Catherine Millet Vida Sexual de Catherine
December 5, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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a vida sexual de catherine m.
por catherine millet / copyright 2001
ed edit itor ora a edi ediou ouro ro 3- ed edi i��o
o n�mero
quando cria quando crian n�a, e eu u er era a muito muito preocupa preocupada da com com os os n�meros. meros. a lembran lembran�a que que guarda guardamos mos dos pensam pen sament entos os ou das das a��es solit solit�rias rias � muito muito clara: clara: s�o as prime primeira iras s chan chances ces dadas dadas � cons consci ci�ncia de s se e mo mostr strar ar a si mesma. os acontecimentos compartilhados, por outro lado, permanecem presos � incerteza dos sentimentos que os os outro outros s nos ins inspir piram am (adm (admira ira��o, medo, medo, amo amor r ou aver avers s�o) e que, que, qua quando ndo crian cria n�as, som somos os a ainda inda menos menos aptos a enfrentar enfrentar e mesmo mesmo compreender compreender do que na idade idade adulta adulta. . lembro-me, lembro-me, ent�o, particularmente dos pensamentos que, toda noite antes de adormecer, me aliciavam para uma escrupulosa ocu cupa pa��o de de con conta tag gem. pouco pouc o tempo tempo depo depois is do n nasci asciment mento o de meu irm�o (eu (eu tinha tinha ent�o tr�s anos anos e meio), meio), minha min ha fam fam�lia lia mudo mudou-s u-se e para um novo apartamento. apartamento. durante os os primeiros primeiros anos em que moramos moramos l�, minha cama ficava fic ava no c�mod modo o ma maior ior, , diante da porta. olhando fixamente para a luz que vinha da cozinha, do outro lado do corr corredo edor, r, onde onde mi minha nha m�e e minha minha av� ainda ainda tr traba abalh lhava avam, m, eu n�o conseg conseguia uia con concil ciliar iar o son sono o enquan enquanto to n�o tivesse considerado, em seq seq��ncia ncia, , v�rias rias ques quest t�es. es. uma uma de dela las s dizi dizia a resp respei eito to ao fat fato o de de alg algu u�m ter ter mui muito tos s maridos mari dos. . n�o pensav pensava a so sobre bre a possibi poss ibilida lidade de de que tal situa situa��o exist existisse isse, , o que me parecia parecia �bvio, bvio, mas, mas, eviden evi dentem tement ente, e, sobr sobre e s sua uas s con condi di��es. 9 uma mulher poderia ter muitos maridos ao mesmo tempo ou apenas um depois do outro? neste caso, quanto tempo deveria ficar casada com um antes de poder trocar por outro? quantos maridos ela "razoavelmente" poderia ter: alguns, cinco cinco ou seis, ou ou um n�mero muito maior, maior, ilimitado? ilimitado? como eu eu agiria quando quando crescesse? com o passar dos anos, a contagem contagem de ma maridos ridos foi substitu substitu�da pela contagem contagem de filhos. acho que me sentia sent ia meno menos s vulner vulner�vel � incertez incerteza a quando quando fixava fixava meus devaneio devaneios s nos tra�os de um homem identificado (atores de cine cinema, ma, um p prim rimo o al alem em�o etc.), etc.), com quem me encon encontrav trava a sob sob o signo signo da da sedu sedu��o. imaginava assim, de maneira mais mais concreta, concreta, minha vida de de mulher cas casada ada e, portanto, portanto, a presen presen�a de crian cri an�as. coloc colocava avam-s m-se e novamen nova mente te as mes mesmas mas pergu perguntas ntas: : seis era era um n�mero razo razo�vel ou se poder poderia ia ter mais? mais? que difer diferen en�a de idade idade poderia haver haver entre eles? eles? acrescentava-se acrescentava-se a divis divis�o entre meninas meninas e meninos. meninos. n�o pos posso so r rem ememo emora rar r es esse ses s pens pensame amento ntos s sem sem lig lig�-l -los os a outras outras obsess obsess�es qu que e tamb tamb�m me ocupavam. na rela rela��o que eu tinha tinha estabe estabeleci lecido do com deus, deus, todas todas as as noites noites ocupava ocupava-me -me com com sua
alimenta��o e com a enumer enu mera a��o do dos s pra pratos tos e dos cop copos os d'�gua que que eu, eu, em pens pensame amento nto, , lhe lhe servia servia - preocupada com a quantidade certa, cert a, com com o ritm ritmo o da transm transmiss iss�o etc. etc. esta obse obsess ss�o se alterna alternava va com as as interr int erroga oga��es sob sobre re o pre preenc enchi himen mento to de minha minha vida vida futu futura ra com maridos e filhos. filhos. eu eu era muito religiosa religiosa, , e �poss�vel que que a conf confus us�o n na a qu qual al eu percebi perc ebia a a iden identida tidade de de de deus us e de seu seu filho filho tenha tenha favorec favorecido ido minha minha inclin inclina a��o pela atividade de contagem. deus era a voz soante que, sem mostrar o rosto, lembrava a ordem aos homens. mas tinham me ensinado que ele era era tamb�m o bone boneco co de gesso gesso rosa rosa que eu colocav colocava a todo todo ano no pres�pio, o infeliz pregado na cruz diante do qual qual rez rez�vamos vamos - ap apesa esar r de um um e outro outro serem serem tamb�m seu filho filho -, 10 da mesma mesma maneira maneira q que ue uma es esp p�cie de fanta fantasma sma se chamav chamava a esp�rito santo santo. . enfim, enfim, eu sabia muito bem que jos� era o marido da virgem e que jesus, sendo deus e filho de deus, o chamava de "pai". "pai ". a virg virgem em er era a n�o apenas apenas a m�e de de de deus us, , ma mas s di dizia zia-se -se ta tamb mb�m sua sua filha filha. . um dia, quando cheguei � idade de freq�entar o catecismo, catecismo, quis ter uma conversa com um padre. meu problema era o seguinte: eu queria me tornar religiosa, "casar com deus" e ser mission miss ion�ria numa afri africa ca onde onde pululavam povos povos desprovidos, desprovidos, mas mas desejava tamb tamb�m ter maridos maridos e filhos. o padre padre era um homem homem lac�nic nico, o, e interro inte rrompeu mpeu a con convers versa, a, julgan julgando do minha minha preoc preocupa upa��o pre prematu matura. ra. at� que nasce nascesse sse a id�ia deste deste livro, livro, nunc nunca a havia havia pensado pensado muito muito sobre sobre minha minha sexualidade. tinha, no entant ent anto, o, con consci sci�ncia ncia da das s m�ltipla ltiplas s rela rela��es precoc precoces es que vi vivi, vi, o que � pouco pouco costumeiro, sobretudo para meninas, pelo menos no meio em que cresci. deixei de ser virgem aos dezoito anos que n�o � espec especial ialmen mente te cedo -, mas participei de uma suruba pela primeira vez nas semanas que se seguiram a minha deflora��o. evident evid entemen emente, te, n�o to tomei mei a inicia iniciativa tiva da situa situa��o, mas mas fui fui eu eu quem quem a precipi precipitou, tou, o que aos meus pr�prios prios o olhos lhos permanece um um fato inexplicado. inexplicado. sempre sempre considerei considerei que as circunst circunst�ncias puseram puseram em meu caminho homens que gostavam de transar em grupo ou de observar sua parceira com outros homens. a que eu tinh tinha a a esse esse �nica id�ia que respeit resp eito o er era a q que, ue, send sendo o natur naturalme almente nte aberta aberta �s exper experi i�ncias ncias e n�o vendo vendo nelas nelas nenhum entrave moral, tinha, de boa vontade, me adaptado a elas. mas delas nunca fiz nenhuma teoria e, portant teoria portanto, o, nenh nenhuma uma milit milit�ncia. ncia. �ram ramos os tr tr�s ra rapaz pazes es e d dua uas s mo�as e acab acab�vamos vamos de de janta jantar r no jard jardim im de uma uma casa casa, , situada numa colina acima de lyon. 11 eu viera de paris visitar um rapaz que tinha conhecido em londres um pouco antes, e aproveitara a carona do namorado namorado de uma uma amiga, andr andr�, que era de lyon. lyon. na estrada, estrada, pedi que parasse para eu fazer xixi. quando estava estava agachada, agachada, ele veio observar observar e me a acariciar. cariciar. n�o foi desagr des agrad ad�vel vel, , mas
fiquei um pouco envergonhada. foi, talvez, naquele momento que aprendi a me livrar deste tipo de embara�o mergulhando mergulhando meu rosto entre as pernas pernas do homem, pegando pegando seu p pau au com a boca. chegando a lyon, lyon, andr� e eu nos instalamos instalamos na casa casa de uns amigos amigos dele, ringo ringo e uma mulher mais velha, que era a dona da casa. como ela estava fora, os rapazes aproveitaram para fazer uma festa. chegou outro outro rapaz, acompanhado acompanhado de uma mo�a, alta, de cabelos cabelos muito muito curtos e grossos, um pouco masculina. era junho junho ou julh julho, o, faz fazia ia calor calor e algu algu�m sugeriu sugeriu que que tir�ssemos ssemos a roupa roupa e merg mergul ulh h�ssem ssemos os juntos numa grande fonte fonte que ficava no jardim. eu eu j� passava a camiseta camiseta pela pela cabe cab e�a quand quando o es escu cutei tei a voz voz de de an andr dr�, um pouc pouco o abafad abafada, a, excla exclamand mando o que que sua sua "namor "namorada" ada" n�o seria seria a �ltima ltima a mergulhar. h� muito muito te tempo mpo n�o us usava ava mais roupas roupas de baixo baixo (apesar (apesar de minha minha m�e ter ter me obrigad obrigado o a usar, desde os treze treze ou quatorze quatorze anos, suti suti� e cinta-liga cinta-liga com o pretexto pretexto de que uma uma mulher "devia ter postura post ura"). "). o fato � que, imediata imediatament mente, e, fiquei fiquei quase quase nua. a outra outra mo�a come�ou tamb tamb�m a tira tirar r a roupa e, � claro, ningu�m entrou na �gua. o jardim era devassado devassado e, por essa raz�o, as i ima magen gens s q que ue lembro em seguida e s�o as do quarto, quarto, eu eu na concavidade concavidade de de uma cama alta de ferro ferro forjado vendo, vendo, atrav atrav�s das barras, barras, apenas apenas as paredes paredes muito muito ilumina das, das, imagina imaginando ndo a outra outra mo�a estirad estirada a sobre sobre um div� num canto. canto. andr andr� foi foi o pr prime imeiro iro a me comer, comer, de demor morada ada e tranq tranq��la lamen mente te como costumava fazer. em seguida, interrompeu bruscamente. 12 uma uma i ine nef f�vel vel i inq nqui uiet eta a��o t tom omou ou cont conta a de de mim mim, , no no tem tempo po just justo o de de v�-lo -lo afastar afas tar-se, -se, anda andando ndo lentamen lentamente, te, os quadris quadris curvados curvados, , em em dire dire��o a outra outra mo mo�a. ringo veio substitui-lo em cima de mim, enquanto o terceiro rapaz, que era mais reservado e falava menos meno s que os os outros, outros, ac acotov otovelad elado o perto perto de n�s, passava passava a m�o livre livre sobre sobre a parte parte superior do meu corpo. o corpo de ringo ringo era muito diferente diferente do de de andr�, e eu gostava gostava mais dele. ringo era maior, mais nervoso, era desses que separam o movimento da bacia do resto do corpo, que metem metem sem sem se deit deitar ar totalme totalmente, nte, o tronco tronco suste sustentad ntado o pelos pelos bra�os. mas mas andr� me parecia um homem mais mais maduro (de fato, mais velho, velho, ele tinha tinha lutado na arg arg�lia), sua carne carne era um pouco pou co mais mais f fl l�cid cida a e se seus us cabe cabelos los j� um pouco pouco ralo ralos, s, e eu eu achav achava a agrad agrad�vel adormecer enroscada nele, nele, com as n�degas coladas coladas em sua barriga, barriga, dizen dizendo-lhe do-lhe que eu eu tinha as medidas certas para aquilo. ringo se retirou e o rapaz, que antes apenas observava e me acariciava, tomou tomo u o lugar lugar dele. dele. eu e estav stava a h� algum algum tempo tempo com uma uma terr terr�vel vontad vontade e de urinar urinar. .
tive de ir ao banheiro e o rapaz t�mido ficou desapontad desapontado. o. quando voltei, voltei, ele estava estava com a outra menina men ina. . and andr r� ou ring ringo, o, j� n�o lembr lembro o mais, mais, teve teve o cui cuidad dado o de me dizer dizer que que ele ele tinha ido apenas "finalizar com ela". fiquei cerca de duas semanas em lyon. meus amigos trabalhavam durante o dia e eu passava as tardes com o estudante que havia conhecido em londres. quando seus pais estavam ausentes, ausentes, deitava-me deitava-me em sua sua cama e ele sobre sobre mim, muito muito atenta para para n�o acabar batendo bate ndo com com a cab cabe e�a na estante estante que que circun circundava dava a cama. cama. eu eu n�o tinha tinha ainda ainda muita muita experi�ncia, mas percebia percebia que ele ele era ainda mais mais desajeitado desajeitado do que eu pela maneira como deslizava furtivamente furtivamente seu sexo sexo ainda fl�cido e pouco pouco �mido em minha minha vagina, vagina, e pela forma como logo afundava afundava o rosto rosto em meu pesco pesco�o. ele devia devia estar seriamente seriamente intrigado intrigado com o que deveri deveriam am se ser r as sen sensa sa��es de uma uma mulher mulher quando quando me pergunto perguntou u se o esperm esperma a quando 13lan�ado 13l nas paredes da vagina proporciona proporcionava va algum tipo tipo de prazer espec espec�fico. fiquei fiquei desconcertada. se eu mal sentia sentia a pe penetr netra a��o, como como poderia poderia sentir sentir uma pequen pequena a gosma gosma viscosa viscosa se se espalhando dentro de mim! mim! "� mesmo mesmo curio curioso so, , nenh nenhuma uma se sensa nsa��o a mais? mais?" " "n "n�o, nenhu nenhuma. ma." " ele ele est estava ava mais preocupado do que eu. no final da tarde, o pequeno grupo de amigos vinha me esperar no cais onde a rua desembocava. eles eram alegres e, um dia, observando-os, o pai do estudante afirmou afir mou de de uma m mane aneira ira s simp imp�tica tica que eu devia ser uma puta de uma garota para ter todos aqueles rapazes � minha di disp spos osi i��o. pa para ra fa fala lar r a verdade, eu n�o fazia mai mais s contas. tinha tinha esquecido esquecido completamente completamente minhas minhas inte interr rrog oga a��es infa infant ntis is sobr sobre e o n�mero perm permitid itido o de mar maridos idos. . eu n�o era mais mais uma uma "colecio "colecionado nadora", ra", e os rapazes rapazes e as mo�as que que e eu u v via ia flertando nas nas festas-surpresas festas-surpresas (quer dizer, dizer, se amassando amassando e beijando beijando at� perder o f�lego lego) ) c com om o m mai aior or n�me mero ro de pessoas para, no dia seguinte, contar vantagem na escola, me chocavam. contentavame em descobrir que este desfale desf alecime cimento nto vol voluptu uptuoso oso, , experimen experimentado tado no contat contato o com a inef�vel do�ura de todos todos os l�bios bios est estran ranho hos s ou quando quan do uma uma m�o se col colava ava em meu meu p�bis, bis, podia podia se renova renovar r infinita infinitament mente, e, pois pois confirmava-se que o mundo estava cheio de homens dispostos a isto. o resto me era indiferente. pouco tempo antes de tudo isso, eu quase tinha sido deflorada por um rapaz que que me pr provocara ovocara uma forte forte impress impress�o, ele tinha tinha o rosto rosto um po pouc uco o fl�cido, cido, l�bios bios im imens ensos os e cabelo cabelos s ne negr gr�s simos. simo s. enfia enfiando ndo s sua ua m�o sob sob meu meu pul�ver, ele perco percorreu rreu uma su perf�cie extensa extensa do meu corpo, ao mesmo tempo tempo que esticava esticava a borda da calcinha at� quase me cortar a virilha. virilha. assim assim foi a 14 primeira vez que me senti tomada pelo prazer. ele ainda me perguntou se eu "quer "queria ia mai mais". s". eu n�o tinha tinha nenhuma nenhuma id id�ia do que que ele estav estava a querend querendo o dizer, dizer, mas
eu diss disse e que que n�o, porque porq ue n�o im imagin aginava ava o que que podi podia a aconte acontecer cer al�m daquil daquilo. o. ali ali�s, inte interr rrom ompi pi a expe experi ri�nc ncia ia e e, , apesar de nos reencontr reencontrar-mos ar-mos regularmente regularmente nas f�rias, n�o pense pensei i em re repe petiti-la la. . n�o esta estava va t tam amb b�m muit muito o preo preocu cupa pada da em sair sair com com alg algu u�m, nem nem com alguns. alguns. por duas vezes, estive apaixonada por homens com qu quem a as s re rela��es fisica fis icas s n�o er eram, am, em p pri rinc nc�pio, pio, perm permiti itidas das. . o primeiro tinha acabado de se casar e, de qualquer forma, n�o manifest manifestava ava ne nenhum nhum i inter nteress esse e por mim, mim, e o segundo morava longe. n�o fazia fazia, , po porta rtant nto, o, qu ques est t�o de ter ter um nam namora orado. do. o estudan estudante te e era ra mu muito ito i ins ns�pido, pido, andr� era quase quase no noivo ivo de minhaami minhaamiga, ga, e ringo vivia com uma mulher. em paris, tinha claude, o amigo com quem fiz amor pela primeira vez, que parecia estar apaixonado por uma jovem burguesa capaz de lhe dizer frases po�tica ticas s do do tip tipo o "veja "vej a como meus meus seios seios est�o doces esta esta noite", noite", sem permitir que ele fosse mais longe. comecei imediata e confusamente confusamente a compreender compreender que que eu n�o pertencia ao grupo das mulheres sedutoras e que, conseq cons eq�entement entemente, e, m meu eu lu lugar gar no no mundo era mais ao lado dos homens do que diante dos homens. nada me impedia de simplesmente renovar a exp exper eri i�ncia ncia de aspirar uma saliva cujo gosto � completamente diferente, de aperta ape rtar r em m minh inhas as m�os, sem ver um objeto sempre inesperado. claude tinha um belo pau, reto, bem proporcionado, e as primeiras trepadas me deixar deixaram am na l lemb embran ran�a um tipo tipo de de entorpecimento, como se eu tivesse ficado intumescida e obturada por ele. quando andr� abriu a
braguilha na altura do meu rosto, fiquei surpreendida ao descobrir um objeto menor e tam amb b�m ma mais is male mal e�vel vel porq porque, ue, ao c con ontr tr�rio de cla claude ude, , ele ele n�o era era circ circunc uncida idado. do. o pau com a cabe�a imediatamente imediatamente � mostra se dirige ao olhar e provo provoca ca excit excita a��o por sua ap apar ar�ncia ncia de monoli monolito to li liso so, , en enqu quant anto o o 15 vai-e-v vaie-vem em do pre prep p�cio, revel reveland ando o a glande glande como se se fosse fosse uma grande grande bolha bolha de sab sab�o na su supe perf rf�ci cie e da �gua, suscita uma sensualidade mais fina, sua flexibilidade se propagando em on onda das s at at� o ori orif f�ci cio o do do cor corpo po do parceiro. parceiro. o pau de ringo ringo era mais do tipo tipo do de cla claude, ude, o do rapaz rapaz t�mido mais como com o o de a and ndr r�, e o do estudante pertencia pertencia a uma uma categoria categoria que eu s� reconheceria reconheceria mais tarde, tarde, a dos que, que, sem ser particularmente gran grande des, s, prop propor orci cion onam am � m�o uma uma im imed edia iata ta sens sensa a��o de co cons nsis ist t� ncia ncia, , talv talvez ez em raz raz�o de uma uma ca cama mada da c cut ut�nea nea mais densa. eu aprendia que cada sexo suscitava de minha parte gestos e at � comportamentos diferentes. da mesma maneira maneira que, a cada cada vez, era necess necess�rio adaptar-me adaptar-me a outra epiderme, epiderme, outra outra carnadura, outra pilosidade, outra musculatura musculatura (n�o � preciso dizer, por exemplo, que a maneira de agarrar um tronco que nos cobre varia segundo segu ndo sua sua con conform forma a��o: el ele e pode ser ser liso liso como uma pedra, pedra, pesad pesado o e com algum algum veio ou ainda os que impe impede dem m a vis vis�o da geni genit t�li lia. a. �, tam tamb b�m, evid eviden ente te qu que e esta estas s vis vis�es n�o re repe perc rcut utem em no ima imagin gin�rio rio da mesma mesma forma, e, assim, assim, retrospectivam retrospectivamente, ente, parece parece que minha tend tend�ncia era de ser ser mais submissa aos corpos mais magros, como se eu os considerasse verdadeiramente machos, enquanto tinha mais iniciativa com os corpos mais pesad pesados os que e eu u feminiza feminizava, va, qualq qualquer uer que fosse fosse seu seu tamanho tamanho); ); a complei complei��o caracte cara cter r�stic stica a de cada corpo corpo parecia me induzir induzir a atit atitudes udes pr pr�prias. guardo a lembran�a agra lembran agrad d�vel de um um corpo corpo nervoso, nervoso, com com uma vara vara afilada afilada golpea golpeando ndo apenas apenas minha bunda a dis ist t�ncia ia, , co com a as s m�os sustentando minhas ancas, sem que praticamente nenhuma outra parte do meu corpo fosse tocada. inversamente, homens gordos, apesar de me atra�rem, me incomodavam incomodavam quando quando se esparrama vam sobre mim e, sem que eu procurasse me desvencilhar, 16 combina combinavam vam comport comportame amento nto e corpul corpul�ncia, ncia, com uma tend�ncia a
beijocar e lamber. enfim, entrei na vida sexual adulta como uma menina, abismavame �s cegas no t�nel do trem-fantasma trem-fantasma pelo pelo prazer de de ser sacudida sacudida e apanhada apanhada por acaso. ou ou
melhor, pelo prazer de ser engoli engolida da com como o uma r� por uma uma serpente serpente. . alguns dias depois de minha minha volta a paris, paris, andr� mandou uma carta para me me prevenir, com tato, tato, que que to todo dos s n�s prov provav avelm elment ente e hav hav�amos amos pega pegado do uma gonor gonorr r�ia. mi minha nha m�e abriu o envelop enve lope. e. m manda andaramram-me me a ao o m�dico e proibi proibiram ram que eu sa sa�sse. mas, a partir partir da�, o pudor de que meus pais pudessem me imaginar transando tornou-se extremamente intransigente e n�o me permiti perm itiu u cont continua inuar r a sup suporta ortar r a coabita coabita��o com eles. eles. fugi fugi e fui fui recaptur recapturada. ada. finalmente, deixei de viver definitivamen definitivamente te com eles para para viver com claude. claude. a gon gonorr orr�ia tinha sido sido meu batismo e, depois, durante anos, vivi obcecada por aquela ruptura que, no entanto, me parecia ser ser u uma ma esp esp�cie cie de marca distintiva, distintiva, uma uma esp�cie de fatalidade fatalidade compartilhada compartilhada pelos pelos que trepam trepam muito.
"como "co mo um car caro o�o.. o..." ." nas maiores surubas que participei, participei, nos anos seguintes, seguintes, er era a poss�vel encontrar encontrar algumas vezes veze s at� cen cento to e cinq�enta pesso pessoas as (nem (nem todas todas trepavam trepavam, , algumas algumas iam iam apenas apenas para para observar), e com um quarto quarto ou u um m quin quinto to delas delas eu fazia fazia sexo sexo de de v�rias manei maneiras: ras: com com as m�os, com a boca, na boceta e no rabo. rabo. acontecia acontecia de beijar beijar e trocar car�cias com out outras ras mulheres, mulheres, mas isso era muito secund sec und�rio rio. . nos nos c clu lubes bes, , a quant quantida idade de era mais mais vari vari�vel ce certa rtamen mente te em fun fun��o dos dos participantes, � clar claro, o, mas mas t tam amb b�m dos dos h�bito bitos s do lugar lugar - retomare retomarei i a quest quest�o mais adiante. adiante. 17 para as noites passadas no bosque de boulogne', a estimativa seria ainda mais dif�cil de de ser fe feita: ita: devo devo consid considerar erar apenas os homens homens que chupei chupei com a cabe cabe�a comprimid comprimida a contra o volante volante dos carros, carros, ou aqueles com quem mal tive tempo tempo de de tira tirar r a rou roupa pa dentro dentro da cabi cabine ne de um camin caminh h�o, e n�o levar levar em conta conta os corp corpos os sem sem cab cabe e�a que se alternavam alternava m do lado de fora fora da porta d do o carro, sacudindo sacudindo com m�os loucas cacetes cacetes em v�rios est�gios de ere��o, enquanto outras outras m�os mergulha mergulhavam vam pelo vidro vidro aberto para para massagear massagear energicamente energicamente meus peitos? hoje, sou capaz de contabilizar quarenta e nove homens que me penetraram e aos quais posso atribuir um nome, ou, pelo menos, meno s, em alguns alguns casos casos, , uma identi identidad dade. e. mas n�o posso posso incluir incluir nos nos c�lculos lculos os que se perderam no anonimato. nas circun circunst st�ncias ncias que ev evoco oco aqui aqui e tamb�m nas surubas surubas quand quando o havia havia pessoas pessoas que que eu conhecia ou reconhecia, o encadeamento encadeamento e a confus confus�o dos amass amassos os e das trepadas trepadas eram tais tais que, se era poss�vel dist distingu inguir ir co corpo rpos, s, ou ainda seus atributos, atributos, nem nem sempre era era poss�vel distinguir distinguir as pessoas. pessoas. e mesmo
quando evoco atributos, devo confess conf essar ar que n�o tinha tinha sempre sempre acesso acesso a todos todos eles; eles; certo certos s contatos contatos s�o muito muito ef�meros meros e, s se e mui muitas tas v vezes ezes podia, podia, de olho olhos s fe fechad chados, os, reco reconhec nhecer er uma uma mulhe mulher r pela pela do do�ura de seus seus l�bios, bios, n�o poderi poderia a necessa nece ssariam riamente ente rec reconhe onhec c�la pelos pelos toques toques qu que, e, eve eventua ntualme lmente, nte, podia podiam m ser muito muito en�rgicos. rgicos. j� acontece aconteceu u de me dar conta apenas bem depois depo is de estar estar h� algum algum tempo tempo trocando trocando car�cias cias co com m um tra travest vesti. i. esta estava va entr entregue egue a uma uma hidra hidra at� que �ric se separ separasse asse do grupo para me soltar, como, ele mesmo disse, "como um caro caro�o da da f frut ruta" a". .
18 o bosque de boulogne situa-se a oeste de paris, � um imenso parque tamb�m conhecido como ponto de encontros e por sua vida noturna. (n. do t.) conheci �ric aos aos vint vinte e e um anos, anos, depois depois de ele ter-me ter-me sido sido "anunciado" "anunciado", , v�rias vezes, por amigos comuns que estavam estavam certos certos de que, considerand considerando o meus gostos, gostos, ele seria, seria, sem d�vida, um homem que eu deveria encontr enco ntrar. ar. de depois pois d das as f�rias em em lyon, lyon, eu e claude claude t�nhamos nhamos continu continuado ado a ter ter rela rela��es sexu sexuai ais s e em m g gru rupo po. . com com �ric, o regime regime se intensificou, intensificou, n�o somente porque porque ele me levava levava a lugares lugares onde eu poderia me entregar a um n�mero mero inca incalc lcul ul�vel vel de m�os e de cac cacete etes, s, mas so sobre bretud tudo o porq porque ue as as ses sess s�es era eram m realmente organizadas. sempre semp re estabe estabeleci leci u uma ma dif diferen eren�a clara clara entre entre as circunst circunst�ncias ncias mais ou menos menos improvisadas que levam os convidados, convidado s, depois de um jantar, a se redistribuir redistribuir em sof�s e camas � sua volta, ou as que fazem um grupo animado dar voltas de carro carro na porta dauphine, at at� estabelecer estabelecer contato contato com os passageiros de outros carros e acabar todos juntos num grande apartamento, e as noitadas organizadas por �ric e seus amigos. eu preferia o inflex inf lex�vel desen desenro rolar lar desta destas s �ltimas ltimas e se seu u ob objet jetivo ivo �nico: nico: n�o havia havia pr preci ecipit pita a��o ne nem m cri crisp spa a��o, nen nenhu hum m fat fator or estranh estr anho o ( �lcoo lcool, l, compo comportam rtamento ento exibici exibicionis onista.. ta...) .) emperrav emperrava a a mec�nica dos corpos corpos. . as idas e vindas jamais se afasta afa stavam vam de uma deter determi mina na��o de de inse insetos tos. . as festas de anivers�rio de victor victor eram as que mais mais me impressionavam impressionavam. . na entrada, entrada, seguran segu ran�as c com om c�es f fala alavam vam em walkie-t walkie-talk alkies ies e a multid multid�o me intimid intimidava. ava. algumas algumas mulheres vestiam-se vestiam-s e para a ocasi�o com roupas transparentes transparentes que eu invejava invejava e, enquanto enquanto as pessoas chegavam e se reencontr reencontravam avam tomando champanhe, champanhe, eu me mantinha � parte. s� me sentia � vontade trata-s trat a-se, e, a aqui, qui, da regi�o situa situada da nas nas imed imedia ia��es da da porta porta dauphine dauphine, , uma uma das das mais mais
antigas entradas de paris. a cidade era originalmente fortificada com muralhas e tinha v�rios rios aces acesso sos s ou portas. ao longo longo do texto, texto, ser�o mencionadas mencionadas algumas dessas dessas portas. portas. (n. do t.) 19 quando tirava tirava o vestido vestido ou a cal�a. minha nudez era a roupa que verdadeiramente me protegia. a arquitetura lugar meque divertia parecia uma butique da moda, la do gaminerie, ficavaporque no bulevar saint germain. era uma gruta, maior do que a butique, com cavidades de estuq estuque ue bra branc nco. o. no nos s reun reun�amos amos no subsol subsolo o e a il ilum umina ina��o vinha do fundo de uma piscina que ficava diretamente sobre a gru ta. atrav�s do fundo fundo de vidro, vidro, como em uma imensa imensa tela de tele televi vis s�o, assi assist st�amos amos a evol evolu u��o dos dos corp corpos os qu que e me merg rgul ulha hava vam m na piscina na parte de cima. descrevo um lugar no qual n�o costu mava me deslocar muito. a escala das coisas tinha mudado a minha min ha volt volta, a, mas a si situa tua��o n�o era era muit muito o difer diferent ente e do qu que e tinh tinha a sido em minha primeira vez com meus amigos de lyon. �ric me instalava sobre uma das camas ou sof�s colocados nas alcovas e, seguindo um ritual informal, tomava a iniciativa de tirar minha roupa e de me deixar exposta. ele geralmente geralmente come�ava a me acariciar e a me beijar, beijar, sendo sendo imediatamente imediatamente substitu substitu�do por outros. eu ficava quase sempre deitada de costas, talvez porque outra outr a posi posi��o mais mais co comum, mum, em que que a mulher mulher monta monta ativamen ativamente te no no home homem, m, n�o perm permit ite e a pa part rtic icip ipa a��o de v�rias rias pess pessoa oas s e ac acab aba a implica impl icando ndo u uma ma re rela la��o mais mais pessoal pessoal entre entre os parce parceiros iros. . deitada deitada, , eu podia ser acariciada por muitos homens enquanto um deles, de p�, para para aume aument ntar ar o espa espa�o de obse observ rva a��o, se sati satisf sfaz azia ia no meu sexo. eu era manipulada por partes; uma m�o estimulava estimulava a parte parte mais aces acess s�vel de meu p�bis com moviment movimentos os circula circulares, res, outra outra ro�ava meu dorso dorso ou esfrega esfregava va meus mamilos. mamilos... .. mais at� do que as pene penetra tra��es, as car�cias cias me pr propo oporci rciona onavam vam muito muito pr praze azer, r, principalmente principalmente as picas que passeavam na superf�cie do meu rosto ou as glandes esfregadas nos meus seios. eu adorava 20 segurar segurar de passage passagem m uma com a boca, boca, faz�-la ir e vir entre entre meus meus l�bios enqua enquanto nto ou outra tra re recla clamava mava minha minha boca boca do outr outro o lado, lado, ro�ando em em meu pesco pesco�o esticado para, logo depois, virar vir ar a cabe cabe�a e pe pegar gar a rec rec�mm-che chega gada. da. ou ter ter uma uma na na boca boca e outr outra a na m�o. meu meu corpo entregava-se mais sob o efeito efei to desses desses t toqu oques, es, de sua relati relativa va brevida brevidade de e de sua sua renova renova��o, do q que ue nas trepada trep adas. s. a p prop rop�sito sito, , lembrolembro-me me sobretudo da ancilose entre minhas coxas, �s vezes depois de quase quatro horas de atividade, provocada pela prefer�ncia de muitos muitos homens em manter manter as coxas coxas das mulheres mulheres muito abertas, abertas, para simultaneamente aproveitar a vis�o e meter mais mais fundo. fundo. quand quando o consegui conseguia a descansa descansar, r, tomava tomava consci consci�ncia do do entorpecimento de minha vagina. era uma vol�pia sentir as paredes enrijecidas enrijecidas, , pesadas, um um pouco doloridas, guardando, de certa forma, a marca de todos os membros que nela se alojaram. este lugar de de aranha ativa ativa no meio de sua sua teia me convinha. convinha. uma vez, vez, n�o na casa de victor, mas numa num a saun sauna a d da a pr pra a�a cl clic ichy, hy, en encon contre trei-m i-me e na na situ situa a��o de de n�o sai sair, r, pratic praticame amente nte durante toda a noite, do fundo de um grande sof�, mesmo have havendo ndo uma cama imensa que ocupava ocupava o centro centro da sala. com com
a cabe cabe�a na altu altura ra certa, eu podia podia chupar quem quem se apresentasse apresentasse ao mesmo mesmo tempo que, que, apoiada nos bra�os do so sof f�, es esti timu mula lava va at� dois sexos ao mesmo tempo. mantinha minhas pernas bastante levantadas para que os que ficassem suficientemente excitados viessem, um depois do outro, continuar em minha boceta. transpiro muito pouco, mas, �s vezes, ficava inundada com o suor dos meus parcei par ceiros ros. . ali�s, ha havia via sempre esperma secandofiletes no altode das coxas, �s vezes nos seios ou no rosto, rost o, e at� mesm mesmo o no nos s cabelo cabelos. s. ali�s, os h hom omens ens que que costumam fazer surubas gostam muito de esporrar em uma boceta quando ela j� est� forr forrada ada d de e ba bastan stante te porra. porra. de tempos tempos em tempo tempos, s, com com o pretexto de ir ao banheiro, conseguia cair fora do grupo e me lavar.
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a casa de victor tinha um banheiro com uma luz azulada suficientemente clara sem ser agressiva. um espelho acima da banheira ocupava toda a parede, e a imagem profunda e fundida que ele refletia tomava a atmosfera ainda mais doce. costumava ficar observando meu corpo, espantada ao ao constatar constatar que ele era mais mais mi�do do que eu suspeitava suspeitava ser ser alguns minutos antes. naquele naqu ele banh banheiro eiro havi havia a espa espa�o para para trocas trocas mais tranq tranq�ilas. ilas. sempr sempre e havia havia algu�m para me cumprimentar pela cor morena de minha pele e pelo meu savoir-faire no uso da boca - come coment nt�rios rios que eu usufru usufru�a melhor melhor al ali i do que quand quando o estava estava enterra enterrada da no sof sof�, e ouvia, ouvia, como como se fosse muito longe, long e, um grupo grupo trocar trocar i impre mpress ss�es sobre sobre mim, como como um doent doente e perceben percebendo do atrav atrav�s do torpor a conversa de m�dicos e i internos nternos na ronda de de leito em em leito. jato d'�gua em minha minha xoxota aberta aberta e entorpecida. entorpecida. era raro raro que aquele aquele que vinha ao banheir banh eiro o para um uma a pausa pausa n�o aproveit aproveitasse asse do do momento momento em que que eu me agachav agachava a no bid�, para agitar agi tar nos m meus eus l�bio bios s a pica pica j� qu quas ase e fl�cida cida mas sem sempre pre disp dispost osta. a. e, muitas muitas vezes, apenas refres ref rescad cada, a, de p�, as m�os na nas s borda bordas s do lavabo lavabo, , of ofere ereci ci mi minha nha vulva vulva � press press�o cada vez mais determinada de um sexo que finalmente conseguia ainda dar mais uma bombada. um dos meus maiores prazeres � o que proporciona um sexo que desliza por entre os grandes l�bios bios e vai fic fican ando do firme, descolando descolando progressivam progressivamente ente um l�bio do outro, outro, antes de engolfar-se engolfar-se n num um es espa pa�o que que fu fui i paulatinamente sentindo se abrir. nunca fui fui v�tima de um gesto gesto desajeitado desajeitado ou ou brutal; brutal; pelo contr con tr�rio, rio, se sempr mpre e fu fui i objet objeto o de cuid cuidado ado e aten aten��o. se estava estava cans cansada ada ou ou se a posi��o se tornava desconf desc onfort ort�vel, bas bastava tava que eu comunica comunicasse, sse, por interm interm�dio de �ric (que sempre sempre
estava por perto), 22
para que me deixassem descansar ou me levantar. de fato, a gentileza sem insist ins ist�nci ncia, a, qua quase se indiferente, que me rodeava nas surubas, convinha perfeitamente � mulher muito jovem que eu era, �� �� gauche gau che s sua uas rela la es com o outr outro. o. a popul popula a o d do o bosq bosque ue de bou boulog logne ne era ma mais is he hete tero rog gem �ne nea a -s re tamb�m do pon ponto to de vist vista a social social - e parec parece-m e-me e que que, , ne neste ste caso, caso, devo devo ter tido tido rel rela a��es com com homen homens s mais mais t�midos midos ainda que eu. via poucos rostos, rostos, mas cruzei cruzei com olhares olhares que me examinavam examinavam com uma esp�cie de expectativa, alguns at� mesmo mesmo com e espa spanto. nto. h havia avia os os freq�entadore entadores s que conhec conheciam iam os lugar lugares, es, organizavam rapidamente rapidamen te o desenrolar desenrolar das coisas, coisas, outros cuja cuja presen�a era mais furtiva, furtiva, e tamb tamb�m aq aque uele les s qu que e observavam sem participar. por mais mais qu que e a sit situa ua��o e os prota protagon gonista istas s sempre sempre mudassem mudassem, , e �ric se empen empenhass hasse e em sua renova renova��o - eu o ac acompa ompanhav nhava a sempre sempre com um pouco pouco de apre apreens ens�o -, meu prazer prazer era, paradox para doxalme almente, nte, o de reencon reencontra trar r rela rela��es familiar familiares es nessas nessas circunst circunst�ncias ncias desconhecidas. lembro de um epis�dio surpree surpreendente. ndente. encontrei encontrei lugar lugar em um banco banco de cimento particularmente rugoso e granulado. formou-se um grupo: de ambos os lados de minha cabe�a tr�s ou quatro homens homens se aproximavam aproximavam para para ser chupados, chupados, mas eu podia podia perceber perceber de vi�s um segundo c�rculo rculo form formado ado pe pelo lo vai vai-e-v -e-vem em claro claro de m�os movimen movimentand tando o picas, picas, que pareci pareciam am molas vibrando. atr�s, havia ainda ainda algumas algumas sombras atentas. atentas. no momento momento em que minhas minhas roupas roupas come come�avam avam a ser ser arrega arre ga�adas, adas, ou ouviuviu-se se o estr�pito de um acide acidente nte de carro carro. . largar largaram-m am-me. e. est�vamos vamos num desses pequenos bosques ao longo do bulevar de l'amiral-bruix, perto da porta maillot. depois de algum tempo fui me juntar ao grupo que observava da entrada, por entre as sebes. de um mini austin sa�a uma faixa luminosa bem no meio da avenida. algu�m disse que 23 havia uma mulher jovem dentro dele. um cachorrinho aflito corria em todas as dire��es. a faixa luminosa e os os far�is ligados d do o carro formavam formavam uma estranha estranha mistura mistura de luzes amarelas e brancas. sem prestar prestar muit muita a a aten ten��o as sirenes sirenes dos caminh caminh�es de de socorr socorro, o, reocu reocupei pei o banco. banco. e, como se o espa esp a�o do bos bosque que foss fosse e el�stico stico, , o c�rculo rculo se se refez refez e os atore atores s retom retomara aram m a cena cena no ponto em que tinha sido interrompi interrompida. da. algumas algumas palavras foram foram trocadas, trocadas, a vis�o do acidente acidente fazia repent rep entina inamen mente te s sob obres ressai sair r o la�o at� ent�o mudo mudo ent entre re as as pesso pessoas, as, e eu reencon reen contrav trava a minha minha ef�mera mera pequen peq uena a com comun unida idade de, , int intei eiram ramen ente te c�mplic mplice e na reali realiza za��o de sua sua ativid atividade ade particular;
eu adorava me introduzir nas raras trocas de propostas e nos gestos ou atitudes or ordi din n�ri rias as, , que, no bosque de boulogne, ao mesmo tempo, temperam e colocam em relevo os encontros ex traordin�rios. uma noite noite em que a porta porta dauphin dauphine e estava quase quase deserta, deserta, vimos contra a luz dos far�is do carro carro dois dois ho homens mens, , muito muito altos, altos, negros, negros, para parados dos na beira beira da da cal�ada. tinham o ar de duas pessoas pess oas desg desgarra arradas das, , ou que, num sub�rbio desolado desolado, , espera esperam m um improv improv�vel �nibus. nibus. eles nos a um pequeno quarto levaram quarto perto dali. dali. o c�modo e a cama eram eram estrei estreitos. tos. comeramcomeramme um depois do outro. enquanto um deles me cobria, o outro ficava sentado no canto da cama sem intervir. ele simplesmente observava. tinham movimentos muito lentos, pirocas grandes como nunca havia visto, n�o muito grossas, grossas, que penetravam penetravam fundo fundo sem que eu tivesse tivesse de abrir muito muito as pernas. pernas. eram como g�meos. dois dois contatos contatos que se encad encadear earam am nas ca car r�cias cias sem precip precipita ita��o. eles eles me tocav tocavam am com precis�o e, em troca, era maravilhoso maravilhoso usufruir da imensa superf� cie de pele que me ofereciam. acredito que, naquela vez, pude sentir sentir toda toda a intensi intensidade dade de uma penetra penetra��o realment realmente e pacient paciente. e. 24 enquanto me vestia, eles conversavam conversavam com �ric sobre os h�bitos do bosque de boulogne e sobre o trabalho como cozinheiros. quando os deixamos, me agradeceram com a justeza justeza de anfi anfitri tri�es sincero sinceros, s, e a lembran lembran�a que guardo guardo deles deles � marc marca a de afei��o. no chez chez a aim im�, as rela rela��es entre entre as pesso pessoas as ti tinha nham m meno menos s civi civilid lidade ade. . o "a "aim im�" era era um clube de trocas de casais muito concorrido. vinha-se de muito longe, �s vezes do exterior, para freq�ent�-lo. anos ap�s seu seu fecha fechament mento, o, eu eu ainda ainda me espan espantava tava como como uma uma provin provincian ciana a quando �ric enumerava o nome das personalidad personalidades, es, artistas artistas de cinema, da da m�sica popular popular e do esporte, homens de neg�cios cios que eu po poderi deria a ter conhec conhecido ido l� sem ter ter aberto aberto suficie suficientem ntemente ente os os olhos olhos para par a reco reconhe nhec c�-lo -los. s. nos anos anos em que o freq freq�ent�vamos, vamos, estreou estreou um filme filme que que parodia parodiava va alguns alguns aspect aspectos os da libera��o sexual e uma cena se passava passava num clube clube parecido com com o chez aim�: via-se um grupo grupo de homens se comprimindo comprimin do em volta de uma mesa ond onde e havia uma mulher mulher deita deitada, da, de quem s� era poss�vel distinguir distingui r as pernas cal cal�adas com bot botas as que se agitavam agitavam comicamente comicamente acima acima das cabe cab e�as. as. com com e efei feito to, , naquela �poca, as botas de cavaleiro estavam na moda, eu as usava e, por serem dif�ceis ceis de tir tirar, ar, tin tinha ha o h�bito bito de fic ficar ar com e elas las mesmo mesmo n�o tendo tendo nada sobre sobre o corpo. corpo. e mais mais de uma uma vez, vez, deitada sobre uma mesa, as exibi da mesma mesma maneira que que no filme. tive, tive, ent�o, a vaidade de de supor que meu traje minimal mini malista ista e me meus us movime movimentos ntos no no ar tinham tinham influen influenciad ciado o a imagina imagina��o do cineast cineasta. a. o prazer prazer de de me e entr ntregar egar durante durante long longas as sess sess�es no chez aim�, a bunda bunda
colada na beirada de uma grande mesa de madeira, a luz de uma lumin lumin�ria suspens suspensa a caindo sobre sobre o meu corpo como como sobre uma uma mesa de bilhar s� � igual igua l � avers avers�o que eu sentia sentia do cami caminh nho o que que perc percor orr r�amos amos pa para ra ch cheg egar ar at� l�. o chez chez aim aim� er era a 25 longe de paris: paris: era preciso preciso atravessar atravessar a escurid escurid�o sinistra do bosque de faussesfaussesraposes � Villed'avray, para, parecia com os finalmente, encontrar a casa no fundo de um pequeno jardim que se do sub�rbi rbio o da da m min inha ha in inf f�ncia. ncia. �ric nunca nunca me revel revelava ava com antec anteced ed�ncia ncia a pro rogr gra ama��o da da n no oite, porque porq ue acre acredito dito que uma de suas suas satisfa satisfa��es era era a de organiz organiz�-la juntamen juntamente te com com as as surpresas; era sua maneira maneira de c cria riar r co condi ndi��es "romanes "romanescas" cas". . ali ali�s, eu eu fazia fazia o jogo jogo sem sem nenhuma nenhuma pergunta. no entanto enta nto, , quan quando do per percebi cebia a que j� est�vamos vamos a caminho caminho, , ficava ficava ansiosa ansiosa tant tanto o ao pensar nos desconhecidos que em breve me obrigariam a despertar de mim mesma, quanto pela antecipa��o da energia que seria obrigada a despender. era um estado similar ao que experimento sempre antes de fazer faze r uma uma c confe onfer r�ncia ncia, , quando quando sei que ser� necess necess�rio que eu estej esteja a inteir inteiramen amente te concentrada no meu assunto assunto e entregue entregue �plat�ia. ora, ora, nem os homens homens que encontram encontramos os nessas nessas circun cir cunst st�nci ncias, as, nem nem um audit audit�rio mergul mergulhado hado n no o escuro escuro t�m rosto rosto e, como como por encant encantamen amento, to, entre entre a ansiedade que antece ant ecede de e a fad fadig iga a qu que e se se segu segue, e, n�o se tem consc consci i�nc ncia ia da da pr pr�pria pria exau exaust st�o. entr�vamos vamos pelo b bar. ar. n�o me lembro lembro de de ter sido sido comida comida ali, ali, embora embora o contat contato o da boceta com o revestimento revestimento de couro couro sint�tico do tamborete tamborete e a bunda bunda amassada pronta pronta para pega��o disfar disf ar�ada tenham tenham p perte ertencid ncido o ao registro registro de de minhas minhas fantasi fantasias as mais mais antigas. antigas. n�o tenho certeza de ter estado muito atenta ao que se passava � minha volta, �s mulheres empoleiradas pert perto o do balc balc�o de quem vinham apalpar a xoxota e a gordura da bunda. meu lugar era era em uma das salas salas da parte d de e tr�s, estirada, estirada, como disse, disse, sobre uma mesa. mesa. as paredes paredes eram nuas. nuas. naquelas salas salas n�o havia cadeiras cadeiras ou banque ban quetas tas, , n�o ha havi via a nada al�m de mesa mesas s r�sticas sticas e lumin lumin�rias que pendiam pendiam do teto teto. . podia podia ficar ficar ali ali duas ou tr�s hor horas as. . 26 sempre sem pre a m mes esma ma conf configu igura ra��o: m�os pe perco rcorre rrendo ndo me meu u cor corpo, po, minha cabe�a virando para chupar ora � direita, ora � esquerda, enquanto outros cacetes se esfregavam em meu ventre. cerca de vinte homens podiam se revezar assim durante toda a noite. esta po posi si��o, a m mul ulhe her r dei deita tada da de costas, seu p�bis na altura do pau do homem apoiado em suas pernas, � uma das melhore melh ores s e mais con confort fort�veis que conhe conhe�o. a vul vulva va fi fica ca bem bem aberta, aberta, o homem homem fica fica �vontade para atochar horizontalmente e meter fundo sem parar. trepadas trepadas vigorosas vigorosas e precisas. precisas. as vezes, vezes, as investidas investidas eram t�o vigorosas que eu agarrava a beirada da mesa com as duas duas m�os e, durant durante e muito tempo, tempo, fiquei permanenteme permanentemente nte com a marca marca
de uma pequena esfoladura esfoladur a bem abaixo do do c�ccix, no local local onde minha minha coluna vertebral vertebral friccionava friccionava a madeira rugosa. o "aim "aim�" acabou acabou fec fechand hando. o. fomo fomos s l� uma �ltima ltima vez, vez, o lugar lugar estava estava deserto deserto e eles eles tinh tinham am acab acabad ado o d de e rece recebe ber r uma uma in inti tima ma��o da pol pol�cia cia judi judici ci�ri ria. a. di dian ante te da si situ tua a��o, propusemonos a vol voltar tar mai mais s ta tarde rde e aim�, com o tronco tronco pes pesado ado atr atr�s do balc balc�o, berra berrava va com com sua mulher, recriminando-a por estar nos obrigando a ir embora. naquela noite, noite, um amigo chamado henri, henri, claude e eu, que form�vamos o mais mais amig�vel dos trios, trios, acabamos acabamos nos glycines, glycines, em minha primeira primeira vi visita sita a um lugar lugar que nos fazia sonhar. henri henri morava num num apartamento apartamento min�sculo na rua de chazel, em em frente do muro muro alto cobert cob erto o de r rebo eboco co c clar laro, o, que que esco escondi ndia a a mans mans�o. claud claude e e eu t�nhamos nhamos o h�bi bito to de passar na casa de de henri, henri, que fica ficava va no camin caminho ho que que faz�amos quan quando do volt volt�vamos vamos da visita visita dominical a nossos noss os pais. pais. tr trep ep�vamos vamos os tr�s, os dois dois metend metendo o em mim mim ao mesmo mesmo tempo, tempo, um na na boca, e outro no rabo ou na na boceta, sob os alegres alegres ausp ausp�cios de um um dos mais mais belos quadros quad ros de de mart martin in bar barr r�, que cham cham�vamos vamos de "o espag espaguete uete", ", presen presente te do autor autor a henri. depois depo is cost costum um�vamos vamos espiar espiar pela pela janela janela 27 as entradas e sa�das nos glyc glycines. ines. henri henri tinha ouvido ouvido falar que a boate era freq fre q�entad entada a por por at atore ores s de cinema cinema que, que, �s veze vezes, s, acred acredit it�vamos vamos ve ver r pass passar. ar. fi fic c�va vamos mos co como mo crian crian�as idiotas, fascinados e iludidos por por uma atividade atividade secreta secreta que nem consegu consegu�amos imaginar, imaginar, mas excitados excitados pela pela apar apar�ncia ncia de coisas que que nos eram inacess inacess�veis: os carros carros chiques que que paravam diante diante da porta, por ta, o po port rte e bu burg rgu u�s das silhuetas que desciam. quando, alguns anos mais tarde, transpus aquele portal, imediatamente percebi que preferia preferia o estilo gasto do do chez aim�. subimos a pequena pequena al�ia de cascalho, cascalho, ocupada por por um grupo de de japoneses, japoneses, conduzidos conduzidos por uma jovem com com ares de aeromo aeromo�a. ela exigiu exigiu que eu apresentasse apresentasse a carteira carteira de seguridade social, que eu evidente evidentement mente e n�o tinha, tinha, nem comigo comigo nem nem em outro outro lugar lugar qualque qualquer, r, pois pois n�o trabalhava regularmente. mesmo que eu tivesse um contracheque, me sentiria como se estivesse devendo alguma coisa, uma vez que, diante de uma mulher maior que eu -jamais de um homem sou, ainda hoje, uma crian crian�a desajei desajeitada, tada, qualquer qualquer que seja sua sua idade. ac acabamos abamos entrando. entrando. o lugar era claro como uma uma sala sala de ja jantar ntar, , com muita muita gente gente nua nua deitada deitada sobre sobre colch colch�es no ch ch�o, e o que me desconcertava desconcer tava ainda mais mais do que a amea amea�a da "inspetora "inspetora de trabalho" trabalho" na entrada entrada era que as pessoas contavam piadas. uma mulher de pele branca, sem maquiagem,
cujos cabelos cabelos desfeitos desfeitos apresentavam apresentavam tra�os do mesmo mesmo coque banana da recepcionista, fazia a assist assi st�ncia rola rolar r de r rir ir contan contando do que seu filho pequeno "queria muito acompanh�-la esta noite". lembro-me lembro-me de �ric, sempre extremamente extremamente pr�tico, apalpando apalpando a parede � procura de um interruptor, interruptor, porque t�nhamos conseguido conseguido combinar uma troca de parceiros com um casal, que certamente seria seria mais mais agrad agrad�vel com a luz mais baixa. baixa. por�m, uma das 28 gar�onetes que navegavam navegavam entre os corpos com uma bandeja de � fl tescom de um champ champanhe anhe pisou em um fio e reac reacendeu endeu a luz. ela ela mesma acompanhou acompanhou seu seu gesto sonoro "merda", apoiado apoiado por todos. todos. depois depois disso, n�o me lembro de termos fal falado ado mais nada. com exce exce��o do do bo bosq sque ue d de e boulo boulogne gne, , n�o costu costum m�va vamos mos no nos s mist mistura urar r com com outro outros s antes antes de sermos cumprimentados, cumprimen tados, antes antes de que tivesse tivesse sido respeitada respeitada uma certa certa dist�ncia de transi tra nsi��o, na qua qual l alg algum umas as pa pala lavra vras s s�o troca trocadas das e cad cada a um m mant ant�m entre entre si e os os outros outros o espa espa�o do cop copo o que oferec oferece e ou do cinzeiro que passa. sempre quis abolir este suspense, mas eu suportava melhor certos rituais do que outros. achava armand engra engr a�ado: quand quando o todo m mundo undo ainda ainda estav estava a de convers conversa, a, ele tinha tinha o h�bito de ficar ficar completamente nu (ele dobrava suas roupas o cuidado de um criado de quarto), era inconveniente por se antecipar apenas com alguns minutos. tinha de me ajustar � mania, um pouco idiota, daquele grupo que s� iniciava a suruba depois de ter jantado, sempre no mesmo restaurante, como um grupo de antigos colegas de escola cuja alegria alegria inab inabal al�vel era a de tirar a calcinha calcinha ou o collant collant de uma d das as mulheres mulheres presentes enquanto enquanto o gar gar�om servia a mesa. em compen com pensa sa��o, conta contar r his hist t�rias rias libidi libidinos nosas as numa numa boat boate e de suru surubas bas me me parec parecia ia obscen obs ceno. o. s ser er� que eu, instint inst intivam ivamente ente, , cons consegui eguia a distingu distinguir ir os n�meros meros que s�o apresent apresentados ados como como prel prel�dio dio � verd verdad adei eira ra co com m�dia, dia, para melhor melhor p prepa repar r�-la, das momices momices e palha palha�adas que servem servem apena apenas s para para poste posterg rg�la? os atos praticados no primei pri meiro ro c cas aso o n�o o s�o no seg segund undo o e est est�o, na na verd verdade ade, , "for "fora a do luga lugar". r". mesmo mesmo que tenh tenha a guardad guardado o at� hoje reflexos reflexos de cat�lica praticante praticant e (fazer o sinal da cruz disfar disfar�adamente se pressinto pressinto um incidente, incidente , sentir-me sentir-me observada observada logo que tenho consci�ncia de uma falta ou erro...) n�o posso verdadeiramen verdadeiramente te pretender pretender crer em deus. deus. 29 ali�s � bem pos poss s�vel vel qu que e esta esta cren cren�a tenha tenha me ab aband andona onado do qu quand ando o co comec mecei ei a te ter r rela��es sexuais. portanto, portanto, sem sem uma miss�o a cumprir, sem sem rumo, descobri descobri ser uma uma mulher mais passiva, sem outros objetivos objetivos a atingir atingir que n�o fossem os que que os outros me oferecessem. oferecessem. na persecu��o desses objetivos, objetivos, sou mais mais do que constante, constante, e se se a vida em si n�o tivesse fins fins eu os perseguiria sem tr�gua, mesmo mesmo q que ue eu m mesm esma a n�o os tivess tivesse e definid definido. o. foi foi com este este estado estado de esp�rito rito que jam jamai ais s fugi fug i � taref tarefa a que me fo foi i confi confiada ada, , j� h� muito muito tempo, tempo, de di dirig rigir ir a re reda da��o da art press. participei da cria��o da revist revista, a, ded dedique iquei-me i-me bast bastante ante a este este trabal trabalho ho para para que fosse fosse estabelecida uma
identific identi fica a��o ent entre re mi mim m e ele, ele, mas mas nele nele sint sinto-m o-me e mais mais como como um um condut condutor or que que n�o deve sair dos trilhos do que que como um guia guia que sabe onde onde est� o porto. eu trepava trepava dessa dessa mesma maneira. como eu era totalm totalment ente e disp dispon on�vel e n�o tinha tinha estabele estabelecido cido um um ideal ideal a ser atingid atingido, o, tanto tanto na vida profissional quanto na vida amorosa, fui estigmatizada como uma pessoa sem nenhum impedimento, excepc exc epcion ionalm alment ente e de despr sprov ovida ida de inibi inibi��o, apes apesar ar de de n�o ter ter nenh nenhum um mot motivo ivo pa para ra n�o ocupar este � lugar. minhas lembran as das surubas minhas surubas e das noites noites passada passadas s no bosque de boulogne em companhia de um dos meus meus amigos-amantes amigos-amantes articulam-se articulam-se entre entre si como os quartos de u um m pal�cio japon�s. acredit acre ditamos amos e estar star n num um c�modo fecha fechado do at� que outra outra parede parede desli desliza, za, revela revelando ndo uma uma seq��ncia de outros outr os c�modo modos, s, e � medida medida que e avan�amos, avan amos, outra outras s pa pared redes es se se abrem abrem e se fech fecham, am, e se os os c�modos modos s�o muit muito o numerosos, incalc inc alcul ul�vei veis s s�o as as ma mane neira iras s de de pass passar ar de um para o outro. ( mas, nessas nessas lembran lembran�as, as visitas aos clubes clubes de trocas de casais ocupam ocupam um lugar lugar pouco relevante. relevante. o chez chez aim� era coisa de de outra ordem: ordem: er era a o be ber r�o nu da trepada. se guardo na mem�ria o fiasco dos glycines glycines foi porque ele representou representou 30 a atual atualiza iza��o e exem xemplar plar de um devaneio devaneio da �poca em que estava estava saindo saindo da adolesc adol esc�ncia ncia. . talv talvez ez ist isto o se deva ao ao fato de que minha mem mem�ria seja so sobretudo bretudo visual visual e que eu me lembre lembre melhor, melhor, por exemplo, exemplo, do cl�op�tr tre, e, cl club ube e ab aber erto to pelo pelos s a ant ntig igos os clie client ntes es do chez chez aim aim�, com com sua sua loc local aliz iza a��o ext extra rava vaga gant nte e no no cor cora a��o do centro comercial do xiiie arrondi arro ndissem ssement, ent, d decor ecora a��o limp limpa a e atividade atividades s sexuais sexuais bastan bastante te banais. banais. em em compen com pensa sa��o, out outro ros s l lug ugar ares es e outros outros acontec acon tecimen imentos tos s�o t�o marcan marcantes tes que eu quase quase poderia poderia classifi classific c�-los por temas. temas. como, por exemplo, exemplo, a vis�o do cortejo de carros, co continuidad ntinuidade e viva de nosso nosso pr�pr prio io ca carr rro. o. su sub b�am amos os a avenida foch foch e tive uma s�bita vonta vontade de de fazer xixi. xixi. quatro o ou u cinco carros carros seguiam segu iam o nos nosso. so. p param aramos, os, des des�o e atravesso correndo uma faixa de grama para chegar a uma �rvore. as portas dos outros carros se abrem, e alguns, sem entender o que estava acontecendo, se aproximam. �ric corre e se inte interp rp�e, j� que que o luga lugar r � expo expost sto o e muito iluminado. iluminado. volto volto ao carro e o cortejo cortejo d� a partida. estacionamento estacionamento na porta de saint-cloud: o guarda observa quase quase quinze carros carros chegando chegando uns atr�s dos outros, outros, e retornando retornando uma hora mais tarde quase na mesma ordem. em uma hora, uns trinta homens me comeram, muitos me mantendo levantada e encostada em um muro, outros outr os sobr sobre e o cap� do c carro arro. . algumas vezes o roteiro se complica pela necessidade de despistarmos alguns carros
na estrada. os motoristas motorista s combinam um destino, uma uma fila se forma, forma, seguida seguida por outras que que v�o se juntan jun tando, do, a at t� que a fil fila a se torna muito grande e acaba acaba sendo mais mais prudente limitar limitar o n�mero de participantes participantes. . uma noite rodamos durante tanto tempo que parecia uma viagem. um motorista que conheci conh ecia a um cer certo to lug lugar, ar, acabou acabou reve reveland lando o que n�o sabia sabia t�o bem o camin caminho. ho. eu via pare pares s d de e fa far r�is n nos os seguindo � direita e � esquerda, 31 aparecendo e desaparecendo aparecendo desaparecendo no retrovisor. retrovisor. finalmente, finalmente, ap�s muitas paradas paradas e concil con cili i�bulos bulos, , sob sob os degraus de de uma quadra de esportes do lado de v�lizy-villacoublay, lizy-villacoublay, tive tive o direito de usufruir os cacetes pacientes pacientes daqueles que que n�o se desgarraram desgarraram no caminho. a err�ncia poderia poderia ser outro tema. tema. os carros carros andam, param, param, partem novamente, novamente, manobram secamente como um jogo teleguiado. picadeiro da porta dauphine: nos comunicamos de um carro ao outro outro e a senha senha parece parece ser: ser: "voc "voc� tem um luga lugar?" r?" alguns alguns carro carros s deixam deixam o c�rculo rculo e uma uma es esp p�ci cie e de pers perseg egui ui��o s se e i ini nici cia a e em m dir dire e��o a um ende endere re�o des desco conh nhec ecid ido. o. acon aconte tece ceu, u, na verdade, uma vez, apenas em que que a procura demorasse demorasse um um pouco mais e que que acab�ssemos fazendo fazendo algumas bobagens. estou com um grupo de amigos, pouco habituados ao bosque de boulogne, seis pessoas apertadas em um renault e dispostas a desistir depois de ter rodado um tempo em v�o. nu numa ma da das s al�ias princi principais pais, , ao ve vermos rmos dois dois ou tr�s carros carros parado parados s no sinal, sinal, entra entramos mos na fila. eu, como um pequeno soldado soldado bravo e fanfarr�o, em nome dos dos outros que ficam ficam me esperando, esperando, des des�o pa para ra c chu hupa par r o pau do motorista motorista do carro carro parado atr atr�s do nosso. previsivelm previsivelmente, ente, dois policiais policiais se plantam � minha frente enquanto tento cair fora. eles perguntam ao homem, que se abotoa desconfortavelmente sob o volante, se ele me pagou e exigem que todos se identifiquem. mesmo quando quando minha minha mem�ria se organiza em torno torno de fatos corpora fatos corporais, is, a as s sen sensa sa��es acabam acabam sendo sendo menos menos releva relevantes ntes do que os ambientes. poderia reunir muitos casos ligados ao uso que fiz durante durante muit muito o t tempo empo do meu meu �nus, t�o regula regularmen rmente te ou, ou, at at� mesmo, mesmo, mais mais do que de minha vagina. num belo apartamento situado atr atr�s dos invalides, invalides, participo participo de de uma suruba suruba em petit petit comit comit� e recebo pela abertura anal a viga de um gigante. 32 o quart quarto o em mezan mezanif iflo lo co com m v�o envidr envidra a�ado e as as numero numerosas sas l�mpadas mpadas ilu ilumin minand ando o o n�vel vel d da a ca cama ma lemb lembra ram m u um m cen cen�ri rio o de filme amricano. o lugar tem em si um car�ter desmesurado desmesurado e irreal por causa de uma gigante giga ntesca sca m�o aber aberta ta de res resina ina pinta pintada, da,
colocada na sala �guisa de mesa baixa, e onde uma mulher pode facilmente se estender. tenho receio do sexo do grande gato de cheshire, quando percebo a via por onde ele procura penetrar, mas ele acaba conseguindo sem for�ar demais demais e f fico ico espant espantada ada e quase quase orgulh orgulhosa osa ao desco descobrir brir que que tamanh tamanho o n�o consti con stitui tui u um m obs obst t�cul culo. o. o n�mer ero o ta tamb mb�m n�o. po por r al algu guma ma raz�o - pe per�od odo o de de ov ovul ula a��o? ble blen nor orr rag agi ia? - aco cont nte eceu de s� haver penet etra ra��o em meu cu, em uma uma su suruba ruba onde havia havia uma uma multid multid�o. vejo-me vejo-me ao ao p� de uma uma escada escada estreita,ix, na hesitante rua quincampo quincampoix, hesitante antes de decidir decidir se ia subir. subir. claude claude e eu hav�amos consegu cons eguido ido o ende endere re�o, quase quase por por acaso. acas o. n�o co conhec nhec�amos ningu ningu�m. o apartam apartamento ento tem teto baixo, baixo, extr extremam emamente ente escuro. escuro. escuto os homens perto de mim passando a senha: "ela quer ser enrabada", ou prevenindo aos que tomam o caminho cami nho erra errado: do: "n�o, ela ela s� d� o r rab abo. o." " d des essa sa ve vez, z, acab acabei ei pass passan ando do mal. mal. mas mas fiq fique uei i tam tamb b�m com com a sat satis isfa fa��o pessoa pes soal l d de e n�o te ter r m me e sentido impedida de fazer o que queria.
