Boutegege Regine Longo Susanna La Valse Des Tarots

April 13, 2017 | Author: Hadrien | Category: N/A
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L IR E ET S ’E N T R A ÎN E R

R égine B outég è ge S u sa n n a Longo

CIDEB

Rédaction : Domitille Hatuel, Cristina Spano Conception graphique et direction artistique : Nadia Maestri Mise en page : Stefania Beccati Illustrations : Mario Benvenuto

© 2005 Cideb Editrice, Gênes

Tous droits réservés. Toute représentation ou reproduction intégrale ou partielle de la présente publication ne peut se faire sans le consentement de l'éditeur. L'éditeur reste à la disposition des ayants droit qui n'ont pu être joints, m algré tous ses efforts, pour d 'éventuelles om issions involontaires et/o u inexactitudes d'attribution dans les références.

Pour toute suggestion ou inform ation la rédaction peut être contactée à l'adresse suivante : redac [email protected] www.cideb.it

C/SQ

asQ TEXTBO O KS AND T E A C H IN G M A T E R IA L S

The quality of the publisher’s design, production and sales processes has been certified to the standard of UN I EN ISO 9001

ISBN 88-530-0389-8 livre ISBN 88-530-0390-1 livre + CD

Imprimé en Italie par Litoprint, Gênes

o'Ph.'Ph.ca lr-e C hapitre

1

Nébuleuses dansl'Univers Activités

C h a p itre

2

Dispute Activités

C

h a pit re

3

Qui est madameSoutira ? Activités

C

C

C

h a pit re

h a pit re

h a pit re

4

5

6

5

10 16

20 26

31

La rencontre

37

Activités

42

L'enquête commence

46

Activités

49

Rêve ou réalité ?

54

Activités

57

r C h ap itre

7

Le mystère s'épaissit Activités

C h ap itre

C hapitre

8

9

C h ap itre 10

ITîais je rêve...

71

Activités

75

Encore ITladame Scubira

79

Activités

84

La révélation Activités

Le te x te e st intégralem ent enregistré. Hjgfr Ce sym bole indique les exercices d’écoute et le numéro de la piste. Les exercices qui p résen ten t c e tte m ention préparent aux com pétences requises pour I exam en.

CHAPITRE 1

Nébuleuses dans l'Univers ... c o m m e n t e x p liq u e z - v o u s v o t r e p a s s io n gie ? V o us ê t e s p o u r t a n t un s c ie n t if iq u e , v o u s s e m b l e - t - i l pa s in so lite ? e p as. L’un n ’e m p ê c h e p a s l’a u tr e , — M ais e n f in t

t de m ê m e . .. V o u s, un c é l è b r e s a v a n t que

t o u t e s le s u n i v e r

e u r o p é e n n e s e t a m é r ic a in e s se s o n t

a r r a c h é , vo u s p e n s e z q u ’il e x i s t e d es p o u v o irs p a r a n o r m a u x ? — V ous sa v e z ... — Un m o m e n t , s ’il v o u s plaît, un a u d ite u r e s t en ligne... Allô, oui, j e v o u s é c o u t e ! — B o n s o ir, j e m ’ap p e lle G a b rie l D upré e t j e v o u d r a is p o s e r une q u e s t io n à M o n sieu r S ilv e s tr e ... — Allez-y, p o s e z v o t r e q u e s t io n !

5

La Valse des TARO TS — Eh bien voilà, j ’ai é c o u t é a t t e n t i v e m e n t ce que v o u s v e n e z de dire à l’a n t e n n e . C o m m e n t un s c ie n t if iq u e c o m m e v o u s e s t a rriv é à p e n s e r qu e n o t r e e s p r it ne c o n n a î t p a s de f r o n t i è r e s e t q u ’il e s t p o s sib le de d é v e lo p p e r d es p o u v o irs a s s o u p is en n o u s ? — Un v i e u x s a g e , d e s c e n d a n t du p e u p l e I n c a s , q u e j ’ai r e n c o n t r é au M e x iq u e lo r s d ’un v o y a g e , m ’a i n i t i é 1 à c e t t e p h ilo so p h ie , c e t t e r e n c o n t r e a b o u l e v e r s é m a vie... — J ’a im e r a i s e n c o r e v o u s d e m a n d e r ce que v o u s p e n s e z d es g e n s qui p r é d is e n t l’a v e n ir... — J e c r o i s à l’e x i s t e n c e de c e r t a i n s p o u v o i r s p s y c h i q u e s , p o u r t a n t c e s p o u v o i r s n e p e u v e n t ê t r e c o n f o n d u s 2 a v e c le c h a r l a t a n i s m e . Ce n ’e s t p a s à la m a g ie que j e cro is, ce n ’e s t pas à la d i v i n a t i o n de f o i r e 3... J e n e c r o i s p a s a u x « M a d a m e Irm a » 4 ni à le ur boule de c r is t a l. — A lo rsf p o u r v o u s b e a u c o u p de m é d iu m s s o n t d es im p o s t e u r s ? — J e su is c e r t a i n q u ’il e x i s t e de v é r i t a b l e s m é d i u m s . D an s l’u n iv ers, il y a d e s c h a m p s m a g n é t i q u e s t r è s f o r t s . A u tr e fo is , l’h o m m e m o i n s r a t i o n n e l c o m m u n i q u a i t d a v a n t a g e a v e c le le s c i v i l i s a t i o n s d it e s p r i m it iv e s \ t

6

1.

in itie r : f a i r e c o n n a î t r e , in s tr u i r e .

2.

co n fo n d u s : m é l a n g é s .

3.

fo ire : k e r m e s s e , g ra n d m a r c h é .

4.

M ad am e Irm a : c ’e s t ainsi qu e l’on a ppelle g é n é r a l e m e n t les v o y a n t e s .

La Valse des TARO TS c o n n a i s s e n t d e s p r a t i q u e s p o u r s t i m u l e r l’é n e r g i e v i t a l e e t f a v o r i s e r la f o r c e p sy ch iq u e . — J e v o u s r e m e r c ie , M o n sieu r, po u r v o t r e i n t e r v e n t i o n , m a is j e vois q u ’un a u t r e a u d ite u r e s t en ligne. Allô, ce s e r a le d e r n ie r a p p e l d e n o t r e é m i s s i o n . A llô o u i , p o s e z v o t r e q u e s t i o n , M o n sieu r... — Allô ! — Ah, c ’e s t une a u d itric e , a lle z -y ! — J e m ’a p p e lle Irm a V oilon... Eh bien j u s t e m e n t , j ’en ai une de boule de c r is t a l e t j e ne p e r m e t s pas q u ’on m e t t e en d o u te m o n s é r ie u x p r o f e s s i o n n e l ! — E x c u s e z - m o i, M a d a m e , m a is v o y e z -v o u s , j e n ’y c r o is p a s du t o u t ! — Eh b ien , M o n s ie u r S i l v e s t r e , j e v o is en c e m o m e n t d a n s m a boule que v o u s ê t e s e n t r é d a n s une p h a s e n é g a tiv e ... — É c o u te z , M a d a m e , j e v o u s en prie, s o y o n s s é r ie u x ... ... e t qu e v o u s v o u s s o u v ie n d r e z de

— Oh, n o t r e a u d itr ic e a r a c c r o c h é .. . V o il à d o n c n o t r e é m i s s i o n a r r i v é e à son

8

te rm e .

Je

vous

re m e rc ie ,

Nébuleuses dans l'Univers M o n s ie u r S i l v e s t r e , d ’a v o ir b ie n vo u lu r é p o n d r e à m e s q u e s t i o n s a in s i q u ’à c e l l e s de n o s f i d è l e s a u d i t e u r s de « N é b u le u s e s d a n s l’U n iv ers », une é m is s i o n po u r é c la i r c i r to u s les m y s t è r e s du m o n d e . M o n sie u r S i lv e s tr e , v o u s s e r e z to u jo u r s le b ie n v e n u su r n o s o n d e s 11 v o t r e t é m o i g n a g e n o u s e s t p r é c ie u x . J e v o u s r e m e r c ie , c h e r s a u d ite u r s e t c h è r e s a u d itr ic e s , à t r è s b i e n t ô t ... Le j o u r n a l i s t e J a c q u e s L e b l a n c f i t un a p p e l à la r é g i e : — E n v o ye z le g é n é r iq u e ... e t la p u b licité. Puis, il élo ig n a le m icro , r a c c o m p a g n a so n in vité à la s o r t i e du stu d io e t le sa lu a . P h i l i p p e S i l v e s t r e s e r e t r o u v a r u e B a y a r d . Il s e s e n t a i t n e r v e u x , c e t t e in t e r v ie w su r RTL l’a v a it irrité. « Q u ’e s t - c e qui m e p re n d ? » s e d e m a n d a - t - i l , « j e ne v a is q u a n d m ê m e p a s m e l a i s s e r im p r e s s i o n n e r p a r les p r o p o s i n s e n s é s de c e t t e M a d a m e Irm a Voilon. » T o u t à coup, une m ain se p o s a su r so n ép a u le.

1.

s u r n o s o n d e s : à n o t r e rad io.

9

C o m p réh e n sio n orale et écrite d elf

Q

Écoutez l’enregistrem ent du chapitre et corrigez s’il le faut. — Monsieur Silvestre... com m ent expliquer cette passion pour la

parapsychologie ? Vous êtes sûrement un scientifique, un

physicien, mais cela ne vous semble pas insolite ?

— Non, je ne crois pas. L’un n’empêche pas l’autre.

— Mais tout de même... Vous, un savant que toutes les facultés

européennes et américaines se sont disputé, vous croyez que des

pouvoirs paranormaux existent ?

— Vous savez...

— Un moment, s ’il vous plaît, un auditeur est sur la ligne... Allô, oui,

je vous écoute !

— Bonsoir, je m ’appelle Gabriel Dupré et je voudrais demander quelque

chose à Monsieur Silvestre...

10

A

D ELF 0

C

T

Relisez atten tivem en t ce chapitre et répondez aux questions. 1.

Où sommes-nous ? a. Q

Dans un salon.

b.

Q ] Dans un studio,

c. Q ] Dans un stade. 2.

De quel genre de récit s’agit-il ? a.

Q

D’aventures.

b. Q ] De science-fiction,

c.

Q

Historique.

d.

e. Q

D’actualité.

Policier,

3. Comment sont les personnages ? • Le journaliste est a.

Q

effacé,

c.

Q

ferme.

b. Q

autoritaire.

b. Q

passionné.

b. Q

détachée.

• L’auditeur est a.

Q

irrité,

c.

Q

mal élevé.

• L’auditrice est

^

a.

Q

agressive,

c.

Q ] sympathique.

Soulignez d an s le t e x t e les p h ra se s qui m o n tr e n t les h é s ita tio n s e t rem p lissez le ta b le a u su iv an t. Timidité

Em barras

Réflexion

Impératifs radiophoniques

Ellipse dans le récit

11

T

G ra m m a ire L ’accord du participe passé des verbes prono m inaux Il existe trois types de verbes pronominaux. • Les verbes pronominaux non réfléchis comme s'év an ou ir, s'ap ercev oir dont le participe passé s ’accorde toujours en genre et en nombre avec le sujet : N otre fa t ig u e s est év a n o u ie q u a n d nou s s o m m e s arrivés su r la p la g e. • Les verbes réfléchis et réciproques : le sujet fait quelque chose dont l’action se répercute sur lui... : s e p eig n er, s e laver... ou sur quelqu’un d’autre : s e télép h o n er, s e parler, s e voir, s'em brasser... Elle s ’e s t la v ée trois fo is au jo u rd ’hui... Ils s e so n t parlé. • Si le verbe est tran sitif — mais utilisé sans com plém ent d’objet direct, le participe passé s ’accorde en genre et en nombre avec le sujet : Paul e t R o b ert s e so n t vus h ie r so ir au restau ran t. — s ’il est utilisé avec un complément d’objet direct, l’auxiliaire ê tr e est considéré comme l’auxiliaire av o ir : le participe passé s ’accorde en genre et en nombre avec le com plém ent d’objet direct si celui-ci est placé devant le verbe, il ne s’accorde pas si le complément d’objet direct est placé après le verbe : Ils s e so n t écrit d e très b elles lettres. Les lettres q u ’ils s e so n t é c rites on t to u tes é t é p u bliées. • Si le verbe est intransitif, le participe passé reste invariable : Ils n e s e so n t plus t é lé p h o n é c a r ils s e so n t dispu tés.

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A

Q

C

T

V

T

D ans ce p re m ie r c h a p itr e , il y a un v e rb e p ro n o m in a l d o n t le p a rtic ip e p a ss é con ju gu é a v e c ê t r e a u ra it dû s ’a c c o r d e r a v e c le s u je t m a is, p u isq u ’il y a un c o m p lé m e n t d ’o b je t d ir e c t à la 3 e p e rso n n e du sin gu lier, il ne p ré s e n te au cu n e m arq u e de pluriel. T ro u v ez-le.

Q

Agnès écrit au co u rrier du cœ u r d’un célèbre m agazine. Seulem ent voilà, elle a com plètem ent oublié de faire les accords des participes passés. Aidez-la !!!

CIhère Dani, J 'a i un très gros problème ave c mon p etit ami Stéphane. Nous nous sommes rencontré... il \) a trois ans a la mer. (L'a été \e coup de foudre. Nous nous sommes p lu ... tout de suite et nous sommes so rti... ensemble le jour même de notre rencontre. Au début, d était merveilleux. Nous nous sommes com pris... dans tous les domaines. A la fin de l'été, quand nous nous sommes q uitté... nous avons décidé de continuer a nous voir, même si nous n'habitons p a s dans la même ville. Au début, nous nous sommes é crit... régulièrement et nous nous sommes téléphoné... toutes les sem âm es. Nous nous sommes, vu... environ une fois p a r mois. Puis, le temps a p a ssé et nos rencontres se sont fa it... plus ra re s . Les lettres que nous nous sommes é crit... elles aussi sont devenues moins longues et moins nombreuses. Le mois dernier, quand nous nous sommes revu..., nous nous sommes disputé... sur un sujet tout a fa it futile. J 'a i Yimpression que je ne le connais plus et qui) est différent de celui que j'a i rencontré... il y a trois ans. J e souffre beaucoup c a r je sais qu'il faudra un jour ou Vautre décider d'interrom pre c e tte histoire. Peux-tu n\ aider ? Une le ctrice d ésesp érée

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T

Enrichissez votre v o c a b u la ire Q

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Retrouvez dans ce prem ier chapitre tous les m ots qui se réfèren t aux sciences occultes et au m ystère.

Lisez les deux articles parus dans L égen d e et News et retrou vez les m o ts qui o n t é té e ffa c é s en vo u s a id a n t des d é fin itio n s ou des synonymes suivants.

Le m on de fa n t a s t iq u e d e s c r é a tu r e s Toutes les civilisations o n t inventé des animaux 1............. peup la nt les océans, les forêts e t les grottes de notre planète. Des créatures 2..............aux pouvoirs 3............., possédant une force 4............., capables de com m uniquer avec l'au-delà et de réaliser des 5.............. que l'hom m e ne p o uvait accomplir. Les créatures surgies de la mer, des forêts, du feu ou encore des grottes obscures du monde souterrain reflètent souvent la peur des hommes face aux m anifestations6...................... de la nature comme les tempêtes, les orages, les incendies, les inondations, les séismes. Comme les peuples ne savaient pas expliquer et prévoir les caprices des éléments naturels, ils 7...................... des créatures fantastiques, comme le 8...................... de feu allumant la foudre du ciel ou le serpent de mer déclenchant des vagues géantes. D'autres animaux étranges 9..................... le désir d'immortalité de l'homme : ainsi le 10..................... , l'oiseau éternel, ne mourait jamais. La 11...................... fut une période riche en créatures légendaires.

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1. qui sont singuliers, bizarres 2. imaginaires, fabuleuses, mythiques 3. qui ont un rapport avec les sciences occultes 4. extraordinaire, qui n’appartient pas à ce monde 5. prouesses, actions surhumaines 6. que l’on ne peut pas prévoir 7. ils créèrent 8. animal fabuleux qui crache du feu 9. ils représentaient 10. oiseau fantastique qui renaît de ses cendres 11.

ensemble de mythes propres à une civilisation

Production é c rite DELF Q

Inventez trois récits selon les indications données. 1. Irma Voilon se venge, racontez... 2. Racontez la rencontre entre Philippe Silvestre et le vieil Incas. 3. Selon vous, qui est la personne qui pose sa main sur l’épaule de Silvestre ? Irma Voilon, un auditeur qui demande des explications sur l’interview ou encore...

