Bons Pensamentos - Bons Sentimentos

September 23, 2017 | Author: Deborah Martins | Category: Emotions, Self-Improvement, Metaphysics Of Mind, Learning, Clinical Psychology
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LIVRO COMPLETO...

Description

,

,

Manual de terapia cognitivo-comportamental para crianças e adolescentes

S782b

Stallard,

Paul.

Bons pensamentos - bons sentimentos [recurso e letrônico] : manual de terapia cognitivo-comportamental para crianças e adolescentes / Paul Stallard ; tradução Carlos Alberto Silveira Netto Soares. - Dados eletrônicos. - Porto Alegre: Artmed, 2009. Editado também como livro impresso em 2004. ISBN 978-85-363-2036-6

1. Terapia cognitivo-comportamental - Crianças -

Adolescentes. I. Título.

CDU 615.851.1-053.2/.6 Catalogação na publicação: Renata de Souza Borges - CRB -I 0 /1922

Bons Pen mentos Bons Sentimentos Manual de terapia cognitivo-comportamental para crianças e adolescentes

Paul Stallard

Psicólogo Clínico, Royal United Hospital, Bath, Reino Unido

Tradução: Carlos Alberto Silveira Netto Soares

Consultoria, supervisão e revisão técnica desta edição: Cristiano Nabuco de Abreu

Mestre e Doutor em Psicologia Clínica Diretor do Núcleo de Psicoterapia Cognitiva de São Paulo Colaborador e Coordenador

da Equipe de Psicologia

do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares (Ambulim) do Instituto de Psiquiatria do Hospital da.s Clínicas da USP

�rsão impressa desta obra: 2004

2009

Obra originalmente publicada sob o título Think Good - Feel Good: A Cognitive Behavior Workbook for Children and Young People ISBN 0-470-84290-3

© John Wi ley & Sons Ltd. Ali Rights Reserved.

Authorized translation from the english language edition published by John Wiley & Sons, Ltd.

Capa Mário R.Dhnelt Preparação do original Prisdla Michel Leitura final Alessandra Bittencourt Flach Supervisão editorial Cláudia Bittencourt Projeto e editoração Armazém Digital Editoração Eletrônica - rcmv

Reservados todos os direitos de publicação, e m língua portuguesa, à ARTMED- EDITORA S.A. Av. Jerônimo de ameias, 670 - Santana 90040-340 Porto Alegre RS Fone (51) 3027-7000 Fax (51) 3027-7070

É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou e m parte, sob quaisquer fonnas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web e outros), sem pennissão expressa d a Editora. SÃO PAULO Av. Angélica, 1091 - Higien6polis 01227-100 São Paulo SP Fone (11) 3665-1100 Fax

(lI) 3667-1333

SAC 0800 703-3444 IMPRESSO NO BRASIL PRlNTED IN BRAZIL

Sobre o autor Dr. Paul Stallard graduou-se em Psicologia Clínica na Birmingham University

em 1980. Trabalhou com crianças e adolescentes

nas

Midlands Ocidentais antes

de transferir-se para o Dep artment of Child and Farnily Psychiatry, em Bath,

em

1988. Ele é professor visitante na Bath University e recebeu uma série de subven­ Ções de pesquisa explorando os efeitos de traumas e doenças crônicas nas crian­ ças. Publicou mais de 50 artigos revisados por especialistas e atualmente chefia uma experiência de pesquisa que explora a utilização da terapia cognitivo-com­ portarnental no tratamento de transtornos de estresse pós-traumático.

5

o

>�a

Sumário 1 Terapia cognitivo·comportamental: origens teóricas, fundamentos e técnicas ....................................................................... . Os fundamentos empíricos da terapia cognitivo-comportarnental

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11 12

O modelo cognitivo ......................................................... ............................................... 14 > Défi> Clts e dlStorçoes cogrutlvas .......... .. . . .......................... .......................... .................... . 15 -

»

características essenciais da terapia cognitivo-com portamental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .......................... ..................... 16 A meta da terapia cognitivo-comportamental

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18

Os componentes centrais das intervenções cognitivo-comportamentais

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19

....................................................................................................... 23

Nota de advertência

2

Terapia cognitivo·comportamental com crianCjas e adolescentes ......................... 27

A terapia cognitivo-comportamental com crianças menores de 12 anos ..................................................................... . .................................. 27 Avaliando as habilidades básicas requeridas para engajar-se na terapia cognitivo-comportamental

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A terapia cognitivo-comportamental com adolescentes

29

................................................. 33

Problemas comuns ao realizar terapia cognitivo-comportamental com crianças e adolescentes .............. . . . . . . . ......... . . . . . . . . . . .. . . . . . . ............. . ............................. 36

3

Bons pensamentos

bons sentimentos: um panorama dos materiais ................. 41

Pensamentos, sentimentos e o que você

faz

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42

Pensamentos automáticos .............................................................................................. . 43 Erros de pensamento ...... ............. .............. Pensamento equilibrado Crenças centrais

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................................................................................................. 45

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Controlando seus pensamentos Como você se sente

44

45

...................................................................................... 46

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47

Controlando seus sentimentos ........................................................................................ 48 Mudando seu comportamento

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49

Aprendendo a resolver problemas ................................................................................. . 50

7

4

o

.�a

Pensamentos, sentimentos e o que você faz com eles

O círculo mágico

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53

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53

O que você pensa

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55

Crenças centrais ........ ..............................................

55

Crenças e pressupostos

56

o •• •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Eventos importantes

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57

Pensamentos automáticos .............................. ................................................................. 57 Como você se sente .................................. ...................... .................................................58

o que você faz ............................................................... .

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

58

Bons pensamentos - bons sentimentos: Pensamentos,

sentimentos e o que você faz com eles: juntando tudo .......... ........... .......................... . 61 62

Bons pensamentos

bons sentimentos: O círculo mágico

Bons pensamentos Bons pensamentos

bons sentimentos: A armadilha negativa .................... ................... 63 bons sentimentos: A charada SE/ENTÃO ...................................... 64

Bons pensamentos

bons sentimentos: O que penso, o que faço, como me sinto .......... 65

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5

Pensamentos automáticos

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Eu, o que faço e o meu futuro .................................... . .

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67 67

Por que dou ouvidos a meus pensamentos negativos? ........... ............................ ........... . . 69 A annadilha negativa ................. ............... .................... ......... ..... ................................... . 70 O ciclo negativo

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Pensamentos "quentes" .............. ............... ..... ..................................... .

•••••••••••••••••••••••••••

71 71

Bons pensamentos

bons sentimentos: Pensamentos e sentimentos .............................. 74

Bons pensamentos

bons sentimentos: Meus pensamentos "quentes" ........................... 76

Bons pensamentos

bons sentimentos: Pensamentos bons sobre mim .......................... 77

Bons pensamentos

bons sentimentos: Pensamentos bons sobre o meu futuro ............. 78

Bons pensamentos

bons sentimentos: Pensamentos desagradáveis sobre mim ............ 79

Bons pensamentos

bons sentimentos: Pensamentos preocupantes sobre o que faço ... 80

Bons pensamentos

bons sentimentos: O que eles estão pensando? ............................. 81

6

Erros de pensamento

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85

Os derrotistas .......... ....................................................................................................... . 85 Explodindo tudo

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86

Prevendo o fracasso ........................ ................................................................................ 87 Sentindo os pensamentos . . ................................................. ............................................ . 88 Preparando-se para fracassar ............................ ............................................................. . 88 Culpe-me!

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89

Bons pensamentos

bons sentimentos: Identificando erros de pensamento ........ .......... 90

Bons pensamentos

bons sentimentos: Que erros de pensamento você comete? .......... 92

7

Pensamento equilibrado

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95

Então, como funciona? ............. ........................................................... . ..........................9 6 ·

8

Bons pensamentos

bons sentimentos: Procurando evidências ..................................... 99

Bons pensamentos

bons sentimentos: Pensamento equilibrado ....... .

Bons pensamentos

bons sentimentos: Termômetro do pensamento

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1 01 103

8

o

CrenCjcs centrais

........................................................................................................

