Características Ambientais do Acre

February 3, 2019 | Author: Edson Alves de Araújo | Category: Soil, Amazon Rainforest, Drainage Basin, Earth Sciences, Trees
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Texto aborda aspectos de relevo, geologia, solos, geomorfologia e vegetação do Acre...

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Como citar este artigo:  PEREIRA, J.M. ; ARAÚJO, E. A. ; BARDALES, N. G. Características gerais do Acre. In: Lucielio Manoel da  Silva ; Paulo Guilherme Salvador Wadt. (Org.). IX Reunião Brasileira de Classificação e Correlação de  Solos (RCC): solos sedimentares em sistemas amazônicos - potencialidades e demandas de pesquisa. 1 ed. Rio Branco: Embrapa/Governo do Acre/UFRRJ, 2010, v. 1, p. 11-20.

CARACTERÍSTICAS CARACTERÍST ICAS GERAIS DO ACRE João Batista Martiniano Pereira1; Edson Alves de Araújo2; Nilson Gomes Bardales3

(1)PesquisadordaEmbrapaAcre,[email protected].(2)Pesquisadorda (1)PesquisadordaEmbrapaAcre,[email protected] .(2)Pesquisadorda SecretáriaAgropecuáriadoEstadodoAcre, Secretária AgropecuáriadoEstadodoAcre,[email protected].(3)Pesquisadorda [email protected].(3)Pesquisadorda SecretáriadeMeioAmbientedoEstadodoAcre,[email protected]  O Estado do Acre, antes território pertencente à Bolívia, foi incorporado ao Brasil

em1903,coma assinaturadoTrata em1903,comaassina turadoTratadode dodePetr Petrópolis.Está ópolis.Estásituadono situadonoextrem extremosudoesteda osudoesteda Amazôniabrasileira,entreaslatitudesde07°07”Se11°08”Seaslongitudesde66°30W e74°W(Figura1e2).Suasuperfícieterritorialéde164.221,36Km2(16.422.136ha)cor respondentea4%daáreaam respondentea4% daáreaamazônicabrasileirae azônicabrasileiraea1,9% a1,9%doterritórionacional.Sua doterritórionacional.Suaextensão extensão territorialéde445Kmnosentidonorte-sule809Kmentreseusextremosleste-oeste.O Estado faz fronteiras internacionais com o Peru e a Bolívia e, nacionais com os Estados do

AmazonasedeRondônia(Figura1).

Figura 1 - Localização do Acre na América do Sul e Brasil

O relevo é composto, predominantemente, por rochas sedimentares, que formam

umaplataformaregularquedesce umaplataformaregu larquedescesuavemen suavementeemcotasdaordem teemcotasdaordemde300m de300mnasfronte nasfronteiras iras internacionaisparapoucomaisde110mnoslimitescomoEstadodoAmazonas.Noextremo ocidental situa-se o ponto culminante do Estado, onde a estrutura do relevo se modi-

cacomapresençadaSerradoDivisor,umaramicaçãodaSerraPeruanadeContamana, apresentandoumaaltitudemáximade734 apresentandoumaaltitude máximade734m.Ossolos m.Ossolosacreanosdeorigem acreanosdeorigemsedimentar, sedimentar,abri abrigam uma vege vegetaç tação ãonat natura urall com compost posta a bas basica icamen mente tede deor orest estas, as, divi dividida didas s emdois tipo tipos: s: TropicalDensaeTropicalAberta,quesecaracterizamporsuaheterogeneidadeorística, SBCS