devaneios a releitura das p�ginas prece precedentes dentes fez ressurgir ressurgir imagens imagens mais antigas antigas que foram, foram, de fato, criadas por minha min ha imagi imagina na��o. o fa fato to de t�-las -las conceb concebido ido, , bem ant antes es de ter ter minha minha pri primei meira ra rela��o sexual, ainda muito antes de perder minha inoc�ncia, constitui si um mist mist�rio sedu sedutor tor. . qu que e retalh retalhos os do do real real - fotograf fotografias ias no cin�monde, monde, alus alus�es de de minha min ha m�e ao sai sairm rmos os d de e um caf caf� c che heio io de 33 jovens praguejando praguejando e insinuando insinuando que a �nica mo�a no grupo deve se se deitar deitar com com todos todos eles; ou ainda o fato de meu pai pai voltar tarde tarde para casa, casa, justamente justamente depois de ter ter ido ao caf�... - acabei recuperando e ligando entre entre si, e que tipo tipo de mat�ria instintiva instintiva fui modelando modelando para que que as hist his t�rias rias que que eu c cont ontava ava a mim mesma mesma enquant enquanto o fric friccion cionava ava os l�bios da da minha minha vulva vulva tenham tenham prefigu prefigurado rado t�o bem minhas aventur aven turas as p poste osterior riores? es? guardo guardo at at� mesmo mesmo a lembran lembran�a de um crime crime: : a pris�o de uma mulher idosa, obscura (a empregada de uma fazenda, talvez), acusada de ter matado seu amante. mais do que o assassinato, assassina to, cujas circunst circunst�ncias acabei acabei esquecendo, esquecendo, o que realmente realmente me marcou marcou foi o fato de terem encontrado encontrad o em sua casa cadernos cadernos ond onde e ela registrava registrava lembran lembran�as e colava todo todo tipo de pequenas rel�quias, fotografias, fotografias, cartas, mechas mechas de cabelos, cabelos, relacionados relacionados a seus seus numerosos amantes. eu, que gostava gost ava dos cade caderno rnos s de exerc exerc�cios de f�rias e de de �lbuns lbuns de de figur figurinha inhas s bem bem organizados onde colecionava fotografias de anthony perkins ou de brigitte bardot, fiquei admirada ao constatar que ela pudesse juntar o tesouro tesouro daqueles daqueles vest�gios de homens homens em alguns alguns blocos de papel. e um recanto
secreto de minha libido ficou ainda mais perturbado diante do fato de aquela mulher ser feia, definitivamente definitiv amente solit�ria, selvagem e desprezada. desprezada. s�o gra grande ndes s as as se seme melha lhan n�as est estrut rutura urais is ent entre re sit situa ua��es vi vivid vidas as e imagin imaginada adas, s, apesar de eu nunca ter procurado reproduzir voluntariamente essas �ltimas em minha vida, e os detalhes do que vivi tenham alimentado muito pouco minhas fantasias. apenas devo admitir que as fantasias elaboradas desde a mais remota inf�ncia me tornaram aberta para uma uma grande grand e diversidade divers idade de experi�ncias. como nunca tive vergonha dessas fantasias, fantasias, nunca as reprimi repr imi, , pel pelo o con contr tr�rio, sempre sempre as renovei renovei e enriq enriqueci ueci, , e elas elas n�o constitu�ram uma barreira barreira ao real, mas mas acabaram abrindo uma uma 34 esp�cie de g grade rade atra atrav v�s da qual qual certas certas circunst circunst�ncias ncias da vida que outras outras pess pessoas oas teriam achado extravagantes me pareciam normais. meu irm irm�o e eu rar raramente amente �ramos levados para brincar brincar em jardins, jardins, mas, no no caminho caminho para a escola, havia um que costum�vamos atravessar atravessar num dos dos lados havia havia um muro extenso extenso e, encosta enco stados dos nele nele, , tr�s bonito bonitos s abrigos de tijolo e de madeira pintada de verde, cercados de arbustos. um servia para guardar o material de jardinagem jardinage m e os outros dois dois eram ban banheiros heiros p�blicos. por aquele aquele jardim jardim deviam circular alguns grupos de garoto gar otos. s. e a pri prime meira ira hist hist�ria que acomp acompan anhou hou mi minha nha pr�ti tica ca de mastu masturba rba��o, retomada periodicamente durante muitos muit os anos, anos, me c coloc olocava ava na situa situa��o de ser ser levada levada a um daquel daqueles es abrigos abrigos por por um garoto. eu o imaginava beijando-me na boca e bolinando todo o meu corpo no momento em que �ramos surpreendidos por seus colegas cole gas. . todo todos s pass passavam avam a p part articip icipar. ar. fic fic�vamos vamos sempre sempre de p� e eu girava girava em em torno de mim mesma espremida no meio do grupo. quase todos os domingos durante o inverno, inverno, meu pai pai ou minha m�e nos levava � mati matin n� do cin cinem ema a do bairro bai rro, , in inde depen penden den te d da a progr programa ama��o e as as peque pequenas nas se seq q��ncias ncias dos dos filmes filmes de amor amor e dos filmes publ public icit it�rios rios qu que e eu consegu conseguia ia com compre preende ender r impulsio impulsionara naram m minha imagi imagina na��o. fantasi fantasiava ava que que me permitiam ir sozinha ao cinema. cine ma. havia havia m muit uita a gent gente e na fila. fila. de repe repente, nte, algu algu�m come come�ava a me me bolinar bolinar por por tr�s e todos todos os qu que e est estav avam am pr�ximos ximos de mim n na a fila acabava acabavam m fazendo fazendo o mesmo, mesmo, e, e, ao chegar chegar diant diante e do guich guich�, a mulher na bilheteria percebia que que tinham levantado levantado minha minha saia e eu conversava conversava com com ela, enquanto enquanto algu�m se esfregava em minha bunda - eu estava sem calcinha. a coisa ia esquentando. eu atravessava o hall descomposta com a blusa desabotoada (porque tinha criado para mim mesma uma imagem de mulher adulta que me dotava de belos seios, imagem � qual ainda recorro recorro em minhas minhas fantasias, fantasias, mesmo sabendo sabendo que meus meus seios t�m um
tama tamanh nho o m�dio) dio). . �s vezes, vezes, o g geren erente te do cinema, cinema, pl�cido cido mas mas autor autorit it�rio, pedia pedia que que esper esper�ssemos ssemos chegar na sala de proje proj e��o para levar levar adian adiante te os amasso amassos. s. num primei primeiro ro momento momento, , eu esfregav esfregava a as pernas com um garoto garo to numa numa mes mesma ma pol poltron trona. a. ele era era uma uma esp�cie de l�der do grupo, grupo, um pouco pouco taciturno, que finalmente, finalment e, tendo me excitado excitado ao m�ximo, se separava separava brutalmente brutalmente de mim mim para beijar outra menina e me abandonar carpete entre aos caprichos dos homens de seu grupo com quem eu me deitava no as fileiras de poltronas. poltronas. desenvolvimento: desenvolvimento: senhores senhores respeit respeit�veis podiam deixar seus lugares ao lado de suas mulheres desconfiadas para atravessar no escuro a sala e vir se deitar sobre mim. acontecia de eu fazer com que a luz da sala fosse acesa durante estas trepadas; ou, ainda, eu ia ao toalete de onde se formava um ir e vir com a sala. acredito que, de tempos em tempos, chamava a po pol�cia. variante: o gerente do cinema me fazia ir � sua sala, depois mandava que o grupo de garotos subisse subi sse... ... ou outra tra ve vers rs�o: eu segui seguia a at� um terren terreno o baldio baldio com o grupo grupo que que tinha tinha me bolinado na fila do cinema. ali, ali, atr�s de uma cerca, cerca, deixavam-me deixavam-me completamente completamente nua e se esfregavam esfregavam em mim. o denso grupo era denso e formava formava um c�rculo em volta, volta, como se fosse fosse uma segunda segunda cerca que que me protegia do olhar dos passantes. um a um, os garotos garotos se separavam separavam do grupo e vinham vinham at� mim. numa outra cena, encontrava-me em uma boate, mergulhada no fundo de uma banqueta com um homem de cada lado. enquanto eu beijava avidamente um deles, o outro me acariciava. depois eu fazia meia-volta meia-volta para para beijar beijar o outro, outro, mas o primeiro primeiro n�o deixava deixava ou acabava dando lugar a um outro, e assim sucessivamente, 36 eu virava sem parar de um lado para o outro. n�o tenho certeza se na �poc poca a em que com comec ecei ei a f faze azer r essas essas fabul fabula a��es j� ha havia via ti tido do alg algum um cas caso o ou at at� mesmo beijado a boca de um �nico rapaz. rapa z. comece comecei i tard tarde. e. qua quando ndo volt volt�vamos vamos do col�gio, no no quarto quarto que dividi dividia a com meu irm�o, enco encont ntrav ravaa-me me regularmente com um grupo menina men inas s t�m os cor corpos pos mai mais sde rapazes, mas para brigar com eles. nessa idade, as desenvolvidos que os meninos, eu era bem forte e quase sempre acabava levando vantagem sobre eles.
j� que que esto estou u rele relemb mbra rand ndo o co cons nstr tru u��es imag imagin in�rias rias de minh minha a in inf f�ncia ncia e adol adoles esc c�ncia ncia, , devo ressaltar principalmente principal mente a dist�ncia que existe existe entre elas elas e meu comportamento comportamento, , sobretudo sobretudo na puberd pub erdade ade. . ao co come me�ar a ler um romance romance de hemi hemingw ngway ay (o sol sol tamb�m se levant levanta, a, talvez) talvez), , fiquei fiquei t�o pert pertur urba bada da com com a d des escr cri i��o de um uma a das personagens femininas, pelo fato de ela ter muitos amantes, que interrompi a leitura. nunca mais a retomei. uma conver conversa sa co com m minh minha a m�e provocou provocou outro outro peque pequeno no trauma. trauma. n�o sei mais mais como como come com e�amos amos o assu assunt nto, o, eu apenas a vejo arrumando a mesa na cozinha e me confiando ter tido, em sua vida,
sete amantes. "sete", disse me olhando, "n�o � tanto assim", mas havia em seus olhos uma timidez interrogativa. interrogativa. demonstrei minha contra con trarie riedad dade. e. er era a a pri primei meira ra vez vez que esc escuta utava va de alg algu u�m a afirma afirma��o de que que uma mulher podia ter muitos homens. ela acabou se desculpando. muito tempo depois, quando voltei a pensar naquele raro momento de franqueza, arrependi-me de minha atitude. sete. o que representava isso quando comparado a uma conta que nunca fechava? quando fiquei mais consciente de como eram os atos sexuais, naturalmente os incorporei a meus devanei deva neios, os, mas sem que a consum consuma a��o do do coito coito exclu exclu�sse a possib possibilid ilidade ade de pass passar ar de um 37 parceiro para outro. sob este ponto de vista, um dos relatos mais completos era o seguinte: acompanho um homem home m gordo gordo e vul vulgar, gar, prova provavelm velmente ente um um tio, a um um almo�o de neg�cios na na sala sala reservada de um restaurante. vinte vin te ou tri trinta nta homen homens s es est t�o � mesa mesa e minha minha primei primeira ra interv interven en��o consis consiste te em em, , escondida sob a toalha, fazer uma volta completa embaixo da mesa para, sucessivamente, abrir todas as braguilhas e chup chup�-lo -los s um um a um. um. imagino os rostos acima de mim, flacidamente descompostos, enquanto um de cada vez se ausenta brevemente da conversa. em seguida, subo na mesa, onde eles se divertem enfiando em mim diversas coisas, como charutos e salsich salsich�es, algu algu�m vem comer comer uma uma salsicha salsicha entr entre e minhas minhas coxas. coxas. a medida medida que que o almo alm o�o se des desenr enrol ola, a, vo vou u sendo send o meticul meticulosam osamente ente f fodid odida, a, levada levada por por uns at� o sof�, outros outros me foden fodendo do por tr�s em em p�, eu eu c cur urva vada da so sobr bre e a mesa, mesa , enquant enquanto o a conve conversa rsa pross prossegue egue ao ao redor. redor. de passagem passagem, , maitre maitre e gar�ons tamb tamb�m se aproveitam. no fim, se um um orgas orgasmo mo p prem rematur aturo o n�o tiver tiver interro interrompid mpido o minha minha masturba masturba��o, os os rapaze rapazes s da cozinh coz inha a se j junt untam am a n�s. � uma situa situa��o reco recorren rrente te eu me encontr encontrar ar no meio meio de um grupo grupo de homens homens que que se ocupam de outras atividades que s� interrom interrompem pem pa para ra se juntar juntar a mim com com um certo certo ar de neglig neglig�ncia. ncia. uma �� pequ pe quen ena v var aria ia pod ode f faz azer er tio umapadrasto padra stooep o e grupo dedo homens de neg neg�cios pode tornar-se tornar-se um grupo de jogadores de baralho ou de futebol fute bol que que v�m, um de cada vez, vez, me foder foder sobre sobre um sof sof� enquant enquanto o os outros outros continuam a partida (ou se masturb mast urbam am dia diante nte de um uma a tela de de televis televis�o). durante toda minha vida fui retomando, modificando detalhes, desenvolvendo com o m�tod odo o de um composi comp ositor tor de f fuga ugas s semp sempre re os mesmo mesmos s relatos, relatos, que que s�o vers vers�es mais mais ou menos menos long�nquas nquas do dos s que narr narro o hoje. hoje. fiz alus alus�o a flashs flashs cinemato cinematogr gr�ficos ficos que influen influenciar ciaram am certas certas fantas fantasias. ias. 38 n�o vi a colecio colecionad nadora ora de �ric rohmer rohm er na ocasi ocasi�o de se seu u lan�amento, amento, mas mas apenas apenas um trecho trecho num num program programa a de tele televi vis s�o. numa numa casa casa de f�rias rias, , um homem penetra num quarto e passa, indiferente, ao lado de um casal que est � fazendo amor na cama; ele troca tro ca ape apenas nas um olhar olhar com com a jo jovem vem mu mulhe lher. r. de repet repeti i��o e em m repe repeti ti��o, mi minha nha tr tran ansp spos osi i��o deu deu ni nist sto: o:
um entregador penetra na minha casa, estranhamente, sem que eu lhe tenha aberto a porta, e me surpreende no quarto quar to (cuj (cuja a luz filt filtrada rada � a mesma mesma do filme) filme) assistin assistindo do a um v�deo pornogr pornogr�fico. fico. sem uma palavra, ele vem se deitar sobre mim, � logo substitu�do por um segundo entregador, entregador, que � seguido por um ter tercei ceiro, ro, que tamb tamb�m agem de mane maneira ira mui muito to natural natural. . a hist hist�ria, �s vezes, vezes, tem uma outra outra seq��ncia: ncia: um amigo vem me buscar e estou atrasada. continuo continuo trepando tr epando em levantada nas costas, tomando tomando cuidado cuid ado para para n�o des desfaze fazer r minha min hap�, com a saia levantada maquiagem ou ou amassar minha minha roupa. acontece acontece que que o amigo d�-se ao trabalho trabalho de bater �porta e vou abri-la, rebolando com com o pau de um dos dos entregadores entregadores enfiado enfiado em minha boceta boceta por tr�s. o amigo, amig o, exci excitado tado, , c come ome�a a abrir a braguilha. etc.
as fantasias fantasias sexuais s�o muito pessoais pessoais para que que possam verdadeirame verdadeiramente nte ser compartilhadas. no entanto enta nto, , eu tinh tinha a uma capaci capacidad dade e de imagina imagina��o desenvol desenvolvida vida e tinha tinha uma uma fonte fonte onde beber quando, logo depois, mea, aconteceu de experi exp eri�nci ncia, a mai maiori oria a conviver com os que gostam de falar. de acordo com minha dos homens homens se contenta contenta com algumas algumas express express�es e frases: frases: voc� � uma "chupadorazinha-c "chupadorazinha-chefe", hefe", uma comedora comedora de colh colh�es", antes de ser promov promovida ida a "puta "pu ta que que n�o te teri ria a me medo do de ser fodida deste jeito durante toda a noite", e � raro ser "fodida at� o final" e "arrebent "arrebentada ada com for�a", sem que a investida tenha sido 39 anuncia anun ciada da e em m vo voz z al alta. ta. voc� o encor encoraja, aja, confessa confessando ndo n�o passar passar de um "rese "reservat rvat�rio de porra", e como lhe assegur assegurem em q que ue voc� ser� bem "cravada "cravada", ", ou ou "enchi "enchida", da", ou "fodida" "fodida", , voc voc� mesma mesma pede para ser trespassada trespassa da por esta "pica "pica grossa", grossa", este "pau de de ferro" que lhe faz t�o bem, at� que que v voc oc� acab acabe e po por r "mamar "mam ar o le leite" ite", , "e "engol ngolir ir o creme". creme". mas estas estas s�o apenas apenas acentua acentua��es, relances relances entrecortados pelo � �� � ros rio rio d de e i inte nterje rjei gemidos os e todas todas as inflex inflex es usuais usuais do gr grito ito. . porq porque, ue, paradoxalmente, osi es, gemid homens home ns espera esperam m meno menos s resp resposta ostas s e mais car car�cias. cias. os termos termos chulos chulos s�o sempre sempre mais mais estereotipados e talvez talvez guardem seu seu poder de pertencer pertencer precisament precisamente e ao mais imut�vel dos patr patrim im�nios nios. . dessa maneira, esses termos nos tornam um pouco mais animais, ao fazer uso justamente daquilo que tem tem a fun fun��o de nos nos diferen diferenciar ciar, , ou seja, seja, a palavra palavra, , e aceler aceleram am o aniquilamento que procuramos nesses instantes. outra coisa � construir um verdadeiro relato, a duas vozes e em contraponto � troca corporal, ao longo do ato sexual. um homem me fazia fazia ampliar ampliar fantasm�tica e incomensurave incomensuravelmente lmente a coletividade coletividade fornicadora. ele iniciava fornicadora. iniciava o di�logo dizendo dizendo que me levava levava para um quarto quarto de hotel, hotel, do qual nem �
preciso explicar a categoria. homens faziam fila da cama ao corredor. "quanto eles pagam para despej des pejar ar em mi minha nha boce boceta ta?" ?" eu arris arrisca cava: va: "cin "cinq q�enta enta franc francos? os?" " retifi retifica ca��o docemente soprada em meu ouvido: "� muito muito car caro. o. n�o, eles eles v�o paga pagar r vint vinte e fran francos cos pa para ra meter meter na boceta boce ta e trin trinta ta fr franco ancos s para para enrab enrab�-la. quantos quantos voc voc� vai pegar pegar?" ?" eu, eu, subestimando: subestima ndo: "vinte?" "vinte?" a advert�ncia vem vem acompanhada acompanhada de de uma estocada seca: "s isso? - a: trinta!" trinta!" de de novo a piroca piroca non� fundo fo undo �nha minha mi vagin vagina: "voc "voc� vai dar dar para par a ce cem m e vaide se lavar". "garotos novos v�o esporrar assim que entrarem em minha boceta". "na sua barriga barr iga e no nos s pei peitos tos t tamb amb�m, voc voc� vai ficar ficar toda toda melada melada". ". 40 "e home homens ns muit muito o velhos velhos e muito muito sujos, sujos, que n�o tomam tomam banho banho h� tanto tanto tempo temp o que que t ter er�o crosta crostas s na na pele." pele." "� verdade, verdade, e quanto quantos s voc voc� vai pegar pegar para para mijar mijar em voc�?" " "va vai i ha have ver r tamb�m quem cague cague em mi mim?" m?" "vai, "vai, e voc voc� vai lamber lamber o cu deles deles logo logo depois." depois." "mas, "mas, antes eu vou recusar? vou me deba debater? ter?" " "s "sim, im, v�o ench ench�-la de tapas tapas." ." "isto "isto me d� nojo, nojo, mas mas vou vou limpar limpar as pregas do cu deles com minha min ha l�ngua" ngua". . "vam "vamos os chega chegar r � noite noite e vo voc c� vai ficar ficar at� o meio-d meio-dia ia do dia seguinte." "vou ficar cansada." � � "voc pode dormi d ormir, r, el eles es v continu continuar ar te foden fodendo. do. no dia seguin seguinte te a gente gente volta volta e o dono do hotel vai trazer oum cachorro e vai ter gente que vai pagar para te ver fodida por um cachorro." "vou te ter r de de chu chup p�-l -lo? o?" " "vo "voc c� va vai i ver ele com uma uma pica muito muito vermelha, vai subir em cima cima de voc� e vai ficar colado colado como com o se voc� fos fosse se uma cadela." outras vezes, vezes, a coisa se passava num barrac�o de oper�rios que n�o pagavam mais mais de cinco francos francos pela entrada. entrada. como como respondia �s vezes �s evoc evoca a��es, es, mas mas nada nada era era sis siste tem m�tico tico: : a a��o rea real l desenvo dese nvolvia lviam m para paralela lelament mente e e s� se juntav jun tavam am esp espora oradic dicame amente nte. . fal fal�vamos vamos bem devag devagar, ar,
obras com com equipes inteiras inteiras de j� disse, um movimento movimento do corpo corpo e a que que er era a fan fanta tasi siad ada a se se co com m a pr preci ecis s�o e a aten aten��o ao ao
detalhe de dois testemunhos escrupulosos ajudando um ao outro a reconstituir um acontecimento do passado. quando meu parceiro se aproximava do orgasmo, tornava-se menos falante. ignoro se ele se concentrava sobre uma das imagens de nosso filme imagin�rio. de minh minha a parte, acontecia acontecia de eu conduzir conduzir sil silenciosame enciosamente nte o roteiro para um quadro mais priva privado. do. o b barra arrac c�o se tornav tornava a um quarto quarto do do zelador zelador de um im�vel em refor reforma. ma. neste nest e tipo tipo de l luga ugar r ex�guo, a cama �, muitas vezes, dissimulada por uma cortina, e somente minha barriga e minhas pernas a ultrapassavam. ultrapass avam. os oper�rios continuavam continuavam a chegar em grupos, me comiam sem me ver e sem que eu os visse, mas sob o controle do zelador que coordenava o cortejo. 41 comunidades existem exis tem duas mane maneiras iras de encarar encarar uma multid multid�o: como como uma aglomer aglomera a��o na qual os indiv�duos se indiv se conf confunde undem m ou como como um encad encadeame eamento nto onde, onde, ao contr contr�rio, o que que os
distingue � o que os une, como um aliado que compensa as fraquezas de outro aliado, como um filho que se parece com o pai, mesmo se opondo a ele. os primeiros homens que conheci fizeram de mim, imediatamente, men te, o emi emiss ss�rio de uma uma rede rede da qu qual al n�o � poss poss�vel conhec conhecer er todos todos os membro membros, s, a malha incons inc onscie ciente nte de um uma a fam�lia no no senti sentido do b�blico. blico. je insinu ins inuei ei q que. ue. c com om me medo do das das rela rela��es socia sociais, is, eu tinha tinha fei feito to do ato sexu sexual al um um �f� r gio onde submergia de bom grado a fim de me esquivar dos olhares que me constrangiam e das trocas verbais verb ais para as q quais uais ainda ainda n�o estav estava a prepar preparada. ada. estava estava tamb tamb�m fora fora de de quest quest�o que eu tomasse a inic inicia iati tiva va. . n nun unca ca fiz fiz j jog ogo o de de sed sedu u��o. em comp compen ensa sa��o, es esta tava va di disp spon on�ve vel l em em quaisquer circuns cunst t�ncia ncias, s, sem sem h hes esit ita a��o, sem sem se segu gund ndas as inte inten n��es es, , em em tod todas as as aber abertu tura ras s de meu meu corpo e em toda a extens extens�o de minha minha consci consci�ncia. ncia. se, como como demonstr demonstra a o teorema teorema prousti proustiano, ano, vejo vejo minha personalidad nali dade e atra atrav v�s de uma imagem imagem desenhad desenhada a pelos pelos outros, outros, este � o tra�o dominant dominante. e. "vo voc c� nun unca ca dizia diz ia n�o, nunca nunca recus recusav ava a nada nada. . n�o se se fazia fazia de dif�ci cil." l." "voc "voc� es estav tava a long longe e de de ser mas voc voc�apagada, tamb tamb�m n� o e era ra extr extrav avag agan ante te." ." "v "voc oc� fazi fazia a as as cois coisas as nat natur ural al mente, nem reticente nem sacana, era apenas, de tempos em tempos, um pouco maso... "nas surubas suru bas, , voc� era s sempr empre e a primei primeira ra a dar a partida, sempre na frente..." "lembro-me que robert lhe mandava mandava um t�xi como se fosse fosse urgente, urgente, e voc� ia." ia." "a gente gente a via como como um fen�meno, meno, e mesmo mesmo quando quando havia havia muita muita gente gente voc� era 42 a mesma mesma at� o fim, fim, in intei teira ramen mente te entreg entregue. ue. vo voc c� n�o fa fazia zia o ti tipo po de mulher que quer quer dar prazer prazer a seu macho, macho, nem a grande grande putinha." "voc "voc� era como um amigo de saia." h� tamb�m esta nota escri escrita ta por por um amigo amigo em seu seu di�rio, que que reprodu reproduzo zo ainda ainda lisonjeada: "catherine, cuja tranq tran q�ilidade ilidade e mal maleabi eabilida lidade de s�o dignas dignas dos dos maiore maiores s elogios elogios. . o primeiro amigo de umhomem que conheci foi aquele que me fez conhecer o segundo. claude era casal casa l uma uma d�zia de anos mais velho velho do que n�s. ele ele n�o era era muito muito grande, grande, mas tinha tinha a musculatura de um atleta. ela tinha tinha u um m ro rosto sto magn�fico, fico, com com cabel cabelos os louro louros s e curtos, curtos, e o car�ter r�gido com o qual as mulheres inteligentes inteligen tes �s vezes modulam sua liberdade liberdade sexual. � poss�vel que claude tenha tido tido rela rela��es com com ela ela a ant ntes es de apresent�-lo a mim, quer quer dizer, antes antes de ter me induzido induzido a tre trepar par com ele. faz faz�amos amos uma uma esp esp�ci cie e d de e troc troca a dissociada que perdurou mesmo quando claude e eu alugamos um apartamento vizinho ao deles. eu ia encontr cont r�-lo na casa dele deles, s, enquanto enquanto ela encontra encontrava va claud claude e em nossa nossa casa. casa. a separa separa��o tinha a fun��o de de um controle remoto: remoto: n�o era o mesmo filme filme que se passava passava de um lado lado e de outro. outro. por uma �nica vez, esta disj disjun un��o n�o f foi oi resp respei eita tada da. . pas pass s�va vamo mos s f�rias rias em uma uma cas casa a que que eles eles tinh tinham am na bretanha. naquela tarde uma luz doce doce e fria fria cla clareav reava a a sala sala at� o lugar lugar onde ele ele descans descansava ava num num sof�. eu
estava sentad estava sentada a no ch�o, ela entra entrava va e sa�a da sala, cla claude ude estava a ausente. usente. ele, ele, com um olhar olhar fraco, pou pouco co vigoroso vigoroso e quase submisso que alguns homens t�m mesmo quando quando exprimem exprimem um comando imperioso, imperioso, atraiu-me atraiu-me e beijou-me beijou-me segurando meu queixo, depois dep ois fez m minh inha a ca cabe be�a desli desliza zar r at� o seu sexo sexo. . eu pref preferi eria a assim assim. . faz�-lo endurecer enroscada sobre mim mesma era melhor do que em um longo beijo com o corpo esticado. e chupei-o muito bem. acho que, naquele dia, me dei conta de que era bem-dotada para esta pr tic a apl plica icavava-me em�tica. coorde cooa. rdenar nar bem ome mov movim iment ento o da m�o com o dos l�bios, bios, �s pr press ess�es de su sua a m�o em minha cabe�a eu correspondia correspondia acelerando acelerando ou diminuindo o ritmo. mas � sobretudo sobretudo dos olhares que guardo a lembran lembran�a. nas nas veze vezes s em que abandon abandonava ava o horizo horizonte nte de de seu z�per para para inspira inspirar r profundamente, entrevia tanto tanto o olhar dela, dela, que tinha tinha a vacuidade vacuidade doce dos olhares olhares das est est�tuas, quanto o dele, um pouco perturbado. perturbado. hoje, meu sentimento sentimento � que devo ter, ent�o, confusamente confusamente compreendido que o fato de de que as rela rela��es com os a amigo migos s pudessem pudessem cresc crescer er como como uma planta planta trepa trepadeir deira, a, expandir-se e enla�ar-se ar-se numa to total tal e rec�proca proca liberda liberdade, de, sendo sendo para para isto isto suficien suficiente te se deixar deixar levar por esta seiva, n implicava, entanto nto, , que eu dever deveria ia abrir abrir m�o de decidi decidir r por mim mim mesma, mesma, �o implica resoluta e va, no enta solitariamente, solitaria mente, sobre sobre minha conduta. amo esta solid solid�o paradoxal. paradoxal.
o mundo mundo da arte � feito feito de uma multid multid�o de comunida comunidades, des, de fam�lias, lias, cujos cujos pontos de liga liga��o era eram, m, na �poca poca em que que co come mece cei i a ex exer erce cer r a pro profi fiss ss�o de cr�ti tica ca, , principalmente os locais de trabalh trab alho, o, galeria galerias, s, reda��es de revistas revistas. . esses esses pequenos pequenos falanst falanst�rios eram viveiros naturais de apaixonados apaixonad os ocasionais. ocasionais. como eu morava morava em pleno pleno saint-germain-des saint-germain-des-pr -pr�s, que ainda era o bairro onde concentravam-se as galerias de arte moderna, bastava andar alguns metros para ir de um uma e xposi�� o a u m intervalo amoroso. vejo-me na cal�ada da rua rua bonaparte bonaparte em com com panhia panh ia de de um novo amig amigo o pintor pintor, , um rapaz rapaz t�mido que n�o ergue ergue a cabe�a nem quando abre desmesuradamente desmesuradamente seu sorriso ou quando, quan do, atra atrav v�s dos �culos culos grossos grossos, , pousa pousa seu olhar olhar em mim. n�o 44 lembro como ele me fez compreender que me desejava, certa mente ment e de maneira maneira preca precavid vida a ("voc ("voc� sabe, sabe, gostaria gostaria de de fazer fazer amor com com voc�"), talvez talvez at� sem sem m me e t toc ocar ar. . n�o dev devo o ter falado falado grand grande e coi coisa. sa. decido decido lev lev�-lo at� o meu quarto quarto. . ele se deixa deixa guiar, guiar, sem se dar dar cont conta a de que tamb�m me excita ao lan lan�ar sobre mi mim m um olhar ao mesmo mesmo tempo su submisso bmisso e inseguro. inseguro. meu prazer prazer se concentra neste momento preciso, quando tomo uma decis decis�o e o outro outro �quase apanhado de surpresa. surpresa. ex expe peri rime ment nto o a se sens nsa a��o � � � embriag embr iagador adora a de cumprir prir um destino destino de hero na. mas, para deix deix -lo vontade vontade, , nada melhor do que o cum discurso de uma menina que acaba de se libertar do jugo familiar, afirmando "quero tudo" de maneira um pouco idiota.
ele continua a me olhar com olhos atentos. uma pessoa que percorreu comigo o mesmo caminho, hoje, confessa, hoje, que m meu eu qu quarto, arto, na �poca, lhe provocava provocava a mesma impress�o de um quarto de programa, e que o tecido um pouco gasto que servia de colcha parecia uma lona jogada sobre a cama para pudicame pudicamente nte prot proteg eg�-lo do que ali ia se passar! visita visi ta em g grupo rupo a u uma ma e expos xposi i��o organ organizad izada a por por german germano o celant celant num museu museu de g�nes. claude, germano e os outros andam andam na frente, eu vou ficando ficando para tr�s com william, william, que part partic icip ipa a d da a e exp xpos osi i��o. gest gestos os curtos curt os �s es escond condida idas, s, e ele le espa espalma lma a m�o em minha minha boceta boceta, , eu pego a protub protuber er�ncia que se apre apresent senta a at atrav rav�s de sua cal cal�a, para para me as assegu segurar rar de que que est est� dura, dura, mais como como se fosse fosse um objeto objeto in inan anim imad ado o e n�o u um m p ped eda a�o de de mat�ria ria v viva iva. . el ele e t tem em u um m sorr sorris iso o espe especia cial, l, qu que e d� a impr impress ess�o de j� ter ter a bo boca ca tomada por um beijo profundo. se diverte dive rte ao ao me ens ensinar inar a falar falar em ingl ingl�s "cock, pussy". pussy". algum algum tempo depois, depois, est est� de passagem passagem por paris. paris. saindo da rhumene, passa a l�ngua em minha orelha orelha e murmura, murmura, escandindo bem as palavras: "i want to make love with you." no canto can to de de um uma a po porta rta de s ser ervi vi�o, atr�s de uma uma ag�ncia ncia de co corre rreio, io, na esquina da rua de rennes com a rua do four, eu arranho em 45 ingl "i want want your your coc cock k in my pussy pussy." ." risos risos e o mesmo mesmo trajet trajeto o at� o apartam apartamento ento �s:bonaparte, da rua para onde willi william, am, as assim sim co como mo henri, henri, e muitos muitos outro outros, s, seguir seguir�o muitas muitas vezes. vezes. l�, trepar trepar pode ser a dois ou a muitos, o pretexto pretexto � quas quase e sempre sempre uma mo�a que um dos rapazes rapazes est� paqueran paquerando, do, e o problem prob lema a � convenc convenc�-la de que seria ainda mais agrad�vel dividir dividir seu prazer com com mais de um um. . isso nem sempre sempre d� cert certo o e s sou ou, , ent ent�o, encarregada encarrega da de criar um clima que in inspire spire mais confian confian�a, na verdade, verdade, de agir como como uma esp esp�cie de co cons nsolo olo. . os rapazes saem saem discretamente discretamente para fumar fumar um cigarro cigarro na entrada. entrada. n�o falo, mas bajulo, bajulo, beijo docemente; as mulheres se entregam mais facilmente a uma outra mulher. � claro que elas poderiam escapar, mas nunca nenhuma delas o fez, nem mesmo uma de quem claude acabou se tornando amigo e que, vinte anosumais lhe revelo revelou que tarde, s se, e, naquela naquela noite noite recus recusou-s ou-se e a ceder ceder e come come�ou a solu solu�ar, foi foi porque era ainda virgem. henri se lembra lembra de outr outra a mo�a com quem quem me tranquei tranquei na na cozinha cozinha, , que servi servia a tamb�m de toalete, enquanto eu a ajudava ajud ava a limpa limpar r o rost rosto o das l�grimas grimas que borraram borraram seu seu r�mel, ele ele afirma afirma ter ter escutad escu tado o nos nossos sos g gemid emidos os atrav atrav�s das janela janelas s aber abertas tas do dos s banheir banheiros os comuns comuns do andar. andar. ela, ela, sem sem d�vida, vida, quis sacane sacane�los e eu, perversa, acabei tomando seu partido. por uma uma curiosa curiosa invers�o da sensibilidade, sensibilidade, sou relativamente relativamente cega �s manobras manobras de sedu��o de um homem - simplesmente simplesmente porque porque prefiro prefiro n�o investir muito muito nisso, nisso, e em breve volto volto a tratar deste assunto -, enquanto muito bem quando agrado a uma mulher sem, no entanto, jamais ter esperado que que sei alguma delas me pro provoc vocass asse e a me menor nor sensa sensa��o. cla claro ro que que n�o ignor ignoro o a aniqu aniquila ilador dora a
na fran�a, � comu comum m que, nas constru constru��es muito muito antigas, antigas, cozinha cozinha e banheiro banheiro ocupem ocupem um mesm mesmo o espa espa�o. ( (n. n. do t.) 46 suavidade suavida de que c cons onsiste iste e em m ro�ar em uma uma pele pele delicada delicada que que cobre cobre uma exten extens s�o lisa de todos os corpos de mulher e muito muito raramente raramente dos corpos de homens! mas mas s� me prestei a esses esses apert apertos os e afagos afa gos par para a n�o fu fugir gir d das as reg regras ras do j jog ogo. a al l diss o, um um homem homem que s� me prop propuse usesse sse este este g�nero nero de �m tr tria iang ngul ula a�� o o. pare pareci cia, a,di asso, meus olhos, um par de quem eu poderia rapidamente me cansar. no entanto, me divirto contemplando as mulheres. poderia facilme faci lmente nte fa fazer zer o inv invent ent�rio dos dos guarda-r guarda-roupa oupas, s, adivinh adivinhar ar o conte conte�do de seus seus n�cessaire cessaires s e me mesmo smo d desc escreve rever r as silhuetas daquelas com quem trabalho melhor do que os homens com quem elas compartilham a vida. na rua, eu as sigo e as observo com mais ternura do que qualquer conquistador; sei associar a dobra particular de uma bunda com o corte corte da calcinha, calcinha, um rebolado rebolado com a altura altura dos saltos. saltos. al�m disso, cultivo uma simpatia comunit comu nit�ria pe pelas las lu lutado tadoras, ras, pela pela vasta vasta confra confraria ria das das que t�m o mesmo nome nome que que eu (que se tornou um dos mais comu comuns ns depois dep da, g guerr uerra) pelas pelas batalha batalhadora doras s da libera libera��o sexual. sexual. como como declaro declarou u um dia di a uma um aois de delas las, al ali i�a) s, e uma uma aut�ntica e afetuosa afetuosa sapatona sapatona e amante amante da suruba sem sem preconceitos, preconceitos, se ser companheiro era compartilhar as coisas, cois as, n�s �ramos ramos verdadei verdadeiras ras companhe companheiras iras, , pois pois partilh partilh�vamos vamos picas. picas. lembro de uma lembro uma exce��o a esta re regra, gra, numa numa suruba suruba meio meio improvi improvisada sada em em que metade metade dos dos participantes trouxe outra outra metade, ne�fita. fiquei fiquei um longo tempo tempo deitada sobre um grosso grosso carpete preto no banheiro, sozinha com uma loura, toda arredondada, arredondada, bochechas, bochechas, pesco�o, colo, bunda... � claro, e at� mesmo a batata das pernas. eu tinh tinha a fi ficado cado imp impress ressiona ionada da com com seu seu nome nome magn�fico, fico, l�one. l�one tinha-se tinha-se feito feito de rogada antes de decidir nos acompanhar. agora, ela estava completamente nua, como um buda dourado em seu templo. eu pouco estavaabaixo dela, porque ela estava sentada no degrau um pouco mais deitada um elevado que contornava contornava a banheira. banheira. n�o sei por que acabamos acabamos no nos s instalando instalando naquele canto, se o apartam apar tamento ento era gra grande nde e confor confort t�vel. talvez talvez em em raz raz�o de sua indecis indecis�o e do papel papel de iniciadora atenciosa que mais uma vez tinha me sentido obrigada a desempenhar? minha cara inteira chafurdava chafurdav a em sua vulva enorme. nun nunca ca tinha sorvido sorvido uma borda borda t�o intumescida intumescida que enchesse de fato toda a boca, boca, como se fosse fosse um grande grande damasco. colava-me colava-me aos aos grandes l�bios como uma sangues sang uessuga suga, , depo depois is de la largar rgar o fruto fruto para para estende estender r a l�ngua o mais mais longe longe poss poss�vel a fim de � aproveitar aproveita r totalmente totalmen te a do ura de sua entrada, entrada, perto perto da qual o sabor sabor da parte de cima do seio ou o arredon arre dondado dado d dos os omb ombros ros n�o era nada. nada. ela ela era do g�nero quiet quieta, a, deixava deixava escap escapar ar apenas pequenos
gemidos breves, breves, t�o doces como o resto de sua pessoa. pessoa. como como estava empenhada empenhada em chupar da melhor melh or maneir maneira a poss�vel o peq pequeno ueno n� de carne carne saliente saliente, , deixavadeixava-me me levar levar pela pela escuta do seu �xtas xtase! e! enquant enquanto o nos ves vest t�amos novam novamente ente, , alegres alegres e agitad agitados os como como em um vesti vesti�rio de clube esportivo, paul, que dizia as coisas mais francamente que os outros, se dirigiu a ela: ela: "ent "ent�o? foi foi bom, n�o? n�o foi b bom om ter e entr ntrado ado no jogo?" jogo?" ela responde respondeu, u, baixand baixando o os olhos olhos e destacando a primeira s�laba de cada palavra, que que uma pessoa a tinha impressionado impressionado. . pensei: "meu "meu deus deus, , f fa a�a com que tenha sido eu!" lendo bataille, bataille, fomos sumariame sumariamente nte construindo construindo uma filosofia filosofia para uso pr�prio, mas, rememorando aquela �poca febril com henri, henri, acho que ele tem raz�o ao afirmar que que nossa nossa abrico abr icot, t, no ori origin ginal, al, � uma da das s denom denomina ina��es em l�ngua ngua fr franc ancesa esa do �rg�o se sexua xual l feminino. (n. 48 do t.) obsess�o copuladora copuladora e nosso proselitismo proselitismo estavam estavam mais ligados a um certo certo ludis ludismo mo juvenil. quando a gente trepava a quatro ou cinco cinco numa cama cama que, naquele naquele min�sculo apartamento, apartamento, ficava ficava numa alcova, alcova, o que realmente ref refor or�ava impr impres ess s�o de que est�vamos vamos num num escon esconder derijo ijo era era que que o jantar jantar tin tinha ha virado uma abrincadeira de que m�dico: dico: os conv convidad idados os f fazia aziam m c�cegas cegas nas nas partes partes �ntimas ntimas dos dos outros outros por por baixo baixo da mesa mes a com com a a ajud juda a do dos s p�s descal�os, ou de um dedo dedo orgulhos orgulhosamente amente levantado levantado depois depois de mergulhado mergulhado em um certo certo molho particularmente claro clar o e ligeiram ligeirament ente e arom�tico. tico. para henri henri o jogo jogo era vir acomp acompanha anhado do de uma uma mo�a que ele tinha acabado de conhecer meia meia hora antes antes visitando visitando uma galeria, galeria, como era tamb tamb�m uma aventura aventura para nosso pequeno grupo ficar vagando vaga ndo �s quatro quatro hora horas s da manh manh�, � procura procura da casa de uma amiga amiga de quem quem est�vamos vamos decididos a desarrumar a cama... a cada cada duas tentativas, tentativas, o golpe golpe falhava. falhava. a mo�a se deixava esfregar, esfregar, acabava acab ava abri abrindo ndo o s suti uti� ou tirando o collant, collant, para terminar a noite noite sentada sentada em uma cadeira cadeira explicando explicando que n�o podia, que que queria apenas observar, que estava bom bom para ela, que que esperaria esperaria at� terminarmos terminarmos para que a acom acompa panh nh�ssem ssemos os a at t� o carr carro. o. tiv tive e ocasi ocas i�o de entrever entrever pesso pessoas, as, homens homens e mulher mulheres, es, refugi refugiados ados numa numa cadeir cadeira a inc�moda ou com a bunda mal equilibrada equilibra da na quina de um sof�, com os olhos pregados pregados em membros membros que se se agitavam no ar a apenas alguns cent�metros metros del deles, es, po poucos ucos cent cent�metros metros que faziam faziam com com que eles eles pertenc pertencesse essem m a um outro out ro tem tempo. po. com como o n�o participavam, participa vam, n�o se pode diz dizer er que eles estivessem estivessem fascinados fascinados. . eles estavam estavam em um tempo diferenciado anterior - como como espectadores espectadores aplicados aplicados e pacientes pacientes de um document document�rio edificante. edificante. nosso proselitismo era, naturalmente, superficial, uma vez que que os os de desafios safios eram mais dirigidos a n�s mesmos mesmos do que que �queles que pretend pret end�amos alic aliciar. iar. henri henri e eu eu acabamos no bulevar 49 beaumarchais, num desses grandes apartamentos burgueses habitados por intelectuais, que conservam um
assoalho assoalh o nu que e estal stala a com os passos passos e a ilumin ilumina a��o do teto teto insufic insuficient iente, e, o amigo amigo que nos recebe tem um sorriso est�tico e permanente que lhe fende a barba grossa, e � casado com uma mulher moderna. ela, no entanto, est est� de mau humo humor r e vai dormir. dormir. brincamos de de transgredir transgredir e consigo consigo me ver arrepiada e morrendo de rir entre os jatos jatos de urina deles. deles. mas n�o, retifica depois depois henri, henri, ele tinha sido sido o �nico a mijar em mim. em todo caso, caso , o que � cert certo o � que tivemos tivemos pelo pelo menos menos a precau precau��o de entrar entrar em uma grande grande banheira deos ferro esmaltado. depois, fomos fom os tr �s fazer uma sacanagenz sacanagenzinha inha na sacada. sacada. uma amiga amiga me hospeda durante alguns meses. durmo num pequeno pequeno quarto quarto amansardado, amansardado, sem m�veis, algumas algumas vezes com com os gatos como como companhia. quando o namorado namorado dela dela ve vem m v�-la, -la, ela deixa deixa a porta porta de seu quarto quarto escan escancara carada da e eles eles n�o re repr prim imem em ne nenh nhum um ru�do do. . n�o costumo me intrometer nas coisas dos outros e, encolhida em minha cama estreita, fico pensando em mim como a menina menina da casa. casa. m mas, as, co com m a teimosia teimosia t�pica dos dos animai animais s e das crian crian�as, acabo acabo dando um jeito para que eles embarquem na na minha viagem. viagem. j� que, de uma certa certa maneira, maneira, divido a vida vida com ela, n�o h� raz�o para que minha anfitri anfi tri� n�o desfru desfrute, te, entre entre suas suas belas belas coxas, coxas, das das mesma mesmas s picas picas que eu. em tr tr�s ou quatro vezes � o que acaba acontecendo. resolutamente prega os quadris na cama, e ergue as pernas como asas abertas ela de borboletas. gosto quando, com um olhar certeiro e a voz decidida, ela diz a jacques, no momento em que sua vara vibra como um arco ao saltar bruscamente da cueca, que ele tem "uma jeba de cavalo". jacques, com quem naquela �poca come�ava a organizar organizar minha vida, vida, agora se lembra que uma uma vez acabei acabei tendo uma crise de nervos e o cobri de pontap�s enquan enquanto to ele fodia fodia com ela. ela. tinha esquecido esquecido disso diss o tamb�m. mas, mas, natu naturalm ralmente ente, , me lembro lembro da maneir maneira a como escon escondia dia os ci ci�mes nunca confessados. tenho a impress�o de atuar em um um filme que n narra arra a vida livre livre e ociosa d de e jovens burgueses burgueses quando qua ndo vou d de e man manh h� ced cedo, o, depois de passar na padaria, acordar alexis que mora num belo duplex na rua dos saintsp sain tsp�res. gost gosto o d de e minha minha � � � � � pr pria pri a fre fresc scura ura ro and ando o seu pi pijam jama, a, mido mid o ap apena enas s o ne neces cess s rio. rio . el ele e tem te m o h bito bito de zombar da minha conduta de galinha e diz que, pelo pelo menos a essa hora, hora, est� certo de ser ser o primeiro a me penetra pene trar r no dia. � a� que ele se engana! passei a noite na casa de outro, trepamos antes de eu sair, um resto de porra ainda permanece no fundo de min minha ha b boc oceta eta. . di disfa sfar r�o minh minha a sati satisfa sfa��o no tr trave avesse sseiro iro. . n�o me dou co conta nta de que que ele ele e est st� um pouc pouco o desapontado. claude tinhaclaude tinha-me me fei feito to ler hi hist st�ria d'o. d'o. eu tinha tinha tr�s motivos motivos para para me identi identifica ficar r com a hero hero�na: na: es esta tava va sempre preparada preparada para tudo; tudo; apesar apesar de n�o ter minha boceta boceta bloqueada bloqueada por um cadead cad eado, o, tam tamb b�m e era ra freq�entemente entemente mais sodomizada sodomizada do que comida comida pela frente; frente; e, finalmente, finalmente, teria teria adorado vida reclusa recl usa, ,levar numa aquela ca casa sa isolad iso lada a do resto resto do mundo. mundo. mas, mas, muito muito pelo pelo contr contr�rio, eu eu j� era profissionalmente bastante ativa. ati va. por�m a conv conviv iv�ncia ncia no no meio meio art art�stico, stico, a fac facili ilidad dade, e, bem al�m de de min minhas has
expectativas, com a qual eu estabe est abelec lecia ia la�os que podia podiam m muit muito o natu natural ralmen mente te tomar tomar uma conot conota a��o f�si sica, ca, me levavam a considerar o espa�o onde se exercia exercia minha vida vida profissional profissional como um um mundo fechado, fechado, oleoso, oleoso, im impe perm rme e�ve vel. l. j� em empr preg egue uei i alguma alg umas s vez vezes es a pa palav lavra ra "fam "fam�li lia". a". cons conserv ervei ei at� be bem m tarde tarde esta esta tend tend�ncia ncia que t�m os adoles adolescent centes es de se exercit exercitarem arem sexua sexualmen lmente te no seio seio de um um c�rculo rculo familiar, quando um rapaz sai com uma mo mo�a o ou u uma uma m mo o�a c com om um rapa rapaz, z, para para depo depois is de deix ix�-l -la a ou ou dei deix x�-lo, -lo, po por r uma uma irm irm�, um um irm irm�o, uma prima, ou primo. eu mesma mesma j� tiv tive e um 51 caso com dois dois irm�os e o tio dele deles. s. era namor namorada ada do tio, que que sempre chamava chamava os sobrinhos, um pouco mais jovens que eu. diferentemente das vezes em que o mesmo homem me levava para encontros com outros amigos dele, del e, n�o hav havia ia p pre re�mbu mbulo lo nem encena encena��o. o tio tio me deixav deixava a prep prepara arada da e os do dois is irm�os me fodiam bastante. eu descansava escutando aquelas conversas de homem sobre bricolage ou uma novidade da in info form rm�ti tica ca. . continu cont inuo o a mant manter er rela��es amig amig�veis com muitos muitos homens homens que costumav costumava a encon encontrar trar para fazer sexo de maneira regular. outros, simplesmente perdi de vista. lembro-me da maioria desses encontros com um prazer sincero. mais tarde, ao trabalhar com alguns deles, achei que a intimidade e a ternura que subsistem acabaram facilit faci litando ando a co colab labora ora��o (u (uma ma �nica vez me aborreci aborreci por motivos motivos profissi profissionai onais s graves) grav es). . ad ademai emais, s, n�o costum costumo o separa sep arar r nin ningu gu�m de sua sua rede rede de de rela rela��es, de de suas suas amiza amizades des, , do seu seu campo campo de atividade profissional. tinha conheci conh ecido do a alexi lexis s em meio a uma uma conste constela la��o de jovens jovens cr cr�ticos ticos e jornalis jornalistas tas de v�rias publica��es art�sticas. costuma cost umava va t trepa repar r co com m ou outros tros dois dois jovens jovens que tamb�m freq freq�entavam entavam aquele aquele c�rculo, rculo, e alexis chegou uma vez a me perguntar; irritado, se eu tinha estabelecido como meta "me rechear com toda a jovem cr tic fra franc esa". ". os e meu �tica �ramo ramos sarec �ncesa m-fo m-formad rmados meus s dois outro outros s amantes amantes j� eram casad casados. os. eu tinha tinha dado dado para um deles porque, atra�da � sua casa a pretext pretexto o de rever rever uma tradu tradu��o (invaria (invariavelm velmente ente um desses desses apartamentos confinados de saint-g sain t-germa ermain-d in-deses-pr pr�s), ele ele tinha tinha se queixado queixado de de que, j� que eu deita deitava va com todo todo mundo, seria verdadeirament ram ente e ant antip ip�tico tico de m min inha ha parte parte n�o deitar deitar tam tamb b�m com com ele. ele. o outro outro tin tinha ha arriscado sua sorte de maneira mais confiante. marcou um
a palavra bricolage bricolage designa designa todas as as atividades atividades de reparos reparos dom�sticos que envolvam envolvam marcenaria, marcena ria, hidr�ulica, ulica, eletricida eletricidade, de, pintura, etc. (n. do t.) 52
encontro na editora que publicava seus livros, e ao avisar de minha chegada, a recepcionista deu a entender, entender, com a maneira maneira sempre atenciosa das das mulheres dessa profiss profiss�o, que a jovem que o esper esperava ava na r rece ecep p��o n�o usava usava nada nada sob sob a blusa. blusa. o relacion relacionamen amento to sexu sexual al com com o primeiro acabou muito rapidamente, e com o segundo prosseguiu durante anos. mais tarde, ambos foram colaboradores da art press por muito tempo. j� contei contei q que ue fui leva levada da a conhec conhecer er �ric atrav atrav�s de de amigo amigos s dele, dele, entre entre eles eles robert, e tamb�m por conta conta dos dos com coment ent�rios rios que faziam faziam a seu seu respeit respeito. o. conheci conheci robe robert rt por oca casi si�o de de uma report reportage agem m sobr sobre e fund fundi i��es de arte, arte, quand quando o me levou levou ao creus creusot, ot, onde onde ele ele estava fundind fund indo o um uma a es escult cultura ura monument monumental. al. na volt volta, a, �noite, noite, est est�vamos vamos no banco banco de tr�s do carro e ele deitou-se deitou-se sobre mim. mim. eu n�o me mexia. o carro carro era est estreito, reito, eu estava estava sentada sentada de lado, com sua cab cabe e�a sobre sobre m minh inha a barri barriga ga, , minha minha baci bacia a em fals falso o em rela rela��o ao banc banco o para para melhor me entrega entr egar r � sua bol bolinag inagem. em. de tempos tempos em tempos, tempos, eu abaixava abaixava a cabe�a para para beij�-lo e ele me depois de uma olhada no retrovisor, o motorista acabou contribuindo para beijava. que eu ficass fic asse e a aind inda a ma mais is des desco confo nfort rt�vel. vel. de de fato fato, , a si situa tua��o me me deix deixou ou t�o ato atordo rdoada ada quanto a visita �s fundi fundi��es e aos fornos fornos gigan gigantesc tescos. os. durant durante e um longo longo tempo, tempo, vi robert robert quase quase que que cotidianamente cotidiana mente e atrav atrav�s dele conheci conheci muita gente. gente. um instinto instinto me fazia distinguir distinguir as pessoas com com q que uem m a rela rela��o p pod odia ia to toma mar r alg algum uma a con conot ota a��o sex sexua ual l daq daque uela las s com com qu quem em n�o poderia. instinto compartilhado com robert; para desencorajar alguns, ele costumava dizer �s pessoas que eu eu era uma c cr r�tica de arte arte que que dis punha de um certo poder. foi robert quem me explicou quem era mada madame me claude claude, , este mi mito to da vida vida parisie parisiense. nse. fanta fantasiei siei muito muito sobre sobre a prosti prostitui tui��o de luxo, mesmo sabendo sabendo que n�o era alta e bonita, bonita, nem suficientem suficientemente ente distinta distinta para me entregar � pr�ti tic ca. 53 53 robert zombava de meu apetite sexual combinado com minha curiosidade profissional; ele me achava capaz capaz de escrever escrever sobre hidr�ulica se tivesse tivesse uma aventura aventura com um bombeiro. bombeiro. sempre segundo ele, considerando meu temperamento, �ric era a pessoa que eu deveria conhecer. mas, finalmente, finalment e, acabei acabei conhecendo �ric atrav atrav�s de um amigo amigo comum, um rapaz muito nervoso, um desses que fodem fodem com intensidade intensidade e regularida regularidade de mec�nicas e com quem quem passei noites noites extenuantes. de manh manh�, co como mo s se e a noite noite j� n�o tivess tivesse e sido sido sufic suficient iente, e, ele ele cost costumav umava a me levar levar ao at atel eli i� qu que e dividia com um amigo, onde, onde, tomada por por uma fadiga fadiga mole, deixava deixava que o s�cio viesse
me foder, desta vez grave e silenciosamente. uma noite convidou-me para jantar com �ric ric. . como como j� se sabe, sabe, �ric foi foi a pesso pessoa a a atra trav v�s da qu qual al con conhec heci i o maior maior n�me mero ro de de hom homens ens, , rela rela��es de amizade e profissionais, profissio nais, al�m de desconhecidos. desconhecidos. para para ser mais precisa, precisa, devo acrescentar acrescentar que foi ele quem, simultaneamente, simultane amente, ensinou-me ensinou-me um m�todo de trabalho trabalho rigoroso rigoroso que continuo continuo a seguir at� hoje. por raz raz�es �bvi bvias, as, as lembr lembran an�as de dess ssas as liga liga��es se en encad cadeia eiam m se segu gundo ndo um qu quadr adro o cujos pr�prios prios det detalh alhes es dos atos atos se se reco recort rtam, am, se su super perp p�em a fam fam�lias lias est est�ticas. ticas. um amigo pintor, gilbert, que acomp acompanh anhou ou d de e p pert erto o minh minha a inic inicia ia��o, lembra lembra que eu me limit limitava ava a fel fela a��es bastante pudicas quando, quan do, dura durante nte as tard tardes, es, vinha vinha enco encontr ntr�-lo na casa de seus seus pais. pais. penetr penetra a��es eram reservadas reservada s para suas visitas visitas a minha minha casa. ali�s, na primeira primeira visita ele ele acabou brochando porque, na �ltima hora, eu quis ser enrabada. enrabada. er era a esse meu primitivo primitivo m�todo anticoncepciona anticoncepcional, l, baseado em uma vis vis�o do meu meu corp corpo o como um um todo que n�o conhecia conhecia hiera hierarqui rquia, a, nem na na ordem ordem moral e nem na do prazer, e assim, � medida do poss�vel, cada parte podia ir substituindo substituindo a outra. e foi 54 exatamente um outro pintor do mesmo grupo que procurou me ensinar a melhor melhor me servir servir de minha boceta. boceta. numa manh manh� bem cedo, eu eu tinha chegado chegado a seu seu ate ateli li� par para a u uma ma entrevista, sem saber que ia encontrar um homem bonito e atencioso. acho que acabei indo embora apenas no dia seguinte. seguinte. como quase quase sempre acontece acontece nos ateli ateli�s de artistas, artistas, a cama ou o sof sof� ficava sob uma grande janela envidra envi dra�ada, como se f foss osse e necess necess�rio enquadra enquadrar r na luz o que que l� se passa passava. va. ainda ainda guardo gua rdo nas p�lpe lpebr bras as a sensa sen sa��o daquel daquela a luz i inu nunda ndando ndo minh minha a cabe cabe�a inclin inclinada ada e qua quase se me cega cegando ndo. . instintivamente devo ter feito seu pau desliza deslizar r em dir dire e��o a ao o meu meu �nus, como se fosse fosse natural natural. . passad passado o algum algum tempo tempo ele me dia disse que um eu persuasivamente encontraria um homem que ia saber me comer pela frente, me fazer gozar dessa forma, que seria melhor que a outra. gilbert sempre cai das nuvens quando revelo que naquela �poca eu ma mantin inha ha uma rela��o com outro de seus amigos pintores (o m�ope cujo olhar olhar me estimulava) estimulava) que ele ele supunha supu nha jama jamais is t ter er tra�do a mulher. mulh er. em compe compensa nsa��o, ele me faz faz lembrar lembrar de de um terceiro terceiro, , com quem quem particip participei ei de parties car arr r�es, no no pequeno apartamento apartamento da rua bonaparte, bonaparte, que teria teria lhe contado contado que os rapazes rapazes tamb�m ma mant ntin inha ham m rel rela a��es en entr tre e eles. tenho certeza de que isso � apenas uma fantasia. william john, umhavia dos se associado a um grupo de artistas e acabei passando uma noite com partic par ticipa ipante ntes s do gr grupo upo. . j� t�nh nhamo amos s nos enco encontr ntrado ado mui muitas tas veze vezes s e at� fe feito ito algumas algu mas confe confer r�ncia ncias s jun juntos. tos. eu o
achava sedu achava sedutor; tor; ele fazia fazia discu discursos rsos te�ricos ricos que que minha minha parca parca compre compreens ens�o do ingl�s acabava acab ava torn tornando ando c�mico micos, s, enquant enqu anto, o, s simul imultane taneamen amente, te, o movim moviment ento o de seus l�bios fazia fazia ressal ressaltar tar as ma ma��s de seu rosto juvenil. eu tinha ido a nova york para encontrar sol le witt que tinha acabado de realizar suas suruba da qual participam dois casais. ~n. do t) 55 obras com pap pap�is amassad amassados os e rasgados. rasgados. ao chegar, chegar, tinha ligado ligado para william william do aeroporto pedindo que ele ele me hosped hospedasse asse. . lembro lembro de n�s dois aos beijos beijos de de p� no loft loft para onde ele ele tinha acabado de se mudar, quase quase nos devorando, devorando, e ele encorajando encorajando john a tamb�m participar. participar. as paredes eram divis divi s�rias com tr�s quart quartos os de de altur altura, a, dispo dispostas stas em �ngulos ngulos retos, retos, formando formando pequen peq uenos os cu cub b�cul culos os q que ue pareciam distribu distribu�dos ao acaso acaso. . quatro ou cinco cinco pessoas pessoas andavam de um um lado para o outro, cada uma parecendo parecendo ocupada com com uma tarefa tarefa espec�fica. william william me levantou levantou no colo e me me le levo vou u at� um colch colc h�o atr�s de uma da das s paredes. paredes. john john tinha tinha gestos gestos muito muito terno ternos s que contras contrastava tavam m com a agita��o de william. ele nos deixou deixou sozinhos e john acabou acabou dormindo. est�vamos enroscados enroscados um no outro, a m�ome dele dele espa espalmad lmada a so sobre bre meu p�bis. na manh manh� seguinte seguinte tive tive alguma alguma dificul dificuldade dade para desvenc desv encilha ilhar r de seu br bra a�o com movimen movimentos tos lentos lentos e for�ados de de contorci contorcionis onista ta e me arrastar do len�ol at at� o ch�o, p porq orque ue, , apesar apesar da da clari claridad dade e do dia dia que que entra entrava va por por todas todas as as vidra vid ra�as, ele ele do dorm rmia. ia. corri pela rua rua para tomar tomar um t�xi para o aeroporto aeroporto e emba embarcar rcar quase em cima da hora. embora tenha acompanhado o trabalho do grupo, durante muitos anos fiquei sem me encontrar com john. quando isto voltou a acontecer, em uma retrospectiva, conseguimos apenas trocar algumas palavras, em raz�o de minha dificuldade dificuldade de entender entender o que que ele falava. falava.
com o tempo, a timidez que eu experimentava quando estava esta va em em gr grupo upo f foi oi su subst bstitu itu�da pelo pelo t�dio. mesmo mesmo quando quando me me encontro com amigos amigos cuja companhia acho agrad agrad�vel, mesmo mesmo quan quando do, , a prin princ c�pio, pio, ac acom ompa panh nho o co com m aten aten��o a co conv nver ersa sa e n�o sinto mais nenhum receio de participar dela, chega sempre o 56 momento em que, bruscamente, acabo me desinteressando. � uma quest�o de tempo; de repente tudo � excessivo, excessivo, quaisquer que sejam os assuntos, assuntos, e acabo ficando fica ndo com com a imp impress ress�o de n�o consegui conseguir r acompanh acompanhar ar os movim movimento entos, s, como como se estivesse diante dian te dess dessas as n nove ovelas las de televis televis�o cujo cujo peso peso e monot monotonia onia s�o muito muito pr�ximos ximos da vida dom�stica stica. . � irr irrev evers ers�vel. vel. ne ness sses es ca casos sos, , gestos gestos mudos mudos e, �s vezes, vezes, ce cegos gos s�o uma es esca capa pat t�ri ria. a. � � embora embo ra n o seja m muito uito audac a udaciosa iosa, , uma press pr ess o com as as coxas coxas ou um toque toque nos nos calcanhares de meu vizinho de mesa, ou de de prefer�ncia de uma vizinha vizinha (acarreta (acarreta sempre sempre menos conseq cons eq��ncias) ncias) a acab caba a fa fazend zendo o com com que que eu me me sinta sinta uma espectad espectadora ora long�nqua do
grupo, ocupada em fazer qualquer outra coisa em um outro lugar. nesses ambientes de vida comunit comu nit�ria, nas f�rias rias, , por exemp exemplo, lo, quando quando se se faz em em grupo grupo as mais mais variada variadas s coisas, sempre senti sent i a necessid necessidade ade de m me e ver livre livre dessas dessas sa�das e jantar jantares, es, se neces necess s�rio agindo agindo por conta pr�pria, pria, mu muitas itas vez vezes es �s cegas. cegas. havia havia ver ver�es parti particula cularmen rmente te agita agitados, dos, marcados marcados pela circula circ ula��o inces incessan sante te de parc parceiro eiros s sexuais, sexuais, esporad esporadicam icamente ente reunid reunidos os em pequenas pequenas surubas � luz do sol, atr�s de um um pequeno muro de um um jardim jardim acima do mar, ou � noite em idas e vindas entre os numerosos quartos de uma grande casa de veraneio. uma noite, desisto de acompanhar o grupo. paul, que me conhece bem e gosta de zombar de maneira gentil de meu comportamento, comportam ento, que algumas algumas vezes vezes tamb�m se diverte mantendomantendo-me me prisioneira prisioneira dentro de banheiros apenas apenas para excitar excitar a extremos extremos minha minha impaci�ncia de me juntar juntar aos outros, promete enviar env iar um a ami migo go q que ue e eu u n�o conh conheci ecia, a, um um mec mec�nico, nico, que que n�o tinha tinha na nada da a ver com com artes artes p pl l�sticas. sticas. ele ele sabe sabe que que eu ia ia preferi preferir r conhec conhec�-lo a ir a um um restaurante restauran te com os outros, outros, e, tomada tomada pela lassid lassid�o, esperar numa varanda varanda ou num canto de boat boate e que que a mesm mesma a l lassi assid d�o acabe acabe tomando tomando conta conta dos dos outros outros. . n�o levo levo muit muito o a s�rio a proposta e me preparo preparo para pass passar ar uma uma noite noite solit solit�ria. h� suavidad suavidade e 57 nesses ness es mome momentos ntos em que o vazio vazio � nossa nossa volta volta libera libera n�o apenas apenas o espa�o mas tamb tamb�m, q que uem m sa sabe be, , a imensid imensid�o do tempo tempo futuro. futuro. numa numa esp esp�cie de econom economia ia inconsc inconscient iente, e, aprovei aproveito to a chance oferecida ocupand ocup ando o pregu pregui i�osament osamente e apenas apenas um peda�o da poltrona poltrona como como para, precis precisamen amente, te, dar todo lugar ao tempo. vou � cozinha, que fica no fundo da casa, para preparar um sandu�che. tenho a boca cheia quando quando o amigo de paul paul aparece na moldura de uma uma porta que que d� para o jardim. jardim. ele � grande, moreno de olhos claros, vagamente impressionante na obscuridade. ele se desculpa amavelmente, v� que estou estou co comend mendo, o, diz q que ue n�o me incomo incomode.. de... . fico com vergon vergonha ha das das migalhas migalhas no no canto de meus meu s l�bio bios. s. dig digo o q que ue n�o, n�o, n�o esto estou u realm realment ente e com com fome fome, , jogo jogo, , furt furtiva ivamen mente, te, o sa sand ndu u�ch che e fora. ele dirige um carro sem capota na grande corniche acima de nice. tira uma m�o do do vola volant nte e para ir ao encontro encontro da minha, minha, que alisa alisa a protuber�ncia rugosa que que se forma em em seu jeans. o volume contido pela rigidez do tecido grosso e justo � para mim um estimulante cada vez mais eficaz. pergunt perg unta a se que quero ro ir ja jantar ntar em em algum algum lugar. lugar. n�o. acho acho que d� mais voltas voltas que que o nece necess ss�rio, rio, e fa faz z um desvio para para chegar at� sua casa. olha olha fixamente fixamente para a estrada estrada enquanto enquanto desabo des abot t�o seu seu cin cinto to. . � acompanho o movimento da da bacia para a frente que algu algu m dirigindo deve fazer para para facilitar a abertur aber tura a do z�per. em s segui eguida, da, a labori laboriosa osa libera libera��o de um membro membro muito muito volumoso volumoso, , encontrando
de uma s� vez a sa�da do dupl duplo o envelop envelope e de algod algod�o. � prec preciso iso ter uma m�o suficien suficienteme temente nte abrangen abrangente te para recolher, num �nico gesto, todas as partes. tenho sempre o receio de acabar fazendo alguma coisa mal feita. ele tem que me ajudar. finalmente, finalment e, posso bater bater uma punheta punheta com calma. calma. come�o devagar, seguindo seguindo toda toda a extens�o, sentindo 58 caminho aberto num terreno escamado. (n. do t) a elasticidade elasticidade da fina t�nica de carne. carne. pego-a com a boca, encolhendo encolhendo meu corpo corpo ao m�ximo para n�o incomo incomod d�-lo nas mudan mudan�as de de marcha marcha. . manten mantenho ho um um ritmo ritmo moderad moderado. o. tenho tenho consci con sci�nci ncia a do do pe peri rigo go d de e diri dirigi gir r ness nessas as cond condi i��es, e pref prefiro iro n�o desf desfrut rutar ar do do gosto de pr prov ovoc oc�-l -lo. o. lembro lem bro que a r rela ela��o fo foi i muit muito o agra agrad d�vel. vel. no no ent entant anto, o, n�o quis quis passa passar r a noite noite na casa dele, e ele teve de me levar de volta para casa antes mesmo do retorno do grupo. apesar de n�o costumar me privar de dormir fora, desejava que o momento passado com ele permanecesse como quando no meio de uma conversa o pensamento se perde num devaneio, num reduto pessoa pes soal l a ao o q qual ual os out outro ros s n�o t�m ace acesso sso. .
