Candombl - Oráculo Sagrado de Ifa - Omirohumbi

December 10, 2017 | Author: api-3824396 | Category: Business
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O Oráculo Sagrado de

Ifá

Tr adução par a o por t ug uê s: Ò s unlé k è

1

Or ác ulo 1

Èjìogbè O O dù Èjì o g be fala de ilumina ção , be m e st ar g er al, v it ór ia so br e o s inimigo s, de spe rt ar e spir it ual, vida lo ng a e paz me nt al. O bse rv ação

o cide nt al:

Nov o s

ne gó cio s

ou

int e nsifi caçõ e s

no s

neg ó cio s

ex ist e nt e s, no vo s re lacio name nt o s, o u e x per iê ncia s e spir it uais po de m se r e spe r adas. Ex ist e uma po ssibil idade de co mpo rt ame nt o supe r ze lo so que re que r bo m se n so par a se r supe r ado . Ejio g be é o O dù mais impo rt ant e . Ele simbo liza o pr incí pio mascu lino e , po r t ant o é co nsi der ado o pai do s o dùs. Na o r de m fix ada por Òr únmì là, Ejiog be o cupa a pr ime ir a po si ção . Em Ejiog be , o s do is lado s do Odù são idê nt ico s: Og be e st á e m ambo s o s lado s dir e ito

e

e sque r do .

O

O dù

de v er ia

se r

cha mado

“O g be me ji”,

mas

e le

é

univ e r salme nt e co nhe cido co mo Ejio g be po r que e ji t ambé m sig nifi ca “do is”. Há um e quilí br io de for ça s e m Ejio g be , que é se mpr e uma bo a pro fe c ia. D ur ant e uma se ssão div inat ór ia, o clie nt e par a que m Ejio g be é div inado e st á bu scan do po r paz e pr o spe r idade . O clie nt e co nsult o u I fá por que e le o u e la quer filho s o u de se ja se e ng ajar e m um nov o pro je t o . I fá diz que se o clie nt e fize r uma o fe r e nda,

to das

as

sua s

e x ig ê ncia s

se r ão

sat isfe it as

e

t o do s

os

se us

e mpr e e ndime nt o s ser ão be m suce dido s. É ne ce s sár io o sacr ifí cio par a o bt er vitó r ia so br e o s inimig o s que po de r iam e st ar blo que ando o s caminho s do clie nt e . Se e le o u e la

te m

t rabalhado

se m

pro gr e sso

ou

fe it o

ne g ó cio s

se m

lucr o ,

I fá

pr e v ê

pro spe r idade ou r ique za se a pe sso a fize r o s sacr ifí cio s ne ce s sár io s. Em Ejio g be , I fá pr ev ê v ida lo ng a de sde que o clie nt e cuide muito be m de sua saúde . Pe sso as e ncar nadas pe lo O dù Ejio g be de v e m se mpr e co nsu lt ar o or áculo de I fá ant e s de t o mar qualq uer de ci são impor t ant e na vida. 1 – 1 (t r adução do ve r so ) A s mão s per t e nce m ao co r po , o s pé s per t e nce m ao co r po , O tar at ar a co nsu lto u o o rácu lo de I fá par a Ele r e mo ju, a mãe de A g bo nnir eg un.

2

F o i pe dido par a e la sacr ifi car D uas g alinhas, duas po m bas, e t r int a e do is mil búzio s, a se r e m u sadas par a sat isfaze r o I fá de sua cr iança. Di sse r am que sua v ida se r ia pr ó spe r a. Ela o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . O wo t’ ar a, Ese t ’ar a, e Ot ar at ar a são o s no me s do s t rê s div inado re s que co ns ult ar am o o rác ulo de I fá par a Ele r e mo ju, a mãe de Ag bo nnir eg un ( um do s t ít ulo s de lo uv ação de Òr únmì là). Ele r e mo ju e st av a e nfr e nt ando pr o ble mas. Ela co nco r do u e m faze r o sacr ifí cio e sat isfaze r o I fá de sua cr iança ( ikin I f á - dezes seis f r uto s de palm eir a ). Ela se to rno u pr ó sper a po r que sacr ifi co u as co isa s que I fá pr e scr e v e u. O sa cr ifí cio de se mpe nha um pape l e sse ncia l no sist e ma Yo r ùbá de cr e nça s e t radição re lig io sa. De mo do a viv er lo ng a e pac ifica me nt e na te rr a, e spe r a- se que o s se r e s humano s fa çam o s sa cr ifí cio s ne ce s sár io s que atr air ão bo a so rt e e afast ar ão as de sg r aças. 1 – 2 (t r adução do ve r so ) O t it o o mifi-nt e le -isa co nsult o u I fá par a Ele re mo j u, a mãe de A g bo nnir eg un. I fá dis se que o ik in de sua cr iança ir ia ajudá -la. Po rt ant o fo i pe dido a e la que sacr ifi casse um rat o awo sin , uma galinha o u cabr a, e fo lhas de I fá (fo lhas eg be e , e m núme ro de de ze s se is, de v e m se r e smag adas na ág ua e u sadas par a lav ar a cabe ça do clie nt e ). Ela o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . O utr o div inador , chamado Ot ito l o mifi- nt e le -isa t ambé m co nsult o u I fá

par a

Ele r e mo ju, a mãe de Ag bo nnir eg un. I fá co nfir mo u que o ik in de sua cr ian ça (fr ut o de palma sagr ado ) a aju dar ia se e la co nt inuas se a faze r se us sacr ifí cio s. O s div inado r e s de I fá são t ambé m e spe cial ist as e m er v as. S upõ e -se que e le s e ste ja m be m fundame nt ado s na me dicina tr adicio nal. A cr e dit a-se que to das as plant as, e rv as, e fo lha s do mundo pe rt e nce m a I fá. O s co nhe cime nto s so br e se us v alor e s e spir it uais e me dicinai s po de m se r e nco nt r ado s no s e nsina me nto s de I fá. A ssi m, e m muit as o casiõ e s, o s div inado r e s de I fá pr e s cr ev e m er v as e plant as par a a c ur a o u pr ev e nção de do e nças e e nfe r midade s. Em se u ve r so O dù, fo lha s e g be e são

3

r e co me ndadas par a lav ar a ca be ça do clie nt e ( Or í ), a qual se acr e dit a co ntr o lar o de st ino da pe s so a. 1 – 3 (t r adução do ve r so ) O to to ot o O ro ro or o Se par adame nt e nó s co me mo s fr uto s da te rr a. Se par adame nt e nó s co me mo s imum u (fr ut o e spe cial). Nó s e st amo s co m a cabe ça acima do s calcanhar e s e m amor co m Oba ‘ M ak in. To do s e le s div inar am par a Ag bo nnir eg un. F o i dit o que se e le fize sse sa cr ifí cio , e le se r ia abe n ço ado co m filho s; e le ne m sabe r ia o núme r o de se us filho s dur ant e e apó s sua vida. F o i pe dido a e le que sacr ifica sse uma cabr a e fo lhas de I fá . Se e le o fe r e ce s se o sacr ifí cio , e le de ve r ia co zinhar fo lhas de I fá par a sua s e spo sa s co me r e m. Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . F o lhas de I fá: F olhas mo í das y e nmey e nme (ag bo ny in), ir ug ba, o u o gir i (co ndime nt o s) co m cr av o s e o utr o s co ndime nto s. C o zinhe -o s j unt ame nt e co m o s t ro mpas de faló pio da ca br a. C o lo que o po te de so pa e m fre nt e ao tr o no de I fá e de ix e que sua s e spo sa s a co mam ali. Q uando e las t er minar am de to mar a so pa, e las t iv e r am muit o s filho s. A s e spo sas de Ag bo nnir eg un e st av am te ndo dif iculda de e m e ngr av idar e dar a luz. O s cin co A wo que div inar am par a A g bo nnir e g un e nfat izar am a impo rt ância do sa cr ifí cio . Ele s dis se r am que se e le co ncor das se e m faze r o sacr ifí cio , e le t er ia muit o s filho s dur ant e s ua vida e apó s a sua mo rt e . A dicio nalme nt e , o s sace r dot e s t iv e r am que faze r uso de se u co nhe ci me nto so br e me dici na tr adicio nal par a co zinhar fo lhas de ag bo ny in co m as tr o mpas de faló pio da cabr a sa cr ificada. Est e r e mé dio fo i co nsumido pe las e spo sas de Ag bo nnir e g un ant e s que e le pude sse t er o s filho s pre dit o s por I fá. 1 – 4 (t r adução do ve r so )

4

O k unk un-bir imu bir imu co nsult o u I fá par a Eniunk ok un ju. Di sse r am que não hav ia ning ué m que lhe t iv e sse fe ito uma ge nt ile za que e le não r et r ibuiu co m mal. Nó s pe dimo s a e le par a sa cr ificar uma alfanje e uma e s cada. Ele se re cu so u à sa cr ificar , Eniu nko k unj u - o no me co m o qual cha mamo s o faze nde iro . To das as bo as co isa s que Og e de (a banana) for ne ce u par a o faze nde ir o não for am apr e ciadas. O faze nde iro po r fim de capit o u O ge de . I fá

muit as ve ze s fala por par ábo las. Est a e st ór ia apr e se nt a um re lacio name nt o

e ntr e a bana na (O g e de ) e , pe r so nificada co mo alg ué m que fo i ge nt il co m o faze nde ir o (ag be ), um ing r at o que r et r ibuiu a ge nt ile za co m o mal. Não impor t a o quão g rande se ja o re lacio name nt o , a banana é de str uí da ao final. No s t e mpo s ant igo s, qualque r um e ncar nado por e st e O dù po der ia se r de capit ado ao fi m de sua v ida na t er r a. Em te mpo s mo de r no s, ist o se r e fer e mais à “per de r -se a ca be ça” e pag ar u m alto c ust o .

Or ác ulo 2

Oyekumeji O O dù Oy e k u Me ji sig nifi ca e sc ur idão e infe li cidade , e adv er t e so br e mor t e , do e nças, pr e o cupa çõ e s e um mau pr e ssag io , mas t ambé m carr e g a co m t udo is so a so lução de t odo s e s se s pr o ble mas. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e co m má sor t e e nco nt r a blo que io ; o clie nt e co m bo a so r te po ss ui fo rt e s upor t e ance st r al.

5

O ye k ume ji é o se g undo Odù (o lo du) pr in cipal. Ele si mbo liza o pr in cí pio fe minino . O s o dùs Ejiog be e Oy ek ume ji de r am nas cime nt o ao s quato r ze odùs pr incipais r e st ant e s. No O dù Oy e k ume ji, há um Oy e k u no lado dire it o , que é a for ça mas culina, e o ut ro O ye k u no lado e sque r do , que é a for ça fe minina. A s pe s so as par a que m e st e O dù é div inado dev e r iam for mar um hábito de o fe r e ce r sa cr ifí cio s e sat is fazer sua s cabe ça s (or i) de t e mpo s e m t e mpo s de mo do à ev it ar e st ado s de de pr e ssão . A dicio nalme nt e , de v er iam o uv ir e re spe it ar as o piniõ e s de se u s mai s v e lho s. Elas ne ce ssit am ho nr ar se us ance st r ais r eg ular me nt e . No O dù Oy e k ume ji, I fá

adv er t e co ntr a o per ig o de mant er re lacio name nt o s co m

muit as m ulhe r e s. A s mul her e s se t or nar ão ciume nt as, e o s pro ble ma s ge r ado s impe dir ão o pr og r e sso do clie nt e . De st e O dù, nó s apr e nde mo s que é me lhor te r um mar ido , uma e spo sa. 2 – 1 (t r adução do ve r so ) O ye dud u awo o ri Bije co nsult o u I fá par a O lo fin. Nó s pe dimo s par a e le o fe r e cer um te cido pr e to , uma cabr a, e fo lhas e se me nt e s de bije . Nó s dis se mo s a e le que e st a mo r te imi ne nt e não ir ia mat á-lo , não ir ia mat ar se u s fil ho s se e le fize sse a o fe r e nda. Ele o be de ce u e fe z sacr ifí c io . Se e st e Odù é lan çado , a famí lia do clie nt e dev e aplicar bi je ( uma er v a afr icana ) so br e sua s face s e co br ir o I fá do s me s mo s co m t e cido pr et o e fo lhas de bi je . Ele s e st ão as se g ur ado s de que mo rt e , do e nça s, e t odo s o s o utr o s male s não se r ão capaze s de re co nhe cê -lo s, uma ve z que a mor t e não re co nhe ce O nibije (alg ué m que faz uso do re mé dio bi je pr e scr ito pe lo div inado r ). 2 – 2 (t r adução do ve r so ) Ee sin g bo na l’ e we t ut u l’ e g bo co ns ulto u I fá par a 165 árv or e s. A palme ir a e a ár vo r e Ay inr e sa cr ificar am uma galinha e ntr e as árv o re s. Ent ão , se um to rnado e st iv e sse de v ast ando , a jo v e m fo lhag e m de palma afir ma r ia:

6

e u fiz sacr ifí cio par a e scapar do pe r ig o . A fo lhag e m de palme ir a nu nca é afe t ada por v e nto s o u to rnado s po r que e la re alizo u o sa cr ifí cio re que r ido ne st e O dù. To do s o s per ig o s são de sv iado s da palme ir a.

2 – 3 (t r adução do ve r so ) Vo cê é o ye Eu so u o ye Do is oy e co nsult ar am I fá par a Olo fin. Ele s disse r am do is de se us filho s ir iam fr at ur ar [o s o sso s] das co x as, mas e le não dev e r ia ficar pre o cupado por que e le s se r iam be m suce di do s na v ida. F o i pe dido à e le que sacr ifica sse te cido k e lek u, par a se r usado co mo uma pr ot e ção par a as cr iança s. Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . I fá

pr e disse que o acide nt e que o s filho s de Olo fin ir iam so fr e r não impe dir ia o

s uce s so de st e s na vida. Tudo o que e le ne ce s sit av a faze r e r a r ealizar um sacr ifí cio e fo r ne ce r o t e cido e spe ci ficado co mo co be rt ur a pro t et o r a. 2 – 4 (t r adução do ve r so ) Q uando e u aco r de i de manhã, e u vi uma gr ande quant idade de cr iança s. Eu per g unt e i pe lo re ino da te rr a. Eu e nco ntr e i o s ant ig o s e m gr ande e sple ndo r . Eu per g unt e i pe lo re ino do cé u. O risa -nla e st av a indo visit ar Òr únmì là Ele pe rg unt o u: C o mo e st ão se u s fil ho s que e st o u le v ando co migo par a o mu ndo ? C aso haja re sfr iado , C aso haja do r de cabe ça, C aso haja malár ia e o ut r as e nfe r midade s, O que e u po de r ia fazer po r e le s ?

7

Ò r únmì là or de no u a e le que mar cas se O dù O ye k ume ji so br e pó de iy e - ir o sun. A panhe alg uma s fo lhas fr e s cas de per e g un e as t r it ur e . M ist ur e -as j unt ame nt e co m banha de Òr í e use isso par a e sfr e g ar e m se u s co r po s. Pe r e g un de rr amar á ág ua so br e a mo rt e de v ast ado r a. Pe r e g un de rr amar á ág ua so br e as do e nça s de v ast ado r as.

Or ác ulo 3

Iworimeji Est e Odù fala das pe s so as pr e se nt e adas co m a habil idade de v er co isas co m s uas pró pr ias per spe ct iv as. Elas muit as v e ze s so nham, tê m v isõe s clar as, cr e sce m e t or nam-se "adiv inho s" o u e spir it ualist as. C lie nt e s co m e sse Odù de v e m se r aco nse lhado s a cult uar I fá. I sso ir á lhe s tr azer bo as pe r spe ct iv as, v ida lo ng a (ir e aik u ), pr o spe r idade (ir e aje ), uma e spo sa (ir e ay a) e filho s (ir e o mo ). O bse r v ação

o cide nt al:

O

clie nt e

e st á

cuidado same nt e

ex amina ndo

e

r e av aliando t anto o s cami nho s t e mpor ais co mo e spir it uais/ e mo cio nai s. O dù I wor ime ji o cupa o t er ce ir o lug ar na o r de m do s odù s. C o mo um o lo du, I wor ime ji co nsi st e de I wo r i no lado dir e ito (o pr incí pio mas culino ) e I wo r i no lado e sque r do (o pr incí pio fe minino ). I fá diz que se alg uma co isa fo i pe r dida, o clie nt e se r á asse g ur ado de que a co isa se r á v ist a o u re cupe r ada. A s chance s par a uma pro mo ção no tr abalho são bo as, mas o clie nt e ne ce s sit a o fer e ce r sacr ifí c io par a e v it ar que calu niador e s cause m sua

8

de mi ssão . Se o clie nt e de se ja v iajar par a fo r a da cidade o nde r e side o u ir par a o utr o s paí se s, e le de v e faze r sa cr ifí cio de mo do que se us o lho s não ve ja m qualque r mal. Q uando o sa cr ifí cio cor re t o é re alizado , uma pe s so a e nfe r ma se g ur ame nte ir á fi car be m de nov o . I fá co nfir ma no O dù I wo r ime ji que o s de ze sse i s fr ut o s da palma sag r ada (ik in I fá ) são a r e pr e se nt ação de Ò r únmì là e se u obje t o de ador ação na t er r a. Eis o por que do sa ce r do t e de I fá (Babalawo ) as ut iliza par a r ev e lar o s mi st ér io s da v ida. 3 – 1 (t r adução do ve r so ) M ujim uwa, Babalawo de O pak e r e , co nsult o u par a e le . Par a e v it ar que e le ado e ce sse , fo i o rie nt ado a e le que sacr ifi cas se v int e anzó is de pe sca e vint e po m bas. Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . F o lhas de I fá fo r am pr e par adas par a e le par a se r e m usada s par a lav ar sua cabe ça (or i), par a se r e m usada s par a lav ar se u I fá . O pake r e nunca ficar ia do e nt e . Par a afast ar uma do e nça imine nt e , M uji muwa aco nse l ho u Opak er e a faze r um sa cr ifí cio . A dicio nalme nt e , fo lhas de I fá dev er iam se r pr e par adas par a e le par a lav ar s ua cabe ça e se u I fá. 3 – 2 (t r adução do ve r so ) Gbe g i je be t e fo i aque le que co ns ulto u par a O de quando A wa sa e ra se u inimig o . F o i pe dido a e le (O de ) par a o fer e ce r um bor dão e uma car g a de inhame . O de at e nde u ao co n se lho e fe z sacr ifí cio . O inhame fo i pilado . To do o inha me pilado fo i co mido à no it e . Ele s for am do r mir . Q uando v e io a e sc ur idão , A wa sa v e io . O de uso u se u bo r dão par a mat ar A wasa. No dia se g uint e , pe la manhã,

9

o cadáv er de A wasa fo i e nco ntr ado do lado de fo r a. O de co nsult o u I fá a r e spe ito do que e le po der ia fazer par a se livr ar de se u inimigo A wasa. Ele se g uiu o co nse lho do div inador e o fe re ce u alg uns inhame s e um bo r dão , que fo i usado par a mat ar se u inimigo . 3 – 3 (t r adução do ve r so ) Ò g ún-r ibit i co nsult o u par a I wor ime ji quando I wo r ime ji e st av a par a se casar co m a filha de O pe Olo fin. F o i pe dido a e le que fize sse um sa cr ifí cio . S ua e spo sa jamais se r ia e sté r il. U ma g alinha fo i o sacr ifí cio . F o i dit o que amba s as palme ir as macho e fê me a jama is se r iam e sté r e is. Po r que I wo r ime ji re alizo u o sacr ifí c io ne ce s sár io , as pe sso as nas cidas po r e st e O dù jama is se r iam infé rt e is o u e st é r e is. Elas se r iam se mpr e abe nço ada s co m filho s. 3 – 4 (t r adução do ve r so ) Ti jot ayo fo i aque le que co nsult o u par a O de . F o i dit o que e le de ve r ia v ir e sacr ifi car uma pe dr a de mo inho e uma e st e ir a, par a faze r co m que t odo s que tiv e sse m vindo r eg o zijar co m e le se mpr e fi cas se m co m e le . O de re c uso u e ne g lig e ncio u o sacr ifí cio . Ele falo u que e st av a sat is fe ito se e le pude sse ape nas se liv r ar de A wasa. A s pe s so as v ir iam se mpr e re go zijar o u ce le br ar co m O de . Mas po r que O de ne g lig e ncio u

o

sacr ifí cio

ne ce s sár io ,

ning ué m

jamais

fi car ia

co m

e le .

C o nse que nt e me nt e , as pe s so as que são e ncar nadas por e st e O dù te m ape nas su ce sso t e mpor ár io . Nada par e ce dur ar muit o . Suas rique za s e pr azer e s t e m se mpr e cur t a dur ação .

10

Or ác ulo 4

Idimeji Est e Odù fala do s que te m inimig o s se cr et o s t e nt ando lan çar e ncant ame nto s so br e e le s o u o s que tê m so nho s ruin s a maio r part e do te mpo . Ele s pr e ci sam apazig uar I fá par a po der e m v e nce r e ssas o bstr u çõ e s mundana s. O bse rv ação o cide nt al: O clie nt e e st á se nt indo aume nto de pr e ssõ e s t anto nas que st õ e s te mpo r ais co mo e mo cio nais. I dime ji é o quar to O dù na o r de m fix ada por Ò rúnmì là. Est e Odù é fundame nt al por que e le co mple t a o s quat r o po nt o s car de ais do univ e r so : Ejio g be (Le st e ), O ye k ume ji (O e st e ), I wor ime ji (Nor t e ), e I dime ji (Su l). O dù I dime ji simbo liza a mat e r nidade . A int e r ação de um I di masc ulino no lado dir e it o co m um I di fe minino no lado e sque r do re sult a e m re pro dução — o nas cime nt o de uma cr iança. Se uma pe s so a e st iv er e nco nt r and o difi culdade e m se e st abe le ce r na v ida e e st iv er se mudando de casa e m casa se m re sidê n cia pe r mane nt e , I dime ji diz que a pe sso a de v e re to r nar à ci dade o u paí s de se u nasci me nto . C o m o sacr ifí cio apr o pr iado ao o ri ( cabe ça ) o u e le da (cr iado r ) da pe sso a, a v ida po der á fa cilme nt e r et or nar ao no r mal. Em O dù Odime j i, I fá v ê bo a so rt e e v ida lo ng a par a u m ho me m o u uma mulhe r . M as o clie nt e ne ce s sit a cult uar I fá par a ev it ar mo rt e sú bit a. O clie nt e po de r á se e le v ar a uma bo a po si ção na v ida, mas de v er á se r cu idado so co m calu niador e s. É po s sív e l

11

t rabalhar dur o no co me ço da v ida e per de r tudo no final. Par a pr o spe r ar , de ve m se r fe it as co nst ante s o fer e ndas ao s ance st r ais do clie nt e . Se alg ué m plane ja v iajar , dev e se r fe ito sacr ifí cio a Òg ún par a asse g ur ar uma jo r nada se g ur a e fe liz. Q uando uma mul he r e st iv er de se spe r ada par a t er um filho , e la é aco nse lhada a sat isfaze r Ò r únmì là. I fá diz que e la t er á uma cr iança e que e st a cr iança se r á uma me nina. Par a se re m be m su ce didas na v ida, as pe s so as e ncar nadas po r O dù I dime ji de v er ão se r co nfiáv e is, ho ne st as, e fr ancas e m se us ne g ó cio s co m o s o ut ro s. Elas de v er ão t er o s pé s no c hão e ser e m pr át icas e m sua at it ude co m r e lação à vida.

4 – 1 (t r adução do ve r so ) A t e le wo -abinut e lu co nsult o u I fá par a It er e . F o i dit o que sua s idé ias ir iam se mpr e se mat er ializar ; por t anto e le de v e sacr ificar pr eg o s, t rê s bo de s, e t rê s g alo s. I te r e o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . F or am pr e par adas fo lhas de I fá par a e le be be r . Ent r e o s mat e r iais pr e scr ito s par a o sacr ifí c io e st av am o s pr eg o s. Pr e go s, que t e m ca be ças, capa cit ar iam o s so nho s de I te r e a se r e alizare m o u suas idé ias a se co ncr e t izar e m. 4 – 2 (t r adução do ve r so ) O pa-aro abidi je g e leg e co ns ulto u I fá par a as pe sso as e m I fe . F o i dit o que uma ve z que a mo rt e e st av a mat ando as pe sso as ali, e las dev e r iam sacr ifi car uma cor r e nte e um car ne iro . Ele s o uv ir am e sacr ifi car am. O Babalawo dis se : U m úni co e lo nu nca que br a. A ssi m, as mão s da mor t e não po de m mai s t o cá-lo s. A mo rt e per so nif icada e st av a mat ando a to do s e m I le - I fe . I fá fo i co ns ult ado . O Babala wo aco nse l ho u o s re side nt e s a faze r um sa cr ifí cio que incl uí a u ma simple s

12

co rr e nt e que nun ca po de se r que br ada. Eis co mo a mão malé vo la da mo r te po de se r de t ida. 4 – 3 (t r adução do ve r so ) O didi- afidit i co nsult o u I fá par a O didimade . F o i pe dido a e le que fize sse um sa cr ifí cio : do is ag bo n o lo du (gr ande s co co s), do is car acó is, e t rê s mil e duze nto s búzio s. Ele se re cu so u a o fe re ce r o sacr ifí cio . O Babalawo dis se : I fá diz, “Se u filho nu nca falar á ao lo ng o de sua vida.” I dime ji div ino u par a Odidimade , ma s e le se re cu so u a o fe r e cer o sacr ifí cio r e quisit ado . Po rt ant o , co nfo r me o I fá , se u filho per mane ce r ia mudo ao lo ng o de s ua v ida. 4 – 4 (t r adução do ve r so ) Eu so u e ni- odi Vo cê é e ni- o di Do is e ni-o di div inar am par a o o di (for t ale za) dur ant e ho st ilidade s po lít ica s. F o i dit o : O o di cir cu ndar á a cidade . Po rt ant o e le dev e o fer e ce r do is t e cido s de e mbalar . E as sim e le fe z. D ur ant e ho st ilidade s po lí t icas e nt r e duas cidade s, é de incum bê ncia do s re side nt e s co nst r uir uma fo rt ale za, que o s pro t eg e r á de se us ini migo s. I sso també m dev e r ia se aplicar a u m indiv í duo o u uma famí lia que e st e ja se ndo ame aça da de alg uma fo r ma.

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Or ác ulo 5

Irosumeji Es se Odù fala do s que são se mpr e po pular e s e que são tido s e m gr ande e st ima pê lo s amigo s. Ele s pr e cisam t o mar cuidado co m s ua saúde , t ant o aplaca ndo suas cabe ça s ( Or í ), co mo o casio nalme nt e apazig uando Èsù , o u o co r po de as sist e nt e s de

I fá. Se e le s se se nt e m de sanimado s e co me çam a

pe r der int er e sse e m qualque r co isa que fa çam, I fá de v e se r co nsult ado e apazig uado

par a

e le s.

Es se

Odù

de no t a

difi culdade s

e mo cio nai s

e

fina nce ir o s. M as não impo rt a o quant o difí cil a vida po ssa par e cer , o clie nt e po de t r iunfar pe lo o fe r e cime nt o do s sacr ifí cio s co rr e t o s e pe la r e cu sa e m g uar dar o mal no cor ação e m pe nsame nt o s e idé ias. O bse r v ação o cide nt al: A s co isas não e st ão fluindo fa cilme nt e — is so re que r mai s t rabalho que o nor mal par a se re alizar qualque r co isa. I ro su me ji é o quint o Odù na or de m inalt er áv e l de Òr únmì là. Ele pe de po r uma c uidado sa r e fle x ão so br e no sso fut ur o . Nó s não po de mo s falhar e m per ce be r que “O ho me m pr o põ e , De u s dispõ e .” Em Odù I ro su me ji, I fá

pe de que um r it ual familiar se ja re alizado anualme nt e . O

clie nt e dev e r ia co nt inuar a pr át ica e tam bé m ho nr ar e re spe it ar o s ance st r ais, part ic ular me nt e o pai, e st e ja vivo o u mo rt o . A que le s nas cido s por Ir o sume ji de v er iam faze r [a s co isas urg e nt e s] de v ag ar , apr e nder [a te r ] paciê n cia, e a ag uar dar que o s mo me nt o s difí ce i s se dissipe m. Ele s de v er iam se mpr e se le mbr ar que ne nhuma co ndição é pe r mane nt e .

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O sacr ifí cio apr o pr iado dev e r á se r ex e cut ado por uma mulhe r que e st e ja ansio sa par a te r um be bê . Ir o sume ji diz que e la e ngr av idar á e t er á u m be bê . A cr iança se r á um me nino , que de v er ia se to rnar um Babalawo . 5 – 1 (t r adução do ve r so ) O liy e be co nsult o u I fá par a I na (fo go ). O liy e be co nsult o u I fá par a Ey in (fr uto da palme ir a). O liy e be co nsult o u I fá par a Ik o (r áfia). A cada um de le s fo i pe dido par a sacr ifi car uma e st e ir a (e ni -ifi) e um t e cido amar e lo . A pe nas Ik o fe z o sa cr ifí cio . Q uando o pai de le s (u m che fe ) mo rr e u, I ná fo i inst alado co mo che fe . Ve io a ch uv a e de st r uiu I na. Ey in fo i e nt ão in st alado co mo che fe . Ve io a ch uv a par a de st r uir Ey in t ambé m. I ko fo i final me nt e inst alado co mo c he fe . Q uando cho v e u, Ik o se co br iu co m sua e st e ir a. Q uando a chuv a ce sso u, Ik o r e mov e u a e st e ir a e , co mo r e sult ado , não mo rr e u. A chuv a não po de r ia de st r uir I ko (r áfia) po r que e le e r a o úni co e ntr e o s t rê s ir mão s que ofe r e ce u a e st e ir a co mo sacr ifí cio . I ko usav a a e st e ir a co mo pr ot e ção co nt r a a ch uv a. Ik o fo i po rt ant o capaz de mant e r o t ít ulo de se u pai por um lo ng o te mpo . 5 – 2 (t r adução do ve r so ) O kak ar ak a-afo wo t ik u, I dase g ber e g be r e w’ ak o co ns ulto u par a I ro su quando I ro su e st av a par a dar a luz. F o i dit o que a v ida da cr iança se r ia dur a e que se r ia difí cil g anhar dinhe iro par a a manut e nção da cr iança. M as se Ir o su de se ja sse re ve r te r a sit uação , I ro su dev e r ia sacr ifi car do is car acó is. I ro su se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio .

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F ilho s de I ro su me ji se mpr e achar ão a v ida difí ci l po r que I ro su ne st e ve r so de O dù se re cu so u a faze r o sa cr ifí cio r equi sit ado .

5 – 3 (t r adução do ve r so ) I se se r e fo g be se ’y e co ns ult o u I fá par a A k uko adiy e (g alo ). F o i pe dido à e le par a o fer e ce r se u go rr o v er me lho ( cr ist a de galo ) e do is mil e duze nto s búzio s co mo sa cr ifí cio . Ele se re cu so u à o fe re ce r se u go rr o ve r me lho . O Babalawo dis se que o g alo se r ia mo rt o . O galo dis se , “Q ue assi m se ja.”

O g alo se re c uso u à sa cr ificar se u go rr o v er me lho po r que e le t inha ace it ado a mor t e co mo uma o br ig ação da vida 5 – 4 (t r adução do ve r so ) A de isi co nsult o u I fá par a At apar i (cabe ça). A t apar i ia r e ce be r um g or ro do Or isa. F o i dit o que ning ué m po de r ia ar r ancar o go rr o de le se m sang r ame nt o ; é impo s sív e l t er do is g or ro s. Eis o po r que as pe s so as nas cidas po r Ir o sume ji se mpr e achar ão a v ida difí cil.

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Or ác ulo 6

Owonrinmeji Na o r de m e st abe le cida de Ò r unmì lá, e st e é o se x t o Odù. Esse O dù pe de pe la mo de r ação e m to das as co isas. Est e Odù pr e diz dua s g rande s bê nção s par a qualq uer um que se e nco nt r a na misé r ia, pr o ve ndo e le o u e la o s cor r et o s sa cr ifí cio s. A pe sso a se r á be ne f iciada co m dinhe iro e uma e spo sa ao me smo t e mpo . I fá ne st e Odù e nfat iza a impor t ância do sa cr ifí cio . Q uando um sa cr ifí cio é o fer e cido , e le não dev e se r so me nt e de st inado ao s Òr ì sà o u par a o s ance st r ais, mas t ambé m usado par a alime nt ar a bo ca de div e r sas pe sso as. Es sa é uma mane ir a de fazer sa cr ifí cio s ace it áv e is. O bse r v ação o cide nt al: Pe n same nt o s clar o s são ne ce ssár io s par a o bt e nção de s uce s so . O

cult ivo

da

te rr a

é

O wo nr inme ji.

C ult iv o s

aux iliar ão

pr o mov er

à

a

o po rt unida de

be m sua s

suce d ido s

mais e

finança s.

gr at ifi cant e

co lhe it as

Par a

co m

su ce s so

na

par a ganho s vida,

os

filho s

em os

de

dinhe iro fil ho s

de

O wo nr inme ji dev e m apre nde r a pro piciar sua s cabe ça s (or i) de t e mpo s e m t e mpo s, o uv ir se u s pais, re spe it ar o s mais ve lho s, e r ev e r e nciar se us ance st r ais (e g ung un ). Se uma pe s so a plane ja v iajar , I fá diz que sacr ifí cio dev e se r r e alizado par a g ar ant ir se g ur ança e uma v iaje m pr azer o sa. Par a lo ng a vida, é ne ce ssár io o fe r e ce r sacr ifí cio a I fá e t ambé m sat isfaze r o e le da ( cr iado r ). 6 – 1 (t r adução do ve r so ) (...) A div inação de I fá fo i re alizada po r Olo g bo O jig o lo (o g ato ), que ia visit ar a cidade das br ux as (A je ). F o i dit o a e le que e le re t or nar ia co m se g ur ança se e le pude sse sacr ifi car uma ov e lha, duas po mbas, e fo lha s de I fá (t r it ur e alg uns file t e s de me t al bro nze e ch umbo co m se me nt e s de we r e je je ,

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e e sfr e g ue ist o so br e uma inci são fe it a so b as pálpe br as). Ele at e nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí c io . O re mé dio de I fá fo i aplicado co mo indi cado acima, de po is de e le t er sa cr ificado . 6 – 2 (t r adução do ve r so ) Go or o maafiy un Goo ro maafi bo co ns ulto u I fá par a 165 animai s quando e le s e st av am e m uma jo r nada. F o i pe dido a e le s que sacr ifi cas se m um te cido pr e to . O log bo (o g at o ) fo i o único que re alizo u o sacr ifí cio . C he g ando ao se u de st ino , e le s se e nco ntr ar am co m as br ux as (aje ), que dev or ar am to do s o s animai s que se re c usar am à sa cr ificar o te cido pr et o . O gat o fo i vist o à dist ância se co br indo co m o t e cido pr e t o . Ele t inha quat ro o lho s co mo as br ux as, que de cidir am não mat á-lo po r que e le er a uma de las. O gat o vo lt o u par a casa cant ando : Go or o maafiy un, Goo ro maafi bo ... Do s 165 animais que for am na viaje m, o gato fo i o único que vo lt o u par a casa sadio e be m dispo st o . I sso po r que e le re alizo u t o do s o s sacr ifí cio s pr e s cr it o s por I fá . 6 – 3 (t r adução do ve r so ) O lo ir e ko ir e Olo or unk oo r un, co ns ulto u I fá par a O pak et e quando e la e st av a se dir ig indo à sala de part o . Ela fo i aco n se lhada à sa cr ificar duze nt o s I ko t i, duze nt as ag ulhas, duze nt o s r at o s, e duze nt o s pe ix e s. O pake t e o be de ce u e fe z o sa cr ifí cio . Ela se to r no u fér t il co mo I fá pr e dis se .

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O pake t e fo i co nsult ar I fá

dev ido à falt a de filho s. Fo i dit o à e la que r e alizasse

sa cr ifí cio . Ela o fer e ce u o sacr ifí cio e t ev e muit o s filho s co mo pr e dit o po r I fá .

Or ác ulo 7

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Obarameji Est e Odù de no t a [que a pe sso a e st á e m] um e st ado de ince rt e za o u su spe nse , inca paz de t omar de ci sõ e s. O s filho s de st e O dù t ê m uma te ndê nc ia e m co mpr ar por impul so e muit as ve ze s to r nam-se v ít imas de ilusõ e s. Ele s lame nt am a maio r ia de sua s de cisõ e s por to ma-las ne r vo same nt e e às pr e ssas. Par a pro spe r ar na v ida, o s filho s de st e O dù ir ão pr e cisar aplacar s uas ca be ças (O rí ) de te mpo s e m te mpo s. O bse r v ação

o cide nt al:

Blo que io s

ou

dif iculda de s

te mpo r ais

ou

e spir it uais/ e mo cio nais dev e m ser dis cur sada s. O dù O bar ame ji o cupa o sé t imo lug ar na or de m fix ada por Ò r únmì là. Par a um clie nt e que e st e ja lidando co m ne g ó cio s, I fá diz que par a t er uma casa c he ia de clie nt e s e amigo s, e le o u e la te r á q ue o fer e ce r sacr ifí cio s e també m se g uir Òr únmì là. Se o O dù O bar ame ji fo r apar e ce r no jog o par a alg ué m, e le diz que à part e das difi culdade s finan ce ir as, o clie nt e e st á ro de ado de inimig o s que que r e m faze r uma t o caia co ntr a e le o u faze r um at aque de sur pr e sa e m sua v ida o u na sua casa. A difi culdade fina nce ir a se ame nizar á e o s inimigo s se r ão de rr ot ado s quando o clie nt e co nco r dar e m re alizar to do s o s sacr ifí c io s pr e scr ito s po r I fá. Por fim, a pe sso a de s co br ir á que m são se u s inimig o s e se r á capaz de ide nt ificar o que g er o u se us pro ble mas. 7 – 1 (t r adução do ve r so ) O t unwe sin (“a mão dir e it a lav a a e sque r da”). O sinwe t un (“a mão e sque r da lav a a dire it a”). Eis o que limpa as mão s. Elas for am as que r e alizar am div inaçõ e s de I fá par a a ár vo r e A wun quando A wu n ia lav ar a ca be ça (o r i) de O nder o . F o i dit o que e le pro spe r ar ia. Ele de v er ia po rt anto o fe r e ce r uma ov e lha, uma po mba, e co nt as de co r al. Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . F o i pe dido à e le que amar r asse as co nt as na e spo n ja que e le usar ia par a se lav ar .

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7 – 2 (t r adução do ve r so ) O t unwe sin, O sinwe t un, e is o que limpa as mão s. F or am e las que re alizar am a div inação de I fá par a O nde ro quando a árv o re A wu n ia lav ar s ua cabe ça (o r i). F o i pe dido à e le que sacr ifica sse de fo r ma à te r uma bo a pe s so a que lav asse s ua cabe ça. O nde ro dis se , “Q ual é o sacr ifí cio ?“ O Babalawo dis se que e le de v er ia o fe r e ce r te cido br anco e uma po mba. Ele r e alizo u o sa cr ifí cio . Po rt ant o , qualque r um que re ce be r e st e O dù se r á or ie nt ado a u sar ro upas br anca s.

7 – 3 (t r adução do ve r so ) O jik ut uk ut u Bar ag e nde ng e nde n- bi-ig bá- e le po fo i que m re alizo u div inação de I fá par a Eji- O bar a, que e st av a v indo par a I fe . F o i or ie nt ado a e le que sa cr ificas se uma ov e lha par a ev it ar do e nça. Ele se re cu so u a o fe re ce r o sacr ifí cio . Q uando Eji- O bar a che g o u e m I fe , e le e st av a e nt r et ido co m a car ne de uma ov e lha. Ele a co me u e fico u tão te rr iv e lme nt e do e nt e que se u tó rax por fi m e st av a gr ande de uma fo r ma anor mal. De sde e nt ão , aque le s que são nas cido s par a e st e I fá se mpr e te r ão o tó r ax e xt r ao r dinar iame nt e gr ande . T abu : A que le s que são nasc ido s por O dù O bar ame ji não de ve m co mer car ne de o ve lha.

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7 – 4 (t r adução do ve r so ) O g ig if’ o ju- ir an-wo ’ le co nsult o u I fá par a At ape r e , a filha de O wa-O lo fin. F o i pe dido à e la par a faze r um sa cr ifí cio de o g i-or i (ban ha de ò rí pur a), o jo -o wu (m uit a lã de algo dão ), e uma o ve lha. Ela o be de ce u e sacr ifi co u. F o i e nt ão asse g ur ado à e la que e la te r ia muit o s filho s. Ela e st av a te ndo se i sce nt as cr ian ças to do s o s dias apó s e la t er co mido o re mé dio de I fá co zinhado par a e la. F o lhas de I fá: C o zinhe og i- or i co m fo lhas biye nme , cr av o s, e ir ug ba; t rit ur e junt o co m o utr o s ingr e die nt e s par a faze r uma so pa par a se r co mida por e la. Do me s mo mo do , e st e r e mé dio po de se r co zinhado par a clie nt e s par a que m e st e I fá se ja lançado e que já te nha m r ealizado o sacr ifí cio pr e scr it o po r I fá .

Or ác ulo 8

Okanranmeji Est e O dù sig nif ica pr o ble mas, caso s t r ibunais, so fr ime nto s e más v ibr açõ e s. F ilho s de sse O dù, ir ão se mpr e ace rt ar e m che io po r faze r e m ou dize re m o que é e x at ame nt e ce r to . A s pe sso as pe nsa m fr e qüe nt e me nt e que o s filho s

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de s se O dù são agr e ssiv o s e mando na s de v ido a e le s te nt ar e m pr e v ale cer ape sar de t odo s as pr o babili dade s. Em muit as sit ua çõ e s e le s ir ão se r e be lar co nt r a as co nv e nçõ e s da so cie dade e co nse que nt e me nt e cr iam pro ble ma s par a e le s me smo s. Pr o pe nso s a infe cçõ e s, o s filho s de sse O dù dev e m to mar c uidado co m sua saúde de for ma a não se t or nar e m doe n ças cr ô nica s. O bse r v ação o cide nt al: É ho r a de co mpro me t er - se a aliv iar pro ble mas. O kanr anme ji é o oit avo Odù na or de m inalte r áv e l de Ò r únmì là. Se Ok anr anme ji é lança do par a um clie nt e , I fá

diz que o cl ie nt e e st á so fr e ndo po r falt a de filho s,

dinhe ir o , e o ut r as co isas bo as da vida. Mas se o clie nt e cr er e m Ò r únmì là e cult uar I fá , t o do s o s se us pr o ble mas se r ão r e so lv ido s. Par a v e nce r o s inimig o s e te r co nt ro le so br e to das as dific uldade s, o cl ie nt e te r á que o fer e ce r sacr ifí cio s à Sàng ó e Ès ù. 8 – 1 (t r adução do ve r so ) O sun sun -ig bó -y i-ko s’ o je , O bur ok o s’ e je fo r am aque le s que co nsult ar am I fá par a o po vo na cida de de O wá. F o i dit o a e le s que fize sse m sacr ifí cio de mane ir a que um e str anho fo sse fe ito r e i. Q ualque r co isa que o Babala wo quise sse se r ia o sacr ifí cio . Ele s at e nde r am o co nse lho e o fer e ce r am o sacr ifí cio .

8 – 2 (t r adução do ve r so ) O sun sun -ig bó -y i-ko s’ o je ,

O bur o ko s’ e je

fo r am aque le s

que

div inar am I fá

par a

Sak o to quando e le ia par a a cidade de O wa. F o i or ie nt ado a e le que sa cr ificas se uma po m ba, uma ov e lha e tr ê s bo lo s de fe ijão . Ele at e nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí c io . O s Babalawo o aco nse lhar am ainda a co me r o s bo lo s de fe ijão e não dá-lo s par a Ès ù. Enqua nto e le part ia e m sua jo r nada, e le lev av a o s bo lo s de fe ijão co nsigo . Ele e nco nt ro u o pr ime iro Ès ù e dis se , “Se e u

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de s se a v o cê e st e bo lo de fe ijão , v o cê far ia a chuv a me at ing ir at é que e u che g as se à cidade de O wa.” Ent ão e le me s mo co me u o bo lo de fe i jão e pr o sse g uiu. Ele pas so u pe lo se g undo Èsù , e st ico u sua mão co m um bo lo de fe ijão par a Èsù , e r e pet iu o que hav ia dit o par a o pr ime iro . Ent ão e le co me u o bo lo de fe ijão . Ele fe z a me s ma co isa co m o t er ce ir o Èsù . Enf ur e cido , o t er ce ir o Èsù fe z co m

que a chuv a at ing isse Sak ot o at é que e le

che g as se à cidade de O wa. O s Babalawo hav iam pr e dito que e pr ó x ima pe s so a a se r inst alada co mo r e i da cidade de O wa che g ar ia bast ant e mo lhada pe la chuv a. O s habit ant e s de O wa fize r am de st e e st r anho e nchar cado [pe la ch uv a] se u re i. 8 – 3 (t r adução do ve r so ) M o daa per e o se per e co ns ulto u I fá par a O lu- ig bo (r e i da flo r e st a). M o daa per e o se per e co ns ulto u I fá par a O lu- odan quando e le s iam se duzir Ew u, a e spo sa de I ná (fog o ). F o i or ie nt ado à e le s que sacr ifica sse m um fe ix e de g ie st a e fo lhas de I fá (e smag ar fo lhas re nr e n na ág ua), u ma g alinha e um te cido pr et o . O lu- odan se re cu so u a faze r o sacr ifí cio . Ele disse : não na pr e se nça de se u Esu su o ni’ g ba- o fo n, War iwa o ni’ g ba, e Iy or e onig ba- it e r e (bast ão mág ico ). O lu- ig bo fo i o único que re alizo u o sacr ifí cio . U m dia, Ew u, e spo sa de I ná, de ix o u a casa de se u e spo so par a ir na ca sa de O luo dan. I ná se pr e par o u e fo i par a a casa de Olu- o dan par a r e sg at ar sua e spo sa. Q uando che g o u lá, e le g rito u alt o o no me de s ua e spo sa: Ewu, Ew u, Ew u. I ná que imo u Esus u o ni’g ba -o fo n, War iwa oni’ g ba- ida, e Iy or e o ni’ g ba- it e r e . Ew u e nt ão co rr e u par a O lu- ig bo , que t inha r e alizado o sa cr ifí cio . I ná fo i at é lá e gr it o u: Ew u, Ewu, Ewu. O lu- ig bo e nt ão aspe r g iu o re mé dio de I fá so br e I ná t al co mo inst r uí do pe lo Babala wo . Ele re cit o u t rê s ve ze s: M o daa per e o se pe re . O fog o (I ná) se ex t ing uiu, de fo r ma que Ew u e st av a dispo nív e l par a O lu-ig bo . O lu- ig bo , a flo r e st a de nsa, ainda ho je re t é m a e scur idão que e le sa cr ifico u. 8 – 4 (t r adução do ve r so ) O k it ibir ik it i fo i que m co nsu lto u I fá par a O lu quando e le t inha ape nas um filho .

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F o i or ie nt ado a e le par a sacr ificar uma ov e lha br anca se m qualque r po nto ne gr o , uma cabr a nov a, e um bo de . F o i asse g ur ado a e le que se u filho ún ico se t or nar ia do is. Ele at e nde u ao co nse lho e r e alizo u e sacr ifí cio . Em br e v e , se us filho s se to r nar am do is. De sde e nt ão , e st e O dù t e m sido chamado Ok anr anme ji. Q ualque r um par a que m e st e I fá fo r lançado se mpr e t er á um filho a mais.

Or ác ulo 9

Ogundameji Est e O dù adv e rt e co ntr a br ig as, disput as e ho st ilidade s imine nt e s. Dur ant e uma se s são de div inação , se e sse O dù apar e ce par a uma pe sso a e la de v e se r av isada par a t er c uidado co m t raido r e s o u amigo s e ng anado r e s. I fá diz que a pe sso a de v e te r co nfiado e m alg ué m indig no de co nfian ça. Se o clie nt e e st á e m bat alha co m pr o ble mas finance ir o s e o po si ção de inimig o s, e st e O dù diz que a pe sso a de v e o fer e ce r o sacr ifí cio ce r to a Ò g ún e també m aplacar a sua cabe ça (O rí ) par a que t e nha ê x it o e pro spe r idade .

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O bse rv ação

o cide nt al:

O

clie nt e

e st á

so br e car r eg ado

co m

t rabalho

e

pr o ble mas pe sso ais de o ut r as pe s so as. Na or de m de Ò r únmì là, o O dù Og undame ji o cupa o no no lug ar . Ele é o O dù que e ncar na Ò g ún, o de u s do fe rr o e da g ue rr a. A maio r par t e do s

filho s de

O g undame ji são ado r ador e s de Ò g ún, que são r e co nhe cido s por se u po der , co r ag e m e t ale nto s cr iat ivo s. Co m s uas habilidade s imag inat iv as inco mun s e le s abr e m po rt as e cr iam o por t unidade s de e mpr eg o par a o s o utr o s. Pe sso as e ncar nada s por O g undame ji são se mpr e abe nço adas co m muit o s filho s. 9 – 1 (t r adução do ve r so ) A lag bar a ni nso k un A de fo i que m co ns ulto u I fá par a Ò g ún. F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car um alfan je , um galo e um inhame assa do . I fá dis se que o alfan je se r ia a chav e par a a pr o spe r idade de Òg ún. Ele de v er á se mpr e ca minhar co m e le ju nto . F o i pe dido à e le que co me sse o inhame . Ele o co me u. Q uando e le fico u co m se de , e le fo i be be r ág ua do rio . A pó s be be r a ág ua, e le v iu duas pe sso as br ig ando po r causa de um pe ix e que e las hav iam pe scado . Ò g ún o s aco nse lho u a se r e m pac ie nt e s e disse que e le s dev e r iam ir par a ca sa e div idir o pe ix e . Ele s se r e cusar am. O pr ime ir o ho me m dis se que e le v e io do le st e e o se g undo ho me m dis se que e le v e io do oe st e . A pó s o uv ir as sua s de scul pas, Ò g ún pe go u o alfan je o qual lhe fo i or ie nt ado par a se mpr e po rt ar co nsigo e par t iu o pe ix e e m do is par a e le s. O pr ime iro ho me m o ag r ade ce u e pe diu a e le que abr isse uma t rilha de lá at é a cidade o nde re sidia. O ho me m pro me t e u e nr ique ce r a v ida de Òg ún se e le at e nde s se o se u de se jo . O ho me m g ar ant iu a Òg ún que e le t ambé m re ce be r ia co isa s v alio sas que ir iam e le v ar sua co nfian ça. O se g undo ho me m ig ualme nt e agr ade ce u a Òg ún e fe z u m pe dido similar . Ò g ún co ncor do u e m fazer t al co mo e le s pe dir am. Ò g ún t e m sido se mpr e chamado d e O g undame ji de sde o dia e m que e le div idi u um pe ix e par a dua s pe s so as que e st av am br ig ando .

26

9 – 2 (t r adução do ve r so ) A go go - o wo - ko se if’ apo ko si co nsult o u I fá par a Olo fin quando O lo fin A jalo r un e st av a pr o po ndo e nv iar se u filho , Ò g ún, ao mu ndo par a abr ir o ca minho da v ida. Ò g ún fo i av isado de que e le ser ia incapaz de c umpr ir a t ar e fa dev ido à po sição infle x ív e l do mundo . M as e le de v er ia r e alizar sa cr ifí cio co ntr a a saúde pr e cár ia e a mo rt e sú bit a: um car ne ir o e u m úni co e lo de co rr e nt e . Ele fe z o sa cr ifí cio . Ele s disse r am: U m ún ico e lo nunca que br a.

9 – 3 (t r adução do ve r so ) O ke le g bo ng bo -as’ o fun- kilo co ns ulto u I fá par a Ò g ún. À e le fo i g ar ant ido que se e le pude s se r e alizar sa cr ifí cio , e le jamais mor r er ia. O mundo int e iro se mpr e ir ia pe dir à e le par a ajudá- lo s à r e par ar se us mo do s de vida. M as ne nh um de le s ficar ia a se u lado par a r e so lv e r o s se u s pr ó pr io s pro ble ma s. Q uatr o car ne ir o s, quat ro bo de s, e quatr o cabaça s co be r t as de ve m se r o fer e cido s e m sacr ifí cio . Ele r e alizo u o sa cr ifí cio e m cada um do s quat ro cant o s do mundo . 9 – 4 (t r adução do ve r so ) I ko ko - I di-s’ ak un- ber e co ns ult o u I fá par a Ò r únmì là. F o i pr e dito que sua e spo sa dar ia a luz à tant o s filho s que e le não o s co nhe ce r ia a t o do s. Ele fo i po rt anto o r ie nt ado a sacr ifi car uma Galin ha d’ A ng o la e duas mil búz io s. Ò r únmì là fe z o sacr ifí cio .

27

A lar e é o no me pe lo qual chama mo s o pr imo g ê nito de Ò r únmì là. A inda ho je , nó s o uv imo s as pe sso as dizer e m: o mo A lar e (o filho de A lar e — pr o pr ie t ár io ). Q ualque r um par a que m e st e I fá se ja div inado dev e r á te r muit o s filho s.

Or ác ulo 10

Osameji Est e é um O dù que sig nifica falt a de co r ag e m e f ug a de br ig as o u o po siçõ e s. F ilho s de s se O dù re alizam uma g rande quant idade de viag e ns, ou a ne g ó cio s o u por pr azer . Ele s cr e sce m e to rnam -se bo ns administ r ador e s se e le s g e st am o s ne g ó cio s do s o utr o s. C o mo e le s são facilme nt e ame dr o nt ado s, e le s não ir ão co rr e r ris co s. O bse r v ação

o cide nt al:

O

clie nt e

e ncar a

mudança

ine spe r adame nte

em

t ranst o r no s tant o no se r v iço quant o no s re lacio name nt o s .

O same ji é o dé ci mo Odù na or de m fix a de Ò r únmì là. O dù O same ji re it er a a ne ce ssidade por aux í lio e spir it ual co nt r a mau s so nho s e fe it ice ir as que int er fir am co m o so no da pe sso a. De v e r ão se r r ealizado s sacr ifí cio s apro pr iado s ne ce ssár ia.

par a

sat isfaze r

o s fe it ice ir as

(aje )

e

par a

asse g ur ar

A dicio nalme nt e , se O same ji é lançado par a um clie nt e , I fá

a

pr ot e ção diz que o

clie nt e te m inimig o s que e st ão plane jando pr e ju dicá- lo . Se o clie nt e re alizar

28

sa cr ifí cio a Sàng ó , e le ganhar á fo r ça aume nt ada e e v e nt ualme nt e ve nce r á o s inimig o s. A que le s e ncar nado s por e st e O dù te nde m a se de s co nt ro lar o u lhe s falt am limit e s. M uito e sfo r ço é ex ig ido par a capa cit á-lo s a se co nce nt r ar no que e st ão faze ndo o u par a que e le s se aplique m dilig e nt e me nt e e m se u tr abalho . 10 – 1 (t r adução do ve r so ) K asa k aja- kat et e sa co nsult o u I fá par a Eji- O sa. Eji -O sa e st av a indo à I fe par a um pro je t o . F o i dit o à e le s que e st e s se r iam ame dro nt ado s por alg o que po de r ia e v it ar sua r e alização do pr o je to . Po r e st e mo t ivo e le s dev er iam sacr ifi car um car ne ir o e uma pe dr a de r aio . Ele s se r e cusar am a faze r o sacr ifí cio . Q uando e le s che g ar am a I fe , uma lut a aco nt e ce u. Ele s te nt ar am re si st ir mas não pude r am e tiv er am que fug ir . De sde aque le dia, as duas pe sso as que fug ir am t e m sido cha madas de O same ji. 10 – 2 (t r adução do ve r so ) I g bin k o y a palak a e sse co ns ulto u I fá par a uma O sa quando e la e st av a per amb ulando pe lo mundo so zinha. F o i dit o à e la que e la e nco ntr ar ia um par se e la fize sse sacr ifí cio : dua s po mbas, do is car acó is, e r e mé dio de I fá (mo e r fo lhas de biy e nme e co zinhá-las co m o vo s de g alinha) par a e la co me r . Ela o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . Q ualque r um par a que m e st e I fá é div inado t er á muit o s filho s. 10 – 3 (t r adução do ve r so ) O kan- ate g un- ko se - ir o de ’ le co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là quando e le e st av a pr o po ndo se ca sar co m O luy e mi, a filha de O lo fin.

29

F o i dit o que se e le ca sas se ape nas co m Oluy e mi, sua ho nr a se r ia g rande . O sacr ifí cio : dua s g alinhas, duas cabr as e t rê s mil e duze nt o s búzio s. É aco nse lháv e l a qualque r um par a que m e st e I fá se ja div inado se casar co m uma e ape nas uma m ulhe r . 10 – 4 (t r adução do ve r so ) O liy e nmey e nme co nsult o u I fá par a A ja. F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car do is car acó is e fo lhas de I fá (t r it ur ar fo lhas de t et e r eg un na ág ua, e nt ão que br ar a po nt a da co ncha do car aco l e de ix ar o lí quido flu ir de ntr o do pre par ado ). Ele de v er ia se banhar co m o re mé dio par a se acalmar . A ja se re cu so u a sa cr ificar . Ele dis se que sua saliv a e r a sufi cie nt e par a saciar sua se de . I fá dis se : O clie nt e par a que m e st e I fá é lançado não e st á go zando de bo a saúde .

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Or ác ulo 11

Ikameji Est e Odù sig nif ica muit as pr eo cu paçõ e s e por t anto pe de po r mo der ação . Co m o co rr e to sacr ifí cio é po ssí v e l ex e r cer co ntr o le . F ilho s de sse O dù e st ão se mpr e ce r cado s po r pe sso as que são pre di spo st as a impo r do r ao s o ut ro s o u que t e m pr azer no so fr ime nto do s out ro s. Ele s t ê m que e st ar co nst ant e me nt e pr ev e nido s de v ido a e le s não po de re m co nt ar co m famí lia o u amig o s par a aj udar . O bse r v ação o cide nt al: Es se é um bo m mo me nto par a co nce pção . O dù Ik ame ji o cupa o dé ci mo pr ime iro lug ar na o rde m fix a de Ò r únmì là. U ma pe s so a ir á se mpr e co lhe r o que planto u. O s filho s de Ik ame ji ne ce s sit am pro piciar s uas ca be ças (or i) fr e qüe nte me nt e de fo r ma a faze r as e sco lha s co rr e t as. Se I k ame ji é lançado par a um clie nt e , I fá diz que e st e e nfr e nt a difi culdade s. O clie nt e te m inimig o s ciu me nto s que e st ão te nt ando blo que ar suas o por t unidade s. Ele o u e la e st á so fr e ndo co m a falt a de filho s co nfiáv e is e co m ne ce ssidade s fina nce ir as. M as se o clie nt e r e alizar o s sacr ifí cio s apr o pr iado s par a I fá e Ò g ún, e le o u e la t er á o po r t unidade s ilimit ad as par a se t or nar pr o dut iv o (a) e be m su ce dido (a). 11 – 1 (t r adução do ve r so ) O dan-g e je awo A t a-nde co ns ulto u I fá par a Ey in (fr ut o da palme ir a).

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Ele fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio por ca usa de abo rr e ci me nto s: um galo e qualque r co isa que o Babala wo e sco lhe s se t er co mo sacr ifí cio . Ey in dis se que , co m a mag ní fi ca co ro a e m s ua cabe ça, e le jamai s admit ir ia ir à qualque r Babalawo par a faze r sacr ifí cio . Ele se re cu so u abr upt ame nt e a faze r sacr ifí cio . I fá diz: Q ualque r um par a que m e st e I fá fo r div inado e st ar á co m pro ble ma s.

11 – 2 (t r adução do ve r so ) Et use se fi’ nu- ig bo se ’ le , Oniwak awak afi’ n u-isa se ‘ budo quando aque le s que co ns ult ar am I fá par a Bar a Ag bo nnir e g un, que e st av a indo a I fe par a co me çar u m part o . F o i dit o a e le par a sa cr ificar do is g rão s de milho e dua s g alinhas. Ele r e alizo u o sa cr ifí cio . Ele plant o u o milho , o qual e le co lhe u quando fico u maduro par a pro piciar s ua cabe ça (o r i). Ele s disse r am: A que le que cor to u duas fo lha s (palha s) de milho par a de ifi car sua ca be ça dev er ia ser cha mado Ik ame ji . Q ualque r um par a que m e st e Odù é div inado t er á muit o s filho s. o u se to rnar á be m s uce dido no mundo . 11 – 3 (t r adução do ve r so ) O jo jo se - idibe re co n sult o u I fá par a Òr únmì là quando s ua e spo sa e st av a pr e ste s a co me t er adult é r io . F o i pe dido a e le par a sacr ifi car dua s cabe ças de co br a e uma cor da de e scalar par a ev it ar que as pe sso as se duzi sse m sua e spo sa. Ele se g ui u o co nse lho e re alizo u o sacr ifí cio . O ye e O wor e e r am r iv ais de Òr únmì là. Ele s er am in capaze s de se duzir a e spo sa de Ò r únmì là por que Ò r únmì là t inha re alizado o sacr ifí cio . A e spo sa de Ò r únmì là se c hama O pe .

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11 – 4 (t r adução do ve r so ) O mipe nse n -ako dun -k or o co nsult o u I fá par a Òg ún quando e le ia at acar a cidade de se u inimig o . F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car um pe que no barr il de v inho de palme ir a, um inha me assado , e aze it e -de - de ndê . Ò g ún se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio . O s Babala wo s dis se r am: I fá diz que e le se r á e nv e ne nad o lá ante s de vo lt ar par a casa po r que e le se re cu so u a r ealizar o sacr ifí cio pr e scr ito . Ele fo i lá, lut o u, e v e nce u a bat alha. Em se u cam inho de vo lt a par a ca sa, um de se us ho me ns lhe o fe r e ce u um pe daço de inhame assado , que e le co me u. O inhame g r udo u e m s ua g ar g ant a e e le fi co u incapa cit ado de e ng o li-lo . Po r fim, e le não co nse g uia falar . Se vo cê falar co m e le , e le usar á s ua cabe ça e sua s mão s par a art ic ular suas re spo st as at é ho je .

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Or ác ulo 12

Oturuponmeji (Ologbonmeji) A car act e r í st ica mais impor t ant e das pe sso as na scida s ne st e O dù é a pe r sist ê ncia. Ele s são v igo ro so s e re so lut o s e ir ão mo str ar det e r minação ape sar de t rat ame nto r ude . O bse r v ação o cide nt al: Q ue st õ e s r e lacio nadas ao s fil ho s e st ão na me sa .

O t ur upo nme ji,

t ambé m

chamado

de

O lo g bo nme ji,

é

o

dé cimo

seg un do

Odù

pr incipal na or de m inalt e r áv e l de Ò r únmì là. Est e Odù simbo liza a cr iação de filho s. Par a te r filho s sa udáv e is e be m co mpor t ado s, O t ur upo nme ji diz que é ne ce ssár io o fe r e cer sa cr ifí cio s ao s e g ung un (ant e pas sado s) e a Or isa- nla. O s filho s de O t ur upo nme ji t e nde m a se to rnar e m co mplace nt e s. Par a to mar de cisõ e s sábias, e le s de v e m o uv ir e r e spe it ar as opiniõ e s de se us pais e o s po nto s de vist a do s mai s v e lho s e m g er al. O s filho s de O t ur upo nme ji tê m for ça par a s upor t ar as ne ce s sidade s o u a dor . C o nse que nt e me nt e , e le s se to r nam de masiado impr ude nt e s, te imo so s, e fa cilme nt e co nf uso s.

Se

for par a e le s pe r mane ce r e m co nce nt r ado s e não per de r e m suas

po siçõ e s na v ida, de v er ão se r fe it o s e sfo r ço s per sist e nt e s par a pro piciar sua s ca be ças (or i) e sacr ifí cio s a I fá re g ular me nt e . 12 – 1 (t r adução do ve r so ) O kar ag ba co nsult o u I fá par a Eji- Og e quando e le s e st av am pr e st e s a de s ce r par a I fe . F o i pr e dito que ambo s ir iam se so br e s sair e m I fe . F o i pe dido a e le s par a sa cr ificar de ze sse i s car acó is, de ze sse is tart ar ug as, de ze s se is pe dr a de r aio s (do is de cada é sufi cie nt e ),

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e fo lhas de I fá (fo lhas de ok unpale e abo - ig bo o u ag bo sawa e o utr o s co ndime nt o s, par a se r e m mo í do s e co zinhado s co mo so pa e dado s ao clie nt e par a co mer ; qualq ue r um que de se jas se usar o re mé dio par a pr o spe r idade t ambé m po de r ia co mê -lo ). A pó s co me r o r e mé dio , o clie nt e de ve r á de po sit ar o s e dun -aar a (pe dr a de raio s) so br e se u I fá .