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constituindo-seemgrandevaloreconômicoparaoEstado.Oclimaédotipoequatorial quenteeúmido,caracterizadoporaltastemperaturas,elevadosíndicesdeprecipitaçãoplu viométricaealtaumidaderelativadoar.Atemperaturamédiaanualestáemtornode24,5ºC, enquantoamáximacaetornode32ºC,aproximadamenteuniformeparatodooEstado. Suahidrograaébastantecomplexaeadrenagem,bemdistribuída.Éformadapelasbacias hidrográcasdoJuruáedoPurus,auentesdamargemdireita hidrográcasdoJuruáedoPurus,auentes damargemdireitadorioSolimões. dorioSolimões.Apopula ApopulaçãodoEstadoéde669.736habitanteseatualmente66%estáconcentradanasáreasurbanas, notadamentenaregiãodoBaixoAcre,emfunçãodacapital,RioBranco.Comvistasauma melhorgestão,oEstado melhorgestão, oEstadodo doAcredivide-se, Acredivide-se,politicamente,em politicamente,emregionais regionaisdedesenvolvimento: dedesenvolvimento: AltoAcre,BaixoAcre,Purus,Tarauacá/EnviraeJuruá(Figura2),quecorrespondemàs microrregiõ micro rregiõesestabele esestabelecidas cidas peloIBGEe segue seguema ma distr distribuiçã ibuição odasbaciashidrográ dasbaciashidrográfcas fcas dosprincipaisriosacreanos.

Figura 2 - Regionais de Desenvolvim Desenvolvimento ento do Estado do Acre

Geologia No Estado do Acre, a principal unidade geotectônica é a Bacia do Acre, que se encontra delimitada pelo Arco de Iquitos (a leste e ao norte) e pela Faixa Andina (a oeste e

a sul).A asul) .Abac bacia iaé é for formad mada a prin princip cipalm almente ente pormater pormaterial ial sed sedime imenta ntar r pouc pouco o con consoli solidad dado o de idadecenozóica,queocupaquasetodaa idadecenozóica,que ocupaquasetodaaextensãodoterritórioacrea extensãodoterritórioacreano.Predominamrochas no.Predominamrochas maciçasdo maciç asdotipoargilit tipoargilitossílticosesiltitosourochasnamentelamin ossílticosesiltitosourochasnamentelaminadascomconcreç adascomconcreções ões carbonáticasegipsíticasearenitosnos,micáceos,eníveisoulentescommatériavegetal carbonizada,emgeralfossilíferos. Entr En treas easuni unida dade desge sgeol ológ ógic icas as,aFo ,aForm rmaç ação ãoSol Solim imõe õesse ssedes desta taca caocu ocupa pand ndo85 o85%do %do territórioacrea terri tórioacreano(Figura4).Essaformaç no(Figura4).Essaformaçãooriginou-s ãooriginou-sedesedimentosvindos edesedimentosvindosdos dosriosdo riosdo  períodoCretáceoquecederamlugar  períodoCretáceoque cederamlugaragrandesla agrandeslagosdeágua gosdeáguadoceeras doceerasa,poucomovimenta a,poucomovimentados,alimentadosporumsistemauvialmeandrantedebaixaenergiacomconexãoestreita comomaraoeste(paraoladodoOceanoPacíco)eárea-fontevindadeleste(noarcode Iquitos).Nesseambiente Iquitos) .Nesseambientelacustre,foramdeposi lacustre,foramdepositadossedime tadossedimentosessenc ntosessencialme ialmenteargilos nteargilosos os daFormaçãoSolimõese,nosmeandrosabandonados,restosvegetaiseconchasdemolus cos.Nosmomentosdesaídadomardepositavam-semateriaismaisarenosos(porçõesareno sasnaFormaçãoSolimões). 12

IX Reunião Brasileira de Classicação e Correlação de Solos: Sistemas Amazônicos – Solos Sedimentares em Potencialidade e Demanda de Pesquisa

Entreas Entre asbac bacias iash hidro idrográ gráca cas sdo doEst Estado, ado,a aq que ueapr aprese esenta ntam maio aior rdive diversi rsidad dade egeo geológi lógica ca éadoJuruáeademenordiversidade,adoTarauacá.Pelahistóriageológicadaregiãoé compreensívelqueissoocorra,poisapartemaisaoestedoEstadoestáincluídanafaixade dobramentosdaCordilhe dobram entosdaCordilheiradosAnd iradosAndes.Comexceç es.ComexceçãodoJuruá,hácertauniformi ãodoJuruá,hácertauniformidadege dadegeológicanorestantedaárea, ológicanorestante daárea,ondeocorremvariaç ondeocorremvariaçõesde õesdediferenciaçãoda diferenciaçãodaFormaçãoSolimões FormaçãoSolimões (SuperioreInferior)edaFormaçãoCruzeirodoSul.Asdiferenciaçõescamporcontada ocorrênciadediferentesníveisdeterraçosuviaisnasregionaisdoPuruseBaixoAcre.