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CHAPITRE 2

Dispute se r e t o u r n a b r u s q u e m e n t . Ju lie M a lb r e t, u n e de s e s a r f c i e n n e s é t u d i a n t e s , u n e d e s p lu s b r i l l a n t e s , é t a i t e n f a c e lui. — J e t ’ai e n te n d u à la radio e t j e m e suis p ré cip ité e au studio... Alors, tu as ré fléc hi à... — C’e s t t o u t ré fléchi, e t c ’e s t NON ! — C’e s t to n d e rn ier m o t ? Tu ne v eu x m ê m e pas en d is c u te r ? — Non, j e te l’ai d é jà dit, n ’in siste pas ! — B o n , c o m m e tu v e u x .. . A p r è s t o u t . . . Dis, tu p e u x q u a n d m ê m e m ’o ffrir un v e r re chez toi ? — D’acco rd ... m ais j e t e p révien s, j e ne ch a n g e ra i pas d’avis. — Ne t ’en fa is pas, j e ne reviendrai pas sur la q u estio n . Tu as pris t a d écision... t a n t pis pour toi ! Elle lui prit le bras. Ils m a r c h a ie n t ra p id e m e n t, v ers la b o u ch e de m é t r o . Ils d e s c e n d i r e n t les m a r c h e s e t a r r i v è r e n t d e v a n t le portillon 1. Julie é t a i t d é jà p a s s é e . Il é t a i t a r r ê té , il fouillait dans son p o rtefeu ille.

1.

16

le p o rtillo n : p o r t e a u t o m a t i q u e du m é t r o .

La Valse des TAROTS__________ — Alors, tu v ie n s ! lui l a n ç a - t - e ll e im p a t i e m m e n t ! J ’e n t e n d s une r a m e 1 qui arrive ! — Zut ! Je n ’ai plus de t i c k e t ! Je vais en a c h e t e r ! Il se to u r n a v ers les g u ich e ts : une b o n n e dizaine de p e r s o n n e s f a is a i e n t la qu eu e ! — A tte n d s ! On ne va pas p a s s e r une heu re ici ! Julie prit un t i c k e t e t le lui b ra n d it so u s le nez. — D é c i d é m e n t , un P a r is i e n s a n s t i c k e t de m é t r o ! C’e s t le co m b le ! Une r a m e v e n a it de p a rtir e t le quai s ’é t a i t vidé. Ils s ’a s s i r e n t pour a t t e n d r e la su iv an te . — On ch a n g e à P alais-R o y al, ou à B astille ? — Hein ? — Tu rê v e s ! dit Julie en lui s e c o u a n t le bra s. — Non, j e ré flé c h is s a is . — À quoi ? À to n in terv iew ? — Oui, en qu elque s o r te . — Tu es sûr d ’avo ir bien f a it de p a rtic ip e r à c e t t e é m issio n sur RTL ? Tu n ’as pas peur de pe rd re t a créd ibilité ? Il a p e r ç u t u n e lu eu r m a l ig n e d a n s s e s y e u x . À quoi b o n lui ex p liq u er ? Elle n ’au ra it pas co m p ris. La r a m e de m é t r o a p p a r u t d a n s le tu n n e l. Julie se leva e t le tira par la m a n c h e . — Alors, tu t e réveilles ? So n to n p é r e m p t o ir e l’a g a ç a . C o m m e a s s i s t a n t e , Julie a u ra it é t é p a r f a i t e , m a is elle lui s e m b l a i t a m b i t i e u s e e t p r ê t e à t o u t pour arriv e r à s e s fins.

1.

la ra m e : file de w a g o n s .

______________________ Dispute Ils a r r i v è r e n t ch e z lui. Elle m it de la m u siqu e e t alla ch e rc h e r' d e s v e r r e s d a n s la c u i s i n e . D a n s le f r i g o , e lle d é c o u v r i t u n e b o u te ille de c h a m p a g n e : une b o u te ille de V eu v e C licq u ot q u ’il g a r d a i t p o u r l e s g r a n d e s o c c a s i o n s . E l l e la lui m o n t r a . D é c id é m e n t, elle ne m a n q u a it pas d’ap lom b 1 e t elle ne re cu la it d e v a n t rien ! — Tu es en tr a in de m e j o u e r la s c è n e de la s éd u ctio n ... fit-il ir o n iq u e m e n t. — Tu es d é sa g ré a b le , quand tu t ’y m e t s ! Je voulais s im p le m e n t fa ir e un m a r c h é a v e c toi. Tu m ’e m m è n e s au x É ta t s -U n is c o m m e to n a s s i s t a n t e , j ’éc ris le t e x t e de t e s c o n f é r e n c e s , tu m e laisses p a rtic ip e r à t e s r e c h e r c h e s , et... — A rr ê te ! J ’ap p récie é n o r m é m e n t to n e n t h o u s i a s m e , m ais il n ’en e s t p a s q u e s t io n ! J e t ’ai d é jà d o n n é m a r é p o n s e , e t c ’e s t non ! D’ailleurs, tu m ’avais pro m is que tu n ’en re p a rle ra is plus. Je n ’ai b e s o i n de p e r s o n n e . J ’ai t o u j o u r s é c r i t m e s t e x t e s seu l e t j e c o n t i n u e r a i à le f a i r e .. . T r a v a ille a v ec Duror ! Toi e t lui, vous ê t e s bien de la m ê m e ra c e : celle des a rriv is te s ! Le v isag e de Julie d evint cr a m o isi 2. — Tu le r e g r e t t e r a s ! Elle p r i t s o n s a c e t p a r t i t e n c l a q u a n t la po rte.

1.

l’a p lo m b : l’a s s u r a n c e , l’i n s o l e n c e .

2.

c ra m o is i : d ’une c o u le u r ro u g e f o n c é .

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c

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C o m p ré h e n s io n orale et é crite Q

Éco u tez bien l’e n re g is tre m e n t du ch ap itre e t ch o isissez la bonne solution. Il se retourna brusquement. Julie Malbret, une de ses anciennes étudiantes, une des plus (in tellig en tes — b rillan tes — so u ria n tes) était (id ev a n t — d errière — en f a c e de) lui. — Je t ’ai (en ten d u — recon n u — sou ten u ) à la radio, et je me suis précipitée au (bo u lot — stu d io — b u reau ). Alors, tu as réfléchi à... — C’est (b ien —f o r t — tout) réfléchi, et c’est NON ! — C’est ton dernier mot ? Tu ne veux même pas en (d iscu ter — d isp u ter — d issu ad er) ? — Non, je te l’ai déjà dit, n’insiste pas ! — (Bon — B o f — Bien) comme tu veux... Après tout... Dis, tu peux quand même m ’offrir (une b iè r e — à b o ir e — un verre) chez toi ? — D’accord... mais je te préviens, je ne changerai pas (d e vie — d'avis — d'am ie). — Ne t ’en fais pas, je ne reviendrai pas sur la (m otion — q u estio n — n otion )... Tu as pris ta décision... (ta n t pis p ou r toi — ta n t pis p ou r m oi — ta n t m ieu x p o u r toi). Elle lui prit le bras. Ils marchaient rapidement, vers la (b o u ch e — so u c h e — d ou ch e) de métro. Ils descendirent les marches et arrivèrent devant le portillon. Julie était déjà passée. Il était (arrivé — e s s o u fflé — arrêté) il fouillait dans son portefeuille...

20

A

D ELF 0

C

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T

Après avoir relu le chapitre, répondez aux questions. 1. Pourquoi, à votre avis, Julie raccompagne-t-elle Monsieur Silvestre chez lui ? a.

Parce qu’elle a soif.

b. Q

Parce qu’elle veut gagner du temps, éviter la rupture et rem ettre la discussion à plus tard.

c. Q

Parce qu’elle veut faire la paix avec lui et être sûre qu’il ne lui en veut pas d’avoir insisté.

d. Q ] Parce qu’elle a peur de rentrer chez elle. 2. Où a lieu la deuxième tentative pour convaincre Monsieur Silvestre ? a. Q

Rue Bayard.

b. Q

Dans l’escalier du métro.

c. Q

Dans l’appartement de Monsieur Silvestre.

d. Q ] À la correspondance, à Bastille. 3. Nous apprenons à la deuxième tentative ce que Julie désire : a.

de l’argent.

b. Q

qu’il l’épouse.

c. Q

qu’il lui prédise l’avenir.

d. Q

qu’il la prenne comme assistante.

4. Pourquoi Julie a-t-elle mis de la musique ? a. Q

Pour créer l’ambiance.

b. Q ] Pour le rassurer. c. d. Q

Q

Pour l’endormir. Pour le tuer sans qu’on n’entende rien.

Relevez tous les élém ents du langage gestuel de Julie dans ce chapitre.

21

C

T

T

G ra m m a ire L e s in te rje c tio n s On les trouve surtout dans la langue parlée, dans le discours direct. • Bon marque une conclusion. Bon, c o m m e tu veux, d it Ju lie à Philippe. • Hein ? est utilisé quand on n’a pas compris, pour faire répéter l’interlocuteur. Très familier il remplace « pardon, comment... ». On c h a n g e à P alais-R oyal, ou à B astille ? H ein ? d e m a n d e P hilippe à Julie. Q u'est-ce q u e tu en dis ? H ein ? On p a r t d em a in ? • Hein ! ou non ! sont utilisés pour exprimer la surprise. H ein ! Tu a f a i t ç a ? Non ! c e n 'est p a s p o s sib le ! • Oh ! exprime l’admiration, la surprise, l’indignation. Oh ! Q uil e s t b e a u ! Oh ! Tu m 'as f a i t p eu r ! Oh ! M ais q u e d ites-v ou s ? Oh ! peut renforcer l’expression d’un sentiment. Oh ! Quelle c h a n c e ! Oh ! Quelle h orreu r ! • Ah ! exprime un sentiment vif (admiration, plaisir, impatience). Ah ! C'est toi ! • Ha ! exprime la surprise, agréable ou non. H a ! Que m e d ites-v ou s ? • Ouille ! Aïe ! servent à exprimer la douleur. Ouille, ou ille, o u ille ! J e m e suis f a i t m a l ! On le répète trois fois pour insister. • Chouette ! Super ! Ouah ! Sensass ! Extra ! marquent la joie, l’admiration. • Ohé ! Eh ! Hé ! Ho ! sont utilisés pour appeler quelqu’un. Eh ! Vous là -b a s ! • Zut ! Mince ! Flûte ! marquent la déception... Zut ! Si j'av ais su !

22

A

C

T

T

• Bof ! exprime l'indifférence, la lassitude. B o f! Fais c e q u e tu veux. • Euh, heu... marquent l’hésitation, l’embarras. Euh... j e n e n sa is rien. • Na ! est utilisé par les enfants pour marquer le défi. Tu n e le v erras pas, n a ! • Ouf ! exprime le soulagement. O u f! Le d a n g e r e s t p a ssé.

Q

Inventez un dialogue entre deux amis : il y en a un qui parle beaucoup, l’autre ne répond qu’avec des interjections qui m arquent sa surprise, son hésitation, sa joie, son indignation, son adm iration quand enfin il réussit à m ettre un point... final à la conversation !

Enrichissez votre v o c a b u la ire Dans ce chapitre, plusieurs m ots appartiennent au champ lexical du m étro. Associez chacun à sa définition. 1.

Q

le portillon

2.

Q ] une r a m e

b. un ti t r e de t r a n s p o r t

3.

Q

un g u ich et

c.

4.

Q

le quai

d. l’e n t r é e

a. un tra in

la b a rriè re

5.

Q ] un t i c k e t

e. le lieu où l’on a t t e n d la ra m e

6.

Q

f.

la bo u c h e

l’o u v e rtu re p ar laquelle un em p lo y é vend les t i c k e t s

23

T

0

T

Retrouvez dans le chapitre les expressions signifiant le con traire de... Tant mieux ! .................................................................................................................... Elle est très r é s e r v é e .................................................................................................. Ils m o n t è r e n t.................................................................................................................. Elle est n u lle .................................................................................................................... Elle p â l it............................................................................................................................ On en reparlera plus t a r d ..........................................................................................

Produ ction écrite et orale Julie est décidém ent trè s en colère. Elle p art en m enaçant Silvestre.

D ELF

Imaginez ce qu’elle peut faire...

Q

1.

Si elle a le sens de l’humour : ...........................................................................

2.

Si elle est très rancunière :

3.

Si elle est vraiment prête à tout, même au pire :

En vous inspirant du chapitre, imaginez deux dialogues à p artir des situations suivantes. 1. Votre prof a donné un devoir de maths pour le premier jour de classe après les vacances de Pâques. Vous lui demandez de changer la date du devoir... 2. Votre petit(e) ami(e) a programmé une soirée réservée uniquement à $es anciens camarades de lycée. Vous voulez y assister vous aussi...

24

A

C

T

T

Q

Voici un plan du m étro de Paris. Retrouvez les station s citées dans le chapitre.

Q

Voici plusieurs itinéraires : dites s’ils sont directs ou s’il faut prendre une correspondance et où... Châtelet — Charles de Gaulle

Montparnasse — Nation

République — Trocadéro

Montparnasse — Saint-Michel

25

CHAPITRE 3

lui est IDadame îoubira ? C e tte disp ute Pavait d é c o n t e n a n c é 1. Il é t a i t fu rieu x : pour qui elle se p r e n a it ? Mais il a v a it s û r e m e n t e x a g é r é . La c o m p a r e r à Duror, ce la a v a it é t é m é c h a n t de sa part, c a r elle sa v a it ce q u ’il p e n s a it de lui. Non, Julie v a la it m ieu x que lui m ais... il a v a it perdu co n trô le ... Son o b s tin a tio n lui é t a i t in su p p o rtab le , ce la f a is a it d e s mois q u ' e l l e i n s i s t a i t , q u ’ e l l e le p e r s é c u t a i t . E ll e lui t é l é p h o n a i t à t o u t e s les h e u r e s e t c e la le d é r a n g e a i t d a n s so n t r a v a i l . Il a u r a i t dû a g i r d i f f é r e m m e n t a v e c e l le , g a r d e r le s d is t a n c e s , ap rè s to u t il a v a it é t é son p r o f e s s e u r à l’u niv ersité... Il lui a v a i t t o u t a p p r is , e t v o ilà q u ’elle v o u l a it s ’o c c u p e r de s e s r e c h e r c h e s , q u ’elle d é s i r a i t i n t e r v e n i r d a n s s a vie e t d a n s s a c a rmrièmre . jg... p

■ 1 | %/T

flk

Il ne d é c o l é r a i t p a s 2 e t il d é c id a d ’a p p e le r s o n am i M a rce l D uvernais... Au r e s t a u r a n t chinois, l’a m b i a n c e é t a i t e x q u ise c o m m e le th é au j a s m i n , les r o u le a u x de p r i n te m p s , le riz à la c a n t o n a i s e , le

26

1.

d é c o n te n a n c é : d é s t a b i l is é , d é s o r i e n t é .

2.

il ne d é c o lé r a it p as : s a c o lè r e c o n t in u a i t .

Qui est lTladame Soubira ? c a n a r d la q u é . J u l i e é t a i t lo in , le s h i s t o i r e s d r ô l e s de M a r c e l a v a ie n t c o n trib u é à re n d r e à Philippe sa b o n n e hum eur. M arce l e t lui a v a i e n t f r é q u e n t é le ly cé e C o n d o r c e t e t ils ne s ’é t a i e n t j a m a i s p e rd u s de vu e. M arce l é t a i t c h e f de s e r v ic e à l’hôpital B ic h a t m ais s a sim p licité é t a i t d é s a r m a n t e . Au d e s s e r t, on leur se r v it les f a m e u x g â t e a u x qui c o n t ie n n e n t un m e s s a g e p ré d is a n t le fu tu r ou d o n n a n t des m a x im e s pour une m eilleu re co n d u ite de vie. M arcel rit quand il lut le sien : — V o tr e c o n jo in t ne p o u rra plus s u p p o r te r v o t r e c a r a c t è r e ; d i t e s - l u i d e s c h o s e s t e n d r e s e t v o u s f e r e z de n o u v e a u s a co n q u ê te ... M arcel n ’é t a i t pas m arié. — C h a q u e f o i s , c ’e s t la m ê m e c h o s e ! On m e p a r l e de m a fe m m e alors que j e suis c é lib a ta ire ! Et qu ’e s t - c e q u ’il y a sur to n papier ?