Identificando as crenças centrais Desafiando as crenças centrais Fale com outra pessoa

..................................................................................

.....................................................................................

..................................................................................................

Bons pensamentos - bons sentimentos: Identificando as crenças centrais Bons pensamentos - bons sentimentos: Desafiando as crenças centrais Bons pensamentos - bons sentimentos: Crenças comuns

...................

......................

.............................................

9

Controlando seus pensamentos Distração

......................................................................................................................

Atividades interessantes

............................................. ..................................................

Fala interna de enfrentamento Fala interna positiva Baixe o volume

.....................................................................................

.....................................................................................................

Parada de pensamento Teste-os

..............................................................................

.................................................................................................

.............................................................................................................

........................................................................................................................

Jogue-os fora

................................................................................................................

Bons pensamentos - bons sentimentos: Teste seus pensamentos e suas crenças Bons pensamentos - bons sentimentos: O desafiador de pensamentos Bons pensamentos - bons sentimentos: Procurando o positivo Bons pensamentos - bons sentimentos: Fala interna positiva

.......................

...................................

......................................

Bons pensamentos - bons sentimentos: Fala interna de enfrentamento Bons pensamentos - bons sentimentos: O "cofre de preocupações"

......................

............................

Bons pensamentos - bons sentimentos: Desligue a fita do gravador Bons pensamentos - bons sentimentos: Exercite ter sucesso

.........

...........................

.......................................

Bons pensamentos - bons sentimentos: Parada de pensamento

..................................

10

Como você se sente

...................................................................................................

Que sentimentos eu tenho?

..........................................................................................

Os sentimentos e o que você

faz

...................................................................................

Os sentimentos e o que você pensa Juntando tudo

..............................................................................

..............................................................................................................

Bons pensamentos - bons sentimentos: Pensamentos e sentimentos Bons pensamentos - bons sentimentos: Atividades e sentimentos

...........................

...............................

105 106

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108 109 110 112 113

117 118 119 120 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133

135 136 138 138 139 140 141

Bons pensamentos - bons sentimentos: O caça-palavras do Descobridor de Sentimentos

....................................................................................

Bons pensamentos - bons sentimentos: Que sentimento vai aonde? Bons pensamentos - bons sentimentos: Meus sentimentos

...........................

..........................................

Bons pensamentos - bons sentimentos: O que acontece quando me sinto triste?

........

142 143 144 145

Bons pensamentos - bons sentimentos: O que acontece quando me sinto enraivecido?

..............................................................................................

146

Bons pensamentos - bons sentimentos: O que acontece quando me sinto ansioso?

.....................................................................................................

Bons pensamentos - bons sentimentos: O que acontece quando me sinto feliz? Bons pensamentos - bons sentimentos: Sentimentos e lugares

.........

....................................

Bons pensamentos - bons sentimentos: O Termômetro de Sentimentos

......................

147 148 149 150

9

o

.�a

11

Controlando seus sentimentos

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Aprenda a relaxar ...............

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Exercício físico

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Controle da respiração

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1 51 152 153 153

Cenas tranqu ·· ili·zantes ..................... ................................... ........... ......................... ........ 154

Atividades relaxantes

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Prevenção ................. .

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154

155 158

Bons pensamentos

bons sentimentos: A "caixa-forte dos sentimentos"

Bons pensamentos

bons sentimentos: O vulcão da raiva .......................................... . . 159

Bons pensamentos

bons sentimentos: Aprendendo a relaxar .................................... . 160

Bons pensamentos

bons sentimentos: Meu lugar relaxante

Bons pensamentos

bons sentimentos: Minhas atividades relaxantes .......................... 162

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12

Mudando ,eu comportamento

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161

163

Aumente as atividades divertidas ............. ..................... ............................................... 164 Mapeie como se sente e o que você faz

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165

�quenos passos ................................ .

166

Enfrente seus medos

167

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Descarte seus hábitos ............. ........................ .

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168

Bons pensamentos

bons sentimentos: Diário de atividades

Bons pensamentos

bons sentimentos: Próximo degrau escada acima ......... . . . . . . . ...... . 173

Bons pensamentos

bons sentimentos: Coisas que me fazem bem ............................ . 174

Bons pensamentos

bons sentimentos: Coisas que me desagradam ........................... 175

Bons pensamentos

bons sentimentos: Coisas que eu gostaria de fazer . . . . . ............... . 176

Bons pensamentos

bons sentimentos: Enfrente seus medos

Bons pensamentos

bons sentimentos: �quenos passos .......... . . . . . ...... . . . . . . . ............... . 178

Bons pensamentos

bons sentimentos: Descarte seus hábitos .................................... 179

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13

Aprendendo a resolver problemas Por que os problemas acontecem?

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172

177

181 181

Aprenda a parar e pensar ............................................................................................ . 182 Identifique soluções diferentes . . . .................... ..... ........ ................................................ . 183 �nse em todas as conseqüências ................................................. ........... . . . . ................ . 184 Lembre-se do que fazer ..................... . . . . . . ..................................................................... 185 Exercite fazer certo ................... ..................... .............................................................. 1 87 Planeje ser bem-sucedido . . . . . . . . ...... . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . .................................. . ...... .................. 188 Converse com alguém sobre o que deve fazer ..................... ........................................ 189 Bons pensamentos

bons sentimentos: Identificando soluções possíveis ................... . 190

Bons pensamentos

bons sentimentos: Quais são as conseqüências

das minhas soluções?

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192

Bons pensamentos

bons sentimentos: Procurando soluções ..................... .................. 193

Bons pensamentos

bons sentimentos: Converse com alguém sobre

o que deve fazer ........ . . . . . . . ...... . . . . . . . ...... ........................... .......... . .......................... ...... 194 Bons pensamentos - bons sentimentos: Pare, planeje e prossiga .................................. 196

Referências bibliográficas í ndice

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197 203

rapia cognitivo-comportamental: origens teóricas, fundamentos e técnicas Terapia cognitivo-comportarnental (ICe) é um termo utilizado para descrever as intervenções psicoterapêuticas que visam reduzir o sofrimento psicológico e o comportamento desajustado, alterando processos cognitivos (Kaplan et al., 1995). A terapia cognitivo-comportarnental é baseada no pressuposto subjacente de que o afeto e o comportamento são, em grande parte, um produto de cognições e, assim, as intervenções cognitivas e comportarnentais podem causar mudanças no pensamento, no sentimento e no comportamento (Kendall, 1991). Portanto, a rce abarca os elementos essenciais tanto das teorias cognitivas como compor­ tamentais e foi definida por Kendall e Hollon (1979) como buscando: preservar a eficácia das técnicas comportamentais, doutrinário que leva

em

mas

em um contexto menos

conta as interpretações cognitivas e as atribuições da

criança sobre os eventos.

Há um interesse crescente na utilização da rcc com crianças e adolescentes. Esse interesse foi encorajado por uma série de criticas que concluíram que a rcc é uma intervenção promissora e efetiva para o tratamento de problemas psicológicos in­ fantis (Kazdin e Weisz, 1998; Roth e Fonagy, 1996; Wallace et al., 1995). Foi desco­ berto que a rcc é efetiva no tratamento de transtornos de ansiedade generalizada (Kendall, 1994; Kendall et aI., 1997; Silverman et aI., 1999a), transtornos depressivos (Harrington et aI., 1998; Lewinsohn e Clarke, 1999), problemas interpessoais e fobia social (Spence e Donovan, 1998; Spence et al., 2000), fobias (Silverman et al., 1999b), rejeição à escola (King et al., 1998), abuso sexual (Cohen e Mannarino, 1996, 1998) e no controle da dor (Sanders et al., 1994). Além disso, argumentou-se que ela produz efeitos positivos em muitos outros problemas, in­ cluindo a conduta adolescente (Herbert, 1998), a alimentação (Schmidt, 1998), o estresse pós-traumático (March et al., 1998; Smith et al., 1999) e os transtornos obsessivo-compulsivos (March, 1995; March et al., 1994). A terapio cognitivo-comportamentol enfoco o relocionomento entre os seguintes elementos: • cognições (o que pensamos) • ofeto (como nos sentimos) • comportamento (o que fazemos) A teropio cognitivo-comportamentol demonstrou efeitos positivos no trotomento de uma série de problemos psicol6gicos infontis comuns.

