CCLP - Leitura Complementar n. 1 - Aulas 1 a 38 - IFO.pdf

March 26, 2019 | Author: Rui Gerson | Category: Subject (Grammar), Predicate (Grammar), Object (Grammar), Pronoun, Semantics
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CURSO COMPLETO DE LÍNGUA PORTUGUESA Leitura Complementar – Aulas 1 a 38 Professor Felipe Oberg | Língua Portuguesa

SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES I

CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Tradicionalmente, sujeito é classificado em:

FRASE

SUJEITO SIMPLES

Frase é todo enunciado capaz de transmitir nossas idéias. Exemplos:

É aquele constituído por apenas um núcleo. Exemplo:

Uma lua clara iluminava o céu.

Os primeiros dias de paz começam cedo.

Socorro!

SUJEITO: OS PRIMEIROS DIAS DE PAZ

ORAÇÃO

NÚCLEO DO SUJEITO: DIAS

É toda frase construída em torno de um verbo. passarão no concurso. Os alunos passarão no iluminava o céu. Uma lua clara iluminava o PERÍODO

SUJEITO COMPOSTO É aquele que apresenta dois ou mais núcleos. Exemplo: O velho e o garoto voltaram à igreja. SUJEITO: O VELHO E O GAROTO

É a frase formada por uma ou mais orações. O período pode ser:

NÚCLEOS DO SUJEITO: “VELHO” e “GAROTO”  SUJEITO ELÍPTICO OU OCULTO

SIMPLES: formado por uma única oração. Exemplo: Eu já decidi meu decidi meu destino.

É aquele que só se pode conhecer examinando a desinência (terminação) do verbo da oração:

COMPOSTO: formado por duas ou mais orações. Exemplo:

Chegaremos à cidade amanhã.

Silvia lava a louça e Carolina varre o varre o chão.

SUJEITO OCULTO: NÓS

SUJEITO

Voltarás à casa de teus pais.

É o ser a respeito do qual afirmamos ou negamos alguma coisa. Em geral, uma oração é constituída pelo sujeito e por uma declaração (afirmação ou negação) que se faz a seu respeito. Tal declaração denomina-se predicado, predicado, o que sempre apresenta um verbo em sua estrutura .

SUJEITO OCULTO: TU  SUJEITO INDETERMINADO Ocorre quando não queremos ou não podemos indicar o sujeito da oração, embora ele exista. Existem duas maneiras de se indeterminar o sujeito. São elas:

ORAÇÃO  SUJEITO + PREDICADO Em nosso exemplo temos:

1) usando o verbo na terceira pessoa do singular, acompanhado do pronome SE.

Milhares de abelhas invadiram a invadiram a cidade.

Exemplos:

SUJEITO: Milhares de abelhas

Come-se bem naquele restaurante.

PREDICADO: invadiram a cidade

 Acreditava-se  Acreditava-se em em assombraçõe assombrações. s. OBSERVAÇÃO: OBSERVAÇÃO : nesses casos, o pronome SE   é chamado de índice de indeterminação do sujeito.

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CURSO COMPLETO DE LÍNGUA PORTUGUESA Leitura Complementar – Aulas 1 a 38 Professor Felipe Oberg | Língua Portuguesa 2) usando o verbo na terceira pessoa do plural.

3) SER (indicando “hora”, “data”, “distância”) meio-dia e meia. (HORA)

Exemplos: *Atropelaram um cão na rua.

Hoje são 03 de março. (DATA)



3ª pessoa do plural

Daqui ao colégio são dois quilômetros.

*Atualmente falam muito mal de você. 