12 – 2 (t r adução do ve r so ) Elul use ’ dibe r e co ns ulto u I fá par a O lo fi n, Q ue ia se casar co m Pupay e mi, uma jov e m garo t a do le st e . F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car duas cabr as. Ele r e alizo u o sa cr ifí cio . F o i dit o a e le que e le te r ia ape nas do is filho s do casa me nto mas que o s do is de v er iam ser be m tr at ado s por que e le s se r iam g rande s na v ida. Tam bé m fo i de clar ado que o s do is fil ho s que fo r am be m t r at ado s e m I fe de v er iam ser cha mado s de O ge - me ji.

12 – 3 (t r adução do ve r so ) A g ba-ig bin- f’ idije lu co nsult o u I fá par a O do . F o i dit o a e le que e st e se mpr e e nco ntr ar ia um as se nt o (lug ar ) o nde que r que e le fo sse mas que sua impr udê n cia o mat ar ia. O sacr ifí cio : u m car aco l, uma se me nt e de pime nt a-da- co st a, Do is mil e duze nt o s búzio s, e fo lhas de I fá (mo e r fo lhas de g be g i co m a pime nt a- da-co st a, fe r ve r o car aco l, e co zinhá -lo s j unto s; e st e r e mé dio de v e se r dado ao clie nt e par a co mer o u par a qualq uer o utr o que que ir a usá -lo ). O do seg ui u o co nse lho e fe z o sacr ifí cio . O re mé dio de I fá fo i co zinhado par a e le tal co mo de s cr it o acima,

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de fo r ma que e le pude s se e st ar se g ur ame nt e as se nt ado . C o mo o g be g i é pr o fundame nt e e nr aizado , O do se mpr e e st ar á fir me me nt e asse nt ado e m qualque r lug ar . 12 – 4 (t r adução do ve r so ) K asak aja K at e t e sa co ns ulto u I fá par a O ge . F o i pe dido à e le faze r sacr ifí c io de mo do a se r cui dado so . Banha de òr í e aze it e -de - de ndê de v er iam ser o fe r e cido s co mo sacr ifí c io . Ele se re cu so u a faze r sacr ifí cio . Se e le tiv e sse fe it o o sacr ifí cio , o re mé dio de I fá (mi st ur a de banha de ò rí e aze it e -de -de ndê ) t er ia sido pr e par ado par a e le e sfr eg ar e m se u cor po por que : “A o me io dia o aze it e -de - de ndê e st á aler t a. Est a é a r azão de s ua v ida lo ng a. A o me io dia a banha de ò rí e st á v ig ilant e . Est a é a r azão da s ua habili dade de v iv e r at é a v e lhice .” O ge é o no me de Odo (pilão ).

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O rác ulo 13

Oturameji Est e

O dù

s ug er e

paz

me nt al

e

libe r dade

de

to das

as

inquie t açõ e s

(an sie dade s ). F ilho s de st e O dù são me igo s e mo de r ado s e m car át er . O bse r v ação o cide nt al: Est e é o mo me nt o par a no vo s su ce s so s e m ne gó cio s e r e lacio name nt o s. O t ur ame ji é o dé ci mo te r ce iro O dù na o rde m fix a de Òr únmì là. As

pe sso as

nas cidas

part ic ular me nt e

na

so b

ar t e

de

O t ur ame ji co mpr ar

se r ão e

be m

v e nder .

É

su ce didas impo rt ant e

no s

ne gó cio s,

sat isfaze r

Ès ù

fr e qüe nt e me nt e por cau sa daque le s que tr air ão s ua co nfiança o u plane jar ão e ng anar s ua famí lia. O s filho s de O t ur ame ji pr e cisam apr e nde r a re se rv ar um t e mpo par a de s cansar e não dis sipar suas e ne rg ias at é o e xt r e mo de so fre r u m co lapso fí si co o u ne rv o so . Se Odù O t ur ame ji é lançado par a um clie nt e , I fá diz que o clie nt e te m inimig o s que o t or nar am u ma pe sso a impr ude nt e . Da me sma mane ir a que e le é po br e , e le não te m e spo sa ne m r e lacio name nto s famil iare s. Ele dev e r ia t ão r ápido quant o po ssí v e l o fe r e cer sacr ifí cio . O t ur ame ji diz que e le de v er ia fazer sacr ifí cio à Òg ún, Ye mo nja, e I fá. Ele de v er ia e nt ão ser capaz de ve nce r se u s inim igo s, ganhar alg um dinhe ir o , e final me nt e te r uma e spo sa e filho s. 13 – 1 (t r adução do ve r so ) A r ug bo - nla niise or i fe g unfe g un co n sult o u I fá par a Ot u quando e le ia par a I fe faze r t rabalho de div inação . F o i dit o a e le par a sa cr ificar dua s be ng alas [de camin hada] e dua s o ve lhas. F o i dit o a e le que e le não re to r nar ia lo go . O t u re alizo u o sacr ifí cio e pe r mane ce u po r um lo ngo t e mpo . 13 – 2 (t r adução do ve r so ) (...)

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co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là quando e le ia de s co br ir e e st abe le ce r uma cidade . F o i dit o a e le par a sa cr ificar um gr upo de for mig as -so ldado (o wo ijamja ), sa bão neg ro , quar e nt a búzio s já pre par ado s e m um cor dão no e scur o , um pe daço de pano br anco , e uma árv or e o dan. Ò r únmì là ate nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí cio . O s Babala wo s aco nse lhar am Òr únmì là a plant ar a ár vo r e Odan nu m mat ag al e amar r ar as búzio s ne la. Ele de v er ia lav ar se u co r po co m o sabão ne g ro pr e par ado co m fo lhas de Odan e car r e ir as d e for mig as. Ele de v er ia u sar o pano br anco par a se co br ir . Se e st e I fá e ncar na alg ué m, dev e se r dito à e st e alg ué m par a faze r da me sma for ma. O s Babala wo s dir iam a e le co m se g ur ança que o lug ar o nde e le planto u a ár vo r e odan tal co mo de scr it o acima e v e nt ual me nt e se to r nar ia um me r cado .

13 – 3 (t r adução do ve r so ) O k it i- og an-af’ idij’ ag o co nsult o u I fá par a Ot u. F o i dit o a e le par a o fe r e cer dua s t ar t ar ug as de mo do a se t or nar rico . O t u o uv iu e fe z o sa cr ifí cio . O s Babala wo s adv er t ir am Ot u par a não mat ar as t ar t ar ug as mas par a ve ndê -las. Por me io de um sor t e io , e le de v er ia de cidir o nde ir par a v e ndê -las. Q uando e le che g o u na cidade , fo i o fer e cido à e le o it e nt a bo lsas de dinhe ir o pe las t ar t ar ug as. Ès ù aco nse l ho u Ot u à não ace it ar o pr e ço . Ès ù e st á se mpr e a fav or de qualque r pe s so a que r ealize sacr ifí cio s. Q uando o pr e ço fo i e le v ado par a vár ias ce nt e nas de bo lsas de dinhe ir o , Èsù o aco nse l ho u a ace it ar a ofe rt a. Eis co mo Ot u se to rno u r ico . O s Babala wo s dis se r am: O dia que Ot u co mpr o u duas t ar t ar ug as de v er ia se r chama do Ot ur ame ji.

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13 – 4 (t r adução do ve r so ) (...) co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là. F o i dit o a e le par a r e alizar sa cr ifí cio de mo do que e le pude sse go ve r nar s ua cidade ade quadame nt e . Ò r únmì là disse : “Q ual é o sa cr ifí cio ?” O s Babala wo s dis se r am: Se is e st e ir as, se is pe na s de papag aio , se i s ca br as, e mil e duze nto s búzio s. F o i dit o a e le que pe sso as de to da part e do mundo v ir iam par a ho nr á- lo so br e a e st e ir a. Ò r únmì là re alizo u o sacr ifí c io tão rápido quant o po s sí ve l, e pe s so as de t oda part e do mundo v ier am par a ho nr á-lo so bre a e st e ir a tal co mo pr e dit o . De sde aque le dia, o s Babala wo s t e m se se nt ado so br e a e st e ir a par a r e alizar div inação de I fá .

Or ác ulo 14

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Iretemeji Est e Odù diz que pag a par a se inclinar par a co nquist ar . Hu mildade é uma v ir t ude muit o impo rt ant e . Est e O dù av isa co ntr a int r ig as e inimig o s que e st ão te nt ando de spachar pr o nt ame nt e no ssa s chan ce s de suce sso na v ida. O bse r v ação o cide nt al: Est a pe sso a mar cha pe lo se u pró pr io t ambor e t e m pro ble ma e m su bme t er - se . Na or de m fix a de Òr únmì là, O dù I re t e me ji o cupa a dé cima- quart a po si ção . Est e O dù pe de por t ot al de dica ção a I fá. To do s o s filho s de Ir et e me j i de v e m se r dev ot o s de Òr únmì là. A s cr ianças do se x o mas culi no de v e m se r iniciadas par a se t or nar e m Babala wo s. Se as cr iança s cr er e m e m I fá , Òr únmì là co nce de r á a e las bo a sor t e par a dinhe ir o , e spo sas, filho s, v ida lo ng a, e fe li cidade . De t e mpo s e m t e mpo s e le s de v er ão pro pi ciar sua s cabe ça s (or i) de mo do a e v it ar e st r e sse e mo cio nal o u humilha ção po r fo r ças malé fica s. Se Ir et e me j i for lançado par a um cl ie nt e que e st iv e r do e nt e , I fá diz que par a uma r ápida r e cupe r ação o clie nt e de v er á r e alizar o s sa cr ifí cio s co rr e t o s a O baluwaiy e ( Sanpo nna) e ao s fe it ice ir o s (aje ). O s filho s de Ir et e me j i de v er iam apr e nde r a re lax ar , por que é fácil par a e le s fi car am fat ig ado s, abor r e cido s, e impa cie nt e s quando e st ão so b pr e ssão .

14 – 1 (t r adução do ve r so )

O kan awo Oluig bo co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là quando e le e st av a indo par a I fe . F o i dit o a e le que qualque r pe s so a que e le inicia sse não mor r er ia jo v e m. F o lhas de t et e e duas po mbas dev e m se r sacr ifi cadas. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio . O te t e fo i amassa do na ág ua par a se r usado par a lav ar sua ca be ça.

14 – 2 (t r adução do ve r so )

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A da-ile - o -muk ank an co nsult o u I fá par a Ir e n quando e le ia ini ciar do is filho s de Olo fin. F o i dit o a e le par a faze r sacr ifí cio . Ele se g ui u o co nse lho e fe z sacr ifí cio . F o i asse g ur ado a e le que qualque r pe sso a que e le ini ciasse não mo rr e r ia jo v e m. O dia que I re n inicio u dua s pe sso as que não mor r er am de v e se r cha mado Ir e -t e -me ji.

14 – 3 (t r adução do ve r so ) O dan-ab’ o r ipeg unpe g un co nsult o u I fá par a Ak o n (o car ang ue jo ). F o i dit o a e le que e le nun ca ir ia se aco st umar co m as pe sso as no me r cado mas se e le quise s se co rr ig ir e st a falha e m si me smo , e le de v er ia sa cr ificar um po t e de aze it e (at a- e po ) e um x ale . A ko n se re cu so u a faze r o sacr ifí cio num dia de me r cado . A ko n e quili bro u se u po te de aze it e -de - de ndê na sua cabe ça. Q uando e le te nt o u se e mbr ul har co m se u x ale , o pot e caiu de sua cabe ça e o aze it e man cho u s uas r o upas. O aze it e - de -de ndê que man cho u o cor po de A ko n naque le dia per mane ce u na s sua s co st as at é ho je . Se qualque r um na sce r por e st e I fá, e st e de v er ia se r adve r t ido a nun ca u sar um x ale par a co br ir se u cor po .

14 – 4 (t r adução do ve r so ) A dilu- abidis umu sum u co ns ulto u I fá par a O luwe r i, que e st av a indo co mpr ar A ko n (o car ang ue jo ) co mo um e scr avo . F o i dit o a e le que se e le co mpr asse o e s cr av o e le jamais pr e cisar ia das pe sso as.

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U ma ba cia nov a, uma cabr a, e e fun dev e r iam se r usado s co mo sacr ifí cio . O luwe r i o be de ce u e re alizo u o sacr ifí cio . A ko n t ev e muit o s filho s. O luwe r i co mpr o u inicial me nt e e scr av o s hu mano s. Ele s o de st r at ar am e o abando nar a m. A pe nas o car ang ue jo (A ko n) per mane ce u co m e le . C o lo que o e fu n na bac ia nov a e o fe re ça a cabr a à e la.

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Or ác ulo 15

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Osemeji Est e O dù impli ca e m v itó r ia so br e inimigo s e co nt r o le so br e difi culdade s. O bse r v ação o cide nt al: Est e é o mo me nto de ince r t e za o u de mudan ça de co ndi çõ e s e m ne gó cio s e re lacio name nt o s. É um bo m mo me nt o par a amo r e dinhe ir o . O se me ji é o dé cimo -qui nto Odù na or de m inalt er áve l de Òr únmì là. Se o s sacr ifí cio s co rr e to s fo r e m e x e cut ado s, o s filho s de O se me ji v iv e r ão at é uma idade lo ng a, de sde que e le s cuide m de sua saúde . Ele s t ambé m de v e m for t ale ce r sua cr e nça e m I fá

e

s uas pr ó pr ias capacidade s de mo do a pr o spe r ar na v ida. Par a amor , um casa me nto fe liz, e pr o spe r idade finan ce ir a, sacr ifí cio s ade quado s dev e m ser r e alizado s à O sun. Se O se me ji é lançado par a um clie nt e , I fá diz que o clie nt e t e m muit o s inimig o s e , par a v e nce r o s inimig o s, dev e o fe r e ce r sacr ifí c io s a Sàng ó e Òr únmì là. A cre dit a- se que Òr únmì là t e m e nor me s po de r e s par a ve nce r t odo s o s ini migo s tant o na te rr a co mo no cé u. Em O se me ji , I fá no s e nsina que ape nas sacr ifí c io s po de m salv ar o s se r e s huma no s. A v ida é de sagr adáv e l se m sa cr ifí cio . Falt a de fé o u aut o -co nfian ça é se mpr e uma t rag é dia. 15 – 1 (t r adução do ve r so ) Tit o ni-nk un’ le t i-nm uk’ awo t o co nsult o u I fá par a Ar ug bo (o s ido so s). F o i pe dido a e le s par a sa cr ificar e m uma galinha, uma gaio la che ia de alg o dão , e de ze s se is pe daço s de g iz (e fun ) de mo do que e le s pude sse m alcançar uma idade av ançada e ntr e o s o dùs. Ele s se g uir am o co n se lho e sacr ificar am. Ele s viv er am at é e nv e lhe ce re m co m cabe lo s gr isalho s. Q ualque r um que e nv e lhe ça co m cabe lo s gr isalho s e ntr e o s o dùs dev e se r chamado Ag bame ji (o s do is anc iõ e s).

15 – 2 (t r adução do ve r so ) O se k e se k e (aleg r ia) co ns ult o u I fá par a A je (r ique za ). F o i dit o a e la que o mundo int e ir o e st ar ia se mpr e e m sua bus ca.

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Ela pe r g unto u, “Q ual é o sacr ifí c io ?” F o i dit o a e la par a sa cr ificar t oda co isa co me st ív e l. A je se g ui u o co nse lho e sacr ifi co u. O mundo int e iro e st á fe liz po r e st ar e m bu sca de A je . 15 – 3 (t r adução do ve r so ) A k uko fi Og be o ri r e se ina co n sult o u I fá par a A je (r ique za ). F o i dit o a e la par a sa cr ificar qualq uer anima l mor t o se m [u so de ] uma faca (e k ir i apadafa) de mo do a co nduzir uma vida t ranquila. A je se re cu so u a sa cr ificar . Po r causa de sua re cu sa, at é o dia de ho je A je nu nca se fix a e m um lug ar .

15 – 4 (t r adução do ve r so ) O luwe we g be ’ nu-ig bo -t e fa co ns ulto u I fá par a Eji -o se quando e le e st av a indo par a a t er r a de I fe . F o i pe dido a e le que sacr ifica sse 160 r olo s de lã de alg o dão e de ze s se is be ng alas [de ca minhada]. Ele sa cr ifico u ape nas do is de cada it e m. Enqua nto e le pro s se g uia, e m se u caminho , as duas be ng alas que e le sa cr ifico u se que br ar am, ma s e le não mor r e u. O Babalawo dis se : De to do s o s odù s, qualque r um que que br o u dua s be ng alas e não mo rr e u dev er ia ser cha mado de O se me ji. Po rt ant o , qualque r um na scido por e st e I fá car e ce de fé . I sso é , e le v ai se mpr e que st io nar o s Babala wo s. Est a pe s so a acha difí cil acr e dit ar na v er dade .

Or ác ulo 16

Ofunmeji (Orangunmeji)

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Est e Odù sig nif ica bo a fo rt una. Ele pe de po r paciê n cia e t ransig ê n cia — uma v ida de dar e r e ce be r . Co m ce rt o s sacr ifí cio s, su ce s so é gar ant ido . O bse r v ação o cide nt al: A s co isas e st ão flui ndo . O funme ji, també m co nhe cido po r O rang unme ji, é o dé cimo - se xt o O dù na or de m r e co nhe cida de Òr únmì là. Par a mulhe r e s jov e ns, O funme ji impli ca na po ss ibilidade de e ngr av idar e dar a luz. O s filho s de O funme ji são g e ner o so s. Ele s po de m não ser rico s [de dinhe ir o ] mas e le s são se mpr e rico s e m sabe do r ia. Ele s não po de m v iv er o nde o ar é abafado por que e le s po de m su fo car facilme nt e . A maior ia de le s te m dific uldade e m r e spir ar . Par a bo a pro spe r idade fina nce ir a, o s filho s de

O funme ji te r ão que

re alizar

sa cr ifí cio s par a aA je o u par a O lok un. É impor t ant e par a e le s de mo nst r ar ge nt ile za t anto par a e str anho s quant o par a me m bro s de sua famí lia, e e spe c ialme nt e par a o s ne ce s sit ado s e o s po br e s. Se O funme ji for lançado par a um clie nt e , o cl ie nt e po de e st ar as se g ur ado de que t udo dar á ce rt o na v iag e m se e le o u e la re alizar o s sacr ifí cio s pr e scr it o s por I fá . 16 – 1 (t r adução do ve r so ) O g bar ag ada co nsult o u I fá par a O dù quando e le ia cr iar to do s o s dife r e nt e s t ipo s no mundo . F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car quat ro pilar e s e uma gr ande caba ça co nt e ndo uma t ampa e uma cor r e nt e . Ele se g ui u o co nse lho e sacr ifi co u. F o i gar ant ido a e le que ning ué m que st io nar ia s ua aut or idade . A ssi m e le de v er ia ar mar o s quat ro pilar e s no so lo unido s, co lo car a cabaça so bre e le s, e usar a cor r e nt e par a at ar o s pilar e s às sua s mão s. Ele o be de ce u e re alizo u o sacr ifí cio t al co mo inst r uí do . O dia e m que O dù cr io u t o do s o s tipo s no mundo t e m sido cha mado de sde e nt ão O dudua (O dù cr io u tudo o que ex ist e , O o dua, O lo dumar e ). Ele cr io u t udo o que ex ist ia na cabaça. Nó s ( se re s humano s ) e st amo s t o do s viv e ndo de nt ro da ca baça. 16 – 2 (t r adução do ve r so )

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A r ug bo - ile -fi- ir e - sa-k e je k e je co ns ulto u I fá par a O lo fi n quando e le ia faze r nas ce r o s de ze sse is Ir únmale (o dù s pr incipais ). F o i pr e dito que o s filho s se r iam po br e s. Se e le quise s se que e le s co nse g uis se m dinhe ir o , e le te r ia que sa cr ificar de ze sse i s caba ças de far inha de milho , de ze sse i s ca baças de e k ur u, de ze sse i s o le le (fe it o de fe ijõ e s v er me lho s), e de ze sse is ov e lhas. O lo fin se r e cu so u à re alizar o sacr ifí cio . Ele dis se que e st av a sat isfe it o ape nas po r fazer na sce r as cr iança s. Ele sa cr ifico u ape nas par a si me s mo e ig nor o u as cr ianças. Po rt ant o , o s Babalawo nun ca de v e m ficar ans io so s por j unt ar dinhe ir o ao inv é s de adquir ir sabe do r ia e po der ao lo ng o de s uas v idas. 16 – 3 (... ) co ns ulto u I fá par a Ejio g be e o s r e st ant e s de ze sse is o dùs pr incipai s. F o i pe dido a e le s par a pag ar e m o dé bit o de sacr ifí cio de v ido po r sua mãe . Ele s se r e cusar am a r e alizar o sacr ifí cio . Eis o po r que o s Babalawo nun ca fo r am r ico s, e mbo r a e le s se ja m r ico s e m sa be dor ia. 16 - 4 A g bag ba-ilu f’ idiko di co ns ult o u par a O r ang un me ji, à que m fo i pe dido sacr ifi car uma ov e lha, de ze sse i s po mbas, e tr ê s mil duze nto s búzio s. Ele se g uiu o co nse lho e sa cr ifico u.

O

Babala wo

div idiu

os

mat e r iais

de

sa cr ifí cio

em

duas

par t e s,

r e se rv ando me t ade par a si pr ó pr io e dando a o ut r a me t ade par a Or ang unme ji par a u sar par a pro piciar s ua cabe ça (o r i) quando e le r et or nas se par a casa. A o che g ar e m casa, fo i dit o a O rang unme j i que s ua mãe g o st ar ia de vê - lo e a se us ir mão s mais ve lho s na faze nda. A ssi m, e le e st av a in capacit ado de re alizar o sa cr ifí cio de pr o piciar se u or i e m ca sa. C ar r eg ando o s mat e r iais co m e le , e le se j unto u à se us ir mão s mais ve lho s de fo r ma que t o do s pude sse m v isit ar sua mãe co mo dito . Q uando e le s che g ar am na fr o nt e ir a, o fun cio nár io da alfânde g a pe diu a e le s par a pag ar e m uma t ax a de alfânde g a. Ej iog be , o lí der do s o dùs, não tinha o s duze nt o s búzio s e x ig ido s, e ne nh um o ut ro do s quat o r ze o dùs t inha dinhe ir o par a

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pag ar . A pe nas Or ang unme ji, o dé ci mo -se x to O dù, t inha o dinhe iro , que e le pag o u por t o do s e le s ant e s que e le s pude sse m atr av e ssar [a fr o nt e ir a] par a ir à faze nda. A ssi m, quando e le s che g ar am à faze nda, o s quat or ze o dùs r e st ante s de cidir am t or nar a ambo s Ejiog be e Or ang un me ji o s che fe s da famí lia. De sde aque le dia, nó s se mpr e

cha mamo s

O r ang un me ji

de

“ O funme ji ”.

De sde

aque le

dia,

falamo s,

“Ne nhu m I fá é maio r do que Ej iog be , e ne nh um I fá é maio r do que O funme ji .” Po r e st a razão , ao lan çar a sor t e (ibo ) na div inação de I fá , se Ejiog be o u O funme ji fo r e m lançado s, nó s se mpr e de cidimo s a sor t e e m favo r de le s.

Or ác ulo 17

Ogbe‘Yeku Ne s se Odù so mo s aco nse lhado s a usar a int e lig ê ncia ao co nt r ár io da for ça o u co nfr o nt ação par a su per ar o bst áculo s o u inimigo s. Não impor t a quanto impo rt ant e alg ué m se ja, e st a pe sso a ne ce s sit a o bt er e se g uir o co n se lho s de um Babalawo . C r e nça inabaláv e l e m I fá ir á se mpr e r e co mpe nsar o "clie nt e ". O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á ge r alme nt e de dicando muit a e ner g ia a que st õ e s t e mpor ais e pr e ci sa se "abr ir " e spir it ualme nt e e e mo cio nalme nt e .

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No O dù Og be ’ Ye k u, Og be e st á na dire it a, re pr e se nt ando o pr incí pio mas culi no , e O ye k u e st á na e sque r da, re pre se nt ando o pr incí pio fe min ino . Q uando O g be v ai v isit ar

co m

Oy ek u,

as

t rans for maçõ e s

r e sult ant e s

de st e

mov ime nt o

são

si mbo lizadas po r Odù Og be ’ Ye k u. (C o mo ant er ior me nt e dis cut ido , ex ist e m 256 o dùs no si st e ma I fá de div inação : de ze s se is o dùs pr incipai s e 240 r amifi caçõ e s o u co mbi naçõ e s de O dù. O dù Og be ’ Ye k u é o pr ime ir o das co mbi naçõ e s de o dùs e e le o cupa o dé ci mo -sé t imo lug ar na o r de m fix a de Òr únmì là.) 17 – 1 (t r adução do ve r so ) Ek umini, Ek umini co n sult o u I fá par a Oluk ot un A jamlo lo , o pai de O it o lu. F o i pr e v isto que e le se r ia g rande me nt e fav or e cido por I fá e st e ano . Po u co de po is, Olo fin pr o cur o u por O luko t un par a que v ie sse e co ns ult asse I fá par a e le . O luko t un pe diu que disse s se m a O lo fin que e le e st av a incapa cit ado de v ir ime diat ame nt e por que e le e st av a cult uando se u I fá naque le mo me nt o . Olo fin c hamo u por O luk ot un pe la se g unda ve z. O luko t un re spo nde u re pe t indo o que e le hav ia dito ant e s. Ele ainda e st av a cu lt uando se u I fá . O lo fin r e spo nde u e dis se , “Q ual I fá O luko t un A jamlo lo e st á cult uando ? O I fá fav or e ce u a e le ?” M ais t ar de , O luk ot un A jamlo lo c he go u par a r ealizar div inação de I fá par a Olo fin. I fá disse que não hav ia nada de e rr ado co m O lo fin; e le ape nas e st av a se nt indo dific uldade par a dor mir à no it e . Po rt ant o , co mo par t e do sa cr ifí cio , e le dev e r ia co nce de r à O luko t un: sua filha mais ve lha ado r nada co m co nt as e m se us pulso s e to rno ze lo s, uma cabr a gr ande , e quat ro mil e quat r o ce nto s búzio s. O lo fin r e alizo u o sa cr ifí cio . A ssi m que O luk ot un e st av a indo par a casa co m o s mate r iais do sa cr ifí cio , as pe sso as co me çar am a ridi cular izá-lo e a O lo fin, per g unt ando , “C o mo po de O lo fin co nce de r sua filha à e st e po br e Oluk ot un ?”. Ele s ar r ancar am a be la garo t a de O luko t un e a de r am par a um o ba (r e i). Ela se to r no u a e spo sa do re i.

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O o ba també m não po dia do r mir be m e fo i fo r çado a pro c ur ar por O luk ot un A jamlo lo par a v ir e co nsult ar I fá par a e le . Oluk o t un v e io e dis se ao oba que e le e st av a incapacit ado de dor mir pro fu ndame nt e à no it e . Po rt ant o , se e le quise s se afast ar a mor t e súbit a, e le t er ia que co nce de r ao Babalawo que co nsult o u I fá par a e le : sua jo v e m rainha, duas cabr as g rande s, e quatr o mil e quat ro ce nt o s b úzio s. O o ba re alizo u o sacr ifí cio . O luk ot un A jamlo lo car r eg o u o s mat er iais do sacr ifí cio par a casa e canto u a se g uint e can ção : Ek umini, Ek umin i, e is co mo I fá po de se r favo r áv e l, e ass im por diant e . Com

e st e

O dù

nó s

apr e nde mo s

co mo

Oluk o t un

A jamlo lo

fo i

be lame nt e

r e co mpe nsado e fav or e cido de v ido à s ua inabaláv e l cr e nça e m I fá . 17 – 2 (t r adução do ve r so ) (...) (...) co nsult o u I fá par a A lag e mo (ca male ão ) quando e le ia ce le br ar as fe st iv idade s anuai s co m Olok un. F o i pe dido a e le par a sacr ifi car vint e mil búz io s, duze nt o s po mbo s, e uma v ar ie dade de t e cido s. Ele se g ui u o co nse l ho . O s div inado r e s pr e par ar am re mé dio de I fá par a e le . A lag e mo e nt ão e nv io u uma me nsag e m par a O lo k un dize ndo que e le ia part ic ipar das fe st iv idade s. Ele g o st ar ia de co mpe t ir co m Olo k un ao usar r o upas idê nt icas. O lo k un r e spo nde u, “Tudo be m! Co mo v o cê se at r ev e , A lag e mo ?” Ele disse que ag uar dar ia a che g ada de A lag e mo . A lag e mo che go u no dia pr o po st o . O lo k un ini cio u a co mpe t ição . Q ualque r ro upa que O lok un u sasse , A lag e mo usar ia a me s ma e as ig ualar ia. A pó s um cur to t e mpo , Olok un fico u zang ado e de cidiu que e le t e nt ar ia blo que ar o caminho de fo r ma que A lag e mo achar ia impo s sí ve l re to r nar par a casa. Ele fo i bu scar o aux í lio do s fe it ice ir o s e br ux as par a co lo car o bst ácu lo s no caminho de A lag e mo . Alag e mo po r sua ve z fo i co ns ult ar o s Babala wo s so br e o que e le dev e r ia fazer par a e v it ar qualq uer impe di me nto e m se u cam inho par a casa. Ele fo i o r ie nt ado a

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sa cr ificar e ni- ag bafi (uma e st e ir a de r áfia), ig ba- e wo (uma cabaça [co m] inhame s as sado s amas sado s), e alg uma s o utr as co isas. Ele se g ui u o co nse lho . O re mé dio de I fá fo i pr e par ado par a e le . F oi e ns inado a e le a se g uint e canção : O so ibe e jo wo mi. A je ibe e jo wo mi. Bi I g un ba j’ e bo a jo o eg ba. (Po ssa m as fe it ice ir as aqui me de ix ar e m paz Po s sam as br ux as aqui me de ix ar e m e m paz Se um abut r e co me o sacr ifí cio , e le de ix a a caba ça aqui). F o i ainda pe dido a e le que e st icas se a e st e ir a no r io e se se nt as se so br e e la. A lag e mo fe z co mo fo i dit o por se us Babalawo e e le fo i capaz de vo lt ar par a ca sa. A lag e mo r e alizo u o s sacr ifí cio s pre s cr it o s po r se us Babalawo e fo i por t anto capaz de s upe r ar o s o bst áculo s que O lo k un ame aço u co lo car e m se u cam inho .

O rác ulo 18

Oyekulogbe Est e O dù s ug er e que o clie nt e ir á e nco nt r ar um co nflit o . Ao inv é s de e nvo lv er - se , o clie nt e dev e se r um me diador . E as sim faze ndo , e le o u e la ir á t er v ant ag e m. Est e O dù t ambé m no s pr e v ine par a ser mo s cuidado so s co m amig o s que po ssa m causa r de str ui ção da casa/ famí lia. U m caminho de t rabalho ou car r e ir a apar e ce m blo que ado s o u dific ulto so s. Na filo so fia Yo r ùbá , não há ida se m vo lt a. Odù Oy ek ulo g be , o dé cimo - oit av o O dù na or de m fix a de Òr únmì là, re pr e se nt a a v isit a de re to r no de O y ek u, no lado dir e ito do O dù, à Og be , ago r a na e sque r da. Po rt ant o e st e Odù co mplet a o cic lo de mo v ime nto s de Og be a O ye k u e de O ye k u de v olt a a Og be . 18 – 1 (t r adução do ve r so ) A g ila A wo , Ag ila A wo , Opa g ilag ila A wo co nsult o u I fá par a alade me r indilo g un (de ze s se is re is) e Òr únmì là. I fá pr ev iu a che g ada de alg uns e st r anho s que ir iam

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lut ar um co nt r a o o utr o . Fo i por t anto o rie nt ado a e le s par a ofe r e ce r sacr ifí cio s de fo r ma a te r paz apó s a part ida do s e st r anho s. O sacr ifí cio : de ze s se is car acó is, duas cabr as, e t r int a e do is mil búzio s. Ò r únmì là fo i o único que r e alizo u o sa cr ifí cio . Q uando o s e str anho s che g ar am, e le s e ntr ar am na casa de A lar a e co me çar am a bat e r um no o utr o . A lar a o s co lo co u par a for a. O s e st r anho s t ambé m v ier am par a a ca sa de A je ro e par a as [ca sas ] do s quat or ze r e is r e st ant e s. To do s e le s puse r am o s e st r anho s par a for a. M as quando o s e st r anho s che g ar am à casa de Òr únmì là e co me çar am a bate r um no o utr o , Òr únmì là t e nto u pac ificá -lo s. Din he iro e co nt as e st av am caindo de st e s e str anho s e m lut a. Òr únmì là e st av a o cupado r e co lhe ndo to do o dinhe ir o e co nt as e jó ias pr e cio sas. A lut a e ntr e o s e st r anho s co nt inuo u por dias, at é que a ca sa de Ò r únmì là e st av a r e plet a de dinhe ir o e to das as co isas bo as. O ye k ulo g be ! Edu se t ranqu ilizo u. O s no me s do s de ze s se is r e is pr incipai s são : O lo w u, O libini, Alar a, A jer o , O rang un, Ewi, A laafin- Oy o, O wor e , Ele pe , O ba- A dada, Alaajo g un, OluO y inbo , Olu- Sabe , Olo wo , O lu-Tapa, e Olok o o u O sinle . O s r e is po ss ue m r ique zas e t o das as bo as co isas, mas não t e m paz. Ò r únmì là, o único a r e alizar o sacr ifí cio , t ev e paz co mple t a. Est a é a r azão po r que to do s o s r e is dev e m mant er Babala wo co mo co nse l he iro s, e spe cialme nt e quando e le s se co nfr o nt am co m pro ble ma s o u pr eo c upaçõ e s.

18 – 2 (t r adução do ve r so ) A r un-po se - ir e k e co nsult o u I fá par a O mo - nle (lag ar t ix a) quando e le ia mo r ar co m Or o (par e de de barr o ). O mo -nle fo i o rie nt ado a sacr ificar quat ro po mbas de mo do a as se g ur ar um lug ar co nfo rt áv e l par a mo r ar . Ele fe z o sa cr ifí cio . O ro fo i aco nse lhada a sacr ifi car de mo do a não ace it ar amizade co m qualque r um que a e scav asse .

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U m g alo fo i pe dido par a e st e sacr ifí cio . O ro se r e cuso u a sacr ifi car . Po r que Or o se re cu so u a r ealizar o sacr ifí cio pr e s cr it o po r I fá, e la t ev e que fo r ne ce r alo jame nt o par a O mo -nle . Em o ut r as palavr as, as lag ar t ix as ago r a viv e m e m par e de s de bar ro .

O rác ulo 19

Ogbewehin Est e Odù fala de co nfusão e mo cio nal. També m asse g ur a co nclu sõ e s be m s uce dida s. Ele no s fala par a co nfiar e m ex pe r iê ncias ant e r io r e s. O bse r v ação

o cide nt al:

O

clie nt e

e st á

fr e qüe nt e me nt e

co me çando

ou

t er minan do um r e lacio name nto . 19 – 1 (t r adução do ve r so ) (...) r e alizo u div ina ção de I fá par a O g be quando e le ia v isit ar co m I wor i. F o i pe dido a e le par a sacr ifi car t rê s bo de s, t rê s g alo s, a r o upa que e le e st av a v e st indo , e um rato do mat o (o r ato de v e ser mant ido e m pé atr ás de Èsù ). Po r que e le re t or nar ia co m r ique zas, e le de v er ia se asse g ur ar que a r ique za não e scapar ia de le . Ele fe z o sa cr ifí cio . Q ualque r pe sso a par a que m e st e O dù é lançado dev e se mpr e o fer e ce r sacr ifí cio par a g ar ant ir um final fe liz o u be m suce d ido .

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19 – 2 (t r adução do ve r so ) O g be ho faa faa co ns ulto u I fá par a A luk unr in (o co rv o ). F o i dit o a e le par a sa cr ificar

as duas úni cas ro upas que e le po ssuí a ( uma pr et a,

uma br anca), um bo de , e um car ne ir o de mo do à não e nlo uque ce r , e se e le de se jasse se r t rat ado pe lo s Babalawo . O re mé dio de I fá (se e le fize sse o sa cr ifí cio ) : De r r amar o sang ue do bo de de ntr o de um po t e gr ande ante s de co lo car ma sinwi n (o g bo e fo lhas de e su su) de ntr o do po t e . Adic io ne ág ua par a e le se lav ar . A luk unr in se re cu so u a faze r o sa cr ifí cio . A que le s nascido s por e st e O dù ge r alme nt e e nlo uque ce m.

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Or ác ulo 20

Iworibogbe Est e Odù fala pr ime ir ame nte de fil ho s e e nco r aja uma at mo sfe r a so cial po sit iv a par a mant e r o be m e st ar da famí lia. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é muit o sé r io e pr e cisa de "r e cr e io " — Te r alg uma div e r são simple s e pue r il par a r e st aur ar o e quilí br io . 20 – 1 (t r adução do ve r so ) (...) Ele dis se que alg o dev e r ia se r o fe r e cido à cr iança de for ma que a cr iança não v ie sse a mo rr e r : inhame amassa do , uma g alinha, e t rê s mil e duze nt o s búzio s. I fá dis se que e le s dev e r iam co zinhar a co mida e a g alinha pr e scr ito s, re unir t o das as cr iança s, e pe r mit ir que o s co mpan he iro s de re cr e ação da cr iança do e nt e co mam da co mida o fer e cida. I fá disse que a cr iança do e nt e ir ia fi car be m se u ma fe st a fo s se fe it a par a se us co mpanhe iro de r e cr e ação . 20 – 2 (t r adução do ve r so ) (...) co ns ulto u I fá par a Er uk uk u-ile (po mbo ) e Er uk uk u -o ko (po mba ). A mbo s e st av am so fr e ndo por falt a de filho t e s. F o i pe dido a e le s par a sacr ifi car quiabo , bast ant e inha me , u m fe ix e de v ar e t as, um po te g r ande , e tr ê s mil e duze nt o s b úzio s.

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O po mbo re alizo u o sacr ifí cio mas a po mba se re cu so u. A po mba t ev e do is fil hot e s e o po mbo te v e do is filho t e s. A po mba dis se que e la não sa cr ifico u e ainda assim te v e do is filho t e s. Ela fo i co n str uir se u ninho na árv or e e g ung un. Ve io uma te mpe st ade , a árv o re e g ung un fo i ar r ancada co m r aí ze s, e o s filho t e s da po mba mo rr e r am. Ela g r it o u, “O pr ime ir o e o se g undo e u não v i.” O po mbo gr it o u, “Eu fique i de co st as par a o pot e e não mo rr i.” O pot e e ra u m do s mat er iais que o po m bo tinha sacr ificado . Ele fo i capaz de pro t e ge r se u s filho t e s co m o pot e . Ele s so bre v ive r am.

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Or ác ulo 21

Ogbedi Est e O dù fala da ne ce ssidade de ex e cut ar o sacr ifí cio cor r et o par a que se ev it e co nfu sõ e s o u zo m bar ia. O bse rv ação o cide nt al: O clie nt e e st á se nt indo o u e st á co m me do de pr e ssõ e s e mo cio nais. Po s sibilidade s pr at ica s não po de m se r re alizadas até que e st a pr e s são

se ja

aliv iada.

A

pr e ssão

ve m

muit as

v e ze s

de

que st õ e s

de

re lacio name nt o s.

21 – 1 (t r adução do ve r so ) K uk ut e -ag bo n Ko ro jiji co nsult o u I fá par a Og be Q uando O g be fo i ca çar e m uma ex pe dição . F o i pe dido a e le que sacr ifica sse De mane ir a que e le não e nco nt r asse obst ác ulo s ali; Tr ê s ca br it o s, t rê s fr ang o s e 6 000 búzio s. Ele se re cu so u a sa cr ificar . Q uando e le che g o u à flor e st a, a ch uv a caiu Enqua nto e le co rr ia, v iu um bur aco lar g o que pe nso u e le e st ar e m uma árv or e o u e m um for mig ue ir o Ele e nt ro u no bur aco e não so ube que er a um e le fant e que t inha abe rt o se u ânus. O e le fant e fe cho u se u ânu s co m e le de nt ro . Ele não pô de de sco br ir uma saí da. Se us co mpan he iro s co me çar am a pro cur a- lo . De po is de um t e mpo , quando e le s não o pude r am achar , e le s de cidir am e x e cut ar o sacr ifí cio que e le t inha ne g lig e nciado . Ele fo i e x cr et ado e nt ão pe lo e le fant e . Po r é m, e le s dis se r am: O Og be que sai u de um ânus de v er ia se r chama do Og be di. 21 – 2 (t r adução do ve r so )

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O g be dik ak a, O g be dile le co nsult ar am I fá par a Èsù quando e le e st av a sat is faze ndo um pe r ío do de tr abalho duro co m Ò r únmì là, Or isa-nla, O risa -o ko , e Òg ún. A Èsù fo i pe dido que o fer e ce s se Ee san, nov e po mbo s e oito mil búzio s. O r e mé dio de I fá de v er ia se r pr e par ado par a pe r mit i-lo pag ar se u s dé bit o s. Ès ù se re cu so u a sacr ifi car . Ès ù fo i um pe s cador naque le s t e mpo s. Se mpr e que e le pe g av a muit o pe ix e e m sua ar madilha, o s I r unmo le (a s quatr o ce nt as de idade s) se nt iam inv e ja de le . Ele s pe nsar am que log o Ès ù ganhar ia dinhe iro suf icie nt e par a se afiançar de ste s dile ma s fina nce ir o s. Po r e st a razão , e le s de cidir am e nv ia-lo e m mis são a lug ar e s dist ant e s no me smo dia. A pó s o e nv io da me nsag e m Òr únmì là pe nso u e m co nsult ar o o rác ulo de I fá so br e o assunt o . Ele cha mo u o s babala wo que co nsult ar am I fá e disse r am O g be dik ak a. Ò rúnmì là fo i or ie nt ado a sa cr ificar se is co e lho s, se is po m bo s e do ze mil búzio s. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio . O re mé dio de I fá fo i pr e par ado par a e le amar r ando o s se is co e lho s na bo lsa. Ele s o adv er t ir am a se mpr e lev ar a bo lsa co m e le . O r isa-nla pe diu a Ès ù ir a at é Ì r ànje e t raze r se u bo r dão (o pa-o sor o ) e s ua saco la. Òr ì sà-o ko e nv io u Èsù a Òde - Ir awo . Ò g ún pe d iu a Ès ù ir à Ò de - Ir e e tr azer se u g bamdar i (um alfanje lar go ). R apidame nt e Èsù se le v ant o u e fo i at é um ar bu st o pe rt o o nde e le supli co u e o bt ev e t o das as co isa s pe didas. Log o apó s Èsù part ir , to do s o s Ir unmo le for am co le t ar o s pe ix e s da ar madilha de le . A ssim que e le re to r no u, e nco ntr o u e le s par t ilhando se us pe ix e s. Q uando e le apare ce u ine spe r adame nt e , t odo o mundo e mbo lso u o pe ix e . Ele e ntr e g o u t o do s o s it e ns que e le s pe dir am par a e le ir bus car . Ès ù e nt ão co me ço u a que st io nar to do mundo , “O nde vo ce s o bt iv er am o pe ix e que e st av am re part indo ?”. A lg uns

e st av am

se

de sc ulpando ;

o ut ro s

não

so ube r am

o

que

dize r .

Ent ão

implo r ando o pe r dão de le , de ci dir am abr ir mão do se us dire it o s so br e dinhe iro e le o s dev ia. Ele não dev e r ia de ix ar ning ué m o uv ir que e le s o t inham ro ubado . Er a co st ume e m I fe naque le s te mpo s que ning ué m de v ia ro ubar . Ò r únmì là disse que e le não r oubo u o pe ix e de Èsù . Èsù d isse que Òr únmì là dev ia t er r o ubado o pe ix e que fo i co lo cado na bo lsa que e le e st av a se g ur ando . Èsù pe nso u que o nar iz do pe ix e e st av a saindo par a fo r a da bo lsa. Ele s lev ar am o as sunt o par a co r te na cidade de I fe . Ele s disc ut ir am. O t ribu nal de cidi u pe dir par a Ò r únmì là que de sv e las se o co nt e údo de sua bo lsa. Ele so lt o u a bo lsa e e le s v ir am o s se is co e lho s que e le jo go u par a fo r a. Ele s co me çar am a culpar Èsù . Ès ù implor o u per dão a Òr únmì là. Ò r únmì là se r e cuso u a de scu lpa-lo . Ès ù e mpe nho u sua ca sa e o utr as po s se ssõ e s par a Òr únmì là. Òr únmì là ainda re cu so u ace it ar o arg ume nt o de le . O s O t u I fe (o s anciõ e s de I fe ) per g unt ar am par a Ès ù o que e le pr et e ndia faze r . Èsù r e spo nde u que

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e le ir ia par a ca sa co m Òr únmì là e co nt inuar ia lhe se r v indo par a se mpr e . Ele s e ntr e g ar am Èsù par a Ò r únmì là. Q uando e le s che g ar am à casa de Òr únmì là, Ès ù qui s e ntr ar co m Ò r únmì là. Òr únmì là re cu so u e pe diu par a Èsù que se se nt as se do lado de for a. Òr únmì là disse que o que e le co me s se de nt r o da casa, e le co mpar t ilhar ia do lado de for a co m Èsù . Ès ù t e m v iv ido e nt ão de sde aque le dia do lado de fo r a.

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Or ác ulo 22

Idigbe Est e Odù fala do pr e se nt e o u pr o ble ma imine nt e e de t er mina o sa cr ifí cio ne ce ssár io par a v e nce r . O bse r v ação o cide nt al: M e do s te mpor ais, m uit as ve ze s re lacio nado s a se rv iço s o u par t e mo ne t ár ia, dev e m se r t rat ado s. M uit as v e ze s r e lacio name nt o s e mo cio nais e st ão ca usando inquie t ação e de se q uilí br io . 22 – 1 (t r adução do ve r so ) Baba -ak ik ibit i, Baba -ak ik ibit i co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là quando Tant o a Mo rt e (I k u) quant o a Mo lé st ia (À r ùn) ame açar am visit ar sua casa. Ele fo i o r ie nt ado a pr e par ar do is sig idi amo nu (u ma fo r ma de Èsù -Ele g bar a) co m do is mil e er u (t ipo de e rv a) fix ado s ne le s: Lhe s dê alfanje s de made ir a par a ser e m co nt ido s po r suas as mão s e po nha pe daço s de o bì nas suas bo cas. Ent ão mate u m cabr it o e v er t a o sang ue de le so br e e le s. C o lo que um na po rt a da fr e nt e da casa e o o utr o na por t a de tr ás. Ò r únmì là re alizo u o sacr ifí c io . Ele ag iu de aco r do co m as inst r uçõ e s de I fá. I k ú ve io até a po rt a da fr e nt e da casa e saudo u o sig idi da se g uint e mane ir a: Baba -ak ik ibit i, Baba -ak ik ibit i, por fav or dê pas sag e m, que o A wo at r av e sse Sig idi nada re spo nde u. Ik u de u me ia—vo lt a. Ele fo i par a tr ás da casa e r e pet iu a me sma co isa. À r ùn v e io e dis se as me s mas palav r as. Sig idi nada re spo nde u F o i isto que Ò r únmì là fe z par a pre v e nir que Ik ú (M or t e ) e À r ùn (Mo lé st ia) ade nt r asse m sua ca sa. 22 – 2 (t r adução do ve r so )

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Ì dig ba, Ì díg be co ns ult o u I fá par a Sà ngó quando e le e st av a ro de ado po r inimig o s. I fá as se g ur o u a e le v it ó r ia do br e o s inimig o s. U m car ne iro e 6 600 b úzio s fo r am o fer e cido s e m sacr ifí cio . Sàng ó r e alizo u o sa cr ifí cio e fo i v it or io so do br e se us inimigo s.

Or ác ulo 23

Ogbe’rosu

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Est e Odù de t er mina a so lução par a a ame aça de mor t e , do e nça, caso s j udiciai s, pe r das e infe r t ilidade . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se mpr e me t ido e m alg um tipo de pro ble ma. So me nt e ação e spir it ual po de re st aur ar o e quilí br io .

23 – 1 (t r adução do ve r so ) Ò nag bo nr ang o ndo n- nt i-I fe -wa co nsult o u I fá par a A bat i, o filho de À ramfè , que fo i co nfr o nt ado por t o do s o s male s. Ele fo i as se g ur ado que a mo rt e (ik ú) não ir ia de rr o t a-lo , que a mo lé st ia (àr ùn ) ir ia der ro t a-lo , que caso s j udiciai s (e jo ) não ir ia de rr ot a- lo , que pr e juí zo (o fo ) não ir ia der ro t a-lo . A e le fo i pe dido sacr ifi car um car ne iro e fo lhas de I fá. Ele o be de ce u e ex e cut o u o sacr ifí c io .

Or ác ulo 24

Irosu-ogbe Est e O dù e nfat iza que re lacio name nt o s e spir it uais pe sso ais são co nt r ár io s àque le s mo net ár io s o u co me r ciais.

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O bse r v ação o cide nt al: Emo çõ e s t ê m pr e fe r ê ncia e nquant o t rabalho pe sado cam inha a paço s le nto s.

24 – 1 (t r adução do ve r so ) O hun tio se báalé ilé ti k o ni ko ng ar a ide , o un li o se iy ale ile t i k o ni’ bu sun ala F o i aque le que co nsu lto u I fá par a A g be -I mor imo dor i quando e le fo i t o mar Bio je la, a fil ha de O ló fin, co mo sua e spo sa. O sacr ifí cio : Do is rato s, do is pe ix e s, uma galinha e 3 200 búzio s. I fá diz: A jo v e m dev e r ia se r dada a um ba balawo co mo e spo sa.

24 – 2 (t r adução do ve r so ) A ig bo niwo nr an awo Olú -O je C o nsult o u I fá par a O dùg be m i, que fo i um ho me m bast ant e r ico e po pular na Te rr a. O dùg be mi fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio par a ev it ar se to r nar um ho me m bast ant e r ico e po pular no Par aí so . U m po mbo de v er ia se r sacr ifi cado se o Odù fo sse div inado no e se nt ay e de um r e cé m- nascido . U ma o ve lha dev er ia ser sa cr ificada se o Odù fo sse div inado no I te fa. No t a: Ese nt ay e (o pr ime iro paço na Te r r a) é re alizado no te r ce iro dia apó s o nas cime nt o da cr iança. It e fá (I nicia ção e m I fá) po de se r re alizado e m qualque r é po ca e x ce to se a cr iança é su sce t ív e l à do e nça s o u e nfr e nt a out ro s pr o ble mas.

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Or ác ulo 25

Ogbewonri (Ogbèwúnlé) Est e Odù fala da e sco lha e ntr e mar ido s o u e spo sa s po t e nciais. Sa cr ifí cio s as se g ur am a e sco lha co rr e t a e a asso cia ção be m su ce dida. O bse r v ação o cide nt al: U m gr ande mo me nt o par a capit alizar , t ant o co me r cial co mo e mo cio nalme nt e , no s atr at iv o s do s clie nt e s par a o s o ut ro s. 25 – 1 (t r adução do ve r so )

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A jaje co nsult o u I fá par a Ko ko quando e la e st av a po nder ando casar o u co m Apat a o u co m A k ur o . Ela fo i aco n se lhada a o fe r e cer um sacr ifí cio de quat r o po mbo s e quat ro pe daço s de t e cido no do so . Ela o uv iu e at e nde u o co nse lho . Lhe fo i falado que Ak ur o ser ia o mar ido fav or e cido . Se Ko ko t iv e sse êx it o , Ak uro t ambé m te r ia êx it o . 25 – 2 (t r adução do ve r so ) O k it i- bamba- tiipe k un- o po po co nsult o u I fá par a O lo fin. Ele fo i o r ie nt ado o fer e ce r sacr ifí cio de mane ir a que Og bè dar ia a e le bo as co mapnias. Tr ê s g alo s, t rê s bo las de inhame pilado , e so pa de v er ia se r o fer e cido . Ele r e alizo u o sa cr ifí cio .

Or ác ulo 26

Owonrinsogbe Est e Odù fala de fe it içar ia o u vibr açõ e s ne g at iv as int e r fe r indo

co m a paz

me nt al do clie nt e . O bse r v ação

o cide nt al:

O

clie nt e

e st á

muit as

ve ze s

e nvo lv ido

em

um

r e lacio name nt o e mo cio nal que te m nublado se u julg ame nt o .

26 – 1 (t r adução do ve r so ) Bo nro ny in awo Ò de -I do , O go ro nbi awo Ò de - Esa, Er ig idúdú awo .

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I lú Sak o n fo i que co n sult o u I fá par a Olo fin O be le je quando e le fo i do r mir e de spe r to u co m más vibr açõ e s. F o i dit o a e le do r mir for a de ca sa e de sua s r e do nde zas, mat ar um cabr it o so bre o lixo , e le v ar t udo isso par a a flor e st a. Di sse r am a e le que se uma pe s so a lev as se o mal par a a flor e st a, e le v olt ar ia par a casa co m o be m. A fo lha se mo st ro u se r olo wo nr an-nsan -san. Ho je A lade e x pulso u o mal par a a flo re st a. Sa cr ifí cio par a Pr o spe r idade (A jé ): 2 po mbo s — um de le s de v e ser u sado par a apazig uar a cabe ça (or í ) do clie nt e . Sa cr ifí cio par a uma e spo sa (ay a): 2 galinha s — uma de las de v e se r usada u sado par a apazig uar a ca be ça (o r í ) do clie nt e , co nt ant o que e le t e nha sacr ifi cado um ca br it o . O clie nt e de ve varr e r s ua casa co m fo lhas de o lo wo nr an- nsan- san (o sok o t u) co mo pr e scr ito aci ma. 26 – 2 (t r adução do ve r so ) Èsì - per e we , Eg ba- per e we co nsult o u I fá par a Olú Og e , Q ue é e xt r e mame nt e amar g o co m a fo lha jo g bo . O sacr ifí cio : 3 g alo s, 2 600 búzio s e fo lha de Jo g bo (amar go ). Se a pe sso a par a que m e st e I fá é div inado re alizar o sa cr ifí cio , e nt ão e smag ue as fo lhas amarg as na ág ua e adicio ne iy è —ir ò su (pó ) de st e O dù na so lu ção , e pe ça ao clie nt e par a be ber . I fá r ev e la que o clie nt e não te m paz me nt al o u e ncar a opo sição das pe sso as.

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Or ác ulo 27

Ogbe’bara Est e O dù fala de e nfe r midade s t al co mo aler g ias pe r ió dicas. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m se e sfo r çado muit o no se rv iço . 27 – 1 (t r adução do ve r so ) K uo mi, o div inado r par a a g alinha (adiy e ), A e le s pe diu par a o fe r e ce r sacr ifí cio co mo uma fo r ma de pr ev e nção a uma doe n ça que o s as so lo u dur ant e a e st ação de se ca. De z o bì e 20 000 búzio s dev e r iam se r sacr ifi cado s. A lg uns de le s r ealizar am o sacr ifí cio ; out ro s não . 27 – 2 (t r adução do ve r so )

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I pale ro -ab’ e nu mog imo g imamo ’ nilo wo co nsult o u I fá par a Òr únmì là quando a mo rt e (k awo k awo ) v e io faze r uma visit a v indo do Par aiso . Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car uma cabr a e de ze s se is Ik in. A cabr a de v er ia se r mor t a do lado de fo r a de mane ir a que a mor t e não e st ar ia apt a a apr isio na- lo co m o utr o s. Ò r únmì là pre st o u at e nção ao co nse lho e fe z o sacr ifí cio .

Or ác ulo 28

Obarabogbe Est e Odù fala de gr ande r e spe it o e po de r par a o clie nt e que fie lme nt e se g uir as pr e v isõ e s de I fá. O bse r v ação o cide nt al: O ce pt icismo ge r al do clie nt e e st á blo que ando o s uce s so . 28 – 1 (t r adução do ve r so ) O bar abo bo awo Ek o co nsult o u I fá par a Eko , o filho de A jalor un. F o i pr e dito que as palavr as de Ek o se r iam se mpr e r e spe it adas co mo se ndo a palavr a fi nal. U ma o ve lha fo i ofe r e cida co mo sa cr ifí cio . I fá diz que par a qualq uer um que e st e I fá é div inado , e x er ce r á uma g r ande infl uê ncia no mundo . Ele v iv e r á muit o te mpo .

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28 – 2 (t r adução do ve r so ) I ro fá- abe e nújig ini, o adv inho de Òr únmì là, fo i que m co ns ulto u I fá par a A difala, que e st av a indo div inar par a O sin. A difala pe diu a O sin faze r sacr ifí cio de mane ir a a afa st ar mor t e re pe nt ina de nt ro do s se t e dias se g uint e s. Se t e car ne iro s e 1 000 búz io s dev er iam se r o fe r e cido s. O sin não re alizo u o sacr ifí c io mas ag ar ro u A difala e o amarr o u. A difala cant o u a se g uint e can ção : Eu, um adiv inho cuja s pr e diçõ e s de I fá passar ão ime diat ame nt e na t ábua de adiv inha ção (o po n), I bar at ie le , I bar at ie le . C e rt ame nt e O sin mo rr e r á amanhã, I bar at ie le , I bar at ie le . O sin pe g ar á um po t e e ir á at é o r io , I bar at ie le , I bar at ie le . Ele peg ar á uma v asso ur a e v ar r er á o chão , I bar at ie le , I bar at ie le . Ele peg ar á uma e sca da e su bir á no t e lhado , e assim por diant e . O babala wo canto u e ssa ca nção t odo s o s dias at é que um dia quando e le s e st av am t raze ndo uma no iv a no v a (iy àwó ) par a O sin de u m lug ar dist ant e . O sin disse que e le v ar r er ia a ca sa r apidame nt e ant e s da che g ada da no iv a. Ele pe g o u a vas so ur a e v ar r e u a casa. A ss im que te r mino u, de ci diu su bir no t e lhado par a e spia -lo s. Ele pe go u uma e s cada e fo i ao te lhado par a ve r a no iv a que v inha ao lo ng e . Ele caiu e a par e de de smo ro no u so br e e le . Ele s e nv iar am pe sso as par a libe r t ar e t raze r Adifala. A difala dis se que e le s de v er iam o fer e ce r r apidame nt e um sacr ifí cio de de z ov e lhas, de z g alo s, de z vaca s, e a e spo sa no v a que e st av a vindo a O sin. O sin de spe r t o u e nquant o e le s e st av am e xe c ut ando o sa cr ifí cio . I fá diz que nó s nunca dev e mo s duv idar das pr e diçõ e s de um baba lawo .

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Or ác ulo 29

Ogbe’kanran Est e O dù fala de po s sív e l pe r da de lucr o s ant e r io r e s de v ido à falha ao e x e cut ar um co mple t o sacr ifí cio . M e ias me didas se mpr e re sult ar ão e m pe r das. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á co m mu it a pr e ssa, e le pr e cisa cam inhar mai s de v ag ar e co m cuidado .

29 – 1 (t r adução do ve r so ) O k it ibam ba-t ii- pek un- o po po co ns ult o u I fá for Og bè quando O g bè fo i a Ò t uufè . A e le fo i pe dido que sa cr ificas se quat ro pr eg o s ( Se r in) e 8 000 búzio s. Ele sacr ifi co u ape nas t rê s pr eg o s e 6 000 búz io s. O babalawo disse que e le de v er ia cr av ar o s pr eg o s no chão da r ua pr incipal, um por v e z. Ele se dir ig iu à r ua pr in cipal e pr eg o u o pr ime iro pr e g o no chão . U ma po r ção de dinhe iro apar e ce u e e le a peg o u. Ele pr eg o u o se g undo pr e go no chão . U m pe que no gr upo de garo t as apar e ce r am e e le as r e uniu ao se u r e do r . Ele e nt ão e spe ro u por um cur to per í o do de t e mpo e pr e go u o t er ce ir o pr eg o no chão . Vár ias cr iança s apar e ce r am e e le as r e uniu ao se u re dor . Ele dis se : Há! O que aco nt e cer ia se e u tiv e sse re alizado o sacr ifí cio co mple t ame nt e ? Eu t er ia t ido muit o mais. Ele v o lt o u e re t iro u o pr ime ir o pr eg o . Ele e nt ão o cr av o u de

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fr o nt e a e le e ca so s judi ciais (e jo ), pr e juí zo s (o fo ) e o ut ro s male s apar e ce r am par a e le . A part ir de st e dia Og be e nco nt ro u dificul dade s, e e st e o dù t e m sido chama do de O g be’ K anr an.

Or ác ulo 30

Okanransode Est e O dù fala de so bre pu jar no sso s inim igo s o u co mpet ido r e s par a co nse g uir uma po sição de pro e minê n cia. O bse r v ação o cide nt al: U m no vo t rabalho , uma pro mo ção o u um aume nto e st ão e m um fut uro pró x imo . 30 – 1 (t r adução do ve r so ) Pande r e - fo lu-o mi- lik it i co nsu lto u I fá par a O lit ik un, o filho mais ve lho de Èwi (re i) de A do . A e le fo i pe dido distr ib uir 180 ak ar a de mane ir a a o bt er v it ór ia so br e o s inimig o s. U m ca br it o e 3 200 búzio s fo r am t ambé m sa cr ificado s. O lit ik un re alizo u o sacr ifí cio .

30 – 2 (t r adução do ve r so ) Pande r e - fo lu-o mi- lik it i co nsu lto u I fá par a O lit ik un o filho mais ve lho de Èwi (re i) de A do . Se i s g alo s e 12 000 búzio s dev er iam se r o fe r e cido s co mo sa cr ifí cio .

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O lit ik un re alizo u o sacr ifí cio . Ele fo i in st alado co mo o T’ e wise (por t a—v o z de Èwi).

Or ác ulo 31

Ogbe’gunda (Ogbeyonu) Est e O dù fala de e mine nt e suce sso mo ne t ár io o u mat er ial. O bse r v ação o cide nt al: U ma o po rt unida de de ne gó cio s ir á se apr e se nt ar . A pr incí pio o clie nt e ir á r e je it ar co mo se não v ale sse a pe na. U ma sér ia co nsi der ação da opor t unidade lev ar á a gr ande suce sso .

31 – 1 (t r adução do ve r so ) K uk u-nd uk un, Pe t e -ino k i F or am o s que co n sult ar am I fá par a as pe sso as de Eg ún Majo . F o i pr e dito que e le s se r iam r ico s. Q uatr o por co s, 80 000 b úzio s e quat ro barr is de v inho de v er iam ser sa cr ificado s. Ele s o uv ir am e re alizar am o sacr ifí cio .

31 – 2 (t r adução do ve r so ) I binu, o adv inho de A lár á, co ns ult o u I fá par a A lár á. Edo fu fu, o adv inho de A jer ò , co nsult o u I fá par a A jer ò . Pe le t ur u, o adv inho de Òr àng ún, co nsult o u I fá par a Òr àng ún. I fá pr ev e niu que alg uma co isa se r ia e nv iada a e le s e que e le s não dev er iam re cu sar . A pó s alg um te mpo ,

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a mãe de le s e nv io u a A lár á um pr e se nt e e mbr ulhado co m fo lhas se ca s de K ok o. A lár á fico u irr it ado e e spant ado de co mo s ua mãe po der ia e nv iar alg o e mbr ulhado e m fo lha s se ca s de K ok o ; Ele re cu so u ace it a-lo . A mãe de le s fe z a me sma co isa co m A je rò e e le també m re cu so u ace it a-lo . A bor r e cido s, e le s o lev ar am a Òr àng ún, que ace it o u o e mbr ulho . Ele o de se mbr ulho u e e nco nt ro u co nt as. Òr àng ún já tinha r e alizado o sacr ifí cio pr e scr ito pe lo babala wo . Ò ràng ún o fer e ce u: t e cido de v e ado 1 , um po mbo e 16 000 búzio s. Ò ràng ún fio u um quint o das co nt as e e nv io u o co lar par a A lár á por que e le se nt iu que is so o sat is far ia. A lár á co mpr o u o co lar de Ò ràng ún. Òr àng ún fio u o utr o co lar e o e nv io u par a A je rò , que també m pago u a Ò ràng ún po r e le . Òr àng ún fo i capaz de ve nde r o s co lar e s po r que e le o s e mbr ulho u e le g ante me nt e . Ò ràng ún fico u co m as co nt as r e st ant e s par a si.

1

N o o r i g i n a l e m y o r ù b á e s t á e s c r i t o “ A s o e t u ” ; p e l o FA M A’s È d è Aw o Ò r ì s à Yo r ù b à D i c t i o n a r y , “ e t u ” a s s i m e s c r i t o s e t r a d u z p a r a o i n g l e s c o m o “ d e e r ” q u e e m p o r t u g u e s s e t r a d u z c o m o v e a d o ( N . d o T. ) .