11

A base teórica da terapia cognitivo-comportamental evoluiu por uma série de influências de pesquisa significativas. A crítica dessa pesquisa está além dos objetivos deste livro, embora seja importante observar algumas das abordagens e conceitos fundamentais que alicerçaram e formataram a terapia cognitivo-com­ portamental. Uma das primeiras influências foi a de Pavlov e do condicionamento clássi­ co. Pavlov destacou como, com combinações repetidas, respostas de ocorrência natural (p. ex., a salivação) podiam ser associadas (isto é, condicionadas) com estímulos específicos Cp. ex., o som de um sino). Essa pesquisa demonstrou que as respostas emocionais (p. ex., o medo) podiam se tomar condicionadas a even­ tos e situações específicos. • As respostas emocionais podem se tomar condicionadas o eventos específicos.

o condicionamento clássico foi estendido para o comportamento humano e

para problemas clínicos por Wolpe (1958), que desenvolveu o procedimento da dessensibilização sistemática. Pela combinação de estímulos indutores de medo com um segundo estímulo que produz uma resposta antagônica (isto é, relaxa­ mento), a resposta de medo pode ser inibida. Agora, o procedimento é utilizado amplamente na prática clínica e envolve a exposição gradual, tanto in vivo como imaginária, a uma hierarquia de situações temidas enquanto o sujeito permanece relaxado. • As respostas emocionois podem ser inibidas.

A segunda maior influência comportamental foi a obra de Skirmer (1974), que destacou o papel significativo das influências ambientais no comportamen­ to. Isso se tomou conhecido como condicionamento operante e enfocava o rela­ cionamento entre os antecedentes (condições desencadeadoras), as conseqüên­ cias (reforço) e o comportamento. Em essência, se um certo comportamento aumenta de freqüência, porque é seguido de conseqüências positivas ou não é seguido de conseqüências negativas, então ele foi reforçado. • O comportamento é afetado por antecedentes e consequêncios. • As consequências que oumentam o probabilidode de um comportamento são reforo.odoras. • Alterar os ontecedentes e as consequêncios pode resultor em mudonças no comportamento.

Uma extensão importante da terapia comportamental, que considera o pa­ pel mediador dos processos cognitivos, foi proposta por Albert Bandura (1977), com o desenvolvimento da teoria da aprendizagem social. A importância do am­ biente foi reconhecida ao mesmo tempo em que se destacou o efeito mediador das cognições que intervêm no estímulo e na resposta. A teoria enfatizava que a aprendizagem poderia ocorrer pela observação de outra pessoa e propunha um modelo de autocontrole com base na auto-observação, na auto-avaliação e no auto-reforço.

12

Um enfoque mais significativo sobre as cognições emergiu do trabalho de Meichenbaum

(1975) e do desenvolvimento de treinamento auto-instrucional.

Essa abordagem destacava o conceito de que grande parte do comportamento está sob o controle de pensamentos ou do diálogo interior. Mudar as auto-instru­ ções pode levar ao desenvolvimento de técnicas de autocontrole mais apropria­ das. O modelo adota uma perspectiva de desenvolvimento e reflete o processo pelo qual as crianças aprendem a controlar seu comportamento. Foi descrito um processo de quatro etapas envolvendo observar outra pessoa realizando uma tarefa, ser orientado verbalmente

na

mesma tarefa por outra pessoa, recitar a

orientação em voz alta durante a tarefa e, finalmente, sussurrar as instruções/ fala silenciosa.

• •

O comportamento é influenciodo por eventos e processos cognitivos. Mudor os processos cognitivos pode levar a mudonças no comportamento. A ligação entre emoções e cognições foi delineada por Albert Ellis

(1962) na

terapia racional-emotiva. Esse modelo propunha que a emoção e o comporta­ mento surgem da maneira como os eventos são construídos, não pelo evento per se. Assim, os eventos ativadores (A) são avaliados em relação às crenças (B), o que resulta em conseqüências emocionais (C). As crenças podem ser racionais ou irracionais, com os estados emocionais negativos tendendo a surgir das crenças irracionais e sendo mantidos por elas. O papel das cognições desadaptativas ou distorcidas no desenvolvimento e na manutenção da depressão foi desenvolvido pelo trabalho de Aaron Beck, cul­ minando na publicação de Cognitive Therapyfor Depression (Beck, al.,

1976; Beck et

1979). O modelo propõe que os pensamentos desadaptativos sobre o selJ, o

mundo e o futuro (tríade cognitiva) resultam em distorções cognitivas que criam afeto negativo.

É dedicada atenção particular a pressupostos ou esquemas bási­

cos - ou seja, as crenças razoavelmente "fixas" desenvolvidas na infância em relação às quais os eventos são avaliados. Uma vez ativadas, essas crenças cen­ trais produzem uma gama de pensamentos automáticos. Os pensamentos e cren­

ças automáticos podem estar sujeitos a uma variedade de distorções ou erros lógicos, com mais cognições negativas sendo associadas ao humor depressivo. • O ofeto emocional é influenciodo pelas cognições. • As crenças/esquemas irracionais ou cognições negativos ossociam-se 00 afe­ to negativo. • Alterar os processos cognitivos pode levar a mudonças no afeto.

O relacionamento entre os processos cognitivos e outros estados emocio­ nais e problemas psicológicos foi agora documentado (Beck et al., et aI.,

1985; Hawton

1989). O interesse mais recente levou à exploração ulterior do relaciona­

mento entre as crenças e os esquemas no desenvolvimento e na manutenção de problemas psicológicos. Isso é apreendido pelo trabalho com esquemas de Young

(1990), que propôs que os esquemas cognitivos desadaptativos formados duran­ te a infância levam a padrões de comportamento de auto-sabotagem, os quais são repetidos ao longo da vida. Os esquemas desadaptativos são associados a certos estilos parentais e se desenvolvem caso as necessidades emocionais bási­ cas da criança não são satisfeitas. Têm sido relatadas evidências que apóiam a presença de

15 esquemas primários (Schrnidt et aI., 1995).

13



Esquemas cognitivos desadoptotivos desenvolvem-se durante o infôncio e po­ dem estar associados oos estilos porentois.

Ainda é necessária uma validação empírica dessa previsão. Entretanto, se comprovada, estabeleceria um desafio excitante para aqueles que trabalham com a infância, para identificar se processos cognitivos adaptativos podem ser promo­ vidos, e futuros problemas de saúde mental, minimizados. � O A terapia cognitivo-comportamental preocupa-se em entender como os eventos e as experiências são interpretados e como identificar e mudar as distorções ou déficits que ocorrem no processamento cognitivo. Baseada amplamente no trabalho de Aaron Beck, a maneira pela qual os pro­ cessos cognitivos disfuncionais são adquiridos, ativados e afetam o comportamento e as emoções é reswnida no modelo de diagrama apresentado na Figura 1.1. Postula-se que as experiências precoces e os cuidados parentais levam ao desenvolvimento de maneiras de pensar fixas e rígidas Ci. e., crenças/esque­ mas centrais). Informações e experiências novas são avaliadas em relação a

Crenços cenlroi$/esquelnO$ cognitivos formod," duronle o iM6ntio pelos experi6rw::i os

Even� imporlontes oIivom trenços cenlroi$/esquemos cognitivos

Crenços centrois/esquemlls cognitivos d_rw::odeiom preuupl)$l(»; cognitivos

Pl'e$supo$lOs produzem pen$!lmenl!l$ ou!omóti(!l$

Pen$!lmenl!l$ oufomóti(!l$ gerom relIposlos

. .

emoo onOIS

Figura 1.1 O modelo cognitivo.

14

RespctSlos

"'poo1a.

