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Esta coletânea
reúne
três textos escritospelos prin'
cipais representantes representantesda da corrente evolucionista, dominante na antropologia até o início iníc io do sécu século loXX. XX. São, indiscutivelmen indiscutivelmente, te,clássicos da área: Lewis Henry /V\organ 1181 11818-1881j, 8-1881j, Edward Burnett Tylor j1832-19171 e James George frazer j1 854-lç411 estabeleceram modelos de interpretação das sociedades humanas. Representam a tradição contra a qual lutaram autores como franz Boas, em sua defesa do relativismocultural. Estelivro deve ser lido, por-
tanto, em diálogo com c om outro da mes mesma ma coleção Anfropo/ogia cu/fura/, que reúne textos de Boas também selecionados e apre' sentados por Censo Cen soCastra Castra e
Suprindo a carência de traduções ddos os trabalhos fundadores da antropologia, este volume é uma obra de referência fundament fundamental al no campo das ciências socia sociais is
:vo lucion ismo
LEIA TAMBÉM NA COLEÇÃO ANTROPOLOGIA SOCIAL
AntropologiaCultural franz Boas
Cultura: Um Conceito Antropológico Roque de Barrou Laraia
Culturae Razão Culturae RazãoPrática Prática Marshall Sahlins Nova luz sobrea sobrea Antropologia CliffordGeertz Bruxaria. Oráculos e Magia entre os Azande E.E. Evans-Pritchard
lÍIZIEIJorre lÍIZIEI JorreZahar ZaharEditor Editor
'EXTOS
Coleção
ANTROPOLOGIASOCIAL
diretor: Gilberto Velho
o Riso E o RisÍVEL
GUERRA DE ORIXÁ
Vereda Alberti
Yvonne Maggie
ANTROPOLOGIA CUL:RURAL
CULTURA E RAZÃO PRÁTICA ILHAS DE HISTÓRIA
Franz Boas 0 ESPÍRITO MILITAR EVOLUCIONISMO CUL:RURAL C)S MILITARES E A REPÚBUCA
Celso Castro DA VIDA NERVOSA
Luiz Fernando Duarte BRUXARIA, ORÁCULOS E MAGIA ENTREOS ENTRE OS AZANDE
E.E. Evans-Pritchard GAROTAS DE PROGRAMA
Mana Dulce Gaspar N OVA LUZ SOBRE A ANTROPOLOGIA OBSERVAUOO O I SLÃ
Clifford
Geertz
O COTIDIANO OA PO.LÍTICA
Karma Kuschnir
Marshall Sahlins OS MANDARINS MILAGROSOS
Evolucionismo Cultural Textos
de MORGAN,
TYLOR e FRAZER
Elizabeth Travassos AN-rROPOLOGIA U ABANA
N
DESVIO E DIVERGÊNCIA INDIVIDUALISMO E CUL:FURA PRqETO E METAMORFOSE SUUETIVIDADE E SOCIEDADE A UTOPIA URBANA
Textos selecionados, selecionados, apreserjtação e revisão
Celso Castro
Gilberto Velho PESQUISASURBANAS PESQUISAS URBANAS
Gilberro Velho e Karma Kuschd
Trad ução :
Mana Lúcia de Oliveira
O M UNDO FUNK CARIOCA O MISTÉRIO DO SAMBA
Hermano Vianna BEZERRA DA SILVA: PRODUTO DO MORRO
Letícia Vianna
CULrURA: UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO
Roque de Berros Laraia ALnORIDADE
O MUNDO DA ASTROLOGIA
SBD-FFLCH-USP
Luas Rodo16o Vilhena
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& AFETO
Myriam Lins de Barras
Jorge ZAHAR Editor Rio deJaneiro
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Copyright da seleçãode sextose sextose apresentação© 2005, Celso Castra
SUMÁRIO
Copyright desta edição © 2005
JorgeZaharEditorLcda.
tel
N
rua México 31 sobreloja 20031-144 Rio deJaneiro, RJ (2 1) 2240-0226/Em:(2 1) 2262-5 123
e-mail:
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site: www.zahar.com.br
Apreserltação
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Todos os direitos reservados.
A reprodução não-autorizada desçapublicação, desçapublicação, no todo ou em parte, constitui violação de direitos direitos aucorais.(Lei 9.610/98)
A sociedade antiga
4i
LEWIS HENRY MORGAN
Capa: Minam Lerner
Foto da capa:Vitrine capa:Vitrine demonstrando a evolução de ftJsos, ftJsos, lançadeiras e teares.United teares.United StatesNacional Museum, c.1890.
Copyright © Smithsonian Institueion/ MAH 2 1389
CIP-Brasil.Catalogação-na-conte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Rj. M846e
A ciência da cultura
67
EDWARD BURNETT TYLOR
O escapo da antropologia social JAMES GEORGE FRAZER
Morgan, Lewis Henry, 1818-1881
Evolucionismo cultural/textos de Morgan, Tylor
e Prazer; textos selecionados, apresentação e revisão, Celso Castra; tradução, tradução, Mana Lúcia de Oliveira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005 (Antropologia social)
Conteúdo: A sociedade antiga/Lewis Henry Morgan A ciência da cultura/Edward Burnett Tylor O escopo da antropo]ogia socia]/games George trazer
ISBN 85-7110-857-9
DEDALUS - Acervo - FFLCH
1: Evolução social. 2. Mudança social. 3. Etnolo-
gia. 1.Tylor, 1.Tylor, Edward Burnett, Sir, 1832-1917.11. 11.F Fra ra zer, JamesGeorge, Sir, 1854-1941. 111.Castro, Castro, Celta
1963-.IV. 1963-. IV. Título. V. Série. 05-1544
llllllll llllllllllllllllllllllll 20900000378
CDD306 CDU316.7
ioi
T
APRESENTAÇÃO Celso Castro
ste livro reúne texto textoss de três autores clássicosdo pensa-
E
mento evolucionistana antropd:oglg LewisHenry LewisHenry Morgan (1818-1881), Edward Burnett Tylor (1832-1917) eJames George Frazer ( 1854- 1941). As datas de publicação original dos
sextos entre 1871 e 1908 correspondem aproximadam aproximadamente ente aoslimites do período de hegemonia do evolucionismo no pensamentoantropológico. pensamento antropológico.
Ao tornar acessíveisttextos extos não traduzidosou de difícil acesso em português,
As edições utilizadas para a tradução foram:
Lewis H. Morgan, Ancienf AncienfSoc/eO. Soc/eO.Nova York: Gordon Press,1977. Press,1977.
Edward Tylor, Pàmíüí'e CwZfwre. Nova York: Harper Torchbook, 1958.
J.G. trazer, Pgcbe'sTasê.Segunda Tasê.Segunda edição, revista e ampliada, acres-
cida de "The Scope of Social Anthropology", uma aula inaugural. Londres: MacMillan, 1913.
a intenção
desta seleção é apresentar aos
estudantes de antropologia, principalmente os alunos de graduação,aslinhas duação,as linhas geraisdo evolucionismo cultural, em sua fase clássica.Não Não se pretende, de forma alguma, que os três textos aqui reunidos dêem conta de toda a riqueza e variedade da tradição evolucionista, evolucionista, que, aliás, nunca 6oi homogênea. Também não se devereduzir as ob obras ras desses dessesautores autores ao rótulo de "evolucionista", "evolucionista", embora os três tenham de fato sido expoentesdessa poentes dessacorrente corrente de idéias. É importante salientar que a maior parte das contribuições específicas feittas as por eles em diversoscampos versos campos do conhecimen conhecimento to antropológico não serão aqui 7
8
Evolucionismo Cultu ral
contempladas
apenas para citar os exemplos mais importan
Apresentação
9
Morgan nasceu nos Estados Unidos em 1818, filho de um pro'
tes, seusestudos seusestudos sobre par parentesco, entesco, magia e religião. Eles Elesapareaparecem, no entanto, como exemplos, exemplos ,ao longo dos tex textos. tos. Restringe-me aos autores claramente identificados com a
prietário rural do estado de Nova York que chegou a ser eleito senador estadual. Estudou dire direito, ito, formando-se ern 1842. Na
tradição antropológica, inclusive por terem assumido posições institucionais nessecampo nessecampo do conhecimento, então em vias de formação. Ficaram de fora, fora, portanto, autores evolu evolucionistas cionistas como para citar apenasum, apenasum, edos mais importante importantess Herbert Spencer, que não se posiciona posicionavam vam institucionalment institucionalmentee como ant:ropólogos. ant:ropólogos.
faculdade, participou de uma associação de estudan estudantes tes conhecida como Ordem do NÓ Górdio, dedicada principalmente a
O mérito dos textos aqui reunid reunidos, os, além de sua sua import importânância histórica, é que eles sintetizam idéias-chave de teoria e mét:odo característicos do evolucionismo cultural. Espero que sua leitura mude as novas gerações de estudantes de antropologia a
terem uma compreensão geral do que foi o pensamento desses autores e em que consistiu, no essencial, essencial,aa tradição evolucionis-
estudos clássicos. Por sugestão de Morgan, a associação mudou seu nome para Grande Ordem dos Iroqueses, numa alusão aos índios índios desse dessegrupo grupo que viviam nas redondezas. O que começou como uma brincadeira logo assu assumiu miu proporções mais sérias.Os sérias. Os membros coram paulatinament:e adota«ndo unifor-
mes baseadosnos baseadosnos costumesiroqueses em seus encontros e rituais. Passaramtambém Passaramtambém a adorar figur figuras as e formas de linguagem e um estilo retóri retórico co supostamente iroqueses e a estuda estudarr as poucas contes disponíveis sobre a história e os costumes dessa naçãoindígena.
ta na disciplina.'
No final de 1844,Morgan 1844,Morgan mudou-separa Rochester, onde abriu um escritório de advocacia advocacia.. Nesse mesmo ano, durante
Três "pais fundadores" fundadores" da antropologia
uma visita a Albany, conheceu casualmente, numa livraria, um índio, filho de um chefe iroquês da tribo dos Seneca, baliz balizado ado
A construção de tradi tradições ções e o estabelecimento de "mitos de origem" em qualquer disciplina é quasesempre quasesempre motivo de dis-
com o nome cristão ddee Ely Par Parker. ker. Ele convidou Morgan a encontrar-se naquela mesma noite com alguns chefes de sua tribo, hospedados num hotel da cidade. Com seu novo conhecido
puta. Tradiçõescríticas Tradiçõescríticas da antropologia antropologia evolucionistaestaevolucionistaestabeleceramoutros beleceram outros personagenscomo personagenscomo marco de nascimento da
aquando como intérprete, Morgan retornou nas duas noites se-
antropologia.A antropologia. A vida e a obra dos três autores aqui reuni-
guintes, fazendo perguntas e anotando asrespostas- Os nativos explicaramcomo a Confederação Iroquesa estava organizada, sua estrutura de tribos e clãs, e ensinnaram aram palavras de sua língua. Para quem gosta de mitos de origem, esses:.encontro esses:.encontross podem servistos servistos como o momento de na nascimençS? scimençS?da ancropo' logia norte-americana.
dos possuem, no entanto, cada uma a seu modo, elementos que os credenciam a integrar o panteão dos "fundadores" da 2 antropologia.
N
io
Apresentação
Evolucionismo Cultural
comparecer, em 1856, à reunião anual da
Encorajadospor Parker,Morgan e seus seuscolegas colegasfizeram fizeram visitas às reservasindígenas. reservasindígenas.Numa Numa delas, delas,em em outubro de 1846, Morgan foi adoradocomo guerreiro Sonecado clã do Falcão,
American Association for the AdvanceHent of Science [Associação Americana
para o Progressoda Progressoda Ciência] que se realicom a restrição de não poder acompanhar os rrituais ituais mais secretos. Pouco depois a Grande Ordem 6oi se dissolvendo, devido em grande parte ao fato de que seus seus"guerreiros" "guerreiros" Foramtendo que ganhar a vida e ocupar-se mais de outros negócios. Mas o int:eressede Morgan ccontinuou, ontinuou, e elelogo elelogo tornou-se inquestionavelmente o maior especialista am!!jgpgpos
zou em Albany. Albany.Na Na reunião de 1858da AAAS, Morgan apres apresentou entou um trabalho sobre as características essenciais da so-
ciedade iroquesa, destacando-seseu sis-
tema de parentescocom suas leis de
Iroqueses, pas-
consangüinidade e descendência, tema que o perseguiria nos próximos anos. Mor-
sando a escrevervários escrevervários artig artigos. os. Foi também o responsável responsávelpor por montar uma coleçãode objetos indígenaspara o New York Museum. Em 1851,Morgan consolidou o que aprendera sobreos
gan acreditava que o sistema classificatório de parentesco
encontrado
Iroqueses em Tbel,eagweoffbefío-dé-no-súü-nee,or/roq offbefío-dé-no-súü-nee,or/roq ús [A Liga
tribos
ao
nor-
Mulh.r Seneca
em trajes iroqueses
origem çgBum) e talvez mesmo em várias partes do mundo (o
foi dedicado a Parker, apresentado como um Ç"
era similar
ce-americanas(o quÊ. PSIS+Ê!!!J!!gl:ar sua
dos Ho-dé-no-sau-nee, ou Iroqueses] . O livro
=
dos iroqueses
entre várias outras
que, a seu ver, !e também fossem encontradas no Or ente, esta-
"pesquisador associado". Morgan dizia que o objetivo do livro era "encora:jar um senti-
beleceria cientificamente a orige te-americanos).
mento mais bondoso em relação aos índios, baseado num con conhecimento hecimento mais verdades.
Para tentar provar sua suposição,Morgan suposição,Morgan env enviou, iou, nos
ro de suas instituições civis e domésticas, e de suas capacidades de futura elevação."'
anos seguintes, questionários a dezenas de missões religiosas, agências governamentais e instituições científicas nos Estados
nho, Morgan invocava a autoridade de qu quem em manteve "relações "relações freqüentes" com os iro-
Unidos e em todos os continentes, perguntando sobre a organi zaçãosocial de povos nativos, em particular sobre o ssistema istema de parentesco. Realizou também, até 1862, quatro curtas viagen viagenss
queses e o fato de ter sido "adorado" por eles.
de campo (a maior delas de 45 dias) a missões e reservas
Para dar maior credibilidade ao seu testemu.
indígenas nos estados de Kansas e Nebraska, reunindo diagra-
Nos anos seguintes, Morgan 6ez fortuna como advogado advoga do de empresas de estudas de HomemSen.ca Homem Sen.ca berro e de mineração. Seu interesse por temas
emtrajes emtrajesiroqueses antropológicos antropológicos reavivou-se,nnoo entanto, após
mas etabelas de parentesco. Pouco Pouc o após partir para a última desq
sasviagens, Morgan recebeu por telégrafo uma mensagem de suamulher, suamulher, informando que sua filha mais velha estava estavamuito muito
:2,
Evolucionismo Cultural
Apresentação
doente epedindo sua suavolta volta imediata. Morgan preferiu continuar a viagem. Mais adiante, 6oi informado da morte de suas dw.zsffi-ilhas, vitimado por febre escarlatina. Devastado pelo remorso, Morgan, então ent ão com 44 anos, nunca mais voltaria a campo O resultado da pesquisa sobre parentesco 6oi publicado
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família humana], o maior e mais caro livro at:é at:éentão então publicado
funcionament o das mentes humana e animal era similar, difefuncionamento renciando-seapenas apenasem em grau, e que não sepodia explicar os comportamentoss animais mais complexos, co comportamento como mo por exemplo a construção de represas represaspelos pelos castores, castores,com com base basena na noção de instinto. Após a publicação de S Slsremas, lsremas,o principal projeto intelectual de Morgan passou a jel tentar 3pllçar o conhecimento ant:ropológicoo contemporâne ant:ropológic contemporâneoo para interpretar a história pas-
pela Smithsonian
sada. Numa carta de 1873 a um amigo, escreveu: "Penso, sobre-
em 1871 no monumental
.
SgstemsofComsang !nig úmd.A#!niO af
rbe Hümúm Eamílg [Sistemas de consangüinidade
Institution.
e afinidade da
Morgan chegou chego u à conclusão de
diferentes: um descritivo (do hemisfério
pela existência'."' O resultado 6oi o livro 4pcleníUgç+e!)1lê:!ç!çiç4pcleníUgç+e!)1lê :!ç!çiç.4adQêp:t+ga], publicado em 1877, e do qual coram incluídos
sul, tropical e claramente não-europeu) e outro classificatório (da Europa e do noroeste asiático). asiático). As difere diferenças nças entre os dois
nestacoletâneao prefácio eo nestacoletânea eo primeiro capítulo. No livro, Morgan estudou os estágios de progresso da sociedade humana
sistemas, sugere Morgan, poderiam ser devidas ao resultado do
desenvolv imento da propriedade. O livro t:ornou-seum desenvolvimento t:ornou-se um marco nos estudos antropológicos. antropológicos. Antes de Morg Morgan, an, poucos haviam registrado com cuidado ede maneira extensa extensaaa terminologia de parentesco de outros povos O tema do parentesco tornou-se, com seu livro, central na antropologia. É interessanteobservar
através da análise de cinco casos exemplares: os aborígines aus-
tralianos, os índios iroqueses, os astecas, os gregos e os romanos. O desenvolvimento da idéia de.prop111çdaqe.çelg!!do,n! interpretação de Morgan Morgan,, o processo deçisivg Bailgp surgimenF,. H q .-=-r;l;,.,;a Çv
que, oito décadasmais tarde, Lévi-Strauss dedicaria seu .Asesü'wfüraseZemenf.ires füras eZemenf.ires do doparenfeico parenfeico(1949) (1949)à memória de Morgan.
\+a.
LI
V IXLZ.a'\
a v'
Com o livro, Morgan tornou-se internacionalmente conhecido (embora (embora também bastante criticado) e o principal expoenteda expoente da an antropologia tropologia nos Estados Unidos. Toda uma gera-
Ao longo da década décadade de 1860,Morgan 1860,Morgan foi eleito pelo partido republicano para aassembléialegislativa(1861-1868) e para
ção de jovens interessados na disciplina passou a procura-lo em
o senado (1868-1869) (1868-1869) de seu estado, tendo tido uma atuação
sua casa em Rochester. E Em m 1875, na reunião anual da AAAS, Morgan criou e presidiu uma subseção subseçãopermanente permanente de antropologia, sendo eleito, nessemesmo nessemesmo ano, par paraa ocupar uma das
apagada,excetopor sua apagada,exceto suaparticipação participação na presidência do Comicê de Assuntos Indígenas da assembléia.Seu grande int:eresse continuava sendo a ciência. Paralelamente aos estudos antropológicos, publicou public ou em 1868 'r%eÁmedçúnB Beape?" eape?" zmdHls Worhs [0 cascar americano e suas obras]. Morgan acreditava que o
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tudo, que asépocas asépocasde de real progresso estãoconectados conectadoscom com as artes de subsistênc subsistência, ia, que incluem a idéia darwinia darwiniana na de 'luta
que havia apenas dois sistemas de terminologia de parente parentesco, sco, fundamentalmente
.
16 vagas da National Academy ofSciences. Em 1879, 6oi eleito «
l
presidente da AAAS. Sua saúde já estava, no encanto, deteriora-
da. Morgan m morreu orreu no final de 1188 881, pouco apóscompletar 63
l4
Evolucionismo Cultura
Apresentação
anos e ver publicado seu último livro, Ho sesynd /ío@se-l,{He of
l5
americanos l .
A admiraçãodos admiraçãodos expoentesdo expoentesdo comunismo por um advogado burguês republ republicano icano norte-america norte-americano no viria a ser ironizado por vários 2utoFCS.P A Apesar pesar disso, deve-se deve-seregistrar registrar que,
Após suamarcadas, morte, afama Morgan esuas suasidéias idéias coram profundamente parade o bem ou para o mal, pela admira-
durante uma viagem a Paris pouco após aderrota da Comuna (1871), Morgan Morgan escreveriaem seus seusdiários, diários, nunca publicados
ção que (A sociedade únfegacausou em Karl Marx e Friedrich Engels.M Marx arx leu o livro entre 1880 1880ee 1881e 1881e tomou tomou 98 páginas de notas.' Engels utilizou-se amplamente dessas dessasanotações anotações
na íntegra, que os coram n iras, apesar de sua parcela de crimes,
fbe Ámertcan ..4bor=lgíHes [Casas e vida doméstica dos aborígenes
do. No prefácio à primeira edição, de 1884, Engels afirmou que
haviam sido injustamente injustamente condenados, por terem sido pouco compreendidos. Ao deixar Pauis,Morgan Pauis,Morgan escreveu escreveuquem.dÜeito quem.dÜeito divino estavadando estavadando lug.al39 di11çjçoccomSlçj111 omSlçj111 !.quIS)s.gflyer nos estavamtornando-se instrumentos para a preservacãoe o
sua obra era a "execução de um testamento",
aumento da propriedade "Junto com essa tendência, percebe-
para escrever A oHgem dafümzaia, da propriedade papada e do Esta pois Marx, morto
em 1883, queria expor pessoalmente os resultados das investigaçõesde gações de Morgan em relação com as conclusões da análise ma-
mos outra: a de que os comercia comerciantes, ntes, assim que ganham dinheiro, tornam-se aristocratas", passando-se ppara ara o lado das class classes es
t:erialista da história.
privilegiadas. No entanto, "quando seu dia tiver chegado, a vez
Em A ontem cÜ#amzZ2ú... Engels afirma que Morg Morgan an era responsávelpor ponsável por uma "revolução do pensamento" que que teria, para a história primitiva, "... a mesma importância que a teoria da evo
lução de Darwin para a biologia e a teoria da mais-valia, enun
dada por Marx, para a economia economi apolítica." A afinidade das teorias de Morgan com as de Marx seria comp completa: leta: "Na América, Morgan descobriu de novo, e à sua maneira, a concepção materialista da história formulada por Marx quarenta anos antes e, baseado nela, chegou,. contrapondo barbárie e civilização, aos mesmos resul resultados tados essenciais essen ciais de Marx."' Numa car-
ga a Kautsky, do mesmo ano, Engels repetiria que: "Morgan redescobriu espontaneamente,nos espontaneamente,nos limites que Ihe traçava seu objeto, a concepçãomaterialista concepçãomaterialista da história de Ma Marx, rx, e suas conclusões relativas à sociedade sociedadeatual são postulados absolutamente comunistas."'
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do povochegará. povochegará."" Discutir o grau de convergênci convergênciaa entre as asidéias idéias de Morgan e o marxismo estáfora está fora dos objetivos e limit limites es destaapresentação. Sem dúvida, todav todavia, ia, a impolltancja dada por Morgan.&o desenvolvimento desenvolvi mento da idéia de propriedade e sua conçellção determinista da evolução evoluçãocultural cultural humana ap aproximam roximam suas suasiggas iggas das marxistas; por outro lado, Morgan nunca 6oi um materiansta ortoa(5io, ortoa(5io, e termina Á socíed.de únügaatribuindo únügaatribuindo o curso da história humana ao plano de uma "lptellgênS:iaSuprema" para desenvolyq!.o selvagemeg!.gvilizado;.passando p lo bár. bato.Um fato importante a registrar,no entanto, éque, como como consequência da leitura de Marx e Engels, Engels, as idéias de Morgan,
e especificamente especificamente seu A sociedade aantiga, ntiga, tornaram-se a doutrina antropológica oficial ofic ial da União Soviética, prolongando assim a influência de suas idéias para muito além da época de apogeu
do evolucionismocultural. evolucionismocultural.
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i6
Evolucionismo Cultura
Apresentação
N Tylor nasceuna nasceuna Inglaterra Inglater ra em 1832,numa prósperafamília prósperafamília quacre londrina.''
l7
primitiva: pesquisassobre pesquisassobreoo desenvolvimento desenvolvimentoda da mitologia, filosonía,religião, losonía, religião, linguagem, arde e costume], publicado em 1871
Aos dezesseis anos passou a trabalhar no ne-
gócio familiar familiar (uma fun(tição de bronze) bronze),, sem nunca vir a cur-
sar uma universidade.Em Em 1855,Tylor 1855,Tylor virou pelosEstados Unidos e por Cuba, antes de passar quatro meses mesesde de 1856 no México, em companhia de Henry Christy, que conhecera casualmente em Havana, e que seria responsável por roubar de ruínas astecasee retirar do México preciosas relíquias que hoje se en astecas contram no Museu Britânico, na coleção coleçãoque que leva seu nome. Dessa viagem resultou o primeiro livro de Tylor, .An zb úc: OC OCMex/co, Mex/co, ..4nclenfúnd ..4nclenfúnd Modem"nIAnahuac: ou, México, antigo e
é por muitos considerado pai da antropologia ulturalTylor por ter dado pelaconsideradoo primeira vezouma definição fo formal rmalcculde c:w/fixa,na fraseque abre CwZfwra ppdmiüz"z dmiüz"z cujo primeiro capítulo, "A ciência da cultura", 6oi incluído nesta coletânea:
"Cultura ou Civilização, to tomada mada em seu ma mais is ampl amploo sentido etnográfico,é aqueletodo aqueletodo complexo que inclui conhecimento, crença,arte, moral, lei, costume equaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da
gresso dos Estados Unidos. Conclui que os mexicanos eram "totalmente incapazesde incapazesde gove governar rnar a si próprios" e precon preconizou izou
sociedade."Deve-se sociedade." Deve-seressaltar, ressaltar,no no entanto, algo muitas vezes vezesesesquecido nas inúmeras citações desde ent então ão deitas deitasdessa dessafrase: frase: queTylor que Tylor cala calade de cultura oziciz,iZ/ração. oziciz,iZ/ração. Ao tomar as duas duas ppalaalavrascomo vras como sinânimas,a sinânimas,a definição de Tylor distingue-se distingue-sedo do uso moderno do termo cultura (em seusentido relat:ivista, relat:ivista,pluralispluralista e não-hierárquico), que só seria popu popularizado larizado com a obra de FranzBoas, já no início do séculoXX. Cultura, paraTylor, paraTylor, era palavra usadasempre usadasempreno no singular, eessencialm essencialmente entehieraquizahieraquiza-
a total absorção do país pelos Estados Unidos."
da em "estágios"
modernos, publicado em 1861. 1861. Além Além de observaçõestípicas da literatura de viajantes sobre a terra e seu povo, Tylor deu atençãoespecialàs especialàs'le!!!lisa 'le!!!lisa dados" do período pré-colombiano e lamentou as condições políticas política s desse de sse "desventurado país", cujo
povo era "inc "incapaz apaz de liberdade", contras contrastando-o tando-o com o pro-
Em 1865, Tylor publicou
Reseút'cãesiHro fóe EúrZg / isto y of
À4.z»hjnd.znd À4.z»hjnd .znd fbe Dera Dera/opmenr /opmenr ofCiz,iZ2mf/on [Pesquisas sobre a an-
Ainda em 1871, Tylor 6oi nomeado Fellow da R Royal oyal Society, uma honrada então raramente obtid obtidaa ante antess dos 40 anos de
tiga história histó ria da humanidade e o desenvolvimento da civiliza civiliza-ção], no qual procurava organizar as novidades recentemente recentemente trazidas sobre a pré-história humana pela arqueologia e pela
idade. Em 1874, foi o autor de 18 seções do livro Nbfesúnd Qwev'ieson Antbropology,for tbe Use UseofTrauetlers ofTrauetlers and Resüentsin Resüentsin Uncivili-
antropologia.
Suas extensas leituras nessas áreas levaram-no a
viajantes e de de moradores ddee países paísesnão-civilizad não-civilizados], os], escrito por
escreverem escrever em seguida aquel aquelee que se tornaria seu livro mais im-
um comitê criado em 1872 pela pela British Association6or Association6or the
portante: Primitiue Caltwre: Researcbesuunto nto tbe Depetopment Depetopmentof of
Advancement ofScience [SociedadeBritânica [SociedadeBritânica para o Progresso
M)fboZoW- Pbi/osopZ7,R Re/i@ofz, e/i@ofz,I'ingwúge- Auúnd CwsromECultura
da Ciência, BAAS].:' A estrutura dessas seçõesrefletia seçõesrefletia os temas
d lamas [Notas e indagações sobre antropo]ogia,
para uso de
i8
Evolucionismo Cultura
principais de Cw/f#r.zpàm/üz'a. pàm/üz'a.E Em m 1881, Tylor publicou um pequeno manual sobre sob re a disciplina que set:ornada muito difundido, Antbropology: An Innodwction to theStand ofMan and Ciz,!Ziz.zãon[Antropologia: uma introdução ao estudo do homem e da civilização].
Em 1883, ap após ós terem terem sido deitas deitasreformas reformas universitárias na Grã-Bretanha, Tylor afinal pôde ser nomeado para um cargo público, tornando-seconservador conservador(Keeper) (Keeper)do museu da Universidade de Oxford (at:ualmente, Museu Pita-Rivers). Já era
considerado a maior autoridade britânica em antropologia, razão pela pela qual tornou-se, no ano seguinte, o primeiro presidente
da SeçãoAntropológica SeçãoAntropológic a da BAAS. Foi Institute. também, porrecém-criada duas vezes,presidente presidentedo do Royal RoyalAnthropological Anthropological Ainda em 1884,tornou-se 1884,tornou-seoo primeiro Leitor (Render)ddeeAntropologia de Ox6ord e da Grã-Bretanh Grã-Bretanha, a, e em 1896,Pr(?#essor, o grau mais elevadoda elevadoda vida acadêmica acadêmicabritânica britânica (equivalente ao professortitular no Brasil). Brasil).Nesse Nesseperíodo, período,Tylor Tylor publicou apenas um trabalho antropológico importante: "On a Method of Investigating the Development of Institutions: Applied to Laws ofMarriage and Descent" [Sobr [Sobree um método de investigar o desenvolvimento das instituições, aplicado àsleis de casamento e deêcendência].'s Aposentou-se em 1909, recebendo o título de professor emérito, mas já em precárias condições mentais. Seria ainda sagradocavaleiro (Sir) em 1912, cinco anos antes de morrer, em 1917, aos 84 anos.
