Carole Pateman - Participação e Teoria Democrática

March 19, 2019 | Author: Selena M. | Category: Democracy, Theory, Totalitarianism, Política, Sociology
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Este livro trata to popular, desde '"" .M 6 7 5 6 J L desempenhado pela da democracia moderna viável. À análise de textos e pesquisas recentes Carole Pateman acrescenta acrescenta uma pert pertinent inente e retomada de fontes clássicas como Rousseau

TEORIA DEMOCRÁTICA

Stuart Mill. Além problema participação em âmbito nacional, a autora apresenta dados e conclusões interessantes sobre acesso funcionários decisões em seu local trabalho e outras esferas governamentais. utópica, calcad Longe de ser um demanda utópica, fundamentos irreais, tema Pateman conserva um espaço significati significativo vo na teoria teoria da democracia moder oderna, na, passível aplicação, apesar de determinadas difi dificuldades, culdades, e constitu leitura essencial num momento em que se discute a inserção de trabalbadores nos procesdecisórios das indústrias. indústrias.

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PAZ E TERRA

O termo "participação" tornou-se políti co popular parte do vocabulário político partir

década

últimos anos

60, quando vários grupos reivindica reivi ndica vam a implementação efetiva de direique, em teoria, eram realmente

to

seus. Hoje o uso generalizado

pala-

vari ereferência a um grandevarievra, em referência dade de situações, indica que qualquer conteúdo precis preciso o do termo se perdeu, ainda viva

que

a

questão

permaneça

aberta.

Neste livro, Carole Pateman deessenci al para tém-se num problema essencial teoria política boje. Qual "participação" numa teoria

lugar da demo-

cracia moderna e viável? Para responder a essa pergunta, autora retoma teóricos clássicos clássi cos como Jean-Jacques Rousseau

considerado

por ela o teórico da participação por Jobn Stuart Mill, além

excelência

obra de G. H. Cole, cientista-político deste século, que desenvolveu teoria

democracia participati-

inserida no contexto de uma sociesoci edade industrializada. Após analisar essas teorias, Carole Pateman estuda estuda apossibili possi bilidade dade de deocratização das estruturas de autoridade nas indústrias. Verifica a ligação entre a participação no local de trabaIn e em outras esferas

mentais,

emcomo emcomo âmbito nacional.

ão governa-

participação em

São poucos os empecilbos prático para

instituição da participação

trabalbadores, ainda que parcial níveis mais altos

mesmo consi-

CAROLE PATEMAN

PARTICIPAÇÃO TEORIA DEMOCRÁTICA

Tradução Luiz Paulo Rouanet

Cambridge University Press, 1970 Traduzido do original em inglês Participation an Democratic Theory Revisão técnica: Anna Maria Quirino Preparação: Eliana Antoniolli Revisão: na Maria O. M. Barbosa Capa: Pinky Warner

ÍNDICE

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Pateman, Carole Participação teoria democrática/ Carole Pateman; Pateman; radução de Luiz Paulo Rouanet. — Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. Bibliografia. 1. Autogestão

Democracia 3. Participação I. Título.

CDD-321.80

92-0919

índice para catálogo sistemático: 1. Demo cracia: Ciência Ciência política política 321.80

Sister Direitos adquiridos pela EDITORA PAZ E TERRA .A Rua do Triunfo, 17 01212 - São Paulo, SP Tel. (011) 223-6522 Ru São José, 90 -II andar, cj. 1111 20010 - Rio deJaneiro, RJ Tel. (021) 221-4066 que se reserva a propriedade propriedade desta tradução. Conselho Editorial ntônio Cândid Fernando Gasparian Fernando H enrique Cardos 1992

p7

BC

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I. II.

Teorias recentes democracia e "mito clássico Rousseau, John Stuart Mill e G.D.H. Cole: teoria participativa da democracia 35 in. sentido eficácia política e a participação local de trabalho 65 93 IV "Participação" "democracia" indústria 11 V. Autogestão trabalhadores Iugoslávia I. Conclusões 37 Bibliografia 149 75 índice remissivo

%'\0

TEORIAS TEORIAS RECE TES DEMOCRACIA E "MITO CLÁSSICO"

os últimos anos da década de 60, a palavra "participação"' popular. Isso acontece na onda dejeivindicações, em especial por parte dos_gstudantes, pela abertura de novas áreas de participação — nesse caso na esfera da ducação d nível superior — também por parte de vários grupos gue_gugriam, na prática, implementação do direitos_g üg_erajrrsê5s najeoria^Na França, "participação" foi uma das últimas palavras de. políticas; na Grã-Breordem utilizadas por de Gaulle em campan has políticas; tanha, vimos idéia receber bênção oficial no Relatório Skeffington sobre planejamento, e nos Estados Unidos o programa antipobreza incluía fundos para o "máximo possível de participação" dos generalizado do termo no s meios de comuniafetados por ela. O uso generalizado cação de massa parecia indicar que qualquer conteúdo preciso ou desaparecera; "participação" era empresignificativo praticamente desaparecera; gada por diferentes pessoas para se referirem a uma grande variedade de situações. popularidade do conceito fornece uma boa razão para que se dedique alguma atenção a ele. Porém, mais imporintensificação dos mo vimentos em prol tante do que isso, a recente intensificação de uma participação m aior coloca coloca u ma questão crucial para a teori

p~õTítica: modérna.e_v.iáv-el2.

É um bocado irônico que a idéia de participação participação tenh a se tornado tão p opular, particularmente entre entre o s estudantes, pois entre os teóricos da política e sociólogos políticos a teoria da democracia mais aceita aceita (aceita (aceita de maneira tão ampla que se poderia poderia cham á-la de doutrina ortodoxa) é aquela na qual o conceito de participação as-

sume um papel menor, Na realidade, não apenas tem um papel menor, como nas teorias de democracia atuais um dado predominante é ênfase coloca colocada da nosperigos inerentes ampla participação popular em política. política. Tais características características derivam de du as preocupações principais de teóricos teóricos atuais que escrevem sobre a democracia sobretudo os norte-americanos. Primeira, sua convicção de que as teorias dos seus predecessores mais antigos (os chamados "teóricos clássicos"), clássicos"), que acalentavam o ideal do m áximo de participação do povo, precisam de uma revisão drástica, quando não uma rejeição pura e simples. Segunda, uma preocupação com a estabilidade; do sistema político e com as condições ou pré-requisitos necessários para assegurar tal estabilidade; estabilidade; essa preocupação origina-se origina-se da com paração que se faz entre "democracia" "totalitarismo" enquanto as duas únicas alternativas polít políticas icas possíveis no m undo m oderno. Não é difícil descobrir de que modo a atual teoria democrática acabou por se implantar com esses fundamentos; sem o risco de uma simplificação excessiva pode-se dizer que ela resultou de um aconteci pol ímento intelectual intelectual do século XX, o desenvolvimento da ociologia política, e de um evento histórico, a emergência de E stados totalitários. totalitários. o iníci do século, dimensão e a complexidade da sociedades industrializadas e o surgimento de formas burocráticas de organização, para muitos teóricos políticos políticos de orientação empirista, pareciam levantar sérias dúvidas sobre a possibilidade de se colocar em prática o conceito conceito de democracia do mo do como ele era geralmente compreendido. Mosca e Michels foram dois do teóricos mais co nhecidos e influentes a defender semelhante tese. Mosca dizia que toda sociedade sociedade precisava de uma elite elite no governo e, em seus últimos últimos escritos, combinava essa teoria da elite com um argumento favor de instituições representativas. Michels, com sua famosa "lei de ferro da oligarquia" — baseada numa investigação sobre os partidos partidos social-democratas social-democratas alemães, que se dedicavam de m aneira ostensiva aos princípios da democracia em suas próprias fileiras parecia mostrar que era necessário fazer uma escolha entre organização (aparentemente indispensável indispensável no século XX) e democracia, mas não ambas. Assim, emborajjemocracm,gnquanto governo do povojjgr meio do máximo de participação de todo povo, ainda possa ser um ideal, sérias dúvidas, põ?fãs~è"mêvidêricíã^n nome da ciência social,

parecem ter se levantado quanto à possibilidade de se colocar esse ideal em prática. Entretanto, po volta da metade do século, muitas pessoas achavam que o ideal estava sendo questionado. A "democracia", de qualquer forma, ainda era o ideal; o que se tornara suspeita era a ênfase na participação e, com ele, formulação "clássica" de teoria democrática. O colapso da República de Weimar, com alta taxas de participação das massas com tendência fascista e a introdução de regimes totalitários no pós-guerra, baseados na participação das massas, ainda que uma participação participação forçada pela intimidação intimidação pela coerção, realçam tendência de se relacionar palavra "participação" com o conceito de totalitarismo totalitarismo mais do que com o de democracia. O fantasma do totalitarismo totalitarismo tam bém ajuda a explicar a preocupação com as condições necessárias à estabilidade num Estado democrático; outro fator nesse sentido era a instabilidade de tantos Estados no m undo pós-guerra, em especial as ex-colônias, ex-colônias, que apena em poucos casos mantiveram um sistema político democrático no moldes ocidentais. esse cenário provocou sérias dúvidas reservas em relação às antigas teorias democráticas, então os fatos revelados pela expansão da sociologia política no pós-guerra parecem ter convencido maior parte dos teóricos atuais de que suas dúvidas estavam plenamente justificadas. O s dados obtidos obtidos em am plas investigações investigações empíricas sobre atitudes comportamentos políticos, políticos, realizadas realizadas na maioria dos países ocidentais nos ú ltimos vinte ou trinta anos, revelaram qu característica mais notável da maio maio parte doscidadãos, principalmente os de grupos de condição sócio-econômica baixa, é uma falta de interesse generalizada em política e por atividades políticas. mais: constatou-s qu existem existem atitudes não-democráticas ou autoritárias amplamente difundidas também entre osgrupos decondição sócio-econômica baixa. A conclusão esboçada (quase sempre por sociólogos sociólogos políticos políticos travestidos de teóricos de política) é a de que a visão "clássica" do homem democrático constitui um ilusão sem fundamento e que um aumento da participação política dos atuais não-participantes poderia abalar a estabilidade do sisfema democrático, considerando-se considerando-se a perspectiva perspectiva das atitudes políticas. Havia um outro fator a amparar o processo de rejeição das antigas teorias teorias democráticas: o argumento, que agora se tornava fa-

miliar, miliar, de d e que essas teorias eram normativas "carregadas de valor", ao passo que a teoria política moderna seria científica empírica, firmemente assent assentada ada nos fatos da vida política. Mas mesmo assim poder-se-ia questionar e revisão da teoria democrática deveria ou não ter sido empreendida com tamanho entusiasmo por tantos escritores esse mesmo mesmo problema probl ema do aparente contraste entre os fatos atitudes da vida política suas caract caracter eriz izações ações antigas teorias não tivesse sido abordado respondido por Joseph Schumpeter. Se prestigiado livro Capitalismo, socialismo democracia (1943) de fato fo escrito antes da enorme quantidade de informação empírica agora disponível em política, mas mesmo assim Schumpeter considerou que os fatos mostravam mostravam a necessid necessidade ade de d e uma revisão visão da d a teoria democrática "clássica" forneceu ta teoria revisada. Mais do que no va e realista realista de d e deisso: ele colocou em evidência uma definição nova mocra moc raci cia, a, o que se reve revelo lou u mais importante imp ortante par p ara a as teorias teorias poster p osterioiores. Um compreensão da essência da teoria de Sqhumpeter vital para um apreciação da obras mais atuais atuais sobre teoria democrát democrátic ica, a, pois elas foram elaboradas dentro do parâmetro estabelecido por Schumpeter basearam-se em sua definição de democracia. ponto de partida da análise de Schumpeíer_é um ataque noção de teoria democrática enquanto uma teoria de meios fins; democracia, afirma afirma ele, é uma teoria dissociada de d e quaisquer ideais ideais "Democracia é um método político, ou seja, trata-se de um ou fins. "Democracia arranjo njo institucional instituc ional par chegar_a_decisões detenninadotipo de arra legislativas administrativas." Na medida em que se políticas compromissos" à democracia, supunha-se supu nha-se afirma uma"lealdade sem compromissos" que método cumprisse outros ideais, por exemplo o de d e justiça O procedimento adotado por Schumpeter na formulação de sua teoria democrática oi estabelecer um modelo daquilo que ele chamou de"do de "doutrina da democracia para utrina cláss c lássica" dademocracia p araexaminar suas defici deficiênc ências ias l. Schumpeter, 1943, p. 242 (grifo de Schumpeter). Paraconvencer os leitores da validadede seu argumento, argumento, Schumpeter propunha um "experime "experimento nto mental". Imaginem Imagin emum país que, de modo democrático, perseguisse.judeus, bruxas cristãos; não aprovaríamos tal prática só democrático, portanto, democracia não porque decidiu-se por ela de acordo com o método democrático, pode ser um fim. Contudo, como faz notar Bachrach, semelhant semelhante eperseguiç perseguição ão sistemátic entraria em conflito com as regras de procedimento necessárias se quisermos chamar de "democrático" método político do país (Bachrach, (Bachrach , 1967, pp. 18-20). Schumpeter tampouco deixa claro por que deveríamos deveríamosespera que justamente esse método político nos levaria, por exemplo, à justiça.

depois propor propor uma alternativ alternativa. a. (Essemodelo modelo e acrític crítica a que Schumpeter Schu mpeter

fez a ele ele serão serão consid c onsider erados depois.) Schump Schumpete eterr pensava pensava que "a maioiados ia dosestudantes estudantes de política" concorda conc ordaria ria com suas suas críticas etambém com uateoria revisada da democracia que "é bem mais verdadeira

relação à vid vida a e ao ao mesmo mesmo tempo resgata resgatamuito mui to do que que os defensoresdo método democrático realmente entendiam por esse termo" p. 269). a principall críticade Um vez que aprincipa crítica deSchumpeter Schumpeter "doutrina clássica" qu o p pel central central de participação particip ação e tomada de de decisõe cisões s por p or parte do povo baseava-se em fundamentos empiricamente irrealistas, em sua teoria revisada o ponto vital é a competição dos que potencialmente v oto do d o povo. pov o. Por Po r is o, Schumpete Schumpete apresentouf tomam s decisões p lo voto seguinte definição do método democrático como moderna e realistaA "Aquele arranjo institucional para chegar decisões políticas, nolj utilizando paraiss um j? qual os indivíduos adquirem poder de decidir utilizando luta competitiva pelo voto do povo" p. 269). De acordo com essa! definição, competição pela liderança é a característica distintiva da democracia, permitind permitindo o que q ue se se diferencie diferencie o método méto do democrático d Por esse método p olíticos Pores méto do qualqu qualquer erpessoa pessoa princíoutros métodos políticos pio, livre liv reparacompetir competir pela pela liderança eleições livres, demodo que as liberdades civis costumeiras são necessárias. Schumpeter comparava a competição política por votos à operação do mercado (econômico): maneira dosconsumidores, os leitores leitores colhem col hem entre políticas (produtos) oferecidas por empresários políticos rivais, e os partidos regulam acompetição comp etição do mesmo mesmo modo que q ue asassociações de comércio comé rcio na esfera econômica. Schumpeter Schumpeter dedico dedicou u alguma atenção às condições necessárias para para a opera operação do método métod o democrático. democrático . Além das d as liberdade liberdades s civis, c ivis, opi niões esde outros ou tros e "um certo certo tip eram requeridos tol rância para as opiniõ de caráter e de hábitos nacionais", e não se poderia confiar em que a oper ção do próprio método mé todo democrático forneces fornecesse se tais condiçõ co ndiçõ Outra exigência igên cia era era que "todos "todos os os interess interesses envolvi nvolvidos" dos" fossem fossem virvirtrut urais da sotualmente unânimes em sua lealdade aos "princípios estruturais ciedade ciedade existente" istente" (pp. 295-6). 295-6). Contudo, Contu do, Schumpete Schumpete nã achava ne cessário sufrágio universal; lepensava qualificações quanto qu anto lepensavaqu que e a qualificações 2. Mesmo admitindo liberdade em princípio, Sc humpete pensava que, na verdade,! era necessária um classe política ou dominante para fornecer fornecer candid atos liderança| (p. 291).

propriedade, raça ou religião ligi ão eram, eram, todas, perfeitame perfeitamente nte compatíveis compatíveis com método democrático. democrático. ter,.os únic ú nicos os meiosdejar meiosdejartic ticipafcão-abe ipafcão-abertos rtos Najeoria de Schump ter,.os ao cidadãojão o voto para o líder e^discujsãQ.. Ele pontifica que as prátic práticas as usualment usualmente e aceitas (como "bombar "bombardea dear" r" repres representantes entantes co cartas) são contrárias ao espirito do método democrático, democrático, pois, p ois, de fato, que os cidadãos fazem argumenta ele, trata-sede trata-se detentativas tentativasque fazem paracont co ntrorolar seus representantes, e isso constitui uma completa negação do conceito de liderança. O eleitorado "normalmente" não controla seus líderes, a não ser quando os substitui por líderes alternativ alternativos os nas eleições, de modo que "par "p arece bom restrin restringi girr nossas nossas idéias idéias sobre sobre tal tal cont c ontrole role da maneiraindic ind icada ada em em nossadefinição" definição" (p. 272). Na Nateoria de democraci democraci de Schumpeter, participação não tem um papel especial ou central. cidadãos partiTudo que se pode dizer é que um número suficiente de cidadãos cipa cipa para manter a máquin máquina a eleito eleitora ral — os arranjos institucionais — funcionando de modo satisfatório. teoria concentra-se no número reduzido de líderes. "Amassa leitor l é incapa inc apazz d de e outra coisa coisa que não seja um estouro de boiada", diz Schumpeter (p. 283), por isso seus ativos, possuir possuir inic in iciativa iativa e decisão, e a competiç competição ão líderes precisam ser ativos, entre os líderes pelos votos votos constitui constitui o elemento democrátic democrático o caracter característico ne e método métod o político. p olítico. É indubitável a importância da teoria de Schumpeter para as teorias democráticas posteriores. Sua noção de "teoria clássica", caract caracter eriz ização ação que qu e ele ele fez fez d "método democrático" e o papel papel da participação partici pação nesse nesse método métod o tornara tornaram-se m-se quaseunivers uni versalmente almente aceito aceito textos recentes sobre teoria democrática. Um dos poucos pon|tos em que os teórico teóricos s atuais diverge de Schumpeter é questão da necessidade de democracia te um "caráter democrático" básico, ! daí saber e existência desse caráter depende do funcionamentodo funcionamento do método democrá democrático. tico. Vamos examinar quat quatro ro exe exemplos mpl os be conhecido ci dos s sobre a teoria da democra democ raci cia a nos trabalhos recentes de Bere Berellson, Dahl, Sartori Eckstein. A ênfase na estabilidade do sistema político é maior nessas obras do que na de Schumpeter, mas a teoria democrática democráti ca comu c omum m a todas elas elas descende dire di retame tamente nte do ataqu ataqu que este este autor auto r fez fez à teoria t eoria "clássica" da democracia. capítulo 14 de Votar (Voting, 1954), sob o título de "Teoria 3. (pp. 244-5) As teorias teorias mais recentes não o seguem nesseponto. pon to.

e prática prátic a democrátic s", a orientação orientação t órica funcionalista de Berelson é bastante diferente da de Schumpeter, mas tem o mesmo objetivo. Ele se propõe examinar implicações para teoria democrática "clássica" do "confronto" entre esta e evidência empírica, fornecida em capítulos anteriores do livro. Com vistas a esseconfronto, Berelson adota estratégia de Schumpeter de apresentar um modelo da "teoria clássica" — ou, ou, mais precisamente, precisamente, um u m modelo mod elo das qualidades e atitudes que essa teoria supostamente exige dos cidadãos, cidadãos, tomados tomados como indivíduos ind ivíduos —, e este procedimento revela revela que "certas exigên igênci cias as, em geral geral tidas tid as como como necessárias par para a o bo funcionamento da democracia, não são encontradas no comportamento do 'cidadão médio'". Por exemplo, "espera-se que o cidadão democrático se interesse e participe dos assuntos políticos", contudo "e Elmira, a maioria da população vota, mas quase nunca revela um inter int eres esse constante" (1954, p. 307). Assim mesmo, apesar desta e de todas tod asas outras outrasdeficiênci deficiên cias as naprátic prát ica a democrátic democrática, a, asdemocraciasocisobreviver eram; am; portanto po rtanto,, deparamo-nos deparamo-nos com um paradoxo: dentais sobreviv Os eleitores eleitores isolado s, ho je em dia, parecem in capazes de satisfazer as exigências de um sistema de governo democrático tal qual delineado pelos teóricos teóricos políticos. p olíticos. Mas um sistema de democracia deve ir ao encontro de certas exigências para que exista uma organização política. Os membros, tomados individualmente, podem não satisfazer a todos os padrões, mas assim mesmo todo sobrevive cresce (p. 312, grifos de Berelson).

De acordo com Berelson, apresentação desse paradoxo permite que se veja engano dos autores "clássicos", e que se constate porquê de suas teorias nã fornecerem um quadro preciso do funcionamento cionamento dos sistema sistemas s político polít icos s democráticos democráti cos existentes. istentes. Ele arguargu-

isolado, ignomenta que ateoria a teoria "clássica" concentra-se no cidadão isolado,

rando virtualmente próprio sistema político; quando leva conta, considera instituições específicas e não as "condições ge rais para que as instituições funcionem como deveriam". deveriam". Berels Berelson on 4. Ver V er também també m Berelson'(1952). Para algumas crític críticas as dos aspectos funcio fun cionalistas nalistas da teoria de Berelson, ver Duncan e Lukes Luk es (1963). 5. Berelson, 1954, p. 307. Assim como a maioria maioria dos d os outros ou tros autores autores que falam da teoria democrática "clássica", Berelson não diz em quais autores baseou seu modelo. texto citado na propó sito da d a série de atitudes atitu des das quais traça um esboço, que, "s nota anterior, ele observa, a propósito todas não são exigidas em uma única teoriapolítica polí tica da democracia, todas tod asela são encontradas em um ou outra teoria" (1952 p. 314). Porém, Po rém, de novo, nenhum nome é fornecido.

arrola seguintes condições, necessárias "para que a democracia política sobreviva": deve-se limitar intensidade do conflito, restringir taxa decâmbio, manter estabilidade social econômica, e preciso qu haja organização social pluralista, além de um consenso básico. Segundo Berelson, os teóricos anteriores também supunham que seria necessária umacidadania politicamente homogênea numa democracia (homogênea quanto às atitudes e aos comportamentos). De fato o que se exige e o que se encontra é a heterogeneidade, felizmente. Ta heterogeneidade necessária, pois espera-se que nosso sistema político desempenhe "funções "funçõ es contraditórias" assim mesmo, funcione. funciona devido modo pêlo qual qualificações atitudes distribuem entre eleitorado; ta distribuição permite que as contradições se resolvam, ao mesmo tempo que se mantém estabilidade do sistema. Desse modo, sistema revela-se igualmente estável flexível, por exemplo, porque tradições políticas de grupos familiares étnicos e natureza duradoura da lealdades políticas contribuem para estabilidade, passo que "os eleitores menos aptos preencher os critérios individuais são os que mais contribuem quando medidos pelo critério coletivo da flexibili ibi li dade... tais eleitores podem ser os que menos tomam partido e os menos interessados, as cumprem um função valiosa para con-

junto do sistema".

Em suma, participação limitada e apatia têm uma função amortecer choque dasjiscordâncias._dQs..ajustes e das mudanças. Berelson conclui argumentando que sua teoria não apenas realista descritivamente descritivamente precisa, ma também inclui os valores que teoria "clássica" conferia os indivíduos. Ele diz que a atual distribuição de atitudes do eleitorado "pode desempenhar as funções

Lpositiva nò~colijünto dõ~slstema

democracia não fica 6. (1954, pp. 312-3) conexão específica entre essas condições e democracianão muito clara; as três primeiras aparentementeseriam uma exigência, de modo quasetautológico, para manutenção de qualquer sistema político. Berelson acrescenta que continuará explorando "os valores" do sistema político. O que ele faz, na verdade, examinar "exigências do sistema"; ver a seção que inicia na p. 313. 7. (1954, p. 316) difícil descobrir por que Berelson chama os itens que ele cita de "contraditórios". Se dúvida devem ser difícies de se obter empiricamente aos mesmo tempo, mas é possível haver (e não é ilógico esperar) estabilidade também flexibilidade, ou existirem eleitores que expressem escolhas livres autodeterminadas, ao mesmo tempoque tempo que fazem uso das melhoresinformações orientações dos líderes (ver pp. 313-4).

incorporar os mesmos valores atribuídos po alguns teóricos cada indivíduo, tanto no sistema quanto na instituições políticas que o constituem"! Assim sendo, não deveríamos, pois, rejeitar conteúdo normativo da velha teoria — que presumivelmente consiste da imma portância da atitudes que se exigem dos cidadãos isolados revisá-lo para adequar realidade presente. teoria de Berelson fornece um clara relação de parte do principais argumentos de recentes obras sobre teoria democrática. Po exemplo, argumento de que a moderna teoria de democracia deve ter uma forma descritiva concentrar-se no sistema político vigente. Segundo esse Tjmtg^dejdsífl,-pode=se-peEceber-que-QS-altosi ^jüém disso, a apatiaejg ^desinteresse dajmaioria cumprem um imp^rtantgjgajggl n£jri^aj[iujtoç,ãajda_estabilidade_dó __ sistema sistema tomaj^comgjLmi tomaj^comg jLmi todo. Portanto, chegj^jigjugumento de qu essa participação qu ocorre de fato exatamente participação necessária para^um sistema dejdemocracia-e.stáv.el, Berelson não explicita quais características características necessárias necessárias par qu um sistema político político possa descrito como "democrático", um vez que o máximo de participação de todos os cidadãos não é um delas. Um resposta essa questão pode encontrada dois estudos de Dahl, Uma introdução à teoria democrática (A Preface to Democratic Theory, 1956) Hierarquia, democracia negociação em política e em economia (Hierarchy, Democracy and Bargaining in Politics and Economics, 1956a), e tal resposta segue de perto definição de Schumpeter. Dahl não "confronta" teoria fato do mesmo modo que Berelson; na verdade, Dahl nã parece estar muito seguro se existe ou não algo como um "teoria clássica da democracia". início de "não teoria democrática, ele observa que há uma teoria introdução democrática existem apenas teorias democráticas". Em'um outro texto, no entanto, le escreveu que "em alguns aspectos, pode-se demonstrar invalidade da teoria clássica" (1965a, p. 86). Sem dú8. (1954, pp. 322-3) ponto de exclamação refere-se evidentemente passagemcitada, que beira total absurdo. Todavia ele também se refere pelo menos uma "teoria tradicional" (p. 131). 9. (1956, p. I) Todaviaele Em oposição isso, contudo, ver Dahl (1966), onde ele diz que nunca houve um teoria clássica da democracia.

introdução vida, Dahl encara as teorias que ele critica em teoria democrática (a "madisoniana" e a "populista") como inadequadas para os dias atuais; e sua teoria da democracia como poliargoverno da múltiplas minorias apresentada guisa de quia uma substituição mais adequada para aquelas, enquanto um teoria da democracia m oderna e explicativa. Dahl fornece uma lista das característi características cas que definem a democracia, cracia, as qu ais, de acordo acordo com o argum ento de Schum peter de que a democracia é um método político, constituem uma lista dos "arranjo institucionais" centrados no processo eleitoral (1956, p. 84). eleições funcionam como um ponto central do método democrático porque elas fornecem o mecanismo através do qual pode se dar o controle do líderes pelos não-líderes; "teoria democrática ocupase dos processos pelos quais os cidadãos comuns exercem um grau relativamente alto de controle sobre os líderes" (p. 3). Dahl, semelhança de Schumpeter, enfatiza que não se poderia atribuir um peso maior noção de "controle" do que o justific ado pela realidade. El salienta a ênfase dada pelos textos políticos políticos contemporâneos à idéi de que o relacionamento democrático apenas uma das numerosas técnicas de controle social que de fato coexistem nas políticas democráticas cráticas m odernas, e essa diversidade deve ser levada em consideração num a teoria teoria moderna da democracia (1956a, p. 83). Tampouco caso de se destacar um teoria qu exige máximo de participação popular para exercer "controle", uma vez que sabemos que a maioria da pessoas desinteressada apática em relação política, Dahl põe em evidência a hipótese hipótese de que uma porcentagem relativamente pequena de indivíduos, em qualquer forma de organização social, social, aproveitará as oportunidades de tomada de decisão.10 E, portanto, "controle" depende do outro lado do processo eleitoral, da competição entre os líderes pelos votos da população; fato de que indivíduo pode transferir o seu apoio a um grupo de líderes para outro confirma que os líderes são "relativamente afetados" pelos não-líderes. E tal competição é elemento especificamente democrático do método, e a vantagem de um sistema democrático (poliárquico) comparado a outros métodos políticos reside no fato de ser possível um ampliação do número, do tamanho e da diversidade da 10. (1956a p. 87) Ve também 1956, pp. 81 e 138.

minorias que podem mostrar su influência nas decisões políticas políticas no conjunto do caráter políticojda sociedade (1956, pp. 133-4). teoria teoria da p oliarquia taníbém pode fornecer "uma teoria satisfatória a respeito respeito da igualdadeípolítica" (1956, p. 84). Mais uma vez, nã devem ignorar realidades políticas. igualdade polí-jj ticajião deve ser definida comgualdade_dg^ controle político ou de* poder, pois, comojpahl observa, os grupos de status mico baixo, maiom^stãQsepar.adüs_dessaJ.gualdade-por-umai "tripla barreira": sua inatividade rdajtiv^mente_inaÍOT;_s.eju_h^itadx)-|, acSs^aõsiecursqs , no Estados Unidos,. "simpática inyençãojde p. umjústemajde verificações 8Í). Numa teorísTSã^emõcracia moderna, "igualdade política" refere-se à existência do jsufrágio\ universal (u homem^um voto) com_sua_sançãopor meio da competição eleitoraljo£^ojtp^e,jinais importante, refere-sejiõJ:aTòl3Figji^^^ qu^le^JiueJomam^s_de.cisões-por_m&io-dej conseguem fazer com que suas reivindicações, sejam-ou-vidas. s^

representantes oficiais nã apenas escutam os vários grupos, ma

"esperam ser afetados de modo significativo se não apaziguarem o grupo, seus líderes líderes ou seu s membros mais vociferantes" (p. 145). utro aspecto particularmente interessant da teoria de Dahl quisilos oci o ci isjpara um sistema posua discussão quanto aos jré-requisilos liárguiço._Um pré-requisito básico seria um consenso respeito da líderes.. (A s condições institucionais institucionais nenormas, ao menos entre os líderes cessárias suficientes para goliarguia podem se formuladas como normas 1956, pp 75-6.) Ta consenso depende de um "treinamento social", o qual, por sua vez, depende da existência de um mínimo de acordo respeito da escolha e das normas políticas, políticas, de modo que o aumento ou diminuição de um dos elementos afeta os outros (p. 77). O treinamento social social ocorre por meio da família, família, das escolas, da igrejas, do jornais, etc., e Dahl d istingue três tipos de treinamento: de reforço, neutro negativo. El argumenta que "é razoável supor que esses três tipos de treinamento operam sobre os membros da maioria das organizações poliárquicas, se não todas elas, talvez também sobre os membros de muitas organizações hierárquicas" (1956, p. 76). Dahl não diz em que consiste o treinamento, ne fornece qualquer sugestão sobre qual provável tipo de

treino produzido po qual tipo de sistema de controle, mas ele afirma que sua eficácia dependerá das atuais e "mais profundas predisposições do indivíduo" (p. 82). É de se presumir que o treinamento social "efetivo" seria aquele qu desenvolvesse atitudes individuais para apoiar as normas democráticas; por outro lado, Dahl diz qu não é necessário um único "caráter democrático", como sugerido por teóricos anteriores, porque isso nã seria realista em face do "fato mais que evidente" de que os indivíduos pertencem, como membros, vários tipos de sistemas de controle social. O que se exigem são personalidades que possam adaptar-se aos diferentes tipos de papéis no diferentes sistemas de controle (1956a, p. 89), mas Dahl não fornece nenhuma indicação de como o treinamento para produzir esse tipos de personalidade personalidade auxilia consenso sobre as normas democráticas. Por fim, Dahl salienta um argumento a respeito dos possíveis

np^^ constitui um pré-requisito da poliarquia, mas o atividade política relacionamento algo extremamente extremamente complexo dentro dela. grupo de^condição sócio-econômica baixa presenta presentam m o menor^índice atividade polítíca_e também,mvejam com maiojLJteqüência_as personalidades "autoritárias". ssim sendo na medida em que o aumento da atividade política traz esse grupo à arena política, o consenso respeito da normas pode declinar, declinando po conseguinte poliarquia. UrtLaumento da taxa de partidnaçM,jmrIanto., ^poderia representarjun_perigg_para^a representarjun_perigg_para^a estabilidade do sistema derno^ crátíçoj(195j6,. carj. ?-ap...E)Tterceiro teórico da democracia cujo trabalho será discutido um autor europeu, Sartori. eu livro Teoria democrática (Democratic Theory, 1962) contém o que talvez seja a modalidade mais radical da revisão de antigas teorias de democracia. B asicamente, sua teoria revela-se um extensão das teorias de Dahl sobre democracia enquanto poliarguia. deforma que não será necessário repetir osdetalhes do argumento, ma Sartori ressalta que não sãoapenas asjrnno5^JlH£J£I££2f!£!i£^ aspecto a se notar em sua teoria é ênfase no perigos de instabilidade e nos pontos de vista correlatos a respeito da adequada relação entre a teoria teoria democrática (o ideal) e a prática. Segundo S artori, criou-se um abismo intransponível entre teoria "clássica" e realidade; "a in-

gratidão típica do homem de nossa época e sua desilusão com a democracia são reações a uma meta prometida e que não pode ser alcançada" (p. 54). ão obstante, preciso ter cuidado para que não seja mal compreendido o exato papel da teoria teoria democrática, mesmo reinterpretada. Uma vez q ue um sisdepois de ela ter sido revista e reinterpretada. tema democrático tenha sido estabelecido estabelecido como no países ocidentais da atualidade — ideal democrático deve ser minimizado. Esse idea é um princípio nivelador qu mais agrava do que resolve o problema real na democracias, o d "manter a verticalidade", isto é, estrutura de autoridade e de liderança; maximizado como um "exigência absoluta, ideal democrático (revisado) levaria sistema "bancarrota" (pp. 65 e 96). Hoje, democracia não deve ficar em guarda contra aristocracia, como antes, ma contra mediocridade contra o perigo de que tal mediocridade possa destruir seus próprios líderes, líderes, substituindo-os por contra-elites contra-elites não-democráticas (p. 119). O medo de que a participação ativa da população no processo totalitarismopermeia mopermeia todo discurso de Sarpolíticõlèvé^direto ao totalitaris tori. povo, diz ele, deve "reagir", ele não "age"; isto é, deve reagir às iniciativas políticas da elites rivais (p. 77). Felizmente, isso interessante na qu o cidadão médio faz na prática, e um ponto m uito interessante teoria teoria de S artori é que ele faz parte dos raríssimos teóricos teóricos da democracia que de fato colocam questão: "Como podemos classificar classificar inatividade do cidadão médio?". ua resposta é que não devemos classificá-la. Argumentos de que a apatia pode ser provocada pelo analfabetismo, pela jgpbreza ou pela insuficiência de informarão foramjjfutados pelos fatos, assim como não foi constatada a sugestão de que la pode resultar da~falta de^raticã~dêmocra!ica, pois "aprendemos que nãosejroren(ie qu tentativa de encontrar um resposta para essa questão é um esforço equivocado, uma vez que asjressoas só compreendem se interessam de fatCLpor assuntos dos quais têm experiência pessoal, ou po idéias qu conseguem formular; rjarajyjjróprias, nada disso possível parao cidadão médio, matéria de política. E preciso te^aflrmSa^lo los^oria s^oria em peaceitar osfetoscomo eles são,^õrque te^aflrmSa^ rigo manutenção do método democrático, Sartori ainda argumenta que a única maneira de se tentar mudá-los seria pela coação dos apáticos ou pela penalização da minoria ativa, ma nenhum dos dois métodos seria aceitável. aceitável. S artori conclui que a apatia da maioria

