calculo dos barramentos
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CÁLCULO DOS BARRAMENTOS 1 - Introdução As dimensões dos barramentos são determinadas levando em consideração primeiramente, as condições normais de operação. •
A tensão nominal de operação da instalação fixa a distância entre as fases e entre fases-estrutura e determina a distância e a forma dos suportes de fixação.
•
A intensidade nominal da corrente que alimenta o barramento tem por objetivo determinar a seção e a natureza dos condutores.
Assegura-se, posteriormente que os suportes (isoladores) resistam aos efeitos mecânicos e que as barras suportem os efeito mecânicos e térmicos devidos às correntes de curto-circuito. Finalmente, deve-se verificar também que o período de vibração próprio das barras não entra em ressonância elétrica. Para calcular um barramento é preciso conhecer algumas características do sistema elétrico e algumas características físicas
dos barramentos. Estas
condições estão apresentadas nas tabelas 1 e 2. Tabela 1 -Características elétricas do barramento Parâmetro Descrição Unidade * Scc Potência de curto-circuito da rede MVA Ur Tensão nominal kV U Tensão de serviço kV Ir Corrente Nominal A * Nota: Ela é geralmente fornecida pelo cliente (ou concessionária ), ou pode ser calculada, conhecendo-se a corrente de curto-circuito ICC e a tensão de serviço
U : 3 • I CC • U
( ver capítulo sobre as “correntes de curto-circuito: ).
Tabela 2 -Características físicas do barramento Parâmetro Descrição Unidade S Seção de uma barra cm2 d Distância entre fases cm l Distância entre isoladores de uma mesma fase cm θ n Temperatura ambiente (40 °C) °C Perfil Matéria-prima Disposição n° de barras por fase
Barrachata cobre Deitada
Alumínio De cutelo
As tabelas 3 e 4, extraídas da tabela 5 da norma CEI 60694, fornecem as temperaturas finais e as elevações de temperatura admissíveis em função do tipo de material dos barramentos. Deve-se salientar que a temperatura ambiente tomada como referência é de 40C.
Tabela 3 Limites de Aquecimento dos barramentos Natureza do órgão, da matéria-prima e do dielétrico Temperatura (Cf: 1,2 até 3) Junta por parafusos ou dispositivos equivalentes (Cf: 7) Cobre nu, liga de cobre nu ou liga de alumínio, no: Ar SF6* Óleo Prateadas ou niqueladas, no:
(°C)
90 105 100
(θ - θ n) Com θ
n
°C 50 65 60
= 40
Ar SF6* Óleo Estanhadas, no: Ar SF5 Óleo
115 115 100
75 75 60
105 105 100
65 65 60
*SF6: (hexafluoreto de enxofre)
1.
Segundo a sua função, o mesmo órgão pode permanecer a várias das categorias enumeradas na tabela V. Neste caso, os valores admissíveis para a temperatura e o aquecimento a serem levados em consideração são os mais fracos nas categorias interessadas.
2.
Para os aparelhos com conexões no vácuo, os valores limites de temperatura e aquecimento não se aplicam aos órgãos que estão no vácuo. Os demais não devem ultrapassar os valores de temperatura e de aquecimento indicados na tabela V.
3.
Todas as precauções necessárias devem ser tomadas para que nenhum dano seja causado aos materiais circunvizinhos.
4.
Quando os elementos de contato estiveram protegidos de maneiras diferentes, as temperaturas e aquecimentos admissíveis são aqueles do elemento para o qual a tabela V autoriza os mais elevados.
Natureza do órgão, da matéria-prima e do dielétrico Temperatura (Cf: 1,2 até 3) Contatos (Cf: 4) Cobre ou liga de cobre nu, no: Ar SF6* Óleo
(°C)
90 105 100
(θ - θ n) Com θ
n
°C 50 65 60
= 40
Prateadas ou niqueladas (Cf: 5), no: Ar SF6* Óleo Estanhadas (Cf: 5 até 6), no: Ar SF5 Óleo
115 115 100
75 75 60
105 105 100
65 65 60
*SF6: (hexafluoreto de enxofre)
1.
Segundo a sua função, o mesmo órgão pode permanecer a várias das categorias enumeradas na tabela V. Neste caso, os valores admissíveis para a temperatura e o aquecimento a serem levados em consideração são os mais fracos nas categorias interessadas.
2.
