Cap 06 - Análise das Demonstrações Financeiras

August 23, 2018 | Author: Ricardo Almeida | Category: Share (Finance), Equity (Finance), Profit (Economics), Investing, Dividend
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Objetivo dos agentes Administrador interno: avaliação do desempenho geral da empresa Analista externo: objetivos mais específicos de acordo com a posição de credor ou investidor Lucro líquido e desempenho

Capacidade de liquidação e

Objetivo da análise das demonstrações financeiras

Estudo do desempenho econômico-financeiro passado para prever tendências futuras

Uso de índices constitui-se co nstitui-se na técnica mais comumente empregada neste estudo

Métodos de comparação

Comparação temporal 

Evolução dos indicadores da empresa nos últimos anos

Comparação setorial 

Resultados da empresa versus dos concorrentes (mercado)

Compara valores absolutos através do tempo e, entre si, relacionáveis na mesma demonstração

Técnica simples e importante, que permite identificar inclusive determinadas tendências futuras

Avaliação em intervalos seqüenciais de tempo

Obtido por meio de números-índices

Valores em moeda de mesma capacidade de compra

Exemplo Evolução das vendas e dos lucros brutos de uma empresa industrial do setor de bebidas e refrigerantes:

Vendas Líquidas Lucro Bruto

31-1-X0 ($ MIL)

31-1-X1 ($ MIL)

31-1-X2 ($ MIL)

8.087 2.512

9.865 2.982

11.572 3.612

Vendas:

Análise:

( $ 9.865 / $ 8.087 ) x 100 = 122,00

O desempenho da empresa, no exercício encerrado em 31-1-X1, esteve aquém do apresentado em 31-1-X2. Efetivamente, o resultado bruto não acompanhou a evolução verificada nas vendas líquidas, denotando-se maior consumo dessas receitas pelos

( $ 11.572 / $ 8.087 ) x 100 = 143,10 Lucro Bruto: ( $ 2.982 / $ 2.512 ) x 100 = 118,70

Decréscimo dos valores contábeis em avaliação X6 ($ MIL)

Dívidas Consolidadas

30.117

AH (Nº ÍNDICE)

X7 ($ MIL)

AH (Nº ÍNDICE)

X8 ($ MIL)

AH (Nº ÍNDICE)

100,00 (Base)

28.120

93,4

29.585

98,2

Interpretação: As dívidas consolidadas representam 93,4% do montante apurado no período anterior (ano base), denotando decréscimo de 6,6% (100% - 93,4%).

Valores negativos 30-6-X2 ($ MIL)

AH (Nº ÍNDICE)

30-6-X3 ($ MIL)

AH (Nº ÍNDICE)

5.055

100,00 (Base)

-13.522

-267,5

Lucro (prejuízo) operacional

Interpretação: Houve um decréscimo no resultado operacional da empresa, de 367,5% (267,5% - 100%)

Números-índices quando a base for negativa

Resultado líquido

31-12-X1

AH (Nº ÍNDICE)

31-12-X2

AH (Nº ÍNDICE)

31-12-X3

- $ 30

100,00 (Base)

$ 60

[60/  –30] [60/ – 30] 100 =  – 200

- $ 90

Quando o valor base for negativo e o valor posterior for positivo, o número-índice número-índice será matematicamente negativo e viceversa. Assim, quando o valor-base for negativo, deve-se adotar um número índice

AH (Nº ÍNDICE)

 –90/ –30]  –30] [ –90/ 100 = 300,00

Em ambiente inflacionário, as análises devem ser realizadas em evoluções reais (depurada a inflação)

O desempenho efetivo de qualquer valor é definido por seu crescimento acima da taxa de inflação

Indexação: tem como data-base o último úl timo relatório financeiro Desindexação: data-base o primeiro relatório financeiro

Comparações relativas entre valores afins ou relacionáveis identificados numa mesma demonstração contábil

Permite que se conheçam todas as alterações ocorridas na estrutura dos relatórios analisados

Não necessita de processos de indexação, pois trabalha com valores relativos

Ex: S.A. Siderúrgica 31-12-X0

AV

($)

(%)

($)

(%)

($)

(%)

4.585

50

3.922

46

3.732

44

739

8

872

10

952

11

Ativo Permanente

3.936

42

3.783

44

3.826

45

Ativo/Passivo Total

9.260

100

8.577

100

8.510

100

Passivo Circulante

4.012

43

3.624

42

3.917

46

Exigível a Longo Prazo

2.102

23

2.031

24

1.629

19

Patrimônio Líquido

3.147

34

2.923

34

2.964

35

Ativo Circulante Realizável a Longo Prazo

31-12-X1 AV 31-12-X2

AV

4 grupos de indicadores básicos: Liquidez e atividade Endividamento e estrutura

rentabilidade

Análise de ações

Visam medir a capacidade de pagamento da empresa

Exprimem uma posição financeira em um dado momento (liquidez estática)

