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Castanhal, 12 de maio de 2014 Ao: Reitor da Universidade de La Empresa. Magnífico,
Sou Macilene Magalhães, candidata a vaga no Mestrado em Educação oferecido pelo Programa Internacional de Pós- Graduação Internacional Montevidéu- Uruguai. Senhor Reitor, conclui o curso de graduação graduação em Letras ( Habilitação Habilitação em Língua Portuguesa), pela Universidade Federal do Pará, em 2009. Posteriormente cursei duas especializações: Educação Interdisciplinar na Formação Docente e Gestão e Organização da Escola. Escola . O primeiro curso na UFPA, e o segundo segundo na UNOPAR. Durante minha graduação, sempre participei das atividades acadêmicas desenvolvidas pelo Campus Universitário de Castanhal. Tive a oportunidade de atuar na condição de bolsita no programa de Extensão Universitário Conexões de Saberes e de voluntária no projeto de pesquisa literária lite rária A Invenção da Amazônia em e m Narrativas de Memória e Nação . Experiências que aguçaram em mim o desejo pela pesquisa. A partir de então, cursar Mestrado
passou a fazer parte de meus objetivos profissionais. Sei que cursar uma pós-
graduação Stricto Senso ampliará minhas possibilidades de aquisição de conhecimentos, de desenvolvimento de pesquisa em educação
e melhorias em minhas atuais práticas
pedagógicas. Além disso, Senhor Reitor, no Brasil há certa dificuldade em alcançar níveis mais elevados de educação, uma vez que as universidades estaduais e federais oferecem curso de mestrado e doutorado em tempo integral, o que inviabiliza ou retarda o ingresso de profissionais que atuam na educação básica. Logo, cursar Mestrado em Educação, no Uruguai, permitirá com que eu me dedique à pesquisa, à carreira acadêmica, sem precisar deixar de desenvolver minhas atividades profissionais. Já exerço a docência docência há cinco anos. anos. Nesse período, trabalhei em várias instituições de ensino particulares . Porém, há pouco mais de um ano sou professora concursada da Rede Pública de Ensino, no no município de São Domingos do Capim/Pará. Ministro aulas
de
Língua Portuguesa nas turmas de 6º ao 9º ano e nas turmas de Educação de Jovens de Adultos/EJA na Escola Monte de Ouro. Lá, já desenvolvi alguns projetos projetos que incentivam incentivam o conhecimento, a valorização
e a disseminação
da cultura regional (paraense),
principalmente, a de São Domingos do Capim. Percebi que esses projetos contribuem para
o desenvolvimento do aluno, uma vez que permitem à associação entre o conteúdo curricular ministrado em sala de aula e a realidade sócio-cultural na qual estão inseridos. Por isso, quero desenvolver minha dissertação na linha de pesquisa Interculturalidade e Inclusão, sei que muito contribuirá para minhas práticas pedagógicas. Senhor reitor, é relevante destacar que a escola na qual trabalho fica localizada na zona rural, a 9km da sede do município citado acima. A comunidade Monte de Ouro tem sua economia baseada na produção de farinha de mandioca e o extrativismo do açaí. Durante o período em que lá trabalhei, detectei que a base econômica da localidade desenvolve na população uma cultura peculiar que perpassa desde as manifestações da linguagem, relações interpessoais, comportamentais até à interferência no processo de ensino aprendizagem. A maioria dos alunos, crianças e adolescentes, trabalham no que aqui chamamos de roça, e, muitas vezes chegam à escola cansados, o que interfere em seu desempenho. Alguns têm vergonha de sua própria cultura, não se assumem enquanto moradores da comunidade, enquanto ribeirinhos. Acreditam que a cultural urbana seja superior à rural. Além disso, não conseguem perceber o quão importante é estudar, não tem muita perspectiva de futuro escolar . Dizem: “Estudar para quê? Se sou da roça.” Ratificam o estereotipo de que aquele que vive na zona rural não tem pretensões e possibilidade de alcançar mobilidade social por meio da educação formal. Por essas razões, Senhor Reitor, o assunto que pretendo desenvolver em minha dissertação de mestrado está centrado na discussão que se tem acerca de uma educação para o campo que contemple a realidade sócio-educacional destas localidades, uma vez que o meu contato com a realidade da escola em que trabalho me possibilitou compreender a relação entre a base econômica do município de São Domingos do Capim, suas peculiaridades e interferências no processo de ensino-aprendiza gem. Tema que ainda precisa ser melhor delimitado, mas que farei no decorrer do curso com o auxílio dos docentes da Universidade de La Empresa, se for, claro, selecionada para
cursar o Mestrado
Educação nesta renomada Instituição.
Atenciosamente,
Maria Macilene Magalhães Evangelista
em
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