Bossa Nova
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Bossa Nova Algunos Intérpretes
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Conteúdo Páginas Antônio Carlos Jobim
1
Vinicius de Moraes
8
Alaíde Costa
17
Astrud Gilberto
18
Baden Powell
20
Carlos Lyra
24
Claudette Soares
30
Danilo Caymmi
33
Elizeth Cardoso
36
Johnny Alf
40
João Donato
42
João Gilberto
46
Luiz Bonfá
63
Luiz Eça
64
Marcos Valle
68
Maysa
75
Miúcha
80
Nara Leão
82
Newton Mendonça
85
Os Cariocas
86
Oscar Castro-Neves
90
Roberto Menescal
91
Ronaldo Bôscoli
93
Sérgio Mendes
94
Sylvia Telles
96
Stan Getz
99
Toquinho
101
Zimbo Trio
105
Wanda Sá
108
Wilson Simonal
109
Referências Fontes e Editores da Página
125
Fontes, Licenças e Editores da Imagem
127
Licenças das páginas Licença
128
Antônio Carlos Jobim
1
Antônio Carlos Jobim Tom Jobim
Foto: © Marcia Kranz Informação geral Nome completo
Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim
Apelido
Tom Jobim
Nascimento
25 de janeiro de 1927 Rio de Janeiro, RJ Brasil
Data de morte
8 de dezembro de 1994 (67 anos) Nova Iorque Estados Unidos
Gênero(s)
Bossa nova, samba, MPB
Instrumento(s)
Piano e violão
Período em atividade 1948 — 1994 Afiliação(ões)
Banda Nova Vinícius de Moraes Newton Mendonça João Gilberto Luiz Bonfá Dolores Duran Billy Blanco Chico Buarque Edu Lobo Elis Regina Astrud Gilberto Frank Sinatra
Influência(s)
Heitor Villa-Lobos Dorival Caymmi Radamés Gnattali Ary Barroso George Gershwin Debussy
Antônio Carlos Jobim
2 Página oficial
www2.uol.com.br/TomJobim
[1]
Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim[2] (Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1927 — Nova Iorque, 8 de dezembro de 1994), mais conhecido como Tom Jobim, foi um compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista brasileiro. É considerado o maior expoente de todos os tempos da música brasileira pela revista Rolling Stone[3], e um dos criadores do movimento da bossa nova.
Biografia Nascido no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, Tom mudou-se com a família no ano seguinte para Ipanema, onde foi criado. A ausência do pai, Jorge de Oliveira Jobim, durante a infância e adolescência lhe impôs um contido ressentimento, desenvolvendo no maestro uma profunda relação com a tristeza e o romantismo melódico, transferido peculiarmente para as construções harmônicas e melódicas. Aprendeu a tocar violão e piano em aulas, entre outros, com o professor alemão Hans-Joachim Koellreutter, introdutor da técnica dodecafônica no Brasil.
Vida pessoal No dia 15 de outubro de 1949, Antônio Carlos Jobim casou-se com Thereza de Otero Hermanny (1985), com quem teve dois filhos, Paulo (n. 1950) e Elizabeth (1957). Em 30 de abril de 1986,[4] ele casou-se com a fotógrafa e vocalista da Banda Nova, Ana Beatriz Lontra,[5] que tinha a mesma idade de sua filha Elizabeth. Tom e sua segunda esposa tiveram dois filhos juntos, João Francisco (1979-1998[6][7]) e Maria Luiza (1987).[8] Declarou em entrevista à TV Globo, em 1987, que o Rio de Janeiro onde viveu sua infância era muito diferente do Rio que se encontrava na época da entrevista.
Trajetória profissional Pensou em trabalhar como arquiteto, chegando a cursar o primeiro ano da faculdade e até a se empregar em um escritório, mas logo desistiu e decidiu ser pianista. Tocava em bares e boates em Copacabana, como no Beco das Garrafas no início dos anos 1950, até que em 1952 foi contratado como arranjador pela gravadora Continental, onde trabalhou com Sávio Silveira. Além dos arranjos, também tinha a função de transcrever para a pauta as melodias de compositores que não dominavam a escrita musical. Datam dessa época as primeiras composições, sendo a primeira gravada "Incerteza", uma parceria com Newton Mendonça, na voz de Mauricy Moura. Depois da Continental, foi para a Odeon. Entretanto, não tinha tanto tempo para se dedicar à composição, que lhe interessava mais. É nesse época que compõe alguns sambas, em parceria de Billy Blanco: Tereza da Praia, gravada por Lúcio Alves e Dick Farney pela Continental (1954), Solidão e a Sinfonia do Rio de Janeiro. Tereza da Praia o primeiro sucesso. Depois disso, ocorreram outras parcerias, como com a cantora e compositora Dolores Duran, na canção Se é por Falta de Adeus.
Antônio Carlos Jobim
Em 1956 musicou a peça Orfeu da Conceição com Vinícius de Moraes, que se tornou um de seus parceiros mais constantes. Dessa peça fez bastante sucesso a canção antológica Se Todos Fossem Iguais a Você, gravada diversas vezes. Tom Jobim fez parte do núcleo embrionário da bossa nova. O LP Canção do Amor Demais (1958), em parceria com Vinícius, e interpretações de Elizeth Cardoso, foi acompanhado pelo violão de um baiano até então desconhecido, João Gilberto. A orquestração é considerada um marco inaugural da bossa nova, pela originalidade das melodias e harmonias. Inclui, entre outras, Canção do Amor Demais, Chega de Saudade e Eu Não Existo sem Você. A consolidação da bossa nova como estilo musical veio logo em seguida com o 78 rotações Chega de Saudade, interpretado por João Gilberto, lançado em 1959, com arranjos e direção musical de Tom, selou os rumos que a música popular brasileira tomaria dali para frente. No mesmo ano foi a vez de Sílvia Telles gravar Amor de Gente Moça, um disco com 12 canções de Tom, entre elas "Só em Teus Braços", "Dindi" (com Aloysio de Oliveira) e "A Felicidade" (com Vinícius).
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Placa em homenagem a Tom Jobim no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Tom Jobim/Galeão.
Tom foi um dos destaques do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova York em 1962. No ano seguinte compôs, com Vinícius, um dos maiores sucessos e possivelmente a canção brasileira mais executada no exterior: "Garota de Ipanema". Nos anos de 1962 e 1963 a quantidade de "clássicos" produzidos por Tom é impressionante: "Samba do Avião", "Só Danço Samba" (com Vinícius), "Ela é Carioca" (com Vinícius), "O Morro Não Tem Vez", "Inútil Paisagem" (com Aloysio), "Vivo Sonhando". Nos Estados Unidos gravou discos (o primeiro individual foi The Composer of Desafinado, Plays, de 1965), participou de espetáculos e fundou sua própria editora, a Corcovado Music. O sucesso fora do Brasil o fez voltar aos EUA em 1967 para gravar com um dos grandes mitos americanos, Frank Sinatra. O disco Francis Albert Sinatra e Antônio Carlos Jobim, com arranjos de Claus Ogerman, incluiu versões em inglês das canções de Tom ("The Girl From Ipanema", "How Insensitive", "Dindi", "Quiet Night of Quiet Stars") e composições americanas, como "I Concentrate On You", de Cole Porter. No fim dos anos 1960, depois de lançar o disco Wave (com a faixa-título, Triste, Lamento entre outras instrumentais), participou de festivais no Brasil, conquistando o primeiro lugar no III Festival Internacional da Canção (Rede Globo), com Sabiá, parceria com Chico Buarque, interpretado por Cynara e Cybele, do Quarteto em Cy. Sabiá conquistou o júri, mas não o público, que vaiou ostensivamente a interpretação diante dos constrangidos compositores. Aprofundando seus estudos musicais, adquirindo influências de compositores eruditos, principalmente Villa-Lobos e Debussy, Tom Jobim prosseguiu gravando e compondo músicas vocais e instrumentais de rara inspiração, juntando harmonias do jazz (Stone Flower) e elementos tipicamente brasileiros, fruto de suas pesquisas sobre a cultura brasileira. É o caso de "Matita Perê" e "Urubu", lançados na década de 1970, que marcam a aliança entre sua sofisticação harmônica e sua qualidade de letrista. São desses dois discos Águas de Março, Ana Luiza, Lígia, Correnteza, O Boto, Ângela. Também nessa época grava discos com outros artistas, como Elis e Tom, com Elis
Antônio Carlos Jobim
4
Regina, Miúcha e Tom Jobim e Edu e Tom, com Edu Lobo. Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We are the world, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985) abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro. Em 1987, lançou Passarim, obra de um compositor já consagrado, que pode desenvolver seu trabalho sem qualquer receio, acompanhado por uma banda grande, a Banda Nova. Além da faixa-título, Gabriela, Luiza, Chansong, Borzeguim e Anos Dourados (com Chico Buarque) são os destaques. Em 1992 foi enredo da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Seu último álbum, Antônio Brasileiro, foi lançado em 1994, pouco antes da sua morte, em dezembro, de parada cardíaca, quando estava se recuperando de um câncer de bexiga no Hospital Mount Sinai, em Nova Iorque.[9]
Túmulo de Tom Jobim no Cemitério São João Batista,
RJ. Algumas biografias foram publicadas, entre elas Antônio Carlos Jobim, um Homem Iluminado, de sua irmã Helena Jobim, Antônio Carlos Jobim - Uma Biografia, de Sérgio Cabral, e Tons sobre Tom, de Márcia Cezimbra, Tárik de Souza e Tessy Callado.
Antônio Carlos Jobim era doutor «honoris causa» pela Universidade Nova de Lisboa / Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, por volta de 1991. O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro foi renomeado Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão Antônio Carlos Jobim ' junto ao Congresso Nacional por uma comissão de notáveis, formada por Chico Buarque, Oscar Niemeyer, João Ubaldo Ribeiro, Antônio Cândido, Antônio Houaiss e Edu Lobo, criada e pessoalmente coordenada pelo crítico Ricardo Cravo Albin.[carece de fontes?] Em 25 de janeiro de 2011, dia em que Tom Jobim completaria 84 anos, o Google alterou o logo da sua página inicial em homenagem a Tom.[10]
Discografia Álbuns de estúdio Solo • • • • • • • •
The Composer of Desafinado, Plays (Verve, 1963) Antônio Carlos Jobim (Elenco, 1964), reedição brasileira do álbum acima, com capa e título diferentes. The Wonderful World of Antonio Carlos Jobim (Warner, 1964) A Certain Mr. Jobim (Warner, 1965) Wave (A&M/CTI, 1967) Stone Flower (CTI, 1970) Tide (A&M/CTI, 1970) Matita Perê (Philips, 1973)
• Jobim (MCA, 1973), reedição estadunidense do álbum acima, com capa e título diferentes. A diferença é que contém uma faixa a mais: "Waters of March".[11] • Urubu (Warner, 1975)
Antônio Carlos Jobim • • • •
Terra Brasilis (Warner, 1980) Passarim (PolyGram, 1987) Antônio Brasileiro (Columbia, 1994) Inédito (BMG, 1995)
Com parcerias ou como contribuidor • • • • • • • • • • •
Sinfonia do Rio de Janeiro (Continental, 1954), parceira com Billy Blanco. Orfeu da Conceição (Odeon, 1956) O Pequeno Príncipe (Festa, 1957), um audiolivro cuja trilha sonora foi composta por Jobim. Canção do Amor Demais - Elizete Cardoso (Festa, 1958) Amor de gente moça - Silvia Telles (Odeon, 1959) Chega de Saudade - João Gilberto (Odeon, 1959) Por tôda a minha vida - Lenita Bruno (Festa, 1959) Brasília - Sinfonia da Alvorada (Columbia, 1960) O Amor, o Sorriso e a Flor - João Gilberto (Odeon, 1960) João Gilberto - João Gilberto (Odeon, 1961) Getz/Gilberto - Stan Getz, João Gilberto (Verve, 1963)
• Jazz Samba Encore! (MGM/Verve, 1963) • The Astrud Gilberto Album (Verve/Elenco, 1965) • Caymmi Visita Tom (Elenco, 1965), parceria com Dorival Caymmi e seus filhos, Danilo Caymmi, Dori Caymmi e Nana Caymmi • Garota de Ipanema - vários intérpretes (Philips, 1967), trilha sonora do filme homônimo. • Antonio Carlos Jobim & Sérgio Mendes (Odeon, 1967), com Sérgio Mendes. Algumas faixas desse álbum foram retiradas do The Wonderful World of Antonio Carlos Jobim. • Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim (Reprise, 1967) • The Adventurers (Paramount, 1970), trilha sonora do filme homônimo. • Sinatra & Company - Frank Sinatra e Antonio Carlos Jobim (Reprise, 1971) • Elis & Tom (PolyGram, 1974), parceria com Elis Regina. • Miucha & Antonio Carlos Jobim - vol. I (RCA, 1977), parceria com Miúcha. • Miucha & Tom Jobim - vol. II (RCA, 1979), parceria com Miúcha. • Edu & Tom (PolyGram, 1981), parceria com Edu Lobo. • Gabriela (RCA, 1983), trilha sonora original do filme Gabriela, Cravo e Canela. • O Tempo e o Vento (Som Livre, 1985)
Compactos • Disco de bolso - O Tom de Tom Jobim e o tal de João Bosco (Zen Editora, 1972)
Álbuns ao vivo • • • • •
Tom, Vinicius, Toquinho, Miucha - gravado ao vivo no Canecão, Rio de Janeiro (Som Livre, 1977) Rio Revisited - Tom Jobim & Gal Costa (Verve/Polygram, 1989) Tom Canta Vinícius (Universal, 2000) Em Minas ao Vivo: Piano e Voz (Biscoito Fino, 2004) Ao Vivo em Montreal (Biscoito Fino, 2007)
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Antônio Carlos Jobim
Compilações • Antonio Carlos Jobim: Composer (Warner, 1995) • Sinatra-Jobim Sessions (WEA, 1979) • Meus Primeiros Passos e Compassos (Revivendo, 1997), coletânea das suas primeiras composições na década de 1950. • Raros Compassos (Revivendo, 2000), coletânea de gravações raras da década de 1950. Lançado em três volumes.
Álbuns de tributo • Onda (3M, 1987), interpretado pelo cantor e compositor Wauke, acompanhado pela banda High Life, formada por Nico Assumpção, Carlos Bala, Ricardo Silveira, Márcio Montarroyos e Luiz Avelar, com produção de Fátima Leão e Lucia Sweet. Indicado ao Prêmio Sharp daquele ano. Em 1996, o disco foi relançado em CD como Wauke canta Jobim. • The Antonio Carlos Jobim Songbook (Verve, 1994), interpretado por vários artistas, como Ella Fitzgerald, Oscar Peterson e Dizzy Gillespie, incluindo algumas músicas de álbuns que Tom Jobim participou, como o álbum Getz/Gilberto e The Composer of Desafinado, Plays. • Songbook Instrumental Antonio Carlos Jobim (Lumiar, 1995), álbum duplo interpretado por vários artistas. • Songbook Antonio Carlos Jobim (Lumiar, 1996), interpretado por vários artistas e lançado em 5 volumes. • Jobim Sinfônico - OSESP (Biscoito Fino, 2002)
Bibliografia • JOBIM, Helena. Antonio Carlos Jobim: Um Homem Iluminado (em português). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996. ISBN 85-209-0684-2. • LISBOA, Luis Carlos. A Vida de Tom Jobim (em português). Rio de Janeiro: Rio Cultura/Faculdades Integradas Estácio de Sá, 1983. • CABRAL, Sérgio. Antonio Carlos Jobim: Uma Biografia (em português). Rio de Janeiro: Lumiar, 1997. • CEZIMBRA, Márcia. SOUZA, Tárik de. CALLADO, Tessy. Tons sobre Tom (em português). Rio de Janeiro: Revan, 1995. ISBN 85-7106-076-2.
Ligações externas • Site oficial [12] • Instituto Antonio Carlos Jobim [13] • • • • •
• Arquivo digitalizado de Antonio Carlos Jobim [14] Clube do Tom [15] Histórias da bossa nova [16] Tom Jobim - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira [17] Tom Jobim era um apaixonado por Drummond e Guimarães Rosa [18] Globo.com KUEHN, Frank M. C. Antonio Carlos Jobim, a Sinfonia do Rio de Janeiro e a Bossa Nova: caminho para a construção de uma nova linguagem musical. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004. Primeira Parte [19], segunda Parte [20], terceira Parte [21].
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Antônio Carlos Jobim
Referências [1] http:/ / www2. uol. com. br/ tomjobim [2] A grafia original do nome do biografado, Antonio, deve ser atualizada conforme a onomástica estabelecida a partir do Formulário Ortográfico de 1943, por seguir as mesmas regras dos substantivos comuns ( Academia Brasileira de Letras – Formulário Ortográfico de 1943 (http:/ / www. academia. org. br/ abl/ cgi/ cgilua. exe/ sys/ start. htm?sid=20)). Tal norma foi reafirmada pelos subsequentes Acordos Ortográficos da língua portuguesa ( Acordo Ortográfico de 1945 (http:/ / www. portaldalinguaportuguesa. org/ index. php?action=acordo& version=1945) e Acordo Ortográfico de 1990 (http:/ / www. portaldalinguaportuguesa. org/ index. php?action=acordo& version=1990)). A norma é optativa para nomes de pessoas em vida, a fim de evitar constrangimentos, mas após seu falecimento torna-se obrigatória para publicações, ainda que se possa utilizar a grafia arcaica no foro privado (Formulário Ortográfico de 1943, IX). [3] Ricardo Franca Cruz (14 de outubro de 2008). 1. TOM JOBIM - Edição 25 - (Outubro/2008) - Rolling Stone Brasil (http:/ / www. rollingstone. com. br/ edicoes/ 25/ textos/ 3465/ ) (em português). Rolling Stone. Página visitada em 1 de fevereiro de 2011. [4] Cronologia (http:/ / www. jobim. com. br/ cgi-bin/ clubedotom/ cronologia. cgi). Clube do Tom. Página visitada em 3 de abril de 2009. [5] Magioli, Ailton. Sem Fronteiras (http:/ / www. clubedejazz. com. br/ noticias/ noticia. php?noticia_id=573). Estado de Minas. Página visitada em 3 de abril de 2009. [6] Datas (http:/ / veja. abril. com. br/ 290798/ p_039. html). Revista Veja. Página visitada em 10 de fevereiro de 2009. [7] Filho de Tom Jobim morre em acidente (http:/ / jornal. valeparaibano. com. br/ 1998/ 07/ 23/ geral/ jobim. html). O Vale Paraibano. Página visitada em 28 de agosto de 2009. [8] Antonio Carlos Jobim (http:/ / www. geneall. net/ P/ per_page. php?id=539819). GeneAll. Página visitada em 3 de abril de 2009. [9] As coincidências entre John Lennon e Tom Jobim (http:/ / entretenimento. r7. com/ musica/ noticias/ as-coincidencias-entre-john-lennon-e-tom-jobim-20091208. html) Portal R7. [10] Google homenageia aniversário de Tom Jobim (http:/ / g1. globo. com/ tecnologia/ noticia/ 2011/ 01/ google-homenageia-aniversario-de-tom-jobim. html) [11] Jobim (http:/ / www. jobim. org/ xmlui/ handle/ 2010/ 8386). Acervo Antonio Carlos Jobim. Página visitada em 16 de outubro de 2009. [12] http:/ / www2. uol. com. br/ tomjobim/ index_flash. htm [13] http:/ / www. jobim. org [14] http:/ / www. jobim. org/ jobim [15] http:/ / www. jobim. com. br [16] http:/ / www. almacarioca. com. br/ mpb. htm [17] http:/ / www. dicionariompb. com. br/ tom-jobim [18] http:/ / video. globo. com/ Videos/ Player/ Noticias/ 0,,GIM1179283-7823-TOM+ JOBIM+ ERA+ UM+ APAIXONADO+ POR+ DRUMMOND+ E+ GUIMARAES+ ROSA,00. html [19] http:/ / unirio-br. academia. edu/ fmc/ Papers/ 612772/ ANTONIO_CARLOS_JOBIM_Antonio_Carlos_Jobim_ [20] http:/ / unirio-br. academia. edu/ fmc/ Papers/ 695463/ A_BOSSA_NOVA_The_Bossa_Nova_movement_ [21] http:/ / unirio-br. academia. edu/ fmc/ Papers/ 745345/ A_SINFONIA_DO_RIO_DE_JANEIRO_de_A. C. _Jobim_Billy_Blanco_e_Radames_Gnattali_The_Symphony_of_Rio_de_Janeiro_by_A. C. Jobim_Billy_Blanco_and_Radames_Gnattali_
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Vinicius de Moraes
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Vinicius de Moraes Vinícius de Moraes
Caricatura de Vinicius de Moraes Informação geral Apelido
Poetinha
Nascimento
19 de outubro de 1913
Origem
Rio de Janeiro, RJ
País
Brasil
Data de morte
9 de julho de 1980 (66 anos) Rio de Janeiro
Gênero(s)
MPB, bossa nova, samba
Afiliação(ões)
Carlos Lyra, Tom Jobim, Toquinho
Vinícius de Moraes[1][2] (Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro.[3][4][5] Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "poetinha"[6], apelido que lhe teria atribuído Tom Jobim[7], notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador.[8] O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida e suas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo (mais conhecida como Tati de Moraes), Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso.[8] Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.
