Avaliação Da Capacidade Funcional e Funcionalidade - OK
July 26, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Avaliação da capacidade funcional e funcionalidade após quadro de covid-19
Créditos Coordenação do Projeto Ana Emilia Figueiredo de Oliveira Coordenação Geral da DTED/UNA-SUS/UFMA Ana Emilia Figueiredo de Oliveira Gestão de Projetos da UNA-SUS/UFMA Amanda Rocha Araújo Coordenação de Produção Pedagógica da UNA-SUS/UFMA Paola Trindade Garcia Coordenação de Ofertas Educacionais da UNA-SUS/UFMA Elza Bernardes Monier Coordenação de Tecnologia da Informação da UNA-SUS/UFMA Mário Antonio Meireles Teixeira Coordenação de Comunicação da UNA-SUS/UFMA José Henrique Coutinho Pinheiro Professora-autora Ankilma do Nascimento Andrade Feitosa
Validação Técnica MS Bethania Ramos Meireles Carolina Vaccari Simaan Rosany Ferreira Rios Fonseca Coordenação-Geral de Ações Estratégica, Inovação e Avaliação da Educação em Saúde (CGIED/DEGES/SGTES/MS) Angelo Roberto Gonçalves Cicero Kaique Pereira Silva Denise Maria Rodrigues Costa Diogo do Vale de Aguiar Flávia da Silva Tavares Coordenação-Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência
Anelise Trigo Cid Coordenação de Saúde das Mulheres/ Coordenação-Geral de Ciclos da Vida (COSMU/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS)
(CGSPD/DAET/SAES/MS) Nathalie Alves Agripino Coordenação-Geral de Saúde do Trabalho (CGDEP/DAEVS/SVS/MS) Daniel Ciampi Araújo de Andrade Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP Maria Cristina Corrêa Lopes Hoffmann Natália Vargas Patrocínio de Campos Wendel Rodrigo Teixeira Pimentel Coordenação Saúde Pessoa Idosa (COSAPI/ CGCIVI/ DAPES/ SAPS/ MS)
(COEvI/DECIT/MS) Rafael Bernardon Ribeiro Daniela Palma Araújo Coordenação-Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas
Mariana Borges Dias Coordenação Geral de Atenção Hospitalar e Domiciliar (CGAHD/DAHU/SAES/MS) Virginia Kagure Wachira Coordenação de Evidências e Informações Estratégicas para Gestão em Saúde, Departamento de Ciência e Tecnologia.
Validação Pedagógica Lívia Anniele Sousa Lisboa Deysianne Costa das Chagas Izabel Cristina Vieira de Oliveira Revisão Textual Mizraim Nunes Mesquita Design Instrucional Karoline Corrêa Trindade Design Gráfico Vital Amorim Vital
COMO CITAR ESTE MATERIAL
FEITOSA. Ankilma do Nascimento Andrade. Avaliação da capacidade funcional e funcionalidade após quadro de covid-19. In: UNIVERSIDADE ABERTA ABERTA DO SUS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO MARANHÃO.. Reabilitação do paciente com condições pós-covid. Reabilitação neurofuncional do paciente com condições pós-covid. São Luís: UNA-SUS; UFMA, 2021. © 2021. Ministério da Saúde. Sistema Universidade Aberta do SUS. Fundação Oswaldo Cruz & Universidade Federal do Maranhão. É permitida a reprodução, disseminação e utilização desta obra, em parte ou em sua totalidade, nos termos da licença para usuário final do Acervo de Recursos Educacionais em Saúde (ARES). Deve ser citada a fonte e é vedada sua utilização comercial, sem a autorização expressa dos seus autores, conf. Lei de Direitos Autorais-LDA. (Lei n. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998).
Sumário Apresentação......................................................................................... Apresentação..................... .................................................................................................................4 .............................................4 Avaliação multidimensional das diferentes dimensões da vida e avaliação da capacidade funcional e da funcionalidade do paciente após quadro de covid-19 ..........................................5 Escala do Estado Funcional ..............................................................................................................8 Avaliação da Força de Preensão Manual (FPM) .............................................................................9
Teste de Avaliação da Mobilidade Funcional - Timed Up & Go (TUG)...........................................10 Planejamento de reabilitação ..........................................................................................................11 ..........................................................................................................11 Ficha espelho da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa ..............................................................12 Considerações finais ......................................................... .......................................................................................................................13 ..............................................................13 Referências .................................................................. ..................................................................................................................................... .....................................................................14 ..14
Apresentação Olá, aluna(o)!