Apresentação
Z9
1869 na Universidade de Glasgow, graduando-se em 1874. Para completar sua formação, seguiu para o Trinity College eem m Cambridge, ao qual estaria ligado por quase todo o resto de sua vida. Dedicou-se com impressionante energia aosestudos clássicos(isto sicos (isto é, aos auto autores res gregos gregosee romanos, lido lidoss no original original)) e, devido a seu desempenho, ganhou uma bolsa-prêmi bolsa-prêmioo da universidade com duração de seis anos. A bolsa não exigia que desse aulas ne nem m tivesse qualquer tipo de produção acadêmica e seriarenovada seria renovada seguidamente seguidamenteaté até 1895, 1895,quando quando se setornou tornou vitalícia. Ou seja, apesar de relativamente modesta, a bolsa permitiu a Frazer dedicar-se apenas aos estudos, sem nenhuma exigência de contrapartida,
por toda a sua vida.
Em 1885, Frazer deu uma palestra no Anthropological Institute, "On Certain curial Costumesas lllustrarive of the Primitive Theory of the Soul" [Sobre certos costumesfunerários como ilustrativos da teoria primitiva da almas. Na audiência escavam,entre escavam,entre outros, Francês Fr ancês Galton, Edward Tylor e o autor por quem Frazer na época mais nutria admiração, Herbert Spencer.Naquele Spencer.Naquele tempo, no entanto, seu seuinteresse interessepredopredominante continuava sendo pel pelos os estudos clássicos. clássicos.Em Em 1884, Frazeracertou com Frazeracertou com o editor GeorgeMacMillan GeorgeMacMillan (que (quese setornaria tornaria seu editor e amigo pelos próximos 50 anos) a preparação de uma nova tradução de Pausânias,geógrafo Pausânias,geógrafo eantiquário do século ll d.C. que viajou extensament extensamentee pela Grécia e escreveu aquele que é geralmente reconhecido como o primeiro guia de
N
viagem: DescHçãodz Grécza.Em Em 1898, após mais de 13 aanos nos de trabalho, que incluíram viagens à Grécia para conhecer /n /oco
Prazer nasceuem Glasgow, Escócia Escócia,, em 1854, numa família de classe média, filho de um farmacêut:ico. Matriculou-se em
asrecentes descobertas arqueológicas e ver em que elas ajuda-
riam a compreendero compreendero texto de Pausânias,o projeto resultou
zo
Evolucionismo Cultura
numa tradução "comentada" que veio público com não menos
Apresentação
zi
Através de uma aplicação do método comparativo, creio poder
que seis volumes (pelo menos o dobro das edições anteriores), e
demonstrar ser ser provável que o sacerdote sacerdoterepresentou representou em sua
mais de três mil página. A tradução, propriamente dita, ocupava apenasum volume, volum e, seguido de quatro volumes v olumes de comentá-
pessoa o deus do bosque -- Virbius
rios e um de map mapas, as,plantas plantaseíndices.Esse índices.Essepadrão de trabalho
do difundido costume de se matar homens e animais vistos
seria a marca registrada de toda a produção produção int:eleccual de trazer: um projeto modesto que, ao longo dos anos, ass assumia umia proporções gigantescas.
como divinos-. O Ramo de Ouro, creio poder demonstrar, era o visco, e toda a lenda pode, creio, ser posta em conexão, por um lado, com a reverênciadruídica reverênciadruídica pelo visco e os sacrifícios huma-
Na mesma época em que começou a tradução de Pausânias, Frazer conheceu William Robertson Smith (1846-1894),
antropólogo especializado no estudo histórico das religiões do
Oriente Médio, em especialdo do Antigo Testamento,autor Testamento,autor de
Tbe TbeRe/{glo» Re/{glo»oflbe oflbe Semlfes.O Oss dois ttornaram-se ornaram-se amigos inseparáveis até a morte precoce de Roberrson Smith, que 6oi o grande responsável pela conversão de Frazer para a antropologia, embora nunca o tenha deito abandonar os estudos clássicos.
Bem anõesde anõesde completar sua edição de Pausânias, Frazerjá tinha um novo projeto, que resultaria na suamaior obra (tanto em importância quanto em tamanh tamanho). o). Em 1889, escre escrevendo vendo a George MacMillan,
Frazer resumiu o argumento do livro que
estava escrevendo escrevendo para]e]amente, Tbe Go/den ]3ozegA[0 ramo de
ouro]. O propósito explícito seria explicar um tema da mitologia clássica: a regra para a sucessão sucessãodo do sacerdócio no templo do bosque de Nemi, perto de Romã. Qualquer um poderia se tornar sacerdote e rei do bosque, desde que primeiro arrancasse um ramo o ramo de ouro -- de um umaa certa árvore sagrada daquele bosque e, em seguida, m matasse atasse o sacerdote. Frazer con-
cluiu, num estilo se semelhante melhanteao ao da tra trama ma de uma história de
detetive:
e que seu sacrifício 6oi visto
como a morte do deus.Isso deus.Isso levanta a questão sobreo significado
nos que que acompanhavam seu culto; e, por outro lado, com a lenda lenda
nórdica da morte de Balder. O que quer que sepense se pensedas das teorias [do livro], descobrirão que e]econtém um grande estuque de cos-
tumes muito curiosos, muitos dos quais podem ser novidade mesmo para antropólogos reconhecidos. A semelhançade semelhançade mui-
tos desses costumes e idéias selvagens com as doutrinas funda-
mentais da Cristandade é admirável. Mas não faço referência a esseparalelismo, deixando que meus leitores tirem suas esseparalelismo, suaspróprias próprias conclusões,de conclusões, de uma maneira ou de outra.''
A primeira edição de O ramodeparo deparo 6oipublicada em 11890, 890, em dois volumes ecom um total de 800 páginas. A segunda edição, de 1900, 1900,ampliava ampliava a ob obra ra em um volume, com respostas respostasaa algumas críticas e a incorporação de dados decorrentes de sua longa correspondência e amizade, após 1897, com o antropólo-
go W. Baldwin Spencer(1860-1929), Spencer (1860-1929),grande grande pesquisador de campo entre os aborígines da Austrália Central. Fraz Frazer er continuou, n o entanto, aumentando o livro. A terceira edição, publicada entre 1911 1 911 e 1915, tinha 13 volumes e um total de 4.568 páginas, levando o leitor através de uma vertiginosa viagem por
todas as províncias etnográficas e mitologias do mundo. Em 1922, Frazer Frazer preparou uma versão condensada em um volume que se tornou um besf-se//er.:'
2,z
Evolucionismo Cultura
Apresentação
Em 1908,já consagrado como antropólogo, Frazer aceitou um convite para p ara mudar-se para a Universidad Universidadee de Liverpool, apósviver por 34 anosem Cambridge. Em Liverpool, eleteria eleteria a condição de Pr(?#essor de antropologia social, a primeira cadeira
a ser criada com essetítulo essetítulo numa universidade,em todo o mundo. A condição de Professorsignificava uma grande elevação de status em relação ao que desfrutava em Cambridge. Era,
no entanto, uma posição posiçãohonorário, honorário, ist istoo é, que não acarretava
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aCambridge. Lá Frazer viveu at atéé 19 1914, quando mudou-se para Londres, ao completar 60 anos de idade. [)urante a Primeira Guerra Mundial, apesar de seu afastamento da política e das causaspúblicas, causas públicas, em 1916 Frazer apoiou a demissão de Bercrand Russel do Trinity College, por suas posições pacinlstas e contra a guerra, consideradas "impatriót "impatrióticas" icas" por seuscríticos. Após a mudança para Londres, iniciou-se iniciou- se uma fase de sucesso junto ao pú público blico leitor, honrarias oficiais e mais llivros, ivros,
um salário; por outro lado, não o obrigava a dar aulas ou palestras regularmente, permitindo que sededicasse sededicasseàà pesquis pesquisaa e à escrita. Além de dar ffim im à insatisfação com seu status em Cam
como Fo/h-l,ore /m fbe O/d Tesfamenf [Folclore no Antigo Testa-
bridge, trazer alimentava no novas vas ambições, ambições,como como explicou numa carta a Galton:
192 1, recebeu o título de doutor bandas cúwsúpela cúwsúpela Sorbonne e,
Eutenho um plano,que plano, que pretendo advogarna advogarna minha palestra palestrainauinaugural, de se estabeleecerum cerum fundo para enviar expediçõesantropológicas para coletar informação sobre os selvagensantes selvagensantes que seja
tarde demais.Liverpool, demais.Liverpool, com suariqueza suariqueza e suasconexões suasconexõescom com ter ras estrangeiras, é talvez o melhor lugar no país para lançar tal pla -
no, mas eu tentarei conseguir que as universidades mais antigas, a Royal Sociecy, Sociecy, o Anthropological
Institure e o British Mluseum as-
sociem-seao sociem-se ao trabalho e ajudem na gestãodo gestãodo fundo."
E com essa essaidéia idéia em mente que podemos compreender ple namente as páginas finais da única palestra que Frazer daria em Liverpool, intitulada T%eS Score coreofSoc/aZ.Anfbropo/o© [[00 escopo da antropologia antropologia social], incluída incluída nestaedição. Proferida em 14 de maio de 1908, essa essapalestra palestra pode ser vista como o momento inaugu ral
da .znüopo/OWÚsoa.zZ. .znüopo/OWÚsoa.zZ.
O casal Praze Prazerr acabou morando em Liverpool por apenas cinco m eses. Sem conseguirem adaptar-se à cidade, retomaram
mento], publicado em 1918 em "apenas" três volumes. Em 1914, Frazer 6oi ttornado ornado cavaleiro da Coroa Britânica. Em em 1922, iniciaram-se as ,f;lazer ],estares [Con6erências Frazer] ,
realizadasanualmente até hoje, num regim realizadasanualmente regimee de rodízio, pel pelas as universidadess de Glasgow, Cambridge, Ox6ord e Liverpool, universidade com a participação dos antropólogos mais eminentes. Ainda em 1922, os Frazer deixaram sua casa em Londres epassaram a viajar por vários países, países,enquanto enquanto preparavam o retorno definitivo a Cambridge, onde construír construíram am uma pequena casa. casa.O O final da vida, no entanto, 6oi duro para o casal.Completamente cego a partir de 1931, Prazer continuou com o auxílio da esposa a preparar novasediçõesde seus livros. livros. Os dois morreram no mesmo dia, com poucas horas de diferença. diferença. Ao longo do meio séculodecorrido séculodecorrido entre entreaa primeira edição de O ramo de paro (1890) e sua morte, Prazer desfrutou de uma
dupla reputação: à medida que seu reconhecimento e sucesso cresciam junto ao público leigo
provavelmente Fra Frazer zer foi o
autor mais conhecido junto ao "grande público" de toda a história da antropologia e a proníssion proníssionais ais de outras disciplinas como por exemploos estu estudiosos diososda mitologia, da literat literatura ura e
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Evolucionismo Cultura
mesmo Freud, que baseou-sena baseou-sena obra de Frazer para escrever escreverTaTaremef.zbw,ppublicado ublicado em 1913 --, sua influência decresciajunto aos antropólogos antropólogos profissionais. Seu estiloo,, a par partir tir da década de 1920, era considerado demasiadamente "literário" por uma geração de antropólogos que se consideravam "científicos "científicos", ", por mais que o público em geral co continuasse ntinuasse gosta gostando ndo de ler seus seuslilivros. Mais que isso, suas idéias eram consideradas anacrónicas: o
apogeudo apogeu do evolucionismo evolucionismocultural cultural haviapesado. haviapesado. Evolução biológica e evolução cultural
Apresentação
da "seleção natural" através de variações acidentais. aciden tais. Em mea-
dos dos anos 1870,talvez a maior parte das pessoas pessoascultas cultas na Europa e na América do Norte já tivesse aceito as idéias de Darwin. Muitas vezes,no no entanto, a compreensã compreensãoode sua teoria eera ra vagae superficial. Um dos Estores Estoresfundamentais fundamentais para a aceitação çãoda da idéia de evoluçãoera sua associação associaçãocom com a idéia de progresso,cuja imagem mais comum é a de uma "escada"cujos "escada"cujos degrausestão degraus estãodispostos numa hierarquia linear. Geralmente, o evolucionismo era percebido percebido como a expressão expressãocientífica científica desse princípio mais antigo e geral. É também importante
Há diferenças entre os autores do período clássico do evolucio-
nismo cultural em relaçãoa relaçãoa aspectostanto teóricosquanto de interpretação etnográfica.Também ocorreram mudanças ao
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perceber que a chamada "revolu"revolu -
ção" darwinista ocorreu em paralelo ao enorme alargamento do tempo histórico da espéciehumana, espéciehumana, para muito além dos cercade cerca de cinco mil anos apontados pela tr tradição adição bíblica. Em
longo da produção acadêmica de cada um deles, tomados indi-
1858 coram descobertos artefatos humanos hu manos junto com ossos
vidualmente. No entanto, pode-sencom vidualmente. pode-sencomrelativa relativa facilidade, sintetizar as principais principais idéias gera gerais isdos dos autores evolucionistas da antropologia, que eram em grande medida convergem:es convergem:es.'9.
de mamutes mamutes e outros animais extintos na caverna cavernade de Brixham, próxima à cidade de de Torq Torquay, uay, na Inglaterra. Com isso, o mundo "antediluvi "antediluviano" ano" recuou muito no tempo, tornando-se "pré histórico". Na mesmaépoca, época,descobertas descobertassimilares similares foram deita na França, igualmente comprovand comprovandoo a grande antiguidade do homem sobrea sobrea terr terra. a. Indiretamente, essasdescobertasreforçavam a suposição de que teríamos descendido de formas "in6e " in6e dores" de vida há muito extintas.
Antes, porém, porém , é preciso desfazer um equívoco bast ante co-
mum: pensar que a idéia de evolução como explicação para a diversidade cultural humana é decorrência direta da idéia de evolução biológica, tendo como marco a publicação, em 1859, do livro do naturalista inglêsCharles CharlesDarwin Darwin (1809-1882), (1809-1882),On On [be OH#ns ofSpecies bl) Means ofNatural Setection; or, or, Tbe Preserpation ofEúz,owred Rúces in fbe Süzí©Ze#or l,gàlSobre a origem gem das es-
pécies por meio da seleção natural; ou, a preservação das raças
favorecidas na luta pela vida] . Darwin argumentou
que as espécies existentes haviam se
desenvolvido lentamente lentamente a par partir tir de formas de vida anteriores, e apontou apontou como mecanismo mecanismoprincipal principal desseprocesso desseprocessoaa teoria
O impacto do livro de Darwin e dessas descobertas paleon-
tológicas 6oi enorme, estendendo-se para além de seus campos campos científicos específicos e influenciando a teologia, a filosofia, a política e também a nascente antropologia. No entanto, para aqueles que, nas décadas de 1860 e 1870, sededicaram a estudar a história do progresso humano autores comoJohannes Bacho6en,Henry Bacho6en, Henry Maine, Fustel de Coulang Coulanges, es,John John Lubbock,
2,6
Evolucionismo Cultura
John Ferguson McLennan, Lewis Henry Morgan e Edward Burnett Tylor a influência da obra do 6ilóso6o 6ilóso6oinglês inglês Herbert Spencer(1820-1903) Spencer (1820-1903) teve maior impacto do que as teorias darwinistas. Aliás, Darwin não 6oi o primeiro a dar uma definição rigorosa de "evolução". Essa palavra só apareceu na 6; edição, de 1872, dalOrigem dalOrigemdas dasespécies. espécies. A razão que levou Darwin a finalmente usar essapalavra, essapalavra, 13 anos após a primeira edição de seu livro, é que ela se havia tornado amplamente conhe conhecida. cida. O grande responsável por sua popularização 6oi Herbert Spencer, que já havia usado "evolução" em seu livro SoclúZSraücs Sraücs[Estáti[Estática social], de 185 1. Em seu texto "Progress:Its "Progress:Its Law an andd Cause'
Apresentação
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Um só caminho, uma mesma humanidade Aplicada à antiga questão da enorme diversidade cultural humana, percebida tanto nas sociedades que existiram no passado como nasque nasque conviviam contemporaneamente no espaço,a perspectiva evolucionista em antropologia
baseava-se num ra-
ciocínio fundamental: fundamental: reduzir as asdiferenças diferenças cu culturais lturais a estágios históricos de um mesmocaminho evolutivo. O diagrama se guinte, Feitopor Feitopor Roberto DaMatta, permite visualizar essepro' cedimento: 'Outras" sociedades
[Progresso: sua lei e causa], de 1857, Spencer genera]izou o processo evolucionário para todo o cosmo: O avanço do simples para o complexo, através de um processo de
Sociedade do observador Tempofinal
sucessivasdiferenciações, sucessivas diferenciações, é igualmente visto nas mais antigas mudanças do Universo que podemos conceber racionalmente mente e
indutivamence estabelecer;ele estabelecer;ele é visto na evolução geológica e climática da Terra, e de cada um dos organismos sobre sua su
perfície; ele é visto na evolução da Humanidade, quer seja contemplada no indivíduo civilizado, ou nasagregações nasagregaçõesde de raças; raças;ele ele é igualmente visto na evolução evoluçãoda da Sociedade Sociedadecom com respei respeito to a sua
organização política, religiosa e económica; e é visto na evolução
de todos ... osinfindáveis produtos concretos e abstratos da aEividade humana.2C
Enquanto a teoria biológica de Darwin não implicava uma direção ou progresso unilineares, as idé idéias ias 6llosó6icas de Spencer levavam levavam à disposição de todas as sociedadesconhecidas segundo uma única escalaevolutiva ascendente,através de vários estágios. Essa se tornaria a idéia fundamental do período clás-
sico do evolucionismo na antropologia.
Tempo inicial
A coordenada espacial ou a coordenada da contemporaneidade exprime o "outro" em sua realidade concreta presente, isto é, em toda a sua plenitude e na Garçado seu estranhamento. Mas a
coordenada vertical exprime um eixo temporal postulado, eixo que se inicia num "tempo inicial" e termina na sociedade do ob
servidor. Essadisposição Essadisposição temporal permite e6etuaro e6etuaro rebarimento das sociedadesdesconhecidas no plano temporal e assim trans-
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Evolucionismo Cultural Apresentação
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formar o estranhamenro concretonuma familiaridad familiaridadee postulada, situada no eixo de um tempo dado como conhecido."
suada em diferentes graus de civilização". [ver p.76] No entanto,
O postulado básico do evolucionismo em sua baseclássica
núgenismo), por vezes esses e outros autores se contradiziam
mesmo proclamando uma origem única para todas asraças(moao
era, portanto, que, em todas as partes do mundo, a ssociedade ociedade humana teria se desenvolvido em estágiossucessivos estágiossucessivose obriga-
(não só por eles, como pelo público culto em geral) como desi-
tórios, numa trajetória
guais, senãoem gênero, ao menos em grau.
basicamente
unilinear
e ascendente. A
possibilida de lógica oposta, possibilidade opost a, deque teria havido uma degeneração ou decadên decadência cia a partir de um estado superior idéia que tinha por baseuma baseuma interpretação bíblica -- precisava precisavaser ser descartado, como ssee poderáver nos textos aqui reunidos. Toda a humanidade deveria passarpelos passarpelos mesmos estágios, segui seguindo ndo uma direção que ia do mais simples ao mais complexo, do mais indiferenciado ao mais diferenciado. O caminho da evolução seria, nas palavras de Morgan, natu-
ral e necessário: necessário:""Como Como a humanidade âoi âoiuma uma só na origem, sua t:raletória tem sido essencialmente uma, seguindo por canais diferentes,mas ferentes, mas uniformes, em todos os continentes, emuito seme-
lhantes em todas as tribos e naçõesda naçõesda humanidade que se encontram no mesmo status de desenvolvimento." [ver p.46]
Um corolário dessepostulado era o da unidade psíqu psíquica ica de toda a espéciehumana, espéciehumana, a uniformidade de seupensamento. Isso distinguia os autores evol evolucionistas ucionistasclássicos clássicosda antiga tradição poZ poZgemlsta gemlsta ddaa antropologia, que argumentava argumentav a que as "raças humanas" tiveram origens diferentes, escondo assim permanentemente estabelecida uma desigualdade nnatural atural e um umaa hierarquia entre elas. elas. Tylór, numa passagem passagemde de seu texto texto,, é especialmente claro ao aârmar ser "tanto possívelquanto quanto desejáveleeliminar liminar considerações de variedades hereditária, ou raças humanas, e tratar a humanidade como homogêneaem homogêneaem natureza, embora embora si-
tratar das raças humanas. Estas eram geralmente consideradas
O método comparativo e a ciência da cultura cultura Como decorrênciada decorrênciada visão de um único caminho evolutivo humano, os povos "não-ocident "não-ocidentais", ais", "selvagens" ou "tradicionais" existentesno existentesno mundo contemporân contemporâneo eo eram vi vistos stos como uma espéciede espéciede "museu vivo" da história humana -- representantesde tantes de etapasanteriores etapasanterioresda da trajetória universal do homem rumo à condição dos po povos vos mais "avançados"; como exemplos vivos daquilo "que já gomos um dia". d ia". Para Frazer, "o selvagem é
um documento humano, um registro dos esforçosdo esforçosdo homem para se elevar acima do nível da besta". [ver p.12 1] Nas pa]avras de Morgan: as instituições domésticas dos bárbaros, e mesmo dos ances-
trais selvagensda selvagensda humanidade, ainda estão exemplificadas em partes da família humana, h umana, e com tamanha completude compl etude que, ex-
ceto pelo período período estritamente primitivo, os diversos diversosestágios estágios desseprogresso desse progresso estão razoavelmente preservados. [ver p.54]
Na medida em que a arqu arqueologia eologia era então pouco desenvolvida e não havia registros registros históricos disponíveis para a reco reconstinstituição dos estágiossupostamente estágiossupostamentemais "primitivos" -- a maior parte da trajetória humana -- o estudo dessassociedades dessassociedadesassu-
mia enormeimportância, enormeimportância, pois assimse poderia reconst reconstituir ituir o
3o
Apresentação
Evolucionismo Cultura
caminho evolutivo da humanidade, através de suas diferentes etapas. Pesava-se a dispor de uma espécie de "máquina do tem-
po" que permitia, observandoo observandoo mundo dos "selvagens"de "selvagens"de hoje, [er uma idéia de como se vivia em épocas épocaspassadas. passadas.A Assim, ssim, asinformações sobre a sociedade antiga antiga e sobre a mente do homem primitivo, até entãodependentes dos relatos da antiguidade gre co-romana
Heródoto, Tucídides, Tácito etc.
poderiam ser
complementadas por novos relatos. Nas palavrasde Frazer,
31
fluências ambientais) 6tzeram com que o alho de evo evolução lução dos
grupos humanos fosse diferente diferente (embora seguindo o mesmo caminho), a variedadedaí variedadedaí resultante era fundamental para que a reconstrução dos diferentes estágios do processo evoluutivo tivo
geral,atravésdo atravésdo uso do método comparativo, fosse fossepossível. possível. Era isso que permitia aproximar as soc sociedades iedades"selvagens" contemporâneas a estágios anteriores, "primitivos", do desenvolvimento das sociedades sociedadescomplexas complexas modernas. Nas palavras de
gradual da inteligência de uma criança corresponde ao cresci-
Tylor, "os europeus podem encontrar entre os habitan habitantes tes da Groenlândia ou entre os maoris mui muitos tos elementos para reconstruir o quadro de seus seusancestrais ancestrais primitivos". [ver p.94] Um trecho do mesmo autor é claro a respeito de como deveser feita a
mento gradual da inteligência da espéciee, espéciee, num certo sentido, a
aplicação do método comparativo na antropologia:
um selvagemestá selvagemestápara um homem civilizad civilizadoo assim como uma criança está para um adulto; e, exatamente como o crescimento
recapitula, assim também um escudo da sociedade selvagem em
vários estágiosde estágiosde evoluçãopermite-nos evoluçãopermite-nos seguir, aproximadamen-
te embora,é claro, não exaEamente exaEamente---, -, o caminho que os ancestrais das raças mais elevadas devem ter trilhado em seu pro gresso ascendente, através da barbárie até a civilização. Em suma, a selvageria é a condição primitiva da humanidade, e, se qui-
sermos entender o que era o homem primitivo, remos que saber o que é o homem homem selvagem hhoje. oje. [ver p.107-8]
A solução soluç ão para preencher as "lacunas" do longo período :primitivo" de evolução cultural humana era utilizar o método co conPannf/z'o, nPannf/z'o, aplicando-o ao grande número de sociedades"selsociedades"selvagens" existentes contempo contemporaneamente. raneamente. O método comparativo não era uma novidade da antropologia: ele já havia sido utilizado com Sucessona anatomia animal, por Cuvier, ena lingüística, por autores que buscavam chegar a uma língua ances-
Um primeiro passono passono estudo da civilização é disseca-la disseca-laem em detalhes e, em seguida, classifica-los em seus grupos apropriados. Assim, ao examinar as armas, elas devem ser classificadas como
lança, maça, funda, arco-e-flecha, e assim por diante; -. o trabalho do etnógra6o é classificar essesdetalhes com vista a estabelecer sua sua distribuição
na geografia e na história e as relações
existentes entre eles.Em eles.Em que consiste essa essatarefa tarefa é um ponto que
pode ser quase perfeitamente ilustrado comparando essesdetalhes deculturas com asespécies as espéciesde de plantas e animais tal como estudadas pe[o natura]ista."]ver p-76-7]
A respeito de como ordenar os itens culturais assim classificados, Tylor apela para o senso comum comum.. Para ele, a ideia de progresso estaria "tão inteiramente instalada em nossas mentesque, tesque, por meio dela, reconstru reconstruímos, ímos, sem eescrúpulos, scrúpulos,a histó-
tral comum da qual teriam seoriginadoas originadoas diversaslínguas línguas
ria perdida, confiando confiando no conhecimento geral geral dos princípios
indo-europeias.Em relação relaçãoàà se(piedadehhumana, umana, na medida em que condições externas(como isolamento geográfico e in-
do pensamentoe pensamentoe da açãohumana açãohumana como um guia parapõr os fatos em sua ordem ordem apropriada". [ver p.86]
}z
Evolucionismo Cultu ral
Outra idéia fundamental do evolucionismocultural era a de "sobrevivências",
definidas por Tylor como "processos, cos-
tumes, opiniões, e assim por diante, que, po porr corçado hábito, continuaram a existir num novo estadode estadodesociedadediferente daquele no qual tiveram sua origem, e então permanecem como provas e exemp exemplos losde de uma condição mais antiga de cultura que evoluiu em uma mais recente". [ver p.87] Nas palavras de Frazer, seriam seriam como c omo que "relíquias" de crençase costumes dos selvagens"que selvagens"que sobreviveram como como fósseisentre povos de cultura mais elevada". [ver p.106] Exemplos de sobrevivências seriam, em nossas sociedades
Apresentação
33
ção histórica sobre as oorigens rigens culturais do homem -- era a possibilidadee de se possibilidad sedescobrirem descobrirem /els, /els,aa exemplo das ciências ciênciasnanaturais. Como resumiu Tylor, "se existe lei em alggum um lugar, existe em todo lugar". [ver p.97] É interessante observar, a]iás a]iás,, que o título do texto de Tylor aqui reproduzido é, justamente, justamente, "a ciênciadacultura"
Uma "antropologia "antropologia de gabin gabinete" ete" No trabalho de reconstit reconstituição uição do processogeral processogeral da evolução cultural do homem, a antropologia
evolucionista não demons-
"modernas", os muittos os costumes, superstições e crendices po-
trava grande preocupação com aspectos ma mais is específicos ddee po-
pulares dos quais não se s e percebia a racionalidade ou a funç função ão social. Vistos pelo olhar evolucionista evolucionista,, no entanto, eles elesganhaganhavam sentido ao se transforma transformarem rem em "sobrevivências"de um estágio cultural cultural anterior, vestígios através dos quais sepoderia, num trabalho semelhante aaoo de um detetive, reconstituir o curso da evolução cultural humana. O estudo científico das "sobrevivências"autorizava brevivências" autorizava o antropólogo a recorrer, portanto, não apenasàs apenasàssociedades sociedades"selvagens",ccomo omo também à sua pró-
vos particulares, particulares, nem com a exigência de al alta ta confiabilid confiabilidade ade nos relatosetnográfico etnográficos. s. Em seutexto, Tylor dá uma resposta respostaàà questão de com comoo mesmo relatos pouco confiáveis(escritos, por exemplo,por exemplo, por missionários, comercia comerciantes, ntes, vi vi4antes 4antes ou observadores superficiais) poderia poderiam m vir a ser usado usadoss como evidência científica. Ele assinala,em primeiro, lugar, que se ddeve eve ten tentar tar obter diversos relatos relatos sobre o mesmo objeto, submetendosubmetendo-os, os,
pria sociedade.Tal Tal procedimento ampliava enormemente enormemente o campo de investigação, permitindo que se incorporasse à antropologia aquilo que secostumavadesignarcomo designarcomo "folclore". Os autores evolucionistas aqui reunidos não acreditavam
convergentes, ficaria difícil, difíci l, segundo Tylor, at:ribuí-los ao acaso
que mesm o a mais "primit:iva" sociedadeexistente -- geralmente, os aborígines.australiano aborígines.australianoss -- fosse equivalente ao estágio ini-
cial da cultura humana, o "ponto zero" da evoluçãocultural. evoluçãocultural.
assim, a um "teste de recorrência". Caso relatos independentes independ entes
de elementos elementosculturais em épocas épocasou ou lugares diferentes sejam ou a uma fraude intencional. Ao contrário, parece razoáveljulgar que, de modo geral, eles são verdadeiros, e
que sua proximidade e regular coincidência devem-seao devem-seao surgimento de fatos semelhantes em vários distritos da cultura. Os ta-
cosmais cos mais importantes da etnografia são provados dessa dessamaneira. maneira.
Isso, no encanto, não frustrava o sucessodo empreendimento
A experiência leva o estudante, depois de algum tempo, a esperar que os 6enõmenos da cultura, como resultados de causassimila-
antropológico, pois o que o transformava em uma ciência antropológico, para além além daquilo que poderia ser visto como mera especula-
é isso que irá constatar. [ver p.79-80]
res de ampla atuação, devam surgir repetidamente no mundo, e
34
Evolucionismo Cultura
Tylor conclui afirmando
que: "Tão 6ort:e, realmente, é esse
meio de autenticação, que o etnógra6o,em etnógra6o,em sua biblioteca, pode às vezes ousar decidir não apenas se um explorador particular é um observador honesto e perspic perspicaz, az, mas também se o que ele relata está de de acordo com as regras gerais da civilização." [ver p.80]
A imagem doantropólogo trabalhando trabalhandosentado sentadoem em sua suabibiblioteca era plenamente justificada na tradição da antropolo gia evolucionista, canto pelos objetivos a que se propunha quanto pelo métodos que seguia.E Embora mbora o antropólogo de vessesaber reconhecer a diferença entre um relato superficial vessesaber ou preconceituoso e um relato bem fundam fundamentado entado e isento, o
resultado final de seu trabalho, nogexnZ,prescindia de uma grande atenção ao detalhe etnográfico: buscava-secompreenbuscava-secompreender, como indicam os títulos dos livros de Morgan e Fraze Frazer, r,áá sociedade antiga, .z cultura primitiva.