"não é culpa de ninguém em particular, particular, e que já é hora de parar de procurar bodes expiatórios" (pp. 87-90). teorias da democracia apresentadas até agora estavam mais preocupadas em mostrar que espécie de teoria é necessária para se considerar os fatos existentes m ter termos mos d atitudes comportamentos políticos políticos e, ao mesmo tem po, em não colocar em perigo os siste ma democráticos vigentes criar expectativas irreais potencialteoria mente desintegradoras. Eckstein, em seu livro Stable D emocracy, 1966), condemocracia estável (A Theory of Stable centra sua atenção, como aponta o título, nas condições ou p ré-requisitos necessários para que um sistema democrático mantenha-se estável no decorrer do tempo. definição de "democracia" utilizada por Eckstein é a do já conhecido sistema político onde as eleições decidem o resultado da competição por políticas poder,11 mas, para esse sistema estável, a forma de governo deve assumir determinado tipo. A "estabilidade" do sistema não se refere tanto à longevidade — que poderia acontecer po "acidente" —, mas à sobrevivência, em função de uma capacidade de ajuste mudança, da realização de aspirações políticas e de fidelidades, fidelidades, mas isso també m implica qu e a tomada de decisões políticas seja efetiva no "sentido básico da própria ação, de qualquer espécie de ação, na busca de objetivos compartilhados ou no ajuste às condições de mudança" (p. 228). Eckstein assinala que um dos aspectos das relações sociais mais óbvios imediatamente ligados comportamento político político oi negligenciado negligenciado pelos textos; isto é, os padrões de autoridade nas relações sociais não-governamentais, dentro da famílias, da escolas, de organizações econômicas econômicas similares... parece razoável que, se há algum aspecto da vida social qu possa afetar diretamente governo, tal aspecto consiste na experiências com autoridade que o ser humano tem em outras esferas da vida, em especial aquelas que moldam sua personalidade aquelas às quais ele devota a maior parte de sua vida (p. 225). 11. Eckstein, 1966, p. 229. Eckstein não contrapõe explicitamente sua teoria em relação à teoria "clássica", no entanto pelo menos uma observação mostra que ele considera teorias anteriores inadequadas. Ele diz que, hoje dia, convém encarar governo dem ocrático ocrático de modo mais pessimista, tomar por base afirmação de que os homens ão democratas naturais, mas com base na combinação "calamitosamente improvável" da condições necessárias (pp. 285-6).

primeira proposição de sua teoria, aplicável a qualquer método de governo, é que "um governo tenderá tenderá a ser estável se o seu padrão de autoridade for eongruente com os outros padrões de autoridade da sociedade da qual faz-parte" (p. 234). Eckstein observa que, nesse contexto, "eongruente" te dqis sentidos, os quais vamos nos referir como o forte e o fraco.- O sentido sentido forte é o de "idêntico", equivalente na terminologia de Eckstein "muita semelhança" p. 234). Este não é o aplicável a uma democracia democracia porque tal situação de congruência sentido aplicável de estruturas de autoridade autoridade ião.seria possível nesse sistema, ou, pelo menos, Traria "a mais,graves conseqüências disfuncionais". Determinadas estruturas de autoridade simplesmente simplesmente não podem ser democrati zadas, como, por exemplo, aquelas nas quais ocorre a socialização dos jovens (família, escola),j)oisrêmbora se "finja" que são democráticas, um füígimento excessivamente realista como esse produziria "seres hu manos deformados "e incompletos"/De modo similar, pode-se "imitar" ou "simular" democracia em organizações econômicas, ma mesmo isso, em exagero, levaria a "conseqüências "conseqüências que ninguém q uer" e, além disso, "certamente sabemos que a organização econômica capitalista até certos tipos depropriedade pública... militam contra democratização das relações econômicas". Portanto, somente aquelas esferas que Eckstein Eckstein assinala assinala como as mais importantes para o com portamento político é que precisam ser necessariamente antidemocráticas (pp. 237-8). O sentido fraco de "congruência "congruência"" é o de "semelhança gradual" — um sentido qu torna "o requisitos dependentes mas não impossíveis de cump rir". Esse sentido não fica inteiramente claro, mas Eckstein afirma que alguns "segmentos" da sociedade sociedade estão mais próximos do governo qu outros, tanto no sentido de serem "adultos" quanto no de serem "políticos". Haveria congruência no sentido fraco se (a) os padrões de autoridade autoridade aumentassem o grau de semelhança semelhança com o governo na medida em que estivessem estivessem m ais "próximos" "próximos" dele, ou (b) se existisse um alto grau de semelhança nos padrões "adjacentes ao governo" e se nos segmentos distantes distantes houvessem se originado originado padrõe funcionalmente apropriados, no sentido de uma imitação real ou ritual do padrão do governo. 12 Aqui parece haver uma dificuldade teórica, pois só se pode atingir estabilidade evitar "tensão" um estado psicológico psicológico 12 (pp. 238-40) (b) é a condição mínima para (o significado de) "congruênc ia"; (a) considero qu isto é o que Eckstein entende por "um padrão gradual numa adequada segmentação da sociedade" sociedade" (p. 239).

um condição social semelhante ao que se entende por "anomia" quando se alcança congruência. tensão pode ser minimizada se existirem existirem muitas oportunidades para que os indivíduos aprendam os especial se as estruturas de padrões democráticos de atuação, autoridade democráticas forem aquelas mais próximas ao governo ou aquelas qu envolvem as elites políticas, isto é, se a congruência no sentido fraco fo atingida. Entretanto, Eckstein já havia dito que é impossível democratizar algumas da estruturas de autoridade mais próximas do governo. Contud o, isso realmente não é um problema para teoria, pois argumento de Eckstein diz que, para um democracia estável, padrão de autoridade governamental deve se tornar congruente com a forma predominante de estrutura de autoridade na sociedade, ou seja, o padrão governamental não precisa ser "puramente" democrático. democrático. Ele precisa conter um "equilíbri "equilíbrioo dos elementos díspares" e revelar um "saudável elemento de autoritarismo". Eckstein tamb ém apresenta mais dua s razões razões p ara existência existência dest último elemento: a primeira faz parte da de finição de "estabilidade", tomada de decisões decisões efetiva só pode ocorrer se esse elemento elemento autoritário estiver presente; e a segunda é psicológica, psicológica, o s homens sentem necessidade de líderes e de lideranças firmes (autoritários) e essa necessidade precisa ser satisfeita para que se mantenha a estabilidade estabilidade sistema (pp. 262-7). do sistema que_rjode_sgr_encarada conclusão da teoria de Eckstein como parad^x^_uma_yezj^ie_se_fratadjjma^oriajda.denio.ciacia é que, para um sistem^jejnwraticp^M¥£/,ja^strutura deautoridadejio governo nacional_não precisa se_r, _neçesgariamente, pelo

meiTOs^dej^d^rpj£O^.^mQcrática.^

Pode se estabeler agora, em linhas gerais, um teoria da democracia comum ao quatro escritores acima, e muitos o utros teóricos teóricos da democracia atuais. De agora em diante passarei referir-me a ela como teoria contemporânea da democracia. Essa teoria, de caráter empírico ou descritivo, concentra-se na operação do sistema político democrático

13. (pp. 254 e segs.) Como Dahl, Eckstein pouco fala respeito do modo como se dá o "treinamento social". Uma vez que a maioria da pessoas não é politicamente muito ativa que, portanto, não estará participando da estruturas de autoridade mais "congruentes" (aquenão-deessa maioria será la "mais próximas" por de mocráticos. Assim, a teoria de Eckstein apoia os argumentos daqueles que salientam os perigos inerentes participação damaioria (não-democrática) para estabilidade do sistema

tomado como um todo baseia-se nos fatos das atitudes e dos comporpolíticos atuais, revelados revelados pela investigação sociológica. sociológica. tamentos políticos essa teoria, teoria, a "democracia" "democracia" vincula-se a um método político político institucionais nível nacional. elemento ou um série de arranjos institucionais democrático democrático caracterís característico tico do m étodo é a com petição entre os líderes líderes (elite) (elite) pelos votos do pov o, em eleições eleições p eriódicas eriódicas e livres. As elei-j ções são cruciais para o m étodo democrático, pois é principalmente principalmente exercer controle sobre os líderes.. através delas que a m aioria pode exercer reação dos líderes às reivindicações reivindicações dos que n ão pertencem à elite elite é segurada em primeiro lugar pela sanção de perda do mandato na eleições; as decisões dos líderes também podem sofrer influências de grupos ativos, que pressionam nos períodos entre as eleições. A "igualdade política", na teoria, refere-se ao sufrágio universal e à existência de igualdade de oportunidades de acesso aos canais de influência sobre os líderes. Knahnej^J^r2ailicipação",-no_que_diz| respeito à maioria, constitui_a_participação na escolha_dagueles^vieJ tomam as decisõesTPÕr conseguinte, função da participação nessa teoria teoria e apenas de proteção; a proteção do indivíduo contra decisões

dos. É na realização desse objetivo qu reside justificação do método democrático. São necessárias necessárias certas condições para conservar a estabilidade estabilidade sistema. O nível de participação participação da m aioria não devgria crescer^ do sistema. acimajio mínimo necessário a fim de manter q método dem ocrático (má(jímnã~êTê1toral^ que^xiste^ajtualmentejias democracias an^lo-amenganas. fato de atitudes não-^mocráticassej^rnj^e^tivamente mais comuns entre os inativos significa que um aumento de particrpaçãq^dos apáticos

nfr quecidocpj quecido cpjisja isjaisoTJül isoTJül^õ^^nõf ^õ^^nõfma maTdõ^etõdíl Tdõ^etõdíldemocráti democráti j) que é mais um das condições necessárias. Embora nã haja exi-

gência de um "caráter "caráter democrático" definido para todos cidadãos, o treinamento social ou socialização necessários ao método democrático podem se dar dentro da estruturas de autoridade existentes, variadas e não-governamentais. Contanto qu haja algum grau de congruência entre estrutura de autoridade do governo e as estruturas não-gov ernamentais próximas próximas a ele, a estabilidade pode ser man tida. Cojnaj)bjejTOu_£ad2ach_(1967,p. 95), esse modelo dejiemp cracia pode ser_yjstp_como_aciuele em que a maioria (nãojslites

obtém teoria contemporânea da democracia conquistou um apoio quase universal entre os teóricos teóricos políticos políticos atuais, mas não ficou inteiramente a salvo das críticas, críticas, ainda que as voz es dos críticos críticos se façam ouvir muito pouco.14 ataque do críticos dirige-se dois pontos principais. Em primeiro lugar, eles eles argumentam que os defensores da teoria da democracia contemporânea nã compreenderam teoria "clássica"; ela não era em essência um teoria descritiva, como eles sugeriam, mais um teoria normativa, "u ensaio de preceitos" (Davis, 1964, p. 39). Examinarei brevemente essa questão. Em segundo lugar, os críticos afirmam que, na revisão da teoria "clássica", os ideais que ela contém foram substituídos po outros; "os revisionistas modificaram fundamentalmente o significado normativo da democracia" (Walker, 1966, p. 286). JáJLcà^^^^^jiue^teoría_ço^^m^^a_ó^SÍSS^^^ como "livre devalores valores", gmo um teoria descritiva. Dahl (1966), de fãtüTfêjêitou explicitamente explicitamente a acusação de que ele havia, juntamente co outros teóricos, produzido um nova teoria normativa. Nesse aspecto, os críticos críticos com preendem melhor natureza da teoria contemporânea do que o próprio Dahl. Taylor (1967) (1967) salienta qu qualquer teoria política destaca do fenômenos considerados aqueles qu precisam ser explicados e os que são relevantes para explicação. Mais do que isso, no entanto, como mostrou Taylor, tal seleção significa que não apenas algumas dimensões são excluídas po serem dimensões que podem cruciais para um outra irrelevantes teoria mas que as dimensões escolhidas escolhidas também sustentam uma posição normativa, um posição implícita na própria teoria. teoria contemporânea da democracia não é uma mera descrição do modo como operam certos certos sistemas sistemas políticos. El implica qu esse é o tipo de sistema qu deveria se valorizado, inclui um série de padrões ou critérios pelos quais um sistema político pode ser considerado "democrático". Não é difícil de constatar qu para os 14. Praticamente qualquer texto recente sobre democracia fornece um exemplo da teoria contemporânea, ma pode-se ver, por exemplo Almond e Verba (1965), Lipset (1960), Mayo (1960), Morris Jones (1954), Milbrath (1965), Plamenatz (1958). Para exemplos de críticas da teoria contemporânea, ve Bachrach (1967), Ba (1965), Davis (1964), Duncan Lukes (1963), Goldschmidt (1966), Rousseas e Farganis (1963) Walker (1966).

teóricos considerados esses padrões são aqueles inerentes inerentes ao sistema democrático anglo-americano existente, e que com o desenvolvimento desse sistema já temos Estado democrático ideal. Berelson, por exemplo, diz que o sistema sistema político político existente (americano) "não apenas funciona so condições as mais difícei complexas, como faz com distinção" (1954, p. 312). Dahl conclui livro introdução à teoria democ rática observando que, embora não tentasse determinar se sistema descrito por ele seria desejável, ainda assim trata-se de um sistema qu permite todos os grupos ativos legítimos serem o uvidos em algum a etapa do processo de tomada de deci sões, "o que já é alguma coisa", e que é também "u sistema relativamente eficiente para reforçar o acordo, encorajar a moderação e manter a paz social" (1956, pp 149-51). Obviamente, um sistema político qu pode enfrentar enfrenta questões difíceis desincumbindo-se delas com distinção, que pode assegurar paz social e de fato assegura, é intrinsecamente desejável._Além disso, ao excluir alguapresentaUuas alternamas dimensões, teoria contemporâneanos apresentaUuas mT^sisíêíílTíÕ^qlããrõrroeres são conlroláveis pelo tHeítórado eleitorado pode^^S^^^tre emTprestar'contas ele, no qual^o eleitoradopode^^S^^^tre quaHssojião os líderes ou eli^e em,cojn^ ocorre ("totalitarismo"). escolha^ rjo^m^é^^p^kjgresentação dás alternativas; podemos escolher entre os líderes em competição, põftãríto sistema qu deveríamos^ter exatamejtíejajjujíjtenios. *~ Dessa forma, os críticos estão certoíTquando afirmam que a teoria contemporânea contemporânea não apenas tem o seu próprio conteúdo normaànglo lo-sa -sa ões ocidentais tivo, ma implica que nós —pelo menos os àng — estamos estamos vivendo no sistema democrático "ideal". Eles estão certos também ao dizerem que o ideal foi rejeitado, na medida em que tal ideal, contido na teoria "clássica", diferiu da realidades existentes. Os^críticosjia^teoria contemporânea concordam amplamente quanto natureza desse ideal. Todos concordam que o máximo de participaçãojor parte de todo^o^pQ^^serij^jejI^ntõ^ceffiãl; de modo mais geral, como coloca Davis (1964), seria ideal do "homem democrático racional, ativo informado" (p. 29). Contudo, embora eles concordem quanto ao conteúdo desse ideal, apenas um dos críticos, críticos, B achrach, toca de leve na questão crucial de saber se os teóricos teóricos d a democracia contem porânea não estavam certos em rejeitar aquele ideal, em função do fatos empíricos disponíveis. Como

assinalam Duncan Lukes (1963, (1963, p. 160), evidência evidência em pírica pírica pode nos levar a m odificar as teorias teorias normativas sob certas circunstâncias, se bem que eles eles acrescentam acrescentam que, no que concerne à modificação do ideal, "é preciso mostrar exatamente como e por que se tornou im provável ou impossível atingi-lo. Isso não foi feito em lugar nenhum". Por outro lado, os críticos críticos da teoria teoria contemporânea também não mostraram como ou por que é possível atingir-se o ideal.15 Talve Sartori esteja certo ao argumentar que é um engano procurar razões para a falta de interesse e de atividade em política por parte da maioria; talvez os teóricos da democracia contemporânea estejam certos ao salientarem salientarem a fragilidade dos sistemas sistemas políticos políticos democrático e "improbabilidade calamitosa" de que a combinação certa de pré-requisitos para a estabilidade ocorra em apenas alguns poucos países, se tanto. O motivo para que a natureza das críticas críticas da teoria da dem ocracia contemporânea seja inconclusiva reside no fato de que também os críticos críticos aceitaram aceitaram a form ulação do problema problema feita por Schumpeter. ter. Eles tendem a aceitar aceitar a caracterização da teoria "clássica" feita pelos escritores qu eles estão criticando e, como eles, tendem apresentar apresentar um modelo composto dessa teoria sem fornecer as fontes de onde ela derivou, ou tendem referir-se indiscriminadamente uma lista bem variada de teóricos. E, um ponto mais importante, eles nã questionam existência dessa teoria, embora discordem quanto a sua natureza. Do que nem os críticos críticos nem os defensores se um m/í o r ~ isso mesmo, le maior probabilidade probabilidade decqmpreender". Assim, encontramos na teoria de Cole um distinção entre existência dos"arranjos institucionais" institucionais" representativos representativos nível nacional e democracia. Para essademocracia, indivíduo deve capaz dejjarticipar em todas as associações que lhe dizem respeito; em ,jé necessária um sociedade participativa. princípio \democratico,_diz Cole, deve se aplicar "não apenas ou principalmente à esfera especial de ação social conhecida como "política", 4. Cole, 1920, p. 114; cf também pp. 104-6. 104-6.

frçrp"'

ma â^qualquer toda forma de ação social/e, em especial, de modo tão integral na jndústria- e na çconomia quanto nos assuntos assuntos políticos," (1920a, p. 12). Ta noção está de fato implícita na "nova filosoIf de grupos" que Cole construiu sobre a base lançada por Rousseau, pois ela busca aplicar as análises de Rousseau a respeito das funções de participação participação para a organização interna de todas associações organizações. F^ara_Cole _rjortarito, como para Mü _a_fimção eju^atiy^_djjartorjacãg_éj:rucial, e ele também enfatiza que os consideradosjsoladaindivíduos jUj^jniütiuçiõejjião_EiQdgm mente, El observa, em Socialismo de guilda restaurado (Guild So cialismRestated), que, e teoria do socialismo deguilda grande parte era uma teoria da instituições, isso nã acontecia porque ela acreditava que a vida dos homens está compreendida em seu mecanismo social, mas porque o mecanismo social, seja bom ou ruim, em harmonia ou em discordância com os desejos instintos humanos, é o meio seja de realizar, seja de entravar, expressão da personalidade humana. S e o ambiente não faz o caráter em um sentido absoluto como pensava Robert Owen, ele dirige e desvia o caráter para formas divergentes de expressão (1920a, p. 25).

Cornojvlill, Cole sustentava que eria apenas pela participação nível local e em associações locais que_o^ indivíduo poderia "apren"apren-

der; democragial', "O indivíduo não tem controle sobre vasto mècã"nismo da política política moderna, nã porque Estado seja m uito grande, grande, ma porque o indivíduo não tem oportunidade alguma de aprender os rudimentos do autogoverno dentro de uma unidade pequena" (1919, p. 157). verdade, Cole quase não levou em consideração as implicações de seus próprios argumentos neste ponto; fato de Estado moderno ser tão grande é um motivo importante para capacitar capacitar o indivíduo participar na áreas políticas"alternativas" da faEõflõqual os escritos de Cole mostram~que ele estava bemconsciente. O^que interessa, no entanto^que na visãojie Cole a indústria fornecia a importantíssima amia_Dara_gue se revelasse efeito edu£atÍTO_d^_pjrticipagão; pois éjQa_indústria_que, excetuando-se o governo, o indiyíduojmais se envolve em relações relações de superioridade fe su

trabaltux_Foi essa a razão para a declaração declaração de Cole de que a resposta qu maioria da pessoas daria pergunta "qual o mal fundamental

em nossa sociedade moderna?" seria errada: "elesresponderiam PO BREZA, quando deveriam responder ESCRAVIDÃO" (1919, p. 34). Os milhões que receberam a alforria, que receberam formalmente os meios de autogoverno, autogoverno, foram na verdade "treinados para subserviência", e esse treinamento deu-se em grande parte durante sua ocupação diária. Cole argumen tava que "o sistema industrial.. industrial.. em grande-par-t grande-par-te-é-a e-é-a-dia -diaKe-para_o Ke-para_o p aradox dajfernoçragia_rjolítica. Por que motivo maioria_êJLQminalmente suprema mas_efetivaporque_as circunstâncias de suas vidas não os acostumam ou preparam parado poder oujpara responsab~ifidS3e. Um sistema servITmfíndústria reflete-se reflete-se inevitavelmente em servidão política" política" (1918, p. 35). penas se o indivíduo indivíduo pudesse se autogovernar no local de trabalho, apenas se indústria fosse "organizada sobre poderia transformar-se em treinamenttrpara a demo cracia indivídÜQ_rjQdg5a ganhafTarniliaridade com os procedimentos em larga escala. Para Cole, assim como para_Rousseaujnãp poJEHOBíSfiOgualdade depõ3ér político semuma substancial de gualdade u maquantidade substancial i, e sua teoria nos oferece algumas interessantes indicações indicações sobre maneira de se alcançar igualdade econômica daquela sociedade ideal de camponeses proprietários de Rousseau na economia democracia_abstrata das urnas" não enmoderna. Segundo Cole "a democracia_abstrata volvia uma igualdade política política real; a igualdade de cidadania implí .52' SfrSSj^SÊiiLis^PÇííâOsSBá-S obscureciajojafõjte

/mocratas teóricos", dizia eíe, gnoravam '^ojfato de que grandesjjesigjualdades deriquezas e deposição social, que resultavamjm_gran.^ dês desigualdades de educ.açãQ._p-0.dgjLgj:ontrpje_dolãmbigntg^.são necessarianj[enleJ:alais^paj^ujl^^ em política ou eni^qualquer outra esfera ".2ff 25. Em todos os escritos de Cole sobre necessidade da sociedade participativa está implícita hipótese de que a participação um efeito integrativo. Isso aflui várias de suas referências "comunidade" e na importância que ele atribui às instituições participativas locais, onde os homenspodem aprender "espírito social". Naesfera industrial esta é base daafirmação de que nova forma de organização levaria cooperação e à camaradagem em uma comunidade de trabalhadores, em vez do conflito habitual. Ver Cole 1920, p. 169, e 1920a p. 45. 6. Cole, 1920a, p. 14; ve também 1913, p. 421.

Um da principais objeções de Cole à orgamzacjíoj^rjitalista da indüstr^ra quj^nej&^tmbal^^ TiãTg^gssglnõdõjrajiegada "humanidade" dojrabalho. nh sistema desocialismo de guild essa humanidade seria inteiramente reconhecida, o que significaria, "acima de tudo, o reconhecimento do direito... igualdade de oportunidade e d posição social" (1918, p. 24). este último aspecto querealmente importa; apenas com a equiparação da posição social poderia haver igualdade de wdõpendênciarã^qValT^como^Yimos partir da discussão_da_teoria_de Rousseau, é crucial para processo de participação. Cole pensava que haveria um avanço no sentido da equiparação de ganhos, sendo que a igualdade final resultaria oV|destruição total da idéia dqg remuneração por tarefa^jQ 920a, 920a, pp. 7 2-3), mas a abolição abolição das diferenÇãiUe posição social desempenha um papel maior em sua teoria. Em parte, isso se daria através c( socialização dos meios deprodu^ jçãç^sob um sistema de socialismo de guilda, porque as classes teriam então que ser abolidas (por definição Cole usa o termo no sentido marxista), no entanto outros dois fatores tinham mais importância (prática).JSob um sistema participativo nã haveria mais um grupo dej'administradores" e um grupo de "homens "homens", ", sendoj ndojjue jue ste nã teriam controle sobre os assuntos da empresa, masjiavmaumgrupo dj^pessoas iguais qu tomaria as decisjes. Em segundo lugar, Core acreditava que a organização participativa da indústria levaria abolição do medo de desemprego do homem comum desse modo^à abj)licãoda^ufra_grande_distincão de posição social: social: a desigualdade^ naseguEanca-de-manutençãojdo_em.prego. Contudo, ainda que a teoria democrática de Cole dependa do estabelecimento estabelecimento dessa igualdade da posição social social na indústria, el era (apesar das críticas críticas de Sch umpeter a respeito) respeito) bem consciente consciente do problema da preservação da liderança sob um tal sistema democrá^ tico, e pensava que o princípio de função fornecia um resposta isso. e representação (liderança) fosse organizada em uma base funcional, então seria possível te "representantes" em vez vez de "delegados". Estes pareciam necessários necessários porqu e, ao que tud o indica, se riam o único meio pelaquaLo eleitorado conseguiria exercer p controle, uma vez que, "assim que os eleitores tivessem exercido direito de voto, sua existência enquanto grupo se eclipsaria até a época em que fosse necessária um nova eleição". associações

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seguem, tempo todo, dar conselhos, criticar criticar e, sejor preciso, destituir representante. Elas têm também um mérito adicional pelo fato dê que '"nlõlipênas representante será escolhido para realizar um trabalho trabalho do qual conhece algum a coisa, coisa, m as será escolhido por quem também conhece algo a respeito". Embo ra Cole considerasse "eficiência material" apenas como um dos objetivos da organização social e política, política, pen sava que uma sociedade participativa seria superior também nesse aspecto. Sob condicões_de segurança £_igualdade econômica. a_m.oíiy.acão-da lucro-— a mqtivayacão de "panância medo'\ — seria substituída pelajnotivacão do trabalho esforços jeriam pjra benefício de toda comunidade. Cole pensava queexistiam grande reservas insuspeitadas de energia e de iniciativa no homem comum que um sistema participativo traria tona; autogoverno era a chave para eficiência. trabalhadores nunca seriam convencidos a dar o melhor de si "sob um sistema que, de 98 qualquer perspectiva moral, absolutamente indefensável". O que mais interessa interessa a nossos propósitos, no plano específico específico de Cole para o autogoverno nas oficinas e em outras esferas, o socialismo de guilda, é que q ue ele ele nos fornece um noção bastante detalhada de como seria uma sociedade participativa. Cole o apresentou em várias versões, porém teoricamente mais pluralista encontrada no Socialismo de guilda restaurado, sobre qual seguinte apresentação, bem breve, se baseia. A estru tura do socialismo socialismo de guilda se organizava, horizontal verticalmente, dos pés à cabeça, e era parti7. Cole, 1920 a, pp. 110-3. Semelhante sistema responderia em parte às objeções freqüentemente levantadas quanto grau de "racionalidade" que um sistema democrático exige dos eleitores. Carpenter (1966) afirmou que Cole Col e era impermeável imp ermeável aos conheciment con hecimentos os de sua época sobre elementos irracionais do comportamento humano. Seja como for, Cole outros teóricos da sociedade participativa adotavam ponto de vista segundo qual "racionalidade" era, menos em parte, adquirida através do processo de participação. 8. Cole, 1919, p. 181, e 1920b, p. 12. Algumas críticas socialismo de guilda de um ponto de vista econômico podem Glass (1966) Pribicevic (1959). encontradas 9. Cole, 1920a Um resumo do desenvolvimento do socialismo de guilda e uma discussão geral de sua teoria (Cole apenas um dos envolvidos) podem encontrados em Glass (1966). Colocou-s Colocou -s questão e plano de Cole teria revelado tão "pluralista" quanto le pretendia. Ele pensava que, uma vez que o socialismo de guilda começasse a tomar forma, Estado "definharia" gradualmente por falta de uma função real, ma argumentou-se que a sua Comuna Nacional, novo órgão "coordenador", iria setornar Estado rebatizado em termos mais essenciais.

cipativa todos os níveis aspectos. estrutura vertical devia de natureza econômica, pois de acordo com os bons princípios funcionalistas funções políticas econômicas deviam separadas na sociedade. Do lado econômico, a produção e o consumo eram também diferenciados.30 O que em geral se considerava considerava como "guil das" na verdade devia ser a unidade da organização no setor da produção. Para esfera econômica Cole também também propunh estabelecimento de cooperativas de consumidores, conselhos de utilidades (para abastecimento de gás, etc.), guildas cívicas para cuidar da saúde, educação, etc., conselhos culturais para "expressar ponto de vista cívico" — e alguns outros corpos ad hoc que poderiam prover necessário m um área específica. oficina deveria ser o "bloco de construção" básico da guilda e, de modo similar unidade básica de cada conselho, entre outras coisas; devia ser pequena bastante para permitir o m áximo de participação de todos. Cada guilda elegeria elegeria representantes para os estágios ma is altos da es trutura vertical, vertical, para as guildas e conselhos locais regionais, e, no nível m ais alto, para o C ongresso de Guildas Industriais (ou o seu equivalente). propósito da estrutura (política) (política) horizontal era dar expressão ao "espírit "espíritoo comu nal da sociedade global". global". Cada cidade cidade ou área rural teria a sua própria comuna, onde unidade básica seria bairro, novamente para permitir máximo de participação do indivíduos, os representantes seriam eleitos partir da guildas demais corpos locais da comuna, com base no bairros. camada horizontal seguinte seria composta por comunas regionais, reunindo a cidade, o campo e as guildas regionais, e no topo estaria a Comuna Nacional que, pensava Cole, seria um corpo de mera coordenação sem se constituir constituir no prolongamento funcional, histórico histórico ou estrutural do Estado existente. prós e os contras mais precisos desse projeto específico nã nos interessa interessa aqu i; como disse o próprio Cole, "os princípios princípios po trás do socialismo socialismo de guilda são bem mais importantes importantes do que as formas efetivas de organização imaginadas pelos socialistas de guilda" 7 ), e é nesses princípios, osprincípios subjacentes teoria (1920c, p. 7), 30. Foi a respeito desta última divisão que Cole divergiu tanto dos coletivistas quanto dos defensores da cooperação, porque nenhum deles admitiu o direito do produtor ao autogoverno, e dos sindicalistas porque eles não admitiam que os consumidores necessitassem de representação especial. um represe

da democracia participativa, e n questão de sua relevância empírica em nossa época qu estamos interessados. grande diferença entre as teorias da democracia discutidas nesse capítulo e as teorias de autores qu chamamos de teóricos do governo representativo dificulta compreensão de como mito de um teoria "clássica" dademocracia da democracia subsistiu por tanto tempo e foi tão vigorosamente difundido. teorias da democracia participativa examinadas aqui nã eram apenas tentativas de prescrição, como se diz freqüentemente; o que elas fazem fornecer fornecer justamente os "plano de ação prescrições específicas" para movimentos no sentido (verdadeiramente) democrática que se sude uma forma de governo (verdadeiramente) geriu estar faltando. Entretanto, as críticas mais estranhas talvez sejam as de que esses teóricos anteriores nã estavam preocupados, como coloca Berelson, com as "formações gerais necessárias para qu instituições (políticas) funcionassem como deviam", e a de qu eles ignoravam sistema político político como um todo em suas obras. @>Está bastante claro que era exatamente co isso qu eles se preocupavam. Embora variável identificada como crucial nessas teorias, para o estabelecimento estabelecimento bem-sucedido e a manutenção de um sistema político democrático — as estruturas de autoridade da esferas nãogovernamentais da sociedade seja exatamente mesma qu Eckstein aponta em sua teoria de uma democracia está estável, vel, as conclusões tiradas pelos teóricos dademocracia mais antigos pelos mais recentes são inteiramente diferentes. A fim de que possa se efetuada um avaliação dessas duas teorias da democracia, estabelecerei agora, brevemente (d modo similar teoria contemporânea da democracia, acima), umajeoria^participatiya da democracia, democracia, retirada da três teorias que acabamosdedS cútir teoria da democracia participativa construída em torno da afirmação central de que os indivíduos suas instituições nã podem se considerados isoladamente. existência de instituiçõesrepresenjjuiyjisjyiívejjiacional não basta para democracia; poisj^mámi Q-de.particip.aç.ãa de todas pessoas.^socMizacão-Qii±tr.einamgnto -socialH,-j)iecisa ocorrer em outras esferas,_de modo que as atitudes qualidadesjsicológicas necessáriaj possamjse desenvoltJiss clèsenvolvimento ocorre por meio do próprio processo processo de participação. A_DrincipaHuncão da particjpaçãojBajteprmja_derno-

sentidojdjy>a]avra, t^jo,na,ajpjcjp_£sjc£lógiç^^u^ntono de aquisiçfe_^IpráticaTZe,Jiabilidade s__e procedimentos democrátÍOTsrpòr isso, não há nenhum problema especial quantõTTestabilidade quantõTTestabilidade de u sistema participativo; ele se auto-sustentapo auto-sustenta po meio do impacto educativo do processo participativo. participação promove desenvolve as próprias qualidades que lhe são necessárias; quanto_riiais_QS_indivá-/ duos_rjarticipam, melhor capacitados eles se tornamjgara_fozê-lo. hipóteses subsidiárias respéitoBãpartl^^^são^deque ejajgmjirn uxi!mTãmtaçãp_de-dee _de-deeis0e is0es^oletivas s^oletivas éfêiETrTfêpãfivo e de que uxi!mTãmtaçãp Em conseqüência, para_c|ue exista uma_JgjTna^e_goyerno_democrática necessária existência de uma so£Íeda^e_pajtkip_aíiy,a0 isto é, umã"s6c1êaade~Õnaé"tõdõs osjiistemas políticos tenhanmdo

ocorrer em todas áreas. área mais importante aôndústriaj maionâ~dõslndivíduos despende grande parte de suas vidas no trabalho

local de trabalho propicia um educação na administração dos asparalelo outros lugares. suntos coletivos, praticamente segundo aspecto da teoria da democracia participativa é que as esferas de atuação, como indústria, poderiam se vistas como esferas de atuação política por excelência, oferecendo áreas de participação adicionais âmbito nacional. Para que os indivíduos exerçapi máximo de controle sobre suas próprias viBas^sobreolmbiente, e^truttErã£aê^int^riidadeTre'gsas^íeasprecisam e^truttErã£aê^int^riidadeTre'gsas^íeas precisam ser organizadas dejtal formajjueeles possam participar na toníaHã^e decilõesTÜma outra razão para o^papeTcentrãl da indústria na teoria relaciona-se com a medida de substancial igualdade econômica exigida para que o indivíduo tenha independência e segurança necessárias para participação (igual); ajlemQcratização das estruturas dejmtoridade dajndústria, ao abolir permanentedistinção entre "administradores" "tomen^^g

essa_condição. teorias da democracia democracia contemporânea participativa podem comparadas cada detalhe importante, inclusive quanto própria caracterização de "democracia" e definição de "político", que na teoria participativa nã está confinado esfera habitual do governo nacional ou local. Novamente, ajegria^participativa, a^"participação cipação"" refe refere re-se -se^_ ^_ participação Jjguai) na tomada de^decisões, "igualdade política" refere-se igualdade dê poder na d termin termin ção

das conseqüências das decisões, um definição bastante diferente daquela fornecida pela teoria contemporânea. Po fim, justificativa para um sistema democrático em uma teoria da democracia partici pativa reside primordialmente no resultados humanos que decorrem do processo participativo. Pode-se caracterizar modelo participativo como aquele onde exige input máximÕ~(ã^^^5âÇãp) inclui não apenas as pQlftica^CdecisõesXm Muitas das críticas feitas à chamada teoria da democracia

"clássica" implicam que basta apenas estabelecer tal teoria para que fique óbvio que ela é irrealista obsoleta. Em relação teoria da democracia participativa isso nã acontece; de fato, la apresenta muitos aspectos querefletem alguns dos principais temas orientações da teoria política e da sociologia política recentes. O fato de ela

ser um modelo de um sistema sistema auto-sustentado po exemplo, poderia torná-la atraente para muitos autores de textos políticos, os quais utilizem tais modelos, implícita ou explicitamente. Ainda, as semelhanças entre a teoria da democracia democracia participativa e teorias teorias de plurageral lismo social recentes ão bastante óbvias, embora estas afirmem qu apenas as associações "secundárias" deveriam fazer mediação entre indivíduo e corpo político nacional, mas não dizem nada sobre a questão das estruturas de autoridade dessas associações. 31 A definição ampla de "político" na teoria participativa também está de acordo com a prática prática na teoria política política e na ciência política modernas. Dahl (1963, p. 6), um dos defensores da teoria da democracia contemporânea discutidos acima, definiu um sistema político como "qualquer padrão persistente de relacionamentos humanos que envolvam, de maneira significativa, poder, governo autoridade". Todos esses elementos fazem com que se estranhe fato de nenhum autor atual da teoria teoria d emocrática demonstrar ter feito um releitura de seus precursore à luz dessas dessas preocupações. Qualquer explicação disso incluiria, se dúvida, um menção crença amplamente difundida de que (embora esses precursores sejam co freqüência taxados de "descritivos") os teóricos políticos "tradicionais", especial os teóricos da democracia, estavam engajados 31. Cf. Eckstein, 1966, p. 191.

nu empreendimento empreendimento já consagrado pelo pelo u so e "carregado de valor" tendo portanto a sua obra, segundo esse ponto de vista, pouco interesse direto para o teórico político moderno, científico. Qualquer que seja verdade desta afirmação, pode-se agora tentar realização da tarefa restante, ou seja, um avaliação do realismo empírico e da viabilidade da teoria da democracia participativa: concepção de uma sociedade participativa é uma fantasia utópica — e uma fantasia tão perigosa assim? A exposição da teoria levanta imediatamente várias questões de importância. Por exemplo, problema da definição de "participa "participação". ção". É claro que, quando a participação direta é possível, a definição é relevante, mas não fica claro té que ponto paradigma daparticipação direta pode repetir condições onde representação está tornando amplamente necessária, embora indivíduo tivesse mais oportunidades de participação cipação política política num a sociedade sociedade participativa. Antes de se dar um resposta à questão, entretanto, entretanto, é preciso analisá-la analisá-la com bastante cuidado. A teoria da democracia participativa participativa se sustenta ou cai por terra de acordo com du as hipóteses: hipóteses: a função educativa da participação e o papel crucial crucial da indústria, indústria, e nossa atenção será concentrada concentrada nisso. ponto principal da discussão na duas teorias da democracia é as estruturas de autoridade industrial podem ser democratizadas, democratizadas, m as, antes que tal questão possa ser enfrentada, um outra ainda m ais básica deve ser colocada. ]Nto próximo capítulp^começaremos capítulp^começaremos por verifícarje existe alguma evidência qu su£tejUe^h'gaçãQ_§ugerida entre a partici-

SENTIDO EFICÁCIA POLÍTICA E PARTICIPAÇÃO NO LOCAL DE TRABALH

Ambas as teorias da democracia, contemporânea e participativa, incluem o argum ento de que os indivíduos deveriam deveriam recebe alguma espécie de "treinamento" em democracia, não limitado ao processo político nacional. nacional. Contudo, defensores da teoria contemporânea como Dahl ou Eckstein fornecem poucas indicações indicações respeito de como se daria esse treinamento. E há algo dej)aradoxal_enLghadej)aradoxal_enLghaar de socializaçã socializaçãoo um treinamento explícitpjsmjfemocrac/a explícitpjsmjfemocrac/a dentro ""das organizações a s j s p c i a ç õ e S j ^ ^ jna^ria ^a^qu.aisj^rjrincipalmente as indústria&Xé_oligárquica e hierárquica. O argumento da teoria da democracia participativa, participativa, cie que a educação para democracia (que ocorre dentro do processo participativo em estruturas de autoridade não-governamentais) requer que as estruturas sejam democratizadas, parece be mais plausível (embora Sartori tenha afirmado que não se comprovou que alguém "aprende a votar, votando"). Antes de examinar se há alguma evidência empírica para apoiar conexão sugerida entre participação no local de trabalho e a participação na esfera política mais am pla, exist um questão anterior, que é saber como pode ocorrer essa conexão. Novamente, há um terreno comum entre as duas teorias: ambas apontam para fatores psicológicos no desempenho de um papel de mediação. Ateoria_dj_democracia participativa afirmajnie a experiência da participação, dealgum modo, torna indivíduo psicologicamente psicologicamente melhor equiparado para p articipa aindlTmlis rio~füluro. E~ãlgumas evidências interessantes em apoio ao argumento podem ser encontradas em recentes recentes estudos em píricos sobre socialização participação política.