A covid-19 (causada pelo SARS-CoV-2) é uma doença infecciosa recém-descoberta, cujos sintomas mais comuns são febre, tosse seca e cansaço. A doença pode provocar ainda sintomas graves, que demandam internação hospitalar prolongada. Muitos pacientes acometidos pela covid-19, mesmo após recuperação, apresentam algumas condições, como perda da capacidade funcional e funcionalidade. Neste material, você terá acesso às informações necessárias referentes à avaliação da Capacidade Funcional e Funcionalidade desses pacientes, por meio de diversos testes. Bons estudos!
OBJETIVO
Com base neste material, você será capaz de descrever a avaliação da Capacidade Funcional e Funcionalidade de pacientes após quadro de covid-19.
AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DAS DIFERENTES DIMENSÕES DA VIDA E AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL E DA FUNCIONALIDADE DO PACIENTE APÓS QUADRO DE COVID-19 A avaliação multidimensional é responsável pela verificação e identificação de problemas predominantes na população idosa. Ela consiste em um processo de investigação física, psíquica, funcional e social. Uma escala é utilizada e, por meio dessa avaliação, é elaborado um planejamento direcionado, com o objetivo de avaliar de maneira específica e sistemática, com um olhar globalizado, oferecer mais informações, solucionar ou amenizar os problemas e, assim, garantir um planejamento ideal com assistência de qualidade para melhorar a funcionalidade. O ponto de partida surge de uma abordagem completa, fazendo todos os diagnósticos, mapeando os riscos e planejando as condutas a serem realizadas. A população idosa tende a ter uma fragilidade mais acentuada e, geralmente, tem multicomorbidades, o que influencia influ encia na classificação das abordagens a serem utilizadas pelos profissionais de saúde. A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa é um dos meios eficientes para realizar o controle a respeito da avaliação física, principalmente quanto à saúde bucal e visual, ao estímulo a atividades físicas, aos controles de glicemia e hipertensão.
Fonte: Silviarita. Pixabay.
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Na pandemia de covid-19, observou-se o aumento no percentual de idosos acometidos pelo novo coronavírus. Quando conseguem se recuperar, boa parte desses pacientes necessitam de reabilitação, porque adquiriram alguma complicação ou desenvolveram outras comorbidades. Por isso, reconhece-se a importância da avaliação da Capacidade Funcional e da Funcionalidade após quadro de covid-19. Com a avaliação, obtém-se um planejamento individualizado, de acordo com a necessidade de cada paciente. A avaliação funcional possibilita o maior entendimento do quadro e das limitaçõesde oriundas da doença, assim como permite observar obser var as condições existentes decorrentes uma internação prolongada. O cuidado desses pacientes precisa ser redobrado, pois, por meio dessas observações, é possível detectar risco de dependência depen dência futura, realizar testes de equilíbrio, força e marcha, estabelecer níveis de morbimortalidade, além de identificar intervenções direcionadas aos idosos após quadro de infecção pelo SARS-CoV-2. SA RS-CoV-2. A classificação clínica funcional dos idosos baseia-se na visão de saúde pública e do declínio funcional iminente e definitivo pós-Covid-19. Ela é dividida em: independente, semidependente, dependente incompleto e pós-covid. As condições sociais, incluindo perfil socioeconômico, suporte social, engajamento social e senso de autossuficiência influenciam decisivamente na saúde dos indivíduos e em sua sobrevivência.
Fonte: Matthias Zomer. Pexels.
