CA 9º ano

September 19, 2017 | Author: Sílvia Carvalho | Category: Pronoun, Subject (Grammar), Semantics, Linguistic Morphology, Rules
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Caderno de atividades...

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CADERNO DE ATIVIDADES

9.

ano

Português

Índice

CLASSES DE PALAVRAS

3 5 14

PRONOME VERBO CONJUNÇÃO E LOCUÇÃO CONJUNCIONAL



SINTAXE

18 20 24 25 27 28 29 31 32 33 34 35 36 37 38 39

COORDENAÇÃO SUBORDINAÇÃO COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO: Recapitulando… FUNÇÕES SINTÁTICAS: SUJEITO FUNÇÕES SINTÁTICAS: MODIFICADOR DO NOME FUNÇÕES SINTÁTICAS: COMPLEMENTO DO NOME FUNÇÕES SINTÁTICAS: PREDICADO FUNÇÕES SINTÁTICAS: COMPLEMENTO DIRETO FUNÇÕES SINTÁTICAS: COMPLEMENTO INDIRETO F  UNÇÕES SINTÁTICAS: COMPLEMENTO AGENTE DA PASSIVA FUNÇÕES SINTÁTICAS: MODIFICADOR FUNÇÕES SINTÁTICAS: COMPLEMENTO OBLÍQUO FUNÇÕES SINTÁTICAS: PREDICATIVO DO SUJEITO FUNÇÕES SINTÁTICAS: PREDICATIVO DO COMPLEMENTO DIRETO FUNÇÕES SINTÁTICAS: VOCATIVO FUNÇÕES SINTÁTICAS: Recapitulando…



ANÁLISE DO DISCURSO

41

DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE



LÍNGUA, VARIAÇÃO E MUDANÇA

47 52

REGISTOS DE LÍNGUA PALAVRAS DIVERGENTES E CONVERGENTES



LÉXICO

54 55

ARCAÍSMOS NEOLOGISMOS



FONÉTICA E FONOLOGIA

56

PROCESSOS FONOLÓGICOS



RETÓRICA

60

FIGURAS (OU RECURSOS EXPRESSIVOS)



REPRESENTAÇÃO ORTOGRÁFICA

64 65 66 67

ACENTUAÇÃO ORTOGRAFIA PONTUAÇÃO CONSTRUÇÃO FRÁSICA

69

TESTE-EXAME 1

75

TESTE-EXAME 2

CLASSES DE PALAVRAS

PRONOME (Classe fechada)

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 3 «Classes de palavras»

1. Sublinha os pronomes das frases que se seguem e identifica as subclasses a que pertencem.

a) Quem é que vai pagar a despesa?







b) Ele enviou-lhe uma carta surpreendente.







c) A minha bicicleta é mais veloz do que a tua.







d) Aquilo que me disseste até parece mentira!







e) Até ao momento, ninguém me disse nada.







f) Estas videiras estão carregadas de uvas, mas aquelas ainda não.





Pronome interrogativo

Pronomes pessoais

Pronome possessivo

Pronome demonstrativo; pronome relativo; pronome pessoal

Pronome indefinido; pronome pessoal; pronome indefinido

Pronome demonstrativo

2. Reescreve as frases utilizando pronomes pessoais para evitar repetições.

a) A Margarida tinha um encontro com o Miguel, mas o Miguel não apareceu.







b) O Miguel e a Maria já sabem o filme de cor, mas querem ver o filme novamente.







c) O bebé ficou assustado, embora ninguém tenha feito mal ao bebé.







d) A Raquel falou com a mãe ao telefone de manhã; no entanto, esqueceu-se de dar à mãe um recado.





A Margarida tinha um encontro com o Miguel, mas ele não apareceu.

O Miguel e a Maria já sabem o filme de cor, mas querem vê-lo novamente.

O bebé ficou assustado, embora ninguém lhe tenha feito mal.

A Raquel falou com a mãe ao telefone de manhã; no entanto, esqueceu-se de lhe dar um recado.

3. Completa as seguintes frases com os pronomes demonstrativos adequados. os mesmos



a) Somos sempre



b) Alguém está a ouvir



c) Não foi



d) Esse penteado fica-te mesmo bem. Foi

isso

a fazer os trabalhos de casa!

aquilo

que estou a dizer?

que eu te mandei comprar. aquele

que viste na revista?

4. Assinala os pronomes possessivos.

a) As minhas calças são iguais às tuas!



b) A nossa casa é muito espaçosa. E a vossa?



c) É o vosso cão? O nosso tem andado doente.



d) Empresta-me os teus apontamentos, pois não sei dos meus.



e) Esta aldeia é bastante acolhedora. E a sua? 3

CLASSES DE PALAVRAS

PRONOME

5. Identifica os pronomes relativos e os respetivos antecedentes.

a) O cantor que venceu o festival recebeu grandes elogios.



b) O texto que escreveste está muito bem estruturado!



c) Vi o homem sobre quem contaste aquela história.



d) Este é o tal perfume de que nós falámos.



e) Esse é o ator a quem me referi na semana passada.

que — cantor

que — texto quem — homem

que — perfume quem — ator

6. Constrói frases ligando os pronomes interrogativos da coluna A aos elementos da coluna B. A

B

(a) Quem…



• (1) … é a disciplina em que tens mais dificuldades?

(b) Que…



• (2) … te ajudou a resolver esse exercício tão complicado?

(c) Quais…



• (3) … são as tuas expectativas para o teu próximo ano letivo?

(d) Qual…



• (4) … queres fazer no dia do teu aniversário?

7. Assinala as frases que contêm pronomes indefinidos.

X a) De todos os filmes que vi, nenhum me agradou mais do que este. b) Esqueci-me da minha calculadora… Emprestas-me a tua?



X c) Tens uma folha de teste a mais? É que eu não tenho nenhuma.



X d) Está alguém a tocar à campainha.



X e) Choveu tanto que ficou tudo inundado!



X f) Hoje, foram muitas pessoas ao mercado. Ontem, foram poucas.



g) Vamos à geladaria perto da tua casa? Esta está fechada… X h) De certeza que estão a esconder algo ao João.

8. Observa a banda desenhada.



8.1 Sublinha todos os pronomes encontrados e agrupa-os de acordo com a subclasse a que pertencem. Pronomes

4

Pessoais

Demonstrativos

Possessivos

Indefinidos

Relativos

Interrogativos

eu

esse aquele

teu

ninguém

que

qual

CLASSES DE PALAVRAS

VERBO (Classe aberta)

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 3 «Classes de palavras»

1. Lê o poema apresentado.

Melancolia

5

10

Olhando distraído o armário eu vi o sol que nele se refletia. E comecei: «um quadrado de luz num retângulo de sombra. Ou talvez um quadro uma equação um exercício de pura geometria.» Mas enquanto fazia isto que faço já o sol no ocidente se escondia deixando no armário um breve traço de profunda melancolia. Manuel Alegre, Livro do Português Errante, Dom Quixote, 2001.



1.1 Transcreve todas as formas verbais para o quadro e classifica-as de acordo com os elementos solicitados. Forma verbal olhando

Conjugação 1.ª

2.ª

X

Verbo irregular

Tempo

Modo

X X

vi

X

se refletia comecei

3.ª

Verbo regular

X

Gerúndio

X

Pret. perf.

Indicativo

X

Pret. imperf.

Indicativo

X

Pret. perf.

Indicativo

fazia

X

X

Pret. imperf.

Indicativo

faço

X

X

Presente

Indicativo

se escondia

X

Pret. imperf.

Indicativo

deixando

X

X X

Forma nominal

Gerúndio



1.2 Escolhe a primeira forma verbal que o poema apresenta e reescreve-a na primeira pessoa do singular nos tempos e/ou modos indicados.





a) Presente do indicativo — olho





b) Presente do conjuntivo — olhe





c) Pretérito imperfeito do indicativo — olhava





d) Pretérito imperfeito do conjuntivo — olhasse 5

CLASSES DE PALAVRAS

VERBO





e) Pretérito perfeito do indicativo — olhei





f) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo — olhara





g) Futuro imperfeito do indicativo — olharei





h) Futuro imperfeito do conjuntivo — olhar





i) Condicional — olharia



1.3 Reescreve a forma verbal «Olhando» (v. 1) no:





a) imperativo — olha/olhai





b) infinitivo impessoal — olhar



1.4 Escreve os particípios passados dos verbos elencados em 1.1 na coluna adequada. Particípio passado

Verbos

Regular (forma fraca)

olhando

Irregular (forma forte)

olhado

vi

visto

se refletia

refletido

comecei

começado

fazia

feito

faço

feito

se escondia

escondido

deixando

deixado



1.5 Seleciona uma forma verbal que possa ser considerada:





a) verbo principal transitivo direto — vi





b) verbo principal intransitivo — comecei



1.6 Apresenta uma forma verbal que esteja conjugada reflexamente. se refletia



1.7 Considera a última forma verbal presente no poema. Completa os quadros abaixo reescrevendo-a na primeira pessoa do singular dos tempos compostos. Tempos compostos Modo indicativo

Modo conjuntivo

Pretérito perfeito

tenho deixado

tenha deixado

Pretérito mais-que-perfeito

tinha deixado

tivesse deixado

Futuro perfeito

terei deixado

tiver deixado

Modo condicional

6

Simples

Composto

deixaria

teria deixado

VERBO



CLASSES DE PALAVRAS

1.8 Recorda, agora, a formação dos tempos compostos usados no exercício anterior. Tempo Pretérito perfeito

Modo indicativo

Modo conjuntivo

presente do verbo auxiliar

presente do verbo auxiliar + particípio passado do verbo principal

+ particípio passado do verbo principal

pretérito imperfeito do verbo auxiliar

pretérito imperfeito do verbo auxiliar + particípio passado do verbo principal

Pretérito mais-que-perfeito

verbo auxiliar

futuro imperfeito do + particípio passado do

Futuro perfeito

+ particípio passado do verbo principal futuro imperfeito

verbo principal

do verbo auxiliar +

particípio passado

do verbo principal

Modo condicional Simples

Composto condicional

do verbo auxiliar

radical do verbo + vogal temática + -ria

+

verbo principal

particípio passado do





1.9 Regista no quadro o gerúndio das formas verbais que retiraste do poema (exceto as que já estão no gerúndio e os verbos repetidos!). Formas verbais

Gerúndio

vi

vendo

se refletia

refletindo

comecei

começando

fazia/faço

fazendo

se escondia

escondendo

1.10 Relembra o funcionamento do modo imperativo e volta a escrever os verbos iniciais (do exercício 1.1) conjugando-os neste modo.

Verbos

Modo imperativo 2.ª pessoa do singular

2.ª pessoa do plural

olhando

olha

olhai

vi



vede

se refletia

reflete

refleti

comecei

começa

começai

fazia/faço

faz

fazei

se escondia

esconde-te

escondei-vos

deixando

deixa

deixai

7

CLASSES DE PALAVRAS

VERBO



1.11 Conjuga a forma verbal «fazia» em todas as pessoas do modo infinitivo pessoal.





eu fazer



nós fazermos





tu fazeres



vós fazerdes





ele/ela fazer



eles/elas fazerem

2. Apresenta os particípios passados irregulares dos verbos seguintes. Verbo

Particípio passado irregular

Verbo

Particípio passado irregular

abrir

aberto

gastar

gasto

acender

aceso

limpar

limpo

eleger

eleito

omitir

omisso

extinguir

extinto

pôr

posto

salvar

salvo

farto

fartar

3. Classifica os verbos usados nas frases que se seguem e preenche o quadro abaixo.

a) A empresa faliu por falta de receitas.

f) Os alunos cantaram muito bem na audição final.



b) Ele trouxe o livro da biblioteca municipal.

g) A Maria levou os filhos ao Jardim Botânico.



c) Na semana passada, choveu muito.

h) Os gatos miam muito no mês de janeiro.



d) Ela perdeu quatro quilos no mês passado.

i) O Bernardo deu um perfume à namorada.



e) Eles caminharam durante duas horas.

j) Não caibo em mim de contente! Tipologia verbal

Verbos regulares

Verbos irregulares

Verbos defetivos

e), f), g)

b), d), i), j)

a), c), h)

4. Cria duas frases para cada tipo de verbo aproveitando as sugestões dadas.

4.1 Verbos regulares





a) trabalhar — Resposta livre.











b) comer — Resposta livre.









4.2 Verbos irregulares





a) ser — Resposta livre.











b) dormir — Resposta livre.







8

VERBO



4.3 Verbos defetivos





a) colorir — Resposta livre.





b) reaver — Resposta livre.



4.3.1 Verbos impessoais









a) chover — Resposta livre.









b) nevar — Resposta livre.



4.3.2 Verbos unipessoais









a) ladrar — Resposta livre.









b) chilrear — Resposta livre.

CLASSES DE PALAVRAS

5. Insere as formas verbais usadas em cada frase na respetiva coluna do quadro.

a) A Maria está contente com os seus resultados.

e) O Manuel leu o livro rapidamente.



b) O rapaz deu à mãe um ramo maravilhoso.

f) O cão ladrou toda a noite.



c) A rapariga falou-lhe asperamente.

g) O almoço foi feito pelo João.



d) A professora considera-o um excelente aluno. Subclasses do verbo Verbo principal transitivo direto e) leu

transitivo indireto c) falou

transitivo direto e indireto

transitivo-predicativo

intransitivo

b) deu

d) considera

f) ladrou

Verbo auxiliar(1)

Verbo copulativo

g) foi (da passiva)

a) está

(1)  Os verbos auxiliares mais frequentes são «ter», «haver» e «ser». Os verbos «ter» e «haver» auxiliam a formação dos tempos compostos, enquanto o verbo «ser» é usado como auxiliar da passiva (noutras frases, sem complexo verbal, o verbo «ser» é copulativo — ex.: Ele é inteligente.).

6. A  plica o pronome pessoal átono em adjacência verbal completando as frases com as formas dos verbos entre parênteses. lê-la



a) Ontem, comprei uma revista. Logo vou



b) Costumo separar o lixo em casa. Assim que possa, irei tores apropriados.



c) Os alunos prepararam dramatizações para o fim do ano. Vão semana cultural.



d) No verão os gelados são deliciosos! Adoro

saboreá-los



e) Mantém o teu quarto sempre arrumado.

Limpa-o



f) A água é um bem precioso. Não deves



g) Protege-te do sol colocando óculos adequados. horas críticas.



h) As uvas são frutos muito calóricos. depois de estarem devidamente lavadas.

desperdiçá-la

Come-as

(ler) no sofá. depositá-lo

(depositar) nos conten-

apresentá-las

(apresentar) na

(saborear) à beira-mar. (limpar) todas as semanas! (desperdiçar).

Usa-os

(usar) quando saíres à rua em

(comer) em pequenas quantidades e

9

CLASSES DE PALAVRAS

VERBO



6.1 Reescreve no futuro do indicativo as primeiras quatro formas verbais que usaste.





a) lê-la-ei



c) apresentá-las-ão





b) depositá-lo-ei



d) saboreá-los-ei



6.2 Reescreve no condicional as últimas quatro formas verbais que usaste.





e) limpá-lo-ias



g) usá-los-ias





f) desperdiçá-la-ias



h) comê-las-ias

7. T  reina, agora, o uso do pronome pessoal átono reflexo em adjacência verbal completando as frases com as formas apropriadas dos verbos entre parênteses. lembro-me



a) Eu



b) Tu, ontem,



c) Ele, outrora,



d) Nós



e) Vós, antigamente,



f) Eles, amanhã,

(lembrar) bem da minha infância!

divertiste-te

(divertir) na festa?

perdera-se inscrevemo-nos

(perder) no shopping. (inscrever) no dia anterior ao concurso.

ofendiam-se levantar-se-ão

(ofender) por tudo e por nada! (levantar) muito tarde.

8. C  onsidera ainda a conjugação pronominal recíproca e completa as frases usando o verbo «cumprimentar-se».

a) Nós

cumprimentamo-nos



b) Vós

cumprimentastes-vos



c) Eles

cumprimentam-se

todas as manhãs. depois de um período longo de afastamento. diariamente.

9. C  onsidera as seguintes frases retiradas do artigo «O massacre das oliveiras milenares portuguesas», incluso na publicação periódica Courrier Internacional, n.º 197, de julho de 2012, e indica se são frases ativas ou passivas.

a) «As políticas europeias não protegem os olivais da produção em massa […].»







b) «Algumas oliveiras milenares foram salvas da imersão […].»







c) «Nessas “fábricas de azeitona”, […], as árvores foram plantadas em filas, […].»







d) «O azeite é um setor minado pelas fraudes.»







e) «Deste modo, Itália exporta o dobro do que produz.»







f) «As imensas planícies da região que é hoje o Alentejo “exportavam azeite e trigo até para Roma”, […].»





10

Forma ativa

Forma passiva

Forma passiva

Forma passiva

Forma ativa

Forma ativa

VERBO



CLASSES DE PALAVRAS

9.1 Reescreve na forma inversa as frases das alíneas indicadas.

a) Os olivais não são protegidos da produção em massa pelas políticas europeias.





d) As fraudes minam o setor do azeite. e) É exportado por Itália o dobro do que é produzido. f) Azeite e trigo eram exportados das imensas planícies da região que é hoje o Alentejo até para Roma.





10. Passa para a passiva as frases seguintes, retiradas também da publicação mencionada em 9.

a) «Mas este caso de sucesso ecológico não pode esconder o desastre em curso.»











b) «A barragem de Alqueva […] afogou dezenas de milhares de árvores.»











c) «O programa de irrigação a baixo custo para mais de 40 mil hectares atraiu investidores espanhóis e portugueses.»











d) «[…] o País viu nos olivais irrigados uma oportunidade para corrigir a balança comercial […].»











e) «As árvores atingem o pico da produção a partir do terceiro ano.»









Mas o desastre em curso não pode ser escondido por este caso de sucesso ecológico.

Dezenas de milhares de árvores foram afogadas pela barragem de Alqueva.

Investidores espanhóis e portugueses foram atraídos pelo programa de irrigação a baixo custo para mais de 40 mil hectares.

Uma oportunidade para corrigir a balança comercial foi vista pelo país nos olivais irrigados.

O pico da produção é atingido pelas árvores a partir do terceiro ano.

11. Transforma as seguintes frases passivas em frases ativas.

a) Em 2011, o esforço de recuperação do património vegetal foi ignorado pelas autoridades.











b) Este esforço fora distinguido com uma menção honrosa pela CPADA na cerimónia de atribuição do Prémio Nacional do Ambiente.











c) Apenas umas migalhas dos subsídios agrícolas da UE têm sido recebidas pelos pequenos olivicultores.









Em 2011, as autoridades ignoraram o esforço de recuperação do património vegetal.

A CPADA distinguira este esforço com uma menção honrosa na cerimónia de atribuição do Prémio Nacional do Ambiente.

Os pequenos olivicultores têm recebido apenas umas migalhas dos subsídios agrícolas da UE.

11

CLASSES DE PALAVRAS

VERBO



d) Grande parte do azeite vendido com etiqueta italiana é reexportado por Portugal.







e) Algumas oliveiras milenares foram vendidas pelos olivicultores.







f) A viabilidade económica será a melhor arma usada pelos alentejanos para proteger os seus olivais.









Portugal reexporta grande parte do azeite vendido com etiqueta italiana.

Os olivicultores venderam algumas oliveiras milenares.

Os alentejanos usarão a viabilidade económica como a melhor arma para proteger os seus olivais.

12. Procede às alterações necessárias, de modo a conferires a cada frase o significado pretendido.

a) Preparar o estudo atempadamente. (necessidade)







b) Aprender a tocar clarinete. (duração da ação)







c) Ir ao teatro. (intenção)







d) Ler o livro Contos, de Eça de Queirós. (fim da ação)







e) Visitar o Mosteiro dos Jerónimos. (futuro próximo da ação)







f) Praticar natação. (início da ação)







12.1 Relembra o funcionamento dos complexos verbais e completa com exemplos adequados.

Devia preparar o estudo atempadamente.

Estou a aprender a tocar clarinete.

Na próxima semana, hei de ir ao teatro.

Acabei de ler o livro Contos, de Eça de Queirós.

Vou visitar o Mosteiro dos Jerónimos.

Comecei, no mês passado, a praticar natação.

Valor aspetual Significado

Complexos verbais

Exemplos

Início da ação (ingressivo)

começar a + infinitivo

Resposta livre.

Fim da ação (terminativo)

acabar de + infinitivo

Resposta livre.

Duração da ação (durativo)

estar a + infinitivo

Resposta livre.

vir a + infinitivo

Resposta livre.

Realização gradual da ação (progressivo)

Valor temporal Futuro próximo da ação

ir + infinitivo

Resposta livre.

Intenção futura da ação

haver de + infinitivo

Resposta livre.

Valor modal

12

Necessidade ou obrigatoriedade

dever + infinitivo ter de + infinitivo

Resposta livre.

Probabilidade ou possibilidade

dever + infinitivo

Resposta livre.

VERBO

CLASSES DE PALAVRAS



12.2 Identifica o significado dos complexos verbais usados nas frases seguintes.





a) A professora havia de ditar o sumário no fim da aula. intenção futura da ação





b) O aluno deixou de falar assim que foi advertido. fim da ação





c) Já comecei a ler o Auto da Barca do Inferno. início da ação





d) Irei ler Os Lusíadas com entusiasmo. futuro próximo da ação





e) Ando a estudar com mais empenho neste período. duração da ação





f) Os deuses podiam decidir o futuro dos portugueses. probabilidade/possibilidade





g) Os textos devem ser lidos atentamente. necessidade/obrigatoriedade





h) Vénus ia ajudando os nautas nos momentos difíceis. realização gradual da ação



12.3 Escreve frases em que uses os complexos verbais indicados.





a) haver de + infinitivo











b) continuar a + infinitivo











c) estar + gerúndio











d) andar + gerúndio











e) ir + gerúndio











f) vir + gerúndio







Resposta livre.

