Ballet 3a8 Ano

February 7, 2019 | Author: sergioellea | Category: Ballet, Muscle, Dances, Knee, Physics
Share Embed Donate


Short Description

Download Ballet 3a8 Ano...

Description

PROGRAMAÇÃO DE DANÇA DIREÇÃO: LUCIANA JUNQUEIRA ALUNO: __________________________________ 

1

COMPORTAMENTO DO ALUNO A disciplina ajuda na educação social, artística e humana, portanto é necessário que o aluno siga  princípios básicos de comportamento, comportamento, perfeitamente lógicos e condizentes com o ensino e a prática da dança: • • • • •

• •



• •

• •



• • •

• •













Pontualidade: obedecer rigorosamente ao horário das aulas Respeitar o término da aula anterior a sua, sem entrar na sala. Procurar entrar na sala antes do professor  Aproveitar os minutos antecedentes da aula, para se aquecer ou recordar algum movimento. Estar totalmente concentrado e com toda atenção necessária durante a aula, esquecendo-se de quaisquer outras coisas. É imprescindível toda a concentração e seriedade para que se possa trabalhar com dedicação e persistência. Justificar sempre as faltas e os atrasos. Escutar e conscientizar-se de todas as correções e explicações do professor, mesmo que não sejam para você.  Não se escorar e não relaxar na barra durante algumas explicações, explicações, adotando sempre uma  postura elegante elegante e concentrada concentrada dentro da sala sala de aula. Apresentar-se sempre asseado e corretamente uniformizado. Quanto às meninas, prender bem os cabelos em coque, com rede e muitos grampos (para não soltar). Caso use algum enfeite no coque, prendê-lo bem firme também. Deve perguntar e pedir, nunca exigir . Perguntar qualquer dúvida que tiver ao professor, dentro ou fora da sala. Assim como o aluno tem seus deveres, tem também os seus direitos, que devem ser respeitados, ouvidos e solucionados. Dentro de sala deve reinar o espírito de união e coleguismo, devem-se evitar críticas, conversas  paralelas e risos fora de hora.  Não esperar ser ser cobrado por quaisquer quaisquer deveres. deveres.  Não falar muito alto e não correr dentro da Academia.  Não mascar chicletes, nem chupar balas na aula, porque pode ser fator causador de desconcentração, desconcentração, pode acontecer um acidente ao engoli-los, e também t ambém por motivo de estética. Não interromper a professora em horas de aula.  Não usar jóias ou bijuterias na sala de aula, porque a aluna pode machucar-se (rasgar a orelha cortar-se com pulseiras ou anéis, etc.). Pode ainda tirar a atenção pelo barulho do balançar de  pulseiras e, além além disso, cortar as linhas de braços braços e pescoço. pescoço. Levar objetos de valor ou dinheiro para dentro da sala de aula, prevenindo-se de uma possível  perda. Ajudar a manter a Academia sempre limpa e saudável, sentir que ela é a sua “Segunda casa” e como tal deverá resguardá-la com asseio e carinho. Procurar ser um bom aluno na escola, pois o tempo bem distribuído não interfere negativamente em aulas tais como: natação, ballet, inglês, i nglês, piano, etc. Encarar a Dança como um prazer, como um bem que você faz a seu próprio corpo e mente, esforçando-se a cada aula para que o seu desenvolvimento d esenvolvimento seja cada vez melhor.  Não desanimar diante dos obstáculos, ir sempre em frente, com Persistência e esforço, pois querer é poder. Fazer e renovar sempre o seu currículo no ballet, organizando todo o material em um caderno ou  pasta, tais como: como: apostilas, gravuras, gravuras, reportagens, fotos, fotos, boletins, provas, provas, certificados, etc. etc.

2

Apostila III – 3ª a 8ª séries  Ao atingir este nível, você começará a trabalhar nos exercícios da aula como um bailarino profissional. Daqui pra frente, os exercícios estão divididos em duas partes – os executados na barra e os executados no centro.