Vinicius de Moraes
Vida Vinicius de Moraes nasceu em 1913 no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário da Prefeitura, poeta e violinista amador, e Lídia Cruz, pianista amadora. Vinícius é o segundo de quatro filhos, Lygia (1911), Laetitia (1916) e Helius (1918).[8] Mudou-se com a família para o bairro de Botafogo em 1916, onde iniciou os seus estudos na Escola Primária Afrânio Peixoto, onde já demonstrava interesse em escrever poesias.[9] Em 1922, a sua mãe adoeceu e a família de Vinicius mudou-se para a Ilha do Governador, ele e sua irmã Lygia permanecendo com o avô, em Botafogo, para terminar o curso primário.[10] Vinicius de Moraes ingressou em 1924 no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, onde passou a cantar no coral e começou a montar pequenas peças de teatro. Três anos mais tarde, tornou-se amigo dos irmãos Haroldo e Paulo Tapajós, com quem começou a fazer suas primeiras composições e a se apresentar em festas de amigos.[11] Em 1929, concluiu o ginásio e no ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito do Catete, hoje integrada à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Na chamada "Faculdade do Catete", conheceu e tornou-se amigo do romancista Otavio Faria, que o incentivou na vocação literária. Vinicius de Moraes graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1933.[8] Três anos depois, obteve o emprego de censor cinematográfico junto ao Ministério da Educação e Saúde. Dois anos mais tarde, Vinicius de Moraes ganhou uma bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford. Em 1941, retornou ao Brasil empregando-se como crítico de cinema no jornal "A Manhã".[12] Tornou-se também colaborador da revista "Clima" e empregou-se no Instituto dos Bancários. No ano seguinte, foi reprovado em seu primeiro concurso para o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Em 1943, concorreu novamente e desta vez foi aprovado.[12] Em 1946, assumiu o primeiro posto diplomático como vice-cônsul em Los Angeles. Com a morte do pai, em 1950, Vinicius de Moraes retornou ao Brasil. Nos anos 1950, Vinicius atuou no campo diplomático em Paris e em Roma, onde costumava realizar animados encontros na casa do escritor Sérgio Buarque de Holanda. No final de 1968 foi afastado da carreira diplomática tendo sido aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional Número Cinco O poeta estava em Portugal, a dar uma série de espectáculos, alguns com Chico Buarque e Nara Leão, quando o regime militar emitiu o AI-5. O motivo apontado para o afastamento foi o seu comportamento boêmio que o impedia de cumprir as suas funções. Vinícius foi anistiado (post-mortem)pela Justiça em 1998. A Câmara dos Deputados brasileira aprovou em Fevereiro de 2010 a promoção póstuma do poeta ao cargo de "ministro de primeira classe" do Ministério dos Negócios Estrangeiros - o equivalente a embaixador, que é o cargo mais alto da carreira diplomática. A lei foi publicada no Diário Oficial do dia 22 de junho de 2010 e recebeu o número 12.265.[13] Vinicius começou a se tornar prestigiado com sua peça de teatro "Orfeu da Conceição", em 25 de setembro de 1956. Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de 1950 - época em que conheceu Tom Jobim (um de seus grandes parceiros) -, quando diversas de suas composições foram gravadas por inúmeros artistas.[12] Na década seguinte, Vinicius de Moraes viveu um período áureo na MPB, no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. Foram firmadas parcerias com compositores como Baden Powell, Carlos Lyra e Francis Hime. Na década de 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinicius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso. Na noite de 8 de julho de 1980, acertando detalhes com Toquinho sobre as canções do álbum "Arca de Noé", Vinicius alegou cansaço e que precisava tomar um banho. Na madrugada do dia seguinte Vinicius foi acordado pela empregada, que o encontrara na banheira de casa, com dificuldades para respirar. Toquinho, que estava dormindo, acordou e tentou socorrê-lo, seguido por Gilda Mattoso (última esposa do poeta), mas não houve tempo e Vinicius de Moraes morreu pela manhã.
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Vinicius de Moraes
Carreira artística O início No fim da década de 1920 Vinicius de Moraes produziu letras para dez canções gravadas - nove delas parcerias com os Irmãos Tapajós. Seu primeiro registro como letrista veio em 1928, quando compôs (com Haroldo) "Loira ou Morena", gravado em 1932 pela dupla de irmãos. Vinicius teve publicado seu primeiro livro de poemas, O Caminho para a Distância, em 1933, e lançou outros livros de poemas nessa década.[8] Foram também gravadas outras canções de sua autoria, como "Dor de uma Vinicius com Pierre Seghers. Saudade" (composta com Joaquim Medina), gravada em 1933 por João Petra de Barros e Joaquim Medina, "O Beijo Que Você Não Quis Dar" (composta com Haroldo Tapajós) e "Canção da Noite" (composta com Paulo Tapajós), ambas gravadas em 1933 pelos Irmãos Tapajós e também "Canção para Alguém" (composta com Haroldo Tapajós), gravada pelos mesmos um ano depois.[12] Ainda na década de 1930 Vinicius de Moraes estabeleceu amizade com os poetas Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Em sua fase considerada mística, ele recebeu o Prêmio Felipe D'Oliveira pelo livro Forma e Exegese, de 1935. No ano seguinte, lançou o livro Ariana, a Mulher. Declarava-se partidário do Integralismo, partido brasileiro de orientação fascista.[14]
Mudança de fase Na década de 1940 suas obras literárias foram marcadas por versos em linguagem mais simples, sensual e, por vezes, carregados de temas sociais. Vinicius de Moraes publicou os livros Cinco Elegias (1943), que marcou esta nova fase, e Poemas, Sonetos e Baladas (1946); obra ilustrada com 22 desenhos de Carlos Leão. Atuando como jornalista e crítico de cinema em diversos jornais, Vinicius lançou em 1947, com Alex Vianny, a revista Filme. Dois anos depois, publicou em Barcelona o livro Pátria Minha. De volta ao Brasil no início dos anos 1950, após servir ao Itamaraty nos Estados Unidos, Vinicius começou a trabalhar no jornal Última Hora, exercendo funções burocráticas na sede do Ministério das Relações Exteriores. Em 1953 Aracy de Almeida gravou "Quando Tu Passas Por Mim", primeiro samba de sua autoria. Escrita com Antônio Maria, a canção foi dedicado à esposa Tati de Moraes - e marcava também o fim do seu casamento. Ainda naquele ano, Vinícus foi para Paris como segundo secretário da embaixada brasileira. Aracy de Almeida também gravou "Dobrado de Amor a São Paulo" (outra parceria com Antônio Maria), em 1954.
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Vinicius de Moraes
Orfeu e o amigo Tom Em 1954, Vinícius publica sua coletânea de poemas, Antologia Poética,[15][16] mesmo ano que publica sua peça teatral Orfeu da Conceição, premiada no concurso do IV Centenário de São Paulo e publicada na revista Anhembi. Dois anos depois, quando Vinicius buscava alguém para musicar a peça, e aceitou a sugestão do amigo Lúcio Rangel para trabalhar com um jovem pianista, Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, que na época tinha 29 anos e vivia da venda de músicas e arranjos nos inferninhos de Copacabana.[17] Do encontro entre Vinícius e Tom nasceria uma das mais fecundas parcerias da música brasileira, que a marcaria definitivamente. Os dois compuseram a trilha sonora, que incluía "Lamento no Morro", "Se Todos Fossem Iguais A Você", "Um Nome de Mulher", "Mulher Sempre Mulher" e "Eu e Você" e foram lançadas em disco por Roberto Paiva, Luiz Bonfá e Orquestra. A peça estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Além destas canções, a dupla Vinicius e Tom compuseram, entre outros clássicos, "A Felicidade", "Chega de Saudade", "Eu sei que vou te amar", "Garota de Ipanema", "Insensatez", entre outras belas canções. Entre 1957 a 1958, o diretor de cinema francês Marcel Camus filmou "Orfeu do Carnaval" no Rio de Janeiro, filme este que recebeu o nome de Orfeu Negro. Vinicius compôs para o filme "A Felicidade" e "O Nosso Amor". Um ano depois, o filme seria contemplado com a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes e o Oscar de melhor filme estrangeiro. Em 1957 teve sua carreira diplomática transferida para Montevidéu, onde permaneceu por três anos.
A Bossa Nova O ano de 1958 marcaria o início de um dos movimentos mais importantes da música brasileira, a Bossa Nova. A pedra fundamental do movimento veio com o álbum "Canção do Amor Demais", gravado pela cantora Elizeth Cardoso. Além da faixa-título, o antológico LP contava ainda com outras canções de autoria da dupla Vinicius e Tom, como "Luciana", "Estrada Branca", "Outra Vez" e "Chega de Saudade", em interpretações vocais intimistas. "Chega de Saudade" foi uma canção fundamental daquela novo movimento, especialmente porque o álbum de Elizeth contou com a participação de um jovem violonista, que com seu inovador modo de tocar o violão, caracterizado por uma nova batida, Vinicius em 1970. marcaria definitivamente a bossa nova e a tornaria famosa no mundo inteiro a partir dali. O nome deste violonista é João Gilberto.[12] A importância do disco "Canção do Amor Demais" é tamanha que ele é tido como referência por muitos artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso. Várias das composições de Vinicius foram gravadas na metade final daquela década por outros artistas. Joel de Almeida gravou "Loura ou Morena" (1956). No ano seguinte, Aracy de Almeida gravou "Bom Dia, Tristeza" (composta com Adoniran Barbosa), Tito Madi gravou "Se Todos Fossem Iguais A Você", Bill Farr gravou "Eu Não Existo Sem Você", Agnaldo Rayol gravou "Serenata do Adeus" e Albertinho Fortuna gravou "Eu Sei Que Vou Te Amar". "O Nosso Amor" e "A Felicidade" foram duas das canções mais lançadas no final daquela década. A primeira foi gravada por Lueli Figueiró e Diana Montez, ambas em 1959. Já a segunda foi lançada por Lueli Figueiró, Lenita Bruno, Agostinho dos Santos e João Gilberto.
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Vinicius de Moraes Servindo ao Itamaraty em Montevidéu desde 1957, Vinicius de Moraes deixaria a embaixada brasileira no Uruguai somente em 1960. Suas canções continuaram sendo gravadas por muitos artistas no início da década de 1960. Foram lançadas "Janelas Abertas" (composta com Tom Jobim), por Jandira Gonçalves, e "Bate Coração", (composta com Antônio Maria), por Marianna Porto de Aragão, cantora cultuada na época como uma das vozes mais poderosas de toda uma geração de cantoras .
Novas parcerias No ano seguinte, Vinicius registrou pela primeira vez sua voz, em um álbum contendo os sambas "Água de Beber" e "Lamento no Morro", novamente parcerias com Tom Jobim. O poeta teria também um novo parceiro naquele período, o cantor, compositor e violonista Carlos Lyra. Com ele, Vinicius iria compor clássicos como "Você e Eu", "Coisa Mais Linda", "A Primeira Namorada" e "Nada Como Te Amar". Ainda em 1961, o Teatro Santa Rosa foi inaugurado no Rio de Janeiro com "Procura-se uma rosa", peça de autoria de Vinicius, Pedro Bloch e Gláucio Gil filmada depois pelo cinema italiano com o nome de "Una Rosa per Tutti" (o longa-metragem foi rodado no Rio e estrelado por Cláudia Cardinale). Em 1962, a Banda do Corpo de Bombeiros fluminense gravou "Serenata do Adeus", um ano após gravarem "Rancho das Flores", marcha-rancho com versos do poeta sobre tema de Jesus, Alegria dos Homens, de Johann Sebastian Bach. Ainda naquele ano, enquanto "Canção da Eterna Despedida" (composta com Tom Jobim) "Em Noite de Luar" (composta com Ary Barroso) foram gravadas por Orlando Silva e Ângela Maria, respectivamente, Vinicius de Moraes publicou três livros: Antologia Poética, Procura-se Uma Rosa e Para Viver Um Grande Amor. Com Pixinguinha, compôs a trilha sonora do filme Sol sobre a Lama, de Alex Vianny, escrevendo as letras para os chorinhos "Lamento" e "Mundo Melhor". Também naquele período, nasceu a parceria com o compositor e violonista Baden Powell. Desta, resultariam inúmeros sucessos, como "Apelo", "Canção de Amor", "Canto de Ossanha", "Formosa", "Mulher Carioca", "Paz", "Pra Que Chorar", "Samba da Bênção", "Samba Em Prelúdio", "Só Por Amor", "Tem Dó", "Tempo Feliz", entre outras. Em agosto de 1962, com Tom Jobim, João Gilberto e o grupo Os Cariocas, Vinicius de Moraes participou de "Encontro", um dos mais importantes concertos da bossa nova e realizado na boate "Au Bon Gourmet", no Rio de Janeiro. Neste show, foram lançadas clássicos da música popular brasileira como "Ela é Carioca", "Garota de Ipanema", "Insensatez", "Samba do Avião" e "Só Danço Samba". Naquela mesma casa noturna foi montada "Pobre Menina Rica", mais uma peça do poeta, cuja trilha sonora trazia canções como "Sabe Você", "Primavera" e "Samba do Carioca" (lançando a cantora Nara Leão),[12] ambas parcerias com Carlos Lyra. Ainda naquele ano, Vinicius comporia com Lyra "Marcha da Quarta-feira de Cinzas" e "Minha Namorada". Várias daquelas seriam gravadas em 1963. Jorge Goulart gravou "Marcha da Quarta-feira de Cinzas", Elizeth Cardoso gravou "Mulher Carioca" e "Menino Travesso" (composta com Moacir Santos), Elza Soares gravou "Só Danço Samba", Pery Ribeiro e o Tamba Trio gravaram "Garota de Ipanema" e Jair Rodrigues gravou "O Morro Não Tem Vez" (composta com Tom Jobim). Naquele mesmo período, Vinicius de Moraes lançou com a atriz Odete Lara seu primeiro álbum: Vinicius e Odete Lara. Com arranjos e regência do poeta Moacir Santos, o LP continha canções da parceria com Baden Powell, como "Berimbau", "Mulher Carioca", "Samba em Prelúdio" e "Só por Amor", entre outras. Ainda em 1963, o selo Copacabana lançou o álbum "Elizeth Interpreta Vinicius", contendo as parcerias do poetinha com Baden Powell, Moacir Santos (e arranjos deste), Nilo Queiroz e Vadico.
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Vinicius de Moraes
Retorno ao Brasil Em 1964 Vinicius retornou ao Brasil e logo se apresentou na boate "Zum Zum", ao lado de Dorival Caymmi, Quarteto em Cy e o Conjunto de Oscar Castro Neves. O concerto teve grande repercussão nos meios artísticos e foi lançado em LP pelo selo Elenco, contendo composições como "Bom-dia, Amigo" (parceria com Baden Powell), "Carta ao Tom", "Dia da Criação" e "Minha Namorada" (parcerias com Carlos Lyra), e "Adalgiza", "...Das Rosas", "História de Pescadores" e "Saudades da Bahia" (parcerias com o cantor, compositor e violonista Dorival Caymmi).[12] Duas canções de Vinicius de Moraes concorreram, em 1965, o I Festival Nacional de Música Popular Brasileira (da extinta TV Excelsior). "Arrastão" (composta com Edu Lobo), defendida por Elis Regina, ficou com o primeiro lugar, e "Valsa do Amor que Não Vem" (parceria com Baden Powell), defendida por Elizeth Cardoso, ficou com o segundo lugar. Também com o arranjador, cantor e instrumentista Edu Lobo, Vinicius compôs "Zambi" e "Canção do Amanhecer" - canções que se engajaram no clima de protesto da época e foram apresentadas em projetos do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE). Por um breve período, Vinicius foi designado para trabalhar na delegação do Brasil junto à UNESCO, na Europa. O poeta também trabalhou com o diretor Leon Hirszman no roteiro do filme Garota de Ipanema, voltou a se apresentar no Zum Zum com Dorival Caymmi e lançou o livro "Cordélia e o Peregrino". Ainda em 1965, o Teatro Municipal de São Paulo foi o palco de uma homenagem para o poetinha, com o show Vinicius: Poesia e Canção, espetáculo que contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (sob a regência do maestro Diogo Pacheco). As composições apresentadas receberam arranjos dos maestros Guerra Peixe, Radamés Gnattali, Luís Eça, Gaya e Luís Chaves e contou com intérpretes com Carlos Lyra, Edu Lobo, Suzana de Morais, Francis Hime, Paulo Autran, Cyro Monteiro e Baden Powell. Quando o poeta terminou a apresentação de "Se Todos Fossem Iguais A Você", a platéia respondeu com dez minutos ininterruptos de aplausos. Em 1966, foi lançado o álbum Os Afro-Sambas, com suas composições em parceria com Baden Powell. Constam do repertório do disco "Canto de Ossanha", "Canto de Xangô", "Canto de Iemanjá" e "Lamento de Exu", entre outras, além da participação de Powell tocando violão. Naquele mesmo período, Vinicius participou do concerto Pois É, no Teatro Opinião, ao lado de Maria Bethânia e Gilberto Gil. No espetáculo dirigido pelo arranjador, compositor, maestro e pianista Francis Hime, o público carioca conheceu pela primeira vez as canções de Gilberto Gil. Ainda naquele ano, lançou o livro de crônicas Para Uma Menina Com Uma Flor e também foi convidado a participar do júri do Festival de Cannes. Na ocasião, descobriu que sua canção "Samba da Bênção" havia sido utilizada, sem os devidos créditos, na trilha sonora do filme Um Homem e Uma Mulher, do diretor francês Claude Lelouch, vencedor do festival. Após uma ameaça de processo, a obra de Lelouch creditou a canção de Vinicius. O ano de 1967 marcou a estréia do filme Garota de Ipanema, baseado no sucesso homônimo de Vínicius. É a canção brasileira mais conhecida no mundo depois de "Aquarela do Brasil" (de Ary Barroso).[carece de fontes?] Ainda naquele período, Vinícius organizou um festival de artes em Ouro Preto e excursionou para a Argentina e o Uruguai.