John Stuart Mill sustentava que um caráte "ativo" resultaria da participação, e Cole sugeria que seria favorecido o que podemos chamar de caráter "não-servü", e é possível dar a essas noções algum conteúdo empíric útil._Se alguémjuiser se autogoveniâr^dig-aflflos, nnjocal_de trabalho, então ceitamejite_jgrâo_jie^essjrias_algumas qualidadesjjsicglógicas. Por_exejrnplo,^ convicção de que alguém pode se autogOTejrnjjr^grtarnente rjar^e^^gjrcojifiança^ria_rjrópria c^^^^^^-Ç^^KISSSSMã^sLê^íêtí^S.menteede controlar pjgpria_yida_ejL3Plbieiite^Estas não são características que podem ser associadas co caracteres de "servilidade" ou "passividade", e é razoável sugerir que a aquisição de semelhante confiança e os outros atributos mencionados fazem parte, ao menos, daq uilo que os teóricos da sociedade sociedade participativa vêem com o os benefícios psicológicos psicológicos que resultariam dessa participação. Também se poderiam encarar estas qualidades como parte do famoso "caráter democrático". Entretanto, uma das correlações correlações positivas mais im portantes que emergiram das investigações empíricas sobre comportamentos e atitudes políticas é que se esfãglêceu^htre^participação e que~se có^ sentido_de^Qmpetênnhece corno_o_senti3Q_de eficácig^polftiçajaj o sentido_de^Qmpetên^cja_golítica. Isso foi descrito descrito como o sentimento de que "a ação política do indivíduo tem, ou pode ter, um impacto sobre o processo político, ou seja, vale a pena cumprir alguns deveres cívicos" (Campbell etalii, 1954, p. 187). pessoas com o senso de eficácia política têm mais probabilidade de participar de política do que aquelas que carecem desse sentimento, e se descobriu também que subjacente ao senso de eficácia eficácia política política está uma sensação geral de eficiência pessoal, que envolve auto confian ça na relação relação do sujeito com o mundo. "As pessoas que se sentem mais eficientes em suas tarefas e desafios cotidianos têm mais probabilidade de participar em política" Almond Verba disseram que "de muitas maneiras... a convicção na própria competência é uma atitude política decisiva" (1965, pp 206-7). _ _ pjítiça^daqui por diante, será visto co mo um a interpretação interpretação operaÇ.ÍPJM-SU,_peio_rnenos,_parte do efeito pjisojógjco_a_gu^je_r£ferejru òs_^ricos_da^democracia participativa. A ques tão que agora se co1. Milbrath, 1965, p. 59. Para um resumo da descobertas relativas Milbrath, pp. 56-60, Lane 1959, pp. 147 e segs.

eficácia política, ve

loca verificar se existe algu ma evidência qu sugira que a participação em esferas não-governamentais, em particular na indústria, seja de importância significativa no desenvolvimento desse sentimento. sentimento. fonte de evidências mais interessante importante é livro de Almond Verba cultura cívica (The C ivi Culture). Trata-se de um estudo intercultural de atitudes comportamentos políticos abrangendo cinco países, os Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha, Itália e o México, e uma grande parte do livro se ocupa co senso de competência política e seu desenvolvimento. Descobriram os autores que, nos cinco países, mantinha-se um relação positiva entre o senso de eficiência política política e de participação política, política, ainda que,l o senso de competência fosse mais acentuado a nível local do que na-i! cional. Descobriu-se tam bém que o grau de competência era maior nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, países países onde existiam existiam maiores oportunidades institucionais institucionais p ara a participação política local. Isso reforça o argum ento de Mill sobre a importância das instituições políticas locais como um campo de treinamento para democracia e, de fato, os próprios autores do estudo observam que esses fatos fornecem favor dacláss ica posiçã de que aparticipação um argumento da clássica a participação política nível local tem um papel fundamental no desenvolvimento de uma cidadã: nia_corngetente. Como sustentaram vários escritores, governo local pode funcionar como um campo de treinamento para competência política. Onde governo local permite participação, le pode estimular wn senso decompetência queentão projeta nível nacional (p 145).

Qs_aytores também investigaram os efeitos da participacão_£rrLorganizagões voluntárias descobriram que, no cinco países, senso de eficiência política era maior_gnfrejgs menTbros_da_organização do que entre os quejrtão eram membros, e erajnais_altp,ainda entre os s^mii^ejn particular á foi mencionado que a teoria de democracia participativãTern similaridades co argumentos recentes sobre pluralismo social Almond e Verba concluem em seu capítulo a respeito da participação participação em uma organização dizendo que "o pluralismo, mesmo não sendo explicitamente político, pode ser, de fato, um dos fundamentos mais 2. Almond

Verba, 1965, pp. 140 e segs segs., e tabelas VI, l e VI, 2

importantes da democracia política" (p. 265). De modo geral, as recentes pesquisas sobre socialização política mostraram que os teóricos da democracia participativa caminhavam em solo firme ao declararem clararem que o indivíduo, a partir de suas experiências experiências com estruturas de autoridade não-governamentais, teria a tendência de ampliá-las esfera mais ampla da política nacional. Como Eckstein em seu livro examinado anteriormente, Almond Verba apontam para essas estruturas de autoridade como a variável mais importante" importante" e argumentam que se na maioria das situações sociais o indivíduo se acha subserviente a alguma figura de autoridade, provável que ele espere um relação de autoridade como essa na esfera política. Po outro lado, se fora da esfera política ele dispõe de oportunidades de participar de um amplo leque de decisões sociais, provavelmente esperará ser capaz de participar do mesmo modo das decisões decisões políticas. Além disso, a participação na tomada de decisões não-políticas pode dar-lhe a destreza necessária para se engajar na participação política (pp. 271-2).

lmond e V erba sustentam que as experiências experiências adultas são fundamentais nesse processo de socialização socialização política, política, porém, pes quisas mais recente e e especial a d Easton (e associados) associados) centraram -se nos anos da primeira infância como sendo de fundamental importância na formação do comportamentos e das atitudes políticas políticas posteriores. Entretanto, ainda que os dados apresentados em Crianças no sistema p olítico olítico (Children in th Political System, Easton e Dennis, 1969) mostrem que o aprendizado especificamente político de fato se dê na primeira infância, ainda qu possa ser verdade que tal aprendizado ajude estabelecer um reserva de "apoio difuso" autoridade política como tal, os dados nã chegam estabelecer um conexão entre os comportamentos ou atitudes políticas específicas do adulto e o tipo particular de aprendizado infantil do qual trata o livro (ou seja, que as crianças crianças aprendem a atribuir um sentido, e a se relacionar com a autoridade política em grande parte po meio da personalidades do presidente da República e dos policiais). De fato, muitas das observações dos próprios autores põem em dúvida, em última análise, a importância de tal aprendizado infantil. Observam eles que, "surpreendentemente, mesmo em uma época influenciada po preconceitos freudianos, efeito da experiências infantis sobre comportamento adulto ainda discutível" (p. 75) e que os pais

tendem a proteger seus filhos das realidades da vida política. bastante significativo que as atitudes das crianças mais velhas difiram da atitudes da crianças mais novas, sob o impacto da crescente (realista) experiência do mundo; na verdade, os próprios autores en fatizam a importância desta últim a experiência experiência para socializa socialização ção política, dizem que "a socialização socialização secun dária, durante período qu se segue à infância, pode, sob certas circunstâncias, conduzir para um direção oposta... cujo resultado depende de forma nítida das situações" p. 310). Sugerir qu devemos observar estas experiências experiências adultas não é a mesma coisa que dizer que a infância não tem importância na socialização política experiências posteriores podem muito be reforçar atitudes que começaram a se desenvolver desde cedo. Este ponto tem relevância direta para problema do desenvolvimento da sensação de eficiência política entre as crianças, qu Easton Dennis também pesquisaram, embora nã estivessem preocupados, como Almond Verba, com a questão de por que alguns indivíduos se sentem politicamente politicamente m ais eficientes do que outros, mas sim em descobrir se as política. P orém, de novo, essa crianças aceitam norma da eficiência política. abordagem não nos diz nada sobre as atitudes atitudes políticas dos adu ltos. qu chama mais atenção nesses estudos de eficiência política é que os diferentes níveis estão vinculados ao status sócio-econômico; os indivíduos de baixo status sócio-econômico tendem a ter uma sensação de eficiência política política baixa (e a participar menos). Essa correlação entre classes níveis de eficiência eficiência tam bém válida para as crianças, Easton e Dennis sustentam que os níveis de eficiência medidos nas crianças refletem, na verdade, visão qu porJarnentfiL£lõs_pais, 967rpT31)Dessa forma, ainda temos que dar conta da diferença do adultos nesse sentido, e não adianta dizer que é apenas o resultado de su própria infância... área na qual uma tal explicação pode ser feita já foi indicada nas experiências dos indivíduos com estruturas de autoridade não-go3. Pp. 357-78. Ver também Greenstein, 1965, p. 45, e Orren e Peterson, 1967. As descobertas de Easton e Dennis também são provavelmente vinculadas à cultura, um fato que eles mesmos reconhecem (ver por exemplo Jaros et alii, 1968). 4. É um raciocínio curioso (Easton Dennis, 1967, p. 38) dizer que, durante infância, qu e devemos devemos ter voz na vontade von tade do governo, go verno, em si, ajuda "internalização" de uma norma que diga que contrabalançar a frustração que sentiremos mais tarde ao descobrirmos que as aparentes mais provável prová vel que qu e ela tivesse oefeito oposto. oportunidades de realizarmos isso ão ilusórias. Seria mais

vernamentais, e esta pesquisa pode nos fornecer uma explicação das diferenças entre as crianças e o adultos. Almond e Verba descobriram descobriram que as oportunidades (rememoradas) de participar na família e na escola relacionavam-se relacionavam-se com uma pontuação b em alta na escala da competência política nos cinco países, sendo de particular importância o impacto das oportunidades no nível da educação superior. Sãoascrianças de classe média que tendemjuipresentar a pontuação mais alta na escal de eficiência^_sabemos_C[ue as famílias de classe média têmjnaior probajid^b_dj_Bropjgircionar a seus filhos um^estru1ü^^ê~ãiitõridadè' faniiHar^articipatiYj,^ Já as7àm3ín^dãTülasses"tfãbalHãdo as7àm3ín^dãTülasses"tfãbalHãdoras ras tendem "TTséTmais "autoritárias "autoritárias"" ou a exibir um pad rão de autoridade sem consistência. Uma vez que as crianças de classe média também têm mais possibilidades de receber_educaçã receber_educaçãoo superior, começamos perceber o i ão. Porém, apesar dessas diferenças evidentes já na infância, ponto de vista de Almond e Verba é de que as experiências experiências adultas são essenciais. Co base em dados do cinco diferentes países, eles concluem que "em um sistema social relativamente moderno diversificado, socialização na família e, em menor proporção, na escola, representa um treinamento inadequado para a participação política" (p. 305). oportunidades para "participar na decisões^jip próprio local ^ _ . , _ desenvolvimeníCLdg_jejT^cãgjfe_eficiênci desenvolvimeníCLdg_jejT^cãgjfe_eficiênciapglffea. apglffea. "A estrutura de autoridade no local de trabalho é provavelmente a mais significativa — notória — estrutura esta com a qual homem médio se encontra em contato diário" (p. 294). verdade, as experiências com os diferentes tipos de estrutura de autoridade no local de trabalho, por parte dos adultos, podem também nos fornecer uma explicação a respeito dos diferentes níveis de Almond Verba, pp. 284 e segs., quadros XI. 4 e XI. 5. Easton Dennis, 1967, Greenstein 1965 pp. 90 e segs Para um relato adequado das diferenças de d e classenos padrões de educação das crianças na Inglaterra, ve Klein, 1965, vol. H Outro fator decisivo nessas modernas escolas maioria, por p or crianças de baixo nível sócio-econômico) é que q ue em geral secundárias (freqüentadas, na maioria, funcionavam com o método que se chamava de "treinamento de sargentos", e isso permitia pouco deste tipo de espaço para que a criança tomasse decisões sobre qualquer assunto. Para um modelo deste escola ve Webb, 1962. Um dado interessanteé que a diferença nos níveis de eficiência política entre as classesé classes é menor naNoruega do que nos Estados Unidos, e uma dasexplicações das explicaçõespropostas propostas refere-se estrutura d iferent dos partidos políticos nos dois países: na Noruega eles ão "polarizados termos declasse", portanto, oferecem um maior número de oportunidades para as pessoas de baixa condição sócio-econômica participarem. Ve Rokkan Campbell, 1960, Alford, 1964.

eficiência política política encontrados nas crianças. Uma das explicações explicações ofe recidas recidas a propósito da diferença de classe classe na educação das crianças é o efeito das ocupações de baixo status dos pais; "pais cujo trabalho IfiêsA proporciona pouca autonomia, e que são controlados por outros, sem l por sua vez exercerem controle algum, são mais agressivos severos'] (Cotgrove, 1967, p. 57), oujsejajílejniãoj3n^^ cipativo em casa. Sem dúvida, as experiências do trabalho afetam desenvolvimento de um sentimento de eficiência política nos adultos^ Almond Verba perguntaram aos entrevistados se eles_eram_consultados respeito das decisões tomadas no trabajho^jté^que^orito^lesje efetiva«SJtSniHl^r^ jrLente.faziam.queixas. Em todos os países, as oportunidades de particr^ yí par foram positivamente relacionadas com um sentimento de competência política, e, também, como seria de se esperar, quanto maior o oportunidades era relatado. status do entrevistado, maior núm ero de oportunidades Também se viu que a participação tinha efeito cumulativo: quanto maior número "dê~areas em jjuej3 indivíduo participava, mãiÕFtehdia a ser a sua pontuação na escala de eficiência política. iaYâcwm^ãe^ÕpÕfíwMaVê^yê^á^Tcí^çaõ^^ÍQ Já notamos qu ocorrer mais entre os indivíduos de alta condição sócio-econômica. / Nojndamej^ger a^as_cj^ cão sócio-econômica infejlOTj|u^ p^^^^^^esjec^n^fltejaojoc^d-ejrjbajhp. Já_fazquase parte JgííSiSlgJg^gPEâSâgJ ,^11 indivíduo de baixõ^tatüTsocw^êconôrrdoojque ele tenha pouca margem para exercícj^dajrnciativa ou d^c9ntrole^bTé"^~sBrtr^b^m^^^oDre ^s condições de trabalho, qu ele não participe participe 3ã~íomadã~3ê~a 3ã~íomadã~3ê~a êcisoês ^Êrêmpresa^TrecêSa iHslrü^^s~s'ObTéTyT[u^ inilhante situação" levar ia'a sentiment sentimentos os de mêlícienciFq^^eriarn reforçados pela falta de oportunidades~de participar, participar, que levariam levariam um sensação de ineficiência... e assim por diante. Um efeito desse tipo foi enfatizado em um artigo de .alguns anos atrás de Knupfer, intitulado "Retrato do pobre-diabo" ("Portrait of the Underdog"). Ele sustentava ali que os diferentejiyisjjgcJxjsjla^OT nôjmGajojanajr^urn.^írcu^^

quadro XI . 6. 6. Almond e Verba, 1965, pp. 280-3, quadro XI. 3, e pp. 294-7, quadro quadros XI. 7 e XI. 8. Esse resultado resultado não nã o vale para o México. 7. Almond e Verba, pp. 297-9, quadros

"TI

o que lhe é de direito'". autor enfatiza importância do fatores psicológicos neste processo sugere que a falta de esforço para controlar seu ambiente (comumente encontrada nos grupos de baixa condição sócio-econômica) pode dever-se a "hábitos profundamente arraigados de só fazer o que lhe mandam". A desvantageniegonômicajigacse então à desvantagem psicológica engendra/!yma,falta-.de autocQnTíãngãjjue,jmmênta ^n^^^^d^^^^^d^b^xojtjatus^de lassejnédia, muito além do que seria um retraimento realista adaptado às poucas oportunidades desetornar eficiente" (1954, p. 263). ""Rn apresentada, agora,j^evidência para apoiar aTgumgntojla [teoria da democracia participativa de que a participação emj^trajturas delmtondade não-governamentais éüêcèssafia para alimentar desenvôTvêT^qúaüdãdés psicológicáT(õ~s^ntÍmento d^^cjência^polificl) r^^^^^j^a^ajg^i^^ç^â^/el^^^^mn^. TjrnbJriLfQÍ-CÍtada^_ evidência Darajpoiar o argumento de_que_ajndústria é esfera mais importante paraj[ue ocorra essa participação, isso no fornece base para uma r»sjíyel_exp]íçaçãoide,ppr^que^oj^feixo^niwisWe^aência terrP maiarpjgbabiUdadeJe seremjncqntradps entre os grupos de baixa condição sócjo^on&niça. .Examinaremos, agora, mais algumas evidências empíricas propósito do efeito que os diferentes tipos de estrutura de perspectivas dos indivíduos./ autoridade industrial têm sobre as atitudes e perspectivas Ultimamente tem havido um considerável interesse sobre efeito que os diferentes tipos de estruturas de autoridade e as diferentes tecnologias têm sobre aqueles que trabalham com elas. Do mesmo modo que o trabalhador de baixo status sócio-econômico, numa estrutura de autoridade hierárquica, está em uma posição de permanente subordinação, assim, em relação relação a algumas tecno tecnologi logias, as, ele pode ser subordinado também às exigências externas do processo técnico. Um ilustração de interesse efeito que certos tipos de processo industrial tinham 8. tin ham em seus empregados foi comentado por p or Adam Smith: escreveu ele, "no progresso da divisão do trabalho, o emprego... da grande maioria da algumas poucas operações simples; freqüentemente a uma ou pessoas acaba se restringindo duas.Porém, o entendimento da grande maioria dos homens necessariamente formado por suas ocupações comuns. homem quepassa vida inteira realizando algumas poucas operações simples cujos efeitos são, talvez, sempre os mesmos.. não tem ocasião para exercer seu entendimento ou para exercitar sua inventividade encontrando expedientes para remover dificuldades que não ocorrem amais. geral se toma tão estúpido ignorante Ele naturalmente perde portanto, o hábito de tal exercício e quanto possível para criatura humana (ele formar qualquer juízo usto diga respeito mesmo a muitas da tarefas comuns da vida privada Ele é inteiramente incapaz de discernimento sobre os maiores e mais amplosinteres i nteressesdo d o se país". Smith, 1880, vol. U, pp. 365-6.

esse respeito pode ser encontrada no estudo com parativo de Blauner de quatro diferentes situações situações de trabalho. Em Alienação liberdade (Alienation an Freedom, 1964), BJauner analisava as indústrias (norteamericanas) gráfica, têxtil, automobilística química, onde relação dos trabalhadores comuns com a divisão do trabalho, a organização organização do trabalho e processo técnico variava bastante, assim como impacto desses fatores sobre os trabalhadores. pVgejnas,algumas,situaçõe,s de tramostraram^ex m^exojr^ííveis ojr^ííveis^om-o ^om-o^s ^s^nvo ^nvolvi lvimentg^as mentg^as caractebalho, mostrara rísticas rísticas psicológicas,que. psicológicas,que. nos interessam, os sentimentos,,de,cpnfiança de eficiência pessoal subjacentes ao,,sentinientode eficiência política. Tais condições não estavam presentes na indústria automobilística ou na têxtil. "O ambiente de trabalho na indústria automobilística racionalizado em grau tão elevado que os trabalhadores praticamente não têm oportunidade de resolver problemas e d contribuir com suas próprias idéias", e na Unha de montagem propriamente dita operário não tem controle sobre o ritmo ou a técnica do seu trabalho, nenhum espaço para exercer sua habilidade ou liderança (pp. 98 111-3)./ Essa tecnologia, tecnologia, ju ntamen te com a estrutura de autoridade característ característica ica de uma Unha de montagem de automóveis, pouco contribui para o sens de auto-estima, e a "personaUdade social do trabalhador automobilístico... expressa-se em uma atitude característica de cinismo em rela.ção autoridade e aos sistemas institucionais" (p 178). situação na indústria têxtil têxtil levava ainda menos ao desenvolvimento de sentimensentimentos de eficiência pessoal. Neste caso, não apenas processo técnico reduz ao mínimo controle do trabalhador sobre o seu trabalho, como também deixa "à mercê tanto dos supervisores menos graduados quanto dos mais graduados". Blauner cita um estudo psicológico psicológico feito sobre têxteis e que descrevia personaüdade típica do tecelão como coube... mais dependente do que de alguém "resignado com o que lhe coube... independente... falta-lhe confiança em si mesmo... humilde... os sentimentos qu mais prevalecem... prevalecem... parecem ser o medo e a ansiedade" (pp. 69-70 80). contraste entre essas duas indústrias e as indústrias gráfica e química era marcante. Na indústria gráfica, ainda em grande! medida artesanal, o trabalhador tem uni alto grau de controle sobre seul trabalho, tem elevados elevados padrões internalizados, internalizados, de destreza e responsabW lidade, e uma dose muito grande de liberdade em relação ao controle externo. Todos esses fatores contribuem, diz Blauner, para um a "perso^ nalidade social caracterizada por... um forte senso de individualismo

esfera mai de autonomia, e por uma sólida aceitação da cidadania na esfera ampla da sociedade. [O gráfico]... tem um sentimento de auto-estima desenvolvido e a sens sensação ação de d e que é útil, úti l, por p or isso isso está pronto pronto altamente desenvolvido

a partici participar par das das institu instituições ições sociais sociais epolític polí tic s da d a comunid de" (pp. (pp . 176 e 43 e s gs.). Um resultado resultado similar similar foi encontrado na indú i ndústr stria ia química, contudo, neste caso não era devido ao alto grau de controle sobre o trabalho trabalho e às condiç con dições ões e ercidas cidas pelos artes artesãos ãos isolados, mas mas à responresponsabilidade coletiva de um grupo de empregados para a manutenção e a uniformidade de um processo fabril contínuo. Cada grupo tinha controle sobre ritmo e método para realizar trabalho, e os grupos de trabalho eram em grande parte autodisciplinados autodisciplinados inter int ername namente. nte. Assim Assim como na indústria gráfica, essa situação de trabalho contribuía para sentimentos deauto-estima e deautovalorização deautovalorização (pp. 132e segs., 179 e 159). BkmCTcp^dmujuej^nato^zado trabalh£jd£ju^h^omeinafeta personalidade dade sociais^, e que um ambiente industrial industrial ende seu caráter epersonali ocial distinto". geraram tipo ocial Õ impacto das estruturas de auto autoridade ridade hierárquicas hierárquic as eda subd subdiivisão do trabalho sobre a personalid personalidade ade também também recebeu recebeu a atenção atenção de autores da áreas de organização e de administração, queabordam questão do ponto devista de vistada da eficiência da organização. Para tanto, costuma-s costuma-se e argumentar argum entarque qu e é necessária uma estrut estrutura ura de auto autoridade ridade e uma organização do trabalho que não prejudiquem "saúde mental", eficiência psicológica do empregado. Argyris, por exemplo, com base em dois modelos, um da organização hierárquica (burocrática) e outro do indivíd ind ivíduo uo psicol psicologicame ogicamente nte saudáv saudável, el, sustentou sustentou qu a forma típica de estrutura de autoridade da indústria moderna não consegue suprir as necessidades de auto-estima, de autoconfiança, de crescimento do indivíduo, e para apoiar seu argumento situacitou farto material empírico./Isso não afeta apenas as pessoas situadas na base da estrutura. As "normas organizacionais", organizacionais", diz Argyris, forçam o executiv executivo o a ocultar ocu ltar s us sentimentos, sentimentos, o que q ue lhe dificul di ficulta ta desenvolvimento da competência e da confiança nos relacionamentos interpessoais, dos quais depende administração eficiente, e faz com que qu e não queira assumir riscos. Isso tende aumentar "rigidez" da organização, comefeito efeitos s deletérios sobre mais baixo esca9. Blauner, 1964, pp. VIIT 166. Evidências similares sobre efeito dos diferentes ambientes de trabalho sobre as atitudes políticaspodem ser encontrados em Lipsitz, 1964.

lão.10 Tipicamente, o trabalhador de escalão inferior na indústria moderna vê-se num ambiente de trabalho onde ele pode fazer uso de poucas habilidades, e exercer pouca pouc a ou nenhuma nenhuma iniciativa ou controle sobre o seu trabalh trabalho. o. Isso Isso pode po de levá-lo experimentar "uma sensação de perda de autocontrole e de responsabilidade", e efeito cumulativo cumul ativo dura du rante nte um período período pode p ode vir a "influenciar a visão visão que q ue o empregado tem de si mesmo, sua auto-estima... sua satisfação na vida, e, de fato, seus valores quanto ao significado do trabalho". Argyris espe especula cula sobre apossibi possibilid lidade ade de esse esses estados estados psicol p sicológic ógicos os sevinc vi ncuularem à falta de interesse e de atividade em política, mas não investiga pect o (1964, (1964, pp. 4 87-8). propriamente esse aspecto Parececlaraajartk desses indfcios quej)argumento dateoriada dateoriada democrac^rjarticjrMwa^ vantes) dojndiyjduo^ep^deiQ^ dlTsliu ambjerüe^ejttabj^ 'cffiSTo^«enyqlvimento um senso de eficiência pojtfticã parece Sêperíder do fato de sua situação àe trabalho lhe proporcionar alguma perspêctivíde participar das tomadas de decisões. Se for assim, assim, então empírica da d a teoria teoria da d a democracia par p artic ticipaipano què'cóncémé à validade empírica ser até que que ponto pon to é realme realmente nte possível tiva, o ponto fundamental passa a ser que indústria seja organizada em linhas par p artic ticipativ ipativas as É com essa que estare staremos mos lidando li dando a partir desse desse ponto pon to questão que Existe uma quantidade considerável de informações disponíveis, div ersa sas fontes font es,, sobre a democracia industrial ind ustrial e particip partic ipação ação no no local loc al de diver de trabalho; com efeito, o termo "participação" esteve um tanto em administração nistração ssuntos unto s congêcon gêvoga entre autores que falavam sobre admi no no neres, últim úl timos os anos. Nenhu N enhuma maparte desse desse materia material,l, entanto, foi considerada pelos defensore defensores s da teoria da democra d emocraci cia a cont c ontemporân emporânea ea que dizia não ser possível democratiz d emocratizar ar as nem mesmo por Eckstein que estruturas de autoridade da ind indústria ústria.. Até o pre p resente momento, em nossa discussão da teoria da democracia participativa, utilizamos os termos "participação" e "democracia" pratic praticame amente como c omo sinônimos, 10. Argyris, 1957 1964. Este argumento, claro, cl aro, assemelha-se assemelha-se ao de Merton, em seu bem conhecido ensaio sobre Estrutura burocrática personalidade (Bureaucratic Structure an Personality}, onde ele diz que, com o crescimento das formas burocráticas de organização, "torna-se claro, para quem quisesse ver, fato de que, de modo ponderável, o homem é controlado por sua relação social com os instrumentos de produção. Isto não podemais ser visto apenas como um dogma do marxismo, mas como um fato evidente que todos devem saber". Isso leva, sustenta le ao desvio de objetivos, à timidez, ao ritualismo, à impessoalidade e assim por diante. Merton, 1957.

desse mod que são empregados nama ior parte da bibliografia sobre na maior administração, que iremos rever. Este uso é errôneo, mas a questão da relação precisa ent entre re os dois, dois, ou melhor, melhor, da relação entre a democracia a participação pode tomar, precisa industrial e várias formas que aparticipação deixada de lado té que o material material empírico empírico tenha tenha sido examinado; na verdade, verdade, tal relação mostra mostra-se -se consid consider eravelmente lmente mais compli comp licada cada do que em geral supõe. Outro Out ro problema corr co rrela elato, to, que também será consider con siderado, diz d iz respeito respeito a como os efe efeit itos os psicol psicológico ógicos s da participação tic ipação no local de trabalho relacionam com as diferentes formas de participação e com a democracia industrial, Antes que se inicie exame do materia materiall empírico preciso considerar rapidamente uma objeção que tornaria todas considerações descabidas. Embora tenha-se mostrado que a participação no local de trabalho importante imp ortante par participação política mais ampla, ampla, poder-s poder-seeobjetar qu , não n ão obstante, obstante, ela não tem uma importância importânc ia c ntral, ntral, pois, |i objetar dia, cada ve mais, lazer constitui parte mais mais importante importante fhoje da vida do trabalhador e esfera da qual le espera, pode, receber, satisfações psicológicas. autores qu sustentam importância funil damental do lazer na vida do trabalhador de baixo escalão de hoje apontam apont am para para fato de que muitos trabalhadores, particular os bracais, tendem encarar trabalho como algo que possui valor meramente instrumental instrumental e a conc co ncentra entrarr suas suas aspira aspirações no lazer. lazer. Assim, Assim, poderpoderse-ia sugerir, sugerir, p por or extensão extensão desse desse argumento rgumento,, que q ue o laze lazerr pode po de fornecer um substitut substit utivo ivo para o trabalho trabalho no n o que q ue diz respeito speito ao dese desenvolvimento nvol vimento do senso de eficiência política11 Contudo, o argumento argumento coloca dificuldadificul dade consideráveis, f Primeiramente, mesmo e trabalho trabalho pud sse sse substitui substit ui lazer democracia participativa sgngjhante ,aütode jnslrumentalpoderia 11 Jjoponto de vista da teoria da democraciaparticipativa considerada umaSaicação de que o Irabalhãd Irabalhãdornãoestar ornãoestaria ia operando numjmbiente jarticjgaáyp. Sena._ de esperarqúétãlWffienSprõpiciasseumaavaliàçã^jllpljeífi termos defatores intrínsecos, int rínsecos, e n^ffi^Üõ^baeflciôlgi^lôfi^gign^^íOKratãçSj^ie Argyris, acima foi sugerido sugerido que q ue certos certos ambientesdê trabalKo poderia pod eriam levar o empregado a reavaliar o próprio rabalho, lho , e argumentos rgumento sanálogos sobre a situação d trabalho que levam à reavaliação do mesmo sob uma ótica instrumental podem ser encontrados, por exemplo, em Oiinoy (1955) e em Lipsitz (1964). Em um livro recente sobre os trabalhadores automobilísticos automobil ísticos da Vauxhall sustenta-se que uma atitude instrumental muito mais transposta parao trabalho t rabalho do que des d esenvolvida envolvi da lá. No entanto, asobservações feitas sobre as crescentes pressões sociais soci ais sobre sobre o trabalhador isolado para que considere co nsidere se trabalho sob uma luz nstrumental não livro estrutura de autoridadeda fabrica decarros, nem dão qualquer ndicação seas atitudesdos rabalhadores em relação ao trabalho se modificaram enquanto estavam naVauxhall Goldthorpeet Goldthorpe et ala (1968).