Resposta livre.

Resposta livre.

Resposta livre.

Resposta livre.

Resposta livre.

13. Refere se nas frases que se seguem está presente a modalidade apreciativa, deôntica ou epistémica.

a) Não podes falar alto em sítios públicos. deôntica



b) Gostei muito daquele filme! apreciativa



c) Tenho a certeza de que adoras a praia. epistémica



d) Duvido que faças tudo até à hora de jantar. epistémica



e) Aprecio em ti o teu bom humor. apreciativa



f) Preenche já o cabeçalho da prova. deôntica



g) Importas-te de estar calado? deôntica



h) Irrita-me quando não me consigo lembrar da matéria. apreciativa



i) O criminoso terá sido preso ontem. epistémica



j) Obrigado pelo teu apoio. apreciativa



k) É provável que ele venha mais cedo. epistémica



l) Fecha a porta, por favor! deôntica

13

CLASSES DE PALAVRAS

CONJUNÇÃO E LOCUÇÃO CONJUNCIONAL (Classe fechada)

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 3 «Classes de palavras»

Conjunção coordenativa e locução conjuncional coordenativa 1. Assinala (X) a subclasse de cada uma das conjunções/locuções conjuncionais coordenativas usadas nas frases. Copulativas

Adversativas

Disjuntivas

a) O  Pedro teve um furo no pneu; logo, não chegou a horas.

Explicativas

X

b) A  queda foi grande, mas ela não se magoou.

X

c) O  ra faz os trabalhos de casa ora vê televisão. d) A  Maria tanto estuda como ajuda os pais no restaurante.

Conclusivas

X X

e) O  Miguel fica corado, pois é muito envergonhado.

X

2. Identifica as conjunções ou locuções conjuncionais coordenativas nas frases que se seguem. Depois, classifica-as.

a) Preferes ir passear ou ficamos aqui na esplanada?







b) A Marta já leu o livro, mas ainda lhe falta preencher a ficha de leitura.







c) A Susana é uma rapariga corajosa, pois enfrentou os assaltantes!







d) No mês de agosto, irei à praia quer chova quer faça sol.







e) Não tenho farinha em casa; portanto, não posso fazer o bolo.







f) O avô conta histórias interessantes e sabe jogar muito bem às cartas.







g) Não demores muito que eu estou cheia de pressa!







h) O Diogo não só tem uma alimentação cuidada como também pratica desporto.





14

Conjunção coordenativa disjuntiva

Conjunção coordenativa adversativa

Conjunção coordenativa explicativa

Locução conjuncional coordenativa disjuntiva

Conjunção coordenativa conclusiva

Conjunção coordenativa copulativa

Conjunção coordenativa explicativa

Locução conjuncional coordenativa copulativa

CONJUNÇÃO E LOCUÇÃO CONJUNCIONAL

CLASSES DE PALAVRAS

3. Une as seguintes orações com as conjunções coordenativas apropriadas.

a) O João venderá o apartamento. Comprará uma vivenda.







b) Fartei-me de estudar. Estou confiante.







c) Aqui, não podes beber água da torneira. Não é potável.







d) A Ana trabalhou muito. Não alcançou o lugar pretendido.





O João venderá o apartamento e comprará uma vivenda.

Fartei-me de estudar; portanto, estou confiante.

Aqui, não podes beber água da torneira, pois não é potável.

A Ana trabalhou muito, mas não alcançou o lugar pretendido.

4. C  ompleta as frases com as conjunções ou locuções conjuncionais coordenativas adequadas, tendo em conta a informação entre parênteses. nem



a) Os resultados da estatística não foram bons



b) Queres sumo de laranja



c) A rapariga não se preparou minimamente para o teste; tado será fraco.



d) O André não vai comer essa sobremesa,

ou

(copulativa) maus.

(disjuntiva) sumo de ananás?

pois

por conseguinte

, (conclusiva) o resul-

(explicativa) é alérgico aos morangos.

5. C  onstrói frases ligando os elementos da coluna A aos da coluna B, de forma a obteres um conjunto de conhecidos provérbios. A



B

(a) No tempo do cuco, …



• (1) … mas fere.

(b) Exército bem provido tarde…



• (2) … nem mal que nunca acabe.

(c) Faz o que eu digo…



• (3) … ou nunca é vencido.

(d) A palavra não é uma seta, …



• (4) … e não o que eu faço.

(e) Não há bem que sempre dure…



• (5) … ou é pecado ou faz mal.

(f) Aquilo que sabe bem…



• (6) … tanto está molhado como enxuto.

5.1 Identifica e classifica as conjunções/locuções conjuncionais coordenativas que ligam os elementos de ambas as colunas.

(a) tanto… como — locução conjuncional coordenativa copulativa (b) ou — conjunção coordenativa disjuntiva (c) e — conjunção coordenativa copulativa (d) mas — conjunção coordenativa adversativa (e) nem — conjunção coordenativa copulativa (f) ou… ou — locução conjuncional coordenativa disjuntiva

15

CLASSES DE PALAVRAS

CONJUNÇÃO E LOCUÇÃO CONJUNCIONAL

Conjunção subordinativa e locução conjuncional subordinativa 1. A lista que se segue inclui conjunções subordinativas. Sublinha-as.

a) de

e) mas

i) se



b) quando

f) enquanto

j) logo



c) porque

g) ou

k) para



d) por

h) embora

l) e

2. U  ne as frases com as conjunções ou locuções conjuncionais subordinativas adequadas, tendo em conta a informação entre parênteses. Faz as alterações que consideres necessárias.

a) Elas queriam fazer uma viagem. Não tinham dinheiro. (concessiva)







b) Tinha tanto sono. Adormeci no sofá. (consecutiva)







c) Partimos de Coimbra de manhãzinha. Podemos passar por Viseu. (condicional)







d) Não me apetece ir convosco. Estou cheia de dores de cabeça. (causal)







e) A Luísa não gosta de ir à praia. Está muito vento. (temporal)







f) Ele abriu a janela. Saiu a abelha. (final)





Elas queriam fazer uma viagem, embora não tivessem dinheiro.

Tinha tanto sono que adormeci no sofá.

Se partirmos de Coimbra de manhãzinha, podemos passar por Viseu.

Não me apetece ir convosco, porque estou cheia de dores de cabeça.

A Luísa não gosta de ir à praia quando está muito vento.

Ele abriu a janela para a abelha sair.

3. Constrói frases em que utilizes as conjunções solicitadas.

a) Conjunção subordinativa completiva







b) Conjunção subordinativa temporal







c) Conjunção subordinativa comparativa







d) Conjunção subordinativa causal







e) Conjunção subordinativa condicional







f) Conjunção subordinativa concessiva





16

Resposta livre.

Resposta livre.

Resposta livre.

Resposta livre.

Resposta livre.

Resposta livre.

CONJUNÇÃO E LOCUÇÃO CONJUNCIONAL

CLASSES DE PALAVRAS

4. Classifica as conjunções/locuções conjuncionais destacadas nas frases que se seguem.

a) Estava tanto calor que fomos para a esplanada.







b) Se nevar, não vou sair de casa.







c) Liguei-te assim que vi a tua chamada no meu telemóvel.







d) Vou lutar para alcançar o meu grande objetivo.





Conjunção subordinativa consecutiva

Conjunção subordinativa condicional

Locução conjuncional subordinativa temporal

Conjunção subordinativa final

5. L  iga os elementos da coluna A aos da coluna B, de forma a obteres um conjunto de conhecidos provérbios. A



B

(a) Mais depressa se apanha um mentiroso…



• (1) … que atrás vem gente.

(b) Adiante…



• (2) … enquanto o coração chora.

(c) Má vizinha à porta é pior…



• (3) … a manhã rompe sempre.

(d) Muitas vezes a boca ri…



• (4) … se queres respeito.

(e) Anda direito, …



• (5) … do que um coxo.

(f) Ainda que o galo não cante, …



• (6) … temos de os partir.

(g) Não gozes com o mal do teu vizinho, …



• (7) … vai a montanha a Maomé.

(h) Água mole em pedra dura…



• (8) … do que lagarta na horta.

(i) Para ovos frigir, …



• (9) … porque o teu vem a caminho.

(j) Se Maomé não vai à montanha, …



• (10) … tanto bate até que fura.

(k) Antes que cases…



• (11) … vê o que fazes.

5.1 Identifica e classifica as conjunções/locuções conjuncionais que utilizaste nas frases acima.

(a) do que — locução subordinativa comparativa (b) que — conjunção subordinativa causal (c) do que — locução subordinativa comparativa (d) enquanto — conjunção subordinativa temporal (e) se — conjunção subordinativa condicional (f) ainda que — locução subordinativa concessiva (g) porque — conjunção subordinativa causal (h) até que — locução subordinativa temporal (i) para — conjunção subordinativa final (j) se — conjunção subordinativa condicional (k) antes que — locução subordinativa temporal 17

SINTAXE

COORDENAÇÃO

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 6 «Coordenação e subordinação»

1. Completa as afirmações aplicando os conhecimentos que já possuis acerca da coordenação. conjunção As orações coordenadas estão ligadas por uma ou locução coordenativa independência conjuncional e cada uma delas mantém uma certa . sindética locução A coordenação pode ser se a conjunção/ conjuncional coordenativa que introduz uma das orações coordenadas estiver assindética expressa. Caso isso não aconteça, a coordenação é . copulativas É possível classificar as orações coordenadas em cinco grupos: , adversativas disjuntivas conclusivas explicativas , , e .

2. Faz corresponder os conceitos da coluna A à informação dada na coluna B. A

B

(a) Orações coordenadas copulativas



• (1) Estabelecem uma relação de oposição ou contraste.

(b) Orações coordenadas adversativas



• (2) Esclarecem o sentido.

(c) Orações coordenadas disjuntivas



• (3) Indicam uma ideia de adição ou sequência.

(d) Orações coordenadas conclusivas



• (4) Apresentam uma alternativa.

(e) Orações coordenadas explicativas



• (5) Exprimem uma conclusão.

3. Completa o quadro que se segue identificando e classificando as conjunções/locuções conjuncionais coordenativas presentes nas frases. Frases

Conjunções/Locuções conjuncionais coordenativas

Classificação

a) A velhinha ora fazia croché ora dormitava.

ora …ora

locução conj. coord. disjuntiva

b) H  á muito trabalho pendente, mas ninguém tem vontade de trabalhar.

mas

conjunção coordenativa adversativa

c) Come tudo, que está muito bom!

que

conjunção coordenativa explicativa

d) A  Sara estava com pressa, pois ia apanhar o autocarro.

pois

conjunção coordenativa explicativa

e) Nas férias, queres ir à praia ou à piscina?

ou

conjunção coordenativa disjuntiva

f) E  le estudou muito; logo, conseguiu entrar no curso que desejava.

logo

conjunção coordenativa conclusiva

portanto

conjunção coordenativa conclusiva

e

conjunção coordenativa copulativa

g) A  hora do recreio terminou; portanto, vamos trabalhar! h) Comprei o bilhete e fui ao cinema.

18

COORDENAÇÃO

SINTAXE

4. Delimita e classifica as orações que compõem as frases seguintes.

a) Abre a porta e vais ter uma surpresa.







b) Choveu o dia todo; por conseguinte, a Vanessa não fez o habitual passeio matinal.







c) Ontem, os meus sobrinhos não foram à escola, pois era feriado.







d) A Joana queria ir de férias, mas não tinha dinheiro.







e) O avô ora trabalha ora vai à caça.







f) Liga o aquecedor, pois estou com frio.







g) O fecho das minhas calças nem abre nem fecha.







h) Ou vais comigo ou ficas em casa!







i) O Tiago não trouxe trabalhos de casa; portanto, pode ver televisão à vontade.





Orações coordenadas copulativas

Orações coordenadas conclusivas

Orações coordenadas explicativas

Orações coordenadas adversativas

Orações coordenadas disjuntivas

Orações coordenadas explicativas

Orações coordenadas disjuntivas

Orações coordenadas disjuntivas

Orações coordenadas conclusivas

5. C  lassifica (X) como verdadeiras ou falsas as afirmações seguintes. Depois, corrige a(s) que consideraste falsa(s). V

F

Correção

X

… conjunção «pois», dizemos que as orações são explicativas.

e) A  s frases coordenadas com conjunção são denominadas assindéticas.

X

… com conjunção são denominadas sindéticas.

f) S  e numa frase aparece a conjunção «portanto», consideramos que as orações são coordenadas explicativas.

X

… conjunção «portanto», consideramos que as orações são coordenadas conclusivas.

g) A  s orações coordenadas estão ligadas por uma conjunção ou locução conjuncional coordenada.

X

… conjunção ou locução conjuncional coordenativa.

a) S  empre que numa frase surge a conjunção «mas», consideramos que as orações que as constituem são coordenadas adversativas.

X

b) Q  uando numa frase aparecem duas orações ligadas através da conjunção «pois», dizemos que as orações são conclusivas. c) S  e encontrarmos uma frase cujas orações sejam ligadas por «e», sabemos que as orações são coordenadas copulativas.

X

d) S  e numa frase as orações estão ligadas por «ou», sabemos que as orações são coordenadas disjuntivas.

X

19

SINTAXE

SUBORDINAÇÃO

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 6 «Coordenação e subordinação»

1. Completa a afirmação aplicando os conhecimentos que já possuis acerca da subordinação.

A subordinação é um processo de ligação entre duas orações em que uma dependente se torna da outra, estando as mesmas ligadas por conjunções subordinativas ou locuções conjuncionais . A uma dá-se o nome de principal ou subordinante subordinada , e à dependente chama-se .

2. Completa o quadro que se segue identificando e classificando as conjunções/locuções conjuncionais subordinativas presentes nas frases. Conjunções/Locuções conjuncionais subordinativas

Classificação

enquanto

conjunção subordinativa temporal

b) Trouxe o casaco, porque está muito frio.

porque

conjunção subordinativa causal

c) O  rapaz tirou a carta de condução para poder conduzir o carro do pai.

para

conjunção subordinativa final

d) Se fores a Paris, traz-me uma lembrança!

se

conjunção subord. condicional

e) T  emos de poupar, embora estejamos bem financeiramente.

embora

conjunção subordinativa concessiva

que

conjunção subordinativa consecutiva

g) J á que fazes rissóis, encomendo-te uma dúzia deles.

já que

locução conjuncional subordinativa causal

h) O  professor escreveu no quadro para que não houvesse quaisquer dúvidas acerca da matéria.

para que

locução conjuncional subordinativa final

do que

locução conjuncional subordinativa comparativa

Frases a) E  nquanto a criança dormia a mãe aproveitou para fazer a limpeza.

f) E  stou tão esfomeado que vou repetir o prato principal.

i) E  ste filme é mais comovente do que esperava!



2.1 Delimita e classifica as orações que compõem as frases do quadro.

a) Enquanto a criança dormia, (subordinada adverbial temporal) / a mãe aproveitou para fazer a limpeza. (subordinante) b) Trouxe o casaco, (subordinante) / porque está muito frio. (subordinada adverbial causal) c) O rapaz tirou a carta de condução (subordinante) / para poder conduzir o carro do pai. (subordinada adverbial final) d) Se fores a Paris, (subordinada adverbial condicional) / traz-me uma lembrança! (subordinante) e) Temos de poupar, (subordinante) / embora estejamos bem financeiramente. (subordinada adverbial concessiva) f) Estou tão esfomeado (subordinante) / que vou repetir o prato principal. (subordinada adverbial consecutiva) 20

SUBORDINAÇÃO

SINTAXE

g) Já que fazes rissóis, (subordinada adverbial causal) / encomendo-te uma dúzia deles. (subordinante) h) O professor escreveu no quadro (subordinante) / para que não houvesse quaisquer dúvidas… (subordinada adverbial final)

i) Este filme é mais comovente (subordinante) / do que esperava! (subordinada adverbial comparativa)

3. Para saberes a diferença entre as orações subordinadas adjetivas relativas restritivas e as explicativas, faz corresponder os conceitos da coluna A à informação dada na coluna B. A



B

(a) O  rações subordinadas adjetivas relativas restritivas





(1) A  presentam uma informação adicional sobre o antecedente, tornam mais claro o seu sentido, mas não são indispensáveis ao sentido essencial da oração principal. São isoladas por vírgulas.

(b) O  rações subordinadas adjetivas relativas explicativas





(2) E  specificam o significado do antecedente e são imprescindíveis ao sentido da frase. Não são isoladas por vírgulas.

3.1 Delimita e classifica as orações que compõem as frases seguintes.

a) As crianças que iam atrás não ouviram a explicação do guia turístico.





As crianças (subordinante) / que iam atrás (subordinada adjetiva relativa restritiva) / não ouviram a explicação







do guia turístico. (subordinante)

b) Este ano, os meus padrinhos, que vivem na Suíça, não puderam vir de férias.





Neste ano, os meus padrinhos, (subordinante) / que vivem na Suíça, (subordinada adjetiva relativa explicativa) /







não puderam vir de férias. (subordinante)



3.2 Escreve uma frase que exemplifique cada uma das orações subordinadas adjetivas relativas.

a) Restritiva — Resposta livre. b) Explicativa — Resposta livre. 4. Delimita e classifica as orações que compõem as frases que se seguem.

a) Aqueles que não separam o lixo perdem uma oportunidade de contribuir para um ambiente melhor.





Aqueles (elemento subordinante) / que não separam o lixo (sub. adj. relativa restritiva) / perdem uma oportunidade (subordinante





da completiva) / de contribuir para um ambiente melhor (sub. subst. completiva, cujo elemento subordinante é «oportunidade»).



b) A Inês, que estava na conversa, não se apercebeu de que o telemóvel tinha tocado.





A Inês, (elemento subordinante) / que estava na conversa, (subordinada adjetiva relativa explicativa) / não se apercebeu





(subordinante da completiva) / de que o telemóvel tinha tocado. (subordinada substantiva completiva)



c) Caso o avô não melhore, temos de o levar ao hospital.











d) A velhinha trabalha imenso, embora não tenha saúde.









Caso o avô não melhore, (subordinada adverbial condicional) / temos de o levar ao hospital. (subordinante)

A velhinha trabalha imenso, (subordinante) / embora não tenha saúde. (subordinada adverbial concessiva)

21

SINTAXE

SUBORDINAÇÃO



e) Antes que te arrependas, pensa bem no que vais fazer.











f) É melhor começarmos já a organizar a papelada para termos tudo pronto atempadamente.





É melhor começarmos já a organizar a papelada (subordinante) / para termos tudo pronto atempadamente. (subordinada





adverbial final)



g) A criança ficou tão envergonhada que desatou a chorar.











h) Sei que não te vais arrepender de fazer o bem a quem dele necessite.





Sei (subordinante) / que não te vais arrepender de fazer bem ao mendigo. (subordinada substantiva completiva) / de fazer bem





ao mendigo. (subordinada substantiva completiva)

Antes que te arrependas, (subordinada adverbial temporal) / pensa bem no que vais fazer. (subordinante)

A criança ficou tão envergonhada (subordinante) / que desatou a chorar. (subordinada substantiva consecutiva)

5. Cria frases complexas, em que apliques cada uma das conjunções seguintes.

a) Conjunção subordinativa temporal — Resposta livre.







b) Conjunção subordinativa final — Resposta livre.







c) Conjunção subordinativa comparativa — Resposta livre.







d) Conjunção subordinativa condicional — Resposta livre.







e) Conjunção subordinativa causal — Resposta livre.







f) Conjunção subordinativa concessiva — Resposta livre.





6. Constrói frases complexas ligando os elementos da coluna A aos da coluna B. A

22

B

(a) Embora não esteja de acordo, …



(b) O  Miguel não foi à festa com os amigos, …



(c) Como havia muito gelo na estrada, …



• (3) … porque estava muito cansado.

(d) Os bombeiros lutaram quanto puderam…



• (4) … farei a viagem dos meus sonhos.

(e) Se tudo correr bem, …



• (5) … para combaterem o incêndio.

(f) Antes que te arrependas, …



• (6) … pensa bem no que vais fazer.



(1) …  o Pedro teve de conduzir com mais cuidado.

• (2) … podes contar com o meu apoio.

SUBORDINAÇÃO



SINTAXE

6.1 Classifica as orações que compõem as frases que construíste.

(a) Embora não esteja de acordo, (subordinada adverbial concessiva) / podes contar com o meu apoio. (subordinante) (b) O Miguel não foi à festa com os amigos, (subordinante) / porque estava muito cansado. (subordinada adverbial causal) (c) Como havia muito gelo na estrada, (sub. adverbial causal) / o Pedro teve de conduzir com mais cuidado. (subordinante) (d) Os bombeiros lutaram quanto puderam (subordinante) / quanto puderam (sub. subst. rel.) / para combaterem… (sub. adv. final) (e) Se tudo correr bem, (subordinada adverbial condicional) / farei a viagem dos meus sonhos. (subordinante)

(f) Antes que te arrependas, (subordinada adverbial temporal) / pensa bem no que vais fazer. (subordinante)

7. Completa as frases com informações relativas às conjunções e locuções subordinativas.

a) A locução «ainda que» introduz uma oração subordinada adverbial concessiva



b) A conjunção «enquanto» introduz uma oração subordinada adverbial temporal



c) A locução «visto que» introduz uma oração subordinada adverbial causal



d) A locução «apesar de» introduz uma oração subordinada adverbial concessiva



e) A conjunção «para» introduz uma oração subordinada adverbial final



f) A locução «dado que» introduz uma oração subordinada adverbial causal



g) A locução «a não ser que» introduz uma oração subordinada adverbial condicional

8. Classifica (X) como verdadeiras ou falsas as afirmações seguintes. Depois, corrige a(s) que consideraste falsa(s). V

F

Correção

X

… pode ser subordinada adverbial temporal (verbo no indicativo) ou condicional (verbo no conjuntivo).

d) S  e numa frase surge a conjunção «para», estamos sempre perante uma oração subordinada adverbial final.

