Centro de Massa
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Apostila sobre o centro de massa - Física II...
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Notas de aula – Física Física 2 – Centro Centro de Massa
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Centro de massa A. E. A. Amorim, Member, IEEE
O centro de massa de um corpo é determinado pela Resumo — O distribuição de massa em um corpo ou um sistema de corpos. Para objetos simétricos, o centro de massa está localizado no meio do objeto. Quando não há forças externas agindo sobre o sistema, a velocidade do centro de massa é constante. Centro Index Terms — Centro
conhecido como centro de massa. Considere um sistema de referência qualquer. Se a posição de cada partícula i é denotada por r i , a massa total do sistema formado pela N partículas é M
de massa, Sistema isolado
I. I NTRODUÇÃO ENTRO de massa é um conceito bastante importante na Física e Engenharias pois está associado ao conceito de estabilidade e permite a análise do sistema em termos do centro de massa do sistema além de outras vantagens. Na navegação é um dos ingredientes para verificar a estabilidade da embarcação ou comportamento de manobra da embarcação. O centro de massa é determinado em função da distribuição de massa no corpo ou em um sistema de corpos distribuídos espacialmente. espacialmente. Considere um corpo suspenso por uma corda como mostra a Fig. 1. 1. O centro de massa está localizado na reta vertical tracejada. Suspendendo o corpo em outra posição o centro de massa continua localizado na reta tracejada. Desta forma, a intersecção destas duas retas determina a posição do centro de massa do objeto.
C
N
m
(1)
i
i 1
A posição do centro de massa de um objeto é definida como sendo MR
N
m r i i
i 1
(2)
Fig. 2. Quando um bastão é lançado, as partes do bastão giram em torno de um eixo.
O resultado pode ser generalizado para cada eixo do sistema de referência. Desta forma N
xcm
m x
i i
i 1
M N
Fig. 1. O centro de massa está localizado na reta vertical [1].
II. CENTRO DE MASSA Quando um bastão é lançado no espaço, em geral, os pontos situados no bastão giram em torno de um eixo assinalado pelo ponto preto, como mostra a Fig. 2. Todos 2. Todos os pontos do bastão giram em torno deste eixo. Se o interesse no estudo é apenas verificar o movimento de translação do bastão, basta considerar que toda a massa do bastão está sobre o ponto preto, considerando ele como um objeto pontual. Este ponto é 08/14/2015.
ycm
m y i
i 1
M
i
(3)
N
z cm
m z
i i
i 1
M
Na forma vetorial, vetorial, Rcm xcm x ycm y z cm z Observe que a velocidade do centro de massa é
(4)
A. E. A. Amorim is with the Naval Shipbuilding, College of Technology of Jahu, SP 17209200 BR, (e-mail: . re
Notas de aula – Física 2 – Centro de Massa d
Rcm
d
d
xcm x
y cm y
2 d
z cmz dt
(5) dt dt dt vcm ucm x vcm y wcmz onde u, v, e w são os componentes da velocidade do centro de massa, N
u cm
mu
i i
i 1
M Fig. 4. Movimento do foguete e dos destroços. A trajetória do centro de massa não se altera [3].
N
vc m
vi y i
i 1
M
(6)
N
wcm
m w i
i
i 1
M Se a resultante das forças externas que atuam sobre o sistema de partículas é nula, então a velocidade do centro de massa é constante. Neste caso, temos um sistema isolado.
III. OBJETOS LINEARES EM UMA DIMENSÃO Quando os objetos são extensos na dimensão do comprimento, ou seja, as demais dimensões são pequenas comparadas com o comprimento, podemos definir a densidade dm linear do fio de comprimento como sendo , na qual d d é o elemento de comprimento do fio. Assim
xCM yCM zCM
dmx xd , L
yd L
L
,
(7)
zd
, L de forma que a integral deve ser feita sobre o fio. Se o fio é constante e está situado sobre o eixo x (origem numa das extremidades) então L
xCM
Fig. 3. Colisão de duas esferas. A linha tracejada mostra o movimento do centro de massa em cada frame que está representado por x [2].
A Fig. 3 mostra frames de uma colisão de duas esferas. Assinalado por x, está a posição do centro de massa. Como não há forças externas na direção do movimento das esferas, o centro de massa se move com velocidade constante, o que se percebe pela linearidade da linha tracejada. Da mesma forma, quando um foguete é lançado e explode no ar, os destroços se movimentam de tal forma que o centro de massa dos destroços mantém a mesma trajetória inicial, como pode ser visto na Fig. 4.
xdx L 0
(8) L 2 Portanto o centro de massa em um fio uniforme está situado na sua metade. Quando houver vários fios, de comprimentos e massa diferentes formando figuras geométricas diferentes, há um método bem simples: Estabeleça um sistema de referência, em qualquer lugar. Em geral escolha aquele que facilite o cálculo; Calcule as coordenadas do centro de massa de cada fio; Considere que cada fio é uma partícula de massa . Calcule o centro de massa.