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Or ác ulo 32

Ògúndábèdé Est e Odù e nfat iza a ne ce s sidade de ho ne st idade e int e gr idade . O bse rv ação

o cide nt al:

A

que st ão

de

infide lidade

mat r imo nial

em

um

re lacio name nt o muit as ve ze s apar e ce .

32 – 1 (t r adução do ve r so ) O me nt ir o so v iajo u por v int e ano s e não fo i capaz de re to r nar . O me nt ir o so v iajo u por mais se is me se s e não fo i capaz de re to r nar . A Ho ne st idade -é - a-me lhor - dir e tr iz co nsult o u I fá par a Baba Ì màle , que e st av a tr ajado e m r o upõ e s. Fo i dito par a e le que e le se r ia um me nt ir o so po r t o da sua v ida. Par a e le fo i pe dido sacr ificar ma s e le se r e cuso u. At é ho je , o s ì màle (M uç ulmano s ) ainda e st ão me nt indo . Ele s e st ão se mpr e dize ndo que anualme nt e je juam por De us. U m dia, Ès ù o s que st io no u do por que diziam e le s que je juav am a De u s anualme nt e . Vo cê s e st ão dize ndo que De u s e st á mor t o ? O u e st á De u s tr ist e ? Vo cê s não co mpr e e nde m que De u s é a ve r dade co ng ê nit a? Ele ( Èsù ) dis se : He n! v o cê s je juam po r De u s; De us jama is mor r er á. Edùmar e nu nca ado e cer á. O ló dùnmar è nun ca fi car á tr ist e . Èsù fo i for çado a dispe r sa -lo s. A canção que Èsù cant o u naque le dia fo i: Nó s nun ca o uv imo s falar so br e a mor t e de O ló dùnmar è , se não aquilo que pro v e m da bo ca do s me nt ir o so s, e assi m por diant e .

32 – 2 (t r adução do ve r so ) K anr ang bada -À kàr à-ng bada! Est o u na ca sa de O wá. Q ue dinhe ir o no v o me pr o cur e . Q ue e spo sas nov as me pr o cur e m. Q ue cr iança s nov as me pro cur e m. Se uma cr iança vê A làk àr à, e la jo g ar á fo r a se u pe daço de inha me .

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Ò g úndáso rí ir e f’O g bè , t rag a-me bo a so rt e . R e mé dio de I fá: Co ma se is àk àr à fr e s co s co m pó de iy è -irò sù no qual o o dù Òg úndá sor í ir e f’ O g bè te nha sido mar cado e re zado co mo mo st r ado acima.

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Or ác ulo 33

Ogbèsá Est e Odù fala de falsidade de amigo s e da ne ce s sidade de te r minar qualque r co isa co me çada. O bse r v ação o cide nt al: É uma sit uação difí cil que ag or a e st á che g ando , mas se v o cê não se e nt r eg ar ne m de si st ir t r iunfar á no final.

33 – 1 (t r adução do ve r so ) Le k e lek e , o adv inho de O g bè , co nsult o u I fá par a Og bè , Q ue e st av a viajando par a A lahusa. Ele pr ev iu que e le pro spe r ar ia ali. Po r e ssa razão , e le dev er ia ofe r e ce r um sa cr ifí cio de de ze sse is po mbo s e 3 200 búz io s. Ele at e nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí c io .

33 – 2 (t r adução do ve r so ) A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a, Ef ufule le , o adv inho do Cé u, K uk ut ek u, o adv inho do S ubt e rr âne o . O Or áculo de I fá fo i co ns ult ado po r Ik i, que fo i pr e ve nido ace r ca de um amig o t ão g r ande quanto um car ne iro . Ele fo i o rie nt ado a o fer e ce r um sa cr ifí cio de mane ir a a pr ev e nir que se u amigo o e ng anasse e o fix asse par a se r mor t o . uma por ção de o bì , br ace let e s de fe rr o , 2 200 búzio s e um gr ande r e cipie nt e de made ir a co m t ampa o nde se r á co lo cada a o fer e nda. I k i fe z o sa cr ifí cio . U m dia; o car ne ir o fo i visit ar O lo fin e r e par o u que

o sant uár io do e g úng ún de le

e st av a vazio . Ele per g unt o u a O lo fin o que e le usav a e m se u cult o de eg úng ún. O lo fin re spo nde u que e le ut ilizav a o bì co mo sacr ifí cio . O car ne iro riu e disse que e mbo r a isso fo s se bo m, e le t rar ia Ik i par a um sa cr ifí cio . O lo fin o agr ade ce u. U m

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dia, o car ne iro fo i v isit ar Ik i. O car ne ir o pe r g unto u a Ik i se o pai de le se mpr e co nt av a par a e le so br e um jog o que e le e o car ne iro co st umav am jog ar . I k i pe rg unt o u que jog o que e ra. O car ne iro disse a Ik i que o jo go er a dar vo lt as uma car r eg ando o o ut ro po r quat ro pé e nquant o um e st av a o culto de nt r o de um r e cipie nt e de made ir a. I k i dis se que se u pai nun ca tinha falado so br e o jo go ape sar de par e ce r div e rt ido . O car ne ir o co lo co u um re cipie nt e de made ir a no chão e e ntr o u de nt ro . Ele pe diu a Ik i que t ampas se e e nt ão o carr e g asse po r quat r o pé s. Pe r co rr ida a dist ân cia, o car ne ir o disse que e ra a s ua v e z. O car ne iro e nt ão carr e go u I k i po r quatr o pé s co lo co u- o no chão e ao se u t ur no e nt ro u no r e cipie nt e . E fo i a ve z de Ik i e nt r ar no r e cipie nt e . O car ne iro o carr e g o u po r quatr o pé s, po r é m quando Ik i pe diu que o co lo cas se no chão , o car ne ir o o ig nor o u e co nt inuo u caminhan do . I ki implo ro u mas o car ne ir o t or no u a não dar o uv ido s a e le . I k i co me ço u a cant ar a cant ig a que o babala wo e nsino u- lhe quando r ealizo u o sacr ifí cio : A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a, Ef ufule le , o adv inho do Cé u, K uk ut ek u, o adv inho do S ubt e rr âne o . O car ne ir o e st á me le v ando par a O lo fin par a se r mo rt o . Eu não sa bia que e st av a jo g ando um jo go de mor t e co m o car ne ir o . A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a, Ef ufule le , o adv inho do Cé u, Ve nha m po der o same nt e libe r t ar I ki do r e cipie nt e . A pó s alg uns mo me nt o s, o car ne iro sa cudiu p re cip ie nt e e ouv iu o so m do s br ace le t e s de fe r ro e pe nso u que fo sse Ik i. Q uando e le che go u na casa de Olo fin e st e o fe r e ce u aju da co m o re cipie nt e . Ele re cu so u e dis se que pr e cisav a ir at é o quint al do s f undo s. Q uando e le s fo r am par a o s fundo s, e le s ajudar am o car ne iro co m o r e cipie nt e . A br indo o r e cipie nt e , e le de sco br iu que ik i não e st av a de nt ro . Olo fin disse que de v ido o car ne iro t e nt ar e ng ana-lo , e le se r ia sacr ifica do a Eeg un. De sde e s se dia, um car ne ir o se mpr e é o fer e cido a Ee g un co mo sa cr ifí cio .

Or ác ulo 34

Oságbè

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Est e Odù fala da ne ce s sidade to mar o se u t e mpo e do uso da pe r ce pção e spir it ual par a se apr e ciar o s pr aze r e s da v ida. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á arr is cando t udo pô r e st ar se ndo de mas iadame nt e te mpo r al e per de ndo se u e quilí br io e spir it ual.

34 – 1 (t r adução do ve r so ) Ele dis se O sa, e u disse O sa’ Gbe . Ele dis se que o r at o que v e m de O sa se r ia pr ot e g ido po r O sa. Ele dis se que o pe ix e que ve m de O sa ser ia pr ot e g ido po r O sa. Pe sso as pr ov e nie nt e s de O sa se r iam pr ot e g ido po r O sa.

34 – 2 (t r adução do ve r so ) A t iba mato u um cão ma s não te v e te mpo par a co me -lo . A t iba mato u um car ne ir o mas não te v e te mpo par a co me -lo . A t imumu mato u um cabr it o mas não t ev e t e mpo par a co me - lo . Ès ù-Ò dàr à per mit ir ia-me le v ar me u s t e so ur o s de ca sa. Pr o piciação par a e st e I fá: Ve rt a aze it e -de -de ndê no so lo de nt ro o u for a de ca sa o u e m Ès ù.

Or ác ulo 35

Ogbèká Est e Odù fala de te r que supe r ar ci úme e inv e ja par a alcançar fama e r e spe ito .

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O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa inje t ar mai s se nso co mum e me no s imag inação na s at iv idade s cot idiana s.

35 – 1 (t r adução do ve r so ) Es umar e co m um lindo do r so co ns ulto u I fá par a a C huv a t or re nc ial. A e la fo i pe dido que o fer e ce sse u m sacr ifí c io de uma e nx ada, um alfan je e um cabr ito par a ev it ar que as pe sso as a lev as se m par a de ntr o da flor e st a. Q uando e la finalme nt e ve io a re alizar o sa cr ifí cio , as pe s so as co me çar am a dar at e nção a e la.

35 – 2 (t r adução do ve r so ) O wó ni pe be , Esè ni pe be co ns ulto u I fá par a A r inwak a, que fo i o mé dico de O wo ni.. A e le fo i dito que te r ia fama pe lo mundo int e iro . Ent ão , e le dev e r ia sacr ificar um rat o , um pe ix e e uma g alinha. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .

Or ác ulo 36

Ikagbè Est e O dù fala e m te r que de fe nde r no sso s dir e ito s e ex ig ir re spe it o . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e apr e nde r a mo der ar suas palav r as e açõ e s quando ex por u m po nt o de v ist a.

79

36 – 1 (t r adução do ve r so ) Ele disse g ro sse r ia, e u disse inso lê ncia. Ele disse que nun ca é po ssí v e l r o lar pa no se co no fo go . Eu disse que não é po s sív e l ut ilizar uma co br a co mo cint o . Ele s não de v e m se r tão r ude quanto o g olpe do filho do che fe na cabe ça. que e u se ja r e spe it ado e nt ão at é ho je . I nvo que e st e I fá no iy è -irò sù

que t e nha sido mar cado

co m o O dù Ì kág bè e e sfr e g ue na sua cabe ça (or í ).

36 – 2 (t r adução do ve r so ) O rir ot e er e , o adv inho da flor e st a, co nsu lto u I fá par a A de iloy e , que e st av a lame nt ando sua falt a de filho s. O sacr ifí cio : do is car ne ir o s e 44 00 0 o u 120 000 búzio s. Ela pr e st o u at e não nas palav r as e r e alizo u o sa cr ifí cio . Ela fi co u muit o r ica e te v e filho s. C ant ig a: De iloy e , d’ o pag un. Ve ja um mo nt e de cr ianças atr ás d e mi m / ve ja u m mo nt e de cr ian ças at r ás de mim, e as sim po r diant e .

Or ác ulo 37

Ogbètúrúpòn Est e Odù fala so br e o clie nt e fi car par a t rás e m uma co mpe t ição . Ele po de v e nce r at r av é s do sa cr ifí cio . O bse r v ação o cide nt al: U m no vo r e lacio name nt o ou de spe r t ar e spir it ual ir á aliv iar o fo co t e mpo r al co rr e nt e do clie nt e .

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37 – 1 (t r adução do ve r so ) Jig bin ni co ns ulto u I fá par a o cav alo (e sin) e també m par a a v aca (e r anla). A v aca fo i aco nse lhada a o fer e ce r sacr ifí cio de mane ir a que a e la ser ia dada a po sição so cia l do cav alo . Tr ê s e nx adas e 6 600 b úzio s de v er iam se r u sado s co m sa cr ifí cio . A v aca o uv iu po r é m não re alizo u o sacr ifí cio . O cav alo o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio . No s t e mpo s que pas sar am, a v aca o cupav a uma po si ção so cial s upe r io r ao cav alo . Ès ù pe r suadiu as pe s so as a t rat ar e m o cav alo co mo u m bo m co mpanhe ir o por que Èsù é se mpr e a fav or de qualq ue r um que r e aliza se u s sacr ifí cio s. I fá cant a: Jig bi nni o (sí mbo lo de car go ) e st á no pe s co ço do cav alo / e st á no pe s co ço do cav alo . 37 – 2 (t r adução do ve r so ) Ò g bèt ún mo po n- Sun mo si, Bi- omo -ba -nk e -iy á-r e -ni-aag be fu n. co ns ulto u I fá par a A lawo ro - Òr ì sà, que e st av a so fr e ndo co m falt a de filho s e e st av a saindo co m o abut r e . Ela fo i aco n se lhada a faze r sacr ifí c io um pe daço de te ci do br an co co lo cado no Ò rì sà, 3 200 búz io s e duas galinha s. Ela pr e st o u at e nção nas palavr as e re alizo u o sacr ifí cio . Or ác ulo 38

Òtúrúpòngbè Es se O dù fala de pr o ble mas que e st ão po r vir o u inquie t ação e m casa causa da pôr cr ian ças. O bse r v ação o cide nt al: Est e é um bo m mo me nto par a co nce p ção .

38 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Do ’ nido ni- o-g bo do

fo r i-ok o -ba- iná,

O so ro -o -g bo doy i- wo’ nu -e g un-so r o ,

O

jo pur ut upar at aniile mok ur o -l’ ale de co nsult ar am I fá par a o cr iado de O lo fin, um

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famo so acro bat a (at ak it i-g ba- eg be wá ). Dis ser am que pro ble ma s de spo nt av am mais adiant e ; log o , dev e r ia sacr ifi car do is galo s, 12 000 búzio s e uma cor da. Ele o uv iu mas não re alizo u o sacr ifí cio . A mãe do rapaz r e alizo u o sacr ifí cio quando se u filho t ev e pro ble ma s. A hist or ia de I fá: Er a uma ve z, um ho me m e nt r o u na casa do Olo fin e dor mi u co m as e spo sa de le . Est e ato cr ue l sur pr e e nde u o O lo fin que de se jo u sabe r co mo alg ué m po der ia ser t ão cor ajo so a po nt o de e ntr ar no apar t ame nto de sua e spo sa, de sde que hav ia ape nas um por t ão que lev av a at é a s ua áre a. Po r isso , e le ini cio u uma inv e st ig ação . A inv e st ig ação fr acas so u e m r ev e lar a pe sso a mal int e ncio nada. Ele co nv o co u t o do s o s habit ante s da cidade , co lo co u no chão 20 000 b úzio s e um ca br it o , e o fer e ce u e nt ão um prê mio par a a pe s so a que pude s se pular por sua par e de e che g ar at é a sua ár e a. A S pe s so as t e nt ar am e falhar am; por é m um r apaz da casa de Olo fin t omo u a fr e nt e e facilme nt e pulo u at é a ár e a. O O lo fin ag arr o u o r apaz, que fo i co nside r ado co mo se ndo o se u o fe nso r , e o amarr o u. Q uando a mãe do r apaz so ube do aco nte ci do , r apidame nt e r e alizo u o sa cr ifí cio que se u filho hav ia ne g lig e nciado . Tão rápido quant o e la re alizo u o sacr ifí cio , Ès ù

co lo co u as

se g uint e s palav r as na bo ca do s filho s de Olo fin: Vo cê . Olo fin, fo i o único que dor mi u co m s ua e spo sa. Por que amar r ar ia o filho de alg ué m e de se jar ia mat a- lo ? O lo fin Q uando e le de samar r o u o r apaz e finalme nt e lhe de u o cabr it o e o s 20 000 búz io s.

Or ác ulo 39

Ogbètúrá Es se O dù fala de sacr ifí cio g ar ant indo paz e fe licidade . O bse r v ação o cide nt al: U m co nflit o no ser v iço se r á re so lv ido a fav or do clie nt e .

39 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Par a, o amigo da e nx ada (ok o ), e O de be , o amig o do fo ice (àdá ), co nsult ar am I fá par a Ò r únmì là e nquanto e le e st av a v indo par a o mun do . Ele [I fá] disse que

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Ò r únmì là nu nca cair ia e m de sg r aça. U ma cabr a, um r at o e um pe ix e dev e r iam ser sa cr ificado s. Ò r únmì là o uv iu e re alizo u o sacr ifí cio . Ent ão , de sde a cr iação do mu ndo at é o s dias at uai s, Òr únmì là nunca cai u e m de sg r aça. Ele fo i que m pr ime ir o ne le [mun do ] pi so u. Ele t re ino u o s A dv inho s de I fá e sit uo u o s odù e m suas re spe ct iv as po si çõ e s. A pe sar de to das e ssas co isas, e le nun ca ne g lig e nciar ia o s sacr ifí cio s pre s cr it o s par a e le , por que e le de mo nst ro u ao s se r e s hu mano s que "não po de hav er paz alg uma se m sacr ifí cio ". Est a clar ame nt e e x pr e s so e m vár ias liçõ e s e m I fá que “o s se r e s hu mano s não v iv e m e m paz se m o fe r e cer

sa cr ifí cio s”.

A lé m

do

mais,

pe que no s

sa cr ifí cio s

pr ev ine m

a

mo r te

pr e mat ur a. Q ualque r pe s so a que de se ja te r bo a sor t e se mpr e o fe r e ce r á sacr ifí cio s. Q ualque r um que cult iv a o háb ito de faze r o be m, e spe cial me nt e ao po br e , se mpr e se r á fe liz.

39 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A jiwo y e -o de de co nsult o u I fá par a O lo mo -A g be t i. F o i pr e dito que to das as suas aquisi çõ e s v ir iam facilme nt e a e le ne s sa v ar anda. U m r at o , um pe ix e e duas imag e ns de v er iam ser sa cr ificado s. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .

Or ác ulo 40

Òtùrà-Oríkò Est e O dù fala que o clie nt e e st á ne ce ssit ando de aut o co nfian ça, po is e le t e m so fr ido per das. O bse r v ação o cide nt al: Se a clie nt e e st á gr av ida, uma o fe r e nda par a g ar ant ir uma cr iança sa udáv e l dev e se r fe it a.

40 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

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Pe nr e nmiy e nmi, Pe nr e nmiy e nmi, Ò ràn mi d’e t e , Òr àn mi d’ e ro C o nsult o u I fá par a o mil ho (Àg bàdo ) Q uando e le e st av a v indo ao mu ndo pe la pr ime ir a v e z. F o i dit o a e le que o fer e ce sse sa cr ifí cio de mane ir a a pr e v e nir que as pe s so as v ie sse m co mer se us der iv ado s. um te cido no vo e um cabr ito de v er iam ser sa cr ificado s. Ele se re cu so u a sa cr ificar . Est á é a r azão pe la qual as pe s so as co me m milho e se us der iv ado s.

40 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A luk er e se -f’ ir ak or or in co nsult o u I fá par a Oló k un-So nde , Q ue se nt o u-se pacie nt e me nt e e fico u o lhando a v ida passar . F o i pe dido a e la que o fe r e ce s se sacr ifí cio quando par e ce u -lhe inút il a sua v ida. F oi pr e dito que e la se to r nar ia g rande . De ze s se is po t e s d’ ág ua, duas ov e lhas e 3 200 búzio s de v er iam ser sa cr ificado s. Ela se to r no u a rainha de t o das as cor re nt e zas.

Or ác ulo 41

Ogbèatè Est e Odù fala so br e e v it ar pr o ble mas e po t e ncial cr iat iv o e m v iag e ns e e sfo r ço s que e st ão pôr v ir . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a po s sív e l per da de e mpr e go o u r e lacio name nt o .

41 –1 (Tr adu ção do ve r so ) I y alet ajaja co nsult o u I fá par a Ewo n. I y alet ajaja co nsult o u I fá par a I ro . I y alet ajaja co nsult o u I fá par a Ì gè dè , o filho de A g bo nnir e g un.

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Ele s fo r am adv er t ido s a não ir e m par a a r o ça. Se fo sse m at é lá ir iam e nco nt r ar Ik ú (a mo r te ). Ele s não ouv ir am. Na manhã se g uint e e le s fo r am até a r o ça e e nco ntr ar am Ik ú, que mato u Ewo n e Ir o. Ele t rag o u Ìg è dè , o filho de Ag bo nnir e g un. Q uando as no tí cia s che g ar am ao s o uv ido s de Ag bo nnir e g un, e le fo i até se u babala wo , que co ns ulto u I fá par a e le . A e le fo i pe dido ascr ificar pe nas de papag aio , co nt as t ut u -o po n, t rê s gr ande s bo las de inhame pilado e se t e po mbo s. Ele tam bé m fo i o rie nt ado a lev ar o sa cr ifí cio à ro ça ao amanhe ce r . Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . C he g ando à ro ça, e le e nco ntr o u o cor po de Ewo n, no chão . Ele e nco nt ro u o co r po de I ro no chão . I k ú cha mo u Ag bo nnir eg un. Ele vo mito u Ì gè dè nas mão s de A g bo nnir e g un e pe diu par a que e le e ngo lis se Ì gè dè . Ele di sse : A g bo nnire g un se mpr e dev e r ia vo mit ar Ì gè dè e m dias t er r iv e lme nt e t rist e s.

41 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A saig bo ro , A rinnig bo ro , O bur in- bur in bu -o mi bo ’ ju co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là. F o i pr e dito que Òr únmì là se r ia e nr ique cido na ci dade . Ent ão e le dev e r ia o fe r e ce r um sa cr ifí cio : um r ato , um pe ix e e uma galinha. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . O rat o , o pe ix e e a galinha for am ut ilizado s par a sat is fazer I fá.

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Or ác ulo 42

Ireteogbe Est e O dù fala de pr o spe r idade , fe licida de e sat isfa ção se x ual. O bse r v ação

o cide nt al:

Um

no vo

r e lacio name nt o

ou

um

aume nt o

na

int e nsidade do r e lacio name nt o cor r e nt e é pro v áv e l.

42 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A t eg be , A t eg be , o A dv inho de O lok un, co nsult o u I fá par a Olo k un. U ma o ve lha e 18 000 b úzio s de v er iam se r o fe r e cido s co mo sacr ifí cio . F o i pr e dito que e le ser ia r ico e te r ia muit o s filho s. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio Ele fi co u r ico e te v e muito s filho s.

42 – 2 (Tr adu ção do ve r so )

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I re - nt e g be , o A dv inho de A k isa, co ns ulto u I fá par a A k isa quando e st e e st av a a po nt o de dar me l ao I fá de le . Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car me l, aadun ( milho e aze it e ) e o bi. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . I fá e nt ão de u-lhe dinhe ir o

Or ác ulo 43

Ogbese Est e O dù fala de bo as not í cia s e re alizaçõ e s que chama m por ce le br açõe s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de e spe r ar muda nças po sit iv as e m se u r e lacio name nt o e mo cio nal. 43 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ero - ilé -k o mo pe t ’o na- nbo co nsult o u I fá par a Olo ide , que e st av a indo se ca sar co m A mi. Lhe fo i falado que o mundo sair ia par a ce le br ar co m e le s quando e le s fi cas se m muit o pró spe r o s e m v ida. U ma cabr a de v er ia se r u sada e m sa cr ifí cio . Ele o uv iu a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí c io . A hist or ia de I fá: U m dia to do s o s pássar o s se junt ar am par a pe dir a O lo ide que apr e se nt asse sua no iv a A mi. Olo ide co nco r do u e or de no u que e le s se re uni sse m no me r cado , pro v ide ncias se m v inho de palma e o utr as be bidas alco ó licas e as sim pô r diant e . No dia apo nt ado , t odo s o s pás saro s da flor e st a se junt ar am co m o v inho de palma re quis it ado . De po is de te r e m te r minado de be be r e de co me r , o papag aio (O dide r e ) pô s- se de pé e mo str o u a mar ca e m s ua cauda (ami) par a to do s o s pás saro s. Ele cant o u e danço u: Eu vim par a lhe mo st r ar ami, Olo ide . Eu v im par a

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lhe mo st r ar ami, Olo ide . Eu v im par a lhe mo str ar ami ao s pás saro s da flor e st a. F icar am t odo s e le s fe lize s e j unt ar am- se a e le a cant ar e dançar . 43 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Se e se Woo wo co ns ulto u I fá par a I re s u-e le , Q ue e st av a vindo v isit ar O de A jalaye . F o i dit o que Ò g ún se r ia o úni co a re par ar s ua cabe ça (o rí ). Lo go , de v er ia sacr ifi car uma ce st a de iwe n [ ing . palm ke r ne l she ll ], t rê s galo s, um inhame assado e 6 600 búzio s. Ele r e alizo u o sa cr ifí cio . Or ác ulo 44

Oso-Ogbe (Osomina) Est e O dù pr ev ine co nt r a asso cia çõ e s co m pe s so as más. U m lig e ir o so fr ime nt o se r á su bst it uí do pô r pr o spe r idade . O bse r v ação o cide nt al: A tr açõ e s e mo cio nai s r e sult am e m r ev o lt a te mpor ár ia. 44 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A r innaper an je -Ese , Olo g bo f’ o si’ or un -o -njar e g e . Ò r únmì là disse que e le se r ia e nsinado a so fr e r no iní cio e pr o sper ar no final. U ma ca br a dev er ia ser dada a Èdú (Òr ún mì là). Ele dis se que e le s co me r am, e le s não der am nada a Ig aliy er e co me r . Ele s be be r am, e le s não de r am nada a I galiy e re be ber . I g aliy e r e o fusco u o s olho s de le s. I g aliy e r e é o no me que nó s c hamamo s a Èsù.

44 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) I re - y ue co nsult o u I fá par a Olo ja- er u. Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car um cabr ito e 6 600 búz io s de mane ir a a ev it ar pe sso as

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que re tr ibuir iam a e le co m o mal. Ele se re cu so u a o fe re ce r sa cr ifí cio . Ele aj udo u a car re g ar pe so at é a fe ir a e a sua ge ne ro sidade fo i re tr ib uí da co m mal.

Or ác ulo 45

Ogbèfún Est e Odù fala de instr u me nto s que quando so am af ug e nt am a mo rt e e o s mau s e spí r ito s. O bse r v ação o cide nt al: C o mpor t ame nto não mo nóg amo po de cau sar g rande dano . 45 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) M o saa-li- o -ni-o pa, Er o g bo nr e -o -me se co nsult ar am I fá par a Og bè . O g bè e st a indo se duzir a e spo sa de Ò fún. Ele fo i as se g ur ado do su ce sso . U ma g alinha, um rat o , e 4 400 búzio s de v er iam ser sa cr ificado s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .

45 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O liwo wo ji, Oliwo wo ji wo . Ele s co ns ult ar am I fá par a a mo rt e I k ú (a mor t e ). Ele co nsult ar am I fá par a À r ùn (doe n ça). A mbo s quer iam de spo sar Lasun wo nt an, a filha de Òr ì sà. Ò rì sà di sse que dar ia s ua filha par a qualq uer jo v e m que pude sse cr iar 201 nov as cabe ças (or í ). Ele s part ir am e for am pe nsar no que fazer . Ik ú fo i at é a ro ça pr o cur ar 201 pe sso as, que for am mor t as ime diat ame nt e . Sua s cabe ça s for am pe g as, amar r adas junt as e lev adas pôr e le . A ssim que e le fo i par a o cami nho que le v av a à ca sa de O risa, e le o uv iu alg ué m cant ando o se g uint e cant o :

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Se e u ve r Ik ú, e u ir e i lut ar co m e le . O liwo wo ji, O liwo wo jiwo . Se e u ve r Ik ú, e u ir e i lut ar co m e le . O liwo wo ji, O liwo wo jiwo . Q uando I k ú , co lo co u as 201 cabe ças no chão e sai u co rr e ndo , e spant ado que alg ué m se r ia su ficie nt e me nt e co r ajo so par a ame açar a e le e a A r un. Ele não sabia que Ar un e st av a pôr tr ás de st e ato diabó lico . Ar un t inha aca bado de ir ve r um ba balawo par a e st e o aux iliasse imag inar uma mane ir a de co nse g uir que Lasu nwo nt an filha de O risa se t or nasse s ua e spo sa. O babalawo disse a e le par a que co nse g uis se 200 co nc has de car amu jo , o s quais e le pr ov ide n cio u. O babalawo fio u as co ncha s, co lo co u- as ao re dor do pe sco ço de A r un e disse e nsi no u a e le a cant ig a que e le de v er ia cant ar . Q uando Ik ú jo go u as 201 cabe ças for a e fug iu, Ar un j unt o u as 201 ca be ças e as le vo u par a O risa. Or isa por s ua v e z de u Lasun wo nt an, sua filha, a A r un. Ent ão nó s t e mo s um dit ado que diz: “A M or te tinha sa cr ificado par a a do e nça par a t er su ce sso ”. Est a hi sto r ia no s co nt a que qualque r instr u me nto so nor o afug e nt ar á a mor t e ou o utr o s e spí r ito s malig no s. Est a é a razão pe la qual a me di cina tr adicio nal as pe sso as co lo cam inst r ume nt o s de st a nat ur e za no àbìk ù (nasci do par a mo rr er ) o u no ut r as cr iança s do e nt e s.

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Or ác ulo 46

Òfún’gbè Est e Odù fala de um po de r o so inimig o . U ma br ig a o u pro ble ma é e st á par a aco nt e ce r . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e fr e qüe nt e me nt e e ncar a co nflit o s le g ais e /o u g ov er name nt ais.

46 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I g i-re r e , Ig i-ig bo , I gi- re r e , Ig i-o dan, Pe r e g un nwani ni, o A dv inho de Esu me r i, co nsult o u I fá par a Ò fún quando Ò fún e st av a indo sur r ar O g bè at é a mo rt e . O fun fo i or ie nt ado a sa cr ificar , de mane ir a que O g be so br e v iv e s se à sur r a. U m car ne iro de v er ia se r sa cr ificad o . Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . Est e I fá mo st r a que uma br ig a o u pr o ble ma e st á par a aco nt e ce r .

46 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò fún no ’ r a, aja no ’r a co ns ulto u I fá par a a t ar t ar ug a (O lo bahu n Ì japá) quando e le e st av a indo ao me r cado co m o s mo nst ro s (e we le ). Ele fo i o r int ado a o fer e ce r sacr ifí c io de mane ir a a re to r nar a salv o . Tr ê s g alo s, 6 600 búzio s e lag o st a (e de ) dev er iam se r sacr ificado s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .

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Or ác ulo 47

Oyekubiworilodo Est e O dù o fe r e ce so luçõ e s par a e st e r ilidade e impot ê ncia se x ual. O bse r v ação o cide nt al: É um mo me nto pe r fe ito par a g rav ide z.

47 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O ye k ubir i co ns ulto u I fá par a o po mbo . F o i pr e dito que o po mbo se r ia fé rt il. Ent ão e le dev e r ia sacr ificar 2 000 fe i jõ e s e 20 000 búzio s Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio . O po mbo se t or no u fé rt il. O Or áculo de I fá fo i co ns ult ado par a a po mba (ada ba) F o i pe dida a e la que fize s se um sacr ifí cio . A po mba r e alizo u o sa cr ifí cio Ela se tr o no u fér t il. 47 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O ye k u- awo -o mo de , I wo r i-awo -ag balag ba co ns ulto u I fá par a o Pê nis (Or o mina), que e st av a indo lut ar e m uma bat alha na ci dade A jat ir i. Di sse r am que e le não pe ne tr ar ia se falha sse e m re alizar sacr ifí cio . O sacr ifí cio : Tr ê s car ne ir o s, t rê s cabr it o s, t rê s cãe s macho s, t rê s galo s, t rê s tart ar ug as mac ho e 6 600 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . Ele pe ne t ro u. O ro mina é o no me pe lo qual chama mo s o pê nis (o kó ).

Or ác ulo 48

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Iwori-Yeku Es se O dù fala so br e pe r ig o s imi ne nt e s e co mo ev it ar o u mini mizar as co nse q üê ncia s. O bse r v ação o cide nt al: Blo que io s e mo cio nai s pr e cisam se r e liminado s atr av é s do C ulto A nce str al o u o fe re nda s.

48 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O g un-ag bot e le k iip’ ar o co nsult o u I fá par a Ì wòr ì . A e le fo i pe dido e st ar pr e par ado . A Mo rt e e st av a che g ando . M as, se e le sacr ifica sse , e la se r ia afast ada. O sacr ifí cio : u ma caba ça co nt e ndo inhame s co zido s co m ó leo (e wo ), uma por ção de o bì par a se r e m dist r ibuí do s às pe sso as, um fr ang o , uma ov e lha e 240 000 búzio s. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .

48 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O hun- t iy oo se nik iig bai se ’ ni, Èny ì àn-k an-dandan- lio -maabi -A ye k un- o mo co ns ulto u I fá par a O lo fin. Ele s disse r am que um r e cé m- nascido ado e ce r ia. A pó s um pe r ío do pr o lo ng ado de t rat ame nto , e le t er ia me lho r as ma s ficar ia ale ija do . Ele s aco nse l har am par a que O lo fin não ficas se zang ado ; se e le o fer e ce s se sacr ifí cio , o be bê ainda pr o spe r ar ia. O sacr ifí cio : u ma o ve lha, 440 000 búz io s, e o re mé dio de I fá (quinar fo lhas de ir o y in e de e wur o na ág ua co m sa bão par a banhar a pe s so a par a que m I fá fo i co nsult ado ). Or ác ulo 49

Oyekuf’oworadi

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Em ir e e sse O dù fala de su ce s so pe s so al e finance ir o co m mulhe r e s. M as e m ibi e le pe de sacr ifí cio par a ev it ar mo rt e . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á dando muit a impo rt ânc ia e m at iv ida de se x ual ame açando o be m e st ar .

49 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Bi o y in bi A do co nsult o u I fá par a Òr únmì là. I fá e st av a indo e m uma v iage m de div ina çaõ par a a cidade das mul he re s. F o i pr e dito que Òr únmì là t er ia mu ito su ce s so ali. Ent ão e le dev e r ia o fe r e ce r co mo sacr ifí cio de ze s se is po mbo s e 3 200 búzio s. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .

49 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O g ido l’ Eg ba, Sag amo o Adv inho de Esa. A mbo s co nsult ar am I fá par a Òr únmì là no dia e m que a mo r te e st av a per g unt ando pôr sua casa; a do e nça e st av a per g unt ado pô r sua casa. Ele s disse r am que se Ò rúnmì là falhas se e m r e alizar o sacr ifí cio , mo rr e r ia. O sacr ifí cio : do is cãe s ne g ro s e 4 400 b úzio s. Ele e s cut o u e re alizo u o sacr ifí cio .

Or ác ulo 50

Idiyeku Em ir e , e sse Odù fala de su ce s so finance ir o atr avé s da pro picia ção do O rí . Em ibi, e spe ci fica sacr ifí cio par a ev it ar mo rt e .

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O bse r v ação o cide nt al: É ne ce ssár io se co mu nicar co m o s A nce st r ais par a aux iliar o s ne gó cio s o u aliv iar pr e s sõ e s quo t idianas. 50 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I diy ek uy e k et e co nsu lto u I fá par a O lo r i-o ga. A e le fo i pe dido que o fer e ce sse um pe daço de t e cido br anca que e le t inha e m s ua ca sa, uma ov e lha e 3 200 búzio s de mane ir a que se u cor po não ser ia e nv o lv ido co m o t e cido aque le ano . Ele o uv iu mas não re alizo u o sacr ifí cio pr e scr ito . C ant ing a de I fá: Edi- oy e ye , Edi- oy ey e / Olor i- og a co br iu a si me smo co m se u te cido / Edi-o y ey e , Edi- oy ey e .

50 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A wo -ir e -ir e -niit fi- e hin-t an’ na co nsu lto u I fá par a O k unk un su, que se dir ig ia à cidade de I fe . Ele fo i or ie nt ado a ade nt r ar à cidade pe la no it e , apó s Te r o fe r e cido um sa cr ifí cio — um r at o , um pe ix e e uma g alinha — par a pro piciar s ua cabe ça. I fá dis se que e le se r ia muit o be m s uce dido ali. Hist o r ia de I fá: C he g ando na cidade à no it e , Ès ù co me ço u pô r v isit ar to das as casa s par a anunc iar a che g ada de O k unk unsu e dizer que um babalawo hav ia aca bado de che g ar . Ele não ir ia na casa de ning ué m. A s pe sso as dev e r iam se e sfor çar par a ir e v ê -lo o nde e le pe r mane ce r ia, por que se ja o que for que fize sse pe la pe sso a ir ia faze r co m que e la e st iv e sse be m, ainda que sua per so nalidade não fo s se gr ande . I st o fo i o que Ès ù de s cr ev e u par a as pe s so as. O k unk un su finalme nt e r et or no u par a casa co m muit o dinhe ir o e po s se s. Or ác ulo 51

Oyeku’rosu Es se O dù fala da impor t ância de se o be de cer I fá par a o bt e r su ce sso e e v it ar mo rt e .

95

O bse r v ação o cide nt al: Bo m pe nsame nt o de v e m ser tr aduzido s e m bo as açõ e s par a ev it ar pr o ble mas. 51 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A jawe so la, At e -iy e -ir o su- se -o la co ns ulto u I fá par a G ber e f u, o filho mais ve lho de Òr únmì là. Ele s disse r am que se us ik in o e nr ique ce r ia. F o i pe dido que e le sacr ifica sse um r at o , um pe ix e e uma ca br a. Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .

51 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A wo k ek e re - ilé -e ni- ko t n’ ni je co nsult o u I fá par a O lo fin. F o i pe dido que e le sacr ifica sse um cão , um inhame assado . vinho de palma e 6 600 búz io s de mane ir a a ev it ar o de spr aze r de Òg ún. Ele o uv iu e se r e cu so u a sacr ifi car . Òg ún o mato u. I fá adv er t iu que ne nhum babala wo de v er ia se r de sr e spe it ado , ne m me smo u m jo v e m A wo .

Or ác ulo 52

Irosu Takeleku Es se O dù fala de inv e ja e se dução e pe de pôr sa cr ifí cio s par a ev it ar gr av e s co nse q üê ncia s. O bse r v ação o cide nt al: U ma m udança de se rv iço ir á tr azer me lho r ame nto . 52 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

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O ro dudu awo inú ig bó co nsult o u I fá par a A mur e , quando A mur e e st av a indo lev ar a e spo sa de Sang o par a ca sa. Ele s disse r am que se e le falhas se e m sa cr ificar , a mo rt e o lev ar ia. O sacr ifí cio : t rê s cabr ito s e 6 600 búzio s. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .

52 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) I t ak ut ali- ait a- aso , Ir ik ur ili- air i- o fi co ns ult ar am I fá par a Ò r únmì là, que se dir ig ia à casa de O lok in- sande . F o i dit o que a casa de O lo k in-san de se r ia muit o pr o mis sor a a e le ; lo go , de v er ia e le sacr ifi car quatr o po m bo s, iy e -iro su, 8 800 búzio s. por que e le ser ia inv e jado as sim que re co lhe s se se u s ho nor ár io s. Ele o fe r e ce u o sacr ifí cio . F o i pe dido par a sacr ifi car mais a fr e nt e tr ê s ca br it o s e 6 600 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e apr e se nt o u o sacr ifí cio . Ele fo i inv e jado quando r e co lhe u se u s ho nor ár io s. Ele cant o u a se g uint e ca nt ig a: A wo e st á indo par a ca sa par a se r e abast e ce r co m pó de iy è o pó de iy e do A wo acabo u. o pó de iy e do A wo acabo u. A wo e st á indo par a ca sa par a to r nar a e nche r se u pó de iy è o pó de iy e do A wo acabo u.

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Or ác ulo 53

Oyeku Wonrin Es se Odù o fer e ce cur a par a po ssí v e is co nse qüê n cias sé r ias de adult é r io e pe r ig o de v iag e ns dist ant e s. O bse r v ação o cide nt al: A çõ e s impe nsa das ir ão re sult ar e m blo que io s no s ne g ó cio s.

53 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O k it ibi- ake t e k iit an- nidi- ope co ns ulto u I fá par a Lawe ni bu. F o i pe dido a e la que co nfe ssa sse se u adult é r io se não quise s se mor r er .

98

U ma ca br a dev er ia ser o fe r e cida co mo sacr ifí c io , se e la não quise s se mo rr er de v ido ao adult é r io . Ela apr e se nt o u o sacr ifí cio . I fá diz que a mulhe r par a que m e st e o dù é div inado e st á co me t e ndo adult ér io . 53 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Jaf ir ijafi K e mk e jade , A gadag idiwo nu -o do - e f’ ar abo - omi co ns ulto u I fá par a o caçado r (o de ), co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là. O caçado r se dir ig ia à flor e st a de O lik or o bo jo . F o i pe dido a e le que sacr ifica sse de mane ir a a e v it ar que ali e le mo rr e sse : se t e g alo s e 14 400 búzio s. O caçado r re alizo u o sacr ifí cio . Ò r únmì là e st av a e m jor nada a um lo cal dist ant e . F o i pe dido a e le que sacr ifica sse de mane ir a a e v it ar que ali e le mo rr e sse : um barr il de aze it e -de - de ndê , no v e galo s, no v e cabr ito s, no v e rato s, nov e pe ix e s e po mbo s. Ò r únmì là se g uiu a or ie nt ação e fe z o sa cr ifí cio .

Or ác ulo 54

Owonrin Yeku Es se O dù fala da ne ce ssi dade de caut e la e m no s sas at iv idade s. O bse r v ação o cide nt al: Pe n same nt o s irr acio nai s r e sult ar ão e m r e per cu ssõ e s e mo cio nais sé r ias. 54 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Sip isipi -li- a-nr i’ g ba- A je , Dug be dug be - li-anlu -a- g be e - Ye ba, A k iilu ag be e Y e ba k io madun ke r e dudu ke r e dudu co ns ulto u I fá par a O r isa-nla po r que sua e spo sa Y e mo wo , e st av a indo par a a ro ça co me t er adult ér io . Par a que e la não mor r e sse de v ido a s ua infide lidade , e la de v er ia o fe r e cer um sacr ifí cio de quat r o po mbo s, 8 000 búzio s e quat ro car amu jo s. Ela r e alizo u o sacr ifí cio .

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O me smo I fá fo i div inado par a A janaa -We re pe , que er a o amant e de Ye mo wo . F o i pe dido a e le que sacr ifi cas se tr ê s ca br it o s e se i s mil búzio s par a ev it ar sua mo rt e . Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .

54 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A jalo r um I k uk ut e k u awo e ba’ no co ns ulto u I fá par a K ut er un be , quando e st e se dir ig ia à r o ça de A lo ro par a o fe st iv al anual. Ele fo i adv er t ido que se e le não to mas se pr e cauçõ e s aque le ano , e le ser ia mo rt o pe lo pro dut o de sua ro ça. O sacr ifí cio : t o do o pr o dut o da ro ça. se t e g alo s e 14 000 búzio s. Ele se re cu so u a sa cr ificar .

Or ác ulo 55

Oyekubara Es se Odù pe de po r sa cr ifí cio s par a ev it ar as co nse qüê n cias de at iv idade s no r mais do dia-a- dia. O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù o fe r e ce ao cl ie nt e a opor t unidade de ev it ar as co nse qüê n cias de más açõ e s ant e r io r e s. 55 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O ye k u- pabala, O ye k u-pabala co nsult o u I fá par a a t ar t ar ug a (aw un) quando e la e st av a se rv indo Esi pô r dinhe iro que a e le dev ia. Ele s disse r am que se e la o fer e ce sse sa cr ifí cio — 3 600 búzio s e uma cabr a de v er iam se r o fe r e cido s — e la ev it ar ia o r e e mbo lso de st e e mpr é st imo . Ela se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí c io . A hist or ia de I fá:

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Pô r lo ng o te mpo , a t ar t ar ug a t e m e st ado a ser v iço de se u co nt r ato de r ee m bo lso de dí v ida. e la de cidiu ficar e m ca sa e falt ar co m se u cr e dor pô r cinco dias. Ela e mbr ulho u um paco t e de pe dr as co m uma co nt a e spe cial e o lev o u at é a casa de Esi. Q uando Esi che go u e m casa, o paco t e fo i dado a e le , o qual e le jo g o u for a e m u m ar bust o . A wun per g unto u se e le v iu o pacot e que e le t inha de ix ado e m sua casa. Esi dis se que v iu e que o jo go u fo r a e m um ar bu st o . A wun dis se , “Há! v o cê jo go u for a co nt as de co r al (iy un) e m um ar bu sto ?”. Par a e ncur t ar a hist or ia, o hist or ia viro u ca so judi cial. Ele s for am at é o s anciõ e s na cidade que ag ir am e m juí zo . Esi fo i j ulg ado culpado . Fo i pe dido a e le que usas se as co nt as co mo re e mbo lso pe lo dinhe ir o que e le e mpr e sto u a A wo n.

55 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O ye k u- pabala, O ye k u-pabala, o Adv inho de Esin (cav alo ), co ns ulto u I fá par a Esi n. F oi pe dido que e la o fe r e ce sse um sa cr ifí cio par a que e v it as se puni ção apó s Ter um be bê ; 2 000 v ar as, um ca br it o e 2 600 búzio s. Esi n o uv iu. Esin se re c uso u a sa cr ificar . S ua hist or ia: Esi n fo i v isit ar O yo quando e le t ev e um be bê . Èsù pe siu par a as pe sso as a cav alg ar . Ele s dis se r am, “Há! e la aca bo u de t er um be bê ”. Èsù disse que is so não sig ni ficav a q e la não pude sse andar . Ele dis se que e le s de ve r iam usar uma var a par a aço it ar . Ele s a mo nt ar am. Ela ando u. To da v e z que e la não andasse cor r et ame nt e , e la e r a aço it ada. Esin lame nto u não Te r fe it o o sa cr ifí cio pr e s cr it o pôr O ye k u-pabala, O ye k u- pabala, O ye k u-pabala, pabala, e as sim po r diant e .

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Or ác ulo 56

Obara Yeku Es se O dù pr ev ine co nt r a insubo r dinação no lar e no t rabalho . O bse r v ação

o cide nt al:

O

clie nt e

é

e ncar ado

co mo

se ndo

o

par ce ir o

do minant e .

56 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A luk o so O ba (r e i) disse que e le pr ov av e lme nt e não ser v ir ia ao r e i. I bar a-O ye k u, v o cê alg uma ve z o uv iu co isa assim ? A lu’ lu- O ba (o per c ussio ni st a do r e i) dis se que e le po ssiv e lme nt e não se r v ir ia ao re i. O bar a-O ye k u v o cê alg uma ve z o uv iu co isa as sim ? Er ú (u m e scr avo ) disse que e la po ssiv e lme nt e não ser v ir ia se u me st r e . I fá de v er ia se r pro picia do co m uma g alinha. Se nó s apazig uásse mo s I fá co m uma galinha, I fá ace it ar ia no ssa o fe r e nda.

102

56 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là quando se us clie nt e s se r e cu sar am a pat r o cina- lo . De z rato s (e k u-awo sin ), fo lhas de ir e e sabão fo r am sa cr ificadas. Ele o uv iu as palav r as e r e alizo u o sa cr ifí cio . O babala wo pilo u to do s o mat e r ial junt o par a e le se banhar co m o pre par ado .

Or ác ulo 57

Oyekupelekan Es se O dù fala de co mo o sacr ifí cio po de no s pr ot e g er co ntr a más int e nçõ e s e pe r da de pr e st í g io . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é t e imo so e r e cu sa bo ns co nse lho s.

57 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) K abe k uk ute k uro lo na- kar ibipade - ijape k ipek i co ns ulto u I fá par a A k ibo la quando e st e se dir ig ia à ro ça par a o fe st iv al anual mat ar o filho de Oy i (maca co ). Ele plane jo u ex ibir s ua pe le . F o i pe dido que Oy i o fer e ce s se um sacr ifí cio : t rê s lanças, tr ê s g alo s e 6 600 búzio s. Ele se re cu so u a faze r o sacr ifí cio . Ele fo i mo rt o .

57 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A to r ir or ay o -I le laba-I ro ko - ng be

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co ns ulto u I fá par a I r awo sasa, e s cr av o de Olo dunmar e . F o i pr e dito que se e le falhas se e m se g uir o caminho de O luwa, s ua r e put ação se r ia bani da. U ma ca br a e 2 000 b úzio s de v er iam se r o fe r e cido s e m sa cr ifí cio . I rawo (a e str e la) se re c uso u a sa cr ificar . Ent ão , o dia que Olo dunmar e r e fle t ir ia na v aidade de uma e str e la, nó s v er í amo s uma e str e la r e pe nt iname nt e cair do cé u par a de nt ro da e s cur idão .

Or ác ulo 58

Okanran Yeku Es se Odù fala de sacr ifí cio s pro por cio nando r ique zas e sacr ifí cio não r e alizado s tr aze ndo de str ui ção . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e g o st a de co rr e r r isco s o u "caminhar po r e xt r e mo s" e de ve t r abalhar co m se us ance st r ais par a e v it ar dificu ldade s.

58 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Te k ut u, o A dv inho faz cr ian ças, Te k at a o A dv inho do s adulto s, O k u ik a k an k io di Eji- Oy e co ns ulto u I fá par a as pe sso as e m Ig be y in-o do , e també m na casa de I to r i. F o i pe dido a e le s que sacr ifi cas se m de z g alo s e 20 000 búzio s. A s pe s so as de ò de It or i não sacr ifi car am. A g uer r a que t er ia mat ado as pe sso as de Ig be y in- odo fo i par a a ca sa de I to r i. 58 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O kanr an’ Y ek u disse r ique zas. Eu disse mais r ique zas. A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de de ndê , A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de ban ha de ò rí ,

104

A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de adin, o co nfor t o de uma ca sa facil it ar á a umidade do banhe ir o e e m v olt a de um po t e d’ ág ua. Sa cr ifique o ito car amu jo s e 16 000 búzio s. Se o clie nt e r e alizar o sacr ifí cio , I fá diz que t udo cor r er á be m co m e le .

Or ác ulo 59

Oyeku-Eguntan Es se O dù o fer e ce pr ot e ção co nt r a mo r te imi ne nt e . O bse r v ação o cide nt al: U m se rv iço o u r e lacio name nt o pe r ig a te r minar de v ido a bat alhas e mo cio nais.

59 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Eni l’ o ja Ewo n, Ola l’ o ja O we co ns ulto u I fá par a O ye k u, c uja a mo rt e fo i pr e dit a e m quatr o dias. F o i pe dido a e le que sacr ifica sse um car ne iro . Ele o uv iu as palav r as e fe z o sacr ifí cio . O dia pr e d it o não ve io passar . A r ev o lt a so br e a mor t e de Oy ek u não se mat er ializo u.

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Or ác ulo 60

Ogunda’Yeku Es se Odù fala de bo ndade e ge ne ro sidade t raze ndo co nfor to , cr e scime nto e pro spe r idade . O bse r v ação o cide nt al: U m for t e aux ilio ance st r al pro po r cio na um fi m par a difi culdade s.

60 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Po ro k ipor ok i mo le hun’ so , K ek e k e mo le r’ er ù, M o t a mo je r e , I di e ni li aiwo biot i l’ aro si. I fá fo i co ns ult ado par a Te t er e g un quando e le e st av a par a e nt re g ar a “ág ua do co nfo rt o ” a O lo k un. F o i pe dido a e le que sacr ifica sse banha de òr í , do is car amujo s, e 16 000 búzio s. Ele se g ui u as in str uçõ e s e re alizo u o sacr ifí cio e le e ntr e go u a ág ua a Olo k un. O lok un disse Vo cê , Tet e r eg un! de ag or a e m diant e , v o cê se mpr e e st ar á e m co nfo r to . Vo cê nu nca se nt ir á falt a de r o upas. Eu co nt inuar e i a abe n ço a-lo . C ant ig a de I fá: Tet e r eg un pr o spe ro u / e le e ntr e g o u a “ág ua do co nfo r to ” a O lo k un. 60 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ek ik an-ilé - abar ag bar ado do g bar ado do co ns ulto u I fá par a Enu -o na-ilé , A r in-k er e - kan’ bi. F o i pe dido a e le que ofe r e ce sse sacr ifí cio [de mane ir a] que e le nun ca t iv e s se falt a de pe sso as: quat ro po mbo s e 3 200 b úzio s.

106

Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .

Or ác ulo 61

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Oyeku Gasa Es se O dù sug e r e co mpro mis so par a ev it ar pe r da to tal. O bse r v ação o cide nt al: Es se Odù muit as v e ze s de no t a co nflito na so cie dade o u no re lacio name nto . 61 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I le -e wu -ab’ o ju sok ot o co ns ulto u I fá par a as pe sso as e m Og er e - eg be . F o i pe dido que e le s sacr ifi cas se m de mane ir a a e v it ar pe sar e s e m s uas v idas. O sacr ifí cio : u ma caba ça de v inho de palma, quat ro po mbo s e 8 000 búzio s. Ele s se r e cusar am a r e alizar o sacr ifí cio .

61 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) U m e le fant e mo rr e u na r o ça de O lije de , mas sua cal da fico u na r o ça de O nit iy o . O s habit ante s da cidade de Onit iyo dis se r am que o e le fant e pe rt e ncia a e le s. O s habit ant e s da cidade de O lije de dis se r am que o e le fant e pe rt e ncia a e le s. O e le fant e que mor r e u so br e as duas t er r as administ r adas si mbo liza a g uer r a. Ele s fo r am adv er t ido s a re alizar e m sacr ifí cio , po is ir iam lut ar por alg uma co isa. U m cabr it o e 12 000 búzio s dev e r iam ser o fer e cido s e m sacr ifí cio . A pó s tr ê s me se s, e le s re alizar am o sacr ifí cio que hav iam ig no r ado . O e le fant e se de co mpô s. Èsù e nt ão div idiu o mar fim e ntr e as dua s par t e s e o s aco nse lho u a de si st ir e m da g ue rr a.

Or ác ulo 62

Osa Yeku

108

Es se Odù pe de sacr ifí cio par a asse g ur ar lo ng e v idade e par a ev it ar po ssí v e is t ur bulê nc ias. O bse r v ação o cide nt al: Pr o ce s so s judic iais o u se r v iço s duv ido so s co mb inam co m blo que io s e mo cio nais cr iando sit ua çõ e s caó t icas.

62 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O say ek u co nsult o u I fá par a O nat oo ro . O say ek u co nsult o u I fá par a O nag bo or o . F o i pr e dito que o s dias de e st r ada da vida se r iam pr o lo ng ado s. Lo go de v er ia o fer e ce r sa cr ifí cio : um po mbo , uma ov e lha e 4 200 búzio s. e le s o uv ir am e re alizar am o sacr ifí cio .

62 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O say ek u: I sak u sa-I y ak uy a niim uniiy e ’k un co ns ulto u I fá par a o g alho de uma ár v or e . F o i pe dido que o fe r e ce s se sacr ifí cio par a asse g ur ar sua seg ur ança no dia e m que um t or nado vie s se . F o i pe dido que o fe r e ce s se uma tart ar ug a, um po mbo e 2 000 búzio s. Ele se re cu so u a sa cr ificar .

Or ác ulo 63

Oyekubeka Es se O dù fala da ne ce ssi dade do babalawo div idir se us sacr ifí cio s co m Es u e o utr o s. Sa cr ifí cio s g ar ant indo se g ur ança.

109

O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa dar mais ê nfase e m sua nat ur e za e spir it ual e me no s nas "co isa s" o u dinhe ir o .

63 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Gb ing bin e r ek e , A div inho do lado do cór r eg o , co nsult o u I fá par a O ye k u e Ek a. Fo i pe dido que sa cr ificas se m dua s g alinha, milho e 3 200 búz io s. O ye k u não r ealizo u o sacr ifí cio . A hist or ia de I fá: Tant o Oy e k u quant o Ek a fo r am e m uma per e gr inação div inató r ia. Ek a te v e su ce sso ma s O ye k u não . Ek a di sse , “Vamo s par a ca sa”. A ssi m que e le s e st av am r et o r nando , e le s co ntr at ar am um bar que iro . Oy ek u, o pr ime iro e m che g ar lá, pe diu par a o bar que iro que ajudas se a e mpur r ar Ek a no rio . A pr ime ir a pe sso a pag o u ao bar que ir o 2 000 búzio s. Q ue m or de no u Er inwo I fè fo s se jo g ado na ág ua? A ág ua nunca le v ar ia um car ang ue jo e mbo r a. Ele nadar ia par a se g ur ança. O ye k u inst ig o u o bar que ir o a de ix ar Ek a cair na ág ua. Edu n (macaco ) fo i aque le que m r e sg at o u Ek a.

63 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A de ro mo k un o Adv inho de I je sa. A de bor i o A dv inho de Eg ba. K ok o fako ko y er e - o-ba wo n-pin- er u -l’o g bo og ba- or un- niit ii-wa que é o no me dado a Èsù- Òdàr à. O ye k u e Ek a co nsult ar am I fá par a O wá, que ut ilizo u cin co búzio s par a co ns ult ar e m no me das mulhe r e s infe cun das na casa. De v ido a fr acas sar e m int er pr et ar cor r et ame nt e , O wa mat o u a ambo s na e ncr uzilhada. K ok o fako ko y er e de s ce u do C é u par a o lo cal do aco nt e cime nt o . e le pux o u uma fo lha e e sfr eg o u no s olho s e nas cabe ça s de le s. Ele cant o u: Er ir ug ale - g be nde , g be nde o. Gbe nde . Er ir ug ale -g be nde . Ele s de spe rt ar am. Ele o s e s co lt o u at é O wa. Ele pr e s cr ev e u sa cr ifí cio par a O wa e m 2 000. Ele s dis se r am, “o pro pó sit o de sua co nsult a a I fá fo i a infe r t ilidade das mulhe r e s e m s ua casa. Vo cê pr e fe r ir ia que e las fo sse m fé rt e is”. Fo i pe dido que e le sacr ifi casse se não quise sse mo rr e r naque le me smo dia. O wá fe z o sa cr ifí cio . Ele s div idir am o mate r ial do

110

sa cr ifí cio e der am a Èsù sua pró pr ia par t e . Èsù dis se que e le não sab ia que e r a pôr is so que o s babala wo e st iv e r am so fr e ndo . Ele to mo u sua po r ção , e e le disse que e le fi car ia par t icular me nt e no cé u ze lando po r e le s. Mas e le s de v er iam se par ar pr ime iro s ua pró pr ia por ção de t odas as co isa s sacr ifi cadas. Ès ù fo i bo m par a o s babala wo . De sde aque le dia, o s babalawo re so lve r am r e par t ir se u s pr iv ilég io s sa cr ificiai s co m Ès ù.

Or ác ulo 64

Ika yeku Es se O dù o fer e ce uma so lu ção par a e st e r ilidade mas culina e pe de mais po sit iv idade na nat ure za do clie nt e . O bse r v ação o cide nt al: U m r e lacio name nt o e st á acabando o u acabo u. Ele po de se r r e st abe le cido .

111

64 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A k usaba -I yanda, o A dv inho de O nime r i-apala, co nsult o u I fá par a Onime r i- apala quando e le e st av a e st é r il e to das me no s uma de s uas 1 440 mulhe r e s o hav ia abando nado .

F o i pe dido um sacr ifí cio de de ze s se is po mbo s, de ze sse i s car amu jo s,

de ze s se is g alinhas e fo lhas de I fá ( co m 12 000 búzio s pr e ço do sabão , vá e t ambé m co le t e as fo r mig as de A ladin e uma part e do for mig ue ir o ; pile junt o co m as fo lhas de olu se saj u, sawe r e pe pe e or iji; po nha sabão e m uma caba ça que te nha uma t ampa; mat e uma galinha e ve rt a se u sang ue nist o , par a t o mar banho ). I sso pe r mit ir á que t o das s uas mulhe r e s que o abando nar am re to r nar par a e le ,

co nt inue m fé rt e is e

dê e m a luz a cr ianças. Ele se g uiu a or ie nt ação e r e alizo u o sa cr ifí cio . O re mé dio de I fá cit ado acima fo i pr e par ado par a e le banhar - se . Num inst ante , a ún ica m ulhe r que pe r mane ce u co m e le e ngr av ido u e te v e um be bê . A que las que o hav iam de ix ado r et or nar am à ca sa de O nime r i quando o uv ir am as bo as nov as. Elas t ambé m e ngr av idar am e tiv er am filho s.

64 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A r isa-iná, Ak ot a-g ir i-e jo co nsult o u I fá par a a co br a e par a um animal da flor e st a e spe cial (aik a) quando as pe sso as o s r idicular izar am pe la falt a de cor ag e m de le s. fo s se m de safiado s par a um co mbat e , e le s fug iam par a ev it ar de sgr aça, in jur ias e mo rt e . Se fo s se m ame açado s pe la s pe sso as e pe la mo rt e , e le s se e nco lhe r iam. e ra as sim que e le s pr ot e g iam a si me smo co ntr a at aque s e mor t e . De v ido a e ssa co ndut a e le s e r am de spr e zado s pe las pe sso as. De po is de alg um t e mpo , e le s co me çar am a se nt ir -se insat is fe ito s e muit o infe lize s co m a sit uação . e le s co nv idar am o s A dv inho s par a co nsult ar o o rác ulo par a e le s. O s A dv inho s di sse r am que se e le s de se jasse m ser e m r e spe it ado s na vida. dev e r iam o fer e ce r sa cr ifí cio s e r e ce be r o r e mé dio de I fá. Ele s pe rg unt ar a, “qual é o sacr ifí cio ?”. O s A dv inho s disse r am que e le s dev e r iam o fer e ce r uma fle cha, u ma faca, uma pe dr a de raio , um galo , pime nt ada- co st a, 2 400 búzio s e r e mé dio de I fá (pulv er izar limalha de fer r o co m pime nt ada- co st a que se r ia to mado co m um ming au; a pe dr a de raio aque cida at é fi car v er me lha, dev e se r co lo cada no ming au, que de v e se r co ber t o co m ko ko – fo lhas de inhame na caba ça; o re mé dio dev e ser be bido pe lo clie nt e . Ape nas a co br a r e alizo u o sacr ifí cio , po r é m se m a fle cha. C e rt o dia te v e e la luto u co m alg umas pe sso as. U ma de las ag arr o u a co br a de mane ir a a de rr uba -la co mo de co st ume . Ès ù pe rg unt o u à co br a, “Po r que vo cê sa cr ifica a faca?”. Se alg ué m ia de rr u ba-lo o u to car sua calda,

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e le de v ia co nt inuar o at aque se u s assa lt ant e s co m a faca que e le sacr ifi co u. A co br a at aco u e nt ão . Q uando dua s das pe sso as caí r am ao so lo , o s de mais fug ir am. O animal da flor e st a (aik a), apó s pro lo ng ado so fr ime nto , fo i ao fim par a re alizar par te do sa cr ifí cio pr e scr it o . Ele o fer e ce u um ca co de lo u ça e o ut r as co isas. Se u cor po fo i co be r to co m e s camas dur as que to r nar am impo ssí v e l às pe sso as infr ing ir alg um puni me nto a e le . Não hav ia ne nhum per ig o par a aik a no passado .

Or ác ulo 65

Oyeku Batutu Es se

Odù

o fer e ce

fug a

de

ca st igo

po r

más

açõ e s

mas

in sist e

no

co mpo rt ame nt o mor al no fut ur o . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a pr o ble mas le g ais, po ssiv e lme nt e co m o go ve r no .

65 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

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Ò r únmì là me pe r do ar á. O C le me nt e per do ar á. Se a ág ua mat a uma pe sso a, e la se r á pe r do ada. Se um re i mat a uma pe s so a, e le se r á per do ado . Ò r únmì là! que po ssa e u se r per do ado ne st e ca so . Em t odo s o s ca so s, a ch uv a (e e ji) fo i pe r do ada pe la co munidade . Do is g alo s e 12 000 búzio s de v e m se r o fer e ci so e m sa cr ifí cio . R e mé dio de I fá: pilar fo lhas de t ude e mist ur ar co m iy e - ir o su de st e I fá. Po nha a mist ur a e m do is búzio s, e mbr ulhe co m fio de alg o dão e ut ilize co mo co lar de pro t e ção . 65 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O y in-wo ny inwo ny in, o Adv inho da casa de O lufo n, j unt o co m I bar aj uba. I bar aj uba co ns ulto u I fá par a A r ibijo , o jov e m pr ov e nie nt e de Ok e -A pa. Ele fo i aco nse lhado a nun ca faze r aco r do s se cr et o s co m re lação a dinhe ir o o u o ut ro s assu nto s par a se mpr e . C ada aco r do mo ne t ár io de v e ser fe it o abe rt ame nt e e e m púb lico . U m ca br it o , um r at o , um pe ix e dua s g alinhas, vinho , o bì e 6 000 búzio s de v e m se r sa cr ificado s.

Or ác ulo 66

Oturupon yeku Es se O dù fala que o clie nt e sacr ifico u aleg r ias e m s ua bu sca pô r dinhe iro . O bse r v ação o cide nt al: F ix ação po r ne gó cio s re sult am e m de sav e nça fami liar .