(C)fTlportomentois

somóticos

essas crenças/esquemas centrais (p. ex., "tenho que ter sucesso"), e a infor­ mação que as reforça e mantém é selecionada e filtrada. As crenças/os esque­ mas são desencadeados ou ativados por eventos importantes (p. ex., fazer exames), os quais levam a uma série de pressupostos (p. ex., "só conseguirei notas boas se estudar o dia inteiro"). Por sua vez, estes dão lugar a um fluxo de pensamentos automáticos relacionados à pessoa ("devo ser estúpido"), a seu desempenho ("não estou dando duro o bastante") e ao futuro ("não pas­ sarei nesses exames e nunca chegarei à universidade"), e são freqüentemente referidos como a tríade cognitiva. Os pensamentos automáticos podem resul­ tar em mudanças emocionais (p. ex., ansiedade, estresse), comportamentais (p. ex., imobilidade, trabalho constante) e somáticas (p. ex., perda de apeti­ te, dificuldade para dormir).

A terapia cognitivo-comportamental supõe que a psicopatologia resultada de anormalidades no processamento cognitivo. Em particular, presume-se que as dificuldades sejam associadas com déficits ou distorções cognitivas. Foram relatadas distorções cognitivas em crianças com uma série de dificul­ dades. Descobriu-se que as crianças com transtornos cognitivos percebem erra­ damente eventos ambíguos como ameaçadores (Kendall et al.,

1992). Elas ten­

dem a ser excessivamente autofocadas e hipercríticas, e a relatar níveis aumenta­ dos de diálogo interno e expectativas negativas (Kendall e Panichelli-Mindel, 1995). Da mesma forma, as crianças agressivas percebem mais intenções agressivas em situações ambíguas e atêm-se seletivamente a menos pistas ao tomarem decisões sobre a intenção do comportamento de outra pessoa (Dodge,

1985). Foi desco­

berto que as crianças deprimidas fazem mais atribuições negativas do que as não­ deprimidas e têm mais probabilidade de atribuir os eventos negativos a causas internas estáveis e os eventos positivos a causas externas instáveis (Bodiford et al.,

1988; Curry e Craighead, 1990). Elas têm percepções distorcidas do próprio

desempenho e dão atenção aos aspectos negativos dos eventos seletivamente (Kendall et al.,

1990; Leitenberg et al., 1986; Rehm e Carter, 1990).

As intervenções que se referem às distorções cognitivas preocupam-se em

aumentar a consciência da criança sobre cognições, crenças e esquemas

disfuncionais e irracionais e em facilitar o seu entendimento dos efeitos destes sobre o comportamento e as emoções. Tipicamente, os programas envolvem al­ guma forma de automonitoramento, identificação de cognições desadaptadas, verificação de pensamento e reestruturação cognitiva. Foram descobertos déficits nos processos cognitivos, como a incapacidade de engajar-se no planejamento da ação ou na resolução de problemas, em crian­ ças e adolescentes com problemas de autocontrole, como o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), e também em crianças com dificuldades interpessoais (Kendall,

1993; Spence e Donovan, 1998). Por exemplo, observou­

se que crianças agressivas têm capacidades limitadas de resolução de problemas e geram menos soluções verbais para dificuldades (Lochman et al., al.,

1991; Perry et

1986). Descobriu-se que as crianças com fobia social apresentam déficits de

habilidades sociais, e as anti-sociais demonstram capacidades de percepção so­

cial ruins (Chandler, 1973; Spence et al., 1999). As intervenções da terapia cognitivo-comportamental que se referem aos déficits cognitivos preocupam-se primariamente com o ensino de novas capad-

15

dades cognitivas e comportamentais. Com freqüência, os programas envolvem resolução de problemas sociais, aprendizado de novas estratégias cognitivas (p. ex., treinamento auto-instrutivo e diálogo interno positivo/encorajador), prática e auto-reforço. Entender como crianças e adolescentes interpretam cognitivamente even­ tos e experiências é uma exigência fundamental da terapia cognitivo-comporta­ mental e deveria informar a natureza da intervenção cognitiva oferecida. Entre­ tanto, sabe-se relativamente pouco sobre os déficits ou as distorções cognitivas que alicerçam muitos problemas infantis. Os avanços no trabalho com adultos que sofrem de estresse pós-traumático e transtornos obsessivo-compulsivos des­ tacam a importância de entender a forma como o trauma ou a compulsão é avaliado (Ehlers e Clark, 2000; Salkovskis, 1999). O transtorno de estresse pós­ traumático (TEPT) persistente pode estar associado a processos cognitivos distorcidos, que resultam na avaliação do trauma como uma séria ameaça cor­ rente (Ehlers e Clark, 2000). Da mesma forma, as cognições que alicerçam mui­ tos transtornos obsessivo-compulsivos relacionam-se a cognições e estimativas distorcidas a respeito de uma responsabilidade exagerada por danos (Salkovskis, 1999). Ainda não foi determinado se essas distorções também se aplicam às crian­ ças, mas obviamente é necessário mais trabalho para melhorar o nosso entendi­ mento dos processos cognitivos que subjazem aos problemas e transtornos psico­ lógicos dessa faixa etária.

• •

As crianças com problemas psicológicos apresentam déficits e distorções cog­ nitivos. Há necessidade de entender mais sobre os processos cognitivos associados aos problemas psicológicos nos crianças.

O termo terapia cognitivo-comportamental é utilizado para descrever uma gama de intervenções diferentes, embora elas freqüentemente compartilhem uma sé­ rie de aspectos essenciais (Fennel, 1989).

A TCC é determinada teoricamente A

terapia cognitivo-comportamental é baseada em modelos testáveis empirica­ mente, que fornecem os fundamentos para a intervenção (i. e., o afeto e o com­ portamento são determinados amplamente pelas cognições), além do enfoque e da natureza da intervenção (i. e., desafiar as distorções ou retificar as deficiências). A terapia cognitivo-comportamental é uma intervenção racional e coesa - não simplesmente uma coleção de técnicas díspares.

A TCC é baseada em um modelo colaborativo Um aspecto fundamental da terapia cognitivo-comportamental é o processo de colaboração pelo qual ocorre. O jovem tem um papel ativo na identificação das suas metas, estabelecendo alvos, experimentando, praticando e monitorando seu desempenho. A abordagem é projetada para facilitar um autocontrole maior e

16

mais efetivo, com o terapeuta fornecendo uma estrutura de apoio para que isso ocorra. Seu papel é desenvolver uma parceria na qual o jovem é capacitado a atingir um melhor entendimento dos seus problemas e a descobrir maneiras al­ ternativas de pensar e comportar-se.

A TCC tem uma duração limitada Ela é breve e de duração limitada, freqüentemente consistindo em não mais de

16

sessões e, em muitos casos, bem menos do que isso. A natureza breve da interven­ ção promove a independência e encoraja a auto-ajuda. Esse modelo é prontamente aplicável ao trabalho com crianças e adolescentes, para os quais o período típico de intervenção é consideravelmente mais breve do que para os adultos.

A TCC é objetiva e estruturada

É uma abordagem objetiva e estruturada que guia o jovem por meio de um pro­ cesso de averiguação, formulação de problemas, intervenção, monitoramento e avaliação. As metas e os alvos da intervenção são definidos explicitamente e re­

vistos regularmente. Há uma ênfase na quantificação e na utilização de classifica­ ções Cp. ex., a freqüência de comportamentos inadequados, o vigor das crenças em pensamentos disfuncionais ou o grau de sofrimento vivenciado). O monitoramento e a revisão regular fornecem um meio de avaliar o progresso pela comparação do desempenho atual em relação a avaliações iniciais.

A TCC tem um enfoque no aqui e agora As intervenções da terapia cognitivo-comportamental enfocam o presente, lidan­ do com problemas e dificuldades atuais. Elas não procuram "descobrir traumas

precoces inconscientes ou as contribuições biológicas, neurológicas e genéticas para a disfunção, mas, em vez disso, empenham-se em construir uma maneira nova e mais adaptativa para processar o mundo" (Kendall e Panichelli-Mindel,

1995). Essa abordagem tem um alto valor manifesto para as crianças e os adoles­ centes, os quais podem estar mais interessados e motivados em tratar de ques­ tões do aqui e agora, em tempo real, em vez de entender suas origens.