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Geomofologia O Estado do Acre mostra-se dividido em nove unidades geomorfológicas (Figura

5):aPlanícieAmazônica,aDepressãodoEndimari-Abunã,aDepressãodoIaco-Acre,a DepressãodeRio Depre ssãodeRioBranc Branco,a o,aDepre DepressãodoJuruá-Iac ssãodoJuruá-Iaco,a o,aDepre DepressãodoTa ssãodoTarauac rauacá-Ita á-Itaquaí,a quaí,a DepressãoMarginalàSerrado DepressãoMarginal àSerradoDivisor,a Divisor,aSuperfícieT SuperfícieTabulardeCruzeirodo abulardeCruzeirodoSuleosP SuleosPlanal lanaltosResiduaisdaSerradoDivisor. Ap pla laní níci cie eAm Amaz azôni ônica caé éc con onst stitu ituída ídad de eár área eas spl plan anas asc com oma alt ltitu itude des sque quev var aria iam mde de1 110 10 a270meestásituadaaolongodasmargensdosprincipaisrios. ADepressãodoEndimarí-Abunãapresentaaltitudevariandoentre A DepressãodoEndimarí-Abunãapresentaaltitudevariandoentre130e200m.T 130e200m.Trata-sede rata-sede superfíciesuavementedissecada,comtopostabularesealgumasáreasplanas.Notrechoque acompanha longitudinalmente longitudinalmente o rio Abunã ocorrem relevos um pouco mais dissecados e de

toposconvexos(limitelestedoEstado). AD Dep epre ress ssão ãodo doIa Iaco co-A -Acr crec ecom omal alti titud tudev evar aria iando ndoen entr tre e160 160e e290 290m, m,c com ompa padrã drãod ode e drenagemdendrítico22,compreendeumasuperfíciemuitodissecadaecomdeclivesmuito expressivos.Asáreasdetopoaguçadocomdeclivesforteseasdetopoconvexocomde clivesmedianos clive smedianosreetem reetemapresençadefácie apresençadefáciesarenosadaForm sarenosadaFormaçãoSolim açãoSolimões.Eaindaum ões.Eaindaum conjunto de formas de relevo de topos estreitos e alongados, esculpidas em sedimentos,

denotandocontroleestrutural,denidasporvalesencaixados. ADe Depr preess ssããod odeR eRio ioBr Braanc ncoé oéum umaauni unida dade deco com mpa padr drão ãode dedr dreena nage gema mang ngul ular ar,r ,reeetindocontroleestrutural.Varianaaltimetriade140a270m.Caracteriza-seporumrelevo muito dissecado, com topos convexos e densidade de drenagem muito alta, e apresenta de-