— Les a s t r e s . .. dit M arcel... h e u r e u s e m e n t que tu ne crois pas à ce s fa d a is e s ... 1 — Oui, à les e n t e n d r e , il ne f a u d r a it plus que j e s o r t e de ch ez moi.

1.

u ne fa d a is e : un e s t u p id ité .

27

mÆ^

L.a Valse dw TAROTS__________ Il é t a i t sur le poin t de j e t e r le papier, quand m a c h i n a le m e n t il le m it d ans sa po ch e. Il f a is a i t d é jà nuit noire d eho rs, il n ’y a v ait p r a t iq u e m e n t plus p e r s o n n e d an s les ru es quand ils r e n t r è r e n t . Le len d em ain , à s e p t h e u re s du m a tin , a lo rs que Philippe é t a i t e n t r a i n d ’a v a l e r s o n c a f é , s u r s a t a b l e , il d é c o u v r i t a v e c é t o n n e m e n t ... une c a r t e de v isite ! Il vivait seul, il n ’a v a it pas de f e m m e de m é n a g e , p e r s o n n e n ’a v a it s e s clés. Il a v a i t la c a r t e de v is ite d a n s les m a in s , il la t o u r n a i t d a n s t o u s les sen s... e t t o u t à coup il se dit s a n s tro p y croire v ra im e n t, q u ’il s ’a g is s a it là d’un signe du d estin .

Madame Soubira vous reçoit tous les jours sur rendez-vous.

Passé, présent, avenir n ’ont aucun secret pour elle. Téléphonez'lui au 58 42 73 27.

Allez, j e n ’ai rien à p e r d r e ... 5 8 . . . 4 2 . . . 7 3 . . . 2 7 . Sou bira, M ad am e Sou bira... un nom d é c id é m e n t é t r a n g e e t f a s c in a n t . Philippe, m o n vieux, tu es i n c o r r ig ib le . Si t e s c o l l è g u e s t e v o y a i e n t , ils n ’en re v ie n d ra ie n t pas. i k Jk

s

28

Une voix e n v o û t a n t e lui ré p o n d it : — Vous parlez à M a d a m e So u bira, qui e s t à l’appareil ?

I .a Valse dpg TARO TE____________

M

— Euh... eh bien..., fit-il en b é g a y a n t

j ’a im e ra is sa v o ir si j e

peux p re n d re re n d e z -v o u s. — Oui, a t t e n d e z une m in u te , j e re g a rd e m o n ag en d a... j e suis j u s t e m e n t libre d e m a in à l’h e u r e du d é je u n e r , à une h e u re , ç a vous va ? — Eh b ien e u h ..., c o n t i n u a - t - i l l a m e n t a b l e m e n t , c ’e s t q u e... bon, j ’y serai. — Quel nom d o is-je é c rire ? — Euh... m o n sie u r Si... m o n s ie u r Sa... S a lo m o n . — J e c o m p re n d s v o tr e m é fia n c e , 2 m o n sie u r... S a lo m o n , m ais so yez a s s u r é de t o u t e m a d isc rétio n . J e vous a t t e n d s d em ain. Plus ta r d au la b o ra to ire , il p e n s a it s a n s c e s s e à ce coup de fil. Il e n t e n d a i t e n c o r e c e t t e voix, une voix un peu rau que, v ib ra n te , p r e s q u e s e n s u e l l e . . . Il j e t a m a c h i n a l e m e n t un c o u p d ’œ il au ca len d rier. Il é t a i t en tr a in de d ev e n ir s u p e rstitie u x ... Des su eu rs f r o id e s c o u v r ir e n t so n f r o n t , m a is il a v a i t pris r e n d e z - v o u s un v e n d re d i 13, c ’é t a i t le v e n d re d i 13 ju i ll e t (le s e p t i è m e m o is de l’a n n é e ) à tr e iz e h e u re s ! S a s t u p e u r f u t t e l l e q u ’il l a i s s a t o m b e r l’é p r o u v e t t e 3 q u ’il t e n a i t à la m ain... Duror leva des y eu x é t o n n é s ...

30

1.

en b é g a y a n t : en ne r é u s s i s s a n t p a s à p r o n o n c e r les m o t s correctem ent.

2.

v o tr e m é fia n c e : v o t r e r é t i c e n c e .

3.

u ne é p r o u v e tte : un t u b e e n v e r r e qu e l’on utilis e po ur f a i r e d es e x p é r i e n c e s en l a b o r a t o i r e .

C

T

T

É

S

C o m p ré h e n s io n orale et é crite DELF Q Écoutez l’enregistrement du chapitre et complétez le texte. — ......................., je n’ai rien à ........................5 8 .......................7 3 ....................... Soubira, Madame Soubira... un n o m .......................étrange et fascinant. Philippe, mon vieux, tu e s .......................... Si tes collègues te voyaient, ils n’e n ........................pas. Une v o i x ........................ lui répondit : — Vous parlez à Madame Soubira, qui est à ...................... ? — Euh... eh bien..., fit-il e n ...................... , j * ........................ si je peux prendre rendez-vous. — Oui, attendez une minute, je r e g a rd e ..................... je suis ju stem ent libre d e m a in ...................... du déjeuner, à une heure, ça vous va ? — Eh bien euh..., co ntinu a-t-il......................., c ’est que... bon, j ’y serai. — Quel nom dois-je écrire ? — Euh... monsieur Si... monsieur Sa... Salomon. — Je comprends v o t r e ........................monsieur... Salomon, mais soyez ........................de toute m a ........................je vous attends demain. Plus tard au laboratoire, il p e n s a it........................à ce coup de fil. Il entendait encore cette voix, une voix un p e u ...................... , vibrante, presque sensuelle... Il j e t a ...................... un coup d’œil au calendrier. Il était en train de d ev e n ir.........................Des sueurs froides couvrirent son front, mais il avait pris rendez-vous un ven dred i......................., c ’était le ven d red i....................... juillet (le septième mqis de l’année) à ........................heures ! Sa stupeur fut telle qu’il laissa t o m b e r ........................qu’il tenait à la main... Duror leva des y e u x .........................

31

T

©

T

Silvestre n’est plus l’homme qu’il était dans le studio de radio. Replacez ces adjectifs qui le caractérisen t. sûr de lui gauche

hésitant

Dans le stu d io de rad io

d e lfO

calme

rationnel

ferm e

m aladroit

timide

apeuré

Au télé p h o n e a v e c M adam e S ou b ira

Qu’a v e z -v o u s re te n u de M arcel, l’am i de Philippe ? D ites si les affirm ations sont vraies on fausses.

1. Marcel est un ami de longue date. 2. Il a connu Philippe à l’école communale. 3. Marcel est ingénieur. 4 . Il travaille à l’hôpital Cauchin. 5. Marcel est arrogant et prétentieux. 6. Il a un tem péram ent joyeux. 7. Marcel est superstitieux. 8. Marcel est marié depuis longtemps.

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Vrai

Faux

□ □ □ □ □ □ □ □

□ □ □ □ □ □ □ □

Ç

T

T

G ra m m a ire Les adve rb es de m anière • Si l’adjectif masculin se termine par une voyelle, on ajoute le suffixe -m ent : p ra tiq u e — p r a tiq u e m e n t • Si l’adjectif masculin se termine par une consonne, on le transform e au féminin et on ajoute le suffixe -m ent : m a ch in a l — m a c h in a le — m a c h in a le m e n t • Si l’adjectif masculin se termine par -an t / -ent, l’adverbe de manière se termine par -am m ent / -em m ent : co n sta n t — c o n s ta m m e n t ; d iffé r e n t — d iffé r e m m e n t Quelques exceptions : assidu — a s sid û m en t ; g a i — g a îm e n t ; im puni — im p u n ém en t; b r e f — b rièv em en t ; g en til — g e n tim e n t ; p récis — p récisém en t...

Retrouvez dans ce chapitre tous les adverbes de m anière et classezles dans les différentes colonnes. À partir des adjectifs

À p artir des adjectifs

À p artir des adjectifs

masculins

féminins

en - a n t ou -ent

33

T

Q

T

M onsieur G aston n ’e st pas du to u t c o n tra ria n t, il a l’habitude de rép éter tou t ce que l’on dit en tran sfo rm an t les phrases. Il rencontre Mme Labopin dans la rue et ils parlent... !!! Mme Labopin : Ah ! Il est difficile de joindre les deux bouts aujourd’hui ! M. Gaston : Eh oui ! Ma bonne dame, on peut joindre les deux bouts difficilement... À vous de jouer... Mme Labopin : Ah ! Il est sûr qu’on finira tous à l’hospice ! M. Gaston : Eh oui ! Ma bonne dame, on fin ira ..............................à l’hospice ! Mme Labopin : Vous comprenez, il est nécessaire que les hommes politiques fassent des réformes. M. Gaston : Eh oui ! Ma bonne dame, les hommes politiques doivent ............................ faire des réformes. Mme Labopin : Encore heureux que les syndicats réagissent. M. Gaston : Eh oui ! ma bonne d a m e , ..............................que les syndicats réagissent. Mme Labopin : Mais vous ne trouvez pas que les progrès annoncés sont bien lents ? M. Gaston : Eh oui ! Ma bonne dame, on p ro g re sse .............................. Mme Labopin : Les données sur les nouveaux pauvres en France sont pourtant très précises ! M. Gaston : Eh oui! ma bonne dame, on a pourtant t r è s ............................ indiqué le pourcentage des nouveaux pauvres en France. Mme Labopin : Vous ne croyez pas que le gouvernement devrait être plus rapide dans son travail ? M. Gaston : Eh oui !

34

Ç

T

T

Mme Labopin : Et que les gens devraient être plus résolus dans leurs réactions ? M. Gaston : ...................................................................................................................... Mme Labopin : Et que les jeunes devraient être plus assidus dans leur travail ? M. Gaston : ...................................................................................................................... Mme Labopin : Et que les journalistes devraient être plus intelligents dans leurs commentaires de la vie publique ? M. Gaston : ................................................. .................................................................... Mme Labopin : Ah ! Monsieur Gaston, c ’est toujours un plaisir de bavarder avec vous : vous êtes toujours au courant de tout, au revoir, à bientôt !!! M. Gaston : Au revoir, Madame Labopin ! (tou t seul) Ouf ! J ’ai cru que je ne m ’en débarrasserais jam ais !!!

Enrichissez votre v o c a b u la ire Q

Croyances et superstitions. R elevez d an s ce ch a p itre to u s les é lé m e n ts qui se r é f è r e n t à la superstition.

35

Production é c rite et o ra le

un jour, vous lisez machinalement votre horoscope sur une revue.

d elf

On vous an n on ce les pires c a ta s tro p h e s , on vous dem ande de ne pas s o r tir de chez vou s, de fa ire a tte n tio n au feu e t s u rto u t de surveiller v o tre p orte. Au début, vous êtes sceptique puis, p etit à p etit vous êtes pris de panique p arce que... R acontez c e tte histoire en i n s i s t a n t s u r v o t r e s c e p t i c i s m e i n i t ia l , s u r le s é t r a n g e s coïncidences qui se su ccèd en t et sur l’angoisse puis la te rre u r qui vous prend. N’oubliez pas le suspense !!!

Q

Racontez ces trois épisodes. • Philippe Silvestre d éc id e d'annuler son ren dez-v ou s Il d é c id e d'en p a r ler à son a m i M a r c e l......................... • Il va q u a n d m ê m e ch ez la v oy a n te e t ...........................

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CHAPITRE 4

La rencontre

Ÿ

Le le n d em a in , il é t a i t n erv eu x. Un tic te r r i b le m e n t f a s tid ie u x B W

tira it le coin de s a bo u ch e. S e s m a in s é t a i e n t m o it e s e t son c œ u r c o g n a it plus f o r t d a n s s a p o itrin e . Le p a r c o u r s p o u r a ller c h e z M a d a m e S o u b ir a lui s e m b la in t e r m in a b le . Deux fo is il grilla un feu rouge K H e u r e u s e m e n t q u ’il n ’y a v a it pas de flic 2 à l’horizon ! Il se so u vin t du vieil Incas, au M exique. « Vous c h e r c h e z v o tr e v é r ité », lui a vait-il dit d’une voix grave, « elle e s t en vous. En ce m o m e n t , vous ê t e s é g a ré e t c o m m e to u s les sc ie n tifiq u e s , vous cro y ez u n iq u e m e n t à ce que vous voyez... à

ce que vo u s p a rv e n e z à d é m o n t r e r . V o tr e c o rp s a s t r a l se

ré v o lte : il vous f a u d ra t r a v e r s e r des é p re u v e s difficiles... » Sur le m o m e n t , il a v a it f a it s e m b la n t d’en rire. Mais, plus ta rd , il s ’é t a i t mis à a p p ro fo n d ir le m o n d e de l’esp rit, des e x p é r ie n c e s p a r a n o r m a le s ...

1.

g rille r un feu ro u g e : p a s s e r qu a n d le fe u e s t ro ug e.

2.

flic : ( fa m .) a g e n t de police.

37

l.a Valse dss TARO TS La m a i s o n de la v o y a n t e é t a i t une c o n s t r u c t i o n d es a n n é e s 5 0 . On a p e r c e v a i t su r la d ro ite un ja r d in p o t a g e r . Il su ivit une p e tite allée a v a n t d’a rriv e r à la p o rte d’e n t r é e . Le sol é t a i t g orgé 1 de pluie, S ilv e stre s ’e n f o n ç a i t ju s q u ’à la cheville. « Si m e s co llègu es m e v o y a ien t... » Il frap p a, la p o rte s ’ouvrit a u t o m a t i q u e m e n t . Il e n t e n d i t : — E n trez, M onsieu r S a lo m o n ! Une d a m e à l’a s p e c t to u t à f a it n o rm a l s ’a v a n ç a v ers lui : son v is a g e lui r a p p e la it q u e lq u ’un, p o u r t a n t il é t a i t c e r t a i n q u ’il ne l’a v a it j a m a i s vue : s e s c h e v e u x r e t o m b a i e n t su r s e s ép a u les e t son v isa g e é t a i t je u n e . Elle se m it à rire en v o y a n t sa su rprise. — V ous vous a t t e n d i e z à tr o u v e r une vieille m é g è r e a v e c un fichu 2 sur la t ê t e ? A sse y e z -v o u s e t d ites-m o i ce qui vous a m è n e , c o n t in u a -t -e lle . Il n ’a r r i v a i t p a s à a v a l e r s a s a l i v e t e l l e m e n t il é t a i t e m b a r r a s s é . S a v o ix a u ssi lui d is a it q u e lq u e c h o se ... — Voilà, j ’ai tr o u v é une de vo s c a r t e s de visite su r m a ta b le , e t j ’ai tr o u v é ça v r a i m e n t é t r a n g e . J e ne sais pas c o m m e n t elle a pu a t t e r r i r là, f itil lé g è r e m e n t co n fu s. — C’e s t la vie qui e s t é t r a n g e , elle o f f r e d ’ i n n o m b r a b l e s o c c a s i o n s , il s u f f i t d e

38

1.

ê t r e g o rg é de : ê t r e p é n é t r é t r è s p r o f o n d é m e n t d a n s le sol.

2.

un fich u : m o r c e a u de t is s u que l’on m e t su r la t ê t e .

La rencontre s a v o ir les cueillir. V ous vo y e z, v o u s aviez p r o b a b l e m e n t b e s o in de q u elq u ’un qui pu isse vous aid er, m a c a r t e de v isite é t a i t là e t vous l’avez vue... Elle prit un air g rav e à ce s m o ts : de te m p s à a u tre , son regard se p o sa it sur les t a r o t s

m a c h i n a le m e n t elle tir a it les c a r t e s . Il

v o y a i t s a m a i n t r e m b l e r , il lui s e m b l a i t q u ’e l l e p â l i s s a i t . Il r e g a rd a it les c a r t e s , lui aussi. Sur la p re m iè re c a r t e , d eux loups h u rla ien t à la m o rt, la t ê t e t o u r n é e v e r s une lune in q u ié ta n t e qui v e r s a it des la r m e s de san g, u ne b ê t e a q u a t i q u e m o n s t r u e u s e s ’a v a n ç a i t d a n g e r e u s e m e n t v ers le rivage. — J e vo is..., f it - e ll e , un g ran d d a n g e r v o u s g u e t t e , un g ran d d a n g e r pour v o u s e t po u r v o s p r o c h e s ... v o u s a u re z de g r o s s e s d iff ic u lt é s , to u t e s t o b s c u r, v o tr e s itu a t io n se co m plique de plus en plus... E ll e

a v a it

p ris

une

ca rte

à l’en v e

r e p r é s e n t a i t un v i e i l l a r d , p u i s u n e a u t illu strait la f o r c e : ce lle-ci au ssi é t a i t à l’en ve — Mon Dieu !, d it-e lle, vo us s e r e z v ictiir b ru ta lité s v e n a n t de l’a u -d elà ! Ah ! co n tin u elle, voilà une autre ca r te un peu plus positive so le il, v o u s t r i o m p h e r e z du m a l, m a i s c e t victo ire m a l h e u r e u s e m e n t ne vous a p p o rte r

1.

les t a r o t s : c a r t e s qui s e r v e n t po ur la d iv in ation .

