Avaliacao de Riscos

August 27, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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AVALIAÇÃO DE RISCOS  Autor: Renato Zuchi 

 

AVALIAÇÃO DE RISCOS

 

AVALIAÇÃO DE RISCOS

 Autor: Renato Zuchi  Zuchi  Colaboradores: Eduardo Coimbra de Almeida   Sérgio Caruso Melo Ao final desse estudo, o treinando poderá: • Reconhecer a importância dos procedimentos de Avaliação de Riscos para o E&P, em suas atividades de exploração e produção de petróleo; • Diferenciar a avaliação de riscos qualitativa da avaliação quantitativa; • Identicar as principais técnicas de Avaliação de Riscos utilizadas no E&P.

 

Programa Alta Competência

Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades prossionais na Companhia. É com tal experiência, reetida nas competências do seu corpo de empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes desaos com os quais ela se depara no Brasil e no mundo. Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho às estratégias do negócio E&P. Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa a participação ativa dos técnicos na estruturaç estruturação ão e detalhamento das competências necessárias para explorar e produzir energia. O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados e a reciclagem de antigos. Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de sucesso que ela é. Programa Alta Competência

 

Como utilizar esta apostila

Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila está organizada e assim facilitar seu uso. geral, o qual No início deste material é apresentado oobjetivo o objetivo geral, representa as metas de aprendizagem a serem atingidas.

ATERRAMENTO DE SEGURANÇA

 Autor 

Ao final desse estudo, o treinando poderá: • Identicar procedimentos adequados ao aterramento e à manutenção da segurança nas instalações elétricas; • Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao aterramento de segurança; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas.

Objetivo Geral

 

O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específicos de específicos  de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo.

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Riscos elétricos e o aterramento de segurança

Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos;

Objetivo Específico

• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas.

No nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão.

Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

  1.4. Exercícios

1.7. Gabarito

1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?

1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?

_______________________________________________________________

___________________________ _____________ ____________________________ ___________________________ ______________________ _________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso:

O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão (B)

B) Risco de contato

“Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”

 

Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas

 

 

Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas glossário.. Ao longo dos denições estão disponíveis no glossário textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identicados, pois estão em destaque. Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão.

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3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais vericados operacionais vericados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 dene o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato.

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3.4. Glossário Choque elétrico – elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – Ohm  – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – Ohmímetro  – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.

 

 

Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografia ao nal de cada capítulo.

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1.6. Bibliografia CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos elétricos  - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas.. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. marítimas Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. tensão . Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. atmosféricas  

Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de  um determinado item do capítulo.

É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente.

“Importante”  é um lembrete das questões essenciais do “Importante”  conteúdo tratado no capítulo.

IMPORTANTE! É muito importante que você conheça os tipos de pig  de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela!

 

 

 

 

“Resumindo” é Já a caixa de destaque “Resumindo”  é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo.

RESUMINDO...

Recomendações gerais • Antes do carregament carregamento o do  pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas

“Atenção”   estão destacadas as informações que não Em “Atenção” devem ser esquecidas.

ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de  pig   em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles.  

  Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo.

Aproveite este material para o seu desenvolvimento prossional!

 

Sumário Introdução

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Capítulo 1 - Técnicas de Avaliação de Riscos - introdução Objetivos 1. Técnicas de Avaliação de Riscos - introdução 1.1. Avaliação de Riscos - denição, função e objetivos 1.2. Perigo e risco - diferenças 1.3. Freqüência e probabilidade - diferenças e aplicação 1.4. Análises qualitativas e quantitativ quantitativas as - importância e diferenças 1.5. Avaliação de Riscos - recursos necessários 1.5.1. Documentação 1.5.2. Pessoal - a formação de equipes

1.6. Denição de premissas 1.7. Avaliação de Riscos e as normas da Petrobras 1.8. Gerenciamento de recomendações 1.9. Exercícios 1.10. Glossário 1.11. Bibliograa 1.12. Gabarito

17 19 20 22 24 26 28 29 30

31 32 34 36 40 41 42

Capítulo 2 - Avaliação de Riscos - estudos qualitativos Objetivos

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2. Avaliação de Riscos - estudos qualitativos 2.1. Lista de vericação ou check-list   2.2. Análise Preliminar de Riscos - APR

47 47 50

2.2.1. Análise Preliminar de Riscos - aplicação das técnicas 2.2.2. APR - etapas de execução 2.2.3. Planilha da APR 2.2.4. Análise dos resultados

2.3. HAZOP - Análise de Perigos e Operabilidade 2.3.1. HAZOP - aplicação 2.3.2. HAZOP - dados necessários 2.3.3. Formação de equipes e atribuições 2.3.4. HAZOP - etapas de execução 2.3.5. Planilha do HAZOP 2.3.6. HAZOP - Análise dos resultados

51 52 54 57

58 58 59 60 64 67 68

 

2.4. Exercícios 2.5. Glossário 2.6. Bibliograa 2.7. Gabarito

70 73 74 75

Capítulo 3 - Avaliação de Riscos - estudos quantitativos Objetivos 3. Avaliação de Riscos - estudos quantitativos 3.1. Dispersão de gases 3.2. Propagação de incêndio 3.3. Análise de Explosão 3.4. Exercícios 3.5. Glossário 3.6. Bibliograa 3.7. Gabarito

77 79 80 87 93 95 97 98 99

 

Introdução

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e certo, você tem expectativas em relação ao futuro, seja ele próximo ou distante. Todo projeto, seja de âmbito pessoal ou prossional, requer planejamento. Mapear eventuais riscos é uma etapa importante para que o sucesso do empreendimento seja alcançado. Trata-se de uma questão de prudência. Aliás, de acordo com o senso comum, é sempre melhor prevenir do que remediar. Em uma empresa como a Petrobras é fundamental executar planejamentos. Por isso, as iniciativas de negócio da companhia devem contar com estudos de Avaliação de Riscos  Riscos  como etapa imprescindível do desenvolvimento de todos os seus projetos. Mas isso não é suciente. É preciso que haja um acompanhamento sistemático das instalações, feito por prossionais qualicados para essas tarefas. A Avaliação de Riscos é uma área de estudos que vem se constituindo e se fortalecendo, sobretudo diante das preocupações com o meio ambiente. Desconsiderar os aspectos de segurança, ou seja, de Avaliação de Riscos, ou não realizá-los, signica ameaçar o capital humano, as instalações da empresa e o meio ambiente. Portanto, impensável para uma companhia como a Petrobras. Este material pretende capacitá-lo a identicar as ferramentas disponíveis e utilizadas pela empresa no que se refere à Avaliação de Riscos.

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Técnicas de Técnicas Avaliação de Riscos introdução Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Denir Avaliação de Riscos; • Diferenciar os termos perigo e risco; • Diferenciar estudos qualitativos e quantitativos; • Identicar a relação de complementação existente existente entre os estudos qualitativos e quantitativos quantitativos;; • Identicar as técnicas de caráter obrigatório e de caráter recomendávell a serem utilizadas nas diversas fases do recomendáve empreendimento; • Identicar a ferramenta utilizada pelo E&P no gerenciamento das recomendações da Avaliação de Risco.

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Capítulo 1. Técnicas de Avaliação Avaliação de Riscos - introdução

1. Técnicas de Avaliação de Riscos - introdução

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omo vimos no texto de introdução deste material, todo investimento da Petrobras exige uma análise criteriosa do grau de perigo e dos riscos envolvidos em suas operações. Mas essas preocupações não surgiram do nada. As ações organizadas de Avaliação de Riscos ganharam força, infelizmente, a partir da ocorrência de acidentes que nos assombraram em um passado recente. Cubatão (1984) e Chernobyl (1986) são dois exemplos de acidentes que marcaram a história comenvolvidas. impactos Essas ambientais sobre o modelo de vida das populações e outrase tragédias despertaram na população, dirigentes e especialistas, a consciência de que algo precisaria ser feito, no sentido preventivo, preventivo , para minimizar o risco de novas tragédias de tamanha gravidade e, também, as perdas econômicas das indústrias. i ndústrias. Os investimentos nos diversos setores da indústria petrolífera zeram com que se desenvolvessem técnicas voltadas para a identicação de perigo e estimativas de riscos e conseqüentes impactos à saúde de pessoas, ao meio ambiente e às instalações. Essas medidas foram organizadas e incorporadas como instrumento para a Avaliação dos Riscos em atividades industriais, sobretudo nos setores da química e petroquímica, e também na Indústria de Energia. Em linhas gerais, a Avaliação de Riscos inclui e prevê um conjunto de procedimentos. Veja a seguir: • Mecanismos que permitam identicar e avaliar a freqüência e as conseqüências de eventos indesejáveis, visando a sua prevenção e/ou a máxima redução de seus efeitos;

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riscos, ou seja, após a • Mecanismos para a priorização dos riscos, análise comparativa de cenários acidentais, se estabelece uma gradação dos riscos categorizados em uma escala com três níveis: NÃO TOLERÁVEL, MODERADO E TOLERÁVEL. TOLERÁVEL. Esses mecanismos incluem, ainda, a documentação, a comunicação e o acompanhamento das medidas adotadas para controlá-los; • Incorporação de processos de Avaliação de Riscos em todas as fases do empreendimento, incluindo os relacionados à proteção da força de trabalho, das instalações e do meio ambiente; • Realização de Avaliação de Riscos periódicas ou à medida que se identiquem mudanças nos processos e instalações. Neste capítulo, em especial, serão abordadas denições importantes

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sobre o assunto, tais como: a importância dos procedimentos de Avaliação de Riscos, os tipos existentes, e ainda outros conceitos e aplicações fundamentais à compreensão do tema.

1.1. Avaliação de Riscos – definição, função e objetivos Riscos consiste em perceber de que forma estamos A Avaliação de Riscos consiste lidando com o perigo nas instalações, a partir da vericação da freqüência de ocorrência e das conseqüências dos cenários acidentais. O principal objetivo da Avaliação de Riscos é minimizar a probabilidade de ocorrência de acidentes e atenuar as suas conseqüências, através da identicação, análise e controle das variáveis que possam levar a tais situações. N-2784, janeiro/05 - Conabilidade Segundo a Norma PETROBRAS N-2784, Riscos é uma “designação genérica e análise de riscos, Avaliação de Riscos é da atividade que consiste na aplicação de uma ou mais técnicas estruturadas, através das quais são identicados os perigos e suas respectivas causas e conseqüências sobre pessoas, meio ambiente e instalações e geradas recomendações de prevenção e mitigação”. Trata-se de um processo global de estimar a magnitude dos riscos e decidir se um riscoimportante é ou não tolerável. A Avaliação de Riscos é te uma ferramenta muito para se estabelecer adequadamen adequadamente as medidas preventivas e mitigadoras.

 

Capítulo 1. Técnicas de Avaliação Avaliação de Riscos - introdução

A partir da realização da Avaliação de Riscos os seguintes ganhos podem ser obtidos: Conhecimento do comportamento da unidade operacional em condições normais e de emergência; •

Identicação e avaliação dos aspectos vulneráveis do projeto, da rotina de operação, etc.; •

Propostas de medidas preventivas e mitigadoras dos cenários acidentais; •

Base para avaliação e comparação dos riscos, a m de aproximar as condições de segurança de uma determinada instalação às de uma planta similar que apresente menor risco. •

É importante salientar que os resultados da Avaliação de Riscos passam pelas seguintes limitações: • Apesar de todos os cuidados, os analistas nunca terão certeza absoluta sobre a identicação de todos os perigos, das situações de acidentes potenciais ou das causas e efeitos dos eventos em questão; • O retorno nanceiro proveniente das ações preventivas da Avaliação de Riscos não é imediato e é de difícil comprovação, embora possa ser calculado, e isso enfraquece os investimentos no setor; • A Avaliação de Riscos é baseada no conhecimento existente sobre um processo. Se esse processo for descrito inadequadamente e de forma imprecisa, se os documentos referentes a ele apresentarem informações defasadas, defasada s, ou ainda, se o conhecimento do processo não reetir claramente a sua forma de operação, os resultados serão píos e questionáveis, podendo levar a erros no momento de tomada de decisão dos operadores e analistas.

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atualização   das Portanto, a descrição, o detalhamento e a atualização  informações a serem coletadas são aspectos fundamentais e decisivos para o sucesso de qualquer processo de Avaliação de Riscos.

?

VOCÊ SABIA?

Os estudos de Avaliação de Riscos passaram a ser incorporados nos processos de licenciamento ambiental para alguns empreendimentos, de forma que a prevenção de acidentes também se tornou parte integrante desses projetos. Quando se trata da Avaliação de Riscos referentes aos impactos ao meio ambiente,

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para as unidades marítimas, o Ibama é o órgão regulador das ações. Para as unidades terrestres, os órgãos estaduais de meio ambiente também regulamentam as ações.  site te: http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/  Consulte o si

1.2. Perigo e risco - diferenças Perigo e risco são conceitos que, normalmente, se confundem no dia-a-dia. Mas, em termos de atividades prossionais, é importante dení-los com maior precisão, pois são termos com signicados diferentes. Perigo  é uma fonte ou situação com potencial para provocar Perigo  danos que podem se traduzir em lesão, doença, prejuízos à propriedade, danos ao meio ambiente ou uma combinação de vários desses elementos. Por exemplo, o armazenamento de um produto químico perigoso nas instalações de uma plataforma já representa, por si só, perigo aos empregados, às instalações e ao meio ambiente.