66 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O ke be e be e , o A dv inho do mu ndo , co nsult o u par a o jo g o ay o e par a as cr ianças. e le s fo r am aco n se lhado s a se mpr e jog a r e m o jog o ay o . Jo g ando co m as cr ian ças a pe sso a

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po de par t ilhar de s ua aleg r ia. F o i is so que fo i div inado po r I fá, a um ho me m rico que er a muit o infe liz. O sacr ifí cio : U ma ca baça de inhame pilado , um po t e de so pa, vár io s it e ns de co me r , 2 000 búz io s e se me nt e s de ay o e m sua s bande jas. C o nv ide v ar ias pe sso as par a uma fe st a par a jo g ar ayo co m vo cê e m sua casa par a banir a t r ist e za e e v it ar a mor t e .

Or ác ulo 67

Oyeku Batuye Es se Odù fala so br e r e mo ção de culpa e r e st aur ação da libe r dade de at iv idade s. O bse r v ação

o cide nt al:

Q ue st õ e s

le g ais

são

r e so lv idas

e

suce d idas

po r

div er t ime nt o so cial. 67 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O ro pot o co nsult o u I fá par a Sor ang un. e le fo i o rie nt ado a fazer sa cr ifí cio de mane ir a a se r ex o ner ado . O sacr ifí cio : do is galo s, r at o s ig bé g bé , 2 600 búzio s e re mé dio de I fá (e mbr ul he um r at o ig bég bé co m o it o fo lhas de g bé g bé e e nt er re na flor e st a).

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67 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) I y an-bi- at ung un, O be -bi- at un se , O ke le g bo ng bo -di-at unb u-baale co ns ulto u I fá par a O ni- alak an- e sur u, Q ue se r ia afor t unado e m Te r duas e spo sas um dia. fo i pe dido que e le sa cr ificas se dua s g alinhas e 16 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .

Or ác ulo 68

Òtúrá-àikú Es se Odù no s pr e v ine co nt r a a te nt ação de e ntr ar e m um re lacio name nt o de st r ut iv o . O bse r v ação o cide nt al: A par e nt e me nt e opor t unidade s at r at iv as dev e m se r e v it adas.

68 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) F or ilak u, o Adv inho de Òt ú, Ò t ú um bar que ir o . Fo i pr e dit o que uma mulhe r , junt o co m se us passag e iro s, vir ia a bor do . A mulhe r er a muit o bo nit a e e le quis de spo sala. Se e le fize s se uma pr o po st a a e le , e st a a ace it ar ia. A mu lhe r se chamav a Oy e . Ele de v er ia e x e cut ar sacr ifí cio t ão de pr e ssa quanto po ssí v e l par a impe dir Èsù de inst ig a- lo a falar à mulhe r que po de r ia ca usar a mor t e de le . O sacr ifí cio : De ndê à

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v o nt ade , 2 400 búzio s e r e mé dio de I fá (qui nar fo lhas de olu se saj u e e so na ág ua e mi st ur a- las co m sabão par a ban har -se ). Òt ú se r e cu so u a sacr ifi car . e le acre dit o u que se u s sacr ifí cio s pr év io s for am ace ito s. Ele não pô de faze r se m casar co m uma mul he r bo nit a.

Or ác ulo 69

Oyeku-Irete Est e o dù o fe r e ce uma so lu ção par a do e nça. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á o u ficar á do e nt e .

69 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A fin juy e le , O k unr un-k o jek e wa fuy i, e A wo wo nsan, o A dv inho da casa de K use r u, fo r am o s tr ê s A dv inho s que co ns ult ar am I fá par a K use r u. O s A dv inho s dis se r am que e m sua ca sa hav ia um jov e m que e st e v e fr aco . Ele fo i at acado po r uma do e nça que fe z suas mão s, pe r nas, o lho s e nar iz incha sse m. Fo i pe dido a K user u que o fe r e ce sse um sa cr ifí cio po r que I fá pr e disse que aque le r apaz ir ia se re st abe le ce r . O sacr ifí cio : quat ro po mbo s, 4 400 búzio s e r e mé dio de I fá (ág ua de chuv a e m casca de uma ár vo r e ay e , fo lha de

asunr un, u m po uco de sal e alg umas pime nt as

v er me lha s pe que nas; co zinhe e m uma pane la e use o re mé dio co mo banho e t ambé m par a be be r ).

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Or ác ulo 70

Irete’yeku Es se O dù pe de pôr ini ciação e r ig or o so co mpor t ame nto mo r al. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pro v av e lme nt e co mpo rt o u-se de mane ir a aut o me dit at iv a que ago r a ame aça de st r uir se u ne g ó cio .

70 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O rif usi, o pai de Elu, dis se que e le e st av a pr o cur ando um me io par a pr ev e nir que a mo rt e lev a sse e le , se us fil ho s e sua e spo sa de sur pr e sa, ao paço que e le s e st av am se t or nando fa mo so s e re no mado s. M ujimu wa o A dv inho de O pake r e , Bo nro ny in o A dv inho d o Est ado de I do , Og or o mbi, o A dv inho de do Est ado de Esa, Gbe miniy i o A dv inho de Ilu jumo k e , K uy inminu o A dv inho da palme ir a, co ns ult ar am I fá par a O rif usi e Per e g un, ambo s que r e ndo e s capar da mor t e . O s A dv inho s di sse r am: Se v o cê de se ja e s capar da mor t e de v e o fer e ce r sacr ifí cio e se iniciar . O sacr ifí cio co nsi st e de de z po mbo s, de z galinha s, 20 000 búzio s e aze it e -de -de ndê e m gr ande quant idade ao lado de Èsù.

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I fá ir á se mpr e lhe mo str ar co mo se co nduzir e a co ndut a que afast a a mor t e de vo cê . A lé m dis so , vo cê r e alizar á o sacr ifí cio , vo cê co me çar ia cult iv ando o hábito de s fazer o be m co mo nun ca t e nha fe it o ant e s. Se r ia inút il se apó s v o cê Te r re alizado o s sa cr ifí cio s re duzi sse sua be ne v o lê ncia; vo cê mor re r ia. Vo cê de v e pe g ar o s po mbo s e as galinha s, e so lt a-lo s e se ab st e nha do s mat a-lo s, ma s lhe s dê co mida se mpr e que e le s v olt ar e m à sua casa. C o me çando po r ho je , vo cê dev e se ab st er de mat ar qualq uer co isa, po is qualque r um que não de se ja ser le v ado pe la mor t e , não de v e le v ar a mo rt e a ning ué m, co m ex ce ção das co br as ve ne no sa s. Per e g un se g uiu a o rie nt ação e r ealizo u o sacr ifí cio . A cant ig a de I fá: M or te , não le v e minha ca sa à r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Doe n ça, não lev e minha ca sa à r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Eu so u bo m par a co m amigo s e inimigo s. Eu não pr at iq ue i o mal. Quando as pe sso as for am e nvo lv idas e m lit í g io e m Ak e , me apie de i e o s ajude i. Eu não pr at ique i o mal. Q uando as pe sso as for am e nvo lv idas e m lití g io e m Ok o , me apie de i e o s aj ude i. Eu não pr at ique i o mal. Lit ig io , não lev e minha casa à r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Eu e nco nt r e i duas pe sso as br ig ando ; me apie de i e o s ajude i. Eu não pr at ique i o mal. M isé r ia, não lev e minha casa à ruí na. Eu nun ca fui pr eg uiço so . Èsù -Ò dàr à não co me pime nt a. Ès ù- Òdàr à não co me adin. Eu de i aze it e - de -de ndê par a o mo le st ador da hu manidade . Eu não pr at ique i o mal. Pr e juí zo , não lev e min ha casa à r uí na. Eu nun ca fur t ar e i.

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Or ác ulo 71

Oyeku-Ise Es se O dù e x plica a ne ce ssid ade da mor t e co mo par t e da or de m nat ur al. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á r e lut ant e e m ace it ar o fi m de um r e lacio name nt o ou so cie da d e .

71 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) K ’ amat e t ek u, o A dv inho da casa da aleg r ia, A it et e k u-ise o A dv inho da casa da tr ist e za, Bi- ik u -ba- de -k a-y in-O luwa- log o , o A dv inho de Ig boy a e wa A lo g bo n-o n-mak u- ninu, M asimale ninme y e niy i, Adv inho de A finj u-mak u- mase - baje O y ek e se niy i, co ns ulto u I fá par a o s sá bio s que co nv idar am o s babala wo a co nside r ar e m so br e o s pr o ble ma s da M or t e per g unt ando : Por que a mo rt e de v e mat ar as pe s so as e ning ué m alg uma v e z a supe r o u? O s baba lawo disse r am: I fá indi co u que A muni way é cr io u a mor t e par a o be m da human idade . A ág ua que não fl ui se t r ansfo r ma e m açude — um aç ude co m ág ua po luí da; um açude co m ág ua que po de causar do e nças. A ág ua car r eg a as pe sso as fa cilme nt e e ág ua o s de vo lv e facilme nt e . Q ue o do e nt e r et or ne à ca sa par a cur a e re no v ação do co r po , e o mau par a r e no v ação do car át er . O lo uco se pr eo c upo u co m s ua famí lia. O s babalawo pe rg unt ar am: O que é de sag r adáv e l so br e ist o ? O s sá bio s se curv ar am par a I fá dize ndo : Òr únmì là! I bo r u, I bo ye , I bo sise .

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To do s e le s se dispe r sar am e nun ca mais co nside r ar am mais a mo rt e co mo um pro ble ma. Ò rì sà- nla é aque le chamado A muniway é .

Or ác ulo 72

Ose-Yeku Es se O dù o fer e ce pr o spe r idade e po pular idade . O bse r v ação o cide nt al: O dia- a-dia na v ida do clie nt e e st á fluindo . 72 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A jise g ir i, A nik anse ko s unwo n co n sult o u I fá par a O se , que pe diu par a e le sacr ificar de mane ir a a t or nar -se po pular e não po br e . Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car : U ma ca baça co m aze it e - de -de ndê , uma cabaça de banha de ò rí , 3 200 búz io s e r e mé dio de I fá (pilar a ca sca da raiz da árv or e ir oy in co m o int er ior do ar idan); mi st ur ar o co mpo st o co m sa bão -da-co st a; co lo que um ping o de de ndê e de ò rí na ba se do sabão na caba ça). O r e mé dio dev e se r ut ilizado par a banhar - se . Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

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Or ác ulo 73

Oyeku’fuu Es se Odù pr ev ine de uma e nfe r midade imine nt e e o fe re ce pro t e ção co nt r a e la. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a um o bst áculo ine spe r ado no dia- a-dia no s ne g ó cio s.

73 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A dur og ang an o Adv inho do bor dão , A y eg ir idanu o A dv inho da pr ate le ir a. A mbo s co nsult ar am I fá par a A bar ile - o sise -o sabo , que nunca ado e ce u. Ele fo i pr ev e nido so br e um do e nça que e st av a po r vir , uma doe n ça impr ev ist a que o de ix ar ia ale ijado . Ele pe rg unt o u, “Q ual é o sacr ifí cio ?” F o i dit o : um car amu jo , um pe ix e , aze it e -de -de ndê , 20 000 b úzio s e r e mé dio de I fá. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . A do e nça o cor r e u por é m não de mane ir a se v er a. Ele se re cupe r o u.

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Or ác ulo 74

Ofun’yeku Es se Odù asse g ur a lo ng e v idade , r e spe ito e bo ns r e lacio name nt o s co m o s sa cr ifí cio s e co mpo rt ame nt o s apro pr iado s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de ag uar dar um pe r ío do de calma e de r e alização .

74 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O A dv inho de A moo se mat e , A mul udun I simibak ale co ns ulto u I fá par a I simi bak ale , A nimasa wu, A fo joo j umo f unnini jije mi mu, O re o nile , O re - ale jo , Eniale jik an- ko -g bo dok i. Ele dis se : Se vo cê e st á co m fo me , v e nha e co ma; se vo cê e st á co m se de , ve nha e be ba. A pó s r e alizar o sacr ifí cio , e le fo i o rie nt ado par a que te nt asse ev it ar as pe sso as part indo par a a r o ça e viaja ndo r ar ame nt e . Ele de v e se r se m pre bo m co m o s po br e s. Ele o uv iu as palav r as e r e alizo u o sa cr ifí cio .

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Or ác ulo 75

Iwori wo’di Est e O dù de t er mina o co nce it o de r e nascime nt o e imor t alidade e m I fá. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa de filho s par a e nco ntr ar e quilí br io e spir it ual.

75 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Não e x ist e u ma só mulhe r gr áv ida que não que ir a dar a luz a um sa ce r do t e de I fá. Não e x ist e u ma só g ráv ida que não que ir a dar a luz a Òr únmì là. No s so pai, se e le de u- no s o nasci me nto , inev it av e lme nte ao se u t e mpo nó s e m t ro ca dar e mo s nas cime nt o a e le . No ssa mãe , se e la de u- no s o nasci me nto , inev it av e lme nte ao se u t e mpo nó s e m t ro ca dar e mo s nasci me nto a e la. O o ráculo de I fá fo i co nsult ado par a Ò r únmì là, que afir mo u que e le dev e r ia t r aze r o s cé u s par a a t er r a, que e le de v er ia le v ar a t er r a de vo lt a ao s cé us. A fi m de cu mpr ir co m s ua mis são , fo i pe dido a e le que ofe r e ce sse t udo e m par e s, um macho e u ma fê me a — u m car ne iro e uma ov e lha, um ca br it o e uma cabr it a, um g alo e uma galinha e assim por diant e . Ò r únmì là se g uiu a or ie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . A ssim a te rr a to r no u- se fér t il se mult ipli co u g rande me nt e .

Or ác ulo 76

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Idi’wori Es se O dù fala da ne ce ssi dade de de se nv o lv e r no s so int e le cto e pr ev ine co ntr a as so ciaçõ e s co m malfe it or e s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á ig no r ando o s r iv ais po t e nciais e m ne g ó cio s o u e m uma re lação .

76 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ì dí awo e jur i, Ì dí awo e jumo , O k unk un de ’ nimo le -bi- or u, o A dv inho da ca sa de Edu. I fá e st á faze ndo alg o alé m do int e le ct o humano ? É ne ce ssár io re alizar sacr ifí cio de mane ir a a não se r r e leg ado a uma po si ção de me nor impo rt ância. sa cr ifí cio : quatr o po mbo s, 8 000 búzio s e re mé dio de I fá (fo lha s de o mo e awun pilada s ju nt as; mist ur ar co m sabão ) Ele o uv iu as palav r as e r e alizo u o sa cr ifí cio .

76 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Se nó s te mo s sabe dor ia e fal hamo s e m apli ca-la, no s t or namo s ig nor ant e s. Se nó s te mo s po de r e falhamo s e m aplica- lo , no s t or namo s indo le nt e s. I fá fo i co ns ult ado par a as pe sso as do su bmundo que não e st ão asso ciando co m o s ho me ns sá bio s e t rabalhado r e s. I fá adv er t e , vo cê não e st á se r e lacio nando co m pe sso as de bo m car áte r . .I st o fr e qüe nt e me nt e t rás má sor t e par a a pe s so a. O sacr ifí cio : dua s g alinhas e 4 400 búzio s. Or ác ulo 77

Iwori’rosu

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Es se O dù fala da ne ce ssi dade de paciê n cia par a o bt e r so luçõ e s e alca nçar o bje t ivo s. O bse r v ação o cide nt al: Ge r alme nt e o clie nt e e st á "e ncalhado ", incapaz de se g uir e m fr e nt e na vida. 77 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Bi o ju mo -banmo - ak o niiy’ o g ber ibi -o jo -ano co nsult o u I fá par a Ko mo , que e st av a pe nsando e m co mo faze r alg o o nt e m. Ele me dit o u e dor miu. No dia se g uint e e le ainda não sabia o que faze r . Par a r e so lv e r o pro ble ma, vo cê de v e po nde r ar dia-a-dia, se po ssí v e l, mê s- a-mê s, at é que finalme nt e saiba o que faze r . O sacr ifí cio : quat ro g alo s, 8 000 búzio s e re mé dio de I fá (co lo que quat ro car amu jo s e m ág ua fr ia par a be be r ). Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio . e le as se g ur o u que suas idé ias se mpr e v ir iam à sua cabe ça).

77 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I fá pr ev iu que e la se t or nar ia mãe . Eu co mpr ar ia um po u co de sândalo (o sù 2 ) par a e sfr eg ar e m me u be bê . U ma mãe não pô de ajudar co mpr ando sândalo por t er c uidado co m o cor po de se u be bê ? I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là, que disse que sua e spo sa e ngr av idar ia e t er ia um be bê . O sacr ifí cio : dua s g alinhas, o sù e 4 400 búzio s. Dê a ar vo r e o sù par a mante r a e spe r ança que e la a usar á par a pas sar no be bê . Or ác ulo 78

Irosu wori Es se O dù fala so br e não e x ist ir pr azer , paz o u g anho ge nuí no pro v e nie nt e de más

açõ e s.

Di ficu ldade s

e

m udança s

são

part e

do

cr e scime nt o

e

co nhe c ime nt o . 2

osù, osùn: pó extraído da Baphia nitida, papilionácea, ou Pterocarpus osun, papilionácea.

126

O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa co nce nt r ar - se no s o bje t ivo s e de se jo s de lo ngo pr azo do que nas sat isfa çõ e s de cur t o pr azo . 78 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) F açamo s as co isas co m ale gr ia. A quilo que de se ja que se vá, ir á. A quilo que de se ja que re to r ne , re to r nar á. De finit iv ame nte o s se r e s humano s te m e s co lhido tr azer bo a so rt e ao mundo . O nisciê n cia o A dv inho de Ò rúnmì là, co ns ulto u I fá par a Òr únmì là, que dis se que o s se re s hu mano s vir iam e far iam uma per g unt a a e le . Ele fo i aco nse l hado a o fer e ce r um sa cr ifí cio de pe ix e s e de 2 000 gr ão s de far inha de milho (ag idi). Òr únmì là se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . C e rt o dia to do t ipo de pe sso as, incl uindo ladr õ e s e o ut r o malfe it or e s, se r e unir am e fo r am t er co m Òr únmì là par a re cla mar e m que e le s e st av am “can sado s de dar e m ca be çadas pe la te rr a; Ò r únmì là! Pe r mit a-no s r e fug iar mo s no s C é us”. Ò r únmì là di sse que não po dia e v it ar que de sse m cabe çada s pe la t er r a at é que e le s co nqui st asse m a bo a po sição que Odud ua or de no u par a cada indiv í duo ; só e nt ão po der iam e le s r e sidir e m no s cé u s. Ele s per g unt ar am, “o que é bo a po si ção ?”. Ò r únmì là pe diu a e le s que co nfe ssa sse m s ua ig nor ê nc ia. Ele s disse r am, “nó s so mo s ig nor ant e s e g o st ar í amo s de o bt e r co nhe cime nt o de O lo dun mar e ”. Ò r únmì là disse : A bo a po si ção é o mun do . U m mundo no qual hav er á co nhe c ime nt o co mple t o de to das as co isas, ale gr ia e m to do s lug ar e s, vida se m ansie dade o u me do de inimig o s, at aque de se r pe nt e s o u o utr o s animai s pe r ig o so s. Se m me do da mor t e , do e nça, lit í g io , pe r das, br ux o s, br ux as o u Esu, per ig o de acide nt e s co m ág ua o u fo go , se m o me do da mi sé r ia o u po br e za, de v ido ao se u po de r inte r no , bo m car át e r e sabe do r ia. Q uando vo cê se abst é m de r o ubar po r causa do so fr ime nt o pe lo qual o do no pas sa e a de so nr a co m e st e co mpor t ame nto é t rat ado na pr e se n ça de O dudua e o utr o s e spír it o s bo ns no cé u que são se mpr e amig áv e is e fr e qüe nt e me nt e no s de se jam o be m. Est as for ça s po de m r et or nar

so br e vo cê s e pe r mit ir co m que

r et or ne m à e scur idão do mundo . Te nham e m me nt e que vo cê s não r e ce be m ne nhum fav or e t udo que é ro ubado se r á r ee m bo lsado . To do s at o s malig no s t e m sua s r e per cu sõ e s. I ndiv idual me nt e o que se r á ne ce ssár io par a alca nçar a bo a po sição é : sa be dor ia que po de g ov er nar ade quadame nt e o mundo co mo um to do ; sa cr ifique o u c ult iv e o hábit o de fazer co isa s bo as par a o s po br e s o u par a àque le s que ne ce ssit am de sua ajuda; um de se jo de alme nt ar a pro spe r idade do mun do maio r do que de st r ui- lo .

127

A s pe s so as co nt inuar ão a ir ao s cé u s e v ir par a a te rr a apó s a mo rt e at é que t odo s alcan ce m a bo a po si ção . Há uma g rande quant idade de co isas bo as no par aiso que ainda não e st ão dis po nív e is na te rr a e se r ão o bt ida s ao dev ido c ur so . Q uando t o do s o s filho s de O dudua e st iv er e m r e unido s, aque le s se le c io nado s par a t r ansfe r ir as bo as co isas par a o mundo se r ão chamado s de è niy àn o u se r e s hu mano s.

78 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) U ma v ida de do çur a se m amar g ur a é massant e . Q ualque r um que não te nha e spe r ime nt ado pr iv ação nun ca apr e ciar á a pr o spe r idade . Est as for am as palavr as de I fá ao s faze nde ir o s, que disse r am que se to das as e st açõ e s fo sse e st açõ e s de c huv a, o m undo se r ia ag r adáv e l. Dis se r am e le s que o fe r e cer iam ascr ifí cio e clamar iam a Bar a A g bo nnire g um po r auxí lio . Ò r únmì là disse que e le s de v er iam re alizar sacr ifí cio de av ido à lo u cur a de le s e que o mu ndo pe r mane ce r ia inalt e r ado co mo o r de nado po r O ò dua: a e st ação c huvo sa e a e st ação se ca. O sacr ifí cio : quat ro ca br as, 8 000 búzio s e assim por diant e . Ele s se re cu sar am a sa cr ificar . Ò r únmì là fe z co m que chov e s se pe sado dur ant e o ano int e r io se m ne nhu ma luz do so l. A s pe sso as adoe ce r am e v ár ias mo rr e r am aque le ano ; as co lhe it as não v ing ar am. Ele fo r am de v olt a a Òr únmì là par a se de s culpar e m e r e alizar o sa cr ifí cio . Òr únmì là disse que o mat e r ial de sacr ifí cio fo r am do br ado s. O sacr ifí cio t or no u-se oit o cabr as e 16 000 búzio s.

Or ác ulo 79

Iwori’wonrin Es se Odù fala de pr ot e ção co nt r a de sa str e s nat ur ais e r e cupe r ação de qualq uer co isa que se te nha pe r dido . O bse r v ação o cide nt al: U m v e lho re lacio name nt o po de ser r e ace ndido .

128

79 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O lug be mir o , o A dv inho de O k e -I lè , Emi bajo , o Adv inho de O ju- omi. I fá v oi co n sult ado par a Jo wo ro , que e st a indo e m uma v iag e m. Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car camar õ e s, uma ov e lha e 4 000 búzio s. Ele o uv iu as palav r as e r e alizo u o sa cr ifí cio . O s A dv inho s dis ser am que Jo wor o nun ca se r ia mor to pe la ág ua; e le se m pre nadar á e se mpr e fl ut uar á.

79 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) I wor i’ wo nr in fo i o I fá div inado par a o po vo de O t u-I fè quando pr o cur av am po r ce rt a pe s so a. Ele s e st av am se g ur o s de si que e le s so rr ir iam no final, po is a pe s so a se r ia e nco ntr ada. O sacr ifí cio : quat ro po mbo s e 8 000 búzio s. Ele s re alizar am o sacr ifí cio .

Or ác ulo 80

Owonrin’wori Es se Odù fala de tr abalho ár duo co mo o re mé dio que c ur a a po br e za. Ele t ambé m o fe r e ce r e mé dio s par a e nfer midade s e mo cio nais. O bse r v ação o cide nt al: F re que nt e me nt e o clie nt e é pr e g uiço so co mo r e sult ado da inqu ie t ação e spir it ual.

129

80 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I nhame s er am car o s, de ndê er a car o , milho e o ut r as co midas er am car o s. F o i re alizado um jo g o div inat ór io par a I wo r i, F o i obse r v ado que to do s o s it e ns e r am caro s. Lhe fo i r e co me ndado que o fe re ce sse sacr ifí c io de for ma que o s it e ns se to rnas se m ace ssí v e is. O sacr ifí cio : 2 000 e nx adas, 2 000 fo ice s, r at o s, pe ix e s e 12 000 b úzio s. Ele r e alizo u o sa cr ifí cio . O babala wo disse que to do s o s ho me ns dev er iam peg ar sua s e nx adas e fo ice s e ir t rabalhar na ro ça de fo r ma que o s it e ns se to rnas se m ace ssí v e is. A pe nas tr abalho ár duo po de mo der ar a indig ê ncia.

80 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) We r e -nse - e ley ak a’ de -wo nnr er in co ns ulto u I fá par a O juo g be bik an, que fo i or ie nt ado a sacr ifi car par a pr ot e g er sua e spo sa co ntr a lo uc ur a o u se e la já fo s se lo uca, r e cupe r ar sua sani dade . O sacr ifí cio : quat ro car amu jo s, 8 000 b úzio s e r e mé dio de I fá.

Or ác ulo 81

Iwori’bara Es se O dù insi st e na bo a co ndut a e o fer e ce so luçõ e s par a a e duca ção de cr iança s co nfiáv e is. O bse r v ação o cide nt al: O fo co do clie nt e dev e r ia se r que stõ e s pr át icas.

81 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I wor ibar abar a, I wor ibar abar a.

130

co ns ulto u I fá par a o s ladr õ e s e par a o s me nt ir o so s. e le s for am aco nse l hasdo s a re alize r sacr ifí cio e abr ir mão de mal co mpor t ame nto de mane ir a a e v it ar te rr ív e is pr o ble mas. O sacr ifí cio : u ma por ção de o bì , de ndê , 44 000 búzio s, po m bo s, e assi m por diant e . O s o bì e o s búzio s dev e r iam se r do ado s. Ele s se r e cusar am a r e alizar o sacr ifí cio .

81 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) I ná-k uf’ e e r ub’ o jú, Og be de k uf’ o mo r er o ’ po co ns ulto u I fá par a A bo wo aba, o filho de A fe so say e . F o i pr e dito que e le viv er ia por muit o t e mpo e se r ia capaz de co nt ar hist ór ias so br e sua famí lia. M as de mane ir a a t er filho s re spo nsáv e is. de v er ia sacr ifi car se is po mbo s, 12 000 búz io s e re mé dio de I fá. Ele o uv iu as po alavr as e re alizo u o sacr ifí cio .

Or ác ulo 82

Obara’wori Es se O dù e st abe le ce o co nce it o de dinhe ir o co mo se ndo impor t ant e , mas nun ca tão impor t ant e quanto a sa be dor ia, co nhe cime nt o , saúde e bo m car át er . O bse r v ação

o cide nt al:

O

clie nt e

ne ce ssit a

pôr

mai s

ê nfase

no

de se nv o lv ime nt o e spir it ual e e quilí br io e mo cio nal.

82 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O ro bant a-aw uwo bi- o wu co nsult o u I fá par a o mu ndo no dia e m que as pe sso as do mu ndo de clar ar am que o dinhe ir o é a co isa mai s impor t ant e no mundo . e le ir iam

131

de si st ir de t udo e co nt inuar iam co rr e ndo at r ás do dinhe ir o . Òr únmì là dis se : Sua s idé ias ace r ca do dinhe ir o e st ão co rr e t as e não e st ão . I fá é o que nó s dev e mo s ho nr ar . Nó s de v er í amo s co nt inuar a adro r a a ambo s. Din he iro e x aut a uma pe s so a; dinhe ir o po de cor ro mpe r o car at er da pe s so a. Se alg ué m muit o apr e ço pe lo dinhe ir o , se u car at er se r á co nrr o mpido . Bo m car áte r é a e s sê cia da be le za. Te m dinhe ir o não quer dize r que a pe s so a e st á ise nt a de ficar ce g a, lo uca, ale ijada o u do e nt e . Vo cê s po de m ser infe ct ado s por e nfer midade s. Vo cê s dev e r iam ir e aume nt ar vo ssa sabe do r ia, r e ajust ar vo sso s pe nsame nt o s. C ult iv ar o bo m car at er , adquir ir sa be dor ia, re alizr sa cr ifí cio de mane ir a que v o cê s po ssa m e st ar tr anquilo s. Ele pe rg unt ar am, “qual é o sa cr ifí cio ?”. O sacr ifí cio in clue r at o s, pe ix e s, ca br it o s, uma caba ça de far inha de milho (e wo ; cor nme al), uma cabaça de ek ur u e 20 000 búz io s. e le s se re cu sar am a sacr ifi car . Ele s ins ult ar am e ricu lar izar am o s ba balawo e o utr o s pr at icant e s da me dicina t radicio nal. A pó s alg un s mo me nt o se le s co me çar am a pas sar mal. Ele s e st av am do e nte s e tr ist e s e não t iv e r am ning ué m par a cuidar de le s. Ele s fo r am mo rr e ndo a cada dia. Ele s se de fr o nt ar am co m pr o ble mas fí si co s e não pude r am pe dir aux í lio ao s babalawo e par a o s o ut ro s. Q uando não pude r am ma si s upor t ar a afli ção , fo r am se de s culpar co m o s babala wo . De sde aque le dia, o s baba lawo t e m sido se mpr e t rat ado s co m ho nr a no mun do .

Or ác ulo 83

Iwori-Okanran Es se O dù e st abe le ce a ne ce ssi dade de pr iv acidade e nt r e o ba balawo e o clie nt e . I sso ê nfat isa a impo rt ância de plane jame nt o pré v io . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e muit as ve ze s não é sin ce ro co m o babala wo . 83 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A r imasako k a-I wo g be o A dv inho de Òr únmì là, co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là. Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car par a e v it ar se me t er e m pr o ble mas co m as pe sso as que ve m a e le se co n sult ar . Co nv er sa de scuidada nor malme nt e mat a uma pe sso a ig nor ant e . Não há nada que um babala wo não po s sa v er .

132

Não há nada que um babala wo não po s sa sabe r . U m baba lawo não po de se r t ag ar e la. O sacr ifí cio : quat ro car amu jo s, uma cabr a e 3 200 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

83 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O be le wo be le wo , se uma ca br a do r misse e la ex aminar ia o so lo , co ns ulto u I fá par a M ak anju- huwa Ir in-g be r e -o la. F o i pr e dito que o que e le e st av a plane jando ini ciar não cr iar ia dific uldade par a e le se e le ex e cut as se sacr ifí c io . O sacr ifí cio : u ma cabr a, uma galinha, 8 000 búzio s e re mé dio de I fá (co lo que quat ro car amu jo s e m ág ua limpa par a o clie nt e be be r e dig a a e le que se us pe nsame nt o s se mpr e v ir ão à cabe ça). Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .

Or ác ulo 84

Okanran-Iwori Es se O dù av isa o clie nt e par a div idir se us pro ble ma s co m o s o utr o s. Tam bé m fala de um v isit ant e imine nt e . O bse r v ação

o cide nt al:

M e do s

e

uma

incapa cidade

de

div idi- lo s

e st ão

blo que ando o camin ho do clie nt e .

84 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Bi a dak e t ’ar a e ni a bani dak e . Bi a k o wi t ’e nu e ni f’ Ay e g bo a kiin’ ag bor and un co ns ulto u I fá par a o lag ar to e par a to do s o s de mais ré pt e is. Ele [o lag ar t o ] que não e x pr e s sar ia se u s pr o ble mas a ning ué m. Ele bat e u co m a ca be ça co ntr a a palme ir a e co nt r a a par e de . F oi dit o e nt ão que ning ué m simpat izar ia co m e le . O sacr ifí cio : u m cabr it o , um g alo , um po mbo e 8 000 búzio s. Ele se re cu so u a sa cr ificar .

133

84 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A y unbo li- o wo -ny un -e nu co n sult o u I fá Mo y e bo . M oy e bo fo i e m uma viag e m e não co nse g uiu v o lt ar a te mpo . S ua mãe e st av a e spe r ando po r e le . Se u pai e st av a e spe r ando po r e le . F o i dit o que M oy e bo re to r nar ia se e le s fize s se m sacr ifí cio : uma galinha, um po mbo , uma lago st a e 12 000 búzio s. Ele s o uv ir am as palav r as e re alizar am o sacr ifí cio .

Or ác ulo 85

Iwori-Eguntan Es se O dù fala so br e ação ade quada co mo se ndo impor t ante par a uma muda nça po sit iv a na so rt e . O bse r v ação o cide nt al: A incapa cibil idade do cle nt e e m "pux ar o g at ilho " e st á ca usando pe r da da dir e ção . 85 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O g un t án, ot è tán, Eni-nbam iija- o -siwo - ija co ns ulto u I fá par a O lúlat e ja A bat ase k er e k er e g b’o k o . F o i pr e v isto que o de safo rt una do se to r nar ia afo rt unado . O sacr ifí cio : u m po mbo , um pe daço de te cido br anco e 80 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio . 85 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I wo wo t ir iwo co ns ulto u I fá par a O lo ba, cu jo dia de anive r sár io fo i a cinco dias.

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Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car de z rato s, de z pe ix e s e 2 000 búzio s de mane ir a a t er t e mpo par a ce le br ar se u fe st iv al. Olo ba se r e cu so u a sacr ifi car . Ele de cidiu ir r apidame nt e à flor e st a e mat ar o s rato s re que r ido s. Q uando Olo ba ade nt ro u à flor e st a, Èsù o bstr ui u sua v isão e e le não pô de e nco nt r ar o caminho

de re to r no par a casa. No dia ant e r io r ao fe st iv al, se us filho s v ier am

r e alizar o sacr ifí cio . na manhã do dia do fe st iv al, e le s se r e unir am e mar char am par a par a a flor e st a I male O lo ba cant ando : I wo wot ir iwo o , ho je é o aniv er sár io de O lo ba. A cidade inte ir a ouv iu a cant ig a e ju nt ar am- se à pro ci ssão e m dir e ção à flo r e st a. F oi quando Èsù re mo v e u a e sc ur idão do s o lho s de O lo ba. Ele e nt ão po de se g uir o so m da cant ig a at é che g ar na flo r e st a Imale .

Or ác ulo 86

Ògúndá’wòrì Es se O dù fala de e nfer midade s e mo cio nais e me nt ais cau sadas po r e spí r it o s malig no s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de limpe za e spir it ual.

86 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O lo uco e st á se g ur ando uma faca, uma fo ice , pr ag ue jando e pe r se g uindo as pe s so as. Nó s não g o st amo s da lo u cur a. Òg ún e st á lo uco . O que po de mo s nó s faze r por Ò g ún? Vamo s à casa de Òr únmì là e pe rg unt ar . Q uando che g amo s `a casa de Òr únmì là, Ò r únmì là co nsult o u o Or áculo de I fá e dis se Ò g úndá Wòr ì . Ò r únmì là disse : Òg úndá Wò rì ! e st a é uma vibr ação ne g at iv a. U ma vibr ação ne g at iv a nunca po de t er a cha nce ar r ancar a fr ut a de Ir ók ò . O mu ndo é re ple to de v ibr açõ e s ne g at iv as, um t ipo de v ibr ação neg at iv a. Nada é me lhor do que se r mais fo rt e que t o da vibr ação ne g at iv a. De v e mo s nó s se r t ão fo rt e s quant o Ò g ún e tão sá bio s quant o I fá.

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I fá diz: Tr ag a o lo uco par a se r tr at ado , po is se r á cur ado . O sacr ifí cio : u m car amujo , uma cabr a, 80 000 b úzio s e fo lhas de I fá.

Or ác ulo 87

Iwori-Osa Es se O dù fala da ne ce ssi dade de se t er r e spo nsabil idade pe las no s sas at iv idade s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m o co nhe cime nt o o u habilidade de r e so lv e r se u pr o ble ma mas se r e cusa a ve r o u a ut ilizar is so .

87 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Eni a Sa, O la a Sa co ns ulto u I fá par a a t ar t ar ug a (o bah un ijapa ) que fug iu par a a flor e st a de v ido à s ua má co nd ut a. F o i de cidido que quando a t ar t ar ug a fo s se capt ur ada se r ia e la pr e sa le v ada de vo lt a par a casa. Ela fo i aco n se lhada a sa cr ificar de mane ir a que se r pr e sa e le v ada de vo lt a par a ca sa. O sacr ifí cio : u m po mbo , 3 200 búzio s e fo lha s de I fá. Ela o uv iu as palav r as por é m não fe z o sa cr ifí cio . 87 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A t ik ar e se t e o adv inho do C é u,

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co ns ulto u I fá par a O lo dunmar e e par a o mundo quando as pe sso as cor r er am at é O lo dunmar e pe dir co nse lho so br e v ár io s pro ble ma s, cho r ando , “Papai, Papai, e u v im. Salv e -me po r favo r ”. Ele dis se , “qual o pro ble ma?” “A que le s que Eu de i po de r não u sam o po der . A que le s que Eu de i sa be dor ia não u sam s ua sabe do r ia int er na que Eu lhe de i”. O sacr ifí cio : Te cido pr e to , o ve lha pr e t a, 20 000 búzio s e fo lha s de I fá. Ele o uv iu e fe z o sacr ifí cio . F o i assum ido que se uma cr iança não v ê se u pai, e la se de fe nde r á po r si só .

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Or ác ulo 88

Osa’wòrì Es se O dù fala de bo a so r te e x ce pcio nal. E també m e x plica a po sição sag r ada do Ig ún e m I fá. O se rv ação o cide nt al: O clie nt e ir á e nco ntr ar s uce s so mat e r ial atr av é s de ação e spir it ual.

88 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Te mig b usi, o A dv inho de A je t unmo bi, pr e dice bo a sor t e vinda do mar o u lago a par a A je t unmo bi. Dinhe ir o , vir ia par a s ua casa. So rr indo , e le o lho u par a o babala wo e disse , “Vo cê não sabe que é po r isso que t e nho me e sfo r çado ?. F oi pe dido que e le sa cr ifí cio par a obt er a co mple t a fe li cidade : uma ov e lha, po mbo s, bana na madur a e 4 400 búzio s. Ele se g uiu a or ie nt ação e fe z o sa cr ifí cio . Lhe fo i dado alg u mas das banana s que e le o fe re ce u e fo i pe dido que e le as co me ce . F oi- lhe re co me ndado a co me r banana s fr e que nt e me nt e .

88 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O sa wo o , I wor i wo o co nsult o u I fá par a o ab utr e . O mundo int e ir o ve io e spe r ando par a co me r Ig ún. O ho me m sábio fo i e nv iado ao C é u par a que st io nar , Ig ún fo i aco nse l hado a sacr ificar um paco t e de o bì uma ov e lha e 86 000 búzio s par a e v it ar que se u s inimigo s o co me sse tal qual o s o utr o s pássar o s. Ele se g ui u a o rie nt ação e r e alizo u o sa cr ifí cio . Q uando O mo che go u ao C é u, e le e ntr e g o u a O lo dumar e as me n sag e m sas pe sso as. O lo dunmar e disse que não e st av a ápt o a re spo nde r po r e st ar muit o o cupado e que ne ce ssit av a de alg u m obì par a te r minar s ua tar e fa. Ele e nt ã

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o rde no u a O mo que fo sse pr o cur ar po r o bì . Quando che g o u à e ncr uzilha da e ntr e o s C é us e a Te rr a, ao lado de Èsù e le e nco nt ro alg uns o bì que Ig ún hav ia o fe r e cido e m sa cr ifí cio . Ele lev o u o s o bì par a Olo dunmar e . Apó s alg uns inst ant e s, o pró pr io Ig ún fo i at é o par aiso v isit ar O lo du nmar e , que o re ce pcio no u co m alg un s do s o bì que O mo tinha tr azido . Ig ún e x amino u o o bì e dis se que e st e se par e cia co m o que e le hav ia o fer e cido no o utr o dia. Ent ão e le narr ao u a O lo dunmar e a se g uint e hist ór ia: Ele fo i ao ba balawo par a uma co nsult a quando o uv iu que as pe sso as e st av am dis cut indo se I g ún de v er ia se r mor t o e co mido co mo o s de mai s pássar o s. Ele disse , “De v ido à co ntr ov e r cia que se se g uiu, as pe sso as for am fo r çadas a e nv iar O mo ao C é u per g unt ar a vo cê se I g ún dev e r iaco mido o u mant ido int acto . A pó s e u re alizar o sa cr ifí cio , Ès ù me int r uiu a v ir ao par aiso v isit a-lo .”. O lo dumar e pe diu que I g ún r et or nas se à Te rr a. Ele disse , “Se as pe sso as fr acas sar am e m v er Omo , não são capaze r de mat ar vo cê . Se u sacr ifí cio fo i ace it o . O mo e ntr e g o u a me nsag e m de le s mas não hav e r á ne nh uma re spo st a. O mo per mane ce r á no C é u. Vo cê po de re to r nar à Te rr a”. Enq uanto as pe sso as e sper av am e m v ão pe lo r et or no de O mo , Ès ù o rg ulho same nt e fo i anu nciando que “ning ué m co mer ia Ig ún na Ter r a”. Ès ù aux ilia t o do aque le que o fer e ce sa cr ifí cio . F o i por isso que Ès ù fo i atr ás de Ig ún pro t e ge ndo - lhe . De sde aque le dia, o seg ui nt e pr ov é r bio te m sido usado : Se nó s não v e mo s O lumo , nó s não co me mo s I g ún; Ig ún e st á na te rr a, O lumo no C é u.

139

Or ác ulo 89

Iworioka Es se O dù adv er t e co nt r a ro ubo e v io lê ncia. O bse r v ação o cide nt al: O fo co do clie nt e é mo net ár io e m um mo me nto e m que no vo s re lacio name nt o s o u ní ve is de um re lacio name nt o cor r e nt e o fe r e ce m g rande opor t unidade .

89 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A nik anja- ole - e jo , A jumo ja- ole - e jo , I jo t iabam’ o le O le -a’ -k a´r awo n co nsult o u I fá par a K usik a e se u bando , que tinhao o hábito de f urt ar à no it e so b o mant o da e scur idão . Ele s for am adv er t ido s que e m br e v e se r iam pre so s. Se e le s não de se jas se m ser e m pr e so s, t er iam que sacr ifi car to do s o s be ns furt ado s que tinha m e m sua s ca sas, uma gr ande cabr a e 8 000 búz io s. Se e le s r ealiza sse o sacr ifí cio , ser iam or ie nt ado s a de po sit ar to do s o s be ns fur t ado s na e ncr uzil hada à me ia no it e . De v e r iam e le s abr ir mão de pr at icar at o s maldo so s.

Or ác ulo 90

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Ika’wori Es se O dù adv er t e so br e as re pe r cus sõ e s de ato s malé vo lo s. Tam bé m fala so br e pro t e ção do s e nt e s famí liar e s co ntr a a dis simina ção de e nfe r midade . O bse r v ação o cide nt al: O caminho mundano do clie nt e e st á blo que ado po r có le r a.

90 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Se r ar e -Se r ar e . A que le que jog a fo r a as cinza s é per se g uido pe las cinza s. Se r ar e -Se r ar e . U m malfe it o r ar r uina a si me smo pe la me t ade do s se u s cr ime s. I fá fo i co ns ult ado par a I núko g un, que pr ane jav a pr at icar o mal. Ele fo i adv er t ido de que sua s más açõ e s plane jada s t rar iam r e per cu sõ e s dano sas a e le . Ele fo i o r ie nt ado a o fer e ce r sacr ifí cio e abr ir mão de se u fe it o malig no . O sacr ifí cio : do is po mbo s, 4 000 búzio s e fo lha s de I fá.

90 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O kak ar ak a-af’ o wo -t i-ik ú co ns ulto u I fá par a Ì k à e le e st av a pr o cur ando por uma pe sso a de ficie nt e e m sua ca sa. A pe sso a de fi cie nt e ce rt ame nt e ir ia mor r er . Ele fo i o r ie nt ado a o fer e ce r sacr ifí cio par a e v it ar que o ut r as pe s so as e m s ua ca sa fo sse m infe ct ado s pe la do e nça: uma ca br a, uma g alinha, um po uco de be bida e fo lha s de I fá (t r it ur ar fo lha s de ce bo la e mi st ur ar co m de nde ; ut ilizar o cr e me re sult ant e par a e sfr eg ar pe lo co r po ).

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Or ác ulo 91

Ìwòrì’túrúpòn Es se O dù fala so br e g rav ide z be m s uce dida e da tr ansfo r mação de sit uaçõ e s no civ as e m suce sso atr av é s de sacr ifí c io .

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O bse r v ação o cide nt al: O "nascime nto " e spir it ual o u e mo cio nal ir á t r aze r fi m a me do s mundano s.

91 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ì wòr ì [fo i] o mar ido de Òt úr úpò n, que t ev e um be bê que mo rr e u. I fá disse que e st a mul he r e ng r av idar ia nov ame nt e e que car r eg ar ia o be bê e m sua s co st as. Ì wò rì fo i o rie nt ado a o fer e ce r sacr ifí cio par a e v it ar que se u filho mor r e sse pr e mat ur ame nt e : uma galinha, uma cabr a, pe ix e aro , 80 000 b úzio s e fo lhas de I fá (tr it ur ar de z fo lhas de e la co m um po uco de se me nt e s iy e r é ; co zinhe e m uma so pa junt o co m o pe ix e ; a so pa dev e se r co ns umida ao alvo r e cer daí a gr av idê s v ir á e m cinco me se s ). e le v o uv iu as palavr as e re alizo u o sacr ifí cio . F oi o bse r v ado que e la jamais de ix ar ia cair s uas fo lha s, quando a o utr as [plant as] sim.

91 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ek it ibababa co nsult o u I fá par a Òr únmì là quan do e le e st av a e co no mizando dinhe iro par a co mpr ar um e s cr av o . Ele fo i o rie nt ado a sacr ificar uma cabr a e 3 200 búzio s. Ele se re cu so u a sa cr ificar . Òr únmì là co mpr o u o e scr avo se m re alizar o sacr ifí cio pr e scr ito . O e scr avo er a uma mulhe r . Ela mo rr e u tr ê s dias apó s a aquisi ção . A s pe s so as da ca sa de Ò rúnmì là co me çar am a cho r ar . Ès ù v e io at é a casa e o uv iu a lame nt ação . Ele pe rg unt o u, “po r que vo cê s e st ão cho r ando de st a mane ir a?”. Ò r únmì là disse , “a e scr av a que co mpr e i tr ê s dias at r ás acabo u de mor r er ”. Ès ù dis se , “me u se nhor , v o cê co nsult o u o Or áculo de I fá ant e s de co mpr ar ?.

Ò r únmì là re spo nde u que e le co ns ulto u I fá. Ès ù dis se , “me u se nhor , À bik újig bo ! Vo cê e x e cut o u o sacr ifí cio ce r to ? Ò r únmì là disse , “ainda não re alize i o sacr ifí cio ”. Ès ù dis se , “Vo cê não fe z o que se e r a e spe r ado que fize sse e nt ão . Vo cê de ve ir e r e alizar o sacr ifí cio se não quise r per de r o dinhe ir o que g asto u co m a e scr av a”. Ò r únmì là fe z o sa cr ifí cio . Ès ù peg o u o cadáv er da e s cr av a e o lavo u e o ve st iu e le g ante me nt e . Ele le vo u o co r po par a o me r cado e o se nt o u e m um e ncr uzilhada. C o lo co u e m sua mão um g rav et o de mast ig ar e e m s ua fr e nte co lo co u u m t abule iro

143

co nt e ndo pe que nas mer cado r ias. O dia e r a um dia de ,e ir a. Co m muit as pe s so as indo ao mer cado . Elas saudav am e st a mulhe r co mo se e la e st ive s se viv a. C o mo e la não re spo ndia, rapidame nt e as pe sso as fug iam de la. Èsù se e sco nde u e m um ar bust o . M ais t ar de , A jé se apr ox imo u do me r cado co m se u s 200 e s cr av o s ,que u sualme nt e carr e g av am as me r cador ias que e la co mpr av a. Ela che g o u at é o co r po mo rt o e par o u par a co mpr ar alg uma me r cado r ia. A po s de falar co m o co r po por alg uns in st ant e s se m o bt er re spo st a, A jé fi co u zang ada. Ela to mo u uma v ar a que e st aco m co m um de se u s e s cr av o s e bat e u co m a me sma no co r po , o qual fo i ao so lo . Ès ù pulo u par a fo r a do ar bust o que e le e st av a e sco ndido . Ele dis se , Há! A jé o que fo i que v o cê fe z? mat o u a e scr av a de Òr únmì là! . A jé co me ço u a implo r ar a Ès ù, que re cu so u sua aleg ação . Ele di sse que A jé de v ia pe g ar to do s o s se u s e scr av o s e ir co m e le at é a casa de Òr únmì là. A jé co me ço u a pro po r a Èsù que e la ir ia r e po r o e scr av o de Òr únmì là co m um de se us pró pr io s e s cr av o s. Èsù não ace it o u. Ela o fe re ce u mais um par a que fo sse m do is e scr avo s se u s a r e ssar cir Ò rúnmì là. Èsù insist iu par a que A jé fo sse j unto co m o s e scr av o s. A jé final me nt e co nco r do u e Èsù o s lev o u par a a ca sa de Ò rúnmì là par a r e po r a e scr av a mo rt a. F oi as sim que A jé se t or no u e scr av a de Òr únmì là.

Or ác ulo 92

Òtúrúpòn’wòrì Es se O dù fala de mo rt e r e sult ant e da falt a de cum pr ime nto do sacr ifí cio pr e scr ito . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se pr e o cupando de mais ace r ca de um no vo filho o u ne g ó cio .

144

92 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A bamo - ni-ng be hin- or an, Ig bá li-a- nmu- re -e r i, A k imu- awo -r e -er i fo i o I fá div inado par a as pe s so as e m O t u-I fe no dia e m que e le s iam le v ar um po t e de ce r âmica par a o r io . Ele s for am aco nse lhado s a le v ar de pr e fe r ê ncia uma caba ça do que um po t e de ce r âmica que ir ia cair . Ele s ig no r ar am o co nse lho e le v ar am um pot e . Q uando e le s e st av a apanhando ág ua, um de le s de ix o u cair o pot e . No de se jo de salv a- lo , e le caiu no r io e afun do u. Ele s di sse r am, “Há! Nó s sabia -mo s que dev e r iamo s t er t razido uma ca baça par a apanhar ág ua! ”. De sde aque le dia uma ca baça t e m sido ut ilizada par a apanhar ág ua. Ele s sa cr ificar am 16 000 búzio s e fo lhas de I fá; e le s nunca de v iam t er fe it o lamet áv e l co isa. A s fo lhas de I fá de v e m se r pr e par adas: Tr it ur ar fo lhas de e so e m ág ua e que br ar um car amujo ne la. To das as pe s so as da cidade de v er iam e sfr e g ar se us co r po s co m a mist ur a par a e v it ar alg o que e le s vie s se m a lame nt ar .

92 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A g ber upo n co nsult o u I fá par a Àg bàdo (milho ). Ela fo i or ie nt ada a o fer e ce r um sa cr ifí cio de mane ir a a te r um par to se g uro . O sacr ifí cio : u m po mbo , 3 200 búzio s, um cint ur ão (o ja- ik ale ) e fo lha s de I fá. Ela o uv iu e se re cu so u a sacr ifi car .

Or ác ulo 93

Ìwòrì Wotúrá Es se O dù fala so br e de sar mo nia fami liar . O bse r v ação o cide nt al: O s clie nt e s e st ão t e ndo pr o ble ma s co m se u s filho s. Pe r ce be ndo e le s isso o u não .

93 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) U ma árv or e t or t a dispe r sa o fog o .

145

U ma pe s so a lo u ca se di spe r sa e m sua pr ó pr ia casa. Est e fo i o I fá div inado par a pai co br a e se u s filho s. Lhe fo i falado que se us filho sn unca co ncor dar iam e m r e pe lir u m at aque junt o s. Se

o

pai

co br a

de se jasse

uni- lo s,

dev e r ia

o fer e ce r

um

sa cr ifí cio :

de ze sse i s

car amu jo s, po mbo s. v e ne no e de ze sse i b úzio s. Es se se r e cu so u a sacr ifi car .

Or ác ulo 94

Òtúrá’wòrì Es se O dù fala de não ag ir impe t uo same nt e , co mo se to das as co isas bo as e st e jam e m no sso cami nho . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não dev e ace it ar de car a a pr ime ir a o fe rt a.

94 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Lu cro na ca sa, lu cro na faze nda per t e nce m a Ar uko . A cr iança dev e r ia co mer de t udo . A cr iança de v er ia t er uma mul he r liv r e de carg a. I fá fo u co nsult ado po r Òr únmì là.

146

F o i dit o que e le t er ia t odas as co isa s livr e s de carg a. O sacr ifí cio : u ma o ve lha, um po mbo e 20 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .

94 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Nó s náo de v e mo s lambe r uma so pa quant e po r causa da fo me . Se nó s lambe s se mo s so pa que nte de v ido a fo me , que imar í amo s a bo ca. I fá fo i co ns ult ado par a A k insuy i. F o i dit o a e le , “e st e é um ano de pr o spe r idade ”. Ele de v e sacr ifi car uma cabr a, uma g alinha, um rato , um pe ixe e 18 000 b úzio s. Ele o uv iu as palav r as e fe z o sacr ifí cio .

Or ác ulo 95

Ìwòrì-Ate Es se O dù so br e inicia ção e m I fá co mo um mo do de me lhor ar a vida. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e co nside r ar se r iame nt e sua inicia ção .

95 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O s inicie cuida do same nt e , o s inicie cui dado same nt e de for ma que as pe sso as do mu ndo não se por t e m mal. Qualque r um que faz o be m, o faz po r si só . Q ualquer um que faz o mal, o faz por si só .. Est e fo i o I fá div inado par a o M undo . Vo cê s ladr õe s de v e m pr iv ar - se do furt o . Ele s dis se r am que não po de m se abst e r do fur t o . Q ualque r um que ro ube ser á t rat ado co m zo mbar ia. Q ualquer u m que r o ube um mil pe r der á do is mil e m sua v ida. Q ualque r um que ve r um me nding o de v er ia dar - lhe e smo las. Q ualque r um que faça mil bo as açõe s o bt er á duas mil. O òduà A te r íg be ji,

147

me u se nho r , re co mpe nsar á bo as açõ e s. Ele s fo r am aco nse lhado s a sa cr ificar e m car amu jo s, bag r e e 3 200 b úzio s.

95 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni. Se vo cê fo r iniciado e m I fá, v o cê dev e r e iniciar se u pr ó pr io e spí r it o . Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni. A wo ! Não e s cale a palme ir a co m uma cor da de fe it uo sa. Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni. A wo ! não mer g ulhe na a´g ua se não sabe nadar . Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni. A wo ! Náo de se mbainhe uma fa ca co m r aiv a. Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni. A wo ! não use o av e nt al de A wo . Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni. Ele s pe dir am que sacr ifi cas se bagr e , 3 200 búz io s e fo lhas de I fá (co zinhe o bagr e co m fo las de e so faze ndo uma so pa e dando ao clint e par a que t o me ).

148

Or ác ulo 96

Irete’wòrì Es se Odù adv er t e co ntr a intr ig as e fala da pr at ica de I fá par a uma v ida pró spe r a. O bse r v ação o cide nt al: Pa ciê ncia ao inv é s de raiv a o u fr u str ação ir á pr o duzir s uce s so mat er ial.

96 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A g uer r a pr e j udica o mu ndo . I nt r ig as ar uina m as pe s so as. Est e fo i o I fá div inado par a O lo fin I wat uk a. O lo fin fo i adv er t ido que a g uer r a er a imine nt e . Se Olo fin de se jasse se r v it or io so , e le dev e r ia sacr ifi car de ze sse is ov o s, um car ne ir o , um cabr ito , um g alo e 2 200 búzio s e fo lhas de I fá. O lo fin o uv iu as palav r as mas não sa cr ifico u.

96 – 2 (Tr adu ção do ve r so )

149

Pr ime ir o , e u o uv i um bar ulho re s so nant e . Eu per g unt e i o que e st ar ia aco nt e ce ndo . Ele s disse r am que Ir et e e st av a iniciando I wo r i. I fá é o Pro po ne nt e . Or isa é o Co mandant e . A g be ne gr o usa de s ua aut or idade par a tr azer o vo s br anco s. A luk o ve r me lho usa de s ua aut or idade par a tr azer o vo s br anco s. I fá fo i co ns ult ado po r Òr únmì là Bar a Ag bo nnir e g un. Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car 2 000 pime nt as-da- co st a, o bì e 20 000 b úzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. Lhe fo i as se g ur ado que e le se r ia um co mandant e . De sde e nt ão I fá se to rno u Pr o po ne nt e e o Co mandant e . Gbe r e fu dev e se to r nar um A wo (A dv inho de I fá) par a se t or nar rico . A wo !

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Or ác ulo 97

Iwori-Ose Es se O dù so br e tr ansfo r mar de sgr aça e m suce sso . O bse r v ação o cide nt al: M ulhe r de me ia idade po de e ngr av idar .

97 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) So fr ime r nto não v e m se m se u s bo ns aspe ct o s.. O be m e o mal se mpr e e st ão junt o s. I fá fo i co ns ult ado par a O wok o si- e ny ian- ko su nwo n. Lhe aco n se lhar am que não fica sse abat ido por que e le e st av a na po br e za. e le de v er ia mant e r se u bo m no me . Do ç ur a no r malme nt e t er mina o g o st o de uma fo lha amar g a. F o i falado par a e le o fer e ce r sa cr ifí cio de mane ir a que sua de sgr aça pude sse se t rans for mar e m pro spe r idade : po mbo s, 3 200 búzio s e fo lha s de I fá (pilar as fo lhas amar g as de o luse aj u; adicio nar ao sabão ).

97 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A uma mulhe r bo nit a que não me nstr ua, co mo po de t er filho s ? Est e fo i o I fá div inado par a O ju- o je de usa da be le za. Ela fo i o r ie nt ada a sa cr ificar de mane ir a a po der t er filho s.

151

O sacr ifí cio : u ma g alinha, uma cabr a, 2 400 búzio s e fo lhas de I fá.

Or ác ulo 98

Ose’wori Es se O dù fala de po de r e gr ande za, por é m adv er t e que o mau e mpr eg o de sse s po de de str uir o lar ou fa mí lia. O bse r v ação o cide nt al: M uit o t e mpo o u ê nfa se no tr abalho e st á ame açando o r e lacio name nt o e a fa mí lia do clie nt e .

98 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Te mi -a-se t iwo n co nsult o u I fá par a O se e par a I wor i. Q ualque r um que de safia sse A pa se r ia mo rt o po r A pa. Q ualque r um que de safia sse I ro ko se r ia co nfr o nt ado co m Ir ok o. F o i pr e dito que O se’ wo r i se t or nar ia um g rande ho me m. Ele t er ia co nt ro le so br a as dificul dade s e v itó r ia so bre o s ini migo s. O sacr ifí cio : u m car ne iro , 2 000 pe dr as, 2 200 búzio s, e fo lhas de I fá (mo er g ranit o e pime nt a-da- co st a at é v ir ar pó par a se r to mado no ming al) Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .

98 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Tule t ule -Eg a co nstr ui u e de st r uiu s ua pró pr ia te nda. I fá fo i co ns ult ado par a O lufija bi A bin ut anfi- og bung bun -t u- ile -k a. F o i pe dido que sacr ifica sse de mane ir a que sua casa não fo sse de str uida: um car amujo , ban ha de ò rí , aze it e - de -de nê , 16 000 búzio s e fo lhas de I fá.

152

Ele o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u. Se

e le

tiv e sse

fe it o

o

sacr ifí cio ,

de v er iam

t er - lhe

aco nse lhado

a

co me r

fr e qüe nt e me nt e babana s madur as, ve rt e r aze it e -de - de ndê e m Ele g bar a, e de v er ia t er sido po st o banha de ò rí e m I fá. Or ác ulo 99

Iwori-Ofun Es se O dù fala so br e me lho r ias no s ne g ó cio s e su ce s so . O bse r v ação o cide nt al: A s pr eo cu paçõ e s mo net ár ias o u co me r ciais do clie nt e ir ão lo go de sapar e ce r .

99 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) U m bo m A wo co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là. I fá se g uia e m uma pe r eg r inação div inató r ia par a a lag o a e par a o mar . F o i pr e v isto que I fá co nt inuar ia adquir indo pr e st íg io e ho nr a. Ele r et or nar ia a s ua casa co m finan ce ir ame nt e be m. Ele de v er ia sa cr ificar o ve lha br anca, po m bo s br anco s e 8 000 b úzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .

153

Or ác ulo 100

Ofun’wori Es se O dù e x plica que o uso co rr e t o do dinhe ir o asse g ur a re alização na vida. O bse r v ação

o cide nt al:

Q ue st õ e s

mo ne t ár ias

po de m

causar

co nt ro v er sia

e mo cio nal.

100 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O lak anmi co nsu lto u I fá par a A jé . A jé fo i o r ie nt ada a o fe r e cer sa cr ifí cio de for ma que as pe s so as do mundo co nt inuar iam a pr o cur ar po r e la pr a cima e pr a baix o . F e ijõ e s br anco s, sal, me l e 2 000 búz io s se r iam o fe re ci do s. Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. U m dia, A jé irr it ada fo i at é o r io e as pe sso as ze lo same nt e pr o cur ar am por e la no fu ndo do r io .

100 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Se t e mo s bo m co r ação no s po de mo s adot ar o s filho s de o ut r as pe sso as co nsult o u par a O bo nhun bo nhun, que fo i r ico mas de spr o v ido de filho s, e por e st a razão fico u mal- afamado . Fo i pe dido que e le sacr ifi cas se de z rat o s, de z pe ix e s, de z po mbo s e 2 000 búzio s. A ssim e le fe z. Masi t ar de , Èsù que se mpr e apo ia aque le s que re alizam o sa cr ifí cio , o e nco nt ro u no ca minho da r o ça e disse a Obo nhun bo nhun (be so ur o ) que pe g asse qualque r um do s jo v e ns in se to s que e le at r aiu at é sua casa e co br is se co m ar e ia.

Ele

disse

que

O dudua

os

t r ansfo r mar iam

em

cr ianças

par a

e le .

O bo nhunbo nh un se g ui u e st e co nse lho e is so é o que e le ainda faz até ho je .

Or ác ulo 101

154

Ìdí-Rosù Es se Odù adv er t e co ntr a uma e nfe r midade na ár e a da cint ur a o u náde g a. Tam bé m pro g no st ica um incr e me nto no s neg ó cio s. O bse r v açaõ o cide nt al: U ma clie nt e fr e que nt e me nt e e nco nt r ar á dific uldade s me n str uais o u ut er inas.

101 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ela pi ca, me dó i— a náde g a do anc ião lhe causa dific uldade s. F o i co nsu lt ado par a Ag ba K uo mi, que t e m alg um t ipo de e nfe r midade e m sua s náde g as. Ele fo i o r ie nt ado que se sa cr ifica sse e r e ce be r fo lhas de I fá e le fi car ia cur ado . O sacr ifí cio : no v e car amujo s, 18 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele fe z o sa cr ifí cio .

101 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Est a é a c sa do babalawo . Est a é a v ar anda do babala wo . O sù- g ag ar a (alto O sù), o A dv inho de At ande , co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là. Ò r únmì là fo i or ie nt ado a sa cr ificar . O sù o far ia po pular no mundo . O papag aio é co nhe ci do po r sua calda v er me lha. U ma g alinha, aze it e -de -de ndê , um r at o , um pe ix e , 20 000 búzio s e um o sù (bo r dão de ofí cio de I fá) de v er iam ser sa cr ificado s. Ele r e alizo u o sa cr ifí cio . O o sù fo i plant ado de fr o nt e À casa de Òr únmì là. O utr o s mat e r iais de sa cr ifí cio fo r am co lo cado s ali, no s quai s o aze it e - de -de ndê e r a ve rt ido .

155

Or ác ulo 102

Ìrosù’dí Es se Odù fala de uma pe sso a que t e m um tale nt o par a cur a e o fe r e ce so lu çõ e s par a co nce pção .

156

O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e me dit ar so br e uma car r e ir a dife r e nt e . 102 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Bimo ba wo ndi-a- san co ns ulto u I fá par a Ì ro sù que t inha ass umido que t o das as fe r idas e nfaix adas por e le ci catr izar iam. Fo i pe dido que e le sacr ifi cas se ban dag e m, um pe ix e ar a, quat or ze mil búzio s e fo lha s de I fá (e smag ar fo lhas de Ìr o sù e m ág ua; ut ilizar a mist ur a par a lav ar o s ik in do clie nt e ). e le se to rnar ia mé dico . Se e s se I fá é div inado e m um e se nt ay e o u I te fá, o clie nt e o clie nt e sse to r nar á um e spe ciali st a e m c ur ar mach ucado s.