Aposentadoria compulsória Em 1968 Vinicius de Moraes participou de shows em Lisboa, na companhia de Chico Buarque e Nara Leão. Também naquele ano, a convite do crítico Ricardo Cravo Albin, Vinicius prestou histórico depoimento para o Museu da Imagem e do Som (de onde era membro do Conselho Superior de MPB). Mas o ano de 1968 marcou o fim da carreira diplomática de Vinicius de Moraes. Após 26 anos de serviços prestados ao MRE, Vinicius foi aposentado pelo Ato Institucional 5, criado pela ditadura militar brasileira, fato que o magoou profundamente. No dia em que o ato era editado, Vinicius encontrava-se em Portugal onde realizava um concerto. Após este espetáculo, estudantes salazaristas estavam aglomerados na porta do teatro para protestar contra o poeta. Avisado disto e aconselhado a se retirar pelos fundos do teatro, o poetinha preferiu enfrentar os protestos e, parando diante dos manifestantes, começou a declamar "Poética I" ("De manhã escureço/De dia tardo/De tarde anoiteço/De noite ardo"). Então, um dos jovens tirou a capa do seu traje acadêmico e a colocou no chão para que Vinicius
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Vinicius de Moraes pudesse passar sobre ela — ato imitado pelos outros estudantes e que, em Portugal, é uma forma tradicional de homenagem acadêmica. Segundo entrevista publicada pela Revista Veja em 12 de janeiro de 2000 o ex-presidente João Figueiredo explicou as reais causas da demissão do poeta do Itamaraty: "Ele até diz que muita gente do Itamaraty foi cassada ou por corrupção ou por pederastia. É verdade. Mas no caso dele foi por vagabundagem mesmo. Eu era o chefe da Agência Central do Serviço e recebíamos constantemente informes de que ele, servindo no consulado brasileiro de Montevidéu, ganhando 6 000 dólares por mês, não aparecia por lá havia três meses. Consultamos o Ministério das Relações Exteriores, que nos confirmou a acusação. Checamos e verificamos que ele não saía dos botequins do Rio de Janeiro, tocando violão, se apresentando por aí, com copo de uísque do lado. Nem pestanejamos. Mandamos brasa." A reabilitação ao corpo diplomático brasileiro só ocorreu trinta anos depois de sua morte por meio da Lei 12.265 de 21 de junho de 2010[18]. Em cerimônia no Palácio do Itamaraty, Vinicius de Moraes foi elevado ao cargo de ministro de exterior, cargo semelhante ao de embaixador[19]. Em 1969 Vinicius de Moraes publicou o livro Obra Poética e se apresentou ao lado de Maria Creuza e Dorival Caymmi em Punta del Este. O poetinha também fez recital na Livraria Quadrante, em Lisboa, apresentando, entre outros, os poemas "A Uma Mulher", "O Falso Mendigo", "Sob o Trópico de Câncer" (no qual trabalhou durante nove anos) e "Soneto da Intimidade". O evento foi gravado ao vivo e lançado em LP pelo selo Festa. Ainda naquele ano, Vinicius fez apresentações em Buenos Aires, ao lado de Caymmi, Baden Powell, Quarteto em Cy e Oscar Castro Neves.
Parceria com Toquinho Naquele mesmo período, iniciou suas primeiras composições com um novo parceiro, o violonista Toquinho. Desta parceria, viriam clássicos como "Como Dizia o poeta", "Tarde em Itapoã" e "Testamento". Em 1970 Vinicius se apresentou na casa de espetáculo carioca Canecão, com o parceiro Tom Jobim, o violonista Toquinho e a cantora Miúcha. O show, que relembrou a trajetória do poeta, ficou quase um ano em cartaz devido ao grande sucesso obtido. Outra apresentação marcante de Vinícus de Moraes, ao lado de Toquinho e da cantora Maria Creuza, foi em a cidade argentina de Mar del Plata, na boate La Fusa. O concerto resultaria no LP ao vivo Vinicius En La Fusa, uma das mais belas joias gravadas ao vivo da música brasileira. No repertório, interpretado de modo espetacular pela cantora baiana, estavam entre outras "A Felicidade", "Garota de Ipanema", "Irene", "Lamento no Morro", "Canto de Ossanha" (canção muito aplaudida pela plateia argentina), "Samba em Prelúdio", "Eu Sei Que Vou Te Amar" (canção que contou ainda com a declamação do poetinha de "Soneto da Fidelidade", para delírio do público argentino), "Minha Namorada" e "Se Todos Fossem Iguais A Você", que encerrou o magnífico concerto. No ano seguinte, Vinicius voltou à Fusa para gravar um novo LP ao vivo, também com Toquinho, mas desta vez com a cantora Maria Bethânia nos vocais. Neste álbum estão presentes canções com "A Tonga da Mironga do Kabuletê", "Testamento" e "Tarde em Itapoã". Também em 1971, assinou com Chico Buarque, sobre antigo choro de Garoto, a canção "Gente Humilde", grande sucesso gravada pelo próprio Chico e, pouco depois, por Ângela Maria. A parceria Vinicius/Toquinho excursionou por várias cidades brasileiras e também pelo exterior. Ainda em 1971, a dupla lançou seu primeiro LP de estúdio, com destaque para "Maria Vai com as Outras", "Morena Flor", "A Rosa Desfolhada" e "Testamento". Em 1972, eles lançaram o álbum "São Demais os Perigos Dessa Vida", contendo além da faixa-título - grandes sucessos como "Cotidiano nº 2", "Para Viver Um Grande Amor" e "Regra três". Com Toquinho, também compôs a trilha sonora da telenovela "Nossa Filha Gabriela" (da extinta TV Tupi), registrada em disco naquele mesmo ano. No ano seguinte, a dupla se apresentou no show "O Poeta, a Moça e o Violão", com a cantora Clara Nunes no Teatro Castro Alves, em Salvador. Em 1974 Vinicius e Toquinho compuseram "As Cores de Abril" e "Como É Duro Trabalhar", ambas incluídas na trilha sonora da novela Fogo Sobre Terra, da Rede Globo. Naquele mesmo ano, a parceria lançou o álbum Toquinho, Vinicius e Amigos. O disco teve as participações de Maria Bethânia (em "Apelo" e "Viramundo"), Cyro Monteiro
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Vinicius de Moraes ("Que Martírio" e "Você Errou", últimas gravações deste cantor), Maria Creuza ("Tomara" e "Lamento no Morro"), Sergio Endrigo ("Poema Degli Occhi" e "La Casa") e Chico Buarque ("Desencontro"). Ainda naquele ano, a dupla lançou "Vinicius e Toquinho", quarto álbum de estúdio da parceria, que trazia composições de autoria deles, como "Samba do Jato", "Sem Medo" e "Tudo Na Mais Santa Paz", e ainda "Samba pra Vinicius", homenagem ao poetinha de Toquinho e Chico Buarque, que fez uma participação especial no disco. Em 1975 Vinicius do Moraes lançou o álbum "O Poeta e o Violão". Gravado em Milão, o LP teve a participação especial dos maestros Bacalov e Bardotti. No mesmo ano, a gravadora Philips lançou o álbum "Vinicius e Toquinho". Deste LP, destaca-se "Onde Anda Você" - parceria com Hermano Silva e que alcançou grande sucesso. Ainda naquele ano, Vinicius lançou o livro de poemas infantis A Arca de Noé. Foram lançados em no ano seguinte os álbuns Ornella Vanoni, Vinicius de Moraes e Toquinho - La voglia, la pazzia, l'incoscienza e l'allegria e Deus lhe Pague - este com as composições da parceria Vinicius e Edu Lobo. Vinicius teve publicado, em 1977, o livro O Breve Momento, com 15 serigrafias de Carlos Leão. Naquele ano, o selo Philips lançou o álbum "Antologia Poética", uma seleção da obra poética do poetinha e que teve a participação especial de Tom Jobim, Francis Hime e Toquinho. A gravadora Som Livre disponibilizou no mercado o LP Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha - Ao Vivo no Canecão. Em 1978 foi lançado o álbum Vinicius e Amália, gravado em Lisboa com a cantora portuguesa Amália Rodrigues. Naquele mesmo ano, foi editado o álbum "10 Anos de Toquinho e Vinicius" - uma coletânea de uma década de trabalhos da dupla. Em 1980 foi lançado o álbum Arca de Noé, que trouxe diversos intérpretes para as composições infantis do poeta, musicadas a partir do livro homônimo. O disco gerou um especial infantil na Rede Globo, naquele mesmo ano.
Morte Na madrugada de 9 de julho de 1980 Vinicius de Moraes começou a se sentir mal na banheira da casa onde morava, na Gávea, vindo a falecer pouco depois. O poeta passara o dia anterior com o parceiro e amigo Toquinho, com quem planejava os últimos detalhes do volume 2 do álbum "Arca de Noé". Em 1981, este LP foi lançado. Mesmo após a morte, a obra musical de Vinicius manteve-se prestigiada na música brasileira. Foram lançados os álbuns Toquinho, Vinicius e Maria Creuza - O Grande Encontro (1988) e A História dos Shows Inesquecíveis Poeta, Moça e Violão: Vinicius, Clara e Toquinho (1991), além de terem sido lançados livros sobre o poeta, como Vinicius de Moraes - Livro de Letras (1993), de José Castello, Vinicius de Moraes (1995), também de José Castello, "Vinicius de Moraes" (1997), de Geraldo Carneiro (uma edição ampliada do livro publicado em 1984). Ainda em 1993, Almir Chediak editou os três volumes do Songbook Vinicius de Moraes. Por ocasião dos vinte anos da morte do poeta, em 2000, a Praia de Ipanema foi o palco de um show em homenagem a Vinicius, que contou com a participação da Orquestra Sinfônica Brasileira, Roberto Menescal, Wanda Sá, Zimbo Trio, Os Cariocas, Emílio Santiago e Toquinho, interpretando composições de sua autoria. Em 2003, ano em que o poeta completaria seu 90º aniversário, foram lançados vários projetos em tributo à sua criação artística. Também foi lançado o website oficial de Vinicius. Em 2005 "The Girl from Ipanema", versão em inglês de "Garota de Ipanema", interpretada por Astrud Gilberto, Tom Jobim, João Gilberto e Stan Getz e gravada em 1963, foi escolhida como uma das 50 grandes obras musicais da Humanidade pela Biblioteca do Congresso Americano. Ainda em 2005, estreou, na abertura da sétima edição do Festival do Rio, o documentário Vinicius, dirigido por Miguel Faria Jr. e produzido por Suzana de Moraes, filha do poeta, com a participação de Chico Buarque, Carlos Lyra, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Adriana Calcanhoto, Mariana de Moraes e Olívia Byington, entre outros convidados. A trilha sonora do filme foi lançada em CD. Em 2006 foi lançada a caixa "Vinicius de Moraes & Amigos", com cinco álbuns do poetinha, contendo 70 canções compiladas de fonogramas gravados por vários intérpretes e pelo próprio Vinicius (solo ou em dueto. A caixa incluiu ainda um livreto com a biografia do homenageado e as letras de todas as canções. Em 2011 a escola Império Serrano falou sobre ele com o enredo : "A Benção, Vinicius".
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Vinicius de Moraes
Obras [1] (http:/ / www. viniciusdemoraes. org/ textos/ index. php) Segundo Laetitia de Moraes Vasconcellos, irmã de Vinicius, o nome Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes se deve a uma brincadeira de Manuel Bandeira. Vinicius foi registrado pelo pai como Marcus Vinicius de Moraes, abandonando posteriormente o nome Marcus. A mudança foi registrada em cartório na rua São José, no centro do Rio. Castello (1994), pp. 30. [2] Segundo a ortografia vigente, seu nome deve ser grafado Vinícius de Morais. [3] Ruy Castro -Bossa Nova: The Story of the Brazilian Music That Seduced the World Page 78 2003 "Bôscoli and his friend Chico Feitosa had gone to Vinícius's house, in Avenida Henrique Dumont in Ipanema, with the express purpose of selling him the idea to invite Jobim to write the music for Orfeu, and Vinícius had bought it." [4] Songbook Vinícius de Moraes - Vol. 3: Volume 3 - Page 171 Vinícius De Moraes, Almir Chediak - 1993 "In Gratitude The idea of a Songbook which would include the works of Vinícius de Moraes was born in 1987 during a guitar class which I was giving to the poet's daughter, Luciana de Moraes. " [5] Tom Jobim Volume 2 - Page 118 Almir Chediak - 1990 "Modinha (Tom Jobim e Vinícius de Moraes) [6] Adolfo, Lucas (2011). Serestas homenageia o Poetinha Vinícius de Moraes (http:/ / www. ulbratv. com. br/ institucional/ ?p=389). Ulbra TV. Página visitada em 4 de maio de 2011. [7] O poetinha Vinícius de Moraes completaria hoje 97 anos (http:/ / www. vermelho. org. br/ noticia. php?id_secao=11& id_noticia=139605). Portal Vermelho (2011). Página visitada em 4 de maio de 2011. [8] Vinicius de Moraes (http:/ / educacao. uol. com. br/ biografias/ vinicius-de-moraes. jhtm) (em português). UOL - Educação. Página visitada em 19 de outubro de 2012. [9] Castello (1994), pp. 25-30 [10] Castello (1994), pp. 36-37 [11] Castello (1994), pp. 49-50 [12] Araújo, A. Ana Paula de (20 de janeiro de 2012). Biografia de Vinícius de Moraes (http:/ / www. infoescola. com/ escritores/ biografia-de-vinicius-de-moraes/ ) (em português). InfoEscola. Página visitada em 19 de outubro de 2012. [13] [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / www. planalto. gov. br/ ccivil_03/ _Ato2007-2010/ 2010/ Lei/ L12265. htm)] Título não preenchido, favor adicionar]. Planalto.gov.br. [14] NARLOCH, Leandro: "Eles Estão Entre Nós", in: revista Aventuras na História, ed. 31 de março de 2006, editora Abril, São Paulo, ISSN 18062415 [15] Morais (2003), Introdução [16] Há divergências com relação à publicação da Antologia. Por exemplo, na sua primeira publicação pela editora carioca A Noite, havia uma nota antecedendo os poemas que dizia "Los Angeles, junho de 1949". Entretanto, optou-se pela mesma data utilizada na Nova Antologia Poética publicada em 2003, onde se aponta como 1954 a data mais comum nas biografias, inferindo-se anuência do poeta com a data referida [17] Morais (2005), pg.14 [18] Presidência da República: (http:/ / www. planalto. gov. br/ ccivil_03/ _Ato2007-2010/ 2010/ Lei/ L12265. htm). Planalto.gov.br. [19] Vinicius de Moraes - Embaixador do Brasil: (http:/ / www. itamaraty. gov. br/ sala-de-imprensa/ notas-a-imprensa/ cerimonia-de-promocao-i-post-mortem-i-de-vinicius-de-moraes). Itamaraty.gov.br.
Bibliografia • Morais, Vinicius (organização de Antonio Cicero e Eucanaã Ferrasz). Nova Antologia Poética. 1a. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. ISBN 978-85-359-0439-0 • Morais, Vinicius (texto de José Castello). Livro de Letras. 1a. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. ISBN 85-359-0730-0 • Castello, José. Vinicius de Moraes: o poeta da paixão. 1a. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. ISBN 85-7164-355-5
Ligações externas • Fundación Internacional José Guillermo Carrillo (http://www.fundacionjoseguillermocarrillo.org/sitio/ muspopular_vinicius_de_moraes.php) • Portal oficial do poeta (http://www.viniciusdemoraes.com.br/) , supervisionado por Suzana Moraes. • TODA A POESIA DE VINICIUS DE MORAES - Brasiliana/USP (http://www.brasiliana.usp.br/node/455)
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Alaíde Costa
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Alaíde Costa Alaíde Costa
Alaíde em 2010, durante evento promovido pelo Ministério da Cultura Informação geral Nome completo
Alaíde Costa Silveira Mondin Gomide
Nascimento
8 de dezembro de 1935 (77 )
Origem
Rio de Janeiro
País
Brasil
Gênero(s)
Bossa nova, samba, MPB
Instrumento(s)
voz
Outras ocupações
compositora
Alaíde Costa Silveira Mondin Gomide, mais conhecida como Alaíde Costa, (Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1935) é uma cantora e compositora brasileira.[1] Começou no programa A raia miúda de Renato Murce. Com um canto suave e sussurrado, é considerada uma das perfeitas vozes do país. Consagrou em 1964 com Onde está você?, grande marco da voz, que embalou casais. Com quinze discos gravados em cinqüenta anos de carreira, participou dos principais programas de televisão e de rádio no eixo Rio-São Paulo. Tema de reportagens de jornais e revistas, participou de festivais internacionais e recebeu importantes prêmios e homenagens de expoentes da música popular brasileira. Uma das grandes referências musicais do movimento surgido em 1957, a bossa nova, frequentava a boemia do Beco das Garrafas, em Copacabana.
Alaíde Costa
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Ligações externas • Revista Veja - A nação das cantoras [2] • Os Grandes Sucessos do Paramount (1965) [3]
Referências [1] Biografia no Cravo Albin (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ alaide-costa). dicionariompb.com.br. Página visitada em 26/10/2012. [2] http:/ / veja. abril. com. br/ 110407/ p_120. shtml [3] http:/ / www. waltersilvapicapau. com/ dp4. html
Astrud Gilberto Astrud Gilberto
Informação geral Nome completo
Astrud Evangelina Weinert
Nascimento
29 de março de 1940 (72 )
Origem
Salvador, Bahia
País
Brasil
Gênero(s)
Bossa nova
Instrumento(s)
Vocal
Período em atividade 1963 – atualmente Afiliação(ões)
Tom Jobim João Gilberto Stan Getz
Página oficial
Link
[1]
Astrud Gilberto, nascida Astrud Evangelina Weinert, (Salvador, 29 de março de 1940) é uma cantora brasileira de samba e bossa nova de fama internacional. Nascida na Bahia, filha de mãe brasileira e pai alemão, mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família, em 1947.
Astrud Gilberto Astrud casou-se com João Gilberto em 1959 e mudou-se para os Estados Unidos em 1963, ano em que participou do álbum Getz/Gilberto juntamente de seu marido, do músico Stan Getz e do também brasileiro Tom Jobim. Astrud, que nunca havia cantado profissionalmente antes, participou das gravações por convite de seu marido, e durante as subsequentes apresentações descobriu que sofria de medo de palco. Astrud e João divorciaram-se em 1964. João Gilberto retornou ao Brasil, mas Astrud Gilberto continua residindo nos Estados Unidos, desde 1963. O sucesso do trabalho de Astrud Gilberto na canção The Girl from Ipanema tornou-a um nome proeminente na música do jazz, e logo começou a fazer gravações solo. Embora Astrud tenha começado como intérprete de bossa nova brasileira e jazz americano, passou também a gravar composições próprias na década de 1970. A canção "Astrud" , interpretada pela cantora polaca Basia é um tributo a ela. Astrud Gilberto recebeu o prêmio Latin Jazz USA Award for Lifetime Achievement (1992) e foi incluída no International Latin Music Hall of Fame, em 2002. A cantora também tornou-se conhecida pelo seu trabalho como artista pintora, assim como pelo apoio e contribuição que tem dado a proteção dos animais.