 

Capítulo 1. Técnicas de Avaliação Avaliação de Riscos - introdução

Risco, por sua vez, é a medida da capacidade que o perigo tem Risco, falhas que de se transformar em um acidente. O risco depende de falhas  que libertem o perigo e, ainda, da magnitude dos danos gerados. Tratase da combinação da freqüência de ocorrência e das conseqüências – severidade – de um determinado evento perigoso. Risco é a medida das perdas econômicas e dos danos às pessoas e ao meio ambiente, em termos da freqüência de ocorrência e da magnitude das conseqüências de um acidente. Vale destacar o exemplo iniciado anteriormente, sobre um produto químico perigoso estocado nas instalações da plataforma. Se houver uma inspeção obrigatória desse produto, a ser realizada mensalmente, há um determinado grau de risco de ele, por exemplo, respingar no olho de um empregado, causando queimadura, que é o conseqüência ou severidade.. que chamamos de conseqüência  ou severidade Entretanto, se essa inspeção tiver que ser feita três vezes ao dia, o risco de ocorrência de acidente aumenta. Isso signica dizer que freqüência é a freqüência  é uma variável que afeta diretamente a possibilidade de acidentes. Portanto, tecnicamente, pode-se dizer que: RISCO = FREQÜÊNCIA X CONSEQÜÊNCIA Outra armação merece ser analisada: tudo na vida apresenta risco. Considerando salvaguardas como os dispositivos de prevenção e proteção, risco zero não existe. Nossos esforços deverão estar voltados, portanto, para o controle e não exatamente para a eliminação dos riscos. Os riscos são inevitáveis e constituem-se em uma variável na equação de nossos objetivos de negócio e na forma como gerenciamos nossas atividades.

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Alta Competência

Observe a fórmula, a seguir: RISCO =

PERIGO SALVAGUARDAS

IMPORTANTE!

É importante entender que o perigo  perigo  JAMAIS será eliminado das instalações do E&P e NUNCA será risco zero. alcançado o risco  zero.

1.3. Freqüência e probabilidade - diferenças e aplicação Nos estudos de Avaliação de Riscos há um confronto com um

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parâmetro de difícil estimativa: a freqüência de ocorrência de um cenário acidental. Valores de probabilidade, muitas vezes, são utilizados em substituição aos valores de freqüência. Isso é correto? Essa troca pode representar mudança nos cenários de risco? Para responder aos questionamentos anteriores é preciso conhecer as denições dos conceitos de probabilidade e freqüência, a m de identicar possíveis diferenças e entender o signicado e a aplicação adequados de cada um dos termos. A primeira denição do conceito de probabilidade foi elaborado por Laplace e, por isso, recebe nome, conceito clássico de probabilidade. Essa seu lei nos diz Lei quede a Laplace, probabilidade de determinado evento ocorrer é o resultado da divisão entre o número de casos favoráveis e o de casos possíveis. A probabilidade é representada por um número adimensional que varia de zero a um. Esse número descreve matematicamente a chance de um evento ocorrer em um tempo determinado. Podemos exemplicar o conceito de probabilidade recorrendo ao jogo de dados. Qual a probabilidade de que a face contendo o número 1 seja a sorteada, quando um dado for jogado?

 

Capítulo 1. Técnicas de Avaliação Avaliação de Riscos - introdução

Observe a aplicação do conceito. Considerando que P = número de eventos favoráveis que será dividido pelo número total de eventos, teremos: P = 1/6 = 0,167 = 16,7% Isso signica dizer que a probabilidade de o número 1 ser sorteado, corresponde a 16,7%. O conceito de probabilidade tem suas limitações e não responde a determinadas questões que se apresentam no contexto de nossas atividades prossionais. Como saber, por exemplo, qual a probabilidade de uma pessoa morrer entre 40 e 60 anos? Para esses casos, a indicação é que utilizemos outra lei da matemática: a Lei de Bernouilli (1654-1705), também chamada de a primeira Lei dos Grandes Números, assim enunciada: “É muito pouco provável que, se efetuarmos um número sucientemente grande de experiências, a freqüência relativa de um acontecimento se afaste muito da sua probabilidade.” Ou ainda: “Quando um número de realizações de um experimento aleatório cresce muito, a freqüência relativa do sucesso associada vai-se aproximando cada vez mais de um certo valor.” Esse valor se chama probabilidade de sucesso. Disponível em: . Acesso em: 18 jul 2008.

Devemos considerar ainda outra lei probabilística importante, que tem relação direta com a Primeira Lei dos Grandes Números - a chamada Segunda Lei dos Grandes Números, cujo enunciado é: “À medida que o número de repetições de um experimento aleatório cresce, maior tende a ser o valor absoluto da diferença entre a freqüência absoluta experimental de um sucesso e a freqüência absoluta teórica (esperada). É interessante

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Alta Competência

observarmos que a primeira lei dos grandes números refere-se à freqüência relativa, enquanto a segunda à freqüência absoluta. Disponível em: . Acesso em: 18 jul 2008.

A partir da análise das leis e denições apresentadas até agora sobre probabilidade podemos entender que o conceito se resume a um evento isolado, independente e único. Entretanto, quando esse evento começa a se repetir, gera-se um histórico e, conseqüentemente, obtém-se uma freqüência histórica de ocorrência do evento em questão. Portanto, freqüência será denida como sendo o número de eventos

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(falha, sucesso) ocorridosno e que dividido pelo tempoou (cronológico) ou tempo de operação qualserá ocorrem tais eventos ainda pelo número total de demandas. Observe que nos processos de Avaliação de Riscos é recomendável utilizar valores de freqüência. A adoção dos valores de freqüência permite melhorar a qualidade da informação, pois são consideradas as repetições geradas. Ao utilizarmos valores de freqüência, ao invés de probabilidade, principalmente nos estudos quantitativos, diminuímos a margem de erro nas avaliações.

1.4. Análises qualitativas e quantitativas - importância e diferenças qualitativo, embora tenha como base a articulação entre O estudo qualitativo, a experiência e os conhecimentos dos prossionais envolvidos no processo, pode ser denida como uma técnica sistematizada, que obedece a uma dada seqüência de ação e a critérios pré-denidos, pré-denidos, a m de se alcançar a adequada estruturação estruturação de idéias e conhecimentos. Como armado anteriormente, a experiência dos prossionais envolvidos na avaliação dos cenários acidentais é imprescindível nesses estudos. É importante ressaltar ainda, que o mesmo processo, quando analisado por diferentes equipes, mesmo as mais experientes, pode levar a resultados diferentes. Normalmente, esses resultados

 

Capítulo 1. Técnicas de Avaliação Avaliação de Riscos - introdução

são utilizados de forma preliminar, preliminar, com a nalidade de identicar os principais riscos existentes na instalação industrial ou nas atividades dos trabalhadores trabalhadores.. A partir de estudos qualitativos é possível priorizar os cenários acidentais que serão tratados, de modo que os riscos sejam reduzidos com a retirada ou inclusão de elementos, instalação de equipamentos, com a implementação de recomendações, elaboração de procedimentos, com a denição de um empregado que se torne responsável por um determinado procedimento, etc. Podemos citar como exemplos de estudos qualitativos os que aparecem na listagem a seguir. •

 Lista de vericação (check-list ); );



 Análise Preliminar de Riscos (APR);







E se? (What if?);  Estudos de Perigo e Operabilidade (HAZOP); FMEA / FMECA - Análise de Efeitos e Modos de Falhas.

quantitativa  pode ser denida como a expressão, A avaliação quantitativa  como a releitura, termos numéricos, Isso dos signica cenários que acidentais identicados nas em análises qualitativas. esses estudos pretendem apresentar valores que possam conrmar, validar, ou mesmo servir para questionar conclusões preliminares resultantes dos estudos qualitativos. Cada cenário terá o cálculo, portanto, da freqüência de ocorrência, assim também como das conseqüências dos eventos em questão. Depois de identicar os cenários acidentais mais preocupantes, devese calcular o real valor do risco e propor medidas mitigadoras e/ou preventivas, de modo que seja possível recalcular o risco e vericar se o cenário foi alterado, reposicionando-o para uma região de menor risco quando comparado ao cenário acidental original.

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Alta Competência

Podemos citar como exemplos de estudos quantitativos: quantitativos: •

Análise por Árvore de Falhas;



Análise por Árvore de Eventos;



Estudo de Dispersão de Gases;



Estudo de Propagação de Incêndio;



Estudo de Explosão;



Avaliação Quantitativa de Riscos. IMPORTANTE!

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Uma análise quantitativa é quase sempre precedida de uma análise qualitativa, de modo a focar os investimentos da companhia nos cenários acidentais onde o risco é mais elevado.

?

VOCÊ SABIA?

As técnicas mais aplicadas no E&P e nas plataformas são a APR e a HAZOP - qualitativas - e Estudo de Dispersão de Gases, Estudo de Propagação de Incêndio, Estudo de Explosão – quantitativas.

1.5. Avaliação de Riscos - recursos necessários Uma Avaliação de Riscos bem feita deve ser baseada no conhecimento existente sobre um processo no que diz respeito à: •

 Experiência dos prossionais envolvidos;

Qualidade da documentação analisada, em termos de precisão e atualização das informações i nformações apresentadas. apresentadas. •

 

Capítulo 1. Técnicas de Avaliação Avaliação de Riscos - introdução

Assim, os prossionais convocados para a realização da Avaliação de Riscos precisam conhecer muito bem o processo a ser analisado. A documentação da instalação deve estar devidamente atualizada. Para que isso seja feito, é fundamental que se garantam recursos mínimos: competência dos prossionais, organização e precisão das informações contidas na documentação para a realização da Avaliação de Riscos de modo eciente. A seguir, serão apresentados os recursos mínimos necessários para uma boa Análise de Riscos. 1.5.1. Documentação No que se refere à documentação, as categorias e informações a serem levantadas e consideradas como recursos mínimos para uma boa Avaliação de Riscos estão apontadas na tabela a seguir. Categorias Região

Instalações

Informações • Dados meteorológicos; • Dados demográcos. • Premissas de projeto; • Folha de dados de equipamentos; • Especicações técnicas de projeto; • Especicações de equipamentos; • Arranjo das instalações; • Fluxogramas de processo; • Fluxogramas de engenharia; • Manual de operação; • Taxas Taxas de falha de equipamentos.

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Alta Competência

Substâncias

• Características de inamabilidade; • Características de toxicidade; • Outras propriedades físicas e químicas.

1.5.2. Pessoal - a formação de equipes A Avaliação de Riscos, principalmente em termos de estudos qualitativos, deve ser realizada por uma equipe estável, ou seja, permanente, comprometida, experiente e sua composição deve possuir de cinco a oito prossionais, no máximo.

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Vale ressaltar que é importante que haja entre os membros da equipe um prossional experiente, da área de segurança de instalações industriais, que conheça as etapas do processo analisado. A participação de um operador que tenha domínio do processo também é fundamental. É recomendável que a equipe tenha a composição indicada na tabela a seguir, com as respectivas funções e atribuições desempenhadas por cada um dos prossionais apontados. apontados. Função

Atribuição • Prossional responsável pela Avaliação de Riscos; • Denir a equipe;

Coordenador

• Reunir informações atualizadas, tais como: uxogramas de engenharia, especicações técnicas do projeto, etc; • Distribuir material para a equipe; • Programar as reuniões; • Encaminhar aos responsáveis as recomendações e modicações oriundas da análise.

 

Capítulo 1. Técnicas de Avaliação Avaliação de Riscos - introdução

Função

Atribuição

Líder

• Explicar a técnica de Avaliação de Riscos a ser empregada aos demais participantes; • Conduzir as reuniões e denir o ritmo de andamento das mesmas; • Cobrar dos participantes pendências de reuniões anteriores; • Elaboração de relatórios nais. Eventualmente, Eventualmente, o líder pode assumir também o papel de relator re lator..

Especialistas

• Fornecer informações sobre a unidade ou o sistema a ser analisado ou sobre a experiência adquirida em sistemas e/ ou unidades similares; • Podem ser projetistas, engenheiros de processo, operadores, instrumentistas, engenheiros de segurança, técnicos de segurança, técnicos de manutenção, etc.

Relator

• Registrar, de forma clara e objetiva, as informações geradas nas reuniões.

IMPORTANTE!

Fique atento, pois como operador você poderá ser convocado a participar como especialista de um processo de Avaliação de Riscos.

1.6. Definição de premissas Denir premissas signica delimitar e descrever descrever,, precisamente, tudo o que envolve o cenário que está em foco na Avaliação de Riscos que será realizada. Denir as etapas da Avaliação de Riscos é fundamental, pois constituise no momento ideal para se combater a dispersão de informações e

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Alta Competência

a perda de importantes fatores que podem agravar o risco, a partir da escolha equivocada da técnica, por exemplo. Nesse sentido, algumas perguntas precisam ser respondidas, como por exemplo: •

Qual o objetivo da elaboração da Avaliação de Riscos?

Quais as categorias de freqüência e severidade que serão usadas nos estudos? •

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Quais os sistemas da plataforma que serão analisados?



Qual a agenda para a realização das reuniões?



O que será considerado como falha de equipamentos de segurança?

1.7. Avaliação de Riscos e as normas nor mas da Petrobras Quando se trata de Avaliação de Riscos, a Petrobras possui duas Normas e uma Diretriz Corporativa de SMS para regulamentar os processos e critérios para Avaliação e Gestão de Riscos. São elas: N-2782 - Critérios para Aplicação N-2782 Apli cação de Técnicas de Avaliação de Riscos N-2784 - Conabilidade e Análise de Riscos N-2784 Diretriz 3 3 - Avaliação e Gestão de Riscos

?

VOCÊ SABIA?

As Normas Técnicas da Petrobras são elaboradas por Grupos de Trabalho, compostos por especialistas da companhia e de suas subsidiárias e são submetidas à aprovação de subcomissões técnicas e homologadas pelo plenário plenári o da Comissão de Normas Técnicas (CONTEC).

 

Capítulo 1. Técnicas de Avaliação Avaliação de Riscos - introdução

?

VOCÊ SABIA?

As Normas Técnicas podem ser revistas a qualquer momento, mas são reavaliadas a cada cinco anos, a mobrigatoriamente de serem revalidadas, revisadas ou anuladas.

Os padrões especícos de cada área de Exploração e Produção são elaborados a partir da Diretriz e das Normas, anteriormente citadas. Esses padrões podem ser de três tipos: a) Padrão Gerencial (PG)  (PG)  - Destina-se a sistematizar orientações gerenciais, políticas, diretrizes, gestão, execução e controle de um processo oudo sistema). Normalmente, PDCA (Plan, contém o(organização, uxograma dogerência, processofunção e etapas Do, Check,  Act   ou Planejar – Desenvolver – Controlar – Agir), denindo as responsabilidades e indicando os métodos aplicáveis em cada etapa.