o leitor j� deve ter compreendido compreendido, , de acordo com com o que expus a anteriorme nteriormente, nte, que eu assumia o livre-arb livre-arb�trio deste modo de vida sexual, sexual, e se, como como acabo de narrar, armava algumas algu mas escap escapulid ulidas, as, es esta ta diferen diferen�a, no entant entanto, o, s� poderia poderia ser ser medida medida numa numa rela��o i in nversa � fatalidade dos encontros, ao determinismo da corrente da qual um elo, um homem, me religa a um outro outro elo, elo, que m me e re�ne a um terce terceiro, iro, etc. etc. minha minha liber liberdade dade n�o era vivid vivida a ao acaso das circuns cunst t�ncia nc ias, s, ela ela s� se expr exprim imia ia de um uma a s� vez vez na na ace acep p��o de de um um des desti tino no ao qual qual algu�m se entrega sem reservas - como uma religiosa ao fazer seus votos! nunca me aconteceu de estabel esta belecer ecer u uma ma rel rela a��o com um descon desconheci hecido do que tivess tivesse e me abordado abordado num num trem ou ou corredor de metr�, apesar de ter muitas muitas vezes vezes escutado escutado a meu respeito respeito hist his t�rias rias er er�tic ticas as ini inici ciada adas s em em tais tais lugar lugares, es, e at at� me mesmo smo em elevadores elevadore s ou banheiros banheiros de caf caf�s. sempre fui objetiva objetiva e muito muito direta. direta. acho que desencorajo as investidas com humor e gentileza, mas ao mesmo mesmo tempo tempo sem da dar r muita muita aten��o, o que pode pode ser inter interpret preta-do a-do como como rispid rispidez. ez. est� acim acima a de minhas minhas for for� as s engaja engajar-me r-me nos nos,59 meandro mean dros s dos jo jogos gos de sedu edu ��o, manter manter, mesmo mesmo que breve brevement mente, e, os ritos ritos que que geralmente ocupam o intervalo entre entr e o encontr encontro o fort fortuito uito com com uma uma pessoa pessoa e a consum consuma a��o do ato sexua sexual. l. se fosse fosse
poss�vel poss vel que que a mass massa a palpita palp itante nte de p pess essoas oas em um hall hall de esta esta��o ou a horda horda organi organizada zada que usa usa o metr� aceitassem em seu seio o acesso aces so aos praz prazeres eres mais expl�citos citos da da mesma mesma forma forma como como aceitam aceitam a exposi exposi��o da mais abjeta abjeta m mis is�ria, ria, eu seria seria bem capaz capaz de cop copul ular ar co como mo um an anima imal. l. tamb tamb�m n�o perten perten�o � catego categoria ria de mulher mulheres es que procuram aventura, s� fui paquer paquerada ada co com m suce sucesso sso em rara raras s ocasi ocasi�es e jamais jamais por por descon desconheci hecidos. dos. em em co comp mpen ensa sa��o, acei aceite tei i s sem em pestanejar encontros marcados por vozes que, ao telefone, diziam ter me encontrado em tal e qual noite, sem que eu fosse sequer sequer capaz de lhes atribuir atribuir um rosto. era era f�cil me encontrar, encontrar, bastava bastava telefonar para a revista. foi assim assi m em uma noit noite e na �pera, pera, durante durante uma represen representa ta��o de la boh�me... me... como havia havia chegado atrasada, tive de esperar o fim do primeiro ato antes de ir, no escuro, me sentar ao lado de um semidesconhecido. supostamente supostame nte t�nhamos nos en encontrado contrado, , alguns dias dias antes, na casa casa de um amigo amigo comum (quando um uma r re ela��o tem a poss possib ibili ilidad dade e de vo volta ltar r a ser um pos poss s�vel t�te-�-t�te, um ho homem mem ra raram rament ente e pronuncia a palavra "suruba"), mas o perfil perfil que que cons consegui eguia a entrever entrever no no escuro, escuro, a calv�cie e as bochec bochechas has fl�cidas, cidas, n�o me dizi dizia a na nada. da. infe inferi ri que que ele devia ter estado presente � festa, mas que n�o tinha se aproximado aproximado de mim. arri arrisco u pas passar sar a as s m�os em ede m minhasscou coxas, devorando-me maneira quase inquieta com os olhos. nunca abandonou um certo ar de enfado e tinha tinh a a mania mania de massagea massagear r a cabe�a da mesma mesma maneira maneira que que passava passava suas suas grande grandes s m�os ossudas em mim, maquina maqu inalmen lmente, te, re reclam clamando ando de uma uma terr terr�vel dor dor de cabe�a. eu pensava pensava que que ele tinha tinha um parafuso a menos e que inspira insp irava va pie piedade dade. . sa� com ele ele muitas muitas vezes; vezes; ele ele me levava levava a espet espet�culos culos e a restaurantes muito caros onde me divert div ertia ia n�o ta tanto nto por ser eventualmente considerada uma puta, mas por enganar os lanterninhas, os gar�ons, os os burgueses, porque, afinal de contas, era com aquela pequena intelectual que o careca de pele fl�cida gost gostava ava de conv conversa ersar. r. at� hoje, hortense, hortense, a telefonista telefonista da art press, costuma costuma anunciar anunciar algum nome nome que n�o me diz nada. "a pessoa insiste, insiste, e diz conhec conhec�-la muito bem." bem." atendo o telefone. telefone. pelas palavras cautelosas, cautelosa s, pronunciadas pronunciadas em um tom tom c�mplice, compreendo compreendo imediatament imediatamente e que o desconhecido desconhec ido est� se dirigindo dirigindo � imagem de uma garota libidinosa, libidinosa, daquelas de quem se guarda uma �tima lembran�a. igualmente igualmente, , quando quando em em um vernisage vernisage ou em um jantar me apresentam um home homem m qu que e me olh olha a al alguns guns segundo segundos s al�m do necess necess�rio, dizendo dizendo "acho "acho que que j� nos encontramos", acabo pensando que ele, em uma outra vida, teve todo tempo do mundo para observar meu meu rosto enquanto enquanto meu olhar olhar talvez estivesse estivesse colado colado em seus p�los pubi pu bian anos os. . n� tenho mais po paci aci�ncia para al alimentar imentar esse esse tipo de conversa, conversa, mas continuo continuo admirando admirando profundamente o tempo suspenso no qual vivem "os que gostam de trepar", por quem conti-
nuo sentindo toda simpatia. mesmo depois de passados dez, vinte anos, ou ainda mais tempo depois de terem gozado em uma mulher, eles continuam a falar sobre isso com ela como se tivesse acontecido acontecido ontem. o prazer que sentem � como uma flor sempre viva que n�o conhece esta��es. ela desa desabroc brocha ha numa estufa estufa que isola isola as conting conting�ncias ncias exteri exteriores ores e faz faz com que eles vejam sempre da mesma maneira o corpo que esteve colado ao deles, esteja ele murcho ou enrijecido enrijecid o num vestido vestido de burel. no entanto, a e experi xperi�ncia me ensinou ensinou que eles sabem aceitar o princ pri nc�pio da rea reali lidad dade e quand quando o ele ele se se imp imp�e. com como o n�o desl desligo igo a chama chamada da tele telef f�nica, nica, a pergun per gunta ta v vem em com como o u um m in inev evit it�ve vel l abre abre-te -te-s -s�samo, samo, que que pode poder r� funcio funcionar nar ou n�o. "voc "voc� est� casada?" "estou." "ah. muito bem. quando voltar 61 a paris telefono, telefono, talvez talvez a gente consiga consiga uma hora hora para se encontrar". encontrar". sei sei que n�o terei mais not�cias.
uma palavra sobre as preliminares, que muitas mulheres afirmam ser a fase mais delicio deli ciosa sa d de e um uma li liga e que semp re me mm e muito empenh empenhei ei em eo m abrevi abem reviar. ar. acho que�ncias s� soube soub ��o, apro aprovei veit t �-las -a se sem mga permitir perm itir que quesempre durasse durassem muit o tempo temp duas circu circunst nst ncia s e precisas: quando quan do o desejo desejo j� era o rebent rebento o inconsci inconsciente ente de de um amor amor mais mais profundo profundo, , e ap�s um tempo relativ rela tivamen amente te long longo o de absti abstin n�ncia, ncia, ou seja, em circun circunst st�ncias ncias excepcion excepcionais. ais. no �ltimo caso, os si sinais nais foram foram uma uma inopinada inopinada e irritante irritante sess�o de fotografias fotografias em meu escrit escr it�rio, que que n�o podi podia a dar em em nada, nada, uma vez vez que, evide evidentem ntemente ente, , a luz jamai jamais s era o que deveri dev eria a ser ser; ; um tr traje ajeto to no ele elevad vador or t�o eloq eloq�ente ente quanto quanto um um vel�ri rio; o; beijo beijos s impa impalp lp�veis veis, , mordidas escondidas escondidas dadas dadas �s pressas pressas em meu bra�o nu quando eu o estendia sobre uma pran pranche cheta ta d de e de desenh senho. o. e eu u absorv absorvia ia essas essas emana emana��es libi libidino dinosas sas como como um asm�tico que tivesse cometid come tido o a impru imprud d�ncia de de penetrar penetrar numa numa estufa estufa quent quente. e. como como tinha tinha consci consci�ncia de de ter, at� ent�o, cul culti tivad vado o m muit uito o pouc pouco o este este g�nero nero de de sens sensa a��es, eu acabe acabei i as as atri atribui buindo ndo a uma uma e esp sp�cie cie de emburgu embu rguesam esamento ento d de e minh minha a vida er er�tica. tica. e outro caso demonstra que que uma impress impress�o sexual mai mais s viva pode abrir abrir caminh caminho o atrav atra v�s de de u um m ac acess esso o me menos nos sens�vel. apesar ape sar de n�o ter bom ouvid ouvido o pa para ra a m�sica sica (v (vou ou � �pe pera ra ap apen enas as por por ra raz z�es exteriores � arte musical), foi com a voz que jacques come�ou a ocupar um lugar em alguma parte do vasto plano de meusens desejo. uma correspo entanto, entanto , ao �o corresponde, estere este re�tipo da voz sensual, ual, � pois poi s nvoz �o �que aveluda aven ludada, da, tampouco tampnde, ouco no rouca. rouc a. 62 algu�m a tinha registrado fazendo a leitura de um texto em uma grava gra va��o que que e escu scute tei i po por r tele telefo fone. ne. guard guardo o em em mim mim at� hoje hoje a lembra lembran n�a do do eco eco que
se irradia at� a ponta ponta mai mais s se sens ns�vel vel de meu meu cor corpo. po. estav estava a entr entregu egue e a uma uma voz voz que que d� a im impr pres ess s�o de revelar inteirament inteiramente e o enunciador, enunciador, em sua claridade, claridade, no ri ritmo tmo tranq�ilo de suas inflex�es curtas cur tas, , t�o clara clara e seg segur ura a como como uma m�o que que se move move para para diz dizer er "� isto". isto". algu algum m tempo depois, escutei-a de novo ao telefone, desta vez diretamente, para me falar de uma corre��o tipogr�fic tipogr fica a num num c cat at�log logo o no qu qual al jac jacque ques s e eu eu t�nhamos nhamos tr traba abalha lhado. do. el ele e se di disp sp�s a vir me ajudar a corrigir os exemplares. passamos horas nesta tarefa, a apenas alguns cent cent�metr metros os um do outro outro em um um escr escrit it�rio min min�sculo, sculo, eu basta bastante nte aborre aborrecida cida com o erro erro que havia havia cometido, ele tratando tratando apenas de corrig corrig�-lo. ele era atencioso, atencioso, mas pouco caloroso. caloroso. depois depois de uma dessas fastid fas tidios iosas as se sess ss�es, es, ele me me prop prop�s acompa acompanh nh�-lo em em um janta jantar r na casa casa de ami amigos gos pr�xi xim mos. depois depo is do janta jantar r est�vamos vamos todos todos apertado apertados s numa cama que que fazia fazia as vezes vezes de sof sof�, o que nos obriga obr igava va a f fica icar r s semi emi-al -along ongado ados s num numa a posi posi��o des descon confor fort t�vel, vel, ele ele come come�ou a acariciar meu punho com as costas de seu dedo indicador. este gesto inesperado, inusual e delicioso nunca deixou de nie nie emocionar, emocionar, mesmo quando quando destinado destinado a outras peles peles que n�o a minha. fui com jacques jacq ues para para o apa apartam rtament ento o onde ele, ele, ent�o, morava. morava. de de manh� ele me pergun perguntou tou com com quem eu dormia. respondi: respondi: "com "com muita gente." gente." ele ent�o disse: "acho "acho que estou me apaixonando por uma uma mo�a que d dorme orme c com om muita muita gente." gente." o prazer de relatar com com e exc xce e��o de de me meus us pais pais, , nunc nunca a esco escond ndi i de de nin ningu gu�m a extens exte ns�o nem o ecletis ecletismo mo de minha minha vida vida sexual. sexual. (quando (quando crian crian�a, 63 mesmo mesm o quand quando o no noite ite de n�pcias" pcias" signific significava ava apenas apenas uma uma f�rmula rmula vaga, vaga, s� o fato fato de de pensar que minha m�e pudesse me me imaginar vivendo-a vivendo-a era era capazo de pro vocar em de mimvida um um verdadei verdadeiro tormento.) progressiva e obscuramente compreendi queprovocar este modo poderia ro me proporcionar: proporcio nar: a ilus�o de abrir possibilidad possibilidades es oceanicas. oceanicas. uma vez que que era necess nec ess�rio aceit aceitar ar m�ltiplas ltiplas con conting ting�ncia ncias s incon incontorn torn�veis veis (um (um traba trabalho lho absorven absorvente te e gerador gerador de ansiedade, um destino marcado pela falta de dinheiro e, o mais complicado de tudo, o novelo dos conflitos famili fam iliare ares s e re relac lacion ionais ais), ), a segu seguran ran�a de ter ter rela rela��es sexu sexuais ais em em todas todas as circ circun unst st�ncia ncias, s, consid con sidera erando ndo ser e este ste o desejo desejo de todas todas as as pesso pessoas as (em (em princ princ�pi pio, o, a ilus ilus�o s� se sustentava sob a condi con di��o de de excl exclui uir r d do o hori horizon zonte te as que n�o o de desej sejass assem) em), , era era o oxig oxig�ni nio o da da ampl amplid id�o com com qu que e se fart farta a os pu lm�esade ar quando quando se anda anda at� o fim de uma uma trilha trilha estr estreita eita. . e como, como, apesar de pulm tudo, realidade impunha impunha seus seus limites a essa essa liberda liberdade de (n�o podia fazer fazer apenas isto, isto, e mesmo que pudesse,
minhas coxas s� poderiam abrigar uma �nfima parte da corrente corrente humana), humana), era preciso que a palavra, mesmo mes mo que que f fos osse se a evo evoca ca��o r�pi pida da de de epis epis�dios dios de minha minha vid vida a sexua sexual, l, des desdob dobras rasse se a todo instante, e em toda sua amplitude, amplitude, o panorama das das possibilidades. possibilidades. "estou "estou aqui, com com voc�, mas ao relatar estendo o len len�ol, abro um uma a brecha na parede parede de meu quarto, quarto, para q que ue nele adentre adentre o ex�rcito imbricado que nos convoca. geralmente, a partir do terceiro ou quarto encontro, arriscava alguns nomes nomes masculinos masculinos relacionando-os relacionando-os a atividades atividades an an�dinas -que poderiam poderiam ser ser interpretadas de maneir man eira a am amb b�gua - e e, , se estives esti vesse se mai mais s segu segura, ra, al alus us�es a alguma algumas s circunst circunst�ncias ncias pitoresc pitorescas as nas nas quais qua is tive tive ocasi ocasi�o de fazer fazer am amor. or. av avali aliava ava a rea rea��o. afir afirmei mei qu que e n�o fazi fazia a pros prosel elit itis ismo mo, , ai aind nda a meno menos s prov provoc oca a��o, a n�o se ser r a qu que e derivas deri vasse se de uma p perve ervers rs�o infanti infantil l e que que s� se destin destinava ava a pessoas pessoas j� identifi identificada cadas s como c�mplices. mplices. eu era de uma sincerid sinceridade ade prudent prud ente, e, seg seguind uindo o uma di dial al�tica tica de tr�s termos: termos: de certa certa maneir maneira, a, protegi protegia-me a-me de de uma nova rela��o s� avan�ando unida unid a � comunida comunidade de dos que "gostam "gostam de trepar"; trepar"; por a� eu verific verificava ava se o rec�mchegado cheg ado pert pertenci encia a ou n�o a ela; ela; finalme fina lmente, nte, d depen ependend dendo o de qual tives tivesse se sido sido sua rea��o e, sempre sempre me protege protegendo, ndo, eu drenava sua curiosidade. como n�o poderia deixar deixar de ser, aquele aquele amigo que que me fazia falar falar tanto enquanto enquanto fornic for nic�vam vamos os, , ex exig igia ia tamb�m hist�rias verda verdadei deiras, ras, sob sob o mesmo mesmo pretexto pretexto das das fantasi fantasias. as. eu deveri deveria a citar citar nomes, descrever lugares, relatar o n�mero exato de de vezes. se eu eu negligenciasse negligenciasse algum detalhe ao falar falar de um novo conhecimento, a pergunt perg unta a vinh vinha a em segu seguida ida: : "voc� dormiu dormiu com com ele?" ele?" o interesse interesse n�o se restrin restringia gia exclusi excl usivame vamente nte ao inve invent nt�rio obsceno obsc eno: : "de qu que e cor er era a a cabe cabe�a do pau pau dele quand quando o voc� botou botou para fora? fora? marro marrom? m? rosada ros ada? ? v voc oc� bri brinc ncou ou com o rabo rabo dele? dele? co com m o qu�? com a lingu lingua? a? os dedos? dedos? quant quantos os dedos dedos voc� enfiou enfiou no cu dele?" ele gostava de se dete deter r ta tamb mb�m nos nos el eleme ementos ntos banais banais da situa situa��o e do ambiente ambiente: : "a gente gente estava estava visitando um apartamento para alugar na rua beaubourg, o carpete estava cheio de poeira e ele me comeu a sec seco, o, sobr sobre um colch que qu �o havia hav ia l �."e"ele "e lecol � ch segura seg uran ne �a nu num m show show de johnn johnny y hallid halliday; ay; en ent t�o assis assisti ti a to todo do o espet espe t�culo num c cant anto o do palco, palco, era como se os alto-falantes estivessem em meu baixo-ventre. voltamos de moto; a harley har ley del dele e n�o te tem m ma mais is selim atr�s, o quadro me me cortava a boceta; boceta; finalmente finalmente quando quando trepamos, trepamos, eu j� estava aberta como uma grapefruit estourada." um sentimentalismo elementar era sempre bem-vindo: "ele est� apaixonado por voc voc�?" "hum." "hum." "ten "tenho ho certez certeza a de que que ele ele est� apaixona apaixonado do por por voc�." na manh manh� seguint seguinte, e, eu fingia fingia dormi dormir r e o escutava escutava murmur murmurar: ar: "cathe "catherine rine, , eu te amo; catherine, eu te amo", acompanhando os suspiros com um movimento da barriga, n�o como se estivesse 65 trepando, mas como um grande gato que estremece durante o sono. sentimentalismo no qual se imiscu imiscu�a uma uma e esp sp�cie de ci ci�me por por pesso pessoa a inte interpo rposta sta: : "ele "ele sa sabe be que vo voc c� tr trepa epa com o grupo todo? ele tem ci ci�me, n�o tem tem?" ?" o h�bito bito que que um outr outro o amigo amigo tinh tinha a adota adotado do de me foder foder me me
fazendo deitar sobre os desenhos de seu projeto de trabalho, trabalho, no centro de de um ateli� high tech, enquanto enquanto exibia seu pau como um monstruoso monstruos o pistilo saltando saltando da corola corola de uma calcinha calcinha esv esvoa oa�ante e aberta aberta no meio - toque barroco naquela decora deco ra��o austera austera - agrad agradavaava-o o particula particularmen rmente. te. tive tive de fazer este este relato relato dezenas dezenas de vezes, sem ser obrigad obri gada a a cria criar r vari variante antes, s, mesmo mesmo quando quando eu j� n�o me encont encontrava rava com com o outro outro amigo. se pudesse encontr�-lo t encontr tendo endo m me e mast masturba urbado do pouco pouco tempo tempo antes, antes, de manh� ao acordar acordar, , no escrit�rio, em ta tal posi��o e tendo gozado gozado muitas vezes vezes seguidas, seguidas, tamb�m era bom. nunca nunca inventei inventei uma aventura aventura que que n�o t tiv ives esse se aconte aco ntecid cido o e me meus us r rela elat t�rios rios n�o tra tra�am a rea realid lidade ade ma mais is que que qual qualque quer r tr tran ansp spos osi i��o. co como mo j� as assi sina nale lei, i, se a ordem da fantasia e a ordem do vivido apresentam estruturas vizinhas, para mim elas n�o s�o menos independentes uma da outra do que a pintura de uma paisagem e o lugar da natureza que ela representa: no quadro existe existe mais a vis�o do artista do que a realid realidade ade propriamente propriamente dita. dita. portanto, o fato de olharmos esta realidad realidade e at atrav rav�s da tela do quadr quadro o n�o impede impede as �rvores rvores de de cresce crescerem rem e as folhas fol has de c ca a�rem rem. . n nas as surubas � comum que um homem que chega para ocupar uma xoxota j� bastante esporrada pergunte pergunte sobre sobre o efeito produzido produzido por por seus predecessores. "agora h� pouco, pouc o, voc voc� gritava gritava. . me c conta onta, , ele tem uma uma p pica ica gro gross ssa. a. n�o �? ele ele devia devia estar estar for�ando ando a en entra trada da e voc voc� es estav tava a adorando. voc� se comportava como uma mulher apaixonada. � verdade, eu vi." devo admitir que, correspondendo � expectativa, acontecia de eu responder honestamente - sim, eu gostei 66 da pica dele - porque, naquele momento, por cansa�o de me repe tir, n�o tinha o impulso de corrigir corrigir minha natureza natureza escrupulos escrupulosa. a. mas, na na maioria maioria da das s veze vezes, s, as cr cr�nicas nicas n�o eram feitas feitas durant durante e a troca troca carnal. carnal. neste caso, as palavras se colocam colocam no no espa�o entr entre e os interlo interlocuto cutores, res, caste castelo lo de cartas cartas que que eles constr constr�em no jogo das respostas, respostas , eperguntas que eles e temem tedas mem ver se de desmoronar, smoronar, por por conta de uma uma confid�ncia sacana sacana precipitada, uma vontade de saber apressada apressadamente mente indiscreta. indiscreta. uma progress�o � portanto respeitada. respeitada. conduzindo seu carro pequeno e desconjuntado, um amigo me interroga brevemente: em que idade comecei a fazer suruba sur ubas? s? q que ue g�ner nero o de pessoas encontrava nas surubas? burgueses? tinha muitas mulheres? para quantos homens eu dava numa noite? eu gozava todas todas as vezes? vezes? minhas respostas respostas eram tamb�m factuais. factuais. acontecia de de ele parar o carro ao longo da cal�ada, ada, n�o pa para ra q que ue n nos os toc toc�ssemos ssemos, , mas mas apena apenas s para para con contin tinuar uar o inter interrog rogat at�rio, rio, o rosto calmo, o olhar bem al�m do limite da rua. eu tran transava sava com muitos muitos ao mesmo tempo, tempo, na boceta boceta e na boca? boca? "� um so sonh nho, o, prin princip cipalme almente nte qu quando ando, , al�m disto, disto, toco toco punheta punheta com com as duas m�os." este este amigo amigo era era jornalista, e acabou me entrevistando para uma revista na qual colaborava.
no meu c�rcul rculo o im imedia ediato, to, tratavatratava-se se de suste sustentar ntar verbalme verbalmente nte uma excita excita��o que que permitisse aos membros do clube clube manter encontros clandestin clandestinos os em qualquer qualquer lugar, numa numa reuni�o de trabalho ou numa festa, e de suporta suportar r a even eventual tual forma formalid lidade ade na inaugu inaugura ra��o de uma casa, casa, por por exemplo, exemplo, em em que os conv convid idad ados os s�o numerosos. numerosos . andam de um lado lado para o ou outro tro num imenso imenso ateli� sem se sentar. sentar. "� co com m ess esse e car cara a q que ue vo voc c� di diz z gozar goz ar tan tanto? to? � form formid id�vel, vel, el ele e n�o � grand grande e coisa, coisa, ma mas s is isto to n�o qu quer er di dizer zer na nada. da. o que que ele pode faze fazer r t�o bem com voc�?" respondo respondo com um movi� movimen mento to de cabe�a; � verdade verd ade que ele n�o � grande grande coisa coisa e, al�m do mai mais, s, n�o tem nada nada a ve ver r co com m o gr grupo upo. . co costu stumo mo freq freq�entar entar 67 meios diferentes e gosto de fazer com que pessoas diferentes se encontrem. fiz com que ele fosse convidado convidado sem que o conhecessem. conhecessem. algu�m veio me perguntar perguntar quem era era o tipo que vestia aquela aque la t�nica hi hippi ppie, e, tot totalme almente nte cafona cafona. . e da�? quando quando passo passo as noites noites com com ele, ele, antes mesmo de ir para sua cama revirada, nos chupamos durante horas. durante um 69, me excito terrivelmente ao esfrega esfr egar r meu pe peito ito em s sua ua barriga barriga, , que tem tem alguns alguns pneus. pneus. "� verdade verdade que que voc� tem um fraco pelos barrigudos." barrigudo s." "sonhei "sonhei que eu encontrava encontrava raymond raymond barre numa numa suruba!... suruba!... al�m disso, tamb�m n�o gosto deles muito limpos... acho que ele nunca escova os dentes." "voc� � nojenta. nojenta. ele � casado, n�o �?" " "vi vi u uma ma fo fotografia tografia da mulher dele. surpreendentement surpreendentemente e horrorosa... horrorosa..." " isto isto tamb�m me me excita. exci ta. o tom de minh minha a voz � normal, normal, mas eu me solto, solto, fa�o afirma afirma��es precisas precisas com pa parc rcim im�ni nia. a. deleit del eito-m o-me e co com m a ev evoca oca��o dessa dessa suje sujeira ira, , da falt falta a de asse asseio io e dest desta a fei�ra contagiosas, ao mesmo tempo que saboreio saboreio o asco asco que provoco provoco em meu interlocutor. interlocutor. " "voc voc�s se chupam. chupam. e depo depois is?" ?" "voc "voc� n�o pode imaginar imaginar o quanto quanto ele geme... geme... quando lambo lambo seu cu... ele ele fica de quatro, quatro, ele tem a bunda muito branca... ele rebola quando enfio o nariz nela. depois, sou eu quem fico de quatro... ele termina, r�pido, dando dando pequenos golpes, golpes, como dizer?, dizer?, muito muito precisos. precisos. aquele a quem quem me dirijo � um conheci conh ecido do gara garanh nh�o, m mas as acon acontec tece e que que nunca nunca dorm dormi i com com ele. ele. ele ele tamb tamb�m n�o me atrai particularmente. aquele de quem falo n�o � do g�nero de me encher encher de pergunta perguntas, s, mas ele me escuta e, afinal de contas, como todos acabam por conhecer de nome o amigo de um amigo que que ele nunca en encontrou, controu, passo passo a consider consider�-lo como parte parte do grupo. quanto mais sociabilidade fui adquirindo, fui cultivando melhor um pragmatismo inato em mat�ria de troc trocas as sexu sexuais ais. . 68 depois de testar logo nos primeiros encontros, a receptividade do outro aos jogos triangulares, eu ajustava minhas palavras. com alguns, um fraco halo libidinoso em torno de minha pessoa pesso j�acompanhar era sufic suficiente, iente, enquanto enquanto outros, outros, como acabo de lembrar, se dispunham aame em pensamento pensament o ao menor contato. contato. junte-se junte-se a isto o fato fato de o discurso discurso da verdade verdade n�o ser evidentemente absoluto, e
estar sempre estar sempre atre atrelado lado � evol evolu u��o dos sentimen sentimentos. tos. com jacques, jacques, apesar apesar de loquaz loquaz no in�cio, acab acabei ei tendo tendo que me virar, virar, com com suce sucesso sso ap apesar esar de de algum algum atraso, atraso, diante diante da da proibi proibi��o de aventu aventuras ras e de relatos de aventuras a partir do momento momento que que nos nosso so rel relacio acionam namento ento passo passou u a ser vivido vivido como como uma rela rela��o de amor amor, , mesmo tendo lido uma ou duas duas v veze ezes s em seus seus r rom omanc ances es a desc descn n��o de de uma uma ce cena na er�tica tica que que s� po podia dia se ser r o reflexo de um caso contado por mim. entre todos os homens que convivi durante muito tempo, apenas dois interromperam bruscamente meus relat relatos os pa panor nor�mico micos. s. tenho tenho quase quase certeza certeza de de que o que que eles eles n�o quiseram quiseram ouvir, e, portanto, acabou sendo ocultado, era um elemento constitutivo de nossa cumplicidade.
os que que obede obedecem cem a pri princ nc�pios pios morai morais s s�o sem sem d�vi vida da mais mais enfrentar as manifes mani festa ta��es de de c ci i�mes do que que aqueles aqueles que por conta conta de acabam ficando desamparados diante das explos explos�es passiona passionais. is. a maior e mais mais sincer sincera a vivida ao compartilhar com outros o prazer que sente com o corpo de algu�m que lhe
bem bem prepa preparad rados os para para uma filosofi filosofia a libert libertina ina liberalidade liberalidade demonstrada demonstrada e � caro, pode, sem nenhum
aviso pr aviso pr vio, ser aniq aniquil uilada ada por uma � into intoler ler�ncia ncia ex exatam atamente ente proporci proporcional onal. . o ci�me talve talvez z seja seja uma uma esp esp�cie de fonte que marulha profundamente, profundamente, suas bolhas bolhas abrindo abrindo e irrigando, irrigando, subterr subterr�nea e regularmente, o campo libidinoso, at� que, que, de repe repente nte, , ac acabam abam formand formando o um rio e ent ent�o a consci consci�ncia inteira, inteira, como como j� foi 69 descri des crito to mil milh h�es de vezes vezes, , fic fica a tot total almen mente te su subme bmersa rsa. . a ob obser serva va��o e tamb tamb�m a ex expe peri ri�nc ncia ia acabar aca baram am m me e e ensi nsina nando ndo. . pesso pessoal almen mente, te, vivi vivi a con confro fronta nta��o com com essas essas ma manif nifest esta a��es em tamanho estado esta do de tor torpor por q que ue at� mesmo mesmo a morte morte de de pessoas pessoas pr�ximas, ximas, mesmo mesmo ocorrida de maneira brutal ou agressi agre ssiva, va, n�o prov provocou ocou e em m mim. foi foi necess necess�rio que que eu lesse lesse victor victor hugo, hugo, sim, sim, que eu fosse procurar esta figura do deus-pai, para esta para compreender compreender este torpor torpor como uma uma esp�cie de confinamento na pr�pria pria inf inf�ncia. ncia. "d "dar ar-se -se co conta nta dos dos fa fatos tos n�o � de maneir maneira a ne nenh nhuma uma a inf�ncia. ncia. [a cr crian�a percebe perc ebe] ] im impres press s�es a atra trav v�s do agiganta agigantament mento o do terror terror mas mas sem sem lig lig�-las em seu seu esp esp�rito rito e s sem em conclui conc luir", r", li u um m dia e em m o homem homem que ri, encont encontrand rando o enfim enfim a explica explica��o para meu meu embrutecimento. mesmo tendo atingido uma uma idade que n�o deveria mais mais permitir certos certos exageros, exageros, garanto que podemos pode mos sofr sofrer er o que eu definir definiria ia como como a incom incompree preens ns�o de uma injusti injusti�a que que n�o permite nem mesmo o acesso acesso ao sentimento sentimento desta injusti injusti�a. ao longo do do caminho que que vai da rua las cases ao bairro da igreja notre-dame-des-champs, fui espancada, pisoteada no meio-fio e, quando conseguia levantar, for�ada a andar le for levando vando pancadas pancadas na nuca e nos ombros, ombros, como se fazia fazia antigamente com os miser miser�veis atirados �s masmorras. masmorras. era o fim de uma uma noitada, noitada, sem nenhuma
con onot ota a��o de su suru rub ba, agitada apenas pela investida de um homem famoso que tinha se aproveitado da passagem por uma sala mal mal ilumina iluminada da par para a me atirar atirar sobre sobre um sof sof� e inundar minha minha orelha de saliva. o amigo amigo que me bateu bateu j� tinha, no entanto, me acompanhado em festas verdadeiramente dissolutas. quando, mais mais tarde, tarde, percorri percorri o caminho caminho ao inverso, inverso, na esperan�a frustrada de encontrar encontrar uma j�ia que tinha tinha se soltado soltado com os golpes, golpes, foi exclusivamente exclusivamente sobre sobre esta perda perda que meu esp�rito se concentrou. concentrou. outra outra vez, um dos meus relatos imprudentemente detalhados 70 me val valeu eu uma vi vinga ngan n�a menos menos col�rica rica apesar apesar de ta tamb mb�m violenta: um golpe golpe com um bar barbead beador or no ombro ombro direi direito, to, enquan enquanto to eu dormia dormia de de bru�os, n�o antes ant es de de a l�min mina a te ter r sido sido cuidadosamente cuidadosa mente desinfetada desinfetada na chama chama do fog�o. a cicatriz cicatriz que guardo, guardo, em forma de pequen peq uena a boc boca a est�pida, pida, � uma uma bo boa a il ilus ustr tra a��o pa para ra o que que sen senti ti. .
meu ci ci�me sempr sempre e fo foi i epi epis s�dico. dico. se aprov aprovei eitei tei meu meu itin itiner er�rio sexu sexual al para para satisfazer uma curiosidade intelec inte lectual tual e profissi profissiona onal, l, sempre sempre me mantive mantive indifere indiferente nte em rela��o � vida sentimental e conjugal dos meus amig amigos os. . a al l�m d da a i ind ndif ifer eren en�a, um po pouc uco o de de des desd d�m. s� tive tive ac aces esso sos s de de ci ci�me mes s com com homens com quem dividi a vida e, curiosamente, nos dois casos por motivos muito diferentes. sofria toda vez que claude estava seduzido por uma mulher mulher que eu achava achava mais bonita bonita que eu. n�o sou feia, desde desde que meu f�sico sico seja seja a apre preci ciado ado globalm glob almente ente e n�o pelo pelo car�ter not�vel de cada um de de meus meus atributo atributos. s. tinha tinha raiva raiva de n�o pod poder er aper aperfe fei i�oa oar r miminhas performa performances nces sexu sexuais ais, , em princ princ�pio ilimitad ilimitadas, as, por n�o ter ter uma apar apar�ncia irretoc irre toc�vel. eu ter teria ia tan tanto to querido querido que a chupadora chupadora muito experiente. experiente. a primeira a entrar entrar em todas todas as surubas, surubas, n�o fosse pequena, com os olhos muito muit o pr�ximo ximos s de um nar nariz iz muito muito grande, grande, etc. etc. poderi poderia a descreve descrever r com exatid exatid�o os tr tra a�os f�si sico cos s em em q que ue cl clau aude de se ligava: o rosto triangular triangular e a cabeleira cabeleira de uma isolda isolda secret secret�ria, o tronco tronco gracioso que por contraste valorizava os ombros redondos redondos e os seios seios c�nicos; os olhos olhos claros de de uma outra morena morena como eu; as t�mpo mporas ras lisas lisas e as ma��s do rost rosto o de bone boneca ca de uma uma ou outr tra. a. n�o � pr prec ecis iso o di dize zer r que que a for for�a de dess ssa a con ontr tra adi��o apl aplic ica ada ao princ princ�pio d de e lib liberda erdade de sexua sexual l tomava tomava a dor inart inarticul icul�vel e que que eu, ent ent�o, prot protago agoniz nizei ei cris crises es de de solu solu�os ain ainda da mai mais s irre irredut dut�ve veis, is, arcos hist hist�ricos d dignos ignos d dos os desenhos desenhos de paul richer. richer. 71 com jac jacque ques, s, o ci ci�me tomo tomou u a forma forma de de um terr terr�ve vel l sentim sentiment ento o de excl exclus us�o. as repres rep resent enta a��es qu que e eu f faz azia ia eram eram a de de uma mulher mulher que que em em minha minha aus aus�ncia ncia vinha vinha ocultar suas ancas a com vis�o do sexo dele, dele, em um universo universo que nos era era familiar familiar, , ou cujo corpo corpo inteir int eiro, o, mac maci i�o, em expans�o, habitava os menores detalhes detalhes de nosso nosso ambiente ambiente - o estribo do do
carro, o desenho de uma ramagem na almofada almofada de um um canap�, o anteparo da da pia da cozinha cozinha onde se encosta encosta a barriga quando lavamos uma ta�a - ou mesmo cu cujos jos cabelos pregados em meu capacete capacete de moto davam davam curso a uma dor t�o inten intensa sa qu que e eu a acha chava va nece necess ss�rio enco encontr ntrar ar na fantas fantasia ia a sa sa�da mais mais dr�stica. stica. i ima magin ginav ava a que que, , tendo-o tend o-os s surp surpreen reendido dido, , sa�a de casa, casa, pegava pegava o bulev bulevar ar diderot diderot at at� o sena e me me joga jogava va n n' '�gua. gua. ou ou ent�o que atingia atingia o esgotamento esgotamento total e era era recolhida recolhida a um hospital, hospital, muda e idiota idi ota. . uma out outra ra s sa a�da menos meno s pat�tic tica a cons consisti istia a em me dedica dedicar r a uma ativida atividade de masturb masturbat at�ria intens intensa. a. como como j� re reve vele lei i um um pouco do conte conte�do dos relat relatos os que servem servem de base para esta ativid atividade, ade, seria talvez talvez interessante que eu falasse falasse um um pouc pouco o sobr sobre e as modifi modifica ca��es que eles eles foram foram sofren sofrendo do a partir partir de um certo momento. as perip�cias nos terrenos terrenos baldios baldios e os personagens, personagens, tai tais s como entregadores entregadores ou aproveitadores fleum fleu m�ticos, ticos, fora foram m su substi bstitu tu�dos por um regis registro tro limitado limitado de cenas cenas onde onde eu eu n�o mais mais aparecia, nas quais jacques era a �nica figura masculina, em companhia de uma ou outra de suas amigas. algumas algu mas cenas cenas er eram am ima imagin gin�rias, rias, outras outras eram eram constru constru�das a partir partir de de retalhos retalhos colhid col hidos os atr atrav av�s d da a viola��o dos di�rios ou da corr corresp espond ond�ncia de jacques, jacques, porque porque ele � muito muito pouc pouco o e elo loq q�ente ente em rela rela��o ao ao ass assun unto to. . no no esp espa a�o lim limit itad ado o do do interior de um austin austin parado parado sob uma ponte ferrovi ferrovi�ria, ele sustenta a cabe cabe�a dela dela sob sobre re su sua a barriga barriga, , delicad delicadamen amente, te, com com as duas m�os, como se manipulasse um globo de vidro que cobre um objeto 72 preci precioso oso, , at� perceb perceber er o espas espasmo mo da de deglu gluti ti��o um pouco pouco retice reticente nte da porra porr a lan lan�ada no f fundo undo da garg garganta anta dela. dela. ou ent�o vejo vejo jacqu jacques es meten metendo do com com for for�a e estapeando uma enorme bunda branca branca expandindo-se expandindo-se sobre sobre o sof� da sala como como um gigantesco gigantesco champignon... champignon... outra possibilidade � a mulher mulh er com um p� apoi apoiado ado sobre sobre um tambore tamborete, te, na posi��o geralm geralmente ente adotada adotada para para colo coloca car r u um m t tam amp p�o higi�nico, nico, com jac jacques ques agarr agarrado ado a seus seus quadris quadris, , encurvad encurvado o sobre sobre as pontas pontas do p�, fodend fod endo o po por r t tr r�s. m meu eu orgasmo se desencadeava sistematicamente no instante em que meu relato autorizava a eja ejacu cula la��o de de j jac acqu ques es, , em que que meu olha olhar r me mental ntal reconhe reconhecia cia a potent potente e contra contra��o assim assim�trica trica que que seu seu olhar olhar assume nesses momentos. este abandono de minhas velhas fantasias acabou por detonar um sentimento de pr proi oibi bi��o e de de im impe pedi dime ment nto o que exigiu exigiu muita muita p perse ersever veran an�a, muita muita for�a de vontade, vontade, para para que que elas voltas voltassem sem a conquistar esta zona de minha imagin ima gina a��o te tendo ndo a mim m mesm esma a como como prota protagon gonist ista. a.
n�o posso posso ence encenar nar es este te cap�tulo sobre sobre a troca troca que, que, como como o casulo casulo do bicho-da bicho-da-sed -seda, a, reveste forma a m recor rela rel a��o e sexua sex ual, l, sem se recordar dar mi minha nha �nica nica e fr frust ustrad rada a tentat tentativa iva de prosti prostitui tui��o. apesar de sempre me entusiasmar quando quan do ouvia ouvia fal falar ar de ma madame dame claud claude, e, das fanta fantasias sias de de prostitu prostitui i��o mundana, mundana, ou ou de
invejar a personagem de catherine deneuve na bela da tarde, teria sido incapaz de entabular a mais simples troca desse tipo. contava-se que lydie, lydie, a �nica mulher que conheci que havia tomado iniciativas iniciativas t�picas de homem nas surubas, tinha passado muitos dias num bordel de palermo a fim de oferecer oferecer a um de seus seus amigos, amigos, gra�as ao dinhei dinheiro ro ga ganho, nho, uma f festa esta magn�fica. fica. para para mim, mim, isto isto consti constitu tu�a um mit mito o e me dei deixa xava va a at t�nita. nita. j� fi fiz z muita muitas s alus alus�es a minha minha tim timide idez, z, a minha natureza excessivamente reservada, para que se 73 compree comp reenda nda a ra raz z�o de minha minha estup estupefa efa��o e minha minha dificu dificuldad ldade. e. para para estabele estabelecer cer uma rela��o de ordem venal � preciso passar por uma troca de palavras ou de gestos, no m�nimo uma cumplicidade pr�pria a to toda da c conv onversa ersa ordin ordin�ria e que, que, para mim, n�o teria teria sido muito muito difere diferente nte das preliminares de sedu��o que sem sempre pre evitei. evitei. tanto tanto em um caso quanto quanto no outro, outro, � preciso, preciso, para para desempenhar o papel, saber levar em conta a atitude e as respostas de seu parceiro. ora, no primeiro contato, eu s� sabia me concentrar concentrar num corpo. s� depois, quando quando de certa certa maneira voltava voltava ao controle das minhas refer ref er�ncias, ncias, que a p pint inta a da da pel pele e e a pigm pigment enta a��o p part articu icular lares es j� se tinh tinham am tornado familiares, ou que eu tinha tinha aprendid aprendido o a ajus ajustar tar meu corpo corpo ao corpo corpo do outro, outro, � que minha minha aten��o se voltava para a pessoa, pess oa, sempr sempre e para um uma a amizade amizade since sincera ra e duradour duradoura. a. mas ent ent�o j� havia havia passado passado a hora de cobrar. no entanto, eu precisava precisava de dinheiro. dinheiro. uma antiga antiga colega de col col�gio quis me fa fazer zer um favor. ela havia recebido a proposta de se encontrar com uma mulher que gostava de mulheres muito jovens. jovens. ela n�o tinha coragem coragem de ir, mas mas pensou que i isto sto podia me interessar interessar ela achava que se prostituir prostituir com uma mulher mulher "tinha menos import import�ncia" do que que com um homem. homem. marquei um encontr enco ntro o em um caf� de montpar montparnass nasse e com um interm intermedi edi�rio descon desconfiad fiado, o, um homem homem com com mais ou menos trinta trinta e cinco anos anos que parecia parecia um corretor corretor de im�veis. um amigo amigo me acompanhava de longe. n�o guardo guardo nenh nenhuma uma lemb lembran ran�a da conversa conversa, , do arranjo arranjo combi combi nado; ele tomava tomava muito cuidado cuidado ao falar falar sobre a mulher mulher que dev dever er�amos encon encontrar, trar, enqu enquan anto to eu, eu, n�o conseguindo me imaginar no lugar de prostituta, invertia o papel e imaginava a mulher como uma puta envelhecida, os cabelos descoloridos, uma lingerie 74 que n�o adere adere totalmen totalmente te � pele, pele, deitada deitada sobre sobre uma colcha colcha de pel�cia, silenci sile nciosam osamente ente aut autorit orit�ria. apesar da minha ingenuidade, compreendi rapidamente que jamais veria tal mulher, quando ele me levou para um desses pequenos hot�is da rua rua jules-c jules-chap haplain lain que que eu j� conheci conhecia. a. talvez talvez pelo pelo fato fato de falar falar tanto tanto dela, eu a tinha imediata
e definitiv definitivamen amente te aban abandon donado ado no espa espa�o do imagin imagin�rio. o quarto quarto era agrada agradavelm velmente ente aconchegante, ele acendeu duas duas l�mpadas da me mesa-de-cab sa-de-cabeceira eceira sem se se preocupar em apagar a do teto, teto, e imediatamente baixou baix ou o z�per de sua cal�a pedind pedindo-m o-me e para para chup chup�-lo, com o mesmo mesmo tom daquele daquele que, no me metr�, se se desculpa ao esbarrar em voc� com o ar de quem acha que no fundo a culpa � sua. entreguei-me ao ato, aliviada por por n�o ter que cont continuar inuar lida lidando ndo com sua incivilidad incivilidade. e. ele se deitou deitou sobre a colcha acetinada, o pau bem duro, duro, f�cil de manipular. manipular. chupava-o chupava-o metodicamente metodicamente sem sem sentir nenhum nenhum cansa can sa�o, em uma das das posi��es mais mais conf confort ort�veis, veis, apoia apoiada da em em meus meus joel joelhos hos colocado colocados s perpen perpendicu dicularlar-ment mente e � sua bacia. tinha pressa de acabar acabar logo porque porque os pensamentos pensamentos come come�avam a se agitar agitar de maneira maneira confusa em minha cabe cab e�a. seri seria a neces necess s�rio perg pergun untar tar nova novamen mente te sobre sobre a mulh mulher er que que dever dever�am amos os encontrar? isto seria idiota. idio ta. seri seria a ne neces cess s�rio cobrar cobrar pela pela fela��o? dever deveria ia ter ter cobra cobrado do antes antes? ? o que ia contar ao amigo que me esperava? esperava? fiquei surpresa surpresa diante diante da express express�o sincera, j juvenil, uvenil, de abandono abandono de seu rosto quando gozou e que contrastava com seu comportamento: foi a �nica vez na minha vida que vi chegar a seu termo o praz termo prazer er de um ho home mem m que me era era antip antip�tico. tico. na sa�da guar guardei dei uma uma vis vis�o n�tida tida do q qua uart rto, o, a colcha colc ha impec impec�vel, as ca cadeir deiras as que que n�o tocamos tocamos, , o vazio vazio sem sem objeto objeto dos tampos sob sob o abajur abajur das mesas-de-cab mesas-de-cabeceira. eceira. neguei, neguei, mas mas n�o pude esconder do amigo atento que encontrei num terra�o que eu acabava de usar copiosamente minha boca. um boquete bem feito acaba acab a machuca machucando ndo o int interi erior or dos l�bios. bios. sempre sempre achei achei melhor melhor dobrar dobrar os os l�bios sobre sobre os dentes para proteger o membro ativado 75 do ir e v vir ir con cont t�nuo nuo da boca. boca. "voc "voc� est� com os l�bios bios inch inchado ados", s", me dis disse se o amigo amigo que estava me tratando como como imbecil, imbecil, o rapaz com ares ares de corre corretor tor de im�veis tinha me me seguido e nos insultou afirman afir mando do que qu quer er�amos aplic aplicar-l ar-lhe he um golpe. golpe. n�o entendi entendi muito muito bem bem a que tipo tipo de golpe se referia refe ria e el ele e n�o insis insistiu. tiu. fui durant durante e alg algum um tem tempo po objeto objeto de goza goza��o por t ter er a facili facilidade dade de de dispor dispor do meu meu corpo sem saber tirar proveito! eu eu convivia com com homens relativamen relativamente te bem-sucedidos, bem-sucedidos, mas n�o tinha dispos dis posi i��o p para ara a p pequ equen ena a com com�dia qu que e teri teria a sido sido ne neces cess s�rio encena encenar r se quises quisesse se obter deles vantagens materiais materiais que, que, ali�s, deviam ser ser concedidas concedidas a outras. se se eu tivesse - a exemplo dos chefes de estado supostamente obrigados a registrar presentes recebidos de embaixadores e chefes de estado estrangeiros estrangeiros - de de fazer a lista, lista, o esp�lio seria consternad consternador: or: um par de meias finas de paet� laranja que nunca usei, tr�s grandes br braceletes aceletes 1930 1930 de baquelita, baquelita, um short, short, sem d vida da um do dos selos p �vi primeir prim eiros os mod modelos pr r�t-a-port t-a-porter er lan�ados no no inverno inverno de 1970, 1970, em malha malha bege, bege, com com uma t�nica combina comb inando, ndo, u um m aut�ntic ntico o vestido vestido de casam casamento ento berbe berbere, re, um rel rel�gio compra comprado do numa numa
tabacaria, um broche broc he de geome geometria tria b barr arroca oca t�pica do do come�o dos anos anos oitent oitenta, a, um colar colar e um anel zolotas que infeliz infe lizment mente e se des descora coraram ram muito muito rapida rapidament mente, e, um pare pare� com p�rolas rolas nas laterai laterais, s, um vibrador el�trico trico de m marc arca a jap japone onesa, sa, bem bem como como tr�s pequen pequenas as bolas bolas met met�li licas cas para para ser serem em usadas dentro da vagina vagi na e dest destinad inadas as a provoca provocar r excita excita��o ao andar andar mas que nunca foram nunca foram ef eficaz icazes.. es... . devo devo acresce acrescentar ntar uma parti participa cipa��o em meu meu primeiro vestido comprado na butique yves saint laurent, uma toalha toalha de banho, banho, tamb tamb�m de saint saint laurent, laurent, como tamb tamb�m um tra tamento tamento dent�rio sofisti sofisticado cado que nunca nunca tive de pagar, pagar, um empr�s timo de muitos milhares de francos que n�o tive de reembolsar. reembolsar. 76 sempre sempre me of ofere erecer ceram am o t�xi xi, , a pa passa ssagem gem de av avi i�o. "voc "voc� ti tinh nha a o ar perdido perdido", ", me d disse isse algu algu�m que me conheceu conheceu muito muito jovem jovem, , "e era era incontro incontrol l�vel a vontade de lhe dar uma nota de cem francos." devo ter continuado, durante toda a vida, a dar essa impress impr ess�o aos home homens, ns, que n�o � a de uma mulher mulher interess interesseira eira, , long longe e dist disto, o, mas de uma adolescente adolescen te inapta a ganhar ganhar seu pr�prio dinheiro dinheiro e que era preciso preciso ajud ajudar ar com uma mesada. excluo desta conta, � claro, todos os presentes oferecidos por jacques, porque nossa rela��o �de outra natureza natureza, , e coloco � parte as obras que recebi de artistas, j� que, como cada vez que meus meus interesse interesses s profi profissio ssionais nais se encont encontrara raram m intrincad intrincados os com minhas minhas rela rela��es sexuais, as obras gratificavam gratificavam tanto tanto a cr�tica de arte quanto, quanto, qua quando ndo era o caso, caso, a amante.
apenas as primeiras vezes � imposs�vel manter, manter, em todos os momentos momentos da vida, vida, o mesmo regime regime sexual! sexual! as mudan muda n�as pode podem m es estar tar relacio relacionad nadas as a circunst circunst�ncias ncias amoro amorosas sas - uma uma s� pessoa pessoa �
capaz de canaliz cana lizar ar tod todo o o seu de desejo sejo - mas tamb tamb�m a momentos momentos em em que a consc consci i�ncia se se volta volta para si mesm mesma, a, em f fun un��o d de e mu muda dan n�as qu que e inte interf rfer erem em em seto setore res s que que n�o s�o nec neces essa sari riam amen ente te os da vida senti sentiment mental al -mud -mudan an�a, doen�a, novo ambien ambiente te profissi profissional onal ou intele intelectua ctual l -' e acabamo acab amos s sa saindo indo do cami caminho nho no qual est�vamos vamos engaja engajados. dos. conheci conheci duas situa situa��es que que puseram puse ram um um frei freio o em min minha ha dispers dispers�o sexual. sexual. como como jacqu jacques es e eu nos nos prepar prepar�vamos vamos para dividir a mesma mesm a casa, casa, ele e escre screveu veu dizendo dizendo que que n�o dev�amos mentir mentir ou esconde esco nder r nada u um m do ou outro tro. . acontece acontece que que eu acabar acabara a de estabe estabelece lecer r rela rela��es que achava que poderia pode riam m des desagra agrad d�-lo. passei passei a evitar uma ou ou duas delas, delas, a espa�ar as noitadas noitadas nas surubas surubas e vivia o que que eu continuava ainda a fazer com uma culpa que nunca 77 tinha tinh a experim experimenta entado do at� ent�o, e que acabou acabou por por provocar provocar um um efeito efeito inibido inibidor r real. real.
por outro lado, uma suruba que teve um desenrolar bastante banal acabou significando para mim uma virada. conhecia o casal que nos recebia e que eu considerava pa par r�dias dias do dos s persona pers onagens gens de c cida idad d�o kane, kane, porque porque ele ele acaba acabava va de de assumi assumir r a dire��o de um grand grande e jornal e ela era era cantora. cantora. e eu u j� havia havia trepado, trepado, se se n�o com os os dois, dois, certamen certamente te com ele. ele. o grupo estava dividido em dois: uma parte parte no quarto, quarto, outra em um sof sof� curiosamente curiosamente colocado colocado no meio de uma sala iluminada iluminada por um lustre. lustre. gostava gostava bastante bastante do pau do anfitri anfitri�o, rechonchudo, rechonchudo, proporcional ao modelo reduzido reduzido de seu seu corpo desprovido desprovido de altura. altura. come�ou um movimento movimento em dire��o ao quarto, onde uma jovem mulher afundada em um edredom, com os membros no ar como um beb� que esperneia esperneia em seu cesto, cesto, desapa desaparecia recia sob os movimentos movimentos s sucessivo ucessivos s de um tronco largo que a cobria, soltando urros que atravessavam o apartamento. vejo com certa placidez este tipo de extr extrover overs s�o. a admi admira ra��o que que um dos partici participant pantes es expri exprimiu, miu, achando achando que "ele "ele estava se entregando", entregand o", era, para para mim, muito idiota. idiota. vol voltei tei para descansar descansar um pouco pouco no sof�. pensei que aquela aque la jovem jovem mu mulher lher o ocup cupava ava um lugar lugar central central que que at� ent�o tinha tinha sido o meu e que que eu poderia estar enciumada, enciumada, apesar apesar de ser um ci�me comedido comedido. . pela primeira primeira vez, fiz uma uma pausa nessas noitadas em que costumava atuar sem descanso. e passei a aproveitar essa pausa, da mesma forma que nos momentos que me voltava para para dentro dentro de mim durante durante um um jantar, uma reuni reuni�o com amigos ami gos. . n�o deix deixei ei de m me e quest question ionar ar sobr sobre e aquel aquela a nova nova rea rea��o. a resposta que consegui encontrar era que, ao conversar sempre abertam abertamente ente sobre sobre essas essas pr�ticas ticas com interloc interlocutor utores es que tamb�m as pra prati ticav cavam am ou n�o, ao coment coment�-las -las e in inter terpre pret t�-las -las na maioria 78 das vezes utilizando utilizando o arsenal de uma psican�lise mais ou menos selvagem - e que tinha sobre mim o efeito de um regimento de cavalaria chegando inesperadamente num acampamento acampamen to de de �ndios insubmissos insubmissos -, -, enfim, enfim, tendo eu mesma mesma acabado por tomar tr�s vezes por semana o caminho cami nho de de um div� onde o caso caso n�o era trepar trepar mas mas falar, falar, eu tinha tinha conquis conquistado tado, , sem perceb per ceber, er, u um m lu lugar gar que n�o era apenas apenas o de membr membro o ativo, mas tamb tamb�m de observador observadora. a. assim que me assim me afastei afastei do centro centro da espir espiral al fiz uma uma descobe descoberta: rta: meu meu prazer prazer j� n�o era t�o inte intenso nso quant quanto o no come come�o, passo passou u a n�o ter ter imp import ort�ncia ncia onde onde eu fazia fazia amor amor com com alg algu u�m, mas on onde de nos bei beij j�vamos; vamos; e e, , mui muita tas s vezes, veze s, apen apenas as o pri primeir meiro o sarro sarro j� era suficien suficiente. te. e claro claro que havia havia exce exce��es. no entanto, na maioria dos casos, mesmo mes mo qua quando ndo a co cont ntinu inua a��o n�o era era desag desagra rad d�vel, vel, tinh tinha a o go gosto sto de um bis biscoi coito to que se morde morde qua quando ndo n�o se tem mai mais s a bola bola de sor sorve vete te para para derr derrete eter r na l�ng ngua, ua, ou ou a atra atra��o do quad quadro ro que que se admira, mas sobre o qual se entret entr et�m o olha olhar r pe pela la d�cima quinta quinta vez. vez. quando quando depen dependia dia da surpresa surpresa a vol vol�pia era
to tota tal. l. s�o e ess ssas as oc ocas asi i�es que me fornecem fornecem m muita uitas s das lembra lembran n�as mais mais n�tidas tidas de orgasm orgasmos. os. posso posso citar: citar: a travessia, tarde da noite, do imenso hall de um hotel intercontinental; o assistente elegante e distinto que me acompa aco mpanha nha h� dua duas s sem semana anas s num p�riplo riplo atr atrav av�s do pa�s me me pega pega pelo pelo bra bra�o quan quando do acabam acabamos os de de nos nos de despe spedir dir, , cola-se em mim e me beija na boca boca. . "a "amanh manh� de m manh anh�, vou vou ver ver voc voc� em seu seu quart quarto." o." sinto sinto um um espas espasmo mo que que sobe sobe at� o est�mago e continuo continu o an andand dando o e em m di dire re��o �s recep recepcion cionista istas s dista distantes ntes e acabo acabo torcendo torcendo meu tornozelo. uma outra vez, mergul mer gulho ho no car carpet pete e em d dire ire��o ao don dono o da casa, casa, um pouco pouco b�bado, bado, perd perdido ido no no meio meio de outros convidados, e que me atrai puxando minha gola, beija-me longamente com um desses beijos de cinema que nos embalam docemente; docemente ; n�o se trata de um uma a noite destinada destinada a se transformar transformar em em suruba, a mulher mulh er dele dele conv convers ersa a no c�modo ao lado, lado, e um de seus amigo amigos, s, que tamb tamb�m est� sentado sentado no c ch h�o, o rosto rosto inadver inadvertida tidament mente e muito muito perto perto dos nossos nossos, , nos observa, apavorado. sou tomada toma da pela pela vol�pia pia. . aind ainda: a: a visita visita ao "�ltimo ltimo picasso picasso" " no centre centre georg georgesespompidou em companh comp anhia ia d de e br bruno, uno, com quem as rela rela��es s�o muito muito eventua eventuais. is. quando quando ele sai do meu campo de vis�o, no momen momento to em qu que e me aproxi aproximo mo de um um quadro, quadro, sua sua presen presen�a torna-se torna-se mais mais impositiva e sou apanhad apan hada a desp despreve revenida nida p por or uma desca descarga rga de secre secre��o, bre breve ve mas muito muito especi especial. al. continuando a percor per correr rer a exp exposi osi��o, sint sinto o meu meu collan collant t pegaj pegaj oso oso no contat contato o com os l�bios bios de minha vagina e um pouco depois depois no ponto de encontro entre entre as coxas, coxas, de acordo com com a altern�ncia da caminhada. ora, enquanto durante durante o primeiro primeiro per�odo de minha vida vida eu era bastante bastante indiferente indiferente ao fato de obter ou n�o ess essa a mes mesma ma se sens nsa a��o nas nas ca car r�ci cias as ma mais is di dire reta tas, s, ou du dura rant nte e a pe pene netr tra a��o, nu num m segundo momento mome nto, , qu quando ando tom tomei ei c consc onsci i�ncia de sua limita limita��o singul singular, ar, comecei comecei a alime alimentar ntar es espe pera ran n�as de que esta esta pr press ess�o lo long ng�nqua nqua numa numa zona zona indefin indefin�vel do baixo baixo-ven -ventre tre e a conheci conhecida da onda que a dissipa pudesse pude ssem m se reno renovar var igualmen igualmente te na na contin continuida uidade de das das rela rela��es. ao me aproximar da metade de minha vida, encadeei dois relacionamentos, um mais leve, outro carregado de afeto, que se desenrolavam de acordo com um esquema parecido: eu tomava consci con sci�nci ncia a do dese desejo jo que que exper experime iment ntava ava em re rela la��o � pessoa pessoa e o de desej sejo o ficava ficava ainda mais ardente; no auge, havia momentos de cop opul ula a��o apaix ixon ona ados os, , mas mi minha sa satisf sfa a��o n�o er era a t�o pl plena quanto no contato inicial. durante muitos anos, mantive fielmente com aquele aque le que que m me e aco acompan mpanhava hava na expos exposi i��o picasso picasso uma amiza amizade de amea�ada por per�odos de acesso acesso de de desej desejo o mal mal assumi assumidos, dos, 80 80
contrar contrariado iados, s, agressi agressivos, vos, etc. foi a minha minha �nica experi experi�ncia ca�tica. tica. contrar contrariado iados, s, agressi agressivos, vos, etc. foi a minha minha �nica experi experi�ncia ca�tica. tica.
eu era recebida recebida diariamente diariamente por ele durante algumas algumas semanas, semanas, at� que, um certo certo dia, eu tocava a campainha campainha e ningu ningu�m abria a port porta, a, que ficava ficava fechada durante durante muitas muitas semanas, ou at� mesmo mesmo dura durante nte mu muitos itos meses meses. . isto conti continuav nuava a at� que minha minha teimo teimosia sia incr�dula fosse foss e enfim enfim gra gratifi tificada cada c com om uma inte interjei rjei��o rouca rouca do outro outro lado lado da linha linha que que me auto autori riza zava va a e enc ncon ontr tr�-lo -lo n nov ovam amen ente te. . n�o ten tenho ho d�vi vida das s de de que que em fun fun��o daq daque uele le clima de incerteza, incerteza, com ele o orgasmo orgasmo instant instant�neo quase sempre sempre voltava voltava a acontecer. acontecer. fal�vamos com desen desenvol voltur tura, a, tro troc c�va vamos mos im impre press ss�es de de leit leitura ura, , freq freq�enteme entemente nte de p�, num num ambiente onde poderia poderia ter vivido um quacre. o tempo passava, passava, eu me reaproximava. reaproximava. "algu�m quer um pequeno carinho?", carinho?", ele ele perguntava perguntava num tom distra distra�do mas afetuoso, afetuoso, como um adulto a quem uma cria crian n�a ve vem m in incomo comodar. dar. ent�o sua sua m�o afasta afastava va minha minha calcinha calcinha e dois dois ou ou quatro dedos desencadeavam em mim um grito breve e doloroso, porque sentia tanto uma surpresa sufocante sufocante quanto quanto prazer. prazer. ele tamb�m sentia prazer prazer ao encontrar encontrar a passagem passagem j� lubrificada. �ramos generosos em car lubrificada. car�cias e beijos. beijos. ele tinha gestos largos. quando eu estava deitada, deitada, ele tirava tirava o len�ol num movimento movimento que, ao mesmo mesmo tempo, tempo, percorria meu peito de par a par; eu podia podia ficar reta e im�vel sobre as costas costas enquanto enquanto a palma de suas m�os me me va varri rria a in inteir teira a de uma s� vez, vez, como como se se eu fosse fosse apenas apenas um esbo�o. quand quando o chegava cheg ava minha minha v vez ez de m me e ocupar ocupar dele, dele, eu, eu, ao contr contr�rio, o explo explorava rava com com min�cias, cias, privilegiando privilegi ando as dobras dobras do corpo, a parte de tr�s das orelhas, orelhas, virilha e axilas, axilas, a risca das n�degas. degas. i ia a e em m bu busca sca at� mesmo mesmo dos dos sulcos sulcos das linhas linhas em em suas suas m�os entre entreaber abertas. tas. durante essas preliminares, preliminares, eu ficava pensando pensando na del�cia que seria seria dentro em breve, breve, quando ele decidisse me virar para me foder como eu gosto, de quatro, agarrando minha bunda para investir contra ela com movimentos bruscos e sonoros de seu quadril. sinto um prazer especial quando um pau entra e sai em investidas entrecortadas; uma em cada tr�s ou ou q qua uatr tro o vezes, a estocada um pouco mais intensa provoca uma surpresa que acaba me arrebatando. no entanto, tant o, apenas apenas ex excep cepcion cionalme almente nte experi experiment mentava ava uma uma vol�pia t�o intensa intensa se os dedos dedos j� ti tiv vess ssem em aberto aber to o caminho caminho. . ent�o ficava ficava pensan pensando do na pr�xima vez, vez, instal instalavaava-me me naquela naquela espera e me dedicava dic ava, , s se e n nece ecess ss�rio rio, , a for�ar a res resist ist�ncia ncia da da port porta a fech fechada ada ou a refo refor r�ar a li��o de moral. um pouc pouco o an antes tes eu havi havia a tido tido uma liga liga��o co com m o autor autor das das fotogr fotografia afias s que que n�o deram deram certo feitas no meu meu escrit�rio. encontrava-me encontrava-me com com ele num hotel hotel do bairro dos dos gobelins ou num apartamento vazio que lhe emprestavam, perto da gare de l'est, entre onze horas e meio meio-d -dia ia, , t tr r�s e
meia e quatro quatro e me meia ia da t tarde arde, , ou seja, seja, horas horas impr impr�prias prias para para quem quer quer que que exer�a uma atividade profis pro fissio sional nal, , me mesm smo o qu que e n�o ten tenha ha que que cumpri cumprir r hor hor�rios rios r�gidos. gidos. na v�spera, spera, eu j� sentia a exci excita ta��o de meu meu se sexo xo su subm bmet etid ido o �s tr trep epid ida a��es do ba banc nco o do metr metr�, en enqu quan anto to imaginava o que poderi pod eria a a acon contec tecer. er. a se sens nsa a��o podi podia a ser ser t�o ener enervan vante te que eu pr prefe eferia ria �s veze vezes s descer algumas esta��es antes antes de meu d desti estino no e relaxar relaxar caminh caminhando ando. . aquele aquele homem homem lambia lambia meu meu sexo infatigavelmente. sua infatigavelmente. sua l�ngua agia langorosame langorosamente, nte, afastava afastava cuidadosamente cuidadosamente todas todas as dobras da vulva, vul va, faze fazend ndo o cir circun cunvol volu u��es em v vol olta ta do cli clit t�ris, ris, e, como como um cac cachor horrin rinho, ho, aplicava largas lambidas na abertura. a necessidade de que seu sexo viesse cicatrizar a abertura tornava-se imperativa. imperativ a. quando ele ele enfim penetrava, penetrava, com tanta tanta do�ura e com a mesma mesma meticulosidade da l�ngua, ngua, meu praz prazer er aind ainda a n�o estava estava � altura altura do que havia havia sido a asce ascens ns�o d do o de dese sejo. jo. 82 por obrigarem obrigarem a deslocament deslocamentos os em em curtos curtos espa espa�os de tempo, nossos encontros �s vezes n�o davam davam ce certo. rto. se eu percebia percebia que ele n�o ia cheg chegar, ar, fic ficav ava a esti estirad rada a na cam cama, a, bal balan an�ando ando os p�s, a vont vontade ade dolorosamente encaixada entre entre as coxas coxas como uma tala tala que teria me me impedido d de e fech�-las. seguiaseguiase uma opress opre ss�o que me parec parecia ia insuper insuper�vel, que me impe impediri diria a de cumpri cumprir r as tarefas tarefas do do dia, de voltar para o escrit escrit�rio, d de e telefona telefonar; r; de tomar tomar decis decis�es sobre sobre coisas coisas import importante antes s ou n�o. como poderia pode ria, , at� o pr�ximo e encon ncontro tro, , levar levar uma vida vida normal, normal, como como se se nada tives tivesse se acontecido? o desejo escancarado escancarado faz faz de mim uma marionete marionete que se deixa cair, cair, os bra�os e as pernas abertos, r�gidos, gidos, inc incapaz apazes es de se mo movere verem m por si pr�prios. prios. mas, mas, por sorte, sorte, esta esta astenia astenia que que sempre me persegu pers egue, e, mai mais s ou meno menos s obsessi obsessiva va depende dependendo ndo das das circunst circunst�ncias, ncias, n�o dura. dura. a porta porta do escrit�rio, independe independente nte de minha vontade, � sempre uma passagem passagem perfeitamente perfeitamente vedada, e mesmo molhada entre as coxas (ou depois de viver um acontecimento de qualquer natureza) eu tenho a capacidade de mergulhar com a mesma facilidade no trabalho.