102 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O ja- abiamo -adit u co ns ulto u I fá par a Ì ro sù. F o i pe dido a e le a sa cr ifí cio de mo do que e la se to r nasse mãe . do is r ato s, do is po r quinho s da ind ia e 20 000 búzio s. Ela sa cr ifico u.

Or ác ulo 103

Ìdí’owonrin Es se Odù fala da che g ada do r e co nhe cime nt o e da impor t ância da car r e ir a do clie nt e . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se ndo pr e ssio nado no tr abalho .

157

103 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I diwo nr inwo n- Idiwo nr inwo n co n sult o u par a Obahu n I japa. F o i pe dido a e la que sa cr ificas se de mane ir a de fo r ma que e le fo s se ho nr ado e m to do lug ar que fo sse t o car . O sacr ifí cio : co nt as de cor al, quat ro po mbo s e 8 000 b úzio s. Ele fe z o sa cr ifí cio . O bahun se to r no u um impo rt ant e to cado r . Ele sacr ifico u cor al de v ido ao int e rt e nime nt o .

103 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Emik o maak u-Y iy e nninmaay e

co nsult o u I fá par a O pe , que fo i or ie nt ado a faze r

sa cr ifí cio de fo r ma que e le pude s se t er t er uma base fir me e ev it asse a mo rt e . O sacr ifí cio : uma ov e lha, um ag og o , 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu as palav r as e sa cr ifico u. O pe fo i asse g ur aco co m u m base fir me e vida lo ng a. Fo lhas de I fá: Lav e o s ik in I fá co m fo lha s de k ut i e co lo que o ago go no ik in de I fá. C ant ig a de I fá: Eu e st o u e nv er go nhado da mo rt e ; e m lug ar de mor r er e u me tr ansfo r me i na fo lha k ut i (r e pe t ir quat ro v e z). O ag og o dev e aco mpanhar e st a cant ig a

Or ác ulo 104

Owonrin’di Es se Odù fala da ge ne ro sidade e ho ne st idade co mo fór mula de suce sso e amo r . O bse r v ação o cide nt al: O s ne g ó cio s apar e nt am e st ar de "pe r nas par a o ar ".

104 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

158

O wor in- dimo wo , O wo nr in- dime se fo i aco n se lhado a pr at icar a car idade de fo r ma a r e ce be r bê n são s. Ele não ag ir ia as sim. I fá fo i co nsult ado par a O bahun I japa, que fo i o rie nt ada a sa cr ificar de for ma que e la não ficas se de sampar ada: uma pacot e de o bì , uma g rande t ig e la de inha me pilado , um gr ande po t e de so pa, quat ro po mbo s e 2 000 búz io s.

104 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Se g ur e e st a co isa, mant e nha se g ur o . Se v o cê é que st io nado , a co isa dev er ia se r pro duzi da e m de manda. I fá fo i co ns ult ado par a ce st as e saco las. C ada uma de las fo i o rie ndada a dar sa cr ifí cio de for ma que as pe s so as co nt inuar iam as amando . O sa cr ifí cio : do is po mbo s e 2 400 búzio s. Ela s sacr ificar am. F oi de clar ado que qualq uer u m que de vo lv e sse co isas a se us pr o pr ie t ár io s ir ia se mpr e pro spe r ar .

Or ác ulo 105

Ìdí’bàrà Es se Odù fala so br e a ne ce s sidade de r e mo v er o bst áculo s e mau e nt e ndido s atr av é s de sa cr ifí cio . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m pr o ble ma s no re lacio name nt o . C o mpro mis s é ne ce ssár io par a salv a- lo .

105 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

159

Edidi o s at r apalha, O bar a o s dá co ber t ur a fo i div inado par a a árv o re e m um ar bu sto e spin ho so que fo i aco n se lhado par a sa cr ificar o s se g uint e s mat er iais de for ma que e t i (difi culdade s) se r iam re mov idas de se u caminho . Tam bé m fo i div inado pr a O pe e fo i pe dido que sa cr ifique : uma fo ice , um machado , um cint o par a s upor t e (ig ba), uma pr e á, um pe ix e ar o , po mbo s e 18 000 búzio s. Ela[a árv or e e m um ar bu st o e spin ho so ] se r e cuso u a re alizar o sacr ifí cio de st as co isas, ma s O pe sacr ifico u. F o lhas de I fá for am pr e par adas par a O pe e fo i dito que e le não se r ia at r asado pe lo s ar bust o s. Èsù e st á se mpr e ao lado de que m sacr ifi ca. U m dia, Èsù dis se ao faze nde ir o peg ar se u s ape tr e cho s e ir a O pe e ve st ir Ope , por que Èsù de ag or a e m diant e to rnar ia Ope be né fico ao faze nde ir o . O faze nde ir o se g uiu a or ie nt ação e v e st iu O pe . Ope ao se u te mpo se t or no u be né fi co às pe s so as.

105 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Edidi o A dv inho de Ok o (o ar bust o ), O bar a o A dv inho de I lé (a ca sa). I fá fo i co ns ult ado par a ambo s e fo i pe d ido par a sacr ifi car e m de for ma a ev it ar e m mal e nt e ndido s e ntr e e le s par a se mpr e . O sacr ifí cio : duas av e s(u m g alo e uma galinha ), uma ca br a, um cabr it o e 20 000 búzio s. Edidi se re cu so u a sacr ifi car , ma s Obar a não . C o mo de co st ume , Edidi fo i a ca sa de se u s par e nt e s, na casa de Olo fin, par a c umpr ime nt a-lo s

apó s

um

dia

de

tr abalho

na

r o ça.

Ev e nt ualme nt e

e le

fo i

aco nse l hado a vir e pe dir sua no iv a e m casame nt o , as sim que e la pude sse casar . Sua pro me t ida, O bar a, não g o st a de Edidi, o qual e la ridic ular iza co mo se ndo um le nhado r . Ela per g unt o u, “o que d ev o e u faze r co m um le nhador ?”. Em se g uida, e le co me ço u a supli car O bar a par a e ncar a- lo co m bo ns o lho s. O bar a não quis v ê -lo . Edidi, finalme nt e r e alizo u o sa cr ifí cio que lhe fo i pe dido , po is de o utr a mane ir a pe r der ia s ua e spo sa.

160

Or ác ulo 106

Obara’di Es se O dù adv er t e co nt r a per da de no s sa inde pe nde n cia e int eg r idade . O bse r v ação o cide nt al: O re lacio name nt o do cl ie nt e e st á se de se q uilibr ando de v ido a re clama çõ e s do par ce ir o .

106 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ee sin -war a co nsult o u I fá par a O lo fin, que fo i adv e rt ido que alg um e xt r ange ir o s e st av am por v ir . Ele s pr e nde r iam as pe sso as na s casa s e na faze nda e o s lev ar ia pr a cidade s ex tr ang e ir as. Fo i pe dido que O lo fin sacr ifica sse aze it e -de de ndê a se r v er it do so br e Ès ù, e de ze sse i s po mbo s, u m de le s par a se r usado par a a pr o picia ção da ca be ça do clie nt e . Es mag ue as fo lhas de o luse sa ju e o riji e m ág ua; pe r mit a que o

161

sang ue do po mbo go te je na mist ur a; lev e e st e po t e de re mé dio de I fá ao me r caado de fo r ma que t odas as pe s so as da cidade po s sam e sfr eg a- la e m se us cor po s.

106 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) I g bá o rí - ami, o A dv inho das mul he re s, co ns ult o u I fá par a uma pro st it ut a que e st av a indo pr a cama co m to do s o s ho me ns. Ela fo i adv er t ida que e st av a faze ndo uma co isa arr is cada. U ma pro st it ut a per de o re spe it o . Ne nhu ma mulhe r po de pr o spe r ar pr a se m pre na pr o st it ui ção . Ela fo i aco nse lhada a co nfe ssar sua ig no r ância e a sa cr ificar do is po mbo s, do is car amujo s, banha de ò rí , 8 000 búzio s, e fo lhas de I fá (e s mag ue fo lha s de e so co m iyr e ; co zinhe a mist ur a co m um car amujo faze ndo uma so pa par a e la co me r ; vo cê t ambé m po de mist ur ar e so mo ido co m ban ha de ò rí par a e sfr e g ar na vag ina; as fo lhas de e so po de m se r piladas co m sabão par a banhar -se ).

Or ác ulo 107

Idi-Okanran Es se

Odù

adv er t e

que

qualque r

um

que

pr at ica

at o s

de so ne sto s

ir á

ce r t ame nt e ser pe g o e pu nido . O bse r v ação o cide nt al: Tr aição por aque le s que o clie nt e co nfia lev ar á a pro ble mas.

107 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I diko nr andiko nr an, I dik o nr an amarr o u do is inha me s junt o s div ino u par a do is ladr õe s que se dir ig iam à sua ro nda nor mal. Ele s fo r am aco nse lhado s a sacr ifi care m par a ev it ar se r e m pr e so s po r fo r te co r da e nquant o pr o cur av am sua av e nt ur a. A t er r a pr e nde o ladr ão e m no me do do no . R o ubo é um at o de so nr o so . Ele s falar am, ‘ qual é o sa cr ifí cio ?’ . Fo i dit o : quat ro car amujo s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e s mag ar fo lhas de e so e o luse sa ju e m ág ua e lav ar o co r po co m isso ). O s ladr õ e s se

162

r e cusar am a sacr ificar . e le fo r am capt ur ado s e amar r ado s co m cor das e lame nt ar am por não t er e m fe it o o sa cr ifí cio .

Or ác ulo 108

Okanran-Di Es se O dù fala de um r e lacio name nto que ir á e v e nt ualme nt e dar a ce r to . O bse r v ação o cide nt al: U ma so cie da de o u re lacio name nt o ant er ior é r e ace so .

108 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) U ma pane la pr e t a t o ma cuida do co m to do o mu ndo alé m de si me sma.

I fá fo i

co ns ult ado par a Ò r únmì là, que e st av a indo de spo sar Ehin mo la. To das as de idade s (I r únmale ) t e nt ar am se duzir Ehinmo la se m suce sso . Òr únmì là fo i aco nse l hado a sa cr ificar po mbo s e 12 000 búzio s. Òr únmì là o uv iu at e nt ame nt e o co nse lho e sa cr ifico u. Ele mais a diant e fo i aco nse lhado a não pe r der a paciê n cia se a mulhe r não lhe de s se ate n ção ime diat ame nte . Ela bus car ia po r e le o nde quer que e le pude sse e st ar . Ela amaldiço ar á o dia e m r e cu so u a pro po st a de Òr únmì là. Òr únmì là part iu par a A do Ay iwo . U m ano de po is de po is que Òr únmì là part iu, Ehinmo la mudo u s ua opinião . Ela de se jo u se ca sar . Ela fo i po r t oda par t e co m as de idade s, mas ning ué m co n se g uiu a maldi ção que Ò rúnmì là jog o u so br e e la. To do s o s e sfo r ço s se mo str ar am inút e is. Ehin mo la ev e nt ualme nt e arr umo u suas malas e se

163

dir ig iu à casa de Òr únmì là e m A do . Òr únmì là e st av a fe st e jando o Fe st iv al do I nhame No vo quando Ehin mo la che go u. O aze it e -de - de ndê e o sal de Òr únmì là t inham se e sgo t ado , o que Ehin mo la pr o ve u aleg r e me nt e quando e la de sfe z s uas mala s. Quando Òr únmì là te r mino u a o fe r e nda, e le per g unt o u a Ehinmo la, “o que v o cê faz aqui?”. Ehin mo la r e spo nde u, “é v o cê ”. Ent ão Ò rúnmì là apanho u duas fat ias de inhame que e le sa cr ifico u. Ele e sfr eg o u uma na o utr a e as de u a Ehinmo la dize ndo , “e le e st á pro nt o par a se r co mido , Ehinmo la. Ele e st á pr o nt o par a se r be bi do , Ehinmo la”. Foi

assim

que

Ehinmo la

se

to r no u

e spo sa

de

Òr únmì là.

De sde

e nt ão ,

se

que st io namo s ace r ca de que m co nhe ce o fut uro , e le s dir iam, “Òr únmì là co nhe ce o fut ur o ”.

Or ác ulo 109

Ìdí-Ògúndá Es se Odù fala da ne ce ssi da de de sabe do r ia e car át e r par a e quili br ar a fo r ça fí si ca. O bse r v ação o cide nt al: Pr o mis cuidade se x ual lev ar ão ao de sast r e .

109 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò r únmì là disse Ì dì - Òg ún- dá Eu disse Ìdì -Ò g ún-dá. Ò r únmì là aco nse lho u Òg ún a sa cr ificar uma ov e lha, um po mbo , 4 400 búz io s e fo lhas de I fá de fo r ma que s ua cabe ça fo s se t ão bo a quant o o re st o do co r po . Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. Tudo e st av am be m co m e le .

109 – 2 (Tr adu ção do ve r so )

164

Ò r únmì là disse que a r e sidê cia de Òg ún e st av a abando nada, Eu disse que a re sidê n cia de Ò g ún e st av a abando nada. Po r que nó s che g amo s à re sidê n cia de Ò g ún e não e nco nt r amo s ning ué m? A casa fo i to t alme nt e abando nada. Ele s disse r am que o car át er de Ò g ún e st av a apavo r ando [to do mundo ]. Ent ão se nó s de se já sse mo s que a ca sa de Ò g ún fo sse abar ro t ada [de pe s so as] co mo e spe r amo s, e le de v er ia sacr ifi car uma ca br a, 20 000 búzio s, e fo lhas de I fá.

Or ác ulo 110

Ògúndá’Dí Es se O dù fala de uma jo r nada be m s uce dida, po r é m adv er t e so br e po ssí v e l de s co nfor to int e st inal. O bse r v ação o cide nt al: U ma clie nt e gr áv ida te m fr e qüe nt e me nt e alg uma he mo rr ag ia place nt al. Sa cr ifí cio ir á c ur ar o pr o ble ma.

110 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò g ún e st a indo viajar . Ele fe z suas malas. Ò r únmì là disse que a v iaje m de Ò g ún se r ia dive r t ida e que e le r et o r nar ia co m seg ur ança. O sacr ifí cio : u m g alo , aze it e -de -de ndê . o bì e 4 400 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

110 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O jo -sur u sur u (v azame nt o s co nst ant e s), A dv inho do par aí so , co ns ulto u I fá par a uma caba ça nov a (k e r eg be ). F o i pr e dito que a cabaça ir ia v azar . Par a blo que ar o vazame nt o , e la fo i or ie nt ada a sa cr ificar past a de cale fação (at e ),

165

e spin ho s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e smag ue fo lhas de dag uro e co zinhe co m pe ix e ar o par a o clie nt e co me r ). I fá diz: se e sse o dù fo r div inado , o clie nt e so fr e de dise nt e r ia.

Or ác ulo 111

Ìdí’sá Es se O dù fala de inquie t ação e de se jo de fug ir de suas re spo n sabilidade s. O bse r v ação o cide nt al: Pr e s sõ e s diár ias e st ão causa ndo tr anst or no e mo cio nal.

111 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ì dí (a s nád eg as ) e nt ro u, Ì dí fo i se nt ar - se , Ì dí não po de se nt ar - se , Ìdí se le v anto u, Ì dí não pô de de scan sar . Fo i pe dido a Ìdí sa cr ificas se par a po de r de scan sar . O sa cr ifí cio : um po mbo , 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e smag ue fo lhas de e sò e jo ko je e mist ur e co m sabão -da- co st a; par a o clie nt e usar se mpr e par a lav ar se u cor po ).

111 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò r únmì là disse Ì dí - Ò sá, e u disse Ì dí - Ò sá. Ìdí co rr e u par a t ão lo ng e que e la e st av a se ndo pro cur ada par a se to r nar uma che fe . Ì dí (as náde g as) par a lo ng e ; ning ué m a pro c uro u mais. Ela se to r no u mo t iv o de de so nr a e de ve rg o nha. Ìdí fo i aco nse lha da a sa cr ificar de z fo lhas de o wa, de z po mbo s, de z ov e lhas, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá que e la dev er ia pr o cur ar . Ela fe z co mo fo i aco nse lhado . É por is so que t odo mu ndo e st a a pr o cur a de Ì dí .

166

Or ác ulo 112

Osa’di Es se Odù so br e r e mo ção de blo que io s par a obt er um r e lacio name nto be m s uce dido . O bse r v ação o cide nt al: O me do da car ê cia de r e lacio name nt o do clie nt e t er minar á co m o apar e cime nt o de uma nov a pe s so a.

112 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O s cam inho s de Ò sá não e st ão aber t o s. O s camin ho s de Ò sá e st ão blo que ado s. Ò r únmì là di sse que um sacr ifí cio te m que se r e x e cut ado par a abr ir o s caminho s par a Ò sá. U ma lampar ina de

barr o , aze ite - de -de ndê , 8 000 búz io s e fo lhas de I fá

(p ulv er izar fo lhas de quiabo e mist ur ar co m são par a ban har -se ). A lampada de v e se r ace sa no mo me nt o do sacr ifí cio .

112 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò r únmì là di sse que bo as no t í cias são mo t iv o de ale gr ia. Eu disse bo as not í cias. Po r fav or diag a a ot do mundo que a pe s so a que e st áv amo s pr o cur ando che g o u. O bì , o ro g bo , pime nt a- da-co st a, v inhi de palma e 3 200 búzio s de v e m se r sacr ifi cado s. O s co mpo ne nt e s do sacr ifí c io dev e m se r ut ilizado s par a intr e t er a pe s so a.

167

Or ác ulo 113

Ìdí’ká Es se O dù adv er t e co nt r a punime nt o s se v e ro s po r más façanha s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m po ssí v e is tr aiçõ e s e m ne gó cio s o u se g r e do s pe sso ais.

113 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Nó s inv e st ig amo s fe it ice iro s, br ux as e que m ca usa dano s a o utr e m; A i da for mig a que t e m fe r r ão e fe rr o a quando for pê g a. I sto fo i div inado par a A bat e nije , O sik apaadiy e -adug bo - run, At ’ e niy an- at ’ e r ank o -k o n’ e e wo , que di sse que se u fim e st av a pró x imo . O sacr ifí cio : Q ualque r co isa que o babala wo pe ça e fo lhas de I fá (e smag ue fo lhas de or iji e o luse saju e m ág ua; ut ilize uma e spo nja k anr ink an nov a e sabão - daco st a par a lav ar o cor po do clie nt e ). O cl ie nt e també m tê m que ate nde r a a adv er t ê ncia e dar a maior ia de s ua s po s se s co mo e smo las o u se inic iar e m I fá.

113 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A sir ibo mo mo co ns ulto u I fá par a Olo k un e O lo sa. F or am or ie nt ado s a cada um de le s sa cr ificar quatr o pot e s de bar r o , de ze s se is po mbo s, 80 000 búzio s e fo lhas de I fá. A ssi m fize r am. Ele s fo r am as se g ur ado s de que ning ué m v er ia o u co nhe cer ia o s se g r e do s de le s.

Or ác ulo 114

168

Ìká’dí Es se O dù fala so br e mo st r ar r e spe ito par a ev it ar pr o ble mas na vida. O bse r v ação o cide nt al: A falt a de e spir it ualidade do clie nt e e st á blo que ando as at iv idade s m undanas.

114 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Biaba -r o -li-aro ju, Laise -lairo - bi- ominu -nk o’ ni, I ya K iig bai je ’ ni co n sult o u I fá par a K o dunmi- Ag ba. Fo i pe dido que e le sacr ifi cas se de mo do que não so fr e sse puni ção nã v ida. O sacr ifí cio : de z o vo s ce galinha, banha de òr í, pe dr as de r aio , 4 400 búzio s e fo lhas de I fá (t r it ur ar o riji e olu se saj u co m pime nt a do r e ino ; faze r uma so pa co m e ssa mi st ur a co m um ov o; co lo que as pe dr as de r aio na so pa apó s e la e st ar pro nt a; A co r dar aao ro mpe r do dia e t o mar e sse re mé dio ). Ag ba se re cu so u a sacr ifi car .

114 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Se um jo v e m ho me m que é de s car ado e nco nt r a um v e lho awo , e le o bo fe t e ar á. Se e le e nco nt r a um v e lho he r bo lár io , e le o cast ig ar á se v e r ame nt e . Se e le e nco ntr a um v e lho sace r do t e que se ajoe lha e m pr e ce , acide nt alme nt e e le o lan çar á ao so lo . I fá fo i co ns ult ado par a o s de so be die nt e s, que disse que ning ué m po de r ia re fo r ma-lo s. “Po r quê ? Vo cê não sa be que uma cr iança que bat e e m um sa ce r do t e que e st á r e zando e st á pr o cur ando po r sua pr ó pr ia mo rt e ? Ver me s mor r e m rapidame nt e , muit o r apidame nt e ”.

Or ác ulo 115

169

Idi-Oturupon Es se O dù fala de so luçõ e s par a pr o ble ma s mé dico s que impo ssi bilit am a g rav ide z. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de e x per ime nt ar um de spe r t ar e mo cio nal o u e spir it ual.

115 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I dit ir ipo n, I dit ir ipo n, I di abiy amo tir ipo n-t ir ipo n fo i co ns ult ado par a O lu-O g an, Q ue fo i o rie nt ada a sacr ifi car de ze s se is se me nt e s de ok or o, de ze sse i s inhame s fê me a (e wur a), quat r o cabr as e 3 200 búzio s de mo do que e la po s sa par ir muit o s filho s. Ela fe z o que fo i pe dido .

115 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O sun sun, o awo de O lúig bo , co ns ulto u I fá par a O dung be , que fo i pe diu par a sacr ificar de mo do que e le não se ja at acado por do e nças nas náde g as. O sacr ifí cio : do is galo s, um cão , 6 600 búzio s e fo lha s de I fá. E, se e le já t iv e sse sido at acado , que e le po der ia se r cur ado .

O rác ulo 116

Oturupon’Di

170

Es se O dù fala de uma pe sso a que e st á e spir it ual me nt e abando nada e e m ne ce ssidade de uma r e no v ação e spir it ual. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se aut o co nsu mindo e so fr e ndo dev ido a ist o .

116 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O mundo é be lo . O par aiso é mar av ilho so . O dùdùa a or ie nto u as pe sso as do mundo v olt are m a e le atr av é s da r ee n car nação . as cr iança s se r e cu sar am a ir . A s pe sso as ido sas t ambé m se r e cusar am a ir . e le per g unt o u a razão . Ele s disse r am, “Não é fá cil ir ao par aiso e v olt ar ”. Ò r únmì là said, “O par aiso é gr acio so e é o lar da be le za”. O dùdùa jamai s viv er ia e m um lug ar de spr e zí v e l.O Or isa é se mpr ee n co nt r ado e m lug ar e s de sce nt e s. Q ualque r um que é c hamado de v e r e spo nde r ao chama do .. Ne nhu ma mãe cha mar ia se u fil ho par a so fr e r . A s pe sso as do mun do ainda e st av am e sit ant e s. Ele s for am o rie nt ado s a sacr ifi car de mo do que se us v é us de e cur idão pude sse m se r re mov ido s. Se e le s e st ão tr abalhando , e le s dev e m se mpr e o lhar par a o par aiso . O sacr ifí cio : Efun, um pe daço de t e cido br anco , 20 000 búzio s e fo lha s de I fá. Se o sacr ifí cio pr e s cr it o fo s se re alizado , e le s se abst e r iam de sang ue . Ele s se r e cusar am a sacr ificar .

116 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ho je vo cê re clama que O t ur upo n' Di é culpado . A manhã vo cê r e clamar á que Èlà não e st á admini str ando o mundo co rr e t ame nt e . Ele fe z O dundun o r e i do t o das as fo lha s e Te t e se u re pre se nt ant e . Vo cê ainda e st á re claman do que Èlà não administ r a o mu ndo cor r et ame nt e . No fim., Èlà e st ir o u a sua cor da e as ce nde u ao s C é u s. Èlà e st ir ar ia a s ua cor da e de sce r ia par a r e ce be r bê nção s, Èlà! O sacr ifí cio : um po mbo , um pe ix e ar o e fo lha s de I fá (t r it ur ar fo lha s de o riji co m sabão e dar ao clie nt e ao qual e st e I fá fo i div inado ; e le de ve r á se lav ar co m e ssa mist ur a apó s r e alizar o sa cr ifí cio de mo do que suas bo as faça nhas no mu ndo não se jam vist as co mo má s).

171

O rác ulo 117

Ìdí-Òtúrá Es se O dù fala de re str içõ e s die té t icas par a saúde e sa cr ifí cio par a har mo nia fami liar .

172

O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e fr e qüe nt e me nt e te m pr o ble mas de saúde t al co mo pr e ssão alt a o u co le st er o l.

117 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) U m pai de se ja o be m ao se u filho . U ma mãe de se ja o be m ao se u filho . Lo ng ev idade e idade av ançada de pe nde de Èdú. I fá fo i co ns ult ado par a O luy e mi, que fo i o rie nt ado a sacr ifi car par a pr ev e nir do e nça nas nádeg as. O sa cr ifí cio : um po mbo , uma g alinha, um g alo , um pe ixe ar o , 18 000 búzio s e fo lhas de I fá. No e se nt ay e o u it e fá, e ssa cr iança não de v e se unir e m mat r imô nio se m o co nse nt ime nto de se u pai o u de sua mãe . Ee wo : O clie nt e não dev e co mer no z de co la o u car ne ma s dev e ut ilizar pix e o u car am ujo s e m sua so pa.

117 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O ko (a pá), o úni co que pro c ur a o be m -e st ar da te rr a, co ns ulto u par a A lár á, que fo i or ie nt e ado a sacr ifi car par a que sua famí lia se uni sse ao inv é s de se dispe r sar . O sacr ifí cio : u m fe ix e de vas so ur as, um par de po mbo s jo v e ns e 16 000 b úzio s. A lár á fe z o sa cr ifí cio . Lhe fo i as se g ur ado que ser ia fe liz par a se mpr e . A lár a se to r no u be m su ce dido .

O rác ulo 118

Òtúra’dí Es se O dù fala so br e uma cr iança s uce de ndo se u pai e um re lacio name nt o co m um par ce ir o do minant e . O bse r v ação o cide nt al: O o utr o par ce ir o no r e lacio name nt o é co nt ro lado r e m de mas ia.

173

118 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A r iba de náde g as v er me lhas co ns ulto u I fá par a O rí - A wo , que fo i saudado por O muk o -eg i. F o i pr e dito que e le usar ia a cor o a de se u pai, lo g o dev e r ia sa cr ificar uma ov e lha par a t er v ida lo ng a.

118 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O A lv or e ce r (iji mjik ut u) co nsult o u I fá par a A di. A di e st av a indo de spo sar o Nas cer - do - so l (iy alet a). Ele s disse r am que e le se mpr e tr e mer ia à v ist a de sua e spo sa. O sacr ifpi cio : tr ê s g alo s e 6 600 búzio s. Ele se re cu so u a sa cr ificar .

O rác ulo 119

Ìdí-Irete Es se Odù fala da ne ce ssi da de de t rabalho ár duo par a alcançar uma po sição e le v ada. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m uma pr o mo ção ou no vo t rabalho e m se u cam inho por é m o me do po de blo que a- lo .

174

119 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O moy in, o A dv inho de bo m cor ação , lavo u o ut r a cabe ça do ho me m. A cabe ça fico u limpa. O moy in lav o u o utr o cor po do ho me m. O co r po fi co u br ilhando . I fá fo i co ns ult ado par a A we ro ro g bo la. F o i pr e dito que Ade g bit e se t or nar ia re i no fut ur o . De z po mbo s, pe nas de papag aio e 2 000 búzio s Ele o uv iu e sacr ifi co u.

119 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) I jime r e , o Adv inho da apt idão fí s ica e da be le za, co ns ulto u I fá par a A r ise mase Ìdí r et e re t e . Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car de mane ir a a tr abalhar e não t er me do de t rabalhar . O sacr ifí cio : u m car ne iro , uma e nx ada, uma fo ice e um cão . Nó s pe rg unt amo s a razão . I fá dis se : U ma e nx ada nun ca falt a ao tr abalho . U ma fo ice nun ca ado e ce . U m cão pe g a no tr abalho dur ame nt e . U m car ne ir o não te me ne nhu ma o po si ção .

O rác ulo 120

Irete’di Es se O dù ala de r e sist ê ncia à mudança, mas da ne ce ss idade da me s ma. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa r e av aliar um r e lacio name nt o que não e st á dando mais ce rt o .

120 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I jo ko -ag ba- biik ’e ni -ma- dide -mo , Ag ba- m’ o pa-l’o wo . co ns ulto u I fá par a a M ó (o lo ) .

175

O lo não que r ia se le v ant ar do lug ar o nde e la e st av a. F o i pe dido que e la sacr ifica sse do is po m bo s, 4 400 búzio s e fo lhas de g bé g bé . Ela o uv iu o co nse lho e sacr ifi co u. O lo se mpr e te r ia alg ué m par a car r eg a- la.

O rác ulo 121

Ìdí-Ose Es se

O dù

fala

so br e

po ssí v e is

pr o ble mas

pr ov e nie nt e s

de

o rg anis mo s

mi cro scó pi co s. O bse r v ação o cide nt al: Pr o mis cuidade ir á r e sult ar e m do e nça.

121 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O s o lho s pro t eg e m a cabe ça; uma pe que na co isa po de causar co nf usão inca lculáv e l. I fá fo i co ns ult ado par a 165 árv or e s. Elas fo r am or ie nt adas a faze r sacr ifí cio par a e v it ar r e ce be r um e st r anho pe r ig o so s. Q uat r o faca s, aze it e - de -de ndê , banha de ò rí e 18 000 búz io s de ve r iam se r sacr ifi cado s. Ela s o uv ir am o co nse lho , por é m não sa cr ificar am. Ope sacr ifi co u met ade do que fo i pe dido e Pe r eg un se g uiu a

176

o rie nt ação e r ealizo u ple name nt e o sa cr ifí cio . À que le s que sa cr ificar am fo r am dadas fo lhas de I fá. Ent ão fo i de clar ado que par asit as nun ca arr uinar iam Ope e ne m Pe r e g un. Par asit as te imo so s que te nt am at acar Per e g un não so br ev iv e m.

121 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ele s so fr e r am um de sa str e e quise r am sabe r qual fo i a causa, ma s ning ué m so ube co mo e la v e io at é que re alizar am sa cr ifí cio pr e v ist o po r Baale -e ro , que aco nse l ho u a sa cr ificar quatr o g alinhas, 8 000 búzio s e fo lhas de I fá par a pe r mit ir a de s cov e rt a.

O rác ulo 122

Ose’dí Es se O dù adv er t e co nt r a se r muit o amáv e l, par a que um inimig o der ro t ado não r et or ne . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a um co nflit o ao qual e le dev e se co mpo rt ar ag r e ssiv ame nt e .

122 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Nó s não apanhamo s um g at uno e o de ix amo s se m uma úni ca mar ca. Se nó s so mo s v it o r io so s, nó s dev e mo s pr e nde r o t raido r . Se nó s não pr e nde r mo s o tr aidor , a pe s so a que nó s co quist amo s, de po is de de scan çar um po uco , cla mar á vitó r ia so br e nó s. I fá fo i co n sult ado par a Saan u- ot e , que fo i or ie nt ado a sa cr ificar par a ev it ar de t rat ar uma falt a co m co mpaix ão . De us ama a t odas as co isa s não e m ex ce s so . O sa cr ifí cio : quat ro gr ande s saco las, 3 200 b úzio s e F olhas de I fá; U ma saco la pre nde se u co nt e udo .

177

O rác ulo 123

Ìdí-Òfún Es se O dù fala re mo ção de blo que io s e de uma viag e m ine spe r ada. O bse r v ação o cide nt al: O s ne gó cio s do clie nt e e st ão indo mal; é re co me ndado a t o mada de uma no v a linha de ação .

123 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O jiji fir i co nsult o u I fá par a Ì dí e Ò fún. F o i dit o a e le s que u ma ine spe r ada v iaje m e st av a po r v ir e que de v er iam sa cr ificar de mane ir a que t iv e sse m suce sso ne ssa jor nada. O sacr ifí cio : u ma o ve lha, um po mbo , 18 000 búzio s e fo lhas de I fá (faze r uma so pa co m fo lha s de aik uje g unr e

tr it ur adas, um po mbo e um pe ix e ar o ; te v e ser co mida

be m ce do pe la manha pe la pe sso a o u por qualque r um na casa ).

123 – 2 (Tr adu ção do ve r so )

178

Edidi o s se g ur a e m casa. Ò fún o s blo que ia na flo r e st a. Q ue m ir á salv a-lo s? A pe nas Òr únmì là o s libe r t ar á; A pe nas Òr únmì là. I st o fo i div inado às pe sso as de I fe - Oo ye no dia que e le s fo r am sit iado s. Ele s for am o r ie nt ado s a sa cr ificar um pe nt e , um po mbo e 2 400 búzio s po que so o cabe lo e st á e mbar açado , ape nas um pe nt e po de ar r uma- lo .

O rác ulo 124

Òfún’dí Es se O dù adv er t e co nt r a g ula e eg o í smo . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se pr o cupando de mais co m se us ne g ó cio s; isso re sult a e m dificul dade s de r e lacio name nt o .

124 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò fún limit a sua bo ndade , Wàr àg bà ag e de pr e ssa de for ma que Ò fún não po ssa no s mat ar . I fá fo i co ns ult ado par a O lo rí - Og a. Ele dis se : Q ualque r um que limit e a be ne v alê ncia e m sua casa nunca re ce be r á bo ndade da o utr a par te . Ele fo i or ie nt ado a sa cr ificar um po mbo , u ma o ve lha, uma por ção de o b`e 20 000 búzio s par a per mit ir que a bo ndade flua par a de ntr o da casa.

179

O rác ulo 125

Ìrosù’wonrin Es se

Odù adv er t e par a de sfr ut ar a

pr o spe r idade

que che g a,

dev e mo s

co nse r v ar a paz e har mo nia. O bse r v ação o cide nt al: O suce sso que che g a po de cau sar pro ble ma s familiar e s o u de par ce r ia.

125 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ì ro sù wó nr í n, Ì ro sù wó r inwo n co nsult o u I fá par a as pe s so as de A le de -O wa. Fo i pe dido a

a

e le s

que

sacr ifica sse m

de ze sse i s

po mbo s,

uma

ov e lha,

de ze sse i s

car amu jo s e 16 000 o u 160 000 búzio s de mo do que pude s se m apazig uar a me nt e e e v it ar e m g uer r a civ il.

125 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Er int unde , nó s e st amo s pr o spe r ando . I fá fo i co n sult ado par a as pe sso as de I fe O oy e . Ele dis se : Est e é um ano de dinhe ir o e filho s. U ma o ve lha s, um po mbo e 16 000 búz io s de ve r iam se r sacr ifi cad o s. A s sim e le s fize r am.

180

O rác ulo 126

Oworin’rosu Es se O dù fala da impor t ância do s so nho s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de co nt at o int imo co m sua e ner g ia ance str al par a cor r ig ir difi culdade s munda nas.

126 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Er inmuy e o A dv inho de bo m cor ação , co nsult o u I fá par a O lawun mi quando O lawun mi dor mi u e so nho u. Pe la manhã, pe diu que um sace r do t e de I fá v isse div inar par a e le . Er inmuy e o A dv inho de bo m co r ação , ve io , co nsult o u I fá e e nco nt ro u O wo nr in’ ro s u. Apó s cur t a r e fle x ão , e le dis se : Olawu nmi! vo cê te v e um so nho na ult ima no it e . Est a é a razão de te r co nv idado um babala wo . No so nho v o cê o uv iu o so m de sino s de dança e v iu alg ué m so rr ido par a vo cê . O so nho que vo cê t ev e t rás bo ns aug úr io s. Log o , vo ê dev e sa cr ificar : do is po mbo s, dua s g alinhas, do is paco t e s de o bì , 2 400 b úzio s. Ele se g uiu a or ie nt ação e sacr ifico u. S ua cabe ça fo i c ult uada co m um po mbo . Fo i de clar ado que “O lawumi se mpr e se r ia re spe it ado ”.

181

O rác ulo 127

Ìrosù-Obara Es se Odù fala de div idir co m o s o ut ro s de mane ir a a gar ant ir pr o spe r idade e fe li cidade . O bse r v ação o cide nt al: U m e nco nt ro de ne g ó cio s o u o po rt uni dade que e st á por v ir ser á be m su ce dido .

127 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) U ma v ida de pe g ar —e —lev ar far ia o m undo um lug ar pr aze ir o so par a se viv er . I fá fo i div inado par a Ò r únmì là, q ue se dig ir ia a O t u-I fe par a e ns inar as pe sso as a co nv ive r e m be m tant o e m casa quanto na r o ça. Foi

pr e dit o

que

Ò r únmì là

e st ar ia

apt o

a

int r ui- lo s.

Ele s

ace it ar iam

se us

e nsi name nt o s. M as ante s de e mbar car e m sua jo r nada, e le dev e r ia sa cr ificar uma po r ção de o ro g bo , fo lha s de o g bo , banana s e 16 000 búzio s. A ssi m fe z Ò r únmì là.

127 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O mo ko A lajé , o ta nt a wàr à co ns ulto u I fápar a O y inbo . O y inbo fo i aco nse lhado a sacr ifi car de mo do a capa cit a-lo a co me r ciar abunda nt e me nt e . O sacr ifí cio : u ma quant idade de sal e quiv ale nt e ao valo r de 200 búzio s, uma galinha br anca, um po mbo br anco e 20 000 búzio s. O y inbo sacr ifico u e se t or no u pr o spe ro .

182

O rác ulo 128

Obara-Ìrosù Es se O dù pe de por ini ciação e m I fá par a asse g ur ar be nção . O bse r v ação

o cide nt al:

O

suce sso

do

clie nt e

de pe nde

de

cr e s cime nt o

e spir it ual.

128 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O r e i t ev e um filho ; e le o chamo u de A de (a cor o a). O r ico t ev e u m filho ; o cha mo u de A jé (di nhe iro ). Nó s olhamo s e m no sso quint al ant e s de no me ar mo s uma cr iança. Vo cê não sabe que o filho de O bar a-Ì ro sù é um babalawo ? Est e fo i o I fá div inado ár a as pe s so as no dia que nó s vimo s O bar a-Ìr o sù no sant uár io de I fá. F o i pe dido que sacr ifi cas se m de z r at o s, de a pe ix e s, o sùn e 20 000 búz io s. O clie nt e de v e sr ini ciado e m I fá. Enq uanto e le se t or na t ot alme nt e ve r sado e m I fá, um o sùn de v e se r plant ado par a e le .

128 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) I fá no s fav or e ce u, que cu lt ue mo s e nt ão a I fá. O risa no s favo r e ce u, que cult ue mo s e nt ão Or isa. O risa -nla no s fav o re ce u co m fil ho s. I fá fo i co ns ult ado par a Esu su. F o i pr e dito que Esus u se r ia fav or e cido co m fil ho s. Lo go e le de ve r ia sacr ifi car uma ca br a, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá.

183

O rác ulo 129

Ìrosù’kanran Es se O dù chama pôr aut o -afir mação . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é t imido e facilme nt e do minado no t rabalho .

129 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O luko nr an- iwo si, O luko y a-iwo si. Q ualque r um que lev ar insult o s par a casa co nt inuar á so fr e ndo . I fá fo i co ns ult ado par a O lo g bo , o fil ho de um sa ce r do t e . F o i det e r minado que O lo g bo supe r ar ia to do s o s o bst áculo s e co nqui st ar ia se us inimigo s. F o i pe dido que sacr ifica sse uma faca, pime nt a-da- co st a, 2 200 búzio s e fo lha s de I fá.

O rác ulo 130

184

Okanran’rosù Es se O dù adv er t e so br e o s pe r igo s de açõe s ir r e spo nsáv e is e de clar a que arr e pe ndime nt o g e nuí no se mpr e ser á pe r do ado .. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e fr e que nt e me nt e t e m pr o ble mas co m se u co mpanhe ir o o u filho s.

130 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O ran- k iiba ’ nik iay e -o r i, Enibar i-o ran- He e pa-o nada, O naniy iadur it iwo n co nsult o u I fá par a a galinha e se us pinto s quando e le s e st av am pe r ambula ndo liv r e me nt e . F o i pe dido que e le s sacr ifi cas se m se de se jas se m co nt inuar se mo v e nd o liv r e me nt e se m mo rr er . O sacr ifí cio : u m o sùn, um r at o , um pe ix e , 2 800 búzio s e fo lhas de I fá.

130 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) M á ação pr o po sit al não é bo m. Se uma pe sso a má se de scul pa, não hav e r á ne nhum pro ble ma.

A s pe s so as

se mpr e

pe r do ar ão

o

ig no r ant e .

I mor an- se -ibik o sun wo n

co ns ulto u I fá par a O s’o r an-s’ ak in Me be lu fe . To do o mundo e st av a se que ix ando de le . Se e le se de sc ulpas se ser ia per do ado . A s br ux as, o s fe it ice ir o s e Èsù o pai de le s e st av a blo que ando sua bo a so rt e pr o ve nie nt e de O lo dunmar e . e le fo i co nt udo o rie nt ado a sacr ifi car quat r o po mbo s, uma o ve lha, no ze s de co la, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (pilar fo lhas de oluse saj u e or iji co m sabão - da-co st a; usar e st e r e mé dio par a ban ho ). Ele r eali so u o sacr ifí cio . Lhe fo i asse g ur ado que O lo dunmar e pe diar ia a Ès ù que o per do asse .

O rác ulo 131

Ìrosù-Egúntán

185

Es se Odù e nfat iza a ne ce ssidade de sacr ifí cio e do u so da me dicina he r bal. Pe de par a que a pe s so a se co nt e nha e m faze r mal e se de dicar ao c ult iv o do bo m car át er . O bse r v ação o cide nt al: A s co isas não e st ão fluindo par a o clie nt e .

131 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) U m cacho rr o é ag r adáve l at é o s de nt e s e m sua bo ca. U m car ne ir o é ag r adáv e l at é se u s chifr e s. I fá fo i co ns ult ado par a a pe sso a malv ada. De us in str uiu às pe s so as do mu ndo a re alizar e m sacr ifí cio . Òr únmì là inst r uiu no u so da me dicina. Ele disse que se as pe sso as r e alizam sacr ific io e ofe r e ndas, e las dev e r iam implor ar a Eleg bar a par a que e st e lev e o s sa cr ifí cio s at é O lo dunmar e . De us não t or na o sacr ifí cio o br ig at ór io . Q ualque r u m que de se ja te r su ce sso far á o sa cr ifí cio . Or isa-nla inst r uiu as pe s so as a pr iv ar -se de e nv iar a Èsù me nsag e ns malig nas, de v ido às sua s r e per cu sõ e s. Q uatr o po mbo s, sabão - da-co st a, o sùn e 3 200 búzio s de v er iam ser sa cr ificado s. Elas r e alizar am o sacr ifí cio e de sde e nt ão . Ò r únmì là t e m falado às pe s so as o hábito de t o mar e m se us banho s a cada quatr o dias e o uso de o sùn par a e sfr e g ar no co r po .

131 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ek it ipet e co nsult o u I fá par a O de -ay e e par a Ode - Or un, que fo r am or ie nt ado s a sa cr ificar quatr o po mbo s e 8 000 búzio s de mo do que a caçada de le s t er iam s uce s so . O de -ay e se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio , O de -O r un re alizo u o sacr ifí c io . A Hi stó r ia de I fá: U m dia e nqua nto caçav am, Ode - Or un de u de car a co mcinco gr ande s o vo s so b alg umas fo lhas. e le o s pe go u. Q uando e le alcan ço u u ma e ncr uzilhada, e le cha mo u por por se u co le g a e disse , “O de -ay e , ve nha e peg ue o que e u de ix e i par a v o cê aqui”. Ele e nt ão r et o r no u à sua ca çada. O de -ay e não co n se g uiu nada aque le dia. Q uando e le r et or no u à e ncr uzilha da e e nco ntr o u do is g rande s o vo s, e le o s pe go u co m ale gr ia. I me diat ame nt e apó s e le vo lt ar à caçada, e le co zinho o s ov o s e o s co me u. No dia se g uint e , Ode - Or un fo i par a o lo cal que e le hav ia co le t ado o s ov o s. Par a sua gr ande sur pre sa, e le e nco ntr o u 20 000 búzio s de baixo de cada o vo . Ele r apidame nt e e mbo lso u as t rê s por çõ e s de dinhe iro no pr ime ir o , seg un do e te r ce ir o

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dia. Ent ão e le e nco nt ro u O de -aye e pe rg unt o u a e le , “o que vo cê fe z co m o s ov oo s do o ut r o dia?” O de -ay e re spo nde u, “e u o s co zi e co mi”. “C o mo ?” “Ele s e st av am de li cio so s”. Ent ão Ode - Or un dis se , “Há! e st á te r minado . Vo cê e st á mo rt o . Vo cê O de -ay e nunca pro spe r ar á”. Ho je no s dize mo s: “Ò r únmì là”, que sig nifica “Só De u s po ssu i pro spe r idade . Ele é aque le que po de r ia dar a qualque r pe sso a de aco r do co m sua v o nt ade ".

O rác ulo 132

Ògúndá-Rosù Es se O dù fala do fim das difi culdade s e o co me ço da bo a sor t e .

187

O bse r v ação o cide nt al: Es se é o mo me nt o par a um no vo neg ó cio , u m no vo r e lacio name nt o e no vo s uce s so .

132 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz. Eu fui po br e , ag o r a so u rico . A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz. Eu e st av a só , ago r a e sto u casado . A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz. Eu nunca tiv e um fil ho , ag or a e u te nho v ár io s. A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz. Eu e st av a do e nt e , ag or a e st o u cur ado . I fá fo i co ns ult adso par a a ov e lha, que fo i amaldiço ada pe lo s mut ilado s e ale ijado s. F o i pe dido que sacr ifica sse de mo do que as maldiçõ e s so br e s ua cabe ça fo s se m banida s. O sacr ifí cio : po mbo s, o bì , pime nt a- as- co st a, or og bo e 2 800 búzio s. Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

132 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò g ún e st av a pr o cur ando po r sua e spo sa. Ele a e nco ntr ar ia. I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là. Ò r únmì là fo i or ie nt ado a sa cr ificar e lhe fo i g ar ant ido que e nco nt r ar ia sua e spo sa que e st av a de sapar e cida. O sacr ifí cio : u m r at o , um camar ão . um car amujo e 2 000 búzio s. F o i de cr e t ado que , da me sma mane ir a que a pe sso a bat e e m um car aco l, Ede t rar ia de v olt a a se spo sa de Òr únmì là.

188

O rác ulo 133

Ìrosù-Osa Es se O dù fala do impo rt ância do sacr ifí cio par a ve nce r o bst áculo s e inimig o s. O bse r v ação o cide nt al: Há pe sso as que e st ão co nst ant e me nt e co ns pir ando par a at r apalhar o clie nt e .

133 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

189

A fe fe se -o ri- ig i- her e he r e , Efun funle le niit i- e wé -ag bo n-nik or o niko ro co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là. F o i pe dido que e le sacr ifica sse um cabr it o de mo do a se r v ito r io so so br e se u s inimig o s e v e nce r to do s o s o bst áculo s. Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .

O rác ulo 134

Osa-Rosù Es se O dù fala de paz e dinhe iro co mo se ndo o s ingr e die nt e s e sse nciai s par a o s uce s so e pr o spe r idade . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m uma mudan ça re pe nt ina e m ca sa o u no s ne go cio s.

134 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

190

Paz per fe it a, O sa’ Ro s u. O car amujo v iv e uma v ida pací fica. O sa’ Ro s u co ns ulto u I fá par a A lag e mo . F o i pe dido a e le que viv e sse uma vida pací fica e quiet a. A v ida de A lag e mo se r ia calma. F o i pe dido que e le sacr ifica sse aze it e -de -de ndê , banha de òr í, um gr ande pe ix e ar o e 18 000 búz io s. Ele fe z o sa cr ifí cio .

134 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Q ualque r um que te m dinhe iro e st á apto a co mpr ar co isas bo as. I fá fo i co ns ult ado par a Ee k a-A laje . Ek ik a fo i asse g ur ado que se t or nar ia pr ó spe ro . Ele t ev e muit o s fil ho s. Q uatr o galinha s e 3 200 búz io s se r iam sa cr ificado s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

O rác ulo 135

Ìrosù’Ká Es se O dù fala de paz me nt al e sacr ifí cio par a ev it ar do e nça- do - so no . O bse r v ação o cide nt al: O s ne g ó cio s e st ão mais difí ce is do que de v er iam se r . M iuto t r abalho par a co nse g uir r e sult ado s mini mo s.

135 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O so m de um sino é o uv ido mundia lme nt e . I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là. fo i pr e dito que o no me de Òr únmì là ser ia o uv ido mundialme nt e

191

e t odo mundo asp ir ar ia co nhe ce -lo . Ele fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio par a apazig uar se u e spí r it o . O sacr ifí cio : u m pe ix e ar o , um po mbo e 20 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

135 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A ro k a-A g bo k a co nsult o u I fá par a O sù. O sù fo i or ie nt ado a sacr ifi car pr a se pr e v e nir co nt r a a do e nça do so no que po de r e sult ar e m mor t e . O sacr ifí cio : u ma fle cha e m se u e sto jo , uma ov e lha e 4 400 búzio s. Ele o uv iu e sacr ifi co u. F o i de cr e t ado que “uma fle cha nu nca do r me e m se u e sto jo ”.

O rác ulo 136

Ìká’rosù Es se O dù fala de vida lo ng a e po pular idade . O bse r v ação o cide nt al: C o mpe t ição e m um re lacio name nt o po de ser r e so lv ido a fav or do clie nt e .

136 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A y ink a, o A div inho de Ì ro sù, co ns ulto u I fá par a Ì ro sù. F o i pe dido a Ì ro sù que sacr ifi cas se de mo do que e la fo sse apo nt ada co mo a mais po pular das ár vo r e s. O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha br anca e 12 000 búzio s. Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

192

136 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A y ink a, o A div inho de Ì ro sù, co ns ulto u I fá par a Ì ro sù. F o i pe dido a Ì ro sù que sacr ifi cas se de mo do que t iv e sse vida lo ng a. O sacr ifí cio : o ve lha, pe per e k u e 3 200 búzio s. Ela sa cr ifico u. F o i de cr e t ado : “Pe per e k u v iv e r á lo ng ame nt e ”.

O rác ulo 137

Ìrosù’Túrúpòn Es se O dù adv er t e co nt r a mal car at er e o fer e ce uma saida par a se te r filho s sa udáv e is. O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù aj uda as mulhe r e s a e v it ar abor to s.

137 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) P upadamo fun fun co nsult o u I fá par a Sò pò nná A f’o lug bo ro da’ ju -o ran- r u, c ujo car áte r não de ix av a que as pe sso as fala sse m de se u no me . F o i pe dido a e le que sa cr ificas se de fo r ma que Ò r únmì là pude s se ajuda -lo a ame nizar se u car at er . O sacr ifí cio : u m po mbo (se m mancha s), 1 800 búzio s e fo lhas de I fá. Sò pò nná se r e cuso u a sacr ifi car . Se e le t ive s se fe iro o sacr ifí cio , Òr únmì là te r ia ame nizado se u car át er de fo r ma que se u no me fo sse be m falado no mundo .

137 – 2 (Tr adu ção do ve r so )

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Ì ro sù’ T ur upo n co nsult o u I fá par a A bimok u. A bimok u fo i or ie nt dado a faze r sa cr ifí cio . A bimo k u se mpr e dar ia a luz a cr inaça s que so br e v iv e r iam. O sacr ifí cio : uma t ar t ar ug a e 16 000 búz io s. Ela sa cr ifico u. F o i aco nse lhado que o no me de la fo sse muda do par a M ola ( uma cr iança so br ev iv e ). "É pro ibido . U ma tart ar ug a jov e m nun ca mo rr e ".

O rác ulo 138

Oturupon’Rosù Es se O dù adv er t e co nt r a de sar mo nia e m um re lacio name nt o . O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù pe de por maio r int imidade , r e lação aber t a co m o co mpanhe ir o da pe sso a.

138 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O t ur upo n’ R o su, A r iwo ni co ns ulto u I fá par a De l umo . Ela fo i pr ev e nida de que se u mar ido a pe rt ubar ia. Po r é m, se e la fize ssa sa cr ifí cio , se u mar ido lhe dar ia paz me nt al. O sacr ifí cio : do is car amujo s e 4 400 b úzio s. Ela sa cr ifico u. F o i de clar ado : “do is car amu jo s nun ca se cho cam”.

194

138 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Es ur u awo Ir e co ns ulto u I fá par a O t ur upo n quando e st e e st av a indo de spo sar Ìr o sù. Lhe fo i as se g ur ado que e le t er ia muito s filho s e ne t o s pe lo casame nt o . U ma por ção de o bì , uma galinha e 3 200 búzio s de v er iam se r sacr ificado s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

O rác ulo 139

Ìrosù’Túrá Es se O dù fala de co isas que são -no s bo as me smo que não go st e mo s de las. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m uma de sagr adáv e l po r é m ne ce s sár ia t ar e fa a cumpr ir .

139 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Há dias e m que nó s lo uv amo s as pe s so as más. I fá fo i co nsult ado par a Olo dunmar e , que fo i aco nse lhado a sacr ifi car par a as se g ur ar que a pe s so a que e le plane jav a e nv iar e m missão não r e cusa sse a t are fa de faze r do mun do um lo cal pací fico . Dua s t ar t ar ug as, fo lhas de o g bo e 6 600 b úzio s fo r am sacr ifi cado s. A pó s o sacr ifí cio , e le e nv io u Ì ro sù’ T úr á ao mu ndo . A s pe sso as que ix ar am-se que o car át e r de Ìr o sù’ Túr á não e ra bo m. Odùd ùa dis se que e le e nv io u Ìr o sù’ Túr á par a o be m da humanidade ; e nt ão e le não o sub st it uir ia po r o ut ro qualq uer . Ele disse : Se um g r upo de pe sso as se r e une , apó s alg um te mpo o me smo se dispe r sa. Qual impr e ssão dar ia se as pe s so as se r e unis se m dur ant e um te mpo muit o lo ng o , at é fi car e m impo ssi bilit ado s de se dispe r sar e ir par a suas re spe ct iv as casas ?

195

O rác ulo 140

Òtúrá-Ìrosù Es se O dù fala de a ho ne st idade ser o único caminho par a se co nse g uir pazde - e spír it o e har mo nia. O bse r v ação o cide nt al: F re qüe nt e me nt e , as re laçõ e s co me r ciais do clie nt e e st ão e m per ig o .

140 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Gba sidig bar a co nsu lto u I fá par a O niko y i. O niko y i to mar ia a pro pr ie dade de alg ué m. O niko y i se de cidir ia a ut ilizar a pro pr ie dade par a si. F o i pr e dito que o ca so ge r ar ia calo ro sa disc ussão . Ent ão e le dev e r ia fazer um sacr ifí cio de de z car am ujo s e 3 200 b úzio s. F o i pe dido que dev o lv e s se t udo que não lhe per t e nce s se .

140 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò t úr á de s canço u, Ìr o sù dis canço u: e la co nsult o u I fá par a O lú-I wo . O lú- I wo e sua e spo sa fo r am asse g ur ado s da paz- de -e spí r it o . U m po mbo e 4 400 búzio s se r iam o fer e cido s e m sacr ifí cio . Ele o uv iu e sacr ifi co u.

196

O rác ulo 141

Irosu-Ate Es se O dù pe de por ini ciação e m I fá par a co nse g uir su ce sso e v ida lo ng a. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa se g uir u m camin ho e spir it ual.

141 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ì ro sù -A te co ns ult o u I fá par a Ò r únmì là. fo i pr e dito que Ò r únmì là iniciar ia pe s so as por t o do o mundo . F o i pe dido que sacr ifica sse uma g alinha, fo lhas de te t e , 3 200 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

141 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) À ik ú-e g bo n-Ì wa co ns ult o u I fá par a Ì ro sù e Ìr e te , que fo r am av isado s a sa cr ificar par a que co nt inuas se m a se r e m fav or e cido s por Ò r únmì là e não per e ce r e m. U ma ca br a e 20 000 b úzio s se r iam sa cr ificado s. Ele s sacr ifi car am. F o i de clar ado que Ò r únmì là se mpr e v iv e r ia no iy è -ir ò sù.

197

O rác ulo 142

Irete’Rosù Es se O dù fala de e mpe cilho s e difi culdade s ine spe r adas. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e co m fr e qüê ncia e st á se nt indo pr e ssão — se m uma cau sa facil me nt e ide nt ificáv e l.

142 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I re t e ’R o su co nsult o u I fá par a O lo fin. O lo fin fo i aco nse lhado a ofe r e ce r sacr ifí cio de v ido pr o ble mas ine spe r ado s. U m po mbo br anco , uma galinha br anca e 20 000 búzio s. dev e r iam se r sacr ifi cado s.

198

O rác ulo 143

Irosu-Ose Es se O dù fala de ve nce r dific uldade s e me lhor ar o s neg ó cio s. O bse r v ação

o cide nt al:

C amin ho s

no vo s

ou

apr ox ima çõ e s

re sult am

em

s uce s so .

143 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Nó s o uv imo s o so m do o sù de O se saudando as pe sso as. Nó s pe rg unt amo s o que O se e st av a faze ndo , so ando se u o sù. O se e st av a co nquist ando se u s inimig o s. O se e st ar ia pr e o cupado co m se u t rabalho de div inhação . O sacr ifí cio : u m po mbo , um r ato , um pe ix e e 2 800 búzio s. Ele o be de ce u e sacr ifi co u.

199

O rác ulo 144

Ose-Rosù Es se O dù fala da re mo çaõ da dor e da t rist e za. O bse r v ação

o cide nt al:

A t iv idade

mundana

caót ica

e st á

re sult ando

em

infe li cidade .

144 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A bat alha é do lo r o sa, a cidade é mi se r áv e l. I fá fo i co ns ult ado po r O se . O se fo i aco nse lha do a sacr ificar de fo r ma que e le e st ar ia se mpr e fe liz. O sa cr ifí cio : u m sino , uma po r ção de obì , uma gr ande tije la de inhame pilado , uma t ije la de so pa, 2 000 b úzio s e fo lha s de I fá. Ele se re cu so u a sa cr ificar .

144 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O biy e nme y e nme co ns ulto u I fá par a o g alo e par a a galinha. A s av e s co nt inuar iam a se r pro dut iv as. F o i pe dido que sacr ifica sse m uma ca br a e 20 000 búzio s. Ele s sacr ifi car am.

O rác ulo 145

200

Ìrosù’fún Est e O dù fala de pr ot e ção co nt r a e nfer midade s de fo r ma a te r bo a sor t e . O bse r v ação

o cide nt al:

O

clie nt e

e st á

se

pr e o cupando

de mais

co m

r e lacio name nt o s pre j udican do o s neg ó cio s.

145 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ì ro sù’ f ún, o so m da ch uv a é o uv ido e m to do lug ar . I fá fo i co ns ult ado par a Ek un (o le o par do ). Lhe fo i pe dido que sa cr ificas se de fo r ma que não pude s se se r at acado po r Sò npò nná. O sa cr ifí cio : v er t a aze it e -de - de nd ê e m uma t ije la, milho t or rado e e ko mist ur ado co m ág ua e m uma caba ça. Ek un sa cr ifico u mas não fe z co rr e t ame nt e . Ele se gabo u que não tinha cer t e za que alg ué m po der ia der ro t a-lo e m co mbat e . Ele fo i info r mado que Sò npò nná o at acar ia mas não po der ia mat a-lo .

145 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ì ro sù’ f ún, uma ino ce nt e cr iança nas ce u. Ì ro sù’ f ún, nó s dev e mo s lav ar a ca be ça do clie nt e . I fá fo i co ns ult ado po r Òr únmì là. Ele fo i as se g ur ado que bo a so rt e e st av a e m se u caminho . U m po mbo e 2 000 búzio s dev e r iam se r sacr ifi cado s. Ele o uv iu e fe z o sacr ifí cio .

O rác ulo 146

Òfún’Rosù

201

Es se O dù fala de sacr ifí cio par a re mov e r tr ist e za par a uma v ida lo ng a e fe liz. O bse r v ação o cide nt al: Es se Odù é uma bo a indi cação par a no vo s e int imo s r e lacio name nt o s.

146 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò fún’ R o sùn co nsult o u I fá par a Ewa- olú. F o i pr e dito que Ewa-o lú se r ia t er ia u ma v ida fe liz. O sacr ifí cio : U ma g arr afa de me l e 14 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

146 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò fún e st á distr ib uindo bo ndade . Ò fún não faz ne nhum alar de so br e is so . Pe sso as co mo Ò fún são difí ce is de se e nco ntr ar na t er r a. Q ualque r um que de se ja re alizar mar av ilha s dev e olhar par a o par aiso . O Par aiso é o lar da ho nr a. I fá fo i co ns ult ado par a o s se r e s hu mano s, que falar am que a mor t e se mpr e o s le v ar iam a ve r as mar av ilhas e m cé u. F o i pe dido que sacr ifica sse m de mane ir a que a e sc ur idão e a t rist e za fo s se m banida s de se us ca minho s. O sa cr ifí cio : quat ro g alinhas, quatr o t art ar ug as, quat ro pe daço s de t e cido br an co e quat ro paco t e s de o bì . Ele s o uv ir am mas não sa cr ificar am.

O rác ulo 147

Owonrin’Bara Es se Odù pe de par a olhar mo s de ntr o de nó s me s mo s par a o bt e r mo s r e spo st as par a no sso s pr o ble mas.

202

O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de e spe r ar uma mudan ça po sit iv a na sor t e .

147 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ele me ve , Eu não o ve jo . O wo nr in’ Bar a div ino u par a O wa. F o i dit o que o que pro cur amo s e st á per to de nó s, mas por cir cu nst ancia s ine spe r adas. F o i pe dido sa cr ifí cio par a que Bar a A g bo nnire g un po ssa mo str ar -no s. Ò r únmì là, Te st e munha do De st ino , Se g undo Se r Supr e mo de O lo dunmar e disse : O que e st amo s pro c ur ando e st á pe r to de nó s; nada no s impe de de v er que e le salv a da ig nor ân cia. O sacr ifí cio : u ma g alinha, 20 000 búzio s e re mé dio de I fá (dua s O rí awo nr iwo n). Ele sa cr ifico u. F o i dit o e nt ão que O o wa se mpr e e nco ntr ar ia o que e le pr o cur asse .

147 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A s r e de s abu ndam par a o pe scado r I bada div ino u par a De ’ do . F o i pr e dito que e le dev er ia ser um pe scado r . F o i pe dido que fize sse sacr ifí cio par a vida lo ng a e saúde . O sacr ifí cio : pe pe r ek u, uma o ve lha, um po mbo e 2 800 búzio s. Ele fe z o sa cr ifí cio . O rác ulo 148

Obara’Wonrin Em ibi, e sse Odù fala de uma pe sso a ag indo ir r acio nalme nt e ; e m ir é fala de pro spe r idade po t e ncial. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa se tr anquilizar - se par a obt er s uce s so .

203

148 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A g be t e m a v oz de jo go . A luko te m a v o z de ve ne no , O bar a’ Wo nr in t e m a v oz de maso r o masor o (e u far e i o mal, e u far e i o mal) fo i div inado par a Eg bi n-o l’o r ung og or o , que e st av a indo se e nco nt r ar par a dançar e lhe fo i pe dido que sa cr ifica sse dua s g alinhas e 3 200 búzio s. Eg bin ouv iu e sa cr ifico u. quan do e le che go u ao lo cal, e le ult r apasso u to do s o s o ut ro s na dança co mo pr e dito . Se us co mpan he iro s ficar am fur io so s e e nv iar am Esi n par a bus car um v e ne no que e le s pude sse m ut ilizar par mat ar Eg bin. Q uando Esin e st av a re to r nando , co me ço u a cho v er e a r o da de dançar ino s dispe r so u- se . A chuv a ume de ce u a dr og a no co r po do cav alo (e sin ). O v e ne no fe z Esin ficar fur io so e cor r er . De sde e nt ão , o ve ne no fe z e sin fug ir r e pe nt iname nt e co m me do e cor re r se m ning ué m o g uiar .

148 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O que sabe m v o cê s so br e isto ? Nó s co nhe ce mo s ist o co mo aleg r ia. I st o fo i div inado par a Òr únmì là A lade quando e st av a e le e m dific uldade . Ele s disse r am: O ano de rique za s che g o u. F o i pe dido que sacr ifica sse um po mbo , sal e 2 000 b úzio s. Ele sa cr ifico u. O rác ulo 149

Owonrun’Konran Em ibi e sse O dù fala da ne ce ssidade de sacr ifí cio par a ev it ar acu saçõ e s co nt r a o clie nt e . Em ir é fala de mo me nt o s de pr azer par a o cl ie nt e . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a ser mais r e alist a co m r e spe ito as sunt o s co t idiano s.

