Bactérias Fitopatogênicas

December 10, 2018 | Author: Sara Lima | Category: Cell Wall, Cell (Biology), Life Sciences, Earth & Life Sciences, Cell Biology
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Fitopatologia Geral

Bactérias como Agentes de Doenças em Plantas

Histórico 

1869, Dranert: biólogo alemão em visita a região do Recôncav Recôncavoo Baiano, Baiano, descreveu descreveu estrias estrias em canade-açúcar, de-açúcar, posteriorment posteriormentee foi constatado constatado Pseudomonas rubrilineans





Em 1882, o pesquisador Thomas J. Burril (trabalho pioneiro atribuído à queima da macieira e da pereira a causa bacteriana) Em 1882, 1882, Walker, alker, cienti cientista sta holandê holandês, s, descrev descreveu eu o amarelecimento do jacinto afirmando tratar-se de enfermidade causada por uma bactéria;

Histórico 

1869, Dranert: biólogo alemão em visita a região do Recôncav Recôncavoo Baiano, Baiano, descreveu descreveu estrias estrias em canade-açúcar, de-açúcar, posteriorment posteriormentee foi constatado constatado Pseudomonas rubrilineans





Em 1882, o pesquisador Thomas J. Burril (trabalho pioneiro atribuído à queima da macieira e da pereira a causa bacteriana) Em 1882, 1882, Walker, alker, cienti cientista sta holandê holandês, s, descrev descreveu eu o amarelecimento do jacinto afirmando tratar-se de enfermidade causada por uma bactéria;

Histórico 



Em 1889, ERWIN FRANK SMITH, Americano Pai da Bacter Bacteriologi iologiaa de Plantas Plantas - Descrev Descreveu eu várias doenças bacterianas de plantas Século Século XX: Pesquisas foram sendo feitas confirmando que bactérias são importantes pató patóge geno noss de plant plantas as;;

Importância Econômica das Fitobacterioses 

 





Gravidade das doenças em culturas exploradas economicamente; Facilidade de disseminação; Dificuldade de controle; Ex. Cancro cítrico ( X. axonopodis pv. citri ) –  surgiu na década de 50, Presidente Prudente –  reduz a produção e inviabiliza a exportação dos frutos “in natura”; Ex. Murcha bacteriana das solanáceas (Ralstonia solanacearum) –  ocorrência em todo território nacional

Murcha Bacteriana Ralstonia solanacearum

Murcha Bacteriana Ralstonia solanacearum

Cancro cítrico  Xanthomonas axonopodis

Alface Pseudomonas cichorii 

Podridão mole Erwinia carotovora

Morfologia 





Grande diversidade de forma e arranjamento; Maioria das bactérias fitopatogênicas –  formato de bastonete e não formam esporo ou estrutura de resistência/repouso Tamanho varia de 1,0 –  5,0 x 0,5 –  1,0 µm;

Cocos

Cocos e bastonetes

Bastonete

Vibrião

Espiroqueta

Esquema de uma célula bacteriana

Cápsula 







Substância mucilaginosa; Maioria das bactérias é de composição polissacarídica e em casos raros polímeros nitrogenados; Polissacarídeo é o principal componente e por ser o mais externo a célula, costuma ser denominado EPS (exopolissacarídeo);

Funções: ◦





Aderência; Proteger a célula bacteriana contra condições adversas do meio ambiente; Toxina

Flagelos 

Estruturas alongadas, delgadas e sinuosas;



Natureza protéica (flagelina);



Função: ◦



Locomoção; Presença Presença de flagelo x virulência

Flagelos Importância: na taxonomia; • •





Espéc spécie iess de Erwinia são são gera geralm lmen ente te peri peritr tríq íqui uias as;; Espécies de monotríquias;

Xanthomonas

são

geralmente

Espécies de lofotríquias;

Pseudomonas

são

geralmente

Espéc spécie iess de Clavibacter  são são tipi tipica came ment ntee atrí atríqu quia ias; s;

Flagelos

Locomoção



Quando a bactéria se move em uma direção: nado ou corrida



Desvio:

quando as corridas são interrompidas causados por inversão da rotação flagelar

Parede Celular 

Envoltório rígido, 20% do peso da célula



Peptídeo  –  glicano –  principal (somente em procariotas);



Função das camadas:



Externa: ◦







Participação na permeabilidade e no transporte Proteção contra enzimas e antibióticos Barreira para corantes e substâncias tóxicas

Rígida: ◦



Peptídeo-glicano determinante da forma da célula Previne choques osmóticos, devido a sua rigidez.