1. BARRA A postura do corpo na barra é essencial para o bom desempenho dos exercícios. O aluno não deve ficar nem muito perto nem muito longe dela. Os cinco dedos das mãos devem ficar sobre a barra, e a mão (no caso de uma só mão na barra) deve ficar um pouco à frente do corpo. Não devemos deixar o corpo cair   para frente nem para trás, os ombros devem estar relaxados e a cabeça erguida, barriga e popô contraídos. O aluno deve segurar a barra levemente, como um pequeno apoio e não como uma terceira perna. A disciplina da barra é, acima de tudo, intelectual, uma conscientização dos exercícios para chegar aos músculos. Deve haver entendimento entre bailarino e a barra, uma perfeita união entre ambos, mas sem dependência. Ao iniciarmos o trabalho de barra, os alunos devem ficar de frente a ela, com as duas mãos sobre ela. Posteriormente passará para uma só mão, quando já estiver seguro, é claro. Apresentamos a seguir o básico da barra. Existem outros exercícios que não abordaremos, pois, além de serem indicados para alunos avançados, alguns deles são considerados movimentos auxiliares ou de ligação, como por exemplo:  flic-flac, cloche, variedades de  grand ballement e rond de jambe en l’air , etc.         

       

Demi-plié Grand-plié Relevé Cambré Souplesse em rond Battement tendu Battement jeté Degagé Battement fondu Rond de jambe par terre Battement frappé Passé retiré Petit battement sur le cou de pied Developpé Rond de jambe en l’air  Grand battement Detiré – alongamento e Extensão

3

a) Demi-plié (Meia flexão) O plié estica e contrai os músculos das pernas, tornando-os elásticos e preparando-os  para os próximos exercícios. Cada vez que o joelho dobra, ele deve dobrar o máximo  possível mantendo o calcanhar totalmente no chão. O joelho deve dobrar exatamente no alinhamento da ponta dos pés, forçando a musculatura das coxas e o Tendão de Aquiles.

b) Grand-plié (Grande flexão) É uma flexão total das pernas que se obtém dobrando-se a fundo os joelhos. São da maior importância para o trabalho de virar as pernas en debors e aumentar  sua força, pois é necessário subir e descer lentamente com a força da musculatura das coxas e nunca com a do corpo.

c) Relevé (Elevado) Subida do corpo para meia ponta das pernas. É muito bom para fortificar a musculatura das pernas.

4

d) Cambré (Arqueado) Movimento de flexão da cintura, inclinando o corpo para os lados, frente e atrás. A cabeça acompanha a inclinação do corpo.

e) Souplesse em rond  É como se fosse um cambré, mas ligado um com o outro (frente, lado, atrás). Pode ser feito en debors e en dedans.

Observação: Este exercício é muito bom para fazer entrar suavemente em função toda a musculatura do corpo . 5

 f) Battement tendu (Batidas esticadas)

Abertura e fechamento da perna esticada. È a base de toda a técnica, já que faz trabalhar todos os músculos e ligamentos da perna. Este movimento bem executado dá força e flexibilidade às pernas. Os quadris devem estar rigorosamente bem colocados.

 g) Battement jeté (batidas atiradas, lançadas). Denominado também battement glissé, que significa escorregar, arrastar. É igual Ao battement, só que a perna que trabalha é levantada a uma altura de 6 a 10 cm

do chão, e retorna a posição inicial. O pé deve ser fortemente arrastado no chão,  para que haja um melhor trabalho do pé, que deve ser esticado ao máximo, assim como a musculatura de toda a perna. É um movimento preciso e seco e não se deve levantar o quadril.

6

h) Degagé (Desembaraçado)

É quando uma perna se afasta da outra, de uma posição fechada para uma aberta, onde termina esticada até a ponta do pé.O peso do corpo permanece sobre a outra  perna, ficando esta livre para a execução de qualquer movimento.

i)Battement fondu (Batimento derretido)

É um exercício no quais as duas pernas dobram e esticam ao mesmo tempo, sendo que a do chão sustenta o peso do corpo.