Vimos como, no casode casode Morgan, essacaracterização essacaracterizaçãodo antropólogo Fechadoem Fechadoem sua biblioteca não é exata, diante da importância de suas suasviagens viagens a campo e en entrevistas trevistas com nativos, embora o trabalho com contessecundárias contessecundáriascontinuasse continuasse sendo fundamental.
Esta, no entanto, é uma exceção à regra, e a ima-
gem do antropólogo confinado à suabiblioteca suabiblioteca será serámuito muito criticada pelas gerações seguintes de antropólogos. A expressão depreciativa úl"mcb.z/z" .znfbropoZo© literalmente, "antropologia de poltrona", mas com o sentido, como ficou usual em português, de "antropologi "antropologiaa de gabinete" passou a ser am piamente utilizada peloscríticos da tradição clássica clássicada da antro pologiaevolucionista.
Os pressupostosevolucionistas pressupostosevolucionistascoram coram muito criticados, nas duas duas primeiras décadas décadasdo do século XX, por antropólogos
Apresentação
35
que preferiam explicar a questão da diversidade cultural humana atravésda atravésda ideia de deÓwsão, e não da de evol evolução. ução. Para a chamada escoladiÕwslonisün, escoladiÕwslonisün, a ocorrência de elementosculturais semelhantes em duas regiões geograficamente afastadas não seriaprova da existência de um único e mesmo mesmo caminho evolutivo, como pensavamos pensavamos evolucion evolucionistas; istas; o pressuposto ddifusioifusio-
nista, diante do mesmo fato, era que deveriater deveriater ocorrido a difusão de elementos culturais entre esses essesmesmos mesmos lugares(por comércio, guerra, viagens ou quaisquer outros meios). Dois outros marcos de ruptura com a tradição evolu evolucio cio nista, tanto em seus aspectos teóricos quanto práticos, Foram as obras de Franz Boas (1858-1942) e de Bronislaw Bronislaw Malinowski (1884-1942).
Em seu artigo "As limitações do método comparativo da antropologia" , de 1896, Boas 6ez antropologia", 6ezcríticas críticas incisivas ao métod métodoo evolucionista." Para ele, antes de supor, sem provas cabais, como faziam os evolucionista evolucionistas, s, que 6enâmenosaparentemente semelhantes pudessem ser atribuídos às mesmas causas, era preciso perguntar, perguntar, para cada caso, caso,se se eles nnão ão teriam se desenvolvido independentemente,oouu se não teriam sido transmitidos por difusãode um povo a outro. Ao contrário dosautores evolucionistas, que usavam as palavras cultura e socieda sociedade dehumana no singular, Boas passou a usar cultura nop/wxa/ nop/wxa/ O obje ovo da antropologia, nessaperspectiva,passava perspectiva,passavaaa ser não a reconstituição reconstit uição do grande caminho da evolução evoluçãocultural cultural humana, mas sim a compreensãode culturas particulare particulares, s, em suas especificidades. A classificação de diferentes elementos culturais tomados detodos os lugares do mundo, cu cujo jo orde ordenamento namento Tylor via como natural, por estar "inteiramente
instalada em
nossasmentes" nossas mentes" [ver p.86], passava passavaaa ser criticada criticada como etno-
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Evoluclonismo Cultura
cêncrica, como fruto de um umaa perspectiva prisioneira dos pressupostoseevaloresda cultura do observador. supostos observador.As As cul culturas turas "primitivas" deixavam, assim,de serem percebidas eavaliadas por aquilo que lhes faltava ou aquilo em que estariam "atrasadas" em comparação com a cultura ocidental moderna: Estado, família monogâmica, ciência, c iência, propriedade privada e religião monoteís-
Apresentação
37
da, classi6lcá-los em seus grupos apropriados" com evidências
recolhidas em todo o mundo passavaa passavaa ser visto como um método equivocado, e o antropólogo evolucionis evolucionista ta aproximava-sedo va-se do modelo de um colecionador de borboletas que classiâcava seus espécimes em formatos e cores, sem entender-lhes a morfologia e a fisiologia.
ta. Além desserelativismo desserelativismometodológico,Boaspraticou Boaspraticou e estimulou em seusalunos um gosto pela pesquisa pesquisade de campo
'4rEomúwfasveio veio com um prefácio de Frazer. Malinowski, além de atribuir à leitura de O nnmo de ouro o despertar de seu in-
desconhecido para a maior parte dos autores que o precederam. Em relação especificamente à necessidadede necessidadede o antropólogo ter uma experiência experiênciadireta direta eprolongad prolongadaa de convívio com seu
teressepela antropologia, contava há anos com o estímulo de
objeto" de pesquisa,o pesquisa,o grande marcode rupt ruptura ura com a tradi-
metia tornar-se,com tornar-se,com a publicação de outras monografiasde Malinowski sobre os trobriandeses, "um dos trabalhos mais completose cie científicos ntíficosjá produzidos sobre um povo selvagem". Vinte anos mais tarde, tarde, Malinowski dariao obituário de Frazer,
ção evolucionista 6oi a publicação de ÁTEon.zafasddoo Pacz@co OciOci-
denfa/,de Malinowsk denfa/,de Malinowski,i, em 1922,fruto de prolongada pesquisa de campo campo entre os nativos das ilhas Trobriand." Ir a campo passavaaa servisto como uma experiência sava experiênciaexistencial existencial fundamenta fundamentall para o conhecimento etnogránlco, et nogránlco, o meio através atravésdo do qual o antropólogo se torna apto a observaruma observaruma cultura "de dentro", para poder compreender o "ponto de vista do nativ nativo" o" e sua "vi são de mundo". Além de pregar uma antropologia ao ar livre, Malinowski enfatizava a necessidadede se compreender cada cultura em sua fofa/idade, sem fragmenta-la.
Boasjá criticara cr iticara o antigo padrão de disposição das peças dos museus etnográficos, com sua classificação por tipo de atividade ou instrumento, misturando peças peçasde de povos de todo o mundo. Essepadrão, de inspiração evolucionista, foi sendo substituído pelo ordenamento de conjuntos de elementos rela rela-cionados a diferentes culturas. Nessesentido, Nessesentido, o procedimento fundamental do método comparativo comparativo,,tal como pr preconizado econizado por Tylor "disseca-la "disseca-la[a [a civilização] em detalhes e,em segui-
trazer para suu pesquisas. No prefácio, Frazer qualificou a pesquisa de seu seu "estimado amigo" como valiosa e disse que ela pro-
elogiando suasqualidades suasqualidades de grande humanista eerudito clássico, mas mas rejeitando sua teoria e método, e enfatizando que sua morte simbolizava o fim de uma época da antropologia." De fato, Frazer Foio último dos antropólogos do período 'clássico" do evolucionismo
cultural. Essa tradição não mais
atingiria, na disciplina, o prestígio que desfrutou entre os anos 1870 e a Primeira Guerra Mundial Mundial.. Não é correto, no entanto, pensar que o evolucionismo cultural tenha desaparecidocom a morte de Frazer.No caso específicodas idéias de Morgan, como vimos, a admiração que despertaram em Marx e En Engels gels lhes deu grande sobrevid2.:sVários antropólogos procuraram dar continuidade ao pensam pensamento ento evolucionista, buscando atualizá-lo em muitas de suasformulações suasformulações e, em geral, adotando perspectivas multilineares para a evolução cultural humana. Nessatradição Nessa tradição podemos desta destacar carLeslie Leslie White(1900-1975),Ju-
38
Evolucionismo Cultural
lian Steward (1902-1972)e, no Brasil, Darcy Ribeiro (19221997),que, em O processoccfz,i/imfóHo fz,i/imfóHo(1968), retraça ssua ua linhagem intelectual, intelectual, passando por esses essesautores, autores, até Morgan. Mais
Apresentação
volviam postulados similare s a respeito das operaçõesmentais. operaçõesmentais. Essaé Essaé a inter-
pretaçãode pretação de Marc SweeliEZ, em "The Minds of Beaversand EheMinds EheMinds of Humana. Natural Suggestion, Natural Selection, and Experiment in the Work of Lewis Henry Morgan",
Bebúpior (History ofAnthropology,
recentemente, evolucionismo evolucionismo emenglobado seus aspectos mais determinist deterministas, as, ovoltou a ganhar cultural, corça ao ser (por (porém ém modificado) por uma vertente da biologia moderna que pa passou ssou
39
in: George Stocking,
Jr. (org.), Bonés, Bodies,
vo1. 5) (Madison: The University ofWis-
consin Press, 1988, p.56-83)
SCarra a Joseph Henry, de 31 de maio de 1873, cilada em Resek, op.cit., P.136-7,tradução n)ilha. Apesar de privadamente Morgan considerar a teoP.136-7,tradução
a ser conhecida pelo nome de sociobfo/OWaapós a publicação do
ria darwinista compatível com suas visões a respeito respeito do progresso social, e de
livro com essetítulo essetítulo por Edward O. Wilson, em 1975, e que des26 de então ressurge perioodicamente, dicamente, sob novas roupagensPara além dessesexemplos dessesexemplosdo campo acadêmico, mu muitas itas
[er visitado Darwin(e outros evolucionistas)durante uma longa viagemà viagemà
idéias introduzidas introduzidas pela tradição clássicado clássicado evolucionismo cultural permanecem até hoje dissem disseminadas inadas no senso comum. Creio que a leitura dos textos que seseguem seseguempermitirá, permitirá, com facilidade, essa constatação.
Europa em 1870-1871,não 1870-1871,não há ,em seusescritos seusescritos publicados, adesãoexplícita adesãoexplícita a essa essateoria. teoria. Morgan nem mesmo usou, em roda sua obra, a palavra "evolu ção". É provável que eletenha evitado ad erir publicamente à teoria darwinis[a devido à fé religiosa de sua mulher e de seu samigos ' Cf. Emmanuel Terray, O múrxzsmo múrxzsmodlanfe dlanfe ókssocieddespnmfüt'ús ókssocieddespnmfüt'ús (Rio deJanei-
ro:Graal, ro:Graal,1979, 1979,p.29). p.29).
ZAscitações ZAscitações foram retiradas da tradução brasileira incluída nas Obrasasco/bi üs de M4rx e EngeZs,vo1. 3 (São Pau]ó: Alfa-Õmega Alfa-Õmega,, s/d)
8Carta de 16 de fevereiro de 1884, citada por Terras, op.cic., p.29.
NOTAS
9Ver, por exemplo, Roberc Lowie, Lowie, em Hzs orla de deZ.z Z.zef»o/ogü (México: Fardo de
Cu[tura Económica , 1946 [ed. original, ] 937], p.72); Pau] Bohannan, na in
Agradeço asleituras que Karma Kuschnir, Gilberto Velho eJulia O' Donnell fizeram de uma primeira versãoda versãoda apresentação apresentaçãoee a colaboração, em diversos momentos da pesquisa, delsabel Monteiro Jofnily, bolsista de iniciação cien-
produção a Howses znd House-l,{He-. (Chicago: The Univeisiq'
cíRca do CNPq. Durante a preparação deste livro, bene6lciei-me também de
' Citado em Resek,op.cit., Resek,op.cit., p.123, tradução minha.
uma breve estadia em Oxford no início de 2005, e da possibilidade de [er acesso às bibliotecas da universidade, pelo que sou grado a Leslie Bethell, diretor
'' Ver,a Ver,a esse esserespeito, respeito,"Morgan "Morgan and Sovier Anthropo]ogica] Thought", de P.
As principais contesutilizadas contesutilizadas para as asbiografias biografias de Morgan eFrazer coram,
dade de Amigos, recusam todos os sacramentos e a hierarquia eclesiásticae eclesiásticae
do Centrefor Centrefor Brazilian Studies.
respectivamente, Carl Resek, l.emir /feno À4orXm: À4orXm:Ámeücan Ámeücan Sebo/úr(Chicago: The Universiq' Universiq' ofChicago Press,1960) e Robert Ackerman ,J.G. ,J.G./;hnzer:Hzs /;hnzer:Hzsl,$e l,$e
and Worh (Cambridge: Cambridge University Press, 1987). Na fita de uma
biografia consagradasobre consagradasobre Tylor, vala-mede vala-mede informações e referênciasdis referênciasdis persas em várias contes.
' LewisHenry LewisHenry Morgan, League-.(Rochester:Sage& Sage& Brother, 1851, p.ix), tradução minha. - A conexão entre o interesse de Morgan pela antropologia e pelo estudo dos castorestalvez castores talvez não tenha sido mera coincidência temporal, pois ambos en
ofChicago
Press,
1965,p.vi)l 1965, p.vi)l e Fred W. Voget, em .4 HzsfoO HzsfoOofErbno/q ofErbno/q (Austin: volt, Rinehart and Winston, 1975, p.155)
Tolstoy (ÁmeHczn znÁntbropo/OWsf, Ántbropo/OWsf, NS, vo1.54, vo1.54, n' 11,, jan-mar 1952, p.8-17)
': Os quacres, membros de uma seita protestante que seautodenomina Socieproíbem os juramen juramentos tos e o uso de armas. A palavra inglesa qa.zherf qa.zherféé derivada
do verbo "to quake" , "tremer", u ma referência ao temor a Deus ou ao êxtase da inspiração, durante as assembleiasespirituais. assembleiasespirituais. -;A -;A edição original, à qual se referem as págin páginas as citadas no sexto, foi publica da em Londres por Longman, Green, Longman, and Roberts em 1861 . As citaçõescoram retiradas das páginas 328 e 329, e traduzidas por mim. Sobre a viagem ao Médico, consultei consultei também "Tylor en México", de Pablo Martinez
Del Rio, in: Nome»ayeúú/DocfarÁ /DocfarÁ HonraC.zso C.zso(México: Imprensa Nuevo Mundo,
1951,P.263-70)
4o
Evolucionismo Cultural
Para a história das sucess sucessivas ivas edições desselivro, ver George Stocking, Jr.
Readingthe Palimpsestof Palimpsestof Inquiry. Notei and Queriesand the History of British Social Anthropology",
in: Geo George rge W. Stocking,Jr., De/imlzlng .4nfbropo-
/ogy(Madison: /ogy (Madison: The University ofWisconsin Press,2001, Press,2001, p.164-206.) Há uma versão para o português posterior, o título detropolo#a Gwiúp Gwiúpráãco ráãco de antropolo#a. Preparcldode poruma amaedição comissão do Rea! Rea! sob Instltüto de An Antropolo#a (b Grã-Brefanba e dú Irhnda(São Paulo: Cultrix, Cultrix, 1971).
Lewis Henry Morgan
Publicado no Jo ma/ of tbe .4nrbropo/ogzcú/ l»sü afe,vol. xviii, 1888-1889, P 245-72
" Citado em Ackerman, op.cif.,p.95, op.cif.,p.95, tradução minha .
' Uma versãocondensada versãocondensadade ediçõesposteriores ediçõesposteriores do livro foi publicada em português pela antiga Zahar Editores, em 1982. '' Carta de 24 de novembro de 1907, 1907, citada em Ackerman, op.çít., op.çít.,p.209, p.209, tradu
ção minha. ' Para essatarefa, essatarefa, consultei principalmen [e os livros de George Stocking, Jr.,
Rúce, Cw/[wre, and EuoJKüon. EssaWSí fbe H]s]oT ofEpo/wüon(Chicago:
The Uni-
versity ofChicago Press,1982) eDe/fmíüngÁntbropo/ogy(op.cit.); Adam Kuper, Iní,endon ofPdmiüpe SocieO(Londres: SocieO(Londres: Routledge, 1988); Robert Carneiro, EpoZ üonzsm fn Cw/ rn/ ,4Kfbropo/ogy (Boulder: Westview
Press, 2003); Angel Pa
lerm, Hlstodú de Zó Zóefno/ogz2z: efno/ogz2z: TJ/or] /ospr($esíanú/esbHtánicos(México: Ediciones
de la Casa Chata, 1977) e PeterJ. Bowler, Ez,oZóan Ez,oZóan keley: University ty of Cali6ornia Press,2003, 3: ed.)
beHis OO OOofún ofún laeú(Ber-
" Citado por Carneiro, op.cit., p.4, tradução minha. " Em Re/.züí'ímnda. Um.z ínü'odwfão .i ú»ü'opo/OWÚsoez.z/(Petrópolis: Vozes,
1981,P.99)
zzEssetexto está incluído na coletânea de textos de Boas Án Topo/agiacw/[wra/, Topo/agiacw/[wra/,
por mim organizada e publicada por e sta editora em 2004. :' A edição edição brasileira é da Abril Cultural, na coleção eção "Os pensadores' " "SirJames
George Frazer: um estudo biogránlco",
publicado
cluído em Uma [eona ccle»]zPca le»]zPca ób c //taxa taxa (Rio deJaneiro:
em 1942 e in-
Zahar Editores, 1975,
3:ed.,p.167-206) " Um exemplo disponível eln português é o texto "Morgan e a antropologia contemporânea", de Terras, Terras, op cit., p.15-91
" P arauma crítica contundente da sociobiologia, escrita por um antropó logo
cultural logo após a publicaçãodo icaçãodo livro de Wilson,ver Marshall Sahlins,Tbe Sahlins,Tbe
Use Useand and Abuse ofBiolo©r: An Antbropological Critique ofSociobiology ofSociobiology(A.n (A.nnn Ardor: The University ofMichigan
Press, 1976)
A SOCIEDADE ANTIGA Ou investigaçõessobre investigaçõessobre as linhas do progresso humarlo desde a selvageria,
atravésda através da barbárie, até a civilização.
li877
PREFÁCIO
A
grande antigtlidade da humanidade sobre a terra já foi conclusivamentedeterminada. Parecesingular que as
provas tenham sido descobertas tão recentemente, apenas nos últimos 30 anos, e que a atual geração seja a primeira chamada a reconhecer bato tão importante.
Sabe-seagora que a humanidade existiu na Europa durante o período glacial, e até mesmo antes de seucomeço, havendo
toda probabilidade probabilidade de ter sido originada numa era geológica anterior. Sobreviveu a muitas raças de animais das qua quais is Foi contemporânea e, nos diversos ramos da família humana, pas' soupor soupor um processo processode de desenvolvimento tão notável nos caminhos seguidos quanto em seu prog progresso. resso. Como a provável extensão da carreira carreira da humanidad humanidadee está ligada a períodos geológicos, exdui-se. de antemlto- qualquer medida limitada de tempo. Cem ou duzentos mil anos não seriauma estimativaexcessivaddoo tempo transcorrido desde desdeoo desaparecimento das geleiras no hemisfério norte até o presen [e. Independentemente de quaisquer dúvidas dúv idas que possam cercar os cálculos aproximados sobre um período cuja duração real não se conhece, a existência da humanidade estende-se
pelo passado imensurável imensurável e se perde numa vasta e profunda antiguidade.
43
44
EvolucionismoCultural EvolucionismoCultural
Apresentação
45
uniformidade das operações da mente humana em condições
Esseconhecimento muda substancialmente as idéias que Esseconhecimento prevaleceram a respeito das relaçõesdos selvagens com os bárbaros e dos bárbaros com os homens civilizados. Pode-seafirPode-seafir-
similares de sociedade.
mar agora, com base em convincente evidência, quê a selvageria selvageria precedeu a barbárie em todas as tribos da humanidade, assim como se sabe que a barbárie precedeu a civilização. A história da raça humana é um umaa só na conte,na experiência, experiência,no no pro-
em geral, em gentes,66ratrias ratrias e tribos.i Essas organizações pprevarevaleceram,em leceram, em todos os continentes, por todo o mundo antigo, e constituíam os meios atravé atravéss dos quais a sociedade antiga era
gresso.
organizada e mantida coesa. Sua estrutura e suas relações
E tão natural quanto apropriado desejar saber, se possível, como toda essas eras após eras de tempos passados coram ut:ili-
zadu pela humanidade; como os selvagens, avançando através
de passos lentos, quase impe imperceptíveis, rceptíveis, alcançaram a condição mais elevadade elevadade bárbaros; como os bbárbaros, árbaros, por um avanço pprorogressivo semelhante, finalmente alcançaram a civilização; e por que outra tribos e nações 6oraiq deixadas deixadaspara para trás na corrida para o progresso algumas na civilização, alguma algumass nabarbár nabarbárie ie e outras na selvageria.N Não ão é demais esperar esperarque, que, em algum mo-
Ao longo da última parte do período de selvageriae por todo o período de barbárie, barbárie,aa humanidade estavaorganizada, estavaorganizada,
como membros de uma série orgânica, bem bem como os direitos, privilégios e obrigações dos membros dasgentes,ddas as fratr fratrias ias e das dastribos, tribos, ilustram o crescimento da idéia de governo na mente humana. iAs principais instituiçõe instituiçõess da humanidade tiveram origem na selvageria,coram selvageria,coram desenvolvidasna barbárie e estão amadurecendona amadurecendo na civilização. Do mesmo \ modo, a$mília:passou
por normas sucessivas,
e criou criou grandes jsistemas de consangüinidad consangüinidadee e afinidade que duram até os dias de hoj hoje. e. Esses Essessistemas sistemasregistram registram as relaçõ relações es
Inven$Qçs e !!escob:!ta !!escob:!tass mantêm rqlacões seaüepcjlilao
existentesna família no período em que cadaum, respectivaexistentesna mente,Foi mente, Foi formado, e cona:êmum registro instrutivo da expe-
longo das lin!!?:}4oUrggresgo humano.Ê.!çgist!!m.geu$ quçessivo!.gstágjos; por outro lado, l ado, as instituições soçl311Êçivis, em virtude de su!:.J;QnexãQcom su!:.J;QnexãQcom nerpétqo1.desejos humanos, de-
riência da humanidade enquanto a fan3íliaestavaavançando estavaavançando daíconsangt iinidade para a monogamia passando daíconsangtiinidade passandopor por formas intermediárias.
senvolveram-se a partir de uns pouca!.germelplimário pouca!.germelplimárioss
A idéia de propriedade passou por um crescimento e um desenvolvimento semelhantes. Começando do zero, na selvageria,a paixão pela propriedade, como como representandoa subsistência acumulada, ttornou-se ornou-se agora dominante na mente
mento, essasdiversas essasdiversas questões soam respondidas.
de
pep!!!!!unto. Elasexibem registros de pro pep!!!!!unto. progresso gresso semelhantes. Essasinstituições, Essas instituições, invenções edescobertas incorporaram e preservaram os principais fatos que agorapermanecem como ilustrativos dessaexperiência. Quando organizadas e comparadas, tendem a mostrar a origem única da humanidade, a semelhança de desejos humanos em um mesmo estágio de avanço e a
humana nas raças civilizadas.
As quatro classesde classesde fatos indicadas acima: se estendem em
linhas paralelasao paralelasao longo dos caminhos percorridospelo pro-
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Evolucionismo Cultura
gresso humano, da selvageria selvageriaàà civilização, e constit:uem os principais temas de discussão deste volume.
Há um campo de trabalho no qual, como americanos,teamericanos,temos um interesse bemcomo uma uma obrig obrigação ação especial.S Sendo endo reconhecidamenteabundante reconhecidamente abundante em riqueza material, o continente americano americano é também também o mais rico de todos em materiais
etnológicos,filológicos e arqueológicosque ilustram o grande etnológicos,filológicos pera(?doda barbárie. Como a humanidade 6oi uma só na origem,bua trqetória tem sido essencialm mente ente uma, seguindo por canais diferentes, mas uniformes, em todos os continente continentes, s, e muito semelhantes em todas astribos e naçõesda humanidade
que se encontram encontram no mesmo status de desenvolvimen desenvolvimento. to..Segue-sedaí gue-se daí que a história e a experiência experiênciadas das tribos indígenas americanas representam, mais ou me menos nos aproxim aproximadamente, adamente, a história e experiência de nossos próprios ancestrais remotos, quando em condições correspondentes. Sendo uma parte do registro humano, suasinstituições, suasinstituições, artes, invençõese invençõese experiências práticas possuem um grande e especial valor que alcança muito mais do que apenas apenasaa raça indígena. Quando descobertas,as descobertas,as tribos indígenas americanas representavam três períodos étnicos distintos, e mais completa-
mente do que eram então representados representadosem em qualquer outra parte da terra. Materiais para a etnologia, filologia e arqueolo gia estavam disponíveis em abundância sem paralelo; mas, como essasciências essasciências praticamente só passaram a existir no presente século, e são incipientemente exercidas entre nós ainda hoje, o trabalho a ser deitosuperava os trabalhadores. Além dis se, enquanto os restos de fósseis enterrados serão mantidos na
cerra para o futuro estudante, o m mesmo esmo não acontecerá com o
Apresentação
47
que sobra das artes, linguagen linguagenss e instituições indígenas.. indígenas..:Elas :Elas estãooerecendoatada dia, e tem sido assim por mais de três séculos. A vida étnica das tribos indígenas está declinando sob a influência da civvilização ilização americana; suas artes elinguagens es tão desaparecendo e suas instituições estão se dissolvendo. Dentro de mais uns poucos anos, fatos que podem ser agora facilmente coletados serão impossíveis de descobrir. Tais circunstâncias apelam 6ortement:e aos americanos para que entrem nesseamplo nesseamplo campo e colh colham am sua aabundante bundante soara. Rocbester,Napa Napa York, m.zrçode m.zrçode 1877
PARTE 1 -
Desenvolvimento da inteligência
através das invenções e descobertas descobertas
CAPÍTULO 1- Períodos Etnicos l
s mais recentesinvestigações a respeito das condições primitivas da raça humana estão tendendo à conclusão de que a humanidade começou sua carreira na base da escalae
A
seguiu um gminho
ascendente, desde a sç+yagerja até a civili-
zação,através zação, atravésde de lentas acumulaçõe! de conhecimento experimental.
Como é inegávelque inegávelque partes da da família humana tenham existido num estado de selvageria,outras partes num estado de barbárie e outras ainda num estado de civilização, parece também que essastrês essastrês distin distintas tas condições estão co conectadas nectadas umas
às outras numa seqüênciade seqüênciade progressoque é tanto natural como necessária.A Além lém disso,é possível supor que essa essasequênsequência tenha sido historicamente verdadeirapara verdadeirapara toda a família humana, até o status respectivo atingido por cada ramo. Essasuposição Essa suposiçãobaseia-se baseia-seno no cconhecimento onhecimento das condições em que ocorre todo progresso, e também no avanço co conhecido nhecido de diversos ramos da fatnília através de duas ou mais dessas condições.
3
49
5o
A SociedadeAntiga SociedadeAntiga
Lewis Henry Morgan
Nas páginas seguintes, será deitauma tentativa de apresen' tar evidência adicional da rudeza ddaa condiçã condiçãoo primitiva da humanidade, da evolução gradual de seus Poderes-mentais.e
51
as asreferências referênciasa realizações realizaçõesde de natureza estritamente intelect intelectual ual serãode serão de caráter geral e receberão receberãoatenção atenção secundária aqui. Os fatos indicam a formação gradual e o desenvolvim desenvolvimento ento
morais através da experiência, e de sua prolongada luta com os
subsequente de certas idéias, paix paixõe!! õe!! !!piraçQes. que ocupam as posições mais proeminentes podem serAquelas gener generalizaalizadas como sendo amplia ampliações ções das idéias parti particulares culares com as quais estão respectivamente conectados. Além das invenções e descobertas,essasidéias essasidéias são as seguintes:
obstáculos que encontrava em sua marcha a caminho da civilização. Essas evidências estarão baseadas, em parte, na grande
sequência de invenções e descobertas que se estende ao longo de ttodo odo o caminho do progressohumano, mas levam em conta, principalmente, as instituições instituições domésticas domésticasque que expressam expressamoo
\. Subsistência
crescimento de certas idéias e paixões.
11. Gopezwo
À medida que avançamos na direção das idades primitivas
111.Li»pwúpe7n
da humanidade, seguindo as diversas linhas de progresso, e eli
w. Famtüiú V. Reliçiãa
minamos, uma após outra, na ordem em que aparecerem, aparecerem,ininvençõesedescobertas,de descobertas,de um lado, e instituições, de outro, tornamo-nos capazesde capazesde perceber perceberque que asprimeiras têm uma relação progressiva entre si, enquanto as última últimass coram sedesdobrando. Ou seja: enquanto !TVSnçj5es !TVSnçj5es e descobertastiveram descobertastiveram uma conexão mais ou menos direta, asinstituições sedesenvolveram a partir de uns poucos germes germesprimários de pensamento. As instituições modernas têm suas raízes plantadas no
w. Vida domésticae domésticae arqaitetüra wx. Propded.de PNme/za.A PNme/za. A subsistência foi aumentada aumentad a e aperfeiçoada por uma série de artes sucessivas, introduzidas no decorrer de lon-
gos intervalos de tempo e conectado conectadoss mai maiss ou menos diretamente com invenções e descobertas. SeEündú.O germ germee do governo deve ser buscado na organização por gentesno gentesno status de selvageria, e seguido, através de formas cada vvez ez mais avançadas, avançadas,até até o estabelecimento da socie-
período da barbárie, ao qual suas origens coram transmitidas a
partir do período anterior de selv selvageria. ageria.Tiveram uma descendência linear através das idades, com as linhas de sangue, e também apresentaram apresentaram um desenvolvimen desenvolvimento to lógico. Duas linhas de investigação investigaçãoindepende independentes ntes convidam, assim, nossa atenção. Uma passa por invenções e descobertas; a. outra, por instit:uiçõesprimárias. Co Com m o conheciment conhecimentoo propi-
ciado por essaslinhas, essaslinhas, podemosesperar podemosesperarindicar indicar os principais estágios do desenvolvimento humano. As provas a serem apresentadas derivarão, principalmente, de instituições domésticas;
dade política.