A TCC é baseada em um pr()[�o orientado de autodescoberta e experimentação Ela é um processo ativo que encoraja o autoquestionamento e o desafio de pres­ supostos e crenças. O cliente não é simplesmente um receptor passivo dos conse­ lhos ou das observações do terapeuta, mas é encorajado a desafiar e aprender por meio de um processo de experimentação. A validade de pensamentos, pres­ supostos e crenças é testada, explicações alternativas são descobertas, e manei­ ras novas de estimar os eventos e de comportar-se são experimentadas e avaliadas.

A TCC é uma abordagem baseada nas habilidades A TCC fornece uma abordagem prática, baseada nas habilidades, para aprender padrões alternativos de pensamento e comportamento. Os jovens são encoraja-

17

dos a praticar na sua vida cotidiana as habilidades e idéias discutidas durante as sessões terapêuticas, sendo as tarefas de casa

um

elemento essencial de muitos

programas.

• • • • • • •

A rce é determinada teoricamente.

É baseado em um modelo de coloborao;;õo otiva. É breve e de durco;;õo limitado. É objetivo e estruturado.

Enfoco problemas atuais. Encorajo o outodescoberto e o experimentação. Defende uma abordagem de aprendizagem baseado nos habilidades.

o propósito geral da terapia cognitivo-comportarnental é aumentar a autocons­

ciência, facilitar o auto-entendimento e melhorar o autocontrole pelo desenvol­

vimento de habilidades cognitivas e comportamentais mais apropriadas.

A rce

ajuda a identificar pensamentos e crenças disfuncionais predominantemente ne­ gativos, enviesados e autocríticos. Os processos de automonitoramento, educa­ ção, experimentação e testagem (ou verificação) resultam na substituição desses pensamentos e crenças por cognições mais positivas, equilibradas e funcionais, que reconhecem as capacidades e os sucessos. Os déficits cognitivos e comporta­ mentais são identificados, e novas habilidades cognitivas de resolução de proble­ mas e maneiras de comportar-se são aprendidas, testadas, avaliadas e fortalecidas.

É desenvolvido um entendimento maior da natureza e das razões subjacentes aos

sentimentos desagradáveis, à medida que eles são substituídos por emoções mais

agradáveis. Finalmente, novas habilidades cognitivas e comportamentais permi­

tem que situações novas e difíceis sejam enfrentadas com sucesso, de maneira mais adequada. O processo ajuda a levar o jovem de um ciclo disfuncional para funcional, conforme ilustrado na Figura

Ciclo disfuncional

mais

1.2.

Ciclo funcional

Pensamentos

Pensamentos

Exogerodomente negativos

Mais positivos

Autocríticos

Reconhocem o sucesso

Seletivos e enviesados

Equilibrados, roconhecem capacidades

Comportamento

Sentimentos

Comportamento

Evitativo

Incomodado

Confrontador Persistente

Pouco determinado Inapropriado

Ansioso Deprimido Enroivecido

Figura 1.2 Cidos funcionais e disfuncionois.

1I

um

Adequado

Sentimentos Contente Relaxado Feliz Calmo

Devido à variedade de influências que contribuíram para o desenvolvimento da terapia cognitivo-comportamental, não é surpreendente que ela tenha se toma­ do um termo genérico, usado para descrever uma gama de técnicas e estratégias, utilizadas em seqüências e permutações diferentes. Os componentes específicos da intervenção devem ser determinados pela formulação do problema, a qual irá informar o enfoque e a natureza do programa. As intervenções devem ser especí-

""'i1iCil'CI;'o e p.kc,di. Prec..6a escrever tnQÍ5" Jl4IIe, e certlflqwe,-se de responder à qwestão.

.:2. Motemátjç.a 7(K). M�o bem, JIlIie. Botn trobailo. 3. Motemátjç.a 7(K). Vá etn frente, JIlIie.

\.I. Inglê.s \.IfK>. Por favor, responda às qwestões, JIlIie. 5. Geografia 6{K>. Bonito tnapo. 6 . Arte 'U'O. frobalho excelente. 7. Inglê.s .:2{'O. Por favor, venha falar cotnlgo, JIlIie. Isso não está bom o b�tante.

�. Histõrb 5(K). Não ê o sell meilor trobailo.

'I. Matemátjç.a �fK>.Botn trobailo. 1:). Inglé5 l/fV. Ccnfi'a asIlO crtcg-afla e, pcrfa'VCl', tnertcre a letra.

Esse teste mostrou que Julie estava tendo problemas com o inglês. Como elo pensara, vinho tirando notas ruins e nõo estava querendo responder às questões. O seu professor de história também pensava que elo podia fazer melhor, mas os notas que obteve nos outros cinco tarefos de matem ótica, arte e geografia eram boos. Afinal, era possível 123

encontrar uma maneiro mais equilibrado de pensar sobre a suo lição de caso.

Jogue-os fora Os pensamentos ficam correndo pelo nosso cabeço. ... Ninguém os escuta. ... Ninguém os questiono. ,

As vezes, é útil esvaziarmos as nossas cabeças e nos livrarmos desses pensamentos. No finol do dia, anote seus pensamentos negativos em uma folha. Se quiser, pode escrevê-los no computador e imprimi-los. Pense em todos eles e anote-os. Depois de terminar, ornasse o papel com forço e jogue os pensamentos no cesto de lixo.

' ;>' f



H6 maneiros diferentes pelos quais você pode tomar o controle e desafiar seus pensamentos .



Provavelmente, você precisor6 utilizar uma série de métodos.



O método que escolher nem sempre ser6 bem-sucedido.



Quanto mais exercitar, mais f6cil se tornar6, então pratique.

. .

,

,



124

Teste seus pensamentos e suas crenças 1. Qual é o pensamento/crença negativa que você escuta com mais freqüência?

2. Utilize o Termômetro do Pensamento da página 1 03

para classificar a intensidade com que acredita nesse pensamento.

3. Que experimento você poderia montar para testa r se isso é verdadeiro?

4. Quando fará o seu teste?

5. Se o seu pensamento/sua crença fosse verdadeiro, o que você prevê que aconteceria?

6. O que aconteceu?

7. Utilize o Termômetro do Pensamento para classificar

com que intensidade você acredita nesse pensamen­ to agora.

125

o desafiador de pensamentos Com a ajuda do Rastreodor de Pensamentos, identifi­ que os pensamentos inúteis ou negativos que escuta com mais freqüência.

o

meu pensamento negativo mais comum é . . .

Procure todas as evidências. O que seria um pensamento mais equili­ brado? Um pensamento mais equilibrado é. . .

Quando notar esse pensamento negativo:

1 . diga PARE para si mesmo

2. repita seu pensamento equilibrado duas ou três vezes - isso ojudoró o baixar o volume do seu pensamento negativo

;0:



... E útil exercitar o pensamento equilibrado. Quando levantar, toda manhã, repito-o para si mesmo duas ou três vezes. ,.. Não escute seus pensamentos negativos. Desafie-os e baixe o volume.

126

Procurando o positivo Parece que sempre notamos os coisas que não estõo totalmente certos, mas nõo somos muito bons poro perceber os coisas boas ou positivas que acontecem. A cada noite, antes de dormir, pense em três coisas que acontece­ ram que fizeram você se sentir bem. Pode ser qualquer coiso, como: ... pensamentos bons sobre si mesmo ... pensamentos positivos sobre o que fez ou conseguiu ... atividades que o fizeram sentir-se bem ... coisas que outros disseram que o fizeram sentir-se bem A cada dio, anote três coisas, ou em um diório particular, ou em uma grande folha, no parede do seu quarto. Se não puder pensar em três coisas boas, entõo peço que alguém o ajude. " '' A' v-

... Ver a lista crescer ojudar6 você o observar as coisas positivas que lhe acontecem.

