BIOSSEGURANÇA
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BIOSSEGURANÇA
É o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização (diminuição) ou eliminação de riscos inesperados às atividades de pesquisa, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços; riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. (Fundação Osvaldo Cruz)
ROTINAS COM PESSOAL NO CUIDADO A PORTADORES DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS A prevenção tem como foco o membro da equipe, portador de doença infecciosa, passível de contaminação de terceiros: Diarréia –– Lavar as mãos cuidadosamente após usar o banheiro e antes do manejo de pacientes ou equipamentos. Evitar trabalhar com crianças abaixo de 02 anos ou unidades de imunossuprimidos. Caxumba – O profissional deve ser afastado do trabalho até o término do período de transmissão: observar o pacientes que tiveram tiveram contato.
ROTINAS COM PESSOAL NO CUIDADO A PORTADORES DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS Varicela –– O profissional com varicela deve ser afastado do trabalho até o término do período de transmissão que vai do 10º ao 21º dia de contato; os imunossuprimidos devem receber gamaglobulina hiperimune para varicela zoster, os suscetíveis devem ser afastados do ambiente hospitalar. Escabiose –– O profissional deve ser afastado do trabalho até 24 horas após início da terapia adequada.
ROTINAS COM PESSOAL NO CUIDADO A PORTADORES DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS Resfriado –– O profissional deve lavar as mãos cuidadosamente, usar máscara e luvas de proteção para contato direto com crianças menores de 2 anos de idade; não entrar em contato com recém-natos, imunodeficientes e portadores de cardiopatia congênita. Herpes labial –– Lavar as mãos, usar máscara, evitar contato com recém-natos, imunodeficientes e queimados.
ROTINAS COM PESSOAL NO CUIDADO A PORTADORES DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS Sarampo – Se o profissional não teve a doença nem foi imunizado (suscetível) com contato, num tempo inferior a 72 horas deve receber a vacina contra o sarampo. Coqueluche com tosse - Deve confirmar o diagnóstico e ser afastado por 5 dias após o início de terapia específica. Outras doenças –– Encaminhar-se ao departamento de Médico do Trabalho ou obter orientações com a Comissão de Controle de de Infecção Hospitalar.
EXPOSIÇÃO A SANGUE E OUTROS FLUIDOS CORPORAIS O funcionário exposto a sangue e outros fluidos corporais deverá realizar: – –
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Lavagem exaustiva com água e sabão, em caso de contaminação cutânea; Em caso de lesão de pele, aplicar uma solução antiséptica (PVP – I álcool iodado, álcool glicerinado a 70%, clorhexidina a 2%), friccionando-a por pelo menos 30 segundos. Em caso de contaminação de mucosas, lavar com água (abundante) ou soro fisiológico.
EXPOSIÇÃO A SANGUE E OUTROS FLUIDOS CORPORAIS O funcionário exposto a sangue e outros fluidos corporais deverá realizar: –
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Procedimentos que aumentam a área exposta (cortes, injeções locais) e a utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito ou glutaraldeído, são contra-indicados. Procurar imediatamente a CCIH, o Setor de Medicina do Trabalho e/ou Pronto atendimento. O Setor de Pessoal deverá ser comunicado até 24 horas após a exposição acidental para o preenchimento da CAT - Comunicação de Acidentes de Trabalho.
O médico responsável pela assistência destas ocorrências deverá, com apoio da CCIH:
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Informar ao responsável exposto a chance de contaminação para Hepatites B ou C e AIDS, conforme seu estado vacinal. Orientar uso de vacina ou imunoglobulina conforme a situação epidemiológica para hepatite B do funcionário exposto e do paciente. Preencher protocolo para acompanhamento epidemiológico desses eventos, pois estes dados poderão ser analisados no futuro. Em caso de paciente internado, verificar situação epidemiológica para AIDS, Hepatite B ou C.
Exposição a doenças infectocontagiosas Acidentes com Material Potencialmente Contaminado: – – – – –
HIV HEPATITE B HEPATITE C DIARRÉIA INFECCIOSA MARSA.
HIV O risco ocupacional varia de 0,3 a 0,4%. O Proceder como o Protocolo para Exposição a sangue e outros fluidos corporais. A medicação do uso de anti-retrovirais. Todo caso de acidente deverá ser encaminhado à CCIH do hospital para que o mesmo seja notificado e decidida ou não a utilização de anti-retrovirais, assim como para o acompanhamento sorológico.
TESTES PARA DETECTAR A INFECÇÃO PELO HIV Há um risco de infecção menor que 1% para profissionais de saúde contrair o vírus HIV. São indicados em: – Pessoas com risco de serem portadoras (autoproteção) evitando a disseminação do vírus (contatos) – pertinente à Saúde Pública – Informação e Orientação ao portador. – Manejo de infecções oportunistas através do diagnóstico precoce, no curso de tratamentos clínicos onde não há a resposta esperada – seja hospitalar ou ambulatorial.
HEPATITE B O risco ocupacional varia de 0,5 a 43%. Recomenda-se que todos os profissionais de saúde sejam vacinados para o vírus da hepatite B. No esquema vacinal incompleto, está recomendada a realização de teste sorológico (anti-HBs) após a vacinação (um e seis meses após a última dose) para confirmação de presença de anticorpos protetores. A gravidez e a lactação não contra-indicam a utilização de vacina para o vírus B.
HEPATITE B A maior eficácia na profilaxia da Hepatite B com a utilização de gamaglobulina hiperimune (HIBG) poderá ser obtida dentro de 24 a 48 horas após o acidente e, se não vacinado, fazer a primeira dose de vacina. Não há benefício comprovado na utilização do HIBG após uma semana do acidente.