ATENÇÃO PDCA   é uma ferramenta do sistema de gestão

utilizado pela Petrobras. b) Padrão de Processo (PP) (PP)   - Destina-se a denir clientes, produtos, insumos, fornecedores e processos/subprocessos. Inclui padrões do tipo: sistema, descrição do negócio, perl da organização e gerências. c) Padrão de Execução (PE) (PE) - Destina-se a detalhar o procedimento para execução de uma tarefa ou atividade. Pode incluir os seus indicadores, os respectivos resultados esperados e os recursos necessários para a realização da tarefa ou atividade. É importante conhecer quais os estudos realizados pela empresa, bem como quando os mesmos devem ser realizados. A norma da Petrobras N-2782 - Técnicas aplicáveis à análise de riscos industriais  industriais   visa a orientar a aplicação de técnicas de Avaliação de Riscos nas diversas fases do ciclo de vida das instalações industriais da Petrobras.

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Alta Competência

1.8. Gerenciamento de recomendações Ao nal de um processo de Avaliação de Riscos tem-se como resultado uma série de recomendações a serem implementadas, embora nem todas sejam, de fato, viáveis. O gerenciamento refere-se, portanto, ao acompanhamento da execução das recomendaçõe recomendaçõess e dos possíveis impedimentos existentes. Esses dados, por sua vez, poderão ser úteis em outros processos. O gerenciamento de recomendações constituise, portanto, na etapa que consolida todo o processo de Avaliação de Riscos. O responsável pelo gerenciamento é o Gerente do Ativo de Produção da Unidade à qual se destina o conjunto de recomendações.

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As recomendações devem ser perfeitamente entendidas, avaliadas e executadas. As recomendações que eventualmente não forem implementadas devem ser analisadas, justicadas e reavaliadas. Qualquer displicência ao longo l ongo do gerenciamento de recomendações pode desacreditar o processo, representando desperdício de investimentos para a empresa como um todo. O gerenciamento de recomendações é uma das ferramentas fundamentais para a manutenção dos riscos em níveis toleráveis. A ferramenta utilizada pelo E&P para gerenciar as recomendações geradas nos processos de Avaliação Avaliaçã o de Riscos é o SMSNET SMSNET (Segurança,  (Segurança, Meio Ambiente, Saúde - NET). O SMSNET é um  software, que tem como função gerenciar as recomendações emitidas nos estudos de Avaliações de Riscos. A partir do uso dessa ferramenta é possível garantir a rastreabilidade de todas as recomendações, evitando que as informações se percam, ou seja, seu uso garante que o empregado responsável receba, de fato, a recomendação e que seja, posteriormente, vericada a sua devida execução quanto ao seu cumprimento. Essa ferramenta pode ser encontrada no seguinte endereço eletrônico da intranet: http://  www.ti-bc.petrobras.com.br/aplicativo/e6ot-sms_br/aplic/publico/  abre.html.

 

Capítulo 1. Técnicas de Avaliação Avaliação de Riscos - introdução

IMPORTANTE!

O operador, ao ser indicado como responsável para colocar prática uma recomendação, recomendação , deve de maneiraem responsável. É parte do trabalho do atuar Gerente garantir que as ações sejam realmente executadas e a contribuição dos operadores será fundamental para o sucesso do projeto.

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Alta Competência

1.9. Exercícios 1) O que é Avaliação de Riscos? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________

2) Indique o principal objetivo do processo de Avaliação de Riscos. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________

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3) Complete corretamente as lacunas do texto da Norma da Petrobras N-2784, N-2784, encaixando corretamente os trechos a seguir que foram retirados: - prevenção e mitigação - os perigos e suas respectivas causas e conseqüências conseqüências - Confiabilidade e Análise de Riscos - pessoas, meio ambiente e instalações N-2784,, janeiro/05 – De acordo com a Norma PETROBRAS N-2784 ______________________________, Avaliação de Riscos é uma “designação genérica da atividade que consiste na aplicação de uma ou mais técnicas estruturadas, através das quais são identicados____________________________________ sobre__________________ e geradas recomendações de _______ _________________________.

 

Capítulo 1. Técnicas de Avaliação Avaliação de Riscos - introdução

4) A seguir, seguir, apresentamos uma lista li sta de características referentes referen tes aos estudos qualitativos e quantitativos. Marque 1 para qualitativos e 2 para quantitativos. CARACTERÍSTICAS ( ) Normalmen Normalmente, te, os resu resultado ltadoss dess desses es estu estudos dos são utiliz utilizados ados de forma preliminar, preliminar, com a nalidade de identicar os principais riscos existentes. ( ) Esses Esses estu estudos dos pret pretende endem m apre apresent sentar ar valor valores es que poss possam am conrmar, validar ou mesmo servir para questionar conclusões conclusõ es preliminares. ( ) Esses Esses estu estudos dos poss possibilit ibilitam am ident identicar icar os cená cenários rios acid acidenta entais is mais preocupantes e calcular o real valor do risco, com a proposta de medidas mitigadoras e/ou preventivas. ( ) A part partir ir dess desses es estu estudos dos é poss possível ível prior priorizar izar os cená cenários rios acide acidenntais que serão tratados, de modo que os riscos sejam diminuídos com a adoção de medidas de segurança. ( ) A exp experi eriênc ência ia dos pro pross ssion ionais ais env envolv olvido idoss na ava avaliaç liação ão dos cenários é imprescindível nesse tipo de estudo. ( ) Podem Podem ser den denidos idos como a expr expressã essão o numér numérica ica das info informarmações extraídas dos estudos realizados anteriormente.

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Alta Competência

5) Releia o item do material de estudo, no qual encontramos as denições dos termos perigo e risco: PERIGO

RISCO

Perigo é uma fonte ou situação com potencial para provocar danos que podem se traduzir em lesão, doença, prejuízos à propriedade, prejuízos ao meio ambiente ou uma combinação de vários desses elementos.

Risco, por sua vez, é a medida da capacidade que o perigo tem de se transformar em um acidente. O risco depende de falhas que libertem o perigo e, ainda, da magnitude dos danos gerados.

Agora, analise as armativas a seguir. Escreva P, quando elas se refePERIGO e, rirem a PERIGO  e, R, quando estiverem relacionadas ao aumento ou RISCOS de diminuição dos RISCOS  de acidentes:

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( ) Pos Possib sibilid ilidade ade de oco ocorr rrênc ência ia de um mar maremo emoto to.. ( ) Ausência Ausência de equi equipamen pamentos tos adeq adequado uadoss para a reali realizaçã zação o da limpeza do chão da plataforma. ( ) Tra rans nspo port rtee de GN GNV V. ( ) Núme Número ro insu insucien ciente te de colet coletes es salv salva-vid a-vidas as na plata plataform forma. a. ( ) Arm Armaze azenam nament ento o de pro produt duto o quí químic mico o na pla plataf taform orma. a. ( ) Ar Arma maze zena narr ól óleo eo na pl plat ataf afor orma ma.. ( ) Esto Estocar car óleo acima dos limite limitess perm permitido itidoss nas inst instalaçõ alações. es. ( ) O empre empregado gado resp responsá onsável vel deixa deixarr de efet efetuar uar a veri vericaçã cação o das condições meteorológicas, conforme indicado pelos padrões de segurança da plataforma.

 

Capítulo 1. Técnicas de Avaliação Avaliação de Riscos - introdução

6) Organize a lista abaixo, alocando os exemplos de estudos qualitativos e quantitativos nas colunas adequadas, conforme as categorias a que pertencem: ANÁLISE POR(CHECK-LIST  ÁRVORE DE EVENTOS HAZOP - DE APR - LISTA DE VERIFICAÇÃO ) - ESTUDO DE –DISPERSÃO GASES - FMEA  / FMECA - ESTUDO DE PROPAGA PROPAGAÇÃO ÇÃO DE INCÊNDIO - E SE? (WHAT IF?) - ANÁLISE POR ÁRVORE DE FALHAS – ESTUDO DE EXPLOSÃO AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE RISCOS Qualitativos

Quantitativos

7) Leia as armativas sobre gerenciamento de recomendações e escreva V  para as VERDADEIRAS, e F  para as FALSAS. Em seguida, corrija a(s) sentença(s) incorreta(s). ( )

O ger gerenc enciam iament ento o de re recom comend endaçõ ações es é o aco acompa mpanha nhamen mento to da execução das recomendações de segurança resultantes do processo de Avaliação de Riscos.

( )

O ger gerenc enciam iament ento o de rec recome omenda ndaçõe çõess con consti stitui tui-se -se na eta etapa pa inicial do processo de Avaliação de Riscos.

( )

O ger gerenc enciam iament ento o de rec recome omenda ndaçõe çõess é uma das fer ferram rament entas as fundamentais para a manutenção dos riscos em níveis toleráveis.

( )

A Pet Petro robr bras as ut util iliz izaa um um  software  chamado SMSNET para controlar o processo de gerenciamento de recomendações.

( )

O SMS SMSNET NET gar garant antee que o emp empreg regado ado res respon ponsáv sável el rec receba eba as recomendações e que se faça a posterior vericação de seu cumprimento.

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Alta Competência

1.10. Glossário Cenários acidentais  acidentais  - correspondem ao resultado de uma linha de análise nas planilhas de Avaliação de Riscos. Para uma APR temos que o cenário acidental reúne as informações das colunas de perigo, causa e efeito. Podemos ter como cenário acidental, por exemplo, uma grande liberação libe ração de gás (perigo) proveniente da ruptura da linha ou válvula ou equipamento (causas), causando explosão de nuvem connada (efeito). No HAZOP, o nosso cenário acidental seria o aumento de pressão (desvio) devido à falha da válvula automática, na posição fechada (causa), podendo gerar o rompimento da tubulação (conseqüência). EVTE EVTE  - Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica. Mitigação - ato de mitigar, abrandar, amansar, suavizar, aliviar, diminuir, atenuar. Mitigadoras Mitigadoras  - que mitigam.

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Capítulo 1. Técnicas de Avaliação Avaliação de Riscos - introdução

1.11. Bibliografia ESTEVES, Alan da Silva. Gerenciamento de Riscos de Processo em Plantas de Petroquímicos Básicos: uma Proposta de Metodologia Estruturada. Estruturada . 2004. 403 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Sistemas de Gestão, Departamento de Engenharia de Produção, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2004. LOZOVEY, João Carlos do Amaral. Gestão de Saúde Integrada à Segurança e ao Meio Ambiente para Contingência e Emergência Química: Modelo Construído com Base no Estudo do Vazamento de Petróleo nos Rios Barigui e Iguaçu, ocorrido em julho de 2000 / 2000 / João Carlos do Amaral Lozovey – 2006 300 f. Tese – Doutorado – Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em . Acesso: em 10 jun 2008. PETROBRAS. N-2782: Critérios para aplicação de técnicas de avaliação de riscos. Rio de Janeiro, 2007. PETROBRAS. N-2784: Confiabilidade e análise de riscos. riscos . Rio de Janeiro, 2005.

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Alta Competência

1.12. Gabarito 1) O que é Avaliação de Riscos? A Avaliação de Riscos pode ser definida como um estudo apurado e preciso sobre as estratégias adotadas pela Companhia para administrar o perigo existente nas instalações, a partir da verificação da freqüência e dos danos das ocorrências. 2) Indique o principal objetivo do processo de Avaliação de Riscos. O principal objetivo da Avaliação de Riscos é minimizar a probabilidade de ocorrência de acidentes e atenuar as conseqüências dos mesmos. 3) Complete corretamente as lacunas do texto da Norma da Petrobras N-2784, N-2784, encaixando corretamente os trechos a seguir que foram retirados: - prevenção e mitigação - os perigos e suas respectivas causas e conseqüências

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- Conabilidade e Análise de Riscos - pessoas, meio ambiente e instalações De acordo com a Norma PETROBRAS N-2784, janeiro/ 05 – Confiabilidade e Análise de Riscos, Riscos, Avaliação de Riscos é uma “designação genérica da atividade que consiste na aplicação de uma ou mais técnicas estruturadas, através das quais são identicadosos perigos e suas respectivas causas e conseqüências  conseqüências  sobre pessoas, meio ambiente e instalações e instalações e geradas recomendações de prevenção e mitigação. mitigação. 4) A seguir, apresentamos uma lista de características referentes aos estudos qualitativos e quantitativos. Marque 1 para qualitativos e 2 para quantitativos. CARACTERÍSTICAS ( 1 ) Normalmente, os resultados desses estudos são utilizados de forma preliminar,, com a nalidade de identicar nar id enticar os principais riscos existentes. ( 2 ) Esses estudos pretendem apresentar a presentar valores que possam conrmar, conrmar, validar ou mesmo servir para questionar conclusões preliminares. ( 2 ) Esses estudos possibilitam identicar os cenários acidentais mais preocupantes e calcular o real valor do risco, com a proposta de medidas mitigadoras e/ou preventivas. ( 1 ) A partir desses estudos é possível priorizar os cenários acidentais que serão tratados, de modo que os riscos sejam diminuídos com a adoção de medidas de segurança. ( 1 ) A experiência dos prossionais envolvidos na avaliação dos cenários é imprescindível nesse tipo de estudo. ( 2 ) Podem ser denidos como a expressão numérica das informações extraídas dos estudos realizados anteriormente.

 

Capítulo 1. Técnicas de Avaliação Avaliação de Riscos - introdução

5) Releia o item do material de estudo, no qual encontramos as denições dos termos perigo e risco: PERIGO

RISCO

Perigo é uma fonte ou situação com potencial para provocar danos que podem se traduzir em lesão, doença, prejuízos à propriedade, prejuízos ao meio ambiente ou uma combinação de vários desses elementos.

Risco, por sua é a medida capacidade que vez, o perigo tem de da se transformar em um acidente. O risco depende de falhas que libertem o perigo e, ainda, da magnitude dos danos gerados.

Agora, analise as armativas a seguir. Escreva P, quando elas se referirem a PERIGO   e, R, quando estiverem relacionadas ao aumento ou diminuição dos PERIGO  de acidentes: RISCOS de RISCOS (P)

Possibilidade de ocorrência de um maremoto.

(R)

Ausência de equipamentos adequados para a realização da limpeza do chão da plataforma.

(P) (R)

Transporte de GNV. Número insuciente de coletes salva-vidas na plataforma.

(P)

Armazenamento de produto químico na plataforma.