39

I .a Valse dPg TAROTS__________ pas la paix que vous cherchez, excusez-m oi, je vais prendre un verre d’eau... j ’ai la gorge sèche. Je ne com prends pas pourquoi je m e sens si troublée, excusez-moi... — J e peux f a ire qu elque c h o s e ? d e m a n d a Silv e stre . — Non, non, ce la va p a s s e r, j e re v ie n s to u t de suite. Elle se dirigea v ers une a u tr e pièce, elle c h a n c e l a it 1} la p o rte s e f e r m a b r u s q u e m e n t d e r r i è r e e lle . Il e n t e n d i t a l o r s un cri p e r ç a n t , se précip ita. So n c œ u r b a t t a i t t r è s f o r t. S e s id ées e t s e s pieds s ’em b ro u illa ie n t 2. Il ne r é u s s i s s a it pas à ouvrir la m au d ite p o rte ! F in a le m e n t, elle c é d a e t il a p e r ç u t le co rp s de la f e m m e b a ig n a n t d ans une flaq u e de sang... II s e n t i t une v io le n te douleur à la t ê t e , la pièce b asc u la, t o u t d e v i n t c o l o r é . . . l e s o b j e t s r e n v e r s é s s e f i r e n t p lu s f l o u s . . . l’o b sc u rité l’envahit...

1.

c h a n c e le r : m a r c h e r d ’un p a s h é s i t a n t , e n t i t u b a n t .

2.

s ’e m b ro u ille r : se m é la n g e r .

C o m p réh e n sio n orale et écrite d elf

Q

Écoutez l’enregistrem ent du chapitre et corrigez s’il le faut. Elle prit un air grave à ces mots : de temps en temps,

son regard se posait sur les tarots, machinalement elle

rangeait les cartes. Il voyait sa main trembler, il lui semblait qu’elle

pâlissait. Il regardait les astres lui aussi.

Sur la première carte, deux loups criaient à la mort, la tête tournée vers

une dune inquiétante qui versait des larmes de sang, une bête aquatique

monstrueuse s ’avançait dangereusement vers le visage.

— Je vois..., fit-elle, un grand danger vous attend, un grand danger pour

vous et vos prochains... vous aurez de grosses difficultés, tout est sûr,

votre situation se complique de plus en plus...

Elle avait pris une carte à l'envers qui représentait un motard, puis une

autre qui illustrait la force : celle-ci aussi était à l'envers.

42

0

Rem ettez dans l’ordre les phrases suivantes en les num érotant. a. □

Il sentit une violente douleur à la tête.

b. □

Machinalement elle tirait les cartes.

c. □

Elle se mit à rire en voyant sa surprise,

d. □

Une bête monstrueuse s ’avançait.

e. □

Il s ’enfonçait jusqu’à la cheville.

f. □

Il grilla un feu rouge.

g- □

Elle se dirigea vers une autre pièce.

h. □

La porte s ’ouvrit automatiquement.

i.



Il suivit une petite allée.

I.



Il aperçut le corps de la jeune femme.

m. □

Une dame s ’avança vers lui.

G ra m m a ire L ’em ploi du passé sim ple et de l’im parfait • Le passé simple est un temps du récit. On l’emploie pour des actions brèves, non répétitives, qui se sont déroulées dans le passé et qui sont terminées. • Par contre, l’im parfait est utilisé pour des actions répétitives, ou qui durent dans le passé. Elle attendait l'autobus q u a n d elle entendit un cri. Attention ! Le passé simple est un temps de la langue écrite. À l’oral on l’emploie rarement. On le remplace par le passé composé.

43

c

O

T

T

Relevez dans le chap itre les verbes au passé simple et donnez leur infinitif.

Enrichissez votre v o c a b u la ire Q

Dans ce chapitre, plusieurs m ots appartiennent au champ lexical du m ystère, des sciences occultes. Soulignez-les ; quand cela est possible, retrouvez les m ots ap p artenant au même champ sém antique. astral, astrologie, a stro lo g u e...................................................................................

Q

Quelle est la bonne définition ? 1.

Un voyant c ’est a.

O

quelqu’un qui lit l’avenir.

b.

Q

quelqu’un qui a des visions.

c.



un maniaque qui regarde sans être vu.

2. Une mégère c ’est a.

Q

la méchante belle-mère dans les fables.

b.



une fem m e qui possède des pouvoirs maléfiques.

c.



une fem m e méchante et laide.

3. L’au-delà c ’est

44

a-



ce qui n’est pas ici.

b.

Q

le monde supraterrestre.

c.

Q

avant.

4.

Le paranormal c ’est a.

[ I ] ce qui n’est pas normal.

b.

[ U ce qui appartient au monde parapsychique.

c.

O

ce qui n’a pas de morale.

Voici en désordre les m ots qui correspondent aux définitions que vous avez écartées. Placez-les en face de leur définition. ailleurs am oral visionnaire

^

anorm al m arâtre

sorcière voyeur auparavant

Un intrus se cache dans chaque liste de m ots. Trouvez-le et justifiez votre réponse. 1.

bélier — poisson — taureau — cheval — capricorne — scorpion

2.

voyant — mage — enchanteur — chiropracteur — cartomancien

3.

tarots — rami — poker — dames — bridge

Production é crite Q

Qui a tu é M adam e S ou b ira e t a sso m m é S ilv e stre ? P ou r ch aq u e hypothèse, donnez une explication. •

C’est un cam brioleur.............................................................................................

C’est quelqu’un qui veut empêcher Madame Soubira de parler à Silvestre ............................................................................................................

C’est un être venu de Pau-delà

45

CHAPITRE 5

Lefiquête commence mm

mnm Philippe, Philippe... ! Il ne s a v a it pas d’où v e n a it c e t t e voix. Les o b je t s r e p r e n a i e n t

le n t e m e n t des c o n t o u r s plus n e t s . Des m u rs b lan c s, une vilaine la m p e au p lafo n d , une c h a i s e en m é t a l c h r o m é . Il a v a i t mal e t , n ’a rriv a it pas à to u r n e r la t ê t e . — Philippe... Un v isage a n x ie u x é t a i t p e n ch é su r lui. Il é t a i t d a n s un lit. — C alm e -toi... c a lm e - to i, Philippe... C e tte voix, il la r e c o n n a is s a i t, elle lui é t a i t fa m iliè re. — Philippe, allez, ré v eille -to i ! Il a v a it t e r r i b le m e n t mal à la t ê t e , to u t to u r n a it a u to u r de lui. Les m u rs s e m b la i e n t s ’a p p r o c h e r de son lit de f a ç o n v e r tig in e u s e . Les o b j e t s se d é f o r m a ie n t, se tr a n s f o r m a i e n t . — Philippe, Philippe, ça s u ffit, ré veille-to i, tu dois t e réveiller... Philippe... La voix lui p a ra issa it lointaine, par in s ta n ts p resqu e inaudible puis elle r e v e n a it fo r t... elle s e m b la it e x p lo s e r d an s s e s o reilles. Il ne p a r v e n a it pas à g a rd e r les y eu x o u v e rts... 1.

46

in au d ib le : qu e l’on ne p a r v ie n t p a s à e n t e n d r e .

L'enquête commence — Philippe ! Tu t e réveilles, oui ou non ? Tu as a s s e z dormi... « Ça y e s t, j ’y suis, c ’e s t la voix de M arcel ! Mais q u ’e s t - c e q u ’il v i e n t f a i r e là ? C o m m e n t a - t - i l su q u e j e su is allé c h e z c e t t e v o y a n te . Oh m o n Dieu ! la v o y a n t e !... le c a d a v re !...» — D o u c e m e n t, Philippe ! Ne t ’a g ite p as trop , ç a va ? — Où s u is -je ? — À l’hôpital. — Qu’e s t - c e qui s ’e s t p a s s é ? — Ça, m o n vieux, c ’e s t p lu tôt toi qui d evrais le r a c o n t e r . — Mais en fin, c o m m e n t e s t - c e que j e suis arrivé ici ? — Eh bien , on t ’a tr o u v é , s o u s le p o n t A le x a n d r e III a v e c le crân e à m o itié f r a c a s s é x. Tu peux dire que tu m ’as f a it une s a c r é e peur 2. H e u r e u s e m e n t que j e travaille d ans c e t hôpital ; tu n ’avais plus t e s papiers sur toi. Il y a un in sp e c te u r qui v o ud rait te p o se r quelques q u estio n s. Si tu veux, j e vais lui d e m a n d e r de revenir. — Non, non, j e m e s e n s m ieux. F ais-le e n t r e r ! — D’acc o rd , m ais ne t e fa tig u e pas tr o p ! L’i n s p e c t e u r p é n é t r a d a n s la p iè c e . Il a v a i t les j o u e s bien re b o n d ie s 3. Il s e n t a i t le t a b a c . — M o n s i e u r S i l v e s t r e , j e s u is l’i n s p e c t e u r P e r r a t . S a v e z -v o u s qui e s t v o tr e a g r e s s e u r ? — Non, j ’ai é t é fra p p é par d errière. — Que p o u v ez-v o u s m e dire de c e t t e a g r e s s io n ? L’id é e

d ’a v o u e r

q u ’ il

é ta it

allé

chez

une

c a r t o m a n c i e n n e lui é t a i t p lu tô t d é s a g r é a b le , m a is il a jo u t a quand m ê m e : — Vous n ’allez p as m e cro ire : j ’avais re n d e z -v o u s 1.

f r a c a s s é : su r lequel on a t a p é t r è s f o r t e t qui e s t d é f o n c é .

2.

f a i r e u n e s a c r é e p e u r : f a i r e t r è s peur.

3.

r e b o n d i : plein.

La Valse des TAROTS ch e z une v o y a n te , une c e r t a i n e M ad am e S o u b ira e t c ’e s t là que t o u t e s t arrivé. J ’é t a is ch ez elle, elle m ’a q u itté une s e c o n d e , puis elle a crié... J e suis e n t r é d ans la cuisine, elle é t a i t là par te rre ... m orte ! — Une v o y a n t e ? Quelle v o y a n t e ?... a t t e n d e z une m inu te. Je ne c o m p r e n d s rien . Nous s o m m e s en t r a i n de p a r l e r de v o t r e a g r e s s i o n e t v o u s, v o u s d iv a g u e z 1 su r a u t r e c h o s e : qui v o u s parle de v o y a n t e ? R e v e n o n s p lu tô t à n o tr e q u e stio n : qui vous a assom m é ? — Mais en fin , puisque j e vous dis que j e ne le sais pas... Quand j e l’ai v u e , e lle b a i g n a i t d a n s s o n s a n g . C’é t a i t un s p e c t a c l e te rrib le . Et c ’e s t là que j ’ai reçu ce coup sur la t ê te ... — R é c a p it u l o n s , de qui v o u s ê t e s en t r a in de p a r l e r ? J e ne co m p re n d s plus rien. — Je vous r é p è t e que j e suis allé ch ez une c a r to m a n c i e n n e , elle s ’appelle M ad am e Soubira. Elle e s t e n t r é e d ans la cuisine e t là j e l’ai e n t e n d u e c rie r, j ’ai o u v e r t la p o r t e e t j e l’ai vue... m o rte , puis j ’ai sen ti une douleur te rrib le à la tê t e . — D ite s - m o i à qu elle h e u re e t quel j o u r v o u s vo u s ê t e s ren d u ch e z c e t t e ... v o y a n te , c e t t e M a d a m e... S o u . . . q u e l q u e c h o s e ? E t c ’ e s t là q u ’ o n v o u s a assom m é ? — Elle s ’appelle S o u b ira , j e vo u s dis, SOUBIRA ! r C’é t a i t le vendredi 13 à 13 heu res. Elle h a b ite 13, rue des Peupliers à B ezo ns. On l’a tu ée , j e vous dis, j e ne sais pas pourquoi... Vous avez tro u v é le corp s ? Je suis in n o c en t, j e vous le jb^e. Ce n ’e s t pas moi qui l’ai tu ée...

1.

d iv a g u e r : s ’é c a r t e r du s u j e t , p a r l e r d ’a u t r e c h o s e

C o m p r é h e n s io n orale et écrite Q

Écoutez l’enregistrem ent du chapitre et barrez les m ots inutiles. La voix lui {p a ra issa it — a p p a r a is s a it — s e m b la it ) lointaine, par instants presque (im p e rcep tib le — in am o v ib le — in au d ib le) puis elle revenait fort... elle semblait (im p lo ser — ex p o ser — ex p lo ser) dans ses oreilles. Il ne parvenait pas à (g a rd er — r e s te r — ten ir) les yeux ouverts... — Philippe ! Tu te réveilles, oui ou non ? Tu as assez dormi... « Ça y est, (j’y suis —j'essu ie —j e suis) c ’est la voix de Marcel ! Mais qu’est-ce qu’il vient faire là ? Comment a-t-il (vu — su — cru) que je suis allé chez cette voyante. Oh mon Dieu ! la voyante !... le cadavre !... » — Doucement, Philippe ! Ne t ’agite pas trop, ça va ? — Où (je suis — e s t-c e q u e j e suis — suis-je) ? — À l’hôpital. — (Q u'est-ce qui s'est p a s s é — q u 'est-ce qu'il s'est p a s s é — q u e s'est-il passé) ? — Ça mon vieux, c ’est plutôt toi qui devrais le raconter. — Mais (à la fin —fin a le m e n t — en fin ) com m ent est-ce que je suis arrivé ici ? — Eh bien, on t ’a trouvé, sous le (Pont A lexan dre III — P ont M irabeau — P ont N euf) avec le crâne à moitié (d é fo n c é —fr a c t u r é — fr a c a s s é ) . Tu peux dire que tu m ’as fait une sacrée peur. Heureusement que je travaille dans cet hôpital, tu n’avais plus (tes d ocu m en ts — ton id en tité — tes p a p iers) sur toi. Il y a un inspecteur qui (a im era it — vou d rait — d ésirera it) te poser quelques questions. Si tu veux, je vais lui demander de (reven ir — r e p a s s e r — s'en aller). — Non, non, je me sens (m ieu x — un p eu — b ien ). Fais-le entrer ! — D’accord, mais ne te fatigue pas trop ! L’inspecteur pénétra dans la pièce. Il avait les joues bien (reb o n d ies — ro n d es — ro u g es). Il sentait la cigarette. — Monsieur Silvestre, je suis l’inspecteur (Surrat — V errat — P errat). Savez-vous qui est votre agresseur ?

49

ç

DELF

©

T

T

L’inspecteur et Philippe Silvestre ne se com prennent pas. Cochez les bonnes résponses. — Monsieur Silvestre, on vous a trouvé

vous aviez

4. Q

1. Q

sur le trottoir.

2 .D

au stade.

3 .n

sous un pont.

le crâne fracassé.

5. Q

les côtes enfoncées.

6. Q

le bras fracturé.

— Eh bien oui, Monsieur l’inspecteur, on m ’a

mais cela s’est passé, en réalité, chez

7. Q

accompagné

8- □

assommé

9. Q

dérangé

10. Q

une voyante.

11. Q

le docteur.

12. □

ma cousine.

— Mais que dites-vous, Monsieur Silvestre ?! — Oui, c’est vrai, son corps était là dans

— Allons, Monsieur Silvestre, vous

13. Q

l’entrée.

14. □

la cuisine.

15. Q

le potager.

16. Q

délirez.

17. Q

plaisantez.

18. Q

divaguez.

— C’est la vérité, je vous dis ! — Où cette Madame

19. Q

Soubira

20. Q

Soutira

21. Q

Souvira

habite-t-elle selon vous ?

50

22. Q

15, rue des Orangerè^

23. n

31, rue des Châtaigniers à Bezons.