HEPATITE B Todo caso de acidente deverá ser encaminhado à CCIH do hospital para que o mesmo seja notificado e sejam adotadas medidas específicas e/ou acompanhamento sorológico. Em caso de não-vacinados de alto risco para para contaminação acidental é recomendável utilizar o esquema de vacinação encurtado – 0, 4 e 8 semanas. Nos casos de não vacinados com baixo risco de contaminação acidental é recomendável o esquema de 0, 1 e 6 meses (dose completa, IM, preferencialmente no músculo deltóide).
HEPATITE C O risco ocupacional ainda não é conhecido. O risco de transmissão do vírus de hepatite C está associado à exposição percutânea ou mucosa à sangue ou outro material biológico contaminado por sangue. Não existe nenhuma medida específica eficaz para redução do risco de transmissão após exposição ocupacional ao vírus da Hepatite C. Todo caso de acidente deverá ser encaminhado à CCIH do hospital para que o mesmo seja notificado e sejam adotadas medidas específicas e/ou acompanhamento sorológico.
DIARRÉIAS INFECCIOSAS – Observar sintomatologia em funcionários ou outros pacientes em contato com o portador de diarréia com características infecciosas. – Em surtos não controlados ou causados por Salmonella sp, sem fonte identificada, deve-se colher coprocultura de toda equipe hospitalar. – Em caso de surto no berçário, funcionários e pessoas que tenham contato com o paciente antes de medidas de precaução, deverão realizar coproculturas (3 amostras com intervalo mínimo de 48 horas entre elas).
DIARRÉIAS INFECCIOSAS – Funcionário com coprocultura positiva (Salmonella, Shigella, etc.) com ou sem clínica, deverá ser afastado iodo mínimo de 2 meses; realizar coproculturas de controle; alta ambulatorial após 3 exames negativos com intervalo de 48 horas entre eles. – Justificam-se estes cuidados acima uma vez que a transmissão de Salmonella pode ser prolongada em portador assintomático e as sequelas clínicas são severas em pacientes de alto risco como recém-natos idosos, imunocomprometidos e os gravemente doentes.
DIARRÉIAS INFECCIOSAS – Em geral, uma criteriosa higiene pessoal, principalmente a lavagem das mãos antes e depois do contato com os pacientes, reduz grandemente o risco de transmissão de patógenos entéricos, mas o uso de luvas plásticas descartáveis é fundamental para controlar um surto. – Boa higiene de rotina longe do trabalho diminui o risco de transmissão entre os contatos familiares.
ATITUDES DE RISCO PARA OS FUNCIONÁRIOS Não lavar as mãos antes e após cada procedimento. Não usar luvas no manuseio de sangue ou fluidos corpóreos. Realizar reanimação respiratória boca a boca sem equipamento (intermediário) de barreira. Atendimento aos pacientes politraumatizados ou não, sem EPI.
ATITUDES DE RISCO PARA OS FUNCIONÁRIOS Não respeitar protocolos de limpeza e desinfecção de equipamentos e ambiente hospitalar. Usar luvas sem estar prestando assistência a um paciente. Manejar desnecessariamente agulhas. Falta de higiene e limpeza pessoal. Descarte de perfurocortantes em embalagens impróprias.
RECOMENDAÇÕES PARA AVALIAÇÃO DO ACIDENTE Estabelecer o material biológico envolvido: sangue, fluidos orgânicos potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, liquor, líquido sinovial, líquido pleural, peritoneal, pericárdico e amniótico), fluidos orgânicos potencialmente não-infectantes (suor, lágrima, fezes, urina e saliva), exceto se contaminado com sangue.
RECOMENDAÇÕES PARA AVALIAÇÃO DO ACIDENTE Tipo de acidente: perfurocortante, contato com mucosa, contato com pele com solução de continuidade. Conhecimento da fonte: fonte comprovadamente infectada ou exposta à situação de risco ou fonte com origem fora do ambiente de trabalho. Fonte desconhecida.
ORIENTAÇÕES E ACONSELHAMENTO AO ACIDENTADO
Com relação ao risco do acidente. Possível uso de quimioprofilaxia. Consentimento para realização de exames sorológicos. Comprometer o acidentado com seu acompanhamento durante seis meses. Prevenção da transmissão secundária.
ORIENTAÇÕES E ACONSELHAMENTO AO ACIDENTADO
Orientar o acidentado a relatar de imediato os seguintes sintomas: linfoadenopatia, linfoadenopatia, rash, dor de garganta, sintomas de gripe (sugestivos de soroconversão aguda). Reforçar a prática de biossegurança e precauções básicas em serviço.
Notificação do acidente (CAT/Sinan) Registro do acidente em CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) e Preenchimento da ficha de notificação do Sinan (Portaria n.º 777) (BRASIL, 2004a).
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO NO ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO
Tipo de exposição. Tipo e quantidade de fluido e tecido. Status sorológico da fonte. Status sorológico do acidentado. Susceptibilidade do profissional exposto.
Quanto ao tipo de exposição Exposições percutâneas: lesões provocadas por instrumentos perfurantes e/ou cortantes (p.ex. agulhas, bisturi, vidrarias). Exposições em mucosas: respingos em olhos, nariz, boca e genitália. Exposições em pele não-íntegra: por exemplo: contato com pele com dermatite, feridas abertas, mordeduras humanas consideradas como exposição de risco, quando envolverem a presença de sangue.
Os esquemas preferenciais para PPE estabelecidos pelo Ministério da Saúde são: 1) Básico – ZIDOVUDINA (AZT) + LAMIVUDINA (3TC) – Preferencialmente combinados em um mesmo comprimido. 2) Expandido – AZT + 3TC + INDINAVIR OU NELFINAVIR.
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