clivesmedianosnapartecentro-norte,diminuindoparasul,ondesetornasuaveondulado. A De Depr preess ssão ão do Ju Juru ruáá-Ia Iaco co po poss ssui ui ati titu tude de va vari riáv ável el en entr tre15 e150e44 0e440m. 0m.Ap Apre rese sent nta a modeladosdetoposconvexos,porvezesaguçados,comdeclivesquevariamdemedianosa fortes.Suasprincipaisformasdedissecaçãosãoaconvexaeaaguçada. ADe Depr pres essã sãodo odoT Tar arau auac acáá-It Itaq aqua uaíé íéum umaun aunida idade deco comva mvari riaç ação ãoal altim timét étri rica cade de220 220a a 300m.Trata-sederelevosdetoposconvexos(comdissecaçãoconvexa)comaltadensidade dedrenagemdeprimeiraordemorganizadosemumpadrãoessencialmentesubdendrítico. ADe Depr pres essã sãoM oMar argi gina nalà làSe Serr rrad adoD oDiv ivis isor oréu éuma mauni unida dade deco coma malt ltit itud udev evar aria iand ndod ode e 230a300m.Caracteriza-seporrelevodissecadodetoposcon¬vexos,comportandodeclives suaves.A suaves. Adisseca¬çãodessaunidadenaáreasedádef disseca¬çãodessaunidadenaáreasedádeformatabular,aguçadae ormatabular,aguçadaeconvexa. convexa. ASuperfícieTabulardeCruzeirodoSulpossuirelevocomaltitudemédiaentre150e270m. Predominamrelevostabularescomdeclivessuaves,àexceçãodealgunstrechos,comosua  bordaoeste,nosquaisosdeclivessãomaisacentuados. OsPla Os Planal naltos tos res residu iduais ais da daSer Serra rado doDiv Diviso isor rtêm têm alt altitu itude devar varian iando doent entre re270 270e e750 750m m,, apresentandopadrãodendríticoeparalelo apresentandopadrãode ndríticoeparalelo(fortecontrolees (fortecontroleestrutural). trutural).Asserras Asserrasconstituem constituem estruturas anticlinais assimétricas, com escarpas voltadas para leste e reverso para oeste, intensamentedissecadaspeladrenagematual.Denorteparasultem-seasserrasdoJa-

quirana,doMoa,doJuruá-MirimedoRioBranco,compreendendoasmaioresaltitudes daAmazôniaOcidental.

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Solos

Os solos do Acre apresentam características próprias principalmente por serem de uma região de acúmulo de sedimentos oriundos da Cordilheira dos Andes - daí a diversidade

dessessolosecaracterísticasvérticasedeeutrosmopoucocomunsparaaAmazônia. Ospri Os princi ncipai pais ssol solos osdo doAcr Acre, e,em emorde ordem mdec decres rescen cente tede deexp expres ressão sãotterr errito itoria rial, l,são são::AR  AR GISSOLOS, CAMBISSOLOS, LUVISSOLOS, GLEISSOLOS, LATOSSOLOS, VERTIS-

SOLOS,PLINTOSSOLOSeNEOSSOLOS(Figura6). Anal An alis isan ando do adi adist stri ribu buiç ição ãodos dos so solo lospo sporre rregi gion onal al,id ,iden enti tic caa-se se qu quena ena re regi gion onal al do Baixo Acre os Argissolos se distribuem em mais da metade do território, ocorrendo em

grandesextensõesnosmunicípiosdeRioBranco,Bujari,PortoAcreeSenadorGuiomard. OsLa Os Lato toss ssol olos osoc ocup upam amce cerc rcad ade21 e21%d %dote oterr rrit itór ório io,d ,dis istr trib ibuí uído dospr sprin inci cipa palm lmen ente tenos nos municípiosdePlácidodeCastro,Acrelândia,SenadorGuiomardeCapixaba.Essasáreassão as que possuem melhor potencial agrícola do território acreano no que se refere ao cultivo

intensivodegrãoseemgrandesescalas.Nessasmanchas,ocorremsolosmaisdesenvolvidos equesuportamumprocessodemecanizaçãoeummanejointensivoparaousocomculturas anuais. A regional do Alto Acre é mais homogênea que a regional do Baixo Acre no que se

refereàdistribuiçãodasordensdesolos.OsArgissolossedistribuemporcercade90%do território,ocorrendoemgrandesextensões território,ocorrendoem grandesextensõesnosmunicípiosde nosmunicípiosdeAssisBrasil, AssisBrasil,Brasiléia,Xapuri Brasiléia,Xapuri eEpitaciolândia, eEpitaciol ândia,que quecompõe compõema maregiona regional.OsArgi l.OsArgissolos ssolosrequeremummanejomaisdeli requeremummanejomaisdelicadoemfunçãodorelevoaqueestãoassociadoseaoganhodeargilaemprofundidade. Are regi gion onal aldo doPu Puru rusc scar arac acte teri riza za-s -sep epel elap apre rese senç nçad ades esol olos osco coma marrgi gila lasa sati tiva vase sequ quiimicamenteférteis,imprimindoàregiãocertopotencialagrícola.Entretanto,astécnicasde manejo devem ser bem desenvolvidas, evitando problemas de ordem física irreversíveis,  principalmenteerosãoeperdasdesoloviaescoamentosupercialemfunçãodassuascar  -