24. □

13, rue des Peupliers.

T

É

S

G ra m m a ire Les phrases nom inales En général, on les utilise surtout dans le langage parlé et elles peuvent être de quatre types :

— exclamatives : Mon Dieu ! La v oy a n te ! — impératives : D oucem ent, P hilippe ! — interrogatives : Une v oy an te ? Q uelle v oy a n te ? — déclaratives : À l'h ôp ita l Q Transformez les phrases soulignées en phrases sans verbes. Jean Greslé : Je survolais le mont Blanc quand tout à coup j ’ai vu une lumière étrange... Alexandre Baloud : Pouvez-vous nous dire de quelle lumière il s ’agissait ? Jean Greslé : Elle était aveuglante. Elle était jaune, phosphorescente... Joël Mesnard : Il s ’agissait sûrement d’une illusion optique !!! Jean Greslé : Non, ce n’est pas ça du tout. Joël Mesnard : Êtes-vous sûr que vous étiez sobre ? Jean Greslé : Mais enfin, je ne vous permets pas... Alexandre Baloud : Messieurs, messieurs, veuillez vous calmer, je vous prie... Monsieur Mesnard, soyez plus modéré ! Monsieur Greslé, reprenez votre récit, s ’il vous plaît... Jean Greslé : Bon, je reprends. Cette lumière était immobile et elle avait une forme elliptique... Alexandre Baloud : Elle avait une forme elliptique ? Comment est-ce possible ?

51

A

C

T

T

Jean Greslé : Scientifiquement, je ne peux vous l'expliquer. C’était extraordinaire... Alexandre Baloud : Puis que s ’est-il passé ? Jean Greslé : Eh bien, l’ellipse devant moi a disparu... Joël Mesnard : Ah ça c ’est la meilleure, ah ah ah !... elle a disparu... ah ah, ah ! Alexandre Baloud : Faites moins de bruit, s ’il vous plaît...

Enrichissez votre v o c a b u la ire Q

R etrou vez dans le ch ap itre to u s les m o ts évo q u an t la so u ffran ce physique.

Relevez les expressions et m ots fam iliers qui se réfèren t au champ lexical de la peur. 1.

O

avoir les jetons

9.

Q

être un faux-jeton

2- □

un taulard

10.

Q

être un trouillard

3- □

se manger les foies

h

.



avoir les foies

4. Q

la frousse

12.

Q ] la trousse

5. Q

la pétoche

13.

Q

6- □

avoir les ch o cotte s

14.

Q ] être une chocf

7. Q

se dégonfler

15.

Q

être gonflé

16.



avoir le trouillomètre à zéro

8. Q J le manomètre

52

un potache

A

C

T

T

Voici

le sen s des m o ts que vou s avez é c a r té s . R e tro u v e z -le s en m ettan t le n° correspondant.

a. CH ê tre sn °b

e- □

avoir de l’au d a c e

b. □

se fa ir e du souci

f.

un p riso n n ier

c. O

ê t r e h y p o c rite

g.

un étui pour ra n g e r des o b je t s

h.

un appareil s e r v a n t à m e s u r e r

d. C ] un ly céen



Production é c rite et o ra le D E L F ^ Notre histoire se corse, que va découvrir le com m issaire ? La m a iso n d e la v oy a n te a é t é d étru ite p a r un in cen die, on retrou v e un c a d a v re c a lcin é

D ans la m a iso n d e la voyante, on retrou v e d eu x ca d a v re s ! Celui d e la v oy a n te e t celui d e ................................................................................................. .

ou e n c o re ?

©

Vous venez de dém énager... Votre appartem ent vous plaît beaucoup, il e s t gran d , lum in eu x e t silen cieu x, fin a le m e n t... il a to u te s les qualités. Vous allez vous coucher quand... Racontez.

53

CHAPITRE 6

Rêve ou réalité? / I S a t ê t e é c la t a it , la pièce r e s s e m b l a it à un k a léid o sco p e.

J

ez, ne v o u s a f f o le z p as c o m m e ça... j e vais v é r ifie r, ne s e m b l e a b r a c a d a b r a n t *, c ’e s t p r o b a b l e m e n t le sp e cte u r.

la r c e l o b s e r v a it son ami d ’un air p ré o ccu p é , tu r e s t e s a v ec nous ou tu p ars ?

— L’i n s p e c t e u r , il a eu d e s n o u v e l l e s ? d e m a n d a P h ilip p e

fébrile . Ils o n t tro u v é le co rp s de la v o y a n t e ? — É c o u t e , l ’ i n s p e c t e u r e s t là d a n s le c o u l o i r . Il a u n e c o m m u n i c a t i o n u r g e n t e à t e f a i r e . . . M o n s i e u r l’i n s p e c t e u r ! ap p e la -t-il. P e r r a t e n t r a d an s la c h a m b r e , sa b a rb e é t a i t longue, dure, il s e m b la it fatig u é. — M onsieu r S ilv e stre , v o tr e h isto ire de v o y a n t e a s s a s s i n é e ne t i e n t pas d e b o u t. Au n u m é r o 13, rue d es P eu pliers, h a b it e bien 1.

54

a b r a c a d a b r a n t : i n c o h é r e n t , i n v r a is e m b l a b l e .

Rêve ou réalité ? une M ad am e So u bira, m a is elle se tr o u v e au M exique depuis plus d’un an, la m a iso n n ’e s t pas louée 1. — Mais, j e ne co m p r e n d s pas... Puisque j e vous dis que j e l’ai vue, c o m m e j e vous vois : on l’a tu é e ... e t m a t ê t e selo n vous, j e me la suis fe n d u e to u t seul ? — É co u tez, M o n sieu r S ilv e stre , quand on vous a tr o u v é, vous t e n i e z à la m a i n u n e b o u t e i l l e de w h i s k y e t v o u s e m p e s t i e z l’a lc o o l. P o u r m o i, c e t t e a f f a i r e e s t c l a s s é e : v o u s v o u s ê t e s f r a c a s s é le c r â n e to u t seul, vous étie z c o m p l è t e m e n t soûl ! Il p a r t i t s a n s l a i s s e r S i l v e s t r e r é p o n d r e . P h i l i p p e é t a i t o ffu sq u é 2. Quel idiot, c e t in s p e c te u r ! Un in cap able, voilà ce que c ’é t a it ! Et lui qui é t a i t cloué 3 d an s ce lit d’hôpital ! Les jo u r s p a s s a i e n t le n t e m e n t . S ilv e s tre n ’a v a it q u ’une seu le idée en t ê t e : s o r tir e t m e n e r so n e n q u ê te . M arcel é t a i t in quiet, il cro y a it e f f e c t i v e m e n t q u ’il a v a it to u t in v e n té . — Mon pauvre, tu c o m p re n d s, tu as subi un ch o c. Tu devrais v o ir un p s y c h o t h é r a p e u t e , j ’en c o n n a i s un qui e s t t r è s c o m p é te n t. — J e n ’ai pas b eso in de p s y c h o th é ra p ie . T o u t ce que je t ’ai r a c o n t é , c ’e s t la v é r ité , tu dois m e croire. — É co u te, Philippe. Tu avais 2 g r a m m e s d’alcool dans le sang... — Je

n ’ ai

pas

bu,

com m ent

fa ire

pour

c o n v a in c re ? Tu sais que j e ne bois j a m a i s plus d’ v e r r e , qu e j e su is t o u j o u r s s o b r e s u r t o u t si j e conduire. J e n ’ai pas rêvé t o u t de m ê m e .

1.

lo u e r : d o n n e r en l o c a t i o n à une p e r s o n n e qui p a y e une s o m m e t o u s les m ois.

2.

o ff u sq u é : s c a n d a l i s é .

3.

clo ué : i m m o b ilisé .

55

La Valse des TAROTS — C et alcool, c o m m e n t il e s t e n t r é d an s to n co rp s ? Tu veu x m e l’ex p liq u er ? — C’e s t un coup m o n t é ... C e t t e M a d a m e S o u b ira , j e l’ai vue c o m m e j e t e vois. Tu peux m e croire, ce la f a it co m b ie n d’a n n é e s q u ’on se c o n n a ît ? J e ne dirais pas des c h o s e s que j ’ai in v e n té e s t o u t de m ê m e . — Oui, m a i s tu s a i s , j e t e t r o u v a i s é t r a n g e d e p u is q u e lq u e t e m p s . .. T e s h i s t o i r e s d ’e s p r it ... de m o r t ... d ’in c a s . Tu m ’en a s p arlé e t parlé... J e v o u lais t e le dire l’a u t r e so ir... m a is tu é t a is n e r v e u x e t a l o r s j ’ai p r é f é r é m e t a i r e . Tu n ’e s plus le m ê m e d e p u is t o n r e t o u r du M e x iq u e . Au r e s t a u r a n t , tu t e s o u v i e n s quand on a lu les billets ? Le tien, tu ne l’as pas j e t é ; tu l’as mis d an s t a p o ch e ! Ça ne r e s s e m b l e pas au s a v a n t que j ’ai connu... — M ais j ’y p e n s e , m a v o i t u r e , c ’e s t u n e p r e u v e : elle a dû r e s t e r là - b a s à B e z o n s ! — Ta vo itu re , Philippe, elle é t a i t à c ô t é de toi sur les quais... D ’a il le u r s , j e m e d e m a n d e c o m m e n t tu n ’a s p a s f a i t un b e a u p lon g eo n 1 d ans la Seine... — J e n ’ai p o u r ta n t au cun so u v e n ir de m ’ê t r e enivré. J ’ai bien vu qu an d m ê m e la c a r t e de v is ite de c e t t e v o y a n t e , j e n ’ai pas r ê v é , c e n ’e s t p a s p o s s i b l e .. . La c a r t e ! T r o u v o n s c e t t e c a r t e , M arcel ! Elle doit e n c o r e se tr o u v e r dans m a poch e. — M on p a u v r e a m i , q u a n d ils t ’o n t r a m a s s é , t e s p o c h e s é t a i e n t c o m p l è t e m e n t v i d e s . On n ’a t r o u v é q u e le b i l l e t du r e s t a u r a n t ch in o is !

1.

56

un p lo n g e o n : un s a u t d a n s l’eau.

C

T

T

C o m p réh e n sio n orale et écrite c E L ^ O Écoutez l’enregistrement du chapitre et complétez le texte. Sa t ê t e ......................., la pièce ressemblait à un kaléidoscope. — Écoutez, ne vous affolez pas comme ça, je v a i s ........................Tout cela me semble abracadabrant, c ’est probablement l e ....................... , fit l’inspecteur. Le soir, Marcel observait son ami d’u n ........................préoccupé. — Alors, tu restes avec nous ou tu pars ? — L’inspecteur, il a eu d e s ...................... ? demanda Philippe fébrile. Ils ont trouvé l e ...................... de la voyante ? — Écoute, l’inspecteur est là dans le couloir, il a une communication ........................à te faire.

Q

Q uelles son t les deux p erson n es que Philippe S ilvestre veut convaincre ? Réussit-il à les convaincre ? Pourquoi ?

©

L’in s p e c te u r se p r é s e n te d an s ce c h a p itr e e t d an s le c h a p itr e précédent de deux façons différentes. Racontez. À la première r e n c o n tr e ..............................................................................................

À la d eu xièm e.................................................................................................................

57

C

Q

T

T

Faites le p ortrait du docteur Duvernais en cochant les bonnes cases. 1. 2. 3. 4. 5. 6.

□ attentionné □ brutal □ paternel □ indifférent □ préoccupé □ sincère

7. 8. 9. 10. 11. 12.

□ compréhensif □ froid □ catégorique □ sceptique □ optimiste □ détaché

G ra m m a ire La probabilité • Il y a en français plusieurs manières pour exprimer une probabilité. Ma voitu re ! Elle a dû r e s te r là -b a s ! Dans cette phrase, le verbe devoir n’exprime pas une obligation, mais une probabilité, une supposition, une vraisemblance. • Le

verbe d’opinion : p en ser, supposer... suivi d’un verbe à l’indicatif : J e suppose q u e m a voitu re e s t r e s t é e là -b as. J e p en se q u e m a voitu re e s t r e s t é e là-b as.

• Les adverbes et les locutions adverbiales sans doute, sû rem en t, certainem ent, probablem ent, peut-être. Ma voitu re e s t sû rem en t r e s t é e là -b a s ! Ma voitu re e s t certa in em en t r e s té e là -b a s ! Ma voitu re e s t sans doute en p a n n e ! • Attention à la construction avec peut-être. Ma voitu re e s t p eu t-être r e s t é e là -b as. Peut-être q u e m a voitu re e s t r e s té e là b a s ! • Attention ! Sans doute exprime une probabilité, sans aucun doute une certitude ! • Le

58

conditionnel : voir chapitre 8.

Ç

^

T

V

I

T

F

S

Philippe Silvestre vient de se réveiller dans sa chambre d’hôpital. Il ne s a it rien de ce qui lui e s t a rriv é . Il in t e r r o g e son c o m p a g n o n de chambre, qui ne sait rien non plus, et qui ém et des hypothèses. — Mais qu’est-ce que je fais ici, dans ce lit d’hôpital ? ..............................................(c e r ta in e m e n t — av o ir un a c c id e n t) — Oui, mais comment suis-je arrivé ici ? ..............................................(sans d o u te — a p p e le r une a m b u la n c e ) — Aïe ! J ’ai très mal à la tê te ! ..............................................(d ev o ir — s e c o g n er la t ê te très fo r t) — Mais j ’ai un pansement ! Je suis blessé ! ..............................................(p eu t-être — s e b le s s e r a v e c un o b je t tra n ch a n t) — Mais com m ent ai-je pu avoir un accident ! C’est impossible ! ..............................................(p eu t-être — b o ir e un p eu trop) — Mais je ne bois jamais ! C’est impossible ! ..............................................(d ev o ir — une voitu re vous ren v erser)

Enrichissez votre v o c a b u la ire Q

V ous a v e z r e n c o n t r é d a n s ce c h a p i tr e p lu s ie u rs e x p r e s s i o n s appartenant au champ lexical de l’alcoolisme. Retrouvez-les.

Q

Retrouvez des m ots ap partenant au même champ sém antique que... alcool : ............................................................................................................................. soûl : ..................................................................................... ........................................... boire : ..............................................................................................................................

59

C

Q

Unissez les m ots du chapitre et leurs synonymes. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Q

T

T

□ corps □ soûl □ em pester □ étrange □ préoccupé □ abracadabrant □ s’affoler

a. paniquer b. puer c. bizarre d. incroyable e. cadavre f.

ivre

g- inquiet

Nous avo n s e ffa c é c e r ta in s m o ts dan s c e t a rtic le . À vou s de les rem ettre à leur place. ivresse

consom m ent

cancers

devant

coordonnées

coupure

bars

conduite

derrière

Alcool : attention aux excès ! T a façon dont certains jeunes 1................ de l'alcool est très différente des / / I habitudes de leurs parents, explique le Dr Craplet. P lu tô t qu'un plaisir \ \ 1 L J gourmand, ils recherchent une ivresse violente qu'ils nomment la défonce. Celle-ci passe d'abord par la bière,» ajoute-t-il. Une étude européenne menée en 1990 par l'ANPA montre que 37% des adolescents français consomment de la bière, ce qui les place 2.................leurs camarades portugais (40%), mais3................... les jeunes de Suède (32%) et surtout des Pays-Bas (17%). À présent, si on observe la consommation de vin, l'écart se confirme mais en s'inversant. Moins de 20 % des jeunes Français et Portugais boivent du vin régulièrement, tandis que leurs camarades suédois et hollandais sont autour de 30%. Cette étude fait ressortir une 4....................entre Européens du Nord et du Sud, qui s'explique, selon le Dr Craplet, par des différences culturelles. «En Europe du Nord, les gens b o ive n t p lu tô t à la maison. C'est un alcoolisme caché, chronique, qui évolue en dix ou quinze ans vers des 5.................. du fo ie .» En revanche, les Européens du Sud, en particulier les jeunes, affichent publiquement leur consommation d'alcool, entre copains, dans la rue, les 6................ Ils alternent des soirs de « défonce » et des jours d'abstinence. C'est un alcoolisme voyant : absentéisme du lundi matin, 7.................. en état d'8................. , qui a des conséquences sociales immédiates et parfois graves (retards scolaires, accidents...). * Dans chaque département, un comité ANPA (médecins, psychologiques...) répond à toutes vos questions sur l'alcool. Pour en connaître les 9 , appeler à Paris le 01 42 33 51 04.