3ª pessoa do plural OBSERVAÇÃO: Eles falam mal de você. Em frases como essa, embora a forma verbal esteja na 3ª pessoa do plural (falam), o sujeito não é indeterminado, pois sabemos quem fala, isto é, podemos determinar o sujeito: eles. ORAÇÃO SEM SUJEITO (SUJEITO INEXISTENTE)

4) VERBOS NATUREZA

Houve muita confusão. (haver = acontecer) Não havia guardas lá. (haver = existir) Há dois anos, chegamos aqui. (haver = tempo passado) ATENÇÃO:

DE

FENÔMENOS

DA

Depois do almoço, choveu muito. No inverno, amanhece mais tarde. OBSERVAÇÃO:  Os verbos formadores de orações sem sujeito são chamados de verbos impessoais e, excluindo o verbo ser, ficam sempre na 3ª pessoa do singular. CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS VERBO SIGNIFICATIVO

Ocorre, principalmente, com os seguintes verbos: 1) HAVER (no sentido de: existir, acontecer, tempo passado).

INDICATIVOS

É todo verbo que, fundamentalmente, exprime uma ação, um fato ou um fenômeno. Exemplo: O pescador dormia à sombra da árvore. Ontem choveu muito. Poucas pessoas gostam desse lugar TIPOS DE VERBOS SIGNIFICATIVOS

Quando o verbo haver tem sentido de existir, o sujeito classifica-se como inexistente, mas quando se usa o próprio verbo existir, a oração tem sujeito normalmente.

Os verbos significativos classificam-se em: VERBO INTRANSITIVO

Não havia pessoas na rua. (sujeito inexistente) 

NÃO É O SUJEITO (OBJETO DIRETO) Não existiam pessoas na rua. (sujeito simples) 

SUJEITO

É aquele que, por si mesmo, tem sentido completo, isto é, não exige nenhum complemento. Exemplo:  A criança nasceu. Pouco a pouco, chegaram os vizinhos.

Observe que o verbo haver   fica no singular , não concordando com pessoas, e o verbo existir   vai para o plural, concordando com o sujeito pessoas.

ATENÇÃO!

2) FAZER (indicando tempo ou fenômeno da natureza)

Esse tipo de verbo pode vir seguido de determinadas expressões que traduzem algumas circunstâncias, mas elas não são obrigatoriamente exigidas pelo verbo. Exemplo:

Faz seis anos que ele sumiu.

 Aquele gato morreu de fome.

Faz muito frio.

2



verbo intransitivo

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CURSO COMPLETO DE LÍNGUA PORTUGUESA Leitura Complementar – Aulas 1 a 38 Professor Felipe Oberg | Língua Portuguesa VERBO TRANSITIVO DIRETO É todo verbo que, por não ter sentido completo, exige um complemento sem preposição. Tal complemento é chamado de OBJETO DIRETO. Exemplos: *Nós alugamos um velho caminhão. ALUGAMOS: VERBO TRANSITIVO DIRETO UM VELHO CAMINHÃ O  : OBJETO DIRETO *Todos receberão o aviso. : VERBO TRANSITIVO DIRETO RECEBERÃ O  : OBJETO DIRETO O A VISO  VERBO TRANSITIVO INDIRETO É o verbo que exige um complemento obrigatoriamente iniciado pela preposição. Esse complemento é chamado de OBJETO INDIRETO. Exemplos: *A criança necessitava

de  cuidados.

NECESSITAVA : VERBO TRANSITIVO DE CUIDADOS  : OBJETO INDIRETO

Observe: Joaninha anda rapidamente (anda é verbo significativo) Joaninha anda triste. (anda é verbo de ligação) Há orações em que o verbo de ligação fica subentendido, oculto: *A garota voltou cansada. Veja: *A garota voltou (e estava) cansada. O verbo de ligação “estava”, que liga o predicativo “cansada” ao sujeito, ficou subentendido.