Discografia Álbuns • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Stan Getz e Astrud Gilberto - Getz Au-Go-Go (Verve, 1964) The Astrud Gilberto Album (Verve, 1964) The Shadow Of Your Smile (Verve, 1965) Look To The Rainbow (Verve, 1965) Beach Samba (Verve, 1966) A Certain Smile, A Certain Sadness with Walter Wanderley (Verve, 1967) Windy (Verve, 1968) September 17, 1969 (Verve, 1969) Gilberto Golden Japanese Album (Verve, 1969) I Haven't Got Anything Better To Do (Verve, 1970) Astrud Gilberto With Stanley Turrentine (CTI, 1971) Astrud Gilberto Now (Perception, 1972) That Girl From Ipanema (Audio Fidelity, 1977) Astrud Gilberto Plus James Last Orchestra (Polygram, 1987) Live In New York (Pony Canyon, 1996) Temperance (album) (Pony Canyon, 1997) Jungle (Magya, 2002) The Diva Series (Verve, 2003)
Trilhas sonoras • The Deadly Affair (Verve, 1965) Outros álbuns com participação de Astrud Gilberto • • • •
Stan Getz and João Gilberto – Getz/Gilberto (Verve, 1963) Shigeharu Mukai and Astrud Gilberto – So & So - Mukai Meets Gilberto (Denon, 1982) Michael Franks – Passionfruit (album) (Warner Bros., 1983) Etienne Daho – Eden (album) (Virgin, 1996)
• George Michael – Ladies And Gentleman - Best of George Michael (Sony, 1998)
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Astrud Gilberto
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Ligações externas • Página oficial [2]
Referências [1] http:/ / www. astrudgilberto. com/ [2] http:/ / www. astrudgilberto. com
Baden Powell Baden Powell
Powell em 1971. Informação geral Nome completo
Baden Powell de Aquino
Nascimento
6 de agosto de 1937 Varre-Sai, RJ Brasil
Data de morte
26 de setembro de 2000 (63 anos) Rio de Janeiro, RJ Brasil
Gênero(s)
Jazz Bossa Nova MPB
Ocupação(ões)
violonista
Instrumento(s)
violão guitarra
Período em atividade
1950 - 2000
Baden Powell de Aquino (Varre-Sai, 6 de agosto de 1937 — Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2000), mais conhecido simplesmente por Baden Powell, foi um violonista brasileiro. É considerado um dos maiores músicos brasileiros de sua época e um dos maiores violonistas brasileiros de todos os tempos.[1][2]
Baden Powell
Biografia Filho de Dona Adelina e do violinista e escoteiro Lilo de Aquino, nasceu no dia 6 de agosto de 1937 em Varre-Sai, se mudando para o Rio de Janeiro, aos quatro meses de idade.[3] Recebeu seu nome, pois seu pai era fã do general britânico criador do Escotismo, Robert Stephenson Smyth Baden-Powell.[4] É irmão de Vera[4] Gonçalves de Aquino e pai do pianista e tecladista Philippe Baden Powell e do violonista Louis Marcel Powell (ambos nascidos na França)[3] e primo do violonista João de Aquino. Começou a tocar violão com sete anos,[5] se tornou profissional aos treze,[6] mas só ficou famoso no Brasil quando constituiu uma parceria com Vinícius de Moraes, que escreveu versos para suas composições, criando o gênero chamado de afro-samba. Para tais músicas, ele e Vinícius foram a Bahia para pesquisarem sobre o candomblé e a umbanda.[1][6] Tocava a música tradicional brasileira, mas amava o jazz e logo desenvolveu um estilo que se baseava em Django Reinhardt e Barney Kessel. Passou a ser conhecido internacionalmente em 1966 quando Joaquim Berendt teve a oportunidade de conhecê-lo, convidando-o para gravar seu primeiro disco e visitar a Europa.[carece de fontes?] O sucesso não o abandonou e sua fama foi aumentando com seus discos, principalmente na Alemanha.[carece de fontes?] Continuou dando concertos, também nos Estados Unidos, onde teve a oportunidade de se apresentar com Stan Getz, Stephane Grapelli e Jean Luc Ponty.[6] Powell foi internado, em 22 de agosto de 2000, na Clínica Sorocaba, pois estava como pneumonia[7] bacteriana grave e morreu em 26 de setembro de 2000, aos 63 anos, devido a uma infecção generalizada em decorrência da mesma. Seu corpo foi velado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro e, posteriormente, enterrado no Cemitério de São João Batista.[3]
Cronologia • • • • • • •
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1937, 6 de agosto - Nascimento em Natividade, à época distrito do município de Itaperuna, RJ. 1937 - Muda-se, com a família, para a cidade do Rio de Janeiro, morando no bairro de São Cristóvão. 1962 - Conhece Vinícius de Moraes. 1962 - Primeira viagem à Europa, quando se torna o mais prestigioso artista brasileiro. Apresentações e gravações em vários países. 1969 - Vence a I Bienal do Samba, com a música Lapinha, composta junto com Paulo César Pinheiro. 1994 - Lança, no Brasil, o disco Baden Powell de Rio a Paris. 1994, julho - Apresenta-se na Sala Cecília Meireles, a cidade do Rio de Janeiro, ao lado dos filhos Louis Marcel Powell, violonista, e Phillipe Baden Powell, pianista e tecladista. Esse concerto foi gravado em CD, com o título Baden Powell e Filhos. 2000, 26 de setembro - Falecimento na cidade do Rio de Janeiro.
Discografia • • • • • • •
1959 - 78 RPM 1959 - Apresentando Baden Powell e Seu Violão 1961 - Um Violão na Madrugada 1962 - Baden Powell (Compacto Duplo) 1962 - Baden Powell Swing With Jimmy Pratt 1963 - Baden Powell à Vontade 1964 - Le Monde Musical de Baden Powell (gravado na França)
• 1965 - Billy Nencioli / Baden Powell • 1966 - Baden Powell ao Vivo no Teatro Santa Rosa • 1966 - Os Afro-sambas - Baden & Vinícius
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Baden Powell • • • • • • • • • • • • • • • • •
1966 - Tempo Feliz 1966 - Tristeza on Guitar 1967 - Berlin Jazz Festival 1968 - Poema on Guitar 1968 - Show Recital: Baden, Marcia & Originais do Samba 1969 - 27 Horas de Estúdio 1969 - Le Monde Musical de Baden Powell - Vol. 2 1970 - Baden Powell Quartet Vol. 1 1970 - Baden Powell Quartet Vol. 2 1970 - Baden Powell Quartet Vol. 3 1970 - Canto on Guitar 1970 - Lotus/Tristeza 1970 - Os Cantores de Lapinha 1971 - Estudos 1971 - L'ame de Baden Powell 1971 - L'art de Baden Powell 1972 - Samba Triste
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1972 - Baden Powell 1973 - Apaixonado 1973 - Solitude on Guitar (gravado na Alemanha) 1974 - La Grande Reunion 1974 - La Grande Reunion vol.2 1977 - Baden Powell canta Vinicius de Moraes e Paulo Cesar Pinheiro 1977 - Maria D'Apparecida et Baden Powell 1979 - Grande Show ao Vivo no Procopio Ferreira 1983 - Felicidades/Felicidade/Live in Hamburgo 1988 - Rio das Valsas 1990 - Os Afro-sambas - Regravação com Quarteto em Cy 1990 - Live at The Rio Jazz Club 1992 - The Frankfurt Opera Concert 1975 1992 - Live in Switzerland 1994 - Rio a Paris - Decembre 94 1995 - Baden Powell & Filhos 1996 - Baden Powell a Paris 1996 - Live at Montreux Jazz Festival 1998 - Suite Afro-Consolação 2000 - Lembranças
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Baden Powell
Bibliografia • Dreyfus, Dominique. O violão vadio de Baden Powell [8]. [S.l.]: Editora 34, 1999. 380 p. ISBN 978-8-573-26148-6
Ligações externas • Baden Powell – Uma Lenda Brasileira, Reconhecido Mundialmente [9] • Baden Powell [10] • Baden Powell no CliqueMusic [11] (inclui trechos de áudio)
Referências [1] McGowan, Chris; Pessanha, Ricardo. The Brazilian Sound: Samba, Bossa Nova, and the Popular Music of Brazil (http:/ / books. google. com. br/ books?id=7MFD-EoTR7MC& pg=PA64& redir_esc=y#v=onepage& q& f=false). [S.l.]: Temple University Press, 1998. p. 64-65. ISBN 978-1-566-39545-8 [2] Os 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão (http:/ / rollingstone. com. br/ galeria/ os-30-maiores-icones-da-guitarra-e-do-violao/ #imagem14). Rollingstone. Página visitada em 29 de janeiro de 2013. [3] Franca, Luciana (26 de setembro de 2000). Baden Powell (http:/ / www. terra. com. br/ istoegente/ 61/ tributo/ index. htm). ISTOÉ Gente. Página visitada em 29 de janeiro de 2013. [4] Dreyfus 1999, pp. 15 [5] Dreyfus 1999, pp. 11 [6] Morte de Baden Powell é sentida na Europa (http:/ / www. bbc. co. uk/ portuguese/ omundohoje/ omh00092614. htm). BBC (26 de setembro de 2000). Página visitada em 29 de janeiro de 2013. [7] Morreu hoje no Rio o músico Baden Powell (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ ilustrada/ ult90u4496. shtml). Folha.com (26 de setembro de 2000). Página visitada em 29 de janeiro de 2013. [8] http:/ / books. google. com. br/ books?id=9vLLi3_MHlcC& printsec=frontcover#v=onepage& q& f=false [9] http:/ / auladeviolao. net/ baden-powell-uma-lenda-brasileira-reconhecido-mundialmente. html [10] http:/ / www. brazil-on-guitar. de/ [11] http:/ / www. cliquemusic. com. br/ artistas/ baden-powell. asp
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Carlos Lyra
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Carlos Lyra Carlos Lyra
Informação geral Nome completo
Carlos Eduardo Lyra Barbosa
Nascimento
11 de maio de 1936 (76 ) Rio de Janeiro, RJ Brasil
Gênero(s)
Bossa Nova
Ocupação(ões)
cantor, violonista
Instrumento(s)
Violão Vocal
Período em atividade
1954 - hoje
Outras ocupações
compositor
Carlos Eduardo Lyra Barbosa (Rio de Janeiro, 11 de maio de 1936) é um cantor, compositor e violonista brasileiro. Junto com Roberto Menescal, era uma das figuras jovens da bossa nova. Fez parte de uma bossa nova mais ativista, propondo o retorno do ritmo às suas raízes no samba. Dentre suas canções mais famosas estão "Maria Ninguém", "Minha Namorada", "Ciúme", "Lobo bobo", "Menina", "Maria moita" e "Se é tarde me perdoa".
Biografia Nasceu no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em 11 de maio de 1936.[1][2] Era o filho mais velho de José Domingos Barbosa, um oficial da Marinha, e da dona-de-casa Helena Lyra Barbosa.[1][2] Possui dois irmãos: Sérgio Henrique Lyra Barbosa, também oficial da Marinha, e Maria Helena Lyra Fialho, professora de teatro.[1][2] Carlos Lyra começou a fazer música com um piano de brinquedo aos sete anos de idade, passando, em seguida, a tocar gaita de boca.[1][2] Ainda adolescente, quebrou a perna num campeonato de salto à distância.[1][2] O acidente lhe obrigou a ficar de repouso na cama por seis meses.[1][2] Para passar o tempo, foi-lhe oferecido um violão e o Método Paraguaçu de aprendizado do instrumento.[1][2] Ao receber alta do médico, já dominava o violão.[1][2] Estudou no Colégio Santo Inácio, foi semi-interno no Colégio São Bento e concluiu o antigo segundo grau no Colégio Mallet Soares, em Copacabana, onde conheceu o compositor Roberto Menescal, com quem montou a primeira Academia de Violão, uma forma que encontraram de viver
Carlos Lyra profissionalmente da atividade musical,[2] por onde passaram Marcos Valle, Edu Lobo, Nara Leão e Wanda Sá, entre outros.[1] Nessa época, decidiu trocar o curso de Arquitetura na faculdade pela música.[3] Participou da primeira geração da bossa nova ao lado do parceiro Ronaldo Bôscoli, e de Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto[2] – todos representados no álbum Chega de Saudade, lançado em 1959.[1]
Carreira Década de 1950 Carlos Lyra escreveu sua primeira canção, intitulada "Quando chegares", em 1954. Ainda nesse ano, Geraldo Vandré (à época apresentando-se como Carlos Dias), interpretou sua composição "Menina" no I Festival da Canção, realizado pela TV Rio. Em 1955, a música foi gravada por Sylvinha Telles e lançada como single pela gravadora Odeon. O disco é considerado um precursor da bossa nova. No ano seguinte, iniciou sua carreira profissional como músico, tocando violão elétrico no conjunto de Bené Nunes. Ainda em 1956, seu samba "Criticando", precursor de "Influência do jazz", foi gravado pelo grupo vocal Os Cariocas. Em 1957, começou a compor em parceria com Ronaldo Bôscoli. São dessa época as canções "Lobo bobo" e "Se é tarde me perdoa". Ainda em 1957, participou, na Sociedade Hebraica de Laranjeiras, de um show cuja apresentação em cartaz dizia: "Hoje, Sylvia Telles, Carlos Lyra e os bossa nova", expressão utilizada pela primeira vez para descrever a música do compositor e seus companheiros de palco daquela noite. No ano seguinte, compôs, em parceria com Geraldo Vandré, as canções "Quem quiser encontrar o amor" (famosa na voz de Maysa) e "Aruanda". Em 1959, suas composições "Maria Ninguém", "Lobo Bobo" e "Saudade fez um samba" foram gravadas por João Gilberto no álbum Chega de Saudade, lançado pela Odeon. Ainda em 1959, gravou seu primeiro disco, Carlos Lyra: bossa nova, lançado pela Philips, com texto de contracapa escrito por Ary Barroso.
Década de 1960 Em 1960, escreveu a trilha sonora de A mais-valia vai acabar, seu Edgard, peça teatral de Oduvaldo Vianna Filho com direção de Chico de Assis. Nesse ano, conheceu Vinicius de Moraes, que se tornaria seu parceiro em inúmeras composições de sucesso, como "Você e eu", "Coisa mais linda", "Primavera" e "Minha namorada", entre outras. Em 1961, compôs "Canção que morre no ar" ao lado de Ronaldo Bôscoli. Escreveu o musical infantil O dragão e a fada, cujas letras foram compostas com a parceria de Nelson Lins e Barros. Musicou Um americano em Brasília, peça teatral de Chico de Assis e Nelson Lins e Barros, que incluiu as canções "Mister Golden", "Maria do Maranhão", "Canção do subdesenvolvido", "É tão triste dizer adeus" e "Promessas de você", entre outras. Ainda em 1961 fundou, ao lado de Oduvaldo Viana Filho, Ferreira Gullar, Leon Hirszman e Carlos Estevam, o Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE). No exercício dessa função, entrou em contato com compositores populares como Zé Keti (que viria a se tornar seu parceiro no "Samba da Legalidade", composto durante a Campanha da Legalidade), Cartola, Nelson Cavaquinho, Elton Medeiros e João do Vale. Este grupo de compositores, mais tarde apresentado por ele a Nara Leão, deu origem ao álbum Nara pede passagem, com destaque para a música "Se alguém perguntar por mim" e, mais tarde, ao Grupo Opinião. Ainda nesse ano, escreveu "Influência do Jazz" e compôs a música da peça infantil Maroquinhas Fru-Fru, de Maria Clara Machado. Em 1962, musicou Couro de gato, curta-metragem premiado de Joaquim Pedro de Andrade realizado em 1960 e nesse ano incluido como segmento do filme Cinco Vezes Favela. E Gimba, filme dirigido por Flávio Rangel. Participou, também em 1962, do histórico Festival de Bossa Nova, realizado no Carnegie Hall, em Nova York, interprentado suas canções "Maria ninguém", "Lobo bobo" e "Influência do jazz", esta última também apresentada pelo Bossa Rio, quarteto de Sérgio Mendes. Ainda nesse ano, escreveu com Vinícius de Moraes as canções do musical Pobre menina rica. O espetáculo foi montado em 1963, inicialmente na casa noturna Au Bon Gourmet (RJ), com direção geral de Aloysio de Oliveira e direção musical de Eumir Deodato. No elenco, além do compositor,
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Carlos Lyra figuraram ainda o próprio Vinícius e Nara Leão, que estava sendo lançada como cantora. O show seguiu, sob sua direção, para o Teatro Maison de France (RJ) e, depois, para o Teatro de Bolso (RJ), quando contou com a participação de Ari Toledo, que se tornou conhecido por sua interpretação de "Pau de arara (O comedor de giletes)". Ainda em 1963, participou, com Tom Jobim, João Gilberto e Luiz Bonfá, do concerto promovido pelo então Embaixador Roberto Campos e realizado no George Washington Auditorium, na capital norte-americana. Lançou pelo CPC da UNE a "Canção do subdesenvolvido" no disco O povo canta. A venda desse compacto arrecadou fundos para a construção do Teatro do CPC da UNE. No ano seguinte, o disco foi retirado de circulação pela recém instaurada ditadura militar. Na mesma época, o Teatro do CPC da UNE, recém-construído, foi metralhado pelo Movimento Anti-Comunista (MAC). Atuou também como diretor musical do Teatro de ArenaWikipedia:Desambiguação, promovendo apresentações de Zé Keti, Cartola, Nélson Cavaquinho, João do Vale, Nara Leão, As baianinhas (batizadas por ele como "Quarteto em Cy", nome artístico com o qual passaram a atuar profissionalmente) e Trio Tamba. Musicou Bonitinha mas ordinária, filme de José Pereira de Carvalho, baseado em obra de Nélson Rodrigues. Compôs, com Vinícius de Moraes, a "Marcha da quarta-feira de cinzas" e o "Hino da UNE". Atuou como diretor musical da Rádio NacionalWikipedia:Desambiguação, exercendo o cargo até o golpe militar em 1964. Nesse ano, viajou para os Estados Unidos, onde participou, com Stan Getz, do Festival de Jazz de Newport. Em 1965, gravou a trilha sonora de Pobre menina rica, em disco lançado pela CBS, que contou com a participação de Dulce Nunes, Moacir Santos, Catulo de Paula e Telma Soares. Gravou, também pela CBS, o disco Sound of Ipanema, em parceria com Paul Winter, produzido por John Hammond com contracapa de Felix Grant (disc jockey de Washington, que era grande apreciador da bossa nova). Ainda nesse ano, escreveu a trilha de O padre e a moça, filme de Joaquim Pedro de Andrade. Participou do show O remédio é bossa, realizado no Teatro Paramount, em São Paulo, ao lado de Sylvinha Telles, Tom Jobim, Alaíde Costa e Marcos Valle. Ainda em 1965, excursionou com Stan Getz por diversas cidades norte-americanas, e cinco regiões: Brasil, Japão, Canadá, Europa e México. Em 1966, compôs "Lá vem o bloco" com Gianfrancesco Guarnieri. Em seguida, viajou para o México, onde se apresentou com Stan Getz, fixando residência nesse país por quatro anos. Ainda em 1966, apresentou o Concerto de Bossa Nova e Jazz do México, no Parque de Chapultepec, para uma platéia de seis mil pessoas, no qual seus músicos abriam o espetáculo com três números de jazz instrumental. No ano seguinte, compôs 20 trilhas musicais para curta metragens, além de criar e fazer a locução de textos de orientação turística para os Jogos Olímpicos da Cidade do México.