127

Fala interna positiva Não somos muito bons poro reconhecer nossas con­ quistas. Com freqüência, pensamos sobre as coisas que deram errado ou que nõo estão totalmente certos. Quando isso acontece, é útil desafiar os nossos pensa­ mentos negativos com a falo interna positiva. Anote alguns dos seus pensamentos negativos no finol de cada dia. Os meus pensamentos negativos foram:

Confira seus pensamentos e vejo se deixou de fora alguma coisa positivo. coisas positivas que não vi foram:

Qual seria a sua fala interna positiva?

'0' "





... Você pode achar isso difícil inicialmente, mos não se preocupe. Quanto mais exercitar, mais fácil se tornará. ,.. A pr6xima vez que escutar os pensamentos negativos, desligue-os, procure o sucesso e utilize a fala interna positiva.

128

Fala interna de enfrenfamento Alguns dos nossos pensamentos nõo são úteis. De fato, eles nos fazem sentir mais ansiosos ou preocupados. Esses pensamentos nos levam o pensar que os coisas darão errado e a esperar que aconteçam coisas ruins. Aprender a identificar e a substituir esses pensamentos pela fala interna de enfrentamento ajudoró você a se sentir melhor. Com o ajudo do Rastreador de Pensamentos, pense sobre uma situação ou evento que o faz sentir-se ansioso ou incomodado. Quando estiver nessa situação, anote ou desenhe um quadro dos pensamentos que passarem pela sua cabeça. Depois de ter feito isso, pense sobre como desafiar esses pensamentos com o fala interna de enfrentomento. situação ou evento que me faz sentir ansioso ou preocupado é:

Os pensamentos que me fazem sentir ansioso são:

A minha falo interno de enfrentamento é:

'0' .



.



Na próximo vez em que estiver nessa situação, utilize a falo interna de enfrentamento para sentir-se melhor. -

129

o IIcofre de preocupaçõesll Algumas vezes, é difícil parar de preocupar-se e desli­ gar os pensamentos que estão circulando pela cabeço. Quando isso acontece, pode ser útil desenhar esses pensamentos ou anotá-los em um papel e trancá-los!

... Encontre uma caixa e faça o seu pr6prio cofre de pensamentos. Escolho as cores e pinte como quiser: arranje um lugar paro ele. ... Quando achar que nõo pode interromper suas preocupações, encontre um papel e escrevo-as ou desenhe-as nele. ,. Quando tiver acabado, tranque-os no seu cofre. ... No final da semana, destranque seu cofre e converse sobre as suas preocupações com mamãe, papai ou alguém em quem confie.

'0' . .





,

130

... Quando as suas preocupações estiverem no cofre, ficor6 mais difícil para elas incomodarem você.

Desligue a fita do gravador Em alguns momentos, você pode ouvir as mesmas preocupações ou pensamentos negativos várias e vórias vezes. E como escutar uma fita que está sendo tocada dentro do sua cabeço. ,

.:4).

... ... ... ...

A fito repete e repete. Os mesmos pensamentos sõo ouvidos continuamente. A fita nunca é trocado . O volume nunca é baixado.

Nesses momentos, é útil aprender a desligar a fita do gravador.

Passo J : Imagine o seu toca-rifas •

Imagine um toca-fitas tocando continuamente dentro do sua cabeça.



Você pode achar que olhar para um toca-fitos real irá ajudá-lo a imaginar um bom quadro.



Olhe paro o toca-fitas realmente e veja como ligá-lo e deslig6lo, onde se coloca a fita e como pode mudar o volume.

Passo 2: Imagine poror a fita •

Pense nesse quadro e imagine a si mesmo colocando uma fita no toca-fitas.



Conforme você o liga, a fita começa a tocar e você escuta suas preocupações e seus pensamentos negativos.



Agora, imagine desligar o toca-fitas. Concentre-se realmente no botão de NdesligarN e note como os pensamentos param quando você aperta o botão.



Exercite ligar e desligar o toca-fitas e note como o botão NdesligarN pára seus pensamentos negativos.

Lembre que quanto mais exercitar, mais fácil se tornará.

131

Exercite ter sucesso Com freqüência, ao enfrentarmos desafios novos ou difíceis, pensamos que nõo teremos sucesso. Somos muito bons em prever o fracasso e pensar que as coisas vão dor errado. Pensar assim farô com que nos sintomos ansiosos e relutemos em tentar qualquer coisa nova ou desafiadora. Uma maneiro útil de avançar é imaginar um quadro do seu desafio e fazer uma falo interna de tudo o que acontecerá, mas, dessa vez, mudando o finol, de modo que você tenha sucesso.

Passo , : Imagine o seu desafio

Imagine um quadro tão real quanto possível e descrevo o seu desafio detalhadamente. Pense sobre: • • • •

quem estará 16 o hora do dia o que estará vestindo os cores, os cheiros e os sons.

Posso 2: Repito em voz alta o seu desafio

Agora, pense sobre o que acontecerá. Repita em voz alta o seu desafio. • • • • •

'O'

O que você fará? O que você dirá? O que os outras pessoas farão? O que dirão? O que acontecerá?

. .

,

132

,

Exercitar algumas vezes ajudará você o se preparar e pode auxiliá-lo a reconhecer que, embora seja difícil, você pode começar o imaginar como é ter sucesso.

Parada de pensamento Algumas vezes, os mesmos pensamentos inúteis ficam circulando em nossas cabeças. Quanto mais os ouvimos: ... mais acreditamos neles ... mais procuramos evidências que os apóiem Com freqüêncio, quando conferimos, descobrimos que estornos vendo somente parte do quadro - geralmente a parte negativo. E importante tentar parar esses pensamentos. ,

Uma maneira útil de fazê-lo é colocar um elástico no seu pulso.

Quando notar que está escutando os mesmos pensamentos inúteis, puxe o elástico e o solte em direção a seu pulso.

" -' n' v-

,

elástico doerá um pouquinho, mas isso provavelmente vai parar esses pensamentosl o

133

CAPiTuLO DEZ ..

voce se Provavelmente, cada dia você nota que tem uma série de senti­ mentos diferentes. Por exemplo, você poderia:

� acordar sentindo-se ansioso quanto a ir à escola; ... sentir-se alegre no ônibus escolar conversando com os amigos; ... sentir-se enraivecido quando seu amigo esquece de trazer o CD que você queria emprestado; ... sentir-se estressado ao completar o sua lição de casa de história; ... sentir-se relaxado 00 assistir à TV no final do dia. Você descobrirá que: ... alguns desses sentimentos durarão somente um breve momento;

... outros continuarão se repetindo; ... alguns serõo tão fracos que você poderá nem notá-los; ... outros serão muito fortes e parecerõo dominar. nosso primeiro trabalho é descobrir mais sobre os tipos de sentimentos que você tem. Isso nõo é sempre fócil porque: o

... nem sempre somos muito bons para identificor nossos sentimentos; ... com freqüência, agrupomos todos os nossos sentimentos sob um s6 r6tulo. Paro descobrir seus sentimentos, você pode precisar do ajudo do Descobridor de Sentimentos. O Descobridor de Sentimentos pode auxilió-Io a perceber: ... ... ... ...

que sentimentos você tem; quais sentimentos sõo os mais fortes; onde é mais prov6vel que você tenha esses sentimentos; que pensamentos acompanhom esses sentimentos. 135

Que sentimentos eu tenho? Aprender o identificar seus sentimentos é importante, pois o auxiliará o controlá-los. Por exemplo, exercícios de respiração podem ajudar com sentimentos de ansiedade ou preocupação, mas nõo com sentimentos de tristezo. Três dos mais fortes e mais comuns sentimentos desagradáveis sõo o estresse, a tristeza e o raiva.