LEITURA COMPLEMENTAR Os pronomes oblíquos O, A, OS, AS  funcionam sempre como objeto direto. *O guarda prendeu o rapaz. (o rapaz: objeto direto) *O guarda prendeu-o. (o: objeto direto)

INDIRETO

*Ninguém confia mais em  você. CONFIA : VERBO TRANSITIVO INDIRETO EM VOCÊ: OBJETO INDIRETO

VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO É o verbo que exige, ao mesmo tempo, dois objetos; um deles sem preposição (objeto direto) e outro com preposição (objeto indireto). Exemplos:

 Às vezes, o objeto direto pode aparecer com preposição. Nesses casos ele é chamado objeto direto preposicionado. Exemplo: *A chuva molhou a ambos. MOLHOU  : VERBO TRANSITIVO DIRETO : OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO. A AMBOS 

Os pronomes oblíquos LHE e LHES  são sempre objetos indiretos. *Envie o livro a ele. (a ele: objeto indireto)

*Não diremos a verdade

a

você.

DIREMOS  : VERBO TRANSITIVIVO DIRETO E INDIRETO A VERDADE  : OBJETO DIRETO A VOCÊ: OBJETO INDIRETO

Observe o uso da estrutura prática: QUEM DIZ DIZ “ALGUMA COISA” “A ALGUÉM”  ALGUMA COISA : OBJETO DIRETO (SEM PREPOSI-ÇÃO) A A LG UÉM:

“A”)

OBJETO INDIRETO (COM A PREPOSI-ÇÃO VERBO DE LIGAÇÃO

Como o próprio nome diz, verbo de ligação é todo verbo que liga qualidade, condição ou estado ao sujeito. Essa característica atribuída ao sujeito através do verbo de ligação chama-se predicativo do sujeito.

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*Envie-lhe o livro. (lhe: objeto indireto) PARTÍCULA SE  A PARTÍCULA SE pode ser: 1. Pronome reflexivo 2. Pronome recíproco 3. Pronome apassivador 4. Índice de indeterminação do sujeito 5. Parte integrante do verbo 6. Conjunção condicional 7. Palavra expletiva ou de realce Lembrem-se de que um verbo só pode formar VOZ PASSIVA, por meio da PARTÍCULA SE, se tiver OBJETO DIRETO (VTD ou VTDI). A PARTÍCULA SE, nos demais casos (VTI, VI, VL), gera a indeterminação do sujeito (regra geral).

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SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES II

Exemplos: *Analisaram-se os pontos controvertidos. VTD+SE → VOZ PASSIVA

O PREDICADO DA ORAÇÃO PREDICADO VERBAL

*Pagou-se a conta ao garçom. VTDI+SE → VOZ PASSIVA

*Trata-se de pontos controvertidos. VTI+SE → SUJEITO INDETERMINADO

*Vive-se bem em Pomerode (linda cidade alemã). VI+SE → SUJEITO INDETERMINADO

Dizemos que um predicado é verbal quando ele apresenta verbo significativo (que pode ser um verbo transitivo ou intransitivo). O verbo significativo é considerado o núcleo (palavra mais importante) do predicado verbal. Exemplo:  As crianças invadiram a praça. 

Predicado verbal *INVADIRAM (verbo transitivo): núcleo do predicado verbal. Os pessegueiros floriam rapidamente.

*Era-se feliz naquele tempo.



VL+SE → SUJEITO INDETERMINADO.

CUIDADO! Essa é apenas a regra geral! Vejam: *A situação tornou-se insuportável. TORNA-SE é verbo de ligação. Incabível, porém, afirmar que se trata de sujeito indeterminado. O sujeito está claro: A SITUAÇÃO. Nesse caso, exclui-se VOZ PASSIVA, porque o verbo (VL) não tem objeto direto; exclui-se SUJEITO INDETERMINADO, pois ele está expresso na oração. Conclui-se que a PARTÍCULA SE é PARTE INTEGRANTE DO VERBO (TORNAR-SE). É o que ocorre com REFERIRSE, QUEIXAR-SE, SUICIDAR-SE. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Sempre que a PARTÍCULA SE for ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO, o verbo ficará no SINGULAR. E quando for PARTÍCULA APASSIVADORA, o verbo deve concordar em número com o SUJEITO PASSIVO. Os demais casos são flagrados com facilidade! Vamos à frente!