Para os aparelhos com conexões no vácuo, os valores limites de temperatura e aquecimento não se aplicam aos órgãos que estão no vácuo. Os demais não devem ultrapassar os valores de temperatura e de aquecimento indicados na tabela V.
3.
Todas as precauções necessárias devem ser tomadas para que nenhum dano seja causado aos materiais circunvizinhos.
4.
Quando os elementos de contato estiveram protegidos de maneiras diferentes, as temperaturas e aquecimentos admissíveis são aqueles do elemento para o qual a tabela V autoriza os mais elevados.
5.
A qualidade do tratamento deve ser de modo que uma camada de proteção subsista na área de contato: -
após o ensaio de energização e interrupção (se existir);
-
após o ensaio na corrente de curta duração admissível; - após o ensaio de resistência mecânica, segundo as especificações próprias a cada equipamento. No caso contrário, os contatos devem ser considerados como “nus”.
6.
Para os contatos dos fusíveis, o aquecimento deve ser conforme as publicações dizendo respeito aos fusíveis de alta tensão.
COMPORTAMENTO TÉRMICO Na passagem da corrente nominal (Ir) A fórmula de MELSON & BOTH publicada na revista “copper Development Association” permite definir a intensidade admissível num condutor:
I=k•
24,9 (θ − θ n ) 0,61 • S0,5 • p 0,39 ρ 20[1 + α (θ − 20)]
onde:
(1)
I: Intensidade admissível expressa em Ampéres (A); a classificação em intensidade está sendo prevista: -
para uma temperatura ambiente superior a 40 °C
-
para um grau de proteção superior a IP5
θ n:
temperatura ambiente (θ
n
≤ 40 °C)
(θ - θ n): aquecimento admissível (°C) (ver tabela V da norma CEI 60 694) S: Seção de uma barra (cm2)
p
p: perímetro de uma barra (cm); ρ
: resistividade do condutor em 20°C
20
cobre:
1,83 µ Ω .cm
alumínio:
2,90 µ Ω .cm
α : coeficiente de temperatura da resistividade:
0,004
k: coeficiente das condições, produto de 6 coeficientes (k1, k2, k3, k4, k5, k6), descritos a seguir.
Definição dos coeficientes k1, 2, 3, 4, 5, 6: coeficiente k1 é função do número de barras chatas por fase, para: • 1 barra • 2 ou 3 barras, ver tabela abaixo:
0,05 0,06 0,08 Quant de barras por fase 2 3
e/a* 0,12
0,10 1,63 2,40
1,73 2,45
1,76 2,50
0,14 1,80 2,55
0,16 k1 1,83 2,60
1,85 2,63
*ver desenho, abaixo:
a
e
e
O coeficiente k2 é função do estado de superfície das barras: • nuas
k2 = 1
• pintadas
k2 = 1,15
O coeficiente k3 é função da posição das barras: • barras de cutelo
k3 = 1
• 1 barra deitada
k3 = 0,95
0,18 1,87 2,65
0,20 1,89 2,69
1,91 2,70
• várias barras deitadas
k3 = 0,75
O coeficiente k4 é função do local onde estão instaladas as barras: • atmosfera calma dentro do cubículo
k4 = 1
• atmosfera calma fora do cubículo
k4 = 0,2
• barras montadas num duto não ventilado k4 = 0,80 O coeficiente k5 é função da ventilação forçada: • sem ventilação forçada
k5 = 5
• o caso com ventilação forçada deverá ser tratado caso a caso e, em seguida, validado por ensaios. O coeficiente k6 é função da natureza da corrente: •
para uma corrente alternada de frequência ≤ 60 Hz, k6 é função do número de barras n por fase e da distância entre si. O valor de k6 para uma distância igual à espessura das barras: n K6
1 1
2 1
3 0,98
NA PASSAGEM DA CORRENTE DE CURO-CIRCUITO DE CURTA DURAÇÃO (Iterm.) Assume-se que, durante toda a duração (1 ou 3 segundos): • todas as calorias geradas servem para elevar a temperatura do condutor; • os efeitos da irradiação são desprezíveis
A fórmula a seguir pode ser utilizada para calcular o aquecimento devido ao curto-circuito: 0,24 • ρ20 • I 2 • t k th ∆θcc = (n • S) 2 • c • δ
Onde: θ
cc
:
c:
(2)
Aquecimento devido ao curto-circuito Calor específico do metal cobre alumínio
0,091 kcal/daN°C 0,23 kcal/daN°C
S:
Seção de uma barra (cm2)
n:
Número de barras por fase
Ith:
é a corrente de curto-circuito de cuta duração (valor eficaz da corrente de curto-circuito máxima em A)
tk:
duração do curto-circuito de curta duração (1 a 3s), em segundos.