ser� que eu teria pensado na possibilid possibilidade ade de escrever escrever este livro, livro, que se abre abre com um cap cap�tulo tulo com com u um m t�tulo tulo como como "o n�mero mero , se se n�o tiv tives esse se a exp exper eri i�ncia ncia de ser, ser, pelo pelo menos por uma vez, vez, um min�sculo sculo sat�lite subitame subitamente nte sa�do da �rbita rbita em que era mantido mantido por uma rede de conex conex es que n�o o comanda comanda mais? mais? o afas afastame tamento nto se deu em duas etapa etapas. s. em primeiro� lugar luga r acontec aconteceu, eu, de u uma ma hora hora para para outra, outra, de eu eu encontr encontrar ar a insatis insatisfa fa��o mais mais freq freq�ente enteme ment nte e e
de viv�-la de maneira ainda mais mais obstinada obstinada do do que a que acabo acabo de d desc escreve rever. r. a excit excita a��o podia podia ser ser intensa intensa. . os sinai sinais s que consi considera derava va co como mo pr press ess�gio para para o prazer prazer total total eram eram os os l�bios frios, um arrepio (falarei mais adiante e com mais detalhes sobre essas sensa��es). se, como com o vinha vinha acont acontec ecend endo o co com m ma mais is freq freq��ncia, ncia, 83 o processo processo se se encu encurtav rtava, a, um inexpu inexpugn gn�vel obst obst�culo se se colocava colocava diant diante e de mim em vez da vasta sa�da esperad esperada. a. invariavelmente, invariavelmente, no instante em que o outro se separava separava e qu que e eu fechava as pernas, procura proc urava va def definir inir o q que ue sentia sentia, , com a mesma mesma determ determina ina��o com q que ue me empenh empenho o ao descrever um objeto num artigo, e, no entanto, as palavras me faltavam. como poderia nomear este sentimento exclusivo? essa era a pergunta que eu fazia. tratava-se certamente de uma raiva dirigida �quele que se encontrava encontrava ao meu lado, lado, independente independente dos sentimentos sentimentos que que experimentava experimentava tamb�m por ele. uma raiva que, no no entanto, preenchia preenchia um vazio naquele naquele momento, momento, t�o perfeitamente perfeitamente quanto o metal fundido fund ido se encai encaixa xa em su sua a forma. forma. como como obstinav obstinava-me a-me a descr descrev ev�-la, lembr lembro-me o-me de de t�la algumas vezes veze s compara comparado do a um g�nero de de escultur escultura: a: o dado dado herm�tico de de tony smith smith. . felizmente, da mesma maneira maneira que a opress opress�o que tomava c conta onta de mim depois depois de um encontro encontro frus frustr trad ado o n�o se prolon pro longav gava a a al l�m d do o t traj rajet eto o do t�xi ou do metr metr�, a raiva raiva ful fulmin minant ante e n�o sobr sobrevi evivia via ao reflexo que me conduzia ao lavabo. acredito que assim, ocupada em passar uma esponja em meu sexo, pensei pela primeira vez que era era necess�rio relatar relatar a verdade verdade sobre sobre tudo isso. isso. durante um durante um per�odo qu que e estimo estimo ter sido sido de tr�s anos, anos, talvez talvez quatro, quatro, e que que corresponde ao que consi considero dero uma s segun egunda da etapa etapa, , as rela rela��es se sexuai xuais s que eu eu podia podia ter ter tornaram-se raras e, quando aconteciam, eram mais ou menos como as que acabo de descrever. acontec acon teceu eu tam tamb b�m de eu pas passar, sar, sozin sozinha ha em paris, paris, semana semanas s de ver�o entrecor entrecortada tadas s por longas jornadas de trabalho e noites encurtadas pelo pel o calor calor e ao mesmo mesmo tempo tempo po por r ang ang�stias stias cl cl�ssicas ssicas. . foi foi ent ent�o que tirei debaixo de um monte de lingeries o vibrador que tinham me dado anos antes e que eu nunca tinha usado. ele tem duas 84 fun��es que podem podem ser ativadas ativadas em duas velocida velocidades. des. a extremid extremidade ade � uma cabe�a de boneca com com uma estrela estrela na testa, cujos cujos cabel cabelos os formam um entalhe entalhe que corres cor respon ponde de � borda borda da ca cabe be�a de um pau. pau. esta esta ca cabe be�a percor percorre re c�rc rculo ulos s mais mais ou menos largos, enquanto enquanto uma esp esp�cie de pequeno pequeno javali que se se destaca na metade do cilindro vibra uma l�ngua muito muito c compr omprida ida desti destinada nada a excita excitar r o clit�ris. a primei primeira ra vez que que usei o objeto, gozei instantaneame instantaneamente, nte, num espasmo espasmo muito longo, longo, perfeitamente perfeitamente identific identific�vel, me mens nsur ur�ve vel, l, e sem que tivesse tivesse de recorrer recorrer a hist�rias. eu estava estava totalmente totalmente concentrada concentrada na situa��o. o orgasmo, isto �, o orgasmo de qualidade mais pura, podia ent�o ser ser desencadead desencadeado o sem que
tivesse tivess e sid sido o nec neces ess s�rio que eu me re remet metess esse e como como se sempr mpre e � fonte fonte de sa satis tisfa fa��o da "primeira vez e sem sem mesmo mesmo que e eu u tivesse tivesse tido tempo tempo de, de, usando usando a imagi imagina na��o, convoc convocar ar entregadores e oper oper�rios rios de cons constr tru u��o. solu soluce cei i nu nume mero rosa sas s ve veze zes s ap�s a aqu quel elas as sess sess�es r�pida pidas. s. mistur mis turava avam-s m-se e a vi viol ol�ncia ncia dolor dolorosa osa do do prazer prazer e a vol vol�pia da da solid solid�o da qual qual j� falei, apenas aumentada, aumentada , ali, por um toque toque de amar amargura. gura. o contraste contraste entre o que correspondia correspondia t�o bem ao que se cham chama a pr prazer azer solit solit�rio e meu meu gosto gosto ordin ordin�rio pela plurali pluralidade dade era c�mico. mico. uma vez cheguei a pensar que deveria "relatar a verdade sobre tudo isto", o livro se chamaria a vida sexual de catherine m. e isto me fez sorrir sozinha.
apesar de mal dotada pela natureza, hoje usufruo de uma denti den ti��o s�, por por te ter r si sido do tra trata tada da por por um um exce excelen lente te den dentis tista, ta, qu que e nunca me enviou enviou a nota de seus seus honor�rios. a primeira primeira vez que, depois depois de receberreceberme como de h�bito bito em em se seu u co cons nsul ult t�ri rio, o, ele ele me me fez penet penetrar rar numa sala de esper espera a que n�o era a usual, usual, uma pe pe�a maior e arrumada arrumada num num estilo muito diferente, diferente, com com um mobili mobili�rio cl�ssico ssico e n�o mode moderno rno, , experi experimen mentei tei uma impres impress s�o de 85 estranheza; poderia se dizer que, passando por uma porta familiar, eu era transportada em um passe de m�gica gica para para u um m cen�rio d de e filme filme ou de sonh sonho. o. ele ele me deix deixou ou s�. Depoi Depois s entro entrou u intempestiva-mente, despiu meu peito e meu rabo, me acariciou, desapareceu. voltou dez minutos mais tarde em companhia de uma jovem mulher. mulh er. trep trepamos amos os t tr r�s. s� mais tarde tarde compr compreend eendi i que que o consult consult�rio era duplo, duplo, com duas salas de espera dando acesso a duas duas salas de tratamento tratamento cont cont�guas. julien julien passava de uma uma para a outra, outra, tratava de um paciente enquanto o curativo do outro secava. se fosse eu, ou uma de suas amigas, ou uma e outra ao mesmo tempo, que se encontravam encontravam em um dos consult�rios, ele podia, podia, com lances lances de prestidigitado prestidigitador, r, excitar seu pau na boceta de uma ou outra, outra, prepar�-la, desaparecer desaparecer no outro outro lado da parede, parede, voltar. voltar. em geral, ele esporrava assim que penetra pene trava va na xo xoxota xota. . tinh tinha a concebid concebido o e executa executado do sozinh sozinho o a decora decora��o de se seu u cons consul ult t�rio rio d dup uplo lo at� ta tard rde e da da noite, depois da sa�da de seu �ltimo paciente. no fim de semana semana ele ele participava participava de to torn rnei eios os de t�ni nis s de de n�ve vel l bem elevado. acontecia de marcar encontros comigo � tarde, tendo reservado um quarto num hotel de luxo. eu fazia o check-in, ele me encontrava por quinze minutos, deixava o dinheiro para o check-out. tinha simpatia por ele. ficava tocada pelos motivos misteriosos que o impulsionavam naquela atividade infatig infa tig�vel. e id identi entifica ficavavame um pouco pouco com ele, ele, eu que n�o consegui conseguia a parar, parar, e que, quando estava em um lugar, tinha logo vontade de estar em outro, de espiar o outro lado do muro. quando volto de um passeio, detesto repetir o mesmo caminho da ida. estudo
minuciosamente os mapas mapa s a fim de e enco ncontra ntrar r uma uma nova nova estra estrada da que que me me levar levar� em dire��o a uma paisagem paisagem, , um ed edif if�ci cio, o, um deta detalhe lhe curi curioso oso, , que ainda ainda n�o conhe conhe�o. quan quando do 86 fui � Austr Austr�lia, lia, o lugar lugar mais distante distante que j� fui na terra, terra, deime conta conta de que a per percep cep��o qu que e eu tinha tinha daquel daquela a di dist st�ncia ncia era equiv equivale alente nte � id�ia de n�o encontrar barreiras barreiras sexuais. sexuais. no curso curso da mesma mesma reflex�o, tinha me perguntado perguntado s se e a alegria de ter filhos filhos pert pertenci encia a � mesma mesma fam�lia de sentimen sentimentos. tos. relacion relaciono o a essas essas lembran lembran�as o comportamento de �ric, que sempre se empenhava em renovar o desenrolar das noitadas, como teria feito - para usar suas suas pr�prias palavras palavras - um operador operador de viagens". viagens". tratavatratavase, esclare escl arecia cia el ele, e, de "am "ampli pliar ar o espa�o". 87 o espa�o
a raz�o pela qual eminentes eminentes historiador historiadores es da arte dedicaram, dedicaram, ao l longo ongo de seus trabalhos, cada vez mais at aten en��o � ar arqu quit itet etur ura a (p (pen enso so em andr andr� Cha Chaste stel l e em giulio giu lio cal calo o arga argan) n) n�o poderia ser objeto de um estudo? como � que suas an�li lis ses, a pri princ nc�pio centra cen tradas das nos nos es espa pa�os representados na pintura, foram se deslocando para a ordena��o do do espa�o re real? como com o cr�tic tica a de a art rte, e, eu eu talvez estivesse mais inclinada a seguir o exemplo exempl o d dele eles, s, s se e n�o tivesse encontrado na arte modern mod erna a e con contem tempo por r�nea obras obra s pict pict�ricas ricas da das s qu quais ais se pode dizer que se situam no limiar lim iar ent entre re o es espa pa�o im imag agin in�ri rio o e o e esp spa a�o que que habitamos, quer se trate das imensa ime nsas s e pe perem rempt pt�ria rias s extens ext ens�es c col olori orida das s de barnett newman (newman que dizia: "declaro o espa�o"), do azul irra irradia diante nte de yves klein, que se apresentava como o "pintor do esp espa a o", ou a ain inda da d das as superf sup erf�� cie cies s e dos obje objeto tos s top opol ol�gic icos os de ala�n jacquet, que acabam sobre
abismos de paradoxos. o que caracteriza essas obras n�o � apen apenas as o fato fato de ab abri rire rem m o es espa pa�o; el elas as n�o s� o abre rem m mas ta tamb�m o fecham. newman no fechamento dos z�peres, peres, kle klein in no es esmaga magamen mento to dos corpos corpos dos dos anthrop anthropom om�tries, tries, jacquet jacquet na solda solda de um anel de moebius. 91 se nos deixamos prender por ele, � como se estiv�ssemos dentro de um in inco come mens nsur ur�ve vel l pu pulm lm�o.
portas de paris o estacionamento da porta de saint-cloud se encontra �margem de um bulevar pe peri rif f�ri rico co, , do qual est� separado por por um muro de grades. grades. eu est estava ava apenas de sapatos, um uma a vez que, antes de sair do carro, tinha tirado minha capa de chuva, pois o forro me congelava a pele. no in�cio, cio, como como j� relatei, imprensaram-me num muro perpendicular; �ric disse que me via como se estivesse "presa pelas picas como uma borboleta em um quadro". dois homens me seguravam por debaixo dos bra�os e das pernas, pernas, enquanto enquanto os outros se se revezavam revezavam em minha bacia. bacia. naquel naquelas as condi��es de insegur inse guran an�a, e de n�mero, mero, os homens homens sempr sempre e metiam metiam r�pida e inten intensame samente. nte. eu senti sentia a a aspereza do muro de cantaria cantaria penetrar penetrar em minhas costas e meus meus quadris. apesar apesar de j� ser tarde, ainda havia tr�fego. fego. o z zumb umbido ido dos ca carro rros, s, al�m de de criar criar a impr impress ess�o de de que que el eles es nos nos ro�avam, avam, me instalava no torpor em que costumo afundar durante as esperas nos aeroportos. com o corpo livre do peso e, ao mesmo tempo, encolhido, dobrava-me dentro de mim mesma. intermitentemente, perc perceb ebia ia, , atr atrav av�s dos olhos olhos semifech semifechados ados, , os far�is que vinham vinham varrer meu rosto. os carregadores afastaram-se da parede e me vi levantada levantada por dois potentes arm�rios. uma fantasia ativa, que alimen ali mentav tava a h� mui muito to tempo tempo minha minhas s sess sess�es de mastur masturba ba��o, a saber, saber, eu era era le levad vada a para um hall de um im�vel obscur obscuro o por do dois is desconh desconheci ecidos dos que fazia faziam m um sandu sandu�che e me empala empalavam vam juntos, um pela boceta, outro pelo rabo -, acabou encontrando consist cons ist�ncia - em um am ambien biente te opaco opaco no qual qual imagens imagens criad criadas as em meu meu c�rebro rebro e a realidade se interpenetravam suavemente. 92 tive, se � poss�vel dizer assim, de acordar quando meu corpo voltou ao apoio normal nor mal. . al algu gu�m jo jogo gou u um casaco cas aco sob sobre re o cap cap� de um um carro carro e me me deito deitou u l�. conhe conhe�o bem esse esse tipo tipo de luga lugar, r,
que que n�o � muit muito o conf confor ort t�vel vel de ficar; eu escorregava escorregava, , n�o tinha nada em que me agarr agarrar. ar. nem sempre sempre me ajustava ajustava bem aos cacetes que vinham em busc busca a do cana canal l j� bastant bastante e visco viscoso. so. eu era o invis invis�vel ponto ponto de converg converg�ncia de um teatro de sombras, salvo quando quan do os far far�is jogava jogavam m sobre sobre a cena cena sua luz luz desbotad desbotada. a. a�, eu conseg conseguia uia vislumbrar o grupo surpreendentemente surpreend entemente esparso, e constatava constatava que que os que j� tinham despejado despejado sua cota cota de porra se desinteressavam da seq��ncia dos dos aco acontec ntecimen imentos tos. . diante diante de mim, mim, desenhav desenhava-se a-se a silhue silhueta ta de um carro muito mais alto do que os outros, sem d�vida uma ca caminhonete, minhonete, que talvez estivesse estivesse sendo sendo usada como como um biom biombo bo sum sum�rio. rio. a chega chegada da n no o e est st�dio de v�lizy-vil lizy-villac lacoubl oublay ay constitu constitui i uma uma lembran lembran�a realme realmente nte engra eng ra�ada. ada. o cam camin inho ho tinha tinh a sido t�o longo, longo, o cond conduto utor r da trupe trupe tinha tinha se mostrad mostrado o t�o misterio misterioso so acerca acerca do destino, que a descoberta do lugar se abrindo como uma vasta clareira no meio do bosque nos fez morrer de rir. a noite era clara. quando se tem tanto trabalho para chegar a um lugar, � porque se procura um espa�o mais protegido, mais apropriado � cumplicidade! cumplicid ade! al�m do mais, todo mundo mundo se se deu conta de que que �amos fornicar fornicar em um um lugar povoado pelo esp�rito dos adolescente adolescentes s que vinham jogar futebol futebol ali, nas tardes tardes das quartasquartasfeiras. as perguntas que n�o acabav acabavam, am, nosso guia respondia respondia que que conhecia conhecia bem o lugar, para onde costumava ir constantemente. ele estava um pouco embara emb ara�ado ado, , como como se o tiv�ssemo ssemos s ob obrig rigad ado o a revelar uma velha fantasia. quem nunca sonhou em poluir com 93 trepada trep adas s os luga lugares res mais mais inocen inocentes tes que que freq�enta? enta? o grupo encon encontrou trou ref ref�gio nos nos degraus da arquibancada, arquibanc ada, pois � contr�rio �natureza humana copular diante do horizonte aberto ou de toda perspectiva perspecti va muito long long�nqua. pensando pensando bem, os olhares olhares mai mais s do que os corpos corpos podem constituir uma barreira muito segura. aqueles que trepam na praia, no ver�o � luz da lua, imaginam-se em uma intimidade intimidade que os abstrai abstrai da imensid imensid�o em volta. nosso nosso grupo era era muito numeroso e dispersivo para criar criar por por si s� essa essa intimida intimidade. de. fui fui comida comida de p�, agarrada agarrada a algum algum monta montante nte dos degraus, com o vestido apenas apenas arrega�ado, temerosa temerosa de tirar toda toda a roupa por por causa da frescura frescura da noite, apenas com a bunda bunda para para fora fora. . me sinto sinto bem nesta nesta posi posi��o, com o tronco tronco levem levemente ente curvad curvado. o. no pe per r�me metr tro o em torno torno do meu trase traseiro iro estend estendido, ido, havia havia uma uma agita agita��o alegre, alegre, enquan enquanto to meu olhar, olhar, dissociado, se voltava para o gramado vazio. parece-me q que ue acabei ficando ficando nua. houve houve uma brincadeira brincadeira envolvendo envolvendo os os vesti�rios: j� que esta estava vam m � disp dispos osi i��o, t�nham nhamos os que que ap apro rove veit it�-los -los. . fi fica cava vam m at atr r�s de uma uma gu guar arit ita, a, que que d dev evia ia tamb tamb m funcionar como�um bar, pois � sua frente havia um balc�o. estirei-me estirei-me sobre ele, durante alguns minutos, pelo prazer ambivalente de ser apalpada e revirada como uma mercadoria de
primeira. eu me agitava muito, respirava profundamente o ar �mido. o telhado da guarita era prolongado por um alpendre que cobria o balc�o. as paredes paredes eram regulares, regulares, limpas, sem nenhum nenhum cartazete cartazete colado nelas, o conjunto de uma simplicidade minimalista, � moda desses desses cen�rios de teatro distantes distantes do do realismo, realismo, concebidos concebidos como desenhos em escala real. tive direito �s �ltimas car�cias e a algumas lambidas na vulva colocada numa altura apropriada. depois, como decididamente o trajeto era longo, longo, os os carr carros os n�o demorara demoraram m a partir. partir. 94 � claro que muitas dessas aventuras acontecem � noite porque, nesse hor�rio, os lugare lug ares s p�blico blicos s - q que ue se ofer oferecem ecem como dive divertid rtidos os teatr teatros os para para um repe repert rt�rio ao qual qual n�o s�o destin destinados ados e onde se pode reunir um grande gran de n�mero de p pesso essoas as - s�o mais mais acess acess�veis, veis, eventu eventualme almente nte menos menos vigi vigiados ados ou ent�o benef beneficia iciados dos por uma vigil vig il�ncia ncia compl complac acent ente. e. uma am amiga iga de �ric guarda guardava va as assim sim a lembra lembran n�a da sensa sensa��o glacial mas estimulante que uma fivela de cinto tinha deixado em sua bunda, marca de um pacto que tinha sido feito entre o casal e o grupo grup o de poli policiai ciais s que fazia fazia a ronda ronda no no bosque bosque de de boulogn boulogne. e. h� tamb tamb�m um consenso de que a obscuridade protege. protege . mas pa para ra cer certos tos esp esp�ritos ritos como o meu, ela ela permite permite tamb tamb�m ampliar ampliar ao ao infinit infi nito o um espa�o no qual qual os olhos n�o percebem percebem limites. a fileira fileira de �rvores a apenas apenas alguns alguns metros metros deixa de ser obst obst�culo culo. . efe efetiva tivamen mente, te, a obscuridade obscurida de total quase quase n�o existe, e as pessoas ha habitualmen bitualmente te preferem a impreci impr ecis s�o da pen penumbr umbra. a. eu adorar adoraria ia o negrume total, total, pelo prazer prazer que encontraria encontraria em me deixar submergir submergir em um um len�ol indiferenciado de carne. na falta, tiro partido de uma luz brutal, da cegueira que ela provoca e da impossibilidade em que a gente se encontra, ent ent�o, de situa situar r sua fonte imergente imergente em uma uma atmosfera atmosfera algodoada algodoada onde as fronteiras do corpo se dissolvem. dissolvem . em outras palavras, palavras, n�o temo ser olhada olhada de surpr surpresa, esa, porque porque meu corpo est� mistu mistura rado do �mesma mesma poeira que o ar e todos os outros outros corpos corpos que se ligam a ele num cont continuum. inuum. n�o posso, portanto, imaginar que existam olhares exteriores. durante um passeio passeio ap�s o jantar jantar bruno bruno e eu acabamos acabamos instintivamente instintiv amente conduzid conduzidos os �s vizinhan�as do bosque de vincennes, vincennes, a um terren terreno o terr terraple aplenado nado, , zona inde indecisa cisa cuja cuja vegeta vegeta��o, interro interrompid mpida a por uma faixa de cimento, � seca e espa�ada. havia ali um banco. ban co. com come e�amo amos s a sar sarra rar r sem presta prestar r aten aten��o ao fa fato to de qu que e o 95 lugar era iluminado iluminado por um lampad�rio e que a orla orla do bosque estava estava distante. distante. parecia uma cena de um filme filme do p�s-guerra s-guerra, , na qual qual a c�mera se se afasta afasta e isola isola os person personagen agens s em meio meio a um halo. quando bruno levantou meu vestido e come come�ou a me alisar alisar energicamente, energicamente, as �rvores estavam fora do ca camp mpo o de de vis vis�o. em embo bora ra n�o d�ss ssem emos os co cont nta a de de nos nossa sa im impr prud ud�nc ncia ia, , n�o fal fal�va vamo mos, s, procurando encurtar o espa espa�o fazendo ap apenas enas gestos gestos comedidos, comedidos, ocupando-nos ocupando-nos alternadamente alternadamente um um do outro. enquanto ele enfiava os dedos bem fundo entre minhas coxas, eu ficava enroscada
nele, com as pernas per nas dob dobra radas das e f fech echad adas as no no pont ponto o m�ximo ximo permi permitid tido o pela pela posi posi��o de se seu u bra bra�o. eu eu n�o ti tinha despido desp ido a parte parte de de cima do vestido vestido. . quando quando me debru debru�ava sobre sobre a intum intumesc esc�ncia em seu jeans, ele se imobilizava, imobilizava, com a cabe cabe�a apoiada no e encosto ncosto do banco banco e o corpo reto reto como uma prancha. comecei come cei uma uma cons conscie ciencio nciosa sa chupada chupada, , evitando evitando as mudan mudan�as de ritmo ritmo para para n�o suscitar suscitar rea��es muito en�rgic muito rgicas. as. de re repen pente, te, uma uma segunda segunda luz, luz, potente, potente, dirig dirigida ida sobre sobre n�s, foi ligada ao longe. durante um curto instante, ficamos na expectativa, incapazes de identificar a natureza exata do raio nem a dist dist�ncia de de sua fo fonte. nte. um um comporta comportament mento o muito muito pr�prio de de bruno bruno consisti consistia a em, em, n no o in in�cio, cio, se deixar chupar passivamente, como se estivesse contrariado e, �s vezes, interromper o movimento, para em seguida suscitar sua retomada sem me prevenir, pegando ele mesmo seu sexo e o enfiando em minha boca, quase como se ele tivesse preferido entrar nela � for�a. foi o que ele fez desta vez, vez, conduzindo conduzindo minha cabe�a levanta da e pres pressio sionan nando do m minh inha a nuca. nuca. meus meus l�bios bios e minh minha a m�o retomaram o movimento regular. nada aconteceu depois da ilumi na��o s�bita e br brutal utal de nossas nossas silh silhueta uetas s unidas unidas. . a luz que incidia incidia a meu meu lado lado era t�o int inten ensa sa que que me ofu ofusca scava va a atra trav v�s da das s 96 p�lp lpeb ebra ras s fe fech chad adas as. . co cond nduz uzi i at� o fi fina nal l a tr tran anq q�il ila a fe fela la��o, oscila osc ilando ndo entre entre o q quas uase e sil sil�nc ncio io das das respi respira ra��es e a dan�a das das man mancha chas s dour dourada adas s e negras diante de meus olhos. retornamos retornamo s logo em seguida, seguida, compartilhando compartilhando sem sem fazer coment coment�rios uma perplexidade perplexidade divert div ertida ida. . t�nha nhamo mos s entrado entr ado no no camp campo o de luz dos far far�is de um carro? carro? carro carro de pol pol�cia ou ou de voyeur? voyeur? um um projetor defeituoso tinha sido ligado ligado a autom utomatic aticamen amente? te? nunca nunca encont encontrei rei explica explica��o para para aquel aquela a luz luz t�o bem bem focalizada.
arlivre se eu escutasse escutasse algu�m falar a meu respeito respeito "el "ela a trepa como respira", concordari concordaria, a, de bom grado, que a express expr ess�o po podia dia ser tomada tomada ao ao p� da letra. letra. minha minhas s primei primeiras ras experi experi�ncias ncias sexuai sexuais, s, e muitas outras que se seguiram, acontecer aconteceram am em ambientes ambientes que levam a pensar que o oxig�nio age em mim com como o um afro afrodi dis s�aco. aco. sinto minha nudez mais completa ao ar livre do que em um lugar fechado. quando a temperatura do ambiente � percebi perc ebida da por uma regi�o de pele pele � qual ele n�o tem normalme normalmente nte acesso, acesso, por exemplo, a concavidade dos quadris quad ris, , o corpo corpo p�ra de lhe criar criar obst�culos culos e � atravess atravessado ado por ele, ficando ficando portanto mais aberto, mais receptivo. quando a atmosfera que beija o vasto mundo adere, como o fariam mil ventos ven tosas, as, � superf superf�cie de minha pele, minha vulva tamb�m parece estar estar sendo aspirada aspirada e se dilata dilata delicio deli ciosame samente. nte. u um m m�nimo de de vento vento
que que d des esli lize ze at� sua sua e ent ntra rada da ampl amplia ia a sen sensa sa��o: os gr gran ande des s l�bios bios, , ro ro�ad ados os por por lufadas de ar, me parecem ainda maiores. mais adiante, e com mais detalhes, tratarei das zonas er�genas. genas. qu quero, ero, no en entan tanto, to, adian adiantar tar que que a meno menor r car�cia capaz capaz de despertar despertar a passagem geralmente geralmente desprezada desprezada que liga a pequena pequena depr depress ess�o anal ao tri tri�ngul ngulo o o ond nde e se juntam junt am os g grand randes es l�bios, bios, 97 esta trilha esquecida entre o buraco do cu e a abertura da boceta, �, seguramente. uma das que mais me enlouquecem e, quando o ar nela penetra, embriago-me mais do que nas grandes altitudes. adoro oferecer oferecer o afastamento afastamento de minhas minhas n�degas e de minhas minhas pernas ao ar circulante.
de man manei eira ra ger geral al, , d dev eve e ha have ver r uma uma liga liga��o intr intr�nsec nseca a entr entre e a id id�ia de de se desloc des locar ar no esp espa a�o, de viaj viajar, ar, e a id�ia de trepar trepar sen�o uma uma expres express s�o muito muito dif difund undida ida como como ir as nuvens nuv ens n�o t teri eria a s sido ido inventa inve ntada. da. os terr terra a�os, as beir beiras as de de estra estrada, da, as plan�cies �ridas, ridas, e todos todos os espa esp a�os con conce cebid bidos os unicamente para serem percorrid unicamente percorridos, os, halls ou estacionam estacionamentos, entos, s�o lugares (marc (marc aug aug� qual qualif ific ica a os �ltim ltimos os como n�o-lu o-lugare gares) s) onde para mim � bom estar estar t�o aberta aberta quanto quanto eles. eles. a primeira vez vez que despi diante de v�rios olhos tudo tudo o que tinha tinha sobre o corpo, corpo, eu estava no meio meio de um jardi jardim m cerc cercado ado por por uma simple simples s grade. grade. j� contei contei o epis epis�dio. fiz fiz tamb�m alus�o �quel quele e outro outro jard jardim im cuj cuja a situa situa��o elevada elevada de frente frente para para o mar era era particu particularm larmente ente interessante. ele se estendi estendia a dia diante nte da c casa asa e, embora embora estiv estiv�ssemos ssemos no sul sul da fran fran�a, tinha tinha pouca pouca sombra. logo em frente, uma parte do ch�o feita de pedras pedras planas fazia fazia as vezes vezes de solarium solarium onde n�o par�vamos de trepar, mesmo quando havia muito calor. calor. algu�m que tivesse tivesse sobrevoado sobrevoado o lugar lugar teria teria se divertido divertido com a just justap apos osi i��o de e esp spet et�cu culo los s co cont ntra rast stad ados os. . semp sempre re � curioso curi oso obser observar var de av avi i�o, as filas filas intermi intermin n�veis de carro carros s na perifer periferia ia de uma uma cidade de onde estamos saindo e logo em seguida, 98 no original, s'envoyer en pair, que significa experimentar um prazer intenso, principalmente o prazer sexual. (n. do t) num mesmo mesmo lance lance de vis vista ta, , o de deser serto to dos campo campos. s. n�o � apenas apenas po porqu rque e a li liga ga��o entre as duas imagens, no entroncamento de uma auto-estrada, seja abrupta, � que elas descrevem coisas que se op op�em, se igno ignoram, ram, quase quase com hostilidade; hostilidade; os carros carros velozes, velozes, imantados, imantados, parecem desprezar desprezar o ve ve�culo isola isolado do que foge em dir ire e��o ao campo. acima de saint-jean-cap-ferrat, poder-se-ia ver um pequeno grupo humano
aglutinado afastado de uma grande casa enigmaticamente abandonada, mas muito perto de uma estrada onde cruzavam, de maneira ininterrupta, os carros que iam e vinham do cabo. a muito custo poder-se-ia discernir a fronteira que tornava aquele grupo grupo e os carros t�o mutuamen mutuamente te indiferentes. indiferentes. o pequeno pequeno muro de pedras pedras cinza onde terminava o jardim era muito baixo, baixo, projetava projetava pouca sombra, sombra, e teria teria sido dif�cil perceber perceber que a estrada se encontrava muitos metros abaixo. abai xo. naque naquele le ver�o eu tinh tinha a dois ac ac�litos: litos: minha minha amiga amiga homosse homossexual xual e uma uma dessas dessas mo�as enco encont ntrad radas as p por or acaso, acas o, e que, que, por serem serem simp simp�ticas, ticas, passava passavam m a integrar integrar o grupo grupo durant durante e as f�rias. rias. s� �amos amos em cas casa a para para dormi dormir r e preparar a comida, e nossa assiduidade ao banho de sol tinha feito daquele pe peda da�o do do j jar ardi dim m n no o t ter erra ra�o o ponto de encontro encontro preferido preferido de todo o pessoal da casa, casa, que n�o precisa ser ser for�osament osamente e a s sala ala nem mesmo mesmo o canto mais confort�vel! a cada dia chegavam novos visitantes. visitantes. com alguns, � claro que n�o todo todos, s, o b banh anho o de sol e a sesta tinham tinham desdobramentos desdobramentos. . era uma esp�cie de atividade atividade estival estival desenvolta, como um passeio de barco. judith, que apesar de preferir mulheres, acolhia, no entanto, quem quer que fosse, independente do sexo, manifestava seu desejo sempre com mesmo bom humor, vagamente vagamente desligada desligada. . era uma mo�a grande, grande, dessas que achamos achamos belas, belas, porque, como como se diz, s�o bem proporcionadas proporcionadas, , como se modeladas por um pant�grafo grafo que te teria ria se limitad limitado o a ampliar ampliar o modelo modelo de de uma mo mo�a magra: magra: seus seus seios seios n�o 99 eram pesados pesados e t tinh inham am a f forma orma de chap chap�us chines chineses, es, com com as aur�olas bem centralizadas. a outra mo�a, ao con contr tr�rio rio, , ti tinh nha a os se seios ios ca�dos, dos, acim acima a de de um um tron tronco co e de um uma a baci bacia a t�o finos que, em torno deles, deles, duas m�os teriam podido podido se unir. unir. deitada de costas, costas, des desviando viando meu rosto do ombro que o cobria, vi seu busto esguio esguio em contraluz contraluz sobre o fundo fundo do c�u, os seios grandes grandes agitados em um movimento de de ressaca. n�o entendia como como a parte de baixo baixo de seu corpo corpo poderia poderia conter o que entubava ao cavalgar um dos nossos amigos amigos particularment particularmente e bem-dotado. bem-dotado. ele tamb�m tinha um jeito de anjo, anjo, e form�vamos um trio trio sem problemas, problemas, de um apetite apetite constante constante e sem esta estard rdal alha ha�o. aconteceu que que outra amiga, amiga, um palmo mais alta que que n�s, que estava estava trepando com com o corpo todo enroscado, enroscado , como se quisesse quisesse dar mais mais espa�o ao amigo, menor menor que ela, que que metia co com m muito zelo, acabou acab ou arre arrebent bentando ando um colar colar de p�rolas rolas apena apenas s com com a press press�o de seu pesco pesco�o. nada nada seria capaz de perturbar a travessia daqueles daqueles compactos compactos peda peda�os de tarde, tarde, cujo ritmo era era ainda mais arrastado pelo ronco dos motores misturado ao zumbido dos insetos, e, mesmo que o tilintar das p�rolas no ch�o tivesse tive sse sido sido ape apenas nas le levem vemente ente perce percept pt�vel e que a amiga amiga de desfal sfalecid ecida a n�o gemesse gemesse mais alto do que estava gemendo uma outra, fiquei surpresa com tamanho arrebatamento. comecei a pensar: "ser� poss�vel que que uma mu mulher lher exper experimen imente te um prazer prazer t�o transbor transbordant dante e que seu corpo corpo
sofra tal transfo tran sforma rma��o exte exterior rior?" ?" eu tinha tinha tido tido a oport oportunid unidade ade de obser observar var a careta careta congelada no rosto de certos homens homens ou, em outros, outros, a m�scara fechada, fechada, ausente, ausente, no momento momento em que o corpo corpo atinge a ten ens s�o m�xi xim ma, qu quando do, , por por e exe xemp mplo lo, , n na a p pos osi i��o cl cl�ss ssic ica a ele ele se cu curv rva a dos dos qu quad adri ris s at at� a nuca, nuca , descol descolando ando-se -se do corpo corpo da parce parceira ira com com a mesma mesma eleva eleva��o robusta que a proa de uma escuna acima do mar. mas eu observa va muito menos as mulheres, e privada de um espelho que elas 100 poderia pode riam m ter me o ofere ferecido cido, , n�o tinha tinha formado, formado, apesa apesar r de minhas minhas tend tend�ncias ncias narc�seas, seas, nen nenhuma huma imag imagem em de meu pr�prio corp corpo o ne nesse sses s mo movime vimentos ntos. . eu sabia sabia ficar ficar na melho melhor r posi posi��o e conheci conhecia a bem bem os gest gestos; os; al al�m dis disso, so, t tudo udo se di dilu�a em em s se ens nsa a��es qu que eu eu n� o re relac acio ion nav ava a a ma man nif ife est sta a��es v vi is�ve vei is. ou ous so afi firm rma ar que ess ssas as sen ensa sa��es n�o chegavam a ganhar corpo, menos ainda na suavidade do ar livre. nos momentos em que gostava de ficar afastada, acontecia acontecia de me separar da da grande miri miri�pode que se agitava agitava sobre sobre os colch col ch�es de pra praia, ia, par para a me estender, tal como estava, sobre o pequeno muro. a luz era muito forte para que eu olhasse diretamente para o c�u. viran virando do a ca cabe be�a para para um um lado, lado, tinha tinha o horizont horizonte e �altura altura dos dos olhos; olhos; do do outro outro lado era obri obrigada gada a fe fech ch�-los por causa causa da rev rever erber bera a��o da lu luz z sobr sobre e as pedras pedras cl clara aras s no ch�o. curvar os quadris e liberar o acesso � minha entrada da frente para que ela seja bem tamponada por aquele aque le que que est� pos posicio icionado nado por por tr�s de mim, mim, enquant enquanto o se desdob desdobra ra sob meus meus olhos olhos um largo panorama, eis uma situ situa a��o que que gost gosto o m mui uit t�ssim ssimo. o. como como jacq jacque ues s tem tem um uma a pre predi dile le��o por por trep trepad adas as repentinas no campo, jamais fico priva privada da dis disso. so. na r regi egi�o onde passa passamos mos f�rias, rias, muitos muitos caminho caminhos s levam levam a becos sem sa�da nas nas vin vinha has. s. chegando a um deles, deserto e situado no alto, vamos nos aproximando com pr prec ecau au��o, po por r cau causa sa do dos s espinheiros espinheir os e do muro de pedras seca secas. s. como tenho tenho medo de tirar tirar os t�nis, estico ao m�ximo ximo as as b bord ordas as da calcinha calcinh a pa para ra n�o s suj uj�-la ao pass pass�-la por eles. eles. estou estou com um vesti vestido do chemi chemisier sier que desabo des abot t�o e que que j jac acque ques s levanta leva nta at at� as minhas minhas co costas stas. . com os os bra�os estendi estendidos, dos, a calci calcinha nha enrola enrolada da na m�o, te tenh nho o um um a apo poio io pr prec ec�ri rio o sobre sobr e as as pe pedras dras osc oscilan ilantes. tes. nessas nessas condi condi��es nem nem sempr sempre e h� prelimin preliminares ares: : jacque jacques s penetra na vulva, que se separa pouco a pouco, enquanto aperta fortemente meu tronco com os punhos. com a cabe cab e�a pendi pendida, da, vejo vejo n na a sombra formada 101 por meu corp corpo o do dobra brado do e em m dois dois os os seios seios balan balan�ando soltos, soltos, as ondul ondula a��es regul regulares ares do es est t�ma mago go e da barriga, e depois, no final da galeria estreita onde a luz reaparece. apenas um pouco pou co da sup superf erf�cie cie enrugada de seus colh�es e, intermitenteme intermitentemente, nte, a base de seu seu membro. observar observar o curto e muito meticul meti culoso oso mo movime vimento nto de v vaieaie-vem vem provoc provoca a tanto tanto ou mais aumen aumento to em minha minha excita excita��o do que a a��o em si.
encurvo aind encurvo ainda a mais as costas costas e levanto levanto a cabe�a para opor resist resist�ncia � bacia bacia de jacques que se choca mais intensamente intensamente contra contra meu rabo. nessa encosta encosta do mont�culo sobre o qual nos encontramos, o mato substituiu a vinha. quando minha boceta vai ficando mais profundamente sens sen s�vel, vel, sou sou obr obrig igada ada a baix baixar ar as p�lpebr lpebras as e, e, atr atrav av�s dos dos c�lios, lios, ent entrev revejo ejo � direita o vilarejo de latour-de-france. latour-de -france. mantenho mantenho a faculdade faculdade de dizer dizer para mim mesma mesma "ali es est t� Latourde-france" e aprovei apro veitar tar ai ainda nda ma mais is a situ situa a��o pitoresc pitoresca a que se desenr desenrola ola sobre sobre um monte monte no meio meio do vale, a paisagem se alarga. conhe conhe�o bem o momento momento de limite de de meu prazer (quando "fiquei "fiquei satisfeita", como se diz, e n�o importa qu qual al tenha sido sido a intensidade) intensidade) e deixo que jacques goze, dando estoca est ocadas das m mai ais s esp espa a�adas, adas, at� as tr�s ou quat quatro ro bomba bombadas das sec secas as do orgasm orgasmo, o, enquan enq uanto to m meu eu esp�rito rito se entrega a um outro tipo de prazer inebriante: livre, ele circula e se liga ao contorno de cada colina, distinguindo uma das outras, e se entrega � magia da cor das montanhas ao fundo. gosto tanto desta paisagem que se modifica modifica e que se revela revela por sup superf erf�cies caindo caindo pesadamente pesadamente umas diante diante das outras, e estou feliz simultaneamente por estar inundada da porra transbordante, que brota de algum lugar do fundo de meu ventre. 102 numa regi�o que se mant manteve eve selvage selvagem, m, c�ret � uma cidade cidade de aspecto aspecto nobre. nobre. ali � poss�vel jantar jantar e em m bons r resta estauran urantes. tes. jacques e eu chegamos num fim de tarde, ainda muito cedo para jantar, decidimos subir sub ir at at� um cam camin inho ho d de e areia, com pelo menos quatro ou cinco metros de largura. a subida � doce, o solo nivelad nive lado, o, t tanto anto que n�o tenho tenho de tirar os escarpins escarpins altos altos de verniz verniz preto que estou estou usando usando. . no quase crep crep�sculo, acentua-se o contraste entre a brancur bran cura a do cam caminho inho e a vegeta vegeta��o alta alta e sombria sombria que que o margeia. margeia. do do outro outro lado, lado, os vaz azio ios s de de v ve eget eta a��o no nos permit per mitem em di divi visar sar a i imbr mbric ica a��o de plan planos os de telh telhado ados s r�sticos sticos, , difere diferente nte da da perc percep ep��o q que ue temo temos s d da a cida cidade de quando caminhamos caminhamos nas avenidas avenidas sombreadas sombreadas por por pl�tanos de trinta trinta metros, metros, entre dignas fachadas no estilo do s�culo culo xvi xviii ii. . � poss poss�vel acred acredita itar r que que a plan plan�ci cie, e, em empur purrad rada a pe pelo lo mar co como mo um uma a imensa em embarca��o, obrigou a cidade a se encolher contra a montanha. paramos um de frente para o outro para brincar de localizar, como sobre um mapa, outras pequenas cidades. os homens atenciosos geralmente nos tocam primeiro nos ombros e no pei peito, to, afag afagam am os os l�bios e a base do pesco pesco�o. jacqu jacques es come come�a por por agarra agarrar r a bunda. compreende imediat imed iatamen amente te que n�o h� nada sob sob o vestido vestido tomara tomara-que -que-cai -caia a de pied-de pied-de-pou -poule, le, muito na moda, do qual me desfa�o num s� gest desfa gesto o como como uma muda muda de pele pele. . escorr escorrega egando ndo por por tr tr�s, ele ele apal apalpa pa docemente a xoxota com sua pequena cabe cabe�a investigadora, investigadora, sem tentar tentar penetrar. penetrar. aperto minhas minhas costas costas contra ele. a temperatura do ar �
perfeita. perfeit a. e estab stabelec elece-se e-se uma esp�cie de corre correspon spond d�ncia entre entre a extens extens�o em volta volta de n�s e o desl desloca ocamen mento to de de suas m�os num amplo passeio passeio sobre sobre o meu busto e minha barriga. barriga. escapo um um instante dessas des sas car car�cias cias porqu porque, e, mesmo mes mo qua quando ndo o pa pau u j� est est� be bem m duro duro, , n�o o de deixo ixo en entra trar r na boceta boceta sem an antes tes chup chup�lo, ainda que brevemente. enfim, ofere ofere�o meu rabo. equilibrand equilibrando-me o-me sobre os os calcanhares, calcanhares, as pernas pernas ligeiramente dobradas para ficar na altura altu ra do belo belo cacete cacete j� lubrific lubrificado, ado, apoi apoio o minhas minhas m�os, com com os dedos dedos bem bem separados, sobre minhas coxas coxa s contra contra�das. mant manter er a posi posi��o sem outro outro apoio apoio � muit muito o cansativ cansativo. o. apesar apesar disso disso fui muito bem comida aquela noite, o traseiro bem encaixado, bem penetrado, bem alisado, com a parte de cima do corpo bem projetada projetada para para a frente, acima acima da plan�cie de roussillon roussillon que se se dissolvia lentamente! lembro claramente de ter prometido a mim mesma, durante aqueles minutos, no acesso de consci cons ci�ncia que c crist ristaliz aliza a o prazer prazer, , que um dia dia seria seria necess necess�rio encontrar um meio de registrar por escrito aquela alegria extrema, experimentada quando os corpos, ligados um ao outr outro, o, t�m a sensensa��o de de se expa expandi ndirem. rem. para compreen compreender der melhor, melhor, basta basta compar comparar ar com com o que se v�, nos filmes consagrados consagr ados �s maravil maravilhas has da natureza natureza, , quando, quando, gra�as a um processo processo de acelera acelera��o do movimento, as p�talas talas de de ros rosas as in inal alam am o oxig oxig�ni nio, o, se abrem abrem e desa desabro brocha cham m com m�todo. todo. estamos submetidos a leis sociais, obrigados a seguir ritos familiares: conformamo-nos ao que se chama hoje em dia "cultura "cultura de em empresa", presa", e at� mesmo na int intimidade imidade da vida vida sexual desenvo dese nvolvem lvemos os h�bit bitos, os, est estabel abelecem ecemos os c�digos digos de uso exclusiv exclusivo o de duas pessoas pessoas, , ou seja, de certa maneira mane ira criam criamos os uma c cult ultura ura de casal". casal". a copul copula a��o ao ar livre livre fez fez parte parte de nossa nossa "cultura de casal". da mesma mesma maneira maneira que me aconteceu aconteceu de marcar marcar em um planisf planisf�rio, com alfine alf inetes tes de cab cabe e�a colorid colo rida, a, as ci cidade dades s do glo globo bo onde onde j� fui, poder poderia ia marcar marcar nos nos mapas mapas da fran fran�a as ru�nas, o os s rochedos, as curvas dos caminhos, os conjuntos de �rvores, onde um observador usando apenas seu bin�culo culo teri teria a podi podido do sur surpree preender nder os os estremec estremecimen imentos tos de uma uma min�scula scula silhueta silhueta bi bic c�fala fala. . de manh� cedo, sobre o fundo dos rochedos rochedos de uma uma montanha escarpada, escarpada, com o corpo em forma como de costume, o short levantado, ao segurar o tronco estreito de uma �rvore nova de folhagem magra, somos 104 surpreen surpreendido didos s por um homem: homem: estamos estamos de f�rias na regi regi�o? estamos perdidos? quando ele se afasta, supomos que ele � o vigia encarregado de evitar roubos encarregado roubos eventuais eventuais no eremit eremit�rio que era, era, com efeito, efeito, o objetivo de nossa escalada. outra outra capela, capela, esta em ru�nas, mas ain ainda da com as paredes paredes elevadas elevadas no meio do planalto, um reticulado de pequenos muros em volta, uma sacristia desmoronada onde se tem vontade de passear imaginando imaginando seus seus habitantes, habitantes, como numa numa ru�na antiga. a
pequena nave est� sob o sol, o coro coro na sombra, sombra, o altar de pedra pedra na cor do antracito em em perfeito estado. deito de costas, bem no alto, para ser fodida sobre ele... enquanto jacques se abaixa para abrir caminho caminho em meu sexo sexo com lambidas lambidas l�dicas, olho olho com os olhos bem abertos para para o c�u recortad recortado o pelo topo das das paredes negras; negras; eu poderia poderia estar no no fundo de um po�o. mas, mas, uma vez mais mais, , vamos vamos gozar gozar em p�, num num lugar lugar min�sculo sculo onde onde cabem cabem apenas apenas nossos corpos, corpos, e que n�o sabemos bem bem o que poderia poderia ter sido. patamar? patamar? nicho nicho de uma est�tua tua des desap apare areci cida? da? outras ru�nas, outras nas, ou outra tra plan plan�cie �rida, rida, uma uma enorme enorme fazenda fazenda fortifi fortificada cada e suas suas depend�ncias e um planalto planalto que ela ela parece ainda ainda proteger, proteger, na beira de uma uma encosta abrupta. devo aqui explicar este outro dado de nossa "cultura de casal": uma em cada duas ou tr�s vezes vezes, , a trepa trepada da � ta tamb mb�m o moment momento o de pausa pausa para para uma uma se sess ss�o de fotos. fotos. desta vez, a sess sess�o foi foi l longa onga e compl complicad icada. a. vim vim com v�rias roupas, roupas, algumas algumas fr�geis, geis, e fico temerosa que que se prendam nos arbustos arbustos e montes de pedras. pedras. mes mesma ma apreens�o quando se trata de trocar de roupa entre duas poses, principalmente com um vestido de musselina de seda que se enrosca com o vento. jacques procura contrastes de luz e me faz explorar todas as sinuosidades sinuosida des da ru�na. ando prudentemente prudentemente sobre o solo pedregoso, pedregoso, porque estou estou cal�ada com sapatos de saltos e bicos muito finos que me machucam machucam um pouco. tenho tenho tamb�m de evitar evitar pisar em em coc�s de cabr cabra a porque, porque, antes antes de transfor transformarm marmos os a ru�na em um 105 est�dio fotog fotogr r�fico fico, , um reba rebanho nho fez fez do lugar lugar seu pasto. pasto. escalo escalo os os muros muros algumas algumas veze vezes s c com om os p�s descal desc al�os, depo depois is j jacqu acques es me me d� os sapat sapatos os que que cal cal�o durant durante e alguma algumas s poses. poses. para cada uma, � preciso prec iso conc concilia iliar r a as s po posi si��es preci precisas sas exigida exigidas s por por jacque jacques, s, como como abrir abrir um espa espa�o mili milim m�tric trico o ent entre re o p�bis bis e a s sepa epara ra��o d das as coxas coxas, , con conseg seguir uir a ade ader r�ncia ncia perf perfeit eita a do do corp corpete ete transparente e, ao mesmo tempo, temp o, evit evitar ar a dor em meus meus p�s em equil equil�brio prec�rio ou conse conseguir guir protege proteger r minha minha bunda da aproxim apro xima a��o de tufos tufos espinho espinhosos sos. . enquanto enquanto meu meu olhar olhar percorre percorre os os 3600 do panor panorama, ama, meu corpo fica reduzido a uma margem de manobras extremamente estreita. uma vez posicionada, me limito a obedecer a meu meu instrutor instrutor com gestos hesitantes. hesitantes. de minha parte, parte, pe�o a ele que, antes que se esgote o estoque de filmes, fa�a algumas fotos fotos minhas andando andando nua no no meio do caminho caminho largo que desce suaveme suav emente nte em di dire re��o ao carro carro que ficou ficou no meio meio do planal planalto. to. tenho tenho necess necessidad idade, e, depois de me submet sub meter er � obrig obriga a��o, de avan avan�ar no ar qu quent ente e co como mo um animal animal de sa savan vana. a. a porta porta aberta aberta da c camin aminhone honete te vai acaba acabar r sendo sendo um biombo biombo in�til. vimos vimos que que n�o havia
nenhum carro nas proximidades da �nica casa habitada no planalto, e que seus moradores deviam, portanto, estar estar ausentes. ausentes. ser� que isto se deve deve ao fato de t ter er passado d duas uas horas � merc merc� de m mil ilha hare res s de �nfimas agress�es da natureza, ou talvez � suspeita que me persegue persegue de que jacques teria fotografado, fotografa do, recentemente, recentemente, outros outros rabos rabos que n�o o meu? meu sexo n�o est est� no pon ponto. to. nes nesse se caso, caso, com a m�o desc descolo olo ag agilm ilment ente e os os l�bios, molhando-os molhando-os com cuspe sub-repticiamente sub-repticiamente recolhido com as pontas pont as do do de dedo. do. h haver aver� ainda ainda um pouco pouco de resist resist�ncia, ncia, mas mas logo logo qu que e a ca cabe be�a do pa pau u for for�ar a en entr trad ada, a, a mec mec�ni nica ca da das s sec secre re��es funcionar� e a pica inteira sem sem perda de tempo vai ocupar ocupar seu 106 lugar na boceta acolhedoramente acolhedoramente �mida. creio ter avan�ado uma perna para fora fora para apoi apoi�-la no estribo, estribo, talvez para para melhor entreabrir entreabrir a vulva, mas decidid deci didamen amente, te, se devo v virar irar as as costas costas para para meu parcei parceiro, ro, n�o h� nada que que mais mais goste do que projeta proj etar r meu ra rabo bo em in invest vestidas idas seca secas s na dire dire��o dele. dele. para isto devo devo manter manter o corpo bem flex�vel, o q que ue c consi onsigo go melho melhor r manten mantendo do os os p�s unidos unidos. . quanto quanto mais mais lan lan�o meu meu rabo rabo para tr�s. mais mais lhe con concedo cedo fanta fantasma smatica ticament mente e a autonomia autonomia geral geralment mente e atribu atribu�da � ca cabe be�a, se sede de do pensamento pensamento que tem vida pr�pria e � livre do resto do corpo. nessas circun cir cunst st�nci ncias, as, meu meu rabo fonna fonna. . ent�o, um p par ar com minha minha cabe cabe�a. no momen momento to exato exato em que que ia em em busca busca do sexo de jacques jacques para atrel atrel�-lo profun profundamente damente a mim, mim, me envolvendo envolvendo em todo o seu seu corpo, olho meu rosto rosto no retrovisor. retrovisor. quando quando me vejo durante durante o ato sexual, sexual, percebo percebo tra�os desprov desp rovidos idos d de e expr express ess�o. certame certamente nte h� momentos momentos em em que eu, como como todo todo mundo, mundo, devo devo fazer caretas, mas quando por acaso encontro meu reflexo em um vidro ou espelho, tenho o ar diferente do que eu imaginava ter nesse instante; meu olhar � vago, voltado para si mesmo como se esti estivess vesse e num espa espa�o sem limites limites, , mas � tamb�m confiant confiante, e, como se procurasse, sem mui muita ta insis insist t�ncia, ncia, a algu lgum m ponto ponto de ref refer er�ncia. ncia. a pr�tica de trep trepadas adas ao ar livre livre ancorou ancorou-se -se na organiza organiza��o de nossa nossa vida vida desde desde o in�cio de n nosso osso rel relacio acioname namento. nto. as visit visitas as a sua av�, numa numa peque pequena na cidad cidade e t�pica da beauce, tinham sempre uma parada obrigat�ria � beira da estrada. ele colocava a 2 cv no acostam acos tamento ento, , pass�vamo vamos s por uma uma sebe, sebe, descobr descobr�amos o campo campo que que se elevava elevava muito muito lentame lent amente nte at� o hor horizon izonte, te, e nos nos eufum eufum�vamos vamos no mato. mato. era era preciso preciso espern espernear ear diverti dive rtidame damente nte pa para ra me de desemb sembara ara�ar do jeans jeans apertad apertado. o. colocav colocava a meu blus blus�o sob a cabe�a para afastar afastar os insetos, insetos, enquanto o de jacques protegia protegia meus meus quadris. como como n�o passei a adolesc adol esc�ncia no ca campo, mpo, aprove aproveitav itava a com ingenuid ingenuidade ade aquelas aquelas trepad trepadas as r�pidas pidas com somente duas metades metades de corpos; de repente minhas minhas pernas pernas e minha bunda bunda n�o estavam na mesma temperatura que a parte superior do meu corpo que permanecia vestida, e jacques tinha de se virar, as coxas travadas travadas pela cueca cueca e pelo cinto cinto da cal�a. existe uma uma alegria infantil infantil no gozo concentrado assim nas partes partes despidas, despidas, como se as as regi�es que permanecem permanecem vestidas vestidas lhes servissem de �libis.
a paisagem mediterr�nea onde costumamos costumamos passar algumas semanas por ano � muito acidentada, acidentad a, mas as videiras videiras baixas baixas e a charneca quase n�o oferecem recantos, recantos, tampouco ve vegeta��o natura nat ural. l. n�o h� relva relva e, na aus aus�ncia ncia de de �rvores rvores, , muit muitas as vez vezes es tiv tive e de de me me segu segurar rar na porta sem vidros dos restos de um carro abandonado ou ao montante da abertura de uma antiga cabana de pedra, com a traseira t�o esticada para para fora que meus meus olhos e meu meu nariz tinham tinham de suportar suportar o cheiro che iro de podri podrid d�o que vinha de dentro. percorr perc orr�amos s sempr empre e um cami caminho nho que que subia subia at� as videira videiras s novas novas plantada plantadas s em um rochedo branco, branco, e que, ali ali�s, desde que o abandonam abandonamos os encontra-se encontra-se esquecido. esquecido. ao longo do tempo, fomos escolhendo nele alguns lugares favoritos. no meio da subida, antes que ela se tornasse mais �ngreme, o caminho se alargava em uma plataforma onde, em um dos lados, a areia se abria para dar lugar a um um grupo de rochedos rochedos abau abaulados; lados; costum costum�vamos nos distrair distrair imaginando imaginando ver ali silhuet silh uetas as de hip hipop op�tamo cavan cavando do um rio rio lamacento lamacento que que teria teria carrega carregado do gal�es amassados e algumas pranchas quebradas. quebradas. adiante, adiante, me estendia estendia sobre sobre a superf�cie lisa dos rochedos, rochedos, jacques deitava-se apoiado apoi ado sobr sobre e os bra�os como como um alpendr alpendre e sobr sobre e mim, d dando ando algum algumas as estocad estocadas as r�pidas pidas com seu membr membro. o. como como n�o era t�o f�cil para ele ir suficientemente fundo, fund o, a solu solu��o era eu me virar virar e ficar ficar de quat quatro ro como como a pequena pequena loba loba romana romana sobre seu pedestal, recebendo a oferenda muito 108 especial de seu sacerdote preferido. mais acima, o caminho fazia uma curva. de um lado, dava para uma vala que servia de despejo e, a cada passag passagem, em, era po poss ss�vel constat constatar ar que o conte conte�do se reno renovava vava mister misteriosa iosament mente: e: ca carc rca a�as de m�qu quin inas as ag agr r�co cola las, s, pe�as de m�qu quin ina a de de lav lavar ar, , etc etc. . do do lad lado o con contr tr�ri rio, o, havia muitos metros de beirais de rocha clara, cortados profundamente como um muro. apesar da intensa reve reverb rber era a��o, aque aquela la er era a um uma a de nossas paradas paradas preferidas, preferidas, porque porque ali tamb�m a rocha lisa lisa poupava as palmas de min inha has s m�os os, , e ta tamb�m porque inconsciente inconscientemente mente t�nhamos necessidade necessidade de sentir sentir nossos nossos corpos se liberando liberando da con confus fus�o ambie ambient nte, e, tendo como pano pano de fundo a paisagem. como n�o havia folhas folhas para servir servir de papel higi hig i�nico, nico, e como como s semp empre re esquec esqu ec�amos de n nos os abas abastece tecer r com com len len�os desca descart rt�veis, veis, eu ficava ficava alguns alguns insta instantes ntes virada para meu rochedo, as pernas pern as aberta abertas, s, obs observa ervando ndo a porra porra escor escorrer rer da minha minha boceta boceta at� o ch�o, como como uma baba bab a preg pregui ui�osa com com a mesma cor esbranqui esbranqui�ada dos ped pedregulhos. regulhos. mais mais alto ainda, ainda, no cume do planalto, planalto, o caminho acabava em um pequeno bosque onde res�duos de piquenique piqueniques, s, �s vezes, vezes, se misturavam misturavam com tufos secos, o que talvez tivesse nos oferecido mais frescura, mas muito raramente fiz ali uma parada. quando co cons nseg egu u�am amos os cheg chegar ar at� l�, ge gera rallmente ment e nosso nosso prob problem lema a j� tinha tinha sido sido resolvid resolvido. o. jacqu jacques es acaba acabava va n�o resist resistindo indo �s
on ondu dula la��es da bu bund nda a dia diant nte e dele, dele , debai debaixo xo d do o s sorte orte ou da da saia, saia, moviment movimentos os secun secund d�rios de respi respira ra��o do corpo corpo que d�o ritmo ritmo � camin caminhad hada, a, enquanto eu, adivinhando durante a subida seu olhar sobre mim, tinha tido tempo de ir preparando o sexo, cuja abertura a essa essa altura era era compar�vel a um bico de passarinho passarinho incansavelmente incansavelmente aberto. dessa forma, dessa forma, por u uma ma raz�o indiscer indiscern n�vel, a "cultu "cultura ra de casal" casal" de que que falo desfia desfia seu seu r ros os�rio rio de hist�rias em cen�rios princip principalme almente nte buc�licos. licos. a verdade verdade � que trepamos trepamos com menos menos riscos 109 em caminhos abertos no campo campo do que sob sob os portais de de im�veis. o que jamais jamais impediu que jacques tenha praticado com com outras, e eu com outros, outros, tamb�m em lugares urbanos. urbanos. ma mas s os corredo corr edores res de m metr etr� (ond (onde e um emprega empr egado do se apr aprove oveita ita da mu multi ltid d�o para ro�ar imperce imperceptiv ptivelme elmente nte minha minha bunda, bunda, t�cito cito conv convit ite e pa para ra enco encont ntr r�-lo -lo a seguir num compartimento compartimento entulhado entulhado de baldes baldes e vassouras), vassouras), e os caf�s de sub�rbio rbio ( (on onde de h hom omens ens mornos se revezam reve zam sobre sobre mi mim, m, num numa a banquet banqueta a da sala de de tr�s), freq freq�entei entei com jacques jacques apenas apenas na im imag agin ina a��o. ai aind nda a era era eu que o aliciava aliciava. . j� perdi perdi o h�bito, bito, mas houve houve um tempo tempo que que eu gosta gostava va muito muito de cobrir as paredes de nosso quarto qua rto com estas estas fanta fantasm smago agoria rias s sexu sexuais ais, , desf desfian iando do len lentam tament ente e situ situa a��es e pos posi i��es �s quais me entregava, num tom mais para para interrogativo, interrogativo, porque porque esperava a aquiesc�ncia de jacques, jacques, que concordava com uma voz neutra e com a esponta espontaneid neidade ade in indife diferent rente e de quem est est� ocupado ocupado com com outra outra coisa coisa - sem d�vida uma ind indife ifere ren n�a fin fingid gida a de sua parte -, enquanto seu pau me limava doce e longamente. relendo essas ano nota ta��es es, , ti tiro duas c co onclu lus s�es. a primeira � que no seio de um casal cada um traz seus desejos e fantasias pr�prios, prios, que que ac acab abam am s se e combina comb inando ndo em h�bitos bitos com comuns, uns, e, e, assim, assim, v�o se modulan modulando do e ajustan ajustando do uns aos aos outros at� que, dep outros depende endendo ndo do grau de de concreti concretiza za��o esperado esperado por por cada cada um, acabam acabam por por atravess atravessar, ar, sem sem perder perder a intensidade, a fronteira entre o sonho sonho e a realidade realidade. . minha minha obsess obsess�o pela quanti quantidade dade reali realizouzou-se se na pr�tica de de uma sexualidade em grupo com claude e com �ric, porque foi assim que os desejos deles se casaram com os meus. ao passo que jamais senti qualque qual quer r frus frustra tra��o por nun nunca ca ter feito feito uma uma suruba suruba em companh companhia ia de jacque jacques s (mesmo (mesmo quando ele me comunic comu nicava ava t�-lo fe feito ito se sem m mim): mim): n�o era ali, ali, acredi acredito, to, que que se inscre inscrevia via o compartilhamento de nossa sexua lidade. era suficiente que eu lhe contasse minhas aventuras para que percebesse que elas tinham eco em suas fantasi fant asias, as, co como mo era su sufic ficient iente e que ele ele encontras encontrasse se em mim uma uma c�mplice mplice d�cil para para suas reportagens fotogr fot ogr�fic ficas as atrav atrav�s de ca campo mpos s mais mais ou menos menos pol polu u�dos e uma uma exibi exibicio cionis nista ta satisfeita ao se expor diante de sua objetiva - mesmo que meu narcisismo tivesse preferido ambientes mais lisonjeiros e
retratos mais idealizados... a segunda segunda con conclus clus�o � que o espa espa�o natural natural n�o � adequado adequado para as mesmas mesmas fantasia fantasias s que o esp spa a�o urbano urb ano. . por porqu que e este este �, po por r de defi fini ni��o, o espa espa�o social social, , el ele e � o terre terreno no onde onde se manifestam o desejo de transgredir os c�digos digos e a as s p pul uls s�es exibic exibicion ionist istas/ as/voy voyeur eurist istas; as; el ele e pres pressup sup�e pre presen sen�as as, , olhares desconhecidos e fortuitos que poder�o penetrar penetrar na aura de intimidade intimidade que que emana de um corpo corpo desnud desnudado ado apenas em parte, ou de dois corpos unidos. os mesmos corpos sob as nuvens, tendo apenas deus por testemunha, pro rocu cur ram um uma s se ens nsa a��o quase inversa; inversa; n�o para fazer com que o mundo mundo penetre na bolsa bolsa de ar on onde de se mist mistur uram am resp respir ira a��es o ofe fega gant ntes es mas, mas , em em n nome ome de uma uma s sol olid id�o ed ed�nica, nica, desab desabroc rochar har at atrav rav�s de de tod toda a exte extens ns�o do do vis vis�vel. vel. a i ilu lus s�o que que s se e fo form rma a a� � a de que que o gozo gozo es est t� na es escal cala a dessa dessa extens extens�o, qu que e se seu u habit habit�culo culo corpor corporal al se dilata infinitamente. � p po oss�vel que as osci oscila la��es ness nesse e aniquil aniquilamen amento, to, que � signifi significati cativame vamente nte chamado chamado de pequena pequena morte. sejam mais intensas quando quando os corpos corpos est�o em contato com com a terra fervilhante fervilhante de de vida invis invi s�vel onde onde t tudo udo se enter enterra. ra. certamente, certament e, a maior parte parte de minhas fantasias masturbat masturbat�rias se desenvolviam desenvolviam num num ce cen n�rio rio urb urban ano o (al (al�m dos dos j� evocados, ainda ainda este: um um homem num metr metr� lotado aperta aperta sua braguilha braguilha em minha minha bunda bund a e cons consegue egue arre arrega ga�ar minha min ha roup roupa a at� intro introduz duzir ir seu seu pau; pau; a mano manobra bra n�o escapa escapa aos aos outr outros os que que v�m desl desliz izan ando do atra atrav v�s d da a mul multi tid d�o para par a subst substit itu u�-lo -lo: : o va vag g�o se divi divide de, , ent ent�o, ent entre re os os que que gozam gozam e os que que, , 111 impedidos, impedidos , acabam brigando. brigando... .. : � imposs�vel encontrar encontrar fantasma mais parisiense!), parisiense!), e eu soube me adaptar bem aos acostamentos acostamentos das grandes grandes art�rias e aos estacionamen estacionamentos tos da capital. capital. no entanto entanto, , no fin final al das contas contas, , creio creio ter uma clara clara prefe prefer r�ncia pela pela vastid vastid�o. ora, a cidade cid ade, , � noite noite, , me d� es esta ta il ilus us�o. no co come me�o de no nossa ssa vi vida da em comum comum, , qu quand ando o claude e eu volt�vamos vamos tard tarde e para o no nosso sso pequen pequeno o apartame apartamento nto de sub sub�rbio, rbio, aconteci acontecia a de eu andar na frente dele e de levantar levantar de repente repente minha saia saia revelando revelando a bunda nua, nua, n�o como convite convite para que viesse me foder fato fato que nunca aconteceu), aconteceu), nem para chocar chocar um hipot�tico passante, passante, mas para aspirar a rua, para prender a corrente fresca de ar em minha fenda vibrante. na verdade, chego at� a perguntar-me se os homens com quem me encontrava nos bosques e nos estacio esta cioname namentos ntos, , e em m r raz az�o do n�mero e de seu esta estatuto tuto de de sombras, sombras, n�o seriam seriam feitos feitos do mesmo mesmo estof estofo o que o espa espa�o ab aber erto to, , se n�o procu procurav rava a ro�ar em pe peda da�os de de tecid tecidos os do ar ar cuja cuja tram trama, a, ali, ali, era era apena apenas s mais mais fechada. mais espe especi cifi fica came ment nte: e: n�o co conh nhe e�o ning ningu u�m que que tenh tenha a como como eu eu tama tamanh nho o sens senso o de orie orient nta a��o para encontrar o caminho caminho em estradas estradas desconhecidas. desconhecidas. talvez talvez a aptid aptid�o para passar, passar, em um grupo, de um homem para o outro, ou de navegar, navegar, como como foi o caso durante durante certos certos per�odos de
minha vida, entre nu nume mero rosa sas s re rela la��es am amor oros osas as, , pe pert rten en�a � me mesm sma a fa fam m�li lia a de pr pred edis ispo posi si��es psicol psi col�gic gicas as que que o s sens enso o da orienta��o.