acterísticasfísicasdebaixaprofundidadeedaspropriedadesdeexpansãoecontração.Os Cambissolossedestacamnessaregionalcomdistribuiçãode45%doterritório,abrangendo quase totalmente os municípios de Santa Rosa do Purus e Manuel Urbano e parte sul do

municípiodeSenaMadureira.Outroaspec municípiodeSenaMadureir a.Outroaspectoimportant toimportantedessaregion edessaregionaléaocorrênciados aléaocorrênciados Vertiss ertissolos,atéentãodesconhe olos,atéentãodesconhecidosparaascondições cidosparaascondiçõesacreanas acreanase epoucoprovávei poucoprováveisparao sparao ambienteamazônicoEssaordemdesolopredominaemSenaMadureira,com9%dare gional.Ta gional. Tambéméprecisodestac mbéméprecisodestacarosArgis arosArgissolosnessaregio solosnessaregional,com33%de nal,com33%detodaaárea, todaaárea, recobrindograndepartedessemunicípio. Nare aregi gion onaaldoT ldoTar araaua uacá cá/E /Env nvir iraa,oc ,ocor orre remos mos Ca Camb mbis isso solo los, s, qu queab eabrran ange gemgr mgran ande de  partedostrêsmunicípiosquecompõemessaregional,comdestaqueparaFeijó,comcerca de80%deseuterritórioocupadoporessaordem.Nostrabalhosdecampo,foivericadaa ocorrênciadeconcreçõesdecálcionessaárea. Are regi gion onal aldo doJu Juru ruáa áapr pres esen enta taum umag agra rand nded ediv iver ersi sida dade dede deso solo los, s,de desd sdem emai aisj sjov oven ens s (Vertiss (V ertissolos)atémaisintemp olos)atémaisintemperiza erizados(Latoss dos(Latossolos).Comoordemdesolopredomina olos).Comoordemdesolopredominantena ntena regional,háosArgis regiona l,háosArgissolos,com65%,segui solos,com65%,seguidospelosLuvissol dospelosLuvissolos,com19%.OsGleissol os,com19%.OsGleissolos os e Neossolos Flúvicos também se destacam na região, principalmente nos municípios de

CruzeirodoSuleMâncioLima,comsuasextensasáreasdevárzeaseograndedomíniode LuvissolosemMarechalThaumaturgo.

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Vegetação NoAcre NoAc re,pr ,pred edom omin inam amdua duasgr sgran ande desRe sRegi giõe õesFi sFito toec ecol ológ ógic icas as:aFl :aFlor ores esta taOmb Ombró ról la a DensaeaFlorestaOmbrólaAberta(Figura7).Emumapequenaextensãoexistetambém uma terceira Região Fitoecológica, a da Campinarana, restrita à parte noroeste do Estado

(Figura7). Tan anto ton no oDo Domí míni nio oda daF Flo lore rest sta aOm Ombró bról la aDe Dens nsa aqua quanto nton no oDo Domí míni nio oda daF Flo lore rest sta aOm Om brólaAberta,coexiste  bróla Aberta,coexisteumagrande umagrandediversidadedeformações diversidadedeformaçõesvegetais, vegetais,asquaissã asquaissãodiferen odiferenciadasprincipalmentepelaqualidadedossolos.A ciadasprincipalmentepelaqualidadedossolos. Aclassicaçãodessesdomíniosgeralmente classicaçãodessesdomíniosgeralmente ébaseadaemaspectossionômicoseestruturaismaisdoqueemaspectosorísticos.As classesdevegetaçãosãoaseguirsinteticamentedescritas. As Campinaranas são encontradas no extremo norte dos municípios de Cruzeiro do SuleMâncioLima.Essetipodevegetaçãosedesenvolvesobresolosarenososextrema -

