CBS ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DAS SOLUÇÕES DE CLORETO DE SÓDIO COMERCIALIZADAS EM MURIAÉ-MG. Marcelo José Ferreira VAZ (IC –
[email protected])¹, Mário Moreira Vaz JÚNIOR (IC)2 e Helvécio Cardoso Correia PÓVOA (PQ)3 1. Curso de Farmácia; 2. Especialista pela UNIFESP; 3. Professor Faculdade de Minas – FAMINAS – 36880-000 – Muriaé-MG Palavras chaves: Soro fisiológico, contaminação, cloreto de sódio. INTRODUÇÂO: O soro fisiológico constitui-se do composto cloreto de sódio 0,9%, tendo como veículo a água destilada. O cátion sódio e o ânion cloreto são os principais íons do fluido extracelular possuindo como função primária o controle do balanço eletrolítico, pressão osmótica e balanço ácido/base [1]. As soluções são indicadas para irrigação e, segundo Cooper et al, 2003, consistem do uso de fluidos sob uma pressão constante ou pressão pulsátil, só podendo ser usadas quando seu rótulo indicar produto estéril e aplicadas para fins terapêuticos somente se o produto apresentar-se límpido e sem quaisquer indícios de contaminação e violação do lacre de proteção [2]. A contaminação dessas soluções está ligada a fatores associados às pessoas, como a utilização de procedimentos inadequados durante o uso da bancada de fluxo laminar, o desprendimento de partículas contaminantes do operador para o ambiente controlado e a falha nas técnicas assépticas comprometendo na contaminação que tem sido a causa do aumento da morbidade e mortalidade em pacientes [3]. Assim o presente trabalho teve como objetivo analisar se há contaminação nas diferentes marcas de soluções fisiológicas comercializadas em Muriaé-MG. MATERIAL E MÉTODOS: As soluções fisiológicas foram coletadas em drogarias e lojas de materiais hospitalares do município de Muriaé-MG, identificadas em A, B, C e D e levadas diretamente para o laboratório de microbiologia onde após a homogeneização, aliquotas de 0,1 mL da solução foram adicionadas a 0,9 mL de caldo nutriente estéril em condições assepticas, e, em seguida incubadas em estufa bacteriológica a 37±1°C por 24
horas. Após a incubação do caldo nutriente 0,1 mL do caldo nutriente foi semeado em meio Ágar de Contágem em Placa (PCA) e reincubado nas mesmas condições para verificar se houve ou não crescimento de microorganismos. A solução que apresentou crescimento foi re-analisada e no caso de positivo foi adquirido outra amostra da mesma marca para análises. RESULTADOS E DISCURSSÃO: As soluções B, C e D, não apresentaram unidade formadora de colônias (UFC). Já a solução A apresentou incontáveis unidades formadoras de colônias, sendo que a re-análise apresentou o mesmo resultado. CONCLUSÃO: De acordo com a resolução RDC n° 199 de 26 de outubro de 2006 – anexo 1, a solução A apresenta-se com alterações microbiológicas acima do permitido sendo imprópria para uso, podendo concluir que, ao serem de fácil aquisição e de uso não restrito para diversas finalidades, devem apresentar um controle de qualidade microbiológico mais rigoroso, ou mesmo detectar falhas no processamento evitando eventuais danos aos usuários caso apresentem algum tipo de contaminação. BIBLIOGRAFIA: [1] ANSEL, H.C.; POPOVICH, N.G.; JR, L.V.A. Formas Farmacêuticas e Sistema de Liberação de Fármacos. 1. ed. São Paulo: Premier, 2000. [2] AMARAL, Mª da Penha H.; MEDEIROS, Milene R.; FONSECA, Bruno G.; MENDONÇA, Alessandra Ésther; PINTO, Mirian A. de Oliveira. Avaliação da segurança e eficácia de soluções fisiológicas dispensadas em farmácias e drogarias. Rev. Bras. Farm., 89(1): 21-23, 2008. Disponível
em:
. Acesso em 4 de Junho de 2009. [3] SILVEIRA, Denise de S. G.; MACIEL, Bárbara N. Leal. Técnicas assépticas na preparação de soluções estéreis em farmácia. Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação (SBCC).
Disponível
em:
. Acesso em 4 de Junho de 2009. Área do Conhecimento (CNPq): 2.12.00.00-9 - Microbiologia