(P)

Armazenar óleo na plataforma.

(R)

Estocar óleo acima dos limites permitidos nas instalações.

(R)

O empregado responsável deixar de efetuar a vericação das condições meteorológicas, conforme indicado pelos padrões de segurança da plataforma.

6) Organize a lista abaixo, alocando os exemplos de estudos qualitativos e quantitativos nas colunas adequadas, conforme as categorias a que pertencem: ANÁLISE POR ÁRVORE DE EVENTOS – HAZOP HAZOP  - APR - LIST LISTA A DE VERIFICAÇÃO VERIFICAÇÃO   (CHECK-LIST ) - ESTUDO DE DISPERSÃO DE GASES - FMEA / FMECA FMECA - ESTUDO DE PROPAGAÇÃO DE INCÊNDIO - E SE? ( SE? (WHAT IF? ) - ANÁLISE POR ÁRVORE DE FALHAS – ESTUDO DE EXPLOSÃO EXPLOSÃO - AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE RISCOS Qualitativos Lista de verificação (check-list ) APR E se? (What if? ) HAZOP FMEA / FMECA

Quantitativos Análise por Árvore de Falhas Análise por Árvore de Eventos Estudo de Dispersão de Gases Estudo de Propagação de Incêndio Estudo de Explosão Avaliação Quantitativa de Riscos

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Alta Competência

7) Leia as afirmativas sobre gerenciamento de recomendações e escreva V   para as VERDADEIRAS e F   para as FALSAS. Em seguida, corrija a(s) sentença(s) incorreta(s). ( V ) O gerenciamento de recomendações é o acompanhamento da execução das recomendações de segurança resultantes do processo de Avaliação de Riscos. ( F ) O gerenciamento de recomendações constitui-se na etapa inicial do processo de Avaliação de Riscos. Justificativa: errado, pois o gerenciamento de recomendações constitui-se na etapa que consolida, portanto, de fechamento de todo o processo de Avaliação de Riscos. ( V ) O gerenciamento de recomendações é uma das ferramentas fundamentais para a manutenção dos riscos em níveis toleráveis. ( V ) A Petrobras utiliza um software chamado SMSNET para controlar o processo de gerenciamento de recomendações. ( V ) O SMSNET garante que o empregado responsável receba as recomendações e que se faça a posterior vericação de seu cumprimento.

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   2   o    l   u    t    í   p   a    C

Avaliação de de Riscos - estudos qualitativos

Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Identicar os estudos qualitativos de Avaliação de Riscos utilizados pelo E&P; • Relacionar os estudos qualitativos às situações em que devem ser aplicados.

 

Alta Competência

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Avaliação de Riscos - estudos qualitativos Capítulo 2. Avaliação

2. Avaliação de Riscos - estudos qualitativos

O

s estudos qualitativos caracterizam-se por serem análises que têm como fundamento o uso da experiência dos prossionais envolvidos, portanto, por utilizar os dados de análise subjetiva e o grau de experiência dos empregados convocados a participar da Avaliação de Riscos. Além disso, ainda consideram vários referenciais pré-estabelecidos. Os estudos qualitativos são realizados com a nalidade de vericar os principais riscos existentes, classicando-os de acordo com o grau de importância e estabelecer os cenários acidentais que necessitam de maior atenção. As técnicas mais utilizadas no E&P são check-list , APR e HAZOP. A seguir estará apresentada a descrição mais detalhada das técnicas citadas anteriorment anteriormente. e.

2.1. Lista de verificação ou check-list   A lista de vericação ou check-list   é uma técnica qualitativa, cujo objetivo é identicar perigos existentes com a utilização de uma lista de itens que prevê a conformidade dos processos, sistemas, equipamentos, componentes ou procedimentos em relação a um referencial existente. A idéia básica dessa técnica é que seja utilizada como ferramenta de apoio. Para tanto, contém perguntas feitas em relação ao processo cuja conformidade esteja sendo vericada. As listas de vericação são bastante utilizadas em processos de auditoria. Inclui, também, uma orientação ao vericador sobre as evidências objetivas a serem buscadas na execução da referida vericação.

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Alta Competência

Existem vários tipos de lista de vericação, mas o mais importante é que haja facilidade no seu preenchimento e que os itens a serem vericados sejam apontados de modo correto e claro. A formulação dos itens depende do objetivo da vericação. A lista de verificação é utilizada pela empresa em muitos processos. A seguir, apresentamos alguns exemplos de check-list   utilizados na Petrobras. A Permissão para Trabalho (PT) é (PT) é um exemplo de check-list  utilizado  utilizado pela Petrobras. Tem como função liberar áreas perigosas em condições seguras para a realização de atividade de manutenção. Essas chas são preenchidas pelos operadores e arquivadas durante um período pré-determinado nas suas unidades de trabalho.

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Trabalho. Veja a seguir o formulário de Permissão para Trabalho.

 

Avaliação de Riscos - estudos qualitativos Capítulo 2. Avaliação

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  s   a   r    b   o   r    t   e    P   :   e    t   n   o    F

Formulário de Permissão para Tr Trabalho abalho (PT)

A Análise Preliminar Nível 1 (APN 1)  1)   é outro exemplo de checklist   utilizada na etapa de liberação de trabalho quando se busca identicar se a tarefa tarefa a ser realizada realizada precisará de uma uma Avaliação de de Riscos mais apurada.

 

Alta Competência

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  s   a   r    b   o   r    t   e    P   :   e    t   n   o    F

Ficha de Análise Preliminar - Nível 1 (APN1)

ATENÇÃO 1, se um dos itens que a compõem tiver No caso da APN 1, sim,, isso obrigatoriament como resposta um sim obrigatoriamentee remeterá à abertura de Análise de Riscos mais apurada.

2.2. Análise Preliminar de Riscos – APR (APR)  é uma técnica estruturada A Análise Preliminar de Riscos (APR) é estruturada para estudar e identicar os perigos potenciais decorrentes da concepção inicial de um projeto; em especial, aplicada na instalação de novas Unidades ou sistemas ou na operação de Unidades/sistemas existentes que utilizem materiais perigosos.

 

Avaliação de Riscos - estudos qualitativos Capítulo 2. Avaliação

Na APR, são examinadas as vias possíveis de um risco se concretizar, levantando as causas para cada um dos perigos identicados, os métodos de detecção disponíveis e os efeitos sobre os trabalhadores, a população, sobre a instalação industrial e o meio ambiente. A etapa seguinte é recomendar medidas preventivas preventivas e/ou mitigadoras para diminuir as causas ou reduzir os impactos dos cenários acidentais de acidentes identicados. A abrangência da APR pretende cobrir todos os eventos perigosos, cujas causas tenham origem no interior da instalação analisada, englobando tanto as falhas intrínsecas de componentes ou sistemas, como eventuais falhas operacionais ou de manutenção. Podemos citar como exemplo o vazamento de óleo no mar devido ao rompimento de uma tubulação por falta de manutenção. Outra ocorrência que pode ilustrar os aspectos levantados pela APR é uma situação de transbordamento de líquido inamável de um tanque por causa de uma falha na partida da bomba de esgotamento do tanque (mesmo tanque). Embora alguns eventos perigosos causados por agentes externos, como sabotagem, queda de balões, de aviões, de helicópteros ou de meteoritos, terremotos, maremotos e inundações possam ter freqüências de ocorrência consideradas extremamente remotas, também poderão ser incluídos na análise. 2.2.1. Análise Preliminar de Riscos - aplicação das técnicas A APR pode ser aplicada para sistemas em início de desenvolvimento desenvolvim ento do projeto, quando apenas os elementos básicos e os materiais estão denidos. Outra aplicação possível para a APR é como revisão geral de segurança de sistemas e instalações que já estejam em operação. Nessas circunstâncias, a APR é útil para apontar as áreas da instalação que deverão ser analisadas, posteriormente, com técnicas de Análise de Riscos ou de conabilidade mais detalhadas, ou seja, a APR antecipa outras análises.

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Alta Competência

Na Petrobras, a APR pode ser aplicada nas seguintes fases de um empreendimento: • Projeto Conceitual; • Projeto Básico; • Projeto de Detalhamento; • Construção, Montagem e Pré-Operação; • Comissionamento; • Operação; • Ampliação/ Modicação;

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• Desativação. 2.2.2. APR - etapas de execução O processo da APR é iniciado com um levantamento das causas relativas à ocorrência de cada um dos perigos e suas respectivas conseqüências. conseqüências. Em seguida, é feita uma avaliação qualitativa da freqüência de ocorrência do cenário acidental, da severidade das conseqüências e dos riscos associados. associados. Portanto, os resultados resultados obtidos são qualitativos, sem a utilização de metodologia de caráter numérico. Normalmente, uma APR fornece também uma ordenação qualitativa dos cenários acidentais identicados que pode ser utilizada como um primeiro elemento de priorização das medidas propostas para a redução dos riscos da instalação analisada. O uxograma a seguir apresenta as etapas que uma APR deve compreender durante a sua execução.

 

Avaliação de Riscos - estudos qualitativos Capítulo 2. Avaliação

Definição dos objetivos e do escopo da APR.

⇓ Definição das fronteiras da instalação analisada.

⇓ Coleta de informações sobre a região, a instalação e as substâncias perigosas envolvidas.

⇓ Subdivisão da instalação em módulos/trechos de análise.

⇓ Realização da APR propriamente dita.

⇓ Elaboração das estatísticas dos cenários identificados por categorias de freqüência e de severidade.

⇓ Análise dos resultados e preparação do Relatório da APR. A m de simplicar a realização da análise, a instalação estudada é dividida em subsistemas e trechos. O processo de divisão dos subsistemas e trechos considera vários aspectos da instalação, tais como: • Função dos equipamentos; • Trechos nos quais ocorrem mudanças das condições operacionais opera cionais - variáveis de processo; • Mudanças das características dos materiais construtivos; • Mudanças das características dos materiais perigosos; • Localização connada ou aberta.

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Alta Competência

2.2.3. Planilha da APR A realização da APR propriamente dita é feita através do preenchimento de uma planilha para cada módulo ou trecho de análise da instalação. Observe a imagem ilustrativa de uma das planilhas utilizadas. ANÁLISE PRELIMIRAR DE RISCOS Inst In stal alaç ação ão::

Área Ár ea::

Processo:

Subprocesso:

Perigo Causas

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Data: Pág.:

Possíveis efeitos

Documentos:

Modos de detecção salvaguardas Freqüência

Classificação Severidade SP P

M

Observações/  Recomendações

Risco I

SP

P

M

Cenário

I

A planilha da APR possui nove colunas, que visam apresentar, de maneira estruturada, as informações relevantes que compõem o cenário acidental. INFORMAÇÕES RELEVANTES

DESCRIÇÃO

PERIGO

Perigos identicados para o trecho de análise em estudo. Perigos são eventos acidentais com potencial para causar danos às instalações, operadores, público, meio ambiente ou à imagem da empresa.

CAUSAS

As causas podem envolver tanto falhas intrínsecas dos equipamentos como erros humanos durante testes, operação e manutenção.

POSSÍVEIS EFEITOS

MODOS DE DETECÇÃO / SALVAGUARDAS

Principais efeitos dos acidentes envolvendo substâncias tóxicas ou inamáveis, incêndios, explosões, danos a corpos d’água causados por vazamento de produtos perigosos, lesões ao público externo, lesões aos operadores, danos a propriedades limítrofes, parada de produção, perda de produção e perda de continuidade operacional. A detecção da ocorrência do perigo pode ser através de instrumentação ou percepção humana.

 

Avaliação de Riscos - estudos qualitativos Capítulo 2. Avaliação

INFORMAÇÕES RELEVANTES CATEGORIA DE FREQÜÊNCIA

DESCRIÇÃO Refere-se às freqüências de ocorrência dos efeitos físicos de interesse (sobrepressão,

CATEGORIA DE SEVERIDADE

concentração tóxica, radiação térmica, etc.). Refere-se à conseqüência dos possíveis efeitos mencionados anteriormente. anteriormente. Nesta etapa, devem-se analisar os impactos para a segurança pessoal, o patrimônio, o meio ambiente e também a imagem da empresa.

RISCO

É denido a partir da combinação da categoria de freqüência com a categoria de severidade. O resultado dessa conjugação é a matriz de tolerabilidade de riscos.

OBSERVAÇÕES / RECOMENDAÇÕES

Coluna na qual devem-se inserir os dispositivos e/ou práticas preventivas ou mitigadoras com o objetivo de se prevenir as causas ou mitigar os efeitos dos perigos. São registradas na análise em forma de recomendações. Também podem ser inseridas inse ridas observações que a equipe de análise considere importante registrar registrar.. Devem seguir uma seqüência lógica de numeração.

CENÁRIOS ACIDENTAIS 

Representa o resultado de uma linha analisada na APR. É o conjunto das seguintes informações: perigo, causa e efeito.

Vale enfatizar que as observações e as recomendações devem seguir uma seqüência lógica de numeração. Exemplos  - para recomendações - R001), R002), ..., R00n); e para Exemplos  observações - O001), O002), .... O003). A Petrobras dene categoria de freqüência, categoria de severidade N-2782,, e matriz de tolerabilidade de riscos tendo como referência a N-2782 que pode ser observada a seguir.

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Alta Competência

Categorias de frequência A B Extremamente Remota remota < 1 em 105 a < 1 em 10 5 anos 1 em 105  anos

Descrição/Características

Meio Segurança Instalações ambiente Imagem Pessoal (ver nota 2)

Danos Danos devido   a Provoca morte   c irreparáveis a a situações ou    i    f ou lesões Impacto equipamentos valores    ó   r graves em uma    V   t ou instalações considerados nacional e/ou    I   s ou mais internacional   a (reparação acima dos    t   a pessoas intra lenta ou níveis máximos    C ou extramuros impossível)

Lesões de gravidade moderada em   a pessoas   c    i    I    I    í    t intramuros.    I   r    C Lesões leves   e em pessoas    d   a extramuros    d    i   r   e   v   e   s

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Lesões leves em    d   e    l   a empregados e   n   s    i terceiros.   a   I   g    i   r    I   r Ausência de   a   o   g    M lesões   e    t extramuros   a    C

   l Sem lesões ou   e   v no máximo    í   z    I   e   r casos de   p primeiros   s   e socorros, sem    D

afastamento

 

D E Provável Frequente 1 por ano a < 1 por ano 1 em 30 anos

Possível de ocorrer até uma vez na vida útil da instalação.