149 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

204

Há u m dia, um dia de ale gr ia; há um o ut ro dia, um dia de lág r imas. Q ual dia é e st e ? Disse r am e le s que e st e é um dia de tr ist e za. I st o fo i div inado par a O bahun- I japa (t ar t ar ug a) af’o r an-bi- ek un -s’ e r in. Ele s disse r am: Ho je é dia de acusa çõ e s inj ust as. Ent ão e la fo i aco nse lhada a sa cr ificar e fun, o sùn, um po mbo , fo lhas de alg o do e ir o e 2 200 búzio s. Ela o uv iu as palavr as ma s ná fe z o sacr ifí c io . Ela disse que não impo rt a quão g rande tr ist e za pude sse r e cair so br e se us o mbr o s que e la não pude sse mante r o sor r iso e m se us lábio s. Ela sacr ifi co u de po is, quando fal sas acusa çõ e s se to rnar am muit o s pe sada s par a e la. A nt e s que fo lhas de I fá fo sse m pr e par adas par a Ì japá, fo i- lhe dit o que a o fe r e nda do br o u. Ela o uv iu e sacr ifi co u. Lhe fo r am dadas fo lhas de I fá (t r it ur ar as fo lhas co m o utr o s ing r e die nt e s me ncio nado s acima co m sabão par a o clie nt e ut ilizar no banho ). 149 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Há u m dia, um dia de ale gr ia; há um o ut ro dia, um dia de lág r imas. I st o fo i div inado par a Eg ase se , o pássar o no alg o do e iro . Ele pe rg unt o u, “que dia é e sse ?’ . Lhe fo i dit o que é o dia de aleg r ia e de fo lg ue do . Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car um po mbo , uma cabaça co nt e ndo inhame pilado , uma t ije la de so pa, v inho de palma e 3 200 búzio s. Ele o uv iu o co nse lho e sacr ifi co u. O rác ulo 150

Okanra’wonrin Es se O dù fala so br e pro ble mas j udiciai s e de s uas r e per c ussõ e s. Cr ime s se r ão puni do s. O bse r v ação o cide nt al: C o m fre quê n cia, o clie nt e e ncar a pro ble ma s judi ciais — co m o g ov er no o u co m a R e ce it a Fe de r al, por e x e mplo .

150 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) So fr ime nt o pro lo ng ado fo i div inado par a Ok anr an co ntr a que m pro ce s so s judi ciais fo r am in st ig ado s. Ele s disse r am que sacr ifí cio dev e r ia se r fe ito de fo r ma que

205

O kanr an não fale ce sse dur ant e o pro ce sso . O sacr ifí cio : um po m bo , uma o ve lha e 2 200 búz io s. Ele sacr ifi co u. F o i dit o que : O kanr an de sca nçar á. Po mbo s junt am bê n ção s a t or to e a dir e ito e m ca sa.Lo ngo é o t e mpo de vida da o ve lha; e la re ce be u a bê nção de uma e x ist ê ncia pací fi ca. O mundo int e iro go st a de dinhe ir o . Not a: A maio r par t e do dinhe ir o de sacr ifí c io dev e se r dada ao s o utr o s; ape nas uma pe que na por ção se r á do babala wo . 150 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Je k o se k a (lhe de ix e fazer mal ) apo ia O sik a; Je k o se bi (l he de ix e pr at icar cr ue ldade ) apo ia A se bi. I fá fo i co ns ult ado par a o pe t ulant e , que diz que Òr únmì là é che io de adv er t ê ncias mas que far á o que lhe de r na te lha. Ele s e st ão pr at icando o mal; e le s e st ão faze ndo maldade ; as co isa s mundanas são bo as par a e le s. I st o fo i re lat ado a Òr únmì là, que dis se , “Por é m, quant o t e mpo po ssa lev ar , v ing ança e st á por v ir , da me sma mane ir a que as o ndas d’ o ce ano que br am, suav e me nt e arr uí na a car g a e o s neg o cio s e nqua nto t rabalha. Q uando a ho r a che g ar , e le s fug ir ão ". U m sa cr ifí cio dev e se r fe it o par a impe dir Je k o se k a e Jek o se bi ade nt r ar e m e m nó s, de for ma que se me lhant e s não no s e s car ne ça no fim. O sacr ifí cio : de ze s se is car amujo s, aze it e -de - de ndê e 18 000 búzio s. Ele s o uv ir am e sacr ifi car am.

206

O rác ulo 151

207

Oworin-Egúntán Es se O dù fala de co nflito s e dific uldade s no s neg ó cio s e no lar . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nv o lv ido e m um co nfl ito que não po de v e nce r . De ve co r t ar g asto s.

151 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O wo nr in-Eg únt án div ino u par a O dan que e st av a e m me io a inimo go s (o u se ja, to das as ár vo r e s da faze nda e r am ho st is à árv or e Edan). Ele s co nt r at ar am um mo nst r o que po de r ia bat e r e m O dan que e st á dia e no it e ao ar livr e . F o i pe dido a O dan sa cr ificar de mane ir a que o mo nstr o náo pude sse peg a- lo . O sa cr ifí cio : u m rato , um pe ix e ar o , de ndê , banha de òr í , 2 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. Ele s disse r am: “o mo nst ro não po de peg ar Odan ao ar liv r e . Odan se mpr e ser á r e spe it ado ”.

151 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Pe r e g un-s usu co nsult o u par a O wo n e Eg únt án. Fo i pe dido que sacr ifica sse m de mane ir a que e st ar ia be m co m O wo n e Eg únt án sua e spo sa. O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o ve lha, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. ( e smag ar fo lhas o loy inwi n e m ág ua par a o clie nt e lav ar sua ca be ça co m sabão ). Ele sa cr ifico u.

O rác ulo 152

208

Ogunda Wonrin Es se O dù fala de po s sív e l inv e ja, ci úme s e co nflit o s dev ido ao suce sso do clie nt e . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e v it o u uma co nfro nt ação . A co nfro nt ação de v e se r ealizar .

152 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) U ma pe sso a pr e g uiço sa dor me e nquant o um o per ár io t rabalha; o tr abalhado r finda s ua jor nad a e o utr o s co me çam a inv e ja- lo . I sto fo i div inado par a Òg ún. Fo i pe dido que e le sa cr ifica sse de mo do que aque le s que o inv e jav am fo s se m de str uido s. O sa cr ifí cio : um po t e d’ ág ua, um car ne ir o , 2 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u. F o i dito que “A caba ça que faz do po te d’ ág ua um inimig o , que br ar á a cami nho do r io ; aque le s que t e m av er são por v o cê mo rr e r ão ”.

152 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) M ar que o O dù Ò g úndá Wo nr in no iy e -ì ro sù e inv o que I fá de st e mo do : “Òg ún dá Wo nr in! Q ue a bat alha que e u lut ar e i se ja par a minha ho nr a. Vitó r ia apó s a lut a pe rt e nce ao le ão . Vitó r ia apó s a lut a pe rt e nce a Ààr á. Òg úndá! Vo cê o s jog a ao chão no co mbat e to do s o s dias, e m to do s o s lug ar e s. Q ue a bat alha que e u lut ar e i se ja par a minha ho nr a. A jag b uy i”. Po nha o iy e -ì ro sù no de ndê e lambe isto ante s de sair par a o ca mpo de bat alha. O u mo a junt o co m ipe -e le (li malha de fe r ro ), iy i- ek un (pe le de leo par do ) e pime nt a-da- co st a de aija co m e dun -ààr á, mar que o Odù Ò g úndá Wo nr in ne le , e inv o que co mo assi ma. Esfr e g ue na ca be ça ant e s de lut ar .

O rác ulo 153

Owonrin-Osa

209

Es se Odù fala da ne ce ssi dade de co r ag e m e m co nf lito s que e st ão por vir e te r ca ut e la co m nov o s r e lacio name nto s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e t o mar cuidado no re lacio name nt o co m uma pe sso a ”po br e ”.

153 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O wo nr in-O sa: Ele g bar a não f ug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lo r io sa bat alha par a Ele g bar a. À àr á não f ug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lor io sa bat alha par a À àr á . Ek un (o le ão ) não fug ir á no dia de uma bat alha. U ma glo r io sa bat alha par a Ek un. Eu não fug ir e i no dia de uma bat alha; que me u s so ldado s não fu jam no dia de uma bat alha. Not a: Pro nun cie as palav r as acima so br e o iy e -ì ro sù mar cado co m O wo nr in-O sa. Tr it ur e ipe - e le , co lo que e m uma ca baça e mi st ure co m ag idi (f ubá) e be ba co m se u s so ldado s.

153 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) I k un, o A wo da e st r ada, div ino u par a O wo nr in, aler t ando -o que uma mulhe r fug it iv a vir ia a se r sua e spo sa. Fo i pe dido que sa cr ificas se par a que e la pude s se ade nt r ar à sua ca sa co m c uidado . O sacr ifí cio : car amujo , 2 000 búzio s e fo lhas de I fá ( co zinhar um caldo co m fo lha s de è so co m car amu jo s par a se r t o mado pe lo clie nt e ). e le o uv iu e ascr ifi co u.

O rác ulo 154

Osawonrin Es se Odù fala so br e a inut ilidade de se fug ir de pro ble ma s e que st õ e s v er go nho sa s.

210

O bse r v ação

o cide nt al:

O

clie nt e

po de

e nco ntr ar

mudança s

s ubit as

de sag r adáv e is no s re lacio name nto s.

154 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ewé O mo div ino u par a O sa, ale rt ando -o que fug ir se r ia inút il po r que o mundo o v er ia e r ir ia de le . Lhe fo i aco nse lhado faze r sacr ifí cio de mo do que o s ass unt o s v er go nho so s não pude sse m so br e v ir . O sacr ifí cio : um car amujo , um po mbo e 3 200 búz io s. Ele fe z co mo aco nse lha do . A pó s o sacr ifí cio , o babalawo o uv iu a se g uint e cant ig a de I fá: O sa não r o ubo u, he n! O sa não ut ilizo u fe it iço s malé fi co s, he n! O sa não co nt o u o s se g r e do s de se us amig o s, he! O sa não me nt iu, he n! M inha que st ão se t or no u ho nr ada; Eu o fe r e ci um pássar o e m sacr ifí cio (tr ê s v e ze s). M inha que st ão se t or no u ho nr ada, e assi m po r diant e . To das as pe s so as que e st av am ali cant ar am e m co ro .

154 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A t e wog ba (co nse nt ime nt o ) div ino u par a A so le (se nt ine la; cão ). A so le fo i o r ie nt ado a sacr ifi car de mane ir a que se u car át e r pude sse se r ace it áv e l pe las pe s so as do mu ndo . O sa cr ifí cio : me l, uma galinha e 2 000 búzio s. Ele seg ui u a o rie nt ação e sa cr ifico u.

O rác ulo 155

Owonrin’Ká (Erinsija) Es se Odù g ar ant e s uce s so atr av é s da mo de r ação . Em ibi, e le pr ev ê so luçõ e s atr av é s de sa cr ifí cio s, par a mor t e e ho st ilidade .

211

O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e pe nsar cuidado same nt e ant e s de ag ir .

155 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò r únmì là di sse O wo nr in’ K á, e u disse O wo nr in’K á. Eu per g unt e i por que O wo n e st á r indo animadame nt e . Ò r únmì là disse : Há dinhe iro , u ma e spo sa, fil ho s e co isas bo as e m sua ca sa. A vida de O wo n é pe r fe it a. O wo n co lo co u t udo e m equilí br io . O wo n não co me se m ante sav aliar aquilo que co me . O wo n não be be ág ua se m ant e s av aliar aquilo que be be . O wo n não usa r o upas se m ant e s av aliar aquilo que v e st e . O wo n não co nst ro i uma casa se m ant e sav aliar aquilo que co nst ro i. I st o fo i div inado por A fiwo n- se - ohun -g bog bo e m I fe - Oo ye , e t ambé m par a O yinbo . Fo i pe dido que e le s sa cr ificas se m par a que nu nca pe r de sse o e quilí br io . O sacr ifí cio : quat ro pime nt asda- co st a, quatr o bo lsas, fo lha s de me u, quatr o mo r ce go s e 4 200 búzio s. Ele s sa cr ificar am. Lhe s for am dadas fo lhas de I fá co m a g ar ant ia que qualque r co isa que e le s se g ur asse m, não de ix ar iam cair . U ma mo r ce go não se pr e nde e m uma ár v or e par a de po is de sist ir e cair .

155 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) K ar inlo , Kar imbo wale . Se uma cr iança não ca minha, não par e ce r á e x per t a. I sto fo i div inado par a par a A de moo r in Ay ank ale . Lhe fo i pe dido que sa cr ificas se de mane ir a a não tr o pe çar nas mão da mor t e , o u se e le se se nt is se nas mão s da mo rt e , que e st a não pude sse le v a-lo . O sa cr ifí cio : uma tart ar ug a, e so -ik u (um t ipo de se me nt e ) e 20 000 búzio s. Ele seg ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

155 – 3 (Tr adu ção do ve r so ) O wo nr in’K á div ino u par a Ò rúnmì là, que e st ar ia camin hando ao r e dor do mundo . F o i pe dido que sacr ifica sse par a que as mão s daque le s que o me no spr e za não t iv e s se m po der so br e e le . O sa cr ifí cio : no ze s de k o la se ca s, or og bo , omo -ayo (um t ipo de se me nt e ), um po mbo , uma g alinha, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu e sa cr ifico u. Ele s disse r am: as unha s do s ho me ns não in fe ct am as no ze s de ko la, o ro g bo , o mo -ayo ; as mão s do s que me no spr e zam a t i não te afe t ar ão .

212

O rác ulo 156

Ìká’wonrin Es se O dù pe de par a ev it ar açõ e s pr e cipit adas par a que se e v it ar de sgo st o s. O bse r v ação o cide nt al: De se quilí br io e mo cio nal cau sar á per das a tr abalho .

156 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

213

A pe sso a má não pe sa s uas açõ e s. I sto fo i div inado par a A labamo (aque le que pe sa), que fo i or ie nt ado a sacr ifi car quatr o car amujo s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá par a que e le po ssa faze r co isas bo as. Ele o uv iu as palavr as mas não sa cr ifico u.

156 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ì k á-npoy ink a’ wo n (mal fe ito r e s são dando vo lt as e m t or no de si); Ò wo n e st a v a g ar g alhando . I st o fo i div inado par a as pe sso as e m I fe -O oy e . Elas fo r am or ie nt adas a sa cr ificar de mane ir a que se u s inimig o s não as re t ir as se m de s ua po sição o u as r e leg as se m a t ar e fa s se cundár ias. O sa cr ifí cio : e fun, o sùn, um po mbo , uma o ve lha e 2 400 búz io s. Ele s ouv ir am e sacr ificar am. O baba lawo dis se : Fo i A bar iwo n que dis se que I fe não de v er ia se e x pandir na t er r a po is se r ia de st r uí da. Ò r únmì là! Nó s não disse mo s que I fe não se e x pandir ia. Q ue viv amo s lo ng a vida. Q ue no ssa s pe g adas no mundo não se jam apag adas.

O rác ulo 157

Owonrin-Oturupon Es se Odù pro põ e t anto so luçõ e s par a mor t e s pr e mat ur as de cr ian ças, quant o par a o s uce s so de uma viag e m que e st á por v ir . O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù o fe r e ce ao cl ie nt e pr e v e nção co nt r a abor t o .

157 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Si mpat izant e s div inar am par a Ek u- de’ de (o lamur iant e não faz nada) de v ido `mor t e pr e mat ur a de se u filho .

214

Ele fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio par a capacit a- lo a fin dar as mo rt e s pr e mat ur as de se u s filho s. O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, 2 800 búzio s e fo lhas de I fá.

157 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O wor in e st av a indo e m uma jor nada; e le e nco nt ro u Ot ur upo n pe lo ca minho . I st o fo i div inado por Ò r únmì là. Ele s disse r am: Ò r únmì là r et r ibuir á co m bo ndade . O sacr ifí cio : do is po mbo s e 4 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

O rác ulo 158

Oturupon-Owonrin Es se O dù fala de aleg r ia que e st á por v ir e da ne ce s sidade de pr ot e g er sua r e put ação . O bse r v ação o cide nt al: U m r e lacio name nt o não mo no g âmico po de causar pro ble mas.

158 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O t ur upo n- O wo nr in, nó s e st amo s dançando , nó s e st amo s no s re go zijando . O t ur upo n- O wo nr in nó s e st amo s br in cando . I st o fo i div inado par a aque le s e m Oy o.

215

Ele s dis se r am: A lgo que co nt e nt ar á o s cor açõ e s de le s e st á pró x imo . Se apr ox imando r ápido , mas e le s de v er iam sacr ifi car quat ro po mbo s, ba st ant e aze it e - de -de ndê e 8 000 búz io s. Ele s o uv ir am e sacr ifi car am. Ele s disse r am: Ès ù não se r á capaz de t ir ar sua aleg r ia. 158 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O dinhe iro me vê e me se g ue , O t ur upo n- O wo nr in. U ma e spo sa me vê e me se g ue , Ot ur upo n-O wo nr in. U m filho me vê e me se g ue , O t ur upo n- O wo nr in. I sso fo i div inado par a Olasim bo At e pamo se - Ko lamale lo , que fo i aco nse l hado a sacr ificar de mane ir a que sua ho nr a não lhe fo sse t ir ada. O sacr ifí cio : u ma o ve lha e 4 200 búzio s. Ele sa cr ifico u.

O rác ulo 159

Owonrin-Òtúrá Es se O dù fala so br e e v it ar co nflit o s co m um for t e o po ne nt e . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e e v it ar um co nflit o fí sico o u um de se jo de "ir a de sfo rr a" co m alg ué m.

159 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I jam ja se mpr e e st á pr e par ado div ino u par a Ì g bí n (car amujo ) O me so quando e le e st av a indo lut ar co m Ek un (leo par do ). Ele s dise r am: O le o par do e st á se mpr e pr e par ado e o car amu jo não de v er ia se av e nt ur ar [a de safia -lo ]. Nó s de ix amo s por co nt a daque le que é mais po de ro so que nó s, O lor un. Ele fo i aco nse l hado a faze r sacr ifí cio de fo r ma que de st ino po der ia lut ar po r e le . O sacr ifí cio : u m abahu n-ì japá (t ar t ar ug a) e 3 200 búz io s.

216

O car amujo sa cr ifico u.

159 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Nó s pr o cur amo s muit o por ist o ; nó s o ac hamo s. I st o fo i div inado par a a fo lha g bég bé , a qual fo i or de nada a sa cr ificar de for ma que po de sse te r bo a sor t e e m co nfiar . O sacr ifí cio : de ze s se is or og bo e 4 400 búzio s. Ela o uv iu as palav r as e sa cr ifico u. Ele s disse r am: A mo rt e não lev ar á g bég bé , do e nça não a jo g ar á ao so lo . Gbé g bé se mpr e e st ar á ve r de .

O rác ulo 160

Otura-Wonrin Es se Odù fala da mo r te co mo part e da o r de m có sm ica co mo t ambé m da ne ce ssidade de co nscie nt ização fí sica e e spir it ual. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não e st á se ndo at e ncio so s o u amor o so o s uficie nt e co m se us filho s.

160 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O O nis cie nt e co nhe ce aque le s que t rat am o pr óx imo co m maldade . Pe sso as do cam po r e co nhe ce m pe sso as da cidade . Viajant e s da Ter r a e viaja nt e s do Cé u, nó s v er e mo s cada um de le s nov ame nt e . C upi ns não se dispe r sam se m lo go e m se g uida se r e ag r upare m. I sto fo i div inado par a nó s se r e s humano s que se lame nt am pe lo o mo rt o . A s pe s so as da t er r a e st ão r et or nando par a o nde e le s v ier am. Par a quê as lagr imas ? Par a quê t r ist e za? Par a quê mo v er a si me s mo par a ci ma e par a baix o ? Par a quê je juar ? A que le que no s e nv ia é o me s mo que no s chama de vo lt a à ca sa. Aquilo que

217

no s ag r ada na te rr a não agr ada a Edùmar è . A s pe sso as na te rr a se r e une m e faze m o mal. Edùmar è não go st a disso ; Edù marè não ace it a is so . Ent ão , se e u dig o v ai, vo cê v ai e se e u dig o ve m, v o cê ve m. Se uma cr ian ça não co nhe ce se u pai, a t er r a não e st á ce r t a. A mo rt e é aquilo que le v a uma cr ian ça a co nhe ce r o C é u. Q ue m e st á pe nsa ndo e m Edùmar è ? Se não ho uv e sse Èsù, o que pe nsar iam o s po br e s? To do mu ndo e st á pe nsando e m si me smo ; e le s e st ão pro cur ando co mida e be bida. M ist ér io da e sc ur idão ! U ma cr iança não co nhe ce se u pai! Fale co mig o par a que e u fale co m vo cê ; po r no s sas vo ze s re co nhe ce mo s um ao o ut ro na e scur idão . Se uma cr iança nã o co nhe ce se u pai, a t er r a não e st á ce r t a. O sa cr ifí cio : quatr o po m bo s br anco s, quatr o ov e lhas e 8 000 búz io s. Ele s ouv ir am e sacr ificar am de mo do que pude r am t er v ida lo ng a e v er a bo ndade e bê n ção s.

O rác ulo 161

Owonrin-Irete Es se O dù fala de não se r supe r st icio so ou par anó ico . O bse r v ação o cide nt al: É ne ce s sár io que o clie nt e me dit e so br e se u s o bjet iv o s e aja de mane ir a a at ing i-lo s.

161 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Não há bat alha no campo ; não há co nsp ir ação na cidade . I st o fo i div inado par a Olo fin I wajo . Ele s disse r am que o mandat o de le co mo che fe ser ia bo m. Ele s disse r am que Olo fin dev er ia sacr ificar par a que a ale gr ia de se u re inado não t or nar ia as pe sso as pr e g uiço sa s o u más. O sacr ifí cio : de ze s se is car amujo s, um cão e 14 000 búzio s. Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u.

161 – 2 (Tr adu ção do ve r so )

218

O wo n r iu de sde nho same nt e de Ir et e , o de safiando a ag ir , per g unt ando , "o que far á I re t e ?”. Ele s disse r am que Ir et e po de piso t e ar e po de o s ubme r g ir . I st o fo i div inado por A fi’ nis’ e g an (zo mbe t e iro ), Q ue fo i aco nse lhado a sacr ificar de mo do que Èsù não o jo g asse co nt r a alg ué m mais po der o so . O sacr ifí cio : u ma caba ça de ig ba e wo (inha me pilado e assado ) e no v e car amujo s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

O rác ulo 162

Irete Wonrin Es se O dù fala de se co nse rv ar uma po si ção de ho nr a. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e g anha; o po ne nt e pe r de!

162 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I re t e Wo nr in div ino u par a Òr únmì là, que disse que to do s aque le s que co nspir am co nt r a e le , cair iam e m ve rg o nha e que nó s não o uv ir í amo s mai s o s se u s no me s, mas si m, nó s o uv ir e mo s par a se mpr e co m ho nr a o no me de Ò r únmì là pe lo mundo . O sacr ifí cio : u ma o ve lha, uma galinha d’ ango la e 3 200 búzio s. Ele sa cr ifico u.

162 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A g be e st á tr aze ndo bo ndade à casa; Ir et e e st á ape nt ando -o s na mão . I st o fo i div inado par a Te mit ay o , a que m fo i pe dido sa cr ificar par a te r v ida lo ng a na t er r a. O sacr ifí cio : uma o ve lha, um po mbo , pe pe r ek u (t ipo de er v a) e 4 400 búz io s. Ele o uv iu e sacr ifi co u.

219

O rác ulo 163

Owonrin-Se Es se O dù fala de vitó r ia so br e adv e r sár io s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se mpr e se r á acu sado de pro mis cuidade se x ual.

163 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O wo nr in-Se div ino u par Òr únmì là. Ele s disse r am: Ò r únmì là e as pe s so as de s ua casa nunca t iv e s se m do que se lame nt ar . Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car um po mbo e 3 200 búzio s. e le sa cr ifico u.

163 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O wo nr in não pe ca; O wo nr in não pr at ica o mal; O wo nr in e st a se ndo fal same nt e acu sado . F o i dit o que O wo nr in ve nce r ia e que e le de v er ia sa cr ificar um galo , um e dùn- ààr á e 2 200 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u e co lo co u a pe dr a de r aio e m se u I fá.

220

O rác ulo 164

Ose-Owonrin ( Ose-Oniwo, Ose-Oloogun ) Es se O dù fala de sacr ifí cio s par a r e par ar no s sa fo r ça e pro t e ção . O bse r v ação o cide nt al: De sas so sse g o no ne g ó cio o u car r e ir a do clie nt e po de se r e quilibr ado atr av é s de r e no v ação e spir it ual.

164 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Eu e sto u d e sgo st o so , awo da Ter r a; e u e st o u can sado awo do C é u. I st o fo i div inado par a Pok o lak a quando e st e e st av a indo cur ar Og ir i (par e de ). Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car de mo do que O g ir i não mor r e sse so br e e le . O sacr ifí cio : t rê s galo s e 6 600 b úzio s. Ele o uv iu por é m não sa cr ifico u. Po ko lak a é o no me pe lo qual chamamo s uma fo r quilha.

164 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) C o lo que iy e - ìr o sù que fo i mar cado co m o O dù O se -O niwo e m e m um pot e g rande ; adicio ne uma quant idade ge ne r o sa de r aize s de ito e de ee nu (t ipo de fr ut a); ve rt e r ág ua de nt r o e co br ir o po t e ; mist ur e cinzas à ág ua e lacr ar a mist ur a po r se t e dias. A marr e no v e e e r u co m linha s pr e t as e br ancas no pe sco ço do po t e . A br a o ag bo (in fusão ) no sé t imo dia par a t o mar banho . Se u e fe it o : Enquanto v o cê e st á usando e st e ag bo , ne nhum fe it iço ne m e nca nto o afe t ar ão , e to das sua s bê nção s se r ão r e ce bidas.

221

O rác ulo 165

Owonrin Fú Es se O dù fala de calamidade imi ne nt e e a supr e macia de I fá. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não po de ficar fo cando e m qualq uer co isa.

165 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O wo nr in F ú, O wo nr in F ú div ino u par a as pe sso as de I fe -O oy e . Ele s dis se r am: Te mpo v ir á no qual as cr ianças do mu ndo cam inhar ão a me io cam inho do Cé u e da Ter r a (co mo um pássar o ). F o i pe dido às pe sso as de I fe que fize sse m sacr ifí cio de mane ir a a ev it ar que so fr e sse m uma gr ande per da naq ue le te mpo . Náo co me çar ia e m I le -I fe mas se r ia mu ndial. O sacr ifí cio : ò wú eg úng ún, quatr o po mbo s br anco s, quat r o vacas br ancas, quatr o o ve lhas br ancas, iy e - àg be (t ipo de pás saro ) e 3 200 b úzio s. Ele s o uv ir am as palav r as mas não sacr ifi car am. Ele s di sse r am que e le s já t inham sa cr ificado par a andar no so lo . Ele s não andam pe lo ar .

165 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O wo nr in so pr a a t ro mbe t a div ino u par a Òr únmì là. Ele s disse r am que a casa de Òr únmì là não ficar ia de so c upada (v ár ias pe sso as e st ar iam pro cur ando por e le ). To das as pe s so as o uv ir iam falar de sua fama e e st ar iam a sua pr o cur a. O sacr ifí cio : um car amujo e 20 000 b úzio s alé m de fo lhas de I fá (e so ). Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

222

F o lhas de I fá for am pr e par adas par a e le e e le fo i asse g ur ado de que t o das as bê n ção s v ir iam facilme nt e .

O rác ulo 166

Òfún-Wonrin Es se O dù fala de bo as açõ e s que t r aze m suas pr ó pr ias r e co mpe nsas. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se se nt e de pr e ciado e m lug ar de sat isfe it o .

166 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò fún dá par a se r acar iciado ; Ò fún dá par a se r c uidado . I st o fo i div inado par a Odùd ùa, que far á be m ao mundo inte ir o . Ele disse que faze r be m mundial é a me lhor car act e rí st ica do car át er . Ele s disse r am: U ma par t e do mun do não o agr ade ce r á. A lg un s ne m me smo sabe r ão o be m que e le fe z a e le s. Ele s não co nhe cer ão se u uso . Ele dis se : U m pai não dá se não co isa s bo as ao s se us filho s. A mãe de uma cr iança não dá se não co isa s bo as à s ua cr iança. Fo i pe dido a Odùd ùa que sa cr ifica sse de mo do que t oas as co isa s bo uas dadas a e le s, se não apro v e it adas, pude s se m r et o r nar - lhe . O sacr ifí cio : u m po mbo , um e wi (t ar t ar ug a do r io ), 16 000 b úzio s e fo lhas de I fá. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

166 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò fún o s de u a acar iciar ; Ò fún o s d e u a rir . I st o fo i div inado par a Olak anmi, que disse que Edùmar è tr ar ia co isas bo as. F o i pe dido que e le sacr ifica sse de mo do que se u s inim igo s não t iv e sse m po der so br e e le e fize s se m co m que e le per de sse sua pr o pr ie dade . O sacr ifí cio : t rê s faca s, t rê s g alo s e 6 000 búzio s. O lak anmi sacr ifi co u.

223

O rác ulo 167

Òbàràkànràn Es se Odù fala de uma po s sív e l disco r dância co m amigo s e só cio s e de so lu çõ e s par a as co ntr o lar . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a co nflit o s no t rabalho .

167 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò bar àk ànr àn div ino u par a I wo (o papag aio ), que fo i aco nse lhado a sacr ifi car de mo do a e v it ar cair e m de sg o sto co m o s out ro s pássar o s. O sacr ifí cio : mil ho , pime nt a-da-co st a e 2 000 b úzio s. Ele o uv iu as palav r as mas disse que não sacr ifi car ia.

167 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ele de se jo u falar mas fo i impe dido po r Ò bàr àr àk ànr àn. A que le que e u o fe ndi! Ele quis falar mas não pô de ; Ò bàr àr àk ànr àn impe diu- lhe de se que ix ar de mim par a o m undo . A var a impe de ao pe ix e de falar ; A v ar a impe de ao rato de falar . Ele mbe r un nunca falar á ao s o uv ido s das pe s so as. A s fo lhas de I fá ut ilizadas: A v ar a na qual um pe ix e fo i to st ado , a var a na qual um rato fo i t o st ado , um or og bo e fo lhas de Ele mbe r un. Est e s e le me nt o s dev e m se r amarr ado s e m faze nda de algo dão co m linha s pr e t as e br anca s. O pacot e dev e ficar be m aper t ado . A pr e par ação dev e ser mant ida no bo lso do do no , e o usuár io se mpr e de v e mast ig ar pime nt a-da- co st a, no v e g rão s e m nú mer o , par a o s e ncant ame nto s.

224

O rác ulo 168

Òkànràn-Bàrà Es se O dù fala de afast ame nto de mo rt e pr e mat ur a e da pr ev e nção de de sa str e nat ur al que po de abat er no ssa s ca sas. O bse r v ação o cide nt al: Es se Odù indi ca uma for t e po ssi bilidade de co nfl ito s co m cr ian ças e pai s.

168 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò kànr àn- Bàr à div ino u par a Olaso ni, que fo i or ie nt ado a sacr ifi car uma o ve lha e 4 400 búzio s de mo do que t iv e sse vida lo ng a e saudáv e l. e le não sacr ifi co u.

168 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò kànr àn- Bàr à div ino u par a Ola- Òg ún, que fo i or ie nt ado a sa cr ificar de mo do que o r aio não dist r uis se sua casa. O sacr ifí cio : u m car ne iro , g e ner o sa quant idade de aze it e -de - de ndê , pe que na s banana s madur as, 2 400 búzio s e fo lha s de I fá. C av e um bur aco no chão da casa, v er t a o aze it e -de -de ndê ne le e co lo que o re st ant e do s it e ns de s cr it o s acima. C ubr a t udo co m ar e ia e suav ise o lug ar co m ág ua.

O rác ulo 169

225

Òbàrà-Ògùndà Est e O dù fala da ne ce s sidade de se re par ar uma má re put ação de fo r ma a g ar ant ir suce sso . O bse r v ação o cide nt al: O tr abalho do cl ie nt e e st á ficando pr a tr ás. A ção e spir it ual ir á co nse r t ar isso .

169 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Nó s o lhamo s à fr e nt e e ning ué m é v isto ; nó s olhamo s at r ás e ning ué m é v ist o . I st o fo i div inado par a Olo fin I wat uk a, a que m fo i pe dido sacr ificar se de se jas se t er uma casa che ia. Ele pe rg unt o u, “qual é o sa cr ificio ?” Ele s disse r am: u m po mbo , 20 000 búzio s, fo lhas de I fá (t r it ur e junt o fo lhas de o luse saju e sawe r e pe pe co m um pe que no for mig ue iro co m alg uma s fo r mig as de ntr o ; mi st ur e t udo co m sabão -da- co st a [o sabão no valor de 1 200 o u 2 000 búzio s]; que o sang ue do po mbo se ja ve rt ido e m t o do o pr e paro ; u se par a lav ar o co r po do clie nt e ). O clie nt e se r á aco nse lhado a mudar de no me apó s o sacr ifí c io . 169 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A casa de O lu é bo a; sua v ar anda é tão bo a quanto . I st o fo i div inado par a Olu -I wo , que fo i dito que e le nu nca cair ia e m de scr é dito . Lhe fo i t ambe m aco nse l hado a sacr ificar de mo do a ev it ar mor t e pr e mat ur a; uma o ve lha, uma t ar t ar ug a, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u. F o lhas de I fá for am pr e par adas par a se u uso (tr it ur ar fo lhas de ifo si e or iji, iy er e e ir ug ba; faça um cal do co m a car ne da ijapa; isso é par a ser co mido de manhã be m ce do ). Ele s disse r am: O r uí do de ifo si (se me nt e ) não dani fica e le t i (fo lha). Vo cê não se r á mo v ido pe las fo fo cas da te rr a.

226

O rác ulo 170

227

Ògúndá-Bàrà Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a mant e r um r e lacio name nto . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nv o lv ido e m um int e nso mas fút il r e lacio name nt o .

170 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O didi- A fidit i div ino u par a Òg ún quando e le e st av a indo t o mar Ò bàr à po r e spo sa. Er a de co nhe cime nt o g er al que Ò bàr à

nunca fico u muit o te mpo co m um ho me m

ant e s de mu dar -se . Ò g ún di sse que e le e st av a fas cinado po r e la. Ele fo i or ie nt ado a sa cr ificar uma g alinha e pipi (uma ave co m pe nas e scas sas ), um viv e ir o de galinha, 4 400 b úzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu e sacr ifi co u.

170 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) U m so lo e m que há dança se mpr e e st á irr e g ular ; um cam po de bat alha t ambé m é de sar r umado . I st o fo i div inado par a Òg ún quando e le e st av a indo lut ar co m Òbàr à. Ele fo i as se g ur ado que t er ia suce sso mas que dev e r ia sacr ifi car de mo do a e v it ar a mo rt e de Ò bàr à na br ig a. O sacr ifí cio : do is ce st o s co m pape l so lt o e fo lha s, duas g alinhas e 4 000 b úzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. Ele s disse r am: D uas galinha s não mor r e m por lut ar . Ce st o s che io s de pape l e fo lhas não mor r e quando carr e g ado s. O rác ulo 171

Òbàrà-Òsá Es se O dù adv er t e co nt r a fr eg ue sia fr audo le nt a.

228

O bse r v ação o cide nt al: De sas so sse g o e mo cio nal co nduz a e rr o s pr át ico s..

171 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò bàr à-Ò sá div ino u par a Et a, que fo i info r mado que um de se us clie nt e s e st av a plane ja ndo fug ir co m se u dinhe iro . Ele fo i or ie nt ado a sa cr ificar de mo do que se u clie nt e pr ov av e lme nte pag asse se us dé bit o s. O sacr ifí cio : po mbo s, uma g alinha, 2 200 búzio s e fo lha s de I fá (pilar ju nto fo lhas de e e sin e tag ir i co m sabão -da- co st a; que o sang ue da galinha se ja v er t ido na mist ur a). Ele sa cr ifico u. F o i-lhe dito que Ee sin não fr acas sar ia e m o bt e r se u dinhe ir o na de manda. Est e sa bão é par a banho .

171 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Tr it ure fo lha s de jàsó k è co m sabão - da-co st a. C o lo que a mist ur a e m uma cabaça limpa e e sparr ame so br e e le o pó da plant a se ca er un (o bo ). Tr ace o Odù Ò bàr à-Ò sá ne le e r e cit e o se g uint e e ncant ame nt o : Q uando o fe it ice ir o me v iu, pe r g unto u que e u er a. Eu dis se , “e u so u o fil ho de Ò bàr à-Ò sá”. Q uando a br ux a, a mor t e e Èsù me v ir am e que st io nar am que e u e r a, e u dis se a cada um de le s, “e u so u o filho de Ò bàr à-Ò sá”. O filho de Ò bàr à- Ò sá não co rr e ; O filho de Ò bàr à-Ò sá nunca mor r e ; e le nun ca ado e ce ; ”. “O filho de Ò bàr à-Ò sá nunca lev a má re put ação ”. Not a: Po nha a ca baça e m uma sa co la de pano br anco e pe nd ure - a no te to se vo cê pre fe r ir . I st o é par a se r usado no banho .

O rác ulo 172

Òsá-Bàrà Es se O dù fala do pe r ig o de patr o cinado re s per dido s o u de um indiv í duo .

229

O bse r v ação o cide nt al: Es se Odù mo st r a par a o clie nt e co mo r e ace nde r cha mas apar e nt e me nt e mo rt as.

172 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O s co v ar de s ce de m ao so fr ime nto fo i div inado par a A k er e g be (a ca baça), que de pe nde u das mulhe r e s e cr iança s jo ve n s. Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car um po mbo , uma galinha e 6 600 búzio s de mane ir a que e le não se de ce pcio nas se de r e pe nt e co m se us part idár io s

e nquant o e le e st av a e m

g lór ia. Ele o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u.

172 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò sá r et or na rapidame nt e se e le f ug iu; e le re t or na à ca sa r apidame nt e ; de spr e zív e l

v o lt a

à

ca sa

r apidame te .

U ma

cr ian ça

pe que na

sai

cor r e ndo

r apidame nt e do campo e e sin. De spr e zí v e l re to r na à casa rapidame nt e . Fo lhas de I fá; Par t a um o bì de se is g o mo s; pe g ue se is fo lhas de ee si n br anca s (e e sin -wàr à); tr ace o O dù Ò sábàr à no t abule ir o de I fá co m iy e -ìr o sù. co mo me n cio nado acima, u sando o no me da pe s so a que part iu. Ent ão co lo que um po uco de I y e -ìr o sù na fo lha de e e sin co m um do s g o mo s do o bì e lev ar ist o a Èsù fo r a o u no po rt ão da cidade . R e pit a is so se i s ve ze s. I sto é ut ilizado par a t r aze r u m fug it iv o de vo lt a à ca sa. A co isa s ur pr e e nde nt e acr ca dist o é que , não impor t a a dist ância do f ug it ivo , e le é o br ig ado a o uv ir se u no me se ndo chamado . U ma fo lha de e e sin, um go mo de o bì e um po uco de iy e - ìr o sù usado se is v eze s é sufi cie nt e a e sse pro pó sit o . Ve rt e r aze it e -de -de ndê as sim que co mple t ar a o per ação . O rác ulo 173

Òbàrà-Ká Es se O dù fala fala de mant er po de r e in fluê nc ia.. O bse r v ação o cide nt al: Di fic uldade s mun danas po de m ser ev it adas atr avé s de uma nov a e x per iê ncia e spir it ual o u e mo cio nal.

230

173 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò bàr à-K á div ino u par a O lubo laji, que falo u que que e le se r ia uma pe s so a impo rt ant e e amada po r v ár ias pe s so as mas que dev er ia fazer sa cr ifí cio de mo do a e v it ar per da de be ns. O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha, uma t ar t ar ug a e 3 200 búzio s. Ele sa cr ifico u. A pó s sacr ificar e le cant o u: Eu e sto u fe liz, Ò bàr à- Ká. Nó s e st amo s dançan do e r eg o zijando , Ò bàr à-K á.

173 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) K o we e , o A div inho da te rr a; Og big bi, o A div inho do s C é u s. Se K o we e , indi ca a che g ada do jo v e m e m te rr a. O pé do Re i é co m um; O pé do Re i é co mu m. Ele s ut ilizar am e ncant ame nto par a Ò rúnmì là, que fo i r o de ado po r ant ago nist as. Ele fo i as se g ur ado da v it ór ia so br e e le s. F oi de cr et ado que as fo lhas e wo dr ag ar iam se u s ant ago nist as par a o C é u, e e er u lev ar ia a de sgr aça a se us inimig o s. Ò bàr à-Ká se g ur ar ia as mão s de le s. A s fo lhas de I fá: Le v e fo lhas de e wo de ca sa (as pe que nas, arr ancada s co m se us de nt e s, não suas mão s). C o nsig a t ambé m e e r u awo ik a (aque le que ping a se m arr ancar , um só ) e um car am ujo . Tor r ar t udo junt o , pulv er ize e g uar de e m uma àdó . Se vo cê te m um o u mais inimig o s, e spalhe o pó no chão limpo de sua casa. Tr ace o O dù Òbàr à-K á e re cit e a inv o cação aci ma. Esparr ame e m g e nufle x ão . F e it o isso , vo cê de v e ping ar aze it e -de -de ndê e m vo lt a da me dicina. F aça is so po r um mê s. O rác ulo 174

Ìká-Bàrà Es se O dù fala de me io s de se t or nar ado r áv e l e atr at iv o ao o utr o s. O bse r v ação o cide nt al: Há a pr o babilidade de co nce pção . O clie nt e de v e ser c uidado so se a co nce p ção não fo r de se jada; gr at o se fo r .

231

174 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) C aminhe rapidame nt e que nó s po de mo s fug ir ao t e mpo . Vo e r apidame nt e que nó s po de mo s re to r nar no t e mpo . I sto fo i div inado t anto par a A sa que nto par a A wo di. F or am- lhe s pe dido que sa cr ificas se m de mo do que fo sse m amado s po r to do s o s ho me ns. O sacr ifí cio : o ito car amu jo s, 16 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele s o uv ir am as palav r as mas não acr ifi car am.

174 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) K ek e po de dançar , o pássar o po de v oar fo i div inado par a Le k e lek e e sua e spo sa. Lhe s fo i falado que o po mbo se mpr e o s co nsult ar ia e m qualque r co isa que e le qui se sse faze r , se e le s sa cr ificas se m do is Efun, do is me canis mo s de fia ção e 2 400 búz io s. Ele s sacr ifi car am. No t a: De sde e nt ão , nó s dize mo s, “v o cê não vê a be le za de Le k e lek e , cu ja e le g ância afe t o u a po mba?”.

O rác ulo 175

Òbàràtúrúpòn Es se O dù fala das so luçõ e s par a infe r t ilidade e abo rt o s. O bse r v ação o cide nt al: Sa cr ifí cio ao Òr ì sà é indicado par a a co nce pção .

175 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

232

O ladipupo div ino u par a Ar ok o (quiabo ), que e st av a cho r ando po r que sua e spo sa não t inha filho s. Lhe fo i dit o que sacr ifi cas se uma cabr a e 16 000 búzio s de mo do que se u s de se jo s fo s se m co nce dido s. Ele o uv iu e sacr ifi co u.

175 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O mo -M aar a div ino u par a Olo fin, que e st av a indo co mpr ar uma e scr av a. e le fo i adv er t ido a sacr ificar de mo do que não pe r de sse dinhe ir o co m a e s cr av a de v ido a co nst ant e pe r da de cr ianças de la. O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, uma ov e lha e 16 000 búzio s. Ele sa cr ifico u. Ele fo i as se g ur ado que a m ulhe r se r ia fér t il e que e le g anhar ia po r e la se m pe sar e s.

O rác ulo 176

Òtúrúpòn’Bàrà Es se O dù fala da impor t ância de mant e r a saúde par a asse g ur ar uma v ida lo ng a. O bse r v ação o cide nt al: O s F ilho s são ho st is a um nov o re lacio name nt o do s pais.

176 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ho nr a vai, ho nr a ve m div ino u par a Iy amoo le ,

233

que disse que sua fil ha se r ia saudáv e l ma s que não de se jar ia e st ar e m s ua co mpanhia quando e la cr e sce r . O sacr ifí cio : u m po mbo (e y e lé -e jig be r e ) e 12 000 búzio s. Ela o uv iu e sa cr ifico u.

176 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) M ar ido s lo uv am as sua s e spo sas; o s mar ido s de o ut r as pe sso as nunca no s lo uv ar iam. I st o fo i div inado par a Te nimaas unwo n, o mar ido de A je mo o r in. F o i dito a Te ni maasun wo n que a mulhe r que e le e st av a pr o po ndo casame nto se r ia uma bo a e spo sa mas que de v er ia sacr ifi car de mo do que e la não mo rr e sse jov e m. O sacr ifí cio : u ma o ve lha, um car amujo e 3 200 búz io s. Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u.

O rác ulo 177

Òbàrà-Túrá Es se o dù fo ca no r e spe ito e m no s so lar e no tr abalho . O bse r v ação o cide nt al: U m r e lacio name nt o e st á causan do de sar mo nia.

177 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O pe que no adiv inho de Oloy o div ino u par a o re i de O loy o , que pr o po s co mpr ar a mulhe r que e le go sto u co mo e s cr av a. Ele fo i adv er t ido par a não co mpr ar a mu lhe r po is e la er a um dispe r disar or a.

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O loy o disse , “qualo sacr ifí cio par a pr e v e nir que e la dispe r dice se e u a co mpr ar ?”. O sa cr ifí cio : o ito car amujo s, uma ca baça de e wo , quatr o po mbo s, 16 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele não sacr ifi co u.

177 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A papat iak o , A t uwo n-nile t uwo n- lok o div ino u par a a galinha e se us pinto s. Lhe fo i dit o que um for t e inimigo e st av a vindo at aca- lo s; se saisse m de casa par a o campo , e le o s pe r se g uir ia, mas mas se sa cr ificas se m, tr iumfar iam. O sacr ifí cio : u m car amujo , 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (faze r um cal do co m fo lhas de o wo mo idas e co m o car amujo e t o mar ). fo i de clar ado que : O falcão não danifi car ia um car amu jo ; t udo que e le po de fazer é o bse r v a-lo . Vo cê se r á re spe it ado .

O rác ulo 178

Òtúrá-Bàrà Es se O dù fala da ne ce ssi dade de se não v io lar tab us. O bse r v ação o cide nt al: A o pinião o u de cisão do clie nt e se r ão que st io nado s. 178 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Paar ako da div ino u par a O lo be de I pe t u, que dis se par a sacr ificar u m cabr it o e a fa ca e m s uas mão s ant e s de ir par a a r o ça. Ele se r e cuso u e fo i par a o campo . A ssim que e st av a r et or nando par a casa apó s se u tr abalho na r o ça, e le te nt o u co lhe r alg uma s be r ing e las. Par a a sur pr e sa de le , um cr ânio se co pe rt o da be r inje la falo u a e le , “não me t o que , não me to que , v o cê não me vê ?” O lo be de I pet u fi co u co m me do e co rr e u par a re lat ar o o cor r ido ao re i. Ele implor o u ao re i que manda sse alg ué m de vo lt a co m e le , dize ndo que se e le s e nco nt r asse m alg uma co isa co nt r ar ia ao que e le disse ,

235

e le po de r ia se r mor to . O re i apo nt o u do is ho me ns par a ir co m e le . C heg ando ao lo cal, O lo be de fe z ex at ame nt e co mo t inha fe ito na pr ime ir a ve z, ma s par a se u ho rr or não ho uv e ne nhuma r e spo st a. Ele fo i mo rt o no lo cal de acor do co m a pro me ssa de O lo be de e as inst r uçõ e s do re i. A ssim que o s ho me n s e st av am se pr e par ando par a re to r nar ao r e i par a co nt ar o que fize r am, o cr ânio se co disse , “M uito o br ig ado , e u e st o u mui co nt e nt e ”. Ele s for am nar r ar o aco nt e cido . O r e i e nv io u o ut ro s o it o ho me n s co m o s do is pr ime ir o s. O s do is ho me ns disse r am e x at ame nt e co mo fize r am, e par a o hor r or de le s o cr ê nio se co nada falo u. Ele s t ambé m for am mo rt o s no lo cal. Par a e ncur t ar a hi sto r ia. vár ias pe s so as mo rr er am de sa s mane ir a, quase ce m pe s so as. Ev e nt ual me nt e , o o cor r ido fo i re lat ado a Ò r únmì là, a que m fo i pe dido co nse lho so br e o que dev e r ia se r fe it o par a te r minar e st a cat ástr o fe . Òr únmì là or ie nto u a sa cr ificar uma cabr a, uma galinha, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele s se g uir am a o r ie nt ação e sacr ifi car am. Ò r únmì là e m se g uida o s o rie nt o u a ir ao lo cal e r e mov er o cr ânio e e nt e rr a- lo co mo um se r humano , e m co nfo r midade co m o s r it o s fune r ár io s. Ele també m o s aco nse lho u a não to car qualq uer co isa o nde quer que e le s acha sse m mar cada co m aale (u ma mar ca par a uma

co isa não se r to cado por ning ué m co m e x ce ssão do do no ).

A me sma

adv er t ê ncia fo i pas sada ao r e do r da cidade , que e le s nu nca dev e r iam mex e r co m qualq uer co isa mar cada co m aale . O rác ulo 179

Òbàrà-Retè Es se O dù fala de suce sso e e st abilidade se sacr ifí cio fo r re alizado . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m bo as pe r spe ct iv as par a um nov o t rabalho o u ne gó cio s.

179 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O bar a-r et e , bo as co isa s v ir ão at é min ha mão . I st o fo i div inado par a Ag bo nnir eg um, que fo i dit o que alg uma co isa bo a e st áv a r e ser v ado a e le e que e le de v er ia sa cr ificar um po mbo , um car amujo e fo lhas de I fá. Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u.

236

179 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O bar a-r et e div ino u par a Ò r únmì là, a que m fo i dit o que dev e r ia sa cr ificar de mo do que não e nco ntr as se gr ande s pro ble mas e se m pre po de sse e st ar por ci ma o nde que r que e le fo sse . O sacr ifí cio : u m car amujo , te cido br anco , 3 200 búzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u. F o i e nt ão de cr et ado que nada de de t ão difí cio at r av e s sar ia se u ca minho . Ò r únmì là ini ciuo a si me smo e m I fá, e e le se mpr e iniciar ia t o do s o s e st udant e s de I fá.

179 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O bar a-r et e div ino u par a Ak int e lu a que m fo i dito que de v er ia sacr ifi car de mo do que o v ilar e jo que e le f undo u t iv e s se su ce sso . O ito car amu jo s, uma ov e lha, 16 000 búzio s e fo lha s de I fá de v er iam se r sa cr ificado s. Ele sa cr ifico u.

237

O rác ulo 180

Irete-Òbàrà Es se O dù fala do uso de fe it iço par a co ntr o lar dificul dade s. O bse r v ação o cide nt al: C uidado co m pe sso a t rapace ir a.

180 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ning ué m e st á alé m da re gr a do r e i; ning ué m e st á alé m da impr e s são de Tet e . I st o fo i d iv inado por Ò r únmì là ao re i quando e st e se e nco nt r av a ce r cado de inimig o s. F o i-lhe asse g ur ada a v it ó r ia so br e e le s. O sacr ifí cio : u m cabr it o e 6 600 b úzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

180 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A se je je say e , A se je je say e , A se je je say e , War awar amase , War awar amase , War awar amase , I re t e -O bar a tr ag a t o da bo ndade

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par a as fo lhas de I fá. Co zinhe fo lhas de t et e at et e day e co mo uma so pa par a se r co mida e m to da co mida. Ou tr it ure fo lhas de wor o e iy e r e e as co zinhe e m uma so pa par a ve lha co s, co m pe ix e aro par a co mida. Q uando a so pa e sfr iar , tr ace o odù I re t e -O bar a no iy e -ì ro sù, re cit e a inv o cação acima e acr e sce nt e à so pa.

O rác ulo 181

Òbàrà-Òsé Es se O dù fala de me io s de co ntr o lar as for ças nat ur ais. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de pur ifica ção par a se livr ar de e ne rg ias ne g at iv as.

181 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ele s disse r am, “o nde e st á me u pai?”. Eu disse “me u pai mo rr e u”. “O nde e st á minha mãe ?”. Eu dis se “M inha mãe e st á na cat ac umba e fala r uido same nt e ”. Ele s dis se r am, “v o cê é filho de que m?”. Eu dis se ”e u so u o fil ho de O bar a-O se , que ig nor o u as re gr as”. Eu fui e spancado se v e r ame nt e e fu i e sbo fe t e ado aqui e lá, livr e me nt e co mo as ca br as co me m. O filho de O bar a-O se nun ca so fr e , O bar a- O se não pe r mit e que se u filho pade ça se m ne ce ssi dade . F olhas de I fá: Pulv e r ise fo lhas de e ja (har iha) e fo lhas de àr è r e que for am co lhidas da ár vo r e mãe . Po nha o pó na fa ce de um car amujo e t r ace o o du O bar a- O se ne le . Re cit e o e ncant ame nt o aci ma e o e mbr ulhe co m um pe daço de te cido pr et o e co m linha pr e t a. Fe che o s olho s e jog ue e m u m ar bust o .

181 – 2 (Tr adu ção do ve r so )

239

A isir e f’ ag bo n isale pale . Se a chuv a fo i inv o cada, e la de ve cair . Se a pausa da ch uv a é inv o cada, e la de v e ce ssar . I st o fo i div inado par a Òr únmì là, que fo i as se g ur ado que Er inwo O sin nu nca ser ia mo lhada pe la chuv a. O bar a-O se , e u t e inv o co , salv e e st e bo nit o ve st ido de se r abat ido pe la c huv a. C ant ig a: Não de ixe cho v er , não de ix e cho v er , O bar a- O se não de ix e cho v er . Fo lhas de I fá: Pe g ue um pe daço de

te cido br anco e tr ace o o dù O bar a-O se co m iy e -ì ro sù e m so lo se co do

lado de for a [do lo cal]. R e cit e o e ncant ame nt o acima e e nt ão amar r e e st e iy e -ì ro sù co m o t e cido br anco e pe ndur e a t ro ux a e m uma arv or e . Não chov e r á ne s se dia. Se ning ué m jo g ar ág ua naque le me s mo lug ar o nde o I fá fo i plant ado , não chov e r á aque le dia. O rác ulo 182

Òsébàrà Es se O dù fala de me io s de gar ant ir o fut uro s uce s so de uma cr ian ça e adv er t e adult o s so br e qualque r jo r nada que po ssa apar e ce r . O bse r v ação o cide nt al: Há muit a bag unça nas at iv idade s quo t idianas do s cl ie nt e s. Ele o u e la pr e cisa vo lt ar passo e r e co nside r ar s uas at iv idade s.

182 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò sé bàr à div ino u par a u m r e cé m-nas cido , cu jo s pais for am or ie nt ado s a faze r um sa cr ifí cio de mo do que a cr iança não so fr e s se po r falt a de mor adia quando cr e sce sse . O sacr ifí cio : bag r e , 2 400 búzio s e fo lha s de I fá que a cr iança de for ma que a cr iança po ssa lev ar uma v ida pró spe r a.

182 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò sé bàr à div ino u par a o e st alajade ir o que e st av a indo à r e sidê ncia de o ut ro ho me m e m uma t er r a e xt r ang e ir a. F o i-lhe dit o que sua jo r nada não te r ia suce sso ; lo go , não de v er ia ir . Fo i-lhe pe dido que sacr ifica sse duas galinha s, 8 000 búzio s e fo lhas de I fá.

240

O rác ulo 183

Òbàrà-Òfún Es se O dù fala de um g rande s uce s so finan ce iro . O bse r v ação o cide nt al: Es se é um ót imo mo me nto par a um no vo t rabalho o u um ris co co me r cial.

183 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A r ale mik ak a awo O bar a- Ò fún (t r ê s ve ze s )! O ro mi g be de g be de awo O lipo mo je (t r ê s v e ze s)! O ro mi po ke le (t r ê s v e ze s)! I fá fo i co ns ult ado par a A g bo nnir e g un. C ant ig a: Há uma g rande quant idade de dinhe iro ne st e lug ar ; ne nhum co nt ado r co nt ar á o s lucro s do milho no so lo . F o lhas de I fá: tr it ur e se me nt e s de ajé e g r ão s de sor go 3 at é vir ar pó . Tr ace o odù O bar a-O fun no pó . R e cit ar a inv o cação acima e mist ur e o pó co m sabão - as- co st a; co lo que alg uns ik o o de e um t ant o de sabão e m uma lampar ina de bar ro nov a. Q ue a pe na de papag aio fique apo iada no bico da lampar ina e so me nt e uma part e so br e ssaia. O sabão é par a lav ar as mão s t odas as manhã s. Faça um arr anjo de búz io s [se m co nt ar quant o s] ao r e do r da lampar ina de barr o . Q ue o sang ue de um po mbo se ja ve rt ido no sabão ; me t a t ambé m a ca be ça do po mbo no sabã. A br a um 3

É uma planta de origem africana, da mesma família botânica do milho, que é utilizada na alimentação animal, principalmente de bovinos (guinea corn).

241

o bì de quatr o go mo s e dispo nha ao r e dor da lampar ina. Ent o e a cant ig a de I fá e nquant o faz e s sa pr e par ação .

183 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) I t un e st á re fo r mando -me , I fá e st á o s atr aindo co m se us dinhe iro s. Visit ant e s de uma lo ng a dist ância e st ão pro cur ando - me . I st o fo i div inado po r Ò r únmì là, que o rie nt o u a sacr ifi car de mo do que e le vis se co isa s bo as to do s o s dias de s ua v ida. O sacr ifí cio : u m pe daço de pano br anco , um po mbo br anco uma g alinha br anca e 4 400 búz io s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

183 – 3 (Tr adu ção do ve r so ) dinhe ir o cing indo , e spo sa ce r cando . div ino u par a Te wo g bo la, que fo i or ie nt ado a sacr ifi car quatr o po m bo s, uma galinha e 16 000 búzio s, po que fo i pr ev ist o que um pássar o tr ar ia bo ndade a e le . Ele o uv iu e sacr ifi co u.

242

O rác ulo 184

Òfún’Bàrà Es se O dù fala da ne ce ssi dade de pro t eg e r no s so s be n s. O bse r v ação o cide nt al: C o ndiçõ e s de neg ó cio fav or áv e is po de m so fr er por causa de um indiv í duo indig no de co nfia nça.

184 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O fun’ Bar a div ino u par a O lu- Ot a, que diise que muit as pe sso as o patr o cinar iam e co nse q ue nt e me nt e

e le

fi car ia

r ico .

Ele

fo i

aco nse lhado

a

sacr ifi car

co ntr a

malfe it o r e s. O sacr ifí cio : quat ro po mbo s, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu e sacr ifi co u.

184 – 2a (Tr adu ção do ve r so ) Ò fún e st av a dando Obar a, Ò fún e st av a dando car inho à uma ingr at a. I sto fo i div inado par a u m ho me m a que m fo i dit o que uma ce rt a mulhe r que e le go sto u, plane jo u f urt a-lo e abando na- lo . Ele de v er ia sacr ifi car um ca br it o , aze it e , o bì e fo lhas de I fá.

184 – 2b (Tr adução do ve r so ) Ò fún e st av a dando Obar a div ino u par a um ho me m cujo s pe rt e nce s e st av am se ndo e x ig ido s po r um impo st or . Ele fo i or ie nt ado a sacr ifi car um ca br it o , ax e it e -de -

243

de ndê , o bì e fo lhas de I fá de mo do que e le não fo sse se duzido por Ès ù a co nce de r o s pe rt e nce s ao impo sto r .

O rác ulo 185

Òkànràn-Egúntán Es se O dù e st abe le ce a cr iação da Ter r a. O bse r v ação o cide nt al: Est e é um mo me nt o au spicio so par a um nov o t rabalho o u r e lacio name nto se for inic iado co m caut e la.

185 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) U ma co rr e nt e cai e faz o so m wo r o jo . I st o fo i div inado par a Òr únmì là e o s quat ro ce nt o s I r únmale quando O lo dunmar e re uni u t o da sua r ique sa e m um úni co lug ar . Ele co nvo co u t o do s o s Ir únmo le par a que e le s a le v asse m par a t er r a. F o i pe dido a e le s que fize sse m sa cr ifí cio po r que O lo dunmar e de se jo u in cum bi-lo s de uma tar e fa. O sacr ifí cio : uma ge ne r o sa quant idade de inhame pilado , uma pane la che ia de so pa, bast ant e o bì , ov e lha, um po mbo , g alinha e 3 200 búz io s. Ele s de v er iam e nt r et e r o s visit ant e s co m a co mida usada par a o sacr ifí c io . Ape nas Ò r únmì là

re alizo u

o

sacr ifí c io .

Apó s

alg un s

dias,

Olo dunmar e

ju nto u

se us

pe rt e nce s e o s e nv io u par a o s quat ro ce nt o s I r únmale . O me nsag e iro de O lo dunmar e pro c uro u o s quatr o ce nto s Ir únmale e e nt r eg o u a me nsag e m, po r é m ne nhum de le s o r e ce pcio no u co m co mida. Q uando e le fo i à casa de Ò r únmì là, e ntr e t anto , Ò r únmì là animada me nt e de u-lhe bo as vind a s e o re ce pcio no u co m co mida. De v ido a e ssa g e nt ile za o me nsag e ir o re ve lo u a Ò r únmì là que e le não de ve r ia ficar ans io so e m le v ar as carg as r e unidas na fr e nt e de O lo du nmar e , de sde que a car g a mai s impo rt ant e e st av a de baix o do asse nt o de Olo dunmar e . Q uando t odso o s I r únmale se

r e unir am,

r e ce be r am

a

me nsag e m

de

Olo dunmar e .

Ele s

se

le v ant ar am

e

co me çar am a br ig ar pe las car g as; alg un s peg ar am dinhe ir o , out ro s alg umas r o upas e assim s uce s siv ame nt e , mas o me n sag e ir o de O lo dunmar e e st av a falando pe la sua t ro mbe t a a Ò rúnmì là, dize ndo , "Ò r únmì là, ape nas fique quie t o se nt ado . A co isa mai s

impo rt ant e

e st á

na

co ncha

do

car aco l”.

A ssi m

Ò r únmì là

se

se nt o u

e

244

pacie nt e me nt e as sist iu o s o ut ro s Ir únmale que le iv av am par a te rr a t oda a r ique za, pro spe r idade , e o utr o s ar t igo s de vár io s t ipo s. A ssim que to do s o s Ir únmale part ir am, Ò r únmì là se le v anto u e fo i dir e t ame nt e par a a cade ir a de O lo dun mare ; e le pe go u a co ncha do car aco l e part iu e m dire ção à t er r a. Ò r únmì là e nco nt r o u o s o utr o s Ir únmale ao final da e str ada que co nduz ao cé u e per g unto u- lhe s o que e st av a er r ado . Ele s lhe falar am q ue a t er r a e st av a co be r t a co m ág ua e não hav ia ne nh um lug ar se co o nde e le s pude sse m at e rr is sar . Òr únmì là me t e u a mão de le na co nc ha do car amujo , tiro u uma r e de , e a lanço u e m cima da ág ua. Ele me te u a mão de le no v ame nt e e t ir o u t er r a que e le lanço u e m cima da re de . Ent ão e le me t e u a mão de le uma te r ce ir a v e z, e le tiro u uma g alinha de ci nco de do s, e a lanço u na re de par a e spar r amar a t er r a na r e de e na ág ua. A ág ua e st av a r et ro ce de ndo e o so lo e st av a se e x pandindo . Quando par e ce u que o t rabalho camin hav a mui le nt o , o pró pr io Ò r únmì là de sce u e mando u a pe que na quant ia de te rr a au me nt ar : Se e spalhe de pr e ssa, se e spalhe de pr e ssa, se e spalhe de pr e s sa! !! ". Ele par o u, e o mundo se e x pandiu. Hav ia g rande ale gr ia e m cé u. O lug ar onde Òr únmì là mando u o mundo se e x pandir é at é ho je chamado de I fe - War a, e m I le -I fe . To do s o s de mais I r únmale de s ce r am apó s Òr únmì là. F oi Òr únmì là que m cr io u a te rr a e fo i e le que m pr ime iro ne la ca minho u. C o mo tal, e le não pe r mit iu naque ne nh um do s I r únmale de s ce sse na t er r a at é que e le t iv e sse pê go t udo e le s t ro ux er am e dado a cada um de le s o que e le j ulgo u ju sto . Ele s re ce ber am ale gr e me nt e as s uas por çõ e s. Ent ão Ò rúnmì là co me ço u a cant ar , "O mundo e x ist iu, e x ist ê ncia na fr e nt e , ex ist ê ncia atr ás". No t a: O 256 o dù são chama do s I r únmale ne st e caso ; at é me smo um único imale se r ia cha mado Ir únmale , co mo e le e st á fo r a do s quatr o ce nto s I male .