Chama-se  fondu o movimento da perna de sustentação ao dobrar. Este exercício é muito importante para aumentar a altura e dar beleza aos saltos.

7

 j) Rond de jambe par terre

Exercício circular, feito para soltar a perna do quadril, de forma que ela  possa trabalhar para frente, para o lado,e para trás, independente, ou seja, sem tirar os quadris do lugar. Articula em círculos a perna, facilitando a rotação do fêmur desde a pélvis. Pode ser feito en debors e en dedans.

l) Battement frappé (Batimento batido)

Muito importante para o trabalho dos pés, das pontas e também para adquirir  movimentos rápidos e precisos. Fortalece os meniscos dos joelhos, dá rapidez às pernas e agilidade aos pés, acionando-os em forma de arco, e põe em vigorosa ação toda a musculatura da perna.

8

m) Passé retiré (Passando retirado)

É chamado o movimento de passar a perna por determinada posição fundamental ou retiré durante a execução de um exercício de variação.Faz trabalhar os músculos da coxa e ventrais. Efetuando-os em meia ponta, exercita toda musculatura da perna.

n) Petit battement sur le cou de pied (Pequenas batidas sobre o pescoço do pé)

Exercício para dar liberdade à articulação dos joelhos. A parte superior da coxa, do  joelho aos quadris, não deve mexer e, sim, permanecer firme, imóvel, bem virada em en debors.

9

o) Developpé (Desdobrado)

É o movimento de desenvolver a perna, de uma posição dobrada, até esticá-la completamente. A perna deve passar pela posição  sur le cou de pied , retiré e, daí começar a ser esticada totalmente.

 p) Rond de jambe en l’air (Círculo de perna no ar)

Além de exigir total “independência” da coxa em relação ao quadril, exige também total liberdade e independência da parte que vai do joelho à ponta do pé, que deve fazer o movimento de rotação en debors ou en dedans. O joelho serve de eixo para que a parte inferior da perna descreva um círculo no ar, sem mexer a coxa.

10

q) Grand Battement (Grande batimento)

O importante na execução deste movimento é a facilidade e leveza que a perna deve ter ao subir, sem mexer o resto do corpo, completamente independente em seu esforço. A perna deve elevar-se a um mínimo de 90° em ângulo com a outra  perna. É muito importante para desenvolver a abertura e elasticidade das pernas.

r) Detiré (Estirado)

Exercício para desenvolver o estiramento dos músculos inferiores das pernas e sua conseqüente maior extensão. Muito bom para forçar a elevação da perna.