Os valores considerados sofrem alterações constantes devido à dinâmica das empresas

Liquidez Corrente

Ativo Circulante 

Passivo Circulante

Do total de recursos aplicados em haveres e direitos circulantes , quanto a empresa deve a curto prazo

Liquidez Seca

Ativo Circulante (-) Estoques (-) Despesas Antecipadas 

Passivo Circulante

Relaciona os ativos circulantes de maior liquidez com o total do passivo circulante

Liquidez Imediata

Disponível 

Passivo Circulante

Reflete a porcentagem das dívidas de curto prazo que pode ser saldada imediatamente pela empresa

Liquidez Geral

Ativo Circulante 



Passivo Circulante

Realizável a Longo Prazo 

Exigível a Longo Prazo

Retrata a saúde financeira de longo prazo da a empresa

Visam à mensuração das diversas durações de um “ciclo operacional” Fases compreendidas desde a aquisição de insumos básicos até o recebimento das vendas realizadas

Permitem uma análise mais dinâmica do desempenho de uma empresa

Prazo Médio de Estocagem 

Estoque Médio Custo dos Produtos Vendidos

Indica o tempo médio necessário para a completa renovação dos estoques da empresa



360

3

Prazo Médio de Pagamento a Fornecedor  es

Contas a Pagar a Fornecedor es (Média) 



Compras Anuais a Prazo

360

Revela o tempo médio que a empresa tarda em pagar suas dívidas

Valores a Receber Provenientes Prazo Médio de Cobrança

de Vendas a Prazo (Média) 

Vendas Anuais a Prazo



360

Revela o tempo médio que a empresa depende

Utilizados para auferir a composição das fontes passivas de recursos de uma empresa Mostram a proporção de recursos de terceiros em relação ao capital próprio Avalia o grau de comprometimento financeiro da empresa perante seus

Exigível Total (Passivo Circulante  Exigível a Longo Prazo)

Relação Capital de Terceiros / Capital Próprio



Patrimônio Líquido

Revela o nível de dependência da empresa em relação a seu financiamento por meio de recursos próprios Relação Capital de Terceiros / Passivo Total

Exigível Total 

Passivo Total

Mede a porcentagem dos recursos totais da empresa que se encontra financiada por capital

Imobilização dos RecursosPermanentes



Ativo Permanente Exigível a Longo Prazo



Patrimônio Líquido

Revela a porcentagem dos recursos passivos a longo prazo que se encontra imobilizada em itens ativos

ROA

Lucro Gerado  pelos  pelos Ativos (Operacion al) al) 

Ativo Total Médio

Revela o retorno produzido pelo total das aplicações realizadas por uma empresa em seus ativos

ROI

Lucro Gerado  pelos  pelos Ativos (Operacion al) al) 

Investimen to Médio

Mostra o retorno produzido pelos recursos deliberadamente levantados pela empresa e

Passivo Oneroso (+) Patrimônio Líquido

ROE

Lucro Líquido 

Patrimônio Líquido Médio

Margem Operaciona l 

Mensura o retorno dos recursos aplicados na empresa por seus proprietários

Lucro Líquido PL Médio

Medem a eficiência de uma empresa em produzir lucro por meio de suas vendas

Margem Líquida

Lucro Líquido 

Vendas Líquidas

LPA

Lucro Líquido 

 Núm  Númer ero o de Ações Emitidas

Ilustra o benefício auferido por cada ação emitida pela empresa A distribuição desse lucro dependerá da política de dividendos adotada pela empresa

Indica o número de anos que um investidor tardaria em P/L recuperar o capital aplicado

Preço de Mercado (Aquisição) da Ação 

Lucro por Ação (LPA)

Retorno sobre o

Rentabilidade das vendas =

x

Patrimônio Líquido (ROE)

(Margem Líquida)

Lucro Líquido Patrimônio Líquido

Giro do Patrimônio Líquido

Lucro Líquido 

Vendas Líquidas

Vendas Líquidas 

Patrimônio Líquido

Retorno sobre o

Margem =

Ativo (ROA)

Giro do x

Operacional Operaci onal

Lucro Operacional

Lucro Operacional

(Após IR)

(Após IR)

Ativo Total Médio



Vendas Líquidas

Ativo Total

Vendas Líquidas 

Ativo Total Médio

Patrimônio Líquido Relação Capital Próprio / Ativo Total Ativo Total

Revela a porcentagem do ativo que é financiada mediante recursos próprios da empresa

Técnica estatística de previsão sobre eventuais situações de solvência/insolvência de uma empresa

Enquadra a empresa em análise em um grupo de maior afinidade de comportamento

Atenção à época em que os modelos foram desenvolvidos e ao segmento econômico em que foi aplicado

Parte II – Interpretação e Análise das Demonstrações Financeiras Brasileiras ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços . 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002. FIPECAFI. Manual de Contabilidade das sociedades por ações . 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços . 7. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

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