chamamos de baixaria. As baixarias são melodias feitas pelo violão, diferentes das melodias principais executadas pelo instrumento solista . A partir da década de 20 a música popular começa a sofrer influência da música comercial norte-americana, fazendo com que antigos instrumentistas de choro parassem de tocar; outros músicos profissionalizaram-se, aderindo às grandes "jazz-bands", trocando o já falado ofclide pelo moderno saxofone, demonstrando um primeiro sintoma da esmagadora influência da música feita nos Estados Unidos.
Nesta época, Alfredo da Rocha Vianna Filho, o conhecido Pixinguinha, tornar-se conhecido por suas composições e seu estilo de tocar flauta transversal; aderi a filosofia de Mário de Andrade de que a música estrangeira não deve ser repudiada, mas sim adaptada ao jeito brasileiro de tocar. O choro instrumental, já se firmando como gênero musical nascido no estilo de tocar, passa a ganhar letra, tornando-se música cantada, sob o nome de samba-choro. Os conjuntos de choro passam agora a admitir o uso de percussão, sendo chamados de regionais de choro, ou simplesmente "regionais". A partir da Segunda Guerra, o choro transformou-se em mais um dentre os gêneros criados com o aparecimento da música de consumo ligada aos interesses das grandes gravadoras internacionais.
Noel Rosa Noel de Medeiros Rosa, cantor, compositor, bandolinista e violonista. (Dez. de 1910, Rio de Janeiro, RJ - Mai. de 1937, Rio de Janeiro, RJ). Em 1925, dominava completamente o violão e participava ativamente das serenatas do bairro. Noel ensaiava os primeiros acordes musicais quando estava em voga a música nordestina e os conjuntos sertanejos, interessado pelas canções, toadas e emboladas da época acompanhou a novidade com um grupo de estudantes do Colégio Batista e mais alguns moradores do bairro de Vila Isabel que formaram um conjunto musical, denominado "Flor do Tempo". Reformulado para gravar em 1929, o grupo passou a se chamar "Bando de Tangarás". Alguns de seus componentes se tornariam mais tarde grandes expoentes de nossa música: João de Barro, Almirante, e Noel, que já era um bom violonista.
Em 1929, compôs as suas primeiras músicas, em 1930 conheceu seu primeiro grande sucesso Com que roupa, apresentado em espetáculos do Cinema Eldorado. Já se podia notar sua veia humorística e irônica, além da crônica da vida carioca, marcante em toda a sua obra. Em 1931 ainda compunha músicas sertanejas como Mardade de cabocla e Sinhá Ritinha, optando depois definitivamente pelo samba. Em apenas 8 anos de atividade compôs 259 músicas e teve mais de 50 parceiros. Em maio de 1937 Noel veio a falecer de tuberculose aos 26 anos de idade. A notícia não pegou ninguém de sobressalto, pois, a essa altura, a sua morte já era dada como certa.
O Maxixe e o Samba
Dança urbana surgida no Rio de Janeiro por volta de 1870. Desenvolveu-se a partir do momento em que a polca, gênero musical de origem européia e tocado nos salões da corte imperial e da alta classe média carioca, sempre ao piano, passou a ser tocada por músicos populares chamados chorões com a utilização de flauta, violão e oficlide. O maxixe seria "uma adaptação de elementos que se fixaram num tipo novo, de dança popular com uma coreografia cheia de movimentos requebrados e violentos, muitos deles emprestados ao batuque e ao lundu". Para Mário de Andrade, o maxixe seria a primeira dança genuinamente nacional e que teria nascido a partir da fusão do tango e da havaneira com a ritmica da polca, tendo ainda uma adaptação da síncopa africana. Já para Ricardo Cravo Albin, o maxixe seria "outro gênero musical fundador da MPB".
O samba nasce da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira o termo é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente, tocado com instrumentos de percussão (tambores, surdos timbau) e acompanhados por violão e cavaquinho geralmente, O primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo Telefone, no ano de 1917, cantado por Bahiano, escrito por Mauro de Almeida e Donga. As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país, mas só na década de 1930, as estações de rádio, em plena difusão pelo Brasil, passam a tocar os sambas de grandes sambistas e compositores desta época que são: Noel Rosa autor de Conversa de Botequim; Cartola de As Rosas Não Falam; Dorival Caymmi de O Que É Que a Baiana Tem?; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil; e Adoniran Barbosa, de Trem das Onze.
Principais tipos de samba:
Samba de partido alto: com letras improvisadas
retratam a realidade dos morros e das regiões mais carentes. Samba-enredo: surge no Rio de Janeiro durante a década de 1930. O tema está ligado ao assunto que a escola de samba escolhe para o ano do desfile. Geralmente segue temas sociais ou culturais e define toda a coreografia e cenografia utilizada no desfile da escola de samba Pagode: da cidade do Rio de Janeiro, nos anos 70 ganhou as rádios e pistas de dança na década seguinte. Com ritmo repetitivo utiliza instrumentos de percussão e sons eletrônicos. Samba-canção: Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e românticas. Samba carnavalesco: Marchinhas e Sambas feitas para dançar e cantar nos bailes carnavalescos.
Samba-exaltação: com letras patrióticas e
ressaltando as maravilhas do Brasil, é acompanhado de orquestra. Samba de breque: este estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir comentários, muitos deles em tom crítico ou humorístico. Samba de gafieira: criado na década de 1940 tem acompanhamento de orquestra, é rápido e muito forte na parte instrumental, é muito usado nas danças de salão. Sambalanço: Surgiu nos anos 50 (década de 1950) em boates de São Paulo e Rio de Janeiro. Recebeu uma grande influência do jazz.
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