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nesse nesse aspecto, specto, ele res resultar ult aria, ia, como c omo mostrou Blauner B launer (1964), (1964), numa nu ma diferença rença fundamental: "a divisão di visão da socieda sociedade de num nu m segmento segmento de consumicon sumique são são criativ c riativos os em seus seus momentos momento s de lazer, lazer, mas realizam lizam um dores que trabalho sem senti sentido, do, e em em out o utro ro segmento capaz de auto-reali auto-realização zação em esferas d vida" (p. 184). Isto pressupõe, porém, que tais ambas as esferas benefícios psicológicos ou seus equivale equivalent ntes es advenham dvenham tanto do d o trabalho balho quanto q uanto do lazer, embo embora ra e istam difere d iferenças nças signi ig nificati ficativas vas ent entre re os dois. O termo "lazer" engloba um vasto leque de atividades, algumas da quais quais (es (especialmente certos hobbies) assemelham-se muito mui to a ativiatividades de "trabalho" que, no ntanto, dife d ifere rem no contexto contexto no qual são executadas. Entendemos Ent endemos por po r "trabalho" "trabalho" não não apenas a atividade ativi dade quefornece à maioria das d as pessoa pessoas s a princip princ ipal al dete d eterminant rminante e de se status no mundo ou a ocupação que q ue o indivíduo ind ivíduo dese desempenha mpenha em "tempo integral" e que prove seu sustento sustento,, mas também também quer mos nos referir às atividades que ele realiza em cooperação com outros, que são "públicas" intimamente relacionadas sociedade mais ampla mpla e às suas ne cessidades cessidades (econômi con ômicas cas). ). Assim, estamos estamos nos referindo atividades que, qu e, pot nci lmente, nvolvem nvol vem o indivíd ind ivíduo uo em decisões decisões a r speito speito de assuntos coletiv coletivos: os: os assunt assuntos os da emp empre resa sa e da comun comunid idade ade,, em ger geral diferentes das ati ativi vidades dades das hora horas s de lazer. lazer. Ainda Ai nda que q ue alg algun un hobbies possam ter os mesmos mesmos efeitos efeitos psicológico psicol ógico que queles, queles, como c omo Blauner ponta, ponta, advindos advin dos da d a ativ atividade idade do artes artesão ão (o gráfico), nem todas to das as as ativ ativiidades de lazer são hobbies; muitas — a maioria — não envolvem a produção de nada nada por parte parte do indivíduo; indivíduo ; o contrário, co ntrário, levam-no levam-no a consumir, con sumir, de maneira maneira que qu e tant tanto o a tividade tividade quanto o contex con texto são diferentes. E, mais importante, "argumento do lazer" ignora asserção teóricos s da sociedade sociedade par p artici ti cipativ pativa a a r speito speito do inter int er-relafeita pelos teórico cion mento mento de indivíduos indivídu os e instituiçõe institui ções: s: seum c rto tipo t ipo de estrutura estruturade autoridade industrial consegue afetar a partici participação pação política, então afetaria taria igualmente o lazer? lazer? Esse Esse tipo de ligação foi sugerido sugerido por po r diver di versos sos autores. Por exemplo, Bell (1960), que escreveu que a '"ociosidade conspícua constitui gesto hostil de uma classe trabalhadora exausta" p. 233), e Friedman (1961), que sustenta sustenta que q ue a "fragme "fragmentação ntação do trabalho nem sempre leva o trabalhador a buscar atividades de lazer de grandes conseqüências a fim de compensar suas frustrações. Em vez disso, tais atividades podem tender a desorganizar o resto de sua vida" p. 113). Friedman considera ainda que"matar que "matar tempo" é uma característic rística a geral do comportame comp ortamento da mass massa a da atualid atualid de. Ries Ri esman modimod i-

ficou sua opinião a respeito do que escreveu sobre o lazer em multidão solitária solitária (The Lonely Crowd), recentemente sustentou que tanto o quanto o lazer devem "ter sentido".12 Por fim, para reforçar os significativo de que as pessoas que argumentos nessa linha, exist participam mais de atividades de lazer de tipo "público" (organizações voluntárias, política) política) são justamen te aquelas dos grupos, os de alta condição sócio-econômica, que têm maior probabilidade de trabalhar em um ambiente que possibilita o desenvolvimento de um senso de eficiência pessoal. pessoal. Porém, m esmo que o argumento do lazer pareça pareça m ais plausível, pelo menos na Grã-Bretanha, a maioria das pessoas tem muito pouco tempo de ócio e, ao que tudo indica, para um futuro próximo trabalho continuará a ocupar grande parte das ho ras de vigília da maioria das pessoas.13 Como ocorre com muitas palavras que atingem um certo grau de popularidade em determinado contexto, o termo "participação tem sido empregado po r autores que focalizam aspectos da indústria e da administração em sentidos be diferentes, sem que isso fique bem claro, ou, de fato, sem que os próprios escritores dêem mostras de estarem conscientes dos vários sentidos envolvidos. A partir do exame que fizemos das evidências empíricas a respeito da participaçã industrial podemos distinguir três principais principais sentidos j)ujbrmas djparócjrja^o^Tais evidências tam^nTpermitenTqüFsFdiga algo a propósito das hipóteses específicas sobre os efeitos da p articipação articipação fornecidasjpelos teóricos da democracia participativa participativa sobre os efeitos em reiação^à_e_ficiêira^ecpnômica da,,emgresa. relacionadas ao Nas" evidências citadas do livro de Blauner, relacionadas impacto das diferentes situações de trabalho sobre as orientações psicológicas do indivíduo, a variável fundamental era o grau de controle que o indivíduo poderia exercer sobre se trabalho e seu ambiente de trabalho. discussão da teoria da participação de Rou sseau enfatizava-se a estreita estreita conexão entre o controle e a participação na tomada de decisões, e bastante óbvio qu para que um indivíduo exerça um tal controle ele terá que participar ao menos das decisões que afetam seu trabalho diretamente. diretamente. N o presente mom ento existe uma aspiração generalizada entre muitas categorias diferentes 12. Riesman, 1956 1964. Ve também Mills, 1963. 13. Ver Boston, 1968. velocidade com que a automação será introduzida muitas vezes te sido superestimada; para isso, ve Blumberg, 1968, p. 55.

de trabalhadores por uma tal participação. Em uma pesquisa efeabrangendo mais de 1100 trabalhadores de Oslo, tuada na oruega, abrangendo não em cargos de chefia, 56% do colarinhos-azuis e 67% dos colarinhos-brancos* sentiam qu gostariam de participar participar m ais da "decisões qu diziam respeito diretamente a meu próprio trabalho e às minhas condiçõe de trabalho".14 Em um estudo sobre 5700 trabalhadores am ericanos ericanos da indústria pesada obteve-se como resultado da que mais metade queria maior poder de decisão sobre maneira de executar o trabalho.15 Na Grã-Bretanha, existem algumas evidências indiretas sobre esse assunto partir de tendências mostradas pelas greves desde a guerra. Greves motivadas por ou tras reivindicareivindicações que não as salariais, em especial greves relativas às negociações, regras displicinas do trabalho, totalizando totalizando agora cerca de três quartos de todas as interrupções de trabalho; ou seja, a maior parte das greves são agora po problemas que, de modo geral, se relacionam com o "controle". Tumer comentou que se poderia dizer qu todas essas greves "envolvem tentativas de forçar arbítrio e a autoridade administrativos a u acordo... quanto às regras; ou então refletem um pressão implícit po mais dem ocraci direitos individuais na indústria "(Turner, 1963, p. 18). mesmo desejo pode ser identificado no (volumoso) material sobre satisfação no trabalho. Poder-se-ia supor que a maioria do trabalhadores estaria insatisfeita co empregos que lhe permitisse exercer um controle controle m uito pequeno, mas na verdade exatamente inverso qu parece acontecer: todas as evidências mostram que a maioria do trabalhadores está satisfeita co seus empregos. Esses indícios de satisfação geral agora estão sendo interpretados de maneira bem mais cautelosa do que muitas vezes foram no passado. Conforme observou recentemente Golthorpe, "resultados desse tipo foram na verdade encontrados várias vezes em casos onde outras evidências indicavam de modo claro que os trabalhadores em questão passavam po privações bastante severas no exercício de seus blue-collar workers são os trabalhadores * Os blue-collar trabalhadores qu usualmente executam tarefas mecânicas e para isso trabalham uniformizados. Simbolizam uma determinada condição sócio-econômica (baixa ou média) e são opostos os white-collars, que podem trabalha com roupas cotidianas e representam uma outra o utra condição social. social. (N.T.) 14. Holter, 1965, p. 301, quadro 2. 15. Citado Ci tado em Blumberg, 1968, p. 115.

trabalhos".16 Mais significativas foram as razões apresentadas para

não gostar de um emprego: principal é que o indivíduo pode exer cer pouco controle sobre o que faz ou sobre as condições em que o faz. Isto se aplica particularmente ao caso mais extremo (como vimos pelo estudo de Blauner), o do "homem na linha de montagem". Esses trabalhadores de linha de montagem qu julgam balho satisfatóri em geral dã como razão fato de serem capazes de form ar grupos de trabalho, isto isto é, encontram um m eio de exercer um pouco de controle. De modo geral, tem-se como resultado que a satisfação expressa em relação a u trabalho menor medida qu nível de especialização diminui, e que as ocupações qu exigem menos especialização seriam as que teriam teriam menor probabilidade probabilidade de envolver m uitas oportunidades oportunidades de controlar processo de trabalho.17 Blauner (1960, p. 353) observou que "o fato de que a perda de tal controle parece ser a causa mais importante da forte insatisfação [é uma descoberta] descoberta] ao menos tão importante quanto resultado total da satisfação generalizada". O motivo da realização de tantas pesquisas sobre a satisfação no emprego e sua relação com o desejo do trabalhador po maisJEoSrole Cípjrüejgação^sobre seu trabalho imediato e seu ambiente de trabalho qüê~sèTescobriu que a satisfação do trabalhador com o seu emprego estreitamente ligada à sua moral, eficiência produtividade. Um estava estreitamente aumento de sua satisfação provoca um efeito benéfico sobre um série de outros fatores, tanto do ponto de vista do trabalhador quanto da empresa com o um todo, de maneira que várias tentativas práticas foram psicológicos da excessiva subd ivisão do feitas para com bater os efeitos psicológicos 16. Goldthorpe et alli, 1968, p.ll. Existem várias razões para esse estranho fato. trabalho atende a uma grande série de necessidades humanas, incluindo as de atividade compartilhada e de relacionamento social; é difícil também para um trabalhador admitir que não gosta de seu ameaçar trabalho auto-respeito, ele se "autocondenaria por não fazer nada para encontrar um trabalho qual se adaptasse melhor" (Flanders et alii, 1968, pp. 120-1; ver também Blauner, 1960). Depara-se também com freqüência com trabalhadores fazendo comentários como "se eu não gostasse [d trabalho] eu me sentiria miserável"(Zweig, 1961, p. 77). Esse autor também fornece um exemplo de interpretação acrílica da "satisfação" q ue "a síndrome do 'Trabalhador Infeliz' pode ter sido um fato no encontrada quando ele diz que passado... ma pouco restou dela estabelecimentos industriais modernos, be organizados e bem administrados (p. 79). Uma teoria interessante sobre a satisfação no trabalho que esclarece essas considerações pode encontrada Hertzberg (1959 1968). 17 Estas últimas considerações valem também para a URSS; ve Hertzberg, 1959, pp. 164-5. A respeito dos trabalhadores de linhas de montagem, ve Walker e Guest'(1952, pp. 58 e segs.) e os comentários Goldthorpe et alii (1968, p. 23).

trabalho trabalho. Uma delas é a í3eiã~3e^ã^g]Sç^ de MarerâlS. Um trabalho "ampliado" quando seu coHteúdõ~ãümenta e, desacordo com um especialista em administraçãe^existem três suposições principais por trás dessa idéia: capacitar o trabalhador afazer um uso inãlÕTBe suashãbiseu rendimento; em seg tar satisfação e, dores sentimento de baixo^^escalão de coSseguir_um :• f--=. real -^ de participação ^^^^^^^==^= = = s = ====^=-~ nos ^assuntos de =uma empresa ou qualquer preocupação durável com.o seu,sucessç>" (Stephens, 1962). Um exemplo típico de ampliação de tarefas foi fornecido pela reorganização do trabalho das mulheres em um Unha de montagem, de modo que elas executassem nove operações em vez de apenas uma, fizessem sua própria supervisão e obtivessem alguns de seus próprios suprimentos. ampliação de tarefas pode ser vista como um exemplo rudimentar de uma forma, ou um passo na direção da participação no local de trabalho. trabalho. N a verdade, as grandes experiências de am pliação de tarefas quase não se distiguem, quanto à fo rma, dos exemplos de experimentos menores que são explicitamente intitulados de experimentos "d participação", participação", isso porque as mesmas hipóteses sobre grau de controle que o indivíduo pode exercer sobre seu trabalho sua atitude psicológica psicológica destacam-se no dois casos. Diversos experimentos de "participação" foram realizados realizados nas últimas duas décadas, tanto como resultado de uma política deliberada de administração quanto como resultado de iniciativas do trabalhadores interessados, e os relatórios sobre tais experimentos, antes praticamente inacessíveis, foram agora reunidos resumidos po Blumberg no capítulo de seu recente livro Democracia industrial: sociologia participação (Industrial Democracy: Th Sõciõlogy Participa~tion, 1968). Conforme ele assinala, esses experimentos de participação foram realizados em urna grande variedade de organizações, incluindo clube de rapazes, organizações femininas, classes de universidades, fábricas de diversos tipos, escritórios, escritórios, lojas, laboratórios científicos, entre outros. De modo similar, eles foram conduzidos abrangendo um tremenda variedade de pessoas com diferenças de idade, sexo, 18. Guest, 1962. Stephens (1962) fornece vários exempl exemplos; os; ver também Blumberg, 1968, pp. 66-8; Friedman, 1961, cap. V e Walker, Walk er, 1962, parte 2, §4.

educação, renda, ocupação poder. Envolveram garotos, donas-de-casa, estudantes universitários, trabalhadores braçais de diferentes níveis de especialização e em diversos tipos de fábricas, supervisores de diferentes níveis, funcionários de escritórios cientistas (p. 73).

tado benéficos. Em um dos mais conhecidos experimentos, po exemplo, foram selecionados selecionados qu atro grupos de trabalhadores de uma confecção. Em dois grupos, todos os membros participaram da reorganização de seu trabalho com base num plano apresentado pela administração. Em outro grupo, eles participaram através de representantes, e no quarto grupo não ocorreu participação alguma. O resultado foi que no último grupo houve hostilidade, queda na produção e alguns trabalhadores foram embora. Nos dois dois grupos de "participação total", pelo contrário, a atmosfera foi de maior cooperação cooperação produtividade. característica característica com um de todos os experimentos citados po Blumberg é que eles possibilitaram que os trabalhadores decidissem sozinhos sobre assuntos antes reservados exclusivamente à decisão unilateral da administração, tais como o ritmo de trabalho, distribuição, como como organizar um a modificação de tarefas, assim por d iante. Importante foi o efeito psicológico psicológico que essa participação teve sobre os participantes; de fato, a posição posição do trabalhador nesses experimentos tornou-se semelhante à do artesão, descrita po Blauner, de forma que, assim assim como se esperava um aumento de sua satisfação com o trabalho, também se poderia esperarum aumento de seu sentimento de autoconfiança e competência, e isto de fato ocorre. Desse modo , tais tais experimentos experimentos forn eceram confirm ação emempírica ainda mãiõTpara discussão^dos Jeõricòs da^mocraçia participativa sobre a im portância da interação entre_as,orientações entre_as, orientações psiestrutura de autoridade de suas còlógicas dos indivíduos e instituições. -~_,^,^^^™^™«^— JM entanto, ainda que os exemplos do livro de B lumberg realmente falassem de um aum ento na participação participação dos trabalhadores na tomada de decisões, todos eles são exemplos dj_ejçpjerimentos^em pequena escala,_a_curjc£prazõ, envõlvêncto pou^õr^^Mdores e_ ^ecj£õ ^ecj£õ £^relativam£nj£j lativam£nj£jpõuc põuc^Trnportânc ^Trnportância, ia, , o queimais grave, 19. Coch e French, 1948. Ve Blumberg, 1968, pp. 80-4.

nos quais esttujuraj*ej^ljie^ nã âfefaãarUm.grande defeito do livro de Blumberg é que, embora ele" tenha reunido adequadamente os exemplos de experimentos de participação, ticipação, não os colocou no contexto de uma análise do conceito de participação (industrial) propriamente dita. Assim, não se distinguem direito direito os vários exem plos, nem se relacionam de m odo sistemático os experimentos de participação participação em pequena escala à discussão que ele faz dessa participação em uma escala bem maior, no capítulo dedicado à organização da indústria na Iugoslávia. Ele també deixou de analisar um importante material sobre a participação na indústria, que fornece um exemplo de um a form a de participaçã diferente da propiciada propiciada pelo material dos experimentos de participação. Esse último fornece um exemplo do que deveríampsj;Ji deveríampsj;JiajTaarj ajTaarj "participaÇãS^S^rYTrSs também exjstem^yj.dência^que_mostfãm se possível aquilo qu deveríamos cham^de Jlparticinação " t q t a j T i ^ Â diferença significativa é que nesta última situação os grupos autodisciplinados ocorre um de trabalhadores são em boa parte autodisciplinados considerável ttansfõrmliçãirdã estrutura de autoridade, menôTno níveídó prõces§p de trabalho cotidiano. Além disso, no exemplos que seguem, os grupos de Trabalhadores nã apenas exercem controle integral sobre se trabalho numa vasta área, mas o fazem nã como parte de um experimento e sim no curso do seu trabalho diário; de fato, seu trabalho organiza-se precisamente sobre essa base. Estes exemplos também apresentam interesse por uma razão bem diferente. Se uma condição necessária para democracia é uma socieparticipativa, dade participativa, mais ainda um esfera indus trial participativa, na cojrnpjdjy^se^fetuar^transição então problema reside maneira para um sistema desse tipo, pois ficou bastante claro que õs~exêmplds dê participação mencionados até agora aproximam-se bastante daquilo que é exigido pela teoria da democracia participativa. Na verdade, Cole tinha uma resposta para esse problema: segundo ele tal transição se efetuaria por meio de uma política de "controle invasivo". T o l í t i c a não se direcionava "à admissão do trabalhadores no exercício conjunto de um controle comum com o empregador, ma à_com^£tojransferênci£de^ertas funções do empregador para os trabalhadores" (1920, p. 156). Os^.eios~pilc)Tquãís"^correnãrn "essâ^ãnsferência seriafrTô" côptrato"coletivo; a negociaçãojçõfêlr/ séampliaria urn^canipp muito maior do que o atual conferiria^

novog^goderes^aos trabalhadores. Um contrato seria negociado por todos os trabalhadores num determinado estabelecimento estabelecimento comercial ou empresa, pelo qual os trabalhadores controlariam de modo coletivo assuntos como contratações e demissões, ritmo da produção e escolha de contramestre e, enquanto grupo, seriam responsáveis pela disciplina receberiam um pagamento por tarefa (coletivo), qual seria dividido pelos homens em uma distribuição consensual.20 ue essa espécie de arranjo esse tipo de participação do trabalhadores são factíveis é o que mostram exemplos que provêm de duas indústrias bem d istintas. s arranjos coletivos têm sido um a característi característica ca tradicional tradicional da mineração britânica, e sua forma moderna, nas minas de carvão de Durham , tem sido objeto de estudo intenso e minucioso nos últimos anos, um estudo de início motivado pelo grande núm ero de mineiros atingidos por stress.21 Pelos métodos tradicionais de trabalho, o mineiro realizava sua auto-supervisão e era o responsável direto pela produção; papel do chefe mais de serviço do que qu ede supervisão. No pós-guerra, adotou-se uma forma de organização do trabalho conhecida como trabalho convencional extensivo (conventional longwall working)* que se baseava em métodos de produção de massa e n divisão do trabalho. Foi a partir dessa forma de organização do trabalho que os pesquisadores constataram surgimento dos efeitos psicológicos psicológicos perniciosos. perniciosos. E m particular, esse m étodo significava que a coordenação e o controle seriam exercidos externamente, pela administração, isso implicava um grau de coerção que era inteiramente descabido descabido em uma situação situação de alto risco. 22 Mas também havia a alternativa de uma outra forma de organização, com raízes nos métodos de mineração tradicionais, o método extensivo com0. Ve por exemplo, Cole 1920b, pp. 154-7 e 1920a, pp. 198 e segs. 21. O trabalho foi realizado pelo Tavistock Institue of Human Relations co base em um conceito desenvolvido por eles, o de "sistema técnico-social". óbvia relevância desse conceito para presente discussão: desse ponto de vista, um sistema produtivo é visto não

apenas em termos de processo tecnológico, mas como um sistema de três variáveis inter-relacionadas, a e sócio-psicológica. de do trabalho e os seus aspectos sociais psicológicos ão vistos como independentes da tecnologia, ainda que limitados por ela. Ver, por exemplo, Trist e Emery, 1962. longwall system um sistema de mineração de carvão que procura explorar todo o veio massa. chamado de longwall (ao longo da do minério, utilizando para isso o trabalho parede) porque os mineiros trabalham juntos, divididos pelas paredes dos túneis.(N.T.) Trist Bamforth, 1951 Trist et alii, 1963, pp. 289 e segs.

posto, que envolvia uma forma de contrato coletivo coletivo e a abolição da divisão rígida do trabalho, onde os trabalhadores trabalhadores operavam com o um grupo de auto-regulado. Ta situação foi descrita como se segue: O grupo assume inteira responsabilidade pelo ciclo total de operações que envolvem a mineração no veio de carvão. Nenhum membro do grupo tem uma função fixa no trabalho. Em vez disso, os homens se desdobram, dependendo das exigências do andamento da tarefa do grupo. Dentro do limites exigidos pela tecnologia segurança, eles estão livres para desenvolver seus próprios meios de organização realizar tarefa. Nesse aspecto, nã estão sujeitos qualquer autoridade externa, tampouco há dentro do grupo qualquer membro qu assuma uma função de liderança formal... acordo salarial global... baseia-se no preço negociado po tonelada de carvão produzido pela equipe. A renda obtida é dividida por igual entre os membros da equipe (Herbst, 1962, p. 4).

ob

sistema sistema extensivo composto, produtividade era maior

do que q ue sob sob o método extensivo convencional e ele era mais compatí-

vel com "baixos "baixos custos, satisfação no trabalho, trabalho, boas relações e saúde social" (Trist et alii, 1963, p. 291). Po dois anos, grupos de quarenta a cinqüenta mineiros operavam desse modo, e, no final desse período, na opinião do pesquisadores, "a capacidade de se adaptar mudanças em seu ambiente de trabalho e d satisfazer as necessidades de seus membros" continuava a aumentar. Mais um vez, o que importa aqui é impacto psicológico da ampla participação na tomada de decisões possibilitada por um tal contrato coletivo. Contudo, mineiros mineração podem considerados, em um certo sentido, excepcionais, encontramos um segundo exemplo dessa forma de participação na indústria automobilística. Em seu livro Tomada de decisões produtividade (DeciProductivity, 1958), Melman faz um relato do sission-Making and Productivity, tema das turmas de organização do trabalho que funcionava na fábrica de automóveis Standard de Coventry, no início início da década de fossem 23. Trist et alii, 1963, p. XBI. Um experimento de reorganização do trabalho numa tecelagem da índia, utilizando turmas auto-regulados, também fo bem-sucedido. Ve Rice,1958. J. S. Mill também menciona um con trato trato coletivo entre mineiros de Cornualha em sua época, e nota qu esse sistema produzia "um grau de inteligência, independência e elevação moral, qu coloca a condição e o caráter do mineiro da Cornualha bem acima da méd ia da class trabalhadora". Mill, 1965, livro IV, cap. VII, §5, p. 769.

praticamente praticamente idênticas idênticas às realizadas em qualquer outra linha de montagem de automóveis, a forma de organização do trabalho era bem diferente, baseando-se em turmas auto-reguladas, semelhantes às encontradas no método extensivo composto de mineração de carvão 1953, na fábrica de motores, os (daí nome "sistema grupai"). trabalhadores se agrupavam em quinze turmas auto-recrutadas, e n fábrica de tratores os 3 mil trabalhadores trabalhadores func ionavam como uma só turma, efetuando-se pagamento de acordo com a taxa de ocupação, com o acréscimo de um b ônus pela produtividade da turm a como um todo. Co esse sistema, os trabalhadores "não são apenas empregados do setor de produção desempenhando... tarefas profissionais. Eles também agem como formuladores de decisões sobre o que eles mesmos produzem" (1958, p. 92). Aoj[escreyer_o^sistema de turmas jirnjrabalhador dajndüsfri^automobilística disse_qu^_gle_^propicia umajjgtrutura natural de segurança, fornece confíança,_djvidgj3 dinb^ b^Q^Jonn nnãJ ãJg^^^^ a^^Q ^j^ j^^^e^^i^ i^^ã^ão

distinção_e_tprna possível atribuir^cadajarefojo; jhomem ou mulher mais. bgm_preparadgjgara realizá-lo, sendoque^ aSbuicãcTeTéita com freqüência pelos próprios trabalhadores" trabalhadores" (Wrigriín*9in7pr50). Melman conclui que, no sistema sistema de turmas, "milhares de trabalhadores operavam virtualmente sem supervisão, do modo como esta é em geral compreendida, e com uma alta produtividade; pagavam-se li os mais altos altos salários salários da indústria britânica; prod utos de alta qualidade eram produzidos a preços razoáveis em fábricas com grande índice de mecanização; a administração conduzia os negócios a custos excepcionalmente baixos; os trabalhadores tinham também um papel 5). substancial natomada dedecisões relativas produção" (1958, p. 5). Melman não considera especificamente o efeito psicológico do sistema de turmas, mas à luz que se viu na indústria de mineração, e a partir do fato de que esse tipo de auto-regulação assemelha-se assemelha-se situação das equipes de trabalho na fáb rica química descrita por Blauner, podese concluir que ele seria compatível com o desenvolvimento das sensações de eficiência e d competência nas quais estamos interessados. bastante significativo" que a indústria automobilística automobilística possa se transforma dessa maneira, pois já vimos que num a estrutura estrutura de autoridade ortodoxa uma tal transformação tem justamente efeito psicológico psicológico contrário; esses dois exemplos mostram que é possível, pelo menos quanto ao processo de trabalho cotidiano, cotidiano, que a estrutura de autoridade autoridade da indústria se

modifique em medida considerável, para que os trabalhadores exerçam controle quase completo sobre suas ocupações e participem da tomada deuma grande variedade de decisões, sem qualquer p erda da eficiência eficiência produtiva. Por fim, existe uma grande quantidade de material de importância direta quanto participação no local de trabalho na forma de experimentos sobre-os efeitos do diferentes estilos de supervisão^ cuie_se pode chamarjÇsêgundo Likert) de teorias sobre novos padrões de-adra*ffiisteaçãQ.J^pesar de curiosamente não dizer respeito errTãb"soluto tomada de decisões, e d constituir o que mais tarde iremos distinguir como "pseudoparticipação", foi nesse contexto que a noção de "participação" tornou-se tão popular no últimos tempos. real interesse desse material (além de confirmar ainda mais os pontos já analisados) reside, em primeiro lugar, no seu efeito esclarecedor sobre as hipóteses específicas a respeito da participação, postas em relevo pelos teóricos da democracia participativa e, em segundo, em su influência sobre prática administrativa atual. No final final da década de 30, uma nos grupos, realizada sob "dernõc^E?Wjjderanca era mais eficiente do que umajfarma "autoritária" ou de "laissez-Mr^ superioridadejdyinha dos^itospsicológicos mofivadosj3elo_elemmto4e-participacjoj^

moral g^grupo. ajsatisfaeãQ.amsjB-ati\ddjidee seu interg^â,rjojiela etc. experiências experiências m ais recentes sobre estilos estilos de chefia surgiram a partir dessas primeiras, relatos sobre elas seus efeitos podem ser encontradas no livro de Blumberg, mencionado acima (1968, pp. 102-9). De modo geral, ão confrontados confrontados osgstüp "próximo" "geral", ou participativo". último parece referir-se "a uma série de outras característicaracterísticas, taTTcbmo a delegação delegação de autoridade, não pressionar os subordinados e permitir liberdade de conduta para os empregados... sob uma supervisão geral os trabalhadores estão livres para utilizar a própria iniciativa, iniciativa, para tomar mais decisões decisões relativas a suas tarefas e para implementar essas decisões" (Blumberg, p. 103).j£sjjsjlojejupervj ão dá margem a uma situação similar à criada pela ampHaçãodasJareJas

efeito efi£Tê^ia ^mb%m são semelhantes. favoráVêljõbrea *==._ -- ^srn^sssss^^^^^^^s^rsE^s^ 24. Existem vários relatos sobre essas experiências. Ver, por exemplo, White e Lippitt, 1960.

>aumentoj^harmonia do grupo e

ejso^

tão dosteári^sdatonocradapjnicip^^jlejguje^pjr^ipjçâo_tem uroá tipo na literatura a no

decisões. s. Os e perimentos perimentos com p quenos grupo grupos s ambém "ãcãtãrnentõílasdecisõe acrescentam alguma algu ma evidên vid ênci cia a empírica empírica de intere interess . No No experimento de participação brevemente descrito anteriormente, nas páginas páginas 91 a 93, objetivo era descobrir o melhor método para garantir a introdução de uma suave no processo de trabalho. lho. Na verdade verdade,, uma das principais princ ipais mudança suave hipótese hip óteses que qu eesses experimentos perimentos com pequenos pequenos grup g rupos os procuravam procuravam testar era o que q ue Verba (1961) (1961) chama de "hipótese de particip ção", ou seja, que "mudanças significativas significativas do comportame comportamento humano a curto c urto pra p razo omente pod podem em oco o corre rrer se aspessoas das das quais quais se espera mudanças mudançaspartici partici parem na decisão do que que deve mudar mud ar e de como mudar mud ar"" (p 206). Na discussão da teoria de Rousseau notou-se notou-se que par p arte te da razão zão par p ara que o indiv indivídu íduo o considera considerasse aceitável uma lei stabelecida belecida pelo processo processo participativo era que ela fosse "impessoal" (deixando o indivíduo "como Nos experimentos com pequenos grupos, cada indivípróprio senhor"). Nosexperimentos duo, dura du rant nte e o proces processo de tomada de decisõe decisões, podia pod ia obse observa rvarr os outros aceitando decisões ssim "intemalizava" "intemalizava" próprio comprometimento com com elas, Verba cita vários experimentos queindicam que "impessoalidade con stitu um fator fundamental para torná-las aceitáveis. de tais decisões constitu Esse material sobre supervisão pequenos pequenos grupos também também fornece fornece lguma prova empírica, inda que não nã o tanta quanto se gostaria, sobr outro ou tro aspecto aspecto da teoria da democraci democraci partic participativa, ipativa, psjdefensgre psjdefensgre da teoria contemporânea ^sustentam que certos traços de perconalidjdejx) caráter"âuto¥jfficr òuj^o^denjgjrati^^an^gue jseijconsidejados comoTão-— a partic participação ipação tiva tiva de tais indivíduo indi víduos s seria seria perigosapara sistema poMcodemocrático. teoria teoria partic particip ip tiva, tiv a, contrapartida, argumenta que a própria experiência^da participação irájlesenvolver forjj^pers^nalidad^^enTOC^ti^a^lsto é, asjjualidades necesjárias para o bom funciõhãrnento do sistema democrático, isso ocorrerá com

todo^jãsjnaivíd^^

depersonalidade... eram anteriores de Lewin mostraram que "os traços depersonalidade... variáveis dependentes, dependentes, signi sig nificati ficativame vament nte e alter dos dos pela pela organização organiz ação 25. Verba, 1961, pp. 173-5; ver também pp. 227-8.

do grupo em estruturas trut urasautoritárias autorit árias,, democráticas democrátic asde laissez-faire" (p. 109). Um outro out ro estudo estudo descobriu que, onde trabalhadores empregados trabalho burocrático rotineiro rotineiro oper ram por po r um no m uma uma situação participarticipativa, resultado foi um declínio daforça da "tendências hierárquicas" em suas personalidades, e "tendências de utonomi uto nomia" a" ganhara ganharam maior

pressão; "os dados par cem indic indicar arque uma umamudança mudança oportunidade de express ponderável pode ser afetada por por uma mudança mudança consta con stante nte nas condições condições ambientais. E mais: a mudança mudança parece parece poder pod er se explic plicar ar em parte e termos do movimento da personalidade para um equilíbrio com o seu u, como coloca "urnaestruambiente" (Tannenbaum, 1957). u,como col oca Blumberg: Blumberg: "urnaestruparticip ção... ção.. . a longo prazo prazo toma-se toma-se mais efici efici nte devido à comtura de particip patibili patibi lidade dade que acabapor por ocorre entre a pers person onalidade alidade e a estrutura. estrut ura. Em outras palavras, a organização que permite a participação, em última anáprod uz indiv in divídu íduos os responsáveis por ess essa partici participação" pação" (1968, (1968, p 109)./ lise, produz AojqueJtudo-mdi&aré^ovaVêllpe^^^ devido par^cipaçãjQjiajddârjrctòji^^ ajnfluência das novas teoriaj|jiejyiminisjração que têm se desenvolvido nos últimos de anos. Enquanto Enqu anto a teoria teoria da admin administra istração mais ortodoxa deriva deriva das doutrin dou trinas as de admin administra istração científica de Taylo Taylor, r, e dos do s textos tos de teóricos como c omo Urwick, que enfatiza a estrutura de autoridade na forma pirâmide, a cadeia de comando, comando, o raio raio de ação ação do controle assim por diante, novas novas teoria originam da teorias psico—"" "—"\ lógicas modernas, tais como de^Maslojy, e do movimento de relações que cresceu sceu apartir dos do s famosos famosos e perimento perimentos s de Hawth Hawthorne. orne. humanas que Foi este último que forneceu elementos para argumento de que a eficiência não dependia tanto dos aspectos mecânicos ou teóricos da tarefa, ou da estrutura organizacional correta, quanto do "elemento humano" na indústria. Foram os experimentos de Hawthorne que demonstraram (ou, pelo menos, menos, aceit aceita-s a-se e amplament amplamente e ess fato) a importância crucial dos relacionamentos interpessoais no local de trabalho da aproximação do estilo) do supervisor. Autores modernos, como 26. Os relatos sobre os experimentos de Hawtho Hawtho rne foram ultimamente submetidos a uma investigação por Carey (1967), que conclui, após fazer algumas restrições modo como foram condu con duzid zid os, que "as limitações dos estudos studo s realizados realizados por p or Hawthorne wth orne os tornam claramente incapazes i ncapazes de fornecer algu alguma ma sustentação para qualqu er espécie d generalização". Blumberg Blu mberg dedica dois do is capítulos capítul os do seu seu livro liv ro à reinterpretação dos do s estud estudos os de Hawthorne, porém, porém , em vista vist a das das críticas de Carey, Carey, ao qual ele não faz qualqu qu alquer er menção parece tão duvidoso citar material levantado por Hawthorne apoio a uma tese sobre particip participação ação quanto quant o em em apoio a qualquer outra tese.