11

2. CENTRO É onde o aluno se sente livre, mais solto, mais bailarino...É a hora de se olhar no espelho e  perceber que não tem mais o apoio da barra, sua terceira perna, e que poderá contar apenas com o apoio de seu equilíbrio, da sua força muscular e de sua desenvoltura. Hora em que o aluno sai dos exercícios estáticos e entra para os mais dinâmicos, mais dançante. Assim como o chão e a barra têm sua importância para a introdução e desenvolvimento dos exercícios, o centro também é de grande importância para o aperfeiçoamento desses mesmos movimentos. Vejamos assim a importância do centro: O aluno corrige mais rapidamente a sua postura, porque sem o apoio e a segurança que a barra lhe  proporciona, ele se esforçará bem mais a fim de conseguir a postura correta, uma vez que estará olhando-se no espelho. Facilidade em assimilar uma harmonia dos braços, já que estes estão livres e soltos e ajudam a manter um bom equilíbrio e uma postura correta do corpo. A desenvoltura tão necessária para a dinâmica do exercício é conseguida mais facilmente, através de deslocamentos constantes. Os pés caídos e joelhos falsos são corrigidos com maior rapidez, como recurso para manter o equilíbrio com maior segurança. Importante: A dosagem dos exercícios deve ser de forma bem gradativa, porque os alunos  principiantes ainda não possuem uma resistência muscular desenvolvida. Portanto deve ser feita constantemente a mudança de equilíbrio de uma perna para outra e nunca ultrapassar 16 compassos quando apenas uma perna estiver trabalhando. Assim como a barra segue uma seqüência, o centro também tem a sua: a) Exercícios sobre duas pernas ou aqueles que não exijam sustentação muito tempo sobre uma perna somente.  b)  Adágio: movimentos lentos e alongados, o que impõe outras normas de ação muscular   para obter o equilíbrio exigido. Todas as partes do corpo adquirem consciência exata da sua força, volume, peso, movimento no espaço e capacidade de sustentação. Tudo isso, no admirável trabalho de coordenação total. c) Giros: - pequenos giros com passos preparatórios; - giros lentos - giros mais rápidos d) Saltos: os músculos que produzem o salto já estão aquecidos, pois são os mesmos que tornam possível a meia ponta. Os saltos se iniciam em ritmo moderado. e) Pequenos saltos/poses/valsa: nesta altura, a musculatura do corpo foi trabalhada ao máximo ao longo de toda a aula. E para voltar a uma situação de tranqüilidade dos músculos, deve ser feito pequenos saltos, as poses e a valsa. f)  Batterie (bateria): este cruzado de pernas requer muita ligeireza e precisão, quando elas  batem uma na outra ou executam o movimento essa batida deve ser feita com uma “barriga” da perna contra outra. A batterie é dividida em:  Petit Batterie: entrechals, brisés, jeté battu, etc. Grand Batterie: cabriole, sissonne battu, etc g) Grandes Saltos: combinados com giros no ar e no chão, requerem uma energia e sentido de equilíbrio muito maior que as precedentes. h) Grand Allegro: o corpo chega ao maior grau de afetividade muscular e poderia ser  comparado com uma corda de violino calibrada em justa tonalidade, que vem se afinado desde o começo. Então podemos ver o mais entusiasmaste da dança, ou seja, o Grand  12

 Allegro, que é composto por grandes saltos, bateria e movimentos de equilíbrio em posições

altas. i)  Port de bras: o corpo chega ao fim de sua capacidade de trabalho. Está agitado. Os músculos e o sangue necessitam de oxigênio e tranqüilidade de movimentos. Os  port de bras são ideais, pois os exercícios de braços facilitam a capacidade pulmonar e, ritmicamente feitos, permitem respirar melhor.  j)  Reverence (reverência/saudação): são movimentos leves, suaves, alongados e elegantes que expressam agradecimento do bailarino para com o público que o aplaude após uma apresentação. A reverência pode ser feita de diferentes maneiras.

POSTURA É importantíssima para o aprendizado da dança, “cabeça erguida, barrida pra dentro,  bumbum apertado, ombros baixos. A boa postura depende em grande parte da implantação do quadril, sendo à base da estabilidade de um bailarino. O peso do corpo deve estar igualmente distribuído entra as  pernas e os pés, sendo que estes jamais deverão cair para frente. Quando um dos pés estiver  fora do chão, o peso do corpo passa totalmente para a perna de sustentação, havendo assim, consequentemente, o equilíbrio. Para que o aluno possa certificar-se de que está no seu prumo certo, ele tira as mãos da barra e o seu corpo não deverá cair nem para frente e nem para trás, nem para um lado e nem para o outro lado. Em caso de estar no centro da sala, este teste é feito tirando uma das pernas do chão.

Cuidar sempre de: Manter o peito aberto, projetando o externo ligeiramente à frente. Deixar as escápulas baixas e trazidas para trás. Subir o diafragma contraindo o abdômen. Manter os ombros baixos e alinhados com a crista ilíaca (ossos dos quadris). Apertar as nádegas e procurar virar as coxas en debors (para fora). Deixar o pescoço livre e relaxado. Manter a cabeça erguida.