Esperado ocorrer mais de uma vez durante a vida útil da instalação.

Esperado ocorrer muitas vezes durante a vida útil da instalação.

M

M

NT

NT

NT

T

M

M

NT

NT

T

T

M

M

M

T

T

T

T

M

tolerados

Danos devido Danos severos a situações ou valores a equipamenconsiderados tos ou instalações toleráveis entre níveis mínimo e médio Danos leves aos

Conceitualmente Não esperado possível, mas ocorrer durante a extremamente vida útil da improvável na vida instalação útil da instalação. apesar de Sem referências haver históricas. referências históricas.

C Pouco provável 1 em 30 a 1 em 105  anos

Impacto regional

Danos devido

equipamentos ou instalações a situações valores ou (os danos são considerados Impacto local controláveis toleráveis entre e/ou de baixo níveis mínimo custo de e médio reparo) Sem danos ou danos Sem danos ou insignificantes com danos aos mínimos ao equipamentos meio ambiente ou instalações

Sem impacto

Nota 1 1 - No caso de vazamentos de petróleo ou derivados, as Tabel Tabelas as B.1 e/ou B.2 (respectivamente para vazamentos na água e no solo) podem ser utilizadas para a definição das categorias de severidade, em função do grau API do produto, do volume vazado e do ambiente atingido. Nota 2 2 - As categorias de frequência visam permitir uma avaliação da frequência do conjunto de causas que levam aos cenários acidentais. As categorias de severidade visam permitir uma avaliação da magnitude das consequências dos efeitos físicos de interesses ( sobrepressão, concentração tóxica, radiação térmica etc.). Categoria de risco Tolerável (T) Moderado (M)

Não Tolerável (NT)

Descrição do nível de controle ne necessário Não há necessidade de medidas adicionais. A monitoração é necessária para assegurar que os controles sejam mantidos. Controles adicionais devem ser avaliados com o objetivo de obter-se uma redução dos riscos e implementados àqueles considerados praticáveis (região ALARP). Os controles existentes são insuficientes. Métodos alternativos devem ser considerados para reduzir a probabilidade de ocorrência e, adicionalmente, as consequências, de forma a trazer os riscos para regiões de menor magnitude de riscos (regiões ALARP ou tolerável).

 

Avaliação de Riscos - estudos qualitativos Capítulo 2. Avaliação

Observe, a seguir, uma planilha preenchida de APR, desenvolvida no SMSNET, que é a ferramenta utilizada para a elaboração de APR pelo E&P.

57

  s   a   r    b   o   r    t   e    P   :   e    t   n   o    F

2.2.4. Análise dos resultados Após a elaboração da APR, realiza-se a análise dos resultados obtidos, listando as recomendações de medidas preventivas e/ou mitigadoras propostas pela equipe. A classicação dos cenários acidentais serve como insumo básico na priorização das medidas a serem implementadas na Avaliação de Riscos.

 

Alta Competência

2.3. HAZOP - Análise de Perigos e Operabilidade O HAZOP é um documento elaborado segundo denição da AIChE (

Guideline for Hazard ), que eé divulgar uma instituição, i nstituição, com sede nos EUA, e queEvaluation tem por Procedures objetivo reunir parâmetros referentes à Avaliação de Riscos como um todo.

O HAZOP – um dos referenciais estabelecidos pela AIChE - é uma técnica desenvolvida para se identicar e avaliar os perigos nas unidades de produção, como por exemplo, em uma plataforma de petróleo. Tem ainda como função identicar problemas operacionais que, embora inicialmente não representem riscos de acidentes, poderão comprometer a eciência operacional e a produtividade da plataforma.

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?

VOCÊ SABIA?

O HAZOP foi desenvolvido tendo como foco o setor nuclear em função dos altos riscos envolvidos em suas atividades.

Esta técnica usa um procedimento que gera perguntas de forma estruturada e sistemática com o uso adequado de palavras-guias. O principal objetivo do HAZOP é investigar minuciosamente e de forma sistemática cada segmento de um denormais produção para descobrir todos os possíveis desvios dasprocesso condições de operação, identicando as causas responsáveis por tais desvios e as respectivas conseqüências. Uma vez identicadas as causas e as conseqüências de cada tipo de desvio, esta técnica propõe medidas para atenuar ou controlar o perigo ou para solucionar o problema de operação da instalação analisada. 2.3.1. HAZOP - aplicação O HAZOP pode ser aplicado tanto na fase de novos projetos de unidades de produção que já disponham de documentação técnica (uxogramas de engenharia), quanto em processos de modicação ou ampliação de unidades de produção já em operação.

 

Capítulo 2. Avaliação Avaliação de Riscos - estudos qualitativos

Originalmente, essa técnica foi criada e desenvolvida para ser aplicada em processos de operação contínua, ou seja, aquela que ocorre de forma ininterrupta, como por exemplo, a produção de gasolina em uma renaria de petróleo. O HAZOP poderia, com algumas modicações, ser empregado também em processos descontínuos, ou seja, que operam por bateladas. Na Petrobras, podemos dar como exemplo a produção de catalisadores químicos especícos. Além disso, o HAZOP pode ser usado para situações de elaboração de procedimentos cujo objetivo seja identicar cenários que possam levar a problemas operacionais. 2.3.2. HAZOP - dados necessários Um bom HAZOP exige - além da colaboração de especialistas experientes - informações precisas, detalhadas e atualizadas sobre o projeto e a operação da instalação a ser estudada. Para tanto, devem estar disponíveis uxogramas, informações sobre o processo, a instrumentação e a operação da instalação. Todas essas informações devem estar atualizadas e podem ser obtidas por meio de documentação - especicações técnicas e procedimentos de operação e de manutenção - ou por pessoas com experiência e qualicação técnica adequadas. A documentação necessária para a execução do HAZOP está listada a seguir: • Fluxogramas de engenharia (P&D); • Fluxogramas de processo e balanço de materiais; • Memoriais descritivos, incluindo a losoa de projeto; • Folhas de dados de todos os equipamentos da instalação; • Dados de projeto de instrumentos, válvulas de controle, etc.; • Dados de projeto e  setpoints  de todas as válvulas de alívio, discos de ruptura, etc.;

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Alta Competência

• Especicações e padrões dos materiais das tubulações; • Diagrama lógico de intertravamento, juntamente com descrição completa; • Matrizes de causa e efeito; • Especicações das utilidades, tais como: vapor, água de refrigeração, ar comprimido, etc.; • Desenhos mostrando interfaces e conexões com outros equipamentos na fronteira da Unidade/sistema analisado. 2.3.3. Formação de equipes e atribuições A execução adequada de um HAZOP tem como princípio princíp io a formação

60

de uma equipe multidisciplinar, com experiências diversas. Essa equipe deve interagir de forma que as diferentes contribuições sejam valorizadas e um número muito maior de aspectos críticos possam ser identicados mais rapidamente do que se cada um trabalhasse individualmente e, posteriormente, os resultados fossem combinados. A dinâmica dos encontros deve favorecer a interação dos prossionais envolvidos, a m de se obter uma análise mais completa, com elementos que contribuirão para a obtenção de resultados mais precisos e ecazes. Espera-se, portanto, que o levantamento das causas e dos possíveis efeitos de de uma desvios operacionais conduzam um consenso e à construção proposta de soluções para oa problema em foco. No caso de projetos novos, o HAZOP deve ser executado por uma equipe na qual se terá a participação de técnicos, como indicado nas tabelas a seguir:

 

Capítulo 2. Avaliação Avaliação de Riscos - estudos qualitativos

Função

Líder

Secretário

Perfil / Atribuição Deve, preferencialmente, ser um engenheiro de segurança, especialista na técnica té cnica do HAZOP, HAZOP, mas sem ser se r um dos participantes do projeto que está sendo analisado, de modo que se preserve a imparcialidade e a qualidade das informações. Deve, ainda, ter experiência em liderar grupos de pessoas que normalmente não se reportam a ele, ou seja, que não sejam seus subordinados. O líder da equipe deve também demonstrar preocupação com os detalhes e garantir que os demais membros sigam os procedimentos adequadamente e no tempo estimado. Suas atribuições, de um modo geral, são: • Selecionar os elementos da equipe; • Planejar a análise; • Conduzir a análise; • Divulgar os resultados; • Acompanhar a execução das recomendações; • Limitar debates paralelos nas reuniões; • Cobrar participação e pontualidade dos membros; • Entender bem o que está sendo discutido, exigindo explicações quando achar necessário; • Monitorar o desempenho de cada membro da equipe durante as discussões; • Incentivar e controlar as discussões, sintetizar os resultados, mas permanecer neutro durante a discussão; • Estimular a discussão sem responder às perguntas, desaando o grupo; • Promover o consenso. Responsável pelo preenchimento da planilha, devendo ser capaz de sintetizar de forma clara e objetiva os resultados das discussões do grupo.

Engenheiro de  Processo

Engenheiro que elaborou o projeto e o uxograma de processo, deve ter extenso conhecimento na área de processos e da operação da Unidade que está em análise.

Engenheiro de Segurança

Responsável pela segurança de unidades de processo, geralmente é o líder da equipe. Pode gerenciar a Unidade como um todo ou ser um elemento independente, convocado apenas para desempenhar essa função por tempo determinado.

61

 

Alta Competência

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Função

Perfil / Atribuição

Chefe de Projeto

Engenheiro responsável pela condução do projeto, deve minimizar as mudanças, mas ao mesmo tempo agilizar o levantamento dos perigos ocultos ou dos problemas operacionais não resolvidos. Seu maior compromisso deve ser com as questões de ordem prática e de realidade do funcionamento do ambiente em questão. Deve estar alerta para o fato de que quanto mais demorado for o processo de detecção dos perigos e problemas, maior será o custo para contorná-los.

Engenheiro de Instrumentação e Controle

Trata-se de um elemento indispensável na equipe, uma vez que Trata-se as unidades de processo possuem, em geral, muitos sistemas de controle e de proteção. Além disso, o HAZOP geralmente recomenda acréscimo de instrumentação. Caso o projeto envolva controles automatizados, um engenheiro de automação também deverá fazer parte do grupo.

Representante da Representante Operação

Prossional com experiência na operação de instalações similares e que possa, através de uma análise comparativa, contribuir para a identicação de possíveis riscos a que estaria exposta a nova unidade.

Engenheiro Eletricista

Caso o projeto envolva aspectos importantes de conabilidade ou de continuidade no fornecimento de eletricidade, um engenheiro eletricista deverá também fazer parte do grupo de trabalho. Não é um elemento eleme nto obrigatório.

Engenheiro Mecânico

Se o projeto envolver aspectos importantes em relação aos equipamentos mecânicos, um engenheiro mecânico também deverá fazer parte da equipe. equipe. Não é um elemento obrigatório. obrigatório.

No caso de tratar-se de uma Unidade já em operação o HAZOP deve ser realizado por uma equipe que seja, preferencialmente, constituída da forma mostrada na tabela a seguir.

 

Capítulo 2. Avaliação Avaliação de Riscos - estudos qualitativos

Função

Líder da Equipe

Perfil / Atribuição Deve, preferencialmente, ser um engenheiro de segurança, especialista na técnica té cnica do HAZOP, HAZOP, mas sem ser um dos participantes do projeto que está sendo analisado, de modo que se preserve a imparcialidade e a qualidade das informações. Deve, ainda, ter experiência em liderar grupos de pessoas que normalmente não se reportam a ele, ou seja, que não sejam seus subordinados. O líder da equipe deve também demonstrar preocupação com os detalhes e garantir que os demais membros sigam os procedimentos adequadamente e no tempo estimado. Suas atribuições, de um modo geral, são: • Selecionar a equipe; • Planejar e conduzir a análise; • Divulgar os resultados; • Acompanhar a execução das recomendações; • Limitar debates paralelos nas reuniões; • Cobrar participação e pontualidade dos membros; • Entender bem o que está sendo discutido, exigindo explicações quando achar necessário; • Monitorar o desempenho de cada membro da equipe durante as discussões; • Incentivar e controlar as discussões, sintetizar os resultados, permanecendo neutro; • Promover o consenso entre os membros; • Não responder às perguntas, estimulando a discussão.

Secretário

Pessoa responsável pelo preenchimento da planilha, devendo ser capaz de sintetizar, de forma clara e objetiva, os resultados das discussões.

Supervisor da Unidade

Engenheiro responsável pela operação da unidade de processo.

Engenheiro de Processo

É o engenheiro que elaborou o projeto básico e o uxograma de processo, devendo ter extenso conhecimento na área de processos e da operação da planta em análise.

Operador

Prossional que conhece aquilo que de fato acontece na instalação em análise. Conhece também todos os detalhes operacionais e as informações relativas ao histórico de funcionamento da instalação.

Engenheiro de Manutenção

Responsável pela manutenção da instalação.

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Alta Competência

Função

Perfil / Atribuição

Engenheiro de Segurança

Responsável pela segurança de unidades de processo, geralmente é o líder da equipe.

Este é um componente indispensável na equipe, uma vez que as unidades de processo possuem, geralmente, muitos sistemas Engenheiro de de controle e de proteção. Além disso, o HAZOP habitualmente Instrumentação e recomenda acréscimo de instrumentação. Caso o projeto envolva Controle controles automatizados, um engenheiro de automação também deverá fazer parte do grupo.

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A equipe de um HAZOP deve ser escolhida cuidadosamente de modo a garantir a união do conhecimento e da experiência necessários para os objetivos objetivos da análise. É importante que que as equipes não não sejam muito grandes, a ponto de comprometer a eciência do processo de análise, devendo ter de cinco a sete participantes efetivos. Esse é um cuidado importante, pois equipes muito grandes perdem o foco e tumultuam o processo. 2.3.4. HAZOP - etapas de execução A técnica do HAZOP é, fundamentalmente, um procedimento indutivo qualitativo no qual um processo é analisado por um grupo através de perguntas geradas de modo sistemático. A pesquisa é conduzida a partir de uma lista de palavras-guia ecomponentes complementada com outras na relação interação os da equipe e isso questões é feito em ao entre que for considerado cada aspecto (nó) do sistema. Em outras palavras, o HAZOP consiste, basicamente, em uma busca estruturada das razões de possíveis desvios nas variáveis do processo, isto é, na temperatura, pressão, uxo e nível, em diferentes pontos, denominados nós do sistema, durante a sua operação. A lista de palavras-guia e os tipos de desvios considerados são mostrados na tabela a seguir. Essas categorias são invariáveis.