Predicado verbal *FLORIAM (verbo intransitivo): núcleo do predicado verbal. PREDICADO NOMINAL O predicado é nominal quando apresenta verbo de ligação. O núcleo do predicado nominal não é o verbo de ligação, e sim um nome: o predicativo.  Exemplos: *Os pessegueiros estão floridos. 

Predicado nominal ESTÃO: verbo de ligação. FLORIDOS (predicativo do sujeito): núcleo  do predicado nominal *Todos nós ficamos muito felizes. 

Predicado nominal FICAMOS: verbo de ligação FELIZES (predicativo do sujeito): núcleo  do predicado nominal PREDICADO VERBO-NOMINAL

Já que estamos falando da PARTÍCULA SE, não nos custa mencionar os dois tipos de VOZ PASSIVA: SINTÉTICA e ANALÍTICA.  A voz passiva sintética ou pronominal forma-se por meio da partícula SE (acabamos de revisar a matéria). E a voz passiva analítica forma-se por LOCUÇÃO VERBAL PASSIVA (VERBO SER + PARTICÍPIO). Vejam:

O predicado verbo-nominal tem sempre dois núcleos: um verbo significativo e um nome (predicativo). Observe:

*Analisaram-se  os pontos controvertidos (VOZ PASSIVA SINTÉTICA OU PRONOMINAL).

O trem chegou atrasado. (predicado verbo-nominal)

*Os pontos controvertidos foram analisados (VOZ PASSIVA  ANALÍTICA). 4

O trem chegou. (predicado verbal) O trem estava atrasado. (predicado nominal)

Observe como o verbo de ligação (estava) fica oculto.

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CURSO COMPLETO DE LÍNGUA PORTUGUESA Leitura Complementar – Aulas 1 a 38 Professor Felipe Oberg | Língua Portuguesa No exemplo acima, temos uma primeira estrutura possível para o predicado verbo-nominal: verbo significativo + predicativo do sujeito Veja, agora, por meio de exemplos, uma outra estrutura possível para o predicado verbo-nominal: *O sucesso tornou orgulhoso o atleta. TORNOU ORGULHOSO O ATLETA :

PREDICADO VERBO-

NOMINAL

O ATLETA : OBJETO DIRETO : PREDICATIVO DO OBJETO ORGULHOSO 

*O juiz considerou válida a nossa argumentação. CONSIDEROU

VÁLIDA

A

NOSSA

A RGUMENTAÇÃ O :

PREDICADO VERBO-NOMINAL A NOSSA ARGUMENTAÇÃ O : OBJETO DIRETO. VÁLIDA : PREDICATIVO DO OBJETO. ADJUNTO ADVERBIAL

É o termo da oração que gira em torno de verbos, adjetivos e advérbios, modificando-lhes o sentido. O adjunto adverbial pode ser expresso por um advérbio ou por uma locução adverbial. Exemplos:  ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR * “Corre o rio e entra no mar .” (Fernando Pessoa)

 ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO * Às duas horas começa outra aula.  ADJUNTO ADVERBIAL DE MODO * O aluno fez o trabalho apressadamente.  ADJUNTO ADVERBIAL DE INTENSIDADE * O candidato estuda à beça. * Que linda era aquela paisagem.  ADJUNTO ADVERBIAL DE AFIRMAÇÃO * Com certeza ele virá.  ADJUNTO ADVERBIAL DE NEGAÇÃO * Jamais isto será feito.

 ADJUNTO ADVERBIAL DE CONCESSÃO * “Não obstante a defesa do escudeiro, Pery conseguiu amarrá- lo...” (José de Alencar)

 ADJUNTO ADVERBIAL DE CONDIÇÃO * Com sorte, chegarei à solução.  ADJUNTO ADVERBIAL DE FINALIDADE * Visitou o estabelecimento para fiscalização.  ADJUNTO ADVERBIAL DE ASSUNTO * “Não discuto sobre religião.