McGregor ou Likert, são por vezes mencionados ncio nados como neo-rela neo-relacio cionisniscomo seus pre predecess decessores ores enfatizam importância do tas humanos, e, como in ter-rela elaci cionamento onamento corre correto ha empresa empresa.. As teor teorias ias McGre McGre "clima" de inter-r gor em O lado humano empresa (The Human Side of Enterprise) Mananade Likert em Novos padrões administração (New Patterns of Ma gement) constroem-se com base na evidência da superioridade do estilo "particip tivo" tivo " de supervisão. supervisão. Likert Likert (1961) (1961) fornece fornece um exem exemplo plo intei nteressante de como participação poderá introduzidana introduzida na estrutura de sustenta a que, na busca de |administração de uma empresa no futuro. Ele sustent formar eficiência, estrutura administrativa deveria torno grupos detrabalhos de trabalhos organizados bases participativas ou seguindo "relacioname namento ntos s sustentados") sustentados").. Esses grupos se ligariam à [princípio de "relacio organização geral por meio de indivíduos "que acumulariam funções los grupos. superior em um grupo seria um subordinado no grupo eguinte, repetindo-se petindo-se isto no resto da organização" (p. 105). Ta quadro di fere rentes ntesníveis nív eis da organização não deveriam ser pendgnifica que "os dife autoridade ridadee sim em termos de coor"sados em termos de maior ou menor auto denação ou ligação entr grupos de trabalho maiore maiore ou menores". Para que essa forma de organização seja efetiva, fluxo de comunicação informação precisa ocorre oc orrer de de cima cima para baixo, baixo, lateralmente lateralmente e de baixo para cima. "OfornecimentQ..e,a "OfornecimentQ..e,adistribuiçãojie informação é um passo ~~ essencMj£j5rgje^^ Disse Blumberg, a respe respeito ito do materiãTempírico sobre participação no local de trabalho, que "em toda literatura raro estudo que não demonstre que a satisfação no trabalho aumenta ou que conseqüências benéficas de conhecimento geral decorrem de um aumento genuíno do poder p oder de decisão decisão dos trabalhadore trabalhadores. s. Sou forçado forçado a dmitir que seme semelhante lhante coincidênc coinc idência ia de res result ultados ados é incomu in comum me pesquisas sociais" (1968, p. 123-)"." Isto é inteiramente verdadeiro; com efeito, difícil encontrar qualquer coisa que sugira algo diferente. Em parte, isso talvez se deva ao fato de estarem envolvidos tantos tanto s efe efeit itos os dife di fere rentes. ntes. Exemplo Exemplo disso é que qu e a participação particip ação em 27. Likert, 1961, p. 186. Likert salienta que é necessário que o supervisor em um grupo possa também participar da tomada de decisões no grupo seguint seguinte e — onde ele é um subordinado —, cas contrário, ele pode não nã o ser capaz, devido à sua falta de influência, de atender às aspirações e experiência de um ambiente participativo. Em outras expectativas de seu próprio grupo, criadas pela experiênciade palavras, onde tais circunstâncias não ocorrem, um estilo "participativo" de supervisão poderia levar Insatisfação entre osempregados os empregados (p 113). Ve também Blumberg, 1968, pp. 116-7.

geral p par arece atuar atuar de modo positiv po sitivo o sobre a satisfa satisfaçã ção o no tra t rabalho balho mas um aumento dessa dessa sati satisf sfação ação pod p ode e nerrTse nerrTsempre virUc ompaomp anhada de um aumento em um outro fator, digamos cooperação do trabalhador com a administração, de maneira que os resultados posdepender da form forma a especí específic fica a do intere in teress sse e no cas caso de d e cada um 28 sam depender Coloca-se Coloca-se uma objeção ob jeção que q ue por certo certo não nã o é válida, a de que apartic particiipação seria eficaz eficaz somente somente em unidades unidades ou associaçõe associações s de produção produ ção material citado anteriormente respeito da indústr indú strias ias automo automobibilísticas e de mineração mostram que esse ponto de vista equivocado. Suger S ugeriu-se iu-se também que q ue a partic participação ipação não tem utilidade utili dade e situações de crise (ver Blumberg, p. 132). Verdade ou não, to irrelevante para os nossos propósitos, pois estamos interessados na participação no cotidiano, situações crise e na participação no local de trabalho. Para tanto, tudo indica que a participação não apenas terá um efeito favoravèTsÕr^©523ivídãos°ê1fí relação ao deseneficiêhcÍ£Tpõlítica,lnas também que ela não prevoIvTmenTo do senso de eficiêhcÍ£Tpõlítica,lnas cont rário io aumentá-la, aumentá-la, judicará eficiência da empresa, podéridòTpelo contrár Os principais argumentos da teoria participativa sobre imporparticip ção em estrutura estruturas s de autoritante impacto psicológico da particip dade não-governamentais e o papel central da indústria no processo de socialização democrátic democrát ico o mostraram mostraram poss po ssuir uir consider con siderável ável apoio empírico. Além disso,descobriu-se que a participação nível do processo de trabalho imediato "3êsê)ãdTpêTã°rnâloria dos trabalhadores. dores. As evid evidênc ências ias indic ind icam am que ser seria pâçao esse nível,, e nuitas teorias recentes de administração afirtnam que semelhante sistema participativo consiste no modo mais eficiente de se tocar urna empresa.^Porém, se tudo isso é verdade no respeito à partic participação ipação no n o nível mais direto direto da produção, produç ão, até qu diz respeito nada se diss di sse e a respeito respeito da particip partic ipação ação nas deci decisõe sões s que queafeagora nada tam os assuntos mais abrangentes da empresa, ou sobre a questão da democra democ ratiz tização ação em sua estrut estrutura ura gera geral.l. Antes de se poder pod er exa examinar min ar de modo prove p roveitoso itoso material empírico sobre esse aspecto ou esclarecer os problemas problemas envolvidos envolvi dos necessário analisar conceito de partic participação, ipação, tal como aplicado no contex c ontexto to industria i ndustrial, l, e inves inv estigar tig ar relação entre "participação" "democracia "democracia industr indu strial". ial". ^ ^ ^ ^

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28. Sobre So bre ess exemplo, ver as observações de Lupton, 1963, p. 201.

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IV

"PARTICIPAÇÃO" "DEMOCRACIA" NA INDÚSTRIA

Embora a noção de "participação" seja bastante utilizada por quem escreveu sobre administração, em muitos casos tal participação imprecisa. não é definida ou, quando há um a definição, ela é demasiado imprecisa. McGregor (1960, p. 124), por exemplo, depois de observar que a "participação é uma das idéias idéias m ais mal compreendidas compreendidas entre as que emergiram do camp o das relações relações h umanas", diz que a participação participação cpjisiste basicamente na criação de oportunidades, sob as condições

adequadas, plíajjuê as pèssõas^iriflúàm nas Héêisõês~qüe ãs^afètarn 'Essa influência pode ser de pouca à^uita^Epffticipiâçloí^constitüi un

caso especial de delegação no qual subordinado adquire um controle maior, j^amliõr liberdade de escolha colha em relação relação suas próprias responsabüi.dades. Ò^mmp^ícipajãojé_^iia\msnts ap}ic.&dQSJaaíor

™~™~~^ Outra definição típica afirma qu

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participação consiste em quaisquer dos processos pelos quais os empregados, além dos empresários, empresários, também contribuem de modo positivo para que se consigam decisões administrativas administrativas que afetem seu trabalho (Sawtell, 1968, p. 1).

Um terceir terceiraa definição coloca coloca que a participação participação na tomada de decisões a totalidade daquelas formas em que o exercício de poder de baixo para ' cima por parte dos subordinados nas organizações é percebido como ijggftimo tanto por eles quanto por seus superiores (Lammers, (Lammers, 1967, p. 205).

Likert é u exemplo de autor que' nã apresenta um definição de participação, mas ele e McGregor oferecem um série de situações às quais se pode aplicar o termo "participação", ou melhor, uma série qu abrange desde as "pequenas" até as "grandes" participações. "Pequena" participação na série de McGregor consiste numa situação em que os subordinados podem questionar um administrador a respeito de sua decisão, e no extremo oposto está superior indiferente às diversas alternativas, de modo que os empregados podem escolher escolher entre elas (1960, pp 126-7). série apresentada po Likert (1961) cobre um gama de possibilidades be maior: desde participação" um situação de "pequena participação" "nenluaniajnfonnação ]^p^s^^:=^^at£^üíwrsítuação onde os , ao funcionarem como um grupo, enfrentam enfrentam

e^resolvem probl para funcionamento Incluir tão vasta gama de situações de autoridade sob a denominação geral de "participativas" obscurecer as questões envolvidas; para que a noção de participação seja útil no tratamento dos problemas envolvidos na democracia industrial (ou de problemas administrativos em geral) preciso que se empreenda um análise bem m ais rigorosa. rigorosa. E xiste uma definição, no entanto, que oferece um ponto de partida para uma tal análise e que permite esboçar algumas distinções de utilidade. French, Israe e Aas (1960) dizem que^oar^ ticipação" na esfera industria ^fèl^sê~|^mj3jpjtéssx) no qual djjas maiTplirteTmíuie^iãnihsereciprocamente naelaboração dosplanos, políticaToü decisõesV Resffing^~se*àFdècís^ões^qB^te"m efeitüs" FuTuros sobrelódos àqueles qu tomam decisõe sobre todos aquíP" lê qué~eTes reprèseníarfi"."Essa definição, dizem eles, exclui as seguintes situações: onde um indivíduo, apenas toma parte em uma atividade de grupo; onde A é apenas informado sobre uma decisão que o afeta antes que seja executada; onde A está presente em uma reunião mas não exerce influência alguma (p. 3). Essa definição deixa claro que a participação precisa ser_etn l|°; nõ casõ^;"paftiaÇâção_na tomada de decisões (cf. definiçãgna íeõriajia ^mo^^ciíjjarticipâtivã^TTbdaviá, na linguagem linguagem comum utilizamos^ termo "participâçãõ"' hum sentido be mais amplo, abrangendo quase qualquer situação onde ocorra um mínimo de in_ _ : =

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teração, a qual muitas veze s implica apenas o fato de um indivíduo definição particular estar presente numa atividade de acima esse sentido muito mais amplo explicitamente excluído.^ na indústria é que ela maiOTou^n^jae*.dà^^sttuãira envolve umamodificação, deaütoridade ortodoxa, saber, aqudana qual tomada ^H^ecisões •*"

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Ticipam.^E é isto que muitos textos sobre administração subestimam. raciSd^—~ definições "séries" apresentadas acima, muitas da situações seriam excluídas pela definição fornecida po French, Israel Aas. ão causa surpresa o fato de os autores de textos sobre administraça^^ãü^ísífimffiarem com mais cuidado as diferentes situações "participativas", quando se^onsiderà motivo pelo qual eles estão interessados em participação no local de trabalho. Para eles, trata-se "apenas de uma técnica a mais entre outras, "que pode auxiliar no alcance do objetivo geral da empresa — eficiência da organização. Como vimos, a participação pode contribuir para o aumento da eficiência, mas o que importa é que esses autores utilizam _ojermo "participação" não apenas para se referir a um método de tom ada de decisaoTmasTalríBém pàfã abranger técnicas utilizadas para persua'

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yão^Situações desse tipo, onde não ocorre participação alguma na tomada de decisões, iremos denominar, de acordo com Verba, de pseudgpanicipQçã^\ Um exemplo típico seria situação na qual 'supervisor, em vez de meramente informar os empregados sobre um decisão, permite qu eles discutam questionem próprio supervisor. Na verdade, muitos do assim chamados experimentos de "participação" com pequenos grupos deram-se dessa forma. Como salienta salienta V erba, com com freqü ência o objetivo não era o de estabelecer lecer um a situação onde a participação participação (na tomada de decisões) ocorresse, mas o de criar um sentimento de participação por meio da adoção por parte do líder (supervisor) de uma certa abordagem ou de certo estilo; "participação", assim, "limitava-se "limitava-se a que os membros endossassem as decisões tomadas pelo líder, qual... não é nem selecionado pelo grupo nem deve responder ao grupo por suas ações... líder do grupo tem em mente um objetivo particular, utiliza a discussão de grupo como um meio de induzir à aceitação desse objetivo". V erba acrescenta acrescenta que é, em particular, no campo da

psicologia industrial que "a liderança participativa tornou-se mais um técnica de persuasão do que de decisão". Tendo-se distinguido as situaçpes de pseudoparticipação, própria participação na tomada de decisões pode agora ser examiprimeiro lugar,jleye-se notar que, para] nada com mais atenção. que jyjajlidpacão ocorra existe um condição queprecisa serjígcèssariamente satisfeita, ou seja, os empregados precisam estar dejjosse cSííBevidas informações sobre as quais possam basear a sua decisão/ tcíTã citação de Likert à p. 83, nota 27 ). Isto, sem dúvida, é bastante significaria considerável aum ento no óbvio em teoria, mas na prática significaria fornecimento de informação aos empregados em relação ao cnie em geral acontècêliõlriõmento. definição que tomamos como ponto de partida não pode ser aceita por aquilo que significa. Ela declara que a "participa "participação" ção" é um processo "no qual duas ou mais partes influenciam-se reciprocamente na tomada... de decisões". Aqui, o uso das palavras "influência" "partes" requer um exame mais atento. atento. Na teoria da democracia participativa "igualdade política" refere-se refere-se à igualdade de poder determinação do resultado da decisões, gundTàswêll^é Kaplan (1950, p. 75)~_"é participação na deci|ões". Embora os termos "influência" "poder" estejam bastante próximos, não ão sinônimos, e significativo que, na definição citada, o primeiro seja mas utilizado. Estar em posição de jnfluenciarumajdecisão não é o mesmo que estar em posição de (ter o poder para) determinar resultado pu tomar ess4 decisão. De acordo cõrrrPãrtridge (1963), podemos dizer que a "influência" se aplica a um situação na qual indivíduo afete indivíduo B, sem que B subordine sua vontade à de A (p. 111). Em outras palavras, A te influência sobre B e sobre a tomada de decisão, mas é B que tem o poder final de decidir. decidir. O uso da palavra "partes" na definição ("duas ou mais partes influenciam -se reciprocamente reciprocamente") ") implica um oposição entre dois lados, o que de fato acontece habitualmente na situat z z , " ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ -

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1. Verba, 1961, pp. 220-1. Uma razão que Stephens (1961) fornece para introdução da ampliação da tarefas permitir que os empregados sintam-se como estivessem participando; cf também comentário de Bell sobre relações humanas daescola da escola de administração: "os fins da empresa continuam os mesmos, mas os métodos mudaram e os antigos moldes de coerção aberta agora foram substituídos pela persuasão psicológica" (Bell, 1960, p. 244).

cã industrial, onde as "partes" em questão consistem na administração e nos homens. Além disso, o poder de decisão final é da administração, e, se os ttabalhadares^puderejri participar, conseguirãcyipenas influenciar esjyyjgcjsjío. Por serem "trabalhadores" eles ficam na posição (desigual) de subordinados permanentes; "prerrogativa" final datomada de decisãoficacom pssuperioresperníãnentes, com administrãça^TÍfemos nos referir a esse tipo de participaçã como^pãrficipaçaypãrc^ parcial porque trabalhador A nã tem igual poder dê decisão sobre o resultado final do que se delibera podendo apenas influenciá-lo. Assim, a definição de French, Israele as pode sofrer uma emenda, de modo a que se leia qu ^a^art jr^^ te^Q^^^

maioria do exemplos de participação em fábricas no último capítulo foram de participação parcial, e de participação no que se poderia chamar do nível mais baixo de administração. Esse nível inferior refere-se de maneira genérica às decisões administrativas relativas ao controle da atividade produtiva rotineira, enquanto nível mais alto refere-se decisões que se relacionam com o gerenciamento da empresa como um todo, decisões sobre investimentos, comercialização comercialização e assim assim por diante. A participação parcial é possível administração. Dois dos exemplos concretos concretos em ambos os níveis da administração. de participação apresentados anteriormente, no entanto, ilustram um segunda forma de participação do nível mais baixo, quais sejam: os contratos coletivos na indústrias de mineração automobilística. bilística. Eles mostravam grup os de trabalhadores trabalhadores operando virtualmente sem supervisão alguma por parte da administração, na forma de grupos auto-regulados qu tomavam suas próprias deciqualquer caso específico, seria difícil distinguir uma situação onde ocorre 2. Na prática, um influência efetiva de uma situação de pseudoparticipação onde isto não acontece. Contudo, distinção teórica clara. Um ponto salientar é que a participação parcial, ou situação distinguidade uma outra na qual, embora ocorra "influência", não de "influência", precisa existe participação alguma. Esse é o caso quando entra cena "lei de reações antecipadas" de Friedrich. Um exemplo no contexto da indústria seria dado quando administração de uma empresa está elaborando uma lista de alternativas com base na qual será tomada decisão política final a adotar, mas na qual uma alternativa teoricamente possível digamos, um corte salarial — não está incluída como possibilidade prática porque força do sindicato inviabiliza. Neste caso, caso, o sindicato influenciou a decisão final, mas não ocorreu participação alguma.

soes quanto ao processo de trabalho cotidiano. N esse tipo de situação situação (em tal exemplo apenas no nível mais baixo) não existem dois "lados" com poderes desiguais de decisão, mas um grup o de indivíduos iguais que têm de tomar suas próprias decisões a respeito da atribuição das tarefa^ eexecução do trabalho. Situações desse tipo iremo designar rtofp^ticipãção plenaJou seja, tal forma de participação ^ r . n « i « t p t "num Drocj£j^no^ual cadajnembroàspladojie umj;orpo '^•^^° ^^=Sls=SK^ xs!fSf^^^

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^uv^^^^^^jigl^^Úttjie ^4SÍ&KSR^-j9-í?§SJfâà^SSâLáâl 3êcisões". Do mesmo modo que a parcial, a participação plena é

p^ssíveTtãnto no nível mais baixo quanto no mais alto da administração, ou ambos. Estabelecida Estabelecida a distinção entre participação parcial e plena, podemos agora nos voltar para o exame /Ia questão sobre a relação entre participação e democracia na indústria. Assim como o termo "participação", o conceito de "democracia" é utilizado de forma ex tremamente tremamente vag em boa parte do textos. ão apenas as duas palavras são utilizadas co freqüência como termos intercambiáveis como, o qu e também ocorre bastante, "democracia "democracia"" serve para designar não um tipo particular de estrutura de autoridade mas o "clima" geral que existe na empresa; um clima q ue é criado por meio do método de abordagem , ou do estilo estilo do supervisor ou gerente. gerente. Em palavras, "democracia" "democr acia" muitas vezes é utilizada utiliza da para descreoutras ver situações de pseudoparticipação ou mesmo simplesmente para indicar existência de uma atmosfera amistosa. amistosa. C omo se assinalou em um crítica ao uso do termo "democracia" no experimentos

3. Esse us específico do termo "participação" provém de muitos autores, os quais consideram tal termo referido a uma situação em que os dois lados compartilham ou se unem na tomada de decisões, vendo como única alternativa decisão unilateral tomada por um dos dois lados (ver, por exemplo, Sawtell, 1968, pp. 3 e 28). Uma visão similar parece sustentada por um defensor atual da democracia industrial e do controle pelos trabalhadores, como indica esta passagem (bastante extremada): "Ajjarticipacão tem a mais próxima perigosa relação com todo um cortejo de predecessores-medíocrés inconsistentes numa sucessão de estratagemas para 'exorcizar uma reivindicação crescente da classe trabalhadora '< por controle" (Coates, 1968, p. 228). Ao mesmo tempo que tal visão reflete fato de que o i termo "participação" te sido usado para significar não mais do que pseudoparticipação, la de fato ilustra falta de clareza na maioria da discussões respeito da participação industrial e democracia. Coates passa por cima do fato de que "controle" "participação" não representam alternativas; muito pelo contrário, não pode haver controle sem participação, o que depende ainda da forma de participação. Não há uma boa razão para confinar "participação" a uma situação onde existem dois lados, pois, como mostraremos seguir, onde há democracia industrial não há mais "lados", nesse sentido.

originais de Lewin, o pressuposto era que a democracia "resultaria interpessoal em uma vida comunitánaturalmente de um sentimento interpessoal ria tolerante generosa". Também se afirma co freqüência que a democracia industrial já existe na maioria dos países países indu strializados strializados do Ocidente/Talvez a expressão mais conhecida desse ponto de vista especialistas britâseja a de H. A. Clegg, um dos mais proeminentes especialistas novo enfoque sobre nicos em assuntos de indústria, em seu livro democracia industrial (A New Approach to Industrial Democracy, 1960). É de especial interesse, do nosso ponto de vista, o fato de recentes textos teóricos sobre deClegg basear seus argum entos em recentes mocracia política, isto é, textos doSjdefensores da teoria da democracia contemporânea. Contudo, simplesmente não é correta correta a afirmação de Clegg de que "em todas as sistema-de^Blacões-industriais que pode muito bem ser denominado de_paralelo-industr-ial-da~demoeraeia-polítÍGa~(p. 131). Ele sustenta qu a teoria democrática recente tem m ostrado que o principal requisito para democracia é existência de uma oposição (p. 19). indústria essa oposição feita pelos sindicatos, e os empregados (a administração) administração) desempenh am o papel de "governo". "governo". ão é à última analogia que se dirige a objeção; a questão é que, como um todo, a comparação da situação de autoridade na indústria com a teoria da democracia contemporânea não é válida. Como assinalastergaard — na ram diversos observadores — aqui nas palavras de O stergaard indústria "o governo (a administração) está permanentemente no de posto, se auto-recruta e não presta contas a ninguém, a não maneira formal, aos acionistas (ou ao Estado)". Seria um tipo be teórico "democrático" "democrático" aquele que defendesse um governo bizarro de teórico 4. Kariel, 1956, p. 288. bastante significativo que os experimentos originais fossem com meninos de dez anos. Essencialmente, única coisa que o estilo "democrático" de liderança fez oi colocar os garotos num tipo de ambiente "voltado para criança" que hoje em dia eles poderiam encontrar em uma escola moderna, com professores versados modernos métodos de ensino e de psicologia educacional. Ostergaard, 1961, p. 44. Clegg diz também que a democracia industrial não pode te outro significado além daquele que ele atribui, pois "é impossível para os trabalhadores compartilharem diretamente da administração" (p. 119). Uma afirmação bastante estranha. Já vimos qu os trabalhadores podem compartilhar (participar) da administração (n nível inferior), exemplo do contrato coletivo parecer se dar conta de sua Clegg não somente refere importância, como deixa de ver que, por meio da negociação coletiva, a qual el tanto administração também é possível (ver mais adiante). Para enfatiza, participação parcial na administração um crítica mais recente ampliada do livro de Clegg, ve Blumberg, 1968, cap. 7.

«ap-

ele mandato permanent

praticamente insubstituível! insubstituível! teoria da democracia contemporânea, po certo, característica po definição existam grupos delíderes substituíveis competitivos justamente queexistam Para qu seja real analogia entre estrutura de autoridade da indústria e a do sistema político nacional o "governo" precisa ser eleito, eleito, e ser passível de remoção, por todo o corpo de emp regados em cada em presa, ou então, para um sistema dem ocrático ocrático direto, direto, todo o corpo de empregados precisa precisa tom ar as decisões adm inistrativas. inistrativas. Em ambos os casos, seja com sistema representativo ou direto, estaria abolida a distinção distinção atual entre entre a adm inistração, inistração, com m andato permanente, e os homens, subordinados permanentes. Onde o corpo coleadministração seria seria merativo dos empregados toma as decisões, a administração mente homens desempenhando diferentes funções. JJmj>J£tej3ja_de democracia industrial implica a oportunidade de participaçãoplena He alto nTvel"pÕr^ã^e doTèmpregados. Por outroiaido, participação parcial de_alto nível não exige ã~democrat^ç^_^resfraturãT'de aT!toriSa(||^^ resetóantes,jnfíuenciarem as decisões de alto alto nível, enqu anto prerrogativa da decisjojmaí permanece na mãos da admimstráçãc^(peFmanente), como acontece atualmente na situação de negociação "coíeHvõVté qu ponto seria seria possível ter uma situação de democracia direta num contexto industrial, e quantos trabalhadores aproveiparticipação num sistema sistema demo cratizado cratizado tariam as oportunidades de participação são questões que não podem ser consideradas antes de se examinarem as evidências empíricas relevantes. parcpaç

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sem intercambiáyeistjião são sinônimos. N ão apenas é possível que a participação parcial ocorra em ambos os níveis administrativos sem uma democratização das estruturas de autoridade, como també é possível que a participação plena seja introduzida no nível maisba ixo, dentr do contexto de uma estrutura geral de autoridade nao-democrática. Isto significativopara teoria da democracia participativa, onde está implícito qu para que se obteiffiãm1clâ'pafEP ^^^Hècessários-para que se desêhvolva-o ____

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teoria =====ra ^~-^í63fãBTcõntempõrânea, por sua vez, sugere-se que o "treinamento "treinamento ^ãrti^acj^pjgnajipjruvel mais_altoj^ necessária^ ^ ^ I j l ^ ^ ^ t ^ J ^ ^ ^ X i ^ ^ ^

""•"••aBasag"—

so&ial" pode serefetuad()dentro da estruturas deautond aut ondade ade^x ^xistenistenexame dííélação entre os efeitos psicológicos, qué"se rè veráfãm decorrentes da participação, e as diferentes formas de participação mostra que a teoria da democracia participativa necessita de uma mod ificação nesse aspecto. Talvez o que mais impressiona no material empírico obtido consiste no fato de que a participação aparentemente .seria tão eficiente em seu impacto psicológico "sobre os indivíduos, mesmo que em doses mínimas; ao que tudoj indica,; ãtl tTrnero sentimento de participação possível, mesmo situações de pseudoparticipação têm efeitos-bênéficos sobre confiança, satisfação no írabalh0,-eíc.^Seria razoável supor que a parainda qu foáse apenas pelo tiHpàçãcfrear fosse mais eficiente fato de pseudoparticipação poder muito be provocar expectativas que só poderiam ser frustradas; como diz Blumberg (1968, p. 19), no que concerne aos efeitos psicplógicos, os dados mostram que "o que habilidade e o poder de um grupo chegar e uma decisão". importa... é a habilidade participação participação p arcial no nível mais baixo sem d úvida é favorável^^ãoHesenvolvimento desentimentos delèficaciã política; na ver-' políticas realizada dade isto foi mostrado na pesquisa sobre atitudes políticas em cinco países, qual mencionamos no capítulo HI. Ali, os critérios apresentados sem comende participação de Almond e Verba foram apresentados tários — quer os entrevistados tenham sido consultados sobre as decisões decisões tomadas no trabalho, quer eles tenham-se sentido livres para protestar contra as decisões e quer eles de fato tenham protestado. Obviamente, tal "participação" é no máxim o parcial, embora tenha alto índice na sido encontrada uma correlação positiva entre ela e um alto política. Assim^no^que diz respeito ao sentimento escala de eficácia política. de eficácia^política,jião éjdisper^á^rã^^TOr^izacao dasesttutufas de autoridade na indústriãsjjppffânto, nesse sentido, teoria da 'S^í^^^^^^^&i^^^siiaÀeMmassíásãs). """~°"=* Seria um equívoco concluir a partir daí que não é necessária um revisão mais ampla. Ao que consta, somente um aspecto da teoria participativa foi levado em conta — os pré-requisitos para

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6. Este resultado seria esperado se se considerar que as técnicas participativas ão bastante utilizadas hoje em dia para fins terapêuticos, terapêuticos, n campo da saúde mental. Um d os experimentos mais radicais nesse sentido é descrito por Sugarman (1968). Blumberg (1968) também menciona experiências de autogoverno que foram tentadas na prisões dosEstados dos Estados Unidos (pp. 135-8).

democrático nível nacional — apenas do um forma de governo democrático ponto de vista do desenvolvimento do senso de eficácia política. Podem-se colocar duas questões a respeito: respeito: em primeiro lugar, que não temos meios de saber quão efetivas são as diferentes formas de participação; poderia ser que, a fim de se obter o máximo efeito psicológico, fosse necessária participação nos níveis mais altos. Em segundo lugar, ainda ainda que as evidências evidências m ostrem que é necessário necessário senso de eficácia eficácia política política para uma cidadania ativa do ponto de um senso vista político, nã está claro que ele seja,suficiente. pesquisas entrevistade Almond Verba sugerem que não é, pois poucos entrevistados de fato tentaram influir no governo nível local ou nacional, apesar de se sentirem sentirem capazes de fazê-lo (quadros VI. l VI.2). Po demos lembrar, a esse respeito, que^jdesenvojvmiento do senso » _ _ _

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três deles deles interessantes interessantes e mu ito bem documentados, citados com freqüência como exemplos de democracia democracia industrial/Colocaremos industrial/Colocaremos de lado a questão do impacto psicológico da participação, e em seu lugar centraremos nossa atenção em outro problema da teoria da democracia participativa: participativa: de que maneira essas formas de organização operam.na prática e em que medida os trabalhadores estão interessados ressados e aproveitam às oportunidades de participação oferecidas O nosso primeiro primeiro exemplo refere-se refere-se à Glaciér Metal Company, que emprega cerca de cinco mil pessoas. forma de organização que a participação participação assume na Companhia Glaciér Glaciér é uma extensão da negociação coletiva e dos mecanismos de consulta conjunta normais na participação parcial fo institucionalizada pela indústria britânica. participação formalização ampliação, por meio de corpos de representantes, dos procedimentos habituais, embora deixasse intacta a estrutura administrativa ortodoxa hierárquica. participação do empregados baseia-se na "diferenciação clara entre autoridade adm inistrativa inistrativa de tomar decisões e dar instruções e a participação do empregado na formulação da tecitura política em meio a qual os administradores liberados para tomar tais decisões" (Jaques, 1968, são autorizados liberados p. 1). Segundo texto do estatuto da companhia, participação ocorre por meio de um sistema — o "legislati "legislativo" vo" — d e conselhos do trabalho eleitos em cada unidade da empresa. Sua composição baseia-se no princípio de "cada camada principal principal na hierarquia organi1. Elas se distribuem em várias fábricas geograficamente separadas. respeito da teoria sobre organização ver Jaques (1951 1968); Brown, 1960. Para um estudo empírico da fábrica de KUmarnock, ver Kelly, 1968.

8. Mencionou-se anteriormente que a negociação coletiva capacita os trabalhadores a partiPoder-se-ia pensar queessa participação cipar cip ar,, em parte, de algumas decisões administrativas. Poder-se-iapensar dos sindicatos difere daquela dos traba t rabalhadores isolados, mas em ambos os casos o poder pod er de decisão última instância encarado como uma "prerrogativa" administrativa; por fim, administração, tem o poder de impedir o trabalho ou de fechar completamente a empresa. Cf seguinte comentário de Russell: "o poder do industrial... reside, última análise, no impedimento do trabalho, ou seja, no fato de que o proprietário de d e uma fábrica pode requisitar força do Estado para impedir que pes p essoas soas não autorizadas nela ingressem" (Russell, 1938, p. 124). O escopo do experimento da Glaciér é particularmente interessante, pois a negociação coletiva tende, hoje, a tratar apenas de assuntos de pouca relevância, e tentativas de ampliá-la geral esbarram em objeções da administração, que as vê como umausurpação ilegítima de "prerrogativas". Ess noção de "prerrogativas" quase sempre deriva daposse de propriesuas "prerrogativas". dade privada (contudo, para uma defesa da "prerrogativas" que derive a noção da "natureza humana", ve O'Donn ell, 195 ). Ultimamente toda a idéia da existência de "prerrogativas" administrativas te sofrido ataques teóricos, e a sua suposta base teórica também te sido posta dúvida. Ve Chamberlain, 1958, cap. 12,e 1963; Young, 1963; Chandler, 1964.

zacional da fábrica ter um representante no conselho" (Jaques, 1951, p. 139). Cada conselho compõe-se de um chefe executivo da área, um representante representante dos veteranos, dois dois do estrato médio, três funcionários administrativos e de outras áreas, e o trabalhadores do escalão conselhos mais baixo ão representados po sete supervisores. reúnem-se mensalmente e qualquer membro pode pedir que se inclua um item na pauta (qualquer (qualquer empregado pode freqüentar as reuniões como espectador). conselhos são órgãos de deliberação política e suatarefa principal é elaboração dedocumen tos políticos políticos e das "ordens "ordens estabel estabeleci ecidas" das";; de acordo com o estatuto, a administração e os trabalhadores concordaram que nenhuma mudança de política podia ser feita sem que todos concordassem por unanimidade (Jaques, 1968, p. 2). a teoria, teoria, o objetivo dos conselhos é extremamente amplo. Os assuntos discutidos incluem sistemas sistemas de salários, salários, dem issões, fechamento da fábrica turnos noturnos, mas na prática (como pode indilista) decisões políticas alto nível fazem parte ca atribuições do conselho. NaGlacier, "a alta po lítica lítica prerrogativa do quadro de diretores gerentes. diretores autorizam alocação de capital, decidem sobre os dividendos, indicam diretor administrativo, decidem remuneração dos diretores, confirmam os salários mais altos... para não falar nas decisões sobre quem irá assumir a companhia e outras coisas". lém da introdução de órgãos participativos eleitos, outro aspect do experimento da Glacier é uma tentativa de esclarecer esclarecer e sistematizar sistematizar as definições do papel formal e o relacionamentos relacionamentos entre a administração e o s trabalhadores. A ênfase que se dava antes de 1950 à participação na tomada de decisões deslocou-se, de acordo com arevisão a revisão feita por Kelly, para esse pecto.10 Pareceria ser algo intrinsecamente contraditório, nessa tentativa, operar co ambos os sistemas, um em que os empregados podem participar participar todas decisões sobre política adotar e um que divide e sistematiza (e sacraliza em uma linguagem de companhia) a diferença deautoridade entre "empresários" "empresários" "subordinados". 9. Kelly, 1968, p. 248; ver também Jaques, 1968, p. 2. 10. Kelly, 1968, p. 26. Isso envolve uma "linguagem por categoria" interna e o uso de reuniões de comando, as quais, como o seu nome indica, dizem respeito em grande parte emissão de ordens administrativas (e também alocação dos empregados). "Pareceria se nos guiássemos por impressões, que a palavra u tilizada tilizada com mais freqüência na companhia 'subordinado'" 'subordinado'" (Kelly, p. 278. Ve também pp. 251 e 232).

fábrica de Kilmarnock (a única cujo material empírico está disponível), disponível), o conselho conselho foi encarado com mu ita desconfiança; desconfiança; após um greve em 1957 ele foi rebatizado de "comitê do trabalho" e o documento que contém a política da companhia somente há pouco foi aceito pelos supervisores. lsso pode explicar fato de que nas reuniões do conselho os representantes dos trabalhadores de baixo escalão escalão mo strem pouco interesse em assuntos como o relatório relatório anual relatos ou mesmo decisões sobre investimentos; pelo menos, discute-se cute-se pouco sobre esses tópicos, a não ser que eles afetem departa mentos específicos, específicos, e a maior parte das discussões gira em torno de assuntos de pouca importância. Na reunião assistida por Kelly, o presidente gerente geral falou durante 74% do tempo (pp. 242-5). Essa form a de organização da participação participação parcial de alto nível por certo é particularmente adequada às condições indu striais da Inglaterra e, em princípio, permitiria aos empregados participarem de todo processo de decisão. No entanto, na Glacier, segundo ponto de vista da administração, um dos prinicipais prinicipais resultados foi legitimar os poderes de decisão constitucionalmente restritos a ela. À luz da discussão sobre os efeitos da participação de nível mais baixo efetuada no último capítulo, o seguinte comentário comentário de Jaques seria previsível: visível: "a experiência experiência dos administradores administradores da Glacier, Glacier, no conjun to, mostrou que esse estatuto os capacita a tomar muito mais decisões e realizar mudanças objeções por parte do representantes, como comum em outras companhias" (Jaques, 1968, p. 4). O maior experimento com participação participação parcial nos níveis níveis m ais altos na Inglaterra é o da John Lewis Partnership (que inclui lojas de departamento), e há um excelente estudo respeito, do qual tomamo informação. 12 Embora estrutura de autoridade ortodoxa tenha sido bem mais modificada do que na Companhia Glacier, na prática, prática, na sociedad sociedade, e, os órgãos representati representativos vos atuam muito mais como mecanismos eficientes de consulta do que como órgãos deliberativos./ Como descreve o jornal da empresa, "o propósito propósito supremo de toda organização assegurar ao máximo qu todos os membros compartilhem de todas vantagens da propriedade ganho, co11. Kelly, 1968, p. 241. experiência cultural da fábrica difere consideravelmente da de Londres, mas desta última não se dispõe de informações. Ver pp. 97-100. 12. Flanders, Pomeranz e Woodward, 1968. livro inclui lima breve históri da sociedade.