δ :
ρ
:
20
(θ - θ n):
densidade do metal cobre
8,9 g/cm3
alumínio
2,7 g/cm3
resistividade do condutor em 20°C cobre:
1,83 µ Ω .cm
alumínio:
2,90 µ Ω .cm
aquecimento admissível (°C) (ver tabela V da norma CEI 60 694)
A temperatura θ t do condutor após o curto-circuito será: θ t=θ
n
+ (θ - θ n) + ∆ θ
cc
Verificar: θ t ≤ temperatura máxima suportável pelas peças em contato com o barramento.
Exemplo: Como achar o valor de Iterm. para uma duração diferente, sabendo que (Iterm.)2•t = constante ? •
Se Ith2 = 26,16 kA eficaz, 2s. Corresponde a qual valor padronizado de Iterm. para t = 1s ?
(Ith2)2 • t = constante (26,6 • 109)2 • 2 = 137 • 107
onde
I th1 =
(cons tan te ) (137 • 10 ) 7 = t 1
Ith1 = 37 kA em 1s Em resumo: • à 26,16 kA eff. 1s que corresponde a 37 kA em eff. em 1s. • à 37 kA eff. 1s que corresponde a 26,16 kA em eff. em 2s.
FIRMEZA ELETRODINÂMICA Esforços entre condutores ligados em paralelo Aqui se verifica se as barras escolhidas aguentam os esforços eletrodinâmicos. Os esforços eletrodinâmicos consecutivos a corrente de curto-circuito estão dados pela fórmula: l F1 = 2 • I 2 • 10 −8 d dyn
Onde: F1:
(3)
esforço expresso em N
Idyn:
é o valor de crista da corrente de curto-circuito expresso em A, a ser calculado com a seguinte fórmula: Idyn = k • Scc = k • Ith
Scc:
potência de curto-circuito
Ith:
corrente de curto-circuito de curta duração
U:
tensão de serviço
(4)
l:
distância entre dois isoladores de uma mesma fase
d:
distância entre fases
k:2,5 para 50 Hz; 2,6 para 60 Hz e 2,7 segundo a norma ANSI.
F1
Idyn
F1
Idyn
l d
d
Esforço no topo dos suportes ou transversais Fórmula de cálculo do esforço em um suporte
F = F1 •
Onde:
H +h H
(5)
F:
esforço aplicado (daN)
H:
altura do isolador (cm)
h:
distância entre o topo do isolador e o centro de gravidade do barramento (cm) h = e/2
F1 F
H
suporte
Cálculo de um esforço para N suportes O esforço F aplicado a cada suporte é no máximo igual ao esforço calculado F1 (ver capítulo anterior) multiplicado por um coeficiente kn o qual varia segundo o número total N de suportes equidistantes instalados. Conhecendo-se N, define-se kn com ajuda da tabela a seguir: N kn
2 0,5
3 1,25
4 1,10
5 1,14
O esforço calculado após aplicação do coeficiente k é para ser comparado à rigidez mecânica do suporte na qual aplica-se um coeficiente de segurança:
Rigidez mecânica das barras Na hipótese admissível que as extremidades das barras estão encaixadas, elas estão submetidas a um momento fletor cuja tensão resultante fica igual a: F •l v η= 1 • 12 I
onde: η :
(6)
é a tensão resultante; ela deve ser inferior à tensão admissível para as barras, ou seja: cobre 1/4 dureza: 1200 daN/cm2 cobre 1/2 dureza: 2300 daN/cm2 cobre 4/4 dureza: 3000 daN/cm2 alumínio estanhado: 1200 daN/cm2