+
Tercelna.A Êda humana parece ter se desenvolvido a partir das formas mais rudes e simples de expressão.A linguagem de gestosou gestos ou sinais, como sugerido por Lucrécio,' tem que ter precedido a linguagem articulada, assim ass im como o pensamento precede a fHa. O monossilábico precedeu o silábico, tal como essepreceesse prece-
deu as palavras concretas. A inteligência humana, inconsciente
íz
A SociedadeAntiga SociedadeAntiga
Lewis Henry Morgan
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de propósito, desenvolveua linguagem articulada utilizando os sons vocais. Essegrande Essegrande tema, em si mesmo uma área eespecífica specífica
como uma paixão acima de todas as outras, marca o começo da
de estudo, está cora do escopo da presente investigação.
obstáculos que atrasavam a civilização, mas também a estabe-
Qw.zrta. Com respeito à família, seus estágios de crescimen-
to estão incorporados em sistemas de consangüinidade e afini-
dade e nos costumes relacionados ao casamento, por meio do qual, coletivamente, coletiv amente, a história da família pode ser seguramen seguramente te
civilização.Ela civilização. Ela não apenas apenaslevou levou a humanidade a superar os
t.
traçada através de diversas Formas sucessivamente assumidas.
lecer a sociedade política baseada no território
e na propriedade. Um conhecimento crít:ico sobre a evolução da idéia de propriedade incorporada, em alguns aspectos, aspectos,aa parte mais notável da história mental da humanidade humanidade..
Tratarei de apresentar alguma ev evidência idência do pr progresso ogresso hu-
Q !nta. O crescimento de idéias religiosas está cercado de
mano ao longo dessas diversas linhas e através de sucessivos pe-
tantas dificuldades intrínsecasque intrínsecasque talvez nunca recebauma explicação perfeitamen perfeitamente te satisfatória. A religião t:rata, em tão grande medida, da natureza naturez a imaginar:iv imaginar:ivaae emocional e, consequentemente, de tão incertos eelementos lementosdo do conhecimento, que
ríodos étnicos, tal como revelado por invenções edescobertas e pelo crescimento crescim ento dasidéias de governo, famíli famíliaa e propriedade.
ser explicitada de que todas as 6or-a !BasPode de governo são redutíveis redutaqui íveisaapremissa dois planos gerais, usando
rodas as religiões primitivas são grote grotescas scas e, numa cera:a cera:amedimedida, ininteligíveis. ininteligíveis. Esse Essetema tema também está cora do plano deste trabalho, exceto quando quando puder trazer sugestõesincidentais. Sexfú.A arquitetura da habitação,que habitação,que estáligada à forma da família e ao plano de vida doméstica, permite uma ilustração razoavelmente razoavelmente completa do progresso desdea selvageria até a civilização. Seu crescimento pode ser traçado da cabana do selvagem, através das hab habitações itações comunais dos bárbaros, até a casada casada família nuclear das nações naçõescivilizadas, civilizadas, com lodos os vínculos sucessivos sucessivosatravés através dos quais um extremo está conectado ao outro. Essetema Essetema será observado incidentalmenre.
palavra plano em seu sentido científico.
Em suas bases, os dois
são fundamentalmente distintos. O primeiro a surgir está baseado em pessoas e em relações puramente
pessoais, e pode ser
distinguido como uma sociedade (socieras).A bens benséé a unidade dessa organização. No período arcaico, ocorreram estágios su-
cessivosde cessivos de integração: agens, agens,aa fracria, a tribo e a confederação
de tribos, que constituíam um povo ou nação(popa/ws9. nação(popa/ws9. Num período posterior, posterior, uma coalescência coalescênciade de t:ribas na mesma ár área, ea, formando uma nação,t:omou nação,t:omou o lugar da confederaçãode tribos ocupando áreas independentes. independentes. Assim ocorreu, através atravésde de prolongadas prolongad as eras, eras,após após o aparec aparecimento imento da gins, a organização
[ãüma. A idéia de propriedade 6oi ]entamente formada na mente humana, permanecendo em estado nascen nascente te e precário por imensos períodos de tempo. Surgindo durante a selvageria, requereu toda a experiência daquele período e da subsequente barbárie para desenv desenvolver-se olver-seee preparar o cérebro humano para a aceitação de sua influência controladora. Sua dominância,
quase universal da sociedade antiga; e perdurou entre os gregos
e romanos após o surgimento da civilização.
O segundoplano segundoplano éébaseado baseadono território e nnaa propriedade, epode ser distinguido como um estado (ciz,Irai).A vila ou distri
[o, circunscrita por limites e cercas, cercas,com com a propriedade que contém, é a base ou unidade do estado, e a sociedade política é /
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Lewis Henry Morgan
A Sociedade Antiga
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partir de uma suposta ne necessidade cessidade que já não existe. Como teo-
sçt4..resultado. Essa est estáá organizada sobre áreas territoriais e trata da propriedade e das pe pessoas, ssoas,aatravés través de relações relaçõesterritoterritoriais. Os sucessivosestágios sucessivosestágios de integração são a vila ou Siistrito,
ria, é não apenas incapaz de explicar a existência de selvagens como também não encontra suporte nos fatos da experiência
que é a unidade de organização; organiz ação;oo condado ou provínc província, ia, que é uma agregaçãode vilas ou distritos; e o domínio ou território
humana. Os remotos ancestrais das nações arianas presu presumivelmenmivelmen-
nacional\que é uma agregação de condados ou províncias; e o
te passaram por uma experiência similar à das tribos bárbaras e
povo de cada uma delas estáorganizado em um corpo político. Após terem alcançado a civilização, coube aos gregos e romanos, usando suas capacidades capacidades até o limite, inventar a vila e o distrito e, assim, inaug inaugurar urar o segundo grande plano de gover gover-no, que permanece até o presente entre as nações civilizadas.
selvagens existentes. Embora a experiência dessas nações con
Na sociedade antiga, esse plano territorial era desconhecido. Quando ele apareceu, suou as linhas de fronteira entre a socie-
pode ser traçada entre os elementos de suas instituições e inventos existentes existentes e os elementos similares ainda preservados
dade antiga e a moderna, nomes com os quais a distinção será
nas instituições e inventos das tribos selvagens e bárbaras.
reconhecida nestas páginas.
Pode ser observado, finalm mente, ente, que !experiência da humanidade tem seguido por canais quase !ni6ormes; que as necessidadeshhumanas, umanas,em condições similares, têm sido subs-
tenha toda a informação necessáriapara ilustrar os períodos de
civilização tanto antigos quanto modernos, e também uma parte do último período de barbárie, ssua ua experiência anterior tem que ser deduzida, em sua maior parte, da conexãoque conexãoque
Pode-seobservar Pode-se observar tamb também ém que as instituições domésticas dos bárbaros, e mesmo dos ancestraisselvagens ancestraisselvagensda humanidade, ainda estão exemplificadas exemplific adas em partes da família humana, e com tamanha completude que, exceto pelo pelo período estrita-
tancialmente
güinidadeassim güinidade assimcriados; criados;através atravésda vida familiar e de sua arquitetura, e através do progresso nos usos relativolÀElopliFdade e à transmissão transmissão da mesma por herança.
A teoria da degradaçãohumana degradaçãohumana para explicar a existência dos selvagense selvagense dos bárba bárbaros ros já não é mais susten sustentável. tável. Ela apareceu como um corolário da cosmogonia mosaica' e 6oi aceita a
men-
cérebro em todas as raças da humanidade. Isso, no entanto, é apenasuma apenas uma parte da explicação explicaçãoda da uniformidade dos resulta-
mente.primi.tive, os diversos estágios desseprogresso estão ra= zoavelmente preservados. preservados.Eles são vistos na organização da sociedade CQm.baseno sexo, depois com base no parentesco e,
finalmente, com baseno baseno território; através atravésdas das sucessivasfforormas de casamentoe casamentoe de família, com os sistemas sistemasde de consan-
as mesmas; e que as operações de princípio
tal têm sido uniformes em virtude da identidade espec específica íficado do
dosy6s germes germe s das principais instituições e artes da vida 6ol:am des/envolvidos enquanto o homem ainda era um selvagens: selvagen s: Em +
l
larga medida, a experiência dos períodos su subseqüentes bseqüentesde de barbárie e de civiliz civilização ação 6oi plenamente utilizada no desen desenvolvivolvimento que se seguiu a essasconcepções essasconcepçõesoriginais. originais. Onde quer que se possa possa traçar uma conexão, em diferentes continentes, entre uma instituição instituição hoje existente euma origem comum, es tara implícito implícito que os próprios povos derivam de um estoque original comum.
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A Sociedade Antiga
Lewis Henry Morgan
A discussãodessas discussãodessasdiversasclasses diversasclassesde fatos será seráfacilitada facilitada pelo estabelecimento de um certo número dç períodos étnicos cada um representando uma condiç condição ão distinta de sociedade e
podendo ser distinguido dos outros por seu modo de vida peculiar.
Os termos
"Idade
da Pedra", "do Bronze" e "do Fen'o'\
introduzidos por arqueólogosdinamarqueses, arqueólogosdinamarqueses,ttêm êm sido extremamente úteis para certos propósitos, e continuarão a sê-lo para a classificação de objqtos de arte antiga; mas o progresso do conhecimento conhecimento tornou necessáriasooutras utras e diferentes sub subdidivisões. Implementos
de pedra não Foram totalmente deixados
de lado com a introdução das ferramentas ferramentas de berro nem das ddee
bronze.A invençãodo bronze.A invençãodo processode fundição fundição do minério de berro criou uma época étnica, mas mas dificilmente podemos datar uma outra que selenha iniciado com a produção do bronze. Além disso, como a épocados implementos de pedra se sobrepõe aosperíodos aosperíodos dos instrumentos de bronze e berro, berro, e co como mo a do bronze também se sobrepõe à do berro, não é possível circunscrever cada um dessesperíodos dessesperíodos e trata-los como independentes e distintos.
Dada a grande influência que devem ter exercido sobre a condição da humanidad humanidade, e, as sucessivas sucessivasartes de ssubsistência, ubsistência, surgidas a longos intervalos, provavelmente provavelmente vi virão rão a possibilitar, ao final, basesmais satisfatórias para essas essasdivisões. divisões. Mas a pesquisa não 6oi levada suficientemen suficientemente te longe nessa direção para produzir a informação necessária. necessária.Com nosso cconhecionhecimento anual,o anual,o principal resultado resultadopode pode serobtido selecionando outras invençõesou invençõesou descobertasque perm permitam itam suficientes testesde progresso para caracterizar o começo de sucessivos sucessivospeperíodos étnicos. Mesmo que sejam aceitas como provisórios, esses períodos se revelarão conveniente convenientess e úteis. Veremos como
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cada um dos que serão serãopropostos propostos em seguid seguidaa cobrir cobriráá uma cultura distinta e representar representarááum modo de vida particu particular. lar. O período de !SlylgS111% de de cuja parte mais antiga sabe-se muito pouco, pode ser dividido, provisoriamente, em três sub-
períodos. Esses Podem ser chamados de período infclúZ,f»fermeinfclúZ,f»ferme-
diáào ou.Pnú/ de selvageria; e a condição da sociedade em cada um, respectivamente, pode ser distinguida como status fnÚeãor, ímfep'mediíào ou swpeóor de selvageria.
Da mesma forma, o período de barbárie se divide natur natural al mente em três subperíodos, que serão chamados de período fm!ciúZ,íínfermed/ nfermed/ ího ou.Pnú/ de barbárie; e a condição da sociedade em cada, respectivamente, será distinguida óor, ímfermediáào ou swpeóo?"de de barbárie.
como star:us sta r:us ínÚe-
Para marcar o começo dessesdiversos dessesdiversos períodos, é difícil, se não impossível, encontrar encontrar testes de progresso que se revelem absolutos em sua aplicação e sem exceçõesem todos os con contitinentes.Mas nentes. Mas também não é necessário,para necessário,para o propósito em mãos, que que não existam exceções. exceções.Será Será suHciente que as principais tribos da humanidade possam ser classificadas, de acordo
com o grau de seu progresso relati relativo, vo, em condições qu quee possam ser reconhecidas como distintas.
1.Sf.zfüs 1.Sf.zfüsizt$enor izt$enor de se/z,c%geã . Esse período começou com a infância da raç? humana, e pode-se dizer que terminou com a aquisi-
çãode uma dieta de subsistênciaà subsistênciaà base basede de peixes peixesee com um conhecimentodo conhecimento do uso do Fogo.A humanidade estava estavaentãovivendo em seu seu habitat habitat original restrito, subsistindo com frutas ecastanhas.O castanhas. O começo fHarico, articulada ocorre nesse nesseperíodo. período. Não restou, no períododahistórico, histó nenhum exemplode exemplo de tribos da humanidade nessa condição.
/
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A SociedadeAntiga SociedadeAntiga 11.Sfaf s intet'medi.íóo de se/t'úgeàa. Começou
com a aquisi-
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termediário, encontramos a di6culdade de os dais hemisfé hemisférios rios
ção de uma dieta de subsistência baseada em peixes e com um conhecimentoo do uso do fogo, e terminou com a invenção do conheciment
terem característicasnaturais distintas, o que começou a ter influência sobre os.negé os.negéçios çios lyymanos depois de passado o pe-
arco-e-flecha.A arco-e-flecha. A humanidade, enquanto nessacondição, nessacondição, espalhou-se, a partir de seuhabitat original, por grand grandee parte da superfície da terra. Entre tribos ainda existentes,eencaixam-seno ncaixam-seno status intermediário intermediário de selvageria, selvageria,por por exemplo, os australianos e a maior parte dos polinésios, quando descobertos. Será suficiente dar um ou mais exemp exemplos losde de cada stat status. us. 111.St f s sapeóor sapeóorde deseZz,ÚEmú. Começou com a invenção do
ríodo dadeselvageria. No No Aentanto, pode-seresolver pode-se com a adoçãode adoção equivalentes. equivalentes.A domesticação deresolverisso animaisisso no hemos sério oriental e, no ocidental, ocidental, o cultivo irrigado de milho e plantas, junto com o uso de tijolos de adobe e pedras na cons
arco-e-flecha e terminou com a invenção da arte da cerâmica. No
por exemplo, as tribos indígenas a leste do rio Missouri, nos
tempo de sua desc descoberta, oberta, encontravam-se no status superior de
EstadosUnidos, e aquelastribos da Europa e da Ásia que pratiEstadosUnidos, cavama arte da cerâmica, m mas as não tinham animais domésticos.
son, as tribos do vale ddoo Columbia e certas tribos costeiras da
V. St z s / [ezmedzáüo [ezmedzáüode de b.zrbáne. Começou com a domesti-
selvageria as tribos dos atapascos, no território da baía de HudAmérica do Norte e do Sul. Isso encerra o período de Selvageria.
IV. Sfúfzísizt#eHo?"de b.zrbáãe.Q Quando uando selevam em conta todos os aspectos,a aspectos,a invenção ou prática da arte da cerâmica é, provavelmente,, o teste mais e6etivoe conclusivo que se pode provavelmente escolher para para luar uma !unha S+emgrcatória,necessariamente
trução de cas casas, as,foram foram selecionados como evidência suficiente
deavançospara possibilitar a t:ransiçãodo status inferior inferior para o status intermediário da barbárie. No status inferior estão,
caçãode animais caçãode no hemisf hemisfério ério oriental e, no ocident ocidental, al, com a l agricultura de irrigação e com o uso de tijolos de adobe adobeee pedras na arquitetura,como mostrado. Seu término pode ser suado pela invenção do processo de forjar o minério de berro. Isso situa }
no status intermed intermediário, iário, por exemplo, os índios:p índios:pweb/(?!gS! web/(?!gS! ]lJovo México, do México: da Amérjç4 Cençra].q Cençra].qdo do Peru, e aquelas tri
nhecidas as especificidades especificidadesde cada uma das duas condições, mas não se produziu, desde então, nenhum critér critério io para definir etapas de progresso de uma con condição dição para a outra. Assim, todas as tribos tribos que nunca alcançaram alcançaramaa arte da cerâmica serão
arbitrária, e.ntre a selvageria.e.g.bqlbqEle. selvageria.e.g.bqlb qEle. Há muito coram reco
bos do hemisfériooriental que possuíam possuíamanimais animaisdomésticos, masnão tinham um conhecimento do berro. berro.Numa Numa ccerta erta medida, os antigos bretões,embora bretões,embora familiarizados com o uso do berro, também pertencema essasubdivisão. essasubdivisão.A A vizinhança com com
classificadas como selvagens, e aquelas que possuem essa arte,
tribos continentais mais adiantadas havia avançado as artes de subsistência entre elesmuito além do que correspondia ao esta-
mas nunca chegaram a um alfabeto fonético eao uso da escrita, serão classificadas como como bárbaras.
do de desenvolvimento de suas instituições domésticas.
O de primeiro barbárie começou com a manuEatura objetos subperíodo de cerâmica,daseja por invenção original ou por
VI. St.zf s superior de búrbáàe. Começou com !manufatqra de 6e1111g e terminou com a invenção do alfabeto alfabeto fonético e o uso
adição. Paradeterminar Paradeterminarseutérmino e o começo começodo do status in-
da escrita em composição literária. Aqui começa a civilização.
6o
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A Sociedade Antiga
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Cadaum Cada um dessesperíodos períodostem uma cultura distint:aeexibe
Isso põe no status superior, por exemplo, as tribos gregas gregasda da idade de Homero, as tribos italianas italian as logo antes da fundação de
seu modo de vida mais ou menos especial e peculiar. Essa espe-
Romã e as tribos germânicas do tempo de César.
cialização de períodos étnicos possibilita tratar uma sociedade
VII. Sfafws decit,iZizúç;.2o. decit,iZizúç;.2o. Começou, ccomo omolite dito, come osedivide do alfabeto fonético e aprodução de regisrros literários, rários, seuso divide
específica de acorda comindependente suas condições avanço relativo, eo. toma-la como um tema paradeestudo e discussã discussão. Não a6etao a6etao resultado principal o fato de que, num mesmo tempo, diferentes tribos e naçõesdo mesmo continente, e até da mesma família família linguística, estejam em diferente diferentess condições, pois, para nosso propósito, a cona/ç.Zo ddee cada uma é o faca ma-
em .AnlÜo e À4odemo. Como um equivalente, pode-se admitir
escrita hieroglífica em pedra. RECAPITULAÇAO Períodos
terial, o tempo sendo imaterial.
Condições
S
1. Período inicial de selvageria
Status inferior
Da infância d a raça humana
de selvageria
até o começo do próximo período.
ll.Período
Status
Da aquisição aquisição de uma dieta de
intermediário
de
selvageria 111. Período
final
intermediário
subsistência à base de peixes e
de selvageria
de um conhecimento do fogo acé etc.
Status superior
Da invenção do arco-e-flecha
do uso
de selvageria
de selvageria
até etc.
IV.Período
Status inferior debarbárie
Da invenção da arte da
inicial de
Status de
barbárie
intermediário debarbárie
VII.Statusde civilização
Statusde civilização
elementoilustrativo. elemento ilustrativo. Algumastribos efamílias coramdeixadas coramdeixadas em isolamento geográâco para resolver os problemas do progresso através de esforço mental original e, conseqtientemenEe,
Da domesticação de animais
no hemisfério oriental e, no ocidental,do cultivo irrigado ate etc.
Status superior debarbárie
tribos e naçõesque oferecem a melhor exemplificação de cada status, a fim de tornar cada caso tanto um padrão quanto um
mantiveram suas artes e inqtityições puras.ç..bomogêneas, en-
de tijolos de adobe e pedras pedras,,
debarbárie
isso possibilita orientar uma investigação especial para aquelas
quanto aquelasde aquelasde outras tribos e naçõesforam adulteradas pela influência externa.Assim, externa.Assim, enquanto a África era e é um
de milho e plantas, com o uuso so
VI. Período final
Outra vantagem de luar períodos étnicos definidos é que
cera.mica atê etc.
barbárie V. Período intermediário
a
Da invenção invenção do processo de fundir minério de berro, com o uso de ferramentas de berro, até etc. Da invenção do alÊabero
fonético, com o uso da escrita, atê o tempo presente.
caos étnico de selvageria e barbárie, a Austrália e a Polinésia es
cavam na selvage selvageria riapura pura e simples, co com m as arte artess e instituiçõ instituições es próprias daquela condição. Da mesma forma, a família indígena da América, di6erent:ede qualquer outra exis existente, tente, exemplificava a condição da humanidade em três períodos étnicos étnicos sucessivos. Na posse não perturbada de um grande continente,
com uma linhagem comum e com instituições homogêneas, aqueles indígenas ilustravam, quando descobertos, cada uma dessas condições, e especialmente as condições dos status in6e-.
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A Sociedade Antiga
dor e intermediário de barbárie; e isso se dava de uma forma mais elaborada e mais completa que en entre tre qualquer outra par celada cela da humanidade humanidade.. Os índios do extremo norte nor te e algumasdas
tribos costeirasda costeirasda Am América érica ddoo Norte e do Sul estavamno estavamno sta tus superior de sselvageria; elvageria; os índios parcialmente aldeados, a leste do Mississipi, estavam no status inferior de barbárie, e os
pweb/os ddaa Am América érica ddoo Norte e do Sul estavamno estavamno status intermediário. [)entro do per período íodo histórico, ainda ain da não houvera uma oportunidade como co mo essa essapara para se recuperar uma iinformanformação completa completa e minuciosa sobreo curso da experiênciae experiênciae do progresso humanos no desenvolvimento de suas artes e instituições através dessesperíodos dessesperíodos sucessivos. sucessivos.Deve-se Deve-seacrescentar
que a oportunidade tem sido aproveitada de maneiras desiguais. Nossas maiores deficiências estão relacionadas ao último período nom nomeado. eado. Semdúvida, existiam diferençasentre culturas do mesmo período nos hemisférios oriental e ocidental, em consequência das característicasdesiguais característicasdesiguais de cada continente; mas a condição da sociedadeno status corre correspondente spondente tem que ter sido, em sua maior parte, substancialmentesemelhante semelhante.. Os ancestrais das tribos gregas, gregas,romanas romanas e germânicas passaram pelos estágios que indicam indicamos, os, e, na metade do último, a luz da históri históriaa caiu sobre eles. eles.Sua Sua diferenciação da massa in-
distinguível de bárbaros não ocorreu ocorreu,, provavelmente provavelmente,, antesdo começodo período intermediário de barbárie. A experiência dessastribos 6oi perdida, com exceçãode exceçãode tudo qque ue é representado pelasinstituições, pelasinstituições, invenções invençõeseedescobertas descobertasque que trouxeram com elese eleseque possuíam quando pela primeira vez se seencontraencontraram sob observação histórica. As tribos gregas e latinas dos períodosde Homero e Râmulo permitem a melhor exemplifi-
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caçãodo status superior de barbárie. Suas caçãodo Suasinstituições instituições eram, igualmente, puras pur as e homogêneas, esua expe experiência riênciaestá está diretamente conectada conectada com a chegada, por fim, à civilização.
Começando, então, osamericanose australianos e polinési polinésios, os,com seguindo com as tribos de com índios americanos e concluindo os romanos e gregos, que permitem as mais elevadas exempliRi-
cações,rrespectivamente, espectivamente, dos seisgrandes estágios do progresso humano, é bastante razoá razoável vel supor que a soma de suas experiências unidas unidas representa a experiência da família humana desdeoo status intermediário de selvageria atéo 6lnal da civilizadesde ção antiga. Consequentemente, as nações arianas encontrarão
o tipo corresponde correspondente nte à condição de seus ancestraisremotos, quando na selvageria, nas nas .condiçõesdos .condiçõesseusancestrais dos australianos e poli nésios;quando nésios; quando no status inferior de barbárie, nos índios semi-aldeados da América; e, quando no status in intermediário, termediário, nas condições dos índios os p ebZos,com as quais secolecta dire[amente sua própria experiência no status superior. Tão essen
cialmente idênticos em todos os continentes são as artes, instituições e o modo de vida no mesmo status, que a fo forma rma arcaica das principais instituições domésticas dos gregos e romã
nos pode servista, servista, ainda hoje, nas instituições correspondentes dos aborígenesamericanos, aborígenesamericanos, como serámostrado no curso deste volume. Essefato Essefato constit:ui uma parte da evidência acumulada
tendente a mostrar que as principais instituições da humanidade foram desenvolvidas a partir de uns poucos germes
primários de pensamento; e que o curso e o modo de seu desenvolvimento foram predeterminados, bem com comoo mantidos dentro de estreitos limites de divergência, pela lógica natural da menu:ehumana e pelas necessári necessárias aslimitações limitações de seus seuspoderes. poderes. Descobriu-se que, num mesmo status, o tipo de progresso 6oi
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substancialmente o mesmo em tribos e naçõeshabitando substancialmente naçõeshabitando continentes diferentes e até mesmo não conectados, com desvios da uniformidade ocorrendo em casos casosparticulares particulares esendo pro-
s Foram aqui suprimidas crêspáginas crêspáginas do texto original nas quais sediscutem. sediscutem.
duzidos poracausasespeciais. causas especiais. O argumento, quando desenvolvido, tende esta estabelecer belecera a unidade de origem da humanidade.
Org.) r
com detalhes técnicos que não são fundamentais para o objetivo desta colerânea, as razõ razões es para a adoção do uso da cerâmica como marco de separação cje
períodos étnicos. A idéia central de Morgan é que "A manufarura de cerâmica cerâmica
pressupõe uma vida aldeã e considerável progresso nas artes simples." (N. Ao estudar as condições
de tribos e nações n esses diversos
períodos étnicos, estamoslidando, estamoslidando, substancialment substancialmente, e,com com a história antiga e com as antigas antigascondições condiçõesde de nossospróprios nossospróprios ren'fotos ancestrais
NOTAS Optou-se por manter no o riginal a palavra latina bens(plural,gentes),por (plural,gentes),por não possuir corre spondente em português. Seu Seuuso uso disseminou-se principalmen te após a publicação, em 1864, de Á cfdzde cfdzde.zntega, .zntega,de Fusrel de Coulanges. Esse autor buscou apresentar as características arcaicas da organização social gre-
ga e romana, e stendendo-astambém stendendo-astambém para os povos indo-europeus. Na gelos:
;Lar, túmulo, património, na origem tudo isso era indivisível. E a família também, conseqüencemente.O tempo não a desmembrava. desmembrava.Essa Essafamília in divisível, que sedesenvolvia atravésdas eras perpetuando o seu culto e o seu nome pelos séculosafora, séculosafora, 6oi a verdadeiragens.Agepzs Agepzs era era a família, porém a família que conservaraa conservaraa unidade orden ada pela sua religião e alcançara todo o desenvolvimento que o antigo direito privado Ihe permitia atingir." (Rio de
Janeiro: Ediouro, 2003, p. 143) A evolução da sociedade teria levado à associação decentesem decentesem fratrias ou cúrias, nas quais cadagens cadagensmantinha sua religião e
governo domésticos, mas surgiam uma divindade e autoridades comuns. Se gundo Coulanges, "a associação continuou crescendo naturalmente, naturalmente, segun
do o mesmo sisrenla. Muitas Muitas cúrias ou frarrias agruparam-se e formaram uma tribo. Essenovo Essenovo círculo também devea sua religião; em cada tribo houve
um altar e uma divindade pprocecora." rocecora."(p.157) (p.157) (N. Org.) : Isto é: invenções e descobertas, governo, família e propriedade, cada qual correspondendo a uma parte do livro Anclenf SocfeO.(N.T.) ' Tito Lucrecio núZ'üza. ((N.T.) N.T.) Caro (96-55 a.C.),filósofo e poeta romano, autor de l)e rerwm
' A explicaçãobíblica explicaçãobíblica para a criaçãoda criaçãoda humanidade.(N.T.)
Edward Burnett 'Fylor N A CIÊNCIA DA CULTURA
.{
€
[1871]
+
i .1
C
ultura ou Civilizaç Civilização, ão, tomada em seu mais amplo sentido etnográfico,
é aquele todo complexo
que inclui conhe-
cimento, crença, arte, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidadese hábitos adquir adquiridos idos pelo homem na condição de membro da sociedade.A situação da cultura entre as asvárias várias sociedadesda ciedades da humanidade, na medida em que possaser possa serinvestigada segundo princípios gerais, é um tema adequado para o estudo de leis do pensamento e da açãohumana. D Dee um lado, a uniformidade que tão amplamente permeia a civilização pode ser atribuída, em grande medida, à ação uniforme de causas uniformes; de outro, outro, seus seusvários vários graus podem ser vistos como estágios de desenvolvimento ou evolução, cada um resultando
da história história prévia e pronto para desempenhar seu próprio papel na modelagem
da história
do futuro.
À investigação
desses
dois grandes princípios em vários departam departamentos entos da etnogra-
fia, com atençãoespecial atençãoespecialà civilizaçãodas civilizaçãodas tribos inferiores como relacionad relacionadaa com a civilização das nações mais elevadas, está dedicado este livro.