 ADJUNTO ADVERBIAL DE MEIO * Mandei notícias por um bilhete.  ADJUNTO ADVERBIAL DE INSTRUMENTO * Ele assassinou o inimigo com uma faca.  ADJUNTO ADVERBIAL DE CAUSA * Empobreceu com as secas.  ADJUNTO ADVERBIAL DE COMPANHIA * Irei ao cinema com minha mulher .  ADJUNTO ADVERBIAL DE VALOR * Comprei uma camisa por duzentos reais.  ADJUNTO ADVERBIAL DE CONFORMIDADE *De acordo com o texto, marque a correta. ADJUNTO ADNOMINAL É o termo da oração que caracteriza, especifica ou delimita o significado de um substantivo. Exemplos: Os alunos estudiosos passaram no concurso. Observe que o sujeito da oração é OS ALUNOS ESTUDIOSOS. Tal sujeito é constituído pelo núcleo ALUNOS (substantivo) e por dois adjuntos adnominais: OS e ESTUDIOSOS. Ele só lê antigos livros de aventuras.

 ADJUNTO ADVERBIAL DE DÚVIDA * Possivelmente ele virá. 5

Os termos antigos e de aventuras  são adjuntos adnominais, visto que caracterizam o substantivo “livros”.

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CURSO COMPLETO DE LÍNGUA PORTUGUESA Leitura Complementar – Aulas 1 a 38 Professor Felipe Oberg | Língua Portuguesa Os adjuntos adnominais podem ser expressos por:

ATENÇÃO!

*ADJETIVOS: terras férteis; ares poluídos. *ARTIGOS: o concurso; uma mulher. *PRONOMES ADJETIVOS: minha apostila; este país. *NUMERAIS: duas orelhas; primeiro ano. *LOCUÇÕES ADJETIVAS: casa de madeira, livro do professor .

1) DECLARAÇÃO DO PREFEITO (adjunto adnominal): note que o prefeito é o agente da ação de declarar. Portanto, o adjunto adnominal  também pode ser o agente  da ação representada pelo nome. Da mesma forma: amor de mãe; aviso de amigo.

COMPLEMENTO NOMINAL Há nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) que, por não terem sentido completo, exigem um termo para completá-lo.  A esse termo dá-se o nome de complemento nominal (sempre precedido de preposição).

2) DECLARAÇÃO DE GUERRA  (complemento nominal): agora, o termo “de guerra” não é adjunto adnominal, porque não é o agente da ação de declarar. Neste exemplo,  ALGUÉM FAZ UMA DECLARAÇÃO DE GUERRA. Da mesma forma: empréstimo de dinheiro; descoberta de petróleo; amor à mãe. VOCATIVO 1. “Pai, afasta de mim esse cálice.” (Chico Buarque)

Exemplos:

APOSTO (Faraco & Moura)

Impedimos a derrubada da mata. *DERRUBADA (substantivo) *DA MATA: complemento nominal.

1. EXPLICATIVO *Jorge, o cozinheiro, lembrou que peixe cru é muito nutritivo. *Logo acontecerá a grande novidade: a nomeação de Jorge para delegado. *Os três  – o pai, a mãe e a filha  – saíram de Vitória no dia 07 de janeiro.

Você é igual a ele. *IGUAL (adjetivo) *A ELE: complemento nominal. Estamos longe da estação.