13

CABEÇA

A cabeça determina em grande parte o equilíbrio do bailarino. A posição da cabeça influencia diretamente o acompanhamento do corpo e pode demonstrar segurança e leveza quando na posição correta. É muito importante conseguir uma harmonia perfeita do tronco e membros com a cabeça, quando da execução de qualquer movimento. E esta harmonia só se consegue quando o bailarino já  possui certa confiança em si mesmo, ou seja, quando já domina o passo. Temos cinco tipos de posições de cabeça:

1. Reta: olhando para frente. 2. Para trás: olhando para cima 3. Para baixo: olhando para baixo. 4. Inclinada: tombando em cima do ombro, com a orelha na direção do ombro direito ou esquerdo. 5. Virada: é a cabeça de perfil olhando para o lado direito ou para o esquerdo. BRAÇOS Lembramos aqui a célebre frase de Maria Olenewa: “A bailarina é um quadro e seus braços a moldura”. Os braços são de fundamental importância na execução da dança, podendo valorizar ou prejudicar  uma coreografia. Quando se diz braços, incluem-se as mãos e os dedos também.  Na medida em que o aluno vai aperfeiçoando sua técnica, os braços podem passar das posições  preparatória e demi seconde para participar mais ativamente dos movimentos executados, numa coordenação perfeita de pernas, tronco, cabeça e braços. O professor deve fazer, de início, um trabalho preparatório com seus alunos, ou seja, exercitar   bastante as posições e os porta mentos de braços, sempre chamando a atenção para a leveza, harmonia, firmeza e expressividade dos braços.

Cuidar sempre de: Conservar a linha dos braços levemente arredondada. Palma da mão virada para dentro, dedos unidos, e o dedo polegar  naturalmente escondido atrás dos outros dedos.  Não deixar os cotovelos caírem, a fim de trabalhar a força muscular  dos braços apropriadamente. Deixar a mão seguir a linha do braço, para um melhor alongamento. Como já foram dito, as escolas russa, italiana, inglesa e francesa tem divergências quanto à denominação e ao estilo em algumas posições. O estilo adotado pelo nosso método é o seguinte: 14

- Posições de Braços 1ª Posição: Os dois braços colocados na frete do corpo, na altura da cintura, formando um círculo com os dedos quase se tocando e as palmas das mãos viradas para o corpo. 1ª posição

2ª Posição: Os braços, ligeiramente arredondados, as mãos levemente voltadas para frente e abaixo da linha dos ombros. Não deixar os braços ultrapassarem o lado de trás do corpo e manter os cotovelos apontados para trás. 2ª posição

3ª Posição: Um braço conservado na 2ª posição e o outro acima da cabeça (ligeiramente à frente dela) com a palma da mão virada para a testa. 3ª posição

15

4ª Posição: Conservar o braço que está acima da cabeça, e colocar o outro na frente do corpo, na linha da cintura. 4ª posição

5ª Posição: Os dois braços acima da cabeça, arredondados com os dedos quase se tocando, e as mãos viradas para a testa. Cuidar para que não suba os ombros. 5ª posição

- Posições Auxiliares Preparatória ou  Brás Bas: Os braços ao longo do corpo (altura dos quadris), ligeiramente arredondados, cotovelos virados para a diagonal de trás. Mãos viradas para as coxas.  Demi-Seconde: É a posição intermediária da preparatória e da 2ª posição. Mãos viradas para as coxas e cotovelos para trás. 3ª Posição En Avant: Um braço é colocado na frente do corpo (1ª posição) e o outro braço ao lado (2ª posição).

16

PÉS Existem cinco posições fundamentais no Ballet Clássico cujos pés e pernas são viradas para fora ( en debors) para que o bailarino obtenha uma maior estabilidade e também uma maior beleza de linhas. Não  podemos virar os pés en debors, sem que se virem também às pernas, pois, assim como as mãos devem ser  um prolongamento dos braços, os pés também devem acompanhar a linha das pernas. Mas o trabalho do en debors deve ser lento e gradativo, para que os alunos estejam devidamente  preparados para alcançar a correta abertura de 180º dos pés e pernas, evitando assim futuros defeitos de pés,  joelhos e bacia. O en debors é uma posição mantida pelas pernas, nascida na articulação da coxa com a bacia (articulação do quadril). A conformação da bacia (ilíacos) tem muito a ver com a sua correta execução e,  para isso, os quadris devem ser mantidos rigorosamente no lugar com a bacia formando uma linha reta em relação à frente do corpo.  No programa do ballet infantil, nós trabalhamos somente com a 1ª, 2ª e 3ª posições e os pés mantendo um ângulo de 100°, sem exigir muito o en debors. Tal ângulo pode ser mantido, aumentando ou diminuindo, dependendo das condições e qualidades físicas do aluno.