Década de 1970 Em 1970, dirigiu, nessa cidade, seu musical infantil O dragão e a fada. Ainda naquele ano, montou o musical Pobre menina rica, cujo texto recebeu tradução para o espanhol de Gabriel Garcia Marquez e Francisco Cervantes. O espetáculo foi encenado, nessa temporada mexicana, por um elenco formado por Marli Tavares, Leny Andrade e o Bossa Três (trio integrado por Luis Carlos Vinhas, Otávio Bailly e Ronnie Mesquita). Voltou para o Brasil em 1971, casado com a atriz e modelo norte-americana Kate Lyra, sua parceira nas canções "I see me passing by", "Nothing night" e "It's so obvious" (versão de "Cara bonita"). Nesse ano, lançou pela gravadora Philips o álbum ...E no entanto é preciso cantar, que contou com a participação de Chico Buarque na música "Essa passou", parceria de ambos. Em 1972, lançou também pela Philips o álbum Eu e elas, produzido por Paulinho Tapajós. Participou da trilha sonora da novela O Cafona, com suas canções "Tudo que eu sou eu dei" e "Gente do morro", esta última escrita originalmente com Vinicius de Moraes para a peça Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri. Em 1973, assinou contrato com a gravadora Continental e lançou o álbum Carlos Lyra. Em 1974, gravou o disco Herói do medo, censurado na íntegra e finalmente liberado e lançado no ano seguinte. Mudou-se, ainda em 1974, para Los Angeles, onde viveu durante dois anos. Participou da "terapia do grito primal", de Arthur Janov, e estudou astrologia na Sideral School of Astrology. Voltou para o Brasil em 1976, e lançou, pela Editora Codecri, a mesma do
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Carlos Lyra jornal O Pasquim, o livro "O seu verdadeiro signo". Em 1979, participou do Congresso da UNE realizado em Salvador. Nessa ocasião, regeu um coro de cinco mil estudantes que cantavam em uníssono o "Hino da UNE", de sua autoria ao lado de Vinícius de Moraes. No ano seguinte, musicou Vidigal, peça teatral de Millôr Fernandes baseada em Memórias de um sargento de milícias, romance de Manoel Antônio de Almeida. Ainda em 1980, a peça infantil O dragão e a fada, em cartaz desde 1970 no México, foi contemplada com cinco Deusas de Prata, o maior prêmio mexicano de teatro, nas categorias Melhor Direção, Melhor Texto, Melhor Música, Melhor Elenco e Melhor Cenário e Figurino.
Décadas de 1980 e 1990 Em 1982, a peça Vidigal entrou em cartaz no Teatro João Caetano (RJ). Ainda nessa época, escreveu letras para o cantor espanhol Julio Iglesias. Em 1983 compôs, com Paulo César Pinheiro, a trilha sonora de As primícias, peça teatral de Dias Gomes. Também nesse ano, musicou "O negócio é amar", uma letra deixada por Dolores Duran. No ano seguinte, o show 25 anos de bossa nova estreou no Teatro dos Quatro no Rio de Janeiro, tendo estreado no Teatro Cultura, em São Paulo, no ano seguinte. O espetáculo foi gravado ao vivo e lançado em disco pela gravadora 3M. Participou, em 1986, do VII Carrefour Mondial de La Guitare, realizado na Ilha da Martinica. Em 1987, apresentou-se na Espanha ao lado de Caetano Veloso, Toquinho e Nana Caymmi. Em 1989, viajou ao Japão, dividindo o palco com Leila Pinheiro e o Quarteto em Cy. No ano seguinte, apresentou-se no Norte e Nordeste do país pelo "Projeto Brasileirinho", promovido pelo SESC. Em 1991, seu musical Pobre menina rica foi remontado sob a direção de Aderbal Júnior. Em 1992, viajou em turnê pela Espanha e Portugal. Participou também do Festival de Jazz de Pescara, na ltália, ao lado de Gerry Mulligan e Gary Burton. No ano seguinte, gravou no Japão o CD Bossa Lyra, lançado pela BMG/Victor. Em 1994, a Editora Lumiar, de Almir Chediak, lançou o livro e o CD Carlos Lyra. De acordo com entrevista de Lyra publicada no livro, "Maria Ninguém" era a canção favorita da primeira-dama estadunidense Jacqueline Kennedy.[4] Publicou, em seguida, pela Editora Maltese, o livro Ayanamsa: astrologia sideral. Ainda nesse ano, seu CD Bossa Lyra foi lançado no mercado brasileiro pela BMG/Ariola. Gravou, também em 1994, o CD Carioca de algema, lançado pela EMI-Odeon. No ano seguinte, realizou vários shows pelo Brasil, apresentando sua obra. Em 1996, compôs, com Paulo César Pinheiro, a trilha sonora de Policarpo Quaresma, Herói do Brasil, filme de Paulo Thiago. Voltou ao Japão para uma temporada de shows. Ao final desse ano, estreou, no Metropolitan, no Rio, o show Vivendo Vinícius, ao lado de Leila Pinheiro, Toquinho e Baden Powell. Em 1997, participou do álbum Get's bossa nova lançado pela Pony Cannion Records. Ainda naquele ano, apresentou-se, ao lado de Roberto Menescal, Leila Pinheiro e Astrud Gilberto, entre outros, no espetáculo Get's bossa nova, realizado em Tóquio, em comemoração aos 40 anos da bossa nova. Em 1998 participou, ao lado de Baden Powell, Toquinho e Miucha, da nova montagem do espetáculo Vivendo Vinícius, realizado no Teatro João Caetano e gravado ao vivo em CD pela BMG. No ano seguinte, apresentou-se no "Festival de Verão: Rio, sempre Bossa Nova", projeto da Prefeitura do Rio de Janeiro realizado no Parque Garota de Ipanema. Participou, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Joyce, Leila Pinheiro, Roberto Menescal e Wanda Sá, entre outros, do show de encerramento desse projeto, realizado no Posto 10 da Praia de Ipanema em comemoração aos 40 anos da Bossa Nova. Ainda em 1999, musicou o poema "Quando ela fala", de Machado de Assis. A canção foi interpretada por sua filha Kay Lyra na cerimônia do translado dos restos mortais do escritor e de sua esposa Carolina para o Mausoléu da Academia Brasileira de Letras.
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Carlos Lyra
Década de 2000 Em 2000, abriu a temporada de shows do "Projeto Bossa Nova 2000", realizado pela Prefeitura do Rio de Janeiro no Parque dos Patins, acompanhado por Adriano Giffoni (baixo), Helvius Vilela (teclados), Marcio Bahia (bateria) e com participação especial de sua filha Kay Lyra. Nesse ano, lançou, pela Editora Irmãos Vitale, o método para violão "Harmonia prática da bossa nova", acompanhado de um CD contendo demonstrações de ritmos, além de 17 canções de sua autoria. Saiu em turnê pela América Latina, com um show em homenagem ao poeta e parceiro Vinícius de Moraes, que completava 20 anos de falecimento. Esse show contou também com a presença de Sebastião Tapajós, Miúcha e Georgiana de Moraes. Ainda em 2000, gravou o CD Carlos Lyra: Sambalanço, com produção de Kazuo Yoshida, lançado no mercado japonês pela Inpartmaint Inc. O disco contou com a participação de Kay Lyra em "Pode ir" e "O barco e a vela", nessa faixa acompanhada pelo violão do autor da canção, Claudio Lyra, sobrinho do compositor. No repertório, além das já citadas, regravações de "Minha namorada", "Canção que morre no ar" e "Também quem mandou", entre outras, além de canções inéditas como "Se quiseres chorar" e "Só choro quando estou feliz". Em 2001, seu disco Saravá, relançado em CD pela BMG em produção assinada por Arnaldo DeSouteiro, foi premiado pela revista japonesa Record Collectors como o melhor relançamento do ano. Em 2002, a WEA Music relançou em CD o disco Herói do medo, com evento promovido na Modern Sound, no Rio de Janeiro. Dois anos depois, o CD Sambalanço foi lançado no mercado brasileiro. Nesse mesmo ano, comemorou 50 anos de carreira com show no Canecão. O espetáculo contou com a participação de Emílio Santiago, João Donato, Ivan Lins, Toni Garrido, Leila Pinheiro, Miúcha, Quarteto em Cy, Leny Andrade, Roberto Menescal, Wanda Sá, Marcos Valle, Leo Gandelman, Chico Caruso, Os Cariocas e Antonio Adolfo, além de seu sobrinho Claudio Lyra e sua filha Kay Lyra. Também em 2004, participou, ao lado de Johnny Alf, João Donato, Roberto Menescal, Wanda Sá, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Durval Ferreira, Eliane Elias, Marcos Valle, Os Cariocas e Bossacucanova, do espetáculo Bossa Nova in Concert, realizado no Canecão. O show foi apresentado por Miele. Apresentou-se, em 2005, no Martinus Concert Hall, em Helsinki. No mesmo ano, foi contemplado com o Prêmio Shell de Música, pelo conjunto de sua obra. Também em 2005, participou, como convidado especial, do show Bossa entre amigos, no Bar do Tom, no Rio, ao lado de Marcos Valle, Roberto Menescal e Wanda Sá. Nesse mesmo ano, fez show no Songbook Café, no Rio, ao lado de Antonio Adolfo, e atuou na segunda apresentação do espetáculo Bossa nova in concert, no Pátio dos Patins, também no Rio. Também em 2005, lançou o DVD 50 anos de música, registro do show realizado no ano anterior no Canecão. Ainda nesse ano, estreou o documentário Coisa mais linda Histórias e casos da bossa nova, de Paulo Thiago, que contou com sua participação, ao lado de Roberto Menescal, na condução da narrativa. Apresentou-se, também em 2005, no Mistura Fina, no Rio. No dia 25 de abril de 2007, foi homenageado pelo Instituto Cultural Cravo Albin na série Sarau da Pedra. No evento, foi afixada no Mural da Música do instituto, diante da presença de várias personalidades da cena cultural carioca, uma placa com seu nome, a ele dedicada pela relevância de sua obra musical. A comemoração contou com palestra sobre Vinicius de Moraes, proferida pelo poeta e membro da Academia Brasileira de Letras Ivan Junqueira, além de show de Kay Lyra, interpretando músicas de sua autoria. Em 2008 apresentou-se no Mistura Fina, no Rio de Janeiro, com o show Eu e a bossa. No mesmo ano, participou do espetáculo Bossa nova 50 anos, realizado na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. Também no elenco, Roberto Menescal, Oscar Castro Neves, Wanda Sá, Leila Pinheiro, Emílio Santiago, Zimbo Trio, Leny Andrade, Fernanda Takai, Maria Rita, João Donato, Joyce, Marcos Valle e Patrícia Alvi, Bossacucanova e Cris Delanno. O show foi feito em comemoração aos 50 anos da bossa nova, e também ao aniversário da cidade do Rio. Em 2008, publicou o livro Eu e a bossa pela editora Casa da Palavra. No mesmo ano, lançou, com João Donato, Roberto Menescal e Marcos Valle, o CD Os Bossa Nova, contendo suas canções "Samba do carioca", "Até o fim", "Sextante" e "Ciúme". Compôs, em parceria com Aldir Blanc, a trilha sonora do espetáculo Era no tempo do Rei, baseado no livro homônimo de Ruy Castro, que estreou em março de 2010 no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, com direção geral de João Fonseca, direção musical de Délia Fischer e roteiro assinado por Heloisa Seixas e Julia Romeu. No
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Carlos Lyra mesmo ano, a banda Mantiqueira faz show em sua homenagem no Espaço Tom Jobim, no Rio, interpretando canções de sua autoria, como "Maria Ninguém" e "Se é tarde me perdoa" no estilo big band. No dia 9 de julho de 2010, fez recital na Academia Brasileira de Letras, no Rio, dentro da série "MPB na ABL", homenageando o parceiro Vinicius de Moraes. A apresentação do espetáculo esteve a cargo de Ricardo Cravo Albin, com roteiro elaborado pelo compositor, em parceria com o Instituto Cultural Cravo Albin. A homenagem marcou os 30 anos de falecimento do poeta e diplomata, e também sua promoção post mortem ao cargo de Embaixador do Brasil, com ato solene no Palácio do Itamaraty, em Brasília, no dia 16 de agosto do mesmo ano.
Vida pessoal Abandonou o país após o golpe de 1964, só retornando em 1971.[1][2] Casou-se com a atriz e modelo norte-americana Katherine Lee Revell (radicada no Brasil como Kate Lyra) na Cidade do México em 1969.[1][2] Teve com ela sua única filha, Kay Lyra, cantora popular de formação clássica.[1][2] Em 2004, seu casamento de 34 anos com Kate chegou ao fim.[5] Atualmente, Carlos Lyra vive no Rio.[2]
Discografia • 1959 - Bossa Nova • 1961 - Carlos Lyra • 1962 - Bossa Nova Mesmo - Carlos Lyra / Laís / Lúcio Alves /Silvia Telles / Vinícius de Moraes /Conjunto Oscar Castro Neves • 1963 - Depois do carnaval, O Sambalanço de Carlos Lyra • 1964 - Pobre Menina Rica • 1965 - The Sound of Ipanema - Paul Winter / Carlos Lyra • 1967 - Carlos Lyra • 1969 - Carlos Lyra / Saravá • 1971 - …E no Entanto é Preciso Cantar • 1972 - Eu & Elas • 1974 - Carlos Lyra • 1975 - Herói do Medo • 1987 - 25 Anos de Bossa Nova • 1993 - Bossa Lyra • 1994 - Carioca de Algema • 1994 - Songbook • 1999 - Vivendo Vinícius ao Vivo - Baden Powell / Carlos Lyra / Miúcha / Toquinho • 2000 - Enciclopédia musical brasileira • 2000 - Millennium • 2003 - Coisa mais linda – As canções de Carlos Lyra • 2004 - Sambalanço • 2005 - Carlos Lyra - 50 Anos de Música
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Carlos Lyra
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Ligações externa • Sítio oficial de Carlos Lyra [6] • Dados Artísticos [7] no Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira.
Referências [1] Biografia (http:/ / www. dicionariompb. com. br/ carlos-lyra/ biografia) no Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira. [2] ARCANJO PRADO, Miguel. "Bossa Nova: Carlos Lyra começou a fazer música com piano de brinquedo" (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ ilustrada/ ult90u439216. shtml). Folha Online. 29 de agosto de 2008. [3] Murgel, Carô. "Carlos Lyra" (http:/ / www. mpbnet. com. br/ musicos/ carlos. lyra/ index. html). [4] Chediak, Almir. Bossa Nova, Volume 2 (http:/ / books. google. com. br/ books?id=ZngslfmiZPgC& pg=PA147& lpg=PA147& dq=maria+ ninguém+ jacqueline+ kennedy& source=bl& ots=SjC7-DjT3V& sig=LPQPj9UZkaFysMgPb66c_313bm0& hl=pt-BR& ei=wJToTPfLDMH88Ab4z8zxDA& sa=X& oi=book_result& ct=result& resnum=1& ved=0CBYQ6AEwAA#v=onepage& q=maria ninguém jacqueline kennedy& f=false). Irmãos Vitale, 1990. 3a. edição. 158 páginas. ISBN 8585426039 [5] Antunes, Elizabete. "Kate Lyra, de 'brasileiro é tão bonzinho', volta em 'Passione'" (http:/ / oglobo. globo. com/ cultura/ kogut/ posts/ 2010/ 05/ 14/ kate-lyra-de-brasileiro-tao-bonzinho-volta-em-passione-290380. asp). Blog de Patrícia Kogut. O Globo. 14 de maio de 2010. [6] http:/ / www. carloslyra. com [7] http:/ / www. dicionariompb. com. br/ carlos-lyra/ dados-artisticos
Claudette Soares Claudette Soares
Informação geral Nome completo Claudette Cloubert Soares Apelido
Princesinha do Baião
Nascimento
31 de outubro de 1937 (75 )
Origem
Rio de Janeiro
País
Brasil
Gênero(s)
MPB, Baião, Bossa Nova, Sambalanço Romântico
Instrumento(s)
Vocais
Gravadora(s)
Mocambo, Philips, Universal, EMI-Odeon, CID, Lua Music
Página oficial
Sítio oficial
[1]
Claudette Cloubert Soares, Claudete Soares ou Claudette Soares (Rio de Janeiro, 31 de outubro de 1937) é uma cantora brasileira.
Claudette Soares
Carreira Começou sua carreira muito cedo: foi revelada no programa A raia miúda, de Renato Murce, na Rádio Nacional. Apresentou-se no programa da Rádio Mauá chamado Clube do Guri, de Silveira Lima. Depois também se apresentou no programa Papel Carbono, de Renato Murce. Na Rádio Tupi participou do programa Salve o Baião!, conhecendo Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Ele a apelidou de Princesinha do baião. Ainda na década de 1950, na Rádio Tamoio, ela apresentou ao lado de Ademilde Fonseca o programa No mundo do baião (programa de Zé Gonzaga, irmão do Luís).[2] Silvinha Telles chamou-a para substituí-la como cantora na boate do Plaza, no final da década de 1950. Dividiu o palco com Luiz Eça, João Donato, Baden Powell e Milton Banana e outros músicos. Participou do programa de TV Brasil 60, da apresentadora de TV e atriz Bibi Ferreira, pela TV Excelsior - canal 9, de São Paulo. Divulgou as canções da Bossa Nova em São Paulo, nas casas noturnas Baiúca, Cambridge e João Sebastião Bar. Inaugurou a boate Ela, Cravo e Canela, junto com o pianista Pedrinho Mattar, apresentando o espetáculo Um show de show. Em 1967, compareceu ao programa de TV Jovem Guarda, da TV Record, (Rede Record), canal 7 de São Paulo, ocasião em que interpretou Como é grande o meu amor por você (Roberto Carlos/Erasmo Carlos). Casou-se com o músico Júlio César Figueiredo, em 1972. Seu grande sucesso, De tanto amor, foi um presente de casamento dado por Roberto Carlos, que foi seu padrinho. Veio a se divorciar na década de 1990. Tinha um projeto junto com Dick Farney de gravar uma série de músicas brasileiras, mas, com a morte do amigo, isso foi abandonado. Claudette retomou à sua carreira artística, depois do seu divórcio. Fez turnês por Paris e Lisboa.
Prêmios • 1966 - Troféu Euterpe de "melhor cantora do ano" • 1990 - Recebeu o título de Cidadã paulistana.