185 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Q ue m é r ápido g er alme nt e é aux iliado por Òg un a ser v it or io so dur ant e as lut as. A que le que não co nse g ue lut ar ne m falar não po de cam inhar na t er r a por muit o t e mpo . O co mbat e po de t raze r r ique za e ho nr a. I st o fo i div inado par a Ò g ún-g be mi, que fo i or ie nt ado a não fug ir , me smo que não se nt is se cor ag e m o bast ant e par a de sa fiar alg ué m dur ant e uma br ig a. É o po de ro so que de sfr ut a o mu ndo ; ning ué m r e spe it a uma pe s so a fr aca. É o varo nil que co ntr o la a te rr a; as pe sso as não dão at e nção ao s cov ar de s. Lhe pe dir am que fize sse sa cr ifí cio de for ma que e le não r e lax as se e pude s se se r fisi came nt e fo rt e . O sacr ifí cio : um galo , t rê s facas, uma pime nt a- da-co st a, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (po nha um g rão de pime nt a-da- co st a

245

na ág ua e m uma caba ça; dê a ág ua par a o g alo be be r ; o clie nt e de v e e nt ão be be r a ág ua r e mane sce nt e na cabaça e co mer a pime nt a- da-co st a e mais alg un s g rão s). O rác ulo 186

Ògúndá-Kànràn Es se Odù fala de se u sar as capac idade s t ant o e spir it uais co mo int e le ct uais par a se o bt er su ce s so . O bse r v ação o cide nt al: Es se é o mo me nto par a o clie nt e m udar de tr abalho .

186 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò g úndá k an, Òk ànr àn kan, Òk ànr àn- kàng ún -k àng e div ino u par a Eg úng ún, que e st av a e m um co mér cio impr o dut iv o . Ele dis se que o so fr ime nt o de le te r ia fim aque le ano . e le de v er ia sa cr ificar uma ce st a de o bì e um paco t e de chi cot e s. Ele o uv iu e sacr ifi co u.

186 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò g úndá o awo das mão s. Ò k ànr àn o awo do s pé s. F o i dit o que ambo s tr ar iam bo a sor t e à Ter r a, lo go , e le s de v er iam sacr ificar u ma o ve lha. Ele s o uv ir am e sacr ifi car am.

246

O rác ulo 187

Òkànràn-Sá Es se O dù fala de se sabe r quando e v it ar co nfro nt açõ e s. O bse r v ação o cide nt al: C o nflit o s e m uma so cie da de de v e m ser de cidido s paci ficame nt e .

187 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A k in é asso ciado co m o pr incí pio do "co mbat er e e v it ar ". Q ualque r ak in (pe s so a v ale nt e ) q ue sabe co mo lut ar ma s não se ev adir de ce rt as lut as, se r á capt ur ado por o utr o ak in. I st o fo i div inado par a Ak ins uy i, q ue fo i aco n se lhado a sacr ifi car de mo do a se mpr e se r r e spe it ado . O sa cr ifí cio : u ma galinha d’ A ng o la, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e wé imo -o pe , o je le e wé , e wé Olu se saj u par a faze r uma inf usão que se r á usada par a banhar o clie nt e , que dev e r á se mpr e se co br ir co m te cido e t u). Ele o uv iu e sacr ifi co u.

187 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Enx adas não c ult iv am uma r o ça por si só . Nó s, se r e s humano s so mo s a fo r ça po r de tr ás de las. M achado s não po de m e mpr e e nde r nada co m êx it o . Nó s, se r e s hu mano s so mo s a fo r ça que o s põ e m a t r abalhar . O s alfang e s não po de m po r si só abr ir uma clar e ir a. Nó s, se r e s humano s so mo s o se u aux í lio . U m inha me co lo cado de nt r o de um pilão não po de mo er a si me s mo , mas nó s se r e s humano s o aj udamo s. Mas, quai s fo r ças e st ão tr abalhando no aux í lio à humanidade , dife re nt e s de Olor un e do s pró pr io s ser e s hu mano s? I sto fo i div inado par a o e le fant e e par a o s se r e s humano s. F o i pe dido ao e le fant e que fize sse sa cr ifí cio de mo do que o s se r e s humano s não pude sse cap it ur a- lo . O sa cr ifí cio : de ze s se is car amu jo s, 660 búzio s e fo lhas de I fá (as fo lhas de o wo e o s car amu jo s de v e m se r co zido s e co mido s de manhã, ante s que o clie nt e fale co m qualq uer o utr a pe s so a).

247

O e le fant e se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio . O s ser e s humano s se g uir am a or ie nt ação e sa cr ificar am.

O rác ulo 188

Òsákànràn

248

Es se O dù fala do sa cr ifí cio de for ma a e v it ar info rt únio e as se g ur ar t ranqui lidade . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é pro pe nso à ir r it ação

188 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O sak anr an fo i div inado par a o ant í lo pe , que pe diu um sacr ifí cio par a que e le não mor re s se co mo r e sult ado de incide nt e s ins ult ant e s. O sacr ifí cio : u m g alo , uma quant idade de aljav as, ar co s, fle x as e 2 200 búzio s. Ele o uv iu mas não sacr ifico u. Ele ale g o u que se u s chi fr e s g ar ant iam sua imunida de a insu lto s. Ele s disse r am que inimig o s tr ar iam-lhe pr o ble mas de lug ar e s dist ant e s. Ele dis se e le de pe nde r ia do s se u s chi fr e s.

188 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A pe sso a que não po de so fr er in sult o s de ve co n str uir sua casa e m uma ár e a se par ada. I st o fo i div inado par a o Ì g bí n (car amu jo ), a que m fo i pe dido que sacr ifi casse uma t art ar ug a e 18 000 b úzio s. Ì g bí n sacr ifi co u, e e le fo i asse g ur a do que e le go zar ia de paz e tr anquilidade na casa que e le co n str uiu. É dit o que as pe s so as nun ca je juam na casa do car amu jo e que ning ué m c hor a na ca sa de A hun (t ar t ar ug a).

O rác ulo 189

Òkànràn-Ká Es se O dù fala de cor ag e m e ho ne st idade par a se pr e v e nir de info r t únio .

249

O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m que su st e nt ar o que e le acr e dit a.

189 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Lut ando na fr e nt e , lut ando na re t ag uar da, se não r e sult a na mo rt e da pe s so a, no r malme nt e faz de la um co mpanhe iro vale nt e que , po r lut ar , adquir e ho nr a e r ique za. I st o fo i div inado par a a tart ar ug a, a que m fo i pe dido que sa cr ificas se um car ne iro , 2 400 b úzio s e fo lhas de I fá de mane ir a a não mo rr e r co mo r e sult ado de uma lut a. Ela o uv iu e sa cr ifico u. F o lhas de I fá fo r am pr e par adas par a e la co m a pro me ça de que e la nun ca mo rr e r ia dur ant e uma bat alha. F oi dito que e la nun ca ser ia mor t a dur ant e lut as que são co nhe c idas pe lo mun do . Nunca for am mo rt o s car ne iro s dur ant e br ig as.

189 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Não há ning ué m cu ja casa se ja in capaz de se to r nar uma faze nda. Não há ning ué m c uja faze nda se ja incapaz de se to r nar uma faze nda e nor me e v e lha. A ho ne st ida de e m mim não pe r mit ir á que a faze nda se to r ne um t er r e no baldio . Não há ning ué m c uja mor t e não po s sa lev ar , e não há ning ué m c ujo o filho a mor t e não po s sa lev ar , e x ce to Or unmila, me u se nho r , àbik ú-jig bo , e aque le s de nt re o s fil ho s de Edùmar è que são ho nr ado s. I fá fo i co ns ult ado par a A pat a (ro c ha), que pe diu um sacr ifí cio par a que e le nun ca pude sse mo rr e r , de for ma que as g rama po de r ia cre s ce r . O sacr ifí cio : u ma o ve lha, 2 200 búz io s e fo lhas de I fá. Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. O rác ulo 190

Ìká-Kònràn Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a e v it ar as co nse q üê ncia s de açõ e s malig nas.

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O bse r v ação o cide nt al: U ma impo r t ant e e sco lha e st á pe nde nt e — U ma de cisão de v e se r to mada so br e o que é cer t o e bo m.

190 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ì k á-Kò nr àn fo i div inado par a Ek a, a que m fo i dit o que a mor t e e st av a che ndo par a e le dev ido ao s se u s maus ato s. Se Ek a não de se jas se mo rr e r , de v er ia e le sacr ifi car uma ov e lha e as r o upas pr et as que e st av a usando . Ele de v er ia t ambé m par ar de ser mau e ve st ir ro upas br ancas dali pr a fr e nt e . Ele o uv iu as palav r as mas se r e cuso u a sacr ificar .

190 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) I to div ino u par a O wó (as mão s), que fo r am o rie nt adas a fazer sa cr ifí cio de mo do a se m pre t er e m co isas bo as e nun ca e x per ie me t ar o mau. O sacr ifí cio : u m po mbo br anco , uma g alinha br anca, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá. Elas o uv ir am mas não sacr ificar am. Ele s e nt ão dis ser am: A s mão s se mpr e e x per ime nt ar ão do be m e do mal.

O rác ulo 191

Òkànràn’Túrúpòn Es se O dù fala do co nhe ci me nto de Ò r únmì là so br e to das as co isas, inclu indo a art e da me di cina t radi cio nal. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não e st á se ndo ho ne sto co m o Babalá wo .

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191 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) È atr av é s do e st udo de I fá que a pe sso a e nt e nde I fá. É pe r de ndo -se pe lo camin ho que a pe sso a se fami liar iza co m o me smo . A pe sso a se mpr e pe r ambula ao lo ngo de uma e st r ada que e la nunca pas so u. I fá fo i co nsult ado par a O sany in no dia e m que O lo dunmar e co br iu uma cabaça e co nv ido u a O r unmila ir e de sco br ir -la atr av é s da co ns ult a ao o r áculo . O sany in insi st iu e m aco mpanhar O r unmila, me smo se ndo aco nse l hado a

ficar

po r que e le

e st av a

e m dif iculda de . O sany in,

por é m,

fo i

infle x í v e l. A nt e s que e le s che g as se m lá, O lo dunmar e t o co u o sang ue de sua e spo sa co m um t e cido br anco de alg o dão , g uar do u e m uma ca baça so br e a e st e ir a na qual O r unmila fo i se se nt ar e nquant o co n sult av a I fá. Or unmila co nsu lto u I fá e disse , “Ok anr an’ Tur upo n”. A pó s a div inação O runmi la so ube o que t inha de ntr o da ca baça br anca. O lo dunmar e o lo uv o u. Or unmila e nt ão pe diu que O lo dunmar e sa cr ificar um cão e uma cabr a. O lo dunmar e sacr ifi co u. O sany in e mo cio nadame nt e se junt o u a O runmi la na pro c ur a do s mate r iais par a o sacr ifí cio . Enqua nto e st av a se e sfo r çando par a ajudar a mat ar o cac hor ro , a fa ca que e le e st av a se g ur ando e sca po u de sua mão e caiu so br e a sua pe r na fe ze ndo uma fe r ida muit o gr ande . O r unmila pe diu que le v asse m O sany in par a a casa de Or unmila. Or unmila o curo u, mas O sany in nun ca po de r ia usar nov ame nt e a per na par a t rabalho s ár duo s. Or unmila t ev e pe na de le e de u- lhe v int e fo lhas de I fá par a cada t ipo de e nfe r midade , par a pro po r cio nar - lhe uma fo nt e de r e nda. F oi assi m que O sany in se to r no u um he r bo lár io .

O rác ulo 192

Òtúrúpòn Kòràn Es se O dù fala de se ev it ar po ssí v e is dificu ldade s co m as cr iança s e inimig o s. O bse r v ação

o cide nt al:

O

clie nt e

de v e

te r

cuidado

em

pr o ce dime nt o s

e mpr e sar iais.

192 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

252

O mot o lamoy o , Iy o wuk o de -maar ’e ni s’ e hin- de mi fo i div inado par a Ef unb unmi, a que m fo i dito que t er ia v ár io s filho s, mas que e la de v er ia sacr ifi car de mo do que a cr iança que e la e st av a car r eg ando e m s uas co st as não se t or nasse um cr imino so quando cr e s ce sse . O sacr ifí cio : u m po mbo , 4 400 búzio s e fo lha s de I fá. Ela o uv iu as palav r as por é m não sa cr ifico u. Se tiv e sse sacr ificado , a e la se r iam dadas fo lhas de I fá par a ban har a cr ian ça. F o lhas de I fá: M asce r e o luse sa ju e e so e m ág ua, o u pile as fo lhas e mi st ur e co m sa bão -da-co st a par a o uso da cr iança quando e la for mais ve lha.

192 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O t ur upo n K o nr an, O t ur upo n Ko ran fo i div inado par a Or unmila. Do is de se us inimig o s e st av am faze ndo um r e lató r io so br e e le par a Èsù e pe dindo a Ès ù par a o s ajudar a mat ar O r unmila. F o i pe dido a O r unmila que fize sse um sa cr ifí cio co m duas caba ças, duas g alinhas e 480 búzio s. Ele o uv iu e sa cr ifico u. Ele amar ro u as duas cabaça s e m se us ombr o s e pô -se e m mar cha e m dir e ção ao sant uár io de Èsù par a faze r o sacr ifí cio . Enquant o e le ia, as duas ca baça s bat iam uma co nt r a a o ut r a co mo se e las e st iv e sse m dize ndo , "e u mat ar e i O kanr an, e u mat ar e i O t ur upo n", e as sim por diante . A ssim que e le se apr ox imo u do sant uár io de Ès ù, o s do is inimig o s ouv ir am e s se v ot o fe it o pe las caba ças e per g unt ar am a si me s mo s o que aco nt e ce r ia se O r unmila o s v isse , uma v e z que ant e s de o s ve r já e st av a faze ndo tal j ur a. Ele s e nt ão f ug ir am ant e s que Or unmila che g asse ao sant uár io de Èsù. Fo i isso que Or unmila fe z par a der ro t ar o s se u s inim igo s.

253

O rác ulo 193

Òkànràn-Òtúrá Es se O dù fala de co nflito s e m famí lia e e m out ro s re lacio name nt o s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e nfr e nt a um co nfl ito co m par e nt e s co m r e lação a po s se s sõ e s mat er iais.

193 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) “O que v o cê faz par a mim, e u faço par a vo cê ” se mpr e difí c ult a a re so lu ção r ápida de uma disput a. I st o fo i div inado par a Olúk oy a, que fo i aco nse lhado a sacr ifi car par a que a disput a e ntr e e le e se u s pae nt e s não pr e judi casse sua s amizade s.

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O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, aze ite - de -de ndê e 16 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

193 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò kànr àn- Òt úr á fo i div inado par a a lí der das co br as, que fo i av isado a não e nt r ar e m uma br ig a que re sult ar ia e m não te r mais amigo s e nt r e se us pr ó pr io s par e nt e s. Se a lí de r das co br as de se jasse e st ar e m co ndi çõ e s amig áve is co m o s se u s par e nte s, de v er ia sacr ifi car v e ne no s e fle x as, u ma aljav a, fe it iço s per ig o so s, um cabr ito e 2 000 búz io s. Ela o uv iu as palav r as mas não sa cr ifico u. Co mo re s ult ado , as co br as nun ca fo r am amig as uma s das o ut r as.

O rác ulo 194

Òtúrákònràn És se O dù fala de se ev it ar as co nse qüê n cias de maus co mpor t ame nto s. O bse r v ação o cide nt al: A "bo ca gr ande " do clie nt e te m causado pr e juí zo .

194 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò t úr ákò nr àn, a cidade a cidade e st á t ranqü ila fo i div isada par a A lafur a. e le s dis se r am: O s animais no bo sq ue nunca arg ume nt am co m o le o par do ; o s pás saro s no bo sq ue nun ca arg ume nt am co m o falcão . O s se r e s huma no s nun ca arg ume nt ar ão co mig o ace r ca de me u car át er tampo u co ace r ca so br e me u t rabalho . A s pe s so as não mat ar ão o s cãe s po r cau sa de se u s lat ido s t ampo u co o s car ne ir o s po r se u s balido s. A s pe sso as nun ca e ntr ar ão e m lit í g io co mig o . Fo lhas de I fá: Tr ace o O dù Ò t úr ákò nr àn no iy e -ìr o sù e r e cit e o e nca nt ame nto acima ne le ant e s de mi st ur ar -lo co m aze it e -de -de ndê e lam be -lo (par a se r u sado se mpr e que ho uv e r um ca so judu cial).

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194 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O riji, o Adiv inho das co isa s bo as, co nsult o u I fá par a Òt ú, que de se jav a de spo sar Ò kò r àn, a filha do O lo fin. A s pe sso as e st av am dize ndo que isto ca usar ia uma disput a. O ho me m a que m Òk òr àn fo i pro me t ida co mo e spo sa t inha g ast ado muit o ne la. M as Or iji, o A div inho das co isa s bo as, dis se que Ò t ú ca sar ia co m Ò kò ràn; no e nt anto , e le de v er ia sa cr ificar o it o car amujo s. um po mbo , 16 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u.

O rác ulo 195

Òkànràn-Atè Es se O dù fala da ne ce ssi dade do clie nt e se r iniciado . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e tr abalhar sua e spir it ualidade . 195 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò kànr à-A t è div ino u par a Eniay e wu, que fo i aco nse lhado a se ini ciar e m I fá, de mo do que sua v ida no mundo pude s se se r agr adáv e l. O sacr ifí cio : do is po mbo s, um r ato , um pe ix e e 3 200 búzio s.

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O rác ulo 196

Irete-Okanran Es se O dù fala da ne ce ssi dade de caut e la co m re lação a uma co nspir ação e ntr e pe s so as da me s ma idade da pe s so a. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e t er cuidado co m co mpe t içõ e s no t rabalho .

196 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I re t e -O kanr an fo i div inado par a O r unmila no dia e m que o s babalawo se re unir am na ca sa do O lo fin par a pr e par ar ve ne no co m o qual o mat ar iam quando ali che g as se . Fo i-lhe pe dido que je je ua sse ao lo ngo daque le dia par a e v it ar se r e nv e ne nad o . Ele dev e r ia sa cr ificar 3 200 búzio s e aze it e -de -de ndê . Ele se g uiu a o rie nt ação e sacr ifi co u. Naque le dia, o s babalawo que se r e unir am na casa deo O lo fin chamar am Or unmila par a que fo sse part ici par co m e le s de um banq ue te . Te ndo co nspir ado ju nto co m o Olo fin, e le s co lo car am v e ne no no s vinho s e tam bé m pu se r am at ar ag ba (v e ne no que causa mor t e ) no te cido e na e st e ir a par a O r unmila. Q uando O runmi la che g o u na ca sa de O lo fin, e le s lhe de r am v inho par a be be r .Ele o lho u par a aquilo po r alg uns mo me nt o s e dis se , “o que e st á bo iando no po t e (o r u) ? É v e ne no que e st á bo iando no po t e . Ir et e -O k anr an, não be be r á ho je , I re t e -O kanr an”.

257

A pó s um cur to e spaço de te mpo , e le s t ro ux er am og uro (v inho ) par a e le , mas O r unmila o lho u e disse a me sma co isa. A pó s isso , o O lo fin co lo co u se u I fá no chão par a co nsult a e m no me do filho pr imo gê nit o de le que e st av a fing indo e st ar do e nt e . To do s o s babala wo pr e se nt e s disse r am que a cr iança não mo rr e r ia. Q uando o Olo fin pe rg unt o u a o pinião de Or unmila, e le disse que a cr ian ça mo rr e r ia a me no s que O lo fin e nt r eg as se se u ve st uár io r e al e a e st e ir a que habit ualme nt e e ste nde e m se u t ro no de for ma que e le s po de r iam se r ut ilizado s na fabr ica ção de um me dicame nto par a a cr iança. O lo fin que e st av a pro cur ando por me io s de mat ar Or unmila, pe nso u t er e nco ntr ado uma cha nce , po is po de r ia pô r at ar ag ba de nt ro do v e st uár io e na e st e ir a ant e s do s e nt re g ar par a O r unmila. Mas ass im que e le s fo r am tr azido s, um pás saro co me ço u a g rit ar m pe r sist e t e me nt e , dize ndo a Or unmila, “O r unmila, não se nt e - se na e st e ir a ho je , não se nt e - se na e st e ir a ho je . Se nt e -se no ifin, se nt e -se no ifin! ”. Q uando e le s t er minar am d e tr azer o ve st uár io e a e st e ir a, Or unmila pe diu que e le s usa sse m a e ste ir a par a se se nt are m. Ele s o be de ce r am e for am e nv e ne nado s. O r unmila de ix o u o lo cal se m se r pr e judicado .

258

O rác ulo 197

Okànràn’Se Es se O dù fala da ne ce ssi dade de de se nv o lv ime nt o e spir it ual par a e v it ar ang ust ia e t r ibulaçõ e s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e so fr e u um re v é s finan ce iro .

197 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Q ue st õ e s

de

ang úst ia

não

são

bo ns;

u ma

que st ão

pr o ble mát ica

é

um

mau

e spe t ácu lo . I sto fo i div inado par a o filho de um ho me m abast ado , a que m fo i pe dido sacr ifi car de mo do que e le não so fr e sse tr ibula çõ e s. O filho do ho me m r ico per g unto u, “o que é so fr ime nt o ?” Ele s disse r am: O ato de abr ang er é so fr ime nt o ; a vo nt ade das pe sso as é ang ú st ia. Ele dis se que isso e ra ba st ante . O filho do ho me m r ico per g unto u qual se r ia o sacr ifí cio . Ele s dis se r am: u m te cido br anco , um po mbo , uma ov e lha, u ma galinha e 20 0 00 búz io s.

197 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Le mbr e - se do Po sse s sor . Nó s no s le mbr amo s do Po sse s sor , nó s ainda e st amo s viv o s.

259

Le mbr e - se do Po sse s sor . Nó s no s le mbr amo s do Po sse s sor , nó s e st amo s re go zijando . O Po sse sso r nunca apalpa no e scur o ; Edumar e nun ca t e m pr e j uizo s. Não há ne nhu ma t rist e za lá na ca sa do Po sse sso r , ne nhuma po br e za o u pe núr ia. O r unmila

Olo wa

A iy e r e

dis se

que

se

nó s

no s

de par ásse mo s

co m

qualq ue r

t rib ulação , de v er í amo s no s le mbr a r do Po sse s sor . O Po sse sso r nunca se e ntr ist e ce u. O Po sse sso r sacr ifico u um po mbo , duas cabe ças de ig uana, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá (a ser e m dadas À pe sso a que é aplicada e m se u t rabalho ).

260

O rác ulo 198

ÒséKòràn Es se O dù fala da ne ce ssi dade de uma co mpanhe ir a na v ida do clie nt e . O bse r v ação o cide nt al: C o ndiçõ e s de tr abalho inco nst ant e s ne ce ssit am de e quili br io e mo cio nal par a se har mo nizare m.

198 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Vo cê não g o st a de le , Eu não go sto de le . A po bre za ca minho u po r si me sma. I st o fo i div inado par a uma pe s so a de safo rt unada, que fo i aco nse lhada sa cr ificar par a que pude s se adiquir ir uma co mpan he ir a. O sacr ifí cio : dua s g alinhas, do is chapé u s o u do is t ur bant e s fe min ino s, 2 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele não sacr ifi co u. 198 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Sa samur a div ino u par a O seK o nr an, A que m fo i dit o que t er ia inimig o s e s uce s so so br e e le s. O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, e fun, o sùn, 2 400 b úzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u.

261

O rác ulo 199

Okanran-Òfún Es se O dù fala do fim de pr o ble ma s e tr ibula çõ e s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ir á e x per ime nt ar um no vo re lacio name nt o o u aume nt ar a int e nsidade de um r e lacio name nto co rr e nt e .

199 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Se alg ué m te v e má so rt e po r lo ngo te mpo , isto se r á mudado par a bo a so r te . I sto fo i div inado par a O k anr an- A base wo lu, que fo i aco nse lhado a sa cr ificar um po mbo , uma galinha e 12 000 búzio s. Ele sa cr ifico u.

199 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) À r àbà-nlá (g r ande alamo ) div ino u par a Ok anr an e O fun. F o i-lhe s co nt ado que e le s nu nca ser iam suje it ado s a so fr e r se m v ing ança. A lg ué m se mpr e se re cu sar ia a vê - lo s so fre r se m ving ança. F o i pe dido que sacr ifica sse m um car ne ir o e 2 200 búzio s. Ele s sacr ifi car am par a que nunca so fre s se m se m v ing ança.

O rác ulo 200

262

Òfún’Konran Es se O dù adv er t e so br e ab uso de po der . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se ndo pr e sun ço so .

200 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò fún’ K ò nr àn fo i div inado par a Olo dunmar e quando e le e st av a se pr e par ando par a e nv iar as pe sso as par a a Te rr a. Ele s dis se r am que O lo du nmar e e st av a r e flet indo no cast ig o que o s po de ro so s infl ig ir iam ao s fr aco s, no cast igo que o s r e is e che fe s in flig ir iam às pe sso as que fo r am dist it uidas o u e m per ig o . E le viu pe sso as ino ce nt e s se ndo mor t as na Te rr a e de se jo u de fe nde r aque le s que não tinham chance de se v ing ar . F o i pe dido par a Ele sacr ifi car uma t ar t ar ug a, u ma faca, um ar co e uma fle cha, uma pime nt a e 18 000 búz io s. Se Ele sacr ifica sse , po de r ia o s de ix ar livr e na Te rr a. Ele sa cr ifico u.

O rác ulo 201

263

Ògúndá’Sá Est e O dù fala de ganho mo ne t ár io par a a pe s so a ve r dade ir ame nt e e spir it ual. O bse r v ação o cide nt al: F or ça no t rabalho co nduz a g anho sig nificant e .

201 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) C e libat o fo i div inado par a I fá quan do o mun do t odo e st av a dize ndo que ifá e st av a só . Fo i pe dido a I fá que e sco lhe sse uma co mpan he ir a. I fá disse que e sco lhe u dinhe ir o co mo sua co mpanhe ir a. Fo i pe dido a e le que sa cr ifica sse um po mbo e 24 000 búz io s. Ele sacr ifi co u.

201 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò g úndá’ Sá fo i div inado par a o r e cé m-nas cido . Ele s disse r am que sacr ifí cio e r a ne ce ssár io se o be bê fo s se v iv e r e apr e ciar a v ida. O sacr ifí cio : u ma g alinha d’ A ng o la, um po mbo e 24 000 b úzio s. Ele o uv iu e sacr ifi co u.

O rác ulo 202

Òsá’Gúndá Es se O dù fala de bo a so r te que não v e m se m sacr ifí cio .

264

O bse r v ação o cide nt al: Há alg ué m que o clie nt e não dev e co nfiar .

202 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O sa’ Gunda po de lut ar . Oide r e , o awo de I g bado , A luko , o awo de Ig bado , A ijag og or o go , o awo de Olibar a, t o do s div inar am par a Olibar a. O ide re , o awo de I g bado , dis se que de s co br iu bo a sor t e par a O libar a. e nt ão O libar a de v er ia sacr ifi car um po mbo , uma ov e lha e 44 000 búzio s. Ele sacr ifi co u. A luk o , o awo de I g bado , dis se

que

e le

viu

nas cime nt o

de

filho s

(t anto

Oide r e

quant o

Aluk o

e r am

e xt r ang e ir o s); e nt ão , Olibar a dev e r ia sa cr ificar uma galinha, uma ca br a e 32 000 búz io s. Olibar a sacr ifico u. A ijag og or o go , o awo da casa de Olibar a, que pr ev iu uma g ue rr a. Ele t ambé m pe diu que Olibar a sacr ifi casse : um car ne ir o e 66 000 búzio s. e le dis se que se O libar a não o fe r e ce s se o sacr ifí cio , hav e r ia g ue rr a e m o nze dia s. O libar a não o fe r e ce u o sacr ifí cio . No dé ci mo pr ime iro dia, a g uer r a v e io . Olibar a fug iu da cidade .

202 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) S un- mis’ e be , Sun -mis’ apo ro co nsult o u par a A ik u je g unr e (t ipo de er v a)

e O lok o

(faze nde iro ). A ik u je g unr e fo i aco nse lhado a sacr ifi car um car amu jo , uma g alinha e um car ne ir o . Ele s dis ser am a A ik uje g unr e que não mor r er ia mas e st ar ia e nr aizado e co lo cado e m um alt o o bje to aci ma do chão . A ik uje g unr e sa cr ifico u. A o faze nde iro fo i pe dido que ofe r e ce sse e m sacr ifí c io um car ne iro , u m alfang e e 66 000 búzio s de mo do que e le não mo rr e sse . Ele sacr ifi co u. Q uando o faze nde iro e st av a capinando , e le ju nto u Aik uje g unr e co m o alfang e e m um lug ar . A ik uje g unr e disse , “Eu me fa ço not ar se ndo re unido , as sim me ajude a falar par a me us pais no Cé u”. Q uando o faze nde iro finalizo u a capi nag e m e junt o u a e rv a cha mada A ik uje g unr e co m um alfang e e o co lo co u e m um tr o nco , a er v a dis se , “dig a- me pai do C é u que e u so u no t áv e l”. Ent ão , as ult ima s palav r as u sualme nt e falada s pe la e rv a são : “que o faze nde ir o não mo rr a. Q ue e u t ambé m não mo rr a, de fo r ma que ambo s per mane ça m par a se mpr e ”.

265

O rác ulo 203

Ògúndá’Kaa Es se O dù fala da ne ce ssi dade de caut e la e sa cr ifí cio par a so lu cio nar pro ble mas mo ne t ár io s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m co nfl ito s o u acusa çõ e s no t rabalho .

266

203 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O r unmila dis se O g unda’K aa, Eu dig o O g unda’K aa. I st o fo i div inado par a O mo t ade . e le s dis se r am que e st amo s supli cando a Or unmila par a impe dir que O mo t ade fo s se co nt ado co mo ladr ão . O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, rat o s, pe ix e , aze it e -de - de ndê e 8 000 búzio s. Ele sa cr ifico u.

203 – 2 (Tr adu ção do ve r so )

O g unda’K aa fo i div inado par a Or unmila, o r e i, que e st av a co m pr o ble mas. F o i-lhe asse g ur ado que co nse g uir ia alg um dinhe ir o log o . O sacr ifí cio : do is po mbo s e 2 000 búzio s, e le sa cr ifico u.

O rác ulo 204

Ìká-Ògúndá Es se Odù fala de sacr ifí cio a O g un par a de se nv o lve r co r age m e m alg ué m t í mido . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á fing indo um pr o ble ma que não ex ist e .

204 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

267

Ò g ún pro v a minha ino ce n cia Ò g ún, por fav or me apó ie . Não há ning ué m co m pr o ble ma s que não pe ça aux í lio a Òg ún. Q ue m que r que se ja que fa ça o be m r e ce be r á o be m. É uma pe sso a e m par t icular que Ò g ún aux iliar á. I st o fo i div inado par a A de t ut u, o filho do cov ar de que r e spir a me dro sa me nt e , que e r a me io -mor to ant e s da br ig a. Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car um cão , aze it e -de -de ndê , inha me assado e v inho de palma. Ele o uv iu mas não sacr ifico u.

O rác ulo 205

Ògúndá-Òtúrúpòn Es se O dù fala de bo a fo rt una re s ult ante de me lho r a de co mpor t ame nto . O bse r v ação

o cide nt al:

Di fic uldade s

e

blo que io s

são

disso lv ido s

co m

de se nv o lv ime nt o e spir it ual.

205 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò g ún dir e cio no u bo a sor t e par a a ca sa de O t ur upo n. I st o fo i div inado par a as pe sso as e m I fe -O oy e .

268

Ele s disse r am que um ano de r ique zas t inha v indo , um ano de abundâ ncia, um ano de nascime nto de muit as cr ianças. F o i-lhe s pe dido que sacr ifi cas se m de z po mbo s, de z galinha s e 20 000 búzio s de fo r ma que e le s não disp ut ar iam no v ame nt e . Ele s o fer e ce r am o sacr ifí cio .

205 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A s árv o re s e st ão se nt indo do re s de cabe ça na flo r e st a. O Ir ok o e st á se nt indo do r no pe it o . A árv or e cur at iv a e st á r e me diando a to do s. I st o fo i div inado par a Òg ún e O t ur upo n. De mane ir a a co mpor t ar -se be m, fo i-lhe s pe dido que sa cr ificas se um cão , aze it e -de de ndê , u m g alo e 18 000 búzio s. Ele s o fer e ce r am o sacr ifí cio . Ò g ún e nt ão de u Ot ur upo n bo a sor t e . Ò g ún libe r t o u O t ur upo n da e scr av idão . Nó s e st amo s re go zija ndo , nó s e st amo s dança ndo . O rác ulo 206

Òtúrúpòn-Egúntán Es se Odù fala do pr e se nt e , se ndo um mal mo me nto par a uma nov a cr ian ça, mas mant é m uma gr ande pro me s sa par a o fut ur o . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t ev e re ce nt e me nt e pe r de u uma cr iança, ant e s o u log o de po is do nasci me nto . A lg uma co isa e st av a e rr ada co m a cr iança.

206 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O s ramo s do iro k o de ve r iam se r po dado s e nqua nto a árv or e é jo v e m. Q uando fica v e lha e alt a, se u s galho s já não po de m ser facil me nt e co rt ado s. I st o fo i div inado par a Ò t ú, a mãe de um be bê nov o . Ele s di sse r am que a cr iança se r ia um lacr ão quando cr e sce s se . Fo i pe dido par a que o s pais o fe r e ce sse m sa cr ifí cio par a que a

269

cr iança pude s se m o be de ce - lo s. O sa cr ifí cio : um car amujo , um pe ix e aro , um po mbo , uma banana, 66 000 búzio s e fo lhas de ifá. Se o sa cr ifí cio for r e alizado , as fo lhas e so são as fo lhas de I fá a se r e m usada s. Espr e mer as fo lhas e m ág ua co m fluido do car amu jo e banhar a cr iança. Se a cr iança cr e s ce r , dar -lhe uma so pa fe it a co m fo lha e so , car amu jo o u pe ix e aro par a co me r . Ela també m de ve co me r banana s.

206 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O t ur upo n- Eg unt an fo i div inado par a Or unmila. Ele s disse r am que a e spo sa de O r unmila co nce be r ia. F o i pe dido que Or unmila o fe r e ce s se sacr ifí cio par a que a cr iança v ie s se e m um mo me nt o mais pr o pí cio a e le s. O sacr ifí cio : u ma g alinha g rande , uma cabr a e 66 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

O rác ulo 207

Ògúndá-Túrá Es se O dù fala da saúde do clie nt e , e le se nt indo -se fisi came nt e do e nt e co mo r e sult ado de pr e s são e inimigo s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é hipo co ndr í aco .

207 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Sak amda (Eu so u bast ant e limpo ) fo i div inado par a O t a (pe dr a) na ág ua. Nó s t e me mo s a do e nça. F o i pe dido a Ot a-mi não

t e mar a do e nça e lhe fo i pe dido

que ofe r e ce sse sacr ifí cio de fo r ma que e le pe r mane ce s se fix o . O sacr ifí cio : u m car amujo , um po mbo , 32 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u e se viu liv r e de do e nça s.

207 – 2 (Tr adu ção do ve r so )

270

O g unda-Tur a. É bo m que per mit e à pe s so a supe r ar u m inimig o . U ma pe sso a mal fav or e cida po de se r fac ilme nt e atr aida pe lo se u inimigo . Q ue m me par iu? Ò g úndát at úr ápa, faça co m que me u s inimig o s caiam um apó s o out ro e mat e -o s e m g rande

quant idade .

Eu não

dev e r ia

co nhe ce r

qualque r

inimig o

o u qualque r

o po ne nt e . Q ue m é uma pe sso a mal fav o re ci da? U ma pe s so a mal favo r e cida é aque la a que m a maio r ia das pe s so as acr e dit a e st ar arr uinada e e la ainda pe nsa que é muit o amado . Em v e nt o s fo rt e s, plant a e g be e cai uma so br e as out r as; de ce rt a for ma, me us ini migo s mo rr er ão um apó s o utr o . Ele s nun ca se ajudar ão mut uame nt e ; o s lag ar to s macho s não aj udam un s ao s o utr o s e m um cur to e spa ço de te mpo . F o lhas de I fá: Tr ace o O dù Og unda- Tur a no pó de ì ro sù e invo que I fá co mo de t er minado aci ma. U ma pe que na po r ção do pó de v e ser co lo cado no to po da ca be ça e e sfr e g ado da te st a à part e infe ro - po st e r io r da cabe ça. I st o de v e se r fe ito pe la manhã, à t ar de o u a no it e at é o pó acabar . É par a se r ut ilizado ape nas uma v e z ao dia.

271

O rác ulo 208

Òtúrá-Egúntán Es se O dù fala da ne ce ssi dade de r e mo v er e ne rg ias neg at iv as do clie nt e . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de pur ifica ção par a re mov e r e ne rg ia e spir it ual neg at iv a.

208 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ele s fize r am muit o mal a mim. Eu não so u mac ulado ; e le s não me po de m supe r ar ; e le s e st ão amaldi ço ando , j ur ando , e me de se jando mal. Ot ur a-Eg unt an disse que e u não dev er ia t er me do ne m se pr e o cupar co m e le s. Ele pr o me te u co rr ig ir me us cam inho s de fo r ma que e u po ssa v iv e r uma v ida me lho r . Ele disse que minha v ida se r ia pró spe r a. É O t ur a- Eg unt an que que lav a minha ca be ça de mane ir a que ne nh uma maldi ção , male dicê n cia, fe it iço o u e ncant o me afe t e . F o lhas de I fá: Q ue imar junt o fo lhas o luse saju, ife n e e so . M ist ur e o pó co m sabão da- co st ae co lo que - o e m uma caba ça. Jo g ue um po u co de pó de iy è -ì ro sù so br e o sa bão , tr ace o odù so br e e le e inv o que o e nca nt ame nto acima. Ut ilizar par a to mar banho .

272

O rác ulo 209

Ògúndáketè Es se O dù fala de do is co nce ito s impor t ant e s: o pape l de Eleg bar a (E s u) co mo um me n sag e ir o e ntr e o s se r e s humano s e De us; e Eg úng un (ance st r ais) co mo o caminho do s ser e s humano s par a a s upr e macia. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se ndo do minado por uma fe me a.

209 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O s pe s cador e s não sa be m e m qual lug ar o mar o bt e m s uas ág uas ne m a o rig e m da lag o a. I st o fo i div inado par a Ele g bar a, a que m fo i dito que e le s dev e r iam sup licar a e le uma va r ie dade de co isas de mo do que e le car r eg as se se u s sa cr ifí cio s par a o C é u. O r unmila pe rg unt o u co mo Ele g bar a co nse g uir ia mo str ar par a e le s que o s se us sa cr ifí cio s tinha m alcançado o C é u. Eleg bar a disse que qualque r um c ujo sacr ifí cio t e nha sido ace it o sabe r ia por si só que e le fo i ace it o . Quando as pe sso as que nunca o fe r e cer am sacr ifí cio fize r e m uma o fer t a, e le s t ê m que dize r : M e u sa cr ifí cio che go u ao mar e à lag una. Ele se r á ace ito . M as qualque r um que t e nha o fer e cido sa cr ifí cio , e o sacr ifí cio fo i ace it o , t e m que dize r : Me u sacr ifí cio alcan ço u o Cé u. F oi pe dido a Ele g bar a que sacr ifi cas se de for ma que as pe s so as do mundo o o be de ce sse m.O sa cr ifí cio : uma palme ir a, uma cor da de e scalar , um g alo , um ò ké t é e 66 000 búzio s. e le o uv iu e ace it o u.

273

209 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Se nó s de se jamo s me nt ir , nó s par e cer e mo s e st ar ag it ado s. Se nó s de se jamo s dizer a v er dade , nó s par e ce r e mo s e st ar co nfo r t áv e is. Nó s não po de mo s e ng anar um ao o utr o quando e st amo s car a a car a. I sto fo i div inado par a Ò g ún, que e st av a indo r e alisar o s rit uais pr e s cr it o s pe la I y alo de nas r uas. To das as mulhe r e s e st av am ca st ig ando to do s o s ho me ns. Fo i pe dido que Òg ún sacr ifi cas se u m bo né , um cão , 14 000 e alg umas o ut r as co isa s de s co nhe cidas por não iniciado s. Ele sacr ifi co u. De po is dis so , o mi st ér io de Eg úng ún e de out ro s cult o s que co bre m as sua s face s, ca be ças o u cor po s int e iro s tiv er am iní cio . A s mulhe r e s e r am ant ig ame nt e as co nt ro lador as de st e mist ér io . Elas assu st ar am o s ho me n s co m e le e não o be de ce r am o s ho me ns muit o . O s ho me n s, e spe cia lme nt e Òg ún, de sco br ir am um mo do me lhor que o mo do das mulhe r e s.

274

O rác ulo 210

Irete-Egúntán Es se O dù fala da ne ce ssi dade de inicia ção . O bse r v ação o cide nt al: De se nvo lv ime nt o e spir it ual az-se é ne ce ssár io par a paz e pro spe r idade .

210 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Te t e , ve nha e aja de for ma que e le s po ssa m se r co nfor mado s. I st o fo i div inado par a Pè rè g ún (plant a de ce r ca), a que m fo i pe dido o fe r e ce r sacr ifí cio de fo r ma que pude sse se nt ir -se be m se ndo iniciado e m I fá. O sacr ifí cio : u ma banana, mant e ig a de car it é e 44 000 búzio s. Ele sa cr ifico u. Ele fo i iniciado . Ele s dis se r am que e le se se nt ir ia be m. De fat o , Pèr è g ún se se nt ia mu ito tr anquilo e co nfo rt áv e l.

210 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Bo a sor t e ve io par a mim. I st o fo i div inado por O r unmila ao re i que do e le e st av a e m de sgr aça. Ele dis se que um ano de sor t e e st av a por v ir . F o i-lhe pe dido que sacr ifica sse um po mbo , uma galinha, um camar ão (e de ) e 2 000 búz io s.

275

Ele sa cr ifico u.

O rác ulo 211

Egúntán’sé Es se O dù fala par a não cast ig ar pe s so as por s uas car acte r í st icas fí sica s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e mar cha pe la to que de se u pr ó pr io t ambor .

211 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò g úndá ofe nde u a ning ué m, Òg úndá não ma chuco u ning ué m. É pro ibido , não é bo m ca st ig ar Ò g úndá. I st o fo i div inado par a Oló wó , a que m fo i pe dido que o fer e ce s se sa cr ifí cio par a não se r punido dur ant e sua vida. O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o ve lha e 44 000 búzio s. Ele o uv iu e sacr ifi co u. Ho nr ais e r e spe it ais o s o utr o s; é me lho r de ix ar o filho de um ho me m ho nr ado imp une . U ma árv or e é r e spe it ada por causa de se u s nó s [de made ir a]; Ent ão t ambé m é um r e spe it ado um ho me m albino por ca usa do Ò rì sà. Vo cê dev e t oda a ho nr a mim.

276

O rác ulo 212

Òsé-Egúntán Es se O dù fala do impe dime nto de bo a fo rt una. O bse r v ação

o cide nt al:

M udan ças r ápidas

e m at iv idade s

te mpor ais

ir ão

r e sult ar e m ganho s.

212 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Po br e za e so fr ime nto t er mina m fo i div inado par a To to . F o i pe dido a To to o fe r e cer sa cr ifí cio de for ma que e le se r ia se mpr e rico . O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o ve lha, uma g alinha e 32 000búz io s. Ele o uv iu e sacr ifi co u.

212 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ì sé - Eg únt án, nó s co nhe ce mo s bo m tr aje e m À g be . Ì sé - Eg únt án, nó s co nhe ce mo s bo m tr aje e m À lùk ò . Ì sé - Eg únt án, nó s co nhe ce mo s bo m tr aje e m O dide re . To da bo a so rt e e st á nas mão s de O ló k un — O ló k un o che fe de to da ág ua. Ì sé - Eg únt án To t o co manda a t oda bo a so rt e v e nha a mim. F o lhas de I fá: pulv e r ize as pe nas àg be , àlùk ò e iko o de co m fo lhas de to to ; co lo que e m uma quant idade de sabão - da-co st a co rr e spo nde nt e a

2 000 búzio s e

t race o o dù Ò sé - Eg únt án ne le ; usar par a ban ho . No t a: Em qualque r mo me nto que a pe na de um àg be é me ncio nada, saiba que uma pe na de r abo dev e r á se r usada. To do s o s mat er iai s a se r e m usado s par a awur e (me dicame nto par a sor t e bo a) de ve e st ar limpo , per fe it o e e m bo m e st ado .

277

O rác ulo 213

Ògúndá-Fú Es se O dù fala de po s sív e is disput as so bre po sse s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se de par ando co m alg uma e spé cie de dist r ibui ção de her ança o u cr ianças que se nt e m que o s pais não o s e st ão t rat ando ig ual me nt e .

213 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò g úndá, dê o co nt r at o ao do no . Se v o cê não der o co nt r ato ao do no , t o malo - e i de ti à fo r ça e br ig ar e i, e mbo r a e u não te r ade nt r ado à sua ca sa pro c ur ando br ig a. I st o fo i div inado par a um v iajant e que se ho spe dar ia na casa de um ho me m av ar o . F o i pe dido que e le ofe r e ce sse sa cr ifí cio par a que não per de sse se u s per t e nce s par a o patr ão av ar o . O sa cr ifí cio : u ma galinha, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá (pilar fo lha s de t ag ir i e e e sin -war a e uma quant idade de sabão -da- co st a e quiv ale nt e a 12 000 b úzio s: co lo car e m u m cant o da casa e ve rt e r o sang ue da galinha ne le ; usar par a banho ).

213 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Dê par a mim, e u não v o u dá- lo a v o cê . Nó s não po de mo s lut ar e m cima de co nt as t o do o caminho par a Oy o e at é que nó s che g amo s à casa do O lo fin. Se nó s lut amo s se cre t ame nt e , nó s de ve mo s falar a ve r dade no dia e m que a br ig a alca nça o r e i.. I st o fo i div inado par a o re i quando u m saco de co nt as fo i t razido po r g uar diõ e s e que mais t ar de de cid ir am e nv e ne nar o pr o pr ie t ár io das co nt as de mo do que as me s mas ficas se m par a e le s. F o i pe dido que sacr ifica sse um po mbo e 2 000 búzio s. A histó r ia da que st ão : Hav ia um ho me m co m do is filho s. É um co st ume e m no ssa t er r a que o s familiar e s não pe r mit am ao s filho s de um pai fale cido t er qualque r co isa for a do pr o pr ie dade do pai de le s. Por e st a r azão , a fa mí lia do pai do s do is filho s fale cido t o mar am a pr o pr ie dade e a div idir am t ot alme nt e e nt r e e le s.

278

Est e s do is filho s ro ubar am uma bo lsa de co nt as e a mant iv er am e s co ndida e m alg um lug ar , e v e nde r am as v alio sa s co nt as u ma a uma. quando a bo lsa fi co u qua se v azia, e mais da met ade já se fo r a, o filho mai s v e lho qui s e ng anar se u ir mão . Ele le vo u as co nt as re st ant e s ao re i par a cu stó dia e falo u par a se u ir mão que as co nt as t inham sido ro ubadas. A lé m disso , o r e i també m e st av a pe nsa ndo e m um mo do de mat ar o filho mai s v e lho de fo r ma a po der mant e r as co nt as co nsig o .

O rác ulo 214

Òfún-Egúntán

279

Es se Odù fala das co nse quê n cias de se ig no r ar co mpor t ame nto mo r al e sa cr ifí cio . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nvo lv ido o u de se jo so de um po ssí v e l r e lacio name nt o sex ual no civo .

214 (Tr adu ção do v er so ) O supa je re je r e , adv inho de O nibar a, div ino u par a O nibar a, a que m fo i pe dido que sa cr ificas se um car ne ir o e 22 000 búzio s de mo do que e le não e ntr as se e m pro ble mas po r causa de uma me r e tr iz. O nibar a não o fer e ce u o sa cr ifí cio . Ele per g unt o u que t ipo de pr o ble ma po de r ia ofe r e ce r uma me r et r iz a e le , o lí de r de uma nação ? A histo r ia de O nibar a apó s e le t er re cu sado sa cr ificar : No ano que I fá fo i co ns ult ado par a O nibar a, uma mu lhe r che g o u de uma t er r a lo ngí qua par a de spo sa lo . A mulhe r fo i pro st it ut a. Vár ias pe sso as que a co nhe ciam e aque la s que o uv ir am falar so bre e la v ier am par a pr ev e ni- lo a não se casar co m e la. Onibar a se ndo u m re i, r eg e ito u a adv e rt ê cia das pe s so as. Ele se r e cuso u a de spre zar a mulhe r po is e la er a muit o bo nit a. A imag e m de st a mul her o cupo u a me nt e do re i de mane ir a que e le não er a capaz de re pe lir ou mudar o s pe dido s da m ulhe r . A m ulhe r dis se ao re i que não co mia o utr a co isa se não car ne , e nt ão o re i mato u t odas as av e s, car ne ir o s e capr ino s que e le tinha par a a ca usa da mulhe r . Ent ão o re i co me ço u a ar mar ar apuca s par a as av e s, car ne ir o s e capr ino s que pude s se m e nt r ar no se u palác io . Q uando o do no vie sse pro c ur ar o animal no dia se g uint e , o r e i dir ia que e le lhe e st av a chamando de ladr ão . Mas quando não tinha mais av e s, car ne iro s e capr ino s na v izinhan ça, o re i pe nso u e m uma o utr r a mane ir a par a o bt er car ne par a a mulhe r . e nt ão e le co n se g uiu um fe it iço co m o qual as pe sso as se t rans for mav am e m t igr e s. A pó s isso , o re i ia t o da manhã at é o s po st e s o nde o s animais e r am pr e so s par a ao abat e e o s lev av am dali. C o nse que nt e me nt e , as pe s so as co me çar am se can sar am co m o s ho rr or e s que o t igr e e st av a ca usando pe lo assa ssí nio de se u s animai s do mé st ico s. O s caçado r e s da v izinhança fize r am uma v ig ilia e at ir ar am no t ig r e . Q uando e le fo i at ing ido pe las fle x as, fug iu e fo i cair na fr e nte da casa de O nibar a. I nt o o cor r e u nas pr ime ir as ho r as da no it e à luz da lua. Q uando amanhe ce u, O nibar a fo i e nco ntr ado na pe le do t ig r e ; to das as faca s que e le uso u par a pe r fur ar as v ít imas e st av am e m s uas mão s e o animal que e le hav ia abat ido e st av a ao lado de le . A s pe s so as se

280

s ur pr e e nde r am e m v er que o r e i de las t ev e tal hábit o r uim. Ent ão e las achar am u m lug ar de pr e s sa par a o e nt er r ar se cr et ame nt e . Elas lev ar am cabo da mul her , a mat ar am, e a e nt e rr ar am na abó bada de O ba. De sde e st e t e mpo , se um t igr e é mor t o , s ua face é co be rt a, e se r á lev ado par a u m lug ar se cr et o ant e s de se r e sfo lado . I sso é por que um t igr e é chamado de r e i. Pro v ér bio : U m t igr e , ape sar de sua maldade , pe diu par a as pe sso as que não de ix e m s ua face de sco be r t a.

O rác ulo 214

Òsá-Ká Es se O dù pr ev ê um no vo be bê e fala da pr ot e ção do se gr e do de alg ué m. O bse r v ação o cide nt al: U m co me nt ár io so br e um ant ig o e mpr e g ado po de ca usar pro ble ma par a o clie nt e .

281

215 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò sá caminha ao r e dor div ino u par a um r e cé m-nas cido . Fo i pr e dito que e le se r ia um apaix o nado po r viajar pe lo mundo quando e le fo s se mais ve lho . e le s disse r am: U m sa cr ifí cio dev e se r fe it o de mo do que e le po ssa te r uma habit ação e m t er r a e po ssa e st ar muit o be m. O sa cr ifí cio : u m car am ujo , um aik a (animal e spe c ial do mato ), sabão - da-co st a, 32 000 búzio s e fo lha s de I fá. A s fo lhas de I fá de v e m se r mo idas e co zidas na so pa co m aik a o u car amujo par a o clie nt e be be r e as fo lhas de I fá dev e m se r mist ur adas no sa bão -da-co st a.

215 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Palav r as

part ic ular e s

t or na-se - ão

pública s

fo i

div inado

por

A yé ko g be je .

Um

co nfide nt e e st á r ev e lando se g r e do s. Fo i pe dido que sacr ifi cas se par a que não fize sse co isa s v er go nho sa s e m se g r e do , e que se us seg r e do s não fo sse m div ulg ado s. O sacr ifí cio : u m car amujo , aze it e -de - dê nde , banha de òr i, um po mbo , 66 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu e sacr ifi co u.

O rác ulo 216

Ìká-Sá Es se O dù adv er t e às pe sso as a não fazer e m nada de so ne sto . O bse r v ação o cide nt al: C o nfu são e mo cio nal po de lev ar a de cisõ e s pe r igo sas.

216 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

282

U m mal car át e r ge r a um co v ar de fo i div inado par a u m ladr ão . Ele s disse r am que um ladr ão não se r ia t ão br avo quat o o pr o pr ie t ár io . O ladr ão fo i adv er t ido a sa cr ificar de mane ir a a adquir ir co isas facilme nt e o u ho ne st ame nt e . O sa cr ifí cio : quat ro car amujo s, 8 000 b úzio s e fo lhas de I fá (wo r o e è so par a se r e m co zidas e co midas co m o s car amujo s ). e le não sacr ifi co u.

216 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O mundo é fr io . Nó s e st amo s de scan çando ; pe s so as fr acas de ix am a cidade . I sso fo i div inado par a Jo k o je que de se jo u de scan çar , e le dev e r ia sacr ificar pano br anco , um po mbo , uma o ve lha e 20 000 b úzio s. Ele sa cr ifico u. Ele s falar am que e le e st ar ia usando v er de co mo pano pr o te t or .

O rác ulo 217

Òsá-Òtúrúpòn Es se O dù fala de infe rt ilidade e de sa cr ifí cio par a vida lo ng a. O bse r v ação o cide nt al: Es se é o mo me nt o par a sa cr ificar a Òg ún par a co nce p ção .

217 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ela- não -carr e g a-cr iança -e m- suas -co st as fo i div inado par a Ò sá At inuso jo , a que m fo i pe dido que sacr ifi casse de mo do a po de r dar a luz.

283

O sacr ifí cio : u ma cabr a, uma galinha, 16 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ela se re cu so u a sa cr ificar .

217 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò sá- Òt úr úpò n, Ò sá-Ò t úr úpò n fo i div inado par a a pe le de u m animal. e le s disse r am que a pe le ser ia sa udáv e l e viv er ia mai s que qualq uer o utr o animal no mu ndo . O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o ve lha, o bì e 44 000 búz io s. A pe le sacr ifi co u.

O rác ulo 218

Òtúrúpòn-Òsá Es se O dù fala de tir ar uma cr iança do pe r ig o . O bse r v ação o cide nt al: U ma nov a cr iança o u nov as r e spo nsabil idade s e st ão cr iando uma pr e o cupa ção te mpo r ár ia.

218 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I g bo k e g bo do fo i div inado par a K o nk o n Ele s disse r am que e le dev e r ia fazer sa cr ifí cio par a que um r e cé m- nascido não e nvo lv e sse o s pais e m pr o ble mas o u de sasso s se go .

284

O sa cr ifí cio : u m pilão , um car amujo , aze ite - de -de ndê e m ab undânc ia, 32 000 búzio s e fo lhas de I fá (jo ko je e è so ). K o nk o n may ik an se re c uso u a sa cr ificar .

218 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò t úr úpò n- Ò sá fo i div inado par a as pe s so as na cida de chamada I lar a. Ele s disse r am que to do s o s be be s nasci do s naque le ano se r iam car r eg ado s nas co st as de suas mãe s e nqua nto e st as fug ir iam de uma bat alha. A s pe s so as pe rg unt ar am o que de ve r iam sa cr ificar e fo i re spo ndido : aze it e -de de ndê , banana s madur as, banha de o ri, fo lhas I fe n, fo lhas jok o je , fo lhas wor o e 42 000búz io s. Ele s não sacr ificar am.

O rác ulo 219

Òsa-Òtúrá Es se O dù fala do s de use s favo r e ce ndo aque le s que falam a v er dade . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e co nfr o nt ar u m pr o ble ma que e le ve m e v it ando .

219 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò sá- Òt úr á diz, o que é ve r dade ? Eu dig o , o que é ve r dade ? Ò r unmila diz: Ve r dade é o Se nho r do Par aiso g uiando a t er r a. Ò sá- Òt úr á diz, o que é ve r dade ? Eu dig o , o que é ve r dade ?

285

Ò r unmila diz: Ve r dade é o I nv isív e l g uiando a te rr a, a sabe do r ia que O lo dunmar e e st á usa ndo — gr ande sabe do r ia, muit as sabe dor ias. Ò sá- Òt úr á diz, o que é ve r dade ? Eu dig o , o que é ve r dade ? Ò r unmila diz: Ve r dade é o car át er de O lo dun mar e . Ve r dade é a palavr a que não cai. I fá é a ve r dade . Ve r dade é a palav r a que não se cor ro mpe . Po de r que ultr apas sa a t udo . Bê nção pe r pét ua. I st o fo i div inado par a a Ter r a. Ele s dis se r am que as pe sso as do mun do dev e r iam se r v er dade ir as. Par a capa cit a-lo s a se r e m ve r dade ir o s e ho ne st o s que idabo (me dic ina de I fá) se ja apli cada por mar car o Odù Ò sá-Òt úr á no iy è - ìr o sù. A pó s re cit ar o I fá aci ma so br e o pó , mist ur e -o co m e ko e be ba -o , o u co ló que - o no aze it e -de -de nê e o co ma, de mo do que sr á fác il se r ho ne sto e v er dade ir ao . C ant ig a de I fá: F ale a ve r dade , dig a o s fato s. F ale a ve r dade , dig a o s fat o s. Aque le s que falam a v er dade são aque le s a que m as de idade s aux iliam.

O rác ulo 220

Òtúrá-Sá Es se Odù fala das co nse que n cias de se falhar co m o s sacr ifí cio s e da r e co mpe nsa daque le s que faze m sacr ifi cio . O bse r v ação o cide nt al: O t e mper ame nt o do cl ie nt e e st á causando pr o ble mas.

220 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Eu não t e nho me do , e u não so u me dr o so . M e u cor po é fr e sco . I sso fo i div inado par a O lók un a que m fo i pe dido sacr ifi car de mo do que se u co r po pude sse s e st ar se mpr e fr e sco . O sa cr ifí cio : u ma cabaça de aze it e - de -de ndê , uma cabaça de banha de o r i, uma ca baça de adin, um car amu jo , uma o ve lha, um po mbo , um car ne ir o , uma pe dr a-de r aio , 44 000 b úzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u.

286

220 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) C o mpr ar e fug ir , co mpr ar e fug ir . U ma pe s so a má fug iu co m me u dinhe ir o . I sso fo i div inado par a o pato . Ele s dis se r am que a pe sso a má che g o u par a co mpr ar de le e fug ir ia se m pag ar . Fo ilhe pe dido que sacr ifica sse de mo do que não pe r de sse se u dinhe ir o . O sa cr ifí cio : 18 000 b úzio s, um po m bo e fo lha s de I fá (e e sin e ca sca s de car o ço de palme ir a). Ele não sacr ifi co u. O ass unto se to r no u de âm bito int e r je ct iv o : Há! Há! Há! e sse é a pr át ica do pat o par a

e s se

dia.

Se

t iv e s se

sa cr ificado

co mo

o rie nt ado ,

fo lhas

de

I fá

se r iam

pr e par adas par a e le . Ent ão que ning ué m se una à so cie dade de ag be bo mar ú (e sse s que fo r am o rie nt ado s à sacr ifi car mas assim não pr o ce der am ). O rác ulo 221

Òsá-Retè Es se Odù indica que a única s so lução par a o s pro ble ma s cor r e nt e s v e m das de idade s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não e st á re ce be ndo su por t e pr át ico ne m mo r al de se u co mpan he iro .

221 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Se a pe sso a que do r me so zinha dor me mal, so me nt e de us po de dispe r t a-la. I sso fo i div inado par a um e str ang e ir o que e st av a indo par a o campo (e juj u) par a e spe r ar . De fo r ma que a co nse g uir alg ué m par a lhe aj udar a lev ar o far do e m sua ca be ça, lhe pe dir am que sa cr ifica sse u ma ave , 3 200 b úzio s e fo lhas de I fá (fo lhas olu se saj u par a se r e m e spr e midas e m ág ua par a banho co m sabão ). Ele o uv iu o co nse lho e sacr ifi co u. O e st r anho fo i ao campo e pr e par o u o se u far do . Ele o lho u par a dir e it a e par a a e sque r da, par a fr e nte e par a tr ás, e não v iu ning ué m.

287

Ele disse , “Est e far do é ago r a o far do de De u s. Ent ão , Ef ufule le aux ilia- me a car r eg ar e st a carg a e m minha ca be ça, Efu fule le . Vo cê não sabe que aque le s que não t ê m pe sso as de po sit ar ão sua co nf iança no Se n hor t e u De u s?”.

O rác ulo 222

Ìretè-Sá Es se O dù fala que pr e v e nir é me lho r que r e me diar . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de se de par ar co m co mpet ição no se u r e lacio name nt o amo ro so .

222 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A que le que guar da co nt r a mo t im não é um co v ar de . A s abe lha s par t ir am ma s de ix ar am o se u fav o de me l; as fo r mig as so ldado part ir am e de ichar am se u s r e mane sce nt e s. I st o fo i div inado par a o po v o da te rr a e no par aiso quan do e ntr ar am e m g ue rr a. Fo i pe dido que ambo s sa cr ifica sse m um jar ro de me l e u ma cabaça de ek o . A pe nas as pe s so as do C é u sacr ifi car am; as pe s so as da t er r a não . A histó r ia: A s pe sso as da te rr a fo r a par a uma bat alha co m as pe sso as do C é u, mas as sim que che g ar am ao por t ão do C é u, e le s vir am um po t e de ek o mist ur ado co l me l. Não sabe ndo que e le e st av a mi st ur ado co m v e ne no , e le s be be r am a mist ur a, e t o do s aque le s que be ber am mor re r am ali me s mo . A s pe sso as do C é u mar char am at é o s po r tõ e s do o utr o lado do Cé u e e nco ntr ar am co r po s no chão . Ele s bat e r am e m se t e co r po s co m uma var a ao s quat r o canto s da cabana de le s. Ele s mandar a aque le s se t e car re g are m o s cor po s do s o utr o s mo rt o s par a lo ng e do por t ão .

288

A pó s o s se t e te r e m car re g ado se us camar adas par a lo ng e do por t ão as pe sso as do C é u co me çar am a cant ar e e s car ne ce r -lo s ve rg o nho same nt e as sim: “Nó s be be mo s me l e não co mbat e mo s as pe sso as do C é u; nó s be be mo s me l. To do s o s po vo s pr eg ui ço so s e st ão e m bat alha. Nó s be be mo s me l e não co mbat e mo s as pe sso as do C é u. To do s o s pov o s pr e g uiço so s e st ão e m bat alha. Nó s be be mo s me l e não co mbat e mo s as pe sso as do Cé u; nó s be be mo s me l”. At é ho je , v o cê não v ê as pe s so as na t er r a carr e g ando se us mor to s aqui e ali? O s mo r to s e st ão carr e g ando o s mor to s.

222 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ì re t è -Ò sá fo i div inado par a A dur o jà-A bay ako . Ele s pe dir am par a e le v ir e faze r sacr ifí cio de mane ir a a so br e pu jar o s inimigo s. O sacr ifí cio : u m car ne iro , um galo e 22 000 búzio s. Ele sa cr ifico u. Ele s disse r am que A dur o jà- A bay ak o ve nce r ia se u s inimig o s.

289

O rác ulo 223

Òsá-Sé Es se O dù adv er t e co nt r a falsa s acu saçõ e s. O bse r v ação

o cide nt al:

O

clie nt e

po de

se

de par ar

r e pe nt iname nt e

co m

muda nças e m se u se rv iço o u t rabalho .

223 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O sá- sé , Or in- sé , o filho se g ue o ex e mplo do pai. I sso fo i div inado par a Olúig bó e O lúo dàn. F o i pe dido a ambo s sacr ifi car uma ca br a. O lúig bó sacr ifi co u so zinho . Ele s pe dir am a O lúig bó que t odas as bo as co isas e st iv e sse m e m sua s mão s e pe sso as v ir iam supli car po r e le s.

223 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò sá não o fe nde u. Ò sá não mag uo u. A pe s so a que pe nsamo s t er no s o fe ndido , não no s o fe nde u. I st o fo i div inado par a O wa que e st av a pr o cur ando po r um ho me m co mo se fo sse um ladr ão mas na v er dade e r a ino ce nt e . F o i-lhe pe dido que sacr ifica sse de mo do que Ès ù não o impul sio nasse a acu sar fal same nt e um ho me m ino ce nt e .