mentepobres(oligotrócos),namaioriadoscasoshidromórcos,ericosemácidohúmico. Otermo“campinarana”englobaumcomplexomosaicodeformaçõesnão-orestaiscom sub-bosquedeportebaixoeirregularmenteaberto,densidadealtadeárvorespequenase naseescassezdeárvoresemergentes. A Flo Flores resta taAberta Aberta com Bam Bambu buem emÁre Áreas asAluviai Aluviais soco ocorre rre em emáre áreas asadj adjace acente ntes sàs àsman man chasdevegetaçãocomdominânciadeFlorestaAbertacomBambu,ondesãoencon-tradasas espéciesdogêneroGuadua.São espéciesdogênero Guadua.Sãopredominantesaolongodo predominantesaolongodorioJuruá,na rioJuruá,naregiãodeCruze regiãodeCruzeiro iro doSul,PortoWaltereMarechalThaumaturgo.NaregiãodeTarauacáeFeijóessaformação ocorresecundariamenteeaFlorestadePalmeirasocupaosterraçosaluviais.NaFloresta Densadosterraços,aorestaécaracterizadaporumgrandenúmerodeárvoresemergentes dealtoporte. A Floresta Aberta com Bambu + a Floresta Aberta com Palmeiras ocorre em quase todooEstadodoAcre,sendobemrepresentadanosinterúviostabulares. todooEstadodoAcre,sendobemre presentadanosinterúviostabulares.A Amaiorocorrên maiorocorrên-

ciadetipologiascomdominânciadebambuénasáreaspróximasaosriosPurus,Tarauacá, Muru,Juruá, Liberd LiberdadeeAntima adeeAntimary ry.Essatipologiaapresent .Essatipologiaapresentaumamisturade aumamisturadesionom sionomias, ias, entreasquaispodemserencontradasaFloresta entreasquaispodemse rencontradasaFlorestaAbertacomgrandeconcentração AbertacomgrandeconcentraçãodeBambu deBambu eaFlorestaAbertacomPalmeiras,bemcomopequenasmanchasdeFlorestaDensa. eaFloresta AbertacomPalmeiras,bemcomopequenasmanchasdeFlorestaDensa.Apre Apresençadecipóspodeserobservadanasáreaspróximasaosigarapés. AFl Flor ores esta taA Abe bert rtac acom omBa Bamb mbu+ u+a aFl Flor ores esta ta Ab Aber erta taco comP mPal alme meira iras+ s+Fl Flore orest staD aDen ensa sa éumatipologiaexistentenos éumatipologiaexistente nosmunicíp municípiosdeTar iosdeTarauacá auacá,Feijó,SenaMadureir ,Feijó,SenaMadureira,Bujari,Rio a,Bujari,Rio Branco, Xapuri e Assis Brasil, na qual ocorrem a Floresta Aberta com Bambu dominando a

comunidadeemanchasdeFlorestaAbertacomPalmeiraseFlorestaDensa. comunidadeemanchasdeFlorestaAbertacomPalmeiraseF lorestaDensa. AF Flor lorest esta aAbe Aberta rtac com omBam Bambu bu+ +Flo Flores resta taDen Densa saOco Ocorre rreno nos smuni municíp cípios iosde de Tara arauac uacá, á, Feijó,MâncioLima,SenaMadureira,RioBrancoeBujariemmanchasrelativamentepeque nas.Écaracteriz nas.Écarac terizadaporáreas adaporáreascomgrandeconcen comgrandeconcentraçã traçãodebambusemanchas odebambusemanchasdeFloresta deFloresta Densa,podendoapresentartambémpequenasmanchasdeFlorestaAbertacomPalmeiras. AFl Flor ores esta taA Abe bert rtac acom omBa Bamb mbuD uDom omin inan ante teéu éuma mati tipo polo logi giao aond ndea eaco conc ncen entr traç ação ãode de  bambuségrande,sendoquemuitasvezesessaespéciealcançaodossel,dominandoaveg etação.PodemtambémocorrermanchasdeFlorestaAbertacommenorconcentraçãode  bambus e maior número de indivíduos arbóreos, bem como pequenas manchas de Floresta