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Na reabilitação do sistema respiratório, existem técnicas elaboradas e simples para facilitar na recuperação dos pacientes, como: Exercícios respiratórios para aumentar os volumes pulmonares e a expulsão de secreções. Exercícios de expansão torácica para melhorar a mobilidade torácica, facilitando as respirações profundas. Exercício diafragmático com dez respirações. Inspiração em três tempos, movendo os braços em até dez vezes. Inclinação de tronco, em média mé dia cinco inclinações para cada lado. Rotação de tronco, sendo cinco rotações para cada lado. Técnicas de relaxamento que permitem reduzir a ansiedade provocada pela sensação de dispneia e pelo custo energético da respiração e conduzem a um aumento do bem-estar bem -estar.. Esses exercícios auxiliam na respiração e mobilização dos músculos ventilatórios, trazendo benefícios como a ampliação da capacidade pulmonar, a melhora das trocas gasosas e, consequentemente, o aumento da oxigenação no sangue. Além disso, as técnicas de fisioterapia respiratória podem ser feitas também na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), inclusive quando o paciente se encontra entubado.
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ESCALA DO ESTADO FUNCIONAL O envelhecimento é responsável por alterações corporais que interferem na destreza e independência da pessoa idosa, dificultando a realização de suas atividades. Um exemplo disso é a redução da massa muscular, com consequente diminuição de força e potência, acarretando perda da mobilidade, afetando a capacidade funcional em atividades básicas e manifestando limitações.
É comum encontrar pacientes críticos com fraqueza muscular e comprometimento funcional que podem persistir por muito tempo após a alta hospitalar. A aplicação de escalas de funcionalidade tem como principal objetivo minimizar a perda funcional adquirida, além de recuperar ou preservar a capacidade do paciente para realizar tarefas básicas, como subir e descer escadas, que estão associadas à mobilidade. consiste A Escala do Estado Funcional é um instrumento avaliaçãocomo multidimensional que em observar e testar o desempenho ao realizardeatividades higiene pessoal, alimentação e controle urinário, com o desfecho para verificação da função física.
Os testes acontecem por meio de cinco atividades funcionais, como:
1
Transferir-se da posição supina para sentada;
2 3 4 5
Transferir-se da posição sentada para em pé; Realizar rolamento; Sentar-se à beira do leito;
Caminhar.
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Cada uma das tarefas realizadas recebe uma pontuação, que avalia a integridade física e a independência do paciente.
Esse teste pode ser realizado no ambiente hospitalar e até mesmo quando os pacientes receberam alta, para verificar se apresentam alguma consequência advinda do tempo de internação. Quanto antes for f or realizado, melhor é para o desenvolvimento de um planejamento específico.
Avaliação da Força de Preensão Manual (FPM) A Avaliação da Força de Preensão Manual (FPM) é considerada como um dos melhores testes para avaliar o estado funcional de indivíduos saudáveis e/ou com alguma patologia. Esse tipo de avaliação é aplicado para mensurar a força dos músculos do antebraço e da mão, além de permitir avaliar as condições físicas dos membros superiores contribuir na avaliação e no tratamento musculoesquelético da ato mão. Mensura-seeuma força gerada entre os pontos de contato da m ão e a superfície no mão de apertar um objeto¹. Na prática clínica, pode ser utilizada para o controle dos procedimentos da reabilitação, além disso, a FPM tem te m sido utilizada para indicar a força total do corpo. A avaliação acontece com ambas as mãos da seguinte segu inte forma:
2
1 Utiliza-se um
Em seguida, adota-se um
dinamômetro hidráulico manual.
posicionamento corporal anatômico.
3
4 Faz-se a compressão, na qual se aplica uma força sobre o membro do paciente, e também a preensão.
Realizam-se três exercícios em cada mão.
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Quando o teste é feito, há uma verificação de forma indireta da força muscular por preensão manual e os resultados devem ser anotados como medida aparente, que consiste em valores que não correspondem aos padronizados, e medida real, que é a efetiva. IMPORTANTE
Na prática clínica, esse teste pode ser utilizado para o controle dos procedimentos da reabilitação, na avaliação e no tratamento musculoesquelético da mão.
Teste de Avaliação da Mobilidade Funcional Timed Up & Go (TUG) O Teste de Avaliação da Mobilidade Funcional, ou Timed Up & Go (TUG), avalia possíveis riscos de quedas, pois está associado ao desempenho com o equilíbrio, capacidade e marcha funcional, podendo indicar o grau de fragilidade e dependência em algumas situações. A realização do teste pode ser feita por qualquer membro da equipe multiprofissional que tenha treinamento específico sobre o assunto.
O teste acontece da seguinte forma: Inicia-se com o indivíduo sentado, com as costas apoiadas e as mãos sobre as coxas. Logo após, ele tem que se levantar e andar por três metros.
Em seguida, ele deve fazer um giro de 180º.
Finalmente, deve retornar ao seu lugar.
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Quanto mais rápido acontecer esse retorno, melhor se encontra o equilíbrio e o desempenho de marcha. A capacidade de equilíbrio e marcha reflete-se na condição de independência durante a realização das atividades diárias². Considerando o cenário atual, a mobilidade funcional é definida como a habilidade motora/física em que os movimentos realizados permitem uma autonomia e independência.
Planejamento de Reabilitação Todos esses testes citados anteriormente são uma forma efetiva de avaliar o quadro atual de pessoas após acometimento por covid-19, auxiliando na identificação das necessidades presentes e no mecanismo de reabilitação mais decisivo e concreto, utilizando ferramentas adequadas para uma evolução mais rápida. Após as avaliações, um planejamento de reabilitação é traçado de acordo com as necessidades apresentadas. A indicação de exercícios funcionais, como Pilates, auxilia e trabalha a mobilidade articular ar ticular.. A Estratégia de Saúde da Família (ESF), orientada pelo Ministério da Saúde, pode trazer um impacto positivo na reabilitação, pois, nesses casos, existe uma proximidade das equipes de saúde com pacientes, famílias e a comunidades em geral, contribuindo para o envolvimento envolvimento de familiares, além de contribuir para que haja maior adesão adesão aos tratamentos, visto que a proximidade e a compreensão da realidade de cada indivíduo tornam-se maiores.
Fonte: Fonte. Pressfoto. Freepik. 11
Ficha espelho da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa é de suma importância, porque ela registra, durante um período de até cinco anos, informações sobre coleta de dados pessoais, familiares e sociais, sobre hábitos de vida e condições de saúde, identificando vulnerabilidades, além de ofertar orientações orien tações para o autocuidado. Na ficha espelho, temos as identificações necessárias para auxiliar nas informações e orientações a serem repassadas a cada idoso. Nela, há um questionário contendo perguntas sobre:
Avaliações clínicas com doenças prévias ou já diagnosticadas Questionamento sobre quedas nos meses antes da consulta Avaliações odontológicas
Estilo de vida
Número de residentes na casa Deficiências existentes
Dados antropométricos
Alterações cognitivas
Avaliação funcional
Todos esses dados são essenciais para ser traçado um planejamento adequado às necessidades que a pessoa idosa apresenta, respeitando suas incapacidades existentes.
PARA SABER MAIS
Para que você possa compreender ainda mais e qualificar o cuidado ofertado à pessoa idosa, sugerimos que você acesse a: •Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa
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Considerações finais Com o fim da leitura, você percebeu que todos os dados apresentados aqui são essenciais. Entender bem o perfil de cada pessoa e realizar a sua avaliação funcional e de funcionalidade permite que o profissional da saúde tome as necessárias condutas para a melhora do quadro do paciente, reabilitando-o para que consiga ter mais qualidade de vida. Esperamos que o conteúdo abordado neste material tenha sido significativo e que você possa inserir esses conhecimentos na sua prática de trabalho, considerando todas as nuances e as condutas que qu e envolvam o cuidado direcionado ao paciente após quadro de covid-19. Até a próxima!
Referências 1. WING, A.M.; HAGGARD, P.; FLANAGAN, J.R. Anticipatory control of grip force in rapidarm movements. Hand and Brain: The Neurophysiology and Psychology of Hand Movements. Academic Press, San Diego, p. 301-324, 1996. 2. ACCIOLY, M. F; PATRIZZI, L. J; PINHEIRO, P. S; BERTONCELLO, D; WALSH, I. A. P. Exercícios físicos, mobilidade funcional, equilíbrio, capacidade funcional e quedas em idosos. ConScientiae Saúde, 2016;15(3):378-384. Disponível em: https://www https:/ /www.redalyc.org/pdf/929/92949900005.pdf. .redalyc.org/pdf/929/92949900005.pdf.
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