 

Avaliação de Riscos - estudos qualitativos Capítulo 2. Avaliação

Palavras-guias NÃO, NENHUM MENOS MAIS TAMBÉM, BEM COMO

Tipos de desvios Completa negação das intenções de projeto Diminuição quantitativa de uma propriedade física relevante Aumento quantitativo de uma propriedade física relevante Um aumento qualitativo

PARTE DE

Uma diminuição qualitativa

REVERSO

O oposto lógico da intenção de projeto

OUTRO DE

Substituição completa

Na tabela seguinte, podemos identicar uma lista de desvios aplicáveis a processos contínuos, gerados a partir da combinação da palavra-guia com o parâmetro analisado. Parâmetros

Palavras-Guia

Desvios

Nenhum

Menos Mais Reverso Também

Nenhum uxo Menos uxo Mais uxo Fluxo reverso Contaminação

PRESSÃO

Menos Mais

Pressão baixa Pressão alta

TEMPERATURA

Menos Mais

Temperatura baixa Temperatura Temperaturaa alta Temperatur

NÍVEL

Menos Mais

Nível baixo Nível alto

VISCOSIDADE

Menos Mais

Viscosidade baixa Viscosidade alta

Nenhum

Nenhuma reação Reação incompleta Reação descontrolada Reação reversa Reação secundária

FLUXO

REAÇÃO

Menos Mais Reverso Também

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Alta Competência

O procedimento para a execução do HAZOP pode ser sintetizado nos passos a seguir:

1. Divisão da Unidade/sistema em subsistemas, a m de facilitar a realização da avaliação. 2. Escolha do ponto, designado como nó, de um dos subsistemas a ser analisado. 3. Aplicação dos desvios, nos pontos pré-denidos (nós), de modo a investigar as possíveis causas que poderiam deagrá-los. 4. Para cada uma das causas identicadas na etapa anterior, faz-se a identicação das possíveis conseqüências e verica-se a existência de sistemas de segurança capazes de detectar ou mitigar o cenário.

66

5. Nessa etapa, são criadas as recomendações, se necessárias. É imprescindível especicar o órgão responsável pela sua avaliação e implementação.

ATENÇÃO É importante ressaltar que uma vez analisados todos os desvios de um mesmo nó, um outro ciclo é iniciado com a escolha escol ha de um novo trecho, dando prosseguimento à análise. As recomendações geradas pela análise podem ser de três tipos distintos, a seguir apresentados apresentados::

 

Avaliação de Riscos - estudos qualitativos Capítulo 2. Avaliação

Recomendações que exigem mudanças no projeto da instalação, no nível de hardware, envolvendo equipamentos ou componentes, podendo demandar tempo e custos maiores para sua implementação. Recomendações que exigem apenas modicações no nível de  software envolvendo, por exemplo, mudanças na lógica de atuação ou acréscimo de alarmes fornecidos por circuitos lógicos. Em geral, estas recomendações recomendações são de baixo custo e de fácil implementação. Recomendações relativas à elaboração de procedimentos operacionais, execução de manutenção e testes periódicos e a uma possível nova realização de estudos e avaliações complementares. complementares. As principais vantagens do HAZOP estão relacionadas à sistematização, flexibilidade e abrangência na identificação de perigos e problemas operacionais. Além disso, podemos apontar como um ganho signicativo tanto para os participantes, quanto para a própria companhia, o entendimento mais global, uma visão mais interdisciplinar do funcionamento da Unidade a partir da troca de conhecimento e de experiências entre os prossionais envolvidos. Esse ganho aplica-se às condições normais de operação e, principalmente, às situações de emergência. 2.3.5. Planilha do HAZOP A planilha do HAZOP possui seis colunas. São elas: Desvio 1. Desvio  - É a combinação do parâmetro com a palavra-guia. causas - Causas que podem acarretar o desvio. 2. Possíveis causas conseqüências  - Conseqüências associadas a cada uma 3. Possíveis conseqüências  das causas ou conjunto de causas. detecção/salvaguardas  - Representa a detecção ou 4. Modos de detecção/salvaguardas  proteção da ocorrência do desvio. Podem ser indicados através de instrumentação – uso de um detector de gás, por exemplo - ou percepção humana.

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Alta Competência

Observações/recomendações   - Coluna onde se devem inserir os 5. Observações/recomendações dispositivos e/ou práticas preventivas ou mitigadoras com o objetivo de se prevenir as causas ou atenuar os efeitos dos desvios. São registradas na análise em forma de recomendações recomendações.. observações que Também podem ser inseridas observações  que a equipe de análise considere importantes. Vale destacar que as observações e as recomendações devem seguir uma seqüência lógica de numeração. Exemplos: Para recomendações - R001), R002), ..., R00n); e para observações - O001), O002), .... O003). Cenários 6. Cenários  - Representam o resultado de uma linha da planilha.

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Será apresentado a seguir um HAZOP desenvolvido no SMSNET, que é a ferramenta utilizada pelo E&P na elaboração desse documento.

  s   a   r    b   o   r    t   e    P   :   e    t   n   o    F

 

Avaliação de Riscos - estudos qualitativos Capítulo 2. Avaliação

2.3.6. HAZOP - Análise dos resultados O padrão dos resultados gerados a partir do HAZOP são os apresentados a seguir: • Identicação de todos os desvios possíveis que podem conduzir a eventos perigosos ou a problemas operacionais; • Avaliação das conseqüências (efeitos) desses desvios sobre o processo de produção analisado; • O exame dos meios disponíveis para se detectar, corrigir ou mitigar os efeitos de tais desvios. Os resultados obtidos, portanto, são puramente qualitativos, não fornecendo estimativas numéricas nem qualquer tipo de classicação em categorias. Os resultados da análise serão remetidos aos solicitantes, que podem ser os gerentes das instalações ou os gerentes de projetos. O HAZOP é armazenado em bancos de dados da empresa, como no próprio SMSNET, por exemplo.

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Alta Competência

2.4. Exercícios 1) A técnica de estudo qualitativo que se utiliza de uma lista li sta de itens para vericar a conformidade dos processos, sistemas, equipamentos, componentes ou procedimentos, em relação a um referencial é: ( ) Análise de Perigos ( ) Análise Preliminar de Perigos (APP) ( ) HAZOP ( ) Análise Preliminar de Riscos (APR) ( ) Check-list  2) Leia as armativas a seguir e assinale a opção correta.

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I. As técnicas de APP e APR possuem o mesmo princípio de análise, ou seja, são indutivas e estruturadas para identicar perigos decorrentess de falhas de instalações. decorrente II. A APP é utilizada quando se classicam os perigos em categorias de risco. III. APP e APR são usadas para identicar perigos decorrentes de erros humanos. IV. A APR é bastante usada em processos de auditoria. ( ) As armativas I e II estão estão corretas. ( ) As armativas I e III estão estão corretas. ( ) As armativas I e IV estão estão corretas. ( ) As armativas II e IV estão estão corretas. ( ) As armativas II e III estão estão corretas. corretas.

 

Avaliação de Riscos - estudos qualitativos Capítulo 2. Avaliação

3) O principal objetivo dos Estudos de Perigos e Operabilidade HAZOP é: ( ) Inve Investig stigar ar minu minucios ciosamen amente te e com méto método do cada segm segmento ento de um processo, para identicar todos os possíveis desvios das condições normais de operação, suas causas e respectivas conseqüências. ( ) Identicar Identicar desv desvios ios de condiç condições ões normais normais de operaçã operação o utilizando modelos matemáticos matemáticos no seu desenvolvimento desenvolvimento.. ( ) Verica Vericarr as maneir maneiras as pelas pelas quais quais os desvios desvios ocorr ocorreram, eram, levantando as causas para cada um dos perigos identicados. ( ) Estudar Estudar e identi identicar car os perig perigos os pote potenciai nciaiss decor decorrent rentes es da concepção inicial de novas unidades ou sistemas, ou da operação de Unidades/sistemas existentes que utilizam materiais perigosos. ( ) Anali Analisar sar minuc minuciosam iosamente ente os resu resultado ltadoss da Análi Análise se Preli Preliminar minar de Riscos aplicando formulários próprios. 4) Indique se as informações a seguir são verdadeiras (V (V) ou falsas (F (F): ( ) O form formulá ulário rio de PT e APNAPN-11 são são exe exempl mplos os de Lis Listas tas de Vericação Verica ção utilizados pela Petrobras. ( ) Perigo Perigo tamb também ém é conh conhecido ecido como crité critério rio de toler tolerabilid abilidade ade e é denido a partir de uma combinação da categoria de freqüência com a categoria de severidade. ( ) Cenário Cenário repr represen esenta ta o resu resultado ltado de uma linha anal analisada isada na APR, sendo o conjunto das seguintes informações: perigo, causa e efeito. ( ) O result resultado ado da da anális análisee do tipo tipo APR APR é do tipo tipo quantitativo, porque utiliza modelos matemáticos no seu desenvolvimento.

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Alta Competência

5) Relacione as técnicas a seguir e suas aplicações: I. HAZOP II. APR III. Lista de Vericação

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( )

É ut util iliz izad adaa co como mo fe ferr rram amen enta ta de ap apoi oio. o.

( )

Pode ser apl Pode aplica icada da em qua qualqu lquer er es estág tágio io da vid vidaa úti útill de uma instalação.

( )

Seu uso Seu uso é indi indica cado do par paraa sist sistem emas as em em iníc início io de de desenvolvimento desenvolvimen to do projeto, quando apenas os elementos básicos e os materiais estão denidos.

( )

É apl aplica icada da par paraa ant anteci ecipar par out outras ras aná anális lises es de ris risco coss ou de conabilidade mais detalhadas.

( )

É uti utiliz lizada ada par paraa a re revis visão ão ger geral al de seg segura urança nça de uni unidad dades es de processo que já estejam em operação.

 

Avaliação de Riscos - estudos qualitativos Capítulo 2. Avaliação

2.5. Glossário Bateladas   - é uma medida de quantidade muito utilizada na indústria química. Bateladas Exemplo: o processo da empresa produziu uma batelada de fertilizante. Cenários acidentais  acidentais  - correspondem ao resultado de uma linha de análise nas planilhas de Avaliação de Riscos. Para uma APR temos que o cenário acidental reúne as informações das colunas de perigo, causa e efeito. Podemos ter como cenário acidental, por exemplo, uma grande liberação de gás (perigo) proveniente da ruptura da linha ou válvula ou equipamento (causas), causando explosão de nuvem connada (efeito). No HAZOP, o nosso cenário acidental seria o aumento de pressão (desvio) devido à falha da válvula automática, na posição fechada (causa), podendo gerar o rompimento da tubulação (conseqüência). Mitigadoras Mitigadoras  - que mitigam. mitigam. Mitigar - abrandar, amansar, suavizar, aliviar, diminuir, atenuar.

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Alta Competência

2.6. Bibliografia FISCHER, Daniela e GUIMARÃES, Lia Buarque de Macedo. Percepção de Risco e Perigo: um Estudo Qualitativo. Qualitativo . Disponível . Acesso em: 01em: jul 2008. PETROBRAS. N-2782: critérios para aplicação de técnicas de avaliação de riscos riscos.. Rio de Janeiro, 2007.

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Avaliação de Riscos - estudos qualitativos Capítulo 2. Avaliação

2.7. Gabarito 1) A técnica de estudo qualitativo que se utiliza de uma lista de itens para vericar a conformidade dos processos, sistemas, procedimentos, em relação a um referencial é: equipamentos, componentes ou ( ) Análise de Perigos ( ) Análise Preliminar de Perigos (APP) ( ) HAZOP ( ) Análise Preliminar de Riscos (APR) ( X ) Check-list  2) Leia as armativas a seguir e assinale a ssinale a opção correta. I. As técnicas de APP e APR possuem o mesmo princípio de análise, ou seja, são indutivas e estruturadas para identicar perigos decorrentes de falhas de instalações. II. A APP é utilizada quando se classicam os perigos em categorias de risco. III. APP e APR são usadas para identicar perigos decorrentes de erros humanos. IV.. A APR é bastante usada em processos de auditoria. IV ( ) As armativas I e II estão corretas. ( X ) As afirmativas I e III estão corretas. ( ) As armativas I e IV estão corretas. ( ) As armativas II e IV estão corretas. ( ) As armativas II e III estão corretas. 3) O principal objetivo dos Estudos de Perigos e Operabilidade - HAZOP é: ( X)

Investigar Investi gar minuc minuciosa iosament mentee e com com método método cad cadaa segment segmento o de um pro proces cesso, so, para identificar todos os possíveis desvios das condições normais de operação, suas causas e respectivas conseqüências.

( )

Identica Identi carr des desvios vios de cond condiçõ ições es nor normai maiss de ope operaç ração ão uti utiliz lizando ando mod modelos elos matemáticos no seu desenvolvimento.

( )

Vericar Veri car as man maneir eiras as pel pelas as quai quaiss os des desvio vioss oco ocorre rreram ram,, lev levant antando ando as cau causas sas para cada um dos perigos identicados.

( )

Estudar e ide Estudar identi ntica carr os per perigos igos pot potenc enciais iais dec decorr orrent entes es da con concep cepção ção ini inicia ciall de novas unidades ou sistemas, ou da operação de Unidades/sistemas existentes que utilizam materiais perigosos.

( )

Analisar Analis ar min minuci uciosa osamen mente te os res result ultados ados da Aná Anális lisee Pre Prelim liminar inar de Ris Riscos cos aplicando formulários próprios.

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Alta Competência

4) Indique se as informações a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F): (V)

O formulário de PT e APN-1 são exemplos de Listas de Vericação utilizados pela Petrobras.