Nossos modernos investigadores das ciência ciênciass da natureza inorgânica são s ão os primeiros a reconhecer reconhecer,, tanto dentro quanto Horade Hora de seus campos especializados de trabalho, a unidade da natureza, a Ruidez de suas leis, a sequência definida de causa e Cheiroao longo da qual todo faca depende do que se sepassou passouanantes dele e acha sobreo que vem depois. El Eles es se apegam firmemente à doutrina pitagórica da ordem que ppermeia ermeia o Cosmo universal. Afirmam, com Aristóteles, que a natureza não é cheia
7o
A Ciência da Cultura
Edward BurnettTylor
71
de episódios incoer incoerentes, entes,como como uma tragédia ru ruim. im. Concordam com Leibniz naquilo que elechama "meu axiom axioma: a: a natu-
dogmatismo especulativo que, às vezes, vezes,podemos podemos até desejar que fosse mais forte do que é. Mas outros obstáculos à investi-
reza nunca dá saltos (/a n.zfwrem'úgf.jam.zispúr sa%f)," e seguem
gação das leis da natureza humana surgem de considerações
seu "grande pri princípio, ncípio, usualmente pouco empregado: de que nada acontecesem razão suficiente". Mesmo quando se estudam a estrutura eos hábitos de plantas e animais, ou seinvestiseinvestigam as funções inferiores inferiores inclusive dos seres humanos, essas idéias centrais não são igno ignoradas. radas. Mas, quando passamos a calar dos mais altos processosdo processosdo sentim sentimento ento eda ação humana de pensamento e linguagem, linguagem, conhec conhecimento imento e arte -, aparece uma mudança mudan ça no tom geral das opiniões. Como um todo, o
metafísicas e teológicas. A noção popular do livre-arbítrio do homem envolve não apenasa apenasa liberdade de agi agirr de acordo com motivações,mas motivações, mas também um poder de se afastar da continuidade ede agir sem causa - uma combinação que pode ser gros-
seiramenteilustrada pela alegoria de uma balança que, às seiramenteilustrada vezes,age vezes, age de sua maneira ha habitual, bitual, mas que também possui a faculdadede mudar por si mesma, mesma,independentemente independentemente dos pesosou sosou contra eles.Essa eles.Essaidéia idéia de uma ação anómala da vontad vontadee
mundo está mal preparado para aceitar o estudo davida humana como um ramo ram o da ciência natural e para, num sentido am plo, seguir a exigência do poeta de "considerar a moral como as coisas naturais".' Para muitas mentes educadas, parece haver algo insolente e repulsivo na idéia deque a história da humanidade sejauma parte essencialda essencialda história da natureza; de que
que, desnecessário dizer, dizer,uma é incompatível incompatíve l comou o argumento científico subsiste como opinião patente latente nas mentes dos homens, afetando 6orteinente suas visões teóricas da história, embora, como regra, não seja proeminentemen proeminentemente te utilizada numa argumentação sistem sistemática. ática. Na verdade, verdade,aa definição de vontade humana como estritamente correspondente
nossos pensamentos, desejos e ações funcionem de acordo com
à motivação é a única base científica possível em Caispesquisas.
leis tão definidas quanto aquelas que governam o movimento
Felizmente, não é necessário necessário ampliar aqui a lista de dis dissertasertações sobre intervenção sobrenatural s obrenatural e causação natural, sobre
das ondas, eaanimais. combinação de ácidos e alcalinos e o crescimento de plantas As principais razões de ser esse esseoo julgamento popular não são diHceis de encontrar. Existem muitos que voluntariamente
aceitariam uma ciência da história se essa essafosse fosseapresentada apresentada com substancial definição de princí princípio pio e evidên evidência, cia, mas que que,, não sem razão, rejeitam os sistemas oferecidos a eles por considera-los muito distantes de um padrão científico. Através de resistências como essas,m mais ais cedo ou mais tarde o conhecimento
verdadeiroacabaabrindo acabaabrindo seu seucaminho, caminho, eo hábito de seopor a novidadespresta novidades presta tão excelente excelenteserviço serviço cont contra ra as invasões invasõesde de
liberdade, predestinação predestinaç ão e responsabili responsabilização. zação. Podemos avidamente escapardas escapardas regiões da filosofia t:ranscendentale da teologia para começar uma jornada mais promissora por caminhos mais viáveis. Ninguém negará que causas deânidas e naturais de fato determinam, de terminam, em grande medida, a açãohumana e isso o homem sabe,pela evidência de sua própria consciência. Então, Então, deixando de lado consideraçõesde consideraçõesde interferência extranaturall e espontaneidadenão causal, tomemos essa extranatura essaadmiadmit:ida existência de causa e efeito efeito naturais como nosso terreno Rime, e andemossobre andemossobre ele enquanto nos der apoio. É sobre
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A Ciência da Cultura
essa mesma base que, com sucesso crescente, a ciência física
empreende sua busca dasleis da natureza. Tampouco é necessário que essarest:rição essarest:riçãoprejudique prejudique o estudo cientí científico fico da vida
humana, no qual existem reais dificuldade dificuldadess práticas decorrentes da enorme complexidade da evidência e da imperfeição dos métodos de observação.
Pareceque, agora, essaidéia Pareceque, essaidéia da vontade e da conduta humanas como sujeitas a uma lei precisa é,na verdade, reconheci-
da e observadapelasmesmas pelasmesmaspessoasqque ue se opõema ela quando apresentadaem termos abstratos abstratoscomo como um princípio geral, reclamando que ela aniquila o livre-arbít livre-arbítrio rio do homem, destrói seusenso seusensode de responsabilidade pessoal pessoaleeo põe na condição degradada de uma máquina sem alma. Ainda assim, aquele que diz essascoisas essascoisas passarámuito de sua própria vida estudando os motivos que conduzem à ação humana, bus buscando cando realizar seus desejos através deles, construindo em sua mente teorias de caráter pessoal, ca.[culando ca.[culandoos efeitos prováveis de novas combinações e dando a seu raciocínio o atributo supremo de verdadeira verdadeira investigação científica; e, caso seu seusscálculos se
Edward Burnett Tylor
samento e da ação humana,
e simplesmente
eliminou,
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em seus
próprios estudos davida, ttodo odo aquele tecido formado por dese jos sem motivo e espontaneidades sem causa.Presume-se Presume-seaqui aqui que, dessa mesma forma, esse tecido deva ser descartado em es-
tudos mais amplos, e que a verdadeira filosofia da his história tória este ja em ampliar e melhorar os métodos ddas as pessoascomuns que
formam seus julgamentos a partir de fatos e os checam checamcom com novas evidências. evidências. Quer a doutrina seja uma verdade completa ou apenasparcial, apenasparcial, ela aceita a condição mesma soba qual bus
cimos novo conhecimento naslições da experiência,ee,, numa palavra, todo o curso de nossa vida racional está baseado nela.
"Um evento é sempre filho de outro, e não ddevemos evemos nunca
esquecer o parentesco" essefoi o comentáriofeito comentáriofeito por um chefebento a Casalis,o missionário africano.' Assim, em todos os tempos, os historiadores, na medida em que pretenderam ser mais que meros cronistas, fizeram o melhor possível para nlostrat..D.ão meramente a sucessão, mas sim a conexão entre os
eventos que que registravam. Além disso, esforçaram-se para extrair princípios gerais da ação humana e, através deles, explicar evene ven-
revelem errados, que sua falsa ou incompleta, ou que presumirá seu julgamento 6oievidência fãacioso. era Essa pessoa re-
tos particulares, afirmando tomando tamente como um dado, aexpressamente, existênci existênciaade ou uma filosofiatacida
sumirá a experiênciade experiênciade anos gastos em complexas relaç relações ões
história. Sealguém negar a possibilidad possibilidadee de assim seestabele
com a sociedade declarando estar convencida de que existe
cerem leis históricas, a resposta está pronta, dada por Boswell a
uma razão para tudo na vida, e que, onde os eventos parecem inexplicáveis, inexplicávei s, a regra é aguar aguardar dar e vigiar, na esperança esperançade de que a chavedo chave do problema possaum possaum dia serencontrada encontrada.. A observação dessehomem desse homem pode ter sido tão limitada quanto são cruas e preconceituosas suas inferências, inferências, mas, ainda assim, ele Cera Ceraagido agido como um 6ilóso6oindutivo 6ilóso6oindutivo durante "mais de 40 anos sem se
Johnsonnum casocomo Johnsonnum casocomo esse:"Então, "Então, o senhor reduziria reduziria toda a história a não mais que um almanaque."' O fato de que, ape' sar de de tudo, os esforçosde tantos pensadores pensadoreseminentes eminentestetenham trazido a história somente até o limiar da ciência não
dar conta".: Ele reconheceu,na reconheceu,na prática, as leis precisas precisasdo do pen-
precisa causarespanto aos que consideram a desconcertan desconcertante te complexidade dos problemas que seapresentam diante do historiador geral. A evidência da qual ele tem que retirar suas con-
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A Ciência da Cultura
Edward BurneetTylor
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clusões é, ao mesmo tempo, tão multivariada e rão duvidosa, que di6lcilmente seobtém seobtém uma visãocompleta eedistinta distinta de seu peso sobre sobre uma questão pa particular; rticular; assim, torna-se simples-
liano: "o mundo todo é uma aldeia" (fa o // mondo êpúese). A
mente irresistível irre sistível a tentação de deturpar a evidência para fazê-laapoiar alguma improvisada teoria do curso dos eventos. eventos.A A filosofia da história ccomo omo um todo, explicando o passado passadoeepredizendo os futuros 6enõmenosda 6enõmenosdavida do homem com referência a leis gerais, é, de fato, no anual estado de conhecimento, um tema com o qual mesmo gênios respaldados por ampla pesqui-
similaridade
sa, parecem apenas precariamente capazes de lidar. Ainda as-
sim, existem partes dela que, embora bastante difíceis, parecem comparativamente mais acessíveis. Se Se opara campo de pesquisa 6or reduzido da História como um todo aquele ramo aqui chamado Cultura a história não de tribos ou nações, mas da condição de conhecimento,religião, arte, costumese semelhanças entre elas -, a tarefa da investigação revela-se revela-selimitada limitada a
um âmbito muito mais razoável.Ainda Ainda enfrentamoso enfrentamoso mesmo t:ipo de dificuldades que cercam o tema m mais ais amplo, mas em número muito mais reduzido. A evidênciajá não é lão erratic erraticaamente heterogênea,e heterogênea,e pode ser mais facilmente classificadae
parar da semelhança semelhançageral geral da natureza humana, de um lado, e da semelhançageral semelhançageral das circun circunstâncias stâncias de vida vida,, de outro, essa e essa consistência podem, sem dúvida, ser traça-
das, sendo estu estudadas dadas com especial proveito na comparação de
raçasque se encontram em torno do mesmo grau de civi civilizalização. Existe Existe pouca necessidade necessidadede de se resp respeitar, eitar, em tais comparações,ddata ata na história ou lugar no mapa; o antigo habit habitante ante dos lagos suíços pode ser posto ao lado do astecamedieval, e o ojíbua da América América do Norte ao lado do zulu do sul da África. Como disse o doutorJohnson, de maneira depreciativa, quando leu sobre os patagões
e os ilhéus
dos Mares
do Su Sull nas VoWú-
ges gesde de Hawkesworth,' Hawkesworth,' "um grupo de selvagensé igual a outro: Quão verdadeira essageneralização essageneralização realmente é, qualquer museuetnológico seuetnológico pode mostrar. Examine, por exemplo, os instruinstrumentos amolados e de ponta nessa coleção; o inventário inclui machadinha, enxó, cinzel, faca, serra, raspadeira, broca, agulha, lança e cabeça de flecha, e, desses, a maior parte, se não a totali-
dade, pera:ence,ccom om pequenas diferenças de ddetalhes, etalhes, às mais
comparada, enquanto a possibilidade de selivrar de material ir-
variadas raças. ra ças. O mesmo se passa com as ocupações selvagens:
relevante e tratar cada questão dentro de seu apropriado conjun-
cortar madeira,pescar pescarcom com rede e linha, caçar com funda e lan ça, ça,fazer fazer fogo, cozinhar cozinhar,, enrolar fios e trançar cestas cestasrepetem-se repetem-se
to de fatos faz com que, demodo geral, a argumentaç argumentação ão rigorosa estejamais esteja mais disponível do que na história geral. Isso pode surgir de um breveexame breveexamepreliminar preliminar do problema: como o 6enâmeno da Cultura pode serclassificado serclassificadoeearranjado, es estágio tágiopor por estágio, numa ordem provável de evolução.
com maravilhosauniformidade nas prateleiras prateleirasdos dos museus que ilustram a vida das raça raçass innferiores, feriores, de Kamch Kamchatka' atka' àTerra
do Fogo, e do do Daomé ao Havaí. Mesmo quando se trata trata de
o hábito da humanidad humanidadee exibem exibem,,de imediato, aquelasimilariaquelasimilari-
comparar hordas bárbaras com nações civilizadas, uma consideração impõe-se a nossas mentes: até que ponto cada item da vida dasraças dasraçasinferiores inferiores transforma-se em procedimentos an anáá-
dade e consistência de 6enõmenos expressasno provérbio ita-
logos nas raças superiores, sob formas não tão mudadas que
Pesquisados a pari:ir de uma ampla perspectiva, o caráter e
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A Ciência da Cultura
não possam ser reconhecidas e, às vvezes, ezes,praticamente intocadas?Veja o moderno camponês europeu usando seu machado e sua enxada,veja enxada,veja sua comida fervendo ou assando num fogo de lenha, observe o lugar excito reservado à cervqa no cálculo de
sua felicidade, felicidade, ouça suas suashistórias histórias do fantasma na casa casaassomassombrada mais próxima e da sobrinha do fazendeiro, enfeitiçada com nó nas tripas, que entrou em convulsão e morreu. Se Seseleselecionarmos assim ccoisas oisas que pouco sealteraram no longo curso dos séculos,podemos séculos,podemosdesenharum quadro em que estarão, quase lado a lado, um lavrador inglês e um negro da África Central. Estas página páginass estarão tão povoadas de mostras dessa correspondência entre a humanidade que não há necessidade necessidadede de entrar nessesdetalhes aqui, mas isso pode ser usado, desde já, para pâr de lado um problema que complicada o argumento, ou seja, a questão da raça. Para o presente propósito, parece tanto possível quanto desejável eliminar considerações ddee variedadeshereditárias,ou hereditárias,ou raças raçashumanas, humanas,ee tratar a huma humaninidade como homogênea em natureza, embora situada em di difeferentes graus graus de civilização. Os detalhes da pesquisa provarão, parece-me,qque ue estágios estágiosde de cultura podem ser comparados sem selevar em conta o quanto tribos que usam o mesmo mesmoimpleimple-
mento,seguemo mesmocostume mesmocostumeou ou acreditam acreditamno no mesmo mito podem di digerir gerir em sua configuração corporal e na cor de
Edward
e diversos graus de complexidade
BurneEtTylor
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no fazer e tecer fios; os mitos
estãodivididos estão divididos em tópicos como mitos do nascerdo nascerdo sol e do poente, do eclipse, do terremoto, mitos locais que usam algum
conto fantástico para explicar os nomes de lugares,mitos eponímicos que explicam a ascendênciade ascendênciade uma tribo transformando seu nome no de um ancestral imaginário; no grupo dos ritos e cerimónias,ocorrem práticas como os vários tipos desacrifícios para os fantasma fantasmass dos mornos e paraoutros seres seresespiespirituais, o voltar-se para o leste para orar, a purificação de impureza cerimonial ou moral usando água ou Gago.T Tais ais são uns poucos exemplos variados de uma lista de centenas, eo tra-
balho dosua etnógra6o etnógra6oé é classificar essesedetalhes comevista a estabelecer distribuição na geografia na história as relações existentes entre entre eles. eles.Em Em que consiste essatarefa essatarefa é um ponto que pode ser quase perfeitamente ilustrado comparando esses detalhes de culturas com as espéciesde plantas e animais tal como estudadaspelo estudadaspelo naturalista. Para o etnógra6o,o arco-eflecha é uma espécie,o hábito de achatar os crânios dascrianças é uma espécie, a prática de contar os números por dezenas é
uma espécie.A espécie.A distribuição geográfica delas e sua transmissão de região a região têm de ser estudadas como o naturalista estuda a geografia de suas espécies espéciesbotânicas botânicas ezoológicas. Assim como certas plantas e an animais imais são peculiares a determinados
Um primeiro passo no estudo da civilização é disseca-la em
distritos, isso também ocorre com instrumentos como o bumerangue australiano, a vareta-e-canaletapolinélija vareta-e-canaletapolinélija para fazer fogo, a minúscula minúscula flecha usadacomo uma lancéta lancétapor por tribos na
detalhes e, em seguida, classifica-los em seus grupos apropriados. Assim, ao examinar as arm armas, as, elas devem ser classificadas
região do istmo do Panamá [a zarabatana]; e, da mesma forma, com muito da arte, do mito ou de costumes encontrados isolaa-
como lança, maça, funda, funda, arco-e-flecha arco-e-flecha,,e assim por diante; entre as artes têxteis, devem constar tapeçaria, confecção de redes
damente em um campo particular. Assim como o catálogo de
pele e cabelo.
todas as espécies de plantas e animais de um distrito representa
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A Ciência da Cultura
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suaflora e fauna, a lista de todos ositens da vida geral de um
os autores que cita e, se possível, obter diversos relatos para
povo representa aquele todo que chamamos sua cult:ura. E, assim como regiõesdistantes tão freqüentemente produzem ve
confirmar cada ponto em cada localidade. Mas o teste de recorrência vem antes a ntes e acima dessas medidas de precaução. Se dois
gerais e animais análogos, embora de forma alguma idênt idênticos, icos, o mesmo ocorre com os detalhesda civilização de seus habitantes. O quão boa realmente é a analogia operacional entre a difusãode plantas eanimais ea difusão da civilização ci vilização torna-s torna-see bem aparente quando notamos o quanto ambas F Foram oram simultaneamente produzidas pelas mesma mesmasscausas: causas:numa numa região após outra, as mesmascausas mesmascausasque que introduzir introduziram am na civilização as plantas cultivadas e os animais animais domésticos trouxeram com eles
visitantes independentes, independen tes, em países diferentes digamos, um muçulmano medievalna Tartária e um inglês moderno moderno em Daomé,ou um missionário jesuíta no Brasil e um metodista nas ilhas Fij Fijii -, es estão tão de acordo ao descrever descreveralguma alguma arte, rito ou mito análogo entre os povos que visitaram, tor torna-se na-se difí
uma arte e um conhecimento correspondentes.O curso de eventos que levou cavalos e trigo para a América também levou
um uma invenção, mas um minlscro distaequívoco na Guinéou conspirado com ele paracena enganar o públicometocontando lá a mesma história? A possibilidade de mistificação, intencional ou não não,, éfrequentemente excluída diante de tal estado de coisas,como coisas,como no casode casode um relato similar sendodeito sendodeito
cil ou impossívelatribuir tal correspondência ao acasoou a fraude intencional. Uma história contada por um fugitivo da lei na Austrália pode, t:alvez,receber t:alvez,receberobjeções objeçõesee ser vista como
com eleso eleso us usoo de armasde fogo e o machado de ferro; por sua vez,o mundo todo recebeuem troca não apenas vez,o apenasmilho, milho, batatas e perus, mas o hábito de fumar tabaco e a rede de marinheiro.
..f C
Há um aspecto que vale a pena considerar: os relatos de 6e-l 6e-l i nâmenos de cultura similares e recorrent recorrentes es em diferentes par- l.l.IL IL tes do mundo fornecem, na verdade, uma prova incidental deilj'.
em duas terras remotas por duas testemunhas, das quais A viveu um século antes de B, e B parece nunca [er ouvido EHarde A. Quão distantes são os países, quão afastadas as datas, quão diferentes os credos e caracteres dos observadores, no catálogo
sua própria autenticidade. Háque alguns anos, um grande his-.l toriador me 6ez 6ezuma uma pergunta revela esseponto: esse ponto: "Como pode um relato sobre costumes, mitos, crenças etc. de um umaa tribo selvagemser selvagemser tratado como evidência no noss casos casosem em que isso depende do test testemunho emunho de algum viajante ou miss missionário ionário que pode ser um um observadorsuperficial, mais ou menos ign ignorante orante da língua nativa, ou um comerciante c omerciante descuidado de fãa irreflet:ida,um homem preconceituo preconceituoso so ou mesmo intencionalmente enganoso?" Essaé Essaé uma questão que, por certo, todo etnógra6o deve ter sempre em mente. Semdúvida, ele tem a obrigação de usar seumelhor julgamento quanto à fidedignidade de todos
de fatos fatos da civilização, são ccoisas oisas que nem épreciso demonstrar adicionalmente a qualquer um que der pelo menos uma olhada nas notas de rodapé do pre presente sente trabalho. E, quanto mais singular o relato, menos provável que diversas pessoasem pessoasem diversos lugares fossem fazê-lo igualmente errado. Sendo assim, parece razoável julgar que, de modo geral, eles são verdadeiros,
eque sua proximidade e regular coincidência devem-se devem-seao ao surgimento de fatos semelhantesem semelhantesem vários distritos da cultura. Os fatos mais importantes da etnografia são provadosdessa maneira. A experiência leva o estudante, depois de algum tem-
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po, a esperarque esperarque os 6enâmenos 6enâmenosda da cultura cultura,, como resultados de causassimilares de ampla atuação, devam surgir repetidamente no mundo, e é isso que irá constatar. Ele chegamesmo a des-
olhando um exércitodo exércitodo alto de uma colina, esquecemoso sol-
confiar de a6lrmaçõesisoladas a6lrmaçõesisoladas das quais não conheceparalelo
espalhando-se ou se concentrando, avançando ou batendo em
trada por relatos correspondentes correspondentesvindos vindos do outro lado da terra, ou da outra ponta da história. Tão corte, realmente, é esse meio de autenticação, que o etnógra6o, em sua biblioteca, pode àsvezes àsvezesousar ousar decidir não apenasse apenasse um explorador particular particular é um observador hhonesto onesto e perspicaz,mas também se o que ele
coletores de impostos ou de tabelas de companhias de seguro.
em outros lugares, e espera que sua autenticidade
seja demons-
dado individual
a quem, de fato, mal distinguimos
na massa -
enquanto vemos cada regimento como um corpo organizado, retirada. Em alguns ramos do estudo das leis sociais, épossível agora recorrer à ajuuda da de estatísticas e destacar ações específicas casde de grandescomunidade grandescomunidadess mistas por meio de calendáriosde
Entre os modernos argumentos a respeito das leis da ação humana, nenhum tem tido efeito mais profundo que generaliza-
relata está de acordo com as regras gerais da civilização. ''Non
ções como as de Quetelet' sobre a regularidade, não apenas de
quls#ed:.quid" Passemosagora da distribuição da cultura em dife diferentes rentes paísespara países para sua difusão dentro de ntro de cada um del deles. es. A qualidade
questõescomo estatura média e taxas anuais de nascimento e
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da humanidade que mais tende a tornar possível o estudo sistemático da civilização civilizaç ão é aquele notável consenso ou acordo tácito que, até hoje, induz populações inteiras a se seunirem unirem no uso da mesma língua, seguirem a mesma religião e as mesmas leis, estabelecerem-se num mesmo nível níve l geral de arte e conhecimen to. E esseestado de coisas que torna possível, até agora, ignorar fatos excepcionais e descrever as nações em t:ermos de uma mé-
dia geral. É esseestado esseestado de coisas que torna possível, até agora, representarimensasmassasde massasde detalhes recorrendo a uns poucos fatos típicos, e que permite, uma vez estejam esses essesconsoliconsolidados, que novos casos relatados por novos observadores simplesmente se encaixemem encaixemem seuslugares seuslugares ppara ara provar a soli-
morte, mas da recorrência, ano após ano, de obscuros e aparen-
temente incalculáv incalculáveis eis produtos da vida nacional, como os números de assassinatose assassinatose suicídios e a proporção das próprias armas do crime. Out:ros casosnotáveis são a regularidade anual de pessoasmortas pessoasmortas acidentalmente nas ruas de Londr Londres es e as ca carrtas sem endereços endereçospostas postas nas caixas das agênciasde correio. Mas, quando quando examinámos a cultu cultura ra das raçasinferiores, raçasinferiores, longe de ter à disposição os fatos aritméticos
medidos pela estatística
moderna, podemos ter que julgar a condição de tribos a partir de relatos imper6eicosFornecidos imper6eicosFornecidos por viqantes ou missionários, ou mesmo fazer ingerênciasa respeito de relíquias de raças pré-históricass de cujos nomes e línguas somos irremediavelpré-histórica mente ignorantes. Essespodem Essespodem parecer, à primeira vista, materiais lamentavelmente imprecisos e não promissores para a
dez da classificação.Encontra-se Encontra-setamanha regularidadena regularidadena
pesquisacientífica. pesquisa científica. Mas, na realidade realidade,, não o são, pois produ-
composição dasindividuais sociedadese,de sociedadesde homens é possível põr de lado diferenças assim, fazerque generalizações sobre as artes e opiniões ddee nações inteiras, do mesmo mod modoo que,
zem evidências tão boas quanto pode obter. São dados pela maneira distinta como cadase um denota a condição daque, tribo à qual pertence, realmente permitem
comparação com os
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A Ciência da Cultura
resultados estatísticos. estatísticos.O Eito é que uma ponta de flecha feita depedra,uma pedra,uma clava clavaentalhada, entalhada,um um ídolo, uma sepultura onde escravosee propriedade foram enterrados para uso do mor escravos morto, to, um relato dos ritos de um feiticeiro para fazer fazer chover chover,, uma tabela de números, a conjugação de um vverbo, erbo, cada uma des dessas sas coisas expressa o estado de um povo com relação a um aspecto
particular de cultura, e tão verdadeiramente quanto a tabulação do número de mortes por envenename envenenamento nto ede caixas de chá importadas expressam,de de maneira diferente, outros resultados parciais parci ais da vida geral de boda uma comu comunidade. nidade. Que uma nação naç ão inteira tenha que usar uma determinada roupa, determinad determinadas as ferramentas e armas, ter leis especiais especiaisde de casamento e propriedade, doutrinas morais e religiosas especiais, é uum m fato notável, e o percebemos tão pouco porque vivemos toda a nossavida no meio dele. É especialme especialmente nte com tais qualidades gerais de corpos organizados de homens que a etnografia tcm de lidar. Ainda assim,embora assim,emborageneralizandosogeneralizandoso-
bre a cultura de uma tribo ou nação,e nação,e deixandode deixandode lado as peculiaridadesdos peculiaridades dos indivíd indivíduos uos que a compõem como sendo sem para oo resultado principal, devemosprincipal. te terr o cuidadoimportância de não esquecero esquecer que compõe esseresultado esseresultado
Há pessoastão concentradasno aspecto aspectoindividual individual da vida de outras que nã nãoo conseguem conseguemapreender apreender a noção de aç ação ãode uma comunidade como um todo; tal observador,incapaz observador,incapaz de uma visão ampla da sociedade,está sociedade,está adequadamente descrito no dito :as árvores o impedem de ver a floresta". Mas, por outro lado, o
Rilóso6o pode estar tão concentrado concentra do em suas leis gerais da sociedade que chegue ao ponto de negligenciaros atores individuais
dos quais a sociedadeé feita, e dele sepode dizer que a floresta não o deixa ver as árvores.Sabemos como artes. idéias e costu-
Edward Burnett Tylor
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mes são moldados entre nós pelas ações combinadas de muitos
indivíduos, eos motivos e efe efeitos itos dessasações açõesfreqüentemente freqüentemente chegam a nós de maneiras bastante distintas. A história de uma
invenção, deuma opinião, de uma cerimónia, éuma história de
sugestão e modificação, encorajamento
e oposição, ganho pes-
soal e preconceito preconceito grupal, ecada um dos indivídu indivíduos os envolvidos agede acordo com seus próprios mot:ivos, conforme determinado por seu carecer e suas circunstâncias.