X

… estamos perante uma oração subordinativa substantiva completiva ou subordinada adverbial final.

e) C  aso surja a conjunção «porque» numa frase, pode-se afirmar que a oração que a constitui é coordenada adverbial causal.

X

… é subordinada adverbial causal.

X

… conjunção ou locução conjuncional subordinativa.

a) A  s frases subordinadas desempenham uma função sintática face ao elemento ou oração subordinante.

X

b) Q  uando numa frase surge a locução «desde que», considera-se que a oração que a constitui é sempre subordinada adverbial temporal. c) Q  uando numa frase aparece a locução «já que», diz-se que a oração é subordinada adverbial causal.

f) S  e numa frase aparece a conjunção «conquanto», considera-se que a oração é subordinada adverbial concessiva.

X

X

g) A  s orações subordinadas estão ligadas por uma conjunção ou locução conjuncional subordinada. h) S  ubordinante é o constituinte ou frase de que depende uma oração subordinada.

X 23

SINTAXE

COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO Recapitulando…

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 5 «Funções sintáticas»

1. Relembrando o que aprendeste acerca da coordenação e da subordinação, responde às questões selecionando a opção correta.

1.1 Qual das seguintes classificações pode designar uma oração coordenada?





(A) Condicional





(B) Completiva



1.2 Qual das seguintes classificações pode designar uma oração subordinada?





(A) Disjuntiva





(B) Copulativa



1.3 A oração destacada em «Vou ter contigo, a não ser que não tenha tempo.» classifica-se como











1.4 Em qual das frases a conjunção «que» não introduz uma oração subordinada substantiva completiva?









(B) É provável que a Sandra não chegue a horas.





(C) A Sofia disse que ia até à biblioteca.





(D) Penso que podias ter feito muito melhor.



1.5 Classifica a oração destacada na frase «Os rapazes que fizeram disparates foram castigados.».





(A) Oração subordinada adjetiva relativa explicativa





(B) Oração subordinada substantiva completiva





X (C) Oração subordinada adjetiva relativa restritiva







1.6 Em qual das frases a palavra «como» introduz uma oração subordinada adverbial comparativa?





(A) Como a Rita se portou bem, vai ter uma grande recompensa.





(B) Como sabes a matéria, podes ajudar-me?











1.7 Identifica a oração subordinante na frase «O Rui, como era o mais velho, tinha de dar o exemplo.».





(A) «O Rui, como era o mais velho»





(B) «como era o mais velho»



1.8 Em qual das frases a conjunção «que» introduz uma oração coordenada explicativa?





(A) Mesmo que não me ajudes, fazes-me companhia.





(B) Ela falou tão alto que toda a gente olhou.





(C) Ele disse que tu não tinhas feito os trabalhos de casa.





24

X (C) Adversativa (D) Comparativa X (C) Causal (D) Conclusiva

(A) subordinada adverbial causal.

(C) subordinada adverbial temporal.

X (B) subordinada adverbial condicional.

(D) subordinada adverbial concessiva.

X (A) Nevou tanto que não saí de casa.

(D) Oração subordinada substantiva relativa sem antecedente

X (C) A criança cantava como um rouxinol. (D) Como está sol, vou à praia.

X (D) Acompanha-me, que preciso da tua ajuda!

X (C) «O Rui tinha de dar o exemplo» (D) «tinha de dar o exemplo»

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: SUJEITO

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 5 «Funções sintáticas»

1. Considera o conjunto de frases apresentado.

a) O José acorda cedo.

e) Passear faz bem à mente.



b) Este caderno é pequeno.

f) É prioritário que faças todos os deveres.



c) Eu e ele fomos à biblioteca.

g) Perderam-se dois livros importantes.



d) Os meus filhos são muito queridos.

h) Mercúrio e Marte são planetas do Sistema Solar.



1.1 Sublinha o sujeito em cada uma delas.



1.2 Especifica a constituição do mesmo em cada alínea.

a) O: determinante artigo definido; José: nome próprio

b) Este: determinante demonstrativo; caderno: nome comum

c) Eu: pronome pessoal; e: conjunção coordenativa copulativa; ele: pronome pessoal d) Os: determinante artigo definido; meus: determinante possessivo; filhos: nome comum e) Passear: verbo

f) que: conjunção sub. completiva; faças: verbo; todos: quantificador universal; os: deter. artigo definido; deveres: nome comum

g) dois: quantificador numeral; livros: nome comum; importantes: adjetivo h) Mercúrio: nome próprio; e: conjunção coordenativa copulativa; Marte: nome próprio 2. Distingue o sujeito simples (SS) do sujeito composto (SC) nas frases que se seguem. SC



a) As raparigas e as mães gostam de fazer compras juntas.



b) «Quem te avisa teu amigo é!»



c) A Joana, a Maria e uma amiga irão à tarde ao cinema.



d) «Deitar cedo e cedo erguer dá saúde [...].»



e) Os jovens da minha rua praticam desporto ao sábado de manhã.



f) Encheu-se o céu de estrelas naquela noite.

SS SC

SC SS

SS

3. Tendo por base frases retiradas do conto «A aia» de Eça de Queirós, seleciona as opções (3.1 a 3.4) que te permitem obter afirmações mais completas e corretas.

3.1 Na frase «A rainha chorou magnificamente o rei.», o sujeito é





(A) «A rainha».





(B) «o rei».











3.2 Na frase «Ao lado dele, outro menino dormia noutro berço.», o sujeito é





(A) simples.





(B) simples («noutro berço»).





(C) simples e constituído por um pronome indefinido e um nome.





X (C) simples («A rainha») e constituído por um determinante artigo definido e um nome. (D) simples («o rei») e constituído por um determinante artigo definido e um nome.

X (D) simples («Outro menino») e constituído por um determinante indefinido e um nome. 25

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: SUJEITO



3.3 Na frase «Senhores, aias, homens de armas, seguiam num respeito tão comovido […].», o sujeito é









(B) «Senhores, aias, homens de armas».





(C) composto.





(D) «num respeito».



3.4 Na frase «Todos seguiam, sem respirar, aquele lento mover da sua mão aberta.», o sujeito é













(C) composto.





(D) simples.

X (A) composto («Senhores, aias, homens de armas»).

(A) composto («Todos»). X (B) simples («Todos») e constituído por um pronome indefinido.

4. Como sabes, há frases em que o sujeito não está expresso, dizendo-se, nesses casos, que o sujeito é nulo.

4.1 Identifica nas seguintes frases as três variantes do sujeito nulo através das siglas SNS (sujeito nulo subentendido), SNI (sujeito nulo indeterminado) e SNE (sujeito nulo expletivo).

a) Contam que a recuperação económica vai ser lenta.

SNI

SNE

b) Esta noite trovejou imenso.

SNS

c) «Tiravam os espelhinhos da mala.» SNE

d) Amanheceu num instante.

SNS



e) «Devia ir calada e quietinha.»



f) Diz-se que o verão vai ser inconstante.

SNI

5. Considera os três corpus textuais apresentados. Texto A

Texto B

Amanhã, amanhecerá com o céu carregado de nuvens negras, havendo fortes probabilidades de chover torrencialmente. Os ventos soprarão com grande intensidade. Nas terras altas, nevará de modo bem visível. Ao fim do dia, trovejará, principalmente nas zonas costeiras, e anoitecerá com o céu a relampejar. É caso para dizermos que «em março chove cada dia um pedaço», mas, desta vez, a chuva não veio sozinha!

• «A passo e passo, anda-se por dia um bom pedaço.» • «Com o fogo não se brinca.» •  «Devagar se vai ao longe.» • «Em equipa que ganha não se mexe.» • «Pelo Entrudo, come-se de tudo.» • «Pelo fio se vai ao novelo.»

Texto das autoras.

Lucília Carvalho, Provérbios Animados.

Texto C «[…] Também o Ramos não via o fundo ao significado de “inócuo”. Topara por acaso a palavra, num diálogo aceso de folhetim, e gostara logo dela, por aquele sabor redondo a moca grossa de ferro, cravada de puas. […] “Inócuo” dera a volta à aldeia, secara todo o fel das discórdias, escoara todo o ódio da população. A moca de ferro, seteada a puas, era agora uma arma terrível, quase desleal, que só se usava quando se tinha despejado já toda a cartucheira de insultos. […]» Vergílio Ferreira, «A palavra mágica», Contos.



5.1 Indica a variante de sujeito nulo que predomina em cada texto apresentado. Transcreve uma forma verbal que o comprove.





Texto A — Sujeito nulo expletivo

Ex.: amanhecerá





Texto B — Sujeito nulo indeterminado

Ex.: anda-se

Texto C — Sujeito nulo subentendido

Ex.: Topara

26

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: MODIFICADOR DO NOME

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 5 «Funções sintáticas»

1. Lê as frases que se seguem.

a) As túlipas amarelas são as flores preferidas da minha sogra.



b) O Anjo, crítico e sensato, julgou bem todas as personagens.



c) Fechei a porta do meu quarto com muita força.



d) D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, teve um papel decisivo na nossa história.



e) A minha gata, meiga mas por vezes arisca, gosta de passear pelo jardim.



f) Neste fim de semana, visitei uma região do interior.



g) Os materiais para fazer a investigação estão disponíveis na Intranet.



h) Eça de Queirós, autor da obra Contos, retrata bem a nossa cultura.



1.1 Identifica nas frases anteriores os elementos solicitados no quadro e transcreve-os. Modificador restritivo do nome

Modificador apositivo do nome

a) amarelas; preferidas

b) crítico e sensato

c) do meu quarto

d) o primeiro rei de Portugal

f) do interior

e) meiga mas por vezes arisca

g) para fazer a investigação

h) autor da obra Contos

2. Constrói agora duas frases para cada um dos modificadores explorados em 1.1, atendendo às expressões sugeridas abaixo.

a) sumo fresco e nutritivo











b) Os Lusíadas, de Luís de Camões









Resposta livre.

Resposta livre.

3. Em cada um dos itens (3.1 e 3.2), assinala a opção que te permite obter uma afirmação correta.

3.1 O modificador restritivo do nome é um constituinte localizado









(B) à esquerda do nome que restringe ou limita a sua referência.





(C) à direita do nome que não restringe ou limita a sua referência.



3.2 O modificador apositivo do nome é um constituinte que aparece





(A) entre parênteses, à esquerda do nome e restringe a sua referência.





(B) entre aspas, à direita do nome e não restringe a sua referência.





X (C) entre vírgulas, à direita do nome e não restringe a sua referência.

X (A) à direita do nome que restringe ou limita a sua referência.

27

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: COMPLEMENTO DO NOME

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 5 «Funções sintáticas»

1. Considera as frases seguintes e sublinha o constituinte com a função de complemento do nome.

a) A realização da tarefa foi fácil.



b) A aptidão para as Letras cultiva-se desde a infância.



c) A construção naval está em crise.



d) O perigo de explosão é alto quando se deixa o gás aberto.



e) O desejo de fama é cada vez mais evidente nos jovens.



f) O ensino artístico em Portugal tem hoje muitos adeptos.



g) A necessidade de respostas é importante para o ser humano.



h) A construção dos barcos moliceiros é uma atividade tradicional.



1.1 Indica, para cada frase, se estamos perante um complemento adjetival ou preposicional.



a) da tarefa — complemento preposicional



e) de fama — complemento preposicional



b) para as letras — complemento preposicional



f) artístico — complemento adjetival



c) naval — complemento adjetival



g) de respostas — complemento preposicional



d) de explosão — complemento preposicional



h) dos barcos moliceiros — complemento preposicional

2. Constrói frases em que utilizes os segmentos indicados e apliques o complemento do nome.

a) registo de doentes







b) crescimento populacional







c) filme de Manoel de Oliveira







d) interesse escolar





Resposta livre.

Resposta livre.

Resposta livre.

Resposta livre.

3. Escolhe, em cada um dos itens (3.1 e 3.2), a opção que te permite obter uma afirmação correta.

3.1 O complemento do nome é uma função sintática desempenhada por uma expressão situada









(B) à direita do nome e não selecionada pelo mesmo.





(C) à esquerda do nome e selecionada pelo mesmo.



3.2 O complemento do nome pode ser representado por





(A) um grupo nominal ou um grupo preposicional.





(B) um grupo verbal ou um grupo adjetival.





28

X (A) à direita do nome e selecionada pelo mesmo.

X (C) um grupo adjetival ou um grupo preposicional.

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: PREDICADO

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 5 «Funções sintáticas»

1. Completa o excerto abaixo, retirado d’A Pérola, de John Steinbeck, inserindo as palavras apresentadas na caixa. achou (2)

era

estendeu

olharam

pararam

tremeu

chegaram

espreitavam

fitou

olhou (2)

pousou

viu (3)

disse

estava

meteu

ouviu

retirou

voltou

5

10

chegaram pararam olharam Quando à beira da água, e pousou meteu para o golfo. Então, Kino a espingarda, a mão Olhou retirou no interior das suas roupas e a grande pérola. achou-a cinzenta e ulcerada. Dela espreitavam-no para a superfície e viu rostos maléficos e um fogo ardente. E na superfície da pérola viu o olhar desvairado do homem dentro de água. E na superfície da viu pérola Coyotito escondido na pequena caverna, com a parte Achou era superior da cabeça arrancada. a pérola horrível; ouviu cinzenta, como um tumor maligno. Kino a música da pérola, distortremeu voltou-se cida e demente. A mão de Kino um pouco e ele estava estendeu-lhe a pérola. Ela lentamente para Juana e ao Olhou seu lado, segurando o seu fardo morto sobre o ombro. por um fitou momento para a pérola na mão dele, depois os olhos de Kino e disse suavemente: […].



1.1 A que classe de palavras pertencem os vocábulos que usaste?







1.2 Transcreve um exemplo de cada tipo de verbo solicitado.

Os vocábulos são todos verbos.



a) Verbo principal copulativo — era



b) Verbo principal transitivo — pousou

c) Verbo principal intransitivo — pararam 2. C  omo sabes, o núcleo do predicado (o verbo) seleciona muitas vezes constituintes para complementar o seu sentido. Assim, acrescenta elementos às frases que se seguem. um pássaro



a) Hoje vi



b) A Luísa ofereceu um livro



c) A notícia foi redigida

pelo jornalista



d) Ele comportou-se

bem



e) Saí



f) Ela parecia



g) O juiz declarou a ré



h) Gosto de

de casa

no jardim. ao irmão

. ontem à noite. na cerimónia.

sem guarda-chuva. dececionada

doce de abóbora

com o resultado do concurso. inocente

.

com nozes. 29

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: PREDICADO

3. Lê atentamente o excerto, que representa a parte final do livro A Pérola.

5

10

Kino deu balanço ao braço e projetou a pérola com toda a sua força. Kino e Juana viram-na voar, faiscando e cintilando à luz do Sol, que se punha. Viram a água esparrinhar lá longe e ficaram lado a lado, a olhar para o local durante longo tempo. A pérola mergulhou na maravilhosa água verde e desceu até ao fundo. Os braços oscilantes das algas chamaram-na, fazendo-lhe sinais. Os reflexos na sua superfície eram verdes e belos. Pousou no fundo de areia, entre as plantas submarinas, semelhantes a fetos. Por cima dela, a superfície do mar era um espelho verde. E a pérola repousou no fundo do mar. Um caranguejo que percorria o fundo ergueu uma pequena nuvem de areia e quando ela assentou a pérola tinha desaparecido. A música da pérola desvaneceu-se num murmúrio e finalmente desapareceu também. John Steinbeck, A Pérola, Livros do Brasil, 2006.



3.1 Sublinha todos os verbos que nele encontras.



3.2 Classifica as formas verbais presentes no segundo e no terceiro parágrafos. Forma verbal

Expressão associada

Classificação do verbo

mergulhou

na maravilhosa água verde

intransitivo

desceu

até ao fundo

intransitivo

chamaram

-na (a pérola)

transitivo direto

fazendo

-lhe sinais (à pérola)

transitivo direto e indireto

eram

verdes e belos

copulativo

pousou

no fundo de areia

intransitivo

era

um espelho verde

copulativo

repousou

no fundo do mar

intransitivo

percorria

o fundo

transitivo direto

ergueu

uma pequena nuvem de areia

transitivo direto

assentou



intransitivo

tinha desaparecido



intransitivo



3.3 Reescreve o excerto criando um desfecho diferente e usando verbos expressivos.





Kino deu balanço ao braço e projetou a pérola com toda a sua força. Kino e Juana





Resposta livre.

























30

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: COMPLEMENTO DIRETO

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 5 «Funções sintáticas»

1. Considera as frases que se seguem.

a) O meu primo ofereceu um livro à namorada.

g) O empregado cumprimentou o patrão.



b) O Tiago deu uma sardinha ao gato.

h) O meu irmão pescou uma carpa.



c) Ele emprestou os apontamentos ao colega.

i) Contei um segredo à minha melhor amiga.



d) A criança adora a sua bicicleta.

j) Que bolo delicioso! Comi-o num instante.



e) O meu pai caçou uma lebre.

k) Ela encontrou uma moeda no chão.



f) O idoso pediu ajuda.

l) A leitura aumenta a nossa cultura geral.



1.1 Sublinha todos os grupos frásicos que desempenham a função de complemento direto.



1.2 Indica a classe de todas as palavras que constituem os complementos diretos das frases das alíneas indicadas.

a) um: determinante artigo indefinido; livro: nome comum d) a: determinante artigo definido; sua: determinante possessivo; bicicleta: nome comum f) ajuda: nome comum j) o: pronome pessoal 2. Completa as frases que se seguem acrescentando-lhes um complemento direto. Respostas livres.

a) O Miguel comprou



b) A Inês e o Luís adoram



c) A avó fez



d) O cão comeu



e) O vizinho pediu

3. Escreve, em cada caso, um pronome pessoal com função de complemento direto.

a) A sala ficou lindíssima! Pintaram-na



b) O teu texto tem alguns erros ortográficos. Corrige-os



c) Perdi o meu CD preferido. Procurei por todo o lado e não consigo encontrá-lo



d) O Duarte tinha o cabelo grande e, por isso, a mãe levou-o



e) Sou muito amiga da Cláudia. Conheci-a

de laranja. . .

ao cabeleireiro.

na faculdade.

4. Assinala com uma cruz (X) as frases que contêm complemento direto.

a) As vendas continuam a descer drasticamente.



X b) A Rita comprou uma saia muito barata.



X c) Os alunos consideram a matéria muito difícil.



X d) O vendaval causou inúmeros estragos.



X e) O bebé sujou a roupa toda.



X f) Cavaco Silva é o atual Presidente da República. 31

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: COMPLEMENTO INDIRETO

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 5 «Funções sintáticas»

1. Considera as frases apresentadas.

a) Os meninos obedeciam à educadora de infância. f) Emprestei o computador ao meu sobrinho.



b) Nós demos-lhe um triciclo.

g) O tabaco faz mal à saúde!



c) O aluno respondeu ao professor indelicadamente.

h) O Miguel disse à mãe que chegaria tarde.



d) A Clara contou a novidade a toda a gente.

i) Escrevi uma carta à minha namorada.



e) Desejo-te boa sorte!

j) O transeunte deu uma esmola ao mendigo.



1.1 Sublinha todos os constituintes frásicos que desempenham a função de complemento indireto.



1.2 Refere a classe de todas as palavras que constituem os complementos indiretos das frases das alíneas indicadas.

b) lhe: pronome pessoal d) a: preposição; toda: quantificador universal; a: determinante artigo definido; gente: nome comum e) te: pronome pessoal

g) à: contração da preposição «a» com o determinante artigo definido «a»; saúde: nome comum

2. Escreve, em cada caso, um pronome pessoal com função de complemento indireto. te



a) Quem



b) Por favor, traga-me



c) O teu avô está doente. Leva-lhe



d) Se quiserem, envio-vos



e) Os nossos tios trouxeram-nos

deu esse casaco tão bonito? mais uma garrafa de água! este medicamento.

o documento por e-mail. estes rebuçados deliciosos.

3. Lê o texto e sublinha todos os complementos indiretos que encontrares.

5

10

Numa manhã de outono, o avô e a neta decidiram dar um passeio pela Baixa do Porto. O cheirinho a castanhas pairava no ar… — Que cheirinho, avô! Já estou a ficar com água na boca… O avô perguntou à neta: — Queres que te compre um cartucho de castanhas? Levamos outro para a avó. — Boa ideia, vovô! Vou telefonar à avó para lhe dizer que temos uma surpresa. Já a caminho de casa, encontraram um mendigo. Este pedia esmola a todos os que passavam; porém, olhavam para ele com desdém. A menina olhou para o avô e dirigiu-se ao mendigo, dizendo-lhe: — A única coisa que te posso dar são as castanhas que o meu vovô me comprou e dou-te também a minha boneca para te fazer companhia. O avô ficou com os olhos carregados de lágrimas perante a atitude da neta. O mendigo, emocionado, respondeu à menina apenas com um sorriso no rosto… Texto das autoras.