(F)

Perigo conhecido como critériode de freqüência tolerabilidade denido a partirtambém de uma écombinação da categoria comeaécategoria de severidade. Justificativa: Errado, pois categoria de risco também é conhecida como critério de tolerabilidade e é definido a partir de uma combinação da categoria de freqüência com a categoria de severidade. Cenário representa o resultado de uma linha analisada na APR, sendo o conjunto das seguintes informações: perigo, causa e efeito.

(V) (F)

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O resultado da análise do tipo APR é do tipo quantitativo, porque utiliza modelos matemáticos no seu desenvolvimento. Justificativa: Errado, pois o resultado da análise do tipo APR é qualitativo, porque não é necessário utilizar modelos matemáticos no seu desenvolvimento.

5) Relacione as técnicas a seguir e suas aplicações: I. HAZOP II. APR III. Lista de Vericação ( III )

É utilizada como ferramenta de apoio.

( I )

Pode ser aplicada em qualquer estágio da vida útil de uma instalação.

( II )

Seu uso é indicado para sistemas em início de desenvolvimento do projeto, quando apenas os elementos básicos e os materiais estão denidos.

( II )

É aplicada para antecipar outras análises de riscos ou de conabilidade mais detalhadas.

( III )

É utilizada para a revisão geral de segurança de unidades de processo que  já estejam em operação.

 

Avaliação de Riscos - estudos quantitativos Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Identicar os estudos quantitativos de Avaliação de Riscos; • Relacionar os estudos quantitativos e as situações em que devem ser aplicadas; • Identicar o tipo de informação gerada pelos estudos quantitativos.

   3   o    l   u    t    í   p   a    C

 

Alta Competência

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Avaliação de Riscos – estudos quantitativos Capítulo 3. Avaliação

3. Avaliação Avaliação de Riscos - estudos quantitativos

A

avaliação quantitativa é o resultado numérico das informações obtidas na análise qualitativa. A partir dos estudos quantitativos é possível chegar ao cálculo da freqüência de ocorrência e das conseqüências dos eventos em questão apresentados em dados objetivos dos cenários acidentais analisados.

ATENÇÃO Chamamos de cenários acidentais o cruzamento das informações de uma linha de análise das planilhas de análise de riscos. Os cenários acidentais são baseados nas situações de acidentes identicadas pelos estudos qualitativos. Nos estudos quantitativos ocorre a substituição dos critérios qualitativos pela análise numérica, mais precisa e baseada em critérios de engenharia e modelos matemáticos. O estudo se inicia extraindo da Análise Preliminar de Riscos (APR) os principais cenários de riscos identicados na Unidade. Os estudos quantitativos são desenvolvidos a partir da utilização de  softwares matemáticos que geram planilhas, grácos, simulações, ou seja, dados que projetam o cenário de acidentes e podem contribuir, portanto, para a antecipação de ações preventivas. Esses dados são analisados por empresas especializadas, terceirizadas e também pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes).

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?

VOCÊ SABIA?

O Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes)  (Cenpes)  é o órgão da Petrobras dedicado à formação e ao desenvolvimento de recursos humanos. O atual Cenpes nasceu sob o nome de Centro de Aperfeiçoamento e Pesquisas de Petróleo (Cenap) e foi criado em 1955. O objetivo do Cenpes é atender às demandas tecnológicas que impulsionam a Petrobras. Com quase 2.000 empregados distribuídos em uma área de 122 mil metros quadrados, o Cenpes conta

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com 30 unidades-piloto e 137 laboratórios que atendem aos órgãos da Companhia. A excelência do corpo técnico do Cenpes pode ser comprovada pelo número de pós-graduados. O Centro de Pesquisas da Petrobras encerrou encerrou o ano de 2007 com 178 doutores e 478 mestres em seu quadro efetivo. Disponível em: .. Acesso em: 28 jul 2008. com.br/portal/tecnologia.htm>

Para uma melhor compreensão do que é um estudo quantitativo de Análise de Riscos, selecionamos e apresentamos a seguir os principais estudos desenvolvidos nos projetos realizados pela área de E&P. São eles: Dispersão de Gases, Propagação de Incêndio e Análise de Explosão. Explosão.

3.1. Dispersão de gases A fim de identificar o mais rápido possível os cenários de vazamento de gás é necessário que seja projetado um Sistema de Detecção de Gases.

 

Avaliação de Riscos – estudos quantitativos Capítulo 3. Avaliação

Esse sistema é estruturado a partir do estudo de dispersão de gases que tem como principal objetivo a denição da localização e do número ideal de sensores de gás a serem instalados nas plataformas. Nas unidades de produção, esse sistema é normalmente composto por dois subsistemas: •  Detecção de gás combustível (CH4); • Detecção de gás tóxico (H2S). Ambos têm por nalidade indicar a presença de gases acima de determinadas concentrações, de forma que a adoção dos procedimentos de segurança seja feita no tempo adequado, garantindo, assim, aesegurança de pessoas, minimizando os possíveis danos patrimoniais ao meio ambiente. Os projetos qualitativos de sistemas de detecção são normalmente baseados em normas técnicas, que não estabelecem o número ideal de detectores. Essas normas, em sua grande maioria, indicam apenas que os sensores deverão estar localizados próximos dos pontos de possíveis vazamentos. Esses projetos desconsideram parâmetros importantes como: • Quantidade apropriada de detectores; • Distância entre os detectores e seu posicionamento posicionamento;; • Conabilidade desejada para o detector ou para o sistema; • Inuência de variáveis externas. Assim sendo, o projeto pode apresentar certa vulnerabilidade, quando dependente exclusivamente da sensibilidade do projetista, conduzindo à projeção de sistemas super ou subdimensionados. Das limitações citadas anteriormente pode, portanto, resultar aumento de custo, quer seja pelo excesso de detectores, quer seja por danos gerados pela falta destes.

81

 

Alta Competência

Justica-se, portanto, nesse momento, o estudo da Dispersão de Gases como ferramenta, a m de avaliar o melhor sistema de detecção de gases a ser implantado. i mplantado. A metodologia utilizada pretende, em sua essência, encontrar a solução numérica da equação de Navier-Stokes, a qual governa o escoamento dos gases e, no caso especíco, do ar e dos gases vazados da plataforma. O problema considera a presença dos obstáculos ao escoamento dos gases e condições ambientais – pressão atmosférica, atmosférica, velocidade dos ventos, taxas de vazamento, as dimensões dos pontos de vazamento, por exemplo. Como resultado da resolução do problema, é possível prever os locais onde serão obtidas concentrações acima do limite detectável e onde o posicionamento de detectores seria realmente efetivo.

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Uma vez determinados os cenários acidentais críticos, efetua-se, então, a análise do vazamento propriamente dito, que se inicia pela determinação da quantidade de gás a ser liberado, em função do orifício de vazamento e das condições de operação no local do vazamento. As concentrações de gases resultantes do processo de vazamento e dispersão são determinadas utilizando-se aplicativos computacionais especícos para análise uido-dinâmica, que se referem aos resultados das equações de Navier - Stokes. De posse do mapa das concentrações de gases, resultante de cada cenário analisado, determinam-se os pontos onde é possível detectar o vazamento, através de  software  especíco, e classicar os locais de instalação de detectores de acordo com a sua possibilidade de percepção de vazamento do gás. Os resultados são interpretados à luz da Análise Custo-Benefício, na qual é efetuado o balanço dos benefícios e custos associados à adição de cada detector, de forma a determinar o número ideal de sensores em áreas abertas da Unidade, assim como sua localização.

 

Avaliação de Riscos – estudos quantitativos Capítulo 3. Avaliação

O quadro a seguir apresenta as principais etapas de trabalho realizadas em um estudo de Dispersão de Gases.

APR - DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE ANÁLISE Levantamento das condições físicometeorológicas

Caracterização química Caracterização do gás

Identificação dos pontos de vazamento

Cálculo das intensidades de vazamento Cálculo das freqüências de ocorrência

Cálculo computacional das dispersões Definição dos pontos de maior eficiência de detecção

Análise custo - benefício Localização final dos detectores

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Alta Competência

?

VOCÊ SABIA?

Apaixonado por matemática pura,publicou, o francês Louis Marie Navier (1786 – 1836), emClaude 1822, seu principal trabalho: as equações de movimento dos uidos, que descrevem o movimento de qualquer líquido ou gás. Apesar de a teoria já existir, Navier acrescentou a viscosidade às equações. Os cálculos de Navier são conhecidos hoje como equações de Navier-Stokes, graças à contribuição dada posteriormente pelo físico irlandês George Stokes (1819 – 1903).

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Essas equações são aplicadas a qualquer estudo que envolva uidos e são muito úteis aos engenheiros nos projetos de aviões, navios, e nos cálculos da potência necessária de motores, por exemplo. Adaptado de . Acesso em: 28 jul 2008.

A gura a seguir representa uma perspectiva tridimensional do comportamento da nuvem de gás vazado em uma plataforma xa. Observe que a concentração de gás encontra-se na região que varia entre 1 e 4% em volume, representada na área em destaque na imagem.

 

Avaliação de Riscos – estudos quantitativos Capítulo 3. Avaliação

NP 45

30

15

0 Vento - E

 . 0 1   0   0

  0 .  4   0

. 1  5   0

  0

 4  0 . 4

 . 5  0   5   0

Z

  0 .   0  1 X

Y

  s   a   r    b   o   r    t   e    P     s   e   s   a    G   e    d   o    ã   s   r   e   p   s    i    D   –    3    0    0      V    P    M      7    4    9      0    0    4    1      1    0  .    9    4    5    3      l    R   :   e    t   n   o    F

Distribuição da concentração de gás para um vazamento em uma plataforma xa

0

.02 .01

.06 .04

.1 .08

1 .3

Distribuição da concentração de gás para um plano vertical transverso ao eixo longitudinal de um FPSO

  –    3    0    0      V    P   s    M   -   a   r    7   b    4   o    9   r   -   t    0   e    0   P    4      1   -   s    1   e   s    0  .   a    9   G    4   e    5   d    3    l    R   -   ã   o   :   s   e   r   e    t   p   n   i   s   o    F   D

85

 

Alta Competência

Podemos observar a seguir um exemplo de relação dos pontos de instalação de detectores gerados pelo estudo de Dispersão de Gases: Coordenadas (m)

Detector

X(± 1.0m)

86

Y(± 1.0m)

Casos detectados (quantidade casos)

Z(± 0.5m)

HC 1

21,73

4,38

H*

24 - 26 - 29(3)

HC 2

13,15

5,47

H*

25 - 27 - 28 - 29 - 30 (5)

HC 3

17,81

37,07

21,80

21 - 22(2)

HC 4

17,80

18,56

21,80

21 - 23(2)

HC 5

29,11

32,47

21,80

22(1)

HC 6

7,90

43,76

16,80

5 - 7 - 10 (3)

HC 7

15,48

48,60

16,80

6 - 8 - 11 (3)

HC 8

32,62

16,80

HC 9

7,95 2,68

4,18

16,80

36 - 37 - 38(3)

HC 10

9,03

9,85

16,80

12 - 15 - 31(3)

HC 11

16,75

8,56

16,80

14 - 16 - 19 - 32(4)

HC 12

16,73

18,31

16,80

13 - 20 - 33(3)

HC 13

30,78

31,48

16,80

33(1)

HC 14

11,17

17,14

13,30

17 - 34 - 35(3)

HC 15

13,96

18,66

13,30

18 - 34(2)

HC 16

29,59

29,16

13,30

1 - 2 - 3 - 4 (4)

(1)

9

  s   a   r    b   o   r    t   e    P     s   e   s   a    G   e    d   o    ã   s   r   e   p   s    i    D   –    3    0    0      V    P    M      7    4    9      0    0    4    1      1    0  .    9    4    5    3      l    R   :   e    t   n   o    F

Tabela Tab ela dos pontos de instalação de detectores selecionados

A planta a seguir representa a etapa nal do estudo de Dispersão de Gases. Pode-se observar a distribuição dos sensores pela plataforma, conforme as indicações feitas na tabela anterior.

 

Avaliação de Riscos – estudos quantitativos Capítulo 3. Avaliação

detectores de gases

  s   a   r    b   o   r    t   e    P     s   e   s   a    G   e    d   o    ã   s   r   e   p   s    i    D   –    3    0    0      V    P    M      7    4    9      0    0    4    1      1    0  .    9    4    5    3      l    R   :   e    t   n   o    F

Planta da Unidade com a localização dos sensores

3.2. Propagação de incêndio Os estudos de Propagação de Incêndio têm como principal objetivo denir as estruturas e os locais onde serão instalados os recursos de proteção passiva. Podemos aplicação de mantas e outros.citar como exemplos: pintura especial, Outra nalidade dessa técnica é estabelecer a disposição mais adequada dos recursos de segurança como, por exemplo, hidrantes, armários que guardam equipamentos de segurança (mangueiras, bocais e outros). Também é possível chegar à redução de inventários devido aos altos valores de carga térmica, assim como vericar a eciência do dilúvio.

87

 

Alta Competência

Essa metodologia ganhou forma a partir do desenvolvimento dos projetos de plataforma, após o acidente ocorrido com a plataforma inglesa Piper Alpha, no Mar do Norte, no início da década de 90. Esse acidente modicou substancialmente os critérios utilizados nos projetos dos sistemas de segurança para instalações offshore, dedicadas à exploração petrolífera. Conclusões da investigação acerca das causas do acidente provocaram a revisão de inúmeras práticas de projeto, dentre as quais incluemse as relativas aos Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio. A constatação imediata dessa revisão foi a necessidade de serem desenvolvidas ferramentas especícas para a análise de todo o processo de incêndio, desde o seu início até a determinação precisa da real extensão dos danos ocorridos.

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?

VOCÊ SABIA?

Em 1989, a Petrobras iniciou um processo de capacitação na área especíca de projetos de Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio visando, inicialmente, ao desenvolvimento de uma metodologia e à seleção das ferramentas voltadas para a análise e otimização do projeto do sistema de proteção passiva. A Plataforma Semi-Submersível Petrobras 8 foi utilizada como piloto. A metodologia adotada incluía estudos de Propagação de Incêndio.