Densa.Nessasionomia, Densa.Nessasi onomia,osub-bosqueédenso,com osub-bosqueédenso,comárvoresdepeque árvoresdepequenoporte,sendo noporte,sendoque que osindivíduosarbóreoscomDiâmetroàAlturadoPeito(DAP)iguala20cmsãoesparsose  poucofreqüentes.Aspalmeirastambémsãopoucofreqüentes. AFlorestaAbertacomPalmeiraségeralmenteencontradaemáreaspróximasaplaní ciesaluviaisderioscomgrand ciesaluvi aisderioscomgrandevazãonaépoca evazãonaépocadascheias. dascheias.Essasionom Essasionomiasecarac iasecaracteriz teriza a  porumaorestadedosselabertocompresençadepalmeiras,podendotambémserencontra dasáreascomcipós. 18

IX Reunião Brasileira de Classicação e Correlação de Solos: Sistemas Amazônicos – Solos Sedimentares em Potencialidade e Demanda de Pesquisa

A Floresta Aberta Aluvial Aluvial com Palmeiras ocorre ao longo dos principais rios e alguns

deseusauentes,estandodistribuídaportodooEstado.Emalgumasáreas,essaoresta  podeocorrerassocia  podeocorre rassociadaamanchasdeFloresta daamanchasdeFlorestaDensacomárvoresemer Densacomárvoresemergentes gentese eemoutras emoutras áreasassociadaamanchasdeFlorestaDensacomdosseluniforme. AF Flore loresta staAbe Aberta rta Alu Aluvia viallcom comP Palm almeir eiras as+ +For Formaç mações õesP Pione ioneira iras sfoi foim mape apeada adaa apena penas s naregiãodeCruzeirodoSuleMâncioLima.ÉcaracterizadapelaFlorestaAbertacomPalmeirasdominandoasionomiaeapresentaagrupamentosdepalmeirasdogêneroMauritia exuosa(buriti)nasáreaspioneiras. AF Flo lore rest sta aAb Aber erta ta Al Aluvi uvial alc com omP Pal alme meir iras as+ +V Veg eget etaç ação ãoS Sec ecund undár ária iaa apre prese sent nta aas asm mes esmascaracterísticasdaFlorestaAbertacomPalmeirasemáreasaluviais,diferindoapenas comrelaçãoàsmanchasdevegetaçãosecundáriaealgumaspequenasáreasantropizadas. A Floresta Aberta com Palmeiras + Floresta Aberta com Bambu é uma tipologia dominadapelaFlorestaAbertacomPalmeiras,nasquaispodemserencontradasváriasespé -

ciesdepalmeirascommanchasdeorestacomsub-bosquedebambu. AF Flore loresta sta Abe Aberta rtac com omPal Palmei meiras ras+ +F Flor lorest esta aDen Densa saapr aprese esenta ntad domi ominân nância ciad da aFlo Flores resta ta Aberta com Palmeiras, bem como manchas de Floresta Aberta com Bambu e manchas de