2. ENUMERATIVO *Debaixo de um juazeiro grande, todo um bando de retirantes se arranchara: uma velha, dois homens, uma mulher nova, algumas crianças. (R. Queiroz)

*LONGE (advérbio) *DA ESTAÇÃO: complemento nominal. DIFERENÇA ENTRE COMPLEMENTO ADJUNTO ADNOMINAL

NOMINAL

E

Os substantivos, como foi visto, podem estar acompanhados de adjuntos adnominais  ou de complementos nominais. Pode haver dúvidas, portanto, quanto à distinção desses dois termos oracionais. Observe: Quando o termo da oração se refere ao substantivo indicando posse, origem, matéria, semelhança, qualidade, trata-se de adjunto adnominal. Exemplos: *Encontrei a bolsa de Maria. (posse) *Tomei a água da fonte. (origem) *Comprei um anel de brilhantes. (matéria) *Ele tem cara de cavalo. (semelhança) *É um homem sem caráter . (qualidade)

3. RECAPITULATIVO *Dinheiro, amor, férias, nada seduzia o pobre homem. 4. ESPECIFICADOR *O presidente Vargas cometeu suicídio. PERÍODO COMPOSTO RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO Período composto é aquele formado por mais de uma oração. O período pode ser composto por coordenação, subordinação e ainda por coordenação e subordinação. PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO É aquele formado por orações independentes quanto às funções sintáticas. Exemplo:  Arthur não teve medo e venceu os adversários.

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CURSO COMPLETO DE LÍNGUA PORTUGUESA Leitura Complementar – Aulas 1 a 38 Professor Felipe Oberg | Língua Portuguesa PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO É aquele formado por orações que denotam entre si relação de dependência. Exemplo: Ela disse que me amava. ELA DISSE QUE ME AMAVA ↓ ↓ VERBO OBJETO TRANSITIVO DIRETO DIRETO Observe que a oração “que me amava” (subordinada) funciona como termo da oração “Ela disse” (principal), visto que complementa o sentido da ação verbal “disse”.

Exemplo: Nosso time jogou bem, ↓ oração coordenada assindética

ALTERNATIVAS (exprimem exclusão, alternância) Exemplos de conjunções alternativas: ou...ou, ora...ora Exemplo: Fique em casa ↓ oração coordenada assindética

ORAÇÕES COORDENADAS

Veja:  A campainha batia, MAS o velhinho não ouvia. 1ª ORAÇÃO: “A CAMPAINHA BATIA”: oração coordenada assindética. 2ª ORAÇÃO: “MAS O VELHINHO NÃO OUVIA”: oração coordenada sindética.

 As orações coordenadas sindéticas recebem o nome da conjunção coordenativa que as inicia. Classificam-se, portanto, em: ADITIVAS (expressam adição, sequência de pensamentos) Exemplos de conjunções aditivas: e, nem, mas também. Exemplo: Nosso amigo não veio ↓ oração coordenada assindética

nem telefonou. ↓ oração coordenada sindética aditiva

ADVERSATIVAS (exprimem oposição, contraste) Exemplos de conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.

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ou vá para a escola logo. ↓ oração coordenada sindética alternativa

EXPLICATIVAS (indicam uma explicação ao que foi enunciado na outra oração)

 As orações coordenadas dividem-se em dois grupos: 01. Sindéticas: são aquelas que apresentam conjunção coordenativa. 02. Assindéticas: são aquelas que não apresentam conjunção coordenativa.

mas não conseguiu vencer. ↓ oração coordenada sindética adversativa

Exemplos de conjunções explicativas: porque, que, pois (antes do verbo) Exemplo: Não façam barulho, ↓ oração coordenada assindética

que estou estudando. ↓ oração coordenada sindética explicativa

CONCLUSIVAS (estabelecem uma ideia de conclusão em relação à outra oração) Exemplos de conjunções conclusivas: portanto, por isso, logo, pois (depois do verbo) Exemplo: O carro é teu, ↓ oração coordenada assindética

logo deves cuidar bem dele. ↓ oração coordenada sindética conclusão

ORAÇÕES SUBORDINADAS O período composto por subordinação é formado por uma oração principal e uma ou mais subordinadas. Oração principal é aquela a que se subordina outra oração. Oração subordinada é aquela que se relaciona a outra (principal), desempenhando, no período, função sintática.

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CURSO COMPLETO DE LÍNGUA PORTUGUESA Leitura Complementar – Aulas 1 a 38 Professor Felipe Oberg | Língua Portuguesa CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS  As orações subordinadas classificam-se de acordo com sua função em: substantivas, adjetivas e adverbiais.