Cuidar sempre de: Manter os pés totalmente no chão, em toda a sua extensão, inclusive os dedos, sem nenhuma contração muscular.  Não desviar os tornozelos para frente.  Não deixar os pés cair para frente, nem para trás. Manter o peso do corpo bem distribuído entre as pernas. Subir os músculos da coxa e esticar o joelho. Virar o en debors da coxa até o pé. Apertar as nádegas para ajudar a virar o interior das coxas. -Posições 1ª Posição: Calcanhar com calcanhar, formando uma linha reta de 180º (somente para os avançados). Para os principiantes, os pés devem ficar  mais fechados. 2ª Posição: As pernas separadas na direção da 1ª posição numa distância calculada de um pé e meio entre os dois calcanhares. 3ª Posição: O calcanhar de uma das pernas vem de encontro ao meio do outro pé. 4ª Posição: Os pés são paralelamente separados com uma distância de mais ou menos um pé e meio entre os dois; o calcanhar do pé que está na frente fica na direção da ponta do outro pé. 17

5ª Posição: Um pé paralelo ao outro; o calcanhar do pé da frente fica junto à ponta do pé de trás.

Atenção: Os pés podem ficar na meia ponta baixa, meia ponta, ponta, e o pé no ar. Quando o pé está fora do chão, o peito do pé tem que estar esticado, os dedos esticados, sem quebrar e para baixo, forçando o calcanhar para fora, para frente.

- Pés Chatos Antigamente as crianças que apresentavam os pés chatos ou pés planos eram em sua grande maioria obrigadas a usar as tão incômodas botinhas ortopédicas. Atualmente os ortopedistas indicam como tratamento os exercícios físicos ou palmilhas.

OBSERVAÇÕES GERAIS - Para se fechar a 5ª posição correta, o pé de trás fica em posição primeiro, ou seja, completamente en debors, e o da frente fecham a 5ª em seguida. Só assim se consegue uma perfeita 5ª posição de pés. - O corpo do bailarino deve ser rígido apenas do pescoço para baixo: abdômen, glúteos e pernas. A expressão do rosto, dos músculos faciais, deve ser bastante relaxada, solta e sem tensão.

18

UM POUCO DA HISTÓRIA BALLET CLÁSSICO O Ballet teve início nas cortes italianas no século XV. Os príncipes organizavam espetáculos que incluíam  poesia, canto e dança. O Ballet desenvolveu-se como uma forma de arte separada do teatro e durante o século XVII começaram a surgir bailarinos amadores e profissionais. O rei Luís XIV da França foi um respeitado bailarino, tornando-a assim o centro do mundo do Ballet. È por isso que a linguagem do Ballet é hoje em francês. Nas aulas estudam-se regras estabelecidas ao longo dos séculos, mas constantemente atualizadas de acordo com os conhecimentos do corpo físico.

DANÇA MODERNA A dança moderna nasceu no século XX como uma forma de questionamento sobre dança como forma de expressão. Primeiramente com Isadora Ducan e Ruth St.Denis reagindo contra o ballet clássico, em busca de uma nova linguagem para o corpo, abolindo o uso das sapatilhas de pontas e “tutus”. A partir daí vieram  personalidades hoje consagradas na história da dança moderna como: Martha Grahan, Rudolph Van Laban, Ted Shawn, Hellen Tamiris, Limon, Reneé Guimel, entre outros... Essa dança é uma forma de expressão corporal concebida através da elaboração pessoal de um fato, uma idéia, uma sensação ou sentimento, o qual é transmitido pelo bailarino através do movimento. Mas a dança moderna não é só isso, é também a base de toda uma concepção da vida mais flexível, harmoniosa e natural.