cidades e homens
durante todos os primeiros anos de minha vida adulta, minha minhas s expe experi ri�ncias ncias se sexua xuais is s�o indis indissoc soci i�veis veis da neces necessid sidade ade de 112 ar livre. nela est�, na verdade, a origem daquelas. foi na primemra fuga que perdi a virgindade. mais uma vez tinha brigado com meus pais. claude, que eu eu ainda ainda n�o co conhe nheci cia, a, bateu na porta do apartamento para me avisar que um amigo com quem eu teria um encont enc ontro ro n�o pod podia ia vi vir. r. ele ele me convidou para sair com ele. efetivamente, em seu 4l2 fomos para dieppe. montamos uma barraca na beira da praia. algum tempo depois, me apaixonei apaixonei por por um estudante estudante berlinense. berlinense. n�o fiz amor com com ele (era um rapaz precavido e eu n�o sentia von vontade), tade), mas seu seu corpo alto alto estendido estendido sobre o meu, suas grandes gran des m�os bran brancas cas quase quase me faziam desfalecer. sonhava morar em berlim ocidental. a larga kudam subindo at� a catedral azul espelhada e os parques da cidade me faziam sonhar. um tempo depois o estudante me escrev esc reveu eu di dize zendo ndo q que ue n�o era razo razo�vel estabe estabelece lecermos rmos um compro compromiss misso o sendo t�o jovens. jovens. seguiu-s seguiu-se e outra outra fuga com claude, com quem continuava a conviver. nosso destino era berlim, para que eu me encontrasse com o estudante que queria romper comigo. fizemos uma tentativa frustrada de atravessar clandestinamente a fronteira entre a alemanha ocidental e a alemanha oriental, oriental, porque porque eu n�o tinha os documentos documentos exigidos. exigidos. o estudan estu dante te ve veio io at� a fro frontei nteira ra para conversarmos, conversarmos, e minha minha primeira primeira hist�ria sentimental sentimental se encerrou encerrou em uma cafeteria, num imenso estacionamento cravado no meio de uma floresta, com filas de pessoas e de carros esperando diante de guaritas. infelizmente tive, durante infelizmente durante muitos muitos anos, a propens propens�o de desaparecer desaparecer sem avisar, avisar, o que n�o era era cor corret reto o nem em rel rela a��o �s pessoa pessoas s com quem quem eu conviv convivia ia e ne nem m em re rela la��o �queles queles com quem quem sa�a, ou ou co com m qu quem em t tinh inha a ido me encontrar, que eu abandona carro popular da �poca. (n. do t.) 113 ao volta voltar r pa para ra ca casa. sa. e ess sse e modo modo andar andarilh ilho o tinha tinha um qu� da inqu inquiet ieta a��o de u um m gato gato jovem, jove m, que traz�amo amos s cl claude aude, , henri, alguns outros e eu, ao novo mundo do sexo, e que, de uma hora para outra, nos levav levava a ta tamb mb�m a n nos os afastarmos afastarmo s solitariamente solitariamente da fratria. fratria. um acordo acordo t�cito havia sido sido estabelecido estabelecido e,
na volta, o explorador deveria narrar sua aventura aventura. . o que, � claro, n�o acontecia sempre, o que fazia com que nossos desejos dispersos de um lado e, de outr outro, o, noss nosso o esp�rito rito libe libert rt�rio parecess parecessem em um encontro encontro de �leo e �gua que jamais se misturam. desaparecer durante dois dias em companhia de um homem que eu mal conhecia, ou, como aconteceu durante muitos anos, manter um relacionamento permanente com um colega que morava em mil�o, vali valia a ta tanto nto pel pela a viagem viag em e pela pela mudan mudan�a de pa�s, quanto quanto pela pela prome promessa ssa de ser ser fodida, fodida, tocad tocada a e enrabada de um jeito diferente do que estava acostumada acostumada. . se fosse poss poss�vel, eu gosta gostaria ria de abrir os os olhos a cada cada manh� � sombra sombra de um teto teto ainda ainda inexplo inex plorado rado e e, , ao sair d de e baixo baixo dos len��is. ficar ficar alguns alguns segun segundos dos vacila vacilante nte na terra terr a de de ni ningu ngu�m de um aparapartamento tame nto no q qual, ual, desd desde e a v�spera, spera, eu eu descon desconheci hecia a a dire dire��o em que se encon encontrav trava a o corredor que levava ao banheir banh eiro. o. n neste este mom momento ento, , apenas apenas o outro outro corpo corpo que que est est� estendid estendido o por por tr�s de n�s e que con conhec hecem emos os h� ape apenas nas algumas horas, horas, mas que nos nos alimentou alimentou durante todo todo este tempo tempo com sua consist consist�ncia e seu odor, nos proporc prop orciona iona o in inef ef�vel bem-est bem-estar ar do do conta contato to fami familiar liar. . quanta quantas s vezes vezes j� n�o pensei pensei. . quando fabulava sobre a vida das prostitutas prostitutas de luxo, que esta era uma vantagem da profiss�o. quanto � viagem propriamente dita, o lapso de tempo temp o que ocupa ocupamos mos qu quando ando n�o estamos estamos mais mais em em um lugar lugar e ainda ainda n�o chegamos chegamos a outro, ela pode ser a fonte de um tipo tipo de praz prazer er que se mede mede na mesma mesma escala escala do que que o prazer prazer er er�tico. tico. no t�xi onde cai bruscamente toda a 114 agita agita��o qu que e prece precede de a partid partida, a, ou na se semimi-in inco consc nsci i�ncia ncia com com que mergulh merg ulhamos amos d duran urante te a esp espera era em um aerop aeroporto orto, , experime experimento nto esta esta sensa sensa��o que pode pode ser compa comparad rada a a u uma ma m�o gigante que, do interior do meu corpo, aperta as entranhas e delas extrai uma vol vol�pia pia qu que e i irr rrig iga a at� as mai mais s fina finas s termina term ina��es, ex exatam atamente ente c como omo quando quando um um homem pousa pousa em em mim um olhar olhar que que anuncia anuncia que que ele se aproxima mentalmente. apesar apes ar disso, disso, nu nunca nca ap aprov roveite eitei i as viagens viagens freq freq�entes entes e long�nquas nquas relacion relacionadas adas a meu trabalho para multiplicar os amantes. trepei muito menos quando dispunha de um tempo mais flex�vel do q que ue d dispu ispunha nha em pari paris s e t ter eria ia podi podido do d des esfr frut utar ar da des despr preo eocu cupa pa��o das das re rela la��es sem sem am aman anh h�. por por mai mais s que ten tente te me lem lembr brar, ar, n�o contabilizo mais do que dois homens que conheci durante uma viagem com quem tive uma rela��o sex exua ual l. e quando quan do mencio menciono no uma re rela la��o sexual, sexual, tratatrata-se se exatame exatamente nte de apena apenas s uma, entre entre o ca caf f� da ma manh nh� e o pr prim imei eiro ro encontro do dia com um deles e durante o que restava da noite com outro. h� duas duas expl explic ica a��es poss poss�ve veis is. . em em pri prime meir iro o lug lugar ar, , log logo o no no in in�cio cio de de min minha ha vida vida profissional, uma colega cole ga mais mais expe experie riente nte ti tinha nha insinu insinuado ado que que os col�quios, quios, semin semin�rios e outras outras reuni�es fech reuni fechadas adas de p pess essoas oas proviso prov isoriam riamente ente se separa paradas das de seus seus la�os,const os,constitu itu�am boas oportu oportunida nidades des para para idas e vindas nos corredores de hotel. eu freq freq�entava lug lugares ares de encontros encontros sexuais sexuais muito especializad especializados, os, mas, no
entanto, esse tipo de comportamento me chocava tanto quanto as roupas informais com que muitas pessoas de bom gosto se vestem para deixar deixar c claro laro que est�o de f�rias. rias. com com uma uma intran intransig sig�ncia de jovem jovem recrut recruta, a, considerava que trepar - quer dizer, trepa trepar r fre freq q�entement entemente, e, em total total dispon disponibil ibilidad idade e psicol psicol�gica, gica, independente de qual seja ou quais sejam os parceiros - era um modo de vida. vida. do contr contr�rio, se tudo era apenas apenas permitido permitido sob sob cer tas tas cond condi i��es, es, dura durant nte e per per�od odos os de dete term rmin inad ados os, , ent ent�o era era como como o 115 115 carnaval! (abro (abro um par�ntese para relativiza relativizar r esse julgamento julgamento severo. severo. sabemos que nossas tend�ncias sexuais sexuais podem, como como um velho guarda-chu guarda-chuva va cuja armadura armadura nos protege protege enquanto o vento sopra no sentido do do real, virar virar em sentido contr contr�rio para nos nos deixar encharcados sob a borrasca das fantasias. mais uma vez neste livro aproximarei fatos e fantasias, neste caso para colocar em evid evid�ncia uma an antinomia tinomia divertida: divertida: apesar apesar da regra regra moral que acabo acabo de exprimir, excitei-me muito ao me imaginar transformada num saco inundado pela porra de um grupo de congressistas nervosos que me fodiam, �s escondidas uns dos outros, em um canto do bar de um hotel hote l e at� mesm mesmo o n numa uma cabine cabine telef telef�nica, nica, o homem homem com com o fone fone na m�o, pross prossegui eguindo ndo uma convers conv ersa a corr corrique iqueira ira co com m a esposa: esposa: "sim, "sim, queri querida, da, est est� tudo bem, s� a comida comida que..." etc. este � um dos rotei roteiros ros sob sobre re uma si situa tua��o de escra escravi vid d�o m�xima xima mais mais efica eficazes zes pa para ra me lev levar ar ao gozo.) mas, na ordem ordem d da a re realid alidade, ade, as aventu aventuras ras ex ex�ticas ticas da espel espele e�loga dos estacionamentos parisie pari sienses nses c cabem abem e em m apen apenas as dois dois par�grafos. grafos. o assiste assistente, nte, que que tinha tinha me atra atra�do enfaticamente no hall do hotel, veio efeti efetivam vamente ente m me e acor acordar dar na manh manh� seguinte seguinte. . bastante bastante razo razo�vel, ele ele me deixou deixou descansar de nossos constan cons tantes tes de desloc slocamen amentos tos - uma viage viagem m atrav atrav�s do canad canad� - nos dias dias precede precedentes ntes. . ele fazia fazia p press ress�o c calma almament mente e com sua sua bacia. bacia. eu e estav stava a sem muita muita convi convic c��o, mas mas encoraja encorajava-o va-o quase quase como como uma uma profissional o teria teria feito feito, , esc escolhe olhendo ndo meu vocabul vocabul�rio mais no repert repert�rio amoroso amor oso do q que ue no obsc obsceno eno. . depois, depois, sem afeta afeta��o, ele ele diz diz que que pensava nisso h� muitos dias, mas que tinha esperado o fim de nossa estada para n�o perturbar o trabalho. tivemos outras opor tunidades de trabalhar juntos. mas nunca mais ele teve um gesto de convi convite te s sexua exual, l, e eu tamb tamb�m n�o. era era a prim primeira eira vez que que uma uma 116 rela rela��o sexua sexual l estab estabele eleci cida da co com m al algu gu�m que eu re revia via const constant anteemente men te n�o ti tinha nha conti continui nuidad dade, e, que que n�o impr impregn egnava ava o terre terreno no das das rel rela a��es de de amiza amizade de e profissionais. � preciso dizer que aquela era uma �poca da minha vida em que eu tentava, de forma mais ou ou menos bem-sucedida, bem-sucedida, ser, ser, se n�o totalmente totalmente fiel, ao menos menos mais contida.
pensava que pensava que est estes es era eram m talvez talvez os desvio desvios s perdo perdo�veis das das pessoas pessoas que que n�o eram eram libertinas. foi a �nica vez em minha vida em que, de certa forma, me arrependi de um ato sexual. uma hist�ria que aconteceu aconteceu no brasil brasil deixou em mim um senti sentimento mento mais complexo. complexo. acabava acab ava de de dese desembar mbarcar, car, p pela ela primei primeira ra vez, vez, no rio rio de janeiro janeiro e, e, de toda toda a rela rela��o de telefones que eu trazia, o �nico que atendeu foi o de um artista. quis o acaso que ele conhecesse muito bem uma uma parte parte da hi hist st�ria da cultura cultura france francesa, sa, que que era tamb tamb�m de certa certa forma forma a minha, e convers conv ersamos amos a at t� tarde tarde num te terra rra�o de ipanema. ipanema. muito muitos s anos se passa passaram, ram, ele ele veio veio a paris, e eu voltei volt ei uma uma ou dua duas s vezes vezes ao brasil brasil. . em s�o paulo, paulo, na sa sa�da de uma uma festa festa durante durante a bienal, pegamos pega mos o mesmo mesmo t�xi. el ele e deu o ender endere e�o do meu hotel. hotel. sem sem tirar tirar os olhos olhos da nuca nuca do motorista, esfreguei esfreguei minha minha coxa na dele. dele. ele deu a ao o motorista o endere�o de seu hotel. a cama ficava fica va perto perto de u um m v�o envidra envidra�ado e dos dos letreiro letreiros s vinha vinha uma luz luz recorta recortada da e amarela � la hopper. hopp er. ele ele dec decidiu idiu n�o se deitar deitar sobre sobre mim, mim, mas mas ia semean semeando do peda peda�os de seu seu corpo corpo no meu, assegu ass eguran randodo-se se d de e m minh inha a pres presen en�a com com suas suas m�os, seus seus l�bi bios os e seu seu sex sexo, o, e tamb tamb�m com sua testa, seu queixo, seus ombros, suas pernas. eu me sentia bem, apesar de ter sofrido uma enxaqueca que o deixou preocupado. escutava-o murmurar acerca do tempo, de todo aquele tempo. temp o. com ele tam tamb b�m n�o houve houve uma segunda segunda vez. mais tarde, tarde, em em outro outro t�xi, desta desta vez parisiense,olhando para ele bem mais do que escutando suas palavras atenciosas, fui tomada por uma alegr alegria ia inte intensa: nsa: pensav pensava a na dist�ncia geogr�fica que hav geogr havia ia entre entre n�s, nos longos longos interval intervalos os de tempo tempo 117 que separavam nossos encontros regulares - uma vez, de passagem pelo rio, limiteime a dar-lhe apenas um telefonema telefonema -, eu eu pensava pensava que que era a �nica vez vez em que o espa�o e o tempo tempo tinham se aglutinado e o todo formava uma arquitetura perfeita. outra exp outra explic lica a��o p para ara a tenu tenuid idade ade de meus meus di di�rios rios de de viag viagens ens es est t� ligada ligada a quest�es qu que j� abordei no primeiro primeiro cap�tulo. eu gostava gostava da descoberta descoberta - desde desde que tivesse tivesse um guia. sentia-me muito bem com um homem que me fosse apresentado por outro. preferia delegar aos outros a escolha dos parceiros, em vez de ter de me questionar sobre meus desejos e os meios de sa sati tisf sfaz az�-l -los os. . al ali i�s, ter rela rela��es sexuai sexuais s e expe experime rimentar ntar o dese desejo jo eram eram duas ativi atividade dades s quase quase que independentes; desejei muito fortemente homens com quem nunca aconteceu nada, sem que eu experimentasse a menor frustra frustr a��o. eu e era ra uma so sonha nhado dora, ra, do dotad tada a para para a fab fabula ula��o; uma grand grande e part parte e de de minha min ha vid vida a e er r�tic tica, a, portant port anto, o, e era ra a agu gu�ada pela pela fric fric��o da vulva vulva presa presa entre entre o polegar polegar e o indicado indicador. r. copular
correspondia verdadeiramente a uma necessidade maior: abrir no mundo um caminho sem aspereza. como j� demonstr demonstrei, ei, eu evolu evolu�a proteg protegida ida por uma esp�cie de cumplici cumplicidade dade familiar familiar qu que e n�o e exi xist ste e quando quan do desemb desembarca arcamos mos pe pela la primeir primeira a vez (e sem sem qualquer qualquer recom recomenda enda��o especial especial) ) em uma cidade distante. a lembran lembran�a das casas casas em em que morav moravam am preced precede e a lembran lembran�a dos homen homens s com quem quem convivi conv ivi. . isto n�o signifi significa ca que menos menosprez prezo o outras outras lembran lembran�as que me me deixaram deixaram, , mas sim que eles n�o est�o dissoci dissociados ados de seu ambiente ambiente. . e que � a partir partir de uma re const constru ru��o espon espont t�nea desse desse �ltimo ltimo qu que e me lembro lembro de um momen momento to de am amiz izade ade amorosa ou de detalhe deta lhes s da disp disposi osi��o dos dos corpos corpos. . o leitor leitor talv talvez ez j� tenha tenha perceb percebido: ido: descrevo descrevo rapidam rapi damente ente os cen�rios rios. . onde minha fenda �ntima dava passagem, eu mantinha os olhos 118 bem abertos. foi dessa maneira que, muito jovem, aprendi a me situar em paris. um amigo arquiteto que me recebia em seu apartamento parisiense situado no �ltimo andar de um im�vel novo, novo, su sufici ficiente entement mente e alto para para que, que, da cama, cama, a vista mergu mergulhas lhasse se no c�u, me fez observar que de minha casa, � margem direita, na rua saintmartin, saintmartin, at� a casa dele, � margem esquerda, esquerda, no alto da rua saintjacques, bastava caminhar em linha reta. comecei a gostar dos invalides acompanhando meu amigo dentista � casa de uma de suas amigas. amigas. ela havia havia sido cantora cantora popular popular de sucesso sucesso nos anos cinq cinq�enta e conservava o charme ins�pido e af afetado etado das c capas apas de disco disco daquela �poca. ela se se entregava entregava placidamente placidamente e eu me me distr distra a�a sozin sozinha ha observando e avaliando o ambiente, sentindo desprezo pelas mesas de canto entulhadas com uma cole��o de tartarugas tartaruga s de pedra e porcelana porcelana de t todos odos os tamanhos, tamanhos, procurando procurando atrav atrav�s das jane janela las s a as s p pro ropo por r��es su subl blim imes es dos edif edif�cios cios da espla esplana nada. da. ca cada da cas casa a indu induz z a uma uma cir circul cula a��o es espec pec�fi fica ca do do olhar olhar. . na casa de �ric, a cama era o posto post o de comand comando o de um c calei aleidos dosc c�pio de objet objetivas ivas de de c�mera, mera, de telas telas e de espelhos, na casa de bruno, seguindo o modelo modelo do ateli� de mondrian, mondrian, um vaso vaso com flores era o �nico ponto focal foc al de de um e espa spa�o em q que ue os os batente bate ntes s de por porta, ta, as v vigas igas, , os suporte suportes s dos arm arm�rios embutido embutidos s e os m�veis par arec eci iam um uma a s� pe�a, todos homot homo t�ticos, ticos, como se o mesmo mesmo volume volume repetido repetido tivesse tivesse servido servido a divers diversas as fun fun��es, como se a mesa, por exemplo exem plo, , fosse a r�plica plica mais elevada elevada da cama. cama. conservo a doce nostalgia de grandes apartamentos situados nas grandes cidades italianas. quando come�ou minha minha cola colabora bora��o com com enzo. enzo. ele morava morava em em roma, roma, no que me parece parece um um bairro bairro peri perif f�rico rico, , e em m um desses im�veis de cor ocre ocre separados separados por zonas incertas. incertas.
119 comparando compara ndo es esse se bai bairro rro ao su sub b�rbio onde onde eu tinha tinha passad passado o minha minha inf�ncia, ncia, ficava ficava admirada com com a quantidade quantidade de terrenos terrenos baldios. baldios. uma esp�cie de urbanismo urbanismo feudal feudal devia determinar que, � noite, cada fachada projetasse projetasse sua sombra inteira no ch�o. no interio inte rior; r; a as s d dimen imens s�es dos c�modos modos eram be bem m maiores maiores que que as dos aparta apartament mentos os nos im im�veis da da mesma mesma categori categoria a na fran�a. a voz ressoava ressoava no banheiro, banheiro, e a clareza clareza do revestimento revestimento que cobria cobria todo o ch�o do apartamento fazia com que o es espa pa�o parece parecesse sse ainda ainda mais mais f�cil de apree apreender nder, , como como se se algu algu�m tivess tivesse e acabado de fazer a limpeza para receber sua visita. depois de um ano ou dois, enzo se instalou em mil�o. os im�veis eram mais antigos, antigos, os apartamento apartamentos s ainda mais espa espa�osos, os tetos tetos mais altos. altos. o apar aparta tame ment nto o n�o tinha tin ha m�vei veis. s. co como mo e era ra agra agrad d�ve vel l andar andar pela pela casa casa sem sem nada nada no no corpo corpo, , t�o nova nova quanto a pintura clara cla ra das pared paredes, es, t�o pr pr�xima xima de de min minha ha pr pr�pr pria ia ess�nc ncia ia com como o o qu quart arto o ocup ocupado ado somente por uma cama e uma mala mala aberta! tirar tirar o pul�ver e deixar escorregar escorregar a saia provocavam provocavam uma corrente de ar que reanimava o corpo.
na soleira o fato de eu ter associa associado do o amor f�sico a uma conquist conquista a do espa�o a esse pont ponto o p pod oder er� ser ser compreendido melhor sabendo-se que nasci nasci em uma fa fam m�lia de cinco cinco pesso pessoas as que morav morava a em um apart apartamen amento to de tr�s c�modos. portanto, na primeira vez que fugi
desse lugar, lugar, acabei acabei trepando trepando pela primeira primeira vez. vez. n�o fugi por por isso, mas foi assim que as coisas se passaram. os que foram criados em
fam�lias mais abastadas, abastadas, em que cada pessoa tem seu quarto e a intimidade pelo menos � respeitada, res peitada, ou ainda aqueles que podiam
120 matar matar aulas aulas, , n�o t�m talve talvez z a mesma mesma experi experi�ncia. ncia. a de desc scobe oberta rta de seus seu s pr pr�prios prios cor corpo pos s n�o foi foi as assim sim t�o tribu tribut t�ri ria a da necess necessida idade de de amp amplia liar r o espa�o onde onde um c corp orpo o se d deslo esloca, ca, ao passo passo que foi foi preciso preciso que que eu percorre percorresse sse dist dist�ncias ncias geogr geogr�ficas ficas para ter ter acesso acesso a algumas partes de mim mesma. fiz paris-diep paris-dieppe pe num 4l e dormi dormi em frente a ao o mar, para ap aprender render que possu possu�a em algum lugar, em uma regi reg i�o que que n�o pod podia ia ve ver r e que que n�o tinha tinha aind ainda a imagin imaginado ado, , uma uma abertu abertura, ra, uma cavidade t�o flex�vel e t�o profunda, na qual o prolongamento da carne, que fazia com que um homem fosse um homem, pudesse encontrar
seu lugar. a express�o caiu em desuso, desuso, mas antigamente antigamente dizia-se dizia-se de um jovem ou de uma uma jovem, supostamente ignorante quanto quanto ao processo processo segundo segundo o qual se perpetua perpetua a esp esp�cie humana e, e, conseq cons eq�entement entemente, e, d de e co como mo se se fundem fund em o amor amor e a satisf satisfa a��o dos sentid sentidos, os, que que ele ou ela era era "inocent "inocente". e". eu era quase quas e "inoc "inocente ente" " at� ter uma experi�ncia direta do primeiro ato desse processo. processo. tinha tinha doze anos quando quando fiqu fiquei ei menstr men struad uada. a. m minh inha a m�e e minha minh a av av� se agit agitaram aram, , convoc convocaram aram o m�dico, dico, meu meu pai pai esguei esgueirou rou a cabe cabe�a na porta porta e me perguntou rindo se eu estava est ava pon pondo do san sangu gue e pelo pelo nariz nariz. . em rela rela��o � educa educa��o sexual sexual, , is isto to fo foi i tudo. tudo. o sangue, sang ue, eu n�o sab sabia ia mu muito ito bem bem de onde onde v vinh inha a e n�o sa sabi bia a faze fazer r a di disti stin n��o en entr tre e a vi via a por por ond onde e sa sa�a a urina urina e a via de onde vinham as regras. uma vez o m�dico me explicou explicou com tato tato que eu devia me me lavar um pouco pouco mais profundamente com a luva higi�nica sen sen�o, disse disse che cheiran irando do o dedo dedo emborrac emborrachado hado que que tinha tinha me examin examinado, ado, "isto "isto acaba acab a n�o c cheir heirando ando muito muito bem". acabei por suspeitar de alguma coisa na �poca de um concerto de rock. minha m�e e suas suas a amig migas as t tinh inham am comenta come ntado do o acon acontec tecimen imento to na minha minha frente frente. . houve houve epis�dios viole violentos ntos e a pol pol�cia interveio. "parece que que as mo�as enfurecidas enfurecidas tomaram tomaram os cassetetes cassetetes dos policiais para meterem nelas." meterem onde? por que precisamente 121 os cassete cassetetes tes? ? por mui muito to tempo, tempo, fique fiquei i com essas essas quest quest�es sem respos respostas tas na cabe cabe�a. eu era adolescente, adolescente, mas com a inoc�ncia do meu onanisno onanisno infantil. infantil. muito muito pequena, tinha tinh a compree compreendid ndido o que ce certos rtos jogos jogos me me proporcio proporcionava navam m uma sensa sensa��o refi refinada nada que que n�o se comparava com qualquer outra. brincava de boneca de uma maneira peculiar. juntava o fundo da minha calcinha calcinha com uma uma tira grossa grossa de pano que eu apertava no rego que come come�a entre as coxas e segue segue at� a bunda, e me se sentava ntava de maneira maneira que o tecido tecido penetrasse penetrasse um pouco na carne. com com e ela la assi assim m aju ajust stad ada, a, pega pegava va a min min�scul scula a m�o c�ncav ncava a de de um um beb beb� de celu celul l�ide ide e passava-a sobre sobr e uma uma b bonec oneca a ba barbie rbie nua. mais tarde, tarde, substitu substitu� a a��o da calcinha calcinha comprimi comprimida da pela fric��o das duas duas intumes intumesc c�ncia ncias s da parte parte da frente frente do rego. rego. n�o brincava brincava mais mais de bonec boneca, a, passei a imagin ima ginarar-me me na situ situa a��o an an�loga loga a da bonec boneca a bar barbie bie e tinh tinha a dire direito ito �s mesm mesmas as canelas. talvez porque porq ue esta ativ ativida idade de m me e troux trouxesse esse tanta tanta satis satisfa fa��o, n�o procu procurava rava saber saber mais mais sobre a maneira de um homem e uma mulher "ficarem juntos". ora, � aqui que quero chegar: enquanto, em minha min ha imagi imagina na��o, as m�os de muit muitos os rapaz rapazes es perc percorr orriam iam todo todo o meu meu corpo corpo, , este este corpo, na realidade, realidade , ficava enroscado, enroscado, quase quase paralisado, paralisado, se n�o fosse o vai-e-vem vai-e-vem de apenas apenas alguns mil�metro metros s de m min inha ha m�o espre espremi mida da na na viril virilha. ha. h� muit muitos os ano anos s mi minh nha a m�e n�o dor dormi mia a mai mais s com com meu meu pai. pai.
ele ficou com o antigo quarto comum e ela tinha vindo para o segundo quarto dividir comigo uma cama grande, grande, enquanto enquanto meu irm�o dormia numa numa cama pequena pequena ao lado. mesmo mesmo quand quando o ningu�m nos diz nada, nada, sabemos instintivam instintivamente ente que atividades atividades devem devem ser escondidas. escondidas. com que paradoxal destreza tive de treinar para conseguir obter prazer em uma quase imobilidade, quase em 122 apn�ia, para para que o corpo corpo de minha minha m�e, que se encostav encostava a no meu quando qua ndo ela s se e vir virav ava, a, n�o senti sentisse sse que que o meu meu vibra vibrava! va! a obriga obriga��o de me me excit excitar ar mais com imagens mentais do que com car�cias desabridas desabridas talvez talvez tenha permitido permitido que eu desenvolve desenvolvesse sse bastante bastante mi minh nha a ima imagi gina na��o. me mesm smo o assim, acabou acabou acontecendo acontecendo que minha minha m�e me sacudisse sacudisse me chamando chamando de pequena pequena viciada. quando fui para dieppe com claude, claude, eu n�o dormia mais mais na mesma cama cama que ela, ma mas s ainda mantinha mantinha - e mantive durante muito tempo tem po -o -o h�bito bito de me ma mastu sturba rbar r com o corpo corpo em posi posi��o fe fetal tal. . finalm finalment ente, e, eu poderia dizer que, quando abri meu corpo, corpo, aprendi, aprendi, ant antes es de tudo, a desdobr�-lo. raramente raramen te o espa�o se abre abre de uma s� vez. mesmo mesmo no teatro, teatro, �s vezes vezes o levan levantame tamento nto da cortina � laborioso, laborioso , o tecido pesado pesado se move lentamente lentamente ou, ou, com o cen�rio semi-revelado, semi-revelado, o mecanismo empena, uma resist resi st�ncia ocul oculta ta reta retarda rda por alguns alguns segu segundos ndos a entrad entrada a do espectad espectador or na na a��o da qual ele vai mentalmente participar. e sabido que damos um valor particular aos momentos e lugares de transi��o. a vol�pia qu que experimento experimen to nas salas de de espera de aeroporto aeroporto talvez talvez seja o eco eco long�nquo do meu ato ato d de e ema emanc ncip ipa a��o a ao o ace aceit itar ar o convite de claude para segui-lo, saindo pela porta sem saber o que me esperava ao fim da viagem. mas o espa espa�o n�o � nada nada al�m de uma uma im imen ensu sur r�vel vel pel pel�cula cula fura furada da. . aume aument ntee-o o brut brutal alme ment nte e e ele pode, da mesma forma, pregar-lhe uma pe�a e se retrair bruscamente. bruscamente. devia ter treze ou quatorze anos quando tive direito a uma cena primitiva" tardia. do corredor, percebi na soleira da da porta de entrada entrada da casa casa minha m�e e o amigo que ela ela recebia em em casa quando qua ndo meu p pai ai n�o es estav tava. a. eles trocavam trocavam apenas um beijo, mas ela ela estava com com as p�lpebras abaixadas abaixadas e os quadris curvados. eu reagi mal. ele reagiu reagiu mal mal por eu t�-la levado levado a mal. tr�s ou quatro anos mais tarde, vi claude pela primeira vez no 123 mesmo mesm o enquadr enquadramen amento to da porta. porta. est�vamos vamos no m�s de junho. junho. chegand chegando o tarde tarde � Dieppe, Dieppe, encontramos encontram os lugar em um camping. n�o se enxergava enxergava o suficiente suficiente para montar montar a barraca. naquela �poca, era comum que os estudantes tomassem anfetaminas para permanecer acordados e estudar � noite, noit e, nas nas v�sper speras as das provas. provas. claud claude e deve ter ter tomado tomado uma uma para para n�o se cansar cansar enquanto dirigia e me ofereceu um comprimido. comprimido. dentro da da barraca, n�o dormimos. quando, em voz voz baixa, ele me
perguntou se se podia penetrar, penetrar, eu tremia. tremia. n�o saberia dizer dizer muito bem bem se era pelo que estava acontecendo ou pelo efeito do que eu tinha tomado. de qualquer forma, eu estava em total incerteza em rela��o a meu estad estado. o. alg alguns uns meses meses antes antes disso, disso, eu tive tive um caso caso com um rapaz, rapaz, que tinha posto seu sexo sobre minha barriga e gozado. no dia seguinte, fiquei menstruada. meus conhecimentos de fisiolo fisi ologia gia eram t�o co confu nfusos sos que pensei pensei tratar-s tratar-se e do sangue sangue da da deflor deflora a��o. tanto tanto que depois esperei por mui muito to tempo tempo a che chegad gada a da nova nova men menstr strua ua��o (o c cicl iclo o das das mo�as muit muito o novas novas � sempre irregular e perturbado perturbado pelos choques choques emocionais) emocionais) e acreditei acreditei estar gr gr�vida! eu dis disse se a claude que sim , com a condi cond i��o de que me pedi pedisse sse de novo falando falando meu nome. nome. ele ele n�o devia devia estar estar espera esperando ndo por isso e, de bom grado, repetiu muitas vezes: 'catherine". quando ele se retirou, vi apenas uma linha fina e marrom no alto de minha coxa. no dia seguin seguinte, te, pr pratic aticamen amente te n�o sa�mos da barrac barraca, a, que tinha tinha lugar lugar para para apenas apenas dois corp corpos os. . n�s n nos os cobr cobr�amos amos e nos nos vir�vamos, separados separados das das pessoas pessoas que se encontravam encontravam ao lado lado e acima, somente pela tela da tenda, atrav�s da qual passava uma luz cor de areia. numa barraca vizinha, havia uma fam�lia. escutei a mulher perguntando num tom irritado: "mas o que eles est�o fa faze zendo ndo l� dentr dentro? o? ele eles s n�o sae saem m nunc nunca?" a?" e o homem, homem, 124 tranq tranq�ilo, respond respondeu: eu: "deixe! "deixe! eles est�o cansados cansados. . est�o descans descansando ando." ." acabamos saindo para comer alguma alguma coisa em um pequeno terra terra�o. eu estava um um pouco fora do ar. na volta, volta, observei que a praia e o terreno recuado recuado do camping eram eram inteiramente inteiramente barrados barrados por por uma fal�sia perpendicular ao mar.
n�o sei exata exatament mente e como meus pais pais me recupera recuperaram, ram, mas mas n�o foi sem sem drama drama e nem por muito tempo. algumas semanas semanas mais tarde, tarde, houve o epis�dio do jardim jardim perto de lyon, lyon, narrado no in�cio dest deste e li livro. vro. algumas algumas semanas depois fui viver com claude. a escapada para dieppe fez com que me tornasse uma mulher", e tinha conquistado o direito de ir e vir � vontade. no entanto, consideradas com distanciamento, as trepadas sob a barraca pareciam pareciam brincadeira brincadeira de crian crian�as. elas fazem fazem com que eu me me lembre com como o me escondia dos adultos enfian enf iando do a c cabe abe�a sob sob o len len�ol e cri criand ando o o espa espa�o acan acanhad hado o mas mas vital vital de uma uma pequena casa. entregar-me a uma atividade proibida num lugar regido pela lei comum, mal protegida por uma tela muito fina ou imperfeita, por uma folhage folhagem, m, a at t� por uma fileira fileira humana humana c�mplice, mplice, est� relacio relacionado nado, , ao menos menos em parte, ao mesmo ludismo. � um mecanismo de transgress transgress�o absolutamente absolutamente elementar elementar que, paradoxalmente, paradoxalmente, pertence pertence menos men os � extro extrover vers s�o do que � introve introvers rs�o: n�o nos exibimo exibimos, s, dobramodobramo-nos nos sobre sobre nosso nosso prazer prazer �ntimo, ntimo, fingindo ignorar que ele possa
acidentalme acident almente nte irr irrompe omper r diante diante dos espectad espectadores ores que que n�o est�o preparado preparados s para ele e que poderiam, verdadeiramente, impedi-lo.
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o espa�O contra�Do
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o espa�o contra�do
diversos nichos a explo explora ra��o das das pr propri opriedad edades es da da perife periferia ria parisien parisiense se n�o me proporci proporcionav onava a apenas apenas a euforia euforia dos gran grandes des e espa spa�os, mas tamb tamb�m o que dela dela derivav deri vava, a, s seu eu coro corol l�rio, a brincadeira de escondeesconde. assim, numa rua bastante calma, a dois passos da embaixada da urss, encontr enco ntrei ei r ref ef�gio na t tras raseira eira de uma caminhonete da prefeitura de paris, certamente porque no grupo se encontrava um funcion func ion�rio muni municip cipal. al. os homens entravam um a um. eu ficava agachada para chup chu p�-los -los ou ou de deita itada da e virada de lado, tentando oferecer meu rabo para ser comido da melhor maneira. atr�s da da ca caminh minhonet onete, e, n nada ada foi feito para reduzir o contato direto com o metal ondula ond ulado do d do o c ch h�o, e eu estava sendo muito sacudida. mas poderia ter ficado agachada ali a noite toda, toda , imobi imobiliza lizada da n�o tanto tanto pe pela la po posi si��o peno penosa sa, , m mas as muito entorpecida pela atmosf atm osfera era d do o imp impro rov v�vel nicho onde ficava enroscada e me deixava afundar, como em certos sonhos opacos em que a gente se observa sendo fodida. eu nem tinha de mudar de lugar: a intervalos regular regu lares es a port porta a d de e tr�s se
levantava, um homem saltava para fora, uma nova silhueta se insinuava. �dol dolo o im�vel que r rece ecebe be sem sem pesta pestanej nejar ar as homena homenagen gens s de uma uma s�rie de fi�is. eu eu me tornara a pessoa que muitas vezes imaginei ser em algumas de minhas fantasias, como por exemplo naquela em que me encontro no alojamento do zelador, com apenas a bunda para fora da cortina que esconde a cama, oferecendo-me a uma grande fila de homens que, enquanto esperam, aquecem os p�s esfregando esfregando os calcanhares calcanhares e se insultando insultando mutuamente. mutuamente. uma uma caminhonete caminhonete 2 cv deve ser equivalente a um alojamento de zelador. entretanto, acabei abandonando meu dossel de ferro batido sem ter recebido todos os homens. �ric, que estava de vigia, explicou-me no dia seguinte: as figuras, muito muito excitadas, excitadas, come�avam a ter um comportamen comportamento to bastante bastante imprudente imprudente e a caminhonete amea amea�ava ava vir virar ar. . as cabine cabines s d de e ca cami minh nh�es s�o mai mais s prop prop�cias, cias, princi principal palmen mente te porque porque s�o equi equipad padas as com uma cama. sempre sempre que observo observo as mo�as que fazem ponto na beira beira das estradas estradas - seus corpos feitos de um arran arranjo jo gro grossei sseiro ro de acess acess�rios meno menores, res, um um suti� que apare aparece ce na cava cava de um um corpete que n�o combina combina c com om a minissaia minissaia, , e as meias meias finas finas que escapam por baixo baixo dela. dela. penso no impulso que elas devem fazer com a perna quando � preciso su bir no estribo para encontrar o cliente que acabou de parar seu ve�culo. conheci de perto esse impulso a ser dado ao corpo e a breve breve ascen ascens s�o que o leva leva at� do dois is fo fort rt�es que o recebe recebem, m, ge gera rall mente com delicadeza, habituados a medir seus gestos num ha bit�culo estreito estreito. . minha minha vantagem vantagem era n�o ter de estipula estipular r um pre pre�o e nem de esper esperar ar no frio. frio. tamb tamb�m n�o me es esme merav rava a muito muito na toalete. tinha sobre o corpo apenas um casaco ou um imper me�vel que eu deixava deixava se abrir abrir como um roup�o na hora da es calada. aconteceu-me de, no aconchego de uma cabine - por 130 acaso era um caminh�o da international international art transport, transport, um dos principais transportadores de arte, que estacionava perto da porta de auteuil -, ser objeto objeto de de car�cias r requi equinta ntadas. das. daquela vez, apenas um dos caminhoneiros se ocupava de mim, longamente, a ponto de me surpreender por me beijar na boca e continuar a me acariciar depois de ter gozado. o outro observava ajustando o retrovisor, depois virou-se de lado, mas n�o me tocou. ficamos ficamos um bom tempo tempo assim, assim, conversamos, conversamos, ac acab abou ou se send ndo o uma uma re rela la��o muit muito o a ami mig g�vel. vel. a cama na qual qual temos de nos encolher encolher pertence pertence por excel excel�ncia ao universo universo infantil. infantil. certa vez, jacques e eu dividimo dividimos s um uma a de delas. las. volt�vamos vamos de veneza, veneza, numa �poca de grev greve, e, e ca�mos na armadilha de compartilhar uma cabine cabine de de um va vag g�o-leito o-leito de segu segunda nda classe classe em em companhi companhia a de uma uma fam�lia numerosa. tivemos de nos organiz orga nizar. ar. v�amoamo-nos nos na conting conting�ncia de termo termos s uma uma s� cama para dois, dois, situad situada a em cima, no lugar mais quente e de mais perigoso perigoso e rid�culo acesso. acesso. os pais ficaram ficaram com a cam cama a de baixo, as
crian�as se divi crian dividir diram am ma mais is ou menos men os bem nas nas t tr r�s res resta tante ntes. s. coloca colocamomo-no nos, s, ent�o, nu numa ma de dess ssas as posi posi��es preg pregui ui�osas osas q que ue co cont ntin inua uar r�o send sendo, o, por muito tempo, tempo, para a humanidade humanidade uma uma das mais agrad agrad�veis, uma fonte fonte de deleite, deleite, tendo para isso de esquecer a enciclop�dia do kama sutra. sutra. a saber, saber, nossos corpos corpos estavam estavam apertados apertados num arco c�ncavo ncavo e eu eu es esque quenta ntava va minha bunda no rega�o de jacques. jacques. quando todas todas as luzes foram foram apagad apagadas, as, abaixamos abaixamos as cal�as e tre trepam pamos os profundamente. profundam ente. sem uma uma palavra e nem nem mesmo um br breve eve gemido disfar disfar�ado em suspiro suspiro de descanso, sem outro movime mov imento nto sen sen�o a imp imperc ercept ept�ve vel l cont contra ra��o dos dos qu quadr adris is que apena apenas s faz faz osc oscila ilar r a bacia. baci a. quem j� teve teve de obter obter seu prazer prazer em uma situ situa a��o de promisc promiscuida uidade de imposta imposta (dormit (dormit�rio de pensiona pensionato, to, aco como mod da��o fa fami mili lia ar ex�gua...) gua...) sabe do que falo: falo: nessas nessas condi condi��es, o prazer prazer � atin atingido gido ao absorver absorver em si o sil�ncio abso absoluto luto e a 131 131 quase-t quas e-tetan etaniza iza��o dos corpos, corpos, que o tornam tornam ainda ainda mais intenso. intenso. por isso � poss poss�vel compreender as tentati tentativas vas de recriar, recriar, de de forma forma mais mais ou menos menos artifi artificial cial, , essa situa situa��o de promiscuidade, e tamb�m que alguns alguns escolham as as alcovas mais mais insuspeitadas insuspeitadas e, ao mesmo mesmo tempo, mais mais expostas. naquel naq uela a cam cama, a, ate atent nta a �s respir respira a��es pr�ximas ximas de n�s qu que e su susp spend endiam iam se seu u ritmo ritmo regular quando o trem dava um solavanco um pouco mais brutal, tive medo. eu que, talvez, seria capaz de me arrega�ar no cais se essa essa fosse a fantasia fantasia de jacques jacques - tive medo medo que as crian�as adiv adivin inha hass ssem em o que que est est�vamo vamos s fa faze zend ndo. o. em rela rela��o � coab coabit ita a��o na cama cama com com minh minha a m�e, eu tinha mudado de papel; eu era sempre aquela que se entregava � atividade clandestina mas tinha me tornad tornado o a adu adult lta a qu que e podi podia a igno ignora rar r a rea rea��o da da cria crian n�a. na ver verdad dade, e, n�o tin tinha ha me esquecido do meu pudor antigo, pudor ainda mais intransigente nessa idade em que o concebemos como um privil privil�gio, gio, como como uma superi superiori oridad dade e da inf�ncia ncia em rela rela��o � idade idade ad adult ulta. a. em outros termos, se eu n�o temia temia o jul julgame gamento nto dos dos adultos, adultos, temia temia o das crian crian�as. temia temia expor expor a seus seus olhos n�o uma coisa coisa que que eles n�o pudessem pudessem conhe conhecer cer ainda, ainda, mas mas uma coisa coisa s�ria, preci preciosa, osa, que que n�o se exp�e assi assim m atab atabal alhoa hoadam dament ente. e. pelo pelo fato fato de te ter r rela rela��es com com pais pais de de fam fam�lia, lia, por por duas vezes quase quas e expus expus cria crian n�as a uma cena cena mais mais expl�cita que a do do beijo beijo disfar disfar�ado de minha minha m�e e seu namorado. a primeira noite que passei na c passei casa asa de robe robert rt - ali ali�s a �ltima ltima -, eu o vi prender prender a ma�aneta aneta da porta porta do quarto com o encosto de uma cadeira. disse a mim mesma: "essas coisas que a gente v� nos velhos filmes de aventur aventura a d�o certo!" certo!" de manh�, sua filha filha sacode sacode a porta, porta, queren queren do ver o pai antes de ir para a escola. ele lhe disse que se arrumasse, mas se, q que ue j� estava estava indo. indo. foi foi o que que fez. fez. nas nas f�rias, rias, na hora hora da da
132 algod�o /
sesta, o filho de � ric ric chamou o pai por tr�s da cortina de
que isolava o quarto. eric se separou de mim apoiando-se no cotovelo, como a tampa de uma caixa que gira sobre uma charneira, e foi como se o diabo surgisse de dentro da caixa: "caia fora", disse intempestivamente em sua afli afli��o. "caia "caia fo fora, ra, me deixa deixa dormi dormir." r." em ambas ambas as as vezes, vezes, me senti senti do do lado da da crian cri an�a que foi t tra ratad tada a de maneira rude. quando estamos estamos de moto e ultrapassamos ultrapassamos um ve�culo longo, por por menor que que seja o vento, o ar apoderase de n�s no momento momento preciso em que que nos aproximamos aproximamos da parte parte dianteira, dianteira, pouco antes ant es de de com come e�arm armos os a n nos os abaixar. uma corrente de ar se produz e o dorso sofre um duplo movimento de to tor r��o. um om ombr bro o � pr proj ojet etad ado o para a frente, frente, outro para para tr�s, e, ao mesmo mesmo tempo, o movimento movimento se inverte inverte bruscamente. somos uma vela que estala esta la ao vento. vento. algu alguns ns minutos minutos antes, antes, rasg rasg�vamos vamos o espa�o que se abria abria � nossa nossa frente. de repente, no mesmo espa esp a�o, som somos os sac sacud udido idos s e moles molestad tados os. . ador adoro o essa essa se sensa nsa��o e sei id ident entifi ific c�-la em outras outr as circ circunst unst�nci ncias as bem difere dif erente ntes: s: s sent entir ir-se -se n no o cora cora��o de um um espa espa�o que que se cont contrai rai e se se fecha fecha, , se estende e se retrai. e da mesma forma que um el�stico que se estira e depois depois se solta inadvertidamente inadvertidamente vem fustigar fustigar a m�o que que o sus sustent tenta, a, e esta stamos mos nesse nes se esp espa a�o, em seq seq��ncias ncias br breve eves, s, altern alternand ando o um um suje sujeito ito que que capt captura ura o que que est est� � sua volta (mesmo que seja pelo olhar) e um objeto apreendido. era assim dessa maneira inesperada, num sexshop, onde gostava de ir acompanhando �ric. enquanto ele falava com o vendedor sobre seus pedidos extremamente precisos, porque ele sempre estava a par dos �ltimos lan�amentos, sobretudo sobretudo na �rea de videocassetes, videocassetes, eu caminhava dentro da loja. a primeira primeira image imagem, m, n�o importa importa qual qual era (uma (uma mo�a separand separando o com os os dedos dedos manicurados sua vulva carmesim, com a cabe�a ligeiramente ligeiramente levantada levantada vista em perspecti perspectiva, va, o olhar flutuando flutuando ac acima ima 133 do corpo corpo com a mesma mesma expre express ss�o de um doente doente que que procur procura a seus seus p�s na extrem extremidad idade e de uma maca; uma outra sentada nos calcanhares na pose tradicional da modelo sustentando com as palmas abertas o fardo dos dos peitos maiores maiores que que sua cabe cabe�a; o jovem jovem rapaz de de terno que segura seu cacete em dire��o a uma mulhe mulher r de ida idade de madura madura acocor acocorada ada na na beirada beirada de sua sua mesa mesa [ela �advogada ou diretora de empresa]; e mesmo homens malhados destinados � clientela homossexual, apertados em tapa-se tapa -sexos xos qu que e pare parecem cem pr propor oporcion cionalme almente nte min�sculos), sculos), n�o importa importa que que tipo de imag imagem em, , gr�fica fica, , fotogr fot ogr�fic fica, a, cin cinem emato atogr gr�fica, fica, realis realista ta ou ou car carica icatur tural al (um maneq manequim uim de ca cal l��es posand pos ando o n nas as p�gin ginas as
de um cat�logo logo d de e v vend endas as por co corre rresp spond ond�ncia; ncia; um uma a ejac ejacula ula��o em em gota gotas s gros grossas sas transbordando das margens de uma revista em quadrinhos), toda imagem faz com que eu sinta a partir da primeira olhada olh ada a exc excita ita��o carac caracter ter�st stica ica ent entre re minha minhas s coxas. coxas. fol folhea heava va as rev revist istas as expostas, virava, circuns circ unspect pecta, a, as embr embrulha ulhadas das em celofane celofane. . n�o � formid formid�vel que possamo possamos s nos excitar livremente, diante de todos os outros clientes que fazem o mesmo, cada um, no entanto, se comportando como se estive estivesse sse dia diant nte e do ba balc lc�o de um uma a banca banca de re revis vistas tas? ? n�o � me mesm smo o admi admir r�vel a aparente indiferen dife ren�a dian diante te de fot fotogra ografias fias e objeto objetos s que, em em casa, casa, nos fariam fariam perder perder o ju�zo? brincava de me transplantar transplan tar para um mundo mundo mitico em em que todas as as lojas ofereciam ofereciam o mesmo mesmo g�nero de mercadorias junto com outras, e onde, naturalmente, as pessoas se deixassem tomar por uma sensa��o quente que nte, , a abso bsorvi rvidas das na conte contempl mpla a��o de de �rg�os cuja cuja quadri quadricro cromia mia resti restitui tuia a perfeitamente a umidade que seria exposta em seguida, sem vergonha, � vista dos vizinhos. "desculpe, "desculpe, voc� poderia me emprestar emprestar seu seu jornal?" jornal?" "pois "po is n�o." etc etc. . � a tr tran anq q�ila evid evid�ncia ncia que reina reina nu num m se sex-s x-shop hop 134 estender-se-ia � vida social em seu conjunto. ir para o fundo da loja onde acontece o peep-show � como chegar atrasado ao teatro. encontramo-nos mergulhados mergulhad os na obscuridade obscuridade em um corredor corredor cir circular cular ao longo longo do qual est�o as portas por tas das c cabi abines nes. . n�o � preciso dar gorjeta para para o lanterninha lanterninha e as moedas moedas s�o mais do que suficiente suficientes s para para alim alimen enta tar r a il ilum umin ina a��o da da janelajane la-tela tela q que ue d� sobr sobre e o tablado tablado no no centro centro do dispos dispositiv itivo, o, onde onde uma mo mo�a ou um casa casal l se entr entreg ega a a cont contor or��es de uma lent lentid id�o irreal. irreal. a cabine cabine � t�o escura escura que nunca nunca consegu consegui i perceber perceber ali o que quer que seja, nem mesmo as paredes; � quase como estar num vazio. do tablado, emana, por�m, uma luz baixa, azulada, a tal ponto que meu espa espa�o percept percept�vel se r redu eduz z a essa essa tora de de carne carne enrugad enrugada a e salpicad salpicada a de p�los, que e engul ngulo o reg regular ularment mente. e. �ric chama o caixa para que ele troque uma nota por novas moedas de dez francos. virada para o lado da janela, n�o ide identi ntifi fico co a as s m�os qu que e come come�am a esco escorre rregar gar sobre sobre minha minha bunda bunda expost exposta, a, m�os que, assim como a bunda, acreditava que estivessem muito longe de mim, do outro lado da tela. logo depois de ter entrado na cabine, nos apalpam apal pamos os �s cegas cegas, , o olhar olhar conce concentra ntrado do no no espet espet�culo que t�nhamos nhamos comentad comentado. o. achamo ach amos s que � mo�a tem um uma a bela xoxota. xoxota. o home homem m tem um jeito jeito um pouco convencion convencional. al. �ric gostaria gostaria de ver n�s duas nos masturbando. pergunto se podemos encontr encontr�-la mais tarde, tarde, etc. depois, depois, somos tomados tomados pela pela acelera��o de nossa pr�pria ativid ati vidade ade: : o c casa asal l se desen desencar carna na na na luz luz azul azul, , ele ele n�o passa passa da pro proje je��o long long�nqua, nqua,
apenas consciente, das imagens forjadas forjadas no c�rebro daqueles daqueles que se ativam ativam no escuro. escuro. "ahn", deixa deixa surdamente escapar a sombra oscilante acima de minhas costas, colando-se um pouco mais firmemente em meu rabo. a troc troca a f fant antasm asm�tica tica e ent ntre re o es espet pet�culo culo e a a��o r real eal, , quan quando do tre trepam pamos os em um um peep peepsh show ow, , n�o t tem em a fluidez flui dez do do que se passa passa quando quando assist assistimos imos a um um v�deo ou ou a um filme filme na telev televis is�o. e 135 interrompemos, interromp emos, de tempos tempos em tempos, tempos, a pr�pria trepada trepada para seguir seguir o desenrolar desenrolar da a��o na tela e encontr enco ntrar ar n nisso isso o p prete retexto xto de uma mudan mudan�a de posi posi��o. enqua enquanto nto o pulul pulular ar das das ondas ondas embaralha as frontei fron teiras, ras, a p pont onto o do es espa pa�o em que que a cena cena se passa passa ser quase quase uma uma extens extens�o do espa espa�o onde onde nos nos encontr enco ntramos amos, , o vidro vidro do peep-sh peep-show ow � um corte corte que material materializa iza a separa separa��o entre entre as duas partes sim�tricas, tricas, q que ue pod podemos emos a atrav travessa essar, r, mas que que permanec permanece e sens�vel. dois dois outros outros fatores concorrem para esta imp impress ress�o: o filme filme pornog pornogr r�fico tem uma trama trama que, que, por por mais mais sistem sistem�tica que seja, drena a aten aten��o, ao pas passo so que a a��o em um peeppeep-sho show w � po pouco uco ev evolu olutiv tiva; a; enfim, enfim, se � poss pos s�vel vel pro projet jetar ar o filme indefinidamen indefinidamente te ou passar a noite noite diante diante da televis�o, a cabine sem sem fundo tem um limite, o do tempo que � contado e cortado pelas paradas da minuteria.
quem n�o tem tem le lembra mbran n�as de de beijos beijos vorazes vorazes trocados trocados pelas pelas l�nguas, nguas, que que de de repent repente e fazem valer vale r suas suas prop propried riedades ades d de e m�sculos, sculos, dotado dotados s de um compr comprimen imento to e de uma uma for�a de ader ade r�ncia ncia monstru monstruos osos, os, explorando-se explorand o-se mutuamente mutuamente assim como o relevo da da boca e dos l�bios do par parceiro, ceiro, e que d�o todo todo sen senti tido do � expres exp ress s�o bei beijo jo d de e l�ngua"? ngua"? es esse se des desdob dobram rament ento o obsc obsceno eno n�o ter ter� ac acont onteci ecido do em em um um degrau de uma porta, debaixo de uma uma escada de im�vel ou no can canto to de um portal, portal, ali onde se se encontra encontram m os interruptores de luz que n�o quisemo quisemos s acender? acender? quando quando somos somos �dolesdoles centes, centes, raramen raramente te dispond dispondo o de um espa�o pr�prio, prio, somos somos obrigaobriga dos a viver viver as urg�ncias ncias carnais carnais em lugares lugares semip semip�blicos blicos como as portas de garagens, os v�os de escada e os patamares. patamares. j� mencionei a neces necessid sidad ade e que t tem em pa parti rticul cularm arment ente e a popul popula a��o adolescente 136 urbana urbana de conquis conquistar tar sua pr�pria esfera esfera �ntima ntima nos espa�os proibi pro ibidos dos. . o ins insti tinto nto sex sexual ual, , que a civi civili liza za��o coloco colocou u em segr segredo edo, , n�o tem in inic icia ialm lmen ente te vaz vaz�o es espo pont nt�ne nea a at atr r�s da porta de um quarto, mas em zonas de passagem, que pertencem a todo mundo e onde as pr pr�ticas ticas d de e po poli lidez dez atingem atin gem o mais mais alto alto gra grau u de conten conten��o: "bom "bom dia. boa boa noite. noite. queira queira me me desculpa desculpar. r. por favor..." etc. quantas vezes tive o seio esfregado esfregado por uma m�o pesada, no mesmo mesmo lugar e em m que os vizinhos vizinhos ordinariamente seguravam uma porta para que eu passasse. mesmo tendo atingido o estatuto de adulta
emancipada, eu podia ainda demonstrar demonstra r bastante impaci impaci�ncia masoquista masoquista para, em em um hall de entrada entrada ladr ladrilhado, ilhado, ilumin ilu minado ado a atr trav av�s de um um postigo pela luz dos postes, ser manipulada como um saco, sentada sobre um radiador, com os joelhos colados no queixo e, a cada estocada, os tubos de ferro fundido entravam um pouco mais na polpa de minha bunda. conseq�entement conseq entemente, e, pod podemos emos nos nos pergunt perguntar ar se o gosto gosto pela pela transgre transgress ss�o que leva leva os adultos a escolher tais lugares, lugares, e ou outros tros ainda ainda mais mais freq freq�entados, entados, desconfo desconfort rt�veis e ins ins�litos, litos, para para prat pratic icar ar o a ato to sexu sexual al, , n�o est est� relaci rel aciona onado do a um uma a tra transg nsgres ress s�o que pode poder r�amos amos chama chamar r de "pri "prim m�ria", ria", e se sua sua "perver "per versida sidade" de" n�o fi fica ca por por conta cont a de uma uma imaturid imaturidade ade perdo perdo�vel? antes que me fosse dado conhecer o esquema do bosque de boulogne ou do picadeiro da porta dauphine, as idas e vindas em companhia de henri e de claude permitiram-me praticar a sacanagem �s escondidas, escondida s, algumas vezes vezes bastante bastante turbinadas, turbinadas, em espa�os comuns de de moradias parisienses. tarde da noite, nos perdemos em um conjunto de im�veis, � procura do apartamento apartamento de uma amiga. embora seja artista e exiba um comportamento comportam ento descontra�do e teimoso, ela � burguesa - estamos no bulevar exelmans exelmans -
e, al�m do mais, mais, namora namora um homem homem que � nosso nosso "patr "patr�o", meu
e de henri. o objetivo � infantil. vamos bater � sua porta e fazer 137 com que que nossa nossa irr irrup up��o se seja ja pe perdo rdoada ada com carinh carinhos. os. a segund segunda a in inten ten��o � a de que pelo menos um dos rapazes consiga enfiar seu cacete tenaz no meio da sua almofada de carne �mida, impregnada do odor do sono. falta ainda sabermos sabermos exatamente exatamente em que pr�dio e em que an andar dar se encon encontra tra a bela adormecida. claude, seguro de si, come�a a explorar explorar andar andar p por or andar andar de um dos dos edif�cios, cios, deixando deixando, , delibera deliberadame damente, nte, que henri e eu fiquemos para tr tr�s, onde onde a pro procura cura se se revela revela infru infrut t�fera. fera. henri henri tem sempr sempre e gestos gestos ternos, dedos um pouco dormentes que parecem lhe servir mais para designar designar as coisas do que para peg peg�-las. eu geralmente ajo de maneira mais direta. de p�, cola colado dos s um no o out utro, ro, co come me�amos amos ro�ando ando uma uma bunda bunda na na outr outra. a. as min minhas has est est�o nuas nua s sob sob a sa saia. ia. ele ele n�o � muito mais corpulento do que eu, gosto de agarrar a bunda de um homem e, mais ainda, de poder estreitar facilmente seu corpo. tive casos com homens grandes e fortes, mas nunca desprezei a sed sedu u��o dos dos pe pequ quen enos os. . o equil equ il�brio brio en entre tre a mas massa sa de de um home homem m e a minh minha, a, a divi divis s�o do esfo esfor r�o que que creio creio ser ser mais equilibrado na trepada, me proporcionam um arrebatamento particular para o qual contribui provavelmente um des esej ejo o de de f fe emin iniz iza a��o do homem, homem, at� mes mesmo mo uma ilus ilus�o narc narc�sea: sea: ao ao beij beij�-lo experi experimen mento to o mesm mesmo o praz prazer er que ele tem ao beijar-me. nas p�ginas que se seguem, espero espero fazer o relato relato fiel da embriague embriaguez z que me acomete acomete quando tenho a boca ocupada ocupada por um membro membro turgesc turgescent ente; e; um dos agentes agentes � a identifi identifica ca��o de meu prazer com o do outro;
quanto mais se e quanto empi mpina, na, mais distint distintos os s�o seus seus gemid gemidos, os, exclama exclama��es ou ou palav palavras ras de est�mulo, mulo, m mai ais s me pa parec rece e que se exterioriza exterioriza o apelo apelo louco no fundo fundo de meu pr�prio sexo. no no momento, esfor esfo r�o-me em re recon constit stituir uir a cena com henri, sabendo que eu o chupei com um ardor que, segundo ele, o deixou admirad admi rado. o. c como omo fiz fiz? ? se ser r� que em seguida seguida � press press�o instint instintual ual dos p�bis, bis, u um m c con ontr tra a o ou outro tro, , ca ca� a seus seus p�s, co condu nduzid zida a pel pelo o c�rculo rculo do dos s meus meus bra�os que que des desliza lizaram ram a ao o longo longo de seu corpo corpo sem sem larg�-lo, e q que, ue, ajoel ajoelhada hada, , e segundo segundo um um h�bito meu, meu, antes antes passe passei i meu rosto, face, testa, queixo, sobre um relevo que por sua forma e sua dureza sempre me fez pensar em um grande ovo a ser reabsorvido? a luz se apagou. henri juntou-se a mim no tapete e nos enroscamos abaixo dos degraus degr aus, , em fren frente te ao v�o do elevado elev ador. r. lib liberte ertei i o obje objeto to aprisio aprisionado nado por por tr�s das casas casas de bot�es esticad esticadas as da braguilha e, com um movimento lento lent o e regular regular de de minh minha a m�o, ajudeiajudei-o o a tomar tomar a forma forma que conv conv�m. depois depois diss disso, o, com a cabe cabe�a abaixa abaixada da e entre ntre suas pernas dobradas, encadeei encadeei um vai-e-vem vai-e-vem similar similar com os l�bios. a luz r reacendeu eacendeu su susp spen ende dend ndo o min minha ha a��o. percebi o medo martelando em meu peito e ressoando em meu ouvido, seu eco chegava at� as zonas zonas v volu olupt ptuos uosas as do baixo-ventre... baixo-ventre... a luz luz n�o foi seguida seguida de nenhum barulho. barulho. na es espera, pera, mantive mantive por reflex ref lexo o a m�o po pous usada ada como em um esconderijo sobre a verga, muito inchada para poder voltar a entrar em seu alojamento decente. depois, mais mais tranq�ilos, nos acomodamos acomodamos melhor melhor nos degraus. degraus. algumas algumas regras da trepada, sobretudo quando a situa situ a��o � pouco pouco favor favor�vel aos exageros exageros, , parecemparecem-se se com as da polidez polidez: : cada um dos parceiros, alternadamente, se dedica ao corpo do outro subtraindo provisoriamente o seu do alcance do outro, como fazem duas pessoas que trocam agradecimentos ou cumprimentos descosturados e tentam superar um a ou outr tro o com com ge gest stos os de at aten en��o desinteressada. desintere ssada. os dedos dedos de henri desencadea desencadearam ram uma verdadeira verdadeira mec�nica de biela biela no interior de minha boceta. enquanto enquanto eu me recostava recostava na aresta do degrau degrau e minha boca boca s� sorvia a luz luz ambiente. e eu continuava segurando firmemente seu membro, tendo, por por�m, interrompido interrompido o movimento movimento ascendente ascendente e descendente. depois, sentindo-me momentaneamente satisfeita, 139 fechei as pernas pernas e mergulhei mergulhei novamente novamente minha cabe cabe�a entre as pe pernas rnas dele. com com nossos nos sos ges gesto tos, s, n�o ocup�vamos vamos mais e espa spa�o do que o dos nosso nossos s corpos corpos encaixa encaixados. dos. a luz luz se acend acendeu eu du duas as ou tr�s vezes. nos intervalos intervalos, , poder�amos dizer que que a obscuridade obscuridade nos escondia escondia em uma sinuosidade na parede do po�o que formava formava o vao da escada. escada. a luz fort forte e chicoteava chicoteava minha testa testa e eu chupava mais r�pido. pido. n�o sei mais mais se henri henri esporro esporrou u "de dia" dia" ou "de "de noite". noite". os tapinhas tapinhas de de sempre com a palma da m�o para desamassar desamassar as roupas roupas e para colocar colocar os cabelos cabelos no lugar. lugar. quando claude claude e eu pass�vamos as noites noites com amigos amigos e acontecia acontecia de eu trepar trepar inopinadamente inopinadamente sem que que ele viss visse, e, ao rev rev�-
lo sempre me acometia um desapontamento difuso. acho que acontecia o mesmo com quem estivera comigo. claude nos esperava embaixo da escada; fez cara de estar chegando de outro pr�dio. henri henri ac achou hou-o -o com um a ar r estranho estranho. . t�nhamos nhamos desisti desistido do de descob descobrir rir a porta porta certa.