'" Estresse Quando as pessoas se sentem estressodos ou magoadas, notam uma série de sintomos diferentes. Os sinais de estresse variam de uma pessoa poro outra, mos podem incluir:

'" mal-estar



� ' "

'1



estômago embrulhado



folta de ar



suor



pernas pesados e/ou trêmulas



face ruborizada

'" sensação de estar desligado '" desmaios �

dores musculares



broncos mentais

'" dificuldade de tomar decisões '" Tristeza Todos se sentem tristes em um momento ou outro, mos, poro algum os pessoos, esse sentimento domino o suo vido e elos ocabam se sentindo muito deprimidos. Elos podem se descobrir: ... chorosas com regularidade ... chorando sem uma razão cloro ou por pequenos coisas 136

� � � � � �

acordando de manhã cedo tendo dificuldade poro dormir à noite sentindo cansaço constante e folta de energia tendo falto ou perda do apetite tendo dificuldade de concentração



� � � � � �

� > o � o u

sentindo perda de interesse nas coisas de que costumavam gostar

� passeando menos Por esses sentimentos produzirem algumas reações físicas muito fortes, às vezes os pessoas acabam pensando que estõo doentes ou passando moI. Esses sintomos tornam-se o razão por que evitam ou param de fazer coisas. ... "Nõo estou dormindo e não consigo me concentrar, então desisti do meu emprego de final de semana." Essas reações físicas sõo muito reais, mos você nõo est6 passando mal. Pode ser uma porte do armadilha, em que seus pensamen­ tos negativos criam esses sintomas. Se estó inseguro ou quer certificar-se de que nõo tem problema físico, entõo confiro isso conversando com seu médico.

Raiva A raiva é um sentimento muito comum e pode ser expressa de vórias moneiros diferentes:

� .� � -t< � � � " � �

gritando, berrando suando e ameaçando jogando coisas quebrando coisas batendo portas dondo socos, chutando, lutando desejando ferir-se

137

Os sentimentos e o que você faz Os sentimentos nõo aparecem apenas repentinamente. Em geral, há algo que os desencadeia. Se você recordar o Círculo M6gico, irá se lembrar de que o modo como se sente é afetado pelo que você faz e pelo que pensa. O Descobridor de Sentimentos tem ajudado as pessoas a aprende­ rem que elas têm sentimentos diferentes em lugares diferentes. ... No escola, você pode se sentir ansioso. .. Em cosa, pode se sentir relaxado. .. Na cidade, pode se sentir preocupado. Você notará sentimentos diferentes quando se engajar em atividades diferentes. ,.

Ao

assistir à TV, pode se sentir calmo.

.. Conversando com pessoas, pode se sentir ansioso. .. Ao estudar matemótica, pode se sentir alegre. ..

Ao

praticar esportes, pode se sentir tenso.

Você também notará que se sente diferente com pessoas diferentes. ... Com seu pai, pode se sentir bravo. ... Com seu melhor amigo, pode se sentir relaxado e confiante. ... Com seu professor, pode se sentir alegre. ... Com sua irmã, pode se sentir estressado.

Os sentimentos e o que você pensa A moneiro como pensamos causa sentimentos. ...

Se

você pensa que não tem amigos, pode se sentir triste.

...

Se

você pensa que é rejeitado, pode se sentir preocupado.

... Se você pensa que fez bem a lição de cosa, pode se sentir satisfeito.

138

Juntando tudo Se você juntar isso tudo, provavelmente começaró o notar um padrão.

o que você faz

Como se sente

o que você pensa

Ficar sozinho em caso

Triste

Eu nõo tenho amigos

Sair com Jim

Alegre

Sempre rimos muito juntos

Ir à escolo

Estressado

Simplesmente não dou conta do meu trabalho

Sair para comprar roupas

Enraivecido

Nunca encontro nada que fique bem em mim

Tomar um banho

Relaxado, calmo

,

E bom ficar deitado aqui

A forma como nos sentimos depende do que fazemos e do que pensamos. Tente identificar os sentimentos diferentes que você tem. Confira se seus sentimentos mais intensos estão ligados o pensamentos particulares ou ao que você foz.

139

Pensamentos e sentimentos Pensamentos que me fazem sentir BEM:

1

2

3

Pensamentos que me fazem sentir INCOMODADO:

1

2

3

140

====� � Atividades e sentimentos Atividades que me fazem sentir BEM:

1

2

3

Atividades que me fazem sentir INCOMODADO:

1

2

3

141

o caça-palavras do

Descobridor de Sentimentos

Você pode encontrar estes sentimentos que o Descobridor de Sentimentos escondeu? Alegre

Enraivecido

Amedrontado

Temeroso

Irritadiço

Tenso

Ansioso

Infeliz

Preocupado

Magoado

Triste

Excitado

Deprimido

Colmo

Choroso

Inseguro

Relaxado

Culpado

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Confuso

Apavorado

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Quais são os seus sentimentos mais comuns? 142

====� � Que sentimento vai aonde? Temos sentimentos diferentes em lugares diferen­ tes. Utilize cores diversos e desenhe uma linha de cada lugar para o sentimento que descreve melhor como você se sente.

(

)

Em coso



(

)

Na escola

Com outras

(

crianças

FOlendo compras

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No como, à noite

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Com momõe ou po POi

Com meu melhor amigo

(

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_ _ _ 5o _ _ _ '_ 00 _ _ _ i "_

/

\ triste

alegre

preocupado

\ temeroso

colmo

enraivecido

/ excitado

relaxado

apavorado

\

/ / entediado

\ cheio

aborrecido

143

Meus sentimentos .. Pense sobre todos os sentimentos diferentes que você tem (agradáveis e desagradáveis) e desenhe-os ou anote-os em uma folha. .. Escolha uma caneta ou lápis colorido poro cada sentimento (você poderio escolher olgo como vermelho para feliz, azul paro triste, etc.). .. Utilize essas cores para desenhar seus sentimentos na figuro abaixo. ,. Tente mostrar o quanto tem de cada sentimento .

...

144

====� � o que acontece quando me sinto triste?

Pense sobre alguma coisa que fez você se sentir real­ mente triste e infeliz. Como outra pessoa saberia que você se sentiu assim?

Como a suo face fica quando você está triste?

Como o seu corpo fica quando você está infeliz?

Como você se comporto quando está infeliz?

Durante quanto tempo você se sente infeliz? Nunca

1

2

Todo o tempo

3

4

5

6

7

8

9

10

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o que acontece quando me sinto enraivecido?

sobre alguma coisa que fez você se sentir realmente contrariado e enraivecido. Como outra pessoa saberia que você se sentiu assim?

Como o sua face fica quando você esló enraivecido?

..

,0\

Como o seu corpo fico quando você esló enraivecido?

..

Como você se comporta quando estó enraivecido?

Durante quanto tempo você se sente enraivecido? Nunca

1

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2

Todo o tempo

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7

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====� � o que acontece quando me sinto ansioso?

Pense sobre alguma coisa que fez você se sentir realmente ansioso ou tenso. Como outro pessoa saberia que você se sentiu assim?

Como a sua face fica quando você está ansioso ou tenso?

.

-

Como o seu corpo fica quando você está ansioso ou tenso?

Como você se comporta quando está ansioso ou tenso?

Durante quanto tempo você se sente ansioso ou tenso? Nunca

1

2

Todo o tempo

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o que acontece quando me sinto feliz?

Pense sobre alguma coisa que fez você se sentir realmente feliz. Como outra pessoa saberia que você se sentiu assim?

o sua face fico quando você está feliz?

Como o seu corpo fica quando você está feliz? )

Como você se comporta quando está feliz?

Durante quanto tempo você se sente feliz? Nunca

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Todo o tempo

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====� � Sentimentos e lugares Pense sobre todos os seus sentimentos diferentes e . anote-os em uma folha de papel. Faço uma listo de lugares, pessoas e atividades principais na suo vida. A lista poderio incluir alguns dos seguintes itens:

1. mamãe

2. pOpOI

.

3. avós

4. melhor amigo(o) 5. outras crianças

6. escola

7. caso

8. lazer/atividades no clube

9. praticar esportes, jogos, ler um livro

10. na como, à noite 1 1 . assistir à TV

12. fazer trabalho escolar 13. ir o um lugar novo 14. ir à escola

15. estar com os amigos

Escolho quais sentimentos võo com cada um dos aspectos citados. o

que dó o você os sentimentos mais agradóveis?

o

que dó a você os sentimentos mais desogradóveis?

149

o Termômetro de Sentimentos Utilize o Termômetro de Sentimentos para mostrar a intensidade do seu sentimento.