60

A

C

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T

Production é crite dë ;i_F

©

Ll- - P Q

Vous avez un ami qui consom m e beaucoup de bière, sans se rendre compte des risques qu’il court. Vous écrivez à I’ANPA pour demander conseil...

Votre meilleur(e) ami(e) traverse un grave m om ent de dépression. Il (elle) veut abandonner ses études, car il (elle) n’a plus confiance en lui (elle). Vous le (la) raison n e z, vous e ssay e z de le (la) co n v a in cre à revenir sur sa décision...

61

CHAPITRE 7

Le mystère s'épaissit

Une fois so rti de l’hôpital, les c a t a s t r o p h e s se s u c c é d è r e n t. La m p r e m i è r e s u r p r i s e , il l’e u t en a l l a n t c h e r c h e r s a v o i t u r e à la fo u rriè re

il dut p a y er une n o te a s t r o n o m i q u e !

— Que v o u le z -v o u s ? lui f it l’h o m m e du g u ic h e t, ç a f a i t d es j o u r s q u ’elle e s t ici v o t r e v o it u r e , e t p o u r la r e p r e n d r e , il f a u t payer. À peine r e n tr é chez lui, le t é lé p h o n e so n n a . C’é t a i t le r e c t e u r de l’u niv ersité, il vo ulait le voir im m é d ia t e m e n t. — A s s e y e z - v o u s , j e v o u s p rie ...!

A v e z - v o u s lules j o u r n a u x

p e n d a n t que vous étie z à l’hôpital ? Il lui la n ç a à la figure « Le Figaro » où S ilv e stre put lire :

1.

62

la f o u r r i è r e : e n d r o i t où on d é p o s e les v o i t u r e s mal g a r é e s .

Le mystère s'épaissit

SCANDALE A L’UNIVERSITE P H IL IP P E SILV E ST R E , L E GRAND SC IEN T IFIQ U E, A ÉT É R E T R O U V É EN ÉTAT D ’IV R E S S E SOUS UN PONT ! Philippe Silvestre, qui

l ’existence de mondes

travaille dans la recherche

parallèles ? Si les physiciens se mettent à croire au

atomique depuis des années, lauréat 1 de nombreux prix

surnaturel, où allons-nous ?

internationaux, a été retrouvé, il y a quelques jours sous un

L a communauté scientifique l ’a condamné unanimement.

pont, complètement soûl.

Nous avions invité P.

L ’Université a essayé

Silvestre à s ’expliquer dans

d ’étouffer l ’affaire, mais voilà q u ’une lettre anonyme,

notre rubrique « Droit de Réponse » en vain.

parvenue à notre rédaction, a

Et voilà qu ’on découvre

fait éclater toute la vérité. L a

la raison de ce silence et de

crédibilité de P. Silvestre

ces déclarations insensées.

avait déjà été ébranlée 2 lors

P. Silvestre est alcoolique !

de sa dernière interview sur

Il est souhaitable que

les ondes de R T L . Faut-il rappeler qu ’il jugeait possible

nécessaire pour...

l ’Université de Paris fasse le

Il n e p u t c o n t i n u e r s a le c t u r e . Il é t a i t f u r i e u x , c o m m e n t ce j o u r n a lis t e pouvait-il f a ire de s e m b la b le s d é c la r a t io n s ?... Il allait l’a t t a q u e r pour d iffa m a tio n ...

1.

l a u r é a t : qui a re ç u un prix.

2.

é b ra n lé : ici, m is en d a n g e r.

63

a Valse dm TAROTS — Alors q u ’a v e z -v o u s à m e ré p o n d r e ? fit M o nsieu r B eign o t, furieu x. — C’e s t un coup m o n t é ! — É v id e m m en t, vous ne pouviez que m e ré p o n d re ainsi. Vous vous re n d e z c o m p te , voilà l’im age de n o tr e u n iv ersité t e r n ie 1 e t t o u t ce la à c a u s e de vous. Ce m a tin , j ’ai co n v o q u é en c a t a s t r o p h e le c o n s e i l de f a c u l t é , t o u s le s m e m b r e s o n t v o t é p o u r v o t r e e x c l u s i o n de l’u n i v e r s i t é . S a c h e z , M o n s i e u r S i l v e s t r e , q u e le p r o je t a u q u e l v o u s tr a v a il li e z ne v o u s a p p a r t i e n t p lu s. D é so rm a is, c ’e s t Duror qui veillera à sa ré a lis a tio n ! J ’exige v o tr e l e tt r e de d ém issio n su r m o n b u reau d ans les p ro c h a in e s heu res. S ilv e s tre ne ré p o n d it rien. C’é t a i t inutile ! So n m o ra l é t a i t plus b a s que t e r r e ! En o u tre , c e t t e h is to ire d’a d r e s s e e t de m a iso n vide le t o u r m e n t a it . Il décid a d’en avoir le c œ u r n et. Il se dirigea v e r s sa v o iture... — Oh non ! Il ne m a n q u a it plus que ça ! Un pneu à plat ! D é c i d é m e n t , il a u r a i t m ie u x f a i t de r e s t e r à l’h ô p ita l, là au m o in s il é t a i t à l’abri 2. Il ouvrit le c a p o t de sa v o itu re e t s o r t i t la roue de s e c o u r s e t le cric ; alo rs q u ’il é t a i t en tr a in de c h a n g e r la roue, un vio len t o ra g e s ’a b a t t i t sur lui. T o u t lui t o m b a i t d essu s !!! On lui a v a it j e t é un so rt. P o u rta n t, il ne r e n o n ç a pas. T o u t mouillé, d an s un p ite u x é t a t , il voulut se re n d r e quand m ê m e à B ezo n s, rue des Peupliers. La m a iso n é t a i t e x a c t e m e n t c o m m e il se la rap p elait, donc il n ’é t a i t pas fou. Il s ’y é t a i t bel e t bien 3 rendu. Il n ’a v a it pas rêvé.

64

1.

t e r n i : m o i n s b rillant.

2.

être

3.

bel e t bien : r é e l l e m e n t .

à l'abri : ê t r e p r o t é g é .

La Valse des TAROTS C ep e n d an t, elle s e m b la it in h a b ité e . Il f ra p p a à la p o rte. — Vous n ’avez pas fini de fr a p p e r si f o r t ? Il n ’y a p e rs o n n e ! Il se re to u r n a . — P uisqu ’on vous dit q u ’il n ’y a p e r s o n n e ! — Mais e x c u s e z -m o i... — Vos co llè g u e s de la police s o n t d é jà v e n u s pour m e p o s e r d es q u e s tio n s . J ’h a b ite à c ô t é , il n ’y a p e rs o n n e , j e vous dis. Allezv o u s - e n e t la is s e z les b r a v e s g e n s en p a ix ... j e m e d e m a n d e à quoi ça s e r t de p a y e r des im p ô ts ! A llez-vo u s-en ! — Mais ça f a it lo n g te m p s que c e t t e m a iso n n ’e s t p as h a b it é e ? — J e l’ai d é jà dit, ça f a it un an... la p ro p rié ta ire e s t au M exique e t d epu is, il n ’y a plus p e r s o n n e , s a u f une j e u n e fille qui v ie n t a r r o s e r les p la n te s . Silv e stre n ’y c o m p re n a it plus rien. C’é t a it une histoire de fou s ! — Et si c ’é t a i t vrai ? Si j ’avais s e u le m e n t pris une b o n n e cu ite 1 ? Il r e n t r a ch e z lui, plus d é s e s p é r é que j a m a is . M a c h in a le m e n t, il ouvrit la p o rte du frigo pour p re n d re une bière. Les c a n e t t e s 2 é t a i e n t to u t au fond, il dut e n le v e r le p la te a u à f r o m a g e s : to u t é t a i t m oisi 3. Un m o r c e a u de papier, qui é t a i t collé a u x c a n e t t e s , t o m b a p a r t e r r e : c ’é t a i t u n e é t i q u e t t e ou q u e l q u e c h o s e d a n s c e g e n re -Ià . Il le r a m a s s a .

66

1.

p r e n d r e une cu it e : ( fa m .) s ’e n iv r e r.

2.

une c a n e t t e : p e t i t e b o u t e ille de b ière.

3.

moisi : c o u v e r t de c h a m p i g n o n s , en d é c o m p o s it i o n .

C o m p réh e n sio n orale et écrite q êlF

O

Écoutez l’enregistrem ent du chapitre et corrigez si nécessaire. Il ne voulut continuer sa lecture. Il était furieux,

comment ce journaliste a-t-il pu faire de semblables

affirmations ? Il voulait l’attaquer pour diffamation...

— Alors que devez-vous me répondre ? fit Monsieur Beignot curïeux.

— C’est un coup fourré !

— Naturellement, vous alliez me répondre ainsi. Vous vous rendez

compte, voilà l’image de notre université flétrie et tout ça à cause de

vous. Ce matin, j ’ai rassemblé en toute hâte le conseil de faculté, tous

les membres ont décidé votre exclusion de l’université. Sachez, Silvestre,

que le projet auquel vous avez travaillé ne vous appartient plus.

Désormais, c ’est votre collègue Monsieur Duror qui surveillera sa

réalisation ! J ’exige votre lettre de démission dans mon bureau dans

les prochaines heures.

Silvestre ne répondit pas. C’était bien inutile !

67

Ç

DELF 0

Relisez l’article

T

T

du «Figaro» et cochez les bonnes réponses.

1. Cet article est paru dans a.

Q ] un quotidien.

b.

Q

un magazine féminin.

c.

Q

un journal sportif.

2. Il se trouve a.

Q

dans la nécrologie.

b.

Q

dans les petites annonces.

c.

Q

dans les faits divers.

3. La rédaction du journal a été informée par

©

a.

Q

un reporter qui était sur les lieux.

b.

Q

une lettre anonyme.

c.

O

l’agence France-Presse.

Définissez le style du journaliste qui a rédigé l’article et son point de vue. 1. | | concis

6.

2.

technique

7.

3.

objectif

8.

4.

prolixe

9.

5.

courtois

68

10.

□ télégraphique □ diffamatoire □ arrogant □ neutre □ offensif

A

C

T

I

V

T

G ra m m a ire Les co n jonctio ns de coordination • Mais indique une opposition — (équivalents : cep en d a n t, n éan m oin s, pou rtan t, en rev a n ch e, au co n traire). L'université a b ien c h e r c h é à é t o u ffe r l'affaire, mais voilà qu'une lettre an on ym e... • Ou indique une alternative — (à ne pas confondre avec où, pronom relatif !). Vous p a r tez ou vous restez ? • Et indique Paddition (équivalents : d e plus, en ou tre...). Et voilà qu'on découvre... • Donc indique une conséquence (équivalents : p a r co n séq u en t, c'est pou rquoi, ainsi...). La m a iso n é t a it e x a c te m e n t c o m m e il s e la ra p p elait, donc, il n 'était p a s fou ... • Or est utilisé dans un raisonnement pour introduire une objection. Tous les h o m m e s so n t m ortels, or j e suis un h o m m e, d o n c j e suis m ortel. • Car introduit la cause. J e n e p ou rrai p a s ven ir ca r j'ai trop d e travail à term in er. (On l’emploie souvent à la place de p a r c e que, en effet...).

69

C

T

T

É

S

Enrichissez votre v o c a b u la ire À vous de choisir. 1.

La fourrière c ’est

a- □

une personne qui vend des fourrures.

b. O

le lieu où l’on m et les voitures enlevées de la voie publique.

c. Q

I’étui d’une épée.

2. Soûl signifie a. Q

ivre.

b. □

un marché arabe.

c. □

qui se plie facilement.

3. Un lauréat c ’est

a. □

une personne qui a passé son bac.

b. □

un candidat à un concours.

c. □

une personne qui a obtenu un prix à un concours.

4. Une cuite c’est

a- □

un appartement dans un hôtel de luxe.

b. □

un bifteck préparé sur le barbecue.

c. Q

le fait de s’enivrer.

5. Le recteur c ’est a. Q

le chef d’une université.

b. Q

la première page d’un feuillet.

c. Q

le segment terminal du gros intestin.

6. Une canette c ’est

70

a- □

une embarcation légère.

b. □

une petite bouteille de bière.

c. □

un lieu planté de roseaux.

CHAPITRE 8

Plais je rêve...

’>

C’é t a i t i n c r o y a b l e ! Q u e l q u ’un s e m o q u a i t de lui. A lo r s il n ’a v a it p as rêvé, c ’é t a i t vrai, t o u t ce qui lui é t a i t arrivé é t a i t vrai. On vo ulait sa peau 1 ! C’é t a i t c e r ta in ! De n o m b r e u s e s q u e s t i o n s f u s a i e n t d a n s s a t ê t e ! Qui a v a i t in t é r ê t à lui nuire ? La cu rio s ité a to u jo u r s jo u é de vilains to u rs à Silv e stre , c ’e s t pourquoi il se m é fia de lu i-m ê m e. Aller i m m é d ia t e m e n t à la police pour m o n t r e r la preuve q u ’il n ’a v a it pas rêvé ? Après la d e rn ière r e n c o n t r e a v e c P e rra t, il é t a i t co n vain cu que l’in s p e c te u r ne le c r o ira it pas. A vertir M arcel. Oui, c ’é t a i t p e u t - ê t r e la s o lu t i o n , m a i s lui a u s s i c r o y a i t q u ’il é t a i t devenu fou... Il prit le co m b in é 2 e t c o m p o s a son n u m é ro : « V o u s ê t e s b ie n c h e z le d o c t e u r M a r c e l D u v e r n a i s . Il e s t a b s e n t m a is laissez vos c o o r d o n n é e s e t la ra iso n de v o tr e appel a p rè s le bip so n o re , il vous rap p ellera... Bip »

1.

v o u lo ir la p e a u de q u e lq u ’un : v o u loir du m al, vo u loir la m o r t de q u e l q u ’un.

2.

le co m b i n é : la p a r t i e du t é l é p h o n e qui p e r m e t à la f o is d ’é c o u t e r e t de p arler .

71

La Valse des TAROTS Zut, z u t e t z u t !!! M a r c e l n ’é t a i t j a m a i s là q u a n d on a v a i t beso in de lui... Il ne la issa pas de m e s s a g e : c ’é t a i t tro p com p liq ué à ex p liq u er. Eh bien, t a n t pis, il v o u la it en a v o ir le c œ u r n e t, il vo ulait de n o u veau té lé p h o n e r pour voir, pour s ’a s s u r e r que c e t t e m a iso n é t a i t bien vide e t que p e r s o n n e ne lui ré p o n d ra it. — Allô ! 5 8 4 2 73 2 7 ? M ad am e S o u b ira ? Il f u t su rpris d’e n t e n d r e q u elq u ’un dire : — C’e s t e lle -m ê m e ... Il é t a i t s t u p é fa it, c e t t e ré p o n s e a v a it cou pé to u s se s m o y e n s x. Ainsi, ils a v a i e n t r e c o m m e n c é , ils v o u la ie n t lui t e n d r e un a u tr e piège, il ré p o n d it en fin : — C’e s t Philippe S ilv e stre à l’appareil, vous vous so u v e n ez de moi ? — J e c r o is que v o u s f a i t e s e r r e u r , M o n sieu r, v o u s d evez m e c o n f o n d r e a v e c qu elq u ’un d’a u tre . — É co u tez, M ad am e, j e n ’ai pas de te m p s à perd re, fit-il t r è s é n e rv é . Nous nous s o m m e s vus, il y a q u elqu es jo u rs . Vous avez m o n t é a v e c v o s a c o l y t e s 2 c e t t e r i d i c u l e m i s e e n s c è n e de c a d a v r e in t r o u v a b le e t de v o y a n t e invisible ! Alors ! V ous ê t e s d ev e n u e m u e tt e ... vous ne parlez plus ! J e ne suis pas t o m b é de la d e rn ière pluie 3 c o m m e vous pouvez le c o n s t a t e r !

72

1.

c o u p e r t o u s les m o y e n s : e m p ê c h e r d ’ag ir, d é c o n c e n t r e r .

2.

a c o l y t e : c o m p lic e .

3.

t o m b é de la d e r n i è r e pluie : n a ïf, d é s a r m é .