doen doen�a, suje sujeir ira a
todo nicho onde o corpo experimenta uma plenitude inversamente proporcional ao lugar de que que disp disp�e, onde onde se ex expan pande de quan quando do est est� ma mais is contr contra a�do do, , desper desperta ta noss nossa a nostalgia do estado fetal. fet al. e s� usu usufru fru�mos pl plena ename mente nte de dessa ssa situa situa��o quand quando, o, no no inter interior ior de desse sse ni nicho cho, , a vid vida a o org rg�nica nica retoma todos os seus direitos, e podemos podemos nos nos aban abandona donar r ao que que se parece parece muito muito com com o princ princ�pio de uma regres regress s�o. a higiene nunca exigiu que os lugares destinados a satisfazer satisfazer nossas necessidade necessidades s fossem locais locais onde fic�ssemos isolados, isolados, como os reservados ou privadas. o pudor foi o pret pretex exto to pa para ra es esta ta conv conven en��o. por por�m, o pudo pudor r n�o re refl flet ete e uma uma 140 preoc preocup upa a��o co com m no noss ssa a di dign gnida idade de ne nem m com o inc�modo modo do outro, outro, e sua raz�o ocu oculta lta � a li liber berda dade de de experi experimen mentar tar se sem m conten conten��o o prazer prazer da def efec eca a��o, de de i in nalar o bals�mico fedor pr�prio ou ainda ainda de examinar examinar meticulosamente meticulosamente nossas nossas fezes - rituais rituais dos quais qua is salva salvado dor r dal�, por exempl exe mplo, o, nos dei deixo xou u de desc scri ri��es compa comparat rativa ivas s e im imag ag�sticas sticas. . n�o me me dis dispon ponho ho a cont contar ar h his ist t�rias rias e esc scat atol ol�gi gica cas, s, quero quer o somen somente te m me e l lembr embrar ar aqui de circ circunst unst�ncias ncias banais banais, , quando quando as fun��es d de e meu meu corpo encontraram-se em conflito. e como nunca encontrei admirador declarado de meus peidos e de minhas fezes, fez es, assi assim m com como o tam tamb b�m n�o procur procurei ei apre apreciar ciar os dos outros, outros, essas essas confro confronta nta��es signi significa ficaram ram um comba combate te incerto entre prazer e desprazer, gozo e dor. tenho muitas muitas enxaquecas. enxaquecas. chegando chegando de avi�o a casablanca, casablanca, fico sufocada sufocada com o calor calor no aeroporto, esperan espe rando do d duran urante te m muito uito tempo tempo a libera libera��o de minha minha bagag bagagem. em. a viagem viagem n�o acabou acabou, , basile, o amigo arquiteto que me convidou convidou, , me lev leva a de carro carro at� o vilarejo vilarejo de de f�rias que que constru construiu iu e onde onde possui uma pequena casa. parada para da em um caminh caminho o afas afastado tado da da estrada. estrada. o dia dia est� bonito, bonito, uma uma folhagem folhagem espa espa�ada se agita � nossa volta sob uma luz clara. clara. de quatro no banco de tr�s, empino como como sempre o rabo rabo a tal ponto ponto qu que e � po poss ss�ve vel l co comp mpar ar�-l -lo o a um bal�o enfunado para para fora do carro, carro, pronto para para se soltar soltar do resto do corpo e voar. voa r. enqu enquan anto to o bal bal�o �trespassado por um dos cacetes mais acerados que conheci, sinto os primeiros
sintomas. flashes embaralham minha minh a vis vis�o e acen acentuam tuam a impres impress s�o do faiscar faiscar da luz. luz. na �ltima ltima descar descarga, ga, tudo tudo que que � meu cor corpo po a al l�m do rabo, rabo, deixa de existir, existir, vazio de subst�ncia como um fruto fruto que se d deixa eixa encarquilhar, encarquilhar, decomposto na fosforescencia. ou, mais mais ex exatam atamente ente, , n�o h� mais mais nada nada entr entre e meu meu cr�nio minerali mineralizado zado pelas pelas tena tenazes zes da dor e a epiderme de minha bunda onde s se e alon alongam gam as �ltimas car�cias. eu era era incapaz incapaz de articular articular uma s� palavr palavra. a. c cheg hegan ando do ao destino, deito-me, esticada, na cama alta e profun profunda. da. as du duas as pesada pesadas s termina termina��es a que me meu u corpo corpo estava estava reduzid reduzido o - uma onde se aniquilava na dor, outra que o prazer tinha abandonado em uma letargia - vinha-se juntar o peso da n�usea que acom acompanh panha a as as dores dores de cabe�a muito muito fortes. fortes. assim, assim, eu n�o era era mais mais do do que um simulac simu lacro ro de corp corpo, o, lastread lastreado o nos tr�s �nicos nicos �rg�os que me restavam restavam, , do qual se ocupava silenciosamente um homem apreensivo. ora, quando a enxaqueca me joga assim no fundo de um quarto quar to mergul mergulhada hada n no o escu escuro, ro, e fico fico sem for for�as at� para para descolar descolar de de minha minha pele o len�ol impregnado do suor de uma noite e de um dia inteiros, e respiro o azedo atenuado de me meu u v�mi mito to como com o a �nica nica per perce cep p��o qu que e gu guar ardo do (o que n�o me provoc provoca a um uma a dor in intol toler er�vel), vel), acontece-me de imaginar com o que resta de meus recursos mentais que, neste estado, com a cavidade das �rbitas alargad alar gadas as p por or c�rcu rculos los acinzent acinzentados ados e com com o �ngulo ngulo inter interno no das das p�lpebras lpebras e a raiz do nariz enfiado enfi ados s em uma mes mesma ma c contr ontra a��o, esto estou u expost exposta a a olhos olhos estran estranhos. hos. jacques jacques j� est� bastante acostum acos tumado ado e um m�dico tem a dist dist�ncia ncia cl�nica suficien suficiente. te. gostaria gostaria que jacques jacques me fotografasse nesses momentos e que essas fotografias fossem publicadas, e vistas, por exemplo, por leitores de meus artigos artigos e livros. de de alguma maneira, maneira, esse estado estado de completa completa impot�ncia, em fun��o de um sofrim sof riment ento o mui muito to in inten tenso so, , encon encontra trari ria a uma esp esp�ci cie e de comp compens ensa a��o no fa fato to de arrematar meu aniquil aniq uilamen amento to f�sic sico, o, i inscr nscreven evendo-o do-o no olhar olhar dos outros. outros. a rela rela��o c com om basile basile sempre foi leve, divertida e de um prazer inteiro. se tive de passar mal mal em sua presen�a, isso deveria deveria ser vivido com com a mesma mesma simplicidade com que me entregava quando ele me enrabava, isto
depois de termos comido bem e de eu ter permitido que minha bar riga inchada expelisse alguns peidos. ele era um homem vivo e perspicaz, com quem tinha boas conversas, e que um dia tinha fei142 to a gentileza de elogiar meu nariz grande, fonte de muitos complexos, mas que ele achava que me dava perso personal nalidad idade. e. era t tamb amb�m algu�m que gozava gozava princi principalm palmente ente em em meu rabo, rabo, mas n�o sem sem ant antes es es esti timul mular ar com um indicador seguro o ponto mais reativo de meu corpo. nos momentos em que eu
n�o era era ca capa paz z de t troc rocar ar a menor palavra palavra com ele, nem reagir ao ao contato de suas suas m�os, restava-me restava-me a capacidade de oferecer a ele o espet esp et�culo culo em qu que e me e ent ntreg regava ava a uma compl completa eta retr retra a��o de m minh inha a pesso pessoa. a. as dore dores s de cabe cabe�a t�m, na mai maiori oria a das vez vezes, es, caus causas as extr extrema emamen mente te dif dif�ce ceis is de diagnosticar, os que est�o sujei sujeitos tos ao mal sabem sabem bem disso, o que, de certa maneira, os dispensa de remorsos quando a causa � eviden evi dente te e eles eles s�o os respon res pons s�veis: veis: ab abus uso o de �lc lcoo ool l ou ou e exp xpos osi i��o ao ao sol sol. . em toda minha vida, fiquei b�ba bada da ap apen enas as du duas as ou tr�s vezes. uma dessas vezes, eu estava com lucien, que tinha se deitado sobre mim, no tapete da sala de sua casa, diante de seus amigos, sem que sua mulher soubesse. ele tinha me levado para jantar fora de paris na casa de um jovem casal. sem me dar conta, tomei muito champanhe. eles moravam num gra grande nde pavi pavilh lh�o com entrada diretamente pela cozinha cozi nha, , qu que e t tamb amb�m se servi rvia a de sala de jantar. no fundo, havia havi a duas duas port portas as c cont ont�guas, guas, cada uma dando para um quarto. a noite deve ter continuado no quarto deles. tento reconstituir: lucien me leva para a cama com a cumplicidade do rapaz; eles come com e�am a me bol bolin inar, ar, co conc ncen entr tro o min minha ha ate aten n��o na na pros prospe pec c��o das das brag bragui uilh lhas as. . a jovem mulher fica um pouco pou co ret retra ra�da, seu seu namorad namo rado o a abra�a, a be beija ija e a estimula a vir se deitar conosco. ela vai para o banheiro, ele a segue, depois volta explicando "que esta n�o � a onda onda de chris christin tine, e, mas que a gente pode fazer o que quise quiser, r, q que ue i ist sto o n�o a incomoda. observo o jogo como se acompanhasse involuntariamente
um uma a pe�a ra radi diof of�ni nica ca qu que e ec ecoa oa no p�ti tio o do do im�ve vel, l, no ve ver r�o,
quando as janelas do vizinho est�o abertas. certamente, certamente, em 143 respeito respeit o a chris christin tine, e, que no e entan ntanto to n�o reaparec reaparece e - estar estar� ela ocupad ocupada a diante diante do espelho do lavabo? estar� indecisa, sentada sentada na beirada beirada da banheira? banheira? -' vamos vamos para o outro outro quarto. n�o me me lem lembr bro o abso absolu luta tame ment nte e se se nos nosso so anfi anfitr tri i�o me me pene penetr trou ou ou n�o, em comp compen ensa sa��o sei que, completamente completamente ap�tica, dei para para lucien. o edredom era era um abismo onde onde se enfurnava meu baixo-ventre: lucien, que certamente percebia meu-mal estar, penetrava sem muito impacto minha vagina, que amolecia, fugia, aspirada aspirada pela profundida profundidade, de, enquanto enquanto uma pot�ncia paralisante paralisante mantinha mantinha minha minh a cabe cabe�a, minh minha a nu nuca, ca, meus ombro ombros s at� os bra�os, ligeir ligeiramen amente te afastado afastados, s, colados colados na na horizont horizontal. al. assim assim mesmo mesm o encon encontrei trei for�as para para me levantar. quantas vezes durante a noite? quatro, cinco vezes? nua, eu atraves atra vessava sava a c cozi ozinha, nha, i ia a at� o jardim. jardim. chovia chov ia a c�ntaros. ntaros. de p�, eu vomitava vomitava diretame diretamente nte no ch ch�o, sem sem procu procurar rar um canto canto na al�ia. � prec preciso iso dizer dizer que cada espasmo converte nisto o trabalho da forja sob a caixa craniana, como um �ltim ltimo o rasg rasg�o no meta metal l batido batido. . o corpo inteiro inteiro entra na massa massa da cabe�a e torna-se um punho fechado fechado que seria seria capaz de segu segurar rar uma uma l�mina. mina. a chuva fria apaziguava momentaneamente a dor. voltando para o quarto, de passagem, eu bochechava na pia da cozinh coz inha. a. no dia s seg eguin uinte te de de manh manh�, quand quando o troux trouxera eram m da farm farm�cia o rem�di dio o salvador, quando tudo acabou, lucien me assegurou ter me comido muitas vezes durante a noite e que eu parecia sentir muito prazer. e uma das muito raras raras circunst circunst�ncias em que agi agi estando inconscien inconsciente. te. alguns meses meses mais tarde, recebi a visita da mo�a. ela e o namorado namorado t tinha inham m sofrido sofrido um um terr terr�vel aciden acidente te de carro. carro. ele ele tinha tinha morrido morr ido e sua f fam am�lia expul expulsousou-a a da casa onde moravam. ela ela inspirou-me inspirou-me uma compaix compaix�o real, ao me mesmo smo tempo que que experimentei a estranheza da cont contin inua ua��o d de e u um m p pes esad adel elo. o. a lembr lembran an�a desse desses s ep epis is�dios leva a um um outro. outro. n�o foi foi depois depois de ter ter comi comido do demai demais, s, como com basile. era um dia que, que, ao contr�rio, eu devo talvez talvez ter comido comido alguma coisa coisa estragada estragada e estava com o intestino desarranjado. lucien insistia veementemente em me enrabar. por mais que eu disf disfar ar�asse asse, , come come�ando ando uma uma ferv ferven ente te fela fela��o, n�o pud pude e impe impedi di-l -lo o de de enf enfia iar r os os dedo dedos s o mai mais s pr pr�xi ximo mo po poss ss�ve vel l de meu cu e percebi, envergo enve rgonhad nhada, a, que ele se sujou sujou com um um pouco pouco de mat�ria l�quida. quida. ele ele meteu meteu seu cacete. o prazer proporcionado por essa essa uti utiliz liza a��o do re rectu ctum m � evide evidente nteme mente nte da me mesma sma fa fam m�lia do que se experimenta nos segundos que preced pre cedem em a e expu xpuls ls�o da das s mat mat�ri rias as fec fecais ais, , mas, mas, na naque quele le moment momento, o, a conjug conjuga a��o de de ambos amb os foi foi m mui uito to p pr r�xim xima a para que n�o pa parece recesse sse um supl supl�cio. nunca nunca me entregu entreguei ei aos aos jogos jogos escatol escatol�gicos, gicos, nem espontaneamente nem levada lev ada por homen homens s q que ue o os s prat pratic icava avam. m. a obser observa va��o que que tam tamb b�m fa fa�o ace acerca rca de desse sses s incidentes � que eles aconteceram em companhia de homens muito mais velhos do que eu, um e outro podendo ser relacionados, por motivos ali�s diferentes, diferentes, a figuras paternas. depois depois de se retirar, retirar, lucien lucien tinha
ido se se lavar, lavar, s sem em o outro utro coment coment�rio que n�o o de que eu tinha tinha sido muito muito boba ao ficar ficar desapontada, desapontada, uma vez que tinha sido muito bom. senti-me muito confortada. certos aspectos do absoluto bem-estar que experimentamos no prazer - quando, por assim dizer, nos desfaz des fazemo emos s do pr�prio prio corpo corpo jun junto to com com algu algu�m - podem podem ser ser reconh reconheci ecidos dos tamb tamb�m quando nos desfazemos deste corpo cor po no no des despra prazer zer, , na a abje bje��o ou ain ainda da na dor dor mais mais viva viva. . j� tr trate atei i do tema tema do do espa esp a�o abert aberto o qu que e n nos os apropri apro priamos amos, , da ten tenta ta��o de atrair atrair os olha olhares res desconhe desconhecido cidos s para para a pr�pria nudez nudez como para uma vitrine. nesse caso, cas o, ali�s, a nude nudez z � um uma a ve vest stime iment nta, a, e exibiexibi-la la depend depende e de um uma a excita excita��o compar comp ar�vel a que s se e man manifes ifesta, ta, inversamente, quando nos arrumamos, nos vestimos e nos maquiamos para seduzir. insi insist sto o n na a p pal alav avra ra exci excita ta��o, escalad esca lada a do dese desejo jo diri dirigido gido � respost resposta a que que lhe dar� o mundo mundo exterior exterior. . n�o se se trata trata se segu gura rame ment nte e de de e exc xcit ita a��o quando quan do nos dobra dobramos mos no e escoa scoamen mento to ininter ininterrupt rupto o da dor ou da imedi imediata ata satisf satisfa a��o da das s fun fun��es el elem emen enta tare res: s: quando qua ndo o c cor orpo po n�o t tem em fo for r�as para para ocup ocupar ar mais mais nenh nenhum um lugar lugar al�m de de um um espa espa�o delimit deli mitado ado no c colc olch h�o, que que o jato jat o de de v�mito mito e esp spirr irra a at at� a pont ponta a dos dos p�s, que um pou pouco co de de coc coc� mina mina entr entre e as as n�degas. degas. se a iss isso o se mistura mistura vol�pia, pia, n�o � pelo pelo fato do corpo corpo se sentir sentir tragado tragado pelo que � maior maior do que ele, � pela impress�o de de o po�o n�o ter fundo, e, assim, ao exteriorizar a atividade de suas entranhas, acaba fazendo supor que ele pode ser penetrado por tudo que o cerca.
se um dos signific significados ados da palavra "espa�o" � o vazio, se quando empregada empregada sem qualifi qual ificati cativos vos el ela a evoc evoca a priorita prioritariam riamente ente um c�u puro ou um um deserto, deserto, o espa espa�o ex�gu guo o � qua quase se sempre automaticame automaticamente nte visto como como um espa�o cheio. quando quando expiro profundame profundamente nte ao ar livre, minha minh a imagi imagina na��o remete remete-me, -me, de bom grado, grado, para para um dep dep�sito de lata latas s de lixo. lixo. quase quase sempre no im�vel que que eu habi habitava tava em em minha minha inf�ncia. ncia. com as costas costas no muro, muro, sou sou fodida, fodida, entre entre latas de lixo de ferro ferro entalha entalhado, do, po por r um homem homem que, que, diante diante das circun circunst st�ncias, ncias, coloca coloca no ch�o um balde cheio de lixo. nunca realizei esta fantasia, mas convivi assiduamente com um homem que vivia em tal desordem e sujeira que o ideal da lata de lixo devia ocupar um lugar em seu inconsciente. ele era um esteta, te�rico cla claro ro e empederni empedernido, do, meticuloso meticuloso ao ao se expressar. expressar. o apartame apartamento nto tinha tinha dois min�sculos sculos c�modos, modos, as paredes paredes eram eram in teiramente cobertas de estantes entulhadas de livros e discos empilhados em todos os sentidos, sendo que algumas das estantes j� haviam havi am cedido cedido s sob ob o pe peso so das das coisas. coisas. tr�s quartos quartos de de um dos dos c�modos modos eram ocupa ocupados dos pela pel a cama, cama, d da a qua qual l al ali i�s
apenas vi le apenas len n�ol e c colc olcha ha amon amontoa toados dos, , e onde onde s� era poss poss�vel deit deitar ar depo depois is de afastar montanhas de livros, jornai jor nais s e pa pap p�is. no ou outr tro o c�mo modo, do, n�o apenas apenas a mesa mesa pareci parecia a ter ter sofrid sofrido o a vingan�a de de um l la adr�o qu que n�o encontr enco ntrou ou o que p procu rocurava rava, , mas tamb tamb�m o ch�o, onde onde se andava andava em em meio a pilhas pilhas de livros liv ros e c cat at�log logos os soterrados, soterrado s, montes de envelopes envelopes abertos abertos e folhas folhas amassadas, amassadas, p�ginas em leque leque que pareciam ainda ter alguma utilidade. utilidade . tudo isso e a poeira n�o eram nada perto perto dos copos, copos, cujo fundo fundo guardava guardava uma pel pel�cula cula ma marro rrom m de uma bebida ressecada, ressecada, e que serviam de peso marcando marcando outros pap�is com rugas rugas circulares e empoeiradas. uma camiseta acinzentada ou uma esponja de toalha endurecida viviam misturadas aos len len��is, is, e para para cons conseg egui uir r um um peda ped a�o de sab sab�o na pia da coz cozin inha ha era era nec necess ess�rio pr prosp ospect ectar ar cam camada adas s arqu arqueol eol�gicas gicas de pir pires es e d de e x�caras caras nas nas quais quai s as migalha migalhas s tinh tinham am formad formado o uma crosta, crosta, como como a terra terra sobre sobre um vest vest�gio rec rec�mexumado. tudo isto dava enj�o. pass passei ei mu muit itas as no noit ites es neste neste par pardie dieir iro. o. seu seu locat locat�ri rio o n�o era era muito muito dife difere rent nte. e. a c con onst stat ata a��o de q que ue ele ele nunca deve ter praticado esse ato de conforto e urbanidade que � escovar os dentes, dent es, const constitu itu�a, pa para ra mim, mim, uma uma fonte font e inesgot inesgot�vel de pe perple rplexida xidade. de. quando quando ria, ria, seu l�bio superi superior or levanta levantava va a cortina sobre uma placa amarela pintalg pint algada ada aq aqui ui e ali d de e preto. preto. se, sem d�vida algum alguma, a, toda toda m�e ensina ensina aos filho filhos s as no��es el elem emen enta tare res s de de higiene higi ene, , eu me p perg ergunta untava va a que n�vel de amn amn�sia da inf inf�ncia ele tinha tinha chegad chegado. o. ele gostava muito de que se brincasse com sua bunda. ficava logo de quatro, oferecendo uma bunda larga, mais para branca, e sua express express�o era de seried seriedade ade na na espera. espera. ent�o, eu ficava ficava ao seu lado lado equilibrada sobre meus joelhos afastados, afastados , a m�o esquerda li ligeiramen geiramente te pousada sobre sobre suas costas costas ou seus quadris, quadris, e com 147 a m�o direi direita ta u umed medecid ecida a come come�ava massage massageando ando o conto contorno rno do �nus, depois depois enfia enfiava va doi ois, s, tr�s, quatro quat ro dedos. dedos. co com m as cos costas tas arquea arqueadas das e o movimen movimento to fren fren�tico dos dos bra�os, eu fazia fazia lembrar uma cozinheira tentando recuperar recuperar um molho molho ou um artes artes�o polindo sua sua obra. seus seus gemidos tinham tinham a mesma sonoridade nasal nasa l que seu seu riso. riso. ao e escut scut�-los eu eu podia podia avaliar avaliar o fruto fruto de de meu esfor esfor�o e isso me levava a uma superex supe rexcita cita��o tamanha tamanha qu que e era com pesar pesar que que eu interro interrompia mpia o movime movimento nto doloro doloroso. so. depois, encade enca de�vamos vamos as pos postura turas s com a l�gica de acrobata acrobatas s que, que, de uma figura figura � outra, outra, acabam por trocar de lugares luga res. . eu subs substit titu u�a meus dedos dedos pela pela l�ngua, ngua, depois depois escorre escorregava gava para para fazer fazer um 69, e depois era minha vez de fica ficar r de quat quatro ro. . o n�vel agu agudo do do praze prazer r que eu ating atingia ia ent ent�o era uma uma ques quest t�o tamb tam b�m recor recorren rente. te. poucas pessoas conhecem conhecem um antro antro de perto, e ser fodida dentro dentro de um re reaviva, aviva, sem d�vida alg lgum uma a, a predi dile le��o infantil pela cloaca. a cloaca � um lugar escondido, escondido, n�o por ser humilhante humilhante ser visto nele, mas porque, a exemplo dos animais que exalam um cheiro infecto para afastar o predador, dela
fazemo faz emos s um uma a e esp sp�cie cie de capa protetora onde nos refugiamos como em um ninho, que � ainda mais seguro por ser em parte tramado pelas pel as pr pr�pri prias as ex excr cre e��es. es. no enta entanto nto, , do pont ponto o de vist vista a de meu meu grupo grupo, , o homem homem em quest que st�o era era ma mais is s sujo ujo do que o geralmente admitido para um intelectual, na maioria das vezes, negligente co com m sua sua ap apar ar�ncia ncia. . eu n�o desencorajava desencora java perguntas, perguntas, nem coment coment�rios. havia um desafio controlado controlado em em minha rea��o. "est� bem, como voc� est� ven vendo, do, tomo banho banho de de manh manh�, ponho ponho uma calcinha calcinha limpa, limpa, e me esfrego esfrego nessa nessa imun imund d�cie. cie." " sen sendo do necess nece ss�rio: "me e esfre sfrego go nele nele da mesma mesma maneira maneira que mont monto o em voc voc�.
n�o � prec preciso iso ser grande grande psic psic�logo para perceber perceber nesse nesse
comportamen comport amento to uma i incli nclina na��o para o auto-a auto-avilt viltamen amento, to, mistur misturada ada com com o objetivo objetivo perverso de alic alicia iar r o outr outro. o. ma mas s a tend tend�ncia ncia n�o par parav ava a a�: eu eu era era le leva vada da pe pela la conv convic ic��o de de usufruir de uma liberdade fant fan t�stica stica. . trep trepar ar al�m de de toda toda repug repugn n�ncia, ncia, n�o era era apenas apenas me avi avilta ltar, r, era, era, no no reverso desse movimento, pairar pai rar aci acima ma dos preco preconc nceit eitos. os. h� os que transg transgrid ridem em inte interdi rdi��es t�o poten potentes tes como como o incesto. contentei-me em n�o ter de de escolher escolher m meus eus parcei parceiros ros, , sem me impor importar tar com com o n�mero (dad (dadas as as con ondi di��es segun undo do as quais me entregava, entregava, se meu meu pai fosse um deles eu n�o o teria reconhecido), reconhecido), e e, , posso dizer, sem me importar com o sexo sexo e com com suas q quali ualidade dades s f�sicas sicas e morais morais (da mesma mesma maneira maneira que que n�o procurei evitar um homem que n�o tomav tomava a ba banho, nho, eu, com conheci conheciment mento o de causa, causa, freq freq�entei entei tr�s ou quatro quatro personagens covardes e imbecis). sempre esperei pelo dia de ser trepada por um cachorro amestrado, coisa que �ric sempre prometeu, mas que nunca se realizou sem que eu saiba exatamente se perdemos a oportunidade ou se ele achava que isso isso deveria ficar apenas apenas no campo da fantasia. fantasia. j� fiz aqui algumas algumas re refl flex ex�es so sobr bre e o es espa pa�o. acabei acab ei faland falando o de ani animais mais e da da imers imers�o na animali animalidade dade humana. humana. atrav atrav�s de que que atalho podemos resumir melhor o contraste contraste de experi experi�ncias em que se misturam o gozo que nos projeta projeta para para fora for a de n�s e a sujei sujeira ra que nos apequena? apequena? talvez talvez este: em certos certos trajetos trajetos feitos por por avi�o, adoro contemplar durante muito tempo, atrav atra v�s da janela janela, , uma p paisa aisagem gem des des�rtica. rtica. nos nos trajetos trajetos mais mais longo longos, s, o enclausuramento na cabine favorece o relaxamento de todos os passageiros e, na promiscuidade, acabamos por trocar com os vizinhos o bafo das axilas axil as �mida midas s e dos p�s aquecid aquecidos. os. quando quando a imers imers�o nessa nessa atmosfer atmosfera a densa densa limita limita mais meus movimentos do que o cinto cinto de seg seguran uran�a , fico fico ent�o maravilh maravilhada ada se, se, simulta simultaneam neamente ente, , me for dado dad o abra abra�ar com um s� olhar olha r uma sup superf erf�cie da sib�ria ou do deserto deserto de gobi. gobi. 149 no es escr crit it�ri rio o
necessidade de suturar o corte entre o interior e o exterior de meu corpo e, sem atingir
uma analidade analidade franca, faculdade faculdade de ficar � vontade na sujeira: alguns tra�os de
minha personalidade sexual aliment alim entam am pequ pequenas enas te tend nd�ncias ncias regressiv regressivas. as. acresce acrescentar ntaria ia igualmen igualmente te o h�bito de praticar o ato sexual em um m�ximo de l lugar ugares es d do o es espa pa�o famili familiar. ar. alguns alguns desse desses s lugare lugares s s�o os que permitem permitem ao casal manifestar a urg�ncia ncia d do o d dese esejo jo e ex expe perim rimen entar tar, , na mesma mesma opo oportu rtunid nidade ade, , posi posi��es in in�di ditas tas, , entr entre e a sa�da do do el eleva evado dor r e a entrada do apartamento, na banheira ou na mesa da cozinha. outros pontos dos mais excitantes pertencem aos espa espa�os de trab trabal alho ho. . a� se arti articu cula lam m o esp espa a�o �ntim ntimo o e o es espa pa�o p�bl blic ico. o. um am amig igo, o, que eu encontrava em seu escrit�rio que dava para para a rua de rennes, rennes, gostava gostava de ser chupado chupado em frente frente � pare parede de envi envidr dra a�ada ada q que ue ia at� o ch�o, e, ajoe ajoelh lhad ada a n na a con contr tral aluz uz, , a agi agita ta��o euf euf�ri rica ca do bai bairr rro o con contr trib ibu u�a para para o meu prazer. na cidade, na falta de horizonte horizonte long�nquo, gosto de ocupar um ponto ponto de vista vista a partir de uma uma janela ou varanda, aprisionando em um alojamento secreto uma pica langorosa. em casa, deixo vagar o olhar acima do p�tio estre estreito ito s sobr obre e as j janel anelas as dos vizinhos; vizinhos; do escrit�rio que tive no bulevar saint-germa saint-germain, in, contemplava contemplava a fach fachad ada a ma maci ci�a do mini minist st�ri rio o da das s rela rel a��es ex exte terio riore res. s. j� me refe referi ri a algu alguns ns dess desses es pont pontos os ao falar falar do tem temor or refina ref inado do pro provoc vocado ado pel pela a expo exposi si��o ao ao olhar olha r de de te testem stemunha unhas s in involu volunt nt�rias. rias. a essa tenta tenta��o exibic exibicioni ionista, sta, acrescen acrescentare tarei i a puls pul s�o de de m mar arcar car meu meu territ terr it�rio,como rio,como o f faria aria um um animal. animal. da mesma forma que o animal, com alguns jatos de urina, define o lugar que ser� seu, com algumas gotas gotas de porra porra no degrau degrau de uma uma escada ou no carpete do escrit�rio impregnamos impregnamos de nosso 150 efl�vio o compartimento compartimento onde todo mundo vem arrumar suas coisas. apropriamo-nos apropriam o-nos por osmose osmose desse terreno, terreno, ao inscrever inscrever nele nele o ato atrav atrav�s do qual o corpo corp o exced excede e s seus eus pr�prios prios limi limite tes. s. e i inv nvad adim imos os os dos dos out outro ros. s. n�o h� d�vi vida da de qu que e nes nessa sa op oper era a��o exi exist ste e um um pouco de provoca��o, at� de agressi agre ssivida vidade de ind indiret ireta a em rela��o aos outros. outros. a liberd liberdade ade parece parece ainda ainda mais mais abrangente quando a exercemos em um lugar lugar em que a c conv onviv iv�ncia ncia prof profis issio sional nal im imp p�e regr regras as e limit limita a��es, qu quand ando o dividimos esse lugar com as pessoas mais discretas e tolerantes. sem contar que ao anexar a nossa esfera privada coisas que lhes pertencem, um pul�ver esquec esquecido ido pa para ra protege proteger r os quadris quadris, , as toalhas toalhas de de m�o de uso comum comum do andar para esfregar entre as pernas, pern as, estam estamos, os, de u uma ma certa certa manei maneira, ra, imiscu imiscuindo indo-os -os em em uma situa situa��o que desconh desc onhecem ecem. . h� lug lugares ares que freq�entei dessa maneira, em que me sinto mais � vontade do que os que neles passam a maior parte de seu tempo, porque deixei a marca �mida de minha bunda onde eles deixam seu material de trabal tra balho ho e s seus eus d dos ossi si�s. isso iss o n�o im impe pede de q que ue n�o me me pass passe e pela pela cabe cabe�a a possib possibili ilidad dade e de de que que ele eles s tamb tamb�m te tenh nham am de desv svia iado do a f fun un��o de de seu espa espa�o de trabalh trabalho o e que, assim, assim, ter ter�amos trepa trepado do indiret indiretamen amente. te. metodicamen metodic amente, te, fu fui i esta estabele belecend cendo o o per�metro metro de um territ territ�rio sexual sexual nos nos locais locais de trabalho. alguns lugares luga res s�o par particu ticularm larmente ente prop prop�cios, cios, como o local local onde onde fica fica instala instalado do o labora lab orat t�rio fot fotogr ogr�fic fico o ou ou as as gran grande des s
pe�as cegas cegas ond onde e s�o gera geralmen lmente te guardad guardados os os pacote pacotes s de jornais jornais. . o primeiro primeiro �
fechado apenas por uma cortina. sua exig exig�idade idade s� per permit mite e fica ficar r de p� e ali ali ficamo ficamos s banh banhado ados s por por uma es esp p�ci cie e de de luz de de cabar cabar�. a l luz uz av avelud eluda a a pele, pel e, ess essa a p perc ercep ep��o �tica tica ex exac acerb erba a o tato tato e assim assim ba basta sta um simple simples s ro ro�ar de peles. a medida que os corpos se desencarnam, a luz vermelha d � uma transpar�ncia � pele clara e apaga apaga as partes escuras, os cabelos e a roupa que n�o des despi pimo mos. s. no dep�sito de jornais jornais o mais dif�cil � encontra encontrar r o lugar. lugar. o espa�o recortado em fileiras paralelas pelas estantes � uniforme, uniforme, uma fileira n�o nos nos pro prote tege ge m mai ais s do que outra do olhar intruso intruso e, de toda toda maneira, os espa�os vazios entre entre as pilhas de papel acabariam permitind permitindo o a vis�o. a tal ponto que somos ob obrigados rigados a nos nos colocar nesse nesse lugar de ac acum umul ula a��o t�o a arb rbit itra rari riam amen ente te qu quan anto to o far far�am amos os em um es espa pa�o abe abert rto, o, n�o sem sem antes termos de nos virar virar um pouc pouco o sobr sobre e n�s mesmos. mesmos. para para mim, mim, nesses nesses lugares lugares, , era prefe prefer r�vel a fela��o por ser um ato mais f�cil de ser interrompid interrompido. o. penso que isto isto se deve a ao o aspecto neutro neutro do lugar. em um bosque, em um um caminho deserto, deserto, em qualquer qualquer recinto recinto p�blico, existe existe sempre uma uma boa raz�o par ara a escolhermos escolherm os ficar ficar atr�s de de certo certo grupo grupo de de �rvores, certo canto de porta, porque oferecem mais comodid como didade ade ou segu seguran ran�a, ou porqu porque e apres apresenta entam m um um atrat atrativo ivo l�dico ou est est�tico. tico. aqui, n�o h� nada disso. dis so. ent�o a perm perman an�ncia ncia � fo for r�osamen osamente te curta, curta, po porqu rque e po pod d�amos amos nos de deslo slocar car alguns metros mais para longe, migrando de um lugar para outro. a isto soma-se o fato de que, se pensamos na hip�tese de sermos sermos surpreendidos surpreendidos em flagrante flagrante delito delito em um lugar lugar pitoresco, pitoresco, seria quase uma humilh hum ilha a��o se sermo rmos s a apan panha hados dos em um lug lugar ar t�o desi desinte nteres ressan sante. te. gosto muito gosto muito da atm atmosfe osfera ra dos escri escrit t�rios deser desertos, tos, onde onde reina reina uma uma calma calma que n�o � como a de uma uma pausa, pausa, mas s sim im como como a de um suspense suspense. . embora embora a agit agita a��o do mu mundo ndo do do trabalho tenha tenh a cessa cessado, do, ele perm permanec anece e como como uma uma amea amea�a, atrav atrav�s da campainha de um telefone persistente, uma tela de computador, um dossi� que ficou aberto. todas as ferramentas, ferramentas, todo material, to do o es espa pa�o ex excl clus usiv ivam amen ente te � di disp spos osi i��o d�o a il ilus us�ri ria, a, ma mas s ap apa a ziguad zig uadora ora, , s sens ensa a��o de qu que e disp disponh onho o de de uma uma for for�a de de trab trabalh alho o ilimitad ilimitada. a. como j� disse, disse, quando quando os outros outros liberam liberam o espa�o, li152 beram beram o tempo, tempo, e � como se eu tivesse tivesse a eternid eternidade ade � disposi disposi��o para aprender a usar todos os aparelhos, analisar e resolver todos os problemas, como se a possibilidade de entrar em um escrit�rio sem ser anunciada anunciada e se sem m ter de me desculpar desculpar tornasse tornasse mais fluida minha vida atropelada. nessas nes sas con condi di��es, e na nas s vezes vezes que er era a enco encontr ntrada ada em minh minha a solid solid�o por por um colaborador e parceiro sexual, muito raramente aproveitei do semiconforto do carpete. foram sobretudo os planos de trabalho que me serviram de apoi apoio. o. p poder oder�amo amos s pe pensar nsar que a posi posi��o - a mulher mulher sentada sentada na beira beirada da da da mesa, mesa, o homem hom em em em p� ent entre re s suas uas
pernas separadas separadas
seja mais f�cil de ser desfeita desfeita no cas caso o da chegada de de um
colega. n�o � este o caso. colega. caso. a verdade verdade � que os gestos se encadeiam. com vincent, que era diagramador, acontecia de exam examin inar armo mos s a pagi pagina na��o l lad ado o a lado sem nos sentarmos, porque ele era um homem apressado, e talvez porque ach�ssemos ssemos c conve onvenie niente nte m mante anter r no m�nimo trint trinta a cent�metros metros de recuo recuo suplem suplementa entar r para facili facilitar tar a perspe perspectiv ctiva a de vis�o. um uma a pequ quen ena a he hesi sit ta��o era suficiente para que eu me virasse. um ligeiro movimento, a bunda ao lado dos diagram diag ramas as d das as p�gin ginas, as, e eu j� tinha tinha o p�bis na altur altura a ne nece cess ss�ri ria. a. a altura altura � import important ante. e. ge gera ralme lmente nte, , o momento mome nto prop prop�cio p para ara p passa assar r da conversa profissional para a trepada silenciosa corresponde a um relaxamento da con once cen ntra��o, qua quando � preciso, por por exemplo, procurar procurar um documento documento em uma gaveta embaixo embaixo de um m�vel. abaixa aba ixando ndo-me -me p para ara p peg eg�lo, exibo exibo minha minha bunda bunda. . tu tudo do o que el ela a quer quer se senti ntir r � a a��o de du duas as m�os firmes firmes. . em em seguida, procura apoio na mesa; sou sempre sempre precavida precavida quando se se trata de abrir abrir o espa�o em volta para para estender minhas costas. mas nem todos todo s os lugare lugares s de tra trabalh balho o t�m uma boa boa altura, altura, alguns alguns s�o muito muito baixos, baixos,
e existem mesas em que jamais me deitarei novamente. um diretor de arte com quem me encontrava em sua ag�ncia tinha tinha re resol solvido vido a qu quest est�o astucios astuciosamen amente, te, adotan adotando do o uso de cadeir cadeiras as giragira- 153 t�rias que se ajustavam ajustavam m milimetrica ilimetricamente. mente. eu me sentava com o sexo exatamente exatamente diante do dele. atr�s dele dele, , deix deix�vamos vamos um uma a mesa mesa para para que que eu pudess pudesse e apoi apoiar ar os p�s. as assim sim po pod d�amos amos ficar muito tempo sem nos nos cansarnos, cansarnos, eu como se me me encontrasse encontrasse em um transatl transatl�ntico, ele, com o tro tronc nco o t�o flex�vel como se t tives ivesse se girando girando um bambol bambol�. interm intermiten itenteme temente, nte, ele substit substitu u�a seu seu movimento pelo do assento da da cadeira, que que segurava com as duas m�os e fazia gi girar rar ligeiramente ligeiramente de um lado para o outro.
tabus raramente tenho tenho medo de ser apanhada apanhada em flagrante flagrante durante uma uma trepada. trepada. nas p�ginas precedent preced entes, es, v�ria rias s vezes vezes fiz alus alus�o � co consc nsci i�nc ncia ia do risco risco ineren inerente te � pr�tica tica do sexo em lugares indevidos, indevidos , uma uma vez que i isso sso tamb tamb�m faz faz parte parte do prazer. o risco risco �quase sempre medido e limitado por conve conven n��es i imp mpl l�citas citas: : assi assim m como como um um freq freq�en entad tador or do do bosqu bosque e de bo boulo ulogne gne saber saber� mapear lugares proibidos onde o sexo � poss�vel e os lugares em que � definitivamente definitivamente imp mpos oss s�ve vel, l, qua uase se n�o fiz sexo sexo nos escr escrit it�rios durante durante os hor�rios de de trabalh trabalho... o... de uma manei maneira ra pr pros osai aica ca, , a co conv nvic ic��o de de que a sexualida sexualidade. de. seja qual for a forma atrav�s da qual se exprima, � a coisa
mais bem partilhada
do mundo mundo me asseg assegura ura qu que e nada de desagra desagrad d�vel aconte acontecer cer�. quem teste testemunh munha a involuntariamente um at ato o se sexu xual al, , se n�o � le leva vado do � pa part rtic icip ipa a��o, ser�, no entan entanto to, , sufic suficien iente temen mente te atingi atingido do em suas suas pr�prias prias puls puls�es para para n�o reagi reagir, r, p para ara m mant anter er uma reserv reserva a pudi pudica. ca. qu quand ando o jacques jacques se pergun pergunta ta sorrind sorrindo o qual teria teria sido sido a rea��o do jovem ca minhante que acaba de nos cumprimentar se tivesse nos encon� 154 trado dois minutos antes quer dizer, quando est cal�as arri arriadas adas e nossos nossos corpos corpos balan balan�avam a folhage folhagem m � beira beira do caminho, camivamos nho, com as exatamente como faz um pequeno animal que perturbamos -, respondo que nada teria acontecido. a isso isso acr acres escen centar taria ia q que ue s� te temo mo os os que que conh conhe e�o mui muito to bem, bem, n�o os os an an�nimos nimos par para a quem estou pouco ligando e, neste neste ca caso, so, n�o acho que eu eu seja a �nica. na verdade, verdade, para mim, mim, a util utiliz iza a��o da casa casa que que di divi vidi dimo mos s com algu algu�m, em s sua ua aus�ncia e desco desconhec nhecimen imento, to, constitu constitui i o �nico tabu. tabu. em em um come com e�o de tar tarde, de, clau claude de chegou cheg ou em casa casa - um um gran grande de apartam apartament ento o burgu burgu�s para onde onde acab acab�vamos vamos de nos mudar mudar - e entrou no quarto de h�spede spedes s pe pert rto o da por porta ta de ent entrad rada. a. ele inter interrom rompeu peu um uma a copu copula la��o a que que eu eu n�o tinha resistido. era a primeira vez fora do grupo que eu aproveitava plena e agradavelmente o corpo de paul. claude saiu sem dizer nada. vi paul levantar-se, ocupando toda a largura da porta com seu corpo, a bunda proporcionalmente muito pequena, e ir atr�s de claude. claude. atrav atrav�s da porta, porta, escutei escutei: : "me desculp desculpe." e." fiquei fiquei impre impressio ssionada nada com a pouca �nfase com que ele exprimi exprimia a se seu u em embara bara�o real. real. em compe compensa nsa��o, no no que que me diz respeit respeito, o, mesmo mesmo j� tendo trepado com paul sob os olhares de claude, e embora ele nunca tenha mencionado o incidente, jamais consegui me lembrar dele sem experimentar experimentar uma culpa culpa renitente. renitente. eu poderia poderia considerar considerar o quarto de de h�spedes como com o um um t terr errit it�rio relativamente relativam ente neutro. neutro. mas o quarto quarto comum, o leito leito "conjug "conjugal" al" est� submetido a uma in inte terd rdi i��o abs absol olut uta. a. um uma a vez, vez , esta esta deliq deliq�esc esc�ncia ncia de de tod todo o o meu meu corpo corpo e da da minh minha a vont vontade ade co como mo min minha ha rea rea��o fatal aos primeiros contatos com um homem, me conduziu � soleira do quarto que continua sendo o nosso, meu e de jacques. mas eis que n�o consegui consegui nem mesmo me apoiar apoiar no alizar alizar da porta, porta, inconsciente inconsciente mente com medo de desencadear o mecanismo de uma armadilha. ent�o, come comecei cei a saltitar saltitar em uma perna perna s�, recuando recuando, , porque porque o 155 homem de joelhos diante de mim, na pressa de chegar � xoxota por baixo da saia, tinha colocado uma de minhas minhas cox coxas as sob sobre re seu ombro. ombro. perdi perdi o equil equil�brio ao ao chegar chegar ao p� da cama. cama. um olha olhar r inc incr r�dulo estava fixo em mim atrav atrav�s do v de minhas minhas pernas no ar ar. . encerrei o encontro com o rabo entre as pernas. estes s�o os limites fixados pela moral, que pertence muito mais � esfera da supersti��o do que � a��o de uma int inteli elig g�ncia ncia clara clara ou ao qu que e seria seria a fr front onteir eira a entre entre o be bem m e o mal. em primeiro
lugar, lug ar, ess esses es limi limite tes s s� emitem emitem sinai sinais s de um um lado; lado; de manh manh� em um banhei banheiro ro que que n�o
o meu, nunca tive escr�pulos de eliminar eliminar o cheiro cheiro da noite anterior anterior ut utilizando ilizando um sabonete sabonete perfumado que tamb tamb�m n�o e era ra meu. meu. em segu segund ndo, o, j� tr tra a� de uma uma man manei eira ra qu que, e, se re reve vela lada da ao tra tra�do, do, poderia machucar muito mais do que o fato de ele saber que eu tinha trepado com outro sob seus len��is. empresto ao outro esta ader ader�ncia ao ambiente ambiente que eu mesma mesma exper experimento, imento, que faz faz de todo objeto �nti ntimo mo ou que que t ten enha ha servi servido do a um um pro prop p�sito sito �ntimo, ntimo, um uma a esp esp�cie de extens extens�o do do corpo, cor po, uma pr�tes tese e sens�vel. se na aus�ncia da pessoa, pessoa, tocamos tocamos um objeto objeto que a toca, toca, � a pessoa pessoa que � atingida por contig cont ig�idade. idade. n numa uma suru suruba, ba, minha minha l�ngua podia podia lamber lamber uma xoxota xoxota onde algu algu�m, que que tinha se excitado antes comigo acabara de esporrar, mas apenas pensar em me enxugar com uma toalha que uma mulher, vinda clandestinamente � minha casa, tivesse passado entre
suas coxas, ou que jacques utilizasse a mesma toalha que um convidado de quem ele ignorasse a visita, me horroriza tanto quanto uma epidemia de lepra. al�m do medo, entra aqui em jogo uma hierarqu hierarquia ia segundo a qual dou mais import�ncia ao res peito � integridade integridade f�sica (a tudo que se liga a ela, a tudo que ligo a ela...) do que ao respeito � serenidade moral, considerando que 156 o atentado � primeira � menos remedi�vel que o atentado � segunda. gund a. minh minha a tend�ncia (que tamb tamb�m aprendi aprendi a relativ relativizar izar) ) � de pensar pensar que "a gente gente se vira melhor" com uma ferida invis invis�vel do que com uma ferida ferida externa. externa. sou uma formalista. formalista. confiante em minha minha vida vida as imagens t�m papel papel dominante dominante e, e, sendo sendo assim, assim, o olho �, mais mais que qualquer outro, o �rg�o que me nort norteia. eia. no entanto, entanto, este este tra�o de personal personalidad idade e � permeado permeado por um paradoxo: no ato sexual, fico completamente cega. digamos que, nesse continuum que � o mundo sexuado, eu me desloq des loque ue co como mo um uma a c�lula lula em seu tecido. tecido. pa para ra mim mim, , eram agrad agrad�veis as as sa�das noturn noturnas as e o fato fato de ser ser cercada, segurada e penetrada por sombras. mais ainda, posso seguir cegamente aquele que me acompanha. deixo tudo a seu cargo, abandono meu livrelivre-arb arb�trio trio; ; sua pre presen sen�a impede impede que possa possa me acont acontecer ecer qualq qualquer uer mal. mal. quando �ric estava ao meu lado, pod�amos amos an andar dar dur durante ante muito muito tempo tempo em dire dire��o a um lugar lugar desconh desconhecid ecido, o, no no campo campo ou no terceiro subsolo de um estacionamento, e jamais fazia qualquer pergunta. pensando bem, era menos estranh estr anho o qua quando ndo n�o aco acontec ntecia ia nada. tenho uma lembran�a ruim do subsolo subsolo de um restaurante restaurante marroquino, marroquino, perto da pra�a mauber maubert, t, um b bair airro ro que n�o t�nhamo nhamos s o h�bito bito de de freq freq�en entar tar. . as as ban banque quetas tas e mes mesas as ba baix ixas as fi ficav cavam am dispost disp ostas as s sob ob a ab�bada da pequena adega onde fazia um pouco de frio. jantamos sozinhos, minha blusa estava desabotoa da e minha roupa
em de-salinho. de-salinho. quando quando o gar�om ou aquele aquele que eu eu pensava pensava ser o dono dono
trouxe os pratos, �ric abria um pouco mais minha blusa, passava com insis insist t�ncia a m�o sob sob minha minha saia. saia. lembro-m lembro-me e bem bem mais mais do olhar dos dois homens sobre mim, pesado e sem acolhimento, do 157 que de seus toques toques r�pidos, pontuais, pontuais, respondendo respondendo ao convite convite mudo de meu companheiro. interrompi as preliminares enfiando logo o sexo de �ric em minha boca. minha inten��o n�o era, sobretudo, sobretudo , a de me livrar livrar de uma vez da a atitude titude pouco pouco amistosa do do pessoal? sa sa�mos do restaurante sem terminar de jantar. e a clientela habitual, onde estava? eric, que conhecia bem o luga lugar, r, n�o te teria ria superes supe restima timado do a rec recep ep��o que nos nos teria teria sido reserv reservada? ada? a expect expectativ ativa a tinha tinha sido mais inquietadora do que o surgimento surgimento em um lugar lugar impr�prio de uma tropa tropa de desconhecidos, desconhecidos, todos todos de pau de fora. com eric, eric, e eu u n�o du duvida vidava va de de que que todo todo indiv indiv�duo que encontr encontr�ssemos, ssemos, em quaisque quaisquer r circ circun unst st�ncia ncias, s, fosse foss e capaz, capaz, atr atrav av�s de um sinal sinal imperce impercept pt�vel de sua sua parte, parte, de abrir abrir minhas minhas coxas coxas e deslizar seu membro memb ro entr entre e el elas. as. n�o pensav pensava a que que pudess pudesse e haver haver exce��es, como se eric eric fosse fosse um barqueiro universal para para me conduzir conduzir n�o a uma terra prometida, prometida, mas para que o mundo mundo inteiro inteiro penetrasse em mi mim, m, in indi div v�du duo o por por i ind ndiv iv�du duo. o. da� mi minh nha a per pertu turb rba a��o naq naque uela la no noit ite. e. em cert certas as z zonas onas inc incerta ertas s onde onde eu eu encont encontrava rava uma popula popula��o cujas cujas diferen diferen�as socia sociais is eram nivelad nive ladas as pel pelo o igua igualita litarism rismo o sexual, sexual, nunca nunca tive tive raz�es para para temer temer a menor menor amea�a ou brutalidade, na verdade, fu fui i at at� ob obje jeto to de um uma a ate aten n��o que que ne nem m sem sempr pre e enc encon ontr trei ei em um uma a cl cl�ss ssic ica a rel rela a��o a dois... quanto ao "medo do guarda" guar da", , ele n�o exis existe. te. por por um lado, lado, tenho tenho uma confian confian�a infantil infantil no no homem homem com quem estou: para mim, ele sempre semp re tem o co contro ntrole le d da a situa situa��o e a capaci capacidade dade de garan garantir tir nossa nossa segura seguran n�a. e, e, de fato, nunca houve um �nico incidente. por outro lado, se fico muito envergonhada envergonhada diante de um fiscal fiscal de metr� que me pede pede agressivame agressi vamente nte u uma ma p passa assagem gem que que n�o sei sei onde onde coloqu coloquei, ei, n�o fi caria mais do que contrariada se fosse presa em flagrante delito 158 de exibicionismo exibicionismo em via p�blica, o corpo descoberto descoberto pelo repre sentante da ordem n�o seria mais mais que o corpo penetrado penetrado por por desconhecidos desconhecidos no bosque bosque de boulogne, menos um corpo corp o habitad habitado o do que u um m caramujo caramujo de de onde eu seria seria retirad retirada. a. despre despreocup ocupa a��o e in inco cons nsci ci�nc ncia ia qu que e tam tamb b�m est�o lig ligada adas s � deter determin mina a��o e � co cons nst t�ncia ncia de que so sou u ca capaz paz no at ato o sexu sexual, al, como como ali�s em outr outras as at ativid ividade ades, s, e que que es est t�o re rela laci cion onad adas as c com om a di diss ssoc ocia ia��o do ser ser que que evoq evoque uei i h� po pouc uco: o: ou ou a consci cons ci�ncia se an aniqui iquila la nessa nessa determ det ermina ina��o, n�o p perm ermit itind indo o consi conside derar rar o ato ato com com dist dist�nc ncia, ia, ou ou, , inve inversa rsamen mente, te, co com m o corpo entregue a seus
automa aut omatis tismos mos, , a co consc nsci i�nc ncia ia escap escapa a e perde perde toda toda a rela rela��o com com o ato. ato. neste nestes s
momentos, nada que venha de fora pode incomodar o meu corpo e o de meu parceiro, uma vez que nada existe fora do espa esp a�o que que oc ocupa upam. m. e e est ste e espa esp a�o � estrei estreito! to! � ba bast stant ante e raro raro algu algu�m trepar trepar em lu lugar gar p�blico blico ocupan ocupando do mu muito ito espa esp a�o, fica ficando ndo muito muito � vontade. � mais comum que acabemos nos retraindo um dentro do outro. poucos pou cos lug lugar ares es s�o t�o limi limitad tados os por por zonas zonas pr proib oibida idas s como como um mu museu seu: : proi proibi bi��o de de se aproximar obras, obra s, muitos muitosdas a aces cessos. sos... .. mas mas fechados fechados ao ao p�blico. blico. o visita visitante nte avan avan�a com o sentime sent imento nto v vago ago d da a exi exist st�ncia de um mundo paralelo ao seu, invis�vel e de onde ele � vigiado. henri, um amigo chamado fred fre d e eu t�nhamos nhamos apr aprooveitado uma porta entreaberta, no fundo de uma sala gigantesca do museu de arte moderna da cidade de paris, naquele momento momento deserto, deserto, para entrarmos entrarmos por tr�s de uma pare parede de fina que escondia escondia a desordem de uma reserva t�cnica cnica ali ins instala talada, da, su suponh ponho o que provis provisoria oriament mente. e. n�o nos aventur aventuramos amos muito muito longe. lon ge. o es espa pa�o es estav tava a entulhado, e resolvemos nosso assunto rapidamente, sem pensar muito. o fato � que. como com o hav hav�amo amos s de deix ixado ado a port porta a n na a po posi si��o e em m qu que e a enc encon ontr tram amos os, , eu via via uma uma r�stia stia de de luz luz no ch�o enquanto fazia um meio-arco entre os dois rapazes. rapazes. ap�s alguns minutos eles trocaram de lugar ambos gozaram, um na boceta e 159 outro na boca. boca. n�o sei qual do dos s dois interrompia interrompia intermitentem intermitentemente ente os movimentos movimentos de seu cacete para passa passar r seu b bra ra�o em meu meu ventre ventre e me mastu masturbar rbar. . isto me me estimul estimulava ava a tamb tamb�m me masturbar e a desencadear o orgasmo enquanto o pau que murchava permanecia em minha boceta e o outro, de quem quem eu tinha acabado acabado de engolir engolir a porra, porra, tinha sa�do para me liberar liberar de minhas amarras e me deixar gozar gozar melhor. isto isto suscitou uma discuss�o sobre minha minha maneira de me masturbar. masturbar . expliquei, expliquei, achando que que estava revelando revelando uma coisa coisa extraordin extraordin�ria, que em condi��es menos meno s prec prec�rias eu teri teria a tido tido dois dois ou tr tr�s orgasm orgasmos os em em cadeia cadeia. . enquan enquanto to enfi enfi�vamos vamos sem pressa as camisas por por debaixo das das cal�as, eles zombavam zombavam de mim, argumenta argumentando ndo que isto era era a coisa mais comum entre as mulheres. quando voltamos � luz do dia, o museu continuava tr tran anq q�il ilo o e continu cont inuamos amos noss nossa a visita visita � exposi exposi��o. eu passava passava de um quadro quadro a outro, outro, de henri henri a fred para fazer alguns alguns coment�rios e a visita visita se tornou ainda ainda mais pr prazerosa azerosa pelo pelo fato de estar fundada em uma cumplicid cumplicidade ade que, que, d desde esde ent�o, me me ligava ligava aos aos dois dois homens e �quele lugar. eu estava bem bem enquadrada enquadrada na reserva t�cnica escu escura, ra, meu corpo corpo dividido em em dois entre dois outros corpos, meu olhar mergulhado ao longo das pernas aprumadas. estou convencida de que a lim limita ita��o de meu meu camp campo o de vis vis�o engend engendra ra de de uma maneir maneira a bem primit primitiva iva a conjura��o de tudo tudo que que p possa ossa me am amea ea�ar, ou
apenas me incomodar, incomodar, ou mesmo mesmo daquilo daquilo que n�o tenho vontade vontade
de levar em conta por uma raz raz�o ou por outra. outra. o corpo daquele daquele
que tapa minh minha a vis�o e o do outro outro que est� do outro outro lado, lado, e que
n�o posso ver n�o t�m exist�ncia re real. as assim im, , na mesm sma a posi��o que no museu, desta vez no primeiro andar de uma loja de artigos sado-masoquistas do bulevar de clichy - novamente em um lugar 160 que serve de dep�sito -, uma face apoiada na barriga de �ric que me sustenta pelos ombros enquanto o dono da loja, com movimentos bruscos, me enraba. antes de tomar posi posi��o, obse observ rvo o qu que e o home homem m � muit muito o pequ pequen eno o e robu robust sto, o, que que seus seus bra bra�os s�o curtos, mas ele se desintegra logo que desaparec desaparece e de meu �ngulo de vis�o. e nesse momento que me dirijo a �ric, e n�o dire direta tamen mente te ao homem, para pedir que ele coloque uma camisinha antes de me penetrar. o pedido o perturba, obriga-o a vasculhar nas nas caixas at� encontrar o objeto; ele fala fala em voz baixa baixa que sua mulher mulher pode chegar a qualquer momento. embora embora ele tenha tenha um sexo bastante bastante grosso grosso que, certamente, certamente, for for�aria a abertura, ele fica todo o tempo brincan brin cando do por f fora ora s sem em me penet penetrar. rar. uma uma mo�a com uma uma express express�o reserva reservada da de empregada, vagamente carrancuda, carrancud a, assiste � cena. de tempos em tempos, meu olhar, de vi�s, cruza o dela, negro, claramente contornado de kajal. sinto-me como em uma cena de teatro, separada por um vazio indistinto de uma espectadora entediada, que espera uma cena acontecer. de certa maneira, acabo juntando-me a ela, uma vez que meu olhar se volta para mim e sou eu mesma que represento, mas unicamente com a cabe�a, o pesco�o afundado entre os ombros, a face face comprimida comprimida no blus blus�o de �ric e ligeiramente ligeiramente marcada marc ada pelo z�per, a boca boca aberta, aber ta, enqua enquanto nto o qu que e acontece acontece al al�m da minha minha silhue silhueta ta perten pertence ce a uma uma esp�cie de pano de fundo. as estocadas do an�o me pare parecem cem t�o irrea irreais is quan quanto to o tumu tumulto lto que ecoa ecoa por por tr tr�s dos dos basti bastidor dores es par ara a si simu mula lar r um uma a a��o distante. uma outra outra vez, vez, em u uma ma sau sauna, na, foi foi a afeta afeta��o de uma massa massagist gista a que provoc provocou ou meu desdobramento. os bancos de madeira, dispostos em degraus, tinham-me obrigado a me desdobrar em todas as dire��es. de mane maneira ira alterna alternada, da, me pendu pendurava rava e me me elevaeleva-
va para para alcan alcan�ar permaneci seca o para ser montada um e outro e, ao
c com om a boca as picas insistentes. insistentes. transpiro transpiro pouco. portanto, portanto, tempo suficiente por 161 mesmo tempo, tempo, me esfor�ava para reter reter e comandar comandar partes do corpo corpo
que tinham se
tornado visco tornado viscosas. sas. a at t� debaixo debaixo do do chuveiro chuveiro, , tinham tinham massage massageado ado meu meu clit�ris e apertado os bicos dos meus seios. finalmente, finalmente, tinha tinha me esticado, esticado, dolorida, dolorida, na mesa de massagens massagens. . a mo�a falava baixo, acentuando suas frases da mesma mesma maneira que marcava o tempo para passar passar talc talco o nas m�os entre cada cada s�rie de ges gestos tos. . e ela la percebia meu meu cansa�o. neste caso caso nada substitui substitui um banho a vapor segu seguido ido de uma boa massagem. ela � parecia fin fingir gir ignorar ignora r a que esp cie de provas provas meu corpo tinha tinha estado submetido, submetido, e se dirigia a mim como a estetic este ticista ista que d� uma aten��o, ao mesmo mesmo tempo tempo profissi profissional onal e materna maternal, l, � mulher mulher ativa e moderna que a ela se entrega sem sem pudor. sempre sempre gostei, gostei, sobretudo sobretudo nessas circunst circunst�ncias, de me entrega entr egar r a um p pape apel. l. vi viv v�-lo me me relaxava mais mais efetivamente efetivamente do que o trabalho de seus dedos. divertia-me divertia-me ao v�-la massage mass ageando ando m�scul sculos os que minutos minu tos ante antes s so sofri friam am p press ress�es mais l�bricas. bricas. ela tamb�m me me parec parecia ia dist distante ante. . sucessivas mudas de pele nos separavam. ela se apropriava de um disfarce que nossa conversa ia produzindo gradativamente, mas debaixo desse disfarce havia a pele onde os toques cobriam a outros, pele da qual me desfazia de bom grado, como de uma roupa usada. usada. afinal de contas, eu eu n�o era mais a pequeno-bu pequeno-burguesa rguesa dissipada dissipada que ela mas pensava que eu d fosse, fos se, mas um uma a out outra, ra, de e car�te ter r s�lido, lido, que que inven invent t�va vamos mos. . que eu eu soubes soubesse, se, naquela noite �ramos as �nicas mulheres no estabelecimento, estabelecimento, mas mas eu me via no espa espa�o ativo dos homens homens - que, d de e certa maneira, continuavam continuav am � minha volta -, ao passo que a via em um espa�o feminino passivo, que ela ocupava como observa obse rvadora dora, , os do dois is esp espa a�os separa separados dos por por uma brech brecha a intrans intranspon pon�vel. enfi enfim, m, a se sele le��o re real aliz izad ada a po por r me meu u olha olhar r � redo redobr brad ada a pela pela 16 162 2 prote prote��o segura do olhar do outro, outro, pel pelo o v�u co com m que que ele me cobre que, evidente evidentemente, mente, � ao mesmo tempo opaco e transparente. transparente. jacques n�o escolhe especialmente os lugares mais freq�ent entados ados para me foto fotograf grafar ar nua - ele ele s� me exibi exibir r� em um um gesto gesto especula especular r -, ma mas s tem tem um uma a pre predi dile le��o pelos pelo s lugares lugares de p passa assagem gem e sobret sobretudo udo pelo pelo car�ter transi transit t�rio dos dos objetos objetos do cen cen�rio rio (car (carca ca�as de ca carr rros os abandonados, abandonad os, materiais materiais diversos, diversos, ru�nas...), o que que acaba nos conduzindo conduzindo para onde esses esse s objet objetos os est�o. s somo omos s prudent prud entes. es. uso sem sempre pre um vestido vestido f�cil de reabotoa reabotoar. r. na na esta esta��o fronte fronteira ira de portportbou, esperamos que a platafo plat aforma rma se esva esvazie. zie. � bem verdade verdade que h� um trem de partida, partida, mas duas duas ou tr�s plataformas mais adiante. os passag pas sageir eiros os e est st�o, de q qua ualqu lquer er forma forma, , muit muito o ocup ocupado ados s para para pres prestar tar aten aten��o em n�s, e asseguramo-nos de que os tr�s ou quatro quatro fiscais fiscais c conti ontinua nuam m conversa conversando. ndo. jacqu jacques es est� na contral contraluz uz e distingo distingo mal seu seus s sinais sinais. . av avan an�o em sua dire dire��o com o vesti vestido do aberto aberto de alto a baixo baixo. . quando quando ando, ando, me sinto sinto segura segura. . hipnotizada pelo faiscar da silhueta que que me espera na na outra extremidade, extremidade, tenho tenho a impress impress�o de cavar uma uma galeria gradativamente, de abrir no ar, carregado carregado de um cheiro cheiro acre, um um longo espa�o da largura do do afastamento afastamento de me meus us br bra a�os qu que e bal balan an�am am. .
cada clicar confirma a impunidade impunidade de de minha progress progress�o. no final da da linha, apoio-me apoio-me
no muro. jacques far� ainda ain da alg alguma umas s fo foto tos. s. n neg eglig lig�nc ncia ia aut autori orizad zada a quan quando do o espa espa�o est est� atr�s de de mim. mim. eufori euf oria a da co conqu nquis ista: ta: n�o fomos mais incomodado incomodados s no t�nel que liga liga as plataformas, plataformas, nem no grande grande hall v vazio azio e sonoro, nem no pequeno terra�o invadido por por gatos e enfeitado enfeitado por uma uma fonte, onde onde desemboca desemboca uma das sa�das da esta��o. � � a segun segunda da s sess ess o de poses poses do dia acontec aconteceu eu no no cemit cemit rio
marinho mari nho, , nas al�ias ao longo longo das cavi cavidade dades s dispos dispostas tas em v�rios andares, andares , no t�mulo de ben benjami jamin, n, e em um um jogo de de esconde esconde-esc -esconde onde com com duas duas ou tr�s mulheres que caminham vagarosamente. 163 parece-me natural natural estar estar nua ao vento vento e com os mort mortos. os. mas expe experimento rimento tamb tamb�m uma sensa��o de incerte ince rteza za em um es espa pa�o amb�guo, ao mesmo mesmo tempo tempo abert aberto o e sem profund profundidad idade, e, entre entre o horizonte e o quadro da objetiva. n�o � a balaustrada balaustrada que me sustenta na beira do vazio, � o olhar que me segue e me conduz e desenrola entre ele e eu uma amarra. quando fico diante do mar, de costas ar�fica sem que eu possa m �quina quinapara fo fotog togr possa estima estimar r a dist�ncia em que ela se encontra encontra, , essa objetiva adere como uma ventosa em meus ombros e quadris. depois do jantar, jantar, voltamos voltamos para o carro carro estacionado estacionado perto do do cemit�rio. agora, agora, desfrutamos da noite e de um rala-rala, bunda e braguilha. o ato de tirar a roupa repetidamente reclama recl ama uma coro coroa a��o; como, como, durante durante todo o dia, dia, n�o parei parei de desab desabotoa otoar r e tirar tirar a roupa, gostaria ainda de me abrir abrir largamente. largamente. estou semideitada semideitada sobre o cap� e minha boc boceta eta se prepara para engolir o cacete pronto, quando latidos estridentes agridem meus ouvidos. o �nico halo de ilumin ilu mina a��o � atrav atravess essado ado pela pela sombra sombra aflit aflita a de um cachorrinho, seguido cachorrinho, seguido por um homem que que chega mancando. mancando. pequeno pequeno momento momento de confus�o: abaixo a saia do meu vestido, jacques recolhe como pode suas partes recalcitrantes. continuando a acaricialo atrav atrav�s d da a e esp spes essur sura a da da cal cal�a, in insis sisto to para para toma tomarmo rmos s cui cuidad dado, o, j� que que n�o sab abem emo os que dir ire e��o o homem home m vai tomar tomar e ele, c como omo que que de prop prop�sito, sito, d� alguns alguns passos passos e nos nos olha olha de lado. lado. jacques acha que � prefer�vel ir embora. no carro, nervosa como costumo ficar quando a frustra��o � mu muito grande, sou tomada por uma crise de raiva. raiva. �s pondera pondera��es de jacques jacques, , respondo respondo que o tipo tipo teria teria vindo vindo se junt juntar ar a n�s. o desejo desejo exasper exasperado ado � um ditador ditador ing�nuo que acredita acredita que nada nada pode se opor opor a ele e tampouco tampouco contrar contrari i�-lo. n�o tinha tinha tamb�m ficado ficado com a impress impress�o de ter sido sido abandon abandonada ada por 164 aquela aquela aten��o extrema extrema que me acompanh acompanhara ara e proteger protegera a durante durante todo tod o o dia dia e qu que e co const nstit itu u�a, de de algum alguma a maneir maneira, a, meu meu v�nculo nculo com com o mundo mundo? ? a c�lera lera nasce de um sentimento de
impot�ncia. quando minha vontade de ser penetrada penetrada � impedida, impedida, fico dilacerada dilacerada
entre dois estados contradit�rios: de um lado, lado, uma incredulidad incredulidade e que me impede impede de compreender compreender as causas cau sas - por por ma mais is ra razo zo�ve veis is que sejam - pelas quais os outros n�o correspondem correspondem � minha imperiosa espera; por outro lado, uma incapac inca pacidad idade e igual igualment mente e imbecil imbecil de for�ar a resist resist�ncia - por mais mais circunst circunstanci ancial, al, formal form al ou fr�gil que que el ela a seja seja -, quer que r dize dizer, r, de t tom omar ar a in inici iciat ativa iva de um gest gesto o de de sedu sedu��o, ou de pr provo ovoca ca��o, que que certamente ossfaria de teceu id�ia. quanta quantas veze vezes smudar n�o acontece acon u de eu me enfurec enfurecer er com jacque jacques s quando quando o desejo, desejo, que que eu n�o deix deixav ava a transparecer, transpare cer, se apoderava apoderava de mim em em meio a uma at atividade ividade or ordin din�ria, caseira caseira por exemplo, e, de uma certa maneir man eira, a, e eu u o r rec ecri rimin minav ava a por por n�o conse consegui guir r ler ler nas nas circu circunvo nvolu lu��es de de meu meu c�rebro rebro, , local onde minha libido tem sua font fonte? e? p pe e�o de descu sculpas lpas por fazer fazer aqui aqui uma compara compara��o in indevi devida da para para falar falar desses caprichos, mas eu gostari gost aria a de evo evocar car as p pesso essoas as privada privadas, s, de nascen nascen�a ou em raz raz�o de um acide acidente, nte, do do uso de seus membros e da palavra, mas mas sem que a intelig intelig�ncia e a necessidade necessidade de se c comunicar omunicar tivessem tivessem sido sido alteradas. eles dependem inteiramente inteirame nte da criatividade criatividade das das pessoas de sua sua conviv�ncia para quebrar quebrar seu isolamento. isto pode ser �� � consegu cons eguido idode parc parcialm ialmente ente extrema a aos aos nfimos nfimos sinai sinais s do doente, doente, como um piscar olhos, por com uma aten o extrem exemplo exem plo, , ou ain ainda da atr atrav av�s de pacien pacientes tes massag massagens ens que que desperta despertar r�o sua sensib sen sibili ilidad dade. e. a insat insatis isfa fa��o sexu sexual al me joga em um estado que eu chamaria de autismo benigno, que me faz depender inteiramente de um olhar carregado de desejo e das das c car ar�cias cias de q que ue acab acabar ar�o me me cobr cobrin indo do. . nes nessa sas s con condi di��es, es, a ang ang�st stia ia se dis dissi sipa pa e posso reocupar meu lugar em um meio que dei xa de ser hostil. 165 no caminho de de volta, pe�o para pararmos pararmos em um acostamento. acostamento. m mas as meu furor aumenta aumenta porque porq ue esta estamos mos em uma via expressa expressa onde estacion estacionar ar � quas quase e imposs imposs�vel. ent�o abstraio-me da estrada estr ada e do carr carro. o. c conc oncentr entro o minha minha aten��o em meu p�bis que empurro empurro para para a frente frente e me deixo levar pelas car�cias lent lentas as e circulares circulares no pequeno pequeno animal pegajoso pegajoso que mora mora ali. de tempos em tempos, os far far�is dos outro outros s carros fazem fazem emergir meu meu ventre liso liso como um vaso. vaso. em que miragem mergulho neste neste momento? momento? seguramente, seguramente, n�o no encadeamento encadeamento de fatos fatos que partiriam partiriam do que havia ficado fica do susp suspenso enso alg alguns uns minutos minutos antes. antes. o caso j� est� liquidad liquidado. o. n�o, prefi prefiro ro me me refugiar em meus velhos e confortadores roteiros, bem longe de onde, na realidade, me encontro. em um es esfo for r�o de de imagina imag ina��o inten intenso, so, sus sustent tentado, ado, const construo ruo detalha detalhada-m da-mente ente cada cada cena, cena, por exemplo exemplo aquela em que sou fodida por por uma quantidade quantidade de m�os que me apalpam, apalpam, em um terreno terreno vago ou ou nos banheiros de um cinema cinema de m� fama fama - n�o me lembro lembro muito muito bem. bem. quando quando jacque jacques, s, sem sem deixar deixar de
olhar para a
estrada, estende estende o bra�o e faz largos largos movimentos movimentos cegos em meu meu peito e em meu meu ventre, e quando introduz sua sua m�o para dispu disputar tar com a minha minha seu brinquedo brinquedo molhado, molhado, acaba perturbando o desenrolar desenrola r desse roteiro. contenho-me contenho-me para n�o impedi-lo. impedi-lo. na entrada de de perpignan, perpignan, jacques p�ra o carro em um um estacion estacionamento amento vazio vazio e muito claro, � �� embaixo emba ixo de u um m im vel de habita habi ta o popula popular. r. para para se aprox aproximar imar de mim, mim, e por por causa causa do es espa�o entre os bancos, ele joga seu tronco para a frente � maneira de uma figura de g�rgu gul la. su sua a ca cabe be�a entra entr a em meu meu campo campo de vi vis s�o e desapar desaparece. ece. ele ele me mastu masturba rba com com tr�s ou quatro quatro dedos dedos vigorosos. gosto de ouvir ouvir o marulho dos grandes l�bios inundados; inundados; o barulho barulho me desperta desperta de minhas fantasias. nunca � de chofre, nem muito � vontade, que estendo meu corpo para ser acariciado. 166
preciso deaum tempo pender pend er minh minha ca cabe be �a eantes abrir abrirde me entregar; de separar largamente minhas coxas, os bra bra�os para para ar arqu quear ear o peito peito. . o tempo tempo talv talvez ez de de desfaz desfazer er a posi posi��o fetal fetal e reflexa que foi imprimida em meu corpo corp o quando, quando, me menin nina, a, eu dis dissim simulav ulava a a masturba masturba��o, ou o tem tempo po de aceitar aceitar sempre sempre. . o mesmo depois de ter passado pass ado horas horas diante diante de uma m�quina quina foto-gr foto-gr�fica, fica, mostrar mostrar meu corpo corpo inteiram inteiramente ente, , de uma s� vez. n�o � a nu nude dez z qu que e te temo mo, , ao co cont ntr r�ri rio, o, � o in inst stan ant t�ne neo o da re reve vela la��o. e n�o � ta tamb mb�m po porq rque ue eu hesite em me entregar aos outros outros - muito muito pelo contr contr�rio! -, � porq porque ue n�o sei muito muito bem abandona abandonar r meu olhar interior para ver a mim mesma. mesm a. � abso absoluta lutament mente e necess necess�rio passar passar pelo olhar olhar do outro. outro. n�o sei dizer: dizer: "olhe!" espero, acima de tudo, que me digam com cuidado: "olhe como eu te olho..." entrego-me a jacques. mas, como decididamente me refugiei bem longe, no fundo de mim mesma, devo, para retomar � realidade, passar por uma uma esp esp�cie de de es estad tado o fetal. enrosco-me para agarrar com a boca seu membro endurecido e sentir em meus l�bios bios a pele pele t ten enra ra q que ue desliza em seu eixo. posso me mobilizar a tal ponto nesse ato que poderia almejar ser totalmente preenchida, todo o meu corpo enfiado e ajustado como uma luva.
em uma s�rie de fotogr fotografi afias as publica publicadas das por por um fot�grafo grafo american americano, o, anos anos mais tarde tarde na revista on seeing, seei ng, sou sou vis vista ta - ou m melho elhor r vejo-me vejo-me hoje hoje - prime primeiro iro de p� como uma uma son�mbula mbula fr�gil gil - dir dir�amos amos que que e est stou ou me balan bala n�ando -, p pert erto o de um casa casal l forni fornicand cando o em um colch colch�o. est est� escuro, escuro, parece parece que que estou vestida de
pret preto, o, e s� os joel joelho hos s da da mo mo�a e a pla plant nta a dos dos p�s do do rap rapaz az est est�o
iluminados. em outras fotos, estou sentada ao lado do casal, dobrada em duas: adivinha-se, sob a cabeleira que cai, minha ca- 167 be�a comp comprim rimida ida entre entre uma uma coxa coxa da mo mo�a e a baci bacia a do do rapa rapaz. z. com uma uma m�o, for�o um um pouco a separa sepa ra��o da coxa. coxa. estou estou tentando tentando lambe lamber r o que consigo consigo dos dos sexos sexos colados colados dos dos dois. dois. � o que pa pare re o? aplicado umque trab trabalhador alhador aplicado - bombeiro, bombeiro, tapeceiro, tapeceiro, mec�nico - examinan examinando do as p parte artes s em que ter� de intervi intervir; r; uma crian crian�a que deixo deixou u cair seu seu brinquedo debaixo da cama e que examina examina um buraco buraco negro para para encontr�-lo; o corredor corredor exausto que que acaba de se sentar e deixa arriar seu tronco antes de retomar um pouco de ar. quanto ao esf sfor or�o que fa�o para introduzir introduzi r meu corpo no intervalo e entre ntre os dois outros corpos corpos (pode-se at� mesmo deduzir que pretendo introduzi-lo por inteiro), posso afirmar que corresponde a uma extrema concentra��o mental.