Assim, às vezes ob-
servamosindivíduos agindo em função de seus seuspróprios próprios fins, pouco preocupados com os efeitos sobre a sociedade em geral, e às vezes temos que estudar movimentos da vida nacional como um todo nos quais ooss indivíduos participante participantess estãototalmente fora de nosso campo de observação.Mas, vendo que a açãosocial coletiva é o m mero ero resultante das açõesde muitos indivíduos, é claro que essesdois essesdois métodos de pesquisa,secorretamente seguidos, têm de ser absolutamente consistentes. Ao estudar tanto tanto a recorrênciade recorrênciade hábitos ou idéiasespeciais em diversasregiões quanto sua prevalência dentro de cada uma delas,apresentam-se delas,apresentam-sediante diante de nós provas sempre semprereiterareiteradas dasde de causaçãoregular causação produzindo os 6enõmenos 6enõmenosda da vida mana, e de leis regular de manutenção e difusão de acordo comhuas quais esses6enâmenos esses6enâmenos se consolidam em permanentes condições-padrão, em estágios de cultura definidos. Mas, embora dando coral importância à evidênciaaplicávela essas essascondicondições-padrão,ddevemos evemos ter cuidado para evitar uma armadilha que possaenganar possaenganar o estudante desavisado.É claro que as opiniões e os hábitos que pertencem, em comum, a massasda massasda humanidadee são, em grande os resultados de sólido julgamento sabedoria prática.medida, Mas, também em grande medida, não é assim que ocorre. Que inúmeras sociedades tenham
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A Ciência da Cultura
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acreditado na influência do mau-olhado m au-olhado e na existênci existênciaa de um firmamento, tenham sacrificado escravos e bens para os cantas
mas dos dos mortos, tenham transmitido tradições de ggigantes igantes es-
BurnettTylor
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mente as basessobre basessobre asquais coram realmente recebidas, recebidas,aproaproveito a ocasiãopara ocasiãopara comentar que a mesma linha de argumento serviráigualmente bem para demonstrar, com base baseno no forte
traçalhando monstros e de homens que se transformam transformam em
e amplo consensodas consensodasnações, nações,que que a terr terraa é plana e que pesadelos são a visita de um demónio.
realmente, produzidas nas mentes mentesdos homens por causas causasefieficientes, mas não é base basepara sustentar que os ritos em questão eram benéficos, as crençasrazoáveise a história autêntica. À primeira vista, isso pode parecer um truísmo, mas, de Eat:o,é a
Tendosido Tendo sido mostradoque mostradoque os detalhesda detalhesda Cultura per-
bestas - tudo isso é base para sustentar que tais idéias coram,
negação de uma fãácia que a6eta profundamente
as mentes de
todos, excetode excetode uma minoria crítica da humanidad humanidade. e. Popular-
mitem suaclassi6lcação suaclassi6lcação num num grande gr ande número de grupos etnográficos de artes, crenças,ccostumes ostumes etc., segue-seagora a consideração de até que ponto os fatos arranjados nessesgrupos são produzidospelaevoluçãode evoluçãode um para o outro Dificilmente seria necessárioapontar que, embora embora cada um dos grupos em
mente, acredita-se que o que todo mundo diz deve sser er verdade,
questão seja mantido unido por um caráter comum, não são, de forma alguma, definidos com exatidão. Usando novamente a illustração ustração da história natural, pode-se dizer que elessão espé-
que C&tholicum"s - e assim por diante. Há vários tópicos, espedos quais até as pessoas pessoaseducadas educadasentre entre as quais vivem vivemos os dificilmente podem ser levadas a ver que a causa de os homens sus-
ciesque tendem a uma ampla dispersãoentre variedades.E E,, quando se trata da questão das relaçõesentre relaçõesentre alguns desses grupos, fica óbvio que o estudante dos hábitos da humanidade tem uma grandevantagem grandevantagem sobre o estudante dasespéciesde
tentarem uma opinião ou seguirem um costume não é, de
plantas e animais. Entre os naturalistas, está em aberto a qquesues-
forma alguma, necessariamente uuma ma razão para que sejam obrigados a Eazê-lo. C Coleçõesde oleçõesde evidência etnográfica que t:razem tão proeminent proeminentemente emente à vista a concordância de imensas multidões com relação a certas tradições, crenças e usos têm a peculiar facilidade de serem usadasde forma inapropriada para a direta defesa dessaspróprias instituições, e vemos até mesmo plebiscitos plebiscitos sendo feitos entre antigas naçõesbárbaras para sustentar suasopiniões suasopiniões contra o que é chamado de idéias modernas. Como, mais de uma vez, ocorreu a mim mesmo encontrar minhas coleçõesde coleçõesde tradiçõese crenças crençasarrumadas arrumadas para provar sua própria verdade objet objetiva, iva, sem examinar adequada-
tão de se uma teoria de desenvolvimen desenvolvimento to de espécie espécieaa espécie espécieéé um registro de transiçõesque transições que realmenteaconteceram realmente aconteceramou ou um mero esquema ideal ideal utilizável para a classificaçãode espécies cujas origens eram na verdade independentes. Mas, entre os etnógrafos, não existe tanto questionamen questionamento to sobre a possibilidade de espéciesde imp implementos, lementos, hábitos ou crençasterem se desenvolvido um do outro, pois nossa percepçãomais usual reconheceoo desenvolvimento conhece desenvolvimentona na Cultura. A invenção invençãomecânica mecânica
o que todo mundo faz dev deveesercorreto sercorreto "Quod ubique,quod semper,quod semper, quod ab omnibus creditum est, hoc est vereproprie-
cialmenteem história, direito, filosofia e teologia, a respeito
fornece exemplos adequados tipoNadehistória desenvolvimento a6etaaa civilização a6eta como um do todo. das armasque de
fogo, o tosco tos co fecho de roda, no qual uma roda de aço denteada
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era girada por uma mola contra um pedaço de pinta até que uma fagulha acendesseo acendesseo pavio, levou à invenç invenção ão do mais durável fecho de pederneira,dos pederneira,dos quais ainda restam uns poucos
qual se descobriu que o novo mater material ial era adequado para a confecção de um modelo mais manejável e mais económic económico. o. E assim, nos outros ramos de nossa história, surgirão, segu seguidaida-
penduradoss nas cozinhas de nossas pendurado nossasfazendas fazendaspara os meninos
mente, séries séries de fatos que podem ser consistentemen consistentemente te ar
percussão,que está precisament percussão,que precisamenteeagora mudando seu arranjo antiquado para ser adaptado da carga pela boca para a carga pela culatra. O astrolábio ast rolábio medie medieval val deu lugar ao quadrante, e este6oi este 6oi agora descartado, descartado ,por sua suavez, vez,pelo pelo homem do mar, que usa o mais delicado sexo:ante; e assim acontece, acontece,em em sequência,
rão serem postos na ordem inversa. Tais, por exemplo, são os fatos que avanceiaqui avanceiaqui no capítulo 7, sobre "A Arte de Contar", que tende aprovar que, pelo menos nesse nessenível nível de cultura, astribos selvagensalcançaram selvagensalcançaram sua posição por aprendizado, e não por desaprendizado; por progressão a partir de um estado mais
ao longo longo da história das artes artesee dos instrumentos. Tais exem-
baixo, e não pela deg degradação radação desd desdee um estado mais elevado. Entre as evidência evidênciassque nos ajudam a traçar o curso que a
atirarem em pequenospássaros pequenospássarosno Natal; com o tempo, o fecho de pederneirapassoupor passoupor modificaçõesaté o fecho de
plos de progressão são conhecidos por nós como história dire[a, mas essanoção essanoção de desenvolvimento está tão inteiramente instalada em nossasmentes nossasmentes que,por meio dela dela,,reconstruí reconstruímos, mos, semescrúpulos, ahistória perdida, confiand confiandoo no conhecimento geral dos princípios do pensamento e da ação humana como um guia para pâr os fatos em sua ordem apropriada. Quer as crónicas registrem ou não o eito, ninguém duvidaria, compa-
rainjadoscomo tendo surgido um ap após ósoo outro numa ordem particular de desenvolvimento,mas desenvolvimento,masque dificilmente permiti-
civilização mundial realment:e seguiu está aquela grande classe
de fatos aos qquais uais achei conve conveniente niente denotar usando o termo "sobrevivências." Trata-se de processos, costumes, costumes, opiniões, e assim por diante, que, por corça do hábito, continuaram a exis-
tir num novo estadode estadode sociedadediferente sociedadediferente daquele no qual tiveram sua origgem, em, e então permanecem como provas e exem-
totalmente óbvio que a que funciona com um cordão ou arco arcoéé
plos uma condição maisconheço antiga de cultura evolui evoluiu em uma de mais recente. Assim, uma mulherque idosa emu Somersetshire cujo tear manual data do tempo anterior à introdução da lançadeira móvel. Ela nem mesmo m esmo aprendeu a usar a
um avanço em relação ao instrumento primitivo de fa fazer zer ffogo ogo
novidade, e a vi jogando a lançadeira de uma mão para a outra
desajeitadamente girado entre as mãos. Aquela instrutiva clas-
de um jeito verdadeira verdadeiramente mente clássico; essa essamulher mulher idosa não está um século atrás de seu tempo, mas é um caso de sobrevivência.Tais exemplos ffrequenteme requentemente nte nos levam de volta aos hábitos de centenase centenase até mi milhares lhares de anos atrás. O ordálio da Chaveee da Bíblia, ainda em uso, é uma sobrevivência;''a foChave
rando um arco longo e uuma besta, de que a segunda 6oi uum m desenvolvimento surgido ama ppartir artir do instrumento mais simples. Assim, entre as brocas de fogo que oper operam am por fricção, parece
se de espécimesque espécimesque antiquários às veze vezessdescobrem machados de bronze modeladosna forma do pesado pesadomachado machado de pedra - dificilmente pode ser explicada exceto como sendo os primeiros passosna passosna transição da Id Idade ade da Pedra para a Idade do Bronze, logo seguidos pelo próximo estágio de progresso no
gueira do solstício de verão: : é uma sobrevivência; o jantar para
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A Ciênc.ia da Cultura
;Todas as Almas" oferecido pelos camponeses bretões aos espí-
ritos dos mortos mortos é uma sob sobrevivência. revivência.A simples manutenção de hábitos antigos é apenasuma parte da transição do tempo antigo para os tempos novos e mutantes. Podemosver aquilo que era um assunto sério na sociedadeantiga sendo reduzido a entretenimento de geraçõesfuturas, geraçõesfuturas, e suas suasgraves gravescrenças crençasper-
durando como histórias folclóricas para crianças,enquanto hábitos superados super ados que faziam parte da vida do mundo antigo podem ser modificados modificados e adquirir formas ainda poderosasno
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Progresso, degradação, degradação, sobrev sobrevivência, ivência, renascimento e modificação são, todos eles, asp aspectos ectosda da conexão que liga a com plexa rede rede da civilização. Basta uma olhada nos detalhes tri
viais de nossaprópria nossaprópria vida diária para nos pormos a pensaro pensaro quanto somosnós somosnós realmenteseus realmenteseusoriginadores originadorese o quanto se mos apenasos apenasos transmissores transmissoresee modificadores dos resultados de erasmuito antigas. Olhando à nossa volta, nos ambientes
mundo novo, para o bem e para o mal. Às vezes, vezes,velhos velhos pensamentos e práticas irão irromper novamente,para surpresa de
em que vivemos, podemos verificar o quanto aquele que conhece apenas apenas o seu tempo pode ser capaz de corretamente compreendê-lo. Aqui está a madre madressilva ssilva da Assíria, ali a flor-de-lis deAnjou, uma cornija com uma sanca sancagrega grega emvolta do tet teta; a; o
um queostransforma-se pensavahá há muito mortos ou morrendo; aqui,mundo sobrevivência sobrevivênciatransforma-se em renascimento, como tem
mesmo espelho. Transformados, deslocados ou mutilados, es-
acontecido ultimamente, ultimament e, de maneira tão notável, na história do espiritualismo moderno, um tema cheio de ensinamentos do ponto de vista do etnógrafo. O estudo dos princípios de sobrevivênciatem, na verdade, verdade,uma uma imp importância ortância prática nada pequena,pois pequena, pois a maior parte do que chamamos superstição superstição está incluída nas sobreviv sobrevivências ências e, dessaforma, fica exposta ao ata-
seselementos seselementos de arte ainda carregam suas histórias plenamente estampadas; e, se a história ainda mais antiga é menos fácil de ser lida, não vamos dizer que, porque não podemos discer ni-la claramente, então não existe história ali. Assim se passa até com a moda das roupas. Os ridículos rabinhos das casacas dos cocheiros alemãescontam, alemãescontam, por elesmesmos,como acaba-
que de seu mais mortal inimigo: uma explicação razoável. razo ável. Além
der seusignificado que setorna um ponto vital da pesquisa
ram chegando uma coisa uma tãos já rudimentar e absurda; mas de os colarinhos dos aclérigos c lérigos inglese ingleses não contam sua história imediato para quem asvê, e parecem bastante inexplicáveis até que setenham visto os estágios intermediários pelos quais pa passsaram desdeos colarinnhos hos largos, mais úteis, como os queMil-
etnográfica obter a m mais ais clara compreensão possível de sua natureza. Essaimportância Essaimportância devejusti6lcar o nível de detalhamento qque ue se devota aqui ao exameda exame dasobrevivência, sobrevivência,com com base em em
ton apareceusando apareceusando em seu retrato retrato e que deram o nome às caixinhas utilizadas utilizadas para guarda-l guarda-los. os. De fato, um livro de moda, mostrando mostrando como um vestuário cresceu cresceuou ou encolheu en colheu em es-
evidências de jogos,que ditos populares, costumes, superstições superstições coisas semelhantes bem podem servir para revelar a manei-e ra como aquela fun funciona. ciona.
tágios graduais setransformou em outro, ilustra comdo muita corça egraduaise clareza a e natureza da mudança e do crescimento, res-
disso, insignificantes como são, em si mesmos, mesmos, os ab abundantes undantes casos de sobrevivência, seu estudo é tão útil para traçar o curso do desenvolvimen desenvolvimento to histórico única forma possível possívelde de enten-
estilo de Luis XIV e seu antecessor antecessor,,a Renascença,ppartilham artilham o
surgimento e da da decadência que ocorrem ano a ano em ques-
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A Ciência da Cultura
iões mais mais importantes da vida. Nos livros, novamente,vemos cada escritor não em si ou por si mesmo, mas ocupando seu lu gar apropriado apropriado na história; olhamos através de cada niló nilóso6o, so6o,
Edward Burnett Tylor
gt
essamesma essa mesma ignorância. É apenas quando deixam de ver a linha
de conexão entre eventos que os homens ficam propensos a sucumbir às noçõesde impulsos arbitrários, anomalias sem semcaucau-
matemático, matemátic o, químico, poeta, para o pano de fundo de sua educação através de Leibniz, vemos Descarnes;de de Danton, vemos Priestley; de Milton, Homero. O estudo da linguagem talvez tenha contribuído mais que qualquer outra coisa para remover de nosso conceito sobre o pensamento e a aç ação ão dos homen homenss as
sas,sorte, sas, sorte, absurdo absurdo e inexp inexplicabilidad licabilidadee indefinida indefinida.. Considerar que brincadeiras pueris, superstições absurdas e costumes sem propósito são espontâneos porque ninguém pode dizer exatamente como apareceramé apareceramé algo que nos lembra o efeito seme-
idéias de acasoe acasoe invenção invençãoarbitrária, arbitrária, e para substituí-las por uma teoria de desenvolvimento através da cooperação de ho-
sobreaa filosofia deuma tribo de índios nor sobre norte-america te-americanos. nos. Ten-
mens individuais, de processosque se mostram sempre razoá-
veis e intel inteligíveis igíveis quando fatosseja são sãoplenamente conhecidos. Por mais rudimentar queos ainda aplenamente ciência da cultura, estão cadavez mais cortes os sintomas sintomas de que mesmo os que parecem ser seus seus mais espontâneos e imotivados 6enõmenos acabarão por se revelar partes de uma série de causase efeitos precisos, e tão certamente quanto os fatos da mecânica. O que poderia ser popularmentevisto como mais indefinido e incontroláv incontrolável el que os produtos produtos da imaginação imaginaçãorevelados reveladosem mitos e fábulas? fábulas?AinAin-
lhante que a aparênciaexcêntrica aparênciaexcêntricado do arroz selvagemtinha dendo, de modo modo geral, aver na harmonia da natureza os efeitos de uma única vontade pessoal controladora, os teólogos sioux diziam que o Grande Espírito havia feito todas ascoisas, exceto o arroz selvagem, e que esseaparecera esse aparecera por acaso.
"0 homem",disseWilhelm disseWilhelm von Humboldt, "sempreconti"semprecontinua algo a partir do quejá existe." existe."A A noção de continuidade da civilizaçãocontida civilização contidanessa nessamáxima máxima não éum princípio filosófico estéril; logo adquire conotaç conotação ão prática pela consideração de que aqueles aqueles que desejam entender suas próprias vidas devem conhecer os estágios através dos quais suas opiniões e hábitos
da assim, investigação investigaçãosistemática sistemática da mitologia mitologia, com base numaqualquer ampla coleçãode coleção de evidências, evidências,mostra mostra em tais ,esforços de imaginação, de forma suficientemente clara, tanto um desenvolvimento desenvolvim ento de estágioa estágioquanto uuma ma produçã produçãoo de de uniformidade de resultado derivando da uniformidade de causa. sa.Aqui, Aqui, como em outros outros casos, casos,aa espontan espontaneidade eidade sem causa causaéé vista retrocedendo mais e mais e se ocultando nos escuros re-
vieram a ser o que ssão. ão. Auguste dificilmente nto teráquando exagerado a necessidade necessidadedesse desseestudo estudoComte do desenvolvime desenvolvimento declarou, no início de sua F2/os(@úpos/ãz'ú, que "nenhuma con-
cintos da ignorância. O mesmosedá com o acaso: acaso:ele eleainda mantém seu lugar entre o vulgo como uma causa real ddee eventos de outra forma inexplicáveis,m mas, as, ppara ara os homens educados, há muito não significa nada, conscientement conscientemente, e,aalém lém de
tada. Imagine alguém explicand explicandoo o dito trivial "um passarinho me contou" sem conhe conhecer cer a antig antigaa crença na linguagem dos pássarosee dos animais à qual o doutor Dasent, na introdução pássaros dos Contosnórdicos, Contosnórdicos, " tão razoavelmente traça sua origem. Ten-
cepção pode ser compreendida
exceto através de sua história"
e
essafrase pode ser estendida à cultura como um todo. Esperar essafrase olhar a vida moderna de frente e compreendêcompreendê-la la pelamera ins-
peçãoéé uma filosofia cuja fragilidade pode ser facilmente tespeção tes-
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A Ciência da Cultura
cativas de explicar, à luz da razão, coisas que precisam da luz da
história para mostrar seu significado podem ser exemplificadas pelos ComentúHosde Blackstone. Ele acredit:ava que o pró-
prio direito do plebeu de levar seus animais para pastar nas perrascomunais perras comunais encontra explicaçãono sistema feudal feudal.. "Pois, quando os proprietários rurais concediam parcelas p arcelas de terra aos
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priedade das terras desocupada desocupadas. s.É É sempre arriscado separar um costume de ssua ua ligação com eventospassados, eventospassados,tratando-o como um fato isolado a ser simplesmente descartado com alguma explicação pplausível. lausível. Ao levar adiante a grande tarefa da etnograf etnografia ia rac racional ional - a investigação das causasque produziram os 6enõmenos de cul-
arrendatários em troca de serviçosfeitos ou a fazer, esse arrendatários essessnão podiam arar nem adubar a terra sem animais; esses essesanimais animais não podiam ser m mantidos antidos sem ppasto; asto; e pasto não podia ser obtido se não fosse nas terras desocupad desocupadas as do proprietário e nas terras sem sem cultivo não cercadas,suas suas ou de outros arrenda-
tura e das leis às quais estão subordinados
tários. A lei, portanto, anexou à concessãode terras esse essedireito direito ao uso das terras comuns, como coisas inseparáveis;e essa essa6oi 6oi a origem da servidão ser vidão de pastagem," etc.'' Embora não haja nada
ser,no ser, noestágiosde todo, mais de acordoentre com com araças evidência. C Comparandoos omparando os vários estágios decivilização conhecidas conhecidasda da história, com a buda de inferência arqueológic arqueológicaa derivada dos restos de tribos pré-históricas,parece parecepossível possívelFormar uma opinião, ainda que grosseira,sobre grosseira,sobre uma condição anterior geral do homem. Do nossoponto nossoponto de vista, essa essacondição condição deve deveser ser tomada como a primitiva, mesmo qque, ue, na realidade, algu algum m estágio ain-
irracional nessa explicação, ela não está de acordo, de forma al-
guma, com a lei teutónica de propried propriedade ade fundiária que preva-
lecia na Inglaterra muito antesda conquista norma normanda, nda, e da qual os vestígios nunca desaparecer desapareceram amtotalmente. Na antiga comunidade aldeã, mesmo a terra arável que estivesse nos grandes campos comuns que até hoje podem ser encontrados em nosso paísainda não havia sido transformada em propriedade separada, separada, enquanto as pastagens nnas as terras sem cultivo e nos campos com restos decolheitas, bem como nas terras desocupadas,pertenciam em comum c omum a todo todoss os ch chefes efes ddee família. Desdeaqueles Desde aqueles dias, a mudança da propriedade comunal c omunal para a
individual transformou,em transformou,em grande grandeparte, parte, essesistema essesistemado do mundo antigo, mas o direito que o camponês possui de levar seu gado para pastar nas terras comuns ainda persist:e,nnão ão como uma concessãoa arrenda arrendatários tários feudais, mas como já sendo direito dos plebeus antes de o se senhor nhor haver reclamado a pro-
-, é desejável montar
um esquema de evolução dessa cultura, tão sistematicamente quanto possível,ao possível,ao longo de suas suasmuitas muitas linhas. No capítulo 2, '0 Desenvolvimen Desenvolvimento to da Cu Cultura", ltura", é deita uma tentativa de es-
boçar o curso teórico da civilização humana humana tal como parece
da mais remoto possa ter existido antes dela. Essacondição pri-
mitiva hipotética corresponde corresponde,, em considerável me medida, dida, à das tribos selvagensmodernas selvagensmodernas que, apesar apesarda da diferença e distância distância entre si, têm em comum certos elementos de civilização que parecem resíduos de um estado anterior da raça humana em geral. Se essahipótese essahipótese 6or verdadeira, então, apesar apesarda da contínua interferência da degeneração,a degeneração,a tendência central da cultura, desde os tempos primevos até os modernos, 6oi avançar avançar,, a par' tir da selvageria, na direção da d a civilização. Quanto ao problema dessa relação entre a vida selvagem e a civilizada, quase todos os
milhares de fatos discutido discutidoss nos capítulos 3 e 4 subsequentes estão diretamente relacionados a ele. Sobrevivências na Cultu-
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A Ciência da Cultura
ra, deixando, ao longo de todo o curso do avanço da civilização, pistas cheias de significado para aqueles que podem decifra-las,
atéhoje sustentam, em nosso nossomeio, meio, monumen monumentos tos primevos de evida bárbaros. Sua investigação fda fortemente apensamento favor da idéia de que os europeus podem encontrar entre os habitantes da Groenlândia ou entre os maoris muitos elemen.
tos para reconstruir o quadro de seusancestrais ancestraisprimitivos. primitivos. Vêm, em seguida, os capítulos que tratam do problema da origem da linguagem linguagem (5 e 6). Embora muitas partes dessa questão ainda permaneçam obscuras, seus aspectos mais claros permitem investigar sea sea Eda tevesua suaorigem origem entre a humanidade no estadocom selvagem; o resultado dessapesquisa é que, mente toda evidência conhecida, esse essepode pode terconsistentesido o caso.
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Talvez em nenhum nenhum outro campo sejam tão necessária necessáriassvisões amplas de desenvolvi desenvolvimento mento histórico quanto no estudo da religião. Apesar de tudo que tem sido esc escrito rito para dar a conhecer ao mundo as teologias inferiores, as idéias populares ssoo-
bre seu lugar na história e sua relação com a fé de naçõesmais elevadasainda são do tipo medieval.É maravilhoso contrastar alguns diários de missionários com os EKsúíosde de Max Mtiller,:' comparando, de um lado, a insensibilidade que o leva, eem m consequência de uum m zelo estreito e hostil, a derramar ódio e escár-
nio sobreo sobreo bramanismo,o budismo e o zoroastrismo,e, de outro, a simpatia católica católica com a qual um amplo eprofundo co-
em estado rudimentar, entre tribos selvagens, selvagens,mas mas que uma evidência sat:isfatória prova que a numeração 6oi desenvolvida desenvolvida por invenção racional, desde esseestado esseestado inferior até o que possuímos hoje. O exameda exameda mitologia contido nos capítulos 8, 9 e lO
nhecimentoreligiosa pode investigar essas essasfases fasesas antigas e nobres da consciência do homem; embora religiões das tribos selvagens possam ser rudes e pr primitivas imitivas quando comparadas com os grandes sistemas asiáticos, isso não é razão razão para vê-las como inferiores demais para merecerem interesse, ou ao menos respeito.Trata-se,precisamente, Trata-se,precisamente,da distinção entre compreendê-las ou mal compreendê-las. Poucos dos que devorarem suas mentes a dominar os osprincípios princípios gerais geraisda da religião selvagem selvagemirão irão pensar novamente que ela éridícula ou que o conhecimento so-
é feito, quasena quasena totalidade,a partir de uum m ponto devista devista espe-
bre ela é supérfluo para o resto da humanidade. Suas crenças e
cial, sobre evidência coletada para um propósito específico: traçar a relação entre os mitos de tribos selvagens e seusanálogos nas nações mais civilizadas. A pesquisa sobre essa questão avançamuito para provar provar que os primeiros primeiros fazedoresde fazedoresde mito
práticas, longe de serem um amontoado de tolices, têm tamanha consistência consistênc ia e lógica que, ainda quando apenas apenasgrosseiragrosseiramente classificadas, já começam a mostrar os princípios de sua formação e desenvolvimento; e essesprincípios essesprincípios provam-se de natureza essencialmente essencialmenteracional, racional, embora operando numa condição mental de intensa e inveterada ignorância. E com a intenção de tentar uma investigação inves tigação que tenha relevância relevânciamuimuito próxima para a teologia corrente de nosso próprio tempo que me dispus a examinar sistematicamente, entre as raçasin-
Uma consequênciabem mais definida é mostrada a partir do exameda exame da arte de contar, no capítulo 7. Pode serafirmado, com segurança,qque ue não apenas apenasessa essaimportante importante arte é encontrada,
surgiram e floresceramentre floresceramentre hordas selvagens selvagens,dando , início a uma arte que seussucessores seussucessoresmais cultos levariam adiante até que os result:idos se fossilizassemem fossilizassemem superstição, fossem tomadosequivocadamentecomo história, assumissema forma de poesia, ou fossem descarnados como disparates.
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feriores, o desenvolvimento do animismo (capítulos 12 a 17);
vel que um estudantecientífico de teologia não tenha uma
ou seja, a doutrina das almas e outros seres espirituais em geral.
Mais da metade do presente trabalho ocupa-se o cupa-sede de uma grande
competente intimidade com os princípios das religiões das raças inferiores, assim como seria uum m ntsiologista olhar com o
quantidade de evidência de evidênciade de todas as regiões regiõesdo do mundo, mostrando a natureza e o significado desse dessegrande grande elemento da Filoso6lada Filoso6la da Religião e traçando sua transmissão transmissão,,expansão,
desprezo dos séculos passados as evidências derivadas das formas inferiores inferiores devida, considerando a estrutura de meras merascriacriaturas invertebradas um um assunto não merecedorde seu estudo
restrição e modificação ao lon longo go do curso da história até o cen
RílosÓ6ico.
tro de nossopróprio nossopróprio pensamento moderno. Nem ssão ãodepequena importância prática as questões que têm de ser levantadas numa tentativa similar de traçar o desenvolvimen desenvolviment:o t:ode certos ritos e cerimónias proeminentes (capí (capítulo tulo 18) costumes cheios de informação sobre os mais íntimos poderesda poderesda religião, da qual são expressão externa e resultado prático. Nessas investigações, todavia, to davia, deitas mais de um ponto de
vista etnográfico do que teológico, pareceu pareceuhaver haver pouca necessidade de entrar, de cheio, em algum tem temaa controver controvertido, tido, algo que, na verdade, me empenhei ao máximo em evitar. O parentesco que perpassa toda a religião, de suas mais rudes formas até o status de um cristianismo esclarecido, pod podee ser convenientemente tratado ccom om pouco recurso à teolog teologia ia dogmática. Os ritos de sacrifício e purificação purificação podem ser estudados em seus estágios de desenvolvimento sem que seentre seentre em questões
sobre sua autoriddade ade e valor; um exame das fases sucessivas sucessivasda da crença mundial mundial em uma vida futura não exige que sediscutam os argumentos argumentos citados afavor ou contra a própria doutrina. Os resultados etnográficos podem então ser deixxados ados como material para teólogos processos,e processos,e talvez não não demore muito até que uma evidência tão carregadade carregadade significado ganhe seu seulugar lugar le-
gítimo. Voltando novamenteà novamenteà analogia analogiacom com a história natural, pode estar perto o tempo em que será considerado iinadmissínadmissí-
Não apenas como um tema curioso de pesquisa, mas como
um importante guia prático para a compreensãodo compreensãodo presente e a modela modelagem gem do futuro, a investigação da origem e do desenvolvimento primitivo da civilização deve ser zel zelosamente osamente levada adiante. Toda possível via de conhecimento deve ser ex-
plorada; toda porta, experimentadapara veJ'jÊstáaberta. aberta.Ne Ne
nhum tipo de evidência precisa ser deixada intocada em nome de suadistância suadistância ou compl complexidade, exidade, de suainsignificân suainsignificância cia ou trivialidade. A investigação moderna tende, cada vvez ez mais, na direçãoda conclusão de que, seexiste lei em algum lugar, existe em todo lugar. Perder Per der toda a esperança esperançade de que uma col colete ete cuidadosa de fatos e seuestudo consciencioso possam levar a algo, e declarar insolúvel algum problema por ser difícil e remoto, é,
claramente, estar no lado errado na ciência; e aquele que esco Iher uma tarefa sem esperançaspode se sepreparar preparar para desco descobrir brir os limites da descoberta descoberta.. Isso faz lembrar Comte, começando sua explicação explicação da astronomia com uma observação sobre a ne cessária limitação de nosso conhecimento das estrelas: conce-
bemos, nos diz ele, a possibilidade de determinar sua forma, distância, tamanho emovimento, embora possamos nunca ser capazes,de forma alguma,de estudar sua composição composiçãoquímica, química, sua estrutura mineral etc. Seo 6ilóso6o tive tivesse ssevivido vivido para ver a aplicação da análise de espectro justamente a esse esseproblema, problema,
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sua proclamação da desalentadoradoutrina desalentadoradoutrina da ignorância ne-
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cessiueEDpe#ormed IT Commodore BDron BDron,, Captam Wallis, Captam Carteretand Captnfn CooÊ, CooÊ, in be Dolphin, fbe Swallow, .z d fbe Endeavour. (Londres, 1773) (N.T.) ' Península localizada no extremo lesse da Rússia. (N.T.)
cessária talvez tivesse sido rejeitada em benefício de uma pers-
pectiva mais esperançosa.E esperançosa.E pareceacontecer com a 6tlosofia da vida humana remota algo como no estudo da natureza dos corpos celestes.Os celestes.Os processos a serem discern discernidos idos nos estágios iniciais de nossa evolução mental quedam distantes de nós no
Literalmente, "Não quem, mas o quê" (N.T.) ' O belga Adolphe Quetelet (1796-1874) 6oi um dos mais influentes estatísticossociais do século XIX. Criou uma ciência para mapear ascaracterísticas fí-
sicas e morais dos indivíduos, a "mecânica social." Em 1835,publicou A
tempo tal como as estrelas estrelasestão estãodistantes de nós no espaço,
Treúlzse o# À4an. ÚHd [be DepeZopmenr ofH]s Faca/ües, mostrando
mas asleis do universo não estão limita limitadas das à observação direta através de nossos sentido sentidos. s. Existe um visco material a ser usa-
probabilidade sobre as questões humana humanas. s. (N.T.)
a inf]uência
da
' "0 que todos em toda parte e sempre acreditaram, isso é verdadeira e propriamente católico" São Vicente de Lerins, em meados do século V. (N.T.) -'Trata-se de um reste para definir se um acusado é ou não culpado, usar do-seuma do-se uma Bíblia, um cordão e uma chave.(N.T.) chave.(N.T.) Corresponde à Festa de SãoJoão, São João, no inverno d o hemisfério sul. (N.T.)
do em nossa investigação; muitos trabalhadores estão agora ocupados em dar uma forma a esse essematerial, material, embora pou pouco co tenha sido deito quando comparado com o que resta a fazer; e já não parecedemais dizer que os vag vagos os con contornos tornos de uma filosofia da história primeva estão começa começando ndo a surgir diante de nos-
': George W ebbe Dasent
selecionou
e traduziu
para o inglês Papá/ar Zú/es.P'om
beNbrse,ppublicado ublicado em 1859, 1859,com com cercade cercade 60 histórias. (N.T.)
sos olhos.
" Blackstone, Commentaneson Commentaneson fbe l.úws ofEng/and, ofEng/and, livro 11,ccap. ap. 3. Este exemplo subscicui outro que constava de edições an anceriores. ceriores. Um outro pode ser encontrado em sua explicação icação da origem do deodúnd,livro deodúnd,livro 1,cap. 8, como concebi-
NOTAS
do, nos dias obscuros do papismo, como uma expia ção pelasalmas daqueles que coram arrancados da vida por morde súbita. IA nonaanterior nonaanterior 6oi incluída na terceira edição do livro de Tylor. Deod nd vem do latim DeodandKm DeodandKm para ser dado a Deus. Trata-se de antiga lei ingle-
Alexander Pape (1688-1744),Essúg (1688-1744),Essúgon Mú», Epístola 1, escribaem escribaem 1732.
sa, sa,abolida abolida em 1846, 1846,que que dizia que, quando um bem móvel por exemplo,
(N.T.)