IV. OBJETOS CURVOS EM UMA DIMENSÃO Considere o fio formando o arco de uma curva, delimitado pelo ângulo , como mostra a Fig. 5.
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Fig. 7. O centro de massa pode estar localizado fora do objeto [3].
Fig. 5. Arco de curva.
De fato, como a curva está sobre o arco de circunferência de raio r , então x r cos . (9) Uma pequena variação do arco, implica em uma variação de ângulo d e de comprimento do arco d . Portanto d rd . Assim xCM
2
r cos d
VI. TRIÂNGULO Considere um triângulo retângulo, como mostrado na Fig. 8. O triângulo pode ser dividido em pequenas tiras de comprimento dx e altura y. A área do triângulo é ab (12) S 2 Para o cálculo do centro de massa as expressões ficam
Sycm
r sin
rd
ydS y dx
Sxcm xdS xydx 2
(13)
(10)
yCM 0
V. PLACA RETANGULAR Considere um retângulo de lados a e b. Portanto b 1 1 a a xcm xdxdy xdx d y 0 ab ab 0 2 (11) b 1 1 a b ycm ydxdy dx ydy 0 ab ab 0 2 Portanto o centro de massa de um retângulo está situado no meio da sua placa. Uma placa pode ser decomposta em placas menores com figuras geométricas conhecidas. Desta forma o cálculo do centro de massa segue o padrão das partículas: a área faz o papel da massa. Isto é válido quando a distribuição da massa na placa é uniforme. Esta regra pode ser estendida a todos os objetos simétricos, como pode ser visto na Fig. 6.
Fig. 8. Cálculo do centro de massa do triângulo retângulo. Por semelhança de triângulos, x y
a b Portanto isolando y e substituindo nas equações, Sxcm
b a
a
0
b Sycm a
(14)
x 2dx 2
a
0
x 2dx
Portanto, Fig. 6. Centro de massa para alguns objetos simétricos [3].
O centro de massa pode não estar localizado necessariamente sobre o corpo.
xcm ycm
2
a 3 2 b 3
(15)
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VII. CENTRO DE MASSA DE POLÍGONO Todo polígono pode ser entendido como composto pela soma de vários triângulos. Seja um polígono composto por n triângulos, cada um deles com área S i . Logo S1 x1 S 2 x2 S n x n
xCM
S1 S 2 S n S1 y1 S 2 y2 S n y n
yCM
S1 S 2 S n
(16)
,
equação é y px 2 , limitado no ponto ( , h ) . O paraboloide pode ser imaginado como sendo formado por várias tiras de largura dx e altura y. A área do paraboloide é p 3 2 (22) S ydx px dx 0 0 3 h 2 Porém como h p , então S . 3 Portanto, como
2
x y h
onde ( xi , yi ) é o centro de gravidade de cada triângulo. VIII. CENTRO DE MASSA DO TRAPÉZIO Considere um trapézio ABCD, na qual o lado AB é uma das bases. Trace o segmento de reta BD de forma que ficam dois triângulos ABD e DCB . Sobre cada um deles é determinado o centro de massa, pela intersecção das medianas. Sejam G1 e G2 os centros de massa destes triângulos. Ache em cada base o ponto médio e trace um segmento de reta unindo estes pontos médios. Logo a intersecção deste segmento de reta com o segmento de reta G1G2 localiza o centro de massa do trapézio. IX. CENTRO DE MASSA DO SETOR CIRCULAR Considere o segmento circular simétrico em relação ao eixo x, de forma que o ângulo que é compreendido é 2 . Faça a divisão da área em áreas infinitesimais. A área de cada retângulo é dS rdrd (17) Portanto xCM yCM
yrdrd
(18)
S
Porém x r cos y r sin
(19)
de forma que xCM
cos d
R
0
S
2
r dr 2 sin
3
R
(20)
yCM 0
pois S
d
R
0
rdr R 2
(21)
X. CENTRO DE MASSA DA ÁREA DO SEGMENTO PARABOLOIDE Considere um paraboloide delimitado pelo eixo x, cuja
(23)
então
xCM
xydx 3 0
S
y CM
1 2
4
y dx 3h
(24)
2
0
S
10
XI. CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste texto foi estudado o conceito de centro de massa e calculado o centro de massa para alguns objetos regulares. Para objetos simétricos, o centro de massa situa-se no meio do objeto. Se as forças externas que agem sobre o sistema têm resultante nula, o centro de massa se move com velocidade constante. BIBLIOGRAFIA [1]
A. L. Kimball, A COLLEGE TEXT-BOOK OF PHYSICS , 2nd ed. New York, USA: HENRY HOLT AND COMPANY, 1917.
[2]
B. Crowell, Simple nature, 2006th ed. Fullerton, California, USA: Benjamim Crowell, 2006.
[3]
H. D. Young, College physics, 9th. ed. San Francisco, CA, USA: Addison- Wesley, 2012.
xrdrd S
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C Centro de massa, 1
Sistema isolado, 2
M Massa total, 1
S
V Velocidade do centro de massa, 1
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