ITlaîs je rêve... — J e ne sais que vous ré p o n d re, M onsieur, j e peux s e u le m e n t v o u s d ire q u e j e n e c o m p r e n d s rie n à v o s p r o p o s . J e v ie n s de r e n t r e r du M exique, ce m a tin m ê m e ... — Alors ce n ’e s t pas vous qui é tie z là qu and j e suis allé chez vous. Ce n ’e s t pas vous qui m ’av ez te n d u un piège, vous ê t e s ... vous ê t e s la v raie M a d a m e So u b ira ? Dans son f o r in térieu r, il n ’é t a i t g u ère co n vain cu . — É co u tez, j e n ’y suis plus du to u t. Je ne co m p re n d s rien, j e ne sais pas de quoi v o u s p arlez. V ous ne c r o y e z p as q u ’il v a u d r a it m i e u x q u e v o u s v o u s e x p l iq u ie z ? D’a il le u r s , j e n ’ai p a s b ie n co m p ris v o tr e nom ... — J e m ’appelle Philippe S ilv e stre ... — Philippe Silv e stre , le sc ie n tifiq u e qui cr o it à l’e x i s t e n c e des m o n d e s p arallè le s ? — Oui, c ’e s t moi... — Alors, c ’e s t d if f é r e n t , r a c o n t e z - m o i ce qui vous e s t arrivé. — Par té lé p h o n e , c ’e s t difficile. — V ous avez ra iso n , p e u t -ê tr e v a u d ra it-il m ie u x q u ’on se v o ie ? D iso n s d e m a in c h e z moi vers 16 heu res...

73

La Valse des TAROTS S i l v e s t r e h é s i t a , e t si c ’é t a i t un a u t r e p i è g e , s ’il a l l a i t s e fo u r r e r d an s la gueule du loup ? — D’a c c o r d pour l’h e u re m a is le lieu de r e n c o n t r e , c ’e s t moi qui le ch o isis ! — C o m m e vous voulez ! — Bon, d isons le C afé Flore, ça vous va ? V ers 16 h eu res. — D’a cc o rd , eh bien à d em ain ! Il p a s s a une nuit bla n c h e *. Le le n d em a in , d ans le Q u a rtie r latin, les ru es é t a i e n t a n im é e s , c o m m e d ’h a b it u d e . Les g e n s le b o u s c u l a i e n t c o m m e s ’ils ne le v o y a ie n t pas. Le C afé Flore é t a i t d e v a n t lui. Il e n t r a livide, c o u v e r t de su eu rs fro id es. Il y a v a it bien une d a m e seule à une ta b le , le g a rç o n lui dit son n o m . Ce n ’é t a i t p a s p o u r t a n t la v o y a n t e r e n c o n t r é e ru e d e s Peupliers. Il é t a i t à la fois so u la gé e t intrigué. C e tte fois, il allait e n fin savoir...

1.

74

p a s s e r une n uit b la n ch e : ne p a s r é u s s i r à d orm ir.

C o m p réh e n sio n orale et écrite jE i-F Q

Écoutez l’enregistrem ent du chapitre et corrigez. — Allô ! 38 42 73 27 ? Madame Soubira ? Il fut surpris d’entendre quelqu’un répondre : — C’est moi-même. Il était abasourdi. Cette réponse allait couper tous ses moyens. Alors, ils avaient recommencé, ils voulaient lui tendre encore un piège. Il répondit enfin : — C’est Monsieur Silvestre qui parle, vous vous souvenez de moi ? — Je crois que c ’est une erreur, Monsieur, vous devez me prendre pour quelqu’un d’autre.

Q

Monsieur Silvestre doit prendre une décision importante, mais il hésite. 1. Relevez les expressions et les faits qui marquent son hésitation. 2. Durant la conversation téléphonique avec Madame Soubira, Philippe éprouve plusieurs sentiments. Lesquels ? Pour chacun donnez des exemples. 3. Quelles paroles de Madame Soubira lui redonnent confiance ? 4. Pourquoi tient-il à fixer lui-même le lieu du rendez-vous ?

75

5. Que savez- vous du Caf é Fl ore dans la réal i t é ?

G ra m m a ire L’em ploi du cond ition nel J'éta is con vain cu qu'ils n e m e croiraient pas. Il vaudrait m ieu x qu e vous vous expliquiez. • Le conditionnel est le temps de l’hypothèse, de l’irréel. Il serait heureux, si son am i le cro y ait ! • Il sert à exprimer un doute, une nouvelle dont les sources ne sont pas sûres. Hier, le cy clon e Luis s'est a b a ttu sur la M artinique ; il y aurait 10 0 0 0 m orts. • C’est aussi le temps du futur dans le passé : dans une subordonnée qui dépend d’une principale au passé. M arcel a v a it p rom is q u il l'aiderait. • On emploie le conditionnel après les locutions au cas où, quand bien même. Au c a s où tu aurais b eso in d'aide, tu p eu x m 'ap p eler. Q uand b ien m ê m e tu m'appellerais, j e n e p ou rrais p a s t'aider.

Q

Complétez les phrases proposées, avec au cas où ou quand bien m êm e. 1............................................... Marcel (cro ire) ............................................. son ami, la police ne trouverait pas de cadavre. 2...............................................la police (se re n d re) ............................................. rue des Peupliers, faites disparaître tous les indices com prom ettants ! 3...............................................Philippe Silvestre (■té lé p h o n e r ) ..............................

dites-lui que je

suis abse

4.............................................. il (ren con trer) ............................................. Madame Soubira au Flore, il n’apprendrait rien de nouveau. 76

A

C

T

T

É

S

Enrichissez votre v o c a b u la ire Q

Dans ce ch ap itre, on trou ve plusieurs exp ression s bien fran çaises. Avez-vous compris leur sens ? Cochez la bonne case. 1. On voulait sa peau : a- □

on voulait être bronzé comme lui.

b. Q

quelqu’un voulait le tuer.

c. □

on était raciste envers lui.

2. Ils lui ont joué un vilain tour : a. Q

ils lui ont fait une blague de mauvais goût.

b. Q

ils sont allés faire un tour.

c. Q

leur promenade s’est mal terminée.

3. Il n’est pas tombé de la dernière pluie : a. Q

il est arrivé depuis longtemps.

b.

il n’est pas arrivé tout trempé.

c. Q

il n’est ni naïf ni crédule.

4. Dans son for intérieur : a- □

en lui-même.

b. Q

chez lui.

c. Q

apparemment.

5. Il s’est fourré dans la gueule du loup : a. □

il a eu un accident de chasse.

b. Q

il a acheté une fourrure de loup.

c. Q

il a été chercher des ennuis.

6. Il passa une nuit blanche : a. Q

il dormit dehors.

b. Q

il souffrit d’insomnie.

c. Q

il dormit les yeux ouverts.

77

P rodu ctio n orale et écrite d elf

Q Qui peut bien être cette fem m e qui atten d Monsieur Silvestre au café Flore ? •

Elle f a i t p a r tie du com p lot, elle e s t là p ou r ten d re un p iè g e à M onsieur Silv estre................................................................................................... C'est la v raie M a d am e Soubira, elle va a c c u se r M onsieur Silvestre d'être en tré p a r e ffra c tio n ch ez elle p e n d a n t q u e lle é t a it au M exique.



Q

Ou a lors ?

Le répondeur farfelu... Dans se s E x e rc ic e s d e s t y le , R aym ond Q uen eau s ’é t a it am u sé à ra co n te r la m êm e histoire de 9 9 m anières d ifféren tes. Comme lui, composez des m essages pour le répondeur téléphonique à la m anière d’un... a. maniaque de la précision : Vous êtes bien chez le docteur Marcel Duvernais, 10, boulevard de la République, à Paris, chirurgien à l’hôpital Bichat. Le docteur est absent jusqu’à 17h27. Dans quatre secondes, vous entendrez un bip sonore. Vous aurez alors 32 secondes pour enregistrer votre message. On vous rappellera ce soir à 19 heures précises.

b.

un timide :

c.

un désinvolte :

d.

un grincheux :

et... si le jeu vous amuse, continuez !

CHAPITRE 9

Encore ffladame Soubira

La p e r s o n n e qui se t r o u v a it en f a c e de S ilv e s tr e le re g a r d a it é t o n n é e , p r e s q u e i n q u i è t e . E lle a v a i t r e m a r q u é la p â l e u r so u d ain e de son te in t. — Vous n ’ê t e s pas bien ? d e m a n d a - t- e lle . — Non, non... ce la ira, c ’e s t la su rprise, j e ne m ’a t t e n d a i s pas... Je n ’y co m p re n d s rien. Je... j e suis co n fu s... En f a it , la v ra ie M a d a m e S o u b ir a é t a i t là d e v a n t lui. C’é t a i t u n e j e u n e f e m m e d ’u n e t r e n t a i n e d ’a n n é e s . E lle p o r t a i t un tailleu r t r è s s t r i c t e t é lé g a n t. S e s ch e v e u x n o irs ti r é s en chign on lui d o n n a i e n t un a i r s é v è r e m a i s la d o u c e u r de s o n r e g a r d a t t é n u a i t c e t t e im p ressio n . — J ’é t a i s i m p a t i e n t e de v o u s c o n n a î t r e , M o n sie u r S i lv e s t r e , dit-elle. — J e suis un peu surpris... je ... j e ne m ’a t t e n d a i s pas... — J e suis h e u r e u s e de vo us r e n c o n t r e r , l’in t e r r o m p it -e ll e . Je

t 79

îs

La Valse des TAROTS tr o u v e qu e v o u s a v e z eu du c o u r a g e de f a i r e c e s d é c l a r a t i o n s a u d a c i e u s e s à la ra d io : j e v o u s a d m ir e . J ’ai su a u s s i t o u s les enn u is 1 que v o tr e in terv iew vous a p ro c u ré s. J ’é t a is au M exique quand j ’ai lu un a rtic le à v o tr e s u je t d an s « Le M onde ». J ’ai é t é t r è s i m p r e s s i o n n é e . . . M a is p l u t ô t , d i t e s - m o i p o u r q u o i v o u s vouliez m e vo ir ; h ier au t é lé p h o n e , j e vo u s ai s e n t i r é t i c e n t e t e m b a r r a s s é ... — C’e s t t r è s co m pliqué. J e ne sais pas par où c o m m e n c e r ... — Par le d éb u t, to u t sim p le m e n t... — Oui, vous avez raison. Mais ce n ’e s t pas si simple... C’e s t à c a u s e des t a r o t s , d’une v o y a n t e qui s ’e s t f a it p a s s e r pour vous... — Des t a r o t s ? — Oui, t o u t le m o n d e e s t c o n t r e moi. Ils p e n s e n t que j e suis fou, m ê m e M arcel, m o n m eilleu r ami. — J ’ai bien du mal à vous suivre... — On m ’a te n d u un piège, vous c o m p r e n e z : l’U n iversité, m e s collègu es, la p re s s e . T o u t le m o n d e ! Quoi q u ’ils a ie n t dit ou écrit, ne les cro y ez pas... ils m e n t e n t . J e ne suis p as alcoolique... T o u t a c o m m e n c é quand j ’ai r e n c o n t r é c e t h o m m e au M exique... Depuis, j e m e suis p o sé des milliers de q u e s tio n s . En e f f e t , quel que so it s o n p o u v o ir, la s c i e n c e ne p e u t t o u t e x p l iq u e r . J ’ai le t o r t de c r o i r e a u x m o n d e s p a r a l l è l e s , à la f o r c e p s y c h i q u e e t a u x

1.

80

un en nui : un p r o b l è m e .

I.a Val dw TAROTS sb

m é d iu m s. Et depuis... il m ’arrive les pires m alh e u rs... La j e u n e f e m m e h o c h a it la t ê t e c o m m e pour dire : « Le pauvre h o m m e ». Elle lui d e m a n d a de se c a lm e r e t g r â c e au x q u e s tio n s q u ’elle lui posa, elle put p e tit à p e tit r e c o n s t i t u e r t o u t e l’h isto ire. Q uand to u t à coup !... — Vous d ésirez ? C’é t a i t le g a rço n qui v e n a i t p re n d re les c o m m a n d e s . Le to n de sa voix é t a i t b ru sq u e e t d é s a g ré a b le . — Alors !! dit-il a v e c im p a tie n c e ... j ’ai d’a u tr e s c lie n ts à servir, moi ! — Pour moi, ça s e r a un c a f é c r è m e e t pour vous ? d e m a n d a la je u n e f e m m e . — Oh... e x c u s e z -m o i,... la m ê m e ch o se , pour moi aussi. Le g a rç o n p a r t it en m a u g r é a n t 1 q u elqu e s m o ts à voix b a s s e . Un so u rire se d e s s in a su r les lèvres de la je u n e f e m m e , puis elle a jo u t a : — Je

peux

fa cile m e n t

com p ren d re

la r é t i c e n c e

des

s c ie n t if iq u e s e t la r é a c t i o n que vos pro p o s o n t s u s c i té e , a u p rès de la p r e s s e ou de l’U n i v e r s i té ; m a is , ce qu e j e n ’a rriv e p a s à m ’e x p liq u e r c ’e s t la r a i s o n po u r laq u e lle j ’ai é t é m ê lé e à c e t t e a f fa ir e . — Moi n o n p lu s, s ’e m p r e s s a - t - i l 2 de r é p o n d r e , t o u t c e l a m ’é c h a p p e . C’e s t in c o m p ré h e n s ib le ... C o m m e n t c e s deux c a r t e s de v isite o n t a t t e r r i ch e z moi ? L’in s p e c te u r P e rra t, qui a m e n é

1.

m a u g r é e r : m a n i f e s t e r so n m é c o n t e n t e m e n t à vo ix b a s s e .

2.

s ’e m p r e s s e r : se d é p ê c h e r , ici r é p o n d r e s a n s a t t e n d r e une s e c o n d e .

Encore madame Soubira l’e n q u ê te , m ’a dit que vous ê t e s r e s t é e un an au M exique... — Oui, c ’e s t b ien ça, j ’ai j u s t e m e n t t r a v a il lé à une s é r ie de r e c h e r c h e s m o i a u s s i e t j ’ a i e u la c h a n c e d e r e n c o n t r e r T h o u c a m a n a , un v i e u x s a g e qui m ’a f a i t d é c o u v r i r un m o n d e e x tra o rd in a ir e ... — T h o u c a m a n a , m ais c ’e s t P inças que j ’ai co n nu !... — Quelle é t r a n g e c o ï n c i d e n c e , n ’e s t - c e p a s ? ... Q uand v o u s avez té lé p h o n é , j e v e n a is t o u t j u s t e de re n tr e r , j ’é t a is en tr a in de d é fa ir e m e s valises... — L’i n s p e c t e u r P e r r a t m ’a dit a u s s i qu e v o t r e m a i s o n é t a i t vide p e n d a n t t o u t e c e t t e période... Elle le re g a rd a é t o n n é e e t répliqua : — Mais ce n ’e s t pas to u t à f a it e x a c t !... J ’ai d e m a n d é à une de m e s c o u s i n e s de s ’i n s t a l l e r c h e z m o i. J u lie d e v a i t a r r o s e r les p l a n te s e t su rv eiller la m a is o n ... e n fin , j e cr o is q u ’elle l’a f a it ... M es p l a n t e s se p o r t e n t bien , m a is j e d o u te f o r t q u ’elle a it f a i t b ea u co u p de m é n a g e ... — Vous avez dit Julie ?...

83

C

T

V

T

C o m p ré h e n s io n orale et écrite Écoutez l’enregistrem ent du chapitre et com plétez le te x te . Le g a r ç o n ................................. en maugréant quelques mots à voix basse. Un sourire s e ................................. sur les lèvres de la jeune femme, puis e l l e ................................. : — J e ............................... facilement comprendre la réticence des scientifiques et la réaction que vos p ro p o s ................................. auprès de la presse ou de l’Université ; mais, ce que je n’................................ pas à m ’expliquer c’est la raison pour laquelle j ’................................. à cette affaire. — Moi non plus, s’................................ -t-il de répondre, tout cela m ’................................. C’est incompréhensible... Comment ces deux cartes de v i s it e ................................. chez moi ? L’inspecteur Perrat, qui ................................l'enquête, m ’...................................que vous ................................un an au Mexique... — Oui, c ’est bien ça, j ’ai j u s t e m e n t ................................. à une série de recherches moi aussi et j ’................................. la chance de rencontrer Thoucamana, un vieux sage qui m ’................................. un monde extraordinaire... — Thoucamana, mais c’est l’Incas que j ’................................. !... — Quelle étrange coïncidence, n’est-ce pas ?... Quand vous ................................, j e ...................................tout juste d e ................................. j ’................................mes valises...

84

A

OBX-f Q

C

T

T

Répondez aux questions. 1.