32

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: COMPLEMENTO AGENTE DA PASSIVA

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 5 «Funções sintáticas»

1. Considera as seguintes frases, retiradas do jornal Diário de Notícias, de 13 de outubro de 2012.

a) «Como são calculados pelo DN os rankings do ensino secundário?»



b) «Pedro Ferraz da Costa [...] foi consultado pelo Governo para liderar a comissão especial de acompanhamento da privatização da TAP.»



c) «A homenagem [...] foi organizada por “um grupo de indivíduos que têm a uni-los o seu ódio ao MRPP”.»



d) «[...] pretende agilizar uma operação que já tinha sido anunciada por aquela entidade [...].»



e) «Há uma semana, em Segura, um caçador foi colhido por um desses touros bravos, [...].»



f) «[...] esta morte foi provocada por um desses animais, [...].»



g) «Antigo técnico do Sevilha já foi abordado pelos leões [...].»



h) «[...] o trabalho dos alunos pode ser aproveitado por outros organismos para ajudar a preservar e a divulgar a cultura dos pubs.»



i) «Histórias deste e de outros maestros são descritas como casos de “alquimia” num novo livro assinado por Tom Service.»



j) «Os livros de Rushdie até podem ser desconhecidos de grande parte da população mundial, [...].»



1.1 Sublinha em cada uma destas frases o complemento agente da passiva.



1.2 Transcreve as preposições que introduzem esta função sintática nas últimas duas frases.







1.3 Transforma em frases ativas as frases das alíneas indicadas.

Trata-se das preposições «por» e «de», respetivamente.

a) Como calcula o DN os rankings do ensino secundário? e) Há uma semana, em Segura, um desses touros bravos colheu um caçador.

h) Outros organismos podem aproveitar o trabalho dos alunos para ajudar a preservar e a divulgar a cultura dos pubs.









j) Grande parte da população mundial até pode desconhecer os livros de Rushdie.









1.4 Explicita as regras que presidiram a esta transformação.





O complemento agente da passiva passou a desempenhar a função sintática de sujeito, o sujeito passou a desempenhar





a função sintática de complemento direto e o núcleo do predicado passou de verbo complexo a verbo simples, ficando





o verbo principal no tempo do verbo auxiliar.













2. No teu caderno, constrói uma notícia sobre o lançamento de um livro, tendo em conta que: — o título deve apresentar um complemento agente da passiva com o verbo auxiliar no presente; — o lead tem de incluir um complemento agente da passiva com o verbo auxiliar no pretérito perfeito; — o corpo da notícia deve conter um complemento agente da passiva com o verbo auxiliar no futuro. 33

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: MODIFICADOR

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 5 «Funções sintáticas»

1. Presta atenção às frases apresentadas.

a) O Joaquim telefonará à mãe no dia do aniversário dela.



b) A Dina foi ao cinema ontem.



c) Vou jantar mal chegue a casa.



d) Todos olharam para o bolo com interesse.



e) Esperamos por ti em casa.



f) O Tiago saiu com a Rita hoje.



g) Li aquele livro num ápice!



h) Encontrámos a Mariana casualmente.



i) Descobriste lá o relógio?



1.1 Sublinha em cada uma delas o modificador.



1.2 Especifica as classes de palavras que constituem o modificador nas frases das alíneas indicadas.

c) mal: conjunção subordinativa temporal; chegue: verbo; a: preposição; casa: nome comum d) com: preposição; interesse: nome comum i) lá: advérbio de predicado

1.3 Transcreve um exemplo de cada um dos seguintes modificadores.

a) Modificador com valor temporal — no dia do aniversário dela b) Modificador com valor locativo — em casa c) Modificador com valor modal — num ápice 2. Considera o excerto, retirado de um artigo da revista Super Interessante, de setembro de 2011.

5

10

34

Todos os anos, trabalhadores e estudantes usufruem de múltiplos períodos de repouso, consagrando os fins de semana, as férias estivais e os feriados laicos e religiosos ao descanso e à diversão. Os Portugueses têm romarias; os Espanhóis são conhecidos por serem um povo festivo; no entanto, em alguns países, como a Finlândia, há ainda mais feriados e ocasiões festivas […]. As festas não representam uma conquista do mundo contemporâneo: foram uma constante, ao longo da história, em todos os povos. Já na época clássica, havia 60 datas festivas por ano em Atenas, enquanto no Antigo Egito os operários dispunham de duas jornadas de descanso por cada oito de trabalho e, além disso, podiam usufruir de frequentes celebrações públicas. Em algumas épocas, chegou a haver mais ocasiões festivas do que atualmente. De acordo com Maurizio Tuliani, da Universidade de Siena (Itália), mais de um quarto dos dias do ano eram feriados nas cidades italianas medievais: por isso, não é de estranhar que um decreto pontifício tenha suprimido uma vintena de festividades em 1643.

2.1 Assinala os modificadores que a transcrição evidencia.

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: COMPLEMENTO OBLÍQUO

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 5 «Funções sintáticas»

1. Considera as frases apresentadas.

a) No teu aniversário, brindei à tua felicidade.



b) Ele colocou o fato no armário.



c) Discordamos da tua opinião!



d) O António falou-me dos seus sonhos.



e) Tu gostas muito de bacalhau com natas!



f) Nós interessámo-nos por teatro recentemente.



g) Ela não pactuou com aquele plano!



h) Pensei nesse assunto a noite toda.



i) Eles reconciliaram-se com a tia durante o fim de semana.



1.1 Sublinha em cada uma delas o complemento oblíquo.



1.2 Especifica as classes de palavras que constituem o complemento oblíquo nas frases indicadas.

f) por: preposição; teatro: nome comum g) com: preposição; aquele: determinante demonstrativo; plano: nome comum







h) nesse: contração da preposição «em» com o determinante demonstrativo «esse»; assunto: nome comum







2. Constrói três frases em que uses os verbos indicados, de forma a obteres um complemento oblíquo constituído por um grupo adverbial.

a) sentir-se







b) morar







c) comportar-se





Resposta livre.

Resposta livre.

Resposta livre.

3. Completa os complementos oblíquos, de modo a formares frases com sentido. Respostas livres.

a) Os meus primos beneficiaram de



b) O João candidatou-se a



c) Os partidos concordaram com



d) A Rita apaixonou-se por



e) Preciso de



f) Todos se devem preparar para



g) Não devemos troçar de



h) Elas vieram de

este ano letivo. em agosto. de bancada. nas férias. urgentemente! de fim de ciclo. . ontem. 35

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: PREDICATIVO DO SUJEITO

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 5 «Funções sintáticas»

1. D  escobre, nesta sopa de letras, oito verbos copulativos, ou seja, verbos que introduzem o predicativo do sujeito, e regista-os na lateral. S

E

S

T

A

R

P

A

L

A

V

R

A

U

R

I

N

I

I

T

I

P

A

R

E

C

E

R

A

I

L

D

R

T

T

R

E

V

O

L

A

C

E

E

R

estar

V

R

I

I

E

G

R

O

T

T

C

A

D

J

M

parecer

A

L

C

O

M

E

M

P

R

Ç

O

N

V

T

U

ficar

L

I

O

N

V

E

A

H

L

E

N

S

A

R

C

ser

H

T

H

A

I

Ç

N

E

S

T

T

U

M

A

Q

andar

F

I

C

A

R

R

E

G

A

R

I

Q

W

N

T

A

C

A

N

E

R

C

O

N

S

N

T

T

S

P

L

I

S

D

I

N

E

P

O

R

U

T

A

P

U

A

R

R

A

F

O

R

R

U

A

A

R

R

O

L

R

S

S

R

O

S

T

T

L

U

R

L

A

R

A

A

D

T

I

A

J

A

N

E

L

A

S

S

E

R

vir permanecer continuar

2. Transcreve os predicativos do sujeito existentes nas frases que se seguem. contentes



a) Os meus avós ficaram contentes por eu ter ido visitá-los.



b) Este bolo de espinafres está uma delícia!



c) O treinador aconselhava os seus jogadores e eles permaneciam calados.



d) O Gonçalo tornou-se uma pessoa melhor graças ao apoio dos amigos.



e) Ela parecia incomodada com a situação.

incomodada



f) Aquele diretor continua extremamente competente.

extremamente competente



g) Ele considera-se o melhor aluno da turma.



h) O povo português revela-se indignado perante a situação do País.



i) Ele ia cansado para o exame de condução.



j) A Sabrina é uma excelente veterinária!



k) A Maria anda ocupada com a tese de Mestrado.

uma delícia calados uma pessoa melhor

o melhor aluno da turma indignado cansado uma excelente veterinária ocupada

3. Como consolidação, identifica o conjunto de verbos copulativos que introduzem o predicativo do sujeito. Verbos copulativos

36

ser

continuar

andar

tornar-se

estar

ficar

vir

revelar-se

permanecer

parecer

ir

considerar-se

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: PREDICATIVO DO COMPLEMENTO DIRETO

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 5 «Funções sintáticas»

1. Considera o texto que se segue.

5

Nestas férias, assisti a um casamento muito requintado. Tudo se passou na praia. A noiva, muito elegante, chegou montada num cavalo branco. O noivo aguardava-a com a brisa marítima a sussurrar-lhe ao ouvido: «Considera-a já tua esposa…!» E assim foi: na presença dos convidados, o noivo agarrou na mão da noiva, proclamou-a sua mulher e coroou-a dona do seu coração. Nós, os convidados, tomámo-nos por testemunhas daquele momento único e apelidámo-lo de «cena de filme» para o resto das nossas vidas. Aquele dia ficará para sempre na nossa memória, até porque foi dado como concluído com um banho de mar que refrescou o espírito de todos! Texto das autoras.



1.1 Sublinha no texto os seis predicativos do complemento direto que foram usados.

1.1.1 Enumera os verbos transitivos-predicativos que introduzem esses predicativos.





1.  considerar



4.  tomar (por)







2.  proclamar



5.  apelidar (de)







3.  coroar



6.  dar (como)

2. Completa as frases seguintes com predicativos do complemento direto criados por ti.

a) Os rapazes acharam o filme



b) O Rui considera a solução



c) A História cognominou D. Duarte



d) O povo declarou a rapariga



e) O Luís designou-a



f) Todos o consideravam



g) A Leonor elegeu-o



h) O André agora usa o cabelo

Respostas livres.

. . . . da aldeia. . . .

3. Elabora frases usando os verbos transitivos-predicativos listados na caixa. Resposta livre. chamar             julgar             nomear (para)             tratar (como/por)             sagrar



1. 



2. 



3. 



4. 



5.  37

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: VOCATIVO

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 5 «Funções sintáticas»

1. Considera o seguinte excerto.

5

10

15

D. Evarista teve notícia da rebelião antes que ela chegasse; veio dar-lha uma de suas crias. Ela provava nessa ocasião um vestido de seda — um dos trinta e sete que trouxera do Rio de Janeiro —, e não quis crer. — Há de ser alguma patuscada — dizia ela mudando a posição de um alfinete. — Benedita, vê se a barra está boa. — Está, sinhá — respondia a mucama de cócoras no chão —, está boa. Sinhá vira um bocadinho. Assim. Está muito boa. — Não é patuscada, não, senhora; eles estão gritando: — «Morra o Dr. Bacamarte! o tirano!» — dizia o moleque assustado. — Cala a boca, tolo! […] — Não entendo. — Entendeis bem, tirano; queremos dar liberdade às vítimas do vosso ódio, capricho, ganância… O alienista sorriu […] e respondeu: — Meus senhores, a ciência é cousa séria, e merece ser tratada com seriedade. Não dou razão dos meus atos de alienista a ninguém, salvo aos mestres e a Deus. […] Machado de Assis, O Alienista, Hiena Editora, 1992 (adaptado).



1.1 Transcreve os seis vocativos que existem no excerto.





1.  Benedita



4.  tolo





2.  sinhá



5.  tirano





3.  senhora



6.  Meus senhores

1.1.1 Quais são as classes de palavras que os representam?

Estes vocativos são todos nomes.







1.2 No excerto, qual é o sinal de pontuação que isola o vocativo?





É a vírgula.

2. Lê as frases seguintes.

a) Queridos amigos, venham festejar o meu aniversário!



b) Ponham a mesa, Tiago e Duarte!



c) Digam lá, meninos, quem foi o primeiro rei de Portugal…?



2.1 Sublinha os vocativos existentes nas frases.



2.2 Prova que o vocativo pode ocupar várias posições na frase.





A partir das três frases apresentadas, pode concluir-se que o vocativo pode surgir no início, no meio ou no fim da frase.







38

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: RECAPITULANDO…

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 5 «Funções sintáticas»

1. Relembrando o que aprendeste acerca das funções sintáticas, seleciona a opção que te permite obter uma afirmação correta.

1.1 Na frase «O Pedro e a Margarida foram a Veneza.», o sujeito é





(A) simples.





(B) nulo subentendido.



1.2 Na frase «Conta-se que o rapaz desapareceu no mês passado.», o sujeito é











1.3 Na frase «Em dezembro, nevou bastante na Covilhã.», o sujeito é











1.4 Na frase «Filipe, empresta a gramática ao teu irmão para ele estudar.», a palavra destacada é um





(A) modificador restritivo do nome.

(C) sujeito.





(B) modificador apositivo do nome.

X (D) vocativo.



1.5 A frase «O Bruno, amigo da Aida, ficou feliz com a surpresa.» contém um





(A) modificador restritivo do nome e um complemento direto.





X (B) modificador apositivo do nome e um predicativo do sujeito.





(C) modificador restritivo do nome e um predicativo do sujeito.





(D) modificador apositivo do nome e um complemento direto.



1.6 Na frase «O Paulo considera a irmã uma boa amiga.», a expressão destacada desempenha a função sintática de









(B) predicativo do sujeito.





(C) complemento direto.





(D) complemento indireto.



1.7 Na frase «O chefe enviou-me um e-mail, mas não o recebi.», os pronomes destacados desempenham as funções sintáticas de





(A) complemento direto e complemento indireto, respetivamente.





X (B) complemento indireto e complemento direto, respetivamente.





(C) complemento indireto e sujeito, respetivamente.





(D) complemento direto e sujeito, respetivamente.



1.8 Na frase «O João escreveu um poema de amor à noiva.», a expressão destacada pode ser substituída por





X (A) «lhe».

(C) «a».





(B) «ela».

(D) «o».

(A) composto. X (B) nulo indeterminado. X (A) nulo expletivo. (B) nulo indeterminado.

(C) nulo indeterminado. X (D) composto. (C) nulo subentendido. (D) nulo expletivo. (C) nulo subentendido. (D) simples.

X (A) predicativo do complemento direto.

39

SINTAXE

FUNÇÕES SINTÁTICAS: RECAPITULANDO…



1.9 Na frase «Adorei o concerto!», a expressão destacada pode ser substituída por















1.10 Na frase «Os trabalhos de casa foram corrigidos pela professora.», a expressão destacada desempenha a função sintática de







(A) sujeito.







(B) complemento direto.







(C) complemento indireto.









1.11 Na frase «Um rapaz estranho e misterioso bateu à porta.», as expressões destacadas desempenham as funções sintáticas de







(A) modificador restritivo do nome e complemento indireto, respetivamente.







(B) modificador apositivo do nome e complemento indireto, respetivamente.







X (C) modificador restritivo do nome e complemento oblíquo, respetivamente.







(D) modificador apositivo do nome e complemento oblíquo, respetivamente.



1.12 Na frase «O médico atendeu imediatamente o paciente.», o vocábulo destacado tem a função sintática de















1.13 A frase «O vestido da Vanessa é fantástico!» contém um













(B) modificador restritivo do nome e um predicativo do sujeito.







(C) complemento do nome e um complemento direto.







(D) modificador restritivo do nome e um complemento direto.



1.14 Na frase «Nas férias, os avós visitaram muitos monumentos históricos.», o predicado é







(A) «Nas férias».







(B) «os avós».







(C) «visitaram».









1.15 Na frase «Ontem, fui ao cinema.», o vocábulo destacado desempenha a função sintática de















1.16 Na frase «O Henrique parece cansado.», as expressões destacadas desempenham as funções sintáticas de







(A) sujeito composto e complemento direto, respetivamente.







(B) sujeito composto e predicativo do sujeito, respetivamente.







X (C) sujeito simples e predicativo do sujeito, respetivamente.







(D) sujeito simples e complemento direto, respetivamente.

40

X (A) «o». (B) «ela».

(C) «ele». (D) «lhe».

X (D) complemento agente da passiva.

X (A) modificador. (B) complemento do nome.

(C) predicativo do sujeito. (D) complemento oblíquo.

X (A) complemento do nome e um predicativo do sujeito.

X (D) «Nas férias, … visitaram muitos monumentos históricos». X (A) modificador. (B) complemento do nome.

(C) complemento oblíquo. (D) predicado.

ANÁLISE DO DISCURSO

DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE

ANEXO GRAMATICAL Ficha informativa 7 «Discurso direto, indireto e indireto livre»

1. Considera o conjunto de falas que se segue.

a) A Inês disse: — Tens um relógio muito bonito!

e) O Júlio anunciou aos pais: — Amanhã, irei comprar umas sapatilhas novas.



b) O Filipe pediu ao irmão: — Dá-me esse livro, por favor.

f) A Sónia recordou: — É preciso que tu faças os teus deveres atempadamente.



c) A Joana informou: — A festa foi divinal!

g) A Isabel desabafou: — Lamento que tenhas deixado aqui o lixo.



d) O Roberto solicitou: — Ana, devolve-me o lápis!

h) A jornalista esclareceu: — A notícia será desenvolvida mais tarde.



1.1 Como reparaste, nestas falas predomina o discurso direto. Indica duas marcas que o comprovem.





As duas marcas mais evidentes são os dois pontos e o travessão.









1.2 Reescreve-as em discurso indireto.

a) A Inês disse que ele/ela tinha um relógio





muito bonito.



e) O Júlio anunciou aos pais que, no dia seguinte, iria comprar umas





b) O Filipe pediu, por favor, ao irmão que lhe





desse aquele livro.

c) A Joana informou que a festa tinha sido





divinal.

d) O Roberto pediu à Ana que lhe devolvesse

o lápis.

sapatilhas novas.

f) A Sónia recordou-lhe que era preciso que ele/ela fizesse os seus deveres atempadamente.







g) A Isabel desabafou, lamentando que ele/ela tivesse deixado lá







h) A jornalista esclareceu que a notícia seria desenvolvida mais tarde.





o lixo.







1.3 Sintetiza as principais transformações efetuadas preenchendo o quadro seguinte. Discurso direto a)

b)

Pessoa gramatical — Tempo verbal —

2.ª pessoa (tu) presente do indicativo

Pessoa gramatical —

2.ª pessoa (tu)

Tempo verbal —

imperativo

Determinante demonstrativo —

c)

d)

Discurso indireto

esse

3.ª pessoa (ela) Pessoa gramatical — pret. perfeito do indicativo Tempo verbal —

3.ª pessoa (ele/ela) Pessoa gramatical — Tempo verbal — pret. imperfeito do indicativo 3.ª pessoa (ele) Pessoa gramatical — Tempo verbal — pret. imperfeito do conjuntivo Determinante demonstrativo —

aquele

3.ª pessoa (ela) Pessoa gramatical — Tempo verbal — pret. mais-que-perf. do indicativo

Pessoa gramatical —

2.ª pessoa (tu)

Tempo verbal —

imperativo

3.ª pessoa (ela) Pessoa gramatical — Tempo verbal — pret. imperfeito do conjuntivo

Vocativo —

Ana

Complemento indireto —

à Ana (cont.)

41

ANÁLISE DO DISCURSO

(cont.)

DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE

Discurso direto 1.ª pessoa (eu)

Pessoa gramatical — e)

Tempo verbal —

futuro do indicativo amanhã

Advérbio temporal —

f)

Discurso indireto

g)

h)

3.ª pessoa (ele)

Tempo verbal —

condicional no dia seguinte

Advérbio temporal —

2.ª pessoa (tu) Pessoa gramatical — presente do ind. e do conj. Tempo verbal — teus

Determinante possessivo —

Pessoa gramatical —

Pessoa gramatical — 1.ª pessoa (eu) e 2.ª pessoa (tu) presente do ind. e do conj. Tempo verbal —

3.ª pessoa (ele/ela) Pessoa gramatical — Tempo verbal — pret. imperf. do ind. e do conj. seus

Determinante possessivo —

3.ª pessoa (ele/ela) Pessoa gramatical — Tempo verbal — pret. imperf. do ind. e do conj.

Advérbio locativo —

aqui

Advérbio locativo —



Pessoa gramatical —

3.ª pessoa (ela)

Pessoa gramatical —

3.ª pessoa (ela)

Tempo verbal —

condicional

Tempo verbal —

futuro do indicativo

2. Lê atentamente o excerto textual apresentado.

5

10

15

20

Ao outro dia cedo, encerrado com o general num dos quiosques do jardim, contei-lhe a minha lamentável história e os motivos fabulosos que me traziam a Pequim. O herói escutava, cofiando sombriamente o seu espesso bigode cossaco. — O meu prezado hóspede sabe chinês? — perguntou-me de repente, fixando em mim a pupila sagaz. — Sei duas palavras importantes, general: «mandarim» e «chá». Ele passou a sua mão de fortes cordoveias sobre a medonha cicatriz que lhe sulcava a calva: — «Mandarim», meu amigo, não é uma palavra chinesa, e ninguém a entende na China. É o nome que no século xvi os navegadores do seu país, do seu belo país… — Quando nós tínhamos navegadores… — murmurei, suspirando. Ele suspirou também, por polidez, e continuou: — Que os seus navegadores deram aos funcionários chineses. Vem do seu verbo, do seu lindo verbo… — Quando tínhamos verbos… — rosnei, no hábito instintivo de deprimir a Pátria. Ele esgazeou um momento o seu olho redondo de velho mocho — e prosseguiu paciente e grave: — Do seu lindo verbo «mandar»… Resta-lhe portanto «chá». É um vocábulo que tem um vasto papel na vida chinesa, mas julgo-o insuficiente para servir a todas as relações sociais. O meu estimável hóspede pretende esposar uma senhora da família Ti Chin-Fu, continuar a grossa influência que exercia o Mandarim, substituir, doméstica e socialmente, esse chorado defunto… Para tudo isto dispõe da palavra «chá». É pouco. Eça de Queirós, O Mandarim, Livros do Brasil, 1999.