O estudo de Propagação de Incêndio avalia o comportamento térmico e estrutural da plataforma durante a ocorrência de incêndios, incêndi os,  softwares es  especicamente desenvolvidos e através do uso de  softwar devidamente testados. Pode-se, através deles, considerar aspectos diversos, tais como: as propriedades das chamas produzidas em função do tipo de combustível, características de armazenamento, efeitos do vento, radiação de calor emitida sobre a plataforma e equipamentos próximos, dentre outros.

 

Avaliação de Riscos – estudos quantitativos Capítulo 3. Avaliação

O estudo aplica ferramentas computacionais computac ionais de forma a simular todo o processo de incêndio, desde o seu início, com a formação da chama, até a quanticação dos danos gerados, incluindo a determinação dos uxos de calor incidentes e as temperaturas atingidas em equipamentos e elementos estruturais. Também considera o risco de propagação do incêndio e os danos nais causados à estrutura das instalações. Um dos resultados nais mais signicativos é a possibilidade de otimização do Sistema de Proteção Passiva em elementos estruturais, reduzindo assim os custos de instalação e manutenção e garantindo a proteção estrutural desejada. O estudo de Propagação de Incêndio se inicia extraindo da Análise Preliminar de Riscos (APR) os principais cenários acidentais de incêndio da Unidade. A partir desses dados, as chamas são modeladas, sendo identicadas as suas principais característ características. icas. Na etapa seguinte, os uxos de calor resultantes dessas chamas são aplicados sobre um modelo numérico térmico da plataforma, a partir do qual são obtidas as distribuições de temperatura correspondentes correspondentes a cada incêndio. Os resultados são analisados, sendo apresentados apresentados os principais sob a forma de grácos. A aplicação da distribuição das temperaturas sobre os elementos estruturais da plataforma, atuando em conjunto com as cargas mecânicas de projeto (peso próprio, cargas de equipamentos, etc.), permite uma análise global de seu comportamento durante o incêndio. A partir dos resultados avalia-se o risco de colapso da plataforma, identicando-se os elementos estruturais que devem, necessariamente, receber proteção passiva para evitar que tal colapso aconteça. O uxograma a seguir apresenta as principais etapas de desenvolvimento de um estudo de Propagação de Incêndio.

89

 

Alta Competência

Identidade dos focos a serem considerados Levantamento de dados (ambientais, geométricos e operacionais)

Análise de risco

Determinação das características das chamas

Determinação da distribuição de temperatura

Verificação Verificaçã o do risco de propagação Análise térmica Análise estrutural

Sim

Não Aplicação de cargas mecânicas + térmicas

90 Análise de colapso

Elaboração de projeto do sistema de proteção passiva

Observe a seguir grácos de resultados gerados pelo estudo de Propagação de Incêndio.

Os gráficos apresentam cenários acidentais de jato considerando quatro taxas de vazamento de gás: 100,de 50,fogo, 20 e 6Kg/s.

 

Avaliação de Riscos – estudos quantitativos Capítulo 3. Avaliação

Lançadores de  pig

Lançadores de  pig

Bombas de exportação

Plataforma nova

Plataforma nova

Bombas de exportação

Recebedores de  pig

Recebedores de  pig

Lançadores de  pig

Lançadores de  pig

Bombas de exportação

Plataforma nova

Recebedores de  pig

Plataforma nova

Recebedores de  pig

Bombas de exportação

  s   a   r    b   o   r    t   e    P     o   g   o    F    t   a   r   n   o    C   o    ã   ç   e    t   o   r    P   e    d   o    d   u    t   s    E    4    0    0      V    P    M      7    4    9      0    0    4    1      1    0  .    9    4    5    3      L    R   :   e    t   n   o    F

Grácos de cenários de jato de fogo

A gura a seguir apresenta a distribuição de temperatura em uma importante região estrutural da plataforma. Observe que as temperaturas representadas variam de 225ºC a 1600ºC e referem-se a um cenário de incêndio simulado pelo estudo de Propagação de Incêndio.

91

 

Alta Competência

28.856 224.289 419.723 615.156 810.589 1006 1201 1397 1592

  s   a   r    b   o   r    t   e    P     o   g   o    F   a   r    t   n   o    C   o    ã   ç   e    t   o   r    P   e    d   o    d   u    t   s    E    4    0    0      V    P    M      7    4    9      0    0    4    1      1    0  .    9    4    5    3      L    R   :   e    t   n   o    F

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Cenário de incêndio em uma plataforma

A imagem a seguir representa a estrutura de uma plataforma mostrando, em destaque, o local de aplicação de proteção passiva. Esse local foi determinado determinad o a partir dos resultados da gura anterior em que tínhamos a distribuição de temperaturas em um cenário de incêndio.   o    ã   ç   e    t   o   r    P   e    d   o    d   u    t   s    E    4    0    0      V    P    M      7    4    9      0   s    0   a   r    4   b    1   -   o   r    1   t    0  .   e    9   P    4      5   o    3   -   g   o    L    R   F   :   a   r   e    t   t   n   n   o    F   o   C

Proteção passiva do tipo H 60

 

Capítulo 3. Avaliação Avaliação de Riscos – estudos quantitativos

3.3. Análise de Explosão O Estudo de Explosão é uma técnica que tem por objetivo denir as principais sobrepressões resultantes dos cenários acidentais de explosão identicados na Análise Preliminar de Riscos (APR). A partir dos resultados gerados, é feita a denição, no projeto, dos refúgios temporários, que são regiões de abrigo, capazes de suportar níveis de sobrepressão calculados. Podemos apontar, como um segundo resultado importante desses estudos, a denição das funções de segurança, tais como: paredes de proteção, estruturas capazes de bloquear rotas de fuga, sistemas de segurança essenciais e estruturas de suporte de equipamentos que contenham hidrocarboneto hidrocarbonetos. s. O estudo da Análise de Explosão nos fornece como resultados os seguintes parâmetros, parâmetros, que vão subsidiar e orientar as decisões sobre as medidas de segurança que serão adotadas: •

DAL (Dimensioning Accidental Load )



Carga Acidental Dimensionante (valor de sobrepressã sobrepressão, o, em barg);



Duração do pulso de sobrepressão, em segundos, que tem

também a função de nortear o dimensionamento das estruturas da plataforma; •

Drag Pressure ou Pressão de Arrasto (vácuo após o pico de explosão),

em barg. O DAL e a duração do pulso de sobrepressão aliados serão utilizados para a denição do dimensionamento das estruturas da plataforma. Os dados referentes à Drag Pressure ou Pressão de Arrasto serão os referenciais para que se estabeleçam os refúgios temporários nas instalações.

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Alta Competência

Observe que nas guras a seguir as ondas de sobrepressão não atingem as áreas de acomodação e abandono da plataforma.

94

 

Capítulo 3. Avaliação Avaliação de Riscos – estudos quantitativos

3.4. Exercícios 1) Leia as sentenças abaixo sobre estudos quantitativos e complete as lacunas corretamente com as expressões em destaque: - da utilização de  softwares matemáticos - expressão numérica - a antecipação de ações preventivas - cálculo da freqüência de ocorrência e das conseqüências dos eventos - o cenário de acidentes A informações avaliação quantitativa é aqualitativa. ______________________ das obtidas na análise A partir dos estudos quantitativos é possível chegar ao _________________________ ______________________________ em questão apresentados em dados objetivos dos cenários acidentais analisados. Os estudos quantitativos são desenvolvidos a partir da _________________________ que geram planilhas, grácos, simulações, ou seja, dados que projetam __________________________ e podem contribuir, portanto, para a ___________________________________. 2) com Xde as Riscos alternativas a seguir queÉ possível correspondam a estudosMarque de Avaliação aplicados ao E&P. assinalar mais de uma opção. ( ) Estudo de Dispersão de Gases. ( ) Estudo de Séries Históricas. ( ) Estudo de Propagação de Incêndio. ( ) Estudo de Análise de Explosão. ( ) Estudo de Alteração em Procedimentos Regulamentados.

95

 

Alta Competência

3) Nas armações sobre produtos gerados pelas Avaliações de Riscos listadas a seguir, marque (V ( V) para as verdadeiras e (F ( F) para as falsas: ( )

O est estudo udo da Dis Disper persão são dos Gas Gases es for fornec necee bas basee par paraa a denição do número e da distribuição otimizada de sensores de gás em área aberta.

( )

Valo alores res de sob sobrep repres ressão são,, dur duraçã ação o de pul pulso so e pre pressã ssão o de arrasto são resultados obtidos a partir dos estudos de Propagação de Incêndio.

( )

O est estud udo o de de Pro Propa pagaç gação ão de In Incê cêndi ndio o aval avalia ia o comportamento térmico e estrutural da plataforma durante a ocorrência de incêndios, através do ftwa wa re s   especificamente desenvolvidos e uso de  so ft devidamente testados.

( )

O est estudo udo de Pro Propag pagaçã ação o de Inc Incênd êndio io é uma téc técnic nicaa quantitativa para denição da locação de proteção passiva em estruturas, linhas e equipamentos e melhor disposição dos recursos de segurança.

( )

A pre previs visão ão dos loc locais ais ond ondee ser serão ão obt obtida idass con concen centra traçõe çõess gasosas acima do limite detectável é um dos resultados resultados do Estudo de Dispersão de Gases.

96

 

Capítulo 3. Avaliação Avaliação de Riscos – estudos quantitativos

3.5. Glossário Análise fluido-dinâmica  fluido-dinâmica  - cálculos matemáticos que visam a estudar o comportamento dinâmico (movimento) dos fluidos. Resolvem as equações de Navier – Stokes. Cenários acidentais  acidentais  - correspondem ao resultado de uma linha de análise nas planilhas de Avaliação de Riscos. Para uma APR temos que o cenário acidental reúne as informações das colunas de perigo, causa e efeito. Podemos ter como cenário acidental, por exemplo, uma grande liberação de gás (perigo) proveniente da ruptura da linha ou válvula ou equipamento (causas), causando explosão de nuvem connada (efeito). No HAZOP, o nosso cenário acidental seria o aumento de pressão (desvio) devido à falha da válvula automática, na posição fechada (causa), podendo gerar o rompimento da tubulação (conseqüência). DAL - Dimensioning Accidental Load .

Sobrepressões  - denominação utilizada para quanticar as ondas de choque Sobrepressões  resultantes dos cenários acidentais de explosão.

97

 

Alta Competência

3.6. Bibliografia AMERICAN INSTITUTE OF CHEMICAL ENGINEERS (AIChE). Guidelines for Hazard Evaluation Procedures, Procedures, New York, USA, 1987. CHEMICAL INDUSTRIES ASSOCIA ASSOCIATION TION LIMITED. A Guide to Hazard and Operability Studies,, London, England, Reprinted, 1987. Studies CONSÓRCIO MPV, RL-3549.01-1400-947-MPV-003DISPERSÃO DE GASES, RIO DE JANEIRO, BRASIL, 19/06/2007. CONSÓRCIO MPV, RL-3549.01-1400-947-MPV-004 ESTUDO DE PROTEÇÃO CONTRA FOGO, RIO DE JANEIRO, BRASIL, 30/05/2006. LESS, Frank. Loss Prevention in the Process Industries. Industries. London: Butterworth London, 2004. PETROBRAS. Manual de Análise de Riscos e Confiabilidade da REDUC, REDUC , Rio de Janeiro, 1995.

98

US ARMY. ARMY. MIL-STD-1629A - Procedures for Performing a Failure Mode, Effects and Criticality Analysis, Analysis, USA, 1980.

 

Capítulo 3. Avaliação Avaliação de Riscos – estudos quantitativos

3.7. Gabarito 1) Leia as sentenças abaixo sobre estudos quantitativos e complete as lacunas corretamente com as expressões em destaque: - da utilização de softwares matemáticos - expressão numérica - a antecipação de ações preventivas - cálculo da freqüência de ocorrência e das conseqüências dos eventos - o cenário de acidentes A avaliação quantitativa é a expressão numérica  numérica  das informações obtidas na análise qualitativa. A partir dos estudos quantitativos é possível chegar ao cálculo da freqüência de ocorrência e das conseqüências dos eventos em eventos em questão apresentados em dados objetivos dos cenários acidentais analisados. Os estudos quantitativos são desenvolvidos a partir da utilização de  softwares   matemáticos   que geram planilhas, grácos, simulações, ou seja, dados que matemáticos projetam o cenário de acidentes e acidentes e podem contribuir, contribuir, portanto, para a antecipação de ações preventivas. preventivas. 2) Marque com X as alternativas a seguir que correspondam a estudos de Avaliação de Riscos aplicados ao E&P. É possível assinalar mais de uma opção. ( X ) Estudo de Dispersão de Gases. ( ) Estudo de Séries Históricas. ( X ) Estudo de Propagação de Incêndio. ( X ) Estudo de Análise de Explosão. ( ) Estudo de Alteração em Procedimentos Regulamentados.

99

 

Alta Competência

3) Nas armações sobre produtos gerados pelas Avaliações de Riscos listadas a seguir, marque (V (V) para as verdadeiras e (F ( F) para as falsas:

100

(V)

O estudo da Dispersão dos Gases fornece base para a denição do número e da distribuição otimizada de sensores de gás em área aberta.

(F)

Valores de sobrepressão, duração de pulso e pressão de arrasto são resultados obtidos a partir dos estudos de Propagação de Incêndio. Justificativa: Errada, pois os valores de sobrepressão, duração de pulso pu lso e pressão de arrasto são resultados obtidos a partir dos estudos de Análise de Explosão.

(V)

O estudo de Propagação de Incêndio avalia o comportamento térmico e estrutural da plataforma durante a ocorrência de incêndios, através do uso de  sof tw twar ares es   especificamente desenvolvidos e devidamente testados.

(V)

O estudo de Propagação de Incêndio é uma técnica quantitativa para denição da locação de proteção passiva em estruturas, linhas e equipamentos e melhor disposição dos recursos de segurança.

(V)

A previsão dos locais onde serão obtidas concentrações concentrações gasosas acima do limite detectável é um dos resultados do Estudo de Dispersão de Gases.

 

Anotações

Anotações

101

 

Anotações

102

 

Anotações

Anotações

103

 

Anotações

104

 

Anotações

Anotações

105

 

Anotações

106

 

Anotações

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107

 

Anotações

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Anotações

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109

 

Anotações

110

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