Pourquoi Philippe Silvestre est-il étonné en voyant Madame Soubira ?

2. Par quels moyens Madame Soubira a-t-elle entendu parler de lui ? Par

a. Q

la radio.

b. | | sa cousine.

c. Q

la télévision.

d. Q

les journaux.

e. Q

le vieux sage.

f. Q

sa fem m e de ménage.

3. Comment est Silvestre quand il pénètre au Flore ? a. Q

Timide

f.

O Curieux

b. O

Embarrassé

g.

Q Soulagé

c. Q

Décidé

i.

Q Préoccupé

d. Q

Calme

I.

Q Jovial

e. Q ]

Rationnel

h.

Q Tendu

4. Que veut dire Madame Soubira quand elle pense « le pauvre homme » ? a. Q

Que P. Silvestre n’a pas d’argent et ne pourra pas payer les consommations.

b. Q

Que P. Silvestre souffre sûrement de troubles mentaux.

c. Q J Que P. Silvestre a eu bien des malheurs dans la vie. 5. Relevez quelques expressions dans le chapitre qui illustrent la réponse précédente. 6. Selon vous qui a intérêt à s ’acharner ainsi sur Philippe Silvestre ? Pourquoi ?

85

A

C

T

I

V

I

T

É

S

G ra m m a ire Les indéfinis : quelque... ( que-qui), quel que..., quoi que • quelque : — adjectif variable s’il qualifie un substantif. Quelques esp o irs que vous fo rm u liez , vous n e p ou rrez p artir a v e c eux. Quelques a m b itio n s qui vous a ie n t an im é, elles n é t a ie n t p a s à la h a u teu r d e votre in telligen ce. — adverbe invariable s ’il modifie un adjectif ou un adverbe suivi de que avec le verbe au subjonctif, il peut être remplacé par pour ou si. Quelque a g r é a b le s que s o ien t vos excu ses, j e n e puis vous p ard on n er. • quel que : quel est variable, suivi de la conjonction que et du verbe être (parfois de pou v oir être, d ev o ir être) au subjonctif. Quel que so it son pouvoir, la s c ien c e n e p eu t tou t expliquer. Quels que p u issen t ê tre ses pouvoirs, le p résid en t d o it fa ir e a p p e l à un p r e m ier m in istre. • quoi que : locution signifiant quelle que soit la chose... que, elle est suivie du subjonctif. Quoi q u ils a ie n t écrit, n e les croy ez p a s !

Enrichissez votre v o c a b u la ire Q

Relevez dans le chapitre tous les m ots ou expressions ap p arten an t au champ lexical du doute et de Fétonnem ent, puis classez-les dans les deux colonnes. doute

86

étonnem ent

A

0

C

T

V

T

Certaines de ces expressions indiquent Tâtonnem ent ou l’incapacité de com prendre. R etrou vez-les en co ch an t les bonnes cases. Aidezvous d’un dictionaire. 1. 2. 3. 4. 5. 6.

□ ne pas faire long feu □ être dur de la feuille □ n’y voir goutte □ rester comme deux ronds □ être baba □ se rincer la dalle

□ n’y voir que du feu 8. □ être dur de la comprenette 9. □ avoir la goutte au nez 10. □ être sur le flanc de flan 11. □ se comporter en baba cool 12. □ n’y entraver que dalle 7.

Retrouvez le sens des expressions que vous avez écartées en m ettan t le numéro correspondant.

□ être sourd b. □ être fatigué, épuisé c. □ agir comme un hippy soixante huitard d. □ boire un bon coup e. □ avoir le nez qui coule f. □ ne pas durer longtemps g- □ ne pas voir à cause de l’obscurité h. □ ne pas se rendre compte a.

P rod uction écrite et orale °E L F Q

Un jour, dans vo tre boîte aux lettres vous trouvez un m essage bien curieux... Au début, vous n’y prêtez pas attention , puis au cours de la j o u r n é e v o u s r e c e v e z d ’é t r a n g e s a p p e ls té lé p h o n iq u e s . V ous com m encez sérieusem ent à vous inquiéter... Racontez.

87

C

T

T

D E L F 0 V ous tr o u v e z p a r h a s a r d un b ille t d o u x qui s ’a d r e s s e à v o t r e p etit(e) am i(e). Vous êtes furieux(se) et vous décidez de ten d re un piège à l’expéditeur. Racontez...

Q uels in d ic e s n o u s s o n t d o n n é s d a n s ce c h a p i tr e p o u r q u ’on p u isse enfin d é co u v rir la v é r ité su r la m é s a v e n tu re de Philippe Silvestre ? Terminez l’histoire...

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CHAPITRE 10

La révélation

Le no m que vous v e n e z de p r o n o n c e r c ’e s t bien Julie ?... Julie K&ffi com m ent ? — Julie, Julie M albret, vous la c o n n a is s e z ? — Si j e la co n n a is ?! C’e s t une de m e s a n c i e n n e s é t u d ia n te s . M a in t e n a n t ça y est, j e co m p re n d s t o u t ! — É c la ire z -m o i, j e ne suis pa s t r è s s û re de v o u s a v o ir suivi, que v ie n t fa ire Julie d an s c e t t e h isto ire ? — Eh bien, c ’e s t sim ple, ils o n t m o n t é le coup pour m e fa ir e p erd re m a crédibilité. Ils a v a ie n t t o u t calculé. — Qui, ils ? — Eh bien, Julie e t un de m e s a d v e r s a ir e s les plus a c h a r n é s 1} un de m e s collègues... — Oui, m a is c o m m e n t ils o n t f a i t ? M a t é r ie ll e m e n t , j e v eu x dire. — La veille de m a m é s a v e n t u r e , Julie e s t v e n u e ch e z moi, j e l’avais r e n c o n t r é e j u s t e a p rè s l’in terv iew e t elle a p ro p o sé q u ’on p re n n e un p o t e n s e m b le . Elle vo u lait v e n ir a v e c moi a u x É t a t s -

1.

a c h a r n é : v io le n t.

89

a Valse des TAROTS_____________ p o u r un c y c l e de c o n f é r e n c e s s u r l ’a t o m e e t s u r t o u t p a rtic ip e r à m e s r e c h e r c h e s . — D é c i d é m e n t , elle n ’a p a s c h a n g é ! Q u an d elle a q u e lq u e ch o s e en t ê t e ... !!! Vous avez r e fu s é ? — Oui, j ’ai r e f u s é u n e f o i s de plus. P r o b a b l e m e n t , elle e s t v e n u e c h e z moi p o u r m e d o n n e r m a d e r n i è r e c h a n c e . .. « Tu le r e g r e t t e r a s », m ’a - t - e l l e d it en c l a q u a n t la p o r t e . Elle é t a i t f u r i e u s e ! V o u s a v e z dû l a i s s e r c h e z v o u s d es c a r t e s de v i s ite q u ’elle a p la c é e s ch e z moi en p ré v o y a n t un u ltim e re fu s. Arrivés dan s m o n a p p a r t e m e n t , Julie, a v ec un c e r ta in t o u p e t *, e s t allée p re n d re une bouteille de c h a m p a g n e d ans le frigo. Elle y a donc d é p o s é u ne p r e m i è r e c a r t e , puis en a la i s s é une a u t r e su r m a ta b le. — Bon, m ais pourquoi vous avez tr o u v é les c a r t e s , l’une le jo u r où vous avez r e n c o n t r é Julie e t l’a u tre s e u le m e n t hier ?... — Le soir où Julie a voulu f ê t e r « o ff ic ie lle m e n t » n o tr e a cc o rd m a n q u é , j e n ’ai pas dîné ch ez moi, j e suis allé au r e s t a u r a n t . En f a i t j ’ai d é c o u v e r t la c a r t e le le n d e m a in s e u l e m e n t en p r e n a n t m o n c a f é . Et l’a u t r e c a r t e , là a u s s i c ’e s t s i m p le : j e n ’ai plus o u v e r t m o n frig o j u s q u ’à hier, j e suis r e s t é à l’h ô p ital p e n d a n t plusieurs jo u rs . — Mais quel é t a i t le m obile ? Et c o m m e n t Julie s a v a it que vous alliez t o m b e r d an s le piège ? — Le m obile e s t t r è s clair. Julie m ’en voulait, j e suis sûr q u ’elle e t D u ro r o n t t o u t f a i t p o u r p r e n d r e m a p l a c e à l’u n i v e r s i t é :

1.

90

tou p et : audace.

La révélation D uror e s t un r a t é , Julie une a m b itie u s e . Nous é t io n s sur le poin t de f a ire une d é c o u v e r te in t é r e s s a n t e . J e suis c e r ta in que ce s o n t eu x les a u te u r s de la le t t r e a n o n y m e au « Figaro » qui m ’a valu d ’ê t r e e x c l u . . . Ils é t a i e n t s û r s q u e j ’ a l l a i s t o m b e r d a n s le p a n n e a u 1 : ils c o n n a i s s e n t m o n d a d a 2 p o u r le s t a r o t s , ils t r a v a i l l e n t a v e c m o i d e p u i s l o n g t e m p s . Ils s a v a i e n t q u e j e vo u d rais tr o u v e r une ex p lic atio n ... — Oui m ais en a rriv er là, quand m ê m e ! — J e p e n se qu ’ils n ’o n t pas v r a i m e n t voulu m e f a ire du mal ; je su is c o n v a in c u q u ’ils v o u l a ie n t s e u l e m e n t m e f a i r e une g r o s s e b o s s e ... Ce q u ’ils d é s i r a ie n t c ’é t a i t t e r n ir m a ré p u t a tio n . Ils o n t d’ailleurs bien réussi leur coup : m e voilà au c h ô m a g e 3. — Pourquoi n ’a llez-vo u s pas à la police ? — Vous savez, ils ne m ’o n t pas cru une fois, ils ne m e c r o iro n t pas la d eu x ièm e. Je n ’ai au cu n e preuve v é r ita b le . — Mais en fin , q u ’allez-vo u s f a ire ? — M oi ? R i e n . . . d a n s le f o n d , c ’ e s t p e u t - ê t r e le m om ent

de

p rend re

un

a u tre

d ép a rt,

b i fu r q u e r 4 e t de c h a n g e r de vie, la v a ls e des

ta ro ts

a p e u t-ê tre

servi

à

q u elq u e c h o s e ... Les c a r t e s l’o n t dit, m a vie va c h a n g e r. Pour l’in s t a n t vous a ll e z b i e n r e p r e n d r e q u e l q u e c h o s e ? A lo rs

com m e

ça

vous

avez

connu

T h o u c a m a n a ...

1.

t o m b e r d a n s le p a n n e a u : t o m b e r d a n s le p iège.

2.

le d a d a : la p a s s io n .

3.

a u c h ô m a g e : s a n s t r a v a il.

4.

b if u r q u e r : c h a n g e r de d ir e c tio n .

de

Al

C

T

T

É

S

C o m p ré h e n s io n orale et é crite Q

Écoutez l’enregistrem ent du chapitre et choisissez la bonne solution. — Le nom que vous venez (d ’é n o n c er — d e n o m m e r — d e p ro n o n cer) c ’est bien Julie... Julie (qui — c o m m e n t — quoi) ? — Julie, Julie Malbret, vous la connaissez ? — Si je la connais ? C’est une de mes (vieilles — m eilleu res — an cien n es) étudiantes. Maintenant (on y e s t — ça y e s t — c ’e s t ça ) je comprends tout ! — Éclairez-moi, je ne suis pas très sûre de vous avoir (suivi — com p ris — sen ti). — Eh bien, c ’est simple, ils ont monté le coup pour me faire perdre ma (créd u lité — créd ib ilité — créativ ité). Ils avaient tout calculé. — Qui, ils ? — Eh bien, Julie et un de mes adversaires les plus (éch ev elé s — a c h a r n é s — én erv és) un de mes collègues... — Oui, mais comment ils ont fait ? Matériellement, je veux dire...

d elf

0

Lisez le chapitre et répondez aux questions. Qu’e st-ce que Silvestre apprend à Madame Soubira ? 1. Que Julie est une de ses anciennes a. Q

étudiantes.

b. Q

collègues.

c. Q

assistantes.

2. Qu’elle a monté cette machination avec a. Q

le recteur.

b. Q

l’auteur de l’article.

c. Q

Duror.

3. Qu’elle a mis une carte de visite a. O

sous la tablette.

c.

sous une cassette.



b. Q

sous une canette,

4. Que Duror voulait a. □ c. Q

s ’emparer de son projet. ternir sa réputation.

b. Q

lui voler sa fiancée,

5. Car Duror est un a. c. 92

Q Q

adversaire acharné. b. Q collaborateur désenchanté.

collègue mal payé,

C

T

T

G ra m m a ire Le g éron dif et le participe présent Tu le reg rettera s, m 'a-t-elle dit en claquant la p orte. Ayant ouvert la grille, le ch ien s'éch a p p a. • Le gérondif se construit avec le participe présent et la préposition en et s ’utilise quand : — la principale et la subordonnée ont le même sujet ; — les deux actions sont simultanées. • On emploie le verbe au participe présent : — pour remplacer une relative. Il c h e r c h e un a m i qui a it les m ê m e s p a s sio n s q u e lui. Il c h e r c h e un a m i ayant les m ê m e s p a ssio n s q u e lui. — pour exprimer la cause. C om m e il a perd u son travail, il e s t p arti au M exique. Ayant p erdu son travail, il e s t p a rti au M exique. Attention ! Le gérondif et le participe présent sont invariables.

Q

Transform ez les p hrases suivantes en em ployant, selon les cas, un gérondif ou un participe présent. Exemple : Quand elle est sortie, elle lui a dit : tu le regretteras ! Elle e s t so rtie en lui d isa n t : « tu le reg r e tte r a s ! » 1.

Comme elle est très ambitieuse, Julie est prête à tout !

2.

Puisqu’elle ne comprend rien, Madame Soubira interroge Philippe.

3.

Il va faire un long voyage qui lui perm ettra d’approfondir ce sujet.

4.

Comme elle n’a pas réussi à convaincre Philippe, Julie lui a tendu un piège.

93

C

5.

6.

T

T

Quand elle prononce le nom de Julie, Madame Soubira permet à Philippe de tout comprendre.

Madame Soubira pose des questions à Philippe et comprend toute l’histoire.

Enrichissez votre v o c a b u la ire O

R e tro u v e z to u s les m o ts e t e x p re s s io n s p a r lesq u elles M adam e Soubira demande des explications.

Q

Quels sont les m ots ap p artenant au même champ sém antique que... éclairer : ............................................................................................................................ expliquer : ........................................................................................................................ révéler : ............................................................................................................................. comprendre : ...................................................................................................................

Q

Retrouvez dans le chap itre les m ots ou expressions corresp on d an t aux définitions suivantes. Ils ont tout organisé : .................................................................................................. Ils ont tout prévu : ........................................................................................................ Elle a du toupet : ............................................................................................................

94

A

T

Être victime d’un piège : ....... Expliquez-moi ! : ...................... La raison de leurs actions :... Ma passion pour les tarots :

Production é c rite et o ra le DELF Q

Q

Votre cam arade vient de vivre une aventure étrange : il s’est retrouvé un matin seul au bord d’une route, à dix kilom ètres de son domicile. Vous l’interrogez pour com prendre ce qui a bien pu lui arriver !

L’h is to ire e s t te rm in é e , la v é r ité n ou s a é té ré v é lé e . Mais on a l’im p re ss io n q u ’une a u tr e h is to ir e p o u r r a it c o m m e n c e r e n tr a Madame Soubira et Silvestre. Imaginez...

95

Le scientifiq u e Philippe Silvestre a une p assion in atten d u e pou r les c a r te s ... Mais ce lle s-ci lui p ré d is e n t un a v e n ir plein de s u rp ris e s, m a u v a is e s e t b o n n es... Il e s t e n tra în é d an s d es m é s a v e n tu r e s qui b o u lev ersen t sa vie. S u iv e z a v e c lui le s s i g n e s du d e s t i n , c o m m e lui l a i s s e z - v o u s e m p o rte r d an s ce m onde insolite e t p arfo is in q u iétan t. Vous tro u v e re z to u t au long de l’h istoire : des e x e rc ic e s de g ra m m a ire , de co m p ré h e n sio n e t d ’e x p re ss io n é crite e t o rale ; des a ctiv ité s typ e Delf ; un CD audio av ec l’e n re g is tre m e n t in tég ral du te x te .

Niveau Un Niveau Deux Niveau Trois Niveau Quatre

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