F1: l: I/v:
esforço entre condutores (daN) distância entre isoladores de uma mesma fase (cm) é o módulo de inércia de uma barra ou de um conjunto de barras, dado em cm3 (escolher o valor na tabela a seguir)
v:
distância entre a fibra neutra e a fibra mais tensa (a mais afastada)
• uma barra por fase:
I=
3b•h 12
T = b•h
• duas barras por fase 2 I = 2 3 b • h +S • d
3 b • h + S • d2 T = 2 12
v = 15 • h
fase 1 x
fase 1 v
fase 2
fase 2 x
b v h
b x’ h
x’
d
xx’: perpendicular ou plano de vibração
Escolha da Seção S, peso por metro m, módulo de inércia I/v, momento de inércia I para as barras definidas abaixo:
Dimensões das barras (mm) 100 x 10 80 x 10 80 x 6
Disposição*
80 x 5
80 x 3
50 x 10
50 x 8
50 x 6
50 x 5
cm2
10
8
4,8
4
2,4
5
4
3
2,5
Cu
0,089
0,071
0,043
0,016
0,021
0,044
0,036
0,027
0,022
daN/cm A5/L
0,027
0,022
0,013
0,011
0,006
0,014
0,011
0,008
0,007
I
cm4
0,83
0,66
0,144
0,083
0,018
0,416
0,213
0,09
0,05
I/v
cm3
1,66
42,66
25,6
21,33
12,8
0,83
0,53
0,3
0,2
I
cm4
83,33
42,66
25,6
21,33
12,8
10,41
8,33
6,25
5,2
I/v
cm3
16,66
10,66
6,4
5,33
3,2
4,16
3,33
2,5
2,08
I
cm4
21,66
17,33
3,74
2,16
0,47
10,83
5,54
2,34
1,35
I/v
cm3
14,45
11,55
4,16
2,88
1,04
7,22
4,62
2,6
1,8
I
cm4
166,66
85,33
51,2
42,66
25,6
20,83
16,66
12,5
10,41
I/v
cm3
33,33
21,33
12,8
10,66
6,4
8,33
6,66
5
4,16
I
cm4
82,5
66
14,25
8,25
1,78
41,25
21,12
8,91
5,16
I/v
cm3
33
26,4
9,5
6,6
2,38
16,5
10,56
5,94
4,13
I
cm4
250
128
76,8
64
38,4
31,25
25
18,75
15,32
I/v
cm3
20
32
19,2
16
9,6
12,5
10
7,5
6,25
S m
*disposição: corte num plano normal em relação ao barramento (2 fases estão representadas)
Frequência próprio de ressonância As frequências próprias de vibração a serem evitadas para as barras submetidas a uma corrente de 60 Hz são as frequências próximas de 60 e 120
Hz, e 50 e 10 Hz para uma corrente de 50 Hz. Esta frequência própria de vibração é dada pela fórmula:
f = 112
onde:
E •I m • l4
f: E:
(7)
frequência própria em Hz módulo de elasticidade: do cobre = 1,3 • 106 daN/cm2 do alumínio A5/L = 0,67 • 106 daN/cm2
m:
massa peso linear da barra (escolher o valor na tabela acima)
l:
distância entre 2 suportes ou bucha de separação
I:
momento de inércia da seção da barra em relação ao eixo xx’ normal em relação ao plano de vibração
Verificar m atenção se esta frequência fica fora dos valores prescritos, a saber: de 52 a 70 e de 104 a 140 Hz.
EXEMPLO DE CÁLCULO DE BARRAMENTOS Dados do exercício proposto Considerando-se: • um painel constituído de pelo menos 5 cubículos MT. Cada coluna contém 3 isoladores (1 por fase). • um barramento composto de 2 barras por fase ligada eletricamente as colunas entre si.