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nhecimento e poder".13 De tais vantagen s, somente as duas primeiras primeiras ão d fato compartilhadas. Todas ações da sociedade ão controdistribuídos entre os ladas por um truste e todos os lucros obtidos são distribuídos acionistas os empregados). Todos os acionistas iguais no sentido de que todos recebem parte do ganho, de maneira que a sociedade chegou decerto modo realizar condição deigualdade econômica considerada como necessária para a participação pelos teóricos da democracia participativa. Contudo, distribuição feita de acordo com o nível salarial; assim, na prática, não há nenhum avanço na direção de uma igualdade econômica; essa distribuição "acentua estrutura hierárquica remuneração dominante".14 Vimos qu a posse de informação indispensável indispensável é uma condição necessária para a participação, participação, e na sociedade "partilha de conhecimento" é ampliada através do jornal interno (para qual incentivado envio de cartas anônimas, as quais são respondidas) e por um a reunião geral aberta a todos os sócios, realizada realizada uma vez por ano em cada setor. setor. Os conselhos centrais departamentais também emitem relatórios co merciais anuais acessíveis eles.15^/ conselhos constituem principal meio através do qual participação participação po de se efetuar, mas o sócio do escalão mais baixo na hierarquia funcional aparece sub-representado nesses conselhos, e finalidade de sua participação revela-se mais um potencial do que um realidade. conselho conselho central te direitos que de fato lhepermitem certas sanções contra presidente e junta diretora, diretora, caso haja necessidade; esse conselho indica três encarregados do estatuto, que então se tornam diretores, também nomeia mais cinco diretores. principal tarefa rotineir do conselho central é administração de um "discutir qualquer vasto fundo assistencial, mas ele está autorizado a "discutir assunto e fazer qualquer sugestão quejulgue adequada diretório central ou ao presidente".16 o entanto, o conselho conselho norm almente não 13 Flanders et alii, cit., p. 42 14. Flanders et alii, p. 185. A respeito das atitudes dos trabalhadores em relação ao esquema de distribuição dos lucros, alguns dos quais favorecem um esquema redistributivo, ver pp. 102-6. 15. Flanders et alii, pp. 76, 42 e segs. Mantém-se segredo sobre os salários, uma fonte de queixas para muitos sócios. Existem comitês de comunicação que são apenas órgãos dos empregados do escalão escalão mais baixo, que funcionam como órgãos que recebem queixas, essencialmente, e não dispõem de fundos ou poderes executivos, e não podem por si mesmos remediar situações, sendo, assim, de pouca relevância do ponto de vista participativo (ver pp. segs). 16 Flanders et alii, 1968, p. 64. A respeito depoderes de nomeação, etc., ver pp. 64-5.

conduz discussões discussões pormenorizadas sobre política, de forma que, embora disponha em teoria de um vasto alcance, sua influência participarticipativa real se mostra muito limitada (p. 177 ). O conselho central tem 140 m embros do quais cerca de três quartos eleitos e resto indicado pelo presidente presidente da sociedade, incluindo todos os diretores mais antigos. candidatos para eleições do conselho provêm de todas as camadas de acionistas, mas os que permanecem e são eleitos quase sempre apresentam posições administrativas, nã posições de baixo escalão. De 1957-58 1966-67, proporção de conselheiros de nível administrativo variou de 61% a 70% (mais 20% a 24% de membros ex o f f i c i o ) e as dos associados do setor de produção oscilou oscilou de 8% a 19%.17 Nos subcomitês, os quais realizam uma boa parte do trabalho, existe uma notável mudan ça no sentido sentido de m aior atividade atividade administrativa por parte dos membros. s conselhos conselhos departamentais, no moldes do conselho central subordinados ele, são um pouco mais representativos representativos do trabalhadores de baixo escalão, escalão, que compõem cerca de metade dos m embros eleitos (os conselhos compreendem em média 35 membros, dos quais cerca de 15% ex o f f i c i o ) . Além de administrar seu próprio assistencial,, o conselho departamental pode patrocinar resolufundo assistencial ções ao conselho central, as quais, se adotadas, tornam-se recomendações para a administração. Propõe-se de seis a sete delas por ano, e de 1955 a 1964 um terço delas foi aceito, embora nem todas tenham sido implementadas.18 Houve um conselho departamental que, pela primeira vez, rejeitou um proposta de peso da administração (depois de cinco dias de negociação). Durante as discussões que precederam essa questão, segundo opinião dos autores do estudo, "o próprio processo de decisão era basicamente normal, onde administração decide o que quer realizar, prepara terreno de modo que as ordens emitidas possam ser obedecidas".19 A rejeição da polític foi aceita pelo presidente da sociedade — no entanto preciso observar que nenhum problem a vital para o negócio estava envol17. Randers et alii, p. 60, quadro 5. Dos candidatos 22% dos homens e 25% das mulheres ocupavam alguma posição de destaque nasociedade (p 84). 18. p. 72. Essas resoluções incluem assuntos como alteração nas regras para seguro de vida pensões. Poucas propostas do conselho central partem tanto dos conselhos departam entais, quanto de conselheiros conselheiros individuais. Ver p. 68, quadro II. 19. Flanders et alii, p. 176. C onforme assinalam os autores, difícil aos membros do conselho pertencentes administração média oporem política oficial (p 174).

vido se esse incidente indica que no futuro os acionistas utilizarão mais os seus poderes de participação é preciso esperar para ver. O nível de interesse na instituições representativas e o conhecimento sobre elas são baixos. autores do estudo observaram que, entre os acionistas de baixo escalão escalão que trabalhavam em tempo integral, integral, os m ais interessados interessados eram os homens e m ulheres com mais de cinco anos de serviço, mas mesmo nesse grupo o interesse declinava nos órgãos deliberativos de nível mais alto.21 A estrutura estrutura dos órgãos participativos da sociedade pode ser em parte responsável pela falta de interesse. De fato, muitos sócios m ostravam algum interesse resse de participação participação nos níveis mais baixos, o que confirma o que se disse acima, mas o objetivo da instituições participativas não engloba muitos do assuntos relativos às pequenas coisas, e resultado geral foi que cerca de dois terços dos entrevistados entrevistados "não mostraram um interesse maior pelas instituições democráticas da sociedade" (p. 127). nosso terceiro exemplo é a Scott Bader Commonwealth, um companhia manufatureira de resina plástica em Wollaston, Northants, qu emprega cerca de 350 pes pessoas. soas. Essa companhia efetuou mudanças be mais profundas na estrutura de autoridade ortodoxa da indústria do que os nossos dois o utros exemplos de participação parcial parcial nos níveis mais altos. A em presa foideliberadamçnte reorganizada em linhas participativas, em 1951, por seu fundador, Ernest Bader, e a oportunidades de participação aumentaram 1'963,Toâas quando as instituiç instituições ões foram modificadas m ais ainda. as ações da Scott Bader & Com pany Limited são geridas geridas de modo'comunitá-, rio por uma organização de caridade, caridade, a Scott Bader Comm onwealth Limited (na eventualidade da venda da companhia, o que for apu20. É impossível dizer até que ponto isso ajuda explicar relativa falta de aproveitamento das oportunidades de participação, ou até que ponto fato de que os órgãos representativos pareçam com freqüência agir como mecanismos pseudoparticipativos explica falta de interesse. bastante significativo, no entanto, que cerca de dois terços do empregados sejam mulheres, pois todas as investigações investigações empíricas sobre participação social e política mostraram que as mulheres tendem participar menos do que os homens. Ve Milbrath, 1965, pp. 135-6. 1. Flanders et alü, pp. 86 e 114-6, quadros 25 e 26. Uma alta porcentagem de mulheres respondeu "não sei" ao lhes perguntarem se elas ficariam tristes se vissem as instituições falidas. Essa companhia também fo objeto de um estudo publicado há pouco. Blum (1968). Pode-se encontrar informação adicional em Hadley (1965); também Exley (1968) e publicações da Scott Bader Company Limited.

rado deve ser empregado em obras de caridade). sociedade está aberta todos os empregados após um período deexperiência. 23 estrutura organizacional da sociedade sociedade é bastante complexa. principal órgão "legislativo" é reunião geral, qual acontece de três em três meses, e onde cada membro da sociedade sociedade tem direito direito a um voto. Os seus poderes incluem a aprovação, modificação, ou rejeição do modo como conduzida empresa, direito de aprovação de qualquer investimento superior a 10 mil libras antes de sua realização, aprovação da aplicação dos rendimentos comuns (lucros) recomendada pelo conselho conselho com unitário e pelo pelo quadro de diretores. conselho comunitário da sociedade é principal órgão "administrativo", composto de doze pessoas; nove são eleitas, eleitas, d uas representando comuninomeadas pelo quadro de diretores uma, representando dade local, nomeada pelo conselho aprovada pelo quadro de diretores. Além de sua função relativa aos excedentes comuns, conselho se ocupa com as instalações assistenciais e com as regras para a entrada na sociedade, sociedade, sendo que as requisições requisições para essa entrada de novos sócios são decididas por mérito. Uma forma inédita de organização é o painel de representantes. Trata-se de um órgão de doze membros escolhidos escolhidos ao acaso entre entre todos os membros da sociesociedade, cuja função decidir se "as condições e 'clima existentes na empresa justificam qu eles depositem um voto de confiança no quadro de diretores". Antes de analisar o que de fato acontece no interior dessa estrutura organizacional, vale pena observar que a Scott Bader Commonwealth fornece um interessante exemplo de como se pode avançar na direção de uma igualdade econômica numa sociedade 23. Em 1961, havia 14 membros, de um total de 266 empregados. Blum, 1968, p. 98. Blum diz que a maioria dos não-membros ainda não era elegível, não tendo ultrapassado portanto os dois anos de período de experiência (agora de um ano). 24. Um diagrama da estrutura da empresa pode ser encontrado em Blum, 1968, p. 157. partir de 1965 o conselho comunitário passou recomendar método de distribuição de "bônus" correspondente ao excedente, cujo valor seria determinado pelo quadro de diretores. estatuto prevê que o lucro deve ser distribuído na razão de 60% para reinvestimento, 20% para fins de caridade e 20% de "bônus" para os empregados. Ultimamente bônus tem alcançado de 5 a 10% (Blum, pp. pp. 15 3 e 212) "não" segue-se um complicado procedimento, 25 Blum, 1968, p. 154. Qu ando a resposta é "não" mas decisão final sobre o que fazer, se houver algo a ser feito, passa às mãos dos curadores, cuja principal função é a de "guardiães "guardiães"" do estatutos dasociedade da sociedade Dois dos curadores ão eleitos; ver Blum, pp. 155 e segs. 164-5. Há um outro órgão parc ialmente eleito, conselho de referência, órgão de apelação final, que se ocupa principalmente de questões disciplinares.

moderna. A diferença diferença de status entre os empregados foi consideravelmente reduzida nessa nessa empresa Em primeiro lugar, todos os membros são iguais, pois todos têm um voto na reunião geral. Em segundo lugar, todos os empregados desfrutam de um alto grau de segurança no emprego, uma vez que praticamente os únicos motivos para demissão consistem em uma falha de comportamento ou incompetência muito graves (e em todos os casos acionado sistema de apelação). Em terceiro terceiro lugar, todos todos os empregados são assalaria dos e têm a garantia de um piso salarial salarial mínim o; existe existe também um limite para os salários mais altos, pois estatuto dispõe que a proporçã entre salário mais alto e o mais baixo nã deve exceder para 1. Os membros da sociedade também têm acesso a uma quantidade muito maior de informaçõ es sobr os negócios da empresa do que os qu trabalham dentro de estruturas de autoridade mais ortodoxas. administração administração precisa responder todas as questões levantadas no jorna interno, podem-se levantar questões na reunião geral, existe mais uma cláu sula que diz que os membros têm o direito de inspecionar os relatórios de prestação de cont s e requisitar informações por meio de representantes ou por meio de entrevistas pessoais com a administração.26 Existem diversos canais po meio do quais ocorre participação na Scott Bader, mas o estatuto preservado po meio de "verificações balanços", e até agora participação se mostrou um pouco limitada na prática. Infelizmente, no único estudo profundo disponível, Blum (1968) fala muito pouco respeito da prática cotidiana da empresa. Entretanto, fica bem clar cl ar que, como naJohn Lewis Partnership, os níveis de interesse e de participação po parte do empregados de baixo escalão são baixos. Blum diz que "houve consideráveis diferenças na participação do diferentes diferentes grupos... operários dúvida participaram menos do que os outros grupos" (p. 329). sem Em geral, proporção total do empregados qu participaram, assu26. Blum , 1968, pp. 84-5 e Hadley, 1965. O relógio de ponto também foi abolido. abolido. enhum dessas medidas radicais ou estrutura participativa parece ter prejudicado desempenho econômico; partir de 1951 balanço anual cresceu dez vezes, atingindo 4 mil libras po mês. 27. Foi feita um investigação empírica, ma Blum se refere esse material apenas de passagem. Seu livro ocupa-se principalmente com uma interpretação dos princípios subjacentes às formas de organização, mas esse relato, calcado em grande parte numa terminologia metafísico-religiosa, metafísico-religiosa, não é muito claro.

mindo cargos como representantes, é bastante pequena porque, de 1951 1963, 34 pessoas serviram no conselho comunitário "uma grande maioria" foi reeleita para mais de um mandato; cerca de dez desses eleitos eleitos provinham do baixos escalões. Descobriu-se, utilizando como critério de participação as falas na reuniões gerais, obtenção de informações dos representantes, a candidatura às eleições e lançamento de propostas por meio deórgãos participativos, que cerca de um quinto do gerentes, gerentes, técnicos, técnicos, executivos juniores de funcionários escritório escritório mostrava-se p articipante articipante de índice "alto" ou "moderado", ao passo que todos os operários da fábrica mostravam-se de índic "baixo" ou não participavam (p. 374). Para a maioria dos entrevistados entrevistados por B lum as "vantagens da empresa" eram encaradas, principalmente pelos operários da fábrica, antes de mais nada em termos da segurança que ela proporcionava no emprego (incluindo licença de seis meses por motivo de doença), embora "participação" fosse segundo item mais mencionado. Po fim, em um questão sobre conhecimento do poderes do conselho comunitário, descobri descobriu-se u-se que 26% dos entrevistados entrevistados tinham um "conhe cimento devido ao trabalho", 36% um "conhecimento parcial" 38 "pouco ou nenhum conhecimento" p. 375, também p. 99). Em vista disso, as evidências desses três exemplos poderiam sugerir que é demasiado otimista esperar que o trabalhador comum faça um auto-avaliação de suas oportunidades de participação parcial nos níveis decisórios mais altos e que a conclusão deveria ser que teoria democracia contem porânea está correta partir fato de^que a apatia é um dado básico. ContuHo, tais evidências podem ser interpretadas de um modo diferente. Na Scott Bader, assim como na John Lewis Partnership, existem poucas oportunidades para a participação nos níveis mais baixos; no entanto todas as evidências mostraram que os trabalhadores comuns se interessam po esse nível. Poderia discutido que a falta de tais oportunidades onde existe interesse poderia levar os trabalhadores do baixos 28 Blum, p. 96. O período do mandato é de três anos, que, por si, limita número dos que podem participar. 29. Os estatutos da Scott Bader criaram um cláusula para os comitês departamentais, que instituídos os em 1951, 1951, mas nunca funcionaram regularmente. Reavivou-se há pouco o foram instituíd interesse nesses últimos, de modo que talvez, no futuro, as oportunidades de participação venham a se tornar disponíveis nos níveis mais baixos (ver Hadley, 1965).

escalões escalões a pensar que seriam remotas as oportunidades de participação no níveis mais altos, pois pouca coisa em sua experiência de trabalho cotidiana os prepararia para isso. É significativo que as atitudes dos empregados nos diferentes níveis de emprego na Scott Bader variam enormemente, como fica ilustrado pela questão do quadro de diretores e das ações dos membros fundadores. Antes de 1963, os membros fundadores tinham certos certos dire direito ito controlavam 10 das ações, e em 1957 Ernest Bader propôs transferir essas ações para a empresa comunitária. Foram formados grupos de discussão para debater suas propostas, os quais relataram relataram que eram aceitáveis, aceitáveis, desde que o direito de eleger diretores também fosse ampliado empresa comu nitária. Isto Ernest Bader rejeitou. Em 1959 Blum fez perguntas respeito respeito desses dois pontos, e o trabalhadores trabalhadores administrativos e dos laboratórios foram os mais favoráveis, e os operários da fábrica os que mais se opuseram, ou tinham mais dúvidas sobre ter direito a uma parte da ações ou eleger os diretores. "O que poderíamos fazer; não sabemos que deveria ir para o quadro, apenas ações do fundador nã os graúdos de cima sabem disso", "Não, deveriam ir para a empresa comunitária, afinal ele fundou firma, ele foi o primeiro a colocar dinheiro nela" foram comentários típicos dos operários (pp. 146-52). A diferença de atitudes riesse aspecto pode fornecer um apoio para a visão de Cole sobre "ó treinamento para subserviência" recebido pela maioria do trabalhadores co muns. seja, mesmo em uma situação onde as oportunidades de participação em níveis mais altos encontram-se abertas para traba-

de autoridade industrial e que continua nã tendo oportunidades de participação no nível mais baixo todos os dias, noções tais como eleição do diretores em geral não são "acessíveis" como o são para os trabalhadores de status mais elevado.30 Podemos agora resumir os resultados que interessam para a teoria democracia participativa, aspecto educativo 30. O elemento de paternalismo presente na situação da empresa comunitária tem que ser levado em conta ao se considerar atitudes, etc. Por fim, em 1963, as ações foram entregues os direitos dos membros fundadores abolidos, mas, como antes, apenas dois dos nove diretores deveriam ser eleitos pelos demais membros da empresa (sendo lista dos candidatos aprovada pelo quadro). Cinco outros são nomeadospelo nomeados pelo presidente aprovados pelos curadores, sendo que os dois Bader se tornaram diretores vitalícios.

socialização, socialização, a partir de nosso exame do m aterial empírico empírico sobre a participação na indústria. única revisão que se faz necessária diz respeito questão do desenvolvimento do^senso de eficácia política; a participação nos níveis mais baixos talvez baste para isso. Voltando-nos para os efeitos educativos mais abrangentes da participaparticipação parece haver poucos empecilhos práticos à instituição de um sistema departicipação departicipação parcial nos nos níveis mais mais altos; altos; semdúvida la parece com patíve co eficiência econômica. Assim, argumento da "congruência" de Eckstein a respeito da necessidade de elementos "autoritários "autoritários"" no governo nacional requer um a modificação pelo menos nesse último aspecto. Infelizmente, devid natureza isolada e característica única desses três exemplos de participação parcial nos níveis mais altos é bastante difícil estabelecer conclusões gerais muito precisas. Em especial, não podemos esperar uma resposta à importante questão de até que ponto os trabalhadores do escalão mais baixo podem estar interessados nessas oportunidades e em aproveitálas, até que tenhamos info rmação sobre o efeito causado por um sistema qu combine osníveis mais altos mais baixos departicipação. Podemos aeorajios-voltar*parajjsegundo aspecto da teoria da demo^raciaparücipativa: o argumento de que.aindústria outras esferas Relatividade formam sistemas pojil^^porjexcelência^ que, po isso, elas deveriam ser ser democratiz democratizadas adas Repetimos, que a indúsviabilidade de uma tria"ocupa^uma posição crucial na questão sobre a viabilidade suas sociedade participativa; indústria, co relações de superioridade subordinação, é mais "política" de todas as áreas na quais os indivíduos comuns interagem, as decisões que ali se tomam exercem grande efeito sobre o resto de suas vidas. Além do mais, a indústria revela-se importanterpoiS'O tamanho da empresa pode permitir que o indivíduo participe participe de modo direto da tomada de decisões, qu participe dejnodb pleito nos níveis mais altos.31 Se os fatos mostrarem, como tem sido afirmado, que é impossível democratizar as estruturas de autoridade industriais, então então a teoria da democracia participativa participativa necessitará necessitará de um a revisão substancial. a s S l s S s

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31. Cf. o seguinte argumento de Bachrach: "Se as organizações privadas, ao menos as mais poderosas, fossem consideradas políticas — no sentido de que elas são órgãos que regularmente colocam valores para sociedade de forma autoritária então elas seriam forçadas, em termos do princípio democrático de igualdade de poder, a ampliar a participação no processo decisório no interior interior delas mesmas" (1967, p. 96).

AUTOGESTÃO AUTOGESTÃO DE TRABALHADORES TR ABALHADORES NA IUGOSLÁVIA

Mostrou-se que de fato existe, entre trabalhadores comuns, um demand a generalizada generalizada po participação no níveis mais baixos da administração, ma isto nã parece ocorrer quando se trata de decisões em níveis mais altos, como ilustrou material empírico apresentado no último capítulo. Na pesquisa norueguesa, citada no Holter obteve apenas 16% dos colarinhos-azuis e 11% capítulo dos colarinhos-brancos com intenção de participar mais nas questões ligadas administração da empresa como um todo. estudo recente sobre os trabalhadores da fábrica de automóveis Vauxhall, que se perguntou não foi exatamente isso, mas se os trabalhadores achavam que os sindicatos sindicatos deveriam ocupar-se somente com o salário e as condições de trabalho ou se deveriam "tentar conseguir com que os trabalhadores opinassem sobre administração". os entrevistados, entrevistados, 49% achavam que deveriam dar voz aos trabalhadores trabalhadores (61% dos trabalhadores manuais), no entanto a atitude da maioria pode ser ilustrada po observações como: "uma pessoa média nu lugar como esse gosta de pensar qu poderia administrar, mas o gerenciamento realmente para pessoas instruídas qu podem fazêIo". E significativo o fato de que a maioria dos trabalhadores manuais desejasse esse papel mais abrangente para os sindicatos, e que os que queriam participação participação no níveis mais altos, na pesquisa de Holter, eram responsáveis, de confiança, especializados", se se levar em conta os dados sobre desenvolvimento do senso de eficácia 1. Holter, 1965, p. 301, quadro 2; também p. 304, quadro 3b. 2. Goldthorpe et alü, 1968, pp. 108-9, quadro 47

polít po lític ica, a, e reforça reforça ainda in da mais a sugestão feita no último c pítulo de que, para muitos dos trabalhadores do escalão mais baixo, tais idéias sejam simplesmente "inacessíveis". Segundo Holter, "o clima dos sistemas hierárquicos geral, perspectiva limitada inerente trabalho trabalho de um op rador de máquina máqui na ou de um funcion funci onário ário subadmisubadministrativo, pode tender a diminuir além das proporções razoáveis o número dos empregados capazes de se visualizarem como participantes de tarefas tarefas gerenc gerenciais" iais" (1965, p. 305). 305). Assim, Assim, pouco pou co pode inferir diretamente da falta de demanda declarada, por parte dos trabalhadores, por po r uma parti partici cipação pação nesse nesse nível no que se refe refere re às democracia indu i ndustria strial. l. possibilidades prátic s da democracia Antes de se considerar qualquer material mais empírico, faz-se necess necessário um esclarecim nto sobreo moti m otivo vo pre p reciso de se afirmar que é imposs imp ossível ível a democ democra ratiz ção dasestrut estruturas urasde autoridade da ndústria, ndústria, o que constitui constitui tarefa mais difícil de realizar do que seimagina. Eckstein (1966) não é muito mui to explícit plí cito: o: "Algumas "Alg umas r lações lações sociais simples simp lesme mente nte não podem ser ser conduzidas conduz idas deum modo democrático democrático,, ou sópodem sê-lo com as mais graves conseqüências disfuncionais... Temos sérias razões para acreditar credit ar que qu e as organizações organiz ações econômic econômicas as não pod p odem em ser moldamol damaneira de fato democrática, pelo menos não sem asconsedas de uma maneirade as conseqüência qüênc ias s que q ue ninguém ningué m des ja" (p. 37). Ele chega a afirmar que o máimo que podemos podemos esper esper r seria seria algu algum m tipo ti po de democracia democracia "pretensa" mas o único únic o ex mplo — um bocado b ocado fora do comum — ou "simulada", mas qu e certas organiz organizaçõe ações s econ econômic ômic s stão querendo provoqueele que eledá é que car desva desvantagens ntagens do ponto pon to de vista do funcion func ion mento e "simular "simular uma grande consideração pela democracia", fazem isso ao permitirem "certos desvio desvios s na lógica do livro liv ro caixa caixa com entrada entrada dupla dup la a fim de, na verdade, e ercer ercer certas prátic prát icas as democráti democráticas". cas". Além Alé m d ssa ssa estranha estranha asserção, ele não apresenta dado algum para sustentar argumento da impossibilidade da democracia e não fornece indicação alguma de quais são essas conseqüên conseqüênci cias as disfuncionais. É de se presumir que 3. Eckstein (1966, p. 238). Ele diz também que "mesmo certos tipos de propriedades públicas (como a nacionalização das indústrias, na Grã-Bretanha, absolutamente vitais à saúde de toda a economia) economia) depõem contra a democratização das relações econômicas" (p. 237). Porém, o problema é que o caso da nacionalização britânica não constitui prova alguma; nunca democratização foi tentada. Isso foi o resultado da decisão deliberada do Partido Trabalhista (governo de 1945-51) de adotar a "fórmula m orrisoniana" orrisoniana" e de não tentar mais nada. Assim, perdeu-se uma valiosa oportunidade de experimentar, e isso numa época em que a opinião pública e os trabalhadores eram favoráveis a uma mudança real.

Eckstein tives tiv esse mente conseqüências econômicas, ou seja, que sistema democ democrátic rátic não seria capaz capaz de operar de modo ficiente ficiente ou um sistema colapso. Por outro lado, interpretações bem dité mesmo entraria ferentes podem ser fornecidas sobre o termo "impossível". Pode-se argumentar (cf. vidênc vidências ias mencionada mencion adas s acima que não haveria um número número sufici sufici nte de trabalhadoresint i nter eressa essado do ou que quises quisesse sem m articipar de modo a tornar o sistema viável; ou (como Michels) que a verdadeira democratização não seja possível porque, na prática, um especialização, trabalhand trabalhando o em tempo par p arci cial, al, não corpo eleito, sem especialização, poderia de fato controlar s t a f f de especialistas que trabalham as coisa coi sas. Mas é imprová im provável vel tempo integral, os quais de fato trocariam as tiv esse tais tais poss po ssibi ibilid lidade ade -em vista; vi sta; ele apenas registra registra o que Eckstein tives caso e não o discute di scute.. Tal afirmação SQbrejymrjossibiridade dedemocradedemocra-

. Uma vez que já temos sistema político políti co democrático democráti co que q ue dever deveríamos íamos ter, ter, t mos tamtipo de sistema bém, portanto, os tipos certos de"pré-requisitos, naforma da estruturas de autoridadenão-go nã o-gover vername namentais ntais existentes; istentes; qualquer qualqu er entativa entati vadedemocratizá-las apenas coloc col oc ria em em per perigo igo a esta estabil bilidade idade do do sistema sistema. Todavia, Todavia, devemos levar a sério afirmação examinar algumas algum as nter nterpretações pretações plausíveis dasuposta da suposta"impossibilidade" durante discussão quesegue. quesegue. Na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos existe uma singular emplos sobre emp empre resa sas s organiz org anizadas adas e linhas democrátifalta de exemplos cas (ou melhor, elas existem, raramente escreve respeito). Grã-B retanha tanha um u m exemplo que qu e corresponde spon de de d e modo mod o quas qu ase e e ato na Grã-Bre nosso modelo de partic particip ipação ação plena p lena (direta) nos níveis mais altos. Infelizmente, Rowen Engineering Co. Limited, Glascow, muito pequena, com cerca de 20 empregados, e os trabalhadores tendiam tendi am a se auto-se auto -seleci lecion onar ar,, mas ela poss po ssui ui um con c onsideráve siderávell intein teresse intrínseco e é útil para os nossos propósitos de ilustração. 4. Já que existe um exemplo, obviamente possível democratizar as estruturas de autoridade industriarímas, desse exemplo, não se pode tirar conclusão nenhum a sobre sobre a possibilidade possibilidade de democratização na escala de uma economia global, que é o que exige a idéia de uma sociedade sociedade participativa. fábrica foi fundada em 1963 como um "fábrica para paz" controlada pelos trabalhadores. Recebeu publicidade no movimento pacifista e na "esquerda", daí o componente de auto-seleção. Seu nome deriva de R(obert) Owen. (Uma segunda estabeleceu-se no P aís de Gales.) Gales.) Obteve ba stante sucesso econômico, fábrica, similar a essa, estabeleceu-se tendo começado com um capital (a maior parte doado) de sete mil libras e fechou o último balanço na faixa de 80 mil libras por ano. Ve Blum, 1968, pp. 49-51; Derrick e Phipps 1969, pp. 104-7; Rowen Factories (1967) Sawtell (1968, pp. 41-2, Companhias A e B).

órgão de controle da fábrica é o conselho geral, ao qual podem pertencer todos os empregados após três meses de serviço, e cada membro tem direito a um voto. reuniões do conselho são realizadas quinzenalmente, expondo-se pauta co dois dias de antecedência, e qualquer empregado pode incluir itens (também se fazem reuniões na hora do chá, caso haja necessidade, mas as decisões precisam ser ratificadas na próxima reunião do conselho). Cada membro ocupa a presidência presidência po r duas reuniões consecutivas, o que significa que todos têm de participar oralmente pelo menos nessas (Derrick e Phipps, p. 105). conselho geral decide sobre ocasiões (Derrick todos os assuntos de política tudo mais de importância; ele também elege os diretores, gerente de fábrica, supervisor e "coordenador" (encarregado). A cada reunião o conselho recebe relatórios relatórios sobre produção, as vendas, finança, etc. Existe também um subcomitê do trabalho para tratar de questões pessoais, mas que não decide, apenas faz recomendações ao conselho. Um reunião do conselho geral qual Jarvie assistiu (1968, p. 20) ilustra de que modo um d os problemas problemas acima mencionados, referente à tese sobre sobre a "impossibilidade", pode emergir nas organizações menores. N essa reunião, um membro d o departamento reunido sugeriu que se parasse de produzir um determinado modelo de aquecedor, já que alguns deles estavam sendo devolvidos. engenheiro de vendas, profissional especialmente especialmente treinado, negou que o modelo tivesse tivesse algum defeito e apresentou um relatório relatório técnico para apoiar a relatório foi vigorosamente discutido, e por fim sua afirmação. Esse relatório se concordou em instaurar uma investigação sobre o produto em questão. Pode-se questionar se, numa fábrica fábrica com uma força de trabalho mais representativa, o relatório relatório de um "especialista" desse tipo receberia uma tal avaliação crítica. Esse problema do controle dos "especialistas" pelo trabalhador (em gestão) comum será discutido de modo mais completo a seguir, em conexão com o sistema industrial da Iugoslávia. Escolheu-se a Iugoslávia porque esse país fornece, na forma de sistema de autogestão de seus trabalhadores, o único exemplo disponível de uma tentativa de introduzir em larga Osdiretores são uma exigência da lei; contudo, sua única função na Rowen Engineering assinar cheques (Jarvie, p. 15). também um conselho consultivo, composto de representantes de organizações simpatizantes com as finalidades da fábrica, cuja função é assegurar que as decisões do conselho geral não infrinjam osprincípios sobre os quais se baseia a fábrica.

escala a democracia na indústria, abrangendo empresas de vários tipos e tamanhos, por toda a economia. participação na Nenhuma discussão a respeito de democracia e participação indústria pode permitir ignorar sistema iugoslavo. El também revela considerável interesse porque, como um todo, as forma de organização sócio-políticas industriais na Iugoslávia assemelhamse em muitos aspectos (pelo menos do ponto de vista formal), de modo no tável, com o esquema de Cole para uma sociedade sociedade partilimitaremos a nossa atenção ao aspecto cipativa. qui, no entanto, limitaremos industrial, a fim de observar quais os esclarecimentos que o sistema de gestão dos trabalhadores poderia fornecer sobre as possibilidades de democratização das estruturas de autoridade da indústria. Existem dificuldades consideráveis para qualquer asserção desse tipo: em primeiro lugar, há o problema da disponibilidade da necessária evidência empírica. Embora estejam aumentando o núm ero dos estudos e comentários em língua inglesa sobre a organização industrial iugoslava, de modo algum mostram-se suficientes, seja em quantidade, seja em compreensão, como seria seria de se desejar. desejar. Em segundo lugar, existem existem dificuldades inerentes à própria situação da Iugoslávia. Trata-se de um país relativamente relativamente subdesenvolvido, com grandes diferenças de desenvolvimento entre as repúblicas. Muitos dos que trabalham na fábricas continuam trabalhar parte do tempo na terra (a maior parte da qual é de propriedade privada) e a maior parte da força de trabalho composta de trabalha6. Renda

1964 Bilhões de dinares

Libras per capita

6,8

56 97 57 51 78 161 83

novos

Bósnia-Herzegovina Croácia Macedônia

Montenegro Sérvia

14,6

3,0 0,9

21,5

Eslovênia

9,0

Iugoslávia

55,8

Fonte: The Economist, de 16.7.1966.

População

(milhões) 3,5 4,

1,5 0, 7,9

1,6

19,3

dores na ind ústria, de primeira geração e sem instrução. instrução. inda e 1953, o nível médio de an alfabetismo na população com m ais de dez anos de idade era de 25,4% (o das mulheres de 35,8% ), de modo que esses fatos têm de ser considerados ao se examinar o trabalho no claro, consistema de autogestão dos trabalhadores. A Iugoslávia, é claro, siste nu Estado comunista, embora um pouco diferente de outros países do Leste Europeu, de forma que o papel do Partido Comunista também tem de ser levado em conta. Po fim, sistema de autogestão dos trabalhadores é, em si, de origem relativamente recente. Introduzido em 1950, após um rompimento com URSS em 1948, ele não entrou de fato em funcionamento senão em 1953, sob novas regras reformas econômicas. Desde então, formas de organização e a estrutura legal foram submetidas a um p rocesso quase contínuo de mudanças, o que aumenta as dificuldades de avaliação. Primeiramente, consideremos a estrutura organizacional da indústria na Iugoslávia. Cada indústria na Iugoslávia administrada por um conselho de trabalhadores, eleito eleito por toda a coletividade (isto (isto é, todos os empregados) por meio de unidades eleitorais eleitorais nas empresas maiores. Por lei, todas as empresas com mais de sete trabalhadores precisam ter um conselho, sendo que, onde há menos de trinta trabalhadores, todos eles formam o conselho. Nas maiores empresas empresas tamanho do conselho dos trabalhadores pode variar de 15 a 120 membros, mas a média vai de 20 a s empresas maiores maiores também podem eleger, caso desejem, conselhos departamentais, e foi instituído, a partir de 1961, um sistema denominado pelos iugoslavos de "unidades econômicas". econômicas". Cada empresa é dividida em unidades de produção v iáveis que possam exercer um grau de autogestão a esse nível. A organização dessas unidades é deixada a cargo de cada empresa. estudo respeito diz que a administração da unidade está "nas mãos de uma assembléia composta pela totalidade de seus membros", mas n a Rade Koncar (a maior produtora de equipamentos elétricos na Iugoslávia) as unidades têm seus próprios conselhos 7. Em 2 anos população rural reduziu-se reduziu -se de 75 para 45% do total (The Economist, 16 de julho de 1966). aumento de 1% a 2% da força de trabalho a cada ano provém diretamente do campo (Auty, 1965, p. 159)

I, A. 8. ILO, 9. Blumberg, 1968, p. 198. Os empregadores privados têm o limite de cinco empregados além dos membros daprópria da própria família.

de trabalhadores. 10 Além Alé m dos do s conse con selhos lho s de trabalhado trabalhadore res s e das unidades econômicas, os trabalhadores também pod m p rticip r do proatravés de r uniões uni ões com todo t odos s os integrantes da emcesso cesso decisório d ecisório através presa, presa, po meio de referendos sobre tópicos importantes. Os membros do conselho têm mandato de dois anos (podem ser destituídos por votação de se eleitorado), reúnem-se mensalmente. conselhosdetrabalhadores possuemsubcomitês possuem subcomitêspara tratar decertas questões; partir de 1957, foram obrigados criá-los por causa dadisciplina interna da contratações demissões. Osmembros desses comitês nã precisam ne cessariamente membros do conselho.11 O conselho conselho detrabalhadores elege geral, mas nem sempre na sua o seu órgão executivo, diretoria, qual, totalidade, compostaporseuspróprios membros. diretoria possui de3 a 17 membros (sendo (sendo um diretor diretor ex o f f i c i ó ) eleitos eleitos po períodosde um ano; ano; se um membro elege por duas vezes consecutivas, passa a ser inelegível pelos próximos dois anos.12 diretoria pode reunir-se várias vezes por semana, e te funções importantes, entre quais supervisão do trabalho do diretor, assegurando cumprimento dosplanos daempresa e elaboração do plano anual. Outro "órgão deadministração" obrigatório porlei, além do conse c onselho e final do d o candidato sua diretoria, é diretor aempresa Desde 1964 escolhafinal anunc iado) stá nasmãos do conselho detra t rabalhado balhadore res, s, posto qual é anunciado) e seu mandato oi limitado a quatro qu atro anos.13 O dire d iretor, tor, juntamente com responsáve sávell pela admi"colegiado" de chefes de departamento, respon nistração, nistração, p la condução cond ução das tarefas diária diá rias s da empresa e pela execu execu ção das decisões tomadas pelo conse con selho lho de trabalhadores trabalhadores.. Ele também possui outros poderes definidos por lei, tais como o de assinar contratos em nome da empresa, representá-la negociações com a empresa opere dentro da lei. órgãos externos e assegurar que aempresa Antes de se examinar como tudo isso funciona, será útil analibrevemente o desempenho econômico da Iugoslávia sob o sistema de autogestão dos trabalhadores, a fim de verificar se existem "disf "di sfunçõ unções es" conômic con ômicas as tão gra g randes a ponto pon to d tornar o sistema 10. Singleton e Topham, 1963, p. 15. Para umadescrição da organização da Rade Koncar, ve Kmetic, 1967. 11. Stephen, 1967, p. 8, também Singleton Topham, 1963, p. 14 Kmetic, 1967, p. 13. 12. Stephen, 1967, p. 12. O regulamentos citados por Blumberg, 1968, p. 205, ão ligeira-

mente diferentes. 13. Até 1952 ele era indicado pelo Estado depois, poruma comissão composta por representantes em número igual do conselho de trabalhadores e da comuna diretor pode removido pelo conselho, mas o procedimento não é totalmente claro. Ve Blumberg, 1968, p. 205.