Festivais de música • 1966 - I Festival Internacional da Canção - fase nacional - cantando Chorar e cantar (Vera Brasil/Sivan Castelo Neto) • 1970 - V Festival Internacional da Canção (Fic) - fase nacional - interpretando a música Mundo novo, vida nova, de Gonzaguinha
Espetáculos • 1960 - "A noite do amor, do sorriso e da flor" - Faculdade de Arquitetura do Rio de Janeiro; • 1966 - "Primeiro tempo 5x0" - junto com o cantor e compositor Taiguara e o Jongo Trio - direção: Miele/Bôscoli - realizado na casa noturna Rui Bar Bossa, e depois no Teatro Princesa Isabel; • 1971 - "Fica combinado assim" - com Agildo Ribeiro e Pedrinho Mattar, no Teatro Princesa Isabel; • 1991 - "Nova leitura" - Teatro Rival, no Rio de Janeiro; • 1992 - "Não há mulheres iguais" - de Chiquinha Gonzaga à Rita Lee. Uma homenagem´`as maiores compositoras brasileiras; • 1993 - "Claudette Soares interpreta Vinicius" - Homenagem à Vinicius de Moraes; • 1996 - "Claudette en-canta Taiguara: Geração 70" - com acompanhamento da orquestra de cordas Cellos em Sampa - Memorial da América Latina, em São Paulo; • 2000 - "Claudete Soares ao vivo" - gravado na casa noturna carioca Mistura Fina. Em comemoração aos seus 50 anos de carreira. Convidados: Roberto Menescal, Claudia Telles, Velha guarda da Mangueira, Lucinha Lins, Paulinho da Viola, Jorge Benjor, Fábio Júnior, Fafá de Belém, e outros mais; • 2002 - "Claudette Soares & Leandro Braga, na casa noturna Mistura Fina, em Copacabana, no Rio de Janeiro; • 2003 - "Pano de fundo" - com o pianista Marco Tommaso e do saxofonista Chico Costa, no Vinicius Piano Bar;
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Claudette Soares • 2005 - Retrospectiva da carreira, se apresentando no Botafogo Praia Shopping, Bingos Méier, Centro e Tijuca, no Rio de Janeiro, e Bingo Icaraí, em Niterói, e Sesc Teresópolis.
Discografia 78rpm • 1958 - Foi a noite - 78rpm
Álbuns • • • • • • • •
1964 - A dona da bossa - longplay e compact disc - gravadora Mocambo 1966 - Primeiro tempo 5x0 - com Taiguara e Jongo Trio - LP - gravadora Philips 1967 - Claudette Soares - LP - gravadora Philips 1968 - Gil, Chico e Veloso por Claudette Soares - LP - gravadora Philips 1969 - Claudette Soares - LP - gravadora Philips 1969 - Quem não é a maior tem que ser a melhor - LP - gravadora Philips 1970 - Claudette nº 3 - LP - gravadora Philips 1971 - De tanto amor - LP - gravadora Philips
• • • • • • • •
1974 - Você - LP - gravadora EMI-Odeon 1976 - Tudo isso é amor - com Dick Farney - LP/CD - gravadora EMI-Odeon 1976 - Fiz do amor meu canto - LP - gravadora EMI-Odeon 1977 - Tudo isso é o amor vol. 2 - com Dick Farney - LP - CD - gravadora EMI-Odeon 1995 - Vida real - CD - gravadora Imagem/Movieplay 2000 - Claudette Soares ao vivo - CD - gravadora Som Livre 2002 - Claudette Soares & Leandro Braga - CD - gravadora CIA 2007 - Foi a noite - homenagem a Tom Jobim e a Silvinha Telles.
Participações Especiais • • • • • • • • • • • • • • • • •
1960 - Nova geração em ritmo de samba - LP - gravadora Copacabana 1966 - Festivais dos festivais - LP - gravadora Philips 1967 - I Festival Universitário - LP - gravadora Philips 1968 - I Bienal do samba - LP - gravadora Philips 1969 - II Festival Universitário - LP - gravadora Philips 1970 - Pigmalião 70 - LP - gravadora Philips 1970 - Assim na Terra como no céu - LP - gravadora Philips 1972 - Tempo de viver - LP - gravadora PhonoGram 1972 - Os maiores sambas-enredo de todos os tempos - vol. 2 - LP - gravadora PhonoGram 1974 - A paulistana - LP/CD - gravadora Evento 1975 - Bossa nova, sua história, sua gente - LP - gravadora Philips 1976 - A música de Roberto Carlos - LP - gravadora PolyGram 1990 - Eu sei que vou te amar: a música de Vinicius de Moraes - LP - gravadora EMI-Odeon 1994 - O fino da bossa - CD - gravadora Velas 1994 - Chega de saudade: The best of Bossa nova - CD - gravadora EMI-Odeon 1996 - Tempos da Bossa nova - CD - gravadora Ventura Music 1996 - Bossa nova volume 1: o amor - CD - gravadora Albatroz
• 1996 - Bossa nova volume 2: o sorriso - CD - gravadora Albatroz • 1996 - Bossa nova volume 3: a flor - CD - gravadora Albatroz
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Claudette Soares
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• 1997 - Casa da bossa - CD - gravadora PolyGram • 2007 - Maysa - Esta chama que não vai passar - CD - gravadora Biscoito Fino • 2007 - Dolores - A Música de Dolores Duran - CD - gravadora Lua Music [1] http:/ / www. claudettesoares. com. br [2] O campeão de audiência, Walter Clark com Gabriel Priolli, Editora Best Seller,1991 - pgs. 34-37
Ligações externas • Página oficial de Claudette Soares (http://www.claudettesoares.com.br) • Verbete no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira (http://www.dicionariompb.com.br/detalhe. asp?nome=Claudette+Soares&tabela=T_FORM_A&qdetalhe=art) Este artigo sobre um(a) músico(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia Soares expandindo-o (http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/ :Claudette).
Danilo Caymmi Danilo Caymmi Informação geral Nome completo Danilo Candido Tostes Caymmi Nascimento
7 de março de 1948 (64 )
Origem
Rio de Janeiro
País
Brasil
Gênero(s)
MPB
Instrumento(s)
Flauta,Violão
Danilo Candido Tostes Caymmi (Rio de Janeiro, 7 de março de 1948) é um músico, cantor, compositor e arranjador brasileiro. É filho de Dorival Caymmi e Stella Maris, e irmão de Dori e Nana Caymmi. Começou a tocar flauta e violão na adolescência. Abandonou o curso de arquitetura no fim do curso.
Carreira Iniciou a carreira artística, participando como flautista, da gravação do disco "Caymmi Visita Tom", de 1964. Seu primeiro trabalho como compositor a ser registrado foi com a música "De Brincadeira", feita em parceria com Edmundo Souto, interpretada por Mário Castro Neves em 1967. Atuou como flautista e compositor, obtendo o terceiro lugar no III Festival Internacional da Canção, na fase nacional, transmitido pela Rede Globo, em 1968, com a canção Andança, sendo seus parceiros na composição da canção Edmundo Souto e Paulinho Tapajós), lançando a cantora Beth Carvalho, contando com a participação do grupo vocal Golden Boys. Fez sucesso com a canção Casaco Marrom, composta juntamente com Guarabyra, na voz da cantora Evinha. Danilo trabalhou com seus irmãos e fez espetáculos em 1973 com Edu Lobo. No mesmo ano, participou da gravação do disco "Matança do Porco", do grupo Som Imaginário. Em 1983 entra para o conjunto musical Banda Nova de Tom Jobim. Foi convidado pela TV Globo (Rede Globo) a escrever trilhas musicais para alguns seriados e novelas como Riacho Doce, Teresa Batista, Corpo e Alma e Mulheres de Areia, sendo lançado o longplay Trilhas.
Danilo Caymmi Em 2001 participou com Roberto Menescal, Marcos Valle e Wanda Sá do Fare Festival, realizado em Pavia, na Itália pela Società dell'Academia. Fez turnê nas seguintes cidades Estocolmo, na Suécia, Helsinki na Finlândia e em Moscou na Rússia. Em comemoração aos noventa anos do pai, lançou em 2004, junto com seus irmãos Nana e Dori, o compact disc Para Caymmi de Nana, Dori e Danilo, com os maiores sucessos de Dorival Caymmi. Em 2009, foi lançado pela Rob Digital, em parceria com o Canal Brasil (TV por Assinatura), o CD e DVD "Danilo Caymmi e Amigos", cujo registro teve a participação de Roberto Menescal, Fafá de Belém, Zé Renato, Claudio Nucci, Dori Caymmi e sua filha Alice Caymmi.
Discografia • • • •
1973 - Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta - Odeon 1977 - Cheiro Verde - Ana Terra/Independente 1986 - Caymmi's Grandes Amigos - Nana, Dori e Danilo Caymmi - EMI/Odeon 1987 - Família Caymmi: Dorival Caymmi, Dori Caymmi, Nana Caymmi e Danilo Caymmi - ao vivo EMI/Odeon • 1992 - Danilo Caymmi - RGE • • • • • • • • • • •
1992 - Família Caymmi em Montreux - Polygram 1994 - Danilo Caymmi - EMI/Odeon 1995 - Sol Moreno - EMI/Odeon 1997 - Mistura Brasileira - EMI Music 1998 - Eu, Você, Nos Dois - Albatroz 2001 - Trilhas - Os Mais Bonitos Temas da TV Brasileira - Albatroz 2004 - O Patriota - C/ Manu Lafer - Independente 2004 - Para Caymmi : De Nana, Dori e Danilo - Warner Music 2005 - Falando de Amor - Famílias Caymmi e Jobim Cantam Antonio Carlos Jobim - Sony BMG 2009 - Danilo Caymmi e Amigos - Rob Digital 2011 - Alvear - Biscoito Fino
Participações • Dorival Caymmi - Caymmi Visita Tom - 1964 - Elenco • Tom Jobim - Caymmi Visita Tom - 1964 - Elenco; Miucha e Antonio Carlos Jobim - 1977 - RCA; Miucha e Tom Jobim - 1979 - RCA; Passarim - 1987 - Verve/Polygram; Tom Jobim - Inédito - 1987/1995/2005 - SBPO/BMG Ariola/Jobim/Biscoito Fino; Rio Revisited - 1987 - Verve/Polygram; Antonio Brasileiro - 1994 - Globo/Columbia; Tom Canta Vinicius - 2000 - Jobim Music; Tom Jobim Ao Vivo em Montreal - 2007 - Discmedi(Barcelona)/Jobim Biscoito Fino • Piry Reis - Vocês Querem Mate? - 1970 - Quartin • Nelson Angelo - Nelson Angelo e Joyce - 1972 - Odeon; Violão e outras coisas - 1988 - Eldorado; A Vida Leva 1994 - Velas • Joyce - Nelson Angelo e Joyce - 1972 - Odeon; Feminina - 1980 - EMI/Odeon; Água e Luz - 1981 - EMI/Odeon • Lô Borges - Lô Borges - 1972 - Odeon; Nuvem Cigana - 1982 - EMI/Odeon • Quarteto em Cy - Quarteto em Cy - 1972 - Odeon; Caminhos Cruzados - Caymmis, Lobos & Jobins - 1981 - RGE • Som Imaginário - Matança do Porco - 1973 - Odeon • Edu Lobo - Edu Lobo - 1973 - Odeon; Limite das Águas - 1976 - Continental; Camaleão - 1978 Philips/Phonogram; Tempo Presente - 1980 - Philips/Polygram • Egberto Gismonti - Academia de Danças - 1974 - Odeon; Corações Futuristas - 1976 - EMI/Odeon • Emílio Santiago - Emílio Santiago - 1975 - CID
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Danilo Caymmi • Nana Caymmi - Nana Caymmi - 1975 - CID; Renascer - 1976 - CID; Nana - 1977 - RCA; Nana Caymmi - 1979 EMI/Odeon; Mudança dos Ventos - 1980 - EMI/Odeon; E a gente nem deu nome - 1981 - EMI/Odeon; Nana 1988 - EMI/Odeon; A Noite do Meu Bem - As Canções de Dolores Duran - 1994 - EMI/Odeon; Alma Serena 1996 - EMI/Odeon; O Mar E O Tempo - 2002 - Som Livre/Universal Music; Sem Poupar Coração - 2009 - Som Livre • Milton Nascimento - Minas - 1975 - EMI/Odeon; Geraes - 1976 - EMI/Odeon; Clube da Esquina N. 2 - 1978 EMI/Odeon; Novas Bossas - 2008 - EMI • Tamba Trio - Tamba Trio - 1975 - RCA • Tom e Dito - Tom e Dito - 1977 - Continental • Antonio Adolfo - Feito em Casa - 1977 - Independente • Simone - Face A Face - 1977 - EMI/Odeon; Cigarra - 1978 - EMI/Odeon; Pedaços - 1979 - EMI/Odeon • Francis Hime - Passaredo - 1977 - Som Livre; Francis - 1980 - Som Livre; Sonho de Moço - 1981 - Som Livre • Sarah Vaughan - O Som Brasileiro de Sarah Vaughan - 1978 - RCA • Fafá de Belém - Banho de Cheiro - 1978 - Philips/Phonogram • Ruy Maurity - Bananeira Mangará - 1978 - Som Livre • Sueli Costa - Vida de Artista - 1978 - EMI/Odeon • Djavan - Djavan - 1978 - EMI/Odeon • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Elba Ramalho - Ave de Prata - 1979 - CBS Geraldo Azevedo - Bicho de 7 Cabeças - 1979 - CBS Mario Adnet e Alberto Rosenblit - Mario Adnet e Alberto Rosenblit - 1979 - Independente Boca Livre - Boca Livre - 1979 - Independente; Bicicleta - 1980 - Independente; Folia - 1981 - Philips/Polygram Bernard Lavilliers - O Gringo - 1980 - Barclay (França) Hélio Delmiro - Emotiva - 1980 - EMI/Odeon Chico Buarque - Vida - 1980 - Philips/Polygram; Chico Buarque - 1984 - Barclay Cristina Buarque - Vejo Amanhecer - 1980 - Ariola Cláudio Nucci - Cláudio Nucci - 1980 - EMI/Odeon Dori Caymmi - Dori Caymmi - 1980 - EMI/Odeon; Dori Caymmi - 1982 - EMI/Odeon Teca Calazans - Eu Não Sou Dois - 1981 - EMI/Odeon; Teca Calazans - 1982 - EMI/Odeon Ricardo Vilas - Eu Não Sou Dois - 1981 - EMI/Odeon João do Vale - João do Vale - 1981 - CBS Robertinho Silva - MPBC - 1981 - Philips/Polygram MPB-4 - Tempo Tempo - 1981 - Ariola Olívia Hime - Olívia Hime - 1981 - RGE; Estrela da Vida Inteira - Manuel Bandeira - 1986/1994 Continental/Leblon Records Vinícius Cantuária - Gávea de Manhã - 1983 - RCA Telma Costa - Telma Costa - 1983 - Opus/Columbia Para Viver Um Grande Amor - Trilha Sonora do Filme - 1983 - CBS Zé Luiz - E O Amor Falou - 1984 - Pointer Premeditando o Breque - Grande Coisa - 1986 - EMI/Odeon Márcio Hallack - Talismã - 1987 - Chorus Independente Selma Reis - Selma Reis - 1987 - Continental Família Jobim - Amazonas - 1989 - BMG Ariola/Som Livre Ronaldo Bastos - Cais - 1989/1995 - Som Livre/Dubas Música/Warner Music Adriano Giffoni - Contrabaixo Brasileiro - 1996 - Perfil Edições Musicais Lisa Ono - Bossa Carioca - 1998 - Toshiba EMI/Deck Disc
• Gal Costa - Gal de Tantos Amores - 2001 - BMG • Ivan Lins - Love Songs - A Quem Me Faz Feliz - 2002 - Abril Music
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Danilo Caymmi
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• Marcelo Salazar - The Tropical Lounge Project - 2005 - JSR • Geraldo Carneiro - Gozos da Alma - 2006 - Sesc/Rio Som
Alguns intérpretes Nana Caymmi, Beth Carvalho, Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Jobim, Dominguinhos, Joyce, Luiz Eça, Evinha, Milton Nascimento, Boca Livre, Cláudia, MPB-4, Walter Wanderley, Alaíde Costa e Fagner.
Ligações externas • Dicionário Cravo Albin [1] • Música Brasileira [2] • Cantores/Compositores [3]
Referências [1] http:/ / www. dicionariompb. com. br/ detalhe. asp?nome+ Danilo+ Caymmi& tabela+ T_form_a& qdetalhe=art [2] http:/ / musicabrasileira. org/ danilocaymmi/ [3] http:/ / www. millarch. org/ artigo/ cantorescompositores-ii
Elizeth Cardoso Elizeth Cardoso
Informação geral Nome completo
Elizeth Moreira Cardoso
Apelido
A Divina
Nascimento
16 de julho de 1920 Rio de Janeiro, RJ Brasil
Data de morte
7 de maio de 1990 (69 anos) Rio de Janeiro, RJ Brasil
Elizeth Cardoso
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Choro Samba-canção Bossa nova
Instrumento(s)
vocal
Extensão vocal
Contralto
Período em atividade
1936 - 1990
Elizeth Cardoso (Rio de Janeiro, 16 de julho de 1920 — 7 de maio de 1990) foi uma cantora brasileira. Conhecida como A Divina, Elizeth é considerada uma das maiores intérpretes da música brasileira e um das mais talentosas cantoras de todos os tempos, reverenciada pelo público e pela crítica.
Biografia Elizeth Moreira Cardoso nasceu na rua Ceará, no subúrbio de São Francisco Xavier, e cantava desde pequena pelos bairros da Zona Norte carioca, cobrando ingresso (10 tostões) das outras crianças para ouvi-la cantar os sucessos de Vicente Celestino. O pai, seresteiro, tocava violão e a mãe gostava de cantar.
Primeira apresentação Desde cedo precisou trabalhar e, entre 1930 e 1935, foi balconista, funcionária de uma fábrica de saponáceos e cabeleireira, até que o talento foi descoberto aos dezesseis anos, quando comemorava o aniversário. Foi então convidada para um teste na Rádio Guanabara, pelo chorão Jacob do Bandolim. Apesar da oposição inicial do pai, apresentou-se em 1936 no Programa Suburbano, ao lado de Vicente Celestino, Araci de Almeida, Moreira da Silva, Noel Rosa e Marília Batista. Na semana seguinte foi contratada para um programa semanal na rádio. Casou-se no fim de 1939 com Ari Valdez, mas o casamento durou pouco. Trabalhou em boates como taxi-girl, atividade que exerceria por muito tempo. Em 1941, tornou-se crooner de orquestras, chegando a ser uma das atrações do Dancing Avenida, que deixou em 1945, quando se mudou para São Paulo para cantar no Salão Verde e para apresentar-se na Rádio Cruzeiro do Sul, no programa Pescando Humoristas.
Estilo Além do choro, Elizeth consagrou-se como uma das grandes intérpretes do gênero samba-canção (surgido na década de 1930), ao lado de Maysa, Nora Ney, Dalva de Oliveira, Ângela Maria e Dolores Duran. O gênero, comparado ao bolero, pela exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo ou fossa. O samba canção antecedeu o movimento da bossa nova (surgido ao final da década de 1950, 1957). Mas este último representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações em detrimento do drama e das melodias ressentidas, da dor-de-cotovelo e da melancolia. Elizeth migrou do choro para o samba-canção e deste para a bossa nova gravando em 1958 o LP Canção do Amor Demais,[1] considerado axial para a inauguração deste movimento, surgido em 1957. O antológico LP trazia ainda, também da autoria de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, Chega de Saudade, Luciana, As Praias Desertas e Outra Vez. A melodia ao fundo foi composta com a participação de um jovem baiano que tocava o violão de maneira original, inédita: o jovem João Gilberto.
Elizeth Cardoso
Anos 1960 Em 1960, gravou jingle para a campanha vice-presidencial de João Goulart.[2] Nos anos 1960 apresentou o programa de televisão Bossaudade (TV Record, Canal 7, São Paulo). Em 1968 apresentou-se num espetáculo que foi considerado o ápice da carreira, com Jacob do Bandolim, Época de Ouro e Zimbo Trio, no Teatro João Caetano, em benefício do Museu da Imagem e do Som (MIS) (Rio de Janeiro). Considerado um encontro histórico da música popular brasileira, no qual foram ovacionados pela platéia; long-plays (Lps) foram lançados em edição limitada pelo MIS. Em abril de 1965 conquistou o segundo lugar na estréia do I Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) interpretando Valsa do amor que não vem (Baden Powell e Vinícius de Moraes); o primeiro lugar foi da novata Elis Regina, com Arrastão. Serviu também de influência para vários cantores que viriam depois, sendo uma das principais a cantora Maysa. Elizeth Cardoso lançou mais de 40 LPs no Brasil e gravou vários outros em Portugal, Venezuela, Uruguai, Argentina e México.