168
detalhes
gosto muito de chupar o sexo dos homens. fui iniciada nisso quase ao mesmo tempo que aprendi a conduz con duzir ir a c cabe abe�a de um um pau pau at� a outra outra entra entrada, da, a subte subterr rr�nea. nea. em minh minha a ingenui inge nuidade dade, , no in�cio, acred acreditei itei que que o boquete era um ato sexual desviante. ainda me vejo explicando o assunto a uma amiga, ami ga, que que ti tinha nha d�vid vidas as e estava um pouco pouco enojada, enojada, eu afetando afetando indiferen indiferen�a, mas na realidade realidade bastante bastante orgulhosa de minha descoberta e de mi minh nha a re reso solu lu��o ao en enfr fren ent t�-l -la. a. ta tal l re reso solu lu��o � be bem m di dif f�ci cil l de ex expl plic icar ar po porq rque ue, , al�m de de s ser er um v ve est�gio qualque qual quer r do est�gio oral, oral, por por tr tr�s da aud�cia em prati praticar car um ato ato que que acred acreditam itamos os imoral existe uma obscura identif iden tifica ica��o com o me membr mbro o do qual qual nos apropr apropriamo iamos. s. o conhec conhecimen imento to que que dele adquirimos - explorando, simultaneamente, simultane amente, com com a ponta dos dedos dedos e com a l�ngua os menores menores detalhes detalhes de seu relevo e suas mais �nfimas rea��es - tal talvez vez seja superio superior r ao que dele possui possui seu seu propriet propriet�rio. disso disso resu resulta lta um inef inef�vel sent sentim iment ento o de dom�nio: co com u um ma m mi in�scula vi vibra��o da da ponta da l�ngua podem ponta podemos os desenca desencadear dear uma uma resposta resposta desme desmesura surada. da. al�m disso, disso, estar estar com a boca cheia
proporciona proporcio na mais claramente claramente a impress impress�o de pleno preenchimen preenchimento to do que quando quando a
vagina est� ocu vagina ocupad pada. a. a se sensa nsa��o vagin vaginal al � difusa difusa, , irradi irradiado adora, ra, o 171 ocupant ocup ante e pare parece ce nel nela a se fun fundir, dir, enqu enquanto anto que que na fela fela��o podemos podemos distin distinguir guir claramente o contato doce doc e da cabe cabe�a do p pau au co com m o exter exterior ior e interi interior or dos dos l�bios, bios, com com a l�ngua ngua e com com o pal alat ato o at� a garganta. sem sem falar que, que, no est�gio final, experiment experimentamos amos o esperma. esperma. em resumo, resumo, so somo mos s tam tamb b�m sutilmente mis ist t�rio a solicitados da mesma maneira que solicitamos. para mim, permanece um transmi tran smiss ss�o do orif orif�cio superio superior r para para o orif�cio inferior inferior. . como � que o efeito efeito da suc��o pode ser sentido sent ido em em outr outra a extr extremid emidade ade do corp corpo, o, que a compr compress ess�o dos l�bios em em volta volta do p�nis crie um bracel bra celete ete extre extremam mament ente e r�gido gido na en entr trada ada da vagina vagina? ? qu quand ando o a fe fela la��o � bem conduzida, e tenho todo tod o o tempo tempo par para a re reaju ajust star ar minha minha pos posi i��o e para para vari variar ar o ritm ritmo, o, sint sinto, o, ent ent�o, chegar de uma fonte que n�o tem lugar lugar d defin efinido ido em meu corpo corpo uma uma impaci impaci�ncia que que aflui aflui e concen concentra tra uma uma imensa energia muscular muscular naquele naquele lugar do qual qual s� tenho uma imagem imagem imprecisa, imprecisa, na beira beira desse abismo que � � me abr abre e desmesur desm esurada adament mente. e. orif ori f cio de um tonel t onel que q ue circund cir cundar ar amos com com um fio fio de ferro. posso co comp mpre reen ende der r qua quand ndo o o c�rc rcul ulo o se se for forja ja po por r con conta tami mina na��o com com a exc excit ita a��o do do cli clit t�ri ris s vizinho. mas e quando quan do a or ordem dem vem do a apare parelho lho bucal? bucal? a explica explica��o, s sem em d�vida, vida, deve deve ser ser procu procurada rada em um desvio mental. mental. por mais que, na maior maior parte do tempo, tempo, eu fique c com om as p�lpebras abaixadas, meus olhos olh os est est�o t�o pr�xim ximos os do do traba trabalho lho minuc minucios ioso, o, que que eu o vej vejo, o, e a imag imagem em que que recolho � um possante ativado ativ ador r do d desej esejo. o. ta talve lvez z exista exista tamb tamb�m a fantas fantasia ia de que, atr�s � � � � dos dos o olh lhos os, , o c rebr rebro o ten tenha ha uma uma con consc sci i ncia ncia t o ins insta tant nt ne nea a e per per feita feita do obje objeto to que quase quase o toca! toca! primeiro primeiro, , vejo a disposi disposi��o dos
gestos com os qua gestos quais is regul regulo o minh minha a resp respira ira��o: o estojo estojo flex flex�vel da minha minha m�o, meus meus l�bios bios dobr dobrad ados os sobre sobr e os dentes dentes para para n�o machucar machucar o membro, membro, minha minha l�ngua que que acaric acaricia ia a glande glande quando ela 172 se aproxima. aproxima. avalio, visivelmente, visivelmente, o percurso percurso da m�o que acom panha panh a os os l�bios, bios, �s vezes vezes com um lige ligeiro iro moviment movimento o em c�rculos, rculos, e que que aument aumenta a a pre ress ss�o na na altura do grande grande gomo terminal. terminal. depois, depois, a m�o, de repente, repente, se dessolidariza dessolidariza para para masturbar vivamente, usando apenas dois dedos para formar uma tenaz, e agita a sedosa extremidade na almofada dos dos l�bios fecha fechados dos com um beijo. beijo. jacques deixa deixa sempre sempre escapar um "haa" "haa" claro e breve de �xtase inespera inesperado do (embora (embora conhe�a perfeitamen perfeitamente te a manobra), que duplica minha
pr�pria pria e exci xcita ta��o, qua quand ndo o a m�o rela relaxa xa par para a que que a verga verga se se engo engolfe lfe to total talmen mente, te, at�
tocar o fundo da gargant garganta a onde t tento ento mant mant�-la algun alguns s instantes instantes, , e fa�o mesmo mesmo com que que passeie passeie no fundo arredo arr edonda ndado do d do o pal palato ato, , at� qu que e me ven venham ham l�gr grima imas s aos olhos, olhos, at at� sufoca sufocar. r. ou ent ent�o, e pa para ra i ist sto o � preciso estar com o corpo inteiro bem equilibrado, eu imobilizo o pau e � toda a mi minh nha a cab cabe e�a que gravita em torno dele, e o acaricio com o rosto, com o queixo molhado de saliva, com a testa e os cabe cabelos los, , e me mesmo smo c com om a pon ponta ta do nariz nariz. . lambo lambo com com uma uma l�ngua ngua pr�diga, diga, at� os colh�es, que s�o muito muito bem eng engolid olidos. os. fa�o moviment movimentos os entreco entrecortad rtados os com parada paradas s mais demoradas na glande glan de onde onde a pont ponta a da l�ngua descr descreve eve c�rculos, rculos, a menos menos que ela ela resolva resolva provoc provocar ar a orla do prep�cio. e depois, depois, se sem m avisar, avisar, engu engulo lo tudo tudo e ou�o o grito grito que uma uma onda onda transmi transmite te � armadura da entrada da minha boceta. se me deixass deixasse e leva levar r pela fa facil cilidad idade, e, poderia poderia escre escrever ver p�ginas ginas e p�ginas, ginas, levando levandose em conta cont a que que a apena penas s a evoc evoca a��o desse desse trabalh trabalho o de formiga formiga j� desenca desencadeia deia os primeiro primeiros s sinais de �� � � excita exc itaumo. talve talvez z h haja aja me mesmo smo um uma a long long nqua nqua corr corresp espond ond ncia ncia entr entre e meu meu esm esmero ero em fazer boquete e o cuidado que tenho
com toda toda de descri scri��o na escrita escrita. . eu me limitari limitaria a a acrescen acrescentar tar que tamb�m gosto gosto de ab abri rir r m�o da da fu fun n��o de de c con ondu duto tora ra. . ado adoro ro que me imob imobiliz ilizem em a cabe�a entre entre duas duas m�os fechadas fechadas e que 173
fodam em minha boca como foderiam em minha xoxota. em geral, tenho necessidade de segurar o boca nos pau com com a nos primeiro primeiros s momentos momentos da rela rela��o, par para a ativar ativar alguns alguns milili mililitros tros de sangue que prod produz uzem em a e ere re��o. se es esta tamo mos s de de p�, dei deixo xo-m -me e esc escor orre rega gar r at at� os p�s de de meu meu parceiro, se estamos deitados, precipito precipito-me -me sob o len�ol. como em um jogo, vou procurar procurar no escuro escuro o objeto de minha cobi cob i�a. ali ali�s, nes nesses ses momen momentos tos, , minh minhas as pal palavr avras as s�o, tola tolamen mente, te, as de de uma uma cria crian n�a gu gulo losa sa. . pe pe�o "minha chupeta chupeta grande" grande" e isto me deixa deixa feliz. e, q quando uando leva levanto nto a cabe�a, porque preciso distender os m�sculos sculos d de e mi minhas nhas bochech bochechas, as, exclamo exclamo um "hum "hum... ... est� bom!" bom!" como como uma crian crian�a que pensa agradar aos pais se empanturrando. da mesma maneira, recebo os elogios com a vaidade do bom aluno alun o em em di dia a de dis distrib tribui ui��o de pr�mios. mios. nada nada me me estimu estimula la mais mais do que ouvir ouvir dizer dizer que sou "a melhor das chupadoras". melhor: quando, dentro da perspectiva deste livro, converso com um
amigo amig o vinte vinte e cin cinco co anos anos depois depois de ter ter encerra encerrado do nossas nossas rela rela��es sexuais sexuais, , e ele me
diz que desde ent�o "ele nunca nunca mais mais en encont controu rou uma uma mulher mulher que chupa chupasse sse t�o bem", bem", baixo baixo os olhos, olhos, por pudor, mas tamb tamb�m par para a lam lamber ber m meu eu orgulh orgulho. o. n�o � que eu ten tenha ha sid sido o privad privada a de outra outras s gratif gratifica ica��es em minha minha vida vida pe pesso ssoal al ou profissional, profissio nal, mas, pelo pelo que me parece, parece, haveri haveria a um equil�brio a ser mantido mantido entre a aquisi��o de qualidades morais e intelectuais, que atraem a estima dos semelhantes, e uma excel excel�nci ncia a pro proporc porcion ional al nas nas pr�ticasdesd ticasdesdenham enham dessas dessas qualidades, qualidades, que as expurgam expurgam e as ne negam. gam. esta capacidade capacidade pode ser provada a tal ponto pont o queacei queaceitare taremos mos ve ver r a admira admira��o que ela susci suscita ta se transfo transformar rmar em zomba zombaria. ria. �ric quase esbofeteou um bofe naquela boate que se chamava 174 cl�op�tre. como eu pedi uma bebida, bebida, o imbecil imbecil, , incapaz incapaz de avaliar aval iar meu meu ard ardor or com como o convinha convinha, , disse disse que de fato fato j� era hora, hora, porque porque come come�ava "a cheirar mal". o cor corpo po em peda peda�os
� � se cada um de n s des cada desenha enhasse sse seu seu pr prio corpo corpo sob o ditado ditado de seu seu olhar olhar interior, obter obte r�amos uma bel bela a ga galer leria ia de de monstr monstros! os! eu seri seria a hidroc hidroc�fala e calip calip�gia, e as as duas dua s prot protube uber r�nci ncias as estariam ligadas por um incons inc onsist istent ente e bra�o de molusc mol usco o (n�o co consi nsigo go descre des crever ver como como s�o me meus us peitos), o todo assentado sobre duas pernas grossas e mal feitas que mais atrapalham do que facilitam meus movimentos (durante muito tempo tive complexo de minhas pernas das quais
robert dizia,com semas maldade, que pareciam da menina do chocolate meunier). talvez minha natureza cerebral tenha determinado que eu desse priorid prio ridade ade aos �rg�os situasituados na cabe cabe�a, o os s ol olhos hos e a boca. e pode mesmo ter havido um uma r re ela��o compens comp ensat at�ria entr entre e e eles les. . quando eu era muito pequena, elogiavam meus olhos grandes, que sobress sobr essa a�am por ser serem em m mararrom-escuro. depois, cresci, e meus olhos foram, proporcional-mente, perden per dendo do im impo port rt�ncia ncia em
meu rosto. rosto. na a adol dolesc esc�ncia, ncia,
foi uma grande ferida narc nar c�sea sea consta constatar tar q que ue as pe pess ssoa oas s j� n�o d dav avam am mu muit ita a im impo port rt�nc ncia ia a e ele les. s. en ent t�o transferi para a boca, que eu achava mais bem desenh des enhada ada, , um po poss ss�vel po pode der r de de a atr tra a��o. e a apr pren endi di a escancar escan car� -la, -la, aoos mes mesmo mo tempo que fechava olhos, ao menos em certas circuns circ unst t�ncia ncias, s, enq enquant uanto o meu traseiro ganhava impo import rt�ncia ncia nu numa ma rep epre res sent nta a��o fa fan ntasm�tica de mim mesma: sua rotundidade era ainda mais acentuada pela cintura marcada. este traseir tras eiro o que proj projeto eto s semp empre re mais mais em dire��o ao desconhe desconhecido cido do outback outb ack (� a express express�o utilizad utilizada a pelos pelos austral australiano ianos s para designa designar r 175 o dese desert rto o qu que e el eles es t�m �s suas suas cost costas as), ), quer quer dize dizer, r, em di dire re��o ao qu que e n�o posso ver realmente. um dia, jacques jacques me deu um cart cart�o postal reproduzindo reproduzindo um um estudo de picasso picasso para l les es demoiselles d'avign d'av ignon: on: um uma a mulh mulher er de cos costas tas, , o dorso em em forma forma de tri�ngulo ngulo is�sceles, sceles, a bunda bunda desttacandose vivamente sobre duas coxas grossas. meu retrato, segundo ele. meu traseiro, traseiro, outra face face de mim mesma. mesma. claude dizia dizia que "minha "minha cara n�o era fa fant nt�st stic ica, a, mas que que bunda!". bunda!". q quand uando o estamos estamos em a��o, gosto gosto que jacque jacques s chame chame indifere indiferentem ntemente ente de "rabo" toda a parte parte de ba baixo ixo de meu corpo corpo que que ele penetr penetra, a, e que que acompanh acompanhe e as declara declara��es de amor que ele faz com francas palmadas na bunda. pe�o sempre. "brinque com meu rabo" � um dos meus pedidos pedi dos mais mais fre freq q�entes. entes. em respos resposta, ta, ele ele pega cada cada uma uma de minhas minhas n�degas, degas, sacode sacode sua massa � � pl stica stic a t o rude rudement mente e como se estiv estivesse esse baten batendo do duas duas montanha montanhas s de creme creme de leite. leite. se ele finaliza o trabalho trabalho escor escorreg regando ando p por or tr�s seus dois dois dedos dedos junto juntos s em forma forma de cabe cabe�a de pato, para abrir o bico, quer dizer, os dedos no corredor estreito que vai do rego da bunda � abertura da boceta, minha excita exc ita��o � tamanh tamanha a que quase quase n�o po posso sso mais mais esper esperar ar pelo pelo pau. pau. uma vez fodida, fodida, posso, de de minha parte, parte, ser capaz de de uma ativid atividade ade fren�tica. de quatro ou deitada deit ada de l lado, ado, movi moviment mento o energi energicame camente nte a articu articula la��o da cintura, cintura, e a repercus repercuss s�o das bombadas vigorosas e regulares dos meus quadris leva � interpene tra��o fant fantas asm m�tic tica a de mi minha nha bo boca ca e do meu meu se sexo. xo. pe pergu rgunto nto se "chupei" bem o pau com minha xoxota. "ser� que vou sugar bem toda a sua porra?" uma resposta simples � o suficiente para me estimular: a que liga meu nome � parte em que me sinto comple tamente integrada - "oh. catherine! teu rabo, teu rabo...." �
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tamb�m muito estimulante estimulante saber que examinam atentamente atentamente
uma par parte te que que n�o posso posso ver. ver. para para isto, isto, mais mais do do que que uma uma ilumin ilumina a��o ge geral ral, , � prefer pref er�vel uma uma luz di dirigi rigida, da, como como a de uma lumin�ria da mesa-de-cabecei mesa-de-cabeceira. ra. muitas vezes vezes sugiro sugiro o uso de uma lanterna. lanterna. com uma olhadela para tr�s, capto capto o olh olhar ar daquele daquele que que examina examina a fenda fenda entre entre as n�degas degas e assisto assisto ao desaparecimento de seu precioso ap�ndice. ndice. a antes ntes de qual qualquer quer coisa, coisa, conto conto sempre sempre com a descri descri��o que que ele ele faz, faz, por por mais literal e gasta que seja. "voc vend vendo o bem meu rabo?" "estou, "estou, ele � bonito. bonito. ele engole engole bem o pau. ah, o � est filho da � puta, ainda querrabo?" mais... mais ..." " quan quando do h� um esp espelho elho por por perto, perto, fico fico de perfi perfil l e vigio vigio a imers imers�o e a emers emer s�o do que par parece ece ser um peda ped a�o de mad madeir eira a fl flutu utuan ando do ao sabor sabor das das onda ondas. s. por por prefe preferir rir as as sensa sensa��es experim expe rimenta entadas das n ness essa a reg regi i�o, a posi pos i��o de q quat uatro ro f foi oi du duran rante te muit muito o tempo tempo minha minha prefe preferid rida, a, at at� que que acabe acabei i reconhecendo - sempre acabamos sendo sexualmente honestos conosco mesmos, mas � claro que isto pode levar tempo - que, se ela permitia ao pau met meter er fundo fundo e for forte, te, n�o era, era, no entan entanto, to, o modo modo de pene penetra tra��o que que mais mais me agradava. em outras palavras, depois de investir contra o pau com os quadris, e depois de ter sido, alternadamente, martelada e sacudida como um velho trapo de pano, gosto de ser virada e fodida classicamente. o prazer de expor meu traseiro n�o data de ontem. com seis ou sete anos, eu j� o mostr mostrav ava a pa para ra meu irm�o em um jogo que que retomava em parte o procedimento procedimento utilizado para para me masturbar. masturbar. com a saia saia a arre rrega ga�ada ada, , eu esfregava minha calcinha da racha at� a regi regi�o entre entre as c cox oxas as e projet projetava ava, , ao m�xi ximo, mo, mi minha nha bunda bunda para fora do pequeno banco onde estava sentada. eu esperava, assim, assi m, que meu irm�o ro�asse minhas minhas costa costas. s. a gra�a estava estava no fato fato de fingi fingirmos rmos: : eu que estava com a bunda de fora por estouvamen to e, ele, que ro�ava nela nela por descuido descuido. .
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acredito que que existe uma sintonia entre entre as car�cias, porque porque sempre correspondi correspondi � expectativa dos homens que tinham sensibilidade no rabo. falei daquele amigo que ficava de quatro quat ro e que eu mastu masturbav rbava a at� que meu meu bra�o e meu ombro ombro ficasse ficassem m paralisa paralisados dos pela pela dor. outro amigo, um dia, sem me prevenir colou o rabo em meu nariz. isto aconteceu no in�cio de de nossa noss a rela rela��o, e ele le se c compo omportav rtava a com com pudor, pudor, e tive tive de de vencer vencer sua resist resist�ncia para chu hup p�-lo. mas, mal abocanhei abocanhei seu pau, pau, ficou com com o corpo completamente completamente r�gido, fez uma uma meiavolta sobre si mesmo mesmo e, para minha minha surpresa, surpresa, ofereceu-me ofereceu-me suas n�degas resolutas. resolutas. foi mu muit ito o mai mais s f�cil atingir o buraco de seu cu do que seu pau. no entanto, quando me levantei, parece-me que ele estava estava com com a mesm mesma a express express�o severa severa e reprovad reprovadora ora de quando quando tente tentei i chup�-lo.
em seguida,
adotei adot ei o h�bito de expl explorar orar o corpo corpo dele at� suas suas mais mais �nfimas nfimas parte partes: s: nunca lamb nunca lambi, i, beij beijei ei, , mor mordis disque quei i tanto tanto algu algu�m, desd desde e o l�bulo bulo da orel orelha ha at at� o ligame lig amento nto inst inst�vel dos test test�culo culos, s, p passa assando ndo pelas pelas depres depress s�es delic delicadas adas da axila axila, , das das dobras dobras do bra bra�o e da virilha. trat tratav avaa-se se da ocup ocupa a��o s sis iste tem m�ti tica ca de um terr territ it�ri rio, o, qu que e eu eu dem demar arca cava va atra atrav v�s de de pequenas escarra esca rradas das a alg alguns uns cent cent�metros metros de dist dist�ncia para para que que a saliva saliva tivesse tivesse o tempo tempo de escorrer, l�mpida mpida, , se send ndo, o, p por or�m, u um m sina sinal l de sujei sujeira ra. . ser� que � pelo fat fato o d de e terem terem se interes interessado sado menos menos pelos pelos meus meus seio seios, s, que t�m uma nature nat ureza za m mai ais s li linf nf�tic tica, a, e tamb tamb�m pelo pelo fat fato o de eu n�o pens pensar ar em ofer oferec ec�-l -los os � vi vis s�o e �s ca car r�cias cias que que ac acho ho fastidioso ter de excitar os mamilos de meu parceiro? muitos homens pedem que eu "brinque com o peito deles" e esperam mes mo, � guisa de afagos, belisc�es e mordidas nessas zonas delicadas. delicadas. fui freq�ente entement mente e recrimi recriminad nada a por n�o beliscar beliscar forte forte o suficien suficiente, te, quando quando j� estava estava com as m�os dolorida doloridas s de tanto tanto apertar apertar os mamimami 178 los entre os dedos. afora o fato de que, em meu campo de puls�es, a puls puls�o s�dica ser a menos menos desenvo desenvolvid lvida a de todas, todas, n�o consig consigo o encont encontrar rar em mim mim mesma mes ma aassim ress resson on ncia a do no que me diz respeito, prefiro que me envolvam com um �nci prazer provocado. gesto largo, tocando de leve todo o meu peit peito, o, o que � mais agrad agrad�vel no per�odo do ciclo ciclo em que os seios seios ficam ficam um pouco mais pesados porque, porq ue, ent ent�o, sinto-o sinto-os s estreme estremecer cer doceme docemente. nte. n�o gosto gosto que os aperte apertem m nem que os os be beli lisq sque uem. m. a exci excita ta��o dos meus mamilos mamilos est� reservada reservada para mim mesma, mesma, sobretudo sobretudo para sentir sentir sua dureza dureza e rugosidade sob minhas palmas palm as lisas. lisas. m mas, as, n na a intimid intimidade, ade, propo proporcio rciono no a mim mim mesma mesma uma sensa sensa��o de contraste ainda mais vivo: agachada cha da ou em em pos posi i��o fetal fetal, , esfreg esfrego o meus meus seios seios com com minhas minhas cox coxas, as, e est esta a car�cia � perturbadora: parece que minhas min has cox coxas as s�o es estra tranh nhas, as, que que n�o me per perten tencem cem, , que a car�cia vem vem de fora fora e, a cada vez, me derreto surpreendida com sua pele aveludada. a prop�sito da da proc procura ura de desse sse contraste contraste entre o �spero e o macio, o corre-me corre-me uma uma lembra lem bran n�a de de u uma ma de minh minhas as prim primei eira ras s em emo o��es er�tica ticas. s. me meu u irm irm�o e eu �amos amos pass passar ar f�rias rias na ca casa sa de amigos de meu pai, que tinham tinh am muit muitos os n neto etos s co com m quem quem brinc brinc�vamos. vamos. um um dia, dia, o av� ficou ficou doen doente te e fui visit visit�lo em seu quarto. eu estava sentada na beirada beirada da cama, cama, ele come�ou a deslizar os os dedos sobre sobre meu rosto, rosto, analisando-o. observou que eu tinha o �ngulo do maxilar muito fino mas, chegando � altura do pesco�o, fez um di diag agn n�st stic ico o de de b�ci cio o par para a o futu futuro ro. . aque aquela las s obse observ rva a��es contrad cont radit it�rias rias me pert perturb urbaram aram. . depois depois, , passan passando do a m�o sob sob minha minha blusa, blusa, ro ro�ou os os seios que apenas � despontavam. despontav am. e como eu estava e stava com o b busto usto im vel, perplexa, perplexa, ele disse disse que, quando quando eu me tornasse uma mulher, eu iria gostar muito que acariciassem assim os
peitos peit os . eu fiqu fiquei ei i im m�vel, vel, mexia mexia talvez talvez apenas apenas a cabe�a, que que
virava para a parede, como como se n�o entendesse entendesse o que estavam estavam me dizendo. dizendo. as calosid calo sidades ades de su sua a m�o grossa grossa quase quase esfolavam minha 179 pele. pela primeira primeira vez, vez, tive consci consci�ncia do enrijecimento enrijecimento dos dos bicos dos seios. seios. escutei a profecia. de uma hora para a outra, eu era conduzida ao umbral de minha vida de mulher e fiquei muito orgulhosa. orgulhosa. uma crian�a forja seu poder poder no enigma enigma de sua vida vida futura. embora muito confusa com o gesto para o qual ainda n�o tinha resposta, resposta, eu mergulhava mergulhava de novo novo o olhar em dire��o �quele quele ho homem mem que estava estava deit deitado, ado, de quem quem eu gosta gostava va muito muito. . ele ele inspir inspiravaavame piedade, porque sua mulher era impotente e obesa, tinha as pernas cobertas de feridas que supuravam. ele, dia e noite, trocava meticulosamente os curativos. ao mesmo tempo, seu rosto acinzentado e seu nariz grumoso me davam vontade de rir. desvencilliei-me lentamente. � noite, contei contei o epis�dio para uma de suas netas netas que dormia na na mesma cama que que eu. havia acontecido acontecido com ela ela a mesma coisa. coisa. fal�vamos, olho olho no olho, como como se med med�ssem ssemos os uma uma no olha olhar r da outr outra a a di dime mens ns�o de noss nossa a descob descobert erta. a. sab sab�amos amos que o av� fi fizer zera a uma uma coisa proibida, mas o segredo que ele partilhara conosco era mais valioso do que uma moral cujo sentido sent ido n�o era era, , de qua qualque lquer r maneira, maneira, muit muito o claro claro para n�s. uma vez vez em que que quis, quis, tam amb b�m co com m orgulho orgu lho, , qu quase ase que por bravata, bravata, falar falar de minhas minhas mastu masturba rba��es n no o confes confession sion�rio, a rea��o do padre padr e foi foi t�o de desap saponta ontadora dora - n�o fez fez nenhum nenhum coment coment�rio e me me mandou mandou rezar, rezar, como como de costume, algumas ave-marias e alguns pais-nossos - que passei a desprez� lo. imagine, contar para ele que fiquei perturbada porque um velho pegou em meus seios! � se vejo que o olhar olh ar de um homem hom em se det mesm que seja por meio segundo, no lugarm, emmesmo queosuponho que meu suti� esteja este ja for�ando a casa do bot�o de minha minha camisa, camisa, ou, o que � mais comum, se meu interlocutor me olha fixamente demonstrando 180 estar pensando em outra coisa que n�o seja o tema da conversa, re fugio-me exatamente no mesmo comportamento modesto daquele primeiro exame feito pe pelo lo av�. Por Por es esta ta ra raz z�o, em meu guarda-r guarda-roup oupa a n�o h� nenhum nenhum vestid vestido o com decot decote e profundo profundo e nenhu nenhuma ma roupa roupa muito colante. este pudor se estende a meu grupo. se se estou sentada sentada no sof� de uma sala, sala, ao lado de uma uma mulher indecente, costumo, por reflexo, puxar puxar a barra de de minha saia e encolher o peito. peito. nessas nessas circunst�ncias, meu mal-estar se deve tanto � impres imp ress s�o de que que, , por uma uma esp�cie de osmos osmose, e, � minha minha pr�pria pria an anato atomia mia qu que e el ela a � desvela, minha tend �ncia, nciaquanto , j� desc descrita rita, , de de radica radicaliza lizar r sem sem esper esperar ar os os pre pre�mbulos mbulos sexuais: sexuais: em outras palavras, ao me endireitar,
me cont contenho enho para n�o me meter ter a m�o entre entre os dois peitos peitos desco descobert bertos os e desnud desnud� los inteira inte irament mente. e. p por or�m, dura durante nte
muito tempo, muito tempo, n�o usei r roupa oupas s de baixo. baixo. esquec esqueci i a raz�o pela qual deixe deixei i de usausalas. certamen certamente te n�o er era a para para obedecer a uma uma palavra de de ordem feminista, feminista, que determinav determinava a que o suti� fosse jogado �s urtigas, porque nunca aderi a essa filosofia, mas era talvez porque, assim mesmo, dentro do mesmo esp esp�rito rito e eu u n�o qu quis ises esse se rec recor orre rer r a um aces acess s�rio de s sedu edu��o. bem entendid entendido o que que o resulta resultado do podia podia ser inverso: inverso: o peito peito que se adivinha livre sob a roupa � t�o excitante quanto o valorizado por uma armadura, mas ele o � naturalmente. ao menos, eu acreditava me garantir contra a suspeita suspeita de que pudesse ter uma uma estrat�gia de conquistadora. conquistadora. da mesm mesma a maneir maneira, a, e eu u n�o levava leva va em c consi onsidera dera��o a conveni conveni�ncia do uso uso da da calcin calcinha. ha. durante durante quantos quantos anos anos sujeitei-me a limpar todas as noites, por higiene, a parte parte interna interna entre as pernas pernas da cal�a comprida usada usada durante o dia, ao passo que teria sido mais simples colocar uma calcinha calcinh a na m�quin quina a de lavar? lavar? eu eu achava, achava, ao contr contr�rio, mais simples usar diretamente sobre a pele todas as outras roupas.
explicitamente, isso me era ditado por um certo minimalismo, quase um func funcion ionalis alismo: mo: um o p princ rinc�pio segundo o qual 181 corpo corp o livre livre n�o tem de se embara embara�ar com ornam ornamento entos, s, e mais mais ainda ainda porque porque ele ele j� est est� pron pronto to sem sem que precis precise e pass passar ar por p preli relimin minares ares, , cuidados cuidados com com as rendas rendas ou a manipu manipula la��o de fech fechos os de suti suti�. em resumo, n�o suporto o olhar olhar do conqu conquistador istador que despe despe com o olhar. olhar. mas, se � para se despir de verdad ver dade, e, mel melhor hor faz faz�-lo de um um s� ge gest sto. o. a estrada percorrida pelo olhar subjetivo � cheia de contrastes! como uma estrada de montanha entrecorta entrecortada da por t�neis, passamos passamos direta direta e brutalmente brutalmente da obscuridade obscuridade � luz, da luz � obscuridade. eis-me explicando que prefiro manter coberto tudo que � comum desnudar, enquanto aqui mesmo nestas nestas p�ginas exponho exponho uma intimidade intimidade que a maior maior parte das das pessoas mant�m em em segredo segr edo. . n�o � preciso preciso dizer dizer que, a exemplo exemplo da psican psican�lise que nos ajuda ajuda a abandonar no meio do caminho alguns alguns farrapos farrapos de n�s mesmos, escrever escrever um livro livro na primeira primeira pessoa acaba acaba por por rele releg g�-la -la � terceira pessoa. quanto mais detalho meu corpo e meus atos, mais me separo de mim mesma. quem se reconhece nesses espelhos de aumento que mostram as bochechas e o nariz como vastas terras cheias de rachaduras? acontece que o gozo sexual instaura o mesmo tipo de dis ist t�ncia porque por que, , com como o se d diz iz, , ele faz com com que que voc voc� saia saia de si mesmo. mesmo. talvez talvez a rel rela a��o seja seja mesmo � � estrutural estrutura l e a dist ncia comande o gozo da mesma maneira que ela comandada comandada por ele, ao menos para a categori categoria a de pessoas pessoas � qual perten perten�o.
porque, e este � o ponto onde queria chegar, aquela que descrevi incomodada por um olhar insistente, hesitante em vestir uma roupa sugestiva, a mesma mesm a ali�s que emb embarca arcava va �s cegas em aventuras sexuais em que os parceiros n�o tinham rosto, � a mesma que tem tem u um m pra praze zer r inc incon onte test st�vel vel em em se se exp expor or, , com com a con condi di��o de de que que ta tal l exp expos osi i��o sej seja a distanciada, obje objeto to de u uma ma o ope pera ra��o espe especu cula lar, r, 182 de relato. nessa nes sa que quest st�o, a image imagem m e a li lingu nguage agem m s�o c�mplice mplices. s. se � de ta tal l maneir maneira a estimulante medir num espelho, quase quase centimetricamen centimetricamente, te, a quantidade quantidade de carne carne que sua pr�pria carne pode engolir, � porque o espet espe t�culo � tamb�m pretexto pretexto para coment coment�rios. rios. "nossa! "nossa! como ele desliza desliza bem, como ele vai longe!" "espere, vou deix deix�-lo na beira beirada da para para que voc voc� o veja bem, bem, depois depois vou vou te foder foder..." ..." uma uma forma form a de di�logo que j jacq acques ues e eu adotamos se caracteriza caracteriza por seu modo puramente puramente factual. se o vocabul�rio � cru e limitado, � menos para su supe pera rarm rmos os um ao ou outr tro o na na pro provo voca ca��o do do que que pe pela la pr preo eocu cupa pa��o com com um uma a des descr cri i��o exa exata. sab sabe et� c como omo �a? est estta. � molh movoc lhad ada? est es ench enchar arca cada da at� as coxa coxas, s, e o pe pequ quen eno o cli clit t�ris ris est est� todo todo inchado." "este rabo, como mexe bem! bem ! ele ele t� que queren rendo do o p pau? au? t� quere querendo ndo." ." "est "est� bem, bem, mas eu eu ainda ainda quero quero passa passar r a cabe cab e�a do pau pau no peque pequeno no clit�ris. posso bater bater uma punheta punheta em cima dele?" "pode, "pode, e depois vamos vamos meter no no rabo rabo!" !" "est "est� bem. bem... .." " "e "e voc voc�, est� bom bom para para o seu seu pau?" pau?" "est "est�, ist isto o � muito muito bo bom m pra ele". ele". "t� es estic ticand ando o bem bem os colh�es tamb�m?" "t�, isto, chupa bem os colh�es, ah, isto! isto! mas ainda vamos vamos foder bastante esta esta boceta!" e a troca prossegue em um tom que permanece, permanece, mesmo quando quando nos aproximamos aproximamos da conclus�o, bastante bastante pausado. na na medi medida da em q que ue n�o vemos e nem sentimos a mesma coisa ao mesmo tempo, cada um se dirige ao outro com o objetivo, de uma �� � � certa cer ta mane m aneir ira, a, d de e c comp omple letar tar su sua a info in forma rma o. pod p oder er amos amo s dizer di zer qu que e tamb ta mb m somos somos como como dois dubladores, o olhar olha r ancorad ancorado o na tel tela a em que seguem seguem a a��o dos person personagen agens s a quem quem eles empresta emprestam m a voz: com nossas nossas palavra palavras s subst substitu itu�mos os protago protagonist nistas as desse desse filme pornog pornogr r�fico que que se desenro dese nrola la sob no nosso ssos s olho olhos s que s�o rabo, rabo, boceta boc eta, , co colh lh�es e pau pau. .
o relato relato coloca coloca o cor corpo po em peda peda�os, satisf satisfazen azendo do a necessi necessidade dade de de reific reific�-los, -los, de � instru ins trumen mental taliz iz -los. a c�lebre lebre cena cena -lo e em m s. 1 183 83 o desprezo, de godard, em que piccoti percorre, palavra por palavra, o corpo de
bardot, � uma bela bel a tran transpo sposi si��o d dest este e vaivai-ee-vem vem en entre tre vis vis�o e palavr palavra, a, e esta esta �ltima ltima enfati enfatiza za
ininterruptamente o foco sobre sobre os os peda�os de cor corpo. po. quant quantas as vezes, vezes, na trepada trepada, , n�o exclamam exclamamos os "olhe!" "olhe!" � claro que temos, temo s, ent�o, todo todo o te tempo mpo para para usufr usufruir uir de uma uma vis�o muito muito pr�xima, xima, mas mas aconte acontece ce tamb�m de de recuarmos para para termos uma uma vis�o melhor, assim assim como fazemos fazemos nas salas salas de um museu. museu. enquanto nos despimos, adoro contemplar de longe o cacete promissor. segundo a lei da teoria gestalt, ele me da parece enorme proporcionalmente ao corpo - que se encontra quase fragilizado por sua seminud semi nudez ez �s vezes vezes um p pouco ouco ris�vel e por por seu seu isolamen isolamento to rid rid�culo no meio meio do c�modo modo - e em m tod todo o caso, caso , bem maior maior do do que s se e eu n�o tivesse tivesse nada nada al�m dele dele diante diante dos olhos olhos. . da mesma mesma maneira, pode acontecer acontecer que eu saia saia do jogo sem sem avisar, para para ir ficar de p�, de costas, a dois metros de dist dist�ncia ncia, , a as s m�os cola colada das s nas nas n�dega degas s par para a sep separ ar�-l -las as ao m�ximo ximo e col coloc ocar ar sob sob o �ngul ngulo o de vis vis�o, em uma mesma linha de fuga, a cratera amarronzada do buraco do cu e o vale carmesim da vulva. como quand quando o um co convit nvite e ganha ganha a conota conota��o de uma necessid necessidade, ade, da da mesma mesma forma forma como se diz: "voc prec isa pr prova ovar estas s frutas", frutas", eu eu digo: digo: "voc "voc� precisa precisa ver ver o meu rabo. rabo." " e � precisa porque tornamos as r esta coisas mais pitorescas pitorescas quando as animamos, animamos, eu estreme�o. mostrar meu rabo e ver meu rosto. poucos prazeres se
igualam igualam a essa dupla dupla polariza polariza��o. o disposit dispositivo ivo do banheiro banheiro �
ideal; enquan ideal; enquanto to o l lavab avabo o oferec oferece e uma posi��o perfeit perfeita a que ajuda ajuda a amortecer as estocadas estocadas recebidas no traseiro, percebo atrav�s do
espelho que est� acima dele, cruamente iluminado, iluminado, um rosto, que,
ao contr�rio da parte parte de baixo baixo do corpo corpo totalmente totalmente mobilizada, mobilizada, se se desfaz. as bochechas bochechas est�o afundadas afundadas e a boca aberta � maneira da 184 de um aut�mato cujo mecanismo mecanismo no fim da corrida deixa bruscamente em suspense. suspense. poderia poderia ser o rosto rosto de uma morta morta se n�o fosse um olhar, olhar, que assim que cruza com o meu, � de insuste insustent nt�vel fraque fraqueza. za. ao mesmo mesmo tempo tempo que que o encubro, encubro, baixan baixando do as p�lpebras lpebras eu o procuro. ele � o ponto de refer refer�ncia; ncia; agar agarrand rando-me o-me em em seu reflex reflexo o estabele estabele�o esta certe certeza: za: eis-me eis-me gozando goza ndo. . ele � o sif�o por onde onde se esvai meu ser; ser; n�o posso me re reconhecer conhecer em um tal relaxamento, relaxamento, e mesmo, mesmo, com um sentimento de vergonha, eu o recus recuso. o. assim assim o pra prazer zer se mant mant�m sobre sobre um um cume: cume: como como a mul multip tiplic lica a��o de do dois is n�meros, meros, nega negativo tivos s r resul esulta ta em um n�mero posi positivo tivo, , este prazer prazer � o produto produto n�o, como �s vezes vezes se diz, diz, de uma � ausconj ncia nc ia de sido me mesm smo, o, mbre ma mas s dest da co njuga uga ��o vislu vislumb re desta a aus�ncia ncia e do horr horror or que, que, num num sobres sobressal salto to da consci cons ci�ncia, ncia, ela susc suscita. ita.
algumas vezes algumas vezes, , cond conduziuzi-me me sozinha sozinha at at� essa vol vol�pia, em em um entreato entreato duran durante te minha minha toalet toa lete. e. p pon onho ho u uma ma m�o
sobre a beirada do lavabo, masturbo-me com a outra, e me vigio com o canto dos olhos olho s atrav atrav�s do espe espelho. lho. um filme film e pornogr pornogr�fico me imp impress ressiono ionou u muito. muito. o homem homem comia comia a mulher mulher por por tr�s. a c�mera esta estava va di diant ante e del dela, a, de tal maneira que seu rosto rosto ocupava o primeiro primeiro plano. plano. regularmente, regularmente, sob a press�o que sofria todo o corpo, o rosto era projetado projetado para para a frente e se se deformava como como todo objeto objeto muito pr�ximo da objetiva. escutava-se as inju injun n��es home homem: m: "olh "olhe! e! olhe olhe a c�mera mera", ", e o olha olhar r da da mo mo�a ca ca�a dir diret etam amen ente te dentro do do nosso. pergunto-me se ele n�o puxava puxava os ca cabelo belos s dela para para que que ela levan levantass tasse e melhor melhor a cabe cabe�a. inspiro-me bastante nessa cena para as pequ pequenas enas hist�rias que sustenta sustentam m minha minhas s mastur masturba ba��es. na realidad realidade, e, um um homem homem que encontrei apenas uma vez me proporcionou um prazer de uma intensidade da qual guardo guardo lembran lembran�as muito precisas, precisas, isto porque, porque, a cada estocada de seu pau, ele me pedia instantaneamente: "olhe
dentro dos meus olhos." eu me rendia, sabendo que ele era a tes temunh tem unha a da decom decompo posi si��o de me meu u rosto rosto. . 185 185 a fac facu ulda dade de de a ab bsor��o um dos def defei eitos tos dos dos filme filmes s po porn rnogr ogr�ficos ficos � o de fazer fazer uma repre represen senta ta��o estereotipada do orgasmo: o gozo gozo vem sistematicame sistematicamente nte ap�s estocadas estocadas redobradas, redobradas, com os olhos olhos fechados, a boca aberta, dando gritos. ora, existem orgasmos que se desencadeiam na imobilidade, ou no sil sil�ncio ncio, , e que vemos chegar chegar e acontecer. acontecer. recorremos recorremos mais aos aos clich�s da vida comum comum e dos filmes, quando queremos estimular estimular ou provocar provocar o desejo. desejo. s�o mais ou menos menos as mesmas palavras, palavras, obscenas ou n�o, que que v�m � boca boca de to todos dos. . freq freq�entem entemen ente te os homens homens so solic licita itam m a re refer fer�nc ncia ia a seu sexo e serem chamados pelo nome ("voc pelo ("voc� quer um bem gr grosso? osso? resp responda", onda", "me chama, chama, anda, anda, me chama"), ao passo pass o que as mulher mulheres, es, me mesmo smo as que que t�m um esp�rito mais mais indepe independen ndente, te, perman permanecem ecem propensas � sujei suj ei��o, at� imp implo loram ram ge gesto stos s que re resul sultar tariam iam em fe ferid ridas as ho horr rr�veis veis ("me ("me arrebenta", "mais! ah, me rasga!"). vendo vendo um v�deo em que massageio massageio meu p peito eito espalhando espalhando a porra porra que acaba de ser lan�ada, ada, perg pergunto unto-me -me se n�o repito repito um gest gesto o visto visto dezenas dezenas de vezes vezes nos nos filmes. filmes. o jato � menos espumante do que nos filmes mas, no entanto, � espetacular; a porra faz minha pele bril brilha har. r. ser ser� que os homens homens e as m mulhe ulheres res tinham tinham a mesma mesma ret�rica e o mesmo mesmo gestual gestual er�tico, tico, segundo os mesmos mes mos esq esque uemas mas, , antes antes da inven inven��o do cinema cinema? ? po por r�m, quanto quanto mais mais vivo vivo � o go gozo zo, , cinema existe. emenos o que constato. quanto mais ascendente � o prazer, menos me poupo. poupo. al�m dos movimentos movimentos da bacia,
mexo as pernas e os bra�os. deitada de costas, esporeio a bunda e as pernas de meu parceiro. depois, fico mais calma. viro um
pacote de carne inerte inerte sobre sobre o qual o outro se encarni�a. a voz se tran transf sfor orma ma. . j� n�o se fala fala tant tanto, o, o di�lo logo go � ma mais is lac lac�ni nico co. . digo digo 186 "sim, sim, sim" �s vezes acompanhando um movimento de cabe�a de um lado lado para para o ou outro, tro, ou ou ent�o repito repito "contin "continue, ue, conti continue" nue". . e, de repente, a voz se torna mais clara, sonora, sono ra, com com a qua qualida lidade de de articu articula la��o e a autorida autoridade de de um ator que que aprende aprendeu u a colocar sua voz, e as palavras se espa espa�am, as s�laba labas s escand escandidas idas, , "con-t "con-tinuinu-e". e". as vezes vezes o sim sim toma-s toma-se e um n�o e, em certas esconde esco ndendo ndoimagens, o rost rosto o vejo-me co com m as m�os. eu n�o teri teria a a prof profiss iss�o que que te tenho nho, , e, e, ali ali�s, n�o seri seria a capa capaz z de reunir reunir hoje hoje toda todas s estas est as nota notas, s, se e eu u n�o tivesse tive sse algum algum d dom om pa para ra a observ observa a��o. um dom dom que se exerce exerce melhor melhor ainda ainda quand quando o acompanhado de um supereg supe rego o s�lido lido. . n�o me deix deixo o levar levar facilmen facilmente te e, mesmo mesmo nos moment momentos os que devem devem ser ser de abandono, sempre estou esto u vigilan vigilante. te. po portan rtanto, to, sempre sempre prest prestei ei uma grande grande aten aten��o em meus parce parceiros iros, , evidentemente apenas nos que tinham tin ham ide ident ntida idade, de, mas n�o impo importa rtand ndo o qual qual fo fosse sse o n�vel de minha minha rela rela��o com com eles eles, , s se e la�o pr prof ofun undo do e dur dur�ve vel l ou liga liga��o passa passage geira ira. . es esta ta at aten en��o deve deve perten pertencer cer � mesma mesma estrut estrutura ura pe perce rcepti ptiva va de mi minh nha a conc concen entr tra a��o dian diante te de um quadro, quadro, ou da faculdade faculdade que tenho, tenho, no metr�, no restaurante restaurante ou em uma uma sala de espera, de mergulhar verdad ver dadeir eirame amente nte na con conte templ mpla a��o de meus meus vizi vizinho nhos s ou vi vizin zinhas has de cade cadeira ira. . aten aten��o que acompanhou meu savoir-faire. gabo-me de ser bastante experiente e a conquista desta qualidade se deve ao fato de sempre ter avaliad aval iado o o efei efeito to de mi minhas nhas inici iniciativ ativas. as. como como j� foi dito dito no in in�cio deste deste cap�tulo, tulo, cole colei-me i-me es espont pontanea aneament mente e na pele dos outros para tentar experimentar experimentar o que eles experimentavam. experimentavam. n�o � apenas uma man maneir eira a de fal falar; ar; j� me surpreendi, retomando por mimetismo, tiques e exclama excl ama��es de um e de outro. outro. o que que vale vale dizer dizer que, que, muitas muitas vezes, vezes, deixei deixei o meu meu pr�prio prazer em segundo plano. demorei muito, muito, antes de identi ide ntific ficar ar as c car ar�cias cias e as posi posi��es que que mais mais me agra agradav davam. am. arri arrisca scaria ria uma uma expl explic a co rpo apt apto para a ��o: o prica praz azer er n�oum mecorp foi fo io18 187 7 o par dado de bandeja. antes foi preciso que eu me entregasse literalmente de corpo perdido � atividade sexual, que eu esquecesse de mim a ponto de me confundir com o outro, para, depois de uma muda de pele, tendo tendo me despojado despojado de meu corpo corpo mec�nico recebido recebido no nascimento, nascimento, endossar endossar um segundo corpo corp o capaz capaz tant tanto o de rec receber eber quant quanto o de dar. dar. na espera, espera, absorv absorvi-me i-me na na observa observa��o de muitos corpos e muitos rostos! com algumas algumas exce��es, lembrolembro-me me quas quase e com com exatid exatid�o do corpo corpo de meus meus princi principais pais parceiros, parceiros , e tamb�m do que sua fisionomia fisionomia re revelava velava no momento momento em que a outra parte parte de seu ser estava ausente. de a essas imagens ligam-se os gestos convulsivos e as particularidades de linguagem cada cad a um. um. a ob obser serva va��o n�o resul resulta ta imedi imediata atamen mente te em um um julga julgamen mento to mas, mas, se se �
escrupulosa, ela mant man t�m a cons consci ci�ncia ncia dent dentro ro de um padr padr�o de obje objetiv tivida idade. de. eu eu poder poderia ia estar estar
seduzida pela beleza f�sica sica de um um ho homem mem, , mas isto isto n�o quer quer dizer dizer que que n�o ident identifi ificas casse se defei defeitos tos que que acabavam com qualque qual quer r fasc fascina ina��o. por ex exempl emplo, o, um rosto rosto mais mais para redon redondo, do, enfeit enfeitado ado com com dois olhos amendoados, amendoado s, mas que, visto visto de perfil, perfil, revelava revelava uma cabe�a singularmente singularmente achatada achatada atr�s e me lembrava uma bola amassada. por um pequeno pequeno deslocamento deslocamento no no �ngulo de vis vis�o, aquele aquele cuja figura podia ser comparada com um retrato renascentista, tinha apenas um pouco mais de espessura do que o quadro. percorrendo de novo uma galeria de retratos, eis que percebo uma falha em minha mem�ria ria e em me meu u senso senso de obs obser erva va��o: para paradox doxalm alment ente, e, um hom homem em cuja cuja bele beleza za me seduziu particularmente, ticularme nte, o �nico ali ali�s que era mais mais jovem jovem do que eu entre todos os que que com quem quem conv conviv ivi, i, n�o me deixou deixou nenhum nenhuma a lemb lembran ran�a de ordem ordem sexual. sexual. muitas muitas de de suas expres express s�es, atitud atitudes es e palavras v�m � minha minha cabe�a. nenhuma nenhuma delas delas que eu tivesse tivesse escutado escutado enquanto enquanto trep�vamos! vamos!
188 os homens ter ter�o sido poup poupados ados do risco risco de se romper, romper, quando a natureza natureza banh banha a de paz os seus rostos ap�s o es esfo for r�o m�xi ximo mo de se seus us m�sc scul ulos os? ? n�o pod poder er�am amos os di dize zer r que que el eles es ba baix ixam am o rosto como que para refresc�-lo sob uma fonte, fonte, no mom momento ento em que chegam chegam ao fina final l de uma corrida corrida que aqueceu seu corpo inteiro? muitos espelham espelham esta serenidade serenidade, , mas n�o o homem que parecia parecia com u um m retrato renascentista. ao passo que, em minhas lembran lembran�as, se suced sucedem em muitos daqueles daqueles rostos rostos apaziguados apaziguados - um que arredondava a boca e, por causa caus a de de um bigo bigode, de, tinha tinha o ar est�pido de uma uma crian crian�a embara embara�ada em seu seu disfa disfarce; rce; � um outro out rot� q que ue e esbo sbo sorriso sorr iso o t� nue ava que um poderia poderia signifi significar car um inc inc�modo e acompa acompanhar nhar as descu desculpas lpas de uma pessoa pudica surpresa
diante de u diante uma ma situ situa a��o i indec ndecent ente e -, no rosto rosto daquele daquele homem homem ordin ordinaria ariament mente e t�o liso, ao
contr�rio, contr rio, r reve evejo jo a m�scara scara de um uma a dor pr profun ofunda. da. teria teria sido sido pat�tico se, se, naquele naqueles s momentos momentos, , � excl exclam ama a��o d de e pr prax axe, e, " "vo vou u goza gozar! r! vou gozar! gozar!", ", n�o foss fosse e acrescen acrescentada tada esta esta outra: outra: "ah, "ah, meu deus!" deus!". . o que constit constitu u�a uma ri rid�cula in invoca��o a qual eu n�o pod podia ia deix deixar ar de pr pres esta tar r ate aten n��o. mas a cal calma ma p pode ode t tamb amb�m se con confun fundir dir com a indi indifer feren en�a. conh conheci eci um um homem homem t�o recolhido em si mesmo, mesm o, que se a au-s u-senta entava va de sua sua apar apar�ncia f�sica a ponto ponto de ela n�o exprim exprimir ir mais mais nada. seu corpo pesava inteiro sobre mim, � certo que ativo, mas impass�vel, como se ele o tivesse deixado comigo; pousava um rosto ausente contra contra o meu, enquanto, enquanto, acima acima de n�s, eu poderia poderia ter visto flutuar flutuar seu fantasma transportado pelo orgasmo. era o mesmo corpo que eu via quando ele se masturbava sem se preo cupar com cupar com a minh minha a p prese resen n�a, segun segundo do uma uma t�cnica cnica que que s� conheci conheci pratica praticada da por por ele. ele. deitad dei tado o de b bru ru�os, com o os s bra�os do do-
brados e apertados ao lado do corpo, ele pressionava seu sexo atra atrav v�s de cont contra ra��es im impe perc rcep ept t�ve veis is entr entre e as coxa coxas, s, qu que e er eram am 189 189 muito potentes. seu corpo era rechonchudo, mais avantajado ainda pela postura. eu, adepta experie expe riente nte do on onani anismo, smo, a admir dmirava ava a concen concentra tra��o com a qual qual ele conduzi conduzia a a coisa, coisa, protegendo de maneira maneira feroz feroz e te teimos imosa a o isolamen isolamento to mental mental que consti constitui tui a condi condi��o do gesto. gesto. quando fazemos amor algumas vezes com um homem, sabemos bem o momento em que ele "vai gozar", mesmo mesmo que ele n�o seja dos que anunciam anunciam em voz voz alta. talvez talvez o saibamos antes ante s dele dele atra atrav v�s de ind�cios que podem podem ser ser �nfimos: nfimos: talvez talvez porqu porque e ele ele a tenha tenha feito escorregar para par a uma uma pos posi i��o qu que e voc� sabe sabe que que funci funcion ona a como como um deto detonad nador or para para ele; ele; talvez talvez porque ele se cale cale, , q que ue s sua ua r res espi pira ra��o toma toma-s -se e perc percep ept t�vel, vel, apa apazi zigu guad ada a por por ante anteci cipa pa��o de al algu guns ns segundos. um amigo, amigo, garanh garanh�o imag imaginat inativo, ivo, eloq eloq�ente e inquie inquieto, to, que que me prendia prendia por por uma hora hora com as ma mais is in inac acre redi dit t�veis veis fa fabu bula la��es er�ti tica cas s e faz fazia ia co com m que que eu te tent ntas asse se as po posi si��es mais mais ac acro rob b�tica ticas s e os os subst substitu itutos tos mais improv improv�veis (pepino (pepino, , salsi salsich ch�o, garrafa garrafa de �gua mineral, mineral, cassetete branco e luminoso de policial, etc.), de repente, alguns segundos antes de gozar, tomava-se circunspecto. n�o impor importav tava a qua qual l fo fosse sse minha minha posi posi��o, el ele e me punh punha a debaix debaixo o dele, dele, meti metia a sem sem for for�ar muit muito o e substitu�a as palavras palavras por pequenos pequenos mugidos discretos. discretos. estava estava convencida convencida de que que aquela fase � � final fina l obedeci obedecia a a uma de decis cis o tomada tomada com todo todo conhec conhecimen imento to de causa causa e eu eu n o teria teria ficado surpresa ao ouvi-lo declarar:
"bem, chega de brincadeira, brincadeira, passemos �s coisas s�rias". depois
de esporrar, ele ficava um tempo em cima de mim, desfiando em meu ouvido ouvido um um "hi, "hi,hi,h hi,hi" i" que parec parecia ia um pequen pequeno o riso for for�ado, mas mas acredito acredito que que n�o o fosse, que era apenas sua maneira doce de nos fazer retomar retomar o p� na realidade. realidade. era o riso de quem ri primeiro primeiro procurando procurando cumplicidade e pedindo pedi ndo descu desculpas lpas p por or t�-la alicia aliciado do 190
em uma aventura imprevis�vel. e como para me despertar despertar
melhor de nosso sonho, antes mesmo de reabrir os olhos ele afagava afetuosamente mi minh nha a cab cabe e�a. da mesm mesma a man manei eira ra qu que e n�o me me des desag agra rada da esba esbarr rrar ar na de degr grad ada a��o ou ou na na abj abje e��o, po pois is isto alimenta minhas minh as fant fantasia asias, s, a assim ssim como nunca nunca tive tive repug repugn n�ncia em fazer fazer c�cegas cegas com com a l�ngua na dobra dobra de um �nus nus ("t� com cheiro de merda", escuto-me dizer, "mas � bom"), e que de bom grado fiz o pape papel l de "cad "cadela ela n no o cio cio", ", n�o sinto sint o avers ave rs �o, longe lon ge dis disso, so, se posso posso encher encher meus meus olhos olhos com a vis vis�o de um corpo corpo um um pouco degradado. sim, acho agrad agrad�vel abr abra a�ar um um corpo corpo inteiram inteiramente ente r�gido como um pau bem lustrad lustrado, o, mas mas da mesma maneira me agrada agra da esco escorreg rregar ar s sob ob a pan�a pendu pendurada rada de um um homem homem que espera, espera, em uma uma posi posi��o de f�mea, mea, que que eu venh venha a ordenh�-lo com a boca. boca. sim, gosto do do jeito daqu daquele ele que tem o cuidado cuidado de abrir; abri r; com com dois d dedos edos de de cirurgi cirurgi�o, os l�bios da vulva, vulva, e que fica um um tempo admirando admirando o que descobre descobre como como um conhecedor, conhecedor, antes de me masturbar com uma prec precis is�o inusitad inusitada, a, que logo ficar ficar� insuport insuport�vel. como � igua igualmen lmente te bemvindo aquele que segura meus quadris sem mais cuidados do que teria ao agarrar-se na amurada de um navio que balan balan�a! aque aquele le q que ue me dirigindo para longe seu olhar desvairado de animal que copula! aquele quemonta se deita pela metade em minhas costas, agarrado na gordura de minha bunda onde, no dia seguinte, encontro uma mancha roxa, e que pouco pouc o se impo importa rta se me mantenho mantenho equilibr equilibrada ada � custa custa de uma c�imbra imbra horr�vel nas coxas que suportam o peso de dois corpos. depois disso, ser apenas um corpo macerado, colado e revirado na ca cama ma, , se sem m ne nenh nhum uma a re rea a��o pr�pria al�m da de uma bola de massa massa de p�o; ser ser o suporte suporte amorfo amorfo de de uma uma ativid atividade ade fren fre n�tica, tica, esqu esquece ecer r que minhas carnes carnes podem ter uma forma espec espec�fica e ver meus meus seios se exporem exporem e acompanharem os movimentos, embalados como a �gua no fundo de um barco, ou a gordura de minha bunda bunda apalpada aos punhados punhados pelas m�os que a amassam. amassam. nestes nestes momento mome ntos, s, pre preciso ciso a alcan lcan�ar; com com meus olhos olhos que que flutuam flutuam na superf superf�cie de meu meu corpo corpo fundido, a �rio qu cara do do oper que e se emb embrute rutece ce em seu seu trabalho trabalho obst obstinad inado o com a mat mat�ria. esta esta cara cara n�o c con onhe hece ce
o �xtase xtase de devoto voto. . e ela la m me e faria faria medo se a vol vol�til desnatur desnaturada ada que sou n�o se se enamorasse do espan-
talho. um de seu talho. seus s ol olhos hos est� fe fecha chado do pela pela metade metade por por caus causa a de uma uma crisp crispa a��o que que afeta a metade do rosto rosto - j� vi este este asp aspecto ecto da da fisionom fisionomia ia em pesso pessoas as que que foram foram v�timas timas de um ataque -, e o canto da boca que lhe lhe corresponde corresponde se entorta entorta e revela a gengiva. gengiva. se n�o tenho medo medo desta careta, � porque por que ela n�o exp exprim rime e uma uma dor, dor, mas antes antes de tud tudo o um esfo esfor r�o terr terr�vel, vel, uma tenacidade prodigiosa, e fico orgulh orgulhosa osa de me s subme ubmeter ter a esta esta for�a.
paciente
durante grande parte de minha vida, trepei ingenuamente. com isto quero dizer que dormir com com os homens homens era uma uma atividade atividade natural natural que n�o me preocupava preocupava exagera exag eradame damente. nte. fr freq eq�entement entemente e viame diante diante de algumas algumas dificul dificuldad dades es psicol psicol�gicas gicas (mentiras (mentiras, , amor-pr amor-pr�prio ferido ferido, , ci�mes), mes), m mas as ela elas s e eram ram relegadas �categoria categoria das perdas e danos. danos. eu n�o era era muito muito sentimenta sentimental. l. tinha tinha ne nece cess ssid idad ade e de de a afe fei i��o e eu eu a enco encontr ntrava, ava, mas sem tentar tentar cria criar r hist hist�rias de amor amor a parti partir r de rela rela��es s sexua exuais. is. quando me apaixonava por algu algu�m, parece-me parece-me que que eu permanecia permanecia consciente consciente de ter sucum sucumbid bido o a um charm charme, e, a uma sedu sedu��o fisica fisica, , e at� ao pi pitor toresc esco o de um esquema relacional (por exemplo, manter simultaneamente uma uma rela rela��o co com m um homem homem bem mais mais velho velho e com com um homem homem 192 bem mais jovem do que eu, e divertir-me ao passar do papel de neta para o de protetora) sem que nada disso me envolvesse. quando lamentava a dificuldade de manter mant er quatro quatro o ou u cin cinco co rela rela��es ao mesmo mesmo tempo tempo, , tinha tinha um bom bom amigo amigo para me dizer dizer que o prob proble lema ma n�o e era ra o n�mero mero de re rela la��es es, , mas mas o equ equil il�brio brio a ser ser en enco cont ntra rado do en entr tre e elas, e que me aconselhava aconselha va a arrumar um um sexto amante. amante. sendo assim, assim, eu era fatalista. fatalista. n�o me preocupava tamb tam b�m com com a q qual ualid idade ade da das s rela rela��es sexuai sexuais. s. qua quando ndo n�o me propor proporcio cionas nassem sem mu muito ito prazer, ou mesmo provocassem provocassem desprazer, desprazer, ou quando o homem homem me levava a fazer coisas coisas que n�o eram do meu gosto, gosto, eu n�o o colocava colocava em em quest quest�o por isto. isto. na na maioria maioria dos dos casos, casos, a natureza amig�vel da re rela la��o era era o qu que e mais mais impor importav tava. a. esta estava va clar claro o que ela pode poderia ria levar levar a uma rela��o sexual, sexu al, isto isto at� me tranq tranq�ilizava ilizava e, melhor melhor dizend dizendo, o, eu tinha tinha necessi necessidade dade de ser ser inteiramente reconhe reco nhecida cida. . qu que e eu encontra encontrasse sse ou n�o a satisfa satisfa��o im imedia ediata ta dos dos senti sentidos, dos, era secu secund nd�rio. rio. is isto to tamb�m era rele relegado gado � cat categor egoria ia das perdas perdas e danos. danos. n�o exagero exagero quando quando digo que, at� a ida dade de de trinta trinta e a cinco cinco a anos nos ma mais is ou menos, menos, eu eu n�o pensava pensava que que meu pr pr�prio praze prazer r pudesse ser finali fin alidad dade e de u uma ma r rela ela��o sexu sexual. al. eu aind ainda a n�o o tinha tinha co compr mpreen eendid dido. o.
minha atitude atitude pouco romanesca romanesca n�o me impedia de de distribuir distribuir a torto e a direito direito
muitos "eu te amo" unicamente no preciso momento em que o pequeno motor localizado no baixo-ventre baixo-ven tre de meu parceiro parceiro se embalava. embalava. ou, ent ent�o, eu ficava r repetindo epetindo seu seu nome em voz alta. alta . n�o sei de onde tinha tinha tirad tirado o que isto isto poderia poderia estim estimul ul�-lo a prosse prosseguir guir e finalizar seu prazer. praz er. eu era tan tanto to m mais ais pr�diga nessas nessas declara declara��es de amor amor oportuna oportunas s quant quanto o menos significado nifica do pro profun fundo do ela elas s tive tivesse ssem, m, n�o as as fazi fazia a sob sob nenhum nenhuma a emo emo��o espe espec c�fica, fica, nem mesmo em um �xtase que p pudesse udesse carregar sentimentos. sentimentos. aplicava, de cabe�a fria, fria, o que acreditava ser um truque truque t�cnico. cnico. co com m o tempo, tempo, nos desfa desfazemo zemos s desses desses artif artif�cios. cios.