Características do barramento a ser verificado: Características do barramento Parâmetro Descrição Valor S Seção de uma barra 10cm2 d Distância entre fases 18 cm l Distância entre isoladores de uma mesma fase 70 cm Temperatura ambiente θ n 40 °C Aquecimento admissível (θ - θ n) 50 °C Perfil Barrachata Barras de cobre 1/4 dureza, com tensão Matéria-prima admissível η = 1.200 daN/cm2 Disposição De cutelo n° de barras por 2 fase • barramento deverá poder suportar uma corrente nominal Ir = 2.500 Aem permanência e uma corrente de curto-circuito de curta duração Ith = 31.500 A durante tk = 3 segundos. • Frequência nominal fr = 50 Hz • Demais características -
as peças em contato com o barramento podem suportar uma
temperatura máxima de θ -
max
= 100 °C
os suportes utilizados possuem uma resistência à flexão F’ = 1000
daN Vista frontal
Célula 1
Célula 2
Célula 3
Célula 4
Célula 5
d d
l
l
l
1 cm
1 cm
l
Vista lateral
5 cm
10 cm
12 cm
d
d
Na passagem da corrente nominal (Ir) Da equação (1), tem-se:
I=k•
24,9 (θ − θ n ) 0,61 • S0,5 • p 0,39 ρ 20[1 + α (θ − 20)]
Parâmetro Descrição I Intensidade admissível expressa em Ampéres (A) Temperatura ambiente θ n Aquecimento admissível* (θ - θ n) S Seção de uma barra
Valor 40 °C 50 °C 10 cm2
p ρ
20
α
Perímetro de uma barra Resistividade do condutor em 20°C, cobre Coeficiente de temperatura da resistividade
22 cm 1,83 µ Ω .cm 0,004
Coeficiente das condições, produto de 6 k
coeficientes (k1, k2, k3, k4, k5, k6), descritos a seguir
*(ver tabela V da norma CEI 60 694)
Definição dos coeficientes k1, k2, k3, k4, k5, k6: coeficiente k1 Das tabelas anteriores, tem-se: e/a = 0,1 Número de barras por fase = 2 Logo k1 = 1,80 coeficiente k2 Utilizou-se uma barrs de superfície nua, logo k2 = 1 coeficiente k3 As barras estão posicionadas em cutelo, logo k3 = 1 coeficiente k4 As barras estão instaladas em um duto onde não possui ventilação, logo k4 = 0,8 coeficiente k5
Existe uma ventilação forçada, logo k5 = 1 coeficiente k6 Como o número de barras por fase é igual a 2, logo k6 = 1
Em definitivo, tem-se: k = 1,80 • 1 • 1 • 0,8 • 1 • 1 = 1,44 Portanto: I = 1,. 44 •
24 ,9 (90 − 40 ) 0,61 • 10 0,5 • 22 0,39 = 2689 A 1,83 [1 + 0,004 (90 − 20 )]
Finalmente: A solução escolhida: • 2 barras de 10 x 1 cm por fase convém, pois: Ir < I ou seja: 2500 < 2689 A Na passagem da corrente de curto-circuito de curta duração (Iterm) Admite-se que, durante toda a duração (3 segundos): • todas as calorias geradas servem para elevar a temperatura do condutor; • os efeitos da irradiação são desprezíveis Da equação (2) pode-se o aquecimento devido ao curto-circuito:
0,24 • ρ20 • I 2 • t k th ∆θcc = (n • S) 2 • c • δ
Parâmetro c S n
(2)
Descrição Calor específico do metal (cobre) Seção de uma barra Número de barras por fase Corrente de curto-circuito de curta duração
Valor 0,091 kcal/daN °C 10 cm2 2
Ith
(valor eficaz da corrente de curto-circuito
31500 A
tk δ ρ 20 (θ - θ n)
máxima em A) Duração do curto-circuito de curta duração Densidade do metal (cobre) Resistividade do condutor em 20°C (cobre) Aquecimento admissível (°C)
3s 8,9 g/cm3 1,83 µ Ω .cm 50 °C
Aquecimento devido ao curto-circuito é igual a:
∆θcc =
0,24 •1,83 .10 −6 • 31500 2 • 3 = 4 °C ( 2 •10 ) 2 • 0,091 • 8,9
A temperatura θ t do condutor após o curto-circuito será: θ t=θ
n
+ (θ - θ n) + ∆ θ
cc
θ t = 40 + 50 + 4 θ t = 94 °C (para I = 2689 A) Atenção: O cálculo de θ t deve ser refinado, pois o barramento projetado deve suportar Ir = 2500 A no máximo e não 2689 A.
Refazendo o cálculo de θ t, para Ir = 2500 A, tem-se: Da equação (1) I = constante • (θ - θ n)0,61 Ir = constante • (∆ θ )0,61
I (θ − θ n ) = I r (∆θ)
Logo:
0,61
2689 50 0,61 = 2500 ∆θ
50 0,61 2689 50 = = 1,126 ⇒ ∆θ = 44 ,3°C ⇒ ∆θ ∆θ 2500
A temperatura θ
t
do condutor após o curto-circuito, para uma corrente
nominal de 2500 A, vale: θ t=θ
n
+ (θ - θ n) + ∆ θ
cc
θ t = 40 + 44,3 + 4 θ t = 88,3 °C (para I = 2500 A) O barramento escolhido convém, pois: θ t = 88,3 °C é inferior à θ
max
= 100 °C (temperatura máxima suportável pelas
peças em contato com o barramento)
Verificação dos esforços eletrodinâmicos Esforços entre condutores ligados em paralelo Os esforços eletrodinâmicos em consequência da corrente de curto-circuito são dados pela equação (3).