Exemplo: Ninguém o convencerá ↓ oração principal

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS  As orações subordinadas substantivas vêm normalmente introduzidas pelas conjunções integrantes que e se. Segundo seu valor sintático, elas podem ser: SUBJETIVAS Oração subordinada substantiva subjetiva é aquela que tem função de sujeito da oração principal.

de que não havia perigo. ↓ oração subordinada substantiva objetiva indireta

COMPLETIVAS NOMINAIS Oração subordinada substantiva completiva nominal é aquela que exerce função de complemento nominal de um nome da oração principal. Exemplo: Nós estávamos desconfiados ↓ oração principal

Exemplos: que todos nos ajudassem. ↓ oração subordinada substantiva subjetiva

Seria conveniente ↓ oração principal Comentava-se ↓ oração principal (verbo na voz passiva)

que ele era o juiz. ↓ oração subordinada substantiva subjetiva OBSERVAÇÀO

Quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª pessoa do singular. OBJETIVAS DIRETAS Oração subordinada substantiva objetiva direta é aquela que exerce função de objeto direto do verbo da oração principal. Exemplo: O guarda garantiu-lhe ↓ oração principal

que não havia perigo. ↓ oração subordinada substantiva objetiva direta

OBJETIVAS INDIRETAS Oração subordinada substantiva objetiva indireta é aquela que exerce função de objeto indireto do verbo da oração principal.

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de que você não viria. ↓ oração subordinada substantiva completiva nominal

PREDICATIVAS Oração subordinada substantiva predicativa é aquela que exerce função de predicativo do sujeito da oração principal. Exemplo: Nosso medo era ↓ oração principal

que a casa caísse. ↓ oração subordinada substantiva predicativa APOSITIVAS

Oração subordinada substantiva apositiva é aquela que exerce função de aposto da oração principal. Exemplo: Todos tinham um sonho: ↓ oração principal

que o time vencesse. ↓ oração subordinada substantiva apositiva

COM FUNÇÃO DE AGENTE DA PASSIVA Oração subordinada substantiva com função de agente da passiva é aquela que funciona como agente da passiva do verbo da oração principal. Exemplo:  A garota foi beijada ↓ oração principal

por quem apagou a luz. ↓ oração subordinada substantiva agente da passiva

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CURSO COMPLETO DE LÍNGUA PORTUGUESA Leitura Complementar – Aulas 1 a 38 Professor Felipe Oberg | Língua Portuguesa ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

COMPARATIVAS

 As orações subordinadas adverbiais exercem a função de adjunto adverbial da oração principal. Existem nove tipos de orações subordinadas adverbiais.

Oração subordinada adverbial comparativa é aquela que representa o segundo termo de uma comparação. Exemplos:

CAUSAIS

 A preguiça gasta a vida

Oração subordinada adverbial causal é aquela que exprime o motivo, a causa do fato expresso na oração principal. Exemplos:

↓ oração principal

Como tinha melhores jogadores nosso time venceu. ↓ ↓ oração subordinada oração principal adverbial causal CONDICIONAIS Oração subordinada adverbial condicional é aquela que exprime condição à ocorrência do fato expresso na oração principal. Exemplo: Tudo vale a pena ↓ oração principal

se a alma não é pequena. ↓ oração subordinada adverbial condicional CONFORMATIVAS