FlorestaDensa. AFl Flor ores esta taA Abe bert rtac acom omPa Palm lmei eira ras+ s+Fl Flor ores esta taDe Densa nsa+F +Flo lore rest sta aAbe Abert rtac acom omBa Bamb mbué ué umatipologiaorestalqueocorrenosmunicípiosdeAssisBrasil,Feijó,Mare umatipologiaorestalqueocorrenosmunicípiosde AssisBrasil,Feijó,MarechalThauma chalThaumaturgo,JordãoeTarauacá. Ao ore rest sta aAb Aber erta taco comP mPal alme meir iras as+F +For orma maçõ ções esPi Pion onei eira rasé séum umat atip ipol olog ogia iasó sóen enco conn tradanoextremooestedoEstado, tradanoextremo oestedoEstado,naregiãoda naregiãodaSerrado SerradoMoa.Essa Moa.Essasionomiaapresenta sionomiaapresentacar  car acterísticasdeFlorestaAbertacomPalmeiras,enasáreasondeolençolfreáticoésupercial sãoencontradososburitizais. AFl Flor ores esta taDe Dens nsaé aéum umat atip ipol olog ogia iaen enco cont ntra rada dana naár área eado doPa Parq rque ueNa Naci cion onal alda daSe Serr rra a doDivisornosmunicípiosdeCruzeirodoSul,MâncioLimaeAssisBrasil.Nela,ascomunidadesapresentamárvoresemergentes,comaproximadamente50metrosdealtura.Nos dissecados em cristas e colinas, o estrato superior ocorre em grupamentos arbóreos menores

ebastanteuniformes,atingindoaproximadam ebastanteuniformes,atingindo aproximadamente30metrosdealtura.Apr ente30metrosdealtura.Apresent esentabastante abastante regeneraçãoarbór regene raçãoarbóreanasdiferent eanasdiferentessituaçõe essituaçõestopográc stopográcas.Nostalvegue as.Nostalvegues,existeummaior s,existeummaior númerodeespéciesdeportearbustivoepalmeiras. AF Flor lores esta taD Den ensa saS Sub ubmo monta ntana naoc ocorr orre ena nar reg egiã iãod oda aSe Serr rra ado doDi Divis visor or,n ,nos osmu munic nicípi ípios os deMâncioLima,RodriguesAlves ePortoWalt ePortoWalter er.Essa .Essacomunid comunidadeapresent adeapresentaárvoresde aárvoresde grande porte, com indivíduos densamente distribuídos quando a altitude é de aproximada-

mente600metros.Ocorremgrupamentosdeárvoresemergentes,comalturaaproximada mente600metros.Ocorremgrupamentosdeárvoresemer gentes,comalturaaproximadade de 35metros.Nassuperfície 35metros.Nassuper fíciesdissecada sdissecadas,aorestaémaisbaixadecobertura s,aorestaémaisbaixadecoberturauniforme,com uniforme,com alturaaproximadade30metros.Osub-bosqueapresenta-semaisabertonasáreasmenos dissecadasemaisdensonosvales.T dissec adasemaisdensonosvales.Temcomoprincipa emcomoprincipalcaracte lcaracterístic rísticaapre¬sençadeuma aapre¬sençadeuma espécie do gênero Tachigalia, da qual freqüentemente são encontrados indivíduos mortos

aindaempénaoresta. Flor Fl ores esta taDe Dens nsa+F a+Flo lore rest sta aAb Aber erta tacom comPa Palm lmei eira raséu séuma maor ores esta taque queapr apres esen enta tatrê três s estratosdenidos:i)o estratosdenidos: i)odosselapresentando dosselapresentandoindivíduosemergentes indivíduosemergentescomaltura comalturaaproximadade aproximadade 35a40metroseaspecto 35a40m etroseaspectoaberto,ii)oe aberto,ii)oestratomédiocom stratomédiocompredominânciadaespécie predominânciadaespéciebreu-ver  breu-ver melhoapresentandoestruturafechadaeiii)oestratoinferiorcomaspectoabertooulimpo.  NasmanchasdeFlorestaAbertacomPalmeirasforamidenticadasváriasespéciesdepalmá ceas com pouca densidade, exceto o tucumã (Astrocarium sp), que se apresenta em concentraçãomaisexpressiva,sendoapalmeirapredominante. traçãomaisexpressiva, sendoapalmeirapredominante.Apresentatambémgrandec Apresentatambémgrandeconcent oncent-

raçãodemarantáceasnosub-bosque,juntamentecomubimeubim-galope(Geonomaspp).

SBCS

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