193 romain roma in era um um rapaz rapaz muit muito o doce, doce, sua apar apar�ncia viril viril escon escondia dia uma uma quase quase indol indol�ncia, ncia, o casaco de couro jogado sobre uma camiseta amassada de solteiro. ele era um dos que morava em um est�dio em sai saint ntgermai ger main n des despr pr�s, o meno menos s mobil mobiliad iado o que que conhec conheci. i. trep trep�vamos vamos em em um colc colch h�o discretamente colocado sobre o carpete carp ete, , no m meio eio d da a pe�a, e eu eu recebi recebia a no rosto rosto a luz que que ca�a do teto. teto. na primeira vez, fiquei olhando para a l�mpada, mpada, e n�o perc percebi ebi qu que e ele tinha tinha ejacul ejaculado. ado. seu peito peito cobria cobria o meu meu sem peso, peso, sua cabe cabe�a es estava tava vira virada. da. de vivo sentia apenas algumas mechas de seus cabelos compridos em minha boca e em meu queixo que ixo. . qua quase se n�o senti quando quando me penetrou penetrou fracamente. fracamente. eu mesma permanecia permanecia i im m�vel e constrangida. constrangida. n�o gos gosta tari ria a de de p per ertu turb rb�-l -lo o se ele o tivesse tive sse fi finali nalizado , mas seria seria o caso caso de me manifes manifestar tar para para reativ reativ�-lo? e se eu n� me empenhasse e azado, coisa j� estive estivesse sse con concl clu u�da, eu n�o fica ficari ria a com com cara cara de idi idiota ota por por n�o ter ter pe perce rcebid bido? o? finalmente, senti alguma coisa no alto de minha coxa, um pouco de esperma que escorria de minha vagina. o sexo de romain era de um tamanho convencional, ficava duro normalmente, mas era totalmente inativo. se quisesse personificar seu cacete, cace te, pode poderia ria t�-lo compara comparado do ao ao ne ne�fito que n�o se mexe na cade cadeira ira quando quando todos todos os participantes de uma cerim cer im�nia se lev levan antam tam: : n�o fica ficar r�amos amos mais mais za zanga ngados dos co com m ele ele do do que que co com m o ne�fito fito desajeitado. abrindo minhas pernas debaixo daquele rapaz, experimentava um quase conforto de nada sentir, sent ir, nada de a agrad grad�vel e, tamb tamb�m, nada nada de desa desagr grad ad�ve vel l em certas certas circun circunst st�ncias, ncias, sou capaz capaz de uma uma paci�ncia incom incomum. um. tenho tenho em mim recursos suficientes
para, silenciosamen silenciosamente, te, deixar meu meu esp�rito livre e, e, portanto, portanto, tolerar que que os outros vivam sua vida ao meu lado.
posso suportar sem reagir as manias, as pequenas tiranias ou os ataques francos dos outros, mas sei me pro teger. deixo as coisas acontecerem e ajo do meu jeito. retrospectivamente, dou-me conta de como fui paciente nas rela��es se sexu xua ais. n�o te ter nen nenhu hum ma se sensa��o, n�o me me pr preo eoc cup upa ar, e cu cumpri rir r at at� o fim todo todo o ritua ritual. l. n�o compartilhar compartil har dos gostos gostos do outro, n�o me incomod incomodar ar com eles, e me me deixar foder indiferente, e a tal ponto voltada para mim mesma, comando meu corpo como uma marionetista e seu marionete. portanto, continuei a sair com romain. por causa de seu personagem de rapaz mau de maneiras ternas, ele fazia sucesso com as mulheres, e eu me divertia divertia imaginando imaginando a surpresa surpresa ou o infort�nio daquelas daquelas que achavam que estavam tendo um caso com um homem de verdade. vi os olhos aturdidos de uma delas procurarem nos meus conforto e cumplic cump licidad idade e em uma expe experi ri�ncia de decep cepcion cionante ante: : "mas romain. romain... .. n�o se mexe. acolhi acolhi as con confi fid d�ncia ncias s da assombr asso mbrada ada co com m a plac placidez idez de de um s�bio. bio. falei do falei do t�dio que que, , �s vezes vezes, , me me assoma assomava va duran durante te as as reuni reuni�es com com amigos amigos e da esca escapa pat t�ria ria q que ue encontrava encontrav a saindo para para trepar com um um deles. mas acontece tamb tamb�m de nos entediarmos entediarmos trep tr epan ando do! ! po por r� suporto supo rto melho melhor rm, esse t tipo ipo de de t�dio. posso posso muito muito bem bem ter paci paci�ncia duran durante te um cunilinguios morno, desistir de reorien reor ientar tar o de dedo do que i insis nsiste te em mastur masturbar bar n�o o clit�ris, mas mas ao lado, lado, onde onde machuca um pouco, e finalmente, ficar muito contente quando quando o outro ejacula, mesmo mesmo que eu n�o aproveite muito, porque, com o tempo, tudo isto � mais ou menos fastidioso, e posso suportar tudo a partir do momento que, antes ou depois, a conversa tenha sido animada, que me levem para jantar em casa de pessoas especiais, ou que eu possa perambular em um apartamento
cuja decora a��o meamento agrada, agrada, e�o brinc brincar ar de fingir fingir que que vivo vivo ali uma uma outra outra vida... vida... o curso curs o decor de meu pens pensamen to � t desliga desl igado do das co conti nting ng�ncias ncias que ele ele n�o se deixa deixa entravar entravar por por um corpo, corpo, mesmo mesmo que que 195 eu esteja entre entre os bra�os de um outro outro corpo. melhor, melhor, quanto mais o eventual eventual interlocutor se ocupa do corpo, corpo, mais mais o pens pensame amento nto es estar tar� livre livre; ; con conseq seq�en entem tement ente, e, este este �ltimo ltimo n�o repr repree eend nder er� o pr priimeiro meir o por por u utili tilizar zar o co corpo rpo como como um acess acess�rio er�tico. tico. n�o s�o necessar necessariam iamente ente o os s mulheren mulherengos gos que que melhor melhor satisfa satisfazem zem as mulher mulheres. es. � pr pro ov�vel que alguns deles deles - n�o todos -passem -passem de uma para para outra para estar sempre sempre na situa��o de recome�o e, assim, assim, evita evitar r o est�gi gio o em que a real realiz iza a�� ��o seja seja ex exigi igida. da. (i (isto sto, , sem sem d�vida, vida, vale va le tamb tamb para asedutoras...) um dos primeiros que conheci era artista e muito �m par certas mulheres mais velho do que
eu. uma de minhas amigas tinha me prevenido: "com os homens de certa idade � form formid id�vel, vel, el eles es
t�m tan tanta ta expe experi ri�nc ncia ia, , que que n�s n�o tem temos os nada nada a faz fazer er, , sen sen�o abr abrir ir as pern pernas as!" !" tive de fazer um esfor esf or�o para para n�o d desm esment enti-l i-la. a. em um uma a das das pe�as do ateli ateli� on onde de el ele e rec recebi ebia a as as visitas, havia uma mesa grande cheia de objetos. como em um gabinete de curiosidades, encontravam-se misturados objetos, lumin lumin�rias, vaso vasos, s, garrafas de formas extravagante extravagantes, s, cinzeiros cinzeiros kitsch, assim como ferramentas ferrame ntas ins litas, litas, maquetes maquetes e esbo esbo�os de de suas suas pr pr�prias prias obras. obras. muitas muitas vezes vezes, , n�o nos d�vamos� ao trabalh trabalho o de ir p para ara o quarto quarto e eu eu ia encont encontr r�-lo naquel naquela a confus confus�o. ele ele me espremia contra a mesa. talvez pelo fato de ele ser ligeiramente menor do que eu, consigo rever nitidamente suas p�lpebras lpebras sem semifec ifechada hadas, s, suas olheir olheiras as que eram como eram como o r refl eflex exo o de su suas as p�lpebra lpebras, s, seu seu be bei i�o pid pid�o e in infan fantil til. . noss nossos os p�bis bis estavam mais ou menos na mesma altura e eu,
logo que perc percebia ebia o incha incha�o sob a cal�a, punha punha em moviment movimento, o,
como ele dizia, minha minha "pequena "pequena mec�nica". quer quer dizer, eu fazia, como me era de h�bito, movimentos movimentos nervosos com a bacia. movimen movimentos tos aos quais quais ele respondi respondia, a, esfreg esfreg�vamos vamos os p�bis um no outro. sobre que divagava meu pensamento quando minha excita cit a��o c come ome�ava a a arre rrefe fecer cer? ? ser ser� que que eu repara reparava va uma uma no nova va imagem imagem pr prega egada da na na parede? pare de? ser� que pens pensava ava no artigo arti go que que tinh tinha a de esc escreve rever, r, ou, melho melhor r ainda, ainda, ser� que, com com o esp esp�rito vazio vazio, , eu fixava o olhar nas pequenas excres exc resc c�ncias ncias d de e p pele ele marro marrom m na super superf f�cie da das s p�lp lpebr ebras as del dele? e? ser ser� que que pensa pensava va na na possibilidade de termos tempo para recome recome�ar mais tard tarde, e, e que daquela daquela vez seu sexo sexo entraria dentro dentro do meu? sua cabe�a pe pendia ndia para tr�s, ele me empu empurrava rrava um pou pouco co mais contra contra a mesa que quase quase corta cortava va minha bunda, bunda, e escapulir dois oudeixava tr�s pequeno peq uenos s re relinc linchos. hos. pod�amos ficar ficar apenas apenas naquilo. naquilo. outro era ainda um homem atencioso e, enquanto eu o via e a seu grupo com certa admira��o, ele me examinava e a todo mundo com um olhar incrivelme incrivelmente nte escrutador. escrutador. n�o conheci um home homem m t�o p pou ouco co complac comp lacente ente em s seus eus coment coment�rios sobre sobre a apar�ncia f�sica das pessoas, pessoas, formulad formulados os se sem m seg segun unda das s int inten en��es es, , com a exati exatid d�o daqu daquele ele qu que e exercita exercita seu seu olho olho cl�nico, nico, sendo sendo que os os eventuai eventuais s defeito defe itos s n�o com compro prometi metiam am o fato fato de algu algu�m ser "tesu "tesudo". do". a al l�m do mais, mais, a acuida acuidade de visual visual era era acompa acompanhad nhada a de uma uma grande destreza da qual me aprovei apro veitava tava n nos os con contato tatos s f�sicos. sicos. mas outr outros os - se posso posso falar falar assim assim - n�o se embara emba ra�am com com os c corpo orpos s que lhes lhes s ofe oferec recid idos osquarto, s se e j� ob obt t�m de sa�da tudo tudo que que que querem rem. . aque aquele, le, po por r exem exemplo plo, , que que me me �o vir fez a seu na avenid ave nida a pau paull-dou doume mer, r, qu que e lhe lhe serve serve tamb tamb�m de esc escrit rit�ri rio. o. eis eis que que come come�a a me
bolinar - n�o vim para isto, bolinar isto, mas tanto tant o faz. norm normalme almente nte ele deveria deveria me fazer fazer deitar deitar no sof�. mas n�o, � ele quem quem se se
deita de costas, e que faz sempre este gesto pat�tico do homem homem que estende estende seu pau sem olhar para e ele. le. portanto, ponho o pau na boca e, quase quas e imediat imediatamen amente, te, es escuto cuto-o -o dizer: dizer: "ah, "ah, vou espor esporrar! rar! com com voc voc�, n�o me constranjo, mais tarde resolvo seu caso." no que que me diz respeito, respeito, gosto muito disto, disto, mas tenho o esp esp�rito suficientesuficientemente ment e l�cido para d dizer izer a m mim im mesma mesma que que ele age age grosse grosseiram iramente ente. . ele n�o resolve resolve meu caso mais tarde. sou sou d�cil, cil, n�o p por or gost gosto o d da a sub submi miss ss�o, po porq rque ue nunc nunca a me me col coloq oque uei i em em uma uma po posi si��o masoquista, masoquist a, mas, no fundo, por indiferen�a ao uso que se faz dos corpos. � claro, nunca me submeteria submeteri a a pr�ticas ext extremas remas como as as de infringir infringir ou sofrer ferimentos ferimentos, , mas quanto ao resto, desde o imenso imenso campo das singularidades singularidades at� os caprichos caprichos sexuais, eu agi sem preconceitos e tive, invaria inva riavelm velmente ente, , uma boa d dispo isponibi nibilid lidade ade de esp esp�rito e de corpo corpo. . no m�ximo, ximo, posso posso ter sido recrim rec rimina inada da p por or a apa paren renta tar r pouc pouca a conv convic ic��o, quan quando do uma uma pr�tica tica n�o encon encontra trava va muit muito o eco em minha minh a pr�pria v vida ida f fanta antasm sm�tica. tica. durante durante muito muito tempo tempo tive tive um caso caso com com um homem homem que, de vez em quando, tinha vontade de mijar em mim. eu sabia o que me esperava quando ele me fazia sair da cama cama para chup�lo. qu quando ando seu seu sexo sexo ficava ficava bem duro, duro, ele ele o retira retirava va com com uma m�o, a pouca dist�ncia. eu ficava ficava com a boca boca aberta. naquela naquela atitude, atitude, de joelhos, joelhos, eu tinha de fazer o ar contrito de quem se prepara para comungar. havia sempre uma pequena espera durante a qual ele parecia ir conduz con duzind indo o me menta ntalm lment ente e a urin urina. a. naq naque uele le esfo esfor r�o de co conce ncentr ntra a��o, e ele le con conseg seguia uia n�o brochar. e o jato chegava espesso, abundante, quente. amargo. de um amargor que nunca provei igual, que travava trav ava toda toda a l�ngua at at� a garganta garganta. . ele manejav manejava a seu sexo sexo assim assim como como teria teria feito feito com uma mangueira e aquilo era t�o abundante abundante e durava durava tanto tempo que, �s vezes, eu era era obri gada a me debater como fazemos quando algu�m brinca de nos molhar. uma vez me deitei sob o jato e ele, depois de ter se esva ziado, ziado, deitoudeitou-se se ao meu lado no ch�o. com as duas m�os espalho espalhou u sua urina em meu corpo e me cobriu de beijos. detesto sentir meus cabelos molhados na nuca, mas n�o podia fazer nada para 198 impedir que a urina escorresse. tive um ataque de riso. aquilo o aborreceu e ele interrompeu interrompeu bruscamente bruscamente as efus efus�es de carinho. carinho. alguns anos anos depois, ele ainda me recriminava! "se h� uma coisa coisa que que vo voc c� n�o faz be bem, m, � ser mijad mijada". a". eu re recon conhe he�o. em meu fa favor vor, , posso pos so gara garant ntir ir q que ue n�o tinha tinh a rido rido para d dissi issipar par um inc inc�modo (n�o era a prime primeira ira vez vez que me me molhavam molhavam assim!), ainda menos para zombar zomb ar dele dele ou de n�s (qualque (qualquer r exerc exerc�cio sexual sexual mais mais ou menos menos origin original, al, longe longe de me re baixar, ar, a ao o con contr tr�rio uma rebaix fonte de era orgulho, como uma bandeira a mais na conquista do graal sexual). eu tinha tin ha rido rido porqu porque, e, n�o
pode podend ndo o en enco cont ntra rar r s sat atis isfa fa��o maso masoqu quis ista ta em em uma uma situ situa a��o que que n�o acha achava va hum humil ilha hant nte, e, ao menos desfrutava da
brincad brin cadeira eira a alegr legre e de de desliz slizar ar em uma uma subst subst�ncia l�quida quida repugna repugnante. nte. certas pos certas posi i��es s�o mai mais s conve convenie niente ntes s do que que outra outras s para para aquel aquela a que que gosta gosta de brin brinca car r d de e b beb eb� pendura pend urada da em uma teta de bom tamanho. tamanho. o m�nimo que se pode dizer dizer � que n�o sou uma dominadora, nem moralme mora lmente nte - nun nunca ca engane enganei i um homem homem - e nas pequena pequenas s encena encena��es pervers perversas as nunca nunca era eu quem manipulava o chicote. e ficava bastante chateada quando se tratava de esbofetear! o homem dos encontros no bairro da gare de l'est n�o se contentava contentava em lamber lamber todo o contorno contorno da fenda, fenda, intermitentemente intermitentemente ele lev levant antav ava a a ca cabe be�a e, fazendo biquinho, biquinho, pedia pedia uma bofetada. bofetada. n�o me lembro das das palavras palavras que ele emprega empr egava, va, sei, por�m, que, pelas pelas circunst�ncias, ele ele me chamava de "minha "minha rainha", rainha", o que n�o me imped impedia ia de a ach char ar rid rid�culo. culo. eu eu o via via esti esticar car o pesco pesco�o e alguma coisa coisa me repugnava repugnava naquela cara cujos tra tra�os se amolec amoleciam iam na espera, espera, cujo cujos s l�bios bios �mido midos s lembra lem bravam vam o os s de u um m b�bado bado que, ao baixar o copo, fica com um bigode desenhado pela marca da bebida bebida. . p por or�m, ist isto o n�o me ajudav ajudava a muit muito o a ba bater ter co com m for for�a suficiente. empenhava-me de boa vontade, infelizmente sem conse guir satisfaz satisfaz�-lo de verdade verdade. . eu estapea estapeava va com for�a, mas o medo 199 de mach machuc uc�-lo com um d dos os meus an�is freav freava a minha minha m�o. outra outras s vezes, vezes, tentava tentava com uma m�o, depois depo is com com outr outra, a, com a inten inten��o de colocar colocar mais mais energ energia ia em cada cada gesto, gesto, mas mas era dif dif�cil cil m man ante ter r o equil�brio, com a bunda bunda na beirada beirada da cama ou da da poltrona, poltrona, o que fazia com com que eu n�o fica ficass sse e � vontade para para bater na cara cara que emergia emergia entre as minhas minhas perna pernas. s. enfim, eu n�o acreditava naquilo. paradoxalmente, paradoxal mente, estou estou convencida convencida que se ele tivesse tivesse uma express express�o de incredulidade, ele tivesse imprimido um um quse � de humor em s seu eu pedido, insistisse insistisse de de tal maneira maneira que pudesse pudesse parecer uma encena ence na��o, eu teria teria entrado entrado mais mais facilm facilmente ente no jogo, jogo, teria teria me me deixado deixado captur capturar, ar, e teria batido mais francamente. diante de m diante minha inha pou pouca ca d dispo isposi si��o, ele ele n�o insist insistia ia muito muito e ignor ignoro o se, se, com com outras outras, , seu masoqu mas oquism ismo o o con condu duzia zia a pr pr�ticas ticas mais mais exig exigent entes. es. para para mim mim, , as seq seq��nc ncias ias de de bofetadas se juntav jun tavam am a t todo odos s os ad adia iamen mentos tos de nossa nossas s rela rela��es com com encon encontro tros s espa espa�ados ados e alea aleat t�rios rios. . ela elas s prolongavam, prolongav am, mesmo que que por um per�odo curto, minha minha espera espera pelo pau. como como contei, eu j� chegava desde osao encontro com um desejo exacerbado. desde os primeiros beijos na boca, primeiros momentos momentos em que que suas m�os escorregavam escorregavam sob minha minha roupa, o prazer prazer era
violento. em
seguida, seguid a, a s suc uc��o i insa nsaci ci�vel to torna rnava va o desej desejo o quas quase e insu insupor port t�ve vel. l. mas qu quand ando o chegava a hora da penetr pen etra a��o, mi minha nha p pequ equen ena a corda corda inte interna rna esta estava va
relaxada; eu tinha esperado muito. eu provavelmente deveria ter
vivido o ciclo ciclo do desejo de uma outra maneira: maneira: considerar considerar as car car�cias na boca como um pr prel el�di dio, o, n�o dar dar muit muita a impo import rt�ncia ncia � coco-
pula��o e admitir admitir o interva intervalo lo entre entre os dois encontro encontros s como como o eco
deleit�vel das deleit das ca car r�cias cias. . mais mais ainda, ainda, enfre enfrentar ntar a realida realidade: de: a paus pausa a era o momento em que, ao abrir a porta para mim sem dizer "bom dia" nem "boa noite", e ainda enfiados em nossos casacos, 200 ele colava meu corpo bruscamente contra o dele. neste caso, a perfeccionista perfeccio nista que sou sou n�o teria se dobrado dobrado como uma uma escolar ao penoso penoso apre aprendizado ndizado na arte de esbofetear. ela o teria posto em pr�tica como to todas das essas pequenas pequenas preliminares, preliminares, dengos dengos e beijinhos, beijinhos, aos quais nos entregamos sem pensar. j� que � para para dom domin inar, ar, pr prefi efiro ro caval cavalgar gar um ho homem mem de deita itado do de costas costas. . a po posi si��o n�o influi sobre o papel de um e de outro no jogo. quando eu era muito jovem e queria fazer papel de m�, chamava essa posi��o de "a torre eiffel". uma torre que teria passado como uma ponte sobre o sena, um sena que, em sua passagem, teria sido uma torrente suspendendo a torre. o movimento de pistom, de alto a baixo, a bunda fazendo um barulho baru lho seco seco ca cada da vez q que ue se choca choca com com as coxas coxas do homem homem: : as circun circunvolu volu��es de um um i n�cio dque e da� n�o a movimento do ventre, mais calmo que adotamos para descansar ou para fantas fan tasiar iar; ; a osc oscil ila a��o de de fre frent nte e par para a tr�s, o movi moviment mento o m mais ais r�pido, pido, e de minha minha parte, parte, o mais mais praz prazeros eroso o - conhe conhe�o tudo tudo ist sto o t�o be bem m qu quan ant to a fela��o. tam amb b�m, com como o n na a f fe ela��o, a "posi��o tor torre re ei eif ffe fel l", a mul mulh her co con ntr tro ola a dur dura a��o e o ritmo com, evidentemente, uma dupla vantagem: vantagem: o pau pau age diretamente diretamente dentro dentro da boceta e o corpo corpo se exp�e de baixo para cima, sob um �ngulo vantajoso para o olhar do homem. e depois, de vez em quando, ao escu escuta tarm rmos os dize dizer: r: "� vo voc c� que que est est� me comendo... comendo... como voc� me come bem!", � muito gratificante. gratificante. rebolamos rebolamos sobre o cacete como uma caixa bem azeitad azeitada. a. s se e f fecho echo os olho olhos, s, em em fun fun��o dessa dessa facilida facilidade, de, de dom dom�nio, vejo em mim o pau desmesuradamente grosso me parece alargada nas e robusto, porque ele ocupa plenamente uma cavidade, que dimens�es de meu dorso, dorso, e da qual expulsamos expulsamos a t tal al ponto o ar que que ela adere
completamente ao objeto. e tamb tam b�m uma uma das das po posi si��es em que que podem podemos os exe exerce rcer r melh melhor or pequen pequenas as pre press ss�es sobre sobre o
objeto, contraindo os m�scu cul los da da vag vagin ina a. s�o 201 sinais que enviamos de longe, uma maneira de comunicar ao outro, enquanto nos servimos copiosamente, copiosame nte, sem cerim cerim�nia, e por no nossa ssa conta, do que que lhe pertence, pertence, e assim assim mesmo pensamos nele. todas essas todas essas mano manobra bras s s�o imposs imposs�veis de de fazer fazer quando quando uma mulher mulher, , montada montada sobre sobre o homem, home m, tem a bo boceta ceta ocupada ocupada e sua sua bunda bunda tamb�m se abre para permitir permitir a penet penetra ra��o de outro homem. dois amigos que me me atochavam dessa maneira maneira afirmavam afirmavam que, atrav atrav�s de minhas entranhas, eles sentiam mutuamente os respectivos paus e que aquilo era particularmente excitante. nunca acredi acr editei tei m mui uito to ne neles les. . para para mim, mim, as posi posi��es mais mais ou meno menos s acrob acrob�ticas, ticas, com como o tamb tam b�m aque aquela las s q que ue, , para serem mantidas, acabam limitando os gestos, como a acima descrita, e as que nos imobilizam, produzem, acima acima de tudo, tudo, um efeito pl pl�stico. nos d divertimos ivertimos formando um grupo como teriam feito antigamente antigam ente o os s mode modelos los em u uma ma academ academia. ia. o que que ati�a o prazer prazer vem vem mais da da vis�o dos corpos t�o bem ajustados ajustados como pe�as de lego, do do que do contato contato propriamente propriamente dito. dito. portanto, na posi��o sandu sand u�che, nunc nunca a vi gr grand ande e coisa. coisa. atualmente, quando fico atualmente, fico por cima, evito evito abaix abaixar ar muito a cabe cabe�a para a fren frente. te. embora meu rosto rosto n�o este esteja ja t�o marcado, marcado, penso penso que que ele tem menos menos tonici tonicidade dade do do que tinha tinha antes e n�o gostaria de, no caso de meu parceiro estar de olhos abertos, oferecer um festival de papadas. minha outr outra a rest restri ri��o a essa essa posi posi��o � a de n�o pode poder r ma mant nter er ca cada da movi movime ment nto o dura durant nte e muito tempo. nos movimentos de cima para baixo, as coxas, acionadas como alavancas, cansam-se rapidamente, sobretudo se se est�o atravess atravessadas adas por uma bacia bacia larga. larga. posso manter manter por mais tempo tempo o movimento de osci oscila la��o, mas, mas, a�, a se sens nsa a��o mui muito to loca locali liza zada da na fren frente te da barr barrig iga a por por um la lado do e a im imita��o pr precisa do movimento masculino por outro, 202 criam, cri am, por u uma ma es esp p�cie d de e rever reverber bera a��o, uma uma imperi imperiosa osa necess necessida idade de de ser ser satisfeita. a tal ponto que paro a m�quina, quina, enc encolho olho-me -me so sobre bre o corpo corpo que que est� sob o meu meu e digo: digo: "me "me mete, mete, duas ou ou tr�s vez vezes es." ." tr�s o ou u q qua uatr tro o estocadas, estocadas , que se chocam chocam secamente secamente no fundo da minha minha boceta, boceta, s�o suficientes suficientes para me proporcionar muita felicidade. admiro os homens que martelam durante longos minutos sem, aparentemente, se incomodarem com a
posi��o adotada. adotada. semp sempre re me pergunt pergunto o como � que eles fazem fazem para se manterem manterem assim assim apoiados apoiado s so sobre bre os bra�os,
ou para mover mover com tanta resist resist�ncia os quadris. quadris. e os joelhos, joelhos, como fazem fazem com os joelhos? quando estou na posi pos i��o dom domin inant ante e qu que e acabo acabo de de descr descreve ever r e que que o ato ato aconte acontece ce no ch�o, depo depois is de algum tempo, meus joelhos ficam fica m doendo. doendo. o m mesmo esmo acont acontece ece durant durante e uma longa longa fela fela��o em que que fico de de joelhos joelhos diante de um homem em p�: quando quando f fico ico m mais ais a afas fastada tada para prolonga prolongar r o boquet boquete, e,� que mais mais me me inflijo pequenas torturas. pode acontecer de sol soltar tar uma uma ou a as s du duas as m�os, exata exatamen mente te com com as as mesma mesmas s inte inten n��es de de um equilibrista, para demonstrar a seguran segu ran�a co com m qu que e a boca mant�m sozin sozinha ha a trajet trajet�ria, ou para para acelera acelerar r brutal brutalment mente e o movimento. neste caso, a nuca se contrai e uma dor se instala. uma rigidez compar�vel � que experimentamos experimentamos no dentista que trabalha lentame lent amente nte to toma ma tam tamb b�m conta conta do maxilar, maxilar, dos dos m�sculos sculos tensos tensos das das bochecha bochechas s e dos l�bios, bios, p princ rincipal ipalment mente e se, se, por seu di�metro, o sexo sexo com o qual nos nos ocupamos obriga obriga a boca a se manter mu muito ito aberta. como dobro os l�bios sobre os dentes, a mucosa mucosa onde os dentes pressionaram pressionaram ganha ganha uma barra barra inflamada. gosto muito deste
machucado. ele � quente e saboroso. quando minha boca fica novamente novame nte l liv ivre, re, p pass asso o a l�ngua ngua ali com a aplica aplica��o de um um anima animal l que lam lambe be sua sua ferida. depois de me ter esfalfado, encontro 203 a mim mesma nesta nesta dor refinada refinada que estimulo estimulo deliberadamen deliberadamente te com a l�ngua. suporto da mesma maneira todos os caminhos do coito, as excentricidades de uns e de outros, outr os, como como as pe pequen quenas as mis�rias ps ps�quicas. quicas. isto isto depende depende do do poder poder de programa programar r o pr�prio prio corp corpo o inde indepe pend nden ente teme ment nte e d das as r rea ea��es f�si sica cas. s. o corp corpo o e o esp esp�ri rito to a ele ele lig ligad ado o n�o viv vivem em nas mesmas tempora temp oralida lidades, des, sua suas s re rea a��es diante diante dos mesmos mesmos est�mulos mulos exter exteriore iores s podem podem ser defasadas. e assim que nem nem pestanej pestanejamo amos s ao fic ficarmo armos s sabendo sabendo de uma uma not not�cia dram dram�tica ou, ao contr con tr�rio, rio, cont continu inuamo amos s a chorar apesar apesar de sabermos sabermos perfeitamente perfeitamente que tudo tudo est� sendo feito feito para nos consolar. se, intedormente, coloco em movimento a corrente obreira do prazer, o corpo certamente acab acabar ar� sofr sofren endo do algum algu m despr desprazer azer, , qu que e n�o ser ser�, por por�m, sufi suficien ciente te para para emperrar emperrar a corre corrente. nte. melhor melhor dizendo, o desprazer praz er s� atingir atingir� a co consci nsci�ncia ncia poster posteriorm iormente ente, , depois depois que o prazer prazer tiver tiver sido sido atin atingi gido do, , e e ent nt�o pouco pouc o nos import importar ar� o despraze desprazer, r, acabare acabaremos mos por por esquec esquec�-lo mais mais rapidam rapidamente ente do do que ele se fez lembrar. como explicar de outra maneira que, durante muitos anos, os mesmos homens me causaram evitado? os eu mesmos desconfortos sem que eu tenha me lamentado e muito menos os que, fora do chuveiro, detesto detesto ser molhada, molhada, recebi recebi freq�entemente em gotas grossas grossas
o suor de um homem. as go gotas tas ca�am diretame diretamente nte em cima de mim mim a ponto de eu conseguir conseguir
distinguir o impacto de cada uma.
ele mesmo n�o parecia incomodado incomodado com o calor calor ao passo que eu sentia, sent ia, em m meu eu pe peito ito m molh olhado, ado, uma sensa sensa��o gelada gelada. . talvez talvez eu
compensasse aquele desprazer escutando o gotejar da �gua de suas
coxas sobre sobre as minhas; minhas; os ru�dos sempre sempre me estimularam. estimularam. de de vez em quando, quando, eu eu at� pode poderia ria genti gentilmen lmente te pedir pedir a ele ele que se enxug enxugasse asse, , mas n�o o fiz. fiz. ta tamb mb�m nun nunca ca me curei curei de uma uma ale alergia rgia p provo rovo204 204 cada cada pela pela fric��o de uma uma certa certa bochecha bochecha contr contra a a minha. uma vez que o mal mal era cr cr�nico, nico, eu n�o poderia poderia me me besunta besuntar r com um creme creme antes antes dos dos encont encontros ros com o propr proprie iet t�rio das bochechas, bochechas , que, no entanto, entanto, se barbeava barbeava cuidadosamente cuidadosamente? ? sempre sa� de sua casa com com uma metade do rosto pegando pega ndo fogo. fogo. as m marca arcas s demorav demoravam am horas horas para desap desaparec arecer. er. e tamb tamb�m prov�vel, a prop�sito do desc descompa ompasso sso entre o corpo corpo e o esp�rito, que, que, neste exemplo, exemplo, a culpa que que eu sentia d de e conviver �s escondidas com ele tenha contri con tribu bu�do, al�m d de e um uma a prop propen ens s�o al al�rgica, rgica, para para me fazer fazer enrube enrubesce scer. r. naquel naqueles es moment mom entos, os, o e esp sp�rito rito alca alcan n�ava ava o co corp rpo. o.
as difere diferente ntes s m man anif ifest esta a��es do praze prazer r � bem mais f�cil escrever escrever sobre os desprazeres desprazeres na na medida em que que eles parecem parecem fazer distender o
tempo e que o tempo tempo tempo permite permite detal detalh h�-los. -los. mesmo mesmo que eles eles n�o atinjam atinjam imedia imediatame tamente nte a consc consci i�ncia ncia, , e eles les cavam cavam em n�s um um s sul ulco co q que ue corre correspo spond nde e a um uma a dura dura��o. as sess sess�es de bo bofet fetada adas s nunc nunca a eram eram longas e patinar no suor estava esta va longe longe de r repre epresent sentar ar o essenci essencial al de minhas minhas rela rela��es com a pessoa pessoa e, no entanto enta nto, , ist isto o n�o impedi impedia a que, que, durante o tempo tempo em que se desenrolav desenrolava, a, eu n�o esperasse esperasse (observasse) (observasse) ao mesmo tempo ativa e passivamente. relatar o prazer. prazer. o prazer extremo �, por outro lado, muito mais delicado. delicado. ali�s, ele n�o � comumen comumente te vivido vivido e identificado identific ado como um arrebatame arrebatamento nto para fora de de si e do mundo, mundo, n�o quer dizer tamb�m para para f fora ora do t temp empo? o? e n�o existe exis te tamb�m uma difi dificul culdade dade supleme suplementar ntar, , problem problem�tica, tica, em identificar, reconhecer, alguma coisa da qual nos forneceram
querer querer
po pouc uca a ou ou ne nenh nhum uma a d des escr cri i��o?
nas p�ginas precedentes precedentes, , relatei relatei meu arrebatamento arrebatamento na ocasi�o de meu pri ocasi primeir meiro o contato contato carnal, carnal, evoquei evoquei tamb�m a 205 descoberta descobert a de um orgasmo orgasmo prolongado prolongado gra�as a um determinado determinado vibrador; vibrador; enfim, enfim, tentei descrever a mobili mob iliza za��o da da en entr trada ada de minha minha vagin vagina, a, que que se torna torna r�gi gida da como como um um c�rc rculo ulo de metal quando a exci excita ta��o es est t� em seu seu au auge ge. . fora foram m cons consta tata ta��es fei feita tas s rela relati tiva vame ment nte e tard tarde. e. dur duran ante te grande parte de minha minh a vida, vida, trep trepei ei com t total otal indet indeterm ermina ina��o do praz prazer. er. em primei primeiro ro lugar, lugar, devo devo admitir que, para mim, que tive muit muitos os parceir parceiros, os, nenhuma nenhuma solu��o � mais adequada adequada do que a que procuro solitar soli tariame iamente. nte. n neste este e exerc xerc�cio, cio, controlo controlo a ascens ascens�o do meu prazer prazer quase quase em em mil�simos simos de seg segun undos, o que n�o � poss�vel quando quando � prec preciso iso levar levar em conta conta o ritmo ritmo do outro outro e que depe depend ndo o tamb tamb�m de seus seus gest gestos, os, n�o ap apena enas s dos dos meus. meus. esbo�o minha minha hist�ria. admitamo admitamos s que que eu fosse fosse uma atriz de filmes porn�s, fazendo teste teste com uma quinzena de parceiros parceiros eventuais eventuais que que se apresentam nus e enfileirados. em minha fantasia, sou um oficial que passa sua tropa em revista, examinando e apalpando apalpan do um a um um, , enquanto enquanto esfre esfrego go com o dedo m�dio meu meu clit clit�ris que que logo ficar ficar� pegajoso. eu observo como ele se dilata. as vezes, parece que ele se retesa, ficando pontiagudo como um broto novo. na verdade, � todo o monte-de-v monte-de-v�nus e a vulva que incham sob a palma de min inha ha m�o. posso interromper interromper por tr tr�s segundos o movimento movimento circular circular para para comprimir rapidamente o conjunto como o faria faria com u uma ma p�ra. prossi prossigo go minha minha hist hist�ria. decid decido-me o-me por por um rapaz rapaz que que puxo pelo pau at� uma esp esp�cie de mesa d de e massagem massagem onde onde me deit deito, o, com a bocet boceta a na beirad beirada. a. neste neste momento (e este pre�mbul mbulo o demora demora muito muito tempo, tempo, seis, seis, oito minutos, minutos, �s vezes vezes mais), mais), a excita excita��o pode ser enorme. ela est� muito loca localizada, lizada, como como um peso que comprime comprime a parte parte de baixo de minha vagina e parece pare ce fech fech�-la como como um dia diafrag fragma ma de uma objet objetiva. iva. por por�m, sei (de (de onde me me vem esta esta ci�nc nci ia? da da medida med ida esp espon ont t�nea nea, , exa exata ta, , do gr grau au de excit excita a��o? confin confinand ando-s o-se e at� � exas exasper peraa-
206 ��o, esta esta exc excita ita��o, d de e uma uma certa certa maneira maneira muito muito carreg carregada, ada, n�o tem tem outro outro caminho caminho sen�o o de esta estagna gnar-s r-se e em uma zona zona pre precis cisa? a? pel pelo o fato fato de n�o ser ser est esta a a po posi si��o, co com m o pa parce rceiro iro im imagi agin n�rio, rio, qu que e me me dar dar� a i ilu lus s�o de de est estar ar satisfe sati sfeita? ita?) ) que s se e eu de der r continui continuidade dade, , o orgasmo orgasmo n�o acontece acontecer r� ou que ele ele ser� de pouc pouca a in intens tensidad idade. e. e ent nt�o, interro inte rrompo mpo o mov movime imento nto e ret retomo omo o in�cio de minha minha hist hist�ria. chupo chupo algum algumas as picas picas duras antes de me decidir por uma. uma. volt volto o � mesa de massagem massagem. . (pode (pode haver haver v�rias retomada retomadas s da hist�ria para que sejam introduzidas ligeira lige iras s va varian riantes. tes.) ) de desta sta vez, vez, s�o dois dois ou tr tr�s que que v�o se revezar revezar rapidam rapidamente ente em minha minh a bocet boceta. a. a pre press ss�o do do dedo se acentua, acentua, o clit�ris escorrega escorrega sobre uma base dura, um um osso? imagino imagino um dos rapazes metendo em mim. a fric fric��o torna torna-se -se fre fren n�tica. tica. acon aconte tece ce de eu murmu murmurar rar mas arti articul culand ando o distint dist intamen amente, te, um di�logo de encorajamento rudimentar: "voc� � boa..." boa..." "co "contin ntinue.. ue..." ." quando quando chega chega o momento momento, , o esp�rito se esvazia esvazia. . sa�da dos qui quinze nze gara garanh nh�es. n no o esfo esfor r�o d de e c con once cent ntra ra��o f fa a�o uma uma car caret eta, a, leva levant nto o a boc boca a num num tre treje jeit ito o des despr prez ez�vel; vel; uma de minhas pernas fica paralis para lisada, ada, mas, em u uma ma desarti desarticula cula��o inespe inesperada rada, , �s vezes, vezes, tenho tenho o reflexo reflexo de esfregar delicadamente um seio com a m�o livre livre. . o org orgas asmo mo � o efeit efeito o de uma decis decis�o. se is isto to � po poss ss�vel, vel, eu diria diria que vejo o orgasmo chegar. ali�s, verd verdadei adeirame ramente, nte, estou estou sempr sempre e com com os olhos olhos fixame fixamente nte abertos, abertos, que v�em n�o a parede em frente ou o teto, teto , mas uma uma radiogr radiografia afia fant fant�stica. stica. se tudo tudo deu deu certo, certo, a vol�pia vem vem de longe, longe, do fundo fino dessa longa passagem estreita de paredes onduladas e cinzas, e ela se propaga propaga at� a abertura que abre e fecha como como o maxilar maxilar de um peixe. peixe. tod todos os os outr outros os m�sculos sculos est est�o relaxad relaxados. os. posso posso gozar gozar seis ou sete vezes, o ideal � ficar ainda um tempo deslizando os dedos unidos na vulva, depois os levo ao nariz para me deleitar perfume adocicado. n�o lav lavo o a as s m�os. mas mastur turbobo-me me com a 207 207
com o
* pontual pont ualidad idade e de um fun funcio cion n�rio: de manh manh�, quando quando me levant levanto, o, ou durant durante e o dia, com com as costas apoiadas em uma parede, as pernas separadas, um pouco dobradas, nunca ao me deitar. saboreio
igualmente fazer tudo o que se faz de real bem encaixada em uma verga. neste caso, demoro mais a gozar: goz ar: a co conc ncent entra ra��o e em m meu meu re relat lato o fant fantas asm m�tico tico torn torna-s a-se e mais mais dif dif�ci cil, l, porque porque o
fato de praticar o sexo com com um parce parceiro iro n�o exclui exclui o exerc exerc�cio de minha minha fantasia fantasia. . o verdade verdadeiro iro se mant mant�m p pro ront nto, o, im�vel, paci paciente ente, , a at t� que eu d� o sinal, sinal, o "bem" "bem" de conse consentim ntimento ento total, total, ou ou uma uma vira virada da d de e ca cabe be�a, e ent ent�o meus meus espa espasmos smos encontr encontram am a carga carga do do p�nis em sua sua pot pot�ncia mais forte. forte. ser ser� poss�vel conjuga conj ugaremrem-se, se, ent�o, duas duas vol�pias t�o diferent diferentes es uma da outra, outra, a que � percebid percebida a distintamente, a tal ponto ponto q que ue c crei reio o po poder der medir medir a amplia amplia��o de meu espa espa�o da mesma mesma maneir maneira a que que observaria a mar� cheia cheia que ava avan n�a pouco pouco a pouco pouco na praia, praia, e a que � muito muito mais mais difusa, difusa, como como se se meu corpo devolvesse o som surdo de um gongo porque, a exemplo do que acontece no caso de uma dor extrema extr ema, , a cons consci ci�ncia encontr encontra-se a-se afastad afastada? a? nunca localiz nunca localizei ei as con contra tra��es de minha minha vagina vagina enquan enquanto to fazia fazia amor. amor. permane permaneci ci complet comp letamen amente te ign ignoran orante te neste neste assunto assunto. . ser� que pelo pelo fato fato de n�o poder poder conhecer conhecer esse tipo de orgasmo orga smo acomp acompanha anhada? da? se ser r� que meu meu sexo, sexo, preench preenchido ido pelo pelo outro, outro, n�o tem a mesma mesma elasticidade? felizmente, acabei sabendo que isto isto era uma manif manifes esta ta��o pr pr�pria pria ao ao gozo gozo fe femin minino ino. . j� tinha tinha passad passado o dos dos trinta quando tive com um amigo uma dessas con versas �ntimas que s� tive excepcionalmente excepcionalmente ao longo de minha vida. ele preocupava-se preocupava-se em saber saber como como era poss poss�vel saber que uma mulher mulher tinha gozado. gozado. "� quando ela ela tem espasmos? espasmos? esta esta � a �nica prova?", perguntava-me. perguntava-me. hesitante, hesitante, mas n�o querendo 208 passar passar por imbecil imbecil, , respond respondi i que sim. "com "com exce exce��o de mim mesma, mesm a, � clar claro", o", pens pensei. ei. at� ent�o, quando quando meu corpo corpo exprimia exprimia tais tais sinais, sinais, eu n�o os tinha identificado, mesmo se fosse fosse enquant enquanto o me ma mastur sturbava bava com com a precis precis�o que conhec conhecemos emos. . n�o tendo tendo deliberadamente procurado saber o que que signi significa ficavam, vam, n o podia podia reconhe reconhec c�-los como sinais. sinais. certas certas car�cias me fazia faziam m be bem, m, ce cert rtas as po posi si��es � er eram am melhores do que outras, ponto. agora agora compreendo compreendo que aquela aquela conversa lac lac�nica (mantida com um homem com quem, que m, n�o po por r ac acas aso, o, n nun unca ca tiv tive e uma uma rela rela��o sexu sexual) al) su susci scitou tou em mim mim uma uma preo preocu cupa pa��o qu que e le levo vou u an anos os, , long longos os anos, ano s, para para ch chega egar r ao es esta tado do de insa insati tisfa sfa��o que foi foi tema tema do pri primei meiro ro cap cap�tu tulo lo deste livro. como expli explique quei, i, a pr�tica do onani onanismo smo, , a princ�pio e durante durante muito muito tempo tempo, , era para para mim, n�o a est stim imu ula��o do do c cl lit�ris is, , ma mas a fr fric ic��o do dos l�bi bio os da da vul vulv va um um co contra o out outr ro. n�o que eu ignorasse sua exist exi st�ncia, ncia, m mas as po por r n�o ter ter de me me preoc preocupa upar r com ele para para ter ter praz prazer. er. per perten ten�o � gera gera��o de de m mul ulhe here res s q que ue teve teve, , nas obras obr asespelho, f femin eminista istas, s, m manua anuais is e guias guias de explora explora��o do pr�prio corpo. corpo. agachada agachada sobre um observei
meu sexo e o que que tive foi uma vis�o confusa. talvez talvez eu tivesse tivesse dificuldade dificuldade de acom acompa panh nhar ar uma uma de desc scri ri��o mui muito to cient cien t�fica ou tive tivesse sse alguma alguma restri restri��o �s iniciati iniciativas vas feminist feministas, as, que eu supunha supunha
serem destinadas �s mulheres inibid ini bidas as ou que t tin inham ham d difi ificul culdad dades es nas nas rela rela��es sexu sexuais ais, , o que que n�o me dizi dizia a respeito porque, para mim, trepar era f�cil. talv talvez ez eu n�o quisesse quisesse colocar colocar em causa causa minha minha facilid facilidade: ade: � certo certo que eu trepav trepava a por p praz razer, er, m mas as ser ser� qu que e eu eu n�o tre trepa pava va ta tamb mb�m para que trepar trepar n�o fosse um pr problema? oblema? daquela daquela vez, talvez talvez eu tenha tenha fechado inconscientemente as coxas como se fechasse um diz cion�rio de medicina: medicina: por por medo de descobrir descobrir em mim mesma os sintomas de doen�as ali descritas descritas e que me impediriam impediriam de fazer alguma coisa de que gostava muito. 209 eu tinh tinha a ra raz z�o, p porqu orque e muito muito mais tarde tarde quand quando o consul consultei tei o dicio dicion n�rio das id�ias feitas', a inquie inq uieta ta��o come come�ou a bro brotar tar. . ent ent�o, tive tive um um cas caso o com com um um hom homem, em, de depoi pois s com com um um segundo, com a id�ia fixa de que que deveria sentir sentir durante durante a trepada os os mesmos espasmos espasmos desencadeados durante a mast mastur urba ba��o. ser ser� que que eu ti tinh nha a conh conhec ecim imen ento to sufi sufici cien ente te de me meus us pr�pr prio ios s �rg�os para atingi-lo? �, como se minha minha vida sexual sexual se desenrolasse desenrolasse em sentido sentido contr�rio, como se eu come come�asse asse a faze fazer r pergunt perg untas as i ing ng�nuas ap�s ter ter adqui adquirido rido e esque esquecido cido uma experi experi�ncia, ncia, duvid duvidei ei de de minha antena clitoriana. clitorian a. ser� que era ela que que respondia respondia quando eu me me esquentava esquentava com uma falange falange enraivecida? cheguei cheg uei a pensa pensar r que eu n�o tinha tinha clit clit�ris ou que que ele era atrofi atrofiado. ado. um um homem, homem, movido pelas melhore melh ores s in inten ten��es, mas sem nenhum nenhum tato, tato, n�o me ajudava ajudava nada nada ao deslizar deslizar seu dedo incessa ince ssantem ntemente ente. . enfim, enfim, acabei acabei rendendo rendendo-me -me � evid evid�ncia: ncia: o clit�ris n�o era uma ponta viva identific�vel como um prego prego na parede, parede, ou como a torre torre de uma ig igreja reja em uma paisagem, ou como o nariz nariz no meio meio da ca cara, ra, era era uma esp esp�cie de n� complica complicado, do, sem sem verdade verdadeira ira forma forma
pr�pr pria ia, , um min�sculo sculo cao caos s form formando ando-se -se no encon encontro tro de duas duas pequena pequenas s l�nguas nguas de carne, carne, como como quando a ressaca joga uma onda contra a outra. o prazer prazer solit solit�rio rio � po poss ss�vel de narra narrar, r, o prazer prazer ob obtid tido o na un uni i�o � ma mais is dif�cil. ao ao contr cont r�rio do que acon acontece tece quando quando eu eu mesma mesma provoco provoco o orgasm orgasmo, o, em em uma uma rela rela��o a dois nunca digo: "� agor agora. a." " n�o h� disp dispar aro, o, n�o h� clar clar�o. � mais mais como como o me merg rgul ulho ho le lent nto o nu num m lang langor or de sensa��o pu pura. o contr�rio de de uma anestesia local obra do escri escritor tor f franc ranc�s gustav gustave e flaube fla ubert rt qu que, e, at atra rav v�s de um um alfab alfabeto eto pecul peculiar iar, , fez uma uma s�tira tira das id�ias, ias, conceitos e preconceitos da sociedade. (n. do t.)
que suprim suprime e a sens sensibil ibilida idade de mas permi permite te manter manter o esp�rito acord acordado; ado; meu meu corpo corpo n�o � nada mais do que a borda borda de um dilaceramento dilaceramento vi vivo, vo, enquanto enquanto a consci�ncia fica em um estado
de entorpecimento. entorpeci mento. mesmo mesmo quando ainda ainda me mexo, o fa fa�o por automatismo, automatismo, embora embora possa perguntar em um �ltimo reflexo de sociabilida sociabilidade: de: "algum "algum problema problema se eu n�o me mover mais?" � isto a plenitude? plenitude? � mais um estado pr�ximo daquele que precede o desmaio, quando temos a impress�o de que o corpo corpo se esvazia esvazia. . invadida, invadida, sim, mas de vazio. vazio. quase sinto frio, como quando parece parece que o sangue sangue se esvai. ele aflui para para baixo. uma v�lvula se abr abriu iu e por ela deixo escoar esco ar o que que fazia fazia do co corpo rpo uma uma massa massa compacta compacta. . e escuto escuto o ru ru�do da expuls expuls�o. a cada metida do membro dentro desta bolsa mole em que me transformei, o ar que ele desloca emite uma sonoridade sonoridad e clara. faz bastante bastante tempo tempo que n�o grito mais, mais, desde que acordei acordei o beb� dos vizinhos e que eles protestaram tamborilando na parede. o amigo com quem eu estava, descontente, tinha me ligado alguns dias mais tarde para dizer: "informei-me com um amigo que � m�dico dico, , g gri rita tar r deste jeito � sinal de histeria." histeria." perdi o h�bito sem me dar conta. depois disso, os gritos das outras mulheres mulheres me fizeram fizeram muitas vezes vezes pensar pensar nos dos acrobatas, acrobatas, mais mais volunt�rios do que espont espo nt�neos, neos, ao enc encoraj orajar ar suas suas montaria montarias s quando quando passam passam perto perto de n�s na pista. pista. eu n�o so solto nada al�m de peidos. peidos. os outros me imitam. imitam. fico fico maravilhada maravilhada com tantos tantos recursos. recursos. o amigo amigo m�dic dico o teri teria a deta detalhad lhado o ou corrigi corrigido do seu diagn diagn�stico stico se tivesse tivesse sabid sabido o que, durante um tempo, meus parceiros, depois do amor, abandonavam na cama, na mesa ou no ch�o, um corp corpo o r�gido com como o um cad�ver? ver? felizm felizmente ente, , isto isto n�o aconte acontecia cia todas todas as vezes, vezes, mas, pelo que me lembro, apenas quando o prazer tinha sido enorme tinha uma crise de tetania. nunca tive medo. aquilo passava passava r�pido. o mesm mesmo o sintoma tinha tinha acontecido acontecido uma vez quando quando fiz um aborto, e o ginecol gine cologis ogista ta me e expli xplicou cou que que eu estava estava com com falta falta de c�lcio. lcio. n�o era nem nem mesmo mesmo penoso. aquilo aparecia como como uma prova de que alguma alguma coisa de incompreens incompreens�vel se passava passava com meu corpo, que parecia n�o me pertencer pertencer mais. a paralisia paralisia prolongava prolongava a letargia. letargia. � �bvio que me perguntei se um motivo inconsciente inconsciente n�o havia se unido � falta de sais minerais. minerais. eu deveria conter meu corpo antes ou depois depois do orgasm orgasmo? o? par para a evit�-lo ou para para prolong prolong�-lo? o sinto sintoma ma desapar desapareceu eceu e esqueci de respond resp onder er � perg pergunt unta. a. ora, ora, uma manifest manifesta a��o inversa inversa veio ocupar ocupar o lugar lugar em lugar lugar de me crispar � beira bei ra do abi abismo smo, , afo afogogo-me me em l�grima grimas. s. relax relaxo o a tens tens�o com solu solu�os franc francos, os, ruidosos. choro como nunca nunca mais mais ch choram oramos os na idade idade adult adulta, a, o cora cora��o inteiro inteiro tomado tomado por por uma dor dor
imensa. e preciso prec iso que que a tens�o tenha tenha sido parti particula cularmen rmente te forte, forte, excepc excepciona ional, l, e, sem d�vida mais do que os
outros, tenh outros, tenho o um long longo o caminh caminho o a percorr percorrer er antes antes do �xtase xtase e meus solu�os t�m qualquer coisa parecida com um atleta exaurido que recebe sua primeira medalha. alguns de meus parceiros j� ficaram apavorados, apavorados, achando achando que tinham tinham feito alguma alguma coisa coisa ruim. mas as l�grimas s�o de de uma alegria aleg ria dese desesper sperada ada. . tudo tudo foi abandon abandonado, ado, mas este tudo tudo n�o � nada nada al�m disso: disso: o corpo que entreguei entreg uei n�o era nad nada a al�m de um um sopro sopro de de ar e aqu aquele ele que que beij beijei ei j� se enc encont ontra ra a anos-luz de dist�ncia. ncia. como como, , em um tama tamanho nho des despoj pojam ament ento, o, n�o expri exprimir mir o pr pr�prio prio abando abandono? no? n�o s�o as carga cargas s mai mais s vi viole olent ntas as qu que e me fazem fazem af afund undar. ar. � pr preci eciso so amorte amortec c�-las -las e quando me encontro com o lombo esmagado esmagado no colch colch�o, sinto-me muito pesada pesada para a as asce cens ns�o. be bem m preparada, preparada , prefiro prefiro certos deslocamentos deslocamentos �nfimos que, ao contr contr�rio, fazem com que eu n�o pes pese e n nad ada. a. lembro-me de de ter sido divinamente divinamente tocada tocada e sustentada sustentada pelos pelos gestos r�pidos de um homem, 212 muito maior do que eu, que que passava a m�o sob minhas costas costas e alis alisava ava meus quadris. quadris. sua aten��o, por ser t�o bem exercid exercida, a, e era ra mec�nica: nica: uma uma faxi faxineir neira a que que tira tira p� tem o mesmo mesmo gesto. gesto. tr tr�s ou quatro golpes secos me levantavam no ar como uma folha de papel. aquilo fazia com que minha boceta abarcasse mais alguns mil�metros do comprimento comprimento de seu sexo. era era o bastante. bastante.
vis�es da f fug ugaci acida dade de tenho uma altura altura mediana, mediana, e a flexibilidade flexibilidade de meu meu corpo permite permite que algu algu�m me pegue e me vire em todos os sentidos que quiser. essa maleabilidade � o que mais me surpreende quando me vejo em uma tela de v�deo. deo. norm normal almen mente te, , m me e sint sinto o t�o aca acanha nhada, da, t�o gauc gauche he (desde (desde a ado adoles lesc c�ncia ncia pratica prat icament mente e n�o da dancei ncei e sou inca incapa paz z d de e d dar ar tr�s b bra ra�adas adas no ma mar) r), , que que quas quase e n�o rec recon onhe he�o o r�pt ptil il qu que e se se estica, se retrai e reage imediata e complet comp letamen amente te a to todas das as solicita solicita��es. estou estou deitad deitada a de lado lado em uma uma pose de de odalisca, as pernas ligeiramente dobrada dobr adas s para re real al�ar em primei primeiro ro plano plano o globo globo das n�degas, degas, o olhar olhar dirigid dirigido o para o alvo a que o globo se oferece, a m�o entreaberta entreaberta sobre a boca boca em um gesto de de expectativa. expectativa. depois, depois, sempre de lado, um pouco mais encolhida para oferecer um �ngulo melhor, a cintura cintura um pouco pouco inclinada inclinada para para tr�s, o que faz salientar a parte de cima do do corpo, corpo, o pe pesco sco�o virado virado para, para, de uma uma s� olhada, olhada, verifi verificar car se a fenda fenda est� completamente livre. nesta posi��o, eu quase quase n nunca unca p posso osso inter inter-vir -vir. . o animal animal finge finge ser um objeto objeto sem sem vida. vida. o
homem dobra um pouco mais as pernas para para encaixar uma delas no tri�ngulo que elas elas formam, parecendo parecendo preparar preparar um paco pacote te para para se segu gur r�-lo
melhor. ele melhor. ele ma mant nt�m a m�o firme firme e saco sacode de vivame vivamente nte o objeto objeto diante diante 213 dele, que salta com flexibilidade sobre sua barriga. gosto deste estado de in�rcia, rcia, em embo bora ra me meu u sex sexo o penetrado assim assim de lado n�o seja muit muito o receptivo. receptivo. da mesma maneira, maneira, quando quando o homem, por sua vez, se deita de lado formando a barra de um t do qual, deitada de costas, sou o tra�o vert vertic ical, al, com com uma das pernas pousada acima de seu tronco e a outra entre suas coxas. retomo uma identidade de animal, alguma alguma coisa entre entre uma r� e um inseto virado virado com as pernas curtas curtas se debatendo no ar. no entanto, como disse, prefiro ser fodida pela frente. recebo melhor as estocadas do pau e posso recobr rec obrar ar a c cons onsci ci�nci ncia a do que que se pas passa. sa. leva levanta ntando ndo a cabe cabe�a, se se neces necess s�rio sustentando meus calcanhares e panturrilhas, consigo acompanhar o que se passa no enquadramento de minhas pernas completamente separadas. posso retomar a iniciativa: por exemplo, arquear o tronco para levantar a bacia bac ia e m me e m mexe exer r o m�ximo ximo que que pude puder. r. a rela rela��o entr entre e os os elem element entos os se inv invert erte: e: n�o �mais a estaca que penetra penetra na terra, terra, � a terra terra que treme treme para engoli-l engoli-la. a. volto volto � posi��o horizontal. puxada pelo tronco, como um peso morto, coisificada novamente. mais tarde, na tela, vejo-me assumir a forma de um vaso vaso que que teri teria a sido v vira irado. do. a base base est est� na altura altura dos dos joelho joelhos s levados levados at� a altura do rosto, as coxas apertadas apertadas contra contra o dorso desenham desenham um cone que vai se alargando alargando at� as n�degas degas cuj cujo o g garg argal alo o se retrai retrai brusc bruscame amente nte ap�s uma uma dupla dupla intum intumesc esc�nc ncia ia - ser ser�o as as ta ta�as do osso osso il�aco? aco? -, , d deix eixand ando o a passagem
exata para um cacete mergulhar. o prazer � fugidio porque o corpo, todo triturado, remexido e virado, � evanescente. evanescente. o corpo gozou e se deixou absorver t�o in-
teiramente em certas partes escondidas e misteriosas para ele mes-
mo, tanto quanto o corpo de um pianista acaba se concentrando na extremidade de seus dedos. e os dedos do pianista pesam sobre as teclas? teclas? por alguns alguns momentos momentos, , parece parece que n�o. vendo vendo um v�deo na qual me masturbo masturbo com a m�o fazendo movimentos movimentos no ar; ar; meu vizinho vizinho afirma que que tenho um gesto de guitarrista. meus dedos dedos es est t�o so soltos ltos e balan balan�am na na nuvem nuvem negra negra com com uma uma regula regularida ridade de de de p�ndulo, ndulo, mas sua a��o � precis isa. a. quan quando do n�o e est stou ou s� e sei sei que que min minha ha m�o ser ser� lo logo go su subs bsti titu tu�da po por r um um ins instr trum umen ento to bem maio maior; r; n�o es esfr freg ego o com muita intensidade intensidade e aproveito essa essa do�ura. nunca me me masturbo penetrando penetrando os os dedos na xoxota, contentome em molhar o maior mergulhhando-o apenas para umedecer a frente. se o movimento se torna um pouco mais
insistente, a pele muito fina da parte interna das coxas e atravessada por uma onda. percebo que acaricio da mesma maneira o sexo do outro. aplicando-me a um boquete, protejo a base do pau e
os test test�culo culos s n na a concavidade concavida de de minha m�o exatamente exatamente com o mesmo gesto que faria faria para segurar segurar um lagart lag arto o ou um p�ssaro ssaro. . um grande grande plano plano me most mostra ra com a boca cheia cheia e os olhos olhos bem bem abertos abertos em dire dire��o � te tela la: : h� um co cont ntro role le t�cn cnic ico o neste nest e olhar olhar em um outro, outro, ao contr contr�rio, rio, estou estou com as as p�lpebras lpebras e a boca boca fecha fechadas, das, esta �ltima ltima ofereci oferecida da � cabe�a do pau que passeia passeia nela, tenho o ar de quem quem dorme pro profundament fundamente e mas, sem d�vida nenhuma, estou atenta para n�o perder perder o pr prumo. umo. m mais ais adian adiante, te, queren querendo do ajusta ajustar r a cabe cabe�a do pau, pau, entreab entreabro ro e desenrugo a vulva com cuidado, consciente da fragilidade do objeto que me preparo para entubar. um outro filme mostra meu corpo inteiro, de uma forma como nunca � visto, oculto pela roupa, nas ocupa ocup a��es ordin ordin�ria rias s do dia-a-d dia-a-dia. ia. jacques, jacques, improvis improvisado ado de diretor, diretor, me faz subir subir e descer vinte vezes a escada do pr�dio, pouco pouco f freq req�entado entado naquel naquela a hora da noite, noite, vestid vestida a com um um vestido vestido de linho preto transparente. como se eu vestisse vestisse uma roupa roupa opaca e fosse fosse seguida seguida por uma c�mera com raios raios x, discernimos, quando estou de co cos stas as, , a an anim ima a��o pneum�tica da bunda bunda e, quando estou estou de frente, frente, o estremecimento estremecimento dos dos seios cada vez vez que que o p� pisa pisa em um degrau, ao 215 passo pass o que a genit genit�lia de desapa saparec rece e em uma larga larga manch mancha a de sombra sombra quando quando ro ro�a o vestido. embora seja poss�vel perceber a densidade da carne, a silhueta � fugaz. para a pr�xima seq��ncia, ncia, jacq jacques ues me p pede ede para para ficar ficar na guari guarita ta - ocupad ocupada a durante durante odia odia pela pela zeladora - primeiro com o corpete corpete abaixado at at� a cintura cintura, , depois sem o vestido vestido e, finalmente finalmente, , que simule desempe dese mpenhar nhar o pa papel pel exigido exigido pela pela fun fun��o de zeladora zeladora. . ah, ah, se pud�ssemos ssemos vagar vagar assim assim de casa para o trabalho trabalho s sem em nad nada a sobre sobre o corpo! corpo! n�o estar estar�amos apena apenas s aliviado aliviados s do peso peso das roupas, mas tamb�m do peso do corpo corpo que fica ficaria ria nelas. confesso: confesso: o papel papel que jacques jacques me pede para fazer faze r tem uma uma resson resson�ncia t�o grande grande em minhas minhas fanta fantasias sias que que fico fico perturba perturbada da de uma maneira pouco habitual, quase constrangida de me sentir mais despida do que se estivesse nua. voltamos para para o apartamento. apartamento. ali, meu meu corpo se dissolve dissolve com precis�o sobre o sof� branco. no meio, a m�o sobe sobe e desce lentamente, lentamente, enfeitada enfeitada por um �nico anel do do qual os reflexos comprometem intermitentemente a nitidez da imagem. coxas e pernas muito abertas inscrevem-se em um quadro quase perfeito. � o que vejo hoje, mas sabia, desde ent ent�o, esta esta era era a imagem imag em que que o home homem m que opera operava va a c�mera via. via. quando quando, , sem abando abandonar nar a c�mera, mera, ele veio retirar minha minha m�o de onde ela estava, meu sexo, onde ele ele introduziu introduziu o seu, estava estava
intumescido como com o nunc nunca. a. a ra raz z�o er era a clar clara: a: eu j� estav estava a poss possu u�da pela pela coin coincid cid�ncia ncia entr entre e meu meu verdadeiro
corpo corp o e suas multip multiplas las im imagen agens s vol�teis. teis. fim
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