Oração subordinada adverbial conformativa é aquela que indica conformidade com a declaração contida na oração principal. Exemplos: O torneio será realizado ↓ oração principal

como exige a federação. ↓ oração subordinada adverbial conformativa

CONCESSIVAS Oração subordinada adverbial concessiva é aquela que, apesar de indicar uma circunstância adversa à declaração da oração principal, não a modifica. Exemplo: Ainda que sejamos torturados, não confessaremos. ↓ ↓ oração subordinada oração principal adverbial concessiva CONSECUTIVAS Oração subordinada adverbial consecutiva é aquela que indica a conseqüência do fato expresso na oração principal. Exemplos:  A prova foi tão difícil ↓ oração principal 9

que ninguém foi aprovado. ↓ oração subordinada adverbial consecutiva

como a ferrugem consome o ferro. ↓ oração subordinada adverbial comparativa

que os seus. Nossos problemas são mais graves ↓ ↓ oração principal oração subordinada adverbial comparativa OBSERVAÇÃO: nesse exemplo, o verbo da oração subordinada, por ser o mesmo da oração principal, ficou subentendido. TEMPORAIS Oração subordinada adverbial temporal é aquela que indica o tempo da realização do fato declarado na oração principal. Exemplos: Mal você saiu, ↓ oração subordinada adverbial temporal

começou a briga. ↓ oração principal

FINAIS Oração subordinada adverbial final é aquela que indica a finalidade do fato expresso na oração principal. Exemplos: Para que tudo ocorra bem, ↓ oração subordinada adverbial final

precisamos estar atentos. ↓ oração principal

PROPORCIONAIS Oração subordinada adverbial proporcional é aquela que indica uma relação de proporcionalidade com o fato expresso na oração principal. Exemplo: À medida que envelhecia, ↓ oração subordinada adverbial proporcional

aumentava seu remorso. ↓ oração principal

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CURSO COMPLETO DE LÍNGUA PORTUGUESA Leitura Complementar – Aulas 1 a 38 Professor Felipe Oberg | Língua Portuguesa ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS  As orações subordinadas adjetivas exercem função de adjunto adnominal de um substantivo ou pronome da oração principal. São introduzidas por pronome relativo: que (o qual, a qual, os quais, as quais), quem, cujo, onde etc.

Os vizinhos que não gostam de música reclamam muito. ↓ oração subordinada adjetiva restritiva Nesse caso, alguns dos vizinhos gostam de música e outros não. Os que não gostam reclama muito.

Observe: ORAÇÕES SUBORDINADAS REDUZIDAS

PERÍODO SIMPLES O deputado revelou coisas ↓ substantivo

impressionantes. ↓ adjetivo (adjunto adnominal)

Geralmente as orações reduzidas podem ser desdobradas numa equivalente, com conectivo. Veja:

PERÍODO COMPOSTO pronome relativo O deputado revelou coisas ↓ substantivo

Seria bom



que impressionam. ↓ oração subordinada adjetiva

 As orações subordinadas adjetivas podem ser explicativas e restritivas. EXPLICATIVAS Encerram uma afirmação adicional de um ser que já se acha suficientemente definido. As explicativas são emolduradas por vírgulas. Exemplos: Os balões, que subiam lentamente, eram muito admirados. ↓ oração subordinada adjetiva explicativa RESTRITIVAS  As orações adjetivas restritivas restringem, limitam a significação de um termo antecedente (substantivo ou pronome). Não se separam por vírgula. Exemplo: Eu já li o livro ↓ oração principal

 As orações reduzidas não são introduzidas por conjunção e apresentam o verbo numa das formas nominais: infinitivo (terminação ar , er , ir ), gerúndio (terminação ndo) ou particípio (terminação ado, ido).

eu estudar mais. ↓ verbo no infinitivo

que eu estudasse mais. ↓ conjunção (conectivo)

Seria bom

Exemplos de orações reduzidas: Todos afirmam ↓ oração principal

ser  ele o ladrão. ↓ oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo

Já recebemos os livros chegados de Paris. ↓ ↓ oração principal oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio

que você me trouxe. ↓ oração subordinada adjetiva restritiva

Observe: Os vizinhos, que não gostam de música, reclamam muito. ↓ oração subordinada adjetiva explicativa

“Quem não luta pelos seus objetivos não é digno deles.”

Rui Barbosa

Nesse caso, nenhum dos vizinhos gosta de música e, portanto, todos eles reclamam.

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