42

DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE

ANÁLISE DO DISCURSO



2.1 Qual é o tipo de discurso predominante no excerto? Discurso direto.



2.2 Transforma-o no discurso inverso.











motivos fabulosos que me traziam a Pequim. O herói escutava, cofiando sombriamente o seu espesso bigode cossaco.







O general perguntou-me de repente, fixando em mim a pupila sagaz, se eu, seu prezado hóspede, sabia chinês.







Respondi ao general que sabia duas palavras importantes: «mandarim» e «chá».







Ele passou a sua mão de fortes cordoveias sobre a medonha cicatriz que lhe sulcava a calva e esclareceu-me que





«Mandarim» não era uma palavra chinesa e que ninguém a entendia na China. Era o nome que no século xvi os navegadores





do nosso belo país…







Murmurei, suspirando, que isso era quando nós tínhamos navegadores…







Ele suspirou também, por polidez, e continuou, dizendo que era o nome que os nossos navegadores tinham dado aos





funcionários chineses e que vinha do nosso lindo verbo…







Rosnei, no hábito instintivo de deprimir a Pátria, que isso era quando tínhamos verbos…







Ele esgazeou um momento o seu olho redondo de velho mocho e prosseguiu paciente e grave, acrescentando que vinha





do nosso lindo verbo «mandar»… Disse ainda que me restava portanto «chá». Era um vocábulo que tinha um vasto papel na





vida chinesa, mas julgava-o insuficiente para servir a todas as relações sociais. Lembrou-me que eu, seu estimável hóspede,





pretendia esposar uma senhora da família Ti Chin-Fu, continuar a grossa influência que exercia o Mandarim, substituir,





doméstica e socialmente, aquele chorado defunto… Para tudo aquilo dispunha da palavra «chá». Era pouco.







Ao outro dia cedo, encerrado com o general num dos quiosques do jardim, contei-lhe a minha lamentável história e os

3. Considera os seguintes segmentos frásicos.

a) O Guilherme disse à Maria que gostava muito de passear com ela.



b) A padeira informou os seus clientes de que no dia seguinte não haveria pão fresco.



c) A Liliana pediu ao seu irmão que lhe passasse o comando da televisão.



d) O jornalista assumiu que aquela notícia tinha sido divulgada sem a confirmação oficial dos dados.



e) Naquele dia, o bibliotecário ordenou ao aluno que fizesse silêncio na biblioteca.



3.1 Indica o tipo de discurso que predomina nestas frases. Discurso indireto.



3.2 Reescreve as cinco frases no discurso contrário.

a) O Guilherme disse:

— Maria, gosto muito de passear contigo!

b) A padeira informou os seus clientes:



— Amanhã, não haverá pão fresco.

c) A Liliana pediu ao seu irmão:

— Passa-me o comando da televisão.

d) O jornalista assumiu:



— Esta notícia foi divulgada sem a confirmação oficial dos dados.

e) Hoje, o bibliotecário ordenou ao aluno:

— Faz silêncio na biblioteca!

43

ANÁLISE DO DISCURSO

DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE

4. Considera o texto transcrito.

5

10

A Olga, neste fim de semana, levou a família a visitar o Pavilhão do Conhecimento, onde estão patentes várias exposições sobre Ciência. Disse-me que gostou imenso de tudo o que viu e acrescentou que era o sítio ideal para levar os mais pequenos. Afirmou ainda que aquele espaço era ótimo para contactar com o mundo da Ciência ao vivo e a cores. Além disso, explicou-me que havia várias experiências a decorrer em simultâneo: com dinossauros, réplicas de fósseis, laboratórios de cozinha e muito mais. Contou-me também que os filhos tinham vestido uma bata de cientista e que tinham participado em família em atividades relacionadas com o molde de réplicas de fóssil. Disse-me ainda que, noutra atividade, os miúdos tinham substituído os tubos de ensaio por tachos e panelas e tinham preparado pratos que lhes tinham feito crescer água na boca. Em suma, a Olga concluiu que fora um fim de semana pleno em família. E eu respondi-lhe que também já estava cheia de vontade de visitar o Pavilhão do Conhecimento… Texto das autoras.



4.1 Certamente deste conta de que o texto está maioritariamente escrito em discurso indireto. Cabe-te a ti reescrevê-lo em discurso direto, reproduzindo a conversa ocorrida entre a narradora e a sua amiga Olga.











e disse-me:







— Gostei imenso de tudo o que vi!







E acrescentou:







— É o sítio ideal para levar os mais pequenos.







Afirmou ainda:







— O espaço é ótimo para contactar com o mundo da Ciência ao vivo e a cores.







Além disso, explicou-me:







— Há várias experiências a decorrer em simultâneo: com dinossauros, réplicas de fósseis, laboratórios de cozinha e





muito mais.







Contou-me também:







— Os meus filhos vestiram uma bata de cientista e participaram em família em atividades relacionadas com o molde de





réplicas de fóssil. Noutra atividade, substituíram os tubos de ensaio por tachos e panelas e prepararam pratos que lhes





fizeram crescer água na boca.







Em suma, a Olga concluiu:







— Foi um fim de semana pleno em família.







E eu respondi-lhe:







— Também já estou cheia de vontade de visitar o Pavilhão do Conhecimento…

44

A Olga, neste fim de semana, visitou o Pavilhão do Conhecimento, onde estão patentes várias exposições sobre Ciência

DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE

ANÁLISE DO DISCURSO

5. Lê com atenção os próximos excertos textuais retirados do conto «Civilização», de Eça de Queirós. Identifica as passagens que se encontrem em discurso indireto livre e transcreve-as.



EXCERTO A

5

10

Era o caseiro, o Zé Brás. E logo ali, nas pedras do pátio, entre o latir dos cães, surdiu uma tumultuosa história que o pobre Brás balbuciava, aturdido, e que enchia a face de Jacinto de lividez e de cólera. O caseiro não esperava Sua Excelência. Ninguém esperava Sua Excelência. (Ele dizia sua inselência.) O procurador, o Sr. Sousa, estava para a raia desde maio, a tratar a mãe que levara um coice de mula. E decerto houvera engano, cartas perdidas… Porque o Sr. Sousa só contava com Sua Excelência, em setembro, para a vindima. Na casa nenhuma obra começara. E infelizmente para Sua Excelência os telhados ainda estavam sem telhas, e as janelas sem vidraças… Cruzei os braços, num justo espanto. Mas os caixotes — esses caixotes remetidos para Torges, com tanta prudência, em abril, repletos de colchões, de regalos, de civilização?... O caseiro, vago, sem compreender, arregalava os olhos miúdos, onde já bailavam lágrimas. Os caixotes? Nada chegara, nada aparecera. E na sua perturbação o Zé Brás procurava entre as arcadas do pátio, nas algibeiras das pantalonas… Os caixotes? Não, não tinha os caixotes!



«E decerto houvera engano, cartas perdidas… Porque o Sr. Sousa só contava com Sua Excelência, em setembro, para a vindima.



Na casa nenhuma obra começara. E infelizmente para Sua Excelência os telhados ainda estavam sem telhas, e as janelas sem



vidraças…



Mas os caixotes — esses caixotes remetidos para Torges, com tanta prudência, em abril, repletos de colchões, de regalos, de civilização?...»



«Os caixotes? Nada chegara, nada aparecera.»



«Os caixotes? Não, não tinha os caixotes!»



EXCERTO B

5

10

Estava realmente bom: tinha fígado e tinha moela: o seu perfume enternecia. Eu, três vezes, com energia, ataquei aquele caldo: foi Jacinto que rapou a sopeira. Mas já, arredando a broa, arredando a vela, o bom Zé Brás pousara na mesa uma travessa vidrada, que trasbordava de arroz de favas. […] Jacinto sempre detestara favas. Tentou todavia uma garfada tímida. De novo os seus olhos, alargados pelo assombro, procuraram os meus. Outra garfada, outra concentração… E eis que o meu dificílimo amigo exclama: — Está ótimo! Eram os picantes ares da serra? Era a arte deliciosa daquelas mulheres que em baixo remexiam as panelas, cantando o «Vira, meu bem»? Não sei — mas os louvores de Jacinto a cada travessa foram ganhando em amplidão e firmeza. E diante do frango louro, assado no espeto de pau, terminou por bradar: — Está divino!

45

ANÁLISE DO DISCURSO

DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE



«Estava realmente bom: tinha fígado e tinha moela: o seu perfume enternecia.»



«Eram os picantes ares da serra? Era a arte deliciosa daquelas mulheres que em baixo remexiam as panelas, cantando o «Vira, meu



bem»?»

EXCERTO C



5

10

15

20

Eu citei, com discreta malícia, Schopenhauer e o «Ecclesiastes»… Mas Jacinto ergueu os ombros, com seguro desdém. A sua confiança nesses dois sombrios explicadores da vida desaparecera, e irremediavelmente, sem poder mais voltar, como uma névoa que o sol espelha. Tremenda tolice! […] De resto, desses dois ilustres pessimistas, um, o alemão, que conhecia ele da vida — dessa vida de que fizera, com doutoral majestade, uma teoria definitiva e dolente? […] Um dogmatiza funebremente sobre o que não sabe — e o outro sobre o que não pode. Mas que se dê a esse bom Schopenhauer uma vida tão completa como a de César, e onde estará o seu schopenhauerismo? Que se restitua a esse sultão, besuntado de literatura, que tanto edificou e professorou em Jerusalém, a sua virilidade — e onde estará o «Ecclesiastes»? De resto, que importa bendizer ou maldizer a vida? Afortunada ou vã, ela tem de ser vivida. Loucos aqueles que, para a atravessar, se embrulham desde logo em pesados véus de tristeza e desilusão, de sorte que na sua estrada tudo lhes seja negrume, não só as léguas realmente escuras, mas mesmo aquelas em que cintila um sol amável. Na terra tudo vive — e só o homem sente a dor e a desilusão da vida. […] Em resumo, para reaver a felicidade, é necessário regressar ao Paraíso — e ficar lá, quieto, na sua folha de vinha, inteiramente desguarnecido de civilização, contemplando o anho aos saltos entre o tomilho, e sem procurar, nem com o desejo, a árvore funesta da Ciência! Dixit! Eu escutava, assombrado, este Jacinto novíssimo.



«De resto, desses dois ilustres pessimistas, um, o alemão, que conhecia ele da vida — dessa vida de que fizera, com doutoral majes-



tade, uma teoria definitiva e dolente? […] Um dogmatiza funebremente sobre o que não sabe — e o outro sobre o que não pode. Mas



que se dê a esse bom Schopenhauer uma vida tão completa como a de César, e onde estará o seu schopenhauerismo? Que se restitua



a esse sultão, besuntado de literatura, que tanto edificou e professorou em Jerusalém, a sua virilidade — e onde estará o «Ecclesias-



tes»? De resto, que importa bendizer ou maldizer a vida? Afortunada ou vã, ela tem de ser vivida. Loucos aqueles que, para a atraves-



sar, se embrulham desde logo em pesados véus de tristeza e desilusão, de sorte que na sua estrada tudo lhes seja negrume, não só as



léguas realmente escuras, mas mesmo aquelas em que cintila um sol amável. Na terra tudo vive — e só o homem sente a dor e a



desilusão da vida. […] Em resumo, para reaver a felicidade, é necessário regressar ao Paraíso — e ficar lá, quieto, na sua folha de



vinha, inteiramente desguarnecido de civilização, contemplando o anho aos saltos entre o tomilho, e sem procurar, nem com o desejo,



a árvore funesta da Ciência!»



5.1 Apresenta três marcas inequívocas da presença do discurso indireto livre nos excertos transcritos.





As três marcas evidentes são as reticências, o travessão e os pontos de interrogação e exclamação.







46

LÍNGUA, VARIAÇÃO E MUDANÇA UNIDADE 3 Ficha informativa 7 «Estilos ou registos de língua»

1. C  ompleta o texto com os vocábulos abaixo apresentados, aplicando os conhecimentos que já possuis acerca dos estilos ou registos de língua. afetivo

formais

positiva

sociais

estatuto

cuidado

geográficas

proximidade

social

língua

distância

grupos

regiões

uniforme

situacionais

espontâneo

informais

relação

variação

viva

viva O português, uma língua , que ao longo dos séculos se estendeu uniforme , dado que uma propriepelas mais diversas regiões do mundo, não é variação dade comum a todas as línguas vivas é a . Assim sendo, a língua portuguesa não é falada de modo igual, ou seja, a língua varia em função das regiões grupos geográficas, do tempo, dos sociais e das circunstâncias em que a utilizamos. Logo, podem distinguir-se: sociais • Variedades — a língua portuguesa varia consoante a classe e a profissão dos falantes; • Variedades situacionais — a língua varia em função das circunstâncias, resultando da situação em que o falante se encontra; • Variedades geográficas — a língua varia, tendo em conta as diferentes regiões do País, existindo diferenças na utilização da nossa língua por parte das pessoas ou locais diversos. Facilmente se constata que há diferenças entre a pronúncia e o vocabulário de um transmontano e o de um alentejano. formais Pode dizer-se que temos registos de língua e informais que concretizam as diferentes variedades sociais e situacionais. Numa situação formal, cuidado implica haver um registo . Num contexto informal, pode admitir-se um registo de língua mais espontâneo e simplificado. Um dos fatores que mais condiciona a variação estilística dos falantes é o grau de distância entre o locutor e o interlocutor. A distância pode ser de caráafetivo social ter ou de caráter . Os falantes, consoante o momento e a situação, adotam um estilo mais adequado e pertinente à situação concreta de estatuto relação comunicação: o , o grau de conhecimento ou a afetiva. Na formalidade de caráter social, a distância entre os interlocutores varia, tendo em conta o estatuto social e o grau de conhecimento que existe entre eles. Em determinados contextos em que não há proximidade , o falante recorre a um estilo mais formal. Contrariamente, quando existe uma relação de intimidade ou em que os estatutos sociais são idênticos entre os falantes, espera-se um estilo informal. positiva Quanto à formalidade de caráter afetivo, uma relação afetiva ou de solidariedade privilegia o uso de estilos informais. Pelo contrário, numa relação negativa, de conflito, favorece-se a utilização de estilos mais formais. língua Em suma, a é una, mas pode apresentar variedades a nível da sua realização.

47

LÍNGUA, VARIAÇÃO E MUDANÇA

REGISTOS DE LÍNGUA

2. Lê com atenção todos os textos abaixo propostos (de A a G).



TEXTO A

Ao telefone…

5

10

— Tá, quem fala? — Oi, miga! Sou a Raquel. Tudo bem? — Há quanto tempo, mulher… — Obrigadinha pela encomenda. Tive para te ligar ontem… Só que, entretanto, esqueci-me… — Quando precisares, é só dizeres. Atão, conta-me coisas… — Tá tudo igualzinho… — Por aqui, também está tudo na mesma como a lesma. — Quando te der jeito, diz qualquer coisa para nos encontrarmos, ok? — Combinado! Até um dia destes. Beijinho. — Xau! Beijinho. Texto das autoras.



TEXTO B

Bailarinas caleidoscópicas

5

10

15

As borboletas são criaturas fascinantes. As suas múltiplas curiosidades (biológicas, ecológicas, evolutivas e de interação com o Homem) e os encantadores padrões coloridos das suas asas, que parecem saídos de uma paleta divina, não deixam ninguém indiferente. […] Tanto as borboletas diurnas (ropalóceros) como as noturnas (traças ou heteróceros) pertencem à ordem dos lepidópteros (denominação de origem grega que significa literalmente «escamas nas asas»), a segunda mais numerosa do grupo de insetos. Esta alberga cerca de 165 mil espécies a nível mundial, das quais 2200 ocorrem em Portugal. De um modo geral, são invertebrados bastante cosmopolitas. Aparecem em todos os continentes e podem encontrar-se desde o equador até às regiões polares. Contudo, visto que são animais ectotérmicos, bastante dependentes da temperatura ambiente, a sua observação em climas temperados e frios circunscreve-se aos meses mais quentes e soalheiros, nomeadamente à primavera e ao verão. Durante o resto do ano, raramente são vistos, mantendo-se abrigados (em hibernação) em esconderijos naturais (grutas, minas e troncos de árvores) e construções humanas (celeiros, pontes, cavidades de muros e habitações). in Super Interessante (excerto), n.º 159, julho de 2011 (adaptado).

48

REGISTOS DE LÍNGUA



LÍNGUA, VARIAÇÃO E MUDANÇA

TEXTO C

Nota da semana

5

10

15

Cético e dececionado, eu me confesso, com toda a situação política, social, económica e ética que se vive na Europa e, muito particularmente, no nosso país. Chamem-me pessimista e tudo o que quiserem, mas que estou profundamente desencantado, estou. Desencantado e cansado de tanto ruído, trapalhadas, falta de bom senso, falta de estratégias credíveis, aumento da crise, promessas utópicas, expectativas defraudadas, falta de respeito pelas pessoas, linguagem desbragada, cenas obscenas e altamente ofensivas de pessoas e estruturas. Enfim… um desfilar de despautérios de toda a ordem, sem fim. Cansado de tudo, decidi, um dia destes, retirar-me para um local onde a Natureza me oferece momentos de paz interior, sossego para o espírito e remédio para alguma angústia que já se vai apoderando de mim, na incerteza do amanhã. E o amanhã é já agora. […] Dizia, saí de casa e fui até à Mata do Hospital, um dos símbolos de Arganil, que agora está realmente atraente e bem cuidada e proporciona momentos de lazer e de meditação inexcedíveis. Ali chegado, sentei-me e comecei a ler mas, apesar de a leitura ser agradável, preferi suspendê-la e procurar escutar, «ler» e entender a Natureza que, ali, nos brinda quase com uma pureza original, atrevo-me a dizer, semelhante à do Éden onde Deus colocou o primeiro par humano. Ramos Mendes, in A Comarca de Arganil (excerto), n.º 11 979 — II série, 25 de outubro de 2012 (adaptado).



TEXTO D

5

10

A rapariga — era a trigueirinha que me matara a fome — chegou-se a mim toda fagueira e, vai, arrumei o lódão a um canto, apertei a faixa na cinta, e rompemos a bailar. Dianho de pequena, era leve como uma andorinha! Por leve nunca julguei que alguém me rendesse, mas aquela levava-me as lampas. Leve e então com uma ária, uma graça, pai do céu, que nem rainha escondida nos trajos de camponesa! Por ali acima, nos volteios e repeniques da chula, breve éramos o alvo de todos os reparos. E já os olhos castanhos sorriam para os meus, confiados; e já eu, peito contra peito, lhe dizia que viera àquela terra por meu mal. Numa das pausas da chula, o noivo veio-me saudar, mais a noiva, que era donzela jeitosinha e de agradável parecer. E beba, e dance, e viva, todos me festejavam. Rita não se apartava do pé de mim, e de ver-lhe os olhos mais doces, e ouvir-lhe a voz mais meiga, vinho ou quer que era começou a trepar-me à cabeça. Aquilino Ribeiro, O Malhadinhas, Bertrand Editora, 1994 (excerto).

49

LÍNGUA, VARIAÇÃO E MUDANÇA



REGISTOS DE LÍNGUA

TEXTO E

Senhor Presidente da Assembleia da República, Senhor Primeiro-Ministro e Membros do Governo, Senhoras e Senhores Deputados, Senhoras e Senhores, 5

10

15

20

Ao iniciar funções como Presidente da República, quero começar o meu mandato saudando o povo português de uma forma muito calorosa. Saúdo todos os Portugueses, quer os que vivem no nosso país, no Continente e nas Regiões Autónomas, quer os que engrandecem o nome de Portugal nas comunidades da Diáspora. Saúdo os Portugueses que me ouvem mas também aqueles que, através da língua gestual, acompanham a palavra fraterna que lhes quero dirigir neste dia. De todos serei Presidente. Serei Presidente dos Portugueses que me honraram com o seu voto mas também daqueles que o não fizeram. É perante todos, sem exceção, que aqui assumo o compromisso solene de cumprir e fazer cumprir a Lei Fundamental da nossa República. […] Foi especialmente a pensar nos jovens que decidi recandidatar-me à Presidência da República. A eles dediquei a vitória que os Portugueses me deram. Agora, no momento em que tomo posse como Presidente da República, faço um vibrante apelo aos jovens de Portugal: ajudem o vosso país! […] Sonhem mais alto, acreditem na esperança de um tempo melhor. Acreditem em Portugal, porque esta é a vossa terra. É aqui que temos de construir um país à altura das nossas ambições. Estou certo de que, todos juntos, iremos vencer. Obrigado! Discurso de Tomada de Posse do Presidente da República, 9 de março de 2011 (texto com supressões).



TEXTO F

Entre colegas…

5

— Amanhã, temos teste de Português. Já estudaste muito, betinho? — Claro, não deixo tudo para a última como tu… És um baldas! — As cábulas são um excelente auxiliar de memória! — E achas que é com os copianços que vais a algum lado?! Só te estás a enganar a ti próprio… — Oh! Eu não consigo ser marrão como tu… Não fazes mais nada senão estudar…, até mesmo nos furos… — E tu devias fazer o mesmo. Se continuas com as negas, vais chumbar de certeza. Texto das autoras.