: Uma fHa do senhorJourdain, personagemda personagemda peça "0 burguês fidalgo", de
uma carruagem causar a morte de alguém, essebem essebem será "dado a Deus; isto é, confiscado pela Coroa para ser utilizado de forma piedo sa. (N. Org.)] -- Fredrich Max Müeller (1823- 1900), linguista inglês, grande especialista especialistaem em
Moliêre. (N.T.)
' Eugene Casalis(1812-1891), missionário protestante francêsque francês que viveu por muitos a nos na África do S ul e em Botswana.(N.T.)
sânscrito e nas religiões igiões da índia. (N.T.)
J. Boswell, Tbe l,t/b ofSamwe/Jobnson,publicado publicado pela primeira primeira vez em 179 179 1.
Johnsonera Johnson erauma uma figura dominante na cenaliterária inglesano inglesano final do sécu
lo xvm. (N.T.) ' Na realidade,o realidade,o comentário deJohnson deJohnson 6oia 6oia respeito do livro de William B\ig\\ , A VoOage VoOageto to tbe Sot4tb Sot4tb Sea -. for tbe Pürpose ofConue.yingtbe Breca Frait Tremto Tremto [be Westlndie$ i HI MógesO's S#zp[be S#zp[be Bounty (Londres: George Nico1, 1792).
Hawkesworth, também contemporâne o de Johnson, 6oi designado para escrever,a partir dos diários de viagem do capitão Cook e seus seuscompanheiros, companheiros, A» Accownt oftbe voyages-.ffor or múkingciiscoveries múkingciiscoveriesin in the se trem bemispbere,and and swc-
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A Accownt oftbe voyages .ffor or múkingciiscoveries múkingciiscoveriesin in the se trem bemispbere,and and swc
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James George Frazer N
0 EscoPO DA ANTROPOLOGIA SOCIAL.l [i9o8]
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tema da cadeira que tenho a honra de ocupar é Antropolo-
gia Social. Como se trata de um tema comparativamente novo ecom limites ainda um tanto vagos, dedicarei minha aula inaugural a de6lnir o escopo e demarcar grosseiramente, senão u fronteiras de todo o campo de estudo, pelo menos as asfronteifronteiras da parte que proponho tomar como minha pr província. ovíncia. L
Embora possa parecer est:ranho, 6oi a Antropologia, gJI.g
Ciência do Homem, a última a nascer na ampla e floresceg1le faE
mília das ciências, O estudo é realmente tão novo que três de
seusdistintos seus distintos fundadoresna fundadoresna Inglaterra, o ProfessorE.B. ProfessorE.B.TayTaylor, Lord Avebury e o senhor Francis Galto Galton, n, felizmente ainda estãoconosco. É verdade que setores particulares da complexa natureza do homem há muito têm sido temasde estud estudos osespeciais.A ciais. A anatomia [em investigado seu corpo, a psicologia tem explorado sua mente, a teologia e a metafísica buscaram sondar as profu profundezas ndezas dos grandes mistérios de que ele se enconencontra cercado por todos os lados. Mas 6oi reservado para a geração anual,ou anual, ou melhor, para ageração geraçãoque que está estásaindo saindo de cena, cena,tentar tentar um estudo abrangente do homem como um todo, investigar
!.
não meramentea meramentea estrutura física e mental mental do indivíduo, mas çgmparar as várias raçlê..gÊ..!!gEg11$traçar traçar suas afinidade afinidadess e, por meio de uma ampla coleção de fatos, seguir desde desdeos os primórdios, e atétão longe quanto possível, a evolução do pensamento das instituições instit uiçõesciências, humanas: O objetivo disso, assim como dee todas as outras é descobrir aass leis geraisàs gerais às
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quais se possapresumir possapresumir que os fatos particulares secon6orio3
io4
0 Escapo da Antropologia Sacia
mam. Digo "que se possa presumir" porque, em ttodos odos os departamentos, a pesquisa já tem mostrado a probabilidade de que, por toda parte, lei e ord ordem em sejam prevalecentes - basta procurarmos diligentemente por elas-, elas-, eeque, que, correspondentecorrespondentemente, os negócios do homem, por mais complexos e incalcu incalcu láveis que possam parecer, não são exceção exceçãoàà uniformidade da natureza. Portanto,.g.311111gpg .g.311111gpglgglêz lgglêz no sentido mais amplo da palavra, visa a descobrir asleis gerais que regularam a histó!i!.!!!!glê11g.nqpgêl2gg.ggue, !i!.!!!!glê11g.nqpgêl2 gg.ggue,
se a natureza 6or realmente uunini-
forme! é de se esoera esoerarraue a regulem no fu futuro. turo. 3 Portanto, a ciência do homem coincide, coincide, numa certa medi medi-da, com o que há muito tem sido conhecido como a filosofia da história, bem como com o estudo ao qual, nos últimos anos, 6oi dado o nome de Sociologia. Na verdade,poder-se-ia poder-se-iasustentar, sustentar, com alguma razão, que
homem em sociedacl$é apena apenass uma uma outra expressãopara expressãopara Sociologia. No entanto, penso qque ue as duas ciências podem ser convenien temen te distinguidas e que, enquan to o nome Socio-
logia deveser reservado para o estudo da sociedade humana no
mais abrangente sentido das palavras, o nome Antropologia Social pode, com vantagem, ser restringido a um departamento particular par ticular daquele imenso campo de conheciment conhecimento. o. Pelo menos, desejo deixar perfeitamente claro, de início, que eu, por
exemplo,não pretendo tratar da totalidade da sociedade sociedadehu hu
James George Frazer
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mitados a uma parcela pequena,muito pequena,da pequena,da história social do homem. Essa parcela corresponde à origem, ou melhor,.+ fases rudim
da-
de humana, e a ela, portanto, proponho que se restrinja o :!!gpg.g!;ê211 gpgjogia Social ou, de qualquer modo, meu tra:!!gpg.g!;ê211gpgjogia tamento dela. Meus sucessoresna sucessoresna cadeira estarão livres para estender seu horizonte além das est estreitas reitas fronteiras que a limitação de meu conhecimento a mim impõe. Eles podem podem pesquisar tanto os últimos avanços, quanto os primórdios dos costumes e da lei, da ciência e da arte, da moralida moralidade de e da religião e, apartir dessa dessapesquisa, pesquisa, podem deduzia;.g1.2[!11çl2BSque que devemguiar a humanidade no futuro, de forma que os que viedevemguiar rem depois de nós possam evitar as armadilhas e as dificuldades inesperadas nas qua quais is nós e os que nos antecederam escorregamos. Pois o melhor frui:o do conhecimentoé a sabedoria, e é razoável esperar que uma intimidade mais profun profunda da e mais ampla com com a história passadada passadada humanidade permita, permita, em algum momento, que nossos dirigentes moldem o destino da raça de formas mais justas do que as que nós, desta geração,
viveremos para ver. "Pudéssemos, Amor, com o Destino conspirar, o triste Esquema das Coisas em nossas mãos domar,
Fazê-lo em pedaços e então moldar um novo, Apenas ecoando o que o coração ditará "'
mana, passada, presente efutura. Que o escopo mental e a amplitude de conhecimento de um único homem sejam suficientes para tão vasto empreendimento, empreendimento, isso não me atrevo a di-
devem esperar esperar a cumpliccidade idade de seu professor de Antropolo-
zer, mas mas o que digo, semnão hesitação hesitaçãoou ou ambiguidade, é que, são. Posso fiar apenas .!gblç..p
gia Social. Ele não énenhum vidente par paraa adivinhar, nenh nenhum um profeta para antecipar um próximo céu nacerra, cerra,nenhum nenhum char-
no meu caso, certamente
/l Mas, se sevocês vocês desejam fazer em pedaços o tecido social, não
aue estudei, e meus meus estudos, em ssua ua maior parte, estiveram li-
latão com um remédio para cur curar ar todos os males, males,nenhum nenhum Ca-
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O Escopo da Antropologia Soda
James George Frazer
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valeiro da Cruz Vermelha para para dirigir uma cruzada cont contra ra a miséria e a necessidade,a doençae doençae a morte, contra todos os
o! êncestraiê.d4g .nações civilizad4ê..p.ip dia 6orpl11-$1:!yage1111 e
horrendos espectros que fazem guerra à pobre humanidade. É
que transmitiram
a outros, de mais alta eminência e de na natureza tureza mais nobre, que cabe dar a ordem de ataque etomar a frente nessa nes saGuerra Guerra Santa. Ele é apenas um estudante, um estudante do passado que talvez !!!ç$ 11g::â.dlZÊ!.IIE!..291 11g::â.dlZÊ!.IIE!..291igg..!BUIEg igg..!BUIEg.pouco, .pouco, do que já foi, mas aue não não pode, não ousa, lhes dizer o qye tem qyç liçr. Ainda assim, mesmo a pequena cont contribuição ribuição que ele possadar para elucidar o passadopode ter sua utilidade, bem como ser de interesse, interesse, qua quando ndo ela 6lnalmente tomar seu lugar no grande
dentes mais cultos idéias e instituições que, embora incon-
templo da ciência ao qual todo estudante ambiciona acrescentar uma pedra. Poisnutrimos a crença crençade de que, se verdadeira verdadeira-mente amamos o conhecimento e o buscamos por ele mesmo, sem nenhum prop propósito ósito ulterior, todo acrésc acréscimo imoque Ihe pudermos fazer, por mais insignifica insignificante nte e inútil que pareça, acabará, ainda assim, ao se juntar à totalidade do conheciment conhecimentoo acumulado, contribuindo para o bem geral da humanidade. S Desse modo, a esfera daAntropo]ogiaSocia]
como eu a en-
descrição da esferada Antropo Antropologia logia Social, estáimplícito que ou podem ter transmitido
a seus descen-
gruentes com contextos subsequentes, estavam perfeitamente de acordo com os modos de pensamento e ação da sociedade mais rude na qual se originaram. Em suma, a de de6lnição 6lnição pressupõe que a civilização, sempre e em toda pall11gt. pall11gt.ç!;!!!.l;:C!;! ç!;!!!.l;:C!;! u do ;#l' partir da selvageri% A massa de evidências sobre a qual sebaseiaessepressuposto essepressuposto é, em minha opinião, tão grande que torna indiscutível este raciocínio indutivo. Pelo menos, penso que,
sealguém sealguém discorda disso, não vale a pena discutir com ele. ele.AinAin-
da existem, creio, na sociedadecivilizada, sociedadecivilizada, pessoas pessoasque que sustentam que a terra é plana e que o sol gira ao seuredor; mas nenhum homem h omem ssensato ensato perderá seu tempo na vã tentativa de convencer tais pessoasde pessoasde seu eerro, rro, muito embora ess esses esaplanaaplanadores da terra e giradores do sol apelem, com perfeita justiça, para a evidência de seussentidos em apoio a sua alucinação, algo que os oponentes da primitiva selvageria selvageriado do homem não
tendo ou, pelo menos,como menos,como proponho trata-la, es está tálimitada aos aosbrutos brutos primórdios, ao desenvolv desenvolvimento imentorudimentar rudimentar da sociedadibiimana; ciedadibiima na; não inclui as fasesm;i; fasesm;i; i;;alturas daquele complexo crescimento e menos ainda abrange os problemas práticos com os quais no nossos ssosmodernos modernos est:adistas est:adistasee legisladores são chamadosa lidar. Assim, o estudo pode ser descrito como.Z.glpbriologia como.Z.glpbr iologia do pensamento edas instituiç instituições ões huma
são capazes de fazer. G Assim, o.ç!!udo da
.B3s,ou, para ser m mais ais preciso, como aquela pesquisa que busca
de um embrião fornece fornec e da evolução do corpo hum humano. ano. E Em m ou-
verificar, primeiro, as crenças e cosa:mçs dos selvage q, e, segundo, que sob.rçyjve-
sim como uma criança está para um adulto; e, exatament:e
-
cortante da Antropologia Soçj31. Soçj31.Pois, Pois, em comparação com o homem civilizado, qselvagem represegç!:!!!=..S:11églg.glç3çlg-
nado, ou melhor, retardado do des desenvolviment envolvimentoo social, e, portanto, um exame de seus costumes e crenças fornece o mesmo tipo de q:jdência-dê..çy91uçã q:jdência-dê..çy91ução.çia..mp"í:e.humana o.çia..mp"í:e.humana que o exame
tras palavras,um palavras,um selvagemestá para um homem civilizado as-
evada:fNessa
como o crescimentogradual crescimentogradual da inteligência de uma criança
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0 Escapo da Antropologia Social
corresponde ao crescimento crescimento gradua graduall da inteligênci inteligênciaa da espécie e, num certo sentido, arecapitula, assimtambém um estudo da
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tivo do termo primitivo em sua aplicação a todos os selvagens conhecidos, sem exceção,porque exceção,porque a ambiguidade decorrente do sentido duplo da palavra tem sido fonte de muita confusão e
sociedade selvagem em vários estágios estágio s de evolução permite-nos
mal-entendido. mal-entend ido. Escritores descuidad descuidados os ou inescrupuloso inescrupulososs têm
seguir,aproximadamente aproximadamente embora, é claro, não exatament:e ,
o caminho que os ançgçl;fljê.!ias rocas mai! çlçyadg!!J.ç):çD.üer
feito um grande drama com isso visando criar controvérsia,
trilhado em seu progresso ascendente, através da bg!.báEig.aEé.a
tivo, temos que saber o que é o homem selvagem hoje. '} Mas é necessário necessárioevitar evitar aqui um equívoco comum. Os selvagens dehoje são primitivos apenas apenasnum num sentido relativo, não
usando a palavra ccom om um sentido agora e com outro depois, conforme sirva a seusargumentos seusargumentos na ocasião, ocasião,sem semperceber perceberou, ou, de qualquer mod modo, o, sem indicar, a equivocação. equivocação.A A 6im de evitar essasfalácias essas falácias verbais, é apenas necess necessário ário manter a clareza de que, embora a Antropologia Social tenha muito a dizer do homem primitivo tJgga di-
absoluto. Eles são primitivos em comparaçãoconosco, comparaçãoconosco,mas não em comparação com o homem verdadeiramente verdadeiramente primevo, isto é, com o homem tal como com o era eraquando quando primeiro emergiu do
zer sobre o homem orimitivQ.!!g.$çOl;idQ.&t)so orimitivQ.!!g.$çOl;idQ.&t)soluto, luto, e isso pela razão muito simples de que não conh conhece ece definitivamente nada sobre ele e, pelo que podem podemos os ver hoje, provavel provavelmente mente jamais
civilização. Em suma, a selvagelia selvageliaéé a condicão orilBitjyg:. orilBitjyg:.çlg: çlg:hhuu211?!:iglggz.ouse.qusermQSÊnEg11gS!:.que 211?!:iglggz.ouse.qusermQS ÊnEg11gS!:.que era o homem orimi-
conhecerá.C Construir onstruir uma história da sociedade sociedadehumana humana co-
estado de existência puramente bestial. Na verdade, comparacomparado com o homem em seuestado seu estadoabsolutamen absolutamente te prístino, mesmo o mais selvagemdos selvagens selvagensde de hoje é,sem dúvida, um ser altament:e desenvolvido e culto, já que todas as evidências e todas as probabilidades estão a favor da idéia de que toda raça
meçando do homem absolutamente primordial e avançando, atravésde milhares ou milhões de anos, at atravésde atéé as asinstituições instituições dos selvagensexistentes existentespode, pode, possive possivelmente, lmente, ter algum mérito como um vâo vâ o da imaginação, mas não poderia t:er t:ernenhum nenhum como um trabalho da ciência.Fazer ciência.Fazerisso isso seria exatamenteo exatamenteo reverso
exist:ente de homens, da mais rude à mais civilizada, alcançou
um lento e doloroso progresso ascendente, que deve ter se es-
do modo apropriado de procedimento científico. Seriat:rabaIhar á pãod, do desconhecido desc onhecido para o conheci conhecido, do, ao invés de á
t:endido oor muitos milhares. talvez milh milhões. ões. de anos. Portan-
posfeãoã, do conhecido para o desconhecido. Pois sabemos bas-
to, quando nos referimos a quaisquer selvagensconhecidos como primitivos, coisaque coisaqueouso dalínguainglesanos permite
tante sobre o estado social dos selvagens selvagensde de hoje e de ontem, mas não sabemos coisa alguma, repito, sobre a sociedade humana totalmente totalmente primitiva. Assim, um investigador rigoroso que busque elucidar elucidar a evolução social da hum humanidade anidade em eeras ras
seu presente níve nívell de cultura, seja ele alto ou baixo, apenas após :
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--.
fazer, deve ser sempre lembrado que aplicamos a eles o termo primitivo num sentido relativo, não absoluto. O que queremos dizer é que sua cultura rudimentar comparação com a das nações civilizadas, masé não. de formaemalguma. auel..É..jdê!!Ejça
{
anteriores ao alvorecer da históriae tem que começar não deW um desconhecido puramente homem primevo hipotético,
àquela do homem primevo. É necessárioenfatizar necessárioenfatizar esseuso esseuso rela-
dos homens mais selv
te-
h U«®.M«o"J
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O Escopo da Antropologia Social
James George Frazer
mos registros adequados; e,tomando seus costumes, crenças e tradições como uma sólida base faca:ual,ppode ode retroceder ygi pouco, hipoteticamente,
através da obscuridade do passado;
ni
.4lgulp ]lempo 411Ce:i:ic!!=!ia história de nossa raça. Quão remoto
era aquele tempo, não podemos dizer. Mas, considerando-se todo o vasto período de existênc existência ia do homem na terra, parece
isto é,podeconstruir uma teoriarazoávelsobre sobrecomo como essescose tradições reais cresceram qâÊ em um período mais ou menos menos distante mas, provavelmente, não muito distante daquele no qual cora coram m observados eregisrrados.Mas rrados. Mas se6or, se6or, como suponho, um investigador rigoroso, nunca esperaráretroceder esperaráretrocedersua recon reconstrução strução da história humana até muito longe, e menos ain ainda da sonhara em encadeá-la aaté té o mais disstante tante começo, porque saberá que não possuímos ne-
provável que a era de comunismo sexual para a qual aponta a evidência tenha sido comparativamente recente; em outr outras as pa-
nhuma evidência evidênciaque que nos a cobrir, nem mesmo teticamente, o abismo decapacice milhares ou milhões de anoshipoque divide o selvagem s elvagem de hoje do homem prim primevo. evo. g Seria bom ilustrar ilust rar com um exemplo o que quero dizer. Os
com base na sólida evidência a que me referi, pudés pudéssemos semosdedemonstrar a antiga prevalênciade prevalênciade um sistemade comunismo sexual entre todas as raças da humanidade, isso apenas nos levaria um único passo atrás na longa história de nossa nossaespécie; espécie; não justi6lcaria concluirmos que tal sistema tenha sido praticapraticado pelo homem verdadeiramente verdadeiram ente primevo, menos m enos ainda que tivesseprevalecido vesse prevalecidoentre entre a humanidade desde desdeoo começoaté o período comparativamente recente no qual sua existência pode
Cumes. cren
costumes matrimoniais e os modos de estabelecer parentesco que prevalecem entre algumas raças selvage selvagens, ns,e mesmo entre povos num estágio de cultura mais elevado, fornecem bases muito sólidas para se acreditar que os sistemas de casamen casamento to e
de consangtiinidade consangtiinidade hoje em vog vogaa entre povos civilizados devem ter sido imediatamen imediatamente te EZIScedidg,nnum um tempo mais ou menos distante, por modos muito diferentes de definir laços ''''-----.. Eanl4iares e de regular casamentos; de fato, temos base para acrggjEZWue a monogamia e os graus proib proibidos idos de parent parentesco esco
lavras,que, para as raçascivilizadas, raçascivilizadas, o intervalo que separa aquela era da nossa deve ser condado por milhares, em vez de por centenas de milhares de anos, enquanto que, para o mais selvagem dos selvagensexistentes, selvagensexistentes, por exemplo, os aborígines
da Austrália, é possívelou possívelou provávelque o intervalo possa:não ser maior que uns poucos séculos. Seja como for, mesmo se,
ser inferida a partir das eevidências vidências à nossa disposição. Sobre a condição social do homem pnmevo, repito, não sabemosabso-
lutamentenada, lutamente nada,ee éinútil especular.tlp$!UW
-
dem ter sido tão estÇj11êmçnte monllggl99s quanto.Whiston ou o doutor Primrose,' ou podem ter ssida.ç:41êgiente ida.ç:41êgiente o contrário.
era ;iBIÊê.tltêlg.ê4Dplg.Ê..ÊÉ)uxo. Mas dizer isso não é afirmar
Não temos nenhuma nenhuma informação sobre o assunto, e nunca teremos a possibilida possibilidade de de obtê-la. Nas incontáveis erasdecoreras decor-
que tais relações mais frouxas e mais amplas eram característi-
ridas desde que o homem e a mulher pela prim primeira eira vez passea-
cas das condições absolu absolutamente tamente primit:ovas da humanidade; é
ram demacacosentre mãos dadas Felicidade, ou tagarelaram como macacos entrepelo os jardim galhos da folhados da floresta virg virgem, em,
de relações!glyly !glyly qle
apenas dizer que costumes e tradições realmente existentes in-
dicam, com clareza,a clareza,a ampla predominânci predominânciaa ç+! ç+!!!is !!is relaçõesem relaçõesem
suas relações um cqm o outro poSjeg11S=.sofrido inúmeras
iiz
O Escopoda Escopoda Antropologia Soda
James George Frazer
mudanças. Poi! asquestõç!+!ymanas, assim como os cur cursos sos do céu,pargçgllll pargçgllll:.ê114ê!.çln :.ê114ê!.çln.Éiçlg$ .Éiçlg$ g pêndulo social oscila, par paraa lá e x
'
mente chamadasde chamadasde superstições, o que significa, literalmente, sobrevivências. É de superstições, no estrito senso da palavra, que trata o segundodepartamento segundodepartamento da Antropologia Social.
x
para cá, de uma extremidade à outra da escala: na esfera política,
ele 6oi da democracia ao despotismo, e novamente de volta do despotismo para a democraci%assim,na esfera esferadoméstica, doméstica, pode ter osciladomuitas vezes vezesentre entre libertinagem e monogamia.
n3
Z
/Ó Se perguntarmos
como acontece de as superstições
conti-
nuarem a existir entre um povo que, em geral, alcan alcançou çou um nível mais elevado de ccultura, ultura, a resposta deve ser enco encontrada ntrada na
.!Êlylg!=!, enquanto o outro inclui láqueJêâ.::glÍgl11i!! desses
natural, universal e inerradicável i nerradicável desigl491ÉlêgÊ.gos desigl491ÉlêgÊ.gos hQHçns. Não apenas diferentes raças são diferentement diferentementee dotadas no que diz respeito a inteligência, coragem, habilidades e assim por diante, mas, dentro da mesma nação,.!!gm nação,.!!gmens ensde de uma me!-
costumes e crenças--tal come!.$obrexz$eram no pensamenlg.ç .......l.
.229Ê!;!çio
nasinstituiçõelgSpov6i instituiçõelgSpov6i mais cultosl O primeiro departamen-
lor inatos. Nenhuma doutrina abstrata é mais Êdsa Êdsaee pérfida que a da igu igualdade aldade natural dos homens. É verdade que o legislador tem que tratar os ho homens mens como se fo fossem ssem igua iguais is porque as leeis is são necessariamente gera gerais is e não podem ser deitaspara se custar à infinita variedade de casos individuais. Mas não deveglg!.!gagniar que, porque.:!g.!gy?!!perante a lei. os homens
q Seestou Seestou certo em minha definição daAnt:ropologia Social, Soc ial, seu terreno pode ser grosseiramente dividido em dois departamentos, um dos quais abrangeg! costumes ç..ç1lençasddgE gE
to pode será;lüÚado e.çgl11ggga:.!ÊIZdSecp, e, e, o outro, o estudo /'
do 6olclgde.Já Já disse algo sobre a selvageria. selvageria.Passo Passoagora agora para o folclore, isto é, para assobrevivênciasde idéias e práticas mais primitivas entre povos que, em outros aspectos, ascenderam a planos mais elevadosde elevadosde cultura. Que tais sobrevivências sobrevivênciaspospossam ser descobertas descobertasem em todas as naçõe naçõesscivilizadas é algo que dificilmente dificilme nte será contestado por qualquer um agora. Quando lemos, por exemplo, e xemplo, o caso de uma mulher irlandesa assada até
a morte por seu marido marido,, pela pelasuspeita suspeitade de queuma fada má haja roubado averdadeira esposae esposaedeixado em seulugar uma criatura malévola' ou então o caso casode de uma mulher iinglesa nglesaque que morreu de tétano porque passou o remédio no prego que a havia ferido, em vez de na própria ferida; podemos estar certos ddee que as crençasque crenças que vitimaram essaspobres criaturas não coram aprendidas por elas na escola ou na igreja, mas..Éil1llg:!!!.!igg.!g111smiti-
411por ancestrais ance strais vç111l3ggiJ;êl11Ê!!çg.gÊlyêgçp$«t.rêlZÉâ.de vç111l3ggiJ;êl11Ê!!ç g.gÊlyêgçp$«t.rêlZÉâ.de muitas
.gçraçÊçlgÊ.dç$ççqdeptçs civilizados na aparência,embora não
d Serem enorjll.çmente quanto à capacidade e ao va-
são,portanto, portanto, intrinsecamente intrinsecamenteiguais iguais uns aos outros.A experiênciada vida ordinária contradiz iiiíiEiêntemente tão vã imaginação. Na escola e nas universidades, no trabalho e na diversão,na paz e na guerra, as desigualdades menu:aise morais versão,na dos seres humanos destacam-se por demais d emais conspicuamente
para serem ignoradas ignoradas ou questionada questionadas.[Como s.[Como regra, ooss homens de mais aguda inteligência e com mais cortes caracteres .Llideram o resto edão feitio às formas nas quais, pelo men menos os na aparência, a sociedade é moldadas Como esses esseshomens homens são necessariamentepoucos em compa comparação ração com a multidão que lideram, segue-se queda comunidade
é realmente dominada pela
vontade de uma minoria esclarecido mesmo em países paísesonde onde o
na realidade. Crençase Crençase práticas desse dessetipo tipo são, são,portanto, portanto, correta-
poder governante está nominalmente investido na maioria nu-
il4
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mérica. Na realidade, disÊarcemo-lo como quisermos, o governo da humanidade é sempre, eem todo lu lugar, gar, essencialmente essencialm ente aristocrático. Por mais malabarismos que sefaça com a máqui-
certos os biólogos, depende a evolução da espécie espéciee, e, com ela, a possibilidade de progresso. Talvez a mesma causa desconheci-
na política, é impossível Fugirdessa Fugirdessalei lei da naçyleza. Como quer que pareça pareça ser liderada, a maio maioria ria estúpida, no 6im, seguea minoria mais sagaz. Essa Essaéé a salvaçãoe o segredo do progreslg. A mais elevada inteligência humana controla a mais baixa, assim como a inteligência do homem dá a ele o domínio sobre os animais. Não quero dizer com isso que a direção última da sociedade caiba a seus governantes nominais, nominais, seus rreis, eis, estadistas, legisladores. legisladore s. Os verdadeiros verdadeiros governante governantess do homem são os
também ao outro. Não podemos saber. saber.Tudo Tudo que podemosdizer é que, no todo,.99 conflito de Blçgs çlp competição, !aja !ajam m
pensadores que fazem avançar o conhecimento; pois, assim como.é.iiEEê](É!.glseu çg!!!!Ê!!!pgy superlgS e não através de
maior Garça,qque ue o ho homem mem exerce exercedomínio domínio sobre o re resto sto da cria-
ção animal, também entre entre os próprios homens é o conhecimento que, no longo prazo, dirige e controla as corçasda corçasda sociedade. Assim, os descobridores de novas verdades.sã verdades.sãQ.os Q.os
verdadeiros reis numaniaaEÍê;'Élmbõi:ãssem em coroas nem = aa numaniaaEÍê;'Élmbõi:ã cerros; os monarcas, estadistas e le legisladores gisladores são apenas minis-
da que determina o primeiro conjunto de variações dê origem
físicasou mentais,o mais blEÊ..!!!!;!1Oepte prevalece, o mais A' apto sobrevive. Na esferamental, a luta pela existência não é me-
nos feroz e mutuamente destrutiva do que na física,mas, no final, asmelhores idéias, que chamamos ÇlCerdadeÕacaj!!:B: yçBWo. A clamorosa oposição com a qual, em sua primeira aparição, elas são usualmente saudades quando quer que conflitem /
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com velhos preconceitos pode retardar suavitória suavitória final, mas não impedi-la. O costume da multidão é, primeiro, apedrejar, apedrejar,ee depois erigir inúteis memoriais a seusmaiores benfeitores. Todos os que sepropõem a substitu substituirir antigos erros e su superstições perstições pela
verdadeee pela razão verdade razãotêm que contar com pedradasem pedradasem vvida ida e com um monumento de mármore depois da morte morte.. 'Z 'Zll Fui levado a fazer es essas sasobservações observações pelo desejo ddee explicar por que superstições de todos os tipos - políticas, morais e reli-
tros que, mais cedo ou mais tarde, sesubmetem, levando adiante asidéias dessasgrandes dessasgrandes m mentes. entes. Quanto mais estudarmos os
giosas sobrevivem entre povos que já têm maior capacid capacidade ade
mecanismos internos da sociedade e o progresso da civilização,
continuamente
mais claramente perceberemos perceberemoscomo como ambos são governados pela influência de pensamentosque, surgindo, surgindo, de início, em umas poucas mentes superiores - não sabemos como ou quando -, gradualmente se espalham até que tenham fermentado toda a massainerte massainerte de uma comunidade ou da humanidade. A
não penetraram as camadasdesde camadasdesde as mai maiss altas mentes até as mais t2ê41iip.Em geral, essa essaníltragem níltragem é lenta, e, até que as novas geral, obsoletas e superadas por outras que surgiram no topo Assim é que, sepudéssemos abrir ascabeças cabeçasee ler os pensamen-
origem de tais variações mentais, com toda sua cadeia de conse-
tos geração e do dois homens mesmo país, enda mesma nosde extremos opostc!!dg:g opostc!!dg:g$çêla $çêlaintelectual intelectual, , provavelmente
qüências sociais de longo alcance, é simplesmente simplesmente tão obscura
de discernimento.