"impossível" (ainda que esteja esteja ausent ausent um colapso colapso econômico comc ompleto que poderia atribuído, margem de dúvida, sistema, existem muitas dificuldades que poderiam contar como evidências comprobatórias). Por volta de 1964 renda renda rea per capita na Iugoslávia quase quatro vezes superior nível de antes da guerra; desde início da década até 1967 o produto produ to nacional nacional cre ceu ceu numa n uma média méd ia de 8% ao ano ano,, e, desde a guerr gu erra, a, a taxa taxa de cresciment crescimento o "tem sido pouc po uco o mais mais lenta que ado Japão".14 Trata-se de um dado dado respeitável, mas não é uma história de sucesso contínuo. As reformas econômicas radicais de 1965 parte parte moti mo tivada vada por problemas da inflação e da balança de pagamentos; outro fator foi o desejo de moder mod erni nizar zar as as técnicas técnicas de produção produ ção e de se se livrar de investimento investimento pouco rentáveis. Certo autor cita o superinvestimento no início da década de 60 como "uma prova da autonomia da gestão dostrabalhadores", mas, como seu seu nome nome popul pop ular ar sug suger ere, e, as assim ssim chama chamadas das "fábricas políticas" foram mais um resultado de fatores políticos do dos conselhos detrabalhadores. Umproblema Um problema que que s quede que deprojetos projetos dosconselhos de trabalhadores conscoloca é até que ponto sistema do conselho detrabalhadores tituirá um obstáculo à modernização, à introdução de tecnologias que poupam pou pam traba trabalho, lho, tc. alguns indícios de que os conselhos relutam votar favor da produtividade, mas de acordo com o sistema gerencial gerencial ortodox ortod oxo o do do Ocid nte, a modernização com c om boas chances chanc es de suc suces esso so depende muit mu ito o das condi con dições ções econômicas econômicas gerais, do nível de emprego e de fatores como disponibilidade de pagamentos por produt p rodutivi ividade, dade, acomod ções, ções, esquemas esquemasde recapa recapacit citação ação profissional e assim por diante, o que, por certo, deve aplicar-se à Iugosláv Iug oslávia. ia. É impossível impossível diz r, no atual estágio estágio,, seo sistema sistema do conconselho de trabalhadores apresentará dificuldades insuperáveis (podeia té acontece acont ecerr de os conselhos co nselhos aceit aceitar arem em bem bem mais depress depressa a questões como custo social do que"um gerenciamento ortodoxo), ma parece parece bastante clar claro o que, que, mesmo mesmo se aexpansão econômi econômica ca não pode pode ser atribuída de modo direto direto sistema, pelo menos, até o presente momento, momento, le não constitui con stitui um partic particular ular obstáculo obstácul o à eficiê eficiência ncia e expansão conômic conômic s. Para pôr à prova teseda"impossibilidade" dese democratizar as estruturas de autoridade industrial nos padrões do que 14. The Economist, 16 de julho de 1966 e 19 de agosto de 1967. 15. Blumberg, 1968, p. 213. respeito das reformas econômicas, ver Neal e Fisk (1966) Th Economist, 16 de julho de 1966.

existe na Iugoslávia, precisamos examinar funcionamento interno do sistema. primeira questão a colocar é se, dado ser a Iugoslávia um Estado comunista, os conselhos de trabalhadores de fato possuem um poder independente (é evidente, mesmo se não possuíssem, nada se poderia deduzir daí a respeito das possibilidades de um tal sistema nu contexto sócio-político diferente). Existem Existem diversos diversos canais através através dos quais a Liga Lig a Comun Comunista ista (Partido (Partido)) pode pode influenciar influ enciar ou controlar cont rolar os conselhos conselhos de trabalha trabalhadodores, res, mas o próprio papel papel da Liga é ambíguo. ambíguo . Por Por um l do, a Liga, e teoria, não exerce mais controle por uma dominação dire d ireta, ta, contudo mantém seu papel de líder por meio "da força das idéias e argumento argumentos", s", e há um debate debate contí co ntínuo nuo na Iugoslávia Iugo slávia sobre sobre ess esse pape Na prática, sobre problema da separação entre partido Estado. Naprática, no entanto, entanto , ttod odas as "as decisões decisões mais import importantes, antes, relativas lativas ao dese desenvolvimento da sociedade, sociedade, conti con tinuam nuam a ser ser centralizadas centralizadas por um p peequeno grupo g rupo de líder s d partido".16 Por outro lado — para ilustrar caráter de Jekyll e Hyde do Partido — ele opera dentro de um sistemapartici participati pativo vo extremamente nt e formal e dentro de uma perspecperspectiva ideológi ideológica ca de uma soci socieda edade de socialista socialista "caracter ct eriz izada ada pelo controle trol e consciente e organizado organiz ado de d e s us próprios membros sobre todas to das instituições de sua sociedade".17 Um canal canal pelo qual q ual Liga pode influenciar in fluenciarosconselhos de rabalhadores consiste na eleição de seus membros pela pela Assemblé Assembléia ia Comunal. A comuna linhas be genéricas, análoga às unidades de governo local britânicas britân icas)) é a unidade uni dadepolítica polít ica básica na Iugoslávia sobre sobre a qual baseia osnív is mais altos. Em essência, câmaras detodosos níveis dividem-se dividem-se em duas, duas, a câmara"municip "muni cip l" e a câmaradas comu16. Riddell, 1968, p. 55. Sobre mudanças na posição da Liga após queda de Rancovick em 1966, ve Neal e Fisk (1966) Rubinstèin (1968). Ver também "Draft Thesis on lhe Fuither Development nd Reorganisation of the League of Communists of Yugoslavia" (1967). 17. Riddell, 1968, p. 55. Essa posição ideológica não deveria ser posta de lado como simples "encenação". Conforme assinala Riddell, história da Iugoslávia mostra uma tradição de autonomia c entral, e movimento Partisan baseava-se grande parte local e dehostilidade contra autoridade centra ações grupos locais (hoje Liga organiza na forma de república); além disso, os líderes iugoslavos iug oslavos estavam familiarizados familiarizado s tanto com as doutrinas dos anarcoss anarcossindi indicalistas calistas quanto com as do marxismo ortodoxo. No que se refere indústria, e objetivo fosse apenas "descentralizar uma indústria socializada" (Rhenman, 1968, p. 6), ou conceder uma independência maior gerenciamento (o resultado do sistema segundo alguns; algu ns; Kolaja, Ko laja, 1965 p. 75), ou ainda formar uma classe administrativa, então não teria havido necessidade de se estabelecer essas formas específicas de organização; o que não quer dizer que todas conseqüênc con seqüências ias fossem previstas ou planejadas. Ve também Deleon (1959) Auty (1965) para umahistória do estabelecimento do atual sistema

fig uram ness nessa organização sócio-econidadesdo trabalho; "oscidadãos figuram c omo indiv i ndivíduo íduos s quanto como co mo cole co letividade tividade nas empre empre nômica tanto como instituições". 18 (Existem também outras câmaras.) Os procedimentos de nomea no meação eleição para Assembléia Comunal ão bastante complicados eleição é e parte direta e parte indire ind ireta), ta), mas no últimos anos par efetivament nte e introduzid introdu zido o algum elemento mento de p arece ece te sido efetivame escolha na eleições.19 Ascomunas dispõem de uma considerável autonomia local de governo e estão muito interessadas por empresas umagrande sua renda depende daprosperidade da prosperidade suas áreas, pois pois umagra nde partede parte de suarenda conômic con ômica a da comun co muna. a. Elas Elas dispõem de d e alguns alguns poderes poderes em em relação à empresas isoladas, incluindo direito de fazer fazer recomendações recom endações respeito de política. Hoje dia, empresa parece ter um grau be maior de autonomia nesse relacio relacionamento namento do que nos primeiros tempos. Como já seobservou, o controle da nomeação do diretor diretor não é mais compartilhado com a comuna pelo menos na fábricas estudadas por um observador, conselho dos trabalhadores adotou um atitude independente em relação àspropostas pedidos dacomuna (Kolaja, 1965pp. 28 e62). Liga pode pod e operar operar ainda por meio meio dos do s sind sindicatos, icatos, outra ou tra organizaorganização cujo papel, tanto tanto em geral geral como no inter int erior ior da empre empresa sa, é ambíguo. Talvez uaprincipal função funçã o s ja educacional, tanto no sentido de educar os tra t rabalhadore balhadores s para cumprirem a sua sua parte na gestão gestão quanto quant o n instrução geral do adulto. Os sindicatos iugoslavos "desenvolveram culturais, nos n os últimos últ imos nos, com c om uma abrangên abrangên funções ducacionais e culturais, cia maior do que q ue qualquer qualquer outro organismo organismo de classe dos dos trabalhadore 1963, p. 21). poderdos conhecido pelos autores" (Singleton e Topham, 1963,p. sindicatos sindi catos sobre as eleiçõe eleições s para os conse conselhos lhos dos tra t rabalhado balhadore res s foi restrinrestringido (ver abaixo) e maior parte de seus out outros ros poder poderes es no interior da mpresa mpresas são compartilhados compartilhados por o outros utros órgãos, e Kolaja descobriu descobriu que, nas fábric fábricas asque ele visitou, o sindicato sindi cato d pendia do conselho em virtude virtu de de fatores financeiros. 18. Mil ivojevic, ivoj evic, 1965 p. p . 9. Em 1963 havia 581 comunas. c omunas. Ver também a edição edição especial da

International International Social Science Journal (1961).

(1968, pp. 58-9); Milivojevic (1965, pp. 16-20); The Econo19. Sobre eleições ve Riddell (1968, mist, 15 de abril e 24 de maio de 1969; e sobre regras eleitorais anteriores. Hammond Hammo nd (1955). (1955). Para um perspectivaiugoslava, ve Jovanovic (1960). Ve também Kolaja, 1965 pp. 29-34. 0. Paraum 1. Kolaja, 1965, pp. 34 e 35. Aqui não se pode entrar num debate sobre papel dos sindicatos dentro de uma estrutura de autoridade industrial indu strial democratizada. Basta Basta dizer que a importante função de proteção dos interesses dos trabalhadores isolados, enquanto trabalhadores, continuará cont inuará a existir, qualquer q ualquer que seja a composição daadministração.

Além desses canais indiretos, a maneira óbvia para Liga fazer com que sua influência seja sentida é através da eleição de seus membros para os conselhosde trabalhadores. proporção de membros desses conselhos, que são também membros da Liga, varia muito, mas em geral ela é bem alta alta por empresa. Singleton e Topham citam uma média de 35%; na duas fábricas visitadas po Kolaja média era de 70% e um pouco menos de 50%, respectivamente, um pesquisa iugoslava encontrou um variação de 8% a 65%.22 Pode ser que proporções tão grandes de membros da Liga não sejam eleitos com o passardo tempo, devido às mudanças nos procedimenprincípio, um lista de candidatos candidatospodi tos eleitorais de 1964. ser nomeada por 10% dos trabalhadores, ou por uma tendência do sindicato — em geral isso significava que essa última fornecia listas. Agora os candidatos podem ser nomeados po qualquer trabadois auxil auxiliare iares, s, numa reunião coleti coletiva vaespecial. Ocorre um lhador dois competição por postos. Por exemplo: no estaleiro Split, visitado por Stephen, existiam 76 candidatos para 35 postos, em 1967. eleição dá-se por voto secreto e realizadapor um comit comitêê especial estabeleestabelepelo conselho. conselho. Toma parte na votação uma alta proporção de cido pelo trabalhadores — Stephen no oferece um total de 87% em 1966 e de 91,2% em 1967.23 Um obstáculo maneira de controle da Liga é a alta rotatividade dos membros do conselho, com mandato de dois anos e com a substituição anual da metade. partir de suas investigações, Kolaja (1965, p. 63) concluiu geral não tinha iniciativa, ca qu Liga "ao que tudo indica bendo-lhe mais posição de observador censor". as talvez dado mais interessante provém do questionário utilizado pelo mesmo autor na fábrica B, por ele visitada.De 78 entrevistados, aos quais se perguntou "Queih tem maior influência na empresa?", apenas quatro puseram a Liga em primeiro lugar, onze a puseram em segundo, em termos de influência, e nove em terceiro lugar, enquanto 45colocaram conselho detrabalhadores primeiro lugar, 22. Singleton e Topham, 1963, 1963, p. 10; Kolaja, 1965 1965 p. 16, quadro quadro I; o citado I.L.O., 1962, p. 33. 23. Steph S tephen, en, 1967, 1967, pp. pp . 9-10. Blum B lum berg (1968) diz que q ue a coletivid col etividade ade (dos trabalhadores) trabalhadores) tem de vot ar paraaprovar nomeação (p.200). (p. 200). respeito da eleições sob o sistema anterior, ve (1963, p. 9). Singleton Topham (1963, 4. Blumberg (1968, p. 198) diz que, agora, nenhum membro pode cumprir dois mandatos (1968, p. 66) fornece números nú meros sobr os eleitos 1962, quemostram consecutivos. Riddell (1968, quemostram um considerável grau decontinuidade. decontinuidade.

25 diretor dois sindicato (p. 34, quadro 12). Qualquer estimativa do papel da Liga, uma vez que ela pode funcionar em diferentes direções, extremamente difícil de ser realizada. O que talvez precise ser dito, para nossos propósitos, propósitos, que, embora Liga nã possa obviamente ser ignorada, seria uni engano supor que, po esse mo organizacional da in dústria não serve para nada. tivo, toda a estrutura organizacional momento, outros fatores externos podem ter o mesmo peso sobre cada conselho de trabalhadores — exemplo do fatores econômicos. O conselho está sujeito a influências sobre suas políticas por parte das associações econômicas (associações de empresas de produtos similares) e, o que é mais importante, desde as reformas econômicas de 1965, as empresas empresas operam praticamente num a economia livre mercado, cada um competindo com todas outras; os bande cos, as maiores fontes de crédito, agora também são corpos autônomos operando em linhas "capitalistas" no que se refere ao crédito. té qu ponto será compatível, longo prazo, relação entre livre mercado e a empresas socializadas ainda preciso esperar para ver, mas, de modo geral, no que diz respeito esses fatores externos, nã parece haver nenhuma boa razão para supor que os conselhos de trabalhadores nã possam controlar seus próprios assuntos: "A despeito de algumas leis restritivas, de uma certa intervenção do governo e de algum a pressão pressão do partido, os conselhos conselhos de trabalhadores e os seus quadros gerenciais eleitos são de fato responsáveis pelo controle de suas próprias próprias empresas" (N eal Fisk, 1966, p. 30). Portanto, uma vez que é útil examinar em m ais detalhes detalhes o funcionamento do sistema sistema de autogestão dos trabalhadores da Iugoslávia, agora podem levantadas algumas questões de aplicabilidade geral a qualquer sistema de democracia industrial; industrial; questões m encionadas antes, quando foram consideradas possíveis interpretações do "impossível", questões qu dizem respeit extensão do controle qu qualquer corpo adm inistrativo inistrativo em tempo parcial de "trabalhadores comuns" pode de fato exercer sobre um equipe de especialistas em tempo integral. Devemos considerar também até que ponto a massa de trabalhadores aproveita as oportunidades formalmente abertas a eles e até onde é possível, sob o sistema iugoslavo, ao diretamente da tomada de decisões, como a teoindivíduo participar diretamente ria da democracia participativa sustenta que ele deveria.

tomadaspeloscB^ (^j^^^^^^FHrMMdÕféff rèuründp-se~dè tempos

tempos Tes,ãchélrnfficüEâS"cõm os mais important importantes es problecomo admMstradO Tes,ãchélrnfficüEâS"cõm marfècnicos? Do ponfcfde vistaformal, conselho tem amplos podères decisóribs. lém das funções já mencionadas, tal conselho aprova aspolíti pol íticas cas e planos de produção, de salários e de comercialização; regras de conduta relatórios apresentados nt ados pelo quadro gerencial; decide de que modo parte dos ganhos disposição da empresa deve

distribuída... Demodo geral, o conselho de trabalhadores encarregado de cuidar de qualquer problema da empresa. também mais alta autoridade na empresa qual pessoas podem recorrer (Kolaja, 1965, p. 6).

Relatório da OIT (1962) afirma que os corpos de gestão dos trabalhadores trabalhadores "são diretamente diretamente responsáveis por algumas das tarefas que em qualquer o utro lugar cabem à alta administração e aos executivos de nível médio e alto — uma vez que examina um grande número de decisões detalhadas assim como assuntos relativos relativos à polí tica" (p. 163). Existe algu ma informação disponível sobre as atividaatividades dos conselhos. Kolaja analisou os assun tos discutidos discutidos p elos conselhos de trabalhadores nas fábricas que ele visitou (de acordo com o que ficou registrado na minutas de 1957 1959) dividiu-os em três categorias. A primeira, a "produtivo-financeira" (planejamento da produção, salários, salários, compra venda de máquinas), corresponde corresponde em linhas gerais nossa categoria de administração de alto nível; as outras duas, de "manutenção organizacional" organizacional" e de "solicitaçõe "solicitaçõess individuais" individuais" (para saídas, queixas, etc.) assemelham-se, grosso modo, ao nível administrativo mais baixo. Nas duas fábricas, os conselhos de trabalhadores gastaram a maior parte do tempo tratando de assuntos que cabem na primeira categoria.25 Os tópicos para os quais os conselhos dedicaram maior atenção mostraram um interessante evolução no decorrer do tempo. Uma análise detida das minutas de sete empresas, num período período de dez anos, mostrou que, durante esse tempo, a quantidade de horas dedicadas tópicos tópicos mais importantes, de alta gestão, cresceu, enquanto o tempo gasto com outros assuntos diminuiu. Segun do Kolaja, 1965, p. 24, quadro 6. Stephen encontrou mesmo padrão no estaleiro Split (1967, p. 17). Ve também lista da pautas de 6 mil conselhos em Blumberg (1968, pp. 205-6) e lista dos debates e decisões na empresa Rade Koncar, em Kmetic (1967, pp. 27-8).

o autor, isso indicava que os membros do conselho haviam aprendido a lidar com assuntos que transcendiam seu ambiente imediato — ou, como coloc Ridell, qu tais membros estão "aos poucos 's colocando em dia com o sistema". Isto constitui umreforçjQJntejressante para argumento do teóricos dajemocracia p^ticipatiy^ajesitó^°^^

^Sâ^§EJÊ fl§^^2i3SÊJSM?A=fflÊJ^

mais práticas para a m um certo senlidoTuInaTez^qü^tís^^^ decisões dessa natureza, ficou demonstrada possibilidade de uma j estrutura de autoridade democrática na indústria; "governo" é f leito para cargo pela coletividade coletividade dos trabalhadores, deve prestar/ contas ao eleitorado pode ser substituído po ele. Po outro lado| permanece a questão do papel dos "especialistas" na empresa; será que os conselhos de trabalhadores funciona apenas gara endossar lugar? Sfpapel dcTdlrêtoF! astante importante nesse aspecto, tantcTBò~ponto de vista formal como do inform al. A redução do seu mand ato para quatro anos significa que o campo sobre o qual pode exercer sua "onipotência" fo reduzido, mas ele continua ter, como já se mostrou, amplos poderes formais. Stephen (1967, p. 35) observa que, no estaleiro por ele visitado, havia um cláusula do "estatuto" qu impedia conselho de mudar um decisão do diretor sobre execução da decisões políticas; único recurso qu possuíam era conclamar comuna ou demitir diretor. Não se sabe quanto tal provisão comum. passado, houve sem dúvida muitos casos de diretores que se excederam no poder, e imprensa iugoslava de bastante p ublicidade ublicidade eles. ovamente pode-se pensar que a posição agora melhorou, mas, nesse caso, como em todos os outros, torna-se torna-se difícil generalizar generalizar devido às grandes diferenças de condições nas várias partes da Iugoslávia. Seria bem mais fácil para um diretor que tivesse isso em m ente "assumir" uma empresa, digamos, na Macedônia, onde provavelmente estaria lidando com pessoas sem instrução, uma força de trabalho 26. C itado por Kolaja, p. 23. Riddell, 1968, p. 68. 27. Sturmthal sugeriu que essa evolução reflete meras mudanças legais. Embora o quadro constitucional tenha mudado, os poderes dos conselhos foram sempre extensos; questão que eles agora parecem ma is desejosos e mais capazes de exercê-los. Sturm thal, 1964, p. 109. 28 Ve Ward (1957) e Tochitch (1964).

região be mais avançada industrial sem experiência, do que num a região ponto de vista industrial, como a República da Eslovênia _Ojualdo observações abertas de "prepotên, pelo

jl. A maioria das sugestões parece provir do drrêtõre do colegiado, elas elas raramente sã rejeitadas; eles também fazem maioria da intervenções orais. Isto se aplica em particular quando há discussão do tópicos mais importantes mais técnicos (por exemplo, os planos de produção); somente quando se discutem assuntos de menor importância — em especial problema da moradia para os trabalhadores, trabalhadores, fornecida pelas empresas iugoslavas que os membros do conselho pertencentes ao escalão mais baixo têm alguma participação, ou tomam notas, e sobre essas questões que se instala um debate de fato vigoroso. padrão era semelhante rias empresas visitadas visitadas po Stephen, onde força de trabalho era bem mais educada especializada (se bem que, na reunião que ele assistópicos de alto nível tivessem sido discutidos anteriortiu, alguns tópicos 29 mente). Po outro lado, um relato diz que no caso de pelo menos um empresa "as reuniões do conselho e da unidade econômica às assistiu foram marcadas por votações muito freqüentes, nem quais se assistiu sempre unânimes, e decidiram-se pon tos importantes que retificaram as propostas feitas pelo diretor, pelo presidente pelos subcomitês", e o Relatório da OIT menciona um ocorrência análoga.30 Mesmo admitindo evidência de alguns exemplos de participaçãolOTvTTrêTèíiyj^por-parte-dos rftljrnbrBs^e^alguns^Ms^^ ferãTdo pe^o^aii^ièricia^exeidda^^^i&^e outros espej:miistlF^à^quipe^irigente realça aquilo que parece, confrontando^com essa participação, um Jilema.quasejnsplúvel para um sistema democrático^e participativo participativo na indústria. Parajjue o máximo de" trabalhadores tenha oportunidade de desempenhar um função administra 29. Stephen, 1967, pp. 38-41. Relatórios sobre as reuniões do conselho dos trabalhadores podem ser encontrados em Riddell (1968, pp. 66-7) Kolaja (1965, pp. 45-50 19-21, quadro 4). N a fábrica visitada pelo primeiro os trabalhadores revelavam baixa qualificação; naquelas visitadas por Kolaja, havia um alta proporção de mulheres trabalhadoras, embora ele não tenha se dado conta de que isso é significativo para a participação. 30. Singleton Topham, 1963, p. 23,1.L.O., 1962, p. 236.

participação também sejajnativa, e para q ue o efeito edu cativo da participação parcial^porefnTparirque os membros do conselho de trabalhadores 'discutam 'discutam efetivam ente assuntos de alta política da empresa com sua equipe de especialistas, então o oposto faz-se necessário. Em um país relativamente subdesenvolvido como a Iugoslávia Iugoslávia as dimensões desse dilema acentuam-se, mas não se deveriam tirar tirar conclusões de alcance muito longo partir daí. e isso qu torna democracia industrial "impossível", então, uma vez que qualquer corpo democrático eleito enfrenta problemas similares similares (por exemplo, no governo local), democracia política política tam bém impossível — e não isso, de fato, o que querem dizer os teóric teóricos os que sustentam a impossibili impossibilidade dade da democracia industrial. A verdadeira questão é a área na qual se deve procurar uma solução solução para esse dilema dilema no contexto industrial;

quajijDsjnjejiasJi^^ 4oresju^ejhe^permitem avaliar elaborar,^ojn^o|nriçténda,,planos^

experiência. Sobre ejgglíticas?, Ümá~dãs"respostas, sem dúvida, é a experiência. isso mostra-se relevante o que se disse no último capítulo co base nos dados sobre sobre a participação parcial nos níveis m ais altos. altos. A participação em tais níveis precisa vincular-se às oportunidades de p articipação também nos níveis mais baixos. Em outras palavras,_assim como a jarticjpação no local de trabalho atuajpomo um "campo de provas" para participação na esfera polmca mais^rahgente, da mesma" forma experiencia_jja tomada^dedecisaononíyel mais baixQ9a_administragãc^pode funcionarj:j3mojiun-temamejQto inestimável_para_a participação na tomada de decisões nos níveis mais íesse sentido, papeFdas umBMêTe^õTfomicãTnTlugõSlavíã" é vital. E como vimos, urnajCQndição necessária necessária para a participação participação é a disponibilidade disponibilidade de informações^lêvaiítêsTê müíío~mãTs poderia realizado nesse campo na lug^líívlsrDêlfíodo geral, as informaser realizado ções estão disponíveis aos trabalhadores nas empresas iugoslavas, '"o princípio de publicidade'é provavelmente único, e na maioria dos casos fornece mais informação aos empregados na Iugoslávia do qu recebem seus companheiros na Inglaterra, nos Estados Unidos ou na União Soviética".31 Contudo, embora um relatório observe que, em várias empresas, as reuniões do conselho e da unidade eco31. Kolaja, 1965, p. 76. Ver também I.L.O., 1962, p. 280.

nômica "dispunham "dispunham de farta documentação sobre os itens constantes na pauta", isto nã acontece em todos os lugares.32 entanto, como inistradores nos sistemas nota Sturmthal (1964, p. 189), poucos adm inistradores industriais ortodoxos tomam decisões técnicas sozinhos, de modo qu é absurdo esperar esperar qu cs membros do conselho o faç am, e este ainda precisam, para "contrabalançar", de informações para podesentido, os sindirem avaliar as sugestões feitas pelos outros. Nesse sentido, catos poderiam desempenhar um papel valioso ao obter e fornecer tais informações ao conselhos; poderiam funcionar como um deparem um a discussão entre os tamento de pesquisa, ou, como sugerido em iugoslavos, o conselho poderia contratar seus próprios especialis especialistas tas 33 esse tipo trabalho. tenham sido tentadas soluções de Até que para nas linhas aqui indicadas, deve permanecer sem resposta a qu estão sobre a possibilidade possibilidade de se chegar a um a solução satisfatória para o dilema. De qualquer forma, nada leva supor que a existência desse dilema impossibilite impossibilite a democratização das estruturas de autoridade industrial. Devemos agora examinar a extensão do envolviiriento da trabalhadores no sistema de autogestão desses trabalhadomassa dos trabalhadores res na Iugoslávia. A primeira coisa a assinalar é que um número notável de pessoas já assumiu algum cargo: entre 1950 e início década de 60 cerca de um milhão de indivíduos serviram nos conse-" lhos de trabalhadores, e nos quadros administrativos, cerca de um quarto da força de trabalho industrial. 34 Obviamente, um grande proporção deles deve ser de trabalhadores "comuns", mas deve-se expressão "conselho de trabanotar que existe uma ambigüidade na expressão lhadores", lhadores", qu e poucas discussões a respeito da democracia industrial industrial controle pelos trabalhadores p rocuram resolver. definição de ou do controle "trabalhador" é e geral deixada em aberto, e não se afirma se "trabalhadores" significa apenas os trabalhadores manuais e de baixo status ou se o termo inclui os que usam "tanto a mão quanto o cérebro", ou seja, todos os empregados de uma empresa específica. implicação da autogestão dos "trabalhadores" "trabalhadores" ou controle pelos "trabalhadores" é que os trabalhadores de baixo escalão estarão em Top ham, 1963,p. 24. Vertambém Riddell, 1968, p. 66. 32. Singleton e Topham, 33. Bilandzic, 1967 Dragicevic, 1966. 34. Blumberg, 1968, p. 215. Em 1960 força total de trabalho era de 9 milhões, dos quais milhões eram de trabalhadores agrícolas. Auty, 1965, p. 157.

maioria nos corpos administrativos (o que, já que eles formam maioria da força de trabalho, bastante aceitável), mas não há nenhuma razão para limitar autogestão dos "trabalhadores" apenas a ess essa categoria categoria de emprega empregados, dos, quando quand o a democraci democracia a implic imp lic sufrádivi são entr gio universal e participação de todos. Na Iugoslávia, divisão trabalhadores manuais e os colarinhos-brancos não é mais reconhecida oficialmente (Stephen, 1967, pp. 13 segs.); não fica claro, porém, existem ainda cláusulas nos estatutos com poderes para assegurar que os corpos administrativos sejam compostos em sua maioria por trabalhadores manuais ou da produção. Kolaja afirma trabalhado res manuais devem devem te representação proporcional que os trabalhadores entre os candidatos para conselho, e que três quartos do quadro administrativo devem estar empregados diretamente na produção; recentemente nte por Stephen não se tinha mas no estaleiro visitado mais recenteme conhecimento dessa cláusula.35 Qualquer que seja caso aqui, é difícil ve como, ob qualquer processo de nomeação razoavelmente livre, poderia atendida cláusula sobre os candidatos, e não se dispõe de nenhuma informação respeito. No entanto, existe informação sobre composição dos conselhos dos trabalhadores e (em 1962) mulheres tendiam estar sub-representadas e os trabalhadores especializados e os altamente especializ peci alizados, ados, super-represuper-repre36 sentados. Este último fato ilustrado pelo estaleiro Split, onde, embora de 1965 1967 proporção de trabalhadores manuais no conselho tenha aumentado de 61,3% para 72,4%, 1967 apenas 2,6% desses eram semi-especializados e 3,9% não tinham especialização. Os trabalhadores do estaleiro Split explicaram essa baixa repres representação entação dos do s menos especializado peci alizados s em função dos níveis educacionais geralmente baixos e do desejo de que os melhores homens assumissem sumissem os cargos. É difíc di fícil il ver ver de que que modo esses esses trabalhadores aumentarão a sua representação até que se elevem esses níveis educacionais e até que se tenha adqu adquirido, irido, longo prazo, experiência 35 Kolaja, 1965 pp. 7-8. Stephen, 1967, p. 13. Blumberg, 1968, p. 217, reafirma existência da cláusula sobre o quadro administrativo. 36. Riddell, 1968, p. 66. O padrão é o mesmo encontrado no Ocidente, no que se refere participação na organizações sociais políticas. 37. Stephen, 1967, p. 11 e ap. 2.2.1. Dosmembros de colarinho-branco apenas 3,9% tinham de colarinho-branco formavam 13% do total nível de escolaridade primária (o trabalhadores decolarinho-branco trabalho). Ver Kolaja, 1965 1965 p. 17, quadro 1. da força de trabalho).

sistema parti partici cipativ pativo, o, do qual qual se esperaria aumentar sua sua "pronti " pronti de sistema dão" psicológica para participar. Entretanto, classe "alta" dostrabalhadores parece apresentar de Contud o, fato taxasbe maiores de participação no nível mais elevado. Contudo, isto tem de ser confrontado com o fato de que há evidências de uma falta de conhecimento conhecimento mais geral e de inter interesse sobre sobre o funcionamento básico do sistema. Em uma das fábricas visitadas po Kolaja, ele falou trabalhadores, e dez delas a pessoas sobre reunião do conselho de -10 absolutame tamente nte nada a respe respeito ito.. Riddell Riddell cita cit a várias váriaspesquinão sabiam absolu sas iugoslavas respeito do conhecimento geral sobre sistema de autogestão dos trabalhadores e e,, se bem que os os níveis variem de acordo co o tipo de trabalhador e tipo de fábrica, eles tendem a ser baixos. fábric a entrevistaram-se entrevistaram-se 31 trabalhadores que tomaram as Em uma fábrica decisões decisões relativas relativasa cinco cinc o áreas áreas dafábrica, sendo que 105não respond respondeeram nenhuma da questões corretamente, nenhum trabalhador respondeu a todas as cinco questões corretamente. Um outro pesquisador comentou que "é um fato marcante que grande número de entrevistados, comparativamente falando, não poss p ossui ui qualquer qualqu erconh cimento le informaçõ ções es sobre importantes impo rtantes problema problemas sociais, mentar carece de informa econômicos políticos".39 Riddell sugere que essa falta de conhecimento e de interesse acontece porque "e geral, sistema tornou-se complic comp licado ado demais demais para para a maioria maioria dos dos trabalhado trabalhadore res s que que opera 40 dú vida da e iste uma série de re regu gulamento lamentos s que são freqüennele". Se dúvi temente modificados (e o sistema de distribuição da renda é bastante complic do), mas mas não se vê como c omo a efetiva estrutu estrutura raorganizacional organizacional de autogestão dos trabalhadores poderia menos complexa do que é e ainda permitir o máximo de participação, seja direta, seja por meio de repres representantes entantes,, tanto t anto nos níveis níveis mais altos ltos quanto quant o nos mais baixos Por infelicidade, a maioria dos estudiosos ignora, quase que 38. Kolaja, 1965 p. 51. No entanto, um ex-presidente do conselho observou que "não se costuma informar i nformar os trabalhadores trabalhadores sobre a pauta a ser discutida discut ida no conselho co nselho de d e trabalhadores". Kolaja vai além do que qu e o autorizam suas evidências evidên cias ao atribuir trib uir a falta de particip particip ação na discussão das questões questões relativas à alta administra admini stração ção por parte p arte dos trabalhadores de d e baixo escalão nas reuniões do conselho à falta de interess interesse; e; na ausência de outros indícios ind ícios também t ambém se poderia afirmar que o motivo seria falta de confiança ou falta de informação suficiente. 39. Riddell, cit, pp. 62-3. Ve também Ward, 1965 40. Riddell, 1968, pp . 62-5 62-5.. Uma grande dificuldade na interpretação dos dados sobre a Iugoslávia é saber qual qu al peso se deve atribu atribuir ir ao hiato que q ue existe entre a ideologia oficial e prática oficial; até que ponto pon to isto i sto entra na explicação pli cação do baixo b aixo nível de intere interess sse e no sistema? sistema?