1 O Muito intenso

9 ,

q

8 7

Razoavelmente Intenso



(f 6 5 4

Fraco

3 2 1 ISO

Muito fraco

o Descobridor de Sentimentos

ajudou-nos o descobrir que os lugares onde estamos ou os coisas que fazemos às vezes produ­ zem sentimentos intensos. Por exemplo, você pode notar que: ... se sente ansioso quando sai; ... se sente calmo e seguro em casa; ... se sente preocupado quando est6 com os outros; ... se sente relaxado e feliz sozinho. Procuramos fazer coisas ou estar em lugares que nos dão senti­ mentos agradáveis e tentamos evitar aqueles que nos fazem sentir incomodados. Isso parece fazer sentido. Afinal, nenhum de nós quer se sentir incomodado durante a maior parte do dia. Mas, às vezes, seus sentimentos dominam e impedem ou limi­ tam o que você quer realmente fazer. ... Você pode querer sair, mas porque se sente tão ansioso, sente-se incapaz de ir. ... Você pode querer estar com os amigos, mas porque se sente tão preocupado, sente-se incapaz de vê-los. ... Você pode querer telefonar para um amigo, mas porque se sente tão infeliz, sente-se incapaz de fazê-lo. Nesses momentos, a maneira como você se sente está impossibili­ tando ou impedindo você de fazer aquelas coisas que quer real­ mente fazer. Aprender a controlar seus sentimentos ajudar6 a romper essas barreiras. O Descobridor de Sentimentos mostrou que podemos aprender a controlar os nossos sentimentos de formas diferentes.

151

Aprenda a relaxar Há diversas maneiras pelas quais você pode aprender o relaxar. Alguns métodos o levarõo, por meio de uma série de exercícios físicos, a tencionar e a relaxar cada um dos grandes grupos musculares do seu corpo. Outros o ensinarão a imaginar cenas relaxantes, que ajudarão você o se sentir mais alegre. E importante lembrar os pontos seguintes. ,

.. Nõo há uma maneira única de relaxar. ...

As

pessoas acham métodos diferentes úteis em momentos diferentes.

,

... E importante descobrir o que funciona para você.

li' Relaxamenta física Geralmente, esse método levo cerca de 1 0 minutos e é muito eficaz se você se sente constantemente tenso e magoado. Utilizando uma série de exercícios breves, todos os principais grupos musculares do seu corpo são tencionados por cerco de 5 segundos e depois relaxados. Concentre-se em como sente os músculos quando eles estão tensos e quando estão relaxados. Você perceberá que algumas partes do seu corpo estarão mais tensos do que outras, então tente descobrir as áreos muito tensos. No final da sessão, você deverá se sentir completamente relaxado, então desfrute esse sentimento agradável. Muitos pessoas gostam de fazer esses exercícios antes de irem pora o cama. Não importa se você cair no sono. Como todos, quanto mais exercitar, melhor e mais ropi­ damente ficará relaxodo. Há vários fitas que você pode comprar que o ensinam a relaxar. Esco­ lha umo que goste e ache repousante. Se não conseguir encontrar umo, tente os exercícios seguintes. Antes de começar, lembre os pontos abaixo. Escolha algum lugar acolhedor e silencioso. Sente-se em uma cadeira confortável ou deite-se na sua cama. Escolha um momento em que não vá ser interrompido. Tencione seus músculos apenas o bastante para observar como os sente. Não exagere. .. Tencione seus músculos por cerca de 3 a 5 segundos. .. Tencione cada grupo muscular duas vezes. .. Depois de ter tencionado um músculo, tente não o mover novamente. ... ... ... ...

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� Exercícios rápidos de relaxamento Braços e mãos: Cerre os punhos, ponho seus braços retos para

a frente. Pernas e pés: Force os dedos para baixo, levante os pernas

suavemente e estique-os no sua frente. Estômago: Aperte os músculos da barriga, respire e segure. Ombros: Jogue os ombros para trás. Pescoço: Empurre a cabeça contra o poltrona ou o cama. Face: Faço caretas, aperte bem os olhos e feche bem os lábios.

Exercício físico Algumas pessoas acham que exercícios físicos sõo tão efetivos quanto tencionar e relaxar os músculos sistematicamente. Afinal, os exercícios físicos fazem exatamente a mesma coisa - tencionam e relaxam seus músculos. Uma boa corrida, uma caminhada rápida ou nadar podem ajudar você o livrar-se de quaisquer sentimentos de raiva ou ansiedade. Se os exercícios físicos funcionarem para você, utilize-os. Pode ser particulormente eficaz experimentá-los nos momentos em que você observor sentimentos desagradáveis intensos.

Controle da respiração Há momentos em que você começo o ficor tenso ou enraivecido subitamente e, nessas ocasiões, não tem tempo para fozer os exercícios de relaxamento. o controle da respiração

é um método rápido pelo qual você pode se concentrar e ganhor o domínio da sua respiração. E possível utilizar esse método em qualquer lugar e, geralmente, as pessoos nem sequer notam o que você está fazendol ,

Inspire lento e profundamente, segure a respiração por 5 segun­ dos e, depois, expire lentamente. Enquonto respira, digo para si mesmo "relaxe". Fazer isso algumas vezes ajudará você a recon­ quistar o controle do seu corpo e o se sentir mais calmo. 153

Cenas tranqüiliza ntes Com esse método, você se sente mais confortável pensando sobre as coisas que acha agradáveis ou repousantes. Pense no lugar dos seus sonhos. Pode ser algum local onde esteve ou um lugar imaginário. Imagine uma cena e torne-Q tõo repousante e pacífica quanto possível. Tente torná-lo o mais real que puder e pense sobre o seguinte: ,. o ruído das ondas quebrando na praia; ,. o vento soprando nos árvores; .. o cheiro do mar ou o aroma dos pinheirais; ,. o sol morno na sua face; ,. o vento soprando o seu cabelo suavemente. Exercite imaginar o seu lugar relaxante e, se começar a sentir-se inco­ modado, volte a imaginar a cena. Concentre-se realmente no seu cenário repousante e veja se isso o ajudo a relaxar.

Atividades relaxantes Provavelmente, existem algumas coisas que você gosta de fazer e que o fazem se sentir bem. Exemplos dessas coisas poderiam incluir: .. ler um livro; .. assistir à TV; .. escutar músico; .. levar o cachorro para passear. Se uma atividade particular foz você se sentir bem, então tente pratic6lo quando notor sentimentos desogradóveis. Você pode ser copoz de fazê-Ia em certos momentos, mos se est6:

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... sentado sozinho, preocupondo-se com o omonhã, tente ler um livro; ... sentado no seu quorta, sentindo-se infeliz, tente assistir à televisãa; ... deitodo no como, sentindo-se onsiaso parque não consegue darmir, tente escutar músico; ... sentindo-se tensa, entãa leve a cacharro para passeor. Experimente e vejo se pade porar seus sentimentas desagra­ dáveis.

Prevenção Algumas vezes, estamos canscientes das nassos sentimentas, mos, cam freqüência, deixamos paro fazer algo sobre eles torde de­ mais. Nesses mamentos, os nossos sentimentos tornom-se inten­ sos demois e não importa o que façomos, simplesmente não conseguimos retomor o controle. Preciso mos oprender o identifi­ cor tois momentos pora tentar controlar os nossos sentimentos ANTES que fiquem muito intensos.

o temperamenta de Jimmy Com freqüência, Jimmy sentia muita roiva e ficavo muito magoo­ do. Isso porecio acontecer rapidomente e, quando ele perdio o controle, levova bostonte tempo pora se acoimar. Ele subio a escola da roiva muito ropidomente e, antes que pudesse paror, já tinho explodido. O Descobridor de Sentimen­ tos tentou ajudá-lo a gonhar mais controle sobre seus sentimen­ tos de raiva. Sugeriu que eles desenhossem um vulcão furioso paro ajudar Jimmy a descobrir o que ocontece quondo ele fica enraivecido.

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Suor, rubor

mentais

face,

um sonho
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