JAZZ  No começo da história da América, a “Jazz Music” e a dança tiveram raízes extraídas da cultura dos escravos africanos. Só nos anos 20, considerada a “era do Jazz”, que as pessoas no geral começaram a admirar e a imitar a contribuição dos músicos e dançarinos negros. Foram os pioneiros da dança moderna na América que primeiro utilizaram um ritmo tipicamente americano do Jazz para inspirarem em suas criações. Jerome Robins, o grande gênio coreográfico americano foi quem encontrou no Jazz o ritmo para que ele quisesse dizer em ballet. A base clássica não só dá ao bailarino o vocabulário básico, mas também agilidade e precisão de movimentos. Disciplina é indispensável no Jazz como em todas as modalidades. Flexibilidade, equilíbrio,  piruetas múltiplas, saltos e a habilidade de transmitir rapidamente as informações do cérebro para o corpo são os segredos da técnica.

SAPATEADO Os primeiros passos do sapateado surgiram na Irlanda, no século V. Para se proteger do frio, os camponeses usavam sapatos de solado de madeira que ajudavam a aquecer os pés. A distração deles era "brincar com os ritmos" que os solados faziam no chão. Mais tarde, africanos e europeus, a caminho das Américas, trocaram experiências. Enquanto os europeus centravam toda a sua atenção ainda nos pés, os negros já dançavam mui to com o corpo e descalços. Foi nos Estados Unidos que o sapateado começou a se destacar. As chapinhas foram colocadas nas solas dos sapatos e, por volta de 1920, surgiu o sapateado americano. Nos Estados Unidos, o sapateado começou  principalmente com os negros, mas o auge veio com o cinema, com as grandes produções hollywoodianas, entre 1930 e 1950.

19

TERMINOLOGIA Palavras usadas no Ballet e Jazz: Adágio - levantamento Allegro - vivo, esperto Allonge - alongado, estendido Arabesque - ornamento Assamblée - reunido Attitude - attitudine Balance ou pás de valse - balanceado Ballon – balão, bola Ballote – sacudido Battement – batida, pancada Battu – batido Brás bas – braço em baixo Brisé – quebrado Cabriole – capriola – cabra Cambré – arqueado Chaine (deboulé) – encadeado Changé – trocado Changements des pieds – troca de pés Chassé – caçado Ciseaux – tesouras Cloche – como um sino Contretemps – contratempo Cou-de-pied – peito de pé Coupé – cortado Couru – corrido Croisé – cruzado Demi brás – meio braço Demi – meio, metade Demí poínte – meia ponta Derriére – atrás Dessous – por baixo (embaixo) Dessus – por cima (em cima) Detourné – desvirado Devant – frente Devellopé – desenvolvido Demi-tour – meia volta Demi-plié – meia flexão Grand-plié – grande flexão Detiré – destender  Double - duplo Écarté – separado En dehors – para fora En dedans – para dentro En croix – em cruz Echappé – escapado Effacé – apagado

20

Elancé – lançado, arremessado Elevation – elevação Embóite – encaixado En avant – para frente En arriére – para trás Enchainement – encadeamento En face – de frente Epaulement – de ombro, com ombro Faille – falhado Fermé – fechado Fondu – desmanchado, derretido Fouetté – chicoteado Frappé – batido ou bater  Glissade – deslizamento Jeté – jogado, atirado Ouvert – aberta ou aberto Pas – passo Pas de bourré – Bourré é o nome de uma dança folclórica das províncias de Auvergne e Berri. Pas de chat – passo de gato Pas de cheval – passo de cavalo Pas de ciseaux – passo de tesoura Pas de deux – passo de 2 Passé – passado Penché – pendente, inclinado Pirouette - pirueta Pied – pé Plié – flexão Por de bras – movimento dos braços Pose – posado Promenade – passeio Petit – pequeno Piqué – picado Raccourci – encurtado Relevé – elevado

21

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF