Os n\u00fameros da \u201cGuerra d \ue001 \ue001 \ue001 \ue001
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3,2 milh\u00f5es de morte por trauma 3000 mortes/dia 30000 feridos graves/dia Nos pa\u00edses em vias de desenvolvimento, as m em acidentes de via\u00e7\u00e3o j\u00e1 s\u00e3 por doen\u00e7as infecciosas Atinge principalmente a popula\u00e7\u00e3o jovem \u00c9 a principal causa de morte antes dos 35 anos pa\u00edses industrializados Em 2020 ser\u00e1 a segunda ou terceira causa de morte, em todos os pa\u00edses
TRAUMA \ue000
O que se tem feito:
1988:uma investiga\u00e7\u00e3o College of Surgeons\u201d chega \u00 que 1/3 das mortes por trauma que ocorrem ap\u00f3s a entrada no hosp podem ser evitadas
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Falha de diagn\u00f3stico Hip\u00f3xia Hemorragia continuada Atraso na indica\u00e7\u00e3o cir\u00f
TRAUMA Mortalidade trimodal Minutos iniciais
Lesões neurológicas Lesões vasculares 40% evitáveis com programas de prevenção
Presença de médicos mais diferenc na recepção e tratamento inicial dos traumatizados graves Cursos avançados de trauma
TRAUMA O que falta!
ORGANIZAÇÃO
TRAUMA
Organização: Prevenção
Cinto de segurança Cadeiras para crianças Capacete nos motociclos Restrição de alcool Segurança dos veículos Educação / formação
Comunicações Equipamento Formação Articulação e hierarquização das estruturas e serviços
TRAUMA Tratamento pré-hospitalar
Variável de país para país Variável dentro do mesmo país Falta de formação com uniformização de procedimentos Falta de comunicação entre profissionais no pré-hospitalar e hospitalar
TRAUMA Admissão hospitalar
Noite Profissionais júnior, menos experientes Falta de equipes de trauma organizadas Atraso nos procedimentos Atraso nos diagnósticos Atraso no tratamento Diminuição da sobrevida Conhecimento deficiente da patofisiologia do trauma Atraso no diagnóstico
TRAUMA
ORGANIZAÇÃO - Como se conseg Cursos de trauma Uniformização de procedimentos Equipes de trauma Formação generalizada a todos os médicos, enfermeiros e técnicos de saúde
BIBLIOGRAFIA Trauma Resuscitation – The Team Approach C. Gwinnutt e P. Driscoll
(Programa Europeu de Trauma)
ATLS – Advanced Trauma Life Suppor Doctors Curso Avançado de Trauma REANIMA
TRAUMA Equipe de trauma
Grupo de pessoas, com a formação adequada para lidar com indivíduos politraumatizados trabalham em conjunto Organização Horizontal: cada membro da equipe tem tarefas específic fi as atribuídas, qu se vão desenrolar simultâneamente Imprescindível um “lider” de equipe Diminuição dos tempos de reanimação Melhoria da sobrevida Diminuição do “stress” nos procedimentos iniciais
AVALIAÇÃO DE UM TRAUMATIZADO FASE PRÉ-HOSPITALAR
Assegurar a via aérea, controlar hemorragias externas, imobilização do doente e transporte imediato para o hospital mais adequado Avisar o hospital com antecedência chegada do doente Obter e transmitir informações relat ao doente e circunstâncias do trauma
AVALIAÇÃO DE UM TRAUMATIZADO
ADMISSÃO HOSPITALAR
AVALIAÇÃO DE UM TRAUMATIZADO 3 Fases
Avaliação primária e reanimação Avaliação secundária Tratamento defin fi itivo
AVALIAÇÃO DE UM TRAUMATIZADO Regras Gerais
No máximo, 6 elementos em contacto directo com o doente Precauções universais em todos os doentes Luvas Aventais Óculos/Viseiras Todos os doentes devem ser assumidos com seropositivos Mobilização de doentes 5 pessoas Protecção da coluna cervical Maca rigída
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E REANIMAÇÃO Objectivo: identific fi ar e tratar imediatamente qualquer condição que ameace a vida Tarefas a cumprir:
Assegurar a via aérea e o controle da coluna cervical Assegurar a ventilação Assegurar a circulação Avaliar disfunção do SNC Exposição do traumatizado
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E REANIMAÇÃO A: Airway B: Breathing C: Circulation D: Dysfunction of the CNS E: Exposure and Environment
A:
Assumir sempre que há lesão da colu cervical Não mobilizar a cabeça ou o pescoço 2 indivíduos: 1 imobiliza a coluna cervical 1 fala com o doente
A causa mais frequente de obstrução aérea é a língua Elevação do mento Protusão da mandíbula Guedel
A:
Elevação do mento e luxação da mandíbula
A: Tubos de Guedel
A: Outras causas de obstrução da aérea: Vómito Debris
SNG
Aspiração da cavidade oral com aspira rigído
Se não houver refl flexo faríngeo Não introduzir por via nasal se traum ou da base do crâneo
A: O2 a 100% - máscara de alto débito 12/15 l/min Inspecção do pescoço Tumefacções e feridas Enfisema subcutâneo Desvio da traqueia Distensão das veias cervicais Crepitação laríngea
Colocar colar cervical e imobilizador c Excepto em doentes que não se consegue imobiliza
A: Imobilização cervical
B:
5 condições de risco imediato de vida Pneumotoráx hipertensivo Tamponamento cardíaco Ferida torácica aberta Hemotoráx maciço “Volet costal” (Retalho costal móvel)
Avaliar:
FR Esforço respiratório Inspecção do toráx bilateralmente
6 Obedece a ordens 5 Localiza a dor Flexão normal ao estímulo doloroso 4 Flexão anormal ao estímulo doloroso 3 Extensão ao estímulo doloroso 2 1 Nenhuma
D: Causas de alteração do estado de consciência: Traumatismo cerebral Diabetes / Insulina Venenos Alterações psiquiátricas Choque Alcool Epilepsia Infecção Opiáceos Alterações metabólicas
E: A roupa tem que ser removida totalidade para que o doente possa ser totalmente examinado Cortar as roupas, para mobilizar o doente o menos possível
Aquecer o ambiente
A hipotermia faz aumentar a morb e mortalidade
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
UMA EQUIPE DE TRAUMA B TREINADA DEVE COMPLETAR OS OBJECTIVOS DA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA EM 7 MINUTOS
OBJECTIVOS DA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA Assegurar e estabilizar a via aérea Estabilização da coluna cervical Avaliação e correcção dos distúrbios ventilatórios Controle de hemorragias externas Avaliação do estado hemodinâmico do doente Inserção de 2 catéteres periféricos de grande volum Colheitas de sangue e envio para o laboratório Avaliação do estado de consciência do doente Estabelecimento de contacto com o doente Remoção de toda a roupa do doente Manter o doente quente Registo dos parâmetros vitais iniciais e monitorizaç Inserção de SNG
AVALIAÇÃO DE UM TRAUMATIZADO
Só quando os problemas relacion com a via aérea, a ventilação e a hipovolémia estão corrigidos se pod passar à avaliação secundária
AVALIAÇÃO DE UM TRAUMATIZADO Considerar analgesia do doente Morfin fi a EV
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Objectivos:
Examinar o doente na sua totalidade Colher uma história clínica completa Assimilar e integrar todas as informações, clinicas, laboratoriais e imagiológicas Formular um plano de tratamento
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Em qualquer altura que haja deterioração do estado do doente, a avaliação secundária deve ser suspensa e re-iniciada a avaliação primária
Devem ser visualizadas as 7 vértebras cervicais e a junção C7-T1
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA RX TORÁX
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA RX CERVICAL
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Estado neurológico
Escala de coma de Glasgow Resposta pupilar Avaliação de sinais de lateralização Exame do SNP Avaliação motora Avaliação sensitiva
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Choque neurogénico
Redução do tónus simpático Redução do tónus vasomotor Vasodilatação periférica Hipotensão
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Couro cabeludo
As lacerações a este nível podem originar grandes perdas de sangue, com consequente hipovolémia
Base do crâneo
Equimose sobre a mastóide – sinal de Battle Perda de LCR pelo ouvido ou nariz
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Olhos
Exame antes do edema Pesquisa de corpos estranhos Pesquisa de reflexos
Face
Apenas as lesões que causem obstrução da via aérea têm que ser tratadas de imediato Fracturas do 1/3 médio da face Fracturas da base do crâneo Fracturas da mandíbula (perda da estabilidade da língua)
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Pescoço Qualquer laceração que ultrapasse o platisma necessita ou de avaliação por exames subsidiários ou de tratamento cirúrgico Nenhuma laceração cervical deve ser explorada digitalmente ou com qualquer instrumento
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Toráx
Equimoses Feridas Assimetria de movimentos entre os 2 hemitorá Palpação do esterno Palpação ao longo de cada arco costal Ressaltos costais, crepitação, enfisema subcutâneo Auscultação e percussão para avaliação de assimetrias
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Toráx
Lesões que obrigatóriamente têm de ser excluídas: Contusão cardíaca Contusão pulmonar Ruptura diafragmática Perfuração esofágica Ruptura da aorta torácica Pneumotoráx Hemotoráx
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Abdómen
O objectivo desta avaliação é determinar se é ou não necessária uma laparotomia A avaliação de todo o abdómen inclui o períneo e a bacia Deve ser sempre realizado toque rectal Tonicidade do esfíncter Traumatismo anal ou rectal Fracturas pélvicas Posição da próstata Presença de sangue de origem intestinal
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Abdómen
Sinais suspeitos de lesão uretral no masculino Equimose em redor do escroto Sangue ao nível do meato uretral Próstata em localização elevada (toque rectal) Fractura de ramo púbico Incapacidade de urinar
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Abdómen
Equimoses e feridas Avaliação da profundidade das ferida Não introduzir quaisquer objectos a tr delas Cobrir vísceras expostas
Palpação abdominal sistematizada Àreas específic fi as de dor/defesa
AVALIAÇÃO DE UM TRAUMATIZADO Abdómen
Suspeitar de Hemorragia intra-abdom Fractura dos arcos costais anteriores mais inferiores, quer à direita (figa fi do), quer à esquerda (baço) Instabilidade hemodinâmica Marcas do cinto de segurança na parede abdominal anterior Equimoses ou marcas de estiramento sobre a parede abdominal anterior
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Extremidades
Imobilização Diminuição do movimento da fractura Diminuição da dor Diminuição da hemorragia Diminuição do risco de embolia gorda Diminuição do edema e destruição tecidular secundária Todas as feridas associadas a fracturas exposta devem ser limpas e cobertas com penso oclusiv
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Região dorsal
Cuidados na mobilização quando há suspeita de lesão medular Avaliação do risco de desnvolvimen úlceras de pressão Doentes com lesões medulares Doentes idosos
HISTÓRIA CLÍNICA Fornecedores
Cuidados pré-hospitalares Familiares Médico de família Registos hospitalares
Elementos importantes – AMPLE
A – alergias M - medicamentos P – história médica passada (Past medical history) L – Ùltima refeição (Last meal) E – Circunstâncias do acidente (Events ...)
ASSIMILAÇÃO DA INFORMAÇÃ
Questões que devem ser respon após a avaliação secundária:
A função respiratória do doente satisfatória ? O estado circulatório do doente é satisfatório ? São necessários outros exames imagiológicos ?
ASSIMILAÇÃO DA INFORMAÇÃ
Questões que devem ser respon após a avaliação secundária: Qual a extensão das lesões e prioridades de tratamento ? Há alguma lesão que não tenha identificada ? É necessário fazer a profi filaxia an tetânica ? É necessário iniciar antibióticos ? É necessário analgesia ?
ASSIMILAÇÃO DA INFORMAÇÃ Monitorização contínua dos parâmetros vitais Reavaliações repetidas
AVALIAÇÃO DE UM TRAUMATIZADO
O TRATAMENTO DEFINITIVO SÓ PODE INICIAR DEPOIS DO DOEN TER SIDO ADEQUADAMENTE AVALIADO E REANIMADO
AVALIAÇÃO DE UM TRAUMATIZADO
NENHUM DOENTE DEVE SAIR DO LOCAL ONDE LHE FOI PRESTADA ASSISTÊNCIA INICIAL SEM IDENTIFICAÇÃO
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