50

REGISTOS DE LÍNGUA

LÍNGUA, VARIAÇÃO E MUDANÇA

TEXTO G



Maldita crise…

5

10

— Tás uma beca pensativo, mano! O que se passa, pá? — Esta cena da crise, dá-me bué a volta ao miolo… — Desembucha, pá… — À pala da crise, os meus cotas estão preocupados tótil com as despesas… — Que cena marada! Precisas de carcanhol? — Ya, meu! Tenho de arranjar alguma cena para ganhar algum guito, tás a ver? — Sem stress, meu… Vais conseguir… Tens alguma cena na cabeça? — Ainda não, tipo não tenho ideia nenhuma… — Espera, mano! Já tenho paletes de ideias para te ajudar. — És um bacano! — Conta comigo! — Tá-se bem… Texto das autoras.



2.1 Classifica os textos que acabaste de ler como formais ou informais.



TEXTO A — Informal



TEXTO B — Formal



TEXTO C — Formal



TEXTO D — Formal



TEXTO E — Formal



TEXTO F — Informal



TEXTO G — Informal

3. C  lassifica (X) como verdadeiras ou falsas as afirmações seguintes. Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s). V

F

Correção

b) A  variação social designa as particularidades linguísticas associadas  a determinadas zonas territoriais.

X

… associadas à classe social e à profissão dos falantes.

c) U  m mesmo falante expressar-se-á de maneira igual num estádio de futebol  e numa entrevista de emprego.

X

… expressar-se-á de forma distinta num estádio de futebol e numa entrevista de emprego.

a) U  m falante pode usar diversos estilos linguísticos de acordo com a situação comunicativa em que participa.

d) O  s fatores que originam a existência de vários registos de língua são: o espaço geográfico, a circunstância e o grupo social e cultural.

X

X

51

LÍNGUA, VARIAÇÃO E MUDANÇA

PALAVRAS DIVERGENTES E CONVERGENTES

UNIDADE 2 Ficha informativa 5 «História da língua portuguesa»

1. C  ompleta o texto com os termos da caixa aplicando os conhecimentos que já possuis acerca das palavras divergentes e convergentes. alterações

divergentes

erudita

grandes

latim

convergentes

duas

étimo

homonímia

popular

latim A língua portuguesa provém, essencialmente, do , chegando duas popular erudita até nós através de vias: a ea . No que diz respeito à primeira, estamos perante um processo em que os vocábulos grandes sofreram modificações, afastando-se do seu étimo. Relativamente à alterações segunda, pode afirmar-se que as palavras não sofreram praticamente , étimo mantendo-se próximas do seu . As palavras que apresentam formas diferentes, mas que provêm do mesmo étimo divergentes (palavra latina inicial), denominam-se palavras . convergentes As palavras apresentam a mesma forma, apesar de terem étihomonímia mos diferentes, e dão origem à .

2. Preenche o quadro escrevendo as palavras divergentes dos étimos latinos indicados.

52

Étimo latino

Via erudita

Via popular

arena(m)

arena

areia

atriu(m)

átrio

adro

catedra(m)

cátedra

cadeira

clamare

clamar

chamar

duplu(m)

duplo

dobro

frigidu(m)

frígido

frio

integru(m)

íntegro

inteiro

legale(m)

legal

leal

macula(m)

mácula

mancha; mágoa; malha

masculu(m)

másculo

macho

materia(m)

matéria

madeira

matre(m)

madre

mãe

oculu(m)

óculo

olho

palatiu(m)

palácio

paço

parabola(m)

parábola

palavra (cont.)

PALAVRAS DIVERGENTES E CONVERGENTES

LÍNGUA, VARIAÇÃO E MUDANÇA

(cont.) Étimo latino

Via erudita

Via popular

patre(m)

padre

pai

plaga(m)

plaga

praga; chaga; praia

plenu(m)

pleno

cheio

plumbu(m)

plúmbeo

chumbo; prumo

sigillu(m)

sigilo

selo

solitariu(m)

solitário

solteiro

3. C  ompleta o quadro com as palavras convergentes que se formaram a partir dos étimos latinos apresentados bem como a classe de palavras a que estas pertencem. Étimo latino

Palavra portuguesa

Classe de palavras

cantus canthus

canto (de pássaro)

Nome

canto (da sala)

Nome

filo fido

fio

Nome

fio

Forma verbal

rivu rideo

rio

Nome

rio

Forma verbal

são

Adjetivo

sanu sanctu sunt

vanu vadunt

quomodo comedo

santo/são

Adjetivo

são

Forma verbal

vão

Nome

vão

Adjetivo

vão

Forma verbal

como

Conjunção/advérbio

como

Forma verbal

4. Classifica as palavras seguintes como divergentes ou convergentes. Evolução a partir do étimo latino a)

NATA NATAT

> nada (advérbio) > nada (forma verbal)

b)

PLANU >

c)

LIBRU LIBERO

d)

ALIENARE >

plano chão

> livro (nome) > livro (forma verbal) alienar alhear

Classificação Palavras convergentes Palavras divergentes Palavras convergentes Palavras divergentes

53

LÉXICO

ARCAÍSMOS 1. Descobre no crucigrama os arcaísmos solicitados com a ajuda das indicações dadas.

a) O mesmo que «sorte».



b) Igual a «também».



c) Sinónimo de «favor».



d) O mesmo que «alegre».



e) Sinónimo de «depressa».



f) Sinónimo de «verão».



g) O mesmo que «entusiasmo».

g)

A



h) Igual a «quieto».

h)



i) Sinónimo de «maneira».

a)

V

E

N

T

U

R

A

b)

A

R

c) M

E

R

C

d)

L

E

D

A

e)

A

S

I

N

H

A

f)

E

S

T

I

O

R

D

I

M

E

N

T

Q

U

E

D

O

i)

G

U

I

S

E

O

A

2. N  o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, estão presentes vários arcaísmos. Considera os que a seguir se apresentam e procede à sua atualização.

54

Arcaísmo

Forma atual

Arcaísmo

Forma atual

almário

armário

ua ˜

uma

arrecear

recear

i



assi

assim

leixar

deixar

avantagem

vantagem

mi

mim

carrega

carga

molher

mulher

co

com

mui

muito

cousa

coisa

nam

não

costumagem

costume

pelejar

lutar

dependurado

pendurado

pera

para

detença

demora

pola

pela

dizede

dizei

prestes

rapidamente

dolor

dor

rondão

confusão

ego

eu

samica

talvez

enleo

enleio/enredo

sandeu

tolo/ingénuo

enuco

eunuco

simpreza

simplicidade

ess’hora

nessa hora

siquer

sequer/ao menos

fantesia

fantasia

sam

são

fretastes

alugaste

solemente

somente

giolho

joelho

tristura

tristeza

guarecer

salvar-se

uxiquer

em qualquer parte

LÉXICO

NEOLOGISMOS Empréstimo 1. Completa o quadro registando o significado de cada um dos empréstimos apresentados. Empréstimo

Significado

Empréstimo

Significado

clip

peça de metal para prender folhas de papel

marketing

ações e técnicas que visam implantar certa estratégia comercial

douche

banho de chuveiro

ranking

classificação

facebook

nome de rede social

software

conjunto de programas de computador

holding

empresa proprietária de ações de outras sociedades

sushi

prato da culinária japonesa que consiste numa combinação de arroz e peixe cru

Acrónimo 2. Faz a extensão dos acrónimos apresentados.

a) larápio — Lucius Antonius Rufus Appius (nome de um pretor romano corrupto)



b) radar — radio detecting and ranging



c) TAC — tomografia axial computorizada



d) sonar — sound navigation ranging

Sigla 3. Faz a extensão das seguintes siglas.

a) DGS — Direção-geral da Saúde



b) FSE — Fundo Social Europeu



c) PSD — Partido Social Democrata



d) RTP — Radiotelevisão Portuguesa

Amálgama 4. Descobre as palavras que estiveram na origem da criação das amálgamas que se seguem.

a) diciopédia —

dicionário + enciclopédia



c) motel —



b) expofarma —

exposição + fármacos



d) portinglês —

motor + hotel português + inglês

Truncação 5. Regista na íntegra as palavras que correspondem às seguintes formas truncadas.

a) Alex —

Alexandre



c) eco —



b) disco —

discoteca



d) otorrino —

ecologia otorrinolaringologista

55

FONÉTICA E FONOLOGIA

PROCESSOS FONOLÓGICOS

UNIDADE 2 Ficha informativa 5 «História da língua portuguesa»

Adição 1. Completa as frases que se seguem e recorda os processos de adição de fonemas. inicial



a) A prótese consiste na inserção de um som ou segmento em posição



b) A epêntese resulta da introdução de um segmento em posição



c) A paragoge define-se pela adição de um som ou segmento na articulação do da palavra.

medial

de palavra. de palavra. final

2. P  reenche o quadro que se segue identificando os processos fonológicos que ocorreram na evolução dos vocábulos apresentados.

56

Vocábulo

Processo(s) fonológico(s)

Vocábulo

Processo(s) fonológico(s)

abaxa > abaixa (pop.)

epêntese

mar > mari (pop.)

paragoge

acrecentamento > acrescentamento

epêntese

mi > mim

paragoge

alguas > algumas

epêntese

mostrar > amostrar (pop.)

prótese

amor > amore (pop.)

paragoge

mui > muito

paragoge

ante > diante

prótese

nacidos > nascidos

epêntese

assi > assim

paragoge

no > não

epêntese

blusa > belusa (pop.)

epêntese

paje > pajem

paragoge

boneco > bonecro (pop.)

epêntese

perla > pérola

epêntese

cantar > cantari (pop.)

paragoge

pexes > peixes

epêntese

club > clube

paragoge

querês > quereis

epêntese

co > com

paragoge

recear > arrecear (pop.)

prótese

crece > cresce

epêntese

sabês > sabeis

epêntese

creo > creio

epêntese

scribere > escrever

prótese

debaxo > debaixo

epêntese

ski > esqui

prótese

dino > digno

epêntese

speculu > espelho

prótese

enleos > enleios

epêntese

spiritu > espírito

prótese

flor > flori (pop.)

paragoge

stare > estar

prótese

humile > humilde

epêntese

stand > stande

paragoge

inda > ainda

prótese

stella > estrela

prótese

Jesu > Jesus

paragoge

thunu > atum

prótese

levantar > alevantar (pop.)

prótese

tirar > atirar

prótese

mandar > amandar (pop.)

prótese

tornera > torneira

epêntese

PROCESSOS FONOLÓGICOS

FONÉTICA E FONOLOGIA

Supressão 1. Completa as frases que se seguem e recapitula os processos de supressão de fonemas. inicial



a) A aférese consiste na supressão de um som ou segmento em posição



b) A síncope resulta da queda de um segmento em posição



c) A apócope define-se pelo apagamento de um som ou segmento na articulação do da palavra.

medial

de palavra.

de palavra. final

2. P  reenche o quadro que se segue identificando os processos fonológicos que ocorreram na evolução dos vocábulos apresentados. Vocábulo

Processo(s) fonológico(s)

Vocábulo

Processo(s) fonológico(s)

acume > gume

aférese

escuitaram > escutaram

síncope

ainda > inda (pop.)

aférese

está > tá (pop.)

aférese

ajuntam > juntam

aférese

et > e

apócope

alevantando > levantando

aférese

faze > faz

apócope

amat > ama

apócope

fruito > fruto

síncope

amare > amar

apócope

generu > genro

síncope

amostra > mostra

aférese

homem > home (pop.)

apócope

animales > animaes

síncope

legenda > lenda

síncope

apousentos > aposentos

síncope

leite > lete (pop.)

síncope

ardiles > ardis

síncope

lençoles > lençóis

síncope

assentados > sentados

aférese

limones > limões

síncope

asinu > asno

síncope

magis > mais

síncope

avantagem > vantagem

aférese

male > mal

apócope

avicella > Vizela

aférese

moesteiro > mosteiro

síncope

calidu > caldo

síncope

mundanal > mundano

apócope

cárrega > carga

síncope

nunquam > nunca

síncope

clavem > clave

apócope

obispo > bispo

aférese

comença > começa

síncope

papeles > papees

síncope

cruce > cruz

apócope

para > pra (pop.)

síncope

crudele > cruel

síncope

poeremos > poremos

síncope

dat > dá

apócope

rosam > rosa

apócope

debere > dever

apócope

sibi > si

apócope

domina > dona

síncope

sólio > solo

síncope

enamorar > namorar

aférese

totum > todo

apócope

enxuito > enxuto

síncope

viride > verde

síncope

57

FONÉTICA E FONOLOGIA

PROCESSOS FONOLÓGICOS

Alteração/permuta de segmentos 1. A  fim de relembrares os processos de alteração/permuta de segmentos, liga os elementos da coluna A aos da coluna B. A

B

(a) P  rocesso fonológico que consiste na troca de posição de um segmento ou de uma sílaba no interior de uma palavra.





(b) P  rocesso fonológico em que um segmento se torna semelhante a um segmento vizinho pela aquisição de traços fonéticos desse segmento.





(c) Processo de contração ou fusão de dois segmentos vocálicos num só.



(d) Processo fonológico do qual resulta o vozeamento de sons não sonoros.



• •

(e) P  rocesso de assimilação no qual um segmento (vogal ou consoante) adquire o ponto de articulação palatal de um segmento palatal vizinho.



(f) P  rocesso fonológico em que se observa a transformação de uma vogal em dois segmentos (uma vogal e uma semivogal).



(g) P  rocesso fonológico em que um segmento se afasta de um segmento vizinho através da perda de traços fonéticos comuns a esse segmento.



(h) P  rocesso fonológico que consiste na transformação de uma consoante em vogal ou semivogal.



(i) P  rocesso que consiste na transformação de uma vogal oral em vogal nasal através da aquisição do traço fonético de nasalidade, por influência de um som nasal vizinho.



(j) P  rocesso em que se verifica o enfraquecimento de uma vogal que se encontra em posição não acentuada (posição átona).



• • • • • •

(1) Assimilação

(2) Crase

(3) Redução vocálica

(4) Dissimilação

(5) Metátese

(6) Nasalização

(7) Palatalização

(8) Sinérese

(9) Sonorização

(10) Vocalização

2. P  reenche o quadro que se segue identificando os processos fonológicos que ocorreram na evolução dos vocábulos apresentados.

58

Vocábulo

Processo(s) fonológico(s)

Vocábulo

Processo(s) fonológico(s)

absentem > ausente

vocalização

assi > assim

nasalização

acutum > agudo

sonorização

atá > até

dissimilação

agua > auga (pop.)

metátese

avantal > avental

dissimilação

alteru > outro

vocalização

bilancia > balança

assimilação

amicu > amigo

sonorização

bolo > bolinho

redução vocálica

animaes > animais

sinérese

calamellu > caramelo

dissimilação

antrecosto > entrecosto

assimilação

caldo > caurdo

vocalização

area > areia

sinérese

canes > cães

nasalização

armário > almário

dissimilação

caput > cabo

sonorização (cont.)

PROCESSOS FONOLÓGICOS

FONÉTICA E FONOLOGIA

(cont.) Vocábulo

Processo(s) fonológico(s)

Vocábulo

Processo(s) fonológico(s)

casa > casinha

redução vocálica

locusta > lagosta

sonorização

cito > cedo

sonorização

lupum > lobo

sonorização

coor > cor

crase

maritu > marido

sonorização

coviis > covis

crase

mata > matagal

redução vocálica

dae > dai

sinérese

merlo > melro

metátese

dedi > dei

sinérese

mihi > mim

nasalização

dereito > direito

dissimilação

ministro > menistro

dissimilação

door > dor

crase

muito > muinto

nasalização

dormir > dromir (pop.)

metátese

nec > nem

nasalização

eo > eu

sinérese

octo > oito

vocalização

factus > feito

vocalização

pee > pé

crase

fermosa > formosa

assimilação

pera > para

assimilação

filium > filho

palatalização

persoa > pessoa

assimilação

fine > fim

nasalização

pluvia > chuva

palatalização

flammam > chama

palatalização

porta > portão

redução vocálica

florem > frol

metátese

primarium > primairo

metátese

folia > folha

palatalização

quattuor > quatro

metátese

guardenapo > guardanapo

assimilação

ree > rei

sinérese

hodie > hoje

palatalização

regnu > reino

vocalização

inflare > inchar

palatalização

rológio > relógio

dissimilação

inter > entre

metátese

semper > sempre

metátese

ipse > esse

assimilação

seniore > senhor

palatalização

jentar > jantar

assimilação

supitamente > subitamente

sonorização

lãa > lã

crase

terno > ternurento

redução vocálica

lee > lei

sinérese

venio > venho

palatalização

leer > ler

crase

ventezinho > ventozinho

dissimilação

leones > leões

nasalização

vii > vi

crase

Recapitulando… 1. Identifica os processos fonológicos ocorridos na evolução dos vocábulos que se seguem.

a) credo > creo > creio — síncope + epêntese



b) oculu > oclu > olho — síncope + palatalização



c) panatarium > paadeiro > padeiro — apócope + síncope + crase 59

RETÓRICA

FIGURAS (OU RECURSOS EXPRESSIVOS)

UNIDADE 4 Ficha informativa 9 «O estilo»

1. Explica, por palavras tuas, o que entendes por figuras/recursos expressivos.

As figuras são recursos utilizados, por parte do escritor, para enriquecer um texto, tornar a linguagem mais original, mais sugestiva



e mais eficaz, ou seja, constituem estratégias intencionais que o escritor utiliza para melhorar e embelezar o texto, dando maior



expressividade à sua mensagem. Assim sendo, as figuras são processos enriquecedores de um texto artístico ou literário.

2. Identifica os recursos expressivos presentes nos seguintes segmentos frásicos, retirados do conto «Civilização», de Eça de Queirós. Exemplos

Figuras

a) « Tique, tique, tique! Dlim, dlim, dlim! Craque, craque, craque! Trrre, trrre, trrre!...»

onomatopeia

b) «[…] era a sala de jantar, pelo seu arranjo compreensível, fácil e íntimo.»

adjetivação

c) « […] águas geladas, águas carbonatadas, águas esterilizadas, águas gasosas, águas de sais, águas minerais […].»

repetição

d) «O divino artista que está nos Céus compusera […].»

perífrase

e) « Os espertos regatos riam, saltando de rocha em rocha. Finos ramos de arbustos floridos roçavam as nossas faces, com familiaridade e carinho.»

personificação

f) « […] camas de penas, poltronas, divãs, lâmpadas de Carcel, banheiras de níquel, tubos acústicos para chamar os escudeiros, tapetes persas para amaciar os soalhos.»

enumeração

g) « Por fim, largámos numa manhã de junho, com o Grilo e trinta e sete malas.»

hipérbole

h) « Tal prato desse mestre incomparável parecia, pela ornamentação, pela graça florida dos lavores, pelo arranjo dos coloridos frescos e cantantes, uma joia esmaltada do cinzel de Cellini ou Meurice.»

metáfora

3. A  ssinala (X) a(s) afirmação(ões) que consideras correta(s). As figuras

a) são dispensáveis à compreensão e à estética literárias.



X b) enriquecem o texto.



X c) são recursos intencionais que o autor utiliza para melhorar e embelezar o texto.



X d) tornam o texto mais expressivo.



e) são desprovidas de intenção por parte do escritor.



f) fazem com que o texto seja menos criativo e original.

60

FIGURAS (OU RECURSOS EXPRESSIVOS)

RETÓRICA

4. Identifica os recursos expressivos descritos. Uso abundantemente adjetivos para qualificar o mesmo nome.



Adjetivação

1.

Encadeio as palavras ou ideias numa ordem progressiva ou regressiva.



Estabeleço o contraste ou oposição entre duas ideias.



Antítese

4.

Comparação

7.



10.

Personificação



13.

Anáfora



16.

Ironia



19.

Metáfora

Hipérbole

6.

Aliteração

8.

Altero a ordem normal das palavras.



11.

Onomatopeia

14.

Enumeração



17.

Sinédoque



20.

Perífrase

12.

Eufemismo

Represento ideias, conceitos ou princípios morais/religiosos através de determinadas personagens.



15.

Alegoria

Repito uma palavra ou ideia já expressa.



Designo através de vários vocábulos aquilo que se pode dizer numa só palavra.



Anástrofe

9.

Expresso, de uma forma suave, uma ideia ou realidade desagradável.

Exprimo o todo pela parte ou vice-versa.

Associo duas ideias diferentes.





Apresento sucessivamente vários elementos.

Utilizo palavras com sentido contrário ao verdadeiro.



Expresso, de forma exagerada, uma realidade, positiva ou negativamente.

Uso palavras que imitam sons, ruídos, vozes de animais, movimentos, …

Repito uma ou mais palavras no início dos versos ou frases.



Apóstrofe

5.

Repetição

3.

Repito sucessivamente sons consonânticos idênticos.

Atribuo qualidades ou comportamentos humanos a seres inanimados.





Invoco ou interpelo alguém ou alguma coisa.

Estabeleço uma relação de semelhança entre duas ideias ou coisas através de uma palavra ou expressão comparativa ou de verbos a ela equivalente.



Gradação

2.

Repito uma ou mais palavras.

18.

Pleonasmo

Substituo um nome próprio por uma expressão sugestiva, uma qualidade ou atributo.



21.

Antonomásia

61

RETÓRICA

FIGURAS (OU RECURSOS EXPRESSIVOS)

5. Considera o poema transcrito.

Os olhos das crianças

5

Estes olhos vazios e brilhantes que na criança se abrem para o mundo, não amam, não temem, não odeiam, não sabem como a morte existe.