Teste de Gram NEGATIVA •

Parede mais permeável

Álcool remove o cristal violeta e o iodo •

POSITIVA •

Parede mais impermeável



Álcool não consegue descolori-las

Teste de Gram •

Classificação em 2 grandes Grupos: 1884 - Método de Coloração de Gram (Bacteriologista dinamarquês Hans Christian Gram) • Gram positivas: roxo • Gram negativas: vermelho ◦

Parede Celular das Bactérias Gram Positivas 



Peptidoglicano (espesso, muitas camadas) Ácidos teicóicos: Está ligado à camada de peptideoglicana Ácidos lipoteicóicos: Atravessa a camada de peptideoglicana e está ligado à membrana plasmática Proteínas ◦







PAREDE CELULAR DA BACTÉRIA GRAM POSITIVA

Parede Celular das Bactérias Gram Negativas • • •

Peptidoglicano (1 ou poucas camadas) Não contém ácidos teicóicos Membrana externa  –  Fosfolipídeos  –  Proteínas  –  Lipopolissacarídeos  –  Lipoproteínas  –  Porinas • FUNÇÃO: barreira par certos antibióticos, enzimas

Parede Celular das Bactérias Gram Negativas

Teste de Gram

Bacillus subtilis

Escherichia coli

Confirmação do Teste Gram 







Utilização do KOH 3% Bactérias gram-negativas lisam Liberam o DNA e tornam a mistura mais viscosa Fibras de DNA viscoso são visualizadas erguendo a alça de inoculação para fora da mistura

Crescimento de Bactérias 

Crescimento - PG (período de geração)  –  varia de 20 a 60 minutos;



LAG –  latência ou adaptação;



LOG –  exponencial  –  multiplicação rápida;



ESTACIONÁRIA –  células viáveis = cél. Mortas;



MORTE –  Nº de células que morrem é maior do que o nº de células que se dividem. Secreções tóxicas torna a multiplicação mais lenta.

Fases do crescimento 



Uma curva de crescimento bacteriano demonstra o crescimento das células durante uma período de tempo. 4 Fases do Crescimento: 

Fase Lag



Fase Log (Fase logarítmica)



Fase Estacionária



Fase de morte celular

Fase Lag Durante um certo período de tempo, o n° de células sofre pequenas variações



Neste período ocorre ausência de divisão celular (1 h a dias)





As células estão em estado de latência

A população está passando por um período de intensa atividade metabólica, principalmente síntese de enzimas e moléculas variadas



Fase Log A partir de um determinado momento as células iniciam seu processo de divisão e entram no período de crescimento ou aumento logarítmico A reprodução encontra-se extremamente ativa e o tempo de geração atinge um valor constante Período onde há maior atividade metbólica Entretanto: microrganismos estão sensíveis à mudanças ambientais









Fase Estacionária Em um determinado momento a velocidade de crescimento começa a diminuir por diversos fatores: nutrientes, produtos de degradação, mudanças de pH e a população se torna ESTÁVEL



Fase de Morte Celular 



O n° de células mortas > o n° de células novas <

diminuindo o n° de células viáveis Aumenta a taxa de morte da população podendo alcançar um valor constante máximo



Depois da morte da maioria das células, há uma queda drástica na taxa de morte.



Colônia de E. coli formada após 11,5 horas de crescimento em meio de cultura sólido a 37°C.

Sintomas e sinais

 X. axonopodis pv vitians

P. syringae pv. tomato

Exsudação em gota

E. amylovora

Típico de bacterioses de plantas

PUS

EXSUDAÇÃO

ANASARCA

Podridão mole

- Apodrecimento + Odor;

- Órgãos de reserva;

- Comuns a certos gêneros

Tumores

Cancro

Murcha

Morte das pontas

Ralstonia solanacearum

Erwinia amylovora

Gêneros e espécies mais importantes Agrobacterium - A. tumefaciens – tumores em plantas

- A. rhizogenes – raiz em cabeleira

Pseudomonas - P. syringae pv. lachrymans – mancha

angular em pepino

- P. cichorii - alface

Erwinia

E. carotovora subsp. carotovora •



E. crhysanthemi

E. carotovora subsp atroseptica •

Ralstonia •

Ralstonia solanacearum –

murcha em solanáceas

 Xanthomonas  X. axonopodis pv. phaseoli

Streptomyces S. scabies

– 

sarna da batata

Curtobacterium C. flaccumfaciens

do feijoeiro.

pv. flaccumfaciens murcha – 

Clavibacter C. michiganensis subsp. michiganensis – cancro C. xyli subsp. xyli  – raquitismo da soqueira

Tabela 1. Principais gêneros de bactérias fitopatogênicas, aspectos morfológicos, espécies e doenças causadas.

Ciclo das relações patógeno-hospedeiro  – Sobrevivência Órgãos vegetais infectados •





Solo, Sementes Epífitas, Água

Disseminação

Penetração Aberturas naturais

Ferimentos

Colonização

Depende do: - Tipo de interação bactéria/planta - Grau de suscetibilidade do hospedeiro - Grau de agressividade da bactéria - Modo e local de penetração - Condições ambientais

Medidas de controle

Rotação

Sementes

Adubação

Cult. resistentes

Solarização

Irrigação

Controle Químico

Referências bibliográficas - AGRIOS, G. N. Plant diseases caused by prokariotes: bacteria and mollicutes. In: AGRIOS, G. N. Plant pathology. 5thed. San Diego: Academic Press, 2005. p. 922p; - FERREIRA, L. P. SALGADO, C. L. Bact´rias. In: BERGAMIN FILHO, A.; KIMATI, H.; AMORIM, L. (Eds.). Manual de Fitopatologia: princípios e conceitos. 3. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1995. v. 1, p. 97-131; - GOTO, M. Fundamentals of bacterial plant pathology. San Diego: Academic Press, 1992. 342p; - ROMEIRO, R. S. Bactérias fitopatogênicas. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 1995. 283p.

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