por completo, participação nos níveis mais baixos no sistema iugoslavo, por isso não há meios de dizer esses níveis de participação ção e de de intere int eresse sse são mais altos alt os nessa nessa esfera esfera (a (a parti partirr dos dados d ados obti obtido dos s anter nterio iormente rmente seria seria de se espera esperarr que que fossem) fossem).. Essa lacun lac un também lamentável por uma outra razão. Umjiosjprobler Umjio sjproblernas nas que qu e s com ^^o^a^djL^er ^djL^ernoc noc^iãj^r^drMr ^iãj^r^drMrva^ va^foi foi leyjaJOÜ' relacionados com^^o^a té que^rjojto^seria^rjiossível reproduzir modçlqjie pjirtrapaejío dclargaescala.O sistema sistema iugoslavo iu goslavo fornece fornece algumas algumas idéias idéi as sobrFco sobrFcorno" rno" isso pode p ode se primeiro lugar lug ar,, um fator jámencionado, a alta rotatividade feito. Em primeiro dos membros dos corpos administrativos nos cargos significa que, no decorr d ecorrer er de uma vida, vid a, cada indivíd indi víduo uo deve d everia ria ter ter a oportuni opo rtunidade dade de participar, pelo menos uma vez, diretamente da tomada de decisões. Em segundo lugar, o sistema iugoslavo também oferece a cada indivíduo oportunidade de participar da tomada de decisões sobre tópicos de importância, pelo uso do referendo na empresa. Relatório da d a OIT menciona mencio na que que isso isso aconteceu, na maioria dasvezes, vezes, sobr a questão da distribuição da renda; no estaleiro Split, porém, foi convocado um referendo sobre umarecomendação do governo federal ral para p ara que que o esta estaleiro leiro formass formasse e um consórcio consórcio com co m outros outros três. A votação vot ação foi efetuada efetuada simultane simult aneame amente nte nos n os quatro quatro estaleiros taleiros (sob (sob jurisdição de comitês especiais), e proposta não passou porque os trabalhadore trabalhado res s de um dos dos estale estaleiros iros a rejeitou. rejeitou.42 A importância da participação nos níveis mais baixos como um "campo de provas" para a participação particip ação no proces proc esso decisório decisório em gera geral foi mencion menc ionada ada antes. Neste ponto unidade econômica muito importante porque permite que os trabalhadores trabalhadores par p artic ticipem ipem da tomada de decisões com mesm mesmo o obj tivo, tivo , par p ar próprio nível coletivo mais baixo, assim como tomadas de decisões administrativas denível mais alto referem-se empresa inteira. De acordo com um estudo, "os iugoslavos consideram a criação das unidades econômicas como um dos avanços mais mais significativos nos últimos vinte vin te anos".43 41. Blumberg (1968), por exemplo, menciona por cima os desenvolvimentos relativos ao nível mais baixo e não faz qualquer tentativa de relacioná-los com a informação sobre participação, apresentada anteriormente neste ivro. 42. I.L.O., 1962, p. 172 Stephen, S tephen, 1967, pp. 43-4. proposta deveria ser votada de novo seis meses mais tarde. 43. Singleton Topham, 1963, p. 17. Essas unidades foram cridas originalmente como tentativa de superar tendência dos conselhos a se tornarem distantes dos trabalhadores (p. 14).

as maioria das empresas mais descentralizadas o relacionauni dade econô econômica mica com o conse conselho lho de trabalha trabalhadores dores tende tende a mento da unidade espécie de contrato contrato coletiv coletivo, o, e e istem istem casos casos de assumir forma de uma espécie unidade unidades s que discutem e votam! propostas de separação da empresa da qual fazem parte. parte. T is unidades unidades têm amplas ffunç unções ões,, asquais quais incluem incluem a plic ção de parte parte dos fundos inter int ernos da d a empres empresa, a, quando qu ando asunidades unidades Existem m indíci in dícios os de que, às vezes fazem empréstimos umas às outras.44 Existe trabalhadore res s efetivamente efetivamente ao menos em algumas poucas empresas, os trabalhado utilizam as oportunidades oferecidas para a participação no nível mais baixo. baixo. Stephen obse o bserva rva que, que, na empres empresa a que ele ele visitou, visitou, os trabalhadotrabalhadores res menos menos qualific qualificados ados e menos instruídos instruíd os tinham tinham uma repres representação entação propocionalmente maior nos conselhos conselhos departamentais, e Relatório descreve creve uma uma reuniã reunião o normal no rmal em uma oficin ofic ina a onde ond e "os comenda OIT des tários e sugestões vinham de todas as partes... um terço ou mais do trabalha trabalhadore dores s p rticip va... e quase não havia h avia nenhu nenhum m constr con strangimento angimento devido a hesita hesitação ção na forma de expressão.. pressão.... ou difer di ferenças enças de grausentre os oradores" (OIT, 1962, p. 172). Não se poderia dizer que o sistema de autogestão dos trabalhadores res n Iugoslávia constitui um exemplo bem-sucedido de democratização das estruturas de autoridade, ou que os dados apresentados aqui permitem esta estabelecer belecer firmes conc conclusões lusões.. É pre preciso qu haja um quantidade tid ade muito muit o maior maior de informações sobre muitos muito s aspectos; emparticu particu necessita-se ita-se de um estudo tudo abrangente sobre o funcio func ionamento namento do lar, necess sistemaem difer di ferent entes estitipo pos s de empresa empresa,, em difer di ferentes áreasdo país. país. Isto talvez se torne disponível no futuro, pois, conforme con forme ssinalou Riddell (1968, (1968, p. 69), a Iugoslávia "constitui " constitui um laboratório laboratório par p ara pequisas pequisas sobre as possibilidades de descentralização do controle na sociedade mo derna, em larga escala, escala, e os seus seus efeitos psicológicos. psicológic os. Pratic Pratic mente não existem limitações limi tações — exceto as do idioma id ioma — para tais tais pesquisas no período período atual". atual". Apesa Apesarr de essas res restriç trições ões e fato de que existe uma Liga Comunista Comu nista e uma natureza subd subdes esenvolvid envolvida a na economia conomia iugosiugoslava dificult dific ultar aremuma comparação dire d ireta ta com o Ocidente, Ocidente, uma conclu são que se pode pod e tira tirarr é que que a periên periência cia iugosla iugo slava não n ão nos fornece p ara supor que qu e ademocratização das estrutu estrutura ras s de nenhuma boa razão para autoridade da indústria é impossível de ser efetuada, por difícil e complic plicada ada que possa p ossa parece parecer. r. 44. Singleton e Topham, Topham, 1963, 1963, pp. 15-7 e 1963a 1963a Vertambém Kmetic, 1967, pp. 20-6.

Essa discussão de democracia industrial na Iugoslávia conclui exame da evidência empírica relevante para os argumentos da teoria da democracia participativa. participativa. Ta evidência indica claramente um única conclusão possível, no que diz repeito teoria democrática^A afirmação da^^ajja^mgcrj^^rjiaiíig^atiy.a.-.dg-.que.a condição de um forma de governo demoj de todo irreacrática_consiste numa"sõciedade participativa, nã ou ser do compreendido, ideal primeiros téorpTtsüTse pode ríão 'cof "clássicos" da democracia participativa permanece, com uma intensidade intensidade m uito maior, um questão viva e e aberto.

CONCLUSÕES

Discussões recentes respeito da teoria da democracia têm sido obscurecidas pelo mito da "doutrina clássica da democracia, propagado co tanto sucesso po Schumpeter. fracasso em reexaminar noção de uma teoria "clássica" impediu correta compreensão do argumentos (de alguns) da primeiros teóricos da democracia sobre papel central qu nela tem a participação; constituiu um obstáculo mesm o para os a.utores a.utores que desejavam defender uma teoria da democracia participativa. Isto significa que a ortodoxia acadêmica predominamente sobre assunto — teoria da democracial contemporânea — não foi submetida a uma crítica substancial e rigorosa, nem foi apresentado um caso realmente convincente favorável à permanência de uma teoria participativa em face dos fatos da política m oderna, de larga escala. vida política A principal contribuiçãcTdesses teóricos "clássicos" — que de signamos como teóricos teóricos da democracia p articipativa articipativa — teoria de mocrática fo atrair nossa atenção para o inter-relacionamento entre os indivíduos e a estruturas de autoridades no interior da quais eles interagem.^sto não significa que os autores modernos estejam completamente alheios alheios essa dimensão; se dúvida, não é o que acontece, como comprova uma boa parte da sociologia política, em especial aquela qu estuda socialização política; no entanto, as implicações da descobertas sobre socialização para teoria da deapreciadas. O v ínculo entre tai mobracia contemporânea não foram apreciadas. descobertas, descobertas, em particular às que se referem ao desenvolvimento do senso de eficácia política em adultos crianças e noção de um "caráter "caráter democrático", democrático", foi negligenciado. negligenciado. Em bora muitos dos defen-

sores da teoria da democracia contemporânea sustentem que um certo tipo de caráter, ou um conjunto de qualidades ou de atitudes, pelo menos entre seja necessário para uma democracia (estável) um parte da população —, eles são bem menos claros no que se refe refere re ao ao modo mod o como como esse esse caráter poderia poderia ser desenv desenvol olvi vido do,, ou ou sobre qual verdadeira natureza naturezade de sua conexão cornt» funcionamento do "método democrático"! Se, por um lado, maioria deles não apoia declaração de Schumpeter de que o método democrático e caráter democrático não têm- relação, por outro, o utro, les não fazem fazem muito mui to es examinar minar a natureza natu reza da relação postulada. Mesmo Al forço para exa mond mon d e Verba, Verba, após mostrarem mostrarem com co m clare clareza za a, conexão conexão existent existent entre um ambiente participativo e desenvolvimento detam senso de eficácia icácia polí p olític tica, a, não nã o revelam revelam nenhu nenhuma ma compreensão compreensão sobre sobre a imporimportância disso em seu capítulo final, de teorização. Semelhante Semelhante lacuna, lacun a, no entanto, apenas parte de uma característica mais geral notável de muito mui tos s textos tos recentes sobre teoria democrátic democrát ica. a. Não obstante o bstante a ênfase ênfase que a maioria dos teórico teóricos s polípo líticos moder mod ernos nos dá natureza empí empírica rica científica de sua disciplina, les aprese apresentam, ntam, ao menos no que qu e concer conc erne ne à teoria democrátic democrát ica, a, curio sa relut relutânc ância ia em olhar para para os fatos com espírito investigaum curiosa dor. Em outros termos, eles parecem relutantes visualizar se é ou não poss p ossível ível oferecer oferecer uma e plicação plicação teórica sobre o motiv motivo o de os fatos políticos serem como são; em vez disso, eles assumem que uma teoria que possivelmente poderia conter uma explicação já se mostrou obsoleta, e partir disso concentram-se construir, de modo acrítico, uma teoria "realista" para fazer face os fatos tais como revelados pela sociologia política. resultado resultado desse desse procedimento unilatera uni lateral tem t em sido sido não apenas democrátic a que qu e descon desconhece heceu u suas suas implic impl icaçõe ações s normatium teoria democrática vas, quais estabelecem sistema político anglo-americano existente como o nosso ideal democrático; esse procedimento resultou também numa teoria "democrática" que, muito mui tos s specto spectos, s, exibe um estranha semelhança com os argumentos antidemocráticos do século XIX. teoria democrática não está mais centrada na participação "do "d o povo", povo" , na participação participação do d o homem comum, nem se se consiconsidera mais que a principal principal virtude de um sistema sistema políti pol ítico co democrático d emocrático reside no desenvolvimento da qualidades relevantes necessárias, do ponto de vista político, no indivíduo comum; najeoriadajiemo-

ritária, ritária, e a não-par n ão-particip ticip çjo^dpjwnpin^comum, çjo^dpj wnpin^comum, _agátícq, com pouca sénsojle eficãciãrpolifica vista como principal salvaguarda contra jnstabilidade. Ão que tüdólndíca, não ocorreu osteóricos recentes imaginar por po r que deve d everia ria haver uma correlação correlação positiva posit iva entre apatia, apatia, reduz reduzido ido sentimento de eficácia política baixo status sócio-econômico. mico . T ria sido sido mais plaus plausível ível argument argumentar arque os primeiros teóricos da democracia foram fantas nt asio iosos sos em em sua sua noçã no ção o de de "car "c aráter áter democrádemoc rático" e em sua afirmação afirmação de que, num dete d eterminado rminado quadro quadro instituci instit ucioodesenvolvesse nessa direnal, seria possível que cada indivíduo ção, todos os setores da hoje pudéssemos encontrar, comunidade, e em proporções mais ou menos iguais, pessoas que não corre c orrespon spondess dessem em a esse esse padrão. padrão. fato de elas não serem encontradas certamente deveria fazer com que q ue os teóricos teóricos políticos empiristas parassem ssem e inves inv esti tigass gassem em os motiv motivos. os. Um vez que se questiona a existência de fatores institucionais poderiam fornecer fornecerum plicação ação sobreos sobre osfatos relacionados com que poderiam um explic patia, conforme c onforme fica sugerido na teoria da democracia partic participativa, ipativa, o argumento derivado da d a estabilidade tabilidade parece parece muito muit o menos fundamentado em bases bases confiáveis. confiá veis. A maioria maioria dos do s teóric teóricos os recentes cont c ontentouentou-se se em aceitar afirmação de Sartori de que a inatividade do homem comum não é "culpa de ninguém", ninguém", e em em tomar os fatos como como eles s apresentam a fim fim d construírem teoria. Contudo, vimos que há evidências dênc ias apoiando apoiando os argumentos argumentos de Roussea Rousseau^Mill u^Mil l e Cole de que q ue com efeito aprendemos participar, particjpaj^^e^^yg^^ejatimento de eficáciálem~mais rtfõbjrôiEcl^ pãHic^tivõTAlení disso, evidências indicam que a experiêncluíé dimuiul dimu iulcão cão a"teridene a"terideneiíí iíí para atitudes hã(>dernocraticas indivíduo. _Se aqueles que acabam de chegar arena política tivessem sido previament previamente e "educados" para ela, sua participação não representaria perigo perigo algum para estabilidade do sistema. Demodo curioso, essas provas provas contra contra o argum argumento ento da da estabilidade tabilidade deve d everiam riam ser bem bem acolhidas por alguns autores que defendem teoria teoria contemporânea c ontemporânea,, pois, ocasionalmente, eles lamentam lamentam os baix baixos os níveis níveis de particip particip ção política política e de intere interesse que que agora agora s manifestam. O argumento da estabilidade somente pareceu tão convincente porque porq ue as as evidências evidên cias relativ relativas as aos efeitos efeitos psicológico psicológ icos s da participaVwe^í:

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cão nunca foram considerados em relação aos problemas da teoria política, mais especificamente, da teoria democrática. dois lados da atual discussão sobre o papel da participação na moderna teoria dademocracia apreenderam apenas metade da teoria da democracia participativa: os defensores do primeiros teóricos salientaram que seu objetivo era a produção de uma cidadania cidadania educada, ativa, teóricos da democracia contemporânea assinalaram assinalaram a importância os teóricos da estrutura de autoridade em esferas não-governamentais para socialização política. Nenhum do dois lados, no entanto, se deu conta de que os dois aspectos estão conectados ou percebeu o signisignificado da evidência empírica empírica para seus argumentos. Contudo, o aspecto da socialização socialização na teoria da democracia participativa também pode ser absorvida pelo quadro geral da teoria contemporânea, fornecendo as fundações para um teoria de bases mais sólidas de uma democracia estável do que as que foram apresentadas até o momento. A análise análise da participação no contexto da indústria deixou claro que, para que se desenvolva ali o senso de eficácia política, necessária apenas um modificação relativamente pequena talvez seja necessária em suas estruturas de autoridade. Concebe-se Concebe-se facilmente, dadas as recentes teorias de gerenciamento, que mais baixos pode se pjítjca _bastante^dj&ndida entre s, nojuturo, devjdq^multiplicidade de vantagens parece trazer para eficiência e^carjacidade díêmgresa de se Udãptar às mudança^e^kcmsjll^ias^Çorém, e argumento dasoSlizaçao compatível com duas teorias dademocracia, democracia, am bas permanecem em conflito em relação a seu aspecto mais importante: as respectivas definições de uma forma de governo democrático. S eria apenas apenas a presença de líderes em competição a nível nacional, nos qu ais o eleitorado periodicamente pode votar, ou-ela também exigiria existência de um sociedade participativa, uma sociedade organizada de tal modo que cada indivíduo tenha a opo rtunidade de participar de maneira direta em todas as esferas políticas? políticas? N ossa intenção, claro, não era demonstrar este ou aquele ponto de vista; o que temos considerado é se a idéia de uma sociedade participativa seria tão fantasiosa como sustentam aqueles autores que pressionam por uma revisão da teoria da dem ocracia participativa. -Hegãe-á&-uma-soGÍedade-paiticipati -Hegãe-á&-uma-soGÍedade-paiticipativa.exi. va.exi.ge.que-Q-alGapGe-do ge.que-Q-alGapGe-do teano--peHtiee— seja-ampliade^arajictoji_esferas_extgriores ao go-

vernojaacional. Já observamos que vários teóricos políticos de fato

lutam apenas por essa ampliação. Infelizmente, essa essa definição mais abrangente e, o que é mais grave, suas implicações para teoria

política em ger l são esquecidas por esses mesmos teóricos o voltavo lta-

rem sua atenção para a teoria democrática,

instantaneamente muitas d as idéia confusas que existem sobre democracia cracia (e sua relação relação com a participação) participação) no contexto da indústria. al reconhecimento permite rejeitar o uso do termo "democrático" para descrever uma abordagem amigável por parte de supervisores, ignorando a estrutura de autoridade na qual ocorre essa abordagem e também possibilita a rejeição do argumento que insiste em que a democracia industrial já é um fato, co base em uma comparação espúria com a política nacional. Há pouca evidência empírica para apoiar a afirmação de que a democracia industrial, a participação integral no níveis mais altos, impossívsl. Existe, po outro lado, suficiente para sugerir que se trata de uma questão complexa, que envolve muitas dificuldades; muito mais do que está presente, por exemplo, no primeiros escritos G. D. H. Cole. Emb ora seja possível delinear delinear poucas conclusões conclusões firmes partir do material sobre sistema de autogestão dos trabalhadores na Iugoslávia, o fato de que ele tenha funcionado em um quadro desfavorável, e, em certa medida, ainda que pequena, funcionado do modo previsto pela teoria, constitui um evidência que não pode ser negligenciada. As soluções sugeridas, no último capítulo, para lguns do problemas qu envolvem estabelecimento de um sistema de democracia industrial, exemplo do dilema entre controle do "especialistas" e a cláusulas para máximo de participação no corpo administrativo, são tentativas extremadas. Até que tenhamos um exemplo de um sistema onde a "informação adicional" esteja à disposição de um órgão administrativo eleito, não temos meios de saber se isso é ou não uma resposta aceitável (se bem que talvez o fato de que a administração também será executada po trabalhadores experientes experientes na gerência do estabelecimento estabelecimento ao nível da produção não deva ser subestimado quando estiverem envolvidos problemas de trabalho de especialistas). principal dificuldade em uma discussão das possibilidades empíricas de se democratizar as estruturas de autoridade autoridade da indústria indústria

dispomos informação suficiente sobre sistema participativo que contenha oportunidades de participação nos níveis mais altos e mais baixos, a fim de testar, de modo satisfatório, alguns do argumentos da teoria da democracia participativa/A participativa /A importância do nível mais baixo ba ixo no processo processo participativo participativo na indústria é ilustrado por evidências obtidas tanto na Grã-Bretanha quanto na Iugoslávia. nível mais baixo desempenha mesmo papel em relação à empresa que a participação na indústria, em geral desempenha em relação à esfera mais ampla da política política nacional. Os dados sugerem que baixo nível de demanda por participação em níveis mais altos no local de trabalho poderia ser explicado, pelo menos em parte, como um efeito do processo processo de socialização, socialização, o qual, seja através através da noção adquirida pelo rapaz comum de sua futura função no trabalho, seja pelas experiências do indíviduo no interior do local de trabalho, poderia conduzir à idéia de que a participação participação nos níveis mais altos fosse "inatingível" "inatingível" para muitos mui tos trabalhadores. trabalhadores. Assim, a possibilidade de participação nos níveis mais baixos crucial para que se responda à questão do número de trabalhadores que, a longo prazo, poderiam vi a aproveitar as oportunidades oferecidas por um sistema democratizado. Na ausência dessa base vital de treinamento, mesmo se a participação em níveis mais altos fosse introduzida em larga escala, seria pouco provável que ela, por si só, fosse capaz de provocar uma resposta significativa entre os trabalhadores trabalhadores do escalão mais baixo (ou que tivesse, por isso, um grande efeito sobre desenvolvimento do senso de eficácia política). Desse modo, a questão sobre a grande maioria dos trabalhadores participar ativamente em um sistema industrial democratizado, como a teoria da democracia participativa sustenta que eles fariam, precisa permanecer, por enquanto, em larga medida como um questão de conjectura, embora demanda por participação nos níveis mais baixos sugira s ugira que, enfim, havendo oportunidade para isso, mais trabalhadores poderiam vir a fazê-lo, ultrapassando o que esperam os mais céticos em relação à democracia industrial/ Hoje, problema da eficiência econômica econômica está fadad ocupar 'u grande espaço nas discussões que envolvem democratização das estruturas de autoridade da indústria; em particular, até que ponto a igualdade econômica que implica um sistema de democracia democracia industrial seria compatível com a eficiência. igualdade econômica ;om freqüência descartada como sendo de pouca relevância relevância para pa ra

democracia; porém, uma vez que a indústria seja reconhecida como um sistema político propriamente dito!, é claro que se torna necessária uma medida substancial desigualdade econômica em seu interior. Se as desigualdades no poder de decisão forem abolidas, haverá enfraquecimento correspondente da justificativa para para outras formas; de desigualdade econômica. exemplo da Scott Bader Commonwealth mostra que uma ampla medida de segurança no emprego para trabalhador comum não é incompatível com eficiência, e as consideráveis desigualdades que existem em termos da segurança na manutenção do emprego (e nos vários benefícios adicionais associados a essa segurança), ao que tudo indica, seriam os aspectos mais evidentes da desigualdade econômica nos dias atuais. (Por certo que, sem uma tal segurança, independência individual qu Rousseau tanto valorizava valorizav a torna-se impossível.) Scott Bader também opera dentro de uma faixa salarial estreita, mas é difícil dize r até que ponto a isonomia de rendimentos — aquilo que a maioria das pessoas pensa em primeiro primeiro lugar quando se menciona a igualdade econômica econômica seria, em última instância, compatível com a eficiência econômica. A questão questão dos "incentivos", "incentivos", por exemplo, é bastante polêmica. polêmica. também difícil estimar qual grau de igualdade econômica econômica necessário para participação efetiva. Não seria de grande utilidade, tampouco, especular sobre sobre como os corpos corpos administrativos eleitos poderiam avariar os fatores envolvidos na distribuição de renda dentro da empresa. A experiência iugoslava, no entanto, com o passar do tempo, pode pode ser de algum auxílio nesse aspecto. De maneira geral, os dados não mostram nenhum ne nhum empecilho empecilho sério evidente eficiência econômica, o qual pudesse questionar toda a idéia de democracia industrial. Na verdade, boa parte do material empírico obtido sobre a participação nos níveis mais baixos baixo s apoia apoia a visão de Cole, segundo a qual um sistema participativo liberaria reservas de energia e de iniciativa do trabalhador comum, desse modo aumentaria eficiência. Porém, mesmo se alguma ineficiência resultasse da introdução 1. Pouco se disse respeito da propriedade da industria em um sistema participativo, um vez que isso nos afastaria muito de nosso tema principal. Como mostraram os exemplos da participação parcial nos níveis mais altos na Grã-Bretanha, existe uma gama bem mais ampla de alternativas do que a sugerida pela dicotomia geralmente colocada entre "capitalismo"

"nacionalização total". Uma discussão interess ante recente sobre propriedade pode ser encontrada em Derrick Phipps (1969, pp. 1-35).

processo de decisão democrático na indústria, indústri a, fato de isso fordo processo

necer ou não um argumento conclusivo para seu abandono iria depender do peso atribuído a outros resultados que poderiam advir, a melhoria dos resultados humanos human os que os teóricos da democracia participativa consideravam de importância fundamental. Havíamos considerado a possibilidade possibilidade de se constituir uma sociedade participativa em relação a apenas uma área, a da indústria. No entanto, uma vez que a indústria ocupa um lugar de importância vital na teoria da democracia participativa, isso suficiente para estabelecer "ã validade ou pelo menos noção de uma sociedade participativa. A análise do conceito conceito de participação apresentado aqui pode se aplicar outras esferas, esfera s, embor as questões empíricas suscitadas pela extensão da participação outras áreas além da indústria não possam ser consideradas. Não obstante, pode ser de alguma utialguma s das possibilidades possibilidades nesse nesse sentido. lidade indicar brevemente algumas Para começar, por assim dizer, do começo, vejamos a família. Teorias modernas de educação infantil — em especial as do Dr. Spock — ajudaram a influenciar a vida familiar, principalmente entre as famílias de classe média, em uma direção mais democrática do que antes. Contudo, se a tendência geral é no sentido da participação, os efeitos educativos que daí derivam podem ser anulados se as experiências individuais indivi duais posteriore posterioress não caminhem na mesma direção. As reivindicações mais urgentes por uma maior participação nos últimos anos têm se originado dos estudantes, e, com toda certeza, tais demandas são bastante relevantes para nosso argumento geral. No que concerne à introdução de um sistema participativo em instituições de educação superior suficiente notar aqui que, se os argumentos para conceder ao jovem trabalhador oportunidade de participar no local de trabalho trabalh o são convincentes, convincentes, então há um bom motiv para concederão seu equivalente, estudante, oportunidades similasimilares; ambos são os cidadãos amadurecidos do futuro. Uma classe de pessoas para as quais as oportunidades de participação na indústria seriam de pouca ajuda é a da dona-de-casa em tempo integral. Ela poderia ter oportunidades oportunid ades de participar ao nível do governo local, local, em especial se essas oportunidades incluíssem questão da moradia, d a administração de em particular a habitação popular. Os problemas da amplas áreas habitacionais habitacionais parecem ser os de fornecer aos residentes um grande margem de participação na tomada de decisões, e os

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efeitos psicológicos de semelhante participação poderiam se revelar de extremo valor nesse contexto. É de pouco auxílio elaborar um

catálogo das possíveis áreas de participação, mas esses exemplos

fornecem uma indicação de como se pode promover um avanço na sociedade participativa. direção de uma sociedade Um defensor da teoria da democracia contemporânea poderia objetar, essa altura, que, embora idéia de uma sociedade participativa possa não ser completamente fantasiosa, isto não afeta sua definição de democracia. Ainda que as estruturas de autoridade na estivessem democratizadas, isto indústria, e talvez em outras áreas, estivessem teria pouco efeito sobre o papel do indivíduo; tal democratização! obje tor, a uma escolha continuaria confinada, poderia argüir o nosso objetor, entre líderes ou representantes em competição. paradigma da participação direta não teria aplicação nem mesmo em uma sociedade participativa. Levantou-se uma questão similar na discussão do sistema de autogestão dos trabalhadores na Iugoslávia, e ficou claro que, no contexto co ntexto industrial, semelhante objeção não tem lugar. Onde um sistema industrial participativo permitisse participação, tanto qu anto nos mais baixos, baixos, haveria hav eria um espaço para nos níveis mais alto quanto qu indivíduo participasse diretamente de uma ampla variedade de decisões, fazendo parte, ao mesmo tempo, de um sistema representativo; uma coisa não exclui a outra. Se isso ocorre onde existem áreas de participação participação alternativas, alternativas, em certo sentido óbvio objeção válida: no nível do sistema político nacional. Em um eleitorado de, digamos, 35 milhões, o papel do indivíduo só pode restringir-se, quase que inteiramente, inteiramente, à escolha de representantes; representantes; mesmo podendo depositar seu voto em um referendo, sua influência sobre o resultado seria infinitamente pequena. menos que a dimensão das unidades políticas nacionai fosse drasticamente reduzida, essa parcela da realidade não está aberta a mudanças. Em um outro sentido, no entanto, essa objeção perde a sua razão de ser, pois deixa de levar em conta a importância da teoria da democracia participativa para as sociedades industriais de massa modernas. Em primeiro primeiro lugar, somente se o indivíduo tiver a oportunidade de participar de modo direto no processo de decisão e na escolha de representantes nas áreas alternativas é que, nas modernas circunstâncias, ele pode esperar ter qualquer controle real sobre o curso de sua vida ou sobre o desenvolvimento do ambiente em q

ele vive. claro que as decisões decisões tomadas, po exemplo, no local de trabalho, na Câmara dos D eputados ou no ministério ministério não são exatamente as mesmas, mas pode-se concordar com Schumpeter seus seguidores seguidores pelo menos este respeito: é de se duvidar que o cidadão comum chegue algum dia a se interessar por todas as decisões que são tomadas a nível nacional da mesma form a que se interessaria interessaria por aquelas aquelas que estão mais próximas dele. O segun do ponto impo rtante é que a oportun idade de participar participar nas áreas altenativas significaria que uma parcela da realidade teria mud ado, a saber, o contexto dentro do qual ocorria ocorria tod a a atividade atividade política. argumento da teoria da democracia participativa é que a participação participação nas áreas áreas alternativas alternativas capacitaria o indivíduo a avaliar melhor conexão entre as esferas públicas privada. homem comum poderia ainda se interessar por coisas que estejam próximas de onde mora, m as a existência de uma sociedade sociedade participativa signi fica que ele estaria mais capacitado capacitado p ara intervir no desempenho dos representantes em nível nacional, estaria em melhores condições para tomar decisões de alcance nacional quando surge oportunidade para tal, estaria mais apto para avaliar impacto das decisões tomadas pelos representantes nacionais sobre sua própria vida sobre meio que o cerca. No contexto de uma sociedade participativa o significado do voto para o indivíduo se modificaria: além de ser um indivíduo determinado, ele disporia de múltiplas oportunidades para se educar como cidadão público. É este ideal, um ideal com uma longa história no pensamento político, que se perdeu de vista na teoria da democracia contemporânea. Talvez não seja surpreendente o fato de que, quando um ideal democrático tão abrangente como esse é considerado por alguns autores recentes, ele seja visto como "perigoso", tais autores recomendam que elaboremos nossos padrões com aquilo que pode ser alcançado na vida política democrática, apenas um pouco acima do que já existe. afirmação de que o sistema sistema político ang lo-americano tenta resolver problemas difícies com discriminação parece bem menos p lausível desde, desde, por exemplo, os acontecimentos há cidades norte-americanas, no final da década de 60, ou desde a descoberta, na Grã-Bretanha, do que, no meio da fartura existem muitos cidadãos nã apenas pobres, mas sem moradia, mais do que havia no final da década de 50 e no início da de 60. Mas uma tal asserção só

poderia ter parecido um descrição "realista" na época porau não se questionavam certos aspectos do sistema ou uei HP^,-™; j erminados aspectos dos dados coletados, embora se enfatizasse muito a ba

empírica empírica da n ova teoria. Em suma, a teoria teoria da democracia contemporânea representa um considerável fracasso da imaginação política política e sociológica por parte dos atuais teóricos da democracia. Quando o problema problema da participação participação e seu papel na teoria democrática é colocado colocado num contexto mais amplo do que o fornecido pela teoria da democracia contemporânea, quando se relaciona material empírico relevante com os problemas teóricos, torna-se claro claro que ne as reivindicações po r mais participação nem a própria teoria da democracia participativa baseiam-se, como se diz com tanta freqüência, em ilusões perigosas ou sobre fundamentos teóricos teóricos ultrapassa dos e fantasiosos. Ainda podemos dispor de uma teoria da democracia moderna, viável, que conserve como ponto central a noção de participação.

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ÍNDICE REMISSIVO

Aa D. 95,97 Alford R. F., 70 n.5 Almond G. A., 26 n.14,67-71,138

Argyris,C. 74-5,76n.ll

Autoritarismo: sua necessidade para Eckstein, 24 102-3, 113; personalidade autoritária, 11, 20, 88, 140; estruturas autoritárias atitudes individuais, 36, 37-9,44-7, 60-1, 67-91, 100-2,137,139-40; democratização nas indústrias, 116-36, 141-2; Eckstein procura de congruência, congruência, 23-4 Auty,R, 120 n.7, 123 n.17,131 n.34 Bachrach, P., 21 n.l, 26 n.14,27, 28n.l5el6,34n.21,113n.31 Bader,E., 108-9, 111-2 Barry,B.M., 38 n,5 Bay, C, 26 n.14 Bell, D-, 77 96 n. Bentham, J. 29,46, 53; criticado por J. S. M ill 42-4; sobre a função da participação, 31-22; sobre papel do eleitorado, 30-1 Berelson, B. R- 14, 17, 27; sobre as deficiências das "teorias clássicas", 15-6 Berlin,I.,41n.9 Bilandzic, D. 131 n.33 Blauner, R. 73,77, 78, 80, 82, 86 Blum, H. 108n.22,109 n.23, 24 25 110n.26 27,111 n.28,117 n.4 Blumberg, P., 78 n.13, 81-2, 87, 88,

56

90, 91, 99 n.5,101,120 n.9,121n. 12 22 n.15,125 n.23 e 24TÍ27 n.25, 31

n.34, 132n.35,134n.41 Boston, R., 78 n. Browu,W., 10 n.7 Burke,E., 32 n.23 Burns,J.H.,43 n. lO

Campbell, A., 66 Carey, A., 89 n.26 Carpenter, L. P., 58 n.27 Chamberlain, N. ., 103 n.8 Chandler, M. ., 103 n.8

Chinoy,E.,76n.ll CLegg, H, A. 99 Coates, K., 98 n.3 Coch,L., 82n.l9 Cole G, H. D., 34,42,66, 83,112-3, 119,140,141,143-4; seu plano para socialismo de guilda, 57-9; seu princí-

pio de função, 54; sua teoria de associação, 53-4; sobre eficiência econômica, 57-8,143; sobre igualdade econômica, 56-8; sobre o efeito educativo da participação, 55; sobre controle trole invasivo, 83; sobre outrasfun ções participativas, 56 n.25; sobre igualdade política, 56-7; sobre representação, 54,58 Competência política, ve eficácia política Comuna na Iugoslávia, 121 n.13, 123

problema

da eficiência

conômica. Entret Entretanto, anto,

livro apre-

cLerando-Be

senta conclusões de uma pesquisa rue ueguesa, segun gundo

manda por

qua

uma de-

participação

nos níveis

mais baixos d

administração, que não níveis mais altos;

relação

existe te e

Sobre

papel do sindicatos

geral e um exemplo

auto-gestão

tr balnador s na Iugoslávia, a autor dedica todo um capítulo. pítulo. Embora não

seja

exatamente

um caso bem-suce-

dido dedemocratização das das estrutur struturas as

de

autoridade,

aque

país apresente

peculiaridades que o distinguem, a Iugoslávia constituium verdadeiro labo-

ratório parapesquis isas sobre re o tema.

Participação

e teoria democrática

evide dencia um aspecto to essencial d

acesso

dos indiv ivídu duos nas sociedade

modernasaopr ro ocesso decisório: o: apos-

sibilidade de lt ração da própri própria a atividade política.

participar de um

contexto que IKe diga digarespeito direta direta

mente,

se

nomem comumpodecbegara

mais capacitado paraopina opina

e in-

tervir no de desempenbo de seus representantes

veis

certame certamente imprescindí-

nível nacional.

dispor

múltiplas múltiplas oportunidade oportunidades de participarticipa-

ção,

se

indivíduo te

mais chances

educar corno cidadão público. Longe de ser uma demanda utó tóp pi i-

ca,

calcada sobre obre fundame fundamento

ultra-

passados, o problema problema da participação rticipação conserva um papel central nateori ria aa IMPRESSÃO

ACABAMENTO

dem emocracia contemporânea apesar

passível

que

e,

das aparentes difi dificul culdades dades

aplicação.

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