10

© Gettyimages

São terríveis. Porque a vida é isto. O amor, o medo, o ódio, a mesma morte, e este desejo de possuir alguém, os aprendemos. Nunca mais olhamos com tal vazio dentro das pupilas. São terríveis. Porque a vida é isto. Jorge de Sena, Poesia III, Edições 70, 1989.



5.1 Completa o quadro com elementos do texto. Figuras



«vazios e brilhantes» (v. 1)

Anáfora

«não amam, / não temem, / não odeiam, / não sabem como a morte existe.» (vv. 3-6)

Enumeração

«O amor, o medo, o ódio, a mesma morte,» (v. 9)

«São terríveis. / Porque a vida é isto.»

5.3 Inspira-te no poema acima e cria um texto poético em duas quadras com a mesma temática, onde terás de usar as mesmas figuras referidas em 5.1.

62

Dupla adjetivação

5.2 Como reparaste, pode dizer-se que este texto poético apresenta refrão. Transcreve-o.



Exemplos

Resposta livre.

FIGURAS (OU RECURSOS EXPRESSIVOS)

RETÓRICA

Um anúncio publicitário, para atingir o objetivo de persuadir e incentivar o consumo daquilo que publicita, serve-se de figuras/recursos expressivos. 6. O  bserva atentamente o anúncio publicitário. Relembrando o que aprendeste acerca das figuras, seleciona a opção que te permite obter uma afirmação correta.



6.1 A figura utilizada na frase «Portugal precisa que estudes.» é a (A) ironia.







(C) anástrofe.

X (D) anáfora.

Reforço da mensagem.

6.3 Ainda no texto argumentativo, assiste-se ao elenco de várias ações. Logo, está presente uma (A) adjetivação.

(B) hipérbole.

X (C) enumeração.

(D) alegoria.

6.4 Na frase «Somos livros» (canto inferior direito), estamos perante uma (A) antonomásia.



(B) aliteração.

6.2.1 Fundamenta a tua opção.



Utilização do todo pela parte.

(A) repetição.



(D) apóstrofe.

6.2 No texto argumentativo, a estratégia utilizada é a



X (C) sinédoque.

6.1.1 Justifica a tua escolha.



(B) antítese.



(B) personificação.

X (C) metáfora.

(D) perífrase.

6.4.1 Comprova a tua resposta.



Associação de duas realidades distintas.

63

REPRESENTAÇÃO ORTOGRÁFICA

ACENTUAÇÃO 1. Acentua convenientemente as palavras que se seguem.

a) acolá acola

e) girassóis girassois

i) nivel nível

m) possivel m) possível



b) além alem

f) juizo juízo

j) otimo ótimo

n) questionario questionário



c) conteúdos conteudos

g) lapis lápis

k) parabens parabéns

o) titulo título



d) exercício exercicio

h) mantem mantém

l) petalas pétalas

p) zoologico zoológico

2. Todas as palavras que se seguem apresentam erros de acentuação gráfica. Corrige-as.

a) averigue averigúe

e) deem dêem

i) leem lêem

m) pêra m) pera



b) boia bóia

f) heroico heróico

j) para pára

n) polo pólo



c) pressupor pressupôr

g) jiboia jibóia

k) paranoico paranóico

o) repor repôr



d) creem crêem

h) joia jóia

l) pelo pêlo

p) veem vêem



2.1 Justifica as correções que efetuaste.

a) Não se acentuam graficamente as formas verbais com ‹u› ou ‹ui› tónicos, precedidos de ‹q› ou ‹g›, pois a vogal ‹u› é sempre pronunciada. b), f), g), h) e k)  Supressão do acento gráfico nas palavras graves com o ditongo ‹oi› tónico. c) e o)  Os verbos derivados de ‹pôr› não são acentuados. d), e), i) e p)  Suprime-se o acento gráfico nas formas verbais com ‹e› tónico fechado ligado à terminação ‹-em›, na 3.ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo. j), l), m) e n)  Perda do acento gráfico em palavras homógrafas. 3. Acentua o seguinte excerto de um conto popular.

Branca-Flor

5

10

Era uma vez um rapaz pobre, muito pobre, que vivia num país pais distante. Tanta era a sua pobreza que ele decidiu ir governar vida em Terras do outro lado do mar. Mas como poderia chegar lá, la, se nem burro nem cavalo o poderiam levar? Então uma noite sonhou. E, no sonho, viu uma grande aguia, águia, voando por sobre a água agua do mar… — E isso! A águia aguia me levará! levara! E foi ter com a águia. aguia. — Levas-me — pediu — até ate às as Terras do outro lado do mar? — Levo, sim, porque tu es és bom e trabalhador, mas teras terás de levar agua água que chegue para um ano, pão que chegue para um ano e carne que chegue para um ano — respondeu a águia aguia forte e poderosa. O rapaz aceitou. Teresa Pires Martins, Era Uma Vez Um Rei, G.C. — Gráfica de Coimbra, 1997.

64

REPRESENTAÇÃO ORTOGRÁFICA

ORTOGRAFIA 1. As palavras que se seguem apresentam erros ortográficos. Reescreve-as corretamente.

a) apartir — a partir



f) entertenimento — entretenimento



b) quizeo — qui-lo



g) expecífico — específico



c) chegem — cheguem



h) ipótese — hipótese



d) derrepente — de repente



i) humurístico — humorístico



e) destinguir — distinguir



j) promenor — pormenor

2. Usa as consoantes «c»,«ç», «s» ou «ss» para completares os vocábulos que se seguem.

a) apre ss ado

d) sal s a

g) ca ç a



b) re c iclar

e) pê ss ego

h) to ss e



c) a ç úcar

f) con s eguir

i) a ç ucena

3. Reescreve as seguintes palavras segundo o novo acordo ortográfico.

a) lectivo — letivo



f) auto-retrato — autorretrato



b) direcção — direção



g) baptizado — batizado



c) actividade — atividade



h) fim-de-semana — fim de semana



d) Setembro — setembro



i) adopção — adoção



e) Inverno — inverno



j) coleccionador — colecionador

4. Escolhe a forma verbal adequada. estudasse



a) A mãe gostaria que ele



b) Muitas vezes,



c)



d) Se ela



4.1 Reescreve as frases a) e b) na negativa.



estuda-se

Canta-se

(estuda-se/estudasse) mais.

(estuda-se/estudasse) só na véspera dos testes.

(Canta-se/Cantasse) muito no duche! cantasse

(canta-se/cantasse) mais vezes, teria um melhor desempenho.

a) A mãe gostaria que ele não estudasse mais.

b) Muitas vezes, não se estuda só na véspera dos testes.



4.1.1 A que conclusão chegaste?



Quando a frase é negativa, o pronome pessoal reflexo (-se) surge antes da forma verbal, como pode ver-se em b).



No caso de a), tal não acontece, pois trata-se do verbo conjugado no imperfeito do conjuntivo.

5. Completa as formas verbais com «-am» ou «-ão».

a) Os rapazes pulavam



b) Amanhã, sairão



c) Antigamente, os jovens ligavam



d) Os jogos online serão



5.1 Sublinha a sílaba tónica nas formas verbais que construíste. pulavam; sairão; ligavam; serão

de tanta felicidade!

os resultados dos exames nacionais. mais à televisão.

sempre os mais procurados. 65

REPRESENTAÇÃO ORTOGRÁFICA

PONTUAÇÃO 1. Pontua o excerto textual que se apresenta.

À contadora de histórias

5

Passaram-se ososanos, Passaram-se anosmãe mãe — muitos muitos! Fiz fiz serões serõese emadrugadas, madrugadas nana esperança esperança de estide esticar car o tempo… o tempo Embalei embalei meninos meninos e ensinei e ensinei meninos meninos — tantos tantos — ee aatodos todosfuifui contando contando as tuas as tuas histórias. histórias Agora, agora parada, parada comcom o silêncio o silêncio por companhia por companhia e julgando-me e julgando-me num mundo num sem mundo fantasias, sem fantasias dei comigo deiacomigo abrir a aarca abrir do ameu arca«bragal»!... do meu bragal Que perfume que perfume delicioso!... deliAlfazema?! cioso alfazema Tomilho?! tomilho Alecrim alecrim ou ou rosmaninho? rosmaninho Nãonão sei… seiSósóseiseique que aquele aquele perfume perfume me inebriou! me inebriou Comecei, comecei então, então a desdobrar, a desdobrar uma uma a auma, umaasasrelíquias relíquiasdaquela daquela «arca» arca onde onde guardo oo meu guardo meupassado, passadopasmando pasmandocom coma ariqueza riqueza dodo meu meu «bragal»! bragal Com com mil mil cuidados, cuidados fui tirando tirando um um tesouro tesouro de de cada cada vez, vez notando notando sempre um delicioso delicioso perfume perfume aa rosas, rosas madressilvaou madressilva outerra terralavrada… lavrada Um um gorjeio gorjeio de depassaritos passaritosservia servia dede música música de fundo… de fundo Teresa Pires Martins, Era Uma Vez Um Rei, G.C. — Gráfica de Coimbra, 1997.

2. A  s frases que se seguem contêm incorreções diversas a nível da pontuação. Corrige-as, retirando ou acrescentando sinais de pontuação.

a) No momento presente, não se pode desanimar e, é preciso procurar outras soluções. Retirar a segunda



b) Tudo o que está registado, foi sentido e vivido pelo seu autor. Retirar a vírgula.



c) É imperioso que todos sintam o desejo de vencer as adversidades, partam estrada fora conheçam o mundo bebam vivências diversificadas. Inserir vírgula e a conjunção coordenativa copulativa «e».



d) Nas revistas semanais encontramos pistas, para ultrapassar a crise. Retirar a segunda vírgula.



e) No verão meu filho vamos fazer uma viagem. Inserir vírgulas.



f) Sugeri ao Manuel, que falasse urgentemente com a Maria. Retirar a vírgula.



2.1 Explicita as alterações que efetuaste nas seguintes alíneas.

vírgula.

a) Foi eliminada a vírgula a seguir à conjunção coordenativa copulativa «e», pois trata-se do fim de uma sequência/enumeração. b) A vírgula usada indevidamente estava a separar o sujeito do predicado da frase, constituindo um erro grave de pontuação.

e) Foram acrescentadas duas vírgulas para isolar o vocativo da frase.

3. Reescreve a anedota que se segue, retirada do livro 365 Piadas, e pontua-a convenientemente.

 ma professora pede aos alunos que escrevam um texto com cem palavras sobre o seu animal prefeU rido a Elisa não tem ideias então começa a escrever no ano passado o meu gato fugiu de casa os meus pais chamaram-no durante toda a noite bichano bichano bichano bichano bichano bichano



Uma professora pede aos alunos que escrevam um texto com cem palavras sobre o seu animal preferido. A Elisa não tem ideias. Então,



começa a escrever: «No ano passado, o meu gato fugiu de casa. Os meus pais chamaram-no durante toda a noite: Bichano! Bichano!



Bichano! Bichano! Bichano! Bichano!...»

66

REPRESENTAÇÃO ORTOGRÁFICA

CONSTRUÇÃO FRÁSICA 1. Deteta as irregularidades de construção que as frases seguintes apresentam e reescreve-as.

a) O livro que mais gostei foi-me dado pelo meu padrinho.



b) Tu já falastes com a Raquel sobre o trabalho de grupo?



O miúdo entreteve-se a tarde toda a brincar com os colegas.

p) Estamos dispostos a pagarmos os estudos aos nossos netos.



Deve haver mais iogurtes no frigorífico para o lanche.

o) O miúdo entreteu-se a tarde toda a brincar com os colegas.



Faz agora oito anos que ele se formou em Medicina.

n) Devem haver mais iogurtes no frigorífico para o lanche.



O impacto foi tão grande que os transeuntes ficaram meio chocados.

m) Fazem agora oito anos que ele se formou em Medicina.



Apesar de a equipa ser profissional, não alcançaram o resultado pretendido.

l) O impacto foi tão grande que os transeuntes ficaram meios chocados.



Este exercício tem a ver/que ver com irregularidades frásicas.

k) Apesar da equipa ser profissional, não alcançaram o resultado pretendido.



Precisa-se de eletricistas comprovadamente competentes.

j) Este exercício tem haver com irregularidades frásicas.



O bebé engordou cerca de trezentos gramas esta semana!

i) Precisam-se de eletricistas comprovadamente competentes.



O Pedro era o mais alto da fila para o almoço.

h) O bebé engordou cerca de trezentas gramas esta semana!



Os alunos devem atingir os objetivos estabelecidos.

g) O Pedro era o mais grande da fila para o almoço.



Ele alcançou a meta sem quaisquer problemas.

f) Os alunos devem de atingir os objetivos estabelecidos.



A diretora de turma interveio junto do Rui para o acalmar.

e) Ele alcançou a meta sem quaisqueres problemas.



A gente vai passar o dia convosco. / Nós vamos passar o dia convosco.

d) A diretora de turma interviu junto do Rui para o acalmar.



Tu já falaste com a Raquel sobre o trabalho de grupo?

c) A gente vamos passar o dia com vocês.



O livro de que mais gostei foi-me dado pelo meu padrinho.

Estamos dispostos a pagar os estudos aos nossos netos.

q) Com o frio que está, eu parece-me a mim que vai nevar.



Com o frio que está, parece-me que vai nevar.

67

REPRESENTAÇÃO ORTOGRÁFICA

CONSTRUÇÃO FRÁSICA

2. Escolhe a forma verbal adequada para completares as frases transcritas. vão



a) Os responsáveis pela proteção civil



b) No verão passado,



c) O ministro da Administração Interna, acompanhado do Presidente da Câmara, (visitou/visitaram) as freguesias mais atingidas.



d) A população e o autarca



e) Naquela região, já



f) Naquela zona,

ocorreram

(vai/vão) avaliar a extensão da área ardida.

(ocorreu/ocorreram) muitos incêndios.

pediram

visitou

(pediu/pediram) apoio financeiro.

havia

(existia/existiam) milhares de hectares de floresta afetada.

vendem-se

(vende-se/vendem-se) muitas moradias.

3. Escolhe a expressão correta para completar as frases que se seguem. senão



a) Não tenho outra solução



b)



c) Ela chegou muito cedo



d) Na minha terra



e)



f) Os meus tios chegaram muito tarde



g) Antes



h) Aquele anel é bonito, mas é caro



i) Ultimamente, os jornais estão repletos de notícias



j)

Há cerca

(acerca/há cerca) de cinco anos, a realidade era bem diferente!



k)

Obrigado

(Obrigada!/Obrigado!) — disse o Diogo à Vera, agradecendo-lhe o gesto solidário.



l)

Obrigada

(Obrigada/Obrigado) por teres telefonado. — disse a Margarida ao sobrinho.



m) A polícia agiu com



n) A



o) Não te importas de te chegar um pouco mais para



p) Parece que é a Carla quem



q) O gato, com medo do cão, escondeu-se



r) A bibliotecária organizou os livros



ratificará s) O Conselho Fiscal vai (ratificar/retificar) o relatório de contas deste ano, isto é, vai confirmar os dados nele apresentados.



t) O aluno tem de muitas anotações.



u) Infelizmente, tiveram de



v) Apesar de existirem muitas provas, os advogados não conseguiram imputar) as responsabilidades ao criminoso.



x) Precisas urgentemente de



y) Logo à noite, vou

68

se não

(senão/se não) reconhecer o erro.

(senão/se não) me ajudas, tenho de desistir.

Por que

à há

(à/há) entrevista de emprego. (à/há) um pelourinho.

(porque/por que) motivo faltaste ao nosso encontro? de mais

descrição

porque

(porque/por que) havia muito trânsito.

(demais/de mais), peço desculpa pelo sucedido! demais

discrição

(demais/de mais) para o meu bolso! acerca

(acerca/há cerca) da crise.

(descrição/discrição) na investigação.

(descrição/discrição) feita pela polícia foi minuciosa.

retificará

traz

(trás/traz), por favor?

(trás/traz) o bolo para a festa de aniversário. debaixo de baixo

(debaixo/de baixo) da mesa. (debaixo/de baixo) para cima.

(ratificar/retificar) o texto que redigiu, pois o professor fez nele amputar

estufar

trás

estofar

(amputar/imputar) a perna ao cão. imputar

(estofar/estufar) os bancos do teu jipe.

(estofar/estufar) frango.

(amputar/

TESTE-EXAME 1 GRUPO I PARTE A Lê o texto seguinte.

A família moderna à mesa O aumento das refeições familiares, nos agregados com filhos, já vai em 17 %, revela um estudo por Luísa Oliveira

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20

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35

Despachar qualquer coisa num tabuleiro, em frente da TV: errado. Cada um comer em casa, a horas diferentes: errado. O jantar, um qualquer pré-cozinhado, ser acompanhado pelo som do pequeno ecrã: errado. São estes, no entanto, os cenários em muitas casas portuguesas, quando chega a hora da refeição. Com um prejuízo enorme para a comunicação e a qualidade nutricional. Mas eis que o estudo A família moderna portuguesa: a refeição como um dos pilares da instituição familiar — encomendado pela Compal e apadrinhado pela Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN) e pela Associação de Famílias Numerosas (AFN) — vem mostrar que a realidade está diferente. Por força da necessidade de reajustamento nas finanças domésticas, há mais 14 % de portugueses a trocarem os restaurantes pelo conforto do lar. E esse valor cresce para 17 %, no caso dos agregados com filhos. Ainda há outra razão, que se junta à da crise: a valorização do ambiente familiar. Nuno Borges, da direção da APN, e Ana Cid Gonçalves, secretária-geral da AFN, estão satisfeitos com este retorno a casa, desejando que seja, também, um regresso à comida de tacho. «Existem outros estudos, com abordagens diferentes, que provam ser as refeições em família as mais saudáveis», nota Nuno Borges. Não comer isolado, partilhar a alimentação e socializar, melhora a saúde mental e, consequentemente, o bem-estar geral. O estudo sobre a família portuguesa não revela o que as pessoas escolhem para os seus pratos. Porém, como a principal razão da mudança de hábitos reside na crise, corre-se o risco de as opções nem sempre serem as mais adequadas. «A comida pré-cozinhada, por exemplo, é barata, mas contém muita gordura e sal», avisa aquele nutricionista. Se as refeições familiares forem confecionadas com base em receitas caseiras, então o reajuste será positivo. A partir dos inquéritos efetuados, chegou-se à conclusão de que a duração média de cada refeição anda à volta dos 40 minutos — quem come mais devagar é tendencialmente mais magro, logo, mais saudável. «Logo ao jantar falamos» Ana Cid Gonçalves está habituada a poupar, pois tem quatro bocas para alimentar. No início de cada mês, elabora uma ementa, à qual todos podem acrescentar pratos. Uma refeição totalmente partilhada sai mais barata. «Além disso, melhora a comunicação, o bem-estar e a qualidade da comida», insiste. Os Portugueses sabem disso: mais de 70 % consideram que a comida caseira é mais rica, saborosa, natural e equilibrada. O estudo regista, igualmente, que 93 % dos inquiridos se apercebem da importância das refeições familiares para as crianças, 89 % referem mesmo que são a oportunidade para se falar dos acontecimentos do dia e 88 % realçam o reforço dos laços afetivos. No fundo, trata-se de um balão de oxigénio para o asfixiante quotidiano de pais e filhos. 69

TESTE-EXAME 1

40

Apesar de todas as vantagens desta reunião em torno da mesa da cozinha ou da sala de jantar, Ana Cid não afasta a possibilidade de algumas idas ao restaurante, enquanto programa conjunto: «São até desejáveis.» Estejam onde estiverem os membros de uma família, o importante é partilharem tarefas, ouvirem-se uns aos outros, fazerem boas opções alimentares — longe do ruído de fundo de uma intrusiva TV, por favor. Luísa Oliveira, Visão, n.º 1030, 29 de novembro a 5 de dezembro de 2012 (com supressões).

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. A  s afirmações apresentadas de (A) a (G) constituem as ideias-chave do texto de Luísa Oliveira. Escreve a sequência de letras pela qual essas informações surgem no texto.  Começa a sequência pela letra (A).

(A) Comer em frente à televisão é errado.



(B) Nuno Borges desaconselha a comida pré-cozinhada.



(C) A crise também levou a uma maior valorização do ambiente familiar.



(D) Apesar de tudo, Ana Cid não dispensa uma ida pontual ao restaurante.



(E) O som da TV prejudica a comunicação e a qualidade da refeição.



(F) Alguns estudos provaram que comer em família é mais saudável.



(G) A crise obrigou as famílias a fazerem mais refeições em casa.

2. Seleciona, para responderes a cada item (2.1 a 2.4), a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.  Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2.1 A expressão «pequeno ecrã», usada no primeiro parágrafo do texto, diz respeito



(A) ao computador.



(B) aos videojogos.



(C) à televisão.



(D) ao telemóvel.



2.2 A palavra «Mas» (linha 5) indica que, em relação ao primeiro parágrafo, o segundo apresenta uma



(A) oposição.



(B) alternativa.



(C) explicação.



(D) finalidade.



2.3 A frase «[…] a comida caseira é mais rica, saborosa, natural e equilibrada.» (linha 32) contém uma



(A) hipérbole.



(B) metáfora.



(C) comparação.



(D) adjetivação expressiva.

70

TESTE-EXAME 1



2.4 A expressão «balão de oxigénio» (linha 35) significa que as refeições em família



(A) beneficiam se forem feitas ao ar livre.



(B) são um escape perante os problemas do dia a dia.



(C) servem para encurtar o orçamento familiar.



(D) contribuem para aumentar o conflito de gerações.

3. S  eleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com o sentido do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

(A) «que» (linha 11) refere-se a «outra razão».



(B) «que » (linha 16) refere-se a «outros estudos».



(C) «que» (linha 32) completa o sentido de «regista».