Morte Em 1987, quando estava em uma excursão no Japão, os médicos japoneses diagnosticaram um carcinoma gástrico, o que obrigou a cantora a uma cirurgia. Apesar disso, a doença ainda a acompanharia durante os três últimos anos de vida. A cantora faleceu às 12h28 do dia 7 de maio de 1990, na Clínica Bambina, no bairro carioca de Botafogo. Foi velada no Teatro João Caetano, onde compareceram milhares de fãs. Foi sepultada, ao som de um surdo portelense, no Cemitério do Caju[3].
Discografia • De 1950 até 1954, Elizeth Cardoso só lançou canções em discos 78 rpm.
Álbuns de estúdio solo • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Canções à Meia Luz (1955) Fim de Noite (1956) Noturno (1957) Canção do Amor Demais (1958) Retrato da Noite (1958) Naturalmente (1958) Magnífica (1959) A Meiga Elizeth (1960) A Meiga Elizeth nº 2 (1962) Grandes Momentos (1963) A Meiga Elizeth nº 3 (1963) Elizeth Interpreta Vinícius (1963) A Meiga Elizeth nº 4 (1963) A Meiga Elizeth nº 5 (1964) Quatrocentos Anos de Samba (1965) Elizete Sobe o Morro (1965) Muito Elizeth (1966) A Enluarada Elizeth (1967) Momento de Amor (1968)
• Falou e Disse (1970) • Preciso Aprender a Ser Só (1972)
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Elizeth Cardoso • • • • • • •
Mulata Maior (1973) Feito em Casa (1974) Elizeth Cardoso (1976) A Cantadeira do Amor (1978) O Inverno do Meu Tempo (1979) Outra Vez Elizeth (1982) Ary Amoroso (1991)
Álbuns de estúdio em conjuntos • • • • • • •
Sax Voz (1960) Sax Voz nº 2 (1961) A Bossa Eterna de Elizeth e Cyro (1966) A Bossa Eterna de Elizeth e Ciro nº 2 (1969) Elizeth Cardoso e Silvio Caldas Vol. I (1971) Elizeth Cardoso e Silvio Caldas Vol. II (1971) Todo o Sentimento (1991)
Álbuns ao vivo solo e em conjuntos • • • • • • • • • • •
Ao Vivo no Teatro João Caetano Vol. I (1968) Ao Vivo no Teatro João Caetano Vol. II (1968) Elizeth e Zimbo Trio Balançam na Sucata (1969) Elizeth no Bola Preta com a Banda do Sodré (1970) É de Manhã (1970) Elizeth Cardoso em Tokyo (1977) Elizethíssima (1981) Recital (1982) Elizeth - Uma Rosa para Pixinguinha (1983) Leva Meu Samba (1984) Luz e Esplendor (1986)
Bibliografia • ALBIN, Ricardo Cravo. MPB - A História de um século. Rio de Janeiro: Funarte, 1998. • ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB - A História de nossa música popular de sua origem até hoje. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003. • AZEVEDO, M. A. de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982. • CABRAL, Sérgio. Elisete Cardoso - Uma vida. Rio de Janeiro. Lumiar, 1994. • CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário biográfico da música popular. Rio de Janeiro; Edição do autor, 1965. • EPAMINONDAS, Antônio. Brasil brasileirinho. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1982. • MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999. • PAVAN, Alexandre. Timoneiro, perfil biográfico de Hermínio Bello de Carvalho. Ed. Casa da Palavra. [4] • SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Vol 1. São Paulo: Editora 34, 1997. • VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira. Rio de Janeiro: Martins, 1965. [1] Capa do Lp e comentário (http:/ / www. luizamerico. com. br/ fundamentais-elizete-cardoso. php) [2] "Dos sonhos de JK às vassouras de Jânio" (http:/ / veja. abril. com. br/ blog/ caca-ao-voto/ tag/ udn/ ). Veja. 2 de setembro de 2010. [3] JORNAL DO BRASIL. Cala-se a voz enluarada.. Rio de Janeiro, 8/5/1990. [4] http:/ / livrotimoneiro. blogspot. com/
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Elizeth Cardoso
Ligações externas • Revista Veja - A nação das cantoras (http://veja.abril.com.br/110407/p_120.shtml)
Johnny Alf Johnny Alf, nome artístico de Alfredo José da Silva (Rio de Janeiro, 19 de maio de 1929 — Santo André, 4 de março de 2010), foi um compositor, cantor e pianista brasileiro.
Carreira Perdeu o pai, cabo do exército, aos três anos de idade. Sua mãe trabalhava em casa de uma família na Tijuca e o criou sozinha. Seus estudos de piano começaram aos nove anos, com Geni Borges, amiga da família para a qual sua mãe trabalhava. Após o início na música erudita, começou a se interessar pela música popular, principalmente trilhas sonoras do cinema norte-americano e por compositores como George Gershwin e Cole Porter. Aos 14 anos, formou um conjunto musical com seus amigos de Vila Isabel, que tocavam na praça Sete (atual praça Barão de Drummond). Estudou no Colégio Pedro II. Entrando em contato com o Instituto Brasil-Estados Unidos, foi convidado para participar de um grupo artístico. Uma amiga americana sugeriu o nome de Johnny Alf. Em 1952, Dick Farney e Nora Ney o contratam como pianista da nova Cantina do César, de propriedade do radialista César de Alencar, iniciando assim sua carreira profissional. Mary Gonçalves, atriz e Rainha do Rádio, estava sendo lançada como cantora, e escolheu três canções de Johnny: Estamos sós, O que é amar e Escuta para fazerem parte do seu longplay Convite ao Romance. Foi gravado seu primeiro disco em 78 rpm, com a música Falsete de sua autoria, e De cigarro em cigarro (Luís Bonfá). Tocou nas boates Monte Carlo, Mandarim, Clube da Chave, Beco das Garrafas, Drink e Plaza. Duas canções se destacaram neste período: Céu e mar e Rapaz de bem (1953), ambas de melodia e harmonia consideradas revolucionárias, precursoras da bossa nova. Em 1955 foi para São Paulo, tocando na boate Baiuca e no bar Michel, com os iniciantes Paulinho Nogueira, Sabá e Luís Chaves. Em 1962 voltou ao Rio de Janeiro, se apresentando no Bottle's Bar, junto com o conjunto musical Tamba Trio, Sérgio Mendes, Luís Carlos Vinhas [1] e Sylvia Telles. Apresentava-se no Litlle Club e Top, o conjunto formado por Tião Neto (baixista) e Edison Machado (baterista). Em 1965 realizou uma turnê pelo interior paulista. Tornou-se professor de música no Conservatório Meireles, de São Paulo. Participou do III Festival da Música Popular Brasileira em 1967, da TV Record - Canal 7, de São Paulo, com a música Eu e a brisa, tendo como intérprete a cantora Márcia (esposa de Silvio Luiz). A música foi desclassificada, porém se tornando um dos maiores sucessos de sua carreira. Em seus últimos anos de vida Johnny raramente se apresentava, em razão de problemas de saúde. Esteve apenas na abertura das exposições dedicadas aos 50 anos da bossa nova na Oca, em 2008,[2] e, em janeiro de 2009, no Auditório do SESC Vila Mariana, em São Paulo.[3][4] Na mostra sobre os 50 anos da bossa nova, Alf teve um encontro virtual com nomes como Tom Jobim, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald e Stan Getz. O artista tocava piano com as projeções dos colegas, já mortos, para um filme que foi exibido ao longo do evento. Segundo o curador da mostra, Marcello Dantas, Johnny Alf foi "o caso clássico do artista que não teve o reconhecimento a altura de seu talento. Alf foi um gênio e teve participação na história da nossa música".[5] O compositor não tinha parentes. Vivia em um asilo em Santo André. Seu último show foi em agosto de 2009, no Teatro do Sesi, em São Paulo, ao lado da cantora Alaíde Costa.[6] Faleceu aos 80 anos no hospital estadual Mário Covas, em Santo André (SP), onde, durante três anos, se tratou de um câncer de próstata. Ele vivia em uma casa de repouso na cidade.[7][8][9]
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Johnny Alf Segundo o jornalista Ruy Castro, Johnny Alf foi o "verdadeiro pai da Bossa Nova". Tom Jobim, outro dos primeiros artistas da Bossa Nova, admirava Johnny Alf a ponto de apelidá-lo de "Genialf".[10]
Discografia • • • • • • • • • • • • •
1952 - Johnny Alf 1952 - Convite ao Romance - Mary Gonçalves 1954 - Johnny Alf (78 rpm) 1955 - Johnny Alf (78 rpm) 1958 - Johnny Alf (78 rpm) 1961 - Rapaz de bem (longplay) 1964 - Diagonal (Lp) 1965 - Johnny Alf - arranjos de José Briamonte 1968 - Johnny Alf e Sexteto Contraponto 1971 - Ele é Johnny Alf 1972 - Johnny Alf - compacto duplo 1974 - Nós 1978 - Desbunde total
• 1986 - Johnny Alf - Eu e a brisa • 1988 - O que é amar • 1990 - Olhos Negros - participação Gilberto Gil,Chico Buarque,Caetano Veloso, Roberto Menescal, Leny Andrade e outros. • 1997 - Johnny Alf e Leandro Braga - Letra e música Noel Rosa • 1998 - Cult Alf - Johnny Alf - gravado ao vivo • 1999 - As sete palavras de Cristo na Cruz - Dom Pedro Casaldáliga • 2001 - Johnny Alf - Eu e a Bossa - 40 anos de Bossa Nova
Participações especiais • 1975 - 100 anos de Música Popular Brasileira - Projeto Minerva - série de oito álbuns produzidos e apresentado por Ricardo Cravo Albin, gravados ao vivo na rádio MEC do Rio de Janeiro. Cantando ao lado de Alaíde Costa e Lúcio Alves. • 1984 - Trilha sonora da telenovela Anjo Mau, da Rede Globo, com a música O que é amar. • 1998 - O show Noel Rosa - Letra e música, lançando um compact disc com o mesmo nome, foi realizado no Sesc Pompéia, em São Paulo. Incluindo a canção Noel, Rosa do Samba, de Paulo César Pinheiro. • 2004 - CD Dois Corações, da cantora mineira Fernanda Cunha. No Cd os "dois corações" são Johnny Alf e Sueli Costa, uma das mais importantes compositoras brasileiras, que também faz participação especial com piano e voz. [1] Johnny Alf, father of bossa nova, dies (http:/ / www. cbc. ca/ arts/ music/ story/ 2010/ 03/ 05/ johnny-alf-obit. html) (em inglês). CBC News (05/03/2010). Página visitada em 05/03/2010. [2] UOL, 4 de julho de 2008. Exposição na Oca usa tecnologia para contar história da bossa nova. (http:/ / entretenimento. uol. com. br/ ultnot/ 2008/ 07/ 04/ ult4326u986. jhtm) [3] Estadão, 30 de janeiro de 2009. Johnny Alf, recuperado de câncer, sobe aos palcos (http:/ / www. estadao. com. br/ noticias/ arteelazer,johnny-alf-recuperado-de-cancer-sobe-aos-palcos,315766,0. htm), por Livia Deodato. [4] Morto Johnny Alf, considerato "padre" della Bossa Nova (http:/ / notizie. virgilio. it/ notizie/ spettacoli/ 2010/ 03_marzo/ 05/ musica_morto_johnny_alf_considerato_padre_della_bossa_nova,23263340. html) (em italiano). Virgilio Notizie (05/03/2010). Página visitada em 05/03/2010. [5] Morre Johnny Alf, um pioneiro da bossa nova (http:/ / www. jornalwebminas. com. br/ cultura_noticia. php?noticia=46887) (em português). A Cidade (05/03/2010). Página visitada em 05/03/2010. [6] Morre o pianista e compositor Johnny Alf (http:/ / www. jornalacidade. com. br/ editorias/ caderno-c/ 2010/ 03/ 04/ morre-o-pianista-e-compositor-johnny-alf. html) (em português). A Cidade (04/03/2010). Página visitada em 05/03/2010.
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Johnny Alf
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[7] Johnny Alf, precursor da bossa nova, morre aos 80 anos em SP (http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ ilustrada/ ult90u702428. shtml) (em português). Folha Online (04/03/2010). Página visitada em 05/03/2010. [8] Le créateur de la bossa nova, Johnny Alf, est mort à l'âge de 80 ans (http:/ / www. jminforme. ca/ showbizz/ article/ 974720) (em francês). L'Étoile (04/03/2010). Página visitada em 05/03/2010. [9] Johnny Alf, a Bossa Nova founder, dies at 80 (http:/ / news. yahoo. com/ s/ ap/ 20100305/ ap_en_mu/ lt_brazil_obit_alf) (em inglês). Yahoo News/Associated Press (05/03/2010). Página visitada em 05/03/2010. [10] Fallece el creador de la Bossa Nova Johnny Alf [[Categoria:!Artigos com citações quebradas (http:/ / deportes. eluniversal. com/ 2010/ 03/ 05/ til_ava_fallece-el-creador-d_05A3534057. shtml)] Título não preenchido, favor adicionar] (em espanhol). El Universal (05/03/2010). Página visitada em 05/03/2010.
Bibliografia CASTRO, Ruy. Chega de Saudade (http:/ / diversao. terra. com. br/ gente/ noticias/ 0,,OI4302154-EI13419,00. html). Companhia das Letras, 1990. ISBN 8571641374
Ligações externas • Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Biografia de Johnny Alf. (http://www.dicionariompb. com.br/johnny-alf) • Biografia (http://www.mpbnet.com.br/musicos/johnny.alf) • Discografia (http://www.sombras.com.br/johnnyalf/johnnyalf.htm)
João Donato João Donato
Informação geral Nome completo
João Donato de Oliveira Neto
Nascimento
17 de agosto de 1934 (78 )
Origem
Rio Branco (AC)
País
Brasil
Gênero(s)
Jazz fusion, MPB, Bossa Nova
Instrumento(s)
Piano, Voz, Acordeão, Piano, Trombone
Período em atividade Década de 1950 - presente Página oficial
www.joaodonato.com.br
[1]
João Donato de Oliveira Neto (Rio Branco, 17 de agosto de 1934), mais conhecido apenas como João Donato, é um pianista, acordeonista, arranjador, cantor e compositor brasileiro. Donato foi amigo de todos os expoentes do movimento bossanovista, como João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Johnny Alf, entre outros, mas nunca foi caracterizado unicamente como tal, e sim um músico muito
João Donato criativo e que promove fusões musicais, de jazz e música latina, entre tantos outros. Na década década de 1950, João Donato se muda para os Estados Unidos onde permanece durante treze anos e realiza o que nunca tinha conseguido no Brasil: reincorporar a musicalidade afro-cubana ao jazz. Grava o disco A Bad Donato e compõe músicas como "Amazonas", "A Rã" e "Cadê Jodel". Retorna ao Brasil, reencontra a música brasileira que estava sendo feita no país, mas não abandona sua paixão pela fusão entre o jazz e ritmos caribenhos. Como arranjador participou de discos de grandes nomes da MPB como Gal Costa e Gilberto Gil. Entre as composições mais conhecidas do músico, estão: "Amazonas", "Lugar Comum", "Simples Carinho", "Até Quem Sabe" e "Nasci Para Bailar". Segundo o crítico musical Tárik de Souza: "Durante muito tempo, João Donato foi um mito das internas da MPB. Gênio, desligado, louco, de tudo um pouco.[2].
Biografia Filho de um major da aeronáutica, João Donato de Oliveira Filho e Eutália Pacheco da Cunha, nasceu em Rio Branco no dia 17 de agosto de 1934, mas 11 anos depois mudou-se para o Rio de Janeiro. Desde cedo demonstrou ter mais intimidade com a música, aos cinco anos já tocava acordeon. João Donato nasceu em uma família musical, seu pai que era piloto de avião, nas horas vagas tocava bandolim. A mãe cantava e a irmã mais velha, Eneyda, pretendia ser concertista de piano. O caçula, Lysias, pendeu para as letras e se tornaria o principal parceiro nas composições com Donato. O primeiro instrumento de João foi o acordeão, no qual, aos oito anos, compôs sua primeira música, a valsa "Nini". Antes de completar 12 anos, o pai presenteou-lhe com acordeões de 24 e 120 baixos. Em 1945, Donato pai é transferido, e a família tem de deixar Rio Branco rumo ao Rio de Janeiro. Em pouco tempo, passou a frequentar o circuito musical das festas de colégios da Tijuca e adjacências. Tentou a sorte no programa de Ary Barroso. Intransigente, Ary rodou o tabuleiro da baiana e sequer quis escutá-lo, sob a alegação de que "não gostava de meninos-prodígio". Ao profissionalizar-se, em 1949, aos 15 anos, Donato já havia participado das jam sessions realizadas na casa do cantor Dick Farney e no Sinatra-Farney Fã Club, do qual era membro. Johnny Alf, Nora Ney, Dóris Monteiro, Paulo Moura e até Jô Soares, no bongô, estavam entre os componentes destas jams. Na primeira gravação em que participa, como integrante da banda do flautista Altamiro Carrilho, Donato toca acordeão nas duas faixas do 78 RPM: "Brejeiro", de Ernesto Nazareth, e "Feliz aniversário", do próprio Altamiro. Pouco depois, migra para o grupo do violinista Fafá Lemos, como suplente de Chiquinho do Acordeom.
Década de 1950 Durante este período frequentou o Sinatra-Farney Fan Clube, na Tijuca, zona norte carioca, que durou apenas 17 meses, considerado por muitos estudiosos como uma escola para toda a geração que mais tarde criaria a Bossa Nova. Em 1951, com apenas 17 anos, namorou Dolores Duran, que tinha 21. O romance gerou polêmicas e preconceitos a época, por ela ser mais velha que ele. Após um tempo, João resolveu se separar dela por causa das brigas da família do casal. Assim, ele a deixou e foi morar no México. A partir de 1953, agora como pianista, Donato passa a comandar suas próprias formações instrumentais,– Donato e seu Conjunto, Donato Trio, o grupo Os Namorados – com quem lança, em 78 RPM, versões instrumentais para standards da música americana (como "Tenderly", sucesso de Nat King Cole) e brasileira (como "Se acaso você chegasse, do sambista gaúcho Lupicinio Rodrigues). Três anos depois, a Odeon escala um iniciante para fazer a direção musical de "Chá Dançante" (1956), primeiro LP de Donato e seu conjunto. Antônio Carlos Jobim fez a seleção musical do disco de João Donato. O repertório escolhido por Tom Jobim foi: "No rancho fundo" (Lamartine Babo – Ary Barroso), "Carinhoso" (Pixinguinha – João de Barro), "Baião" (Luiz Gonzaga – Humberto), "Peguei um ita no norte" (Dorival Caymmi).