A razão é que as melhores idéias!.gyÊ..g:Ea9
se formando nos estratos mais elevados, ainda
C../
/
t...r
/
/
.l
noções cheguem ao fundo, se seéé que um dia chegam,já estão, em
e!!.
quanto a origem daquelas variaçõesfísicas das quais, se estão
contraríamos suasmentes suasmentes tão diferent diferentes es uma da outra ccomo omo se
O Escopo da Antropologia Sacia
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pertencessem a duas espécies distintas. ;â.!!yBg!!ig2ggi.s929 bem se tem dito, avança em escalões.isto escalões. isto é, as colunas mar-
pois, até que sejam finalmente finalmente varridas pela onda crescentedo
cham não uma ao lado da outra, mas em lin linhas has dispersas, cada
progresso, há sempre um número mais que suficiente de pessoas
uma num grau diferente de atraso com relaçãoao IÍçbr. A imagem descrevebem descrevebem a diferen diferença ça não apenas entre povos, mas entre indivíduos do mesmo povo e da mesma geraçã geração. o.Assim Assim como uma nação está continuamente deixando para trás alguns de seus contemporâneos, contemporâneos,assim assim ttambém, ambém, dentro da mesma nação, alguns alguns homens estão consta constantemente ntemente ultrapassando seuscompanheiros, seuscompanheiros, e os que vão à frente na corrida são aqueles que sedesfizeram do fardo das superstiç superstições ões que ainda
para de6endê-lu como instituições essenciaisao be bem-estar m-estar pú-
/12. /12. Ocorre o contrário com aquelas superstiçõesprivadas ààss quais o nome folclore está usualmente limitado. Na sociedade civilizada, aspessoas pessoasmais mais educadas não têm nem mesmo consciência da extensão em que sobrevivem essasrelíquias essasrelíquias da ig ignonorância selvagem,bem selvagem,bem às suas po portas. rtas. Na verdade,a descoberta de sua ampla prevalência só 6oi deita no século passado, princi-
pesamnascostasdos costasdos retardatários e constrangem seus seuspassos. passos. Deixando metáforas de lado, as superstições superstiçõessobrevivem porque, embora embora choquem os mem membros bros mais esclarecidos da comu-
palmente atravésdas pe pesquisas squisasdos irmãos Grimm na Alemanha. Desde então, pesql4j$êâ.N?temgçlcas pesql4j$êâ.N?temg çlcas realizadas realizadasentre entre as classesmenos classes menos educadas da Europa, e especialmente entre os
nidade, ainda estão em harmonia com os pensamentose pensamentose
camponeses,revelaram a espantosa, mais que isso, a alarmante verdade de que, em todos os países civilizados, uma grande massa4g.pgyglsenão a maioria, ainda est:ávivendo num estado dÊ.sçlvageriaintelectual; que, de fato, a superfície tranquila da sociedade culta está minada pela superstiçã superstição. o. Apenas aqueles cujos cujos estudos os levaram a investigar o tema estão conscien conscien-tes da da profundidade em que o solo sob nossos pés estácomo
seg11jglçllEas-de.autnas.quçwapgs a dqçjyilização. oermanec oermanecem em bárbaros-Q!!..!ÊlyêgeQg..Çm seuscoracões. coracões.É É por isso ql=, por exemplo, as as bárbaras pu punições.par nições.par alta traição;ou bruxarias as monstruosidades da escravidão foram tolerad&e'de6ehdidas neste país até os tempos modernos. Tais sobrevivências piadêm ser divididas em dois tipos, dependendo de serem públicas ou privadas; em outl:ã:jFãlj@!é,dependendo de es estarem tarem incorporadas i:.!Êi.da terra.oti'ae serem praticadas pelos becos e cantos,
com ou sem a conivência ddaa lei. Os exemplosque acabeide citar pertencem à primeira primeira dessasduas classes.F Feiticeiras eiticeiras ainda coram queimadas publicamente publicamente e traidore traidoress publicamente estripados na Inglaterra não nã o faz muito e atarde escravidão breviveu como uma instituição. legal tempo, até mais ainda.soA
cia de, através de sua própria publicidade, passar sem ser notada,
blico e sancionadas pelas
que perfurado e corroído por corças invisíveis. Parece que esta-
mos sobre sobre um vulcão que, a qualquer momento, pode seabrir em fumaça e Gago para espalhar ruína e devastação entre os jar-
dins e palácios de antiga cultura, construídos com tanto esforço pelas mãos de muitas gerações. Após olhar para os restos dos
templos gregos em Paestum [no sul da Itália] e contrast contrasta-los a-los com a imundície e selvageriado campesinato campesinatoitaliano, italiano, Renan disse:"Tremo pelacivilização, vendo-a disse:"Tremo vendo-atão tão limitada, construída sobrebases sobre basestão frágeis, frágei s, apoiando-se sobre tão poucos indiv indivíduídu-
verdadeira natureza de tais superstiç superstições ões públicas tem a tendên-
os mesmo mesmo no país onde é dominante."
7
xi8
O Escopo da Antropologia Sacia
James George Frazer
ng
4 4 Se examinarmos as crença crençass supersticiosas que são tácita mas firmemente firmemente mantidas por muitos de nossos nossoscompatriotas, compatriotas, descobriremos, talvez com surpresa,que são precisamente as
to mais l:osc4 que realme
superstiçõesmais antigas e cruas as que mais tenazmente se
mudando sob a influência da reÍiêZão e (iX investigação, o credo real, embora não declarado, dec larado, da massa massada da humanidade parece ceser ser quaseq:$acio quaseq:$acionárib nárib e arazão por que se sealtera altera tão pouco é que, na maioria dos homens, sejam eles selvagens selvagensou ou seres seresapaaparentemente civilizados, o progresso intelectual, de tão lento, é
agarram à vid% enquaqçg idéias Tl3i!..Di;zdel=n.a:i e re6lnadas, logo d parecem
ular. Por exemplo,os altos deusesdo deusesdo Egito e da Babilõnia, da Grécia e de Romã estão, há muitas eras, totalmente esquecidos
.grosseiAssim, enquantoo cre-
do professado pela minoria(çsclarecid2) está constante constantemente mente
pelo povo, e sobrevivemapenas sobrevivemapenasnos nos livros dos mais cu cultos; ltos; no entanto, os camponeses, camponeses,qque ue nunca ouviram fiar de leis e Osíris, de Apoio e Ártemis, de Júpiter e Juno, mantêm, até hoje,
quase imperceptível.@A superfície da sociedade, como a do mar, ma r,
uma firme crença em feiti feiticeiras ceiras e fadas, em fantasmas e duendes,essascriaturas menores menoresda da fantasiamítica nas quais seus pais acreditavam desde muittoo antes de as grandes deidade deidadess do mundo antigo terem sido sequerconcebidas sequerconcebidase nas quais, pelo
0q Assim, a partir de um exame da selvageria e,depois, e,depois, de suas sobrevivênciasna civilização, civilização, o estudo da Antropologia Antropologia Social tenta !!!çq!.ê.]!jl11éria antiga do pensamento eJgg..j!!!tituições b!!ip49:g. A história nunca pode ser completa,a menosque menosque a
que tudo indica, in dica, seus seu s descendentes continuarão a acreditar até
ciência venha a descobrir algum modo de ler os registros desbo-
muito depois de as grandes deidades da atualidade terem se-
tados do passado, coisa com a qual esta geração mal consegue conse gue
guido o caminho
formas mais elevadasde superstiç superstição ãool!.11gUgião (pois a religião
sonhar. Sabemos, na verdade, que todo evento, por mais insignificante, implica uma mudança, mudanç a, por mais leve que seja, na
de uma geração tende a tornar-se a supe superstição rstição da próxima) :Ê:
constituição material do universo, de modo que a história
de todas as suas predecessoras.
ê.-rê;:4g.SIÊ1;2
rem menos peEQê11ÊlUç$que as mais !2êbas é sim121çsmçgte
que ascrença111lÉÜ:.glÊvi:y;+s. ascrença111lÉÜ:.glÊvi:y;+s. sendouma sendo uma criaç49ygjBçg!! criaç49ygjBçg!!gqnçla gqnçla l superior, nêg:encontram nêg:encontram onde se luar nas me mer!!ç1 r!!ç1 4gyylgo, que nominalmente as professa por algum tempo em conformidade com a vontade de seussuperiores, seussuperiores, mas prontame prontamente nte as repele e esquecetão logo saiam de moda entre as classes classeseducaeducadas.Mas, enquanto rejeita, sem vacilar ou sem fazer esforço, artigos de fé que estavam oopen;$ pen;$ superficia superficialmente lmente impressos em suasmentes pelo pesoda opinião cculta, suasmentes ulta, a multidão ignorante e
está em perpétuo mov movimento; imento; suas profundezas profundezas,, como as do oceano,
permanecem
quase imóveis.
\
completa do mundo está,num certo sentido, gravada sobre sua face, embora nossos olh olhos os estejam muito embaçados para con-
seguir ler o pergaminho. Podeser que, no futuro, algum maravilhoso reagente,alguma reagente,alguma química mágica poss possaa ainda ser descoberta para revelar toda a escrita secreta da natureza a alguém maior que Daniel,' que a interprete paraseuscompaseuscompanheiros. Dificilmente Dificilmente isso acon acontecerá tecerá em nosso tempo. Com os recursos presentemente sob nosso controle, devemos nos contentar com um relato muito breve, breve,imperfeito imperfeito e,em grande me-
insensata agarra-se,com sombria determinação, a crençasmui-
dida, conjetural do desenvolvimentomental e social do ho-
izo
O Escopo da Antropologia Social
mem nas eras pré-históricas. pré-históricas.Como Como já indiquei, a evidência, fragmentária e dúbia como é,!Qremonta é,!Qremonta a uma parte.............n--+ mínima dS)imensurável dS)imensurável passado passadoda da vida huma112..1la:lãjãjlogo perdemos o fio, o tênue 6lo a brilhar de forma apenas intermitente na densa treva do absoluto desconhecido. Mesmo no comparativamente curto espaçode espaçode tempo - uns poucos milha milhares res de anos,
no máximo - que seencontramais ou menosdentro menosdentro de nosso campo de percepção e compreensão,
l;3il11gU-!!111il;o2E.2blsmgs
profundos e extenlglque só ppodem odem ser cobertos ppor or hipóteses, se quisermos quisermos manter a:.conçigqid a:.conçigqidadg..ç!!!.hist adg..ç!!!.história óriada eWolgção. Na antropologia, como na biologia, tais ligações são construí-
games George Frazer
construir
uma escal
in
!: gros-
seiramente, alguns doE.ç!!égjgE.aaJanga..estlaçlg:.gyçl..!çl(ê.da selvageria à civilização. No reino da mente, tal escalade evolu-
ção mental corresponde à escalada evolução mo morfológica rfológica no reino animal. ab Pelo que estou dizendo, espero qu quee vocêstenham formado alguma ideia d::y/gtrema importânci importânciaa do estudo da vida selvagem para um entendimento adequado dos primórdios da história da humanidadeJO selvagem é um documçpçQ.Mo,
um registro dos esforço esforçossdo homem para se seelevar elevar aacima cima do nível da besta.Apenas besta.Apenasnos nos últimos anos o valor total dessedodessedo-
das pelo MÉlçlgp Comparativo. Comparativo. aue nos c4pacita a tomar emprestados os elos de uma cadeia de evidênciaspara suprir as fitas em outra. Para nós, que lidamos não com as várias 6or+ mas de vida animal, mas com os vários produtos da inteligência humana, a legitimidad legitimidadee do Método Comparativo assenta-se na bem estabelecidasimilaridad estabelecidasimilaridadee do funcionamento da mente
cumento tem sido reconhecido; na verdade, muitas pessoas ainda têm, provavelmente,a mesmaopinião do doutor Johnson,Pque, apontando os três grossos volumes de Vovógesfo tÊe
hunfàqa em todas as raçasde homens. En6atizei as grandes desigualdades que existem não apenas entre as várias raças, mas
gos antes que sejam lidos até o fim. Tem que haver muito pouca coisa interessante nesses nesseslivros; livros; um grupo de selvagensé selvagensé
entre homens da mesma raça e geração; mas deve fica ficarr claramente entendido e lembrado que essasdivergências divergênciassão são quantitativas, em vez de qual qualitativas; itativas; consistem em diferenças de grau, e não de tipo. O !elvagem não é um ttipo ipo diferente de ser, comparado com seuirmão seuirmão civilizado: ele tem as mesma:.capamesma:.capa-
desde o tempo do doutorJohnson; e os registr registros os da vida selvagem, que o sábio da Bole Court destinou, sem escrúpulos, aaos os ratos e camundongos, camundongos, ago agora ra têm seu lugar entre os mais preciososarquivos da humanidade. Seu destino tem sido o mesmo
cidades mentais e morais, mgs esJl4õ'iiiêiiõs completamente de-
dos Livros Sibilinos.
.ssbslalscidas; sua evolução 6oi detida, ou melhor, retardada em um nível mais baixo. E como as raçasselvagens não estão todas
quando poderiam ter sido obtid obtidos os completos; e, agora, homens sábiospagariam sábios pagariam mais que o resgateoferecido resgateoferecido por um rei pelos
no mesmo plano, mas pararam em diferentes pontos do caminho ascendente,ou ascendente,ou se demoraram mais em alguns, pode-
seus restos miseravelmente mutilados e imperfeitos.': É verdade que, antes de nosso tempo, homens civil civilizados izados 6reqüen6 reqüen-
A.
Sowt&Smas, Sowt& Smas, " recém-publicados,
disse: "Quem lerá tudo isso? Um
homem teria teria feito melhor ganhando a vida como marinheiro do que lendo tudo isso; serão comidos por ratos e camundon
igual a qualquer outro."': Mas o mundo aprendeubastante aprendeubastante
Foram negligenc negligenciados iados
e desprezados
mos, numa certa medida, comparando-as umas com asoutras,
[emente viam os selvage selvagens ns com interesse e os descreviam
izz
James George Frazer
O Escapoda Escapoda Antropologia Soda
de forma inteligente, e algumas de suas descrições ainda são de
grande valor valor científico. Por exemplo, a descoberta (]! América, naturalmente naturalmen te excitou nas mentesdos povos europeus uma ardente curiosidade curiosidade sobre os habitantes do novo mundo, que haviam surgido subitamente diante de seus olhos pasmados como se, a um movimento da varinh varinhaa de um mago, acortina do céu ocidental ocidental tivessesubitamente tivessesubitamente se sefendido fendido e desvelado desveladocenas cenas
de glamour e encantamento. encantamento . Assim, alguns dos espanhóis que exploraram e conquistaram essesreinos essesreinos de maravilha legaram-nos relatos das maneirase costumes dos índios que, pela precisão e riqueza de detalhes, pro provavelmente vavelmente ultrapassam
qualquer registro anterior de uma raça alienígena.T Tal al é, ppor or
iz3
quisas subseqüentes, essesprimeiros essesprimeiros registros frequentemente se revelam muito defeituosos, porque os autores, desprevenidos da importância científica de fatos que, para o observador
comum, podem parecer triviais ou repugnant repugnantes, es, passaram passaramem em total silêncio po porr cima de muit muitas as coisas do maior interesse,ou ou então asdesprezaram, tantaliza tantalizando-nos ndo-nos com apenas uma breve alusão.Daí que sqa necessário necessáriosuplementar suplementar os relatos dos ppririmeiros escritorescom escritorescom uma investigação min minuciosa uciosa e esmerada dos selvagens vivos,.iâ:Bg].de.pEelgcher, vivos,.iâ:Bg].de.pEelgch er, se possível, os muitos
hiatos abismais existentes em nosso conhecimento. In6eliz.
dl
n.
e
q
mente, nem sempre isso pode ser deito, dado que muitos selva-
gensforam gens foram totalmente exterminados exterminadosou ou tão modificados pelo
exemplo, o grande trabalho do frei franciscano Sahagún sobre
contado com os europeus que já não é mais posllÍl:çLlzbEei:inibe
os nativos do yêxiÉlii? e o trabalho de Garcilaso de la Vega, elf mesmo um meio-inca, sobre os incas do Peru.'' Assim tambémn
mações conRiáveis sobre seus antigos .!!ébi11gg..g..!!êglçgçs
a exploração do Pacífico no séculoXVlll, revelandorevelando-nos nos iilhas lhas legendáriasespalhadasem legendáriasespalhadas em profusão sobreum mar de verão eterno, atraiu os olhos e atiçou a imaginação imaginação da Europa; e à curiosidade assim despertada em muitas mentes embora não na do doutorJohnson
devemos algumas preciosas descrições
dos ilhéus que, naquelestempos de navios a vela, pareciam est:ar a tamanha distância de nós que o poeta Cowper (autor de Tbe Tash),:' fanta fantasiou siou que seusmares poderiam nunca mais vir 15
a ser cortados por quilhas quilha s inglesas.
Quando quer que costumes e crençasantigos de uma raça primitiva tenham desaparecidosem desaparecidosem deixar registro, UDI..documento da história hulpana terá irrecuperallSlmentlper:cido. Infelizmente, Infelizmente, essa essadestruição destruição dos arquivos, como podemos chama-los,continua chama-los, continua a passos passosrápidos. rápidos. Em alguns algun s lugares - por exemplo, na Tasmânia Tasmânia -, o se selvagem lvagem já foi extinto; em outros,
como na Austrália, está morrendo. Em outras partes,como, por exemplo, exe mplo, no centro e no sul da África, onde as quantidades e o vigor in inato ato da raça mostram pouco ou nenhum sinal de estarem sucumbindo sucumbindo na luta pela existên existência, cia, a influência de co-
devem reter seml?!S-s$111 seml?!S-s$111.!n-tetgse .!n-tetgse e va valor lor obra o estudo da Ant:ropologia Social, principalmen principalmente te porque põem diante de nós
merciantes, funcionários e missionários está tão ra rapidamente pidamente desintegrando e apagando os costumes nativos nat ivos que, quando a geração mais velha tiver morrido, mesmo a memória deles deleslogo logo
os nativos em seu estada"iiãiiiiãriiãõ:iõíiãticado, antes que as maneiras e os costumes pprimitivos rimitivos tlygpem sido altêi:ãdõ:'6u 6u
irá desaparecer em muit muitos os lugares. É, portanto, uma questão da mais urgente importância importância cientíGtca cientíGtcagarantir, garantir, sem ma mais is de-
rl Ç Esses e ml4jlQg..glltros
antigos relatos sobre (2g.Jglblagens
:klçruídos pela influência europeia. Ainda assim, à luz de pes..BHr.n-+'F
mora, plenos e precisos reg registros istros desses dessesoovos oovos aue se eenconncon-
iz4
0 Escapo da Antropologia Sacia
.!ram perecendo ou !=!idando; fazer cópias permanentes, por assim dizer. desses de sses oreciolgã-!DgnumenEÉ2:..2=11Êã oreciolgã-!DgnumenEÉ2:..2=11Êã.gllg..!ÊlêJli .gllg..!ÊlêJli
destruídos.Ainda não é tarde demais. demais.Muito Muito ainda pode ser aprendido, por exemplo, na Austrália Ocidental, na Nova Guiné, na Melanésia, na ÁfHca Central, entre as tribos das montanhas da índia e com os índios da JJlloresta llorestaamazónica. amazónica. Ainda há
tempo de enviar expediçõesa essasregiões, essasregiões,de de financiar homens no local, familiarizados com as línguas dos nativos nativos e que delestenham a confiança; pois existem tais homens que possuem ou podem obter exatamenteo exatamenteo conhecimento de que precisamos, mas que, inconscientes ou descuifíados descuifíados de seu
games George Frazer
tz5
sar de brilhar quando lhes voltássemos as costas?Acordemos de nosso sono, acendemos nossas lâmpadas, preparemo-nos para agir. As Universidades existem para o avanço do conhecimento. É obrigação sua acrescentar essenovo essenovo terreno aos antigos departamentos do saber que tão diligen diligentemente temente cultivam. Cambridge, para süa honra, abr abriu iu o ccaminho aminho equipando e enviando expediçõesantropológic expediçõesantropológicas; as; que Ox6or Ox6ord, d, Liverpool e todas as Universidades no país se juntem nesse trabalho.
7''amais que isso: é uma obr obrigação igação pública de todo Estado Nesse aspecto, os Estada)s
Unidos da América,criando um bwre.zw para para o estudo e studo dos abo-
mestj!!!&ç! valor para a ciência,não ciência,não fazemnenhum fazemnenhum esforço
rígines dentro de seu seuss domínios, deram um exemplo a ser imi-
pidamente em seu resgate, perecerão junto com eles. No conco n-
Sobre nenhuma delas essaobrigação, essaobrigação, essaresponsabilidade, essaresponsabilidade, re-
junto total do conhecimentohumano hoje existente,não existente,não há
cai mais clara e mais pesadamente que sobre nós mesmos, pois
necessidademais urgente do que a de registrar essa essainçslimável inçslimável
a nenhum Estado, em todo o curso da história humana, 6oi
evidência da história primitiva do homem antes que seja tarde
dado o cedrosobre cedrosobre tantas e tão diversas raças de homens. Fizemos de nós os guardiões de nosso irmão. Ai de nó nós, s, se negligenciarmos nossa obrigação obrigação para com eles Não nos é suficiente
para preservar o tesouro para a posteridade, e, sseenão formos ra-
demais. Pois logo, muito logo, as oportunidades que ainda temos terão desaparecidopara desaparecidopara sempre. Em mais um quarto de século, provavelment:e restará pouco ou nada da velha vid vidaa sel-
tado oor toda nacão esclarecida esclarecidaaue governaracas governaracasinferiores.
governar com justiça os povos que subjugamos pela espa espada. da.
vagem para registrar. O selvagem,ttal al como ainda podemos
Devemos a eles, devemos a nós mesmos, devemos à posteridade
vê-lo, estará tão extinto quanto o pássaro dodâ. As areias estão caindo rapidamente rapidamen te na ampulheta; a hora logo ssoará; oará; o regis-
que pedirá isso de nós, a descrição de como eram antes que os encontrássemos, antes que pela primeira vez vissem a bandeira inglesaeouvissem,para ouvissem,para o bem ou para o mal, a língua inglesa. in glesa. A voz da Inglaterra Inglaterra fda aos povos seus súditos em out outro ro tom
tro será fechado; o livro será selado. E que imagem barão de nós,
desta geração, quando estivermos nas barras dos tribunais da posteridadee sob a acusaçãode posteridad acusaçãode alta traição à nossa rraça aça - nós, que negligenciamos negligenciamos o estudo de nossos companheiros que pereciam, mas enviamos onerosasexpedições para observar ases-
trelas e explorar as inóspitas regiõesaprisionadas regiõesaprisionadasnos gelos
que não o do trovão de suas armas. A paz tem seus triunfos, as-
sim como a guerra: há troféus mais nobres que bandeirase canhõescapturados. canhões capturados. Hpalavras á monumentos, monumentos intangíveis, monumentos deHá que parecem tão fugazes e eva-
polares, como se o gelo polar Fossesederreter e as estrelas ces:
nescentes, mas que, ainda assim, continuarão existindo
games George Frazer
O Escopo da Antropologia Social
quando seuscanhões seuscanhõestivere tiverem m sedesintegrad sedesintegradoo e suas suasbandeiras bandeiras se desfeito em pó. Quando o poeta romano quis apresentar uma imagem im agem da perpetuidade, disse que seria lembrado en-
quanto durasseo durasseo Império Romano,enquanto a procissãode procissãode
Vestais e Sacerdotes, em suas túnicas brancas, subisse su bisse o Capitó-
lio para orar no templo de Júpiter. Aquela solene procissão há muito deixoude sub subirir a colina do Capitólio, o próprio Império Romano há muito desapareceu,bbem em como o império de Alexandre,oo império de Carlos dre, CarlosMagno, Magno, o império da Espinha, mas, mas,ainainda assim, entre os escombros dos impérios permanece, sólido, o
monumento do poeta,pois poeta,pois seus seusversos versosainda ainda são sãolidos lidos e lembralembrados. Apelo às Universidades, apelo ao Governo deste país para que seunam seunam na construç construção ão de um mo monumento numento do Império Britânico, um monumento beneficente,um beneficente,um monumento Que nem a chuva erosivonem o furioso vento norte poderá destruir, nem mesmo a inumerável série dos anos ou a fuga do tempo."
Isso aconteceu em Norwich, em junho de 1902. Ver Ver Tbe Peop/e'sWeekZgloKr-
nú/#orNbdo/h, 19 dejulho de 1902, p.8.
Digo "wm.zminoria esclarecida" esclarecida"porque, porque, em qualquer comunidade grande, há sempre muitas minorias, e algumas delas estão muito longe de seremesclarecidas. Épossível estarabaixo ou acima do nível médio de nossoscompanheiros ' E. Renan eM. Berthelot, Con'espoHdence, (Paris, 1898), p.75 e sseguintes. eguintes. [Tra[a-sede Ernest Renan (1823-1892), nlologisca, historiador e crítico francês, e Pierre Eugene Eugene Marcelin Berthelot (1827-1907), químico francês. (N.T.)]
' Alusão ao profeta Daniel, chamado a interpretar um sonho do rei Nabucodonosor depois de nisso haverem fHhado todos os sábios do reino. ( N.T.)
' Dr. Samue IJohnson, biografado porJ. Boswell em l.#b l.#b ofS4mKe/Joónson, pu-
blicado pela primeira vez em 1791.Johnson 1791.Johnson era uma figura dominante na cenaliterária cena literária no final do séculoXVlll.(N.T.) séculoXVlll.(N.T.) '' William
Bligh, A MoWúgeffoo fbe Sowf Sowfbb Seú -.jor fbe P rpose ofCoKt'gingrbe
1;1wif Tremfa Tremfa tÊe Wesf.r»dle$ íínn HifÀ4agesO 's Sbzp füe Bounq'(Londres:
13re.zd
George Ni
co1, co1,1792). 1792).O O relato do motim no Boa»O Boa»O6oi 6oi publicado ancasdo livro, em 1790.(N.T.) 1790. (N.T.) 1.!HeoofSúmüe/Jobnson,(Londres, fSúmüe/Jobnson,(Londres, ed. 1822), iv. 3 15.
': Sobre os Livros Sibilinos: uma Sibila (profetisa) quis vender ao imperador nove livros que continham todo o conhecimento do futuro. Ele achou alto o preço, e não quis comprar. Ela queimou três, voltou com os restantese pediu o mesmo preço. Ele recusou,e ela queimou mais três. Voltando com os últimos, pediu, novamente, o mesmo preço. Intrigado, o imperador comprou os Livros,e, ao examina-]os, na-]os, ]amentou todo o conhecimento irremediave]mente
NOTAS
perdido. (N.T.)
Palestra proferida na Universidade Universidade de Liverpool, em 14 de maio de 1908.
'' Bernardino de Sahagún, franciscano espanhol, viveu a maior parte de sua
:Quadra 73 do RwbaOúf,escrito no início do século Xll pelo poeta persa
vida no México, onde escreveu, entre 1547 e 1577, os doze livros daHlstonúge-
amar Khayyam, segundo tradição inglesa de Edward Fitzgerald, publi cada pela primeira vez em 1859. 1859."Ah "Ah Lavei Could you and l with Him (Fale, (Fale,no no ori-
filho de um cconquistador onquistador espanhol e uma princesa inca.Escreveuos Escreveuos ComeK-
ginal de Fitzgerald)conspire/To Fitzgerald)conspire/Tograsp grasp this sorri Schemeof Schemeof Things entire,/Would we not shatter it to bits
and then/Re-mould it nearer to the
Heart's desirel". (N.T.)
neza/ de /.zs cosas cosasdeN deN euú Espaã z. Garcilaso de la Veda nasceu em Cuzco, Peru,
[.d« Re«/« de/o. ]»cú (1609-16 17). (N.T.)
'' William Cowper(173 Cowper(1731-1800) 1-1800)publicou publicou TbeTúsÊ TbeTúsÊem 1785.(N.T.) (N.T.) 'ln boundless oceano,never oceano,never to be passed/ Bynavigators uni6orm'd as asthey,/ they,/
' William Whisron (1667-1752), matemático e religioso inglês; Dr. Primrose,
Or plough'd perhapsby perhapsby British bark again." TbeZúsh, TbeZúsh,livro livro 1,p.629 1,p.629 e seguin-
personagemdo personagem do romance TbeVzc.zr TbeVzc.zrofWaA($e/d,de Oliver Goldsmith(1728-
tes.("Em infindáveis oceanos,de oceanos,de novo fechados/ A navegantes navegantescomo como elesunielesuniformizados/ E por barcos ingleses talvez não mais cortados.")
1774).((N.T.) N.T.) ' Isso aconteceu aconteceu em Ballyvadlea, no condado de Tipperary, em março de 1895.
'' Versosde VersosdeHorácio, Horácio, eem m latim no original: "Quod non imber edax,non edax,non Aquilo impocens/possit impocens/possitdiruere, diruere,aut aut innumerabilis/ annorum series,et et fuga [em-
Para detalhes da evidência apresentada apresentada no julgamento ulgamento do assassino, ver The ;Witch-burning' in Clonmel", Fo/h-/ore,vi. Fo/h-/ore,vi. ( 1895) p.373-84.
porum." (N.T.)
Cultura, sistemas de parentesco, métcr do comparativo e toda a própria prcr blemática do âmbito da antropologia e suas relações com outras áreas de conhecimento estão presentes nos textos selecionados para este livro. São, portanto, obras de referência no desenvolvimento do campo das ciências sociais Estou convencido de que a publicação de Evolucionismo cultural será
de grande utilidade utilidadee fontede prazer intelectual,, não só para profissionais intelectual como para todos os interessados na
análise dalevantadas condição humana. antropológica As questões aqui têm relevância para diversas áreas de conhecimento como a história, a gecP
r
@,''-.':
SBD/FFLCH/USP SEÇÃODE: F
TOMBO265200 TOMBO265200
RQUISIÇAO: D/ MULTA N. USP 2854386/ N.F.N'
)ATA : 19/12/05
grafia. a sociologia e a psicologia, entre outras
Gilberto Velho Professortitular e decano do DepartamentodeAntropoiogia do MuseuNacional/UFRy
PREÇO: 30
Sobre o organizador organizador CELSOCASTÃO CELSO CASTÃOéé doutor em antropologia socia[ peã o AAuseu Naciona]/UFR],
N
pes-
quisador e atual diretor do CPDOC/ FGV. Escreveudiversos Escreveudiversos livros e dirige. para esta editora, as coleções Desco-