290

O sa cr ifí cio : do is po mbo s, uma caba ça de inhame pilado e t or rado (e wo ) e 4 400 búz io s.

O rác ulo 224

Òsé-Sá Es se Odù fala fala de co n ciliação e m lug ar de co nfr o nt ação par a re so lv er disp ut as. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á numa disput a — m uit as v e ze s co m o g ov er no . O pag ame nt o e st á e m or de m.

224 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò sé - Sá fo i div inado par a Elé g bár á. F o i pe dido a Elé g bár á que sacr ifica sse de mo do a não mo rr a dev ido a pro ble ma s de t rib unal. O sacr ifí cio : pano , um o bì de tr ê s go mo s, aze it e -de - de ndê , 6 600 búzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu e sacr ifi cao u. F o lhas de I fá for am pr e par adas par a e le . Ele s dis se r am-lhe : Ò sé -Sá o bì nu nca mor r e e m u m caso co mo t al; Elé g bár á não mo rr er á e m um ca so .

224 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A k in (uma br av a pe sso a) e st á asso ciada co m o pr incí pio de “lut a e e squ iv a”. I sso fo i div inado par a O lo bah un Ì japá (a t ar t ar ug a). F oi- lhe pe dido que sa cr ifica sse de mo do a não te r que lut ar e mo rr er e pe r mane ce r r e spit ado o nde que r que fo sse . O sa cr ifí cio : o ro g bo , sal, se me nt e s ayo , um galo e 3 200 búzio s. Ele se g uiu a o rie nt ação e sacr ifi co u e fo i-lhe dado fo lhas de I fá. Ele s di sse r am que as palav r as de sua bo ca nunca ir ia abor re çe r as pe sso as do mun do . A s pe sso as se mpr e

291

pro c ur ar ão por dinhe ir o e sal. Q uando nó s v e mo s awun (uma t ar t ar ug a), ne nh um ba st ão é ne ce s sár io .

O rác ulo 225

Òsá-Fú Es se O dù fala de e nt e ndime nt o e o be diê ncia de t abu s. O bse r v ação

o cide nt al:

C ao s

nas

at iv idade s

diár ias

e st á

dist o r ce ndo

o

j ulg ame nto do clie nt e .

225 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò r unmila dis se Ò sá- Fú, Eu disse Ò sá-F ú. Nó s e st amo s fug indo da picada da co br a. Nó s e st amo s fug indo de mane ir a que o e le fant e não no s pe g ue . Nó s e st amo s fug indo de mane ir a que o bú falo (e fò n) não lut e co no sco . Nó s e st amo s fug indo de mane ir a que o fo g o não no s que ime . Nó s e st amo s fug indo das dív idas de mane ir a que as pe sso as da te rr a não no s e scar ne . Nó s e st amo s fug indo da pro pr ie dade de o utr as pe sso as par a não no s t or nar mo s ladr õ e s, de mo do que as pe s so as de r e pe nt e não e lev e m suas vo ze s co ntr a nó s um dia. Nó s e st amo s fug indo do am ule to de mo do que sua palavr a má não no s afet e . Não há pr aze r par a aque le s que dize m que não fug ir ão de nada na te rr a. I sso fo i div inado par a o s filho s do s ho me ns, que dis ser am vir e sacr ificar de fo r ma que e le s so ube s se m e v it ar t udo aquilo que é è è wò (um at o pr o ibido ). O sacr ifí cio : de ze s se is car amujo s, fo lha s o mo , aze it e -de - de ndê , sal e 32 000 búz io s. A pe nas alg un s de le s sacr ificar am. Ele s dis se r am: A que le s de nt r e v o cê s que sacr ifi car am, te r ão vida lo ng a na t er r a e a t er r a se r á bo a par a v o cê s.

292

Oráculo 226

Òfún-Sá Es se O dù fala da vida int e ir a de uma pe s so a vir ando de cabe ça par a baix o , e da r e de nção e spir it ual co mo única so lução . O bse r v ação o cide nt al: Enq uanto t udo pare ce bo m no mo me nt o , de sast r e se apro x ima.

226 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O to or o! A Te rr a g ir a e m t or no de si no e spaço . Og baar a! A Te rr a é r asg ada e x po ndo se u nú cle o . Se o m undo fi ca po dr e e m no ssa é po ca, é por que nó s já não sabe mo s no s co mpo rt ar . I fá fo i co nsult ado par a o s anciõ e s de I fè quando a so be r ania de I fè as se me lhav a-se a uma caba ça r achado . Nó s dis se mo s: Q ue m no s aux iliar á a r e st aur ar ia a so be r ania de I fè t al qual r e par amo s uma caba ça r achada? Nó s manda mo s chamar O lot a da cidade de A do . Ele v e io — po de ro so s sace r do t e — mas nada pô de faze r . Nó s mandamo s chamar Er inmi da cida de de O wo . e le v e io mas nada pô de faze r . M e smo se ndo A do o do micí lio de I fá e O wo o as se nto da sábia Et u. Nó s manda mo s chamar Ò g ún e m I re afim de re st aur ar a so be r ania de I fè . Ele v e io mas t e nt o u e m v ão . O S ho me n s to rnar a-se árv or e s se ca s e m s uas raize s, a ch uv a se r e cusav a a cair , a fo me v e io ; ho me ns e animais per e ce r am. Ele s chor ar am e m de se spe ro : Q ue m aca bar ia co m no ssa misé r ia e re st aur ar ia o e st ado per dido de I fè ?. U ma vo z disse : Vo cê s ainda não cha mar am por O balufo n e m Iy inde , Lábé r ijo e m I do , Jig únr è e m Ot unmo ba, e Ese g ba, o A wo de Èg bá. Vo cê s ainda não mandar am chamar A sada e m I je sa e Ak ó dá e A sè dá e m I le -I fè par a v ir e m ajudar a r e st aur ar I fè . Q uando e le s for am cha mado s, e le s v ier am e te nt at am, por é m falhar am. Fo i t udo e m vão .

293

226 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O po mbo co nhe ce o s se g r e do s mais int imo s de Ese lu. O car amujo co nhe ce a sa be dor ia de A pako . e le s div inar am par a o s anciõ e s de I fè quando e st á se as se me lhav a a uma caba ça rachada, quando ning ué m pô de se r e nco nt r ado par a par ar a mar é de de st r uição . Nó s chama mo s Olumo , o sace r do te de I mor i e m I je sa, por Ò g ún, o sace r dot e de A lár á, po r Og bó n Enit aar a, o sace r dot e da mo nt anha de I jè ro , po r Odudug b unud u, o sace r dot e de Ese mo we , po r O bo le bo og un, o lí de r e m K et ú. Ele s v ier am e mo st r ar am t o da sua fo r ça, mas t udo er am e m v ão . Ele s for am impo t e nte s co ntr a as fo r ças de de str ui ção que e st av a le v ando I fè à ruí na. . . . Ent ão nó s chamamo s pr o A ko nilo g bo n, nó s e nv iamo s e mis sár io s a A f’ò nàhan’ ni. Nó s pr o cur amo s o aux í lio de le s. Ele s v ie r am e dis se r am par a nó s chamar Ot ot o e ny ian, o sace r dot e dacidade Ar ufi n, par a e le v ir e so ar a tr o be t a par a chamar A lajó g un, cha mar po r Olo fin me u se nho r À jàláy é e me u Se nho r À jàlór un e me u Se n hor A g ir i-I lóg bó n, a cr ian ça nas cida na mo nt anha I t ase , o lug ar de o nde o so l nas ce . Po is e le so zinho po de r e st aur ar I fè . Ot ot o -e ny ian (“o ho me m pe r fe ito ”) ve io . Ele pe rg unt o u:

Po r que v o cê s me cha mar am

par a se u mundo ? Nó s re spo nde mo s:

Vó s po de is to car a tr o mbe t a par a chamar A lájog un e que e le por sua ve z chame o C he fe

Ú nico .

Ot ot o -e ny ian

r e cuso u -se

dize ndo :

Eu

não

t o care i.

Bus cando

de se spe r adame nte m udar de cisão de le , nó s dis se mo s: O e squilo não anun cia a v inda do ji bó ia? Ele no v ame nt e se re c uso u: Eu não t o car e i a t ro mbe t a. Nó s disse mo s: O sapo não pro cla ma a pr e se nça da ví bor a? Ele não se re nde r ia. A inda e le disse : Eu não so pr ar e i.F o i e nt ão que nó s disse mo s a e le : A g alinho la so zinha pr o clama o de us de mar . O àlùk ò so zinho anuncia a de usa do r io . O o lo bur o so zinho anun cia o s cidadão s do e cé u. Vo cê so zinho , do amanhe ce r de t e mpo , se mpr e chamo u Alájo g un (o capit ão das Ho st e s Milit ar e s do cé u).

226 – 3 (Tr adu ção do ve r so ) A go r a, o Ho me m Pe r fe ito re spo nde u. Ele to mo u sua tr o mbe t a e to co u. O s Gr ande s do C é us de sce r am. O pânico e nvo lv e u o s filho s da Ter r a. Ele fant e s co rr e r am par a

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s uas ca sas nas flo r e st as. Búfalo s fug ir am par a a flor e st a. A s av e s aladas bus car am se u pr ó pr io hábit at ; o s r é pt e is, o s po de ro so s animai s da ág ua ace le r ar am às suas r eg iõ e s pe lo mar . O s cacho rr o s fo r am dir et o par a a t er r a do s cacho rr o s, as ov e lha par a a te rr a das ov e lhas, o s ser e s humano s par a o lug ar do s hu mano s. C o nfu são ab so lut a re inav a; alg un s e nt r ar am nas casa s e rr adas e o utr o s se g uir am as dir e çõe s e rr adas. F or am rasg adas r o upas e m fr ag me nto s. O ancião disse : r e ina! Eu r e spo ndi: C ao s re ina. Vo cê e st á inco mple t o , e u e sto u inco mple t o , at é me smo o s dias do mê s lunar e st ão inco mple t o s.

226 – 4 (Tr adu ção do ve r so ) Ele s div inar am par a o Se nhor do s Po der e s da Te r r a. Ele s div inar am par a o s po der e s do C é u e par a me u Se nhor , o Se nho r da Pe r fe it a Sa be dor ia, a cr iança nas cida na mo nt anha de I tase , a C asa do A lv or e ce r . Fo i e le que m disse : Se re alme nt e I fè de v e se r cur ada e r e st abe le cida, de pr e ssa a fo lha de alasu walu (a fo lha que re for ma o car át er do ho me m, limpa- o e pur ifi ca- o) de v e se r cult iv ada. Ent ão e não ant e s a paz r et or nar á par a a te rr a. F re ne t icame nt e nó s bu sca mo s a fo lha alas uwalu. Nó s le v amo s uma fo lha a e le . Ele disse : não é a fo lha. Nó s lev amo s o ut r a fo lha a e le . I sso não é a fo lha. Ent ão , e m co mpaix ão e le dis se a nó s: C o nfe s se sua maldade que e u po s so co br ir sua nude z. De pr e ssa nó s r e spo nde mo s: Nó s co nfe s samo s no s sa maldade , Se nho r , cubr a no s sa nude z. Ent ão e le me t e u sua mão na bo lsa de Sa be dor ia Pr imo r dial e tir o u a fo lha alasu walu. Nó s e st áv amo s lado a lado co m alí v io e co m ale g r ia. Nó s dançamo s.Nó s no s re go zija mo s. Nó s cant amo s: "Nó s r e ce be mo s a fo lha de alasu walu. A cr iança co m a cabe ça cor o ada no s do to u, Do to u a to do s nó s de car át er pe r fe ito ! “ Naque le dia, a chuv a cai u de cé u. A so be r ania de I fè fo i r e nov ada, se r eg e ne r o u. Fo i r e st abe le cida a cabaça que rac ho u.

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Oráculo 227

Ìká-Òtúrúpòn Es se O dù fala da ne ce ssi dade de um re lacio name nt o e spir it ual. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e v e m abr indo máo de u m r e lacio name nto que po der ia ser be né fico .

227 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A t ar t ar ug a e st á r e co lhe ndo o be ne fí cio do ca sco e m sua part e de t rás. Ir er e t e m um pe it o be m g rande . U m v e lho Àir á (r e de mo inho de v e nto ) fr e qüe nt e me nt e co rt a o t o po da co pa de uma árv or e ir ó kò . I sso fo i div inado par a uma pro pr iet ár ia de te rr as que co nstr uiu uma mansão de de ze sse i s quar to s. fo i pe dido que e la sacr ifica sse de mo do que e la pude sse e nco nt r ar uma bo a e ho ne st a pe sso as que ir ia pro t eg e - la co nt r a o r o ubo de s ua pr o pr ie dade , fat o que lhe t r ar ia gr ande do r . O sacr ifí cio : de ze s se is po mbo s, do is pato s, de ze s se is car amujo s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá. A pro pr ie t ár ia de t er r as se r e cu so u a sacr ifi car . Ela disse que não ne ce s sit av a de um se g ur ança. Do nde um ladr ão vir ia r o ubar a sua pr o pr ie dade co m de ze sse i s quar t o s? O balùfò n t e nt o u de spo sa- la e e la r e cuso u. Ò g ún t e nto u de spo sa- la e e la r e cuso u. O r unmila te nt o u e e la r e cuso u. A pr o pr ie t ár ia de te rr as co st umav a do r mir no s de ze s se is quar to s de mo do que não pude sse ser capt ur ada po r ne nhuma pe sso a má. Ela t ambé m fe char ia à no it e as por t as da ca sa quando e la quise s se do r mir . No dia e m que Or unmila e st av a pr e par ado par a e nv er g o nhar a m ulhe r , co m o iro fá e m sua mão e de clar açõ e s de I fá e m sua bo ca, Or unmila abr iu to das as por t as e che g o u at é à mul he r . Dur ante t udo aquilo que O r unmila fe z à casa e a mu lhe r , ning ué m de spe r to u. Ela o lho u o co r po de la e v iu t udo aquilo que t inha sido fe it o a e la, e e la não so ube que m tinha fe it o ist o . Ela per g unt o u par a o s v ig ilant e s da casa; e le s só pude r am lhe falar que e le s tinham do r mido at é de

manhã. Ela co mando u par a

t o das as cr iança s da ca sa de la sair so ando o s sino s e jur ar naque le ho me m que t inha v indo par a a ca sa de la par a ex e cut ar t al ação má dur ant e a no it e . Ele s dis se r am t udo que e le s pude r am, e r aio t udo que que e le s pude r am, mas e le s não adquir ir am ning ué m par a r e spo nde r a e le s. M uit o ce do a manhã que ve m. O runmi la saiu co m o s camar adas de le , so a o sino e cant a t husly : Swe ar ling will k ill t he s we ar er awe r e pe pe , swe ar ing will k ill the swe ar er - awe r e pe pe , and so o n.

quando a

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mul he r so ube que e r a Or unmila que t inha t e nt ado a casar e r a uma v e z, e la o cha mo u e lhe falo u que e le só po der ia se r o mar ido e e nt ão e le dev e , ve nha par a a ca sa de la. O sig ni ficado de st e I fá: Se e st e I fá é div ine d dur ant e o g big bo -r i o u e se nt ay e de uma me nina, par a o pai dev e r ia se r falado que a me nina dev e se r a e spo sa de um baba lawo . Ela se r á pró spe r a, e e st ar t r anqüilo e m v ida, a de ix e sido dado a um baba lawo .

Oráculo 228

297

Òtúrúpòn-Ká Es se O dù fala de gr ande pr o spe r idade e saúde . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á pr eo cu pado co m do e nça.

228 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A ume nt o na casa, aume nt o maior na faze nda fo i div inado par a Òt ú. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se ; sua s e spo sa s e ngr av idar am e o s fr ut o s das ár vo r e s de s ua r o ça der am bo ns fr uto s e m gr ande quant idade . O sacr ifí cio : u ma banana, bast ant e o bì , ba st ant e o ro g bo , ar e ia e fo lhas de I fá. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u to do s o s í te n s.

228 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O sang e de g be b’ o k unr in-já div ino u par a De jug be Ok unr unt ago bo le , A wuwo lapa. Ele s dis se r am que se De j ug be de se jas se que se u br aço fo sse cur ado , e le dev e r ia sa cr ificar do is po mbo s, duas g alinhas, 8 000 búz io s e fo lhas de I fá (tr it ur ar fo lhas it apàr a mist ur ar co m sa bão -da- co st a e aze it e -de - de ndê ; e sfr eg ar no cor po ). Ele se g ui u a inst r ução e sacr ifi co u.

Oráculo 229

Ìká-Òtúrá

298

Es se O dù fala do fim de um pr o ble ma e do iní cio de bo a sor t e . O bse r v ação o cide nt al: A so rt e do clie nt e e st á a po nt o de mudar de má par a bo a so rt e .

229 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ì k á me e mpurr o u; Eu nunca caí . Ìk á e st á e nv iando male s par a minha ca sa; minha ca sa não dispe r so u. To das as co isas bo as e st av am acum ulanda s. I st o fo i div inado par a Or unmila. Ele s dis se r am que o mot im co nt r a Or unmila se r ia mot ivo de v er go nha. Fo i pe dido que e le sacr ifi cas se se is po m bo s, 12 000 búzio s, pime nt a-daco st a e fo lhas de I fá (t or r ar fo lhas k ut i, fo lhas ito e pime nt a- da-co st a tudo junt o ; mi st ur ar co m sabão - da-co st a. U sar par a banho ). Ele sa cr ifico u.

229 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ì k á-Òt úr á, O ac umulado r , o re unido r , aux ilia-me a j unt ar dinhe ir o , aux ilia- me a r e unir e spo sas, aux ilia-me a t er muit o s filho s. Ve nha e re una to da as co isa s bo as e m minha v ida. Fo lhas de I fá: Tr açar o Odù Ìk à-Ò t úr á no Ì ro sù; inv o que co mo mo st r ado aci ma so br e o pó ; usar par a mar car a cabe ça o u co lo car no aze it e e co me r .

Oráculo 230

Òtúrá-Ká Es se O dù fala de dispe r sar no s so s inimig o s par a g ar ant ir no ssa pro spe r idade .

299

O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa se r limpo e spir it ualme nt e das e ne rg ias ne g at iv as.

230 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A sar eg e g e é o no me dado à M or te , A bir ing be re é o no me dado à Mo lé st ia. Se o e le fant e che g a à e st r ada, e le se ale gr ar á. Se o bú falo che g a a um lo cal pant ano so , e le e st ar á liv r e e se ale gr ar á. Ò t úr ák át úr ák á! ajudai- me a dispe r sar br uxo s e fe it ice ir as; ajudai -me a di spe r sar me u s inimig o s e o po ne nt e s. F o lhas de I fá: mo er fo lha è la e ì y er e . C o lo que e m um mo nt e de co zinhar ar g ila e as fo lhas mo idas co m um pe ix e aro . Ent ão co lo car so br e e ssa so pa um po uco de pó de I fá no qual o O dù Òt úr á-Ká te nha sido t açado e a incant ação de I fá acima de v e se r r e cit ada. Ve rt e r aze it e no chão ao re dor do mo nt e ant e s de t o mar a so pa.

230 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò t úr á- Ká fo i div inado par a A de y ibo , a que m fo i pe dido sacr ifí cio de mane ir a que um ladr ão não pude sse falsa me nt e me n cio nar se u no me . O sacr ifí cio : quat ro car amu jo s, um po mbo , 16 000 búzio s e fo lha s de I fá. Ele se re cu so u a sa cr ificar .

230 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O r unmila dis se Ò t úr á- Ká, e u dis se Ò t úr á- Ká. Ele s per g unt ar am o que Òt úr á e st av a calc ulando . O r unmila dis se que Ò t úr á e st av a co nt ando dinhe ir o . I st o fo i div inado par a Ilé - sanmi que er a e xt r e mame nt e po br e . Ele s disse r am a e le que se u ano de pro spe r idade che g o u. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se quat ro po mbo s e 32 000 búz io s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

300

Oráculo 231

Ìká-Ìretè Es se O dù fala de ag ir inde pe nde nt e me nt e par a g ar ant ir pr o spe r idade . O bse r v ação o cide nt al: U m no vo ne g ó cio não de v e e nv o lve r uma so cie dade .

231 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

301

Ì k á-Ìr e tè fo i div inado par a A wo f usi. Ele s disse r am que e m qualque r lug ar que e le fo sse , bo as co isas e st ar iam e m su cam inho . F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se um po mbo , uma g alinha, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá (to rr ar a cabe ça de uma co br a [o k á] co m o luse saju e fo lhas è so ; mi st ur e o pó co m sabão -da- co st a; usar par a ban ho ). Ele sa cr ifico u. 231 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ì k á-Ìr e tè fo i div inado par a At ik ar e se t e . Ele s disse r am que At ik ar e se t e não dev e r ia co nfiar e m ning ué m e ne m te r par ce r ia e m ne g ó cio s. F o i-lhe e nt ão pe dido que sa cr ifica sse uma g ar r afa de me l, quat ro po mbo s, um aik a (ani mal e spe c ial do mato ), e 20 000 b úzio s. Ele sa cr ifico u. Ele s dis se r am que a vida de A t ik ar e se t ir e se r ia muit o bo a. Bo am, muit o bo a, nó s falamo s do me l.

Oráculo 232

Ìretè-Ká Es se O dù fala de pr o e minê ncia e suce sso . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ir á tr iunfar nu ma disp ut a cor r e nt e (at ual).

232 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ì re t è -K á fo i div inado par a Or unmila. Ele s disse r am que Or unmila se mpr e te r ia tr abalho de awo par a fazer ; e le se r ia cha mando e m t odo s lug ar e s par a re alizar o t r abalho de um awo .

302

F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se quat ro po mbo s e 8 000 búz io s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

232 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ì re t è -K á fo i div inado par a o re i de Be nin, À g bÀ I le si A dak e t e -pe mpe par i ak un. Ele s disse r am que o r e i de Be nin e st ar ia apt o à go v er nar o se u paí s. F o i-lhe pe dido que sacr ifica sse uma co r da de e scalar fe it a de palme ir a e 24 000 búz io s. Ele sa cr ifico u.

Oráculo 233

Ìká-Sé Est e O dù fala da ne ce s sidade de se re ve rt e r a po br e za e a falt a de so rt e . O bse r v ação

o cide nt al:

M udan ças

e mo cio nais

e st ão

cau sando

r e sult ado s

mat e r iais ne g at iv o s.

233 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ì k ásé , Ìk ásé fo i div inado par a O sì k àle k à. Ele s disse r am que e le ser ia muito po br e e m sua vida. Ele pe rg unt o u o que se r ia ne ce ssár io sacr ificar par a que e le não fo sse po br e .

303

Ele s pe dir am que e le sacr ifi casse se i s po mbo s, ba st ante o bì , t odo s o s fe it iço s mau s que e st iv e sse m e m sua casa o u ro ça e fo lhas de I fá. Ele se re cu so u a sa cr ificar .

233 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ele s e st av am ac usando falsa me nt e um ho me m que er a ino ce nt e de qualq ue r cr ime . De po is de muit o te mpo , o ving ador le v ar iam v ing ança ne s se s que acu so u um ho me m ino ce nt e fal same nt e . I st o fo i div inado par a Olabo sipo , a que m as pe s so as o lhav am viam co mo se n do um ho me m muit o cr ue l. F oi- lhe pe dido que sa cr ifica sse for ma que se us inim igo s pude sse m se r pêg o s pe las for ças d a te rr a. O sagr ifí c io : casca de caro ço de de ndê , no v e po mbo s, um galo e de zo it o mil búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

Oráculo 234

Òsé-Ká Est e O dù fala do co nt ro le das dific uldade s e vitó r ias so br e o s inimig o s. O bse r v ação o cide nt al: Há uma po ssí v e l ame aça leg al par a o clie nt e de as so ciaçõ e s ou ne g ó cio s do passado .

234 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò sé - Kaa fo i div inado par a De y unle n u A bo wo se r in. F o i-lhe pe dido que sacr ifica sse de mane ir a que e le não fo s se me ncio nado pe lo s pe cado r e s e m um dia muit o r uim. O sacr ifi ce : o it o ov o s, a var et a de ma st ig ação que e le e st av a usando e 16 000 b úzio s. Ele não sacr ifi co u.

304

234 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò sé supe r ando o mu ndo fo i div inado par a Or unmila. Ele s di sse r am que O r unmila v e nce r ia to do s se u s inimig o s po r to do o mundo . F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se um car ne ir o , uma pe dr a-de - raio e 22 000 búzio s.

Oráculo 235

Ìká-Fú Es se O dù fala da ne ce ssi dade de dar par a po der r e ce be r . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e me e st ar e mo cio nalme nt e "abe rt o " (o u e x po st o ).

235 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ì k á-F ú fo i div inado par a a t ar t ar ug a. F o i-lhe pe dido que sacr ifica sse de z po mbo s, 2 000 b úzio s e fo lhas de I fá de mane ir a que uma g rande dádiv a pude s se se r dada a ala. Ela se re cu so u a sa cr ificar . Ele s disse r am: A que le que não co nt r ibui po r si só não po de re ce be r do s o utr o s. No t a: A pe s so a par a qual e sse I fá fo r div inado e st á e spe r ando pre se nt e s, mas nada r e ce be r á.

305

235 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ì k á-F ú fo i div inado par a a t art ar ug a, a qual fo i pe dido que sacr ifi cas se dee mane ir a que se us dev e dor e s pag as se m o dinhe iro q lhe dev iam. O sacr ifí cio : u m po mbo , 2 000 búzio s e fo lha s de I fá (e s fr eg ar a te st a co m fo lhas br anca s ee si n; as fo lha s dev e m se r t or radas co m pime nt a-da- co st a e usada s par a masr car a ca be ça; g uar de o pr e par ado e m uma ado e cubr a-a co m te cido e t u; ut ilizar quando fo r co br ar o dinhe ir o de um dev e dor ).

Oráculo 236

Òfún-Ká Es se

Odù

fala

do

fim

de

dific uldade s

fina nce ir as

e

o

co me ço

de

pro e minê n cia. O bse r v ação o cide nt al: O t rabalho do clie nt e o u sua carr e ir a e st á a po nt o de me lho r ar sig nif icame nt e .

236 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò g ún dif undiu co isa s bo as fo i div inado par a O r unmila o prí nci pe que e st av a so fr e ndo co m a po br e za. Ele s disse r am que Or unmila re ce be r ia dinhe ir o mas que dev e r ia sacr ifi car um po mbo , o bì e m ab undânc ia (par a se r e m di str ibuí do s co mo pr e se nt e s), aze it e -de de ndê e 32 000 b úzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. O aze it e de ve se r v er t ido so br e Ès ù. O clie nt e de v e ado r nar sua ca be ça co m o po mbo apó s t o mar banho e co lo car uma bo a r o upa ).

236 – 2 (Tr adu ção do ve r so )

306

Ò fún -K á fo i div inado par a De k asi (o ho me m que o re i não quis r e co nhe ce r ), a que m fo i dit o que dev e r ia o cupar o t ro no de se u pai. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se se is po mbo s, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u.

Oráculo 237

Òtúrúpòn-Túrá Es se Odù fala do e st abe le ci me nto da o r de m e da impo rt ânc ia (o u sig nif icado ) do s dias da se mana. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e plane jar suas açõ e s de aco r do co m dias fav or áv e is no s O dù.

237 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A lako ne r i (“um so nho não te m ne nh uma t e st e munha”), o adv inho de A lár á. U ma pe s so a não se co mpor t a impacie nt e me nt e e implo r a ao s pé s de o utr o ho me m par a par ar co m sua impaciê cia. Est a fo i a base de adiv inha ção par a O r unmila que ia implo r ar luz do dia ( so l) par a O lo dunmar e (De u s) de fo r ma que e le pude sse te r po de r so bre o so l. F o i-lhe dito que sacr ifica sse de ze sse is car amujo s, de ze sse is galinha s, de ze s se is ca br as e 32 000 búzio s. O r unmila o be de ce u e sacr ifico u. Ent ão Olo dumar e dis se que não lhe po der ia dar o co nt ro le so br e a luz do dia, por é m o de ix ar ia co nhe ce r o s no me s do s dias e as co isas que e st ão mais de aco r do par a re alizar ne le s. O bse r v ação :

307

O risa -nla fo i o pr ime ir o a e sco lhe r um dia. O r unmila e s co lhe u o se g undo . Ò g ún e sco lhe u o t er ce ir o . Sàng ó e sco lhe u o quar t o . Est e s quat ro dias são o s dias ut ilizado s par a cult uar t o do s o s Òr ì sà na s te rr as Y or uba s: I je bu, Èg bá e assim po r diant e . Ent ão , há quatr o dia s na se mana. M as no sso s pais diziam que e le s cult uav am se u s Òr ì sà t o do quinto dia; são o s quatr o dias que e le s c hamar am de cin co . Par a unifi car o s dias do s Ò rì sà, o s dia s de me r cado de t oda a t er r a o u cida de s me nc io nadas de I lé -I fè são quat ro dias que pe r faz uma se mana. Em o ut ro ar r anjo , no s so s pais tê m o ut r o s se t e dias co m o s se u s sig nif icado s: O jó À ik ú — O dia da imo rt alidade . O jó A jé — O dia da de usa das r ique zas. O jó I ség un — O dia da vit ór ia. O jó ’r ú — O dia de abr ir a po rt a e sair . O jó ’ bo — O dia do re t or no do so l e m se u c ur so no r mal. O jó Et i — O dia das dific uldade s o u disput a. O jó A ba-(Ee mo ) — O dia do s tr ê s de se jo s o u o dia das tr ê s mar av ilhas. Sai ba po is que só um Òr ì sà t e m um dia co m se u no me de ntr o de sse s se t e dias. Est e é A jé (a de usa das r ique zas). O r unmila não cr io u e ste s se t e dias par a cult uar qualq uer

Ò rì sà.

Ele

os

cr io u

co m

a

finalidade

de

o bse rv ar

mat r imô nio s

e

aniv er sár io s, par a co me çar um neg ó cio ou paar a se mudar par a uma casa nov a, e as sim por diante . O s dia s da se mana do s Òr ì sà e st ão e m um ci clo de nt ro de st e s dias e m fav or de o bse r v ância impo rt ant e de t udo que po de aco nt e ce r no dia do Òr ì sà. Vint e e o it o dias, que for mam se manas de se t e dias do s Ò rì sà, for mam um mê s.

308

Oráculo 238

Òtúrá-Tutu Es se O dù fala da ne ce ssi dade de co mple t ar o sacr ifí c io int e ir o . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de te r pr o ble ma s de su bst ância -abu so .

238 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) A ze it e -de -de ndê se par adame nt e , t e cido br anco se par adame nt e , fo i div inado par a O bat ala Ò se e r è -Ig bo quando e le e st av a che g ando de Ìr ànje (C é u) par a se r e nt ro nado no mundo . Di sse r am- lhe que sacr ifi cas se um pano de e nv o lt ur a br anco , um car aco l e vint e mil búz io s. Lhe lhe aco nse l har am que não be be s se v inho de palma nada. Ele o be de ce u e sa cr ifico u a me io caminho . Dis se r am-lhe que se ve st isse e m pano br anco que é a v e st ime nt a do Ò rì sà. Di sse r am-lhe que usa sse ist o no mu ndo . Ele uso u o pano br anco , mas e le não at e nde u a adv e rt ê ncia co ntr a v inho de palma. Ele se e mbe be do u e de ndê e spirr o u-lhe nas r oupas de le . Ele e nt ão final me nt e sa cr ifico u um car aco l e co m v er go nha j uro u nunca mais be ber v inho s. No t a: Par a qualq ue r um que m e st e é div inado e m sua inicia ção , te m que se pr iv ar t ot alme nt e de álco o l.

238 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò t úr á- Tut u fo i div inado par a O lubo lade . Ele s disse r am que Olu bo lade te r ia uma e spo sa que dar ia a e le muito s filho s. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se par a que se u s filho s não fo s se m mu do s.

309

O sacr ifí cio : dua s av e s (u ma g alinha e um galo ), do is po mbo s, duas g alinhas d’ A ngo la e 8 000 búzio s. Ele sa cr ifico u. Ele s e nt ão dis ser am: o s pint inho s da g alinha d’ A ngo la nun ca são mudo s. Não há um dia e m que o g alo não ca nt e .

310

Oráculo 239

Òtúrúpòn-Retè Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io co m a finalidade de ev it ar do e nça e inimig o s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de e st r at é g ia e plane jame nt o par a alcan çar o s uce s so .

239 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò t úr úpò n- R et è fo i div inado par a a mãe de A de pò n. A mãe de A de pò n adv e rt ida a fazer sa cr ifí cio de mo do que se us filho s não so fr e sse m de le pr a. O sacr ifí cio : quat ro av e s ne gr as (g alo s e galinha s), 66 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ela não sa cr ifico u. A mãe de A de pò n é o no me pe lo qual cha mamo s o mamão .

239 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò t úr úpò n- R et è fo i div inado par a O wá de I le sa. Ele s disse r am: O wá de I le sa uma g uer r a e st á por v ir ! Ele fo i adv er t ido a sacr ificar de mo do a se de fe nde r de se u s inimig o s. O sacr ifí cio : a ca be ça de um car ne iro , fo lhas de I fá e 22 000 búzio s. ( Se o clie nt e sacr ifi car , nó s dev e mo s no I fá do clie ne t co m a se g uint e inv o cação , “co m a cabe ça que o A ise [car ne iro ] v e nce a bat alha”. O wá o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u.

Oráculo 240

311

Ìretè-Tutu Es se O dù fala da ne ce ssi dade de o be de ce r a auto r idade e sacr ifi car de fo r ma a t er muit o s filho s. O bse r v ação o cide nt al: a palav r a o u idé ias do clie nt e se r ão co ns ide r adas se r iame nt e .

240 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Eu te r e i um filho par a car re g ar e m me u dor so . Eu te r e i uma cr iança co m a qual br incar . I st o fo i div inado par a À dó n (o mo r ceg o ) e t ambé m par a O ode . Ele s falar am par a sacr ificar de mane ir a que e las t iv e sse m uit o s filho s no mu ndo . O sacr ifí cio : dua s g alinhas, duas cabr as, e 32 000 búzio s. Ele s o uv ir am e sacr ifi car am.

240 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A gr ande se r pe nt e (o k á) viv e na casa do pai e t e m sua pr ó pr ia pe ço nha e m sua bo ca. Er e viv e na casa do pai e te m s ua pró pr ia ve ndit a (o wu n). A ho nr a dada ao e le fant e é a razão de que , e mbo r a não alt o , e le te m uma bo ca lo ng a. Ey o é a quali dade de mar iwo (fo lhag e m jo v e m de palme ir a). I st o fo i div inado par a O bat ala Ò se e r e -ig bó que ia se se nt ar e m um lug ar e se r alime nt ado pe lo s quat ro ce nt o s I r únmalè . Ele dis se que se de sse par a qualque r um de le s uma or de m que não fo s se o be de cida, e le s ir iam to do s junt o s que st io na- lo . Ele sa cr ifico u um g alo , v int e mil búzio s e fo lhas de I fá.

Oráculo 241

312

Òtúrúpòn-Sé Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a se te r vida pr aze ir o sa. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a re lax ar e e x per ime nt ar pr azer e s po sit ivo s, ino ce nt e s.

241 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) O mu ndo não é do ce o bast ant e par a v iv e r pr a se mpr e ne le . Só uma cr iança diz que o mundo é agr adáv e l. I st o fo i div inado par a Or unmila e par a as pe sso as. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se de mane ir a que o mundo fo s se agr adáv e l ao s ser e s hu mano s. O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha d’ A ngo la, me l e 42 000 búzio s. O r unmila disse que se e le s não fize s se m po r si me s mo s, co mo po der iam e le s co nhe ce r a ale gr ia do mun do ? “U ma cr iança co me aquilo que g anha, e mbo r a o pai da cr iança te nha que g anhar pr ime iro par a que a cr iança co ma”. O r unmila o be de cu e sacr ifi co u. Ent ão o s se re s hu mano s for am or ie nt ado s a sacr ifi car e m por sua v e z. A pe nas alg uns po uco s sacr ificar am. Aque le s que sa cr ificar am t ive r am uma vida ag r adáv e l.

241 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò t úr úpò n- Sé fo i div inado par a a árv or e je we re , que te v e um be bê . Ele s dis se r am que t ant o a mãe quanto o be bê par asar iam por pr iv açõ e s. Se e le s não quise sse pade ce r , d e v er iam sa cr ificar se i s po mbo s, se i s g alinhas, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá. A árv or e je we r e é o no me pe lo qual chamamo s as pime nt e ir a. Ela não sa cr ifico u.

Oráculo 242

Òsé-Òtúrúpòn

313

Es se O dù fala de uma r e lação que é difí cil e mbor a po ssa se r fr ut í fe r a. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nv o lv ido e m um r e lacio name nt o se m v e nce dor e s.

242 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò sé - Òt úr úpò n fo i div inado par a O lú-nla. Ele s disse r am que se us filho s se de fe nde r iam co ntr a co nsp ir açõe s e inimig o s mas de v er iam sacr ificar um por re t e , um car ne ir o , um g alo e 22 000 b úzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

242 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò sé - Òt úr úpò n fo i div inado par a uma m ulhe r . Ele s dis se r am que um ho me m que e la e st av a a po nt o de de spo sar ir ia de ix a-la po br e e ia faze - la so fr er , e mbo r a e la e st iv e s se gr áv ida. F o i pe dido que e la sacr ifica sse par a se pr e ve nir co ntr a is so . F o i-lhe dito que sacr ifica sse do is car amujo s, te cido e t u, um po t e de aze ite - de -de ndê e 18 000 búzio s. Ele s di sse r am: “Do is car amujo s nunca disput am”. Ela não sa cr ifico u. Ela di sse , “Vo cê disse que e u te r e i filho s. I sso é o bast ant e ".

Oráculo 243

Òtúrúpòn-Fún Es se O dù fala da ne ce ssi dade de part ilhar -mo s no s sa bo a so rt e .

314

O bse r v ação

o cide nt al:

A

vida

do

clie nt e

e st á

r e plet a

de

bo a

sor t e ,

mo ne t ar iame nt e e e mo cio nalme nt e .

243 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò t úr úpò n- F ún fo i div inado pat a a árv or e o san. A árv or e o san fo i inst r uida a dar de be be r e co me r par a o s o utr o s e que nu nca pas sar ia po r pr iv açõ e s se e la sacr ifi casse . O sacr ifí cio : u m paco t e de sal, um ce st o de camarõ e s, te cido br anco e 18 000 búz io s. Ela o be de ce u e sacr ifi co u. Ò t úr úpò n- F ún (e le s disse r am): Q ualque r um que t e nha ab undânc ia, dev e dar alg o par a aque le s que pas sam por ne ce ssi dade s. Fo nt e e t er na! Vo cê nun ca passar á po r pr iv açõ e s.

243 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò t úr úpò n- F ún fo i div inado par a o pr o pr ie t ár io . Ele s dis se r am que o pro pr ie t ár io r e ce be r ia lo go uma e str anha, uma mulhe r e m lact ação . F o i-lhe dit o que sacr ifi cas se de mane ir a que e le ade nt r asse à sua casa co m bo ns pé s ( sor t e ). O sacr ifí cio : do is po mbo s e 44 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

Oráculo 244

Òfún-Òtúrúpòn Es se O dù fala da fer t ilidade e da ne ce ssidade de sacr ifí cio par a se e v it ar disp ut as e m r e lacio name nt o s.

315

O bse r v ação o cide nt al: C r ianças ir ão t raze r aleg r ia, mas u m r e lacio name nto pr e cisa de ajuda.

244 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò fún -Ò t úr úpò n fo i div inado par a O bat ala Ò se er è - ig bó , a que m fo i dit o que t er ia muit o s filho s. O mundo int e iro v ir ia implo r ar as cr ianças de la. M ais à fr e nt e fo i-lhe dit o que e la se r ia lo uv ada po r e st as cr ianças. O bat ala disse , “O r unmila o s tr e inar á”. F o i-lhe dito que sacr ifica sse de mo do que O r unmila pude sse e st ar fe liz co m se u t rabalho . Ela sa cr ifico u me l, sal, v ár io s po mbo s e 42 000 búzio s.

244 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò fún -Ò t úr úpò n fo i div inado par a uma mulhe r que e st av a pr o cur ando por um mar ido . Ele s disse r am que o ho me m que e la e st av a indo de spo sar a sur r ar ia co nst ant e me nt e se e la não sacr ifi casse um aik a, do is car amu jo s (Do is car amujo s nu nca br ig am e ntr e si ) e 32 000 búzio s. Ela o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u, dize ndo que se u mar ido e r a muito bo nit o par a br ig ar co m ning ué m. U ma pe sso a bo nit a não br ig a o u sua be le za se r á dist r uida.

Oráculo 245

Òtúrá-Retè Es se O dù fala da re afir mação de no ssa e spir it uali dade . O bse r v ação o cide nt al: M o der ação é difí cio par a o clie nt e .

316

245 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò r úr á- Re t è lev ant e -se no v ame nt e . Se v o cê nasce , t e nt e ge r ar a si me smo nov ame nt e . Ò r úr á- Re t è , A mu wo n,A muwo n, aque le que co nhe ce a mo der ação nunca cair á e m de sg r aça. Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ? O r unmila diz: A que le que e st á tr abalhando . Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ? O r unmila diz: A que le que não de spe r diçar á se u dinhe ir o . Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ? O r unmila diz: A que le que não r o uba. Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ? O r unmila diz: A que le que não t e m dí v idas. Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ? O r unmila diz: A que le que nunca be be alco o l, aque le que nunca que br a sua palav r a co m o s amig o s. Ò r úr á- Re t è , aque le que le v ant a be m ce do e me dit a e m sua s at iv idade s! Ent r e o s e spinho s e car do s, a jo v e m fo lhag e m de palma cr e sce r á, Jo wor o nun ca usar á to do o se u dinhe ir o , jo ko je nun ca co ntr air á dí v idas. Se Ee san dev e muit o dinhe ir o , e le pag ar á a dív ida. A mu wo n é o ame so (aq ue le que t e m se nso do que é co rr e t o ). F o lhas de I fá: M oe r fo lhas de jo wó ro , è so e jo ko je junt o s e mist ur ar co m sabão - daco st a no v alo r do pr e ço de 120 o u 200 búz io s.C o lo que nov e búzio s um a u m no sa bão . Tr ace o O dù Ò t úr á- Re t è e m iy è -ìr o sù so br e o sabão na ca baça. Banhar - se co m e le .

245 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò r úr á- Re t è fo i div inado par a Ewi na cidade A do . Ele fo i re ce nt e me nt e e ntr o nado r e i. Ele s disse r am: Se Ewi po de sacr ifi car , não hav e r á g uer r a ou de se nt e ndi me nto s dur ant e o se u r e inado . O sacr ifí cio : dua s g alinhas d’A ng o la e do is o u quatr o po m bo s (br anco s ). Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.

317

Oráculo 246

Ìretè-Túrá Es se O dù fala da incant ação ne ce s sár ia par a e v it ar sit uaçõ e s (pro x imas da mo rt e ). O bse r v ação

o cide nt al:

Es se

O dù

o fe r e ce

uma

so lu ção

par a

do e nça/ e nfe r midade .

318

246 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Enca nt ame nto : A mor t e não co nhe ce um awo ; o C é u não co nhe ce um mé di co . A mor t e lev o u O lamba e pr e o cupo u o re i de Ejio . Ela le v o u Eji- Og og o -A g be biko po n’ wo la. O s v e nt o s do lado dire it o e st ão ag it ando as fo lhas do co que iro v io le nt ame nt e . O s v e nt o s do lado e sque r do e st ão ag it ando as fo lhas do co que iro v io le nt ame nt e . I fá fo i co ns ult ado par a O r unmila À g bo nnir è g ún, Q ue e st av a indo faze r I k ú (mo r te ) e m um ho me m de I fá. Ele acho u me lho r pe dir A go (de s culpa ) por se r um vig ilant e . A mor t e que mat ar ia A wo ho je , par a tr ás! par a tr ás! A wo e st á indo , par a t r ás! par a t rás! A wo e st á indo , par a t r ás! par a t rás! A do e nça que mat ar ia A wo ho je , par a t rás! par a t rás! A wo e st á indo , par a t r ás! par a t rás! No t a: Nó s po de mo s ut ilizar e st e I fá dize ndo (ì g è dè ) par a uma pe sso a que de s fale ce u de re pe nt e o u e st á mor r e ndo . O dù Ìr et è - Túr á se r á mar cado na ar e ia e m que e st a pe s so a e nfe r ma e st á de it ada. A ar e ia se r á se g ur ada na fre nt e do ho me m que e st á d o e nt e , o no me de le se r á chamado , e e nt ão nó s dire mo s o e ncant ame nt o aci ma. O no me do e nfe r mo se r á usado ao inv é s de “A wo ”. Se nó s e st amo s co m me do quando v iajamo s, dev e mo s se mpr e r e cit ar o ì gè dè acima. Ent ão a ar e ia se r ia lev ada à uma ár vo r e gr ande no Bo sque de Sa cr ifí cio s.

Oráculo 247

Òtúrá-Sé Es se O dù fala da che g ada do pe r igo e m ca sa o u no tr abalho . O bse r v ação

o cide nt al:

M udan ças

e mo cio nais

dev e m

ser

t r at adas

c uidado same nt e .

247 – 1 (Tr adu ção do ve r so )

319

O ye r e (Oy e he r e ) do to po da fo lhag e m da palme ir a fo i div inado par a Òt ú. Ò t ú e st av a indo g uer r e ar na cidade de A jase . F o i-lhe aco se lhado a sa cr ificar par a ve nce ce r a bat alha: do is ca br it o s e 44 000 búz io s. Ele o uv iu o co nse lho , sacr ifi co u e v e nce u o inimig o .

247 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò sé o s pr e judi co u fo i div inado par a as pe sso as da cidade de Oy o. Fo i pe dido que e le s sacr ifica sse m um ce sto de e s ur u, sabão , um car ne ir o , um po mbo , uma g alinha e 20 000 búz io s. Ele s sacr ificar am t udo . Ele s não so fr e r am ma si infor t únio s. Ò sé não mai s o s pr e judico u. O sa bão lav ao u t odo s o s se us pr o ble mas.

247 – 3 (Tr adu ção do ve r so ) Ò sé o s pr e judi co u se r iame nt e fo i div inado par a par a e le s quando Ik umi ja fo i sit iar a cidade de Eyó . F oi- lhe s pe dido que sa cr ifica sse m no v e cabr ito s e 180 000 búzio s. Ele s não sacr ificar am.

Oráculo 248

Òsétúrá Es se O dù fala da e ncar nação de Èsú- Ò dàr à. O bse r v ação o cide nt al: Nada aco nt e ce se m a aju da de Èsú.

248 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Enca nt ame nto : A k ak anik a, A kak anik a, A lak ak anik a, Alapasa pa-ijak a’ lu. um pássar o vo a v io le nt ame nt e par a de nt ro da ca sa. A k ak anik a é o no me dado a I fá.

320

A lak ak anik a é o no me dado ao s O dù. A lapasapa -ijak a’ lué o nome dado a Èsú- Ò dàr à. um pássar o vo a v io le nt ame nt e par a de nt ro da ca sa, é o no me dado à A jé , o filho de O ló k un- sande , o re i das ág uas abu ndant e s, Ò gò -O wo ni. Ès ú-Ò dàr à, t u fundast e e st a cidade . Tu livr ast e o s babalá wo da cidade da fo me . Tu livr ast e o s o s mé dico s da cidad e da fo me , e o me smo fize st e s co m o s he r balist as. Eu so u o babaláwo da ci dade . Eu so u o mé dico da cidade . Eu so u o her bali st a da cidade . Ès ú-Ò dàr à, não de ix ai que e u passe fo me . F o lhas de I fá: Pe g ue uma fo lhas de abamo da, ar e ia de uma lo ja de fe r r e ir o , e fun e o sùn. Mar que o Odù Ò set úr á na fo lha de abamo da. Mist ur e e fun co m a are ia da lo ja de fe r re ir o , mar que o O dù Ò sé e o sùn co m a ar e ia e mar que Ò t úr á na fo lha de abamo da. Par t a um o bì de quat ro g o mo s. Ut ilize se t e g rão s de at aar e e um go mo de o bì par a inv o caar na fo lha de abamo da diár iame nt e , co mo acima. pe ndur e a fo lha co m linhas br anca s e pr et as na casa.

248 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Enca nt ame nto : Ò sé t úr á A muke r e (gr av et o ), I te k un Ò rì sà Daji, Apo jo jo mat e . Din he iro é bo m par a a ho nr a, dinhe ir o é bo m par a alt a po si ção . Nó s usamo s dinhe ir o par a t er co nt as de cor al no pe sco ço , que dig nif ica a pe s so a. Tu, Ò sét úr á, so ube co mo dar . Tu de st e A lér á e e le pô s a cor o a. Tu de st e A jer ò e e le uso u u m v e st ido e nfe it ado de co nt as. Tu de st e Òr àng ún e e le uso u uma v ar a de fe rr o par a ir at é o cam po . Tu de st e Olúpo po A muy un- bo ’ le ; Er inmag aji -e hin- ek u- jamo o re i de A do , o ancião de I le se u sando um pe que no bo né e m cima de Ak un, O lú- Oy inbo A m’ ok un -su’ r e ; o r e i de I je bu Og bo ro g an-nida A ko ye be y e be y a’g un, Ele y o -A jor i, A je ’g i- e mi-san’ r a, O lo mu-A pe r an, O lo ro - ag og o ; O lú-Tapa Le mpe odo do ina jo bar ausa, O jo pat apat a mule d’ Ek ùn, O lo wo Ar ing injin A dubu le f’ ag ada ide ju’ r a. O lo wu Odur u . . ., t u de st e O lo fa -A rinnil u A y ink inni bo o mo l’ e nu, e as sim po r diant e . Oh! Jala, dê -me ; Ès ù-Ò dàr à, dê -me ; Bar a-Pe t u, dê - me co isas bo as.

321

F o lhas de I fá: Tr ace o Odù Ò sét úr á no iyè - ìr o sù e m fino óle o e lambe r o de do mé dio . To das as co isas bo as v ir ão a t i. Ho nr a e re spe it o e st ar ão co nt ig o atr avé s do s ano s quan do vo cê usar e s se e ncant ame nt o .

Oráculo 249

Òtúrá-Fún Es se O dù fala de bo a so r te imi ne nt e se o clie nt e ev it ar mau s ato s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e re sist ir à pr át ica de adult ér io .

249 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò t úr á dá. Ò t úr á co mpr o u pr a e le fo i div inado par a Olú jimi U ma pe sso a impo rt ant e ir á no s co nce de r bo as co isa s. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se , par a a for t una da de u sas do dinhe ir o e st ar à mão . O sacr ifí cio : u m t e cido br anco , ife re ( se me nt e ), do is po mbo s br anco s e 2 000 búzio s. Ele o uv iu e sacr ifi co u. F o i-lhe dito que não co me t e sse adult ér io .

322

249 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) A t uwo nk a, A dawo nnu fo i div inado par a O ló fin I wat uk a. O ló fin fo i aco nse lhado a sacr ificar par a que e le não ace it as se um mau co nse lho que po der ia acabar co m a sua cidade . O sa cr ifí cio : u ma cabr a, o ito fr ang o s, aze it e - de -de ndê , 20 000 búzio s e fo lhas de I fá (k o le jo ). Ele não sacr ifi co u.

Oráculo 250

Òfún-Túrá Es se

O dù

fala

da

ne ce ssi dade

de

sacr ifí c io

par a

e st abilizar

um

r e lacio name nt o . O bse r v ação o cide nt al: C asa me nto co m at ual par ce ir o do clie nt e é apr o pr iado e be né fi co .

250 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò fún pr ov o u aze it e , Ò fún de rr ubo u ole le ( bo lo fe it o de fe ijão ) no sal. Ò fún pro c uro u po r to das as co isas ag r adáv e is par a co me r . I sto fo i div inado par a ÈsùÒ dàr à que ia de spo sar Epo (aze it e -de - de ndê ). Fo i-lhe aco nse lhado a sa cr ificar de mo do que e le s nu nca se se par asse m. O sa cr ifí cio : tr ê s g alo s e 6 000 búzio s. Ele sa cr ifico u.

250 – 2 (Tr adu ção do ve r so )

323

A re r e mar e , Ar er e mar e fo i div inado par a O ló wu. Ele s dis se r am que t udo ia tão be m par a Oló wu que e le de v er ia sacr ifi car de mane ir aa t or nar -se um ho me m do campo . O sacr ifí cio : t rê s car ne ir o s, t rê s e nx ada, tr ê s fo ice s e 6 000 búzio s. Ele sa cr ifico u.

Oráculo 251

Ìretè-Sé Es se Odù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a e v it ar fe it içar ia e t odo s as o utr as e ner g ias ne g at iv as. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m um co nflit o g ov er name nt al o u e m s ua so cie dade .

251 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Enca nt ame nto : A g bog bo niwo nr an, A g bo g bo niwo nr an, Ag bo g bo niwo nr an. Ek un A mo mo nibu u, Ek un A mo mo nibuu, Ek un A mo mo nibuu. Ele que co lide co m e spinho s è sù, o s e spinho s è s ù o fer ir á; e le que co lide co m Èsù, Ès ù o far á mal; e assim se r á. F o lhas de I fá: Pe g ue uma pe dr a lat e r it a, t rê s facas nov as ( fe it as pe lo fe rr e iro lo cal), ca sca da ár vo r e ipar a, v ár io s t ipo s árv or e s e plant as e spin has (u se a cas ca o u part e da plant a), e vár io s tipo s de e spi nho s, plant as rast e ijant e s (cor t e pe daço s de la). Po nha t udo e m um pot e . tr it ur e a cas ca de ipar a at é vir ar pó . Po nha o pó de fr e nt e ao po t e , t race o O dù Ìr èt è -Sé ne le , e r e cit e o e nca nt ame nto acima. Junt e e nt ão o pó

324

no po t e co m ág ua. C o br ir e lacr ar o po te co m ar g ila o u cinzas ú midas. A pó s se t r e dias, abr a e use co mo banho . Não de ve se r be bi do .

251 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) I jala, I jala, I jala. A lag er e -ide , A lag er e - ide , Alag er e - ide . O wor o niko k o , O wo ro nik ok o , O wo ro nik ok o . O nde se é s ua mãe . Q uando e le s de s ce r am e m duas co isa s co lo s sais, O lo du nmar e e st abe le ce u a r eg r a que duas co isa s co lo s sais não cae m u ma so br e a o utr a. O be bê t ar t ar ug a não se g ue a t ar t ar ug a de mãe ; O be bÊ car amu jo não seg ue a mãe car amu jo ; o be bê se r pe nt e não se g ue a mãe se r pe nt e ; e assi m por diant e . U m ho me m mo rt o de I fá não afet a o filho de o utr o ho me m. Q ue to da fe it içar ia lançada so br e mim se jam inafe t iv a. F o lhas de I fá: To me uma t ar t ar ug a, um car amujo , uma co br a, a cas ca de duas árv or e s I ro ko e I fá ok ú (mor to de I fá). To rr ar t uo do s o s e le me nt o s junt o s e mant e r o pó e m um ado . Pe g ue uma pe que na por ção na o casião e t race o O dù Ir u- Ek ùn (O dù Ì re t è -Sé ) ne le , e r e cit e o e nca nt ame nto um po u co ant e s de mi st ur ar co m de ndê e lambe -lo . També m po de ser u sado co mo ung üe nto par a e sfr e g ar no cor po . U m po uco de le po de se r dado par a o utr a pe sso a usar . Est e I fá é uma pr e ca ução co nt r a fe it içar ia.

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Oráculo 252

Òsé-Bi-Ìretè-Sile-Ajé Es se O dù fala de bo a fo rt una par a dinhe iro , r e spe ito e infl ue ncia. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v er ia pro ce de r co nfide n cialme nt e co m pe r spe ct iv as e r e lacio name nto s. 252 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) I fá dis se , se to rno u A láju bar ak a. Eu disse , se to r no u A lájubar ak a. Se nó s usamo s jubar ak a, que e le se ja Jubar ak a. e le de u nascime nt o a O lo t oo ro , O lo t e er e , e O nàwo fun mir in. O nàwo fun mir in par iu A jé . A jé par iu o s se r e s humano s. A jé se pr e par o u e fo i pe lo mar . O s se re s hu mano s t ambé m se pre par ar am e for am par a Ir ada. Ò sé co rr a r apidame nt e par a o de us do mar e me t rag a dinhe iro . Ì re t è cor r a rapidame nt e par a I rada par a me t raze r pe sso as. A pe não de ix e min ha bo a sor t e che g ar at r asada a mim. Ejir in não de ix e que minha bo a sor t e vag ue ie ao lo ng e ant e s de v ir a mim. Se nó s v ar r e mo s a casa e o cam inho , o re fug o é lev ado at é a lix e ir a. I ngr e die nt e s de I fá: Pilar fo lhas a pe e e jir in, su je ir a de e nt ulho , sabão - da-co st a na me dida de 1 200 búzio s. Tr ace o O dù Ò sé -Ì re t è na par e de do quar to u sando e fun par a mar car O se e o sun par a mar car Ì re t è . O e fu n e o o sun de ve m se r mist ur ado s

326

se par adame nt e co m ág ua ante s do uso . A bat er do is po mbo s be m bo nit o s, um par a O se e o o ut ro par a Ìr e te . O sang ue de v e se r mist ur ado co m o sa bao pilado co m as fo lhas. F ix ar o sabão acima do s O dù fe it o s na par e de . U se o sabão fr e que nt e me nte par a banhar -se .

252 – 2a (Tr adu ção do ve r so ) A se waa nit i À ir á (po de re s do minant e s pe rt e nce t e s ao t ro vão ). Q uando nó s damo s a ár vo r e de palma a cor da de palma, e la se ag ar r a nist a I st o fo i div inado par a o g alo , A que m fo i pe dido que sacr ifi cas se de mo do que se us co le g as ace it asse qualque r co isa que e le disse sse par a e le s. O sacr ifí cio : u m po mbo e 2 000 búz io s. e le sa cr ifico u. e le e nt ão o r de no u que qualque r co isa que o g alo disse s se , se u s co le g as ace it ar iam.

252 – 2b (Tr adução do ve r so ) Ò sé - bi-Ì re t è (Ò sé par iu Ì re t è ) fo i div inado par a O ló fi n. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se um car ne ir o e 20 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. F o i pr o clamado que “a o r de m de le fundar á uma cidade ”

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Oráculo 253

Ìretè-Òfún Es se O dù fala da po pular idade e s uce s so de I fá. O bse r v ação o cide nt al: O s ne g ó cio s do clie nt e o u se u tr abalho ir ão cr e sce r .

253 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ì re t è -Ò fún fo i div inado par a Or unmila. Ele s dis se r am que O r unmila te r ia muit o s clie nt e s. M uito s v ir iam r e ce be r I fá; muito s v ir iam par a se iniciar ; muit o s v ir iam a e le par a div inação . F o i-lhe pe dido um sa cr ificio de um po mbo , uma g alinha e 20 000 b úzio s. Ele o be de ce u e sacr ifi co u.

253 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ì re t è -Ò fún fo i div inado par a A nimo -o la A nimasahun. F o i-lhe dito par a que sa cr ificas se . Ele s disse r am que e le dev er ia sacr ificar t udo que fo s se co me st ív e l. O sa cr ifí cio : u ma cabaça de inhame pilado , um po te de so pa, bast ant e obì e 20 000 búz io s. Ele o be de ce u e sacr ifi co u. Ele s disse r am: U ma pe s so a ge ne r o sa nun ca passar á po r pr iv açõ e s.

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Oráculo 254

Òfún-Retè Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a o bt er r e spe ito e pro t e ção . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa que br ar uma sit uação e se r mais se g ur o .

254 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ele s me tr e inar am, e u t or ne i a me t re inar fo i div inado par a O lúse so . Ele s dis se r am que O lúse so co nt inuar ia faze ndo o que e st av a ag r adando par a o mu ndo . F o i-lhe dit o que sacr ifi cas se de mane ir a que as pe s so as do mundo pude sse m r e spe it a-lo . O sa cr ifí cio : quat ro po mbo s, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá (t r it ur e fo lhas de ag bay unk un e ay ì nr é e m ág ua; ut ilizar par a lav ar a cabe ça e o I fá do clie nt e ). Ele fe z o sa cr ifí cio .

254 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò fún -R et è fo i div inado par a O mi (ág ua). F o i dito que e le sacr ifi cas se de mane ir a que ning ué m pude sse co nspir ar co ntr a e le o u bo ico t a-lo . O sacr ifí cio : sal, um po mbo , uma t ar t ar ug a, t e cido et u e 32 000 b úzio s. e le o be de ce u e sacr ifico u. Ele s dis se r am: Q ue m inst it uir a si me smo co mo inimig o da ág ua,

mor r er á

pr e mat ur ame nt e . O te cido et u é par a co br ir o cor po do clie nt e .

329

Oráculo 255

Òséfú Es se O dù fala da habilidade de I fá e m re so lv er t odo s o s pro ble mas. O bse r v ação o cide nt al: Q ualque r que se ja o pr o ble ma do clie nt e , e x ist e uma so lu ção .

255 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Se a pe sso a é azar ada, e la não é sá bia o bast ant e . Há ág ua na casa do de us do mar ; o mar é a ca be ça das ág uas.Há ág ua na casa do de u s da lago a; a lag o a é a seg un da cabe ça de t odas as ág uas. Há sa be dor ia e m Ak ó dá, Ak ó dá que fala a palavr a de I fá. Há sa be dor ia e m A sè dá, A sè dá que fala o co nse lho de t o do s o s sábio s anciõ e s. Há sa be dor ia e m Or unmila, o o rie nt ador das for ças do mundo , o re par ado r da so rt e , aque le cujo e mpe nho é r e co nstr uir a cr iat ur a co m um or í r uim. I st o

fo i

div inado

par a

o s k o mo o se ko mo o wa

(pe sso a

não -int e lig e nt e )

que

se

lame nt av am diar iame nt e po r não te re r e m bo a so rt e , dize ndo que o cr iado r o s e st av a malt r at ando . Ele s for am o r ie nt ado s a sa cr ificar sabão - da-co st a, le nço l br anco e 2 000 b úzio s. A o s po uco s que re alizar am o sacr ifí cio fo i dit o que se lav asse m co m o sabão (e le s de v er iam se lav ar por t rê s ou ci nco dias e nquanto se ve st iam co m o le nço l br an co ). e le s for am par a casa e se iniciar am e m I fá, e apó s a iniciação e le s apr e nde r am I fá. Ele s se g uir am a or ie nt ação e sacr ificar am. É dit o que o s ko mo o sek o moo wa que apr e nder am I fá t er ão so rt e e m fim.

330

255 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) O r unmila dis se A ro le , Eu di sse A ro le , fo i div inado par a uma s cr ianc inhas que se dir ig iam par a o mundo que e st av am se n do mandado s de vo lt a pe lo por t e ir o e mo rr e ndo co mo be bê s. e le s per g ut ar am a r azão . I st o por que não e spe r am po r O r unmila. Or unmila que st io no u do is de le s (um me nino e a o utr a me nina ). dize ndo , “Po r que m v o cê s e spe r am?”. Ele s disse r am, “Po r Or unmila”. Ele disse , “Bo m, e nt ão sig am -me ”. Ent ão e le sse g uir am Or unmila at é o por t ão , é o por t e iro quis manda- lo s de vo lt a. O r unmila int e r ce de u e pag o u 240 búzio s por cada um de le s. Est a é a quant ia que nó s pag amo s ho je e m r e sg at e par a um be bê re cé mnas cido .

Oráculo 256

331

Òfún-Sé Es se O dù fala de ving ança e adv er t e so br e po s sív e is per das. O bse r v ação o cide nt al: A que le s que e st ão t e nt ando impe dir o pro g re s so do clie nt e ir ão so fr e r .

253 – 1 (Tr adu ção do ve r so ) Ò fún -Sé fo i div inado par a o e nimani da cidade de O só . F o i-lhe pe dido um sa cr ifí cio de mo do que suas pr ime ir as po s se s sõ e s não fo sse m pe r didadas.. O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, um car amujo , 66 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele não sacr ifi co u.

253 – 2 (Tr adu ção do ve r so ) Ò fún não o fe nde u, Ò fún não plane jo u o mal co nt r a ning ué m. Ele s co nspir ar am co ntr a Ò fún. Ò fún fo i aco nse lhado a sacr ifi car par a que o v ing ado r pude sse ajudar a pag uar nas s uas v er dade ir as mo e das. O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, uma faca, ca sca de caro ço de de ndê e 18 000 búz io s. Ele sa cr ifico u. F o lhas de I fá fo r am pr e par adas par a co lo car so b o t r av e sse ir o do s clie nt e s.

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