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João Donato Em seguida, Donato passa uma temporada de dois anos em São Paulo. Quando volta ao Rio, a Bossa Nova estava deflagrada. Ainda em 1958, grava "Minha saudade" e "Mambinho", em parceria com João Gilberto. A convite de Nanai (ex integrante do grupo Os Namorados) parte para uma temporada de seis semanas em um cassino Lake Tahoe (Nevada) Donato adaptou as influências do jazz com a música do Caribe, como integrante das orquestras de Mongo Santamaría, Johnny Martinez, Cal Tjader e Tito Puente. E excursionou com João Gilberto pela Europa.
Década de 1960 Em 1962 regressa ao Brasil e concebe dois clássicos da música instrumental brasileira – "Muito à vontade" (1962) e "A Bossa muito moderna de João Donato" (1963), ambos pela Polydor. As canções foram relançadas no começo dos anos 2000 em CD pela Dubas. com Donato ao piano, Milton Banana na bateria, Tião Neto no baixo e Amaury Rodrigues, na percussão. Sobre "Muito à vontade", o jornalista Ruy Castro escreveu, por ocasião de seu relançamento em CD: "foi o seu primeiro disco ao piano e o primeiro mesmo para valer, com nove de suas composições entre as 12 faixas (...). Donato, que estava morando nos Estados Unidos durante a explosão da Bossa Nova, era uma lenda entre os músicos mais novos - para alguns, pelas histórias que ouviam, ele devia ser algo assim como o curupira ou a cobra d'água. Este disco abriu-lhes novos horizontes e devolveu Donato a um movimento que ele, sem saber, ajudara a construir". Estão lá "Muito à vontade", "Minha saudade", "Sambou, sambou", "Jodel". "A Bossa muito moderna" introduz mais alguns temas originalmente instrumentais que, muitos anos depois, se tornariam obrigatórios em qualquer cancioneiro da MPB. Entre elas "Índio perdido", que viraria "Lugar comum", ao receber letra de Gilberto Gil. Gil também é parceiro nos versos que transformariam "Villa Grazia" em "Bananeira". Já "Silk Stop" é o tema original sobre o qual Martinho da Vila escreveria "Gaiolas Abertas". A influência da música cubana é evidente em "Bluchanga", dos tempos em que Donato tocava com Mongo Santamaría. Donato muda-se mais uma vez para os Estados Unidos e lá permaneceria por quase uma década. Trabalhou com Nelson Riddle, Herbie Mann, Chet Baker, Cal Tjader, Bud Shank, Armando Peraza, etc. Formou, ao lado de João Gilberto, Jobim, Moacir Santos, Eumir Deodato, Sergio Mendes e Astrud Gilberto, o time dos que tornaram o Brasil de fato reconhecido internacionalmente por sua música. "Piano of João Donato: The new sound of Brazil" (1965) e "Donato / Deodato" (1973) saíram pela RCA e permanecem fora do catálogo no Brasil. Mas o disco que melhor representa a segunda temporada americana é "A Bad Donato" (1970), feito para o selo Blue Thumb, da California, e relançado em CD pela Dubas. Gravado em Los Angeles, "A Bad Donato" condensa funk, psicodelia, soul music, sons afro-cubanos, jazz fusion. Um Donato dançante, repleto de groove e veneno sonoro – antenadíssimo com o experimentalismo do sonho californiano - , considerado um dos 100 melhores discos de todos os tempos pela Revista Rolling Stone.[carece de fontes?]
Década de 1970 No Natal de 1972, Donato foi ao Rio e à casa do compositor Marcos Valle, onde encontrou o cantor Agostinho dos Santos, que sugeriu a Donato letrar suas criações instrumentais. Sendo assim, alguns temas de Donato ganharam letras e ganharam contornos de canção popular. Valle convidou-o a gravar um novo disco no Brasil, com o repertório formado a partir deste novo cancioneiro. O episódio é contado por Donato: "Eu ia gravar instrumental dentro de alguns dias e o Agostinho dos Santos falou: ‘Vai gravar tocando piano de novo? Todo mundo já ouviu isso. Se fosse você, eu gravaria cantando". A partir deste momento Donato deixa de ser integrante exclusivo da seara instrumental e entra para a MPB. Além de Gil, Martinho e Lysias, Chico Buarque, Caetano Veloso, Cazuza, Arnaldo Antunes, Aldir Blanc, Paulo César Pinheiro, Ronaldo Bastos, Abel Silva, Geraldo Carneiro e até o poeta Haroldo de Campos e o fonoaudiólogo e escritor Pedro Bloch tornaram-se parceiros de João. O disco "Quem é quem", lançado pela Odeon, em 1973 traz as músicas "Terremoto", "Chorou, chorou" (ambas com letra de Paulo César Pinheiro"), "Até quem sabe" (com Lysias), "Cadê Jodel?" (com Marcos Valle). Até Dorival
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João Donato Caymmi manda uma música inédita, "Cala a boca, Menino". Em carta enviada a João Gilberto, em 13 de setembro de 1973, Donato não esconde o entusiasmo: "É o meu melhor trabalho em discos até o momento, tendo-se em conta o tempo que demorou, o que demonstra o máximo cuidado com que tudo aconteceu. E o resultado é um disco que eu simplesmente acho adorável". Também foi considerado um dos 100 melhores discos de todos os tempos pela Revista Rolling Stone. [carece de fontes?] Em 2008 "Quem é Quem" foi tema de programa inteiramente dedicado a ele, pelo Canal Brasil, apresentado por Charles Gavin; e de livro escrito pelo produtor e músico Kassim. O álbum seguinte, "Lugar comum" (1975), pela Philips, dá seqüência ao Donato vocalista, com a maior parte do repertório formado por ex-temas instrumentais. Há parcerias com Caetano Veloso ("Naturalmente"), Gutemberg Guarabyra ("Ê menina"), Rubens Confete ("Xangô é de Baê"). Só com Gilberto Gil são oito, entre elas "Tudo tem", "A bruxa de mentira", "Deixei recado", "Que besteira", "Emoriô" e pelo menos dois standards para qualquer antologia da canção popular: a faixa-título e "Bananeira". No texto que preparou para o lançamento em CD de "Lugar comum", pela Dubas, Donato revisita um certo dia de verão nos anos 1970, na casa de Caetano. Ele se aproximara dos baianos a ponto de fazer a direção musical do show "Cantar", de Gal Costa, registrado em disco no ano anterior: "Tava todo mundo: Maria Bethânia, Gal, Caetano com Dedé e Moreno (...). Eles tinham meus dois discos "Muito à vontade" e "A bossa muito moderna" e eu sempre provocava, desafiando eles a fazer as letras. Quando surgiu essa melodia, o Gil inventou que era "bananeira não sei / bananeira sei lá (...)". Daí eu disse: "quintal do seu olhar". E ele: "olhar do coração. Como se fosse um ping-pong na segunda parte". Lembram daquela excursão que Donato fez à Europa com João Gilberto, logo depois da primeira temporada americana? Pois foi num vilarejo italiano que a bananeira foi plantada. Donato explica: "As minhas primeiras letras surgiram a partir desses temas instrumentais já gravados, que eu pensava que não iam ter letra nunca. "Bananeira" era "Villa Grazia", o nome da pousadinha onde a gente ficou em Lucca, na Itália, acompanhando o João Gilberto numa temporada (...). Noventa e nove por cento das minhas músicas instrumentais trocaram de nome, por causa da letra".
Década de 1990 Depois desse período, Donato ficou quase vinte anos sem gravar. O mainstream da época parecia não absorver o que a turma pop começou a enxergar a partir dos anos 1990. A volta de João ao mundo do disco acontece em 1996 (ele lançara apenas o instrumental e ao vivo "Leilíadas", pela WEA, em 1986), com o álbum "Coisas tão simples", produzido por João Augusto, para a EMI. O disco traz "Doralinda", parceria com Cazuza, além de novas colaborações com Lysias ("Fonte da saudade"), Norman Gimbel ("Everyday"), Toshiro Ono ("Summer of tentation"). De lá para cá, Donato tem lançado seus álbuns sobretudo por três gravadoras independentes: Pela Lumiar, de Almir Chediak: "Café com pão" (com o baterista Eloir de Moraes, 1997); "Só danço samba" (1999); os três volumes da coleção Songbook (1999), além de "Remando na raia" (2001), encontro com Emilio Santiago (2003) e o reencontro com Maria Tita (2006). Na Deckdisc, faz "Ê Lalá Lay-Ê" (2001), "Managarroba" (2002) e o instrumental "O piano de João Donato", produzidos pelo roqueiro Rafael Ramos, além do disco gravado com Wanda Sá (2003). Pela Biscoito Fino, saíram os encontros instrumentais com Paulo Moura ("Dois panos pra manga", 2006) e Bud Shank ("Uma tarde com", este também em DVD). Pela Biscoito, Donato fez ainda o DVD "Donatural" (2005), onde recebe – em gravação ao vivo no Espaço Sérgio Porto, no Rio – diversas gerações de parceiros: de Gilberto Gil ao DJ Marcelinho da Lua; de Emilio Santiago a Marcelo D2; de Leila Pinheiro a Joyce, com direito a Ângela Rô Rô e o filho Donatinho, fera dos teclados e dos samplers. João Donato vive no bairro da Urca, no Rio. Ele é casado com a jornalista Ivone Belem, desde 2001. É pai de Jodel, Joana e Donatinho. [1] http:/ / www. joaodonato. com. br
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João Donato
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[2] Clube do Jazz. Biografia de João Donato (http:/ / www. clubedejazz. com. br/ jazzb/ jazzista_exibir. php?jazzista_id=191). Pesquisado em 15 de julho de 2010
Ligações externas • Página oficial (http://www.joaodonato.com.br/) • Entrevista com o músico João Donato (http://revistatrip.uol.com.br/so-no-site/entrevistas/joao-donato.html), por Luiz Filipe Tavares. Trip 26 de maio de 2011.
João Gilberto João Gilberto
Informação geral Nome completo
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira
Nascimento
10 de junho de 1931 (81 )
Origem
Juazeiro, Bahia
País
Brasil
Gênero(s)
Bossa nova, samba
Instrumento(s)
Vocal, violão
Período em atividade 1950 - atualmente
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira (Juazeiro, Bahia, 10 de junho de 1931), conhecido como João Gilberto, é um cantor, violonista e compositor brasileiro. Tido como o criador da bossa nova, é considerado um gênio e uma lenda viva da música popular brasileira. Desde o lançamento do compacto que continha Chega de Saudade e Bim Bom, começou uma revolução na música brasileira[1]. João Gilberto foi o artista que levou a música popular brasileira ao mundo, principalmente para os Estados Unidos, Europa e Japão. Seus shows, quando anunciados, têm os ingressos esgotados nas primeiras horas de venda.[2]
João Gilberto
Biografia Infância e juventude Filho de Juveniano Domingos de Oliveira, um próspero comerciante, e Martinha do Prado Pereira de Oliveira[3], João, conhecido na época como Joãozinho da Patu, nasce em Juazeiro, sertão da Bahia, nas margens do Rio São Francisco. Vive na cidade até 1942, quando passa a estudar em Aracaju, Sergipe, sempre tocando na banda escolar: tambor, marcação e caixa[3]. Em 1946, volta a Juazeiro, onde teve a oportunidade de escutar de Orlando Silva, Dorival Caymmi e Carmen Miranda a até Duke Ellington, Tommy Dorsey e Charles Trenet nos alto-falantes da cidade. Além disso, seu Juveniano tocava cavaquinho e saxofone como amador, além de incentivar a Banda de Música 22 de Março. João costumava formar conjuntos vocais com os colegas de escola. Desde pequeno, João mostrou que possuía um ouvido privilegiado. Aos 7 anos, percebeu um erro na execução da organista da igreja em meio as dezenas de vozes do coro.[4] Aos 14 anos, ganhou seu primeiro violão do pai, que aprendeu a tocar pelo Método Elementar Turuna, o primeiro que caiu em suas mãos. Ainda em Juazeiro, formou um conjunto vocal chamado Enamorados do Ritmo com os amigos Waltinho, Pedrito e Alberto, com João como líder e arranjador. Seu maior ídolo na época era Orlando Silva, em quem se espelhava para cantar. Em 1947, aos 16 anos, João vai a capital do estado, Salvador, para terminar o ginásio num internato. Aos 18 anos, em Salvador, começa a vida de artista no cast da Rádio Sociedade da Bahia, onde chegou a gravar com orquestra na Rádio. Na cidade, conhecera um amigo pessoal de Lúcio Alves, por quem tinha grande admiração.
Início da carreira Em 1950, e, portanto, aos 19 anos, João Gilberto chega ao Rio de Janeiro, chamado para integrar o conjunto vocal Garotos da Lua. Com a entrada no grupo, João atua na Rádio Tupi, onde conhece João Donato. Com o destaque na rádio, no ano seguinte, grava, junto aos Garotos da Lua, dois discos de 78 rpm. João é tratado como joia no grupo, mas, por outro lado, já pensa em uma carreira solo. Assim, alguns meses depois, João sai do grupo e grava um disco solo em 1952 para a gravadora Copacabana. Nesse disco, percebe-se a ausência do violão, além de que seu canto lembrava Orlando Silva em seu auge, com o uso de vibratos, a divisão das palavras e o "sentimento". Entretanto, o estilo de Orlando já é antiquado à época, cujo público demandava um estilo compartilhado por Dick Farney e Lúcio Alves. Desse modo, o disco recém lançado não é o sucesso que João teria nos anos posteriores. Na época, João namorava a futura cantora Sylvia Telles. Oportunidades surgiram e Lúcio Alves sugereiu a Rádio Nacional que João gravasse um acetato contendo "Just one more chance", de Sam Coslow e Arthur Johnson em versão de Haroldo Barbosa chamada "Um minuto só". Em 1953, tem sua primeira composição gravada, "Você esteve com meu bem", parceria com Russo do Pandeiro, na voz de Marisa Gata Mansa, sua namorada à época. "Você esteve com meu bem" teve a orquestra do maestro Gaya e João ao violão, ainda sem a famosa batida da bossa nova. Conheceu Johnny Alf, Tom Jobim, Vinicius de Moraes em suas visitas as boates do Rio. Chegara a gravar alguns jingles no estúdio de Russo do Pandeiro, como um para a Toddy, de letra "Eu era um garoto magricelo/ Muito feio e amarelo.// Toddy todo dia ele tomou/ Engordou e melhorou/ Forte ficou.// As garotas agora me chamam bonitão/ No esporte eu sou campeão". Tocava também em festas da sociedade, com cachês irrisórios. Em 1954, João conhece Carlos Machado, o Rei da Noite, e com ele consegue participar do show "Esta vida é um carnaval", na boate Casablanca, com participação de Grande Otelo, Ataulfo Alves, a bateria da Império Serrano, entre outros artistas. João cantava em coro em um cena e em outra cantava como solista um samba de Sinhô, "Recordar é viver", além de fazer pequenas aparições teatrais. O espetáculo foi um sucesso de crítica e público. Nesse mesmo ano, se juntara ao conjunto Quitandinha Serenaders. No grupo, conheceu Luiz Bonfá, Alberto Ruschel e Luís Telles, que tornou-se um grande amigo de João. Com Luís, conheceu o sambista Assis Valente. Chega a
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João Gilberto integrar o conjunto Anjos do Inferno, em uma temporada paulista, convidado por Roberto Paciência. Tocaram numa boate no Largo do Arouche, mas João logo saiu do grupo. A consagração, no entanto, não viria a João ainda nestes anos.
1955-1957 Em 1955, João se dirige a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com seu amigo Luís Telles. Em Porto Alegre, João se dedica integralmente ao estudo do violão, com o qual viveu certo sucesso na capital gaúcha. Lá, conheceu Armando Albuquerque, compositor, pianista, violinista, professor, musicólogo e amigo de Radamés Gnatalli, com quem passou horas estudando música, principalmente harmonia, cujo conhecimento se desenvolveu bastante com o convívio musical com o maestro[5]. Depois de 8 meses, João decide se dirigir a Diamantina, Minas Gerais, para viver com a irmã Dadainha. Durante os estudos, percebe que, se cantasse mais baixo, sem vibrato, poderia adiantar ou atrasar em relação ao ritmo, desde que a batida fosse constante, criando assim seu próprio tempo[6]. Aprimora, nesse momento, a técnica vocal e a integração entre voz e violão. Depois da temporada em Diamantina, João parte para Juazeiro, onde passa dois meses com a família. Lá, compõe Bim Bom[7]. Vai a Salvador, capital do estado, e por lá permanece por alguns dias. No início de 1957, João Gilberto parte para o Rio de Janeiro.
A apresentação da batida Chegando ao Rio de Janeiro, em 1957, João procurou mostrar sua nova técnica aos músicos e, quem sabe, gravar. Esteve com Bororó, Silvio Caldas e Edu da Gaita. Procurou novamente Luís Telles, Lúcio Alves e Mário Telles, irmão de Sylvinha Telles, que o apresentaram a Tito Madi. Tito se encantou com o jeito de cantar e tocar de João. Tocou também para os ex-companheiros de Garotos de Lua: Jonas Silva, Acyr, Toninho Botelho. Em suas andanças, foi aconselhado por Edinho, do Trio Irakitan, a procurar um jovem chamado Roberto Menescal. João vai à casa de Menescal, onde apresenta a nova batida. Menescal se encanta com o que ouve e parte com João para apresentar aquilo a outros músicos. Naquele dia, João apresenta-se para Ronaldo Bôscoli e no apartamento de Nara Leão[8]. João explicou algumas de suas novas técnicas a Menescal e Bôscoli: a mão direita tocava acordes, e não notas, produzindo harmonia e ritmo ao mesmo tempo. Além disso, utilizava técnicas de respiração de ioga, o que lhe permitia alongar frases melódicas sem perder o fôlego. Nessa época, João se apresentou na casa de Chico Pereira, que gravou a apresentação em um gravador Grundig. Essa gravação, adquirida de japoneses por um fã sueco e remasterizada por um engenheiro de som francês[9] caiu na internet em 2009[10], causando grande reboliço em blogs dedicados à música e em fãs de bossa nova. Chico ainda ajudou João a se aproximar de Tom Jobim, que trabalhava na gravadora Odeon, para gravar um disco. Tom se encantou com o violão, que viu ali uma oportunidade de modernização do samba, através da simplificação do ritmo e permitia a inclusão de novas harmonias.[11] Tom apresenta a João uma nova composição que fizera a um ano com o poeta Vinicius de Moraes, mas estava encostada, chamada Chega de Saudade. Existem registros de fitas gravadas de forma amadora também pelo cantor Luís Cláudio.[12] João passou a ficar conhecido no meio musical carioca. Chegou a tocar junto de Severino Filho e Badeco, dos Cariocas, Chaim e João Donato, com quem compôs Minha Saudade,, que logo se tornou um standart, no período. João tocava regularmente na boate do hotel Plaza, que começou a ser ponto de encontro de músicos. Lá, João tocava junto de Milton Banana, que adequou sua bateria ao estilo de João, tocando baixo, com uma escova e a baqueta no aro da caixa. Tom Jobim era assíduo frequentador da boate, onde ia para escutar João Gilberto.
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João Gilberto
O disco que mudaria tudo Em julho de 1958, Elizete Cardoso lança o famoso LP Canção do Amor Demais, contendo músicas de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. O disco, entretanto, entraria na história da música popular brasileira por outro motivo: João Gilberto acompanhava Elizete ao violão nas faixas Chega de Saudade e Outra Vez, sendo essas as primeiras gravações da chamada "batida da bossa nova". Esse disco, entretanto, não pode ser considerado o pioneiro da bossa nova, uma vez que Elizete era uma cantora presa ao samba-canção, com ênfases óbvias e gastas
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