l F1 = 2 • I 2 • 10 −8 d dyn
Parâmetro Descrição F1 Esforço entre condutores l Distância entre dois isoladores de uma mesma fase d Distância entre fases k Para 50 Hz segundo CEI Idyn Valor de crista da corrente de curto-circuito
Valor 70 cm 18 cm 2,5
O valor de crista da corrente de curto-circuito é calculado com a equação (4): Idyn = k • Ith Idyn = 2,5 • 31.500 = 78.750
Portanto:
F1 = 2
70 • 78 .750 2 • 10 −8 ⇒ F1 = 482 ,3 daN 18
Esforço no topo dos suportes ou transversais Da equação (4), tem-se:
F = F1 •
H +h H
Parâmetro F H h
Descrição Esforço expresso em daN Altura do suporte Distância entre o topo do isolador e o centro de gravidade do barramento
Cálculo de um esforço distribuído entre N suportes:
Valor 12 cm 5 cm
O esforço F aplicado a cada suporte é no máximo igual ao esforço calculado F1 multiplicado por um coeficiente kn o qual varia segundo o número total N de suportes equidistantes instalados. •
número de suportes: N = 5
•
define-se kn com ajuda da tabela a seguir: N kn
F = 482 ,3 •
2 0,5
3 1,25
4 1,10
5 1,14
12 + 5 = 683 ,26 daN 12
Para N = 5, kn = 1,14, logo: F = F • kn = 683,26 • 1,14 = 778 daN Os suportes utilizados possuem uma resistência a flexão F’ = 1000 daN superior ao esforço calculado F = 778 daN, portanto, a solução é conveniente.
Rigidez mecânica das barras Fazendo a hipótese admissível que as extremidades das barras estão encaixadas, elas estão submetidas a um momento fletor cuja tensão resultante pode ser calculada pela equação (6): F •l v η= 1 • 12 I
Parâmetro
Descrição
Valor
η l I/v
η=
Tensão resultante em daN/cm2 Distância entre isoladores de uma mesma fase Módulo de inércia de uma barra ou de um conjunto de barras
70 cm 14,45 cm2
482 ,3 • 70 1 • ⇒ η = 195 daN/cm 2 12 14 ,45
= 195 daN/cm2) é inferior à tensão
A tensão resultante calculada (η
admissível pelas barras de cobre 1/4 dureza (1200 daN/cm2). A solução é conveniente. Dimensões das barras (mm) 100 x 10
Disposição*
2
S m
cm
10
Cu
0,089
daN/cm
A5/L
0,027
I
cm4
0,83
I/v
cm3
1,66
I
cm4
83,33
I/v
cm3
16,66
I
cm4
21,66
I/v
cm3
14,45
I
cm4
166,66
I/v
cm3
33,33
I
cm4
82,5
I/v
cm3
33
I
cm4
250
I/v
cm3
20
Verificação da inexistência de ressonância entre as barras Frequência própria de ressonância As frequências próprias de vibração a serem evitadas para as barras submetidas a uma corrente de 60 Hz são as frequências próximas de 60 e 120 Hz. Esta frequência própria de vibração é dada pela equação (7): E•I m •l4
f = 112
Parâmetro f E m I
Descrição Frequência própria em Hz Módulo de elasticidade do cobre Peso linear da barra (ver tabela anterior) Momento de inércia da seção da barra em relação ao eixo xx’ normal em
Valor 6 1,3 • 10 daN/cm2 0,089 daN/cm
relação ao plano de vibração Escolhe-se I na tabela anterior. Para I = 21,66, tem-se:
f =112
1,3 •10 6 • 21 ,66 ⇒f = 406 Hz 0 ,089 • 70 4
A frequência (f = 406 Hz), fica fora dos valores prescritos, a saber: de 52 a 70 e de 104 a 140 Hz. Portanto a solução é conveniente. Conclusão: O barramento projetado tem 2 barras de 10 x 1 cm por fase e convém para um Ir = 2500 A e Ith = 31,5 kA em 3 s.
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