(D) «que» (linha 34) completa o sentido de «mesmo». PARTE B

Lê o texto que Cristóvão Colombo deixou escrito para Pilar entregar aos seus filhos, depois de morrer.

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Meus queridos filhos, Acreditem que não tenho pena de ter de me despedir desta vida e deste mundo que criei. Tenho pena, sim, de não ter vivido a minha vida tal como queria. Fui levado pela cobiça e descuidei o amor; agora, que já é tarde, é que reconheço como andei enganado tantos anos. Na verdade, estamos aqui apenas de passagem. Nada é nosso; somente tudo o que existe está temporariamente ao pé de nós, mas não nos pertence. Por isso, devemos ter as nossas mentes bem despertas para distinguir o que é essencial numa vida do que é supérfluo. Nas muitas viagens que fiz, uma vez naufraguei. Estávamos perto da costa portuguesa e, momentos antes de sermos atacados por piratas, dois marinheiros tinham-se esfaqueado por um jogo de cartas mal resolvido. Jogavam com dinheiro, o que era proibido nos nossos navios. Acreditavam que aquelas moedas iriam mudar a sua vida... O que de facto mudou foi que, uma vez feridos, não se puderam atirar às águas para nadar até terra, quando a caravela se afundou. Foram com ela assim, como se pertencessem às velas rasgadas ou aos mastros partidos, ou à pesada âncora cuja função é mesmo, e só, ir para o fundo. O que aconteceu na minha vida foi um pouco semelhante. No desejo de encontrar um lugar na nobreza, um título, riquezas e o tão falado ouro do Novo Continente, esqueci o maravilhoso que tinha na minha vida: vocês e Pilar Henriques, que, no seu silêncio, me soube esperar ao longo destes anos. Na verdade, comecei a transformar-me e a assemelhar-me aos outros que me acompanhavam. Comecei a cobiçar, a querer sempre mais e mais. Foi isso também o que fiz com os Reis Católicos. De tanto me obrigarem a esperar (sete anos), fiz-me pagar muitíssimo bem; considerei ser digno de todas as distinções e honrarias que exigi. Hoje vejo que nada valem. Comprei tantas lutas, tantas invejas e perdi anos da vossa companhia e de Pilar Henriques, que sempre amei. Cada um nesta vida tem sempre a liberdade de escolha; cada um traça o seu caminho, com erros e dúvidas, certezas, esperanças e desencantos, ódios ou amores arrebatados... Valeu a pena? Fiz algo de bom? Mudei um pedaço, por pequeno e insignificante que tenha sido, deste mundo, que sempre desejei que fosse melhor. 71

TESTE-EXAME 1

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Que exista o amor, sim, o amor! Que sejamos amados sem que haja nada que o justifique ou que o perturbe! Vivam esse sentimento com intensidade e não o perturbem, pois é o que de mais maravilhoso temos; é o que nos faz sentir que valeu a pena ter vivido. Não, nunca quis ser como os marinheiros que, após um jogo de cartas, lutam e esfaqueiamse. Quando o navio, depois de atacado, se começou a afundar, esses marinheiros estavam feridos e não se lançaram ao mar para se salvarem. Foram para o fundo com o navio, com as velas e os cordames, com a âncora e todas as correntes. Não, nunca quis ser como eles... mas fui. É pena só olharmos para trás quando é tarde de mais!... Por isso vos peço: façam o melhor que puderem e não como eu fiz ou como aqueles marinheiros que estragaram a vida. Nadem livres no oceano azul das vossas vidas; ele vos libertará e vos levará de regresso a casa, tal como fiz em menino, na praia do Martinhal. Não percam a Pilar da vossa vida, como eu a perdi, a minha, durante tantos anos. Deus vos abençoe! Cristóvão Colombo Margarida Pedrosa, A Paixão de Colombo, Oficina do Livro, 2006.

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. 4. «Tenho pena, sim, de não ter vivido a minha vida tal como queria.» (linha 3) Indica os dois fatores que interferiram no rumo levado pelo narrador do texto. 5. De acordo com o segundo parágrafo da carta, explicita a teoria de vida inerente ao pensamento de Cristóvão Colombo. 6. Relê a passagem seguinte. «Acreditavam que aquelas moedas iriam mudar a sua vida…» (linhas 10-11)

6.1 Explica esta afirmação, começando por identificar as personagens aludidas.

7. Mostra que entre as linhas 25 e 26 existe um contraste de ideias, transcrevendo duas palavras que o evidenciem. 8. Relê a seguinte passagem.  «Que exista o amor, sim, o amor! Que sejamos amados sem que haja nada que o justifique ou que o perturbe! Vivam esse sentimento com intensidade e não o perturbem, pois é o que de mais maravilhoso temos; é o que nos faz sentir que valeu a pena ter vivido.» (linhas 29-31)

8.1 Este pensamento traz-nos à memória o episódio de «Inês de Castro», relatado n’Os Lusíadas, de Camões. Apresenta uma semelhança e uma diferença entre os dois textos. PARTE C

Lê o excerto da cena do Fidalgo do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, e responde depois, de forma completa e bem estruturada. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

DIABO Ó precioso dom Anrique cá vindes vós que cousa é esta? 72

TESTE-EXAME 1

FIDALGO DIABO 5 FIDALGO DIABO FIDALGO DIABO 10

Esta barca onde vai ora que assi está apercebida1? Vai pera a ilha perdida2 e há de partir logo ess’hora3. Pera lá vai a senhora4? Senhor a vosso serviço. Parece-me isso cortiço5. Porque a vedes lá de fora.

FIDALGO DIABO FIDALGO DIABO 15 FIDALGO DIABO

Porém a que terra passais? Pera o inferno senhor. Terra é bem sem sabor. Quê? E também cá zombais? E passageiros achais pera tal habitação? Vejo-vos eu em feição pera ir ao nosso cais6.



Parece-te a ti assi.

FIDALGO

1

Pronta para a partida.

2

Inferno.

3

Imediatamente.

4

O Fidalgo confunde o Diabo com uma senhora.

5

Embarcação pobre.

6

Inferno.

Gil Vicente, As Obras de Gil Vicente, Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (dir. científica de José Camões e prefácio de Ivo Castro), vol. i, Lisboa, IN-CM, 2002.

9. Escreve um texto expositivo, com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, no qual apresentes as linhas fundamentais da leitura desta cena da peça. O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma conclusão. Organiza a informação da forma que considerares mais pertinente, tratando os sete tópicos apresentados a seguir. •  Identificação do espaço onde as personagens se encontram. •  Referência ao destino daquela «barca» (verso 3). •  Indicação da intenção do Diabo ao dirigir-se ao Fidalgo como «precioso dom Anrique» (verso 1). •  Esclarecimento da confusão do Fidalgo para com o Diabo, tratando-o por «senhora» (verso 7). •  Explicitação de dois argumentos invocados pelo Fidalgo em sua defesa. •  Indicação de um argumento utilizado pelo Diabo e outro pelo Anjo para condenar o Fidalgo. •  Explicação, com base no teu conhecimento da obra, da intenção de crítica social, realizada através do Fidalgo.

GRUPO II Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas, sobre o artigo da Visão, apresentado no Grupo I, Parte A. 1. Lê a seguinte passagem: «[…] fazerem boas opções alimentares […]» (linha 40). Reescreve a frase usando o adjetivo no grau superlativo absoluto sintético.

73

TESTE-EXAME 1

2. Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde, de modo a identificares a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada em cada frase. Escreve as letras e os números correspondentes. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez. A

B

(a) «O jantar, um qualquer pré-cozinhado, ser acompanhado […].»

(1) modificador restritivo do nome (2) sujeito

(b) «apadrinhado pela Associação Portuguesa de Nutricionistas […].»

(3) predicado (4) complemento agente da passiva

(c) «[…] quando chega a hora da refeição.»

(5) modificador apositivo do nome

(d) «[…] a realidade está diferente.»

(6) predicativo do complemento direto (e) «[…] pois tem quatro bocas para alimentar.»

(7) predicativo do sujeito

3. Considera a frase: A família apreciaria mais a refeição no conforto do lar. Reescreve-a, substituindo a expressão sublinhada pelo pronome pessoal adequado. 4. Classifica a forma verbal sublinhada na frase, indicando pessoa, número, tempo e modo. «Estejam onde estiverem os membros de uma família, o importante é partilharem tarefas […].» (linhas 39-40) 5. Seleciona, para responderes a cada item (5.1 e 5.2), a única opção que permite obter uma afirmação correta. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

5.1 A frase em que a palavra «a» é um determinante é



(A) «Cada um comer em casa, a horas diferentes […].» (linhas 1-2)



(B) «[…] quando chega a hora da refeição.» (linhas 4-5)



(C) «[…] há mais de 14 % de portugueses a trocarem os restaurantes pelo conforto do lar.» (linhas 9-10)



(D) «Ana Cid Gonçalves está habituada a poupar, […].» (linha 28)



5.2 A frase em que a palavra «que» é uma conjunção subordinativa completiva é



(A) «Ainda há outra razão, que se junta à da crise: a valorização do ambiente familiar.» (linhas 11-12)



(B) «[…] estão satisfeitos com este retorno a casa, desejando que seja, também, um regresso à comida de tacho.» (linhas 13-15)



(C) «Existem outros estudos, com abordagens diferentes, que provam ser as refeições em família as mais saudáveis […].» (linhas 16-17)



(D) «O estudo sobre a família moderna portuguesa não revela o que as pessoas escolhem para os seus pratos.» (linhas 19-20) GRUPO III

«Nadem livres no oceano azul das vossas vidas; ele vos libertará e vos levará de regresso a casa, […].» Redige um texto de opinião, com 180 a 240 palavras, no qual expresses o quanto é importante termos liberdade para escolher o nosso rumo e concretizar os sonhos que comandam a nossa vida. 74

TESTE-EXAME 2 GRUPO I PARTE A Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

Paraísos subaquáticos

5

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É difícil imaginar um país europeu como destino de mergulho. A Europa é uma terra de urbes1 e, no bulício2 da nossa vida urbana, esquecemos os ritmos da Natureza, não sabemos quando nasce e se põe o Sol, só damos pela Lua às vezes — quando está cheia — e, se não estamos na praia, vivemos o conceito de marés como uma abstração. Sem o mar, contudo, Portugal não faz sentido, e há uma mão-cheia (enfim, um bocado mais que uma mão-cheia) de gente que todos os fins de semana se afoita3 a procurar, por esse país fora, o contacto com o mítico Atlântico, que modelou as nossas terras e as nossas gentes. O mar em Portugal carece da temperatura amena dos destinos de mergulho mais mediáticos e não tem «nemos» nem outras tropicalidades subaquáticas. A água não é transparente nem tem aquele azul profundo (exceto nos Açores e na Madeira, onde os azuis são únicos). Quem tenha estudado alguma Biologia sabe, contudo, que a água é tanto mais azul e límpida quanto mais pobre em vida. Tal como as florestas tropicais, que sob o exuberante manto de vida escondem uma constrangedora pobreza do solo, os recifes de coral tropicais são ilhas de vida num quase-deserto de nutrientes. Nas águas de Portugal continental, a riqueza de nutrientes é, pelo contrário, enorme, universal e consegue alimentar uma quantidade planetária de peixes, peixinhos e peixões; como não há bela sem senão, o omnipresente plâncton4 torna a água esmeralda em vez de turquesa e mais fitogénica5 que fotogénica, mas com uma biodiversidade equiparável à dos mais ricos recifes de coral. À beira de Lisboa, há uma curiosidade geológica que potencia o interesse da equação: perto do cabo Espichel, a plataforma continental é mínima e passa abruptamente dos quarenta metros de profundidade para os mais de mil. Esta proximidade do verdadeiro mar alto traz para perto de Sesimbra espécies animais que, de outro modo, só se poderiam ver a muitas milhas da costa. Bichos pequenos e grandes, coloridos como se fossem pintados, em profusão alarmante, eis algo que não se antecipa encontrar nos mares de uma capital europeia. Vasco Pinhol, Expresso, 25 de outubro de 2008 (texto adaptado). VOCABULÁRIO 1 Cidades. 2 Movimentação, agitação. 3 Se atreve. 4 Conjunto de seres microscópicos que existem na água. 5 Rica em algas microscópicas.

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. As afirmações apresentadas de (A) a (G) baseiam-se em informações do texto. Escreve a sequência de letras pela qual essas informações aparecem no texto.  Começa a sequência pela letra (E).

(A) A Biologia ensina que a transparência da água do mar não é sinal de riqueza em vida marinha.



(B) Os recifes de coral são exemplos de riqueza de vida, ao contrário das águas que os rodeiam. 75

TESTE-EXAME 2



(C) E  xiste uma ligação estreita entre Portugal e o mar, e são muitas as pessoas que procuram o contacto com o Atlântico.



(D) Na costa portuguesa, junto a Lisboa, vivem espécies que são típicas de mares profundos.



(E) Não é comum os países do continente europeu serem associados à prática de mergulho.



(F) E  m Portugal, o mar tem características diferentes das que se associam aos destinos de mergulho mais famosos.



(G) A tonalidade das águas do mar, em Portugal, deve-se à presença de plâncton.

2. Seleciona, para responderes a cada item (2.1 a 2.4), a única opção que te permite obter uma informação adequada ao sentido do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2.1 A passagem «a Europa é uma terra de urbes e, no bulício da nossa vida urbana, esquecemos os ritmos da Natureza» (linhas 1-2) realça a ideia de que os Europeus



(A) têm um contacto constante com a Natureza.



(B) vivem desprendidos da Natureza.



(C) buscam esporadicamente uma proximidade com a Natureza.



(D) contemplam incessantemente a beleza da Natureza.



2.2 A utilização da expressão «mão-cheia» (linha 5) ilustra a ideia de que



(A) um grande número de pessoas procura o contacto com o mar.



(B) poucas pessoas têm uma grande paixão pelo mar.



(C) os Portugueses não dedicam parte do seu quotidiano à contemplação do mar.



(D) a grande maioria dos Portugueses raramente pretende ter contacto com o mar.



2.3 A passagem «Tal como as florestas tropicais, que sob o exuberante manto de vida escondem uma constrangedora pobreza do solo» (linhas 12-13) contém uma



(A) enumeração.



(B) gradação.



(C) antítese.



(D) personificação.



2.4 O uso da expressão «quantidade planetária» (linha 16) traduz a ideia de



(A) escassez e qualidade.



(B) diversidade e carência.



(C) insuficiência e variedade.



(D) multiplicidade e abundância.

3. Seleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com o sentido do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

(A) «que» (linha 7) refere-se a «com o mítico Atlântico».



(B) «que» (linha 12) refere-se a «florestas tropicais».



(C) «que» (linha 19) refere-se a «curiosidade geológica».



(D) «que» (linha 24) refere-se a «profusão alarmante».

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TESTE-EXAME 2

PARTE B Lê o texto.

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— O mundo é dos jovens! — diz o pai. Acha que é nosso, porque tem de desembolsar a minha semanada, de me comprar telemóvel. E está farto de passar férias no Algarve, para eu não amuar. — O mundo é dos jovens! Concorda a mãe, porque as lojas estão cheias de roupas giríssimas que os adultos não se atrevem a usar, porque a obrigo a carregar coca-cola do supermercado, porque na escola só se ouve música dos CD mais loucos. — O mundo é dos jovens! Insiste a «setôra» de português e, claro, aproveita para falar das maravilhas da escolaridade obrigatória e dos milhares de professores que dedicam a vida a fazer de nós cidadãos que irão decidir o futuro do Planeta. […] — O mundo será nosso, mas os «cotas» ainda mandam alguma coisa e lá me obrigaram a levar ao sapateiro um par de sapatos com um buraco na sola. Abuso! Logo hoje que tenho trabalho de grupo sobre a cidadania. Há uma oficina rápida de calçado no centro comercial, eu bem podia ao menos ir até lá com a malta da turma e ver os jogos novos da playstation. Mas não… Haverá maior desgraça que a de ter um sapateiro de outros tempos na família? Sapateiro remendão, ainda por cima… Não é pessoa que se apresente aos amigos. Assim, pus-me a caminho, a pé, sozinho pela rua fora, levando o pindérico saco de plástico na mão, a balançar. […] O tio Alfredo (irmão do meu avô) tem uma lojeca tão antiga e fanada como ele próprio. Sapatos, mais sapatos a monte, pelo chão, pelas prateleiras, alguns de certeza malcheirosos, tão gastos que nem mereciam conserto. Há mesmo gente forreta! Ao longo da parede pendurou uma pele pintalgada de cobra africana, que caçou em Angola, nos tempos da tropa. — Então, rapaz, como vai a vidinha? — Tudo na maior… — disse eu, atalhando depressa para não lhe dar muita conversa, porque os velhos solitários parecem ter corda. — Venho por causa dum buraco num sapato. — Ora vamos lá ver… Pegou na peça, revirou-a. Depois, de chofre, perguntou-me. — O que é que queres ser? Fiquei um bocado encabulado, porque têm todos a mesma curiosidade e eu sei que, com as minhas notas, é difícil chegar àquelas profissões que considero o máximo: engenheiro informático, gestor de uma multinacional, diretor de um banco. Por isso passei ao ataque. — Ainda estou a pensar. Luísa Ducla Soares, «O mundo é dos jovens», Texto Editores, 2003.

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. 4. Identifica as personagens intervenientes na ação. 5. «O mundo é dos jovens!» (linha 1)

5.1 Transcreve do texto um excerto que comprove que o narrador é um desses jovens.

6. Descreve o estado de espírito do narrador perante a tarefa de que foi incumbido, confirmando a tua resposta com elementos textuais. 77

TESTE-EXAME 2

7. Explica, por palavras tuas, o sentido da expressão «os velhos solitários parecem ter corda» (linha 24). 8. Atribui um título ao texto, apresentando as razões da tua escolha. PARTE C Lê o excerto da cena do Frade do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Responde, de forma completa e bem estruturada. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

Entra um Frade com ua ˜ Moça pola mão e vem dançando, 1 fazendo a baixa com a boca, e acabando diz o Diabo: DIABO Que é isso padre que vai lá? 2 FRADE Deo gracias , sam cortesão. 3 DIABO Sabeis também o tordião ? FRADE É mal que m’esquecerá. 5 DIABO Essa dama há d’entrar cá? FRADE Nam sei onde embarcarei. DIABO Ela é vossa? FRADE Eu nam sei. Por minha a trago eu cá. 10 DIABO FRADE DIABO 15 FRADE DIABO FRADE 20 DIABO

E nam vos punham lá grosa4 nesse convento sagrado? Assi fui bem açoutado. Que cousa tam preciosa. Entrai padre reverendo. Pera onde levais gente? Pera aquele fogo ardente que nam temeste vivendo. Juro a Deos que nam t’entendo. E este hábito nam me val? Gentil padre mundanal5 a Berzabu vos encomendo.

1

Dança de Corte em moda no século

xvi.

2

Graças a Deus!

3

Dança de Corte que se seguia à baixa.

4

E não vos censuravam?

5

Dado aos prazeres do mundo.

Gil Vicente, As Obras de Gil Vicente, Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (dir. científica de José Camões e prefácio de Ivo Castro), vol. i, Lisboa, IN-CM, 2002.

9. Escreve um texto expositivo, com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, no qual apresentes as linhas fundamentais da leitura desta cena da peça. O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma conclusão. Organiza a informação da forma que considerares mais pertinente, tratando os sete tópicos apresentados a seguir. •  Referência ao local onde as personagens se encontram. •  Alusão à entrada em cena por parte do Frade. •  Identificação do que é referido pelo advérbio «cá» (v. 5). •  Caracterização muito pouco convencional do Frade. •  Resposta do Frade à pergunta feita pelo Diabo «E nam vos punham lá grosa / nesse convento sagrado?». 78

TESTE-EXAME 2



•  Referência ao sentido da frase «E este hábito nam me val?». •  Explicação, com base no teu conhecimento da obra, da intenção de crítica social, feita através do Frade. GRUPO II

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. De qual dos conjuntos de palavras está ausente uma relação entre hiperónimo e hipónimos? Escreve a letra que identifica a opção escolhida.

(A) animal — cão — golfinho — cavalo



(B) futebol — desporto — basquetebol — voleibol



(C) branco — rosa — cor — colorido



(D) sardinha — salmão — carapau — peixe

2. Indica, para cada um dos itens (2.1 e 2.2), a função sintática que a expressão sublinhada desempenha nas frases.

2.1 Apesar de ser castigado, o rapaz continua irrequieto e desobediente.



2.2 O rapaz, irrequieto e desobediente, perturba o ambiente na sala de aula.

3. Explicita a regra que torna obrigatório o uso da vírgula na frase seguinte, indicando a função sintática da expressão «Ó Duarte». Ó Duarte, emprestas-me o teu livro de banda desenhada? 4. Classifica a forma verbal sublinhada na frase seguinte, indicando o tempo e o modo e se está na forma passiva ou ativa. O rapaz foi castigado pelo mau comportamento que teve perante os colegas. 5. Lê a frase seguinte. Compraremos um computador novo. Reescreve a frase substituindo a expressão sublinhada pelo pronome pessoal adequado. Faz apenas as alterações necessárias. 6. Lê o enunciado seguinte. A Margarida perguntou: — Alguém viu as chaves do meu carro? Reescreve em discurso indireto a fala da Margarida.

GRUPO III De acordo com o texto da autoria de Luísa Ducla Soares, «O mundo é dos jovens», a visão desta realidade apresenta-se sob diferentes perspetivas. Escreve um texto em que comentes as ideias expostas pelas diferentes personagens do texto e no qual expresses a tua opinião sobre a tão proclamada expressão «O mundo é dos jovens!